jornal [Fala Kephas] Fortalecendo a comunicação entre a escola e a comunidade
Edição nº 11 - Ano IV – Junho de 2011 – Distribuição gratuita
Obras de Vik Muniz inspiram alunos da Adolfina pág. 4 | O arco-íris mobiliza 3º ano da Campos pág. 5 | Clube Cidadão Júnior na Rodrigues pág. 7
Comunidade comemora aniversário da EugênioIntegração família-escola é a marca da festa dos 23 anos
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CT.
2 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
EDITORIAL
EXPEDIENTE:
Universidade Feevale Realização: Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA) – Curso de Comu-nicação Social. Este jornal é uma produção do projeto de extensão NOSSO BAIRRO EM PAUTA. PRofessoRas ResPonsáveis: Marta Oliveira dos Santos, Letícia da Rosa, Saraí Schmidt, Raul Graf de Miranda e Vera Dones. TexTos: Caroline Costa, Daniel Gruber, Jéssica Scherer e Mariana John. DiagRamação: Caroline Costa, Caroline Pilger, Daniel Gruber, Jéssica Scherer, Mariana John e Xavier Martinez. foTogRafias: Caroline Costa, Daniel Gruber, Jéssica Scherer, Leon-ardo Bach e Mariana John. TRaTamenTo De imagens: Daniel Gruber, Leonardo Bach e Xavier Martinez. foTo Da CaPa: Jéssica Scherer. anúnCio: Xavier Martinez. Conselho eDiToRial: Andrea Zimmer, Cláudia Cunha, Jaqueline Goetz, Carlos Bach e Jandira Petry. imPRessão: Impressos Portão TiRagem: 2.500 exemplares Fale com o Jornal Fala Kephas (51) 3586 8800 ramal 9095 - [email protected]
Contando nossa história
A vida continua! É as-
sim mesmo! A natu-
reza quis assim! Foi
uma fatalidade! O importante
é seguir em frente! Tudo pas-
sa! Estas são algumas explica-
ções que banalizam a dor de
uma família pela perda de três
crianças e de uma escola pela
perda de três alunos, essas
mesmas três crianças, de uma
forma trágica. Esta edição do
Fala Kephas marca um mo-
mento difícil e doloroso para
todos os moradores do lotea-
mento Kephas e do bairro São
José, e de todos aqueles que
acreditam que a vida de uma
pessoa não tem preço e que a
morte violenta de três crian-
ças é algo que não deve ser
esquecido.
Este luto nos provoca um
sentimento de incompetên-
cia como cidadãos e mostra
o quanto estamos a cada dia
menos humanos. Acreditar
que o ocorrido foi uma sim-
ples fatalidade e que é com-
preensível uma família viver
numa zona de risco é apostar
na possibilidade de que a chu-
va forte possa também lavar
a nossa alma. É deixar escoar
o nosso sentimento mais caro
como humanos: a indignação.
Que a lembrança das três
crianças moradoras do Ke-
phas/São José nos motive
para o resgate do espírito de
coletividade de uma comuni-
dade. Que possamos juntos:
escola, famílias, poder públi-
co, universidade, construir
um caminho onde a indigna-
ção pela falta de humanidade,
em que muitos dos nossos
ainda vivem, nos fortaleça e
nos una. Que a chuva que tan-
ta tristeza trouxe a nossa gen-
te não tenha carregado nossa
capacidade de lutar por uma
vida digna para todos.
Esta edição também marca
um momento em que a mídia
nacional decidiu olhar para
nossa cidade e em especial
para a escola Eugênio. Muitos
foram os comentários, grande
a euforia. Mas, o que apareceu
na televisão em rede nacio-
nal é que ela é a pior escola
do município. De uma forma
inconsequente, aligeirada, a
reportagem e o especialista
em educação (que ficaram me-
nos de duas horas na escola)
fizeram afirmações categóri-
cas e julgaram uma situação
que de fato não conhecem.
Para aqueles que não conhe-
cem a Eugênio bem de perto
pode parecer verdade. Mas
justamente o que nos con-
tagia na Eugênio é que essa
escola tem um grupo de pro-
fessores comprometidos e
que não desistiram de conti-
nuar nela. Assim como esta
comunidade é formada por
famílias, que apesar de todas
as dificuldades, de todas as
mazelas impostas por uma
condição econômica pouco
privilegiada, não desistiram
de criar seus filhos. Isto vai
muito além de qualquer dado
estatístico que pretende fragi-
lizar a relação de cumplicida-
de, a parceria, entre e a escola
e sua comunidade. E é por
isto que este jornal tem como
proposta transformar em no-
tícia aquilo que de fato acon-
tece nas escolas públicas do
Kephas/São José. Queremos
contar a história que somen-
te os professores comprome-
tidos, os alunos e as famílias
que vivem o cotidiano da es-
cola podem contar. Este jornal
tem orgulho de fazer parte da
história da Eugênio. Uma boa
leitura para todos!
Envie seus comentários
para [email protected].
Agora contamos também com
um site onde compartilhamos
as ações do projeto de exten-
são Nosso Bairro em Pauta
e multiplicamos a leitura do
nosso Fala Kephas. Acesse:
http://www.feevale.br/nosso-
bairro.
Equipe Nosso Bairro em Pauta
3 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
POR ONDE ANDA ?
A coragem de abrir o próprio negócio
Nessa edição, a seção Por onde anda vai contar a
história de dois ex- alunos, Jair Ulrich da Silva e
João Eduardo Diehl. Dois empresários que, mesmo
com o passar do tempo, não perderam o vínculo
com a escola. Jair estudou na EMEF Eugênio Nelson
Ritzel e João Eduardo estudou na EMEF Campos
Salles.
MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS
Jair, hoje dono do mer-
cado Pão Quente, já
trabalhava no ramo ali-
mentício quando estudava na
Eugênio. “Desde pequeno me
criei no ramo. Aprendi e op-
tei por seguir”. Com quinze
anos, administrava o mercado
da irmã. Assim, juntou econo-
mias, adquiriu conhecimentos
e com dezoito anos abriu o
seu primeiro negócio.
Porém, aos vinte anos, foi
Assim como Jair, João
Eduardo,conhecido
como Seu Cuca, tam-
bém tem lembranças de ami-
zades construídas na escola.
“Lembro bem da diretora,
Dona Eva. Naquela época, não
tinha merendeira e ela repar-
tia sua merenda conosco”,
conta emocionado. “Só exis-
tiam duas salas de madeira,
não tinha esses brinquedos
que têm hoje”, lembra.
Há vinte anos, Seu Cuca
trabalha com o mercado cal-
çadista. “Eu sempre gostei de
couro, do cheiro dele, tinha
uma fabriqueta perto da mi-
nha casa. Entrei nesse mer-
cado porque ele sempre foi
predominante aqui em Novo
Hamburgo. Atualmente, tra-
embora para o Paraná tentar
novos investimentos. Além
disso, lá ele estaria perto da
sua família. “Investi o que eu
tinha e acabou não dando cer-
to. Optei por voltar. Aqui, eu
já tinha um bom conhecimen-
to, tinha fornecedores, bom
crédito. Foi muito batalhado
para eu dar a volta por cima.
Quando tu cais um degrau, às
vezes, tu perdes pessoas que
estavam do teu lado. Às vezes,
tu achas que tem amigos, mas
não tem. Mas graças a Deus eu
balho com palmilhas para tê-
nis”, conta o dono da empresa
Cris e Wagner.
João Eduardo procura vir
todos os anos na Campos
Salles. “Eu ajudo sempre que
posso. Ajudo na Páscoa e já
cantei aqui na escola, na fes-
ta do dia das crianças e das
mães”, conta ele.
Ao perguntar que dicas
eles dariam para os alunos,
Seu Cuca menciona o estudo.
“Estudar sempre, procurar
técnicos. O SENAI, por exem-
plo, lá você já sai com o em-
prego garantido”.
Jair ressalta a perseveran-
ça, “Em tudo que vamos fazer
tem que haver determinação.
Por trás de uma grande vitó-
ria, vem uma grande luta.”
“SEMPRE GOSTEI DE COURO”
“COM QUINZE ANOS JÁ ADMINISTRAVA”
tive bastante apoio, força para
lutar e conseguir de novo”, de-
clara Jair emocionado.
Das lembranças da Eugê-
nio, Jair guarda a amizade que
sempre teve com os professo-
res. “Todos eles eu me lem-
bro bem. Além de aluno, eu
era amigo, a gente tinha uma
boa convivência. Hoje, segui-
damente, eu visito o colégio,
converso com os professores.
E eles também vêm ao meu
estabelecimento”, comenta o
empresário. Seu Cuca , dono da empresa Cris e Wagner Foto: Mariana John
Jair, hoje dono do mercado Pão Quente Foto: Jéssica Scherer
SALA DE AULA É NOTÍCIA
04 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Inspirada na obra de Vik Muniz, a pro-fessora de artes da escola Adolfina, Eva
Monalisa Quadro, lançou para seus alunos de 8º ano o desafio de transfor-mar o trivial em obra de arte. A proposta inicial do trabalho era fazer com que os alunos pensassem na mesma linha do artista. Depois de conhecerem um pouco sobre Vik Muniz, as turmas puderam soltar a imaginação e mostrar que tudo pode ser transforma-do em belas obras de arte.
O resultado dos tra-balhos foi a utilização de materiais recicláveis e até mesmo perecíveis, usados de forma criativa pelos alunos, que fizeram a releitura de obras clás-sicas de autores famosos. Como a inspiração inicial era Vik Muniz, a segunda parte do trabalho foi fo-tografar as obras prontas, mesma técnica utilizada pelo artista para registrar
seus trabalhos. A profes-sora Monalisa comenta que se surpreendeu com o envolvimento e empenho da maioria dos alunos.
VIK MUNIZ PASSO A PASSO
Primeiro, estudar as obras
e vida de Vik Muniz. Em seguida, criar algo inspi-rado no autor. Terceiro, fotografar o trabalho fi-nal. Pensa que acabou? A professora Monalisa pediu ainda para os alunos pro-duzirem um vídeo contan-do como foi a preparação do trabalho e, o mais im-portante, que entrevistas-sem um catador de lixo. O objetivo era despertar a consciência da gurizada e derrubar preconceitos. A proposta era que seus alu-nos refletissem o porquê dessa situação: falta de oportunidade ou estudo? Fica aí uma questão a ser pensada por todos.
O resultado de se-manas de trabalho em cima do mesmo tema é
Vik Muniz é tema em sala de aulaO objetivo é trabalhar a arte no sentido de repensar a valorização humana
CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS
Sobre Muniz...
trabalhar a arte no sentido de repensar a valorização humana. Derrubar preconceitos injetados na sociedade e transformar esses adolescentes em adultos com uma visão diferente da realidade do país. Incentivar que usem a criatividade como fonte de transformação e de valorização da pessoa para que criem um olhar diferente sobre tudo o que parece cotidiano.
Os trabalhos
realizados pelos
alunos tiveram
como inspiração
as obras de Vik
Muniz.
Vicente José de Oliveira Muniz é fotógrafo,
pintor, desenhista e escultor. Natural de São
Paulo, Vik Muniz, como é conhecido, mora des-
de 1988 em Nova York e vê em materiais inu-
sitados, e até no lixo, o que muitos não vêem:
a arte. É com coisas cotidianas, como katchup,
por exemplo, que o artista recria diversas pos-
sibilidades de perceber e apresentar o mundo.
Vick Muniz é autor do filme Lixo Extraordinário,
que recentemente concorreu ao Oscar de me-
lhor documentário.
professora descobriu um modo de introduzir essa diferença na vida escolar dessas crianças. “Escolhi o arco-íris, pelo fato de ser colorido e envolvido por fantasias, o que desperta o interesse dos alunos trabalhando o assunto de forma que abrangesse di-versas áreas”. Para o estu-dante Jonny Michael dos Santos, 8 anos, a surpresa do arco-íris deixou uma boa impressão e muito en-tusiasmo para aprender.
Para a professora, a experiência do projeto Arco-íris tem proporcio-nado a troca entre profes-sor e aluno, que dividem experiências e conheci-mento nas aulas. “Em dois meses consegui trabalhar assuntos variados. Os alunos realizaram leituras relacionadas ao arco-íris, tiveram a oportunidade de montar encenações teatrais e fizeram a expe-riência de como o arco-íris se forma, utilizando água e espelho”. A turma foi premiada com um bolo colorido, em que a receita virou conteúdo de aula. Segundo Adriana, o impor-tante é trazer um tópico que chame a atenção das crianças para trabalhar. Os pais percebem a di-ferença, como a dona de casa Rosemeri Aparecida Barbosa da Silva, mãe de Patrick Barbosa Silva, alu-no participante do proje-to. “O comportamento do meu filho melhorou muito e o interesse pela escola também aumentou. Não somente o comportamen-
SALA DE AULA É NOTÍCIA
5 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Todo encanto do Arco-íris na sala de aulaO fenômeno é usado como tema para introduzir nova fase escolar dos alunos
Você imaginou entrar na sala de aula e atravessar um arco-íris?
Pois, os alunos do 3º ano da EMEF Campos Salles estão vivendo esta expe-riência desde o início do ano. A professora Adriana recebeu sua turma com esta surpresa, ao deco-rar a porta de entrada da classe com nuvens de algodão e um colorido arco-íris. O projeto Arco--íris tem como principal objetivo despertar um olhar diferenciado e a criatividade dos estudantes, fazendo com que os momentos em sala de aula tenham mais ligação com a realidade.
O colorido e o encanta-mento também servem como lições de cidadania. No envolvimento com o arco-íris as crianças vão descobrindo que a va-lorização da escola e o respeito ao próximo são questões tão importantes quanto os experimentos de ciências e a tabuada.
O projeto Arco-íris, que é trabalhado com os terceiros anos da EMEF Campos Salles, surgiu da ideia de fazer com que o ensino se torne ainda mais atraente. Como ex-plica Adriana: “no terceiro ano as aulas começam a ser divididas por classes específicas como, por exemplo, Matemática, Português e Ciências”. Foi com o projeto que a
CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS
“Fiquei muito
entusiasmado
quando vi a porta
da sala de aula
decorada com o arco-
íris”. Jonny Michael
dos Santos (8)
to de Patrick mudou, mas de toda turma”, comenta a mãe .
Melhorar a convivên-cia entre os alunos e despertar o interesse e a curiosidade pelo saber são os desafios lançados por Adriana, que encontrou no encantamento do arco-íris a chave para abrir as por-tas de um belo caminho a ser trilhado junto aos seus alunos. Um projeto que tem refletido seus resultados nos trabalhos feitos em sala de aula e na convivência entre os cole-gas e, até mesmo, entre os familiares.
Turma do terceiro ano em frente ao arco-íris produzido em aula Foto: Caroline Costa
A criança descobre
a valorização da
escola e o respeito
ao próximo.
Patrick e a mãe Rosemeri da Silva
CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS
SALA DE AULA É NOTÍCIA
6 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Cálculos e exercícios saudáveisProfessores encontram na alimentação maneiras de trabalhar diversos assuntos em sala de aula
Professor Rogério Perini fazendo as medições com os alunos. Foto: Jéssica Scherer
Quem disse que matemática não combina com alimentação? Os
professores da EMEF Eugê-nio Nelson Ritzel afirmam que um pode ter tudo a ver com o outro, mesmo dentro da sala de aula. Preocupados com a ali-mentação de seus alunos, os professores decidiram trabalhar o tema em dife-rentes aspectos e tentar encaixá-lo no contexto de suas aulas. O projeto está em fase
inicial e tem como objeti-vo comprovar a afirmação “Você é aquilo que come”, buscando a influência da alimentação na saúde dos alunos. A iniciativa foi do professor de Educação Física Rogério Perini, que realizou a medição do peso e altura das crianças, a fim de montar um per-fil geral de seus alunos. “A princípio o trabalho estava direcionado para a alimentação das crianças, combinada com exercícios físicos. Decidimos traba-lhar o assunto relacionado a outras áreas de aprendi-zagem, como a matemáti-ca, por exemplo”.Isso mesmo, matemática.
Os professores Andrea Pavani e Claudiomir Feus-tler acreditam que há uma grande relação entre os dois assuntos. Nas aulas de matemática as crianças aprendem a calcular o ín-dice de massa corporal e as calorias. “O aluno hoje não é instigado a pensar, por isso a proposta do
projeto é fazer com que os estudantes aprendam a analisar e interpretar as questões dadas em aula”. Assim como na ma-temática, o professor de geografia, Marcos André Hans, também encontrou um meio de encaixar a alimentação em suas au-las, trabalhando os pratos típicos de cada região do país. Para esse grupo de pro-
fessores da EMEF Eugênio Nelson Ritzel, a alimen-tação e a saúde deveriam ser os primeiros temas abordados nas escolas, para que as crianças co-mecem sua vida escolar esclarecendo dúvidas e recebendo orientações
sobre uma alimentação saudável. Outra ideia do grupo é levar para a escola palestras com profissio-nais da saúde, como uma nutricionista, um médico e um enfermeiro, falando da importância de se alimen-tar bem.Uma forma que os pro-
fessores encontraram para se comunicar foi através do blog www.kephas1.blo-gspot.com , que foi feito para acompanhar os tra-balhos desenvolvidos em sala de aula. O blog pode ser acessado por pais e alunos que desejam ter mais informações sobre o projeto.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um número calculado a partir do peso e altura da pessoa e é padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. Apesar de não discriminar os componentes gordo e magro da massa corporal total, este é o método mais prático para avaliar o grau de risco associado à obesidade. O Índice de Massa Corpórea (IMC) é considerado normal quando maior de 18,5 e menor do que 24,9. Para calcular o IMC é simples, basta dividir o peso pela altura ao quadrado (IMC = peso ÷ altura2).
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC):
CAROLINE COSTA | JORNAL FALA KEPHAS
SALA DE AULA É NOTÍCIA
7 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Aprendendo e praticando a cidadaniaAlunos integrantes do Clube do Cidadão Júnior são exemplo na Rodrigues Alves
Alunas com o crachá do Clube do Cidadão Júnior. Foto: Jéssica Scherer
Os alunos da EMEF Rodri-gues Alves têm na sua rotina
escolar aulas que vão mui-to além da matemática e do português. Diariamen-te os professores traba-lham para desenvolver a cidadania na escola. O trabalho faz parte de um amplo projeto que aconte-ce o ano inteiro realizado por meio do programa “Aprendendo e praticando a cidadania”. A professo-ra Jandira Petry é quem coordena o trabalho feito na Rodrigues Alves com as turmas de quarto ano.O Clube Cidadão Júnior
foi formado para ajudar
a desenvolver a cidada-nia em vários aspectos. Ao fazer parte do clube a criança recebe um crachá de identificação, contendo seus dados e foto.
“Ajudar as crian-
ças a se tornar
cidadãos é uma
prática importan-
te em todas as
escolas”
A professora Jandira comenta que o crachá não tem somente o papel de identificar cada integran-te, ele existe também para que as crianças sintam a responsabilidade de se
portar de maneira exem-plar. “Ajudar a criança a se
tornar cidadão é uma prá-tica importante em todas as escolas” afirma a pro-fessora. Segundo ela “nos-sas crianças têm muito tempo para aprender a ta-buada, mas o cidadão que a criança vai ser quando adulto é formado ainda na infância e é dever da escola trabalhar desde cedo a questão da cidada-nia dos alunos”. O foco do trabalho está voltado para o aprendizado da ci-dadania dentro da cidade de Novo Hamburgo. Como ela mesma afirma, existe nos adultos de hoje uma falta desse conhecimento, já que muitos nem mesmo
conhecem as leis do muni-cípio, por exemplo.O Clube do Cidadão
Júnior acontece o tempo todo durante as aulas e existem regras para que o “jogo” funcione. A pro-fessora avalia o compor-tamento das crianças no recreio, nas aulas e tam-bém nas saídas de campo realizadas para estudo, percebendo uma grande melhora no comporta-mento dos integrantes do clube. O principal objetivo de
todo trabalho realizado na escola Rodrigues Alves com o Clube do Cidadão Júnior é transformar os pequenos em grandes cidadãos ainda quando criança, para que cheguem à fase adulta conscientes da importância do bom comportamento e respeito ao próximo.
Crachá da aluna Betina Moraes, participante do projeto.
Aluna Pâmela Santa, com o seu crachá do Clube do Cidadão Júnior. Foto: Jéssica Scherer
8 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
SAÚDE
Não deixe de sorrirA importância do cuidado com os dentes
MARIANA JOHN | JORNAL FALA KEPHAS
“O flúor é o
único elemento
da natureza que
realmente previne e
trata a cárie”.
Dra. Maria Elena
DICAS
> Ir ao dentista pelo menos uma vez ao ano
> Escovar e usar o fio dental diariamente
> Usar flúor
> Escovar os dentes depois de ingerir alimentos com açúcar
CURIOSIDADE: Logo que mul-her desperte o desejo de ser mãe ou já está no início da gestação, é importante que ela vá fazer uma revisão no dentista. Pois, quando a mul-her está grávida, ela tem uma tendência maior a ter gengi-vite, inflamação da gengiva.
Mesmo os bebês devem ir ao dentista para receber orien-tações. “Quando mais cedo vir a dentista, melhor. Isso é promover saúde”, declara a dentista.
Os dentes têm impor-
tantes funções, tais
como a mastigação, a
estética e a fonética. Por isso,
é preciso cuidar dos dentes
desde criança. Para saber al-
guns cuidados básicos sobre
higiene bucal a seção Saúde
da Folha Martin Pilger foi até
a Unidade Básica de Saúde
Guarani, conversar com a
dentista Maria Elena Gageiros
Soares.
De acordo com Maria Ele-
na, é importante que desde
cedo os pais criem o hábito
da escovação em seus filhos,
escovando seus dentes com
uma escova macia e adequa-
da à idade. “Às vezes, os pais
compram uma escova de
adulto achando que vai durar
mais. Esse pensamento está
errado, porque a boca de uma
criança pequena sempre pre-
cisa de uma escova infantil
e ela deve ser trocada a cada
três meses mais ou menos”,
revela a dentista. Assim como
os adultos, a crianças tam-
bém devem usar o fio dental
e escovar os dentes no míni-
mo três vezes ao dia. O corre-
to é escovar após as refeições
e, principalmente, antes de
dormir.
E por falar em refeições,
os dentistas classificam os
alimentos em saudáveis e
cariogênicos, isso é, aqueles
que causam cárie. Entre os
alimentos saudáveis desta-
cam- se as frutas, verduras,
leite puro, ovos, queijos e
carnes. Segundo Maria Elena,
todas as frutas e verduras
são benéficas aos dentes. Já
os alimentos cariogênicos
são os açúcares e os carboi-
dratos em geral. “Dentre eles
o açúcar é o vilão da histó-
ria. Qualquer alimento que
tenha açúcar, não importa
a forma desse alimento. Os
refrigerantes, um chazinho
com açúcar, a bolachinha, o
chiclete...”, explica a dentista.
No entanto, se for feito um
controle de açúcar, não have-
rá problema. O correto é, no
mínimo, um intervalo de três
horas para voltar a consumir
esse tipo de alimento, pois
esse é o tempo que o dente
precisa para se recuperar
esTa RePoRTagem esTá senDo vei-CulaDa nos joRnais fala KePhas e folha maRTin PilgeR.
do ataque ácido que sofreu.
Após esse intervalo a própria
saliva repõe para o dente os
sais minerais perdidos.
Além de cuidar a alimen-
tação, é importante usar o
flúor. Comentando sobre a
aplicação de flúor nas escolas
do município, Maria Elena
destaca que essa é uma ação
excelente, já que “o flúor é o
único elemento da natureza
que realmente previne e trata
a cárie”.
Está precisando de den-
tista? Vá à Unidade Básica
de Saúde! Lá são oferecidos
gratuitamente para a comu-
nidade os seguintes serviços:
obturações, limpezas, apli-
cações de flúor, extrações e
restaurações estéticas.
Posto de Kephas
Endereço: Rua Bernardo Ludwig -
Vila Diehl, Novo Hamburgo / RS.
Tá na hora da merendaCaderno especial: Alimentação
Não é de hoje que os pais estão preocupados com a
alimentação das nossas crianças e adolescentes. No entanto, com as recentes pesquisas realizadas por nutricionistas (os profissionais que estudam a reação dos alimentos no nosso corpo e na nossa saúde), podemos perceber que a atual geração está se alimentando muito pior do que as gerações anteriores. E você sabe por quê?
Os fatores são muitos. Um deles poderia ser a pressa em que vivemos hoje em dia. Estamos sempre correndo, não queremos perder tempo, apressados com algum compromisso e se alimentar saudavelmente dá trabalho e exige tempo. A praticidade de um lanche rápido – os chamados fast foods – cheios de gordura e com quase nenhum nutriente é a principal causa do crescimento no número de pessoas acima do peso ou obesas. Esse número também está aumentando entre as crianças e isso
tem preocupado os médicos. Outro fator é a intensidade da publicidade destinada a esses produtos não saudáveis, especialmente voltada às crianças. Propagandas de lanches, doces, refrigerante, guloseimas, salgadinhos e bolachas estão por toda a parte, na televisão, nas revistas, nos cartazes de supermercado.
A própria embalagem desses produtos está mais viva e colorida, repleta de personagens conhecidos, cores que incitam a vontade de comer, imagens que dão água na boca... Você já se deu conta? Isso contribui para que
todos, especialmente as crianças, prefiram um produto industrializado e artificial a uma fruta, verdura, cereal ou até carne.
A equipe do jornal Fala Kephas foi até as escolas Eugênio Nelson Ritzel, Adolfina Diefenthaler e Campos Salles e perguntou a alunos e professores como eles estão cuidando da alimentação. Também entrevistamos profissionais (nutricionistas e merendeiras) para descobrir algumas soluções simples para uma alimentação mais saudável.
CONTINUA >>
DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS
CADERNO ESPECIAL
“Minha filha não tem o costume de comer nada de man-hã, só um leite achocolatado. Ela não gosta de carne, mas come legumes. Uma vez por semana invento comi-das diferentes, pra ela ter mais vontade de comer. Ela tem medo de engordar, mas eu falo que ela está abaixo do peso. Ela traz lanche para a escola, geralmente um sanduíche, um bolo ou uma fruta. No almoço eu sempre como junto com ela, para cobrar que ela coma bem. Acho que ela está comendo pouco.”Jaqueline da Silva, mãe da Gabrieli, aluna do 5º ano da Campos Salles
10 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2010
Você tem fome de quê?Mãe e filha na cozinha
A merendeira Isabel
Rosa dos Santos e
sua filha, também
merendeira, Taiara Rosa dos
Santos, trabalham juntas na
cozinha da escola Adolfina
Diefenthäler. A parceria entre
mãe e filha dá um sabor todo
especial à comida que elas
preparam para as crianças.
“Adoro trabalhar na cozinha,
a gente percebe que as
crianças gostam muito de
comer aqui”, conta a mãe,
Isabel, “muitos nem comem
em casa”, acrescenta ela. Já
a filha, Taiara, destaca que o
papel das “tias da cozinha”
não terminam no almoço:
“a gente sempre sempre
faz o possível pelos alunos.
Quando eles não estão muito
bem nós preparamos um chá,
e quando se machucam nós
colocamos gelo. Estamos bem
próximos deles”, ela conta.
No refeitório da Adolfina,
o prato predileto é o arroz
doce. “Eles sempre pedem,
mas não é sempre que tem.
O cardápio da escola é feito
pelas nutricionistas da
Prefeitura. E agora que tem o
almoço, os doces ficam mais
para o lanche da manhã”,
explica a tia Isabel.
“Minha filha come fruta, verdura e gosta bastante de feijão e arroz, e toma bastante leite puro. Ela pede doce, mas eu tento cortar. Acompanho ela sempre no almoço, e ela come quatro vezes ao dia. Também come o lanche da escola, e às vezes leva fruta, mas também bola-cha e bolo. Eu me preo-cupo com a alimentação dela, para ela não comer errado.” Cleidinara da Silva, mãe da Pauline, aluna do 2º ano da Eugênio “Como eles são pequenos, não trabalhamos
com a pirâmide alimentar, mas trabalhamos com a alimentação saudável. Digo para eles não comerem muito doce e salgados, também porque faz mal para os dentes. Eu sempre incentivo a turma a comer o lanche da escola. No lanche tem bastante fruta, eles gostam disso. Verdura, quando tem, eles comem também. Aqui na escola, onde podemos ter o controle do que eles comem, sabemos que eles estão comendo bem”.Viviana Cemin, professora do 2º ano na es-cola Eugênio
Como eles estão se alimentando?
As merendeiras Isabel e Taiara trabalham juntas na cozinha da Adolfina Foto: Daniel Gruber
Mães de alunos e professora contam o que andam comento a gurizada das esco-las Eugênio Nelson Ritzel e Campos Salles
Que fruta é essa?
a) Maracujáb) Carambola C) Banana
1.
a) Maça Verdeb) LimãoC) Kiwi
2.
a) Caquib) Carambola C) Tomate
3.
a) Ameixa seca b) NectarinaC) Uva
4.
Hora de gravar o que foi ensaiado. Em um segundo momento foi assistido com os alunos o teatro deles e analisado com eles tudo o que poderia ser melhorado.
Como de costume depois de gravar, hora de assistir tudo e analisar. No decorrer da oficina as crianças aprender-am noções de storyboard (desenhos da sequência das cenas do comercial).
Criar um produto inovador e pensar como vendê-lo não é tarefa fácil, mas eles tiraram de letra. Com muito bom humor os alunos pegaram pesado para colocar tudo isso no papel.
Agora com roteiro pronto, hora de ensaiar e gravar novamente e aperfeiçoar o que não estava bom. Essas turmas são boas em cria-tividade. Aos poucos o resultado vai melhorando e os sorrisos vão aparecendo.
Em grupos os alunos desenvolveram um comercial em forma de teatro a partir do que haviam trabalhado anteriormente. Hora de colocar a mão na massa e ensaiar.
Hora de aprender como se faz um roteiro de verdade. Todos atentos na atividade proposta. Aprenderam noções básicas, nomenclaturas, funções, tudo para poderem seguir em frente.
Os grupos novamente gravam o que foi ensaiado. Essas turmas são boas em criatividade. Aos poucos o resultado vai melho-rando e os sorrisos vão aparecendo.
Uma nova proposta foi apresentada às turmas e aceita. Os es-tudantes farão um comercial incentivando à leitura. Para isso os alunos assistiram cinco vídeos e começaram a trabalhar sobre o assunto.
9| Jornal Fala Kephas | SETEMBRO 2010
Salgadinhos, bolachas
recheadas, pasteis,
bolos, balas... Parece
delicioso! E todo
mundo sabe que criança
adora, e adora levar para
a escola, partilhar com os
colegas e lanchar no recreio.
Só que quando as
guloseimas começam a tomar
o lugar das refeições, está na
hora de ligar o alerta da boa
alimentação. Não é de hoje
que as escolas perceberam
que esse tipo de merenda
não é o mais adequado
para a rotina alimentar das
crianças e adolescentes
nas instituições de ensino,
estipulando assim que
somente um dia da semana
seria reservado para trazer
comida de casa. Esse dia
ficou conhecido como o Dia
da Porcaria.
Mas você não acha
que alguma coisa está
errada nessa história? A
coordenadora pedagógica
da Escola Municipal
Adolfina Diefenthäler,
Débora Jucinsky, é contra
esse dia. “A gente está
sendo contraditório”, ela
acredita, “pois trabalhamos
diariamente a questão
da alimentação saudável,
então por que ter esse dia?
O próprio nome já diz, é
uma coisa ruim”. Segundo
ela, algumas turmas ainda
mantém o dia por insistência
dos alunos e até dos pais.
Nas outras, porém, ele foi
cancelado.
Débora acredita que para
muitos pais é até conveniente
ter o Dia da Porcaria. “O
que acontece é que muitos
deles não têm tempo para
preparar a comida do filho e
acabam mandando um lanche
pronto, o que é muito mais
fácil”, explica ela. Por isso
a escola está trabalhando
desde as séries iniciais a
educação e a reeducação
alimentar. “Semana passada
reunimos os alunos e falamos
sobre os males dos doces,
especialmente o chiclete, que
o pessoal consome muito”,
conta a coordenadora. “O
chiclete estraga os dentes
e dá uma falsa sensação de
fome enquanto a criança está
mascando”.
A professora do 3º
ano da Adolfina, Deise
Nonnemacher, trabalha
muito com essa questão em
sala de aula. “Desde o ano
passado venho fazendo um
trabalho com essa turma
sobre a alimentação saudável.
Os pais apoiam. Dentro da
sala a gente tenta sempre
valorizar a importância da
boa alimentação”, ela conta.
Para Deise, muitos dos seus
alunos vieram dos anos
anteriores acostumados ao
Dia da Porcaria. Hoje eles já
sabem que comer porcaria
não faz nada bem para os
dentes e para a saúde. “Nos
reunimos numa roda e
conversamos muito sobre o
assunto”, ela conta.
De acordo com a
professora, hoje os seus
alunos já aprenderam a se
alimentar de forma correta e
a maioria começou a gostar
de frutas e verduras. “O prato
deles hoje é bem colorido”,
ela comemora. “Muitas
verduras eles conheceram
em aula, como brócolis e
couve-flor”. Agora as frituras
e guloseimas ficam só para
os dias de passeios. Mesmo
assim, a gurizada do 3º ano
está consciente: escola não
é lugar de comer porcarias.
Alimentação é coisa séria.
“Se o carro não tem gasolina,
ele não funciona”, reforça a
professora Deise.
Por que Dia da Porcaria?
“Doce faz mal para os dentes, pode dar cárie. A gente tem
que comer comida saudável, salada, frutas. Gosto da co-
mida da escola”Vanessa Francisca da Silva
8 anos
DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS
“Faz mal para os dentes e para o nosso corpo. Não sinto falta porque eu não gosto de doce. Como salada e frutas. Gosto de maçã, couve-flor e
beterraba.”Luís Henrique Medeiros
9 anos
“Gosto de pirulito, bala, chiclete, bolacha, salgadinho. Sei que faz mal, mas eu gosto mesmo assim. Mas também como comida saudável.”Gustavo Kemmerich9 anos
“Queria que tivesse, porque ia ser mais gostoso na escola. Daí a gente não precisava comer durante a semana, porque comia só naquele dia.”Kariny Milena dos Santos8 anos
Sou a favor! Sou contra!
Alunos do 3º ano aprenderam que uma alimentação saudá-vel influencia no aprendizado na escola Foto: Caroline Costa
RESPOSTAS:1) b2) c
3) a4) c5) c
6) b7) b8) c
Que fruta é essa?
a) Morangob) FramboesaC) Amora
5.
a) Açaíb) JabuticabaC) Uva
6.
a) Maçãb) Romã C) Ameixa
7.
a) Mamãob) LaranjaC) Tomate
8.
11 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Antigamente, quan-
do a criança comia
bastante, a vovó
vinha apertar as
bochechas e dizer “ele está
tão corado”. As nossas avós
só ficavam satisfeitas quando
estávamos bem cheinhos.
Mas hoje a gente sabe
que comer bastante não é o
mesmo que comer bem, e a
criança não precisa ser magri-
nha para estar anêmica. “Ela
pode até ser obesa e mesmo
assim estar com anemia”, ex-
plica a nutricionista Cláudia
Denicol Winter, professora do
curso de Nutrição da Feevale.
Isso acontece porque a crian-
ça hoje em dia ingere muita
caloria e poucos nutrientes,
levando à falta de ferro no
organismo.
A diferença dos dias de
hoje para a época da nossa
avó é que agora os alimentos
industrializados e artificiais
estão entrando muito cedo
no cardápio. A nutricionista
ressalta os alimentos que en-
gordam, mas que não trazem
nenhum nutriente. Isso existe
muito nos condimentos que
as crianças gostam de colocar
no sanduíche: maionese,
ketchup, mostarda. A criança
está ingerindo comida, en-
chendo o estômago, agregan-
do gordura, energia e calorias
ao corpo, porém, nenhum
Professora de Nutrição da Feevale Cláudia Winter Foto: Daniel Gruber
nutriente. Esses produtos
estão repletos de corante e
tudo isso faz muito mal ao
organismo da criança em
formação.
As pesquisas referentes
à comercialização de alimen-
tos e de publicidade voltada
ao público infantil mostram
que a maioria dos produtos
industrializados dobrou o
tamanho das suas porções (os
pacotes, os vidros e as latas
estão maiores e com mais
conservantes) e o marketing
voltado às crianças se tornou
muito mais intenso. Isso
quer dizer que as marcas se
tornaram muito mais conhe-
cidas dos pequenos e estão
seduzindo ainda mais com
seus corantes e sabores arti-
ficiais. Por isso os nutricio-
Saiba os problemas que estão se agravando entre as crianças devido à má alimentação
Alguns dados sobre obesidade
* A incidência triplicou entre adolescentes de 5% para 17% no mundo inteiro; quadruplicou de 4% para 19% na faixa dos 6 a 11 anos; e dobrou de 5% para 14% na faixa entre 2 a 5 anos.
* Nos EUA, em torno de 30% das crianças estão com obesidade, e entre bebês de 6 meses a 2 anos a obe-sidade é de cerca de 12%.
* As causas não são somente ambientais ou genéticas, mas é verdade que os fatores ambientais comprometem mais que os genéticos. As brinca-deiras (gastos de energia da criança) são reduzidas. A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças não assistam mais do que 2 horas por dia de TV.
* As porções comerciais de alimentos dobraram de tamanho nos últimos anos e o marketing é muito forte para atingir as crianças.
* A obesidade aos 3 anos não parece determinar obe-sidade no adulto, mas se a criança é obesa aos 6 anos, ela tem 50% de chance de se tornar um adulto obeso. Na adolescência essa chance sobe para 70% a 80 %.
nistas estão tão preocupados
com o que comem as nossas
crianças e adolescentes. “A
alimentação está inadequada
desde muito cedo, isso é o
que preocupa”, explica a pro-
fessora Cláudia. A formação
do corpo acontece de forma
muito intensa até os 7 anos
e é preciso muita atenção
nessa fase para garantir uma
educação alimentar correta
para a criança.
De olho na alimentação
E você sabe quais os pro-
blemas que isso causa à sua
saúde? A obesidade infantil,
além de trazer problemas à
imagem e à convivência da
criança (a maioria dos gordi-
nhos são vítimas de brin-
Dicas da nutricionista
Refeições acompanhadas: os pais devem participar das refeições dos filhos e saber o que eles comem, evitando os alimentos que fujam da uma dieta saudável.
Definir horários: os pais de-vem estipular horários fixos para as crianças comerem. Isso evita que eles tenham
uma alimentação irregular.
Tomar leite puro: na fase escolar, a criança deve tomar pelo menos meio litro por dia. O leite é rico em cálcio, evitando que a criança fique com os ossos frágeis.
Comer fruta: é importante, pelo menos duas por dia. Elas possuem as vitaminas necessárias para a criança
crescer saudável. Comer fruta desde cedo ajuda ela a ter uma boa educação alimentar.
Coma carne: pelo menos 80 gramas por dia. A carne é o alimento mais rico em ferro, indispensável para o cresci-mento da criança.
Coma vegetais: entre 3 e 5 porções por dia. Cru ou cozidos, de preferência bem
variados.
Ponha hora no açúcar: doces e produtos industrializados podem ser muito saborosos, mas não são nada nutritivos. Estipule horários para comer doce. O ideal seria não mais do que uma vez por semana.
Muito arroz e feijão: a re-feição típica dos brasileiros ainda é a mais indispensável
às crianças. É barata, simples e nutritiva, rica nas vitaminas necessárias ao crescimento. De preferência, coma todos os dias.
Aproveite as folhas: não coloque os talos e as folhas dos vegetais fora. A folha da beterraba e da cenoura, por exemplo, são ricas em ferro. Corte bem e tempere a comida com elas.
cadeiras nas escolas), pode
trazer consequências à saúde
na idade adulta, como pro-
blemas no coração, pressão
arterial, excesso de colesterol
entre outros. Além disso, os
jovens de hoje estão mais
sedentários. Quando eles
ficam horas e horas sentadas
na frente da TV, do videoga-
me ou do computador, estão
acumulando caloria sem ter
gasto de energia e isso vai
fazer com que fiquem gordi-
nhos. Para evitar essa situa-
ção, além de ingerir menos
produtos artificiais, é preciso
fazer mais exercícios físicos.
Segundo a professora
Cláudia, nos Estados Unidos,
por exemplo, cerca de 30% de
todas as crianças estão acima
do peso. Ou seja, uma a cada
três crianças está gordinha.
Os pacotes de batatinha
frita são enormes por lá, e as
redes de lanchonetes fast-
-food estão por toda a parte.
E isso está acontecendo no
mundo inteiro. O resultado
é que o número de casos de
obesidade infantil triplicou
em adolescentes e quadripli-
cou em crianças no mundo
inteiro. Por isso, família e
escola devem ficar atentas
aos salgadinhos, doces, mas-
sas, refrigerantes e produtos
industrializados. É preciso
cuidar desde cedo da alimen-
tação, pois no futuro você se
sentirá aliviado de ter tido
esse cuidado.
DANIEL GRUBER | JORNAL FALA KEPHAS
Tá na hora de cuidar
CADERNO ESPECIAL
12 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
13 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
MARIANA JOHN JORNAL FALA KEPHAS
Os alunos Júlia, Elisandra, Bibiana e Denner na Fundação Liberato Foto:Leonardo Bach
Com a finalidade de aprofundar o estudo da matemática, a professora Tânia Mara de Barros realizou aulas de apoio direcionadas para alunos que tinham um objetivo: aprova-ção na Fundação Liberato. Dos dez alunos que realizaram
a prova, cinco foram aprovados: Julia Josiane de Mello Felizardo, Elisandra Torma Rocha, Denner Sperafico e Bibiana da Costa D’ Ávi-la. As aulas de apoio ocorreram ao longo do ano, duas vezes por se-
mana. “Nas semanas que tinham feriados, as gurias já ficavam pre-ocupadas, elas queriam ter aulas nos feriados e até recusavam con-vites de festas”, comenta a professora. Além das aulas, a professora acredita que o apoio da família foi
importante. “Eu notei uma diferença nos alunos que tem o amparo dos pais, ajudou a motivá-los e a mim também. Não só a família, mas também a vontade de querer aprender”.
Alunos da Adolfina aprovados na Liberato
DICAS DA GALERA
A aluna Alexsandra Arnold, indicou o livro “As meninas e o poeta” e sua amiga Bruna Stoffel, sugeriu o filme “Barbie e as 12 balarinas”.
A aluna Thalia Karolina adora as músicas do can-tor sertanejo Luan Santa-na, assim como maioria da garotada.
“ Eu escolhi estudar aqui por
causa das oportunidades que
posso ter no futuro, posso entrar
no mercado de trabalho com mais
facilidade”. Elisandra Torma
Rocha, 14, cursa eletrônica.
“Eu sou uma das alunas que
ficava preocupada quando não
tinham as aulas de apoio, porque
era uma matéria a menos que
nós aprenderíamos”.
Julia Josiane de Mello
Felizardo, 14, cursa eletrônica.
Alunos da Eugênio aproveitaram a grande festa num dia de muito divertimento para todas as idades. Brinquedos infláveis, tatuagens e shows de talentos mobilizaram a comunidade escolar Fotos: Jéssica Scherer
Discoteca, brinquedos infláveis, refrigerantes, bolos e apresenta-ções foram as atrações da festa de aniversário que a EMEF Eugênio
Nelson Ritzel organizou para comemorar seus 23 anos.
Uma das mais sorridentes da festa era a professora Eliane Vanti, que já leciona na escola há 21 anos. Emocionada, a ela reve-la: “Eu amo trabalhar aqui, eu amo esta es-cola”. A educadora, que se aposenta daqui a quatro anos, não pensa em parar de tra-balhar na Eugênio. “É muito bom estar aqui, a realidade é diferente, as pessoas são dife-rentes. Já conheço os filhos dos meus anti-gos alunos, conheço as famílias da escola.”
Em 1995, Tatiane Batista estudava na Eugênio e agora quem estuda é a sua filha, Giovana. Durante a comemoração, Tatiane lembra como era a escola. “Não tinha muro e nem tantas festas. Eu gostava dos pas-seios para Porto Alegre.” Giovana, que está há três anos na escola, aproveitou bastante a festa, principalmente as pinturas no ros-to.
Além dos alunos, as famílias também aproveitaram a festa. Dona Carmelinda da Silva Machado veio trazer seus dois netos. “Estou gostando de tudo”, comenta Carme-linda.
MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS
23 anos é motivo para comemorar!
Elias Matheus da Silva da turma 6ºC
14 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
15 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
FALA LEITOR
Inspirados na vida e na Literatura do escritor Monteiro Lobato, o projeto Monitores Literários, que trabalha com dança, litera-tura e teatro, tem como objetivo incentivar a leitura, potencia-lizar o desenvolvimento artístico e estimular à escrita. A partir
de uma pesquisa feita sobre o autor, os alunos dos 4º ano realizam uma poesia coletiva com danças e interpretações.
Coordenado pela professora Jaqueline Camila Goetz, o projeto acontece uma vez por semana, durante o turno contrário ao das aulas. Entre as atividades dos Monitores Literários o destaque está para a leitura de poesias, realização de pesquisas, trabalhos com o computador, arrumação da biblioteca e dos murais. Como repre-sentantes da escola, os alunos irão se apresentar na EMEF Adolfina Diefenthäler, criando assim laços com outros alunos do bairro.
Realizar entrevistas, interagir com a tur-ma, pesquisar e produzir os murais são algumas das tarefas dos Repórteres Mi-rins. O projeto, coordenado pela profes-sora Michele Krummenauer, tem o obje-
tivo de incentivar a leitura, a escrita e melhorar o vocabulário dos estudantes do 5º ano. Entre as tarefas do grupo está a elaboração do jornal com notícias da escola e da comunidade.
Monitores Literários: literatura, teatro e dança
Pequenos jornalistas
“Eu gosto de ser
Repórter Mirim, é
bem legal. Melhora a
escrita e a leitura. Sou
repórter desde o início
desse ano”.
Luis Gustavo Ribeiro
dos Santos.
DICAS DA GALERA
O aluno Eduardo Rodri-gues sugeriu o livro “O Fantasma de Canter-ville”.
O criador deste desenho é a aluna Maysa da turma 2°B
O projeto acontece uma vez por semana, durante o turno contrário ao das aulasFoto: Mariana John
O aluno Andrew Gabriel Nunes Dias indicou o fil-me “Coração de tinta”.
A aluna Aline Lacerda Bonfim é fã do cantor Jus-tin Bieber. Ela e metade das meninas da Campos.
MARIANA JOHN| JORNAL FALA KEPHAS
16 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
Délcio Tavares conversando com os alunos da Rodrigues Foto: Divulgação escola
MARIANA JOHN | JORNAL FALA KEPHAS
Para fechar a semana do aniversário de Novo Hamburgo e da Escola Rodrigues
Alves, no sábado, dia 09 de abril, os professores orga-nizaram a “Festa da Famí-lia”. A roda de chimarrão, sorteios, brincadeiras e o bazar da troca solidária fo-ram as principais atrações.
Segundo a diretora
Adriane Lazzarin, o obje-tivo era criar uma opor-tunidade para que os pais pudessem conhecer e con-viver mais na escola. “A ideia é envolver a família, que eles não venham aqui só na entrega de boletins ou nas reclamações”, destacou Adriane. Além disso, a escola aproveitou a ocasião para oferecer
alguns serviços básicos à comunidade, tais como a medição de pressão.
Entre as atrações, as alunas Eduarda Stella da Silva e Cristine Monique Maus destacaram o gosto pelos sorteios. “Os brindes eram legais, tinha bolsa, agenda... mas não ganhei nada”, revela Eduarda Stella da Silva.
Durante a festa, uma atração teve um des-taque especial: o Bazar da Troca Solidária que com roupas, sapatos e brinquedos trocados pelos alunos e professores, ale-
grou a comemoração. “Todos se divertiram. A im-portância é ter novos objetos sem gastar dinheiro”, declara uma das professoras que participou do Ba-zar, Liria Pasini.
Organizado pela professora de artes, Nanci dos Santos, a ideia do Bazar era retomar hábitos anti-gos, quando não havia dinheiro e as compras eram realizadas através de trocas. E ainda, fazer com que os alunos participarem de um ato solidário.
Realizado pela primeira vez na escola, as profes-soras trouxeram a maioria dos objetos. “Trouxemos para os alunos terem uma ideia de como vão fun-cionar os próximos bazares, verificar que nenhum objeto estava estragado e se a troca estava sendo justa. Não da para trocar uma bola de gude por uma de futebol”, comenta a professora Jandira Petry.
E m comemoração aos 84 anos de emancipação de Novo Hamburgo e aos 49 anos da EMEF Pres. Rodrigues Alves, duas personalidades impor-
tantes para a cidade visitaram o colégio. Logo no primeiro dia, 04 de abril, Délcio Tavares, compositor do hino de Novo Ham-burgo, presenciou a entoação dos hinos da cidade e da escola.
E no dia 07 de abril, Alceu Feijó, jorna-lista e fotógrafo, participou de uma roda de conversa sobre a Emancipação de Novo
Hamburgo. “Alceu atraiu os alunos maiores e interagiu com as crianças”, comenta a di-retora Adriane Lazzarin.
Segundo Adriane, o objetivo das visitas era aumentar o conhecimento dos estudan-tes. “Com a presença do Alceu, os alunos conheceram a evolução da cidade. Já com o Tavares, eles perceberam a importância da criação do hino, além de conhecer o autor. Eles são figuras da nossa cidade”, declara a diretora.
Grandes personalidades presentes na semana da escola
Festa da Família é destaque na Rodrigues
Troca Solidária
DICAS DA GALERA
A aluna Morgana Regi-na Ramos Borba indicou o livro “Vovô foi via-jar”.
A aluna Vitória Beatriz Gottlieb sugeriu o filme “Saga Crepúsculo- Lua Nova”.
A aluna Cristine Monique Maus Carlesso adora as músicas do cantor Justin Bieber.
17 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
OFICINAS
JÉSSICA SCHERER|JORNAL FALA KEPHAS
Alunos da Adolfina e Eugênio discutem a publicidade de alimentos
Desde o início de março os alu-nos das escolas Adolfina e Eu-
gênio estão tendo a opor-tunidade de participar de Oficinas de Mídia e Educa-ção. Neste ano o trabalho tem como tema a alimen-tação saudável. Nos pri-
“O que mais gosto nas
oficinas é a possibili-
dade de aprender mais
sobre a publicidade e
propaganda, e entender
melhor o que estamos
consumindo”.
Rafaela Damasceno, 6º B
“O interessante de par-
ticipar das oficinas é
que aprendemos muitas
coisas como, por exem-
plo, a importância da
alimentação saudável”.
Betina Roberta da Silva, 6º B
meiros encontros foram apresentados comerciais veiculados na televisão, quando os alunos pude-ram perceber que a propa-ganda televisiva é voltada para alimentos não saudá-veis. Após assistir os co-mercias os jovens discuti-ram aquilo que eles estão ensinado. Na sequência os alunos
produziram um peça pu-
blicitária utilizando como produto uma fruta. Este exercício foi a primeira primeira experiência na criação de anúncios. A proposta é desmistifi-
car o mundo da Comuni-cação e compreender as diferentes etapas de cons-trução de uma propagan-da. A professora do curso de Publicidade e Propagan-da Feevale Marta Santos
lembra a importância de discutir os ensinamentos da mídia na escola. “É um trabalho muito significati-vo quandos os jovens são motivados para fazer uma leitura crítica. Nas ofici-nas eles estão refletindo e ainda desenvolvendo uma nova proposta expressan-do a sua opinião”, comen-ta a professora. As oficinas fazem parte
do Projeto Nosso Bairro em Pauta da Feevale e estão integradas com as aulas de Língua Portuguesa dos professores Sara Beltrame e Carlos Bach. O trabalho continuará no segundo se-mestre quando os alunos construirão uma campa-nha publicitária de cons-cientização sobre a im-portância da alimentação saudável.
Estudantes confeccionaram pastas para guardar os materiais produzidos nas oficinas Foto: Jéssica Scherer
Anúncios criados pelos alunos, a partir do tema alimentação saudavél.
Pequenos assistem filmes na Feevale
Alunos assistindo ao filme Cócóricó Foto: Leonardo Bach
O cinema como fer-ramenta para au-xiliar a educação.
Este é o tema das oficinas que os alunos das escolas Adolfina, Eugênio, Rodri-gues estão participando desde o início do ano. Os encontros acontecem nas sexta-feiras quinzenalmen-te na Feevale. O trabalho é realizado em parceria com o professor regente da turma.
Após o filme, na sala de aula, os alunos realizam atividades voltadas ao tema principal daquela semana. Estes traba-lhos são fotografados e pro-jetados no telão na próxima sessão. Além das três escolas do bairro São José, também participam alunos de três escolas do bairro São José e uma escola de Canudos. Cerca de 200 alunos da Edu-cação Infantil e 1º ano estão participando.
A equipe do projeto Nos-so Bairro em Pauta selecionou
Trabalho feito pelo aluno Gustavo Otto da Silva Berving sobre o filme Pingu.
Trabalho feito pelo aluno Giéser Daniel Gonçalves dos Santos sobre o filme Cócóricó.
Trabalho feito pelo aluno Alexandre Ray da Silva sobre o filme Charlie e Lola.
filmes infantis que tenham uma proposta interessante e diferenciada. “Buscamos fil-mes que não tenham a lógica da princesinha ou cenas de violência. A ideia é incenti-var o consumo de filmes que tenham uma narrativa que promova valores éticos”, comenta a professora Saraí Schmidt.
Neste semestre os filmes foram organizados em três blocos: produção nacional; séries que veiculam na TV; filmes de natureza. Os aca-dêmicos participam de todas as etapas do tra.balho. Leo-nardo Bach, acadêmico de Publicidade considera que as oficinas são uma opor-tunidade para aproximar as crianças da rede pública da beleza da sétima arte: “É muito gratificante ver o en-cantamento das crianças du-rante a projeção e o orgulho deles quando apresentamos o trabalho que eles produzi-ram a partir de cada filme”, comenta o jovem.
JÉSSICA SCHERER|JORNAL FALA KEPHAS
OFICINAS
18 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
19 | Jornal Fala Kephas | JUNHO 2011
INSTITUCIONAL
Alimentação saudável em foco Alunos da Rodrigues e Campos participam de oficinas de fotografia
Mostrar o bairro a partir do olhar dos alunos das Escolas Campos Salles e Rodrigues
Alves. Este é o objetivo das oficinas Imagens do São José com o tema Alimentação
Saudável. Neste ano, os alunos do 4º e 5º ano aprendem noções básicas de como fazer
fotografias. Os alunos divididos em grupos de trabalho desenvolvem sua técnica fotográfica,
com exercícios simples, usando os colegas como modelos. A partir deste conhecimento inicial,
serão realizadas saídas de campo e visitas aos vizinhos da escola que tenham hortas ou cultivem
alguma árvore frutífera. Estas fotos são o registro de frutas do bairro São José produzidas pelos
alunos da Campos Salles.
Momentos de produção das fotografias na Rodrigues Alves e Campos Salles.Fotos: Leonardo Bach