5/9/2018 Fascculo 5 - slidepdf.com
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O maior desafio de quem se responsabiliza pela gestão do estoque é lidar com a questão das peças que estãohá meses encalhadas no estoque. Para muitas autopeças, a quantidade de itens que deixam de ser consumidos
chega a ser um problema crônico. Como administrar melhor, antecipadamente? Adotando uma política de
promoções e descarte em função da atualidade, do preço e do valor do estoque do item.
Eis algumas opções:
• Ferro velho
• Sites especializados na internet
• Doação
• Venda para outras lojas onde existe demanda para esta peça
Quanto ao preço, lembre-se de que a falta de itens baratos é muito menos compreendida (e negociável) pelo
cliente do que a falta de mercadorias caras. Mas privilegiar itens baratos não significa trocar itens caros por
maiores quantidades de itens baratos (o que não alteraria o valor total do estoque) e, muito menos, procurar
preços mais baixos em peças alternativas - o que acarretaria na perda de credibilidade perante os clientes.
Para saber o saldo final do seu estoque durante o mês, bimestre ou qualquer período, aplica-se a fórmula:
Saldo final = (saldo inicial + compras) – CMV (*)(*) custo líquido das mercadorias vendidas, não inclua as devoluções.
Agora, veja como é possível medir o nível de eficiência do estoque, num determinado período, para gerar receita.
Grau de eficiência (%) = Preço de custo das mercadorias vendidas (CMV)
Valor total do seu estoque a preço de custo (*)
Quanto maior o valor percentual, melhor está se gerenciando o estoque.
Por exemplo, uma loja que vendeu R$ 20 mil durante um mês e tem um estoque que vale R$ 250 mil a preço
de custo, usou 12,5% do seu estoque para chegar a tal faturamento. Isso quer dizer que 87,5% do seu estoque
ficou parado e que o giro está sendo de 7, 8, 9 meses ou mais – uma situação nada satisfatória para a empresa.
Os sistemas informatizados nas duas lojas de Rogério Carnevale, em São Paulo, estão sempre online.
O empresário verifica diariamente as sugestões de compras, o estoque mínimo em função das demandas,
volume, giro, curvas ABC e tudo mais que o seu sistema permite. Mas apesar de todos os relatórios e
análises, o que manda na hora da compra é o bom senso e o feeling de empresário. “Se a máquina sugere
que eu compre 100 peças e eu sei que ela vende muito, compro 200”, conta. Para ele, a “máquina” é seu
grande aliado, mas as pessoas são as maiores responsáveis pela gestão eficaz dos estoques. Antes da
compra, pessoas fazem cotações com 5 ou 6 fornecedores, o empresário decide sobre o melhor deles,
o estoque das respectivas peças é contado e, só então, é feito o pedido. Os 25 mil itens das duas lojas
estão projetados para atender demanda de 80 dias, e seu estoque crítico é de 15 dias. “Tenho que ficar
de olhos abertos na curva ABC”, diz Carnevale. Mensalmente, é feita uma limpeza do estoque e as peças
encalhadas são doadas ou vendidas. “Unimos a tecnologia ao feeling, esse é o segredo”.
Seis meses. Esse é o tempo suficiente
para uma peça se tornar obsoleta.
Se for das mais caras, descarte-a após o
primeiro mês de estoque
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Já dissemos que o estoque é o motor de uma loja de
autopeças. E também que as peças estocadas devem
ser vistas como dinheiro guardado no banco. Todo cuidado
é pouco no que diz respeito ao gerenciamento do estoque.
Do manuseio das peças ao controle de entradas e saídas,
da limpeza às informações que indicam os resultados da empresa, da localização às compras eficazes. Sabend
gerenciar o estoque, você tem meio caminho andado para a excelência na gestão dos seus negócios
Concei tualmente. . .
O estoque se forma em parte pelo excesso que não foi consumido e, em outra parte, para satisfazer uma necessidad
futura. Isso é claro para qualquer um. Mas aqueles que gerenciam o estoque precisam ter em mente que
A busca pelo estoque ideal tem como meta a menor sobra possível da demanda passada e a provisão exat
da demanda futura.
A demanda também precisa ser registrada no sistema para estar sempre presente nos relatórios gerenciais e, assim, permitir
ao empresário tomar as decisões corretamente, ou seja, comprar sempre as peças certas e em quantidade necessária.
Demanda nada mais é do que a procura certa por uma determinada peça. Ela diferencia-se de uma simple
consulta, pois certamente resulta em venda caso o item esteja no estoque. Caso contrário, vira uma venda perdida
Poucos são os empresários das autopeças que trabalham com a apuração de resultados. Também são poucos o
que têm a noção exata – seja por item, fornecedor, marca, preço, etc. – se estão tendo lucro ou prejuízo com o se
estoque. A informática é a ferramenta do gerenciamento, seja do tamanho que for o estoque. Um sistema corporativ
tem como objetivo automatizar processos, a fim de gerar informações e prover decisões corretas, mas nem semp
os empresários sabem disso. Eles precisam verificar, com a ajuda do fornecedor do seu sistema, todas as possibilidade
de gerenciamento que ele garante. Os sistemas ideais devem ser flexíveis. Além de apurar resultados e sugerir
decisões, também devem montar relatórios e facilitar a visualização geral do fluxo do seu estoque.
Comece direcionando sua atenção para a organização física do seu estoque e para o pessoal diretamente
ligado a ele (dicas sobre organização você encontra no fascículo nº 4). Escolha as pessoas mais confiáveis.
Agora, atente para os três fatores principais que comandam o gerenciamento do estoque:
• sua capacidade de atender a demanda com o estoque existente
• o giro das mercadorias
• a análise da quantidade, popularidade, freqüência, atualidade das peças e, especialmente,
da sua demanda.
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Esses tópicos, no entanto, não devem ser ignorados pois podem
se tornar demandas. Por exemplo, uma peça que periodicamente
é encomendada passa a ser incluída nas compras regulares.
Da mesma forma, vendas perdidas por preço precisam de uma
revisão em seus valores para se tornarem demandas.
A demanda armazenada no banco de dados – aquela que se concretizou (houve a venda) ou que teria sido
realizada caso houvesse disponibilidade de estoque – deve conter data, código do item, quantidade, origem e
mercado (a quem se destina). Lembre-se sempre de incluir os atendimentos no balcão e feitos ao telefone.
Geralmente, não se registra como demanda...
Você sabe quanto vale o estoque de sua loja?
Há uma série de fórmulas para custear o estoque. A mais simples e usual é o custo médio – unitário ou geral.
A primeira opção é mais precisa e possibilita compreender melhor a rentabilidade por item. Outras fórmulas
baseiam-se na sucessão de entradas e saídas de mercadorias, o que requer um estoque bem afinado.
• Unitário: apure todo o valor que foi pago por determinado item, ou grupo de itens, e divida pela quantidade existente no estoque.
• Geral: apure todo o valor que foi pago por todas as peças do estoque e divida pela quantidade total de itens existentes.
Seja como for, é preciso que você tenha dados sempre precisos. Qualquer indicador somente funcionará
quando o estoque estiver com pelo menos 95% de acerto todo mês.
Você conhece a teoria dos 80/20, aquela que diz que 80% dos resultados obtidos por uma população advêm de
apenas 20% dela, e que os outros 20% dos resultados provêm de 80% das pessoas? Essa teoria pode ser
revertida à realidade do estoque das autopeças por meio da conhecida classificação das curvas ABC. Seu objetivo
é analisar e evidenciar em quais produtos e peças o empresário deve investir mais.
A 10% 70%
B 20% 20%
C 70% 10%
(*) Esses valores podem se referir tanto ao custo
das peças em estoque, quanto à margem de
contribuição (resultados) e até mesmo ao giro
das mercadorias:
Itens(quantidade em estoque)Curva Valores (*)
• Simples consultas
• Venda perdida por preço
• Pedido de encomenda
• Itens com grande disponibilidade em estoque
• O ponto certo do estoque é quando ele tem a quantidade mínima e suficiente para atender a demanda
até o momento em que chegue a próxima compra.
• Compre apenas os itens necessários, dê preferência aos que giram mais e deixe as peças de menor
giro para as encomendas.
• Compre com mais freqüência para ter valores menores a serem pagos, assim, evita-se que estoure
o caixa da empresa.
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• caso refira-se a custo, os 10% (quantidade) correspondem a 70% do custo total do estoque;
• caso refira-se a margem, os 10% (quantidade) correspondem a 70% da margem de contribuição total;
• caso refira-se a giro, os 10% (quantidade) correspondem a 70% do total do giro do estoque.
Se analisarmos a tabela pela margem de contribuição das peças (aquela que cobre despesas fixas), os iten
classificados dentro da curva A fazem a empresa atingir mais rapidamente os resultados esperados, ou seja
estão considerados dentro do grupo de peças mais relevantes. Nem sempre esse grupo tem o maior volume d
itens vendidos ou o maior giro, mas seu preço determina sua importância. As peças da curva B representam um
equilíbrio entre quantidade vendida e resultado financeiro. Já a curva C indica um grupo de peças menos importantque, apesar de vender mais ou ter maior quantidade, pouco representa nos resultados financeiros da empresa
Lembre-se sempre que os itens mais relevantes, os da curva A, devem ter a menor quantidade no estoque (para atender a
pequenos períodos) e o também o menor mark up. Quanto mais tempo uma peça fica parada, mais custo agregado recai sobre
ela e o seu mark up sobe. E quem acaba perdendo é você.
Giro é a velocidade com que o estoque é movimentado
pelas vendas. Seu principal objetivo dentro da gestãode estoques é que seja maximizado .
A maximização do giro se dá pelo aumento da venda e pela
redução dos níveis de estoque, o que depende de uma corretagestão do estoque e de um planejamento de compras eficaz.
Observe sempre a demanda real para originar a compra. Compre apenas aquilo que sai no menor tempo possíve
Para ter uma noção mais exata da quantidade de vezes que o seu estoque está girando, é necessário fazer um
cálculo global e outro individual das peças. Uma fórmula que determina o giro mensal do estoque é
G = Valor do estoque a preço de custo x 30Custo da Mercadoria Vendida (*)
(*) CMV, a preço de custo.
Por exemplo, um estoque vale R$ 300.000 a preço de custo. No mês de novembro vendeu-se R$ 60.000 a preçde custo. Então, aplicando a fórmula, o giro do estoque é de 150 dias, ou 5 meses.
Esta fórmula é flexível e pode servir para encontrar o giro no período que for preciso. Para isso, basta substitu
o 30 da fórmula pela quantidade de dias que se deseja saber e usar os valores referentes ao mesmo período
De uma forma genérica, para as lojas especializadas em certas marcas ou produtos, o giro global d
estoque não deve ultrapassar os 30 dias; já para as multimarcas, o ideal é que o giro global não ultrapasse
4 ou 5 meses (ou seja, que suas mercadorias girem em torno de 3 a 4 vezes ao ano
O giro tem uma relação direta entre o valor da venda e o valor do estoque. Se um item de maior valor de vend
(curva A) tem a menor quantidade em estoque, significa que as peças dentro desse item não podem ter descont
e jamais faltar. Inversamente, as peças de menor valor de venda e com maior estoque (curva C), precisam d
descontos especiais para reduzir o excesso de estoque e, portanto, não devem ser compradas. Veja a relação
(extraído do livro “Como transformar peças de reposição em dinheiro na mão”, de Fernando Gayotto Rolim
Alto Baixo Pedido normal -Médio Equilibrado - -Baixo Alto Bloqueio Promoção
- Falta Imediata -
Sem giro Obsoleto Bloqueio Descarte
Giro Estoque Compra Venda