FICHA CATALOGRÁFICA
GEOGRAFANDO O CÓRREGO DO LEME: PRÁTICAS E SABERES EDUCATIVOS
Autor WILMA ANCHIETA SPANHOLI
Escola de Atuação
COLÉGIO ESTADUAL VICENTE RIJO
Município da escola
LONDRINA
Núcleo Regional de Educação
LONDRINA
Orientador
PROFª DRª JEANI DELGADO PASCHOAL MOURA
Instituição de Ensino Superior
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Disciplina/Área
GEOGRAFIA
Produção Didático-pedagógica
UNIDADE DIDÁTICA
Relação Interdisciplinar
HISTÓRIA, GEOGRAFIA
Público Alvo
ALUNO DA 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
Localização
AVENIDA JUSCELINO KUBITSCHEK Nº 2372, CENTRO, LONDRINA – PR
Apresentação
Este trabalho justifica-se por oportunizar a busca de respostas as indagações referentes à identificação de problemas socioambientais e de suas alterações decorrentes da forma de ocupação e organização do espaço geográfico – conceito fundamental da ciência geográfica – que se realizam as manifestações da natureza e das atividades humanas. A pesquisa terá como recorte espacial, o córrego do Leme, afluente do ribeirão Cambé, que faz parte da bacia do Tibagi. O estudo do rio e de sua bacia hidrográfica é oportuno devido à atual crise ambiental, pois, permite a abordagem integrada dos seus aspectos naturais e sociais, das inter-relações sociedade-natureza e da totalidade do ambiente viabilizando a leitura dos fenômenos geográficos em diferentes escalas espaço/temporal. Para o desenvolvimento desse trabalho, serão realizadas atividades diversificadas como: utilização de imagem cartográfica, fotográfica, e icnográfica, da técnica “Memória Viva” e de observação “in loco” da área de estudo. Assim, espera-se que o educando, compreenda a sua realidade e o seu papel como sujeito crítico, atuante do seu espaço de vivência.
Palavras-chave Percepção da Paisagem. Alterações Ambientais. Espaço Geográfico. Educação Ambiental.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA ________________________________________________________________
WILMA ANCHIETA SPANHOLI
GEOGRAFANDO O CÓRREGO DO LEME: PRÁTICAS E SABERES EDUCATIVOS
LONDRINA
2011
WILMA ANCHIETA SPANHOLI
GEOGRAFANDO O CÓRREGO DO LEME: PRÁTICAS E SABERES EDUCATIVOS
Produção Didático-Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação realizado junto a Universidade Estadual de Londrina. Orientadora: Prof.ª Drª. Jeani Delgado
Paschoal Moura LONDRINA
2011
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1 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSSOR – PDE
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e
produção.
2 JUSTIFICATIVA
O presente material didático-pedagógico, será implementado no colégio
Estadual Vicente Rijo e tem como proposta metodológica abrir novas possibilidades
nas aulas de Geografia para que o aluno faça uma leitura crítica da realidade em
diferentes espacialidades e temporalidades. Sendo assim, esse trabalho se justifica
por propor atividades práticas, concretas, dinâmicas e significativas, por meio de
diferentes linguagens, como da imagem cartográfica, fotográfica e icnográfica, da
técnica denominada “Memória Viva” e de observação “in loco” da área de estudo,
fazendo um (per)curso da nascente a foz do córrego do Leme e de seu entorno.
Dessa forma, proporcionar ao aluno a oportunidade de leitura e análise da
paisagem por meio da percepção, possibilitando assim, a compreensão da formação
e transformação das diversas paisagens produzidas pela ação antrópica da
sociedade capitalista, identificando assim, os problemas ambientais locais/globais
decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais. Sendo assim,
espera-se que o aluno compreenda as mudanças ocorridas no espaço geográfico
por meio de uma abordagem sobre as alterações ambientais em micro-bacias
hidrográficas urbanizadas e que o mesmo compreenda melhor a sua realidade, e o
seu papel como sujeito crítico, atuante do seu espaço de vivência.
3 PÚBLICO ALVO
Alunos da 8ª série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Vicente
Rijo, localizado na região central da área urbana do Município de Londrina - PR
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
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Compreender a formação e a transformação das diversas paisagens pela
ação antrópica da sociedade capitalista, em diferentes escalas espaço/temporal,
identificando os problemas ambientais locais/globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver habilidade de leitura da paisagem e de suas alterações
ambientais, por meio de diferentes linguagens;
Construir conceitos geográficos importantes como lugar e paisagem,
objetivando a produção do conhecimento geográfico;
Analisar as transformações na dinâmica da natureza, decorrentes do
emprego de tecnologias de exploração e produção, estabelecendo
relações entre o modo capitalista de produção e as alterações
socioambientais que se materializam na paisagem;
Produzir uma visão integradora mediante olhar interdisciplinar no
estudo dos problemas socioambientais;
Desenvolver uma consciência cidadã, por meio de reconhecimento e
valorização dos espaços geográficos a partir do seu espaço de
vivência;
Perceber o seu papel como sujeito atuante e transformador, com
práticas e atitudes relacionadas às questões socioambientais no seu
cotidiano.
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Iniciaremos nosso estudo pela leitura da paisagem, pois por meio destas
podemos perceber as alterações ambientais provocadas pelos agentes sociais, ao
produzirem o espaço geográfico.
O nosso per(curso) será pelo córrego do Leme, a partir das seguintes
atividades:
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Reconhecimento e localização de bacias hidrográficas em diferentes
mapas;
Caminhada fotográfica, da nascente à foz, no Córrego do Leme e
observação in loco da área;
Fotografar a paisagem atual, apreciação e análise de fotos antigas;
comparar as imagens das duas épocas;
Entrevistas com antigos moradores da região para resgatar a história
do lugar em estudo;
Pesquisa e análise textual de literatura geográfica, fontes documentais,
revistas, jornais, entre outros;
Organizar discussões e apresentações dos resultados;
Discutir as mudanças que ocorreram;
Sistematização de todas as informações e materiais coletados;
Mostra imagética e icnográfica; apreciação. Identificar
1ª ETAPA
ATIVIDADE I - Linguagem cartográfica: leitura e interpretação de mapas
CONTEÚDO: Localização e Identificação de bacias hidrográficas
TÉCNICA: Leitura e interpretação de mapas, cartas, imagens, registros escritos e
por meio de representações de desenhos
RECURSOS: Geoatlas, mapas hidrográficos, foto aérea.
Inicialmente será proposto atividades em grupo, utilizando imagens
cartográficas de diferentes espacialidades. Será distribuído para cada grupo um
material contendo as seguintes imagens (mapa hidrográfico do Brasil, do Paraná, e
de Londrina, mapa da microbacia do ribeirão Cambé, e o mapa “rio da minha rua”
que demonstra as principais bacias hidrográficas da área urbana de Londrina e
fotografia aérea de um recorte espacial da área urbana de Londrina).
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Figura 1 – Mapas de bacias hidrográficas.
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1º passo – De posse desse material será feita a leitura cartográfica, para localização
e identificação das bacias hidrográficas nas diferentes espacialidades e a
decodificação dos mesmos.
REFLETINDO SOBRE O CONTEÚDO
2º passo – Na sequência deverá ser representado o mapa político do Brasil da pág.
66, do Geoatlas, Simielli, 2006, numa folha de papel vegetal e posteriormente será
feita a sobreposição deste mapa ao mapa do Brasil hidrográfico da pág. 103. É uma
técnica que possibilita visualizar a localização das principais bacias hidrográficas do
Brasil. Essa atividade se repetirá com os mapas das outras escalas espaciais,
proporcionando a localização e o reconhecimento das bacias hidrográficas do
Paraná, do município de Londrina, mais especificamente da área e do Vale do
córrego do Leme.
3º passo – O aluno deverá fazer a leitura e a análise paralela da imagem
aerofotogramétrica de um recorte da área urbana de Londrina com o mapa do
projeto municipal “do rio da minha rua” que demonstra as principais bacias
hidrográficas da área urbana do município, essa atividade possibilitará a localização
O mapa é a representação gráfica da realidade ou de parte dela e para a sua interpretação utiliza-se o sistema de signos e simbologias que se dá pelo processo de codificação e decodificação.
- Observe as imagens cartográficas de diferentes recortes espaciais apresentadas acima e responda.
O que os mapas estão representando?
Qual o título dos mapas apresentados acima?
Que outro título você propõe para essas representações cartográficas?
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da área de estudo e do rio do seu espaço de vivência que aqui chamaremos de “o
rio da minha vida”. O aluno deverá demonstrar a localização circulando nas imagens
cartográficas o córrego estudado e ainda, deverá levantar por meio da percepção as
transformações mais marcantes ocorridas ao longo do tempo no espaço geográfico
da área urbana de Londrina.
Figura 2 - Mapa: Projeto o “rio da minha rua”.
Fonte: (LONDRINA, 2009).
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Figura 3 - Aerofotogrametria da área do lago Igapó, com vista do vale do córrego do Leme,
Fonte: Museu Histórico, autor desconhecido.
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4º passo – Leitura e interpretação da fotografia aérea
5º passo – Construindo signos –formando legendas
Inicialmente serão levados para sala de aula diferentes mapas, cartas
de bacias hidrográficas de diferentes espacialidades para que os
alunos trabalhem com símbolos convencionais. Será proposto para
que eles “decodifiquem” a legenda de cada representação, avaliando
se tais símbolos aproximam-se do real.
Num segundo momento, será feita uma caminhada no local da área de
estudo e no entorno da escola e durante o trajeto os alunos deverão
anotar numa folha de papel todos os elementos observados;
No retorno a sala de aula, será proposto aos alunos que façam um
croqui da área de estudo e construam uma simbologia para cada
elemento dando significado aos mesmos.
A foto aérea é utilizada para levantar informações sobre uma área que se deseja mapear. É uma ferramenta de estudo importante, pois, permite a elaboração de mapas com informações precisas e detalhadas do espaço geográfico, possibilitando uma leitura clara da área pesquisada.
Faça a leitura da foto aérea de um recorte espacial da área urbana de Londrina e identifique quais elementos que mais se destacam nessa paisagem (naturais ou culturais).
Essa imagem representa que tipo de paisagem, a urbana ou a rural? Justifique.
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2ª ETAPA
ATIVIDADE II – A Leitura da paisagem por meio da imagem fotográfica
CONTEÚDO: A percepção da paisagem e suas alterações socioambientais
TÉCNICA: Leitura, análise e interpretação fotográficas, que serão feitas por meio de
comparação de imagens, seleção de seus elementos, relação dos elementos entre
si, no seu conjunto ou com outros elementos conhecidos, formação de conjuntos
homogêneos, relação com conhecimentos geográficos anteriores, explicações para
hipóteses.
RECURSOS: Fotografias antigas e recentes
Nessa etapa, será feita a leitura da paisagem da área de estudo e de
suas alterações ambientais, utilizando imagens fotográficas recentes produzidas
pelos próprios alunos durante o per(curso) feito no córrego do Leme e de fotografias
antigas levantadas no museu, nas bibliotecas e em diferentes orgãos da prefeitura.
A seguir elencamos alguns passos que deverão ser seguidos para o
encaminhamento dessa atividade:
A observação da paisagem, visando reconhecer os elementos que a
compõe, seguida de questionamentos como: O que as fotos estão
mostrando? Que lugar é este? Em que época ocorreu determinados
fatos? Quais elementos são característicos dessa paisagem? Quais
elementos foram produzidos pela natureza? Quais foram produzidos
pelo homem? Quais elementos que mais se destacam? Quais os que
mais se identificam com nossa região?
Comparação das imagens de diferentes temporalidades, para
verificação das alterações socioambientais e das transformações
ocorridas ao longo do tempo, demonstrando a produção e a
reprodução do espaço geográfico estudado;
Analise dos arranjos e rearranjos espaciais;
Interpretação (dar significado aos elementos observados).
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Figura 4 - Vista aérea da área urbana de Londrina com destaque integral do Vale do
córrego do Leme.
Fonte: Museu Histórico de Londrina, autor: Oswaldo Leite, 1970.
Figura 5 - Vale córrego do Leme, 1974: antes da construção do Zerão.
Fonte: Museu Histórico de Londrina, autor: Oswaldo Leite, 1974.
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Figura 6 - Baixada do Leme com vista do córrego do Leme.
Fonte: Museu Histórico de Londrina, autor: Oswaldo Leite, 1976.
Figura 7 - Baixada do Leme – Zerão com vista do córrego do Leme.
Fonte: Museu Histórico de Londrina, Autor: Oswaldo Leite, 1979.
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Figura 8 - Anfiteatro do Zerão: nascente do córrego do Leme.
Fonte - Museu Histórico de Londrina, autor: Roberto Brasiliano, 1998.
Figura 9 - Vista da área urbana de Londrina com destaque o Zerão e o córrego do Leme.
Fonte: Museu Histórico de Londrina. Autor, Roberto Brasiliano, 1998.
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Analise as imagens e responda
Por meio da percepção uma imagem não terá a mesma interpretação e o
mesmo significado aos olhos de dois ou mais observadores, pois ela se formulará
por vários estímulos como: visão, audição, olfato, paladar e tato, portanto, cada ser
humano possui uma maneira diferente de utilizar esses sentidos.
As imagens fotográficas acima demonstram diferentes escalas
temporais da área do vale do córrego do Leme. Observe com
atenção a sequência dessas imagens, elas ilustram os períodos
do processo de humanização dessa paisagem.
Em quais períodos aparecem o predomínio de elementos
naturais? Descreva-os.
Quais elementos caracterizam uma paisagem urbana e
em quais períodos eles estão mais presentes?
Que características mais chamou a sua atenção em cada
uma das paisagens acima? Justifique.
Faça a leitura e analise das imagens fotográficas da área
de estudo apresentadas acima e responda, é possível
identificar os elementos invisíveis da paisagem existente
nesse lugar demonstrado?
As imagens demonstram a área urbana de Londrina com
destaque para o vale do córrego do Leme entre os
períodos de 1970 a 1998, descreva as principais
transformações ocorridas nessa paisagem. Que
elementos mudaram? Quais permaneceram?
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3ª ETAPA
ATIVIDADE III – Técnica “Memória Viva”
CONTEÚDO: Transformação do espaço geográfico
TÉCNICA: Entrevistas, Levantamento de fotografias e documentos escritos
RECURSOS: Máquina fotográfica, gravador, filmadora, caderno e lápis
Essa técnica consiste em entrevistar antigos moradores em relação às
transformações do meio e utilizar essas entrevistas para fazer uma relação com o
conteúdo ensinado em sala de aula. Para a aplicação dessa técnica, alguns passos
deverão ser seguidos como:
Um aluno representante de cada grupo juntamente com o professor,
deverá fazer uma visita prévia na área de estudo e no seu entorno
para levantamento de informantes qualificados, ou seja, de pessoas
que apresentem tendência a conversar, ouvir e dialogar, e que
apresentam raízes antigas no local;
Em duas aulas que antecedem à saída de campo, o trabalho deverá
ser organizado quanto à divisão de grupo, que será composto de no
máximo cinco pessoas, organizar e selecionar os materiais
necessários para o desenvolvimento do trabalho (máquina fotográfica,
gravador, filmadora, caderno e lápis), discussão sobre os objetivos da
pesquisa do local, e ainda, a elaboração de um roteiro, caso os
entrevistados não enfoque alguns tópicos necessários de forma
espontânea;
Produção de relatório de pesquisa contendo alguns itens como,
objetivos da pesquisa realizada, transcrição das entrevistas ou um
resumo dos principais aspectos abordados pelo entrevistado, ou seja,
como aquela entrevista em específico pode dar informações sobre o
local estudado?
Discussão oral dos resultados do trabalho e de sua relação com o
conteúdo abordado.
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4ª ETAPA
ATIVIDADE IV - Observação “in loco” da área de estudo
CONTEÚDO: A paisagem e suas alterações ambientais
TÉCNICA: Observação, leitura, percepção, análise e interpretação da paisagem,
registros escritos e representações por meio de desenhos
RECURSO: Mapas da área de estudo a ser visitada, prancheta com folhas A4 ou
caderno de capa dura, lápis, máquina fotográfica, gravador, filmadora.
Nesta etapa o nosso estudo será realizado de diferentes formas:
- Pré-campo (Preparação completa)
Roteiro;
Estudo de textos geográficos;
Discussão e debate sobre o Córrego do Leme;
Atividades cartográficas para identificação e localização da área de
estudo;
- O campo: Atividade junto à realidade, objeto de estudo.
Sairemos a campo com o objetivo de observar os aspectos
socioambientais estudados em sala de aula anteriormente, o que nos ajudará a
conhecer melhor o ambiente externo e estudar a realidade em que vivemos.
Durante a caminhada faremos três paradas:
1ª - Nascente do córrego;
2ª - Médio curso do Córrego do Leme;
3ª - Foz.
Atenção: todos devem observar atentamente a paisagem, percebê-la
pelos sentidos (visão, olfato, audição, tato) e, fazer registros das imagens que mais
chamou a atenção, por meio de croquis ou fotografias.
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- Pós-campo (Sistematização, organização dos conhecimentos)
Análise das informações levantadas e dos dados coletados;
Leitura, interpretação e comparação das imagens fotográficas;
Organização dos registros transcritos e representados por desenhos;
Debates (dúvidas e questionamentos).
5ª Etapa
Após o (per)curso do rio, no retorno a sala de aula faremos a
sistematização do trabalho, organizando o que aprendemos. Todos os dados e
informações levantados como: os materiais coletados, os registros transcritos,
desenhados e de imagens fotográficas, croquis entre outros, serão compilados e
analisados, e ainda, será destinado um espaço de tempo para debates,
aproveitando as dúvidas e os questionamentos dos alunos.
6ª Etapa
O trabalho será concluido com uma mostra imagética e icnográfica que
será apresentada no salão nobre da escola, aberta à comunidade e tem como
objetivo compartilhar e envolver a comunidade escolar com as questões
socioambientais do espaço geográfico da escola e de seu entorno, ou seja, do
espaço de vivência do aluno e, ao mesmo tempo, desenvolver um trabalho de
educação ambiental informal.
6 RECURSOS HUMANOS
ALUNOS, PROFESSORES, MONITORES, MORADORES DO ENTORNO DA ESCOLA
7 MATERIAIS
GEOATLAS, MAPAS. FOTOS, MÁQUINA FOTOGRÁFICA, GRAVADOR, FILMADORA,
PRANCHETA, LÁPIS, FOLHA DE PAPEL A4, FOLHA DE PAPEL VEGETAL, CADERNO DE CAPA.
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8 TÉCNICAS
CAMINHADA NA ÁREA DE ESTUDO, ENTREVISTAS, LEVANTAMENTO DE
FOTOGRAFIAS E DOCUMENTOS ESCRITOS, LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE MAPAS, CARTAS,
IMAGENS, LEITURA, INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DA PAISAGEM POR MEIO DA PERCEPÇÃO,
REGISTROS ESCRITOS E REPRESENTADOS POR DESENHOS.
9 CRONOGRAMA DE AÇÕES
Levando em consideração a dinâmica das aulas e da flexibilidade na
aplicação das atividades propostas, este deverá ser o cronograma a ser seguido:
Quadro 1 - Cronograma de ações.
Atividades Previsão do nº de aulas
Mês
Divulgação da proposta para a comunidade escolar (professores e alunos).
04 Agosto/2011
Desenvolvimento de atividades de leitura cartográfica
04 Agosto/2011
atividades relacionado a leitura e interpretação de imagens fotográficas
04 Setembro/2011
Desenvolvimento da técnica da “Memória Viva”
04 Setembro/2011
Per(curso) na área de estudo 04 Set/Outubro/2011
Sistematização do trabalho
04
Out/Novembro/2011
Mostra imagética e icnográfica 04 Out/Novembro/2011
10 AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado ao longo do desenvolvimento do trabalho,
considerando-se os diferentes ritmos de aprendizagem.
Será observada a apreensão dos conteúdos, ou seja, a produção do
conhecimento a partir da participação e da interação do aluno nas diversas
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atividades propostas, bem como nos debates e na elaboração das conclusões.
Deverá ser observado pelo professor, se houve uma mudança de pensamento e
atitude que demonstre que no final do trabalho, o aluno conseguiu analisar e avaliar
a realidade socioespacial em que vive, relacionando-a com escalas espaciais mais
amplas, possibilitando assim, uma visão crítica de um sujeito atuante e
transformador.
11 CONTEÚDO DE ESTUDO
- Leitura cartográfica;
- Leitura da categoria paisagem;
- Alterações socioambientais;
- Produção e reprodução do espaço geográfico;
- Meio ambiente;
- Educação ambiental
12 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES (DO USO DA PDP AOS PROFESSORES)
Com base em Archela e Calvente (2008) o intuito dessa proposta
metodológica se pautará no professor pesquisador, no qual segundo as autoras o
profissional produz seu próprio conhecimento por meio de sua prática docente,
articulando a realidade dos seus alunos com o local em que a escola se encontra.
Entretanto, para que um professor seja um verdadeiro pesquisador,
necessita de algumas condições como disposição pessoal, uma formação
adequada, assim como, um ambiente institucional favorável, uma assessoria
pedagógica e também tempo e espaço para realizar suas pesquisas em materiais
especializados. Na falta destas condições não teremos um verdadeiro professor
pesquisador.
Outro ponto a se pensar de acordo com as autoras é que o professor
pesquisador é o principal sujeito na construção da sua autonomia pedagógica, e
esta autonomia é garantida pela LDB e endossada pelos PCNs, visando assim,
possibilitar a escola a construção de sua identidade e promover um diálogo mais
significativo com seus educandos.
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Diante de tal análise, temos como proposta abrir novas possibilidades nas
aulas de geografia, para o estudo da realidade local na qual a escola esta inserida
bem como do seu entorno, privilegiando assim, o estudo do lugar. Citando mais uma
vez Archela e Calvente (2008, p. 128) “A porta de entrada no lugar que elegemos
para nossa discussão será a leitura da paisagem, por entendermos que nela está
materializado o passado, o presente e as perspectivas para o futuro”, ou seja, nela
estão registradas as relações do homem com a natureza e do homem com o homem
ao longo do tempo, desse modo, transformando a paisagem natural em paisagem
antropizada, além de indicar as múltiplas escalas espaço/temporal articuladas na
sua constituição”.
Segundo Lacoste (1988) É preciso fazer com que as pessoas
compreendam que, quando elas estão num lugar, elas não estão num único
compartimento, numa única “região”. Esse local diz respeito a um grande número de
conjuntos espaciais muito diferentes um dos outros, e ainda que o saber pensar o
espaço, não é colocar somente os problemas no quadro local; é também articulá-los
eficazmente aos fenômenos que se desenvolvem sobre extensões muito mais
ampla”.
Dessa forma, apresentamos uma proposta metodológica de leitura crítica
da realidade, por meio da leitura da paisagem e de suas alterações ambientais,
utilizando diferentes linguagens visando assim, uma compreensão da produção e
reprodução do espaço geográfico de forma concreta e significativa. Em relação ao
ensino, a LDB (BRASIL, 1996) recomenda pluralismo de idéias e metodologias que
estejam em sintonia com a vivência dos alunos, hoje dotados de habilidades tais
como a leitura da paisagem icnográfica, o manuseio de computadores, internet e
demais equipamentos tecnológicos. Portanto, cabe ao ensino de Geografia trabalhar
com a realidade em que vive o aluno para que este perceba e compreenda que o
espaço geográfico é construído por todos os homens e que a sociedade é
responsável por essa produção e reprodução do mesmo.
É importante lembrar que para que haja a produção do conhecimento
geográfico e que ele se torne significativo na vida do aluno, é fundamental o estudo
da paisagem vivenciada pelo mesmo, mas, não basta apenas fazer uma leitura
dessa paisagem e seus registros é preciso ir além, é necessário levantar hipóteses,
refletir sobre o que foi observado, investigar possíveis soluções para problemas
ambientais detectados, enfim, problematizar a paisagem analisada.
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Desse modo, o aluno se sentirá parte integrante daquela realidade e
sujeito transformador do seu meio. Para que isso ocorra, será proposta uma
metodologia com diferentes linguagens, sempre com a mediação do professor, que
proporá desafios e levar os alunos a encontrar respostas as indagações sobre as
alterações socioambientais presentes na paisagem, pois, esta se apresenta numa
totalidade, no qual ocorrem as relações econômicas e sociais em diferentes escalas
espaço/temporal. Para o ensino de Geografia, as DCEs propõem que os conteúdos
específicos sejam trabalhados de forma “crítica e dinâmica, de maneira que a teoria
e a prática e a realidade estejam interligadas, em coerência com os fundamentos
teóricos propostos”, bem como que se amplie a abordagem dos conhecimentos
específicos que deles são derivados, disponíveis em “diferentes materiais didáticos”
(PARANÁ, 2006, p. 41).
Na primeira etapa, consta o desenvolvimento de atividade cartográfica
composto por cinco mapas hidrográficos de diferentes espacialidades. Tem como
objetivo desenvolver no aluno habilidades, conceitos e noções cartográficas que
efetivamente leve o aluno a compreender a realidade representada, além de
constatar que os conteúdos próprios da geografia estão presentes no seu espaço de
vivência e que por meio da leitura, análise, interpretação, da codificação e da
decodificação destes, ele compreenderá as ordens de grandeza de diferentes
conjuntos espaciais, ou seja, de que o espaço local faz parte de conjuntos maiores
que, por sua vez, forma o todo, dando assim, significado e importância aos mesmos.
Segundo Almeida e Passini (1991, p. 17) “ler mapas é um processo que começa
com a decodificação, envolvendo algumas etapas metodológicas as quais devem
ser respeitadas para que a leitura seja eficaz. São elas: observação do título, da
legenda, dos significantes e significados espalhados pelo mapa, a escala gráfica ou
numérica para depois estabelecer comparações, interpretá-los e até fazer
medições”.
Na segunda etapa, tem como proposta pedagógica a leitura da paisagem
e de suas alterações ambientais ao longo do tempo por meio da linguagem da
imagem fotográfica. Partindo do conceito de que “ler” uma paisagem consiste em
observar, analisar e interpretar suas diferentes expressões atribuindo significados
aos diversos elementos que a compõem, esse recurso visual como material
metodológico se justifica, por estimular os alunos a observação e descrição das
paisagens, além de auxiliar na leitura e apreensão da paisagem podendo assim,
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apresentar resultados significativos na produção do conhecimento geográfico, pois,
por meio da sua observação e interpretação, o aluno compreenderá a espacialidade
e a temporalidade dos fenômenos geográficos estudado, podendo assim, analisar e
refletir sobre o mundo no qual estão inseridos. Para Asari, Antonello e Tsukamoto
(2004, p.183),
[...] a utilização da fotografia pode estimular a observação e a descrição das paisagens pelos alunos, preparando-os como leitor crítico, levando-os à compreensão de conceitos muitas vezes abstratos e complexos. Dessa forma, tirarem suas próprias conclusões e elaborarem soluções para problemas da sua realidade.
Para essa compreensão serão utilizadas fotografias recentes da área de
estudo, produzidas pelos próprios alunos durante o per(curso) da nascente a foz do
córrego do Leme e de fotografias antigas que serão levantadas por diversas fontes
como: bibliotecas, museus, órgãos da prefeitura, acervo pessoal, entre outros.
Pretende-se nessa etapa de trabalho prático levar o aluno a fazer uma leitura crítica
da paisagem, por meio da comparação das imagens, possibilitando assim, a
constatação e compreensão das transformações espaciais e de suas alterações
ambientais ocorridas ao longo do tempo e dos rearranjos socioespaciais provocadas
pela relação do homem com a natureza, ditada pelos interesses econômicos do
capitalismo.
Na terceira etapa, será aplicada a prática denominada “Memória Viva”. É
uma técnica que pode auxiliar a compreensão em relação à origem de um
determinado lugar. Tem como objetivo principal a interação do aluno junto à
população da área de estudo para melhor compreensão sobre os fatos históricos
que ocorreram ao longo do tempo do espaço geográfico em questão.
Esse instrumento de ensino pode ser utilizado por intermédio de
informações obtidas por diversas fontes, além da oral, os alunos poderão conseguir
junto aos antigos moradores, localizar documentos escritos, fotografias para
complementar e desvendar a história do lugar. De acordo com Calvente, Moura e
Antonello (2003, p. 391):
Essa técnica de pesquisa consiste em entrevistar pessoas da comunidade com relação às transformações do meio e utilizar essa entrevista para fazer uma relação com o conteúdo ensinado em sala de aula. Proporciona aos alunos a possibilidade de, em contato com
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as lembranças do antigo meio, utilizar o raciocínio abstrato e refletir sobre as causas e conseqüências das mudanças do meio no decorrer dos tempos.
O procedimento metodológico consiste primeiramente em definir junto
com os alunos, o local que serão realizadas as entrevistas. Num segundo momento
será elaborado um roteiro e se fará a divisão dos grupos. Dessa forma, estes
deverão se organizar com materiais essenciais para esse tipo de trabalho como:
máquina fotográfica, gravador, filmadora.
O professor-pesquisador deverá intermediar á todo momento sobre os
objetivos e tópicos da pesquisa, bem como, na orientação para o aluno encontrar um
informante qualificado, ou seja, pessoas que apresentam tendência a conversar,
ouvir e dialogar, com raízes antigas no local/bairro/cidade.
Essa atividade será concluída com discussão e debate sobre os
resultados das entrevistas, seguida de elaboração de relatório composto por
transcrições das entrevistas e de análise e interpretação de fotos e documentos
levantados junto aos antigos moradores, bem como da relação das informações com
o tema em estudo. Para Silvone e Tsukamoto (2006) é importante que haja debates,
que o professor discuta cada passo realizado até então e aproveite cada dúvida,
cada observação, para organizar, construir e alicerçar o (s) conteúdo(s) trabalhados.
Na 4ª etapa, pretendemos oportunizar ao aluno a saída da sala de aula
para que ele possa olhar a sua volta, observar, ver, sentir, cheirar e perceber na sua
concretude o entorno o conduzirá a refletir sobre o mesmo e a se sentir um agente
produtor e transformador consciente daquele lugar.
Para Silva (2002) o trabalho de campo é um instrumento capaz de auxiliar
na “leitura” da realidade, pois, constitui-se num instrumento fundamental para essa
“leitura” por meio da qual se desvenda o entorno e estabelece a mediação entre o
registro, o conhecimento já sistematizado e informado e o seu significado auferido
através de um processo dinâmico e dialético para ao entendimento da realidade,
especialmente naquilo que ela se apresenta como inexplicável, por isso, mesmo
instigadora.
Portanto, nessa etapa do trabalho apresentaremos a proposta de
observação da área de estudo “in loco” fazendo um (per)curso da nascente a foz do
córrego do Leme. Segundo Favarão e Gratão (2007, p.184) “são múltiplas as
maneiras de ver e sentir a paisagem, a escola, a cidade, o lugar – “O RIO”. Por meio
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da observação do rio ele pode ser percebido, apreendido e (per)corrido pela
perspectiva experiencial do olhar geográfico. A cada passo a cada novo olhar ao
longo do (per)curso, novas informações e novas revelações! Dessa forma, o rio é,
aprendido/apreendido a partir de uma profunda interação entre os personagens do
lugar – alunos – e a paisagem.
13 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO (da PDP)
A implementação de práticas pedagógicas por meio da utilização de
diferentes linguagens, são recursos metodológicos importantes para a compreensão
do espaço geográfico, dos conceitos fundamentais próprios da Geografia e das
relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas.
Foi nesse prisma, que esse material didático pedagógico foi pensado e
concebido. Desse modo, trilha-se no sentido de desenvolver atividades que seja
concreta, dinâmica e significativa. Segundo Lazari e Tsukamoto (2008) O processo
de ensino-aprendizagem, hoje, deve levar em conta várias estratégias de ensino,
buscando tornar a aula mais prazerosa, interativa e, no tocante ao ensino de
geografia, que aborde temas atuais.
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