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Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Curso de Engenharia Mecnica Departamento de Engenharia de Controle e Automao e Tcnicas Fundamentais RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO Vincius Tavares Silva Ouro Preto 2014 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Curso de Engenharia Mecnica Departamento de Engenharia de Controle e Automao e Tcnicas Fundamentais Vincius Tavares Silva Gerdau Ouro Branco S.A. RelatrioFinaldeEstagio Supervisionadoapresentado disciplinaEstgioSupervisionadoda SIEE-SetordeIntegraoEmpresa Escola da Escola de Minas. Ouro Preto 2014 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Curso de Engenharia Mecnica Departamento de Engenharia de Controle e Automaoe Tcnicas Fundamentais RELATRIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO Aluno: Vincius Tavares Silva Matricula da UFOP: 10.1.1264 rea de Concentrao: Suporte Industrial/Utilidades Empresa Cedente: Gerdau Ouro Branco Setor de Realizao do Estgio: Engenharia de Manuteno e PPCM Perodo de Realizao: 8 Agosto de 2014 a 28 de Novembro de 2014 Carga horria total: 570 horas Supervisor Tcnico: Luiz Felipe Mascarenhas Horta Cargo: Chefe de Engenharia de Manuteno e PPCM SUMRIO 1.APRESENTAO ------------------------------------------------------------------------ 5 2.INTRODUO ---------------------------------------------------------------------------- 6 3.OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------------------- 8 3.1Geral --------------------------------------------------------------------------------------- 8 3.2Especficos -------------------------------------------------------------------------------- 8 4.BASE TERICA APLICADA NO ESTGIO --------------------------------------- 9 4.1Conceito de Manuteno ---------------------------------------------------------------- 9 4.2Mtodos de Manuteno----------------------------------------------------------------10 4.3PDCA -------------------------------------------------------------------------------------11 4.4Caracterizao das reas de Responsabilidade do Suporte Industrial ------------11 4.4.1Tratamento de guas --------------------------------------------------------------------12 4.4.2Central Termeltrica (CTE) ------------------------------------------------------------13 4.4.3Gasmetros-------------------------------------------------------------------------------16 5.ATIVIDADES REALIZADAS ---------------------------------------------------------19 5.1Acompanhamento de atividades de manuteno em equipamentos e sistemas mecnicos da rea de Utilidade da Usina Gerdau Ouro Branco ---------------------------19 5.2Realizao de Desenhos Tcnicos para a fabricao de peas. --------------------19 5.3Auxlio na implementao no sistema de Inspeo (S3I). --------------------------19 5.4Grande reforma do gasmetro de aciaria telescpico tipo selo d'gua. -----------20 5.5Grande reforma de caldeira Mitsubishi V-60 ----------------------------------------21 5.6Grande reforma do Turbo Gerador Mitsubishi. --------------------------------------22 6.CONCLUSO-----------------------------------------------------------------------------25 7.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ------------------------------------------------26 5 1.APRESENTAO Esterelatriodemonstradeformaobjetivaotrabalhodesenvolvidonoestgio supervisionadodeEngenhariaMecnica,duranteoperodo4mesesnasiderrgica Gerdau Ouro Branco, situada na cidade de Ouro Branco, Minas Gerais.Oestgiosupervisionadofoiumagrandeoportunidadedecrescimento profissionalepessoal,quepossibilitouaparticipaodediversasatividadesque abrangiamconhecimentostericosdesenvolvidosaolongodagraduao.Foipossvel associarateoriaprticaemdiversasreasdaEngenhariaMecnica,como: Termodinmica,MecnicadosFluidos,ElementosdeMquinas,Acionamentos Hidrulicos e Pneumticos,Mquinas deFluxo,Sistemas Trmicos, Desenho Tcnico, Dutos e Tubulaes Industriais e Manuteno Mecnica. OenfoqueprincipalfoinaEngenhariadeManutenoenoplanejamento, programaoecontroledaManuteno(PPCM),referentesaosequipamentosde responsabilidade do Suporte Industrial. 6 2.INTRODUO SegundoaLeiregulamentadora11.788de25desetembrode2008,oestgio supervisionadotemopapeldedesenvolvedordeatividadesnoambientedetrabalhoa fimdecomplementaraformaoacadmicaecomoagentedoaprendizadode competnciasprpriasdaatividadeprofissional,dacontextualizaocurricularedo desenvolvimento do educando para a vida cidad e para o trabalho. Dessa forma, o estgio na empresa Gerdau capaz desabrochar as competncias profissionais do estagirio e complementar a formao acadmica atravs de problemas prticos encontrados no dia a dia de uma siderurgia. AGerdauumaempresabrasileiracomsuamatrizsituadanoRioGrandedo Sul,quefoicriadanoiniciodosculoXX,emumafbricadepregosministradapor JooeHugoGerdau,aolongodosanosaempresacresceueagregoualgumas siderrgicas em cidades vizinhas a fbrica de pregos. OgrupoGerdaurealmenteganhounomeemercadoaocompraraatualusina siderrgicaquenapocaeraestatal,noanode1997,ausinasechamavaUsina Aominas (Arthur Bernardes). AtualmenteaGerdauldernosegmentodeaoslongosnasAmricaseuma dasprincipaisfornecedorasdeaoslongosespeciaisdomundo.Commaisde45mil colaboradores,possuioperaesindustriaisem14pasesnasAmricas,naEuropae na sia , as quais somam uma capacidade instalada superior a 25 milhes de toneladas por ano. a maior recicladora da Amrica Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhesdetoneladasdesucataemao,reforandoseucompromissocomo desenvolvimento sustentvel das regies onde atua. Commais de 140mil acionistas, a Gerdau est listada nas bolsas de valores de So Paulo, Nova Iorque e Madri. Com uma ampla linha de produtos, comercializados para os cinco continentes, a Gerdauatendeossetoresdaconstruocivil,indstria,eagropecurio.Almdisso, ldermundialno fornecimento de aos longos especiais para aindstria automotiva. O aoestpresentenocotidianodaspessoas.NoBrasil,porexemplo,oaoGerdaufaz parte da construo e modernizao de oito estdios de futebol para Copa do Mundo de 7 2014edeimportantesobrasdeinfraestruturaparaopas,comoferrovias,usinas elicas, portos e estradas. AusinaPresidenteArthurBernardes,maiorunidadedoGrupoGerdauemaior plantasiderrgicadaAmricaLatina,caracteriza-secomoumausinaintegrada,aqual compreendeosprocessosdeReduo,RefinoeConformao.Visandoaatenderas necessidadesdosdiversosprocessosexistentesnausina,atuaoSuporteIndustrial, tambm conhecida como rea de Utilidades. OSuporteIndustrialresponsvelpelageraoedistribuiodeenergia eltrica, distribuio de vapor e gases, tratamento e distribuio de gua e fornecimento dearsopradoparaosAltosFornos.Asreasquemabrangemtaisfunesso:Usina Termoeltrica, Recirculaes de gua, Estao de Tratamento de gua e Esgoto. Dentreequipamentosexistentes,destacam-seosTurbo-Geradores,Turbo-sopradores, o Turbo Gerador Soprador, as Turbinas de topo, as Caldeiras, os trocadores de calor, os gasmetros, as bombas industriais e as tubulaes de gua, vapor e gases. 8 3. OBJETIVOS 3.1 Geral Complementaraformaoacadmicadoestudanteeabrangeravisogeralda atuaodoprofissionaldareanaempresa,aplicandoosconhecimentostericos adquiridos prtica da manuteno mecnica. 3.2 Especficos Adquirirconhecimentoarespeitodosprocessosedosequipamentospresentes no Suporte Industrial. Aprender como se d a prtica da manuteno mecnica na rotina e nas grandes reformas das mquinas. Auxiliar no planejamento e programao da manuteno e na implantao de um novo sistema de inspeo na rea. Anlise e realizao de desenhos tcnicos para fabricao de peas. Confecoderelatriostcnicosdasgrandesparadasegrandesreformasde equipamentos: turbo-geradores, caldeiras, gasmetros. 9 4.BASE TERICA APLICADA NO ESTGIO 4.1 Conceito de Manuteno Aorigemdotermo"manuteno"derivadolatimmanustenerequesignifica "manter o que se tem". Este conceito muito importante pois retrata a principal idia da manuteno que manter, ou seja, disponibilizar algo. Monchy(1989,p.3)relataque,otermomanutenotemsuaorigemno vocabulriomilitar,cujosentidoeramanter,nasunidadesdecombate,oefetivoeo material num nvel constante.Schoeps(1994)conceituadeformasimpleseobjetivaqueamanuteno consistenaconservaodemquinas,equipamentoseedifcios,atravsdetrabalhose reparos, substituio de itens e reformas. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT, 1994) diz que manuteno como sendo a combinao de todas as aes tcnicas e administrativas, incluindo as de superviso,destinadaamanterourecolocarumitememumestadonoqualpossa desempenhar uma funo requerida. Pinto (2002, p.23) confirma a idia com um conceito moderno de manuteno: Garantiradisponibilidadedafunodosequipamentoseinstalaes demodoaatenderaumprocessodeproduooudeservio,com confiabilidade,segurana,preservaodomeioambienteecustos adequados. Britto&Pereira(2003)aindacomplementamaidiadequeamanutenodos equipamentosumaatividadequeincluitratamentodefalhas,inspees,reparos, investigaesdascausaseoestabelecimentodecontramedidasparaevitar reincidncias.Pode-se dizer ento que a manuteno trabalha principalmente com o objetivo de manterumequipamentodisponvelecomseurendimentomximoomaiorprazo possvel.Conseqentementeocustodoprocessodiminuiconsiderandoquea 10 manuteno trabalha de forma eficaz, pois a tendncia que as falhas nos equipamentos diminuem consideravelmente. possvelperceberaevoluodosconceitosdemanutenocitados anteriormente, pois em cadamomento na histria damanuteno algunsvaloresforam agregados a esta tcnico fundamental. 4.2 Mtodos de Manuteno Existemdiferentesclassificaesquantoaosmtodosdemanuteno.Neste trabalhoseroabordadostrsmtodosquesemostramimportantesedealta aplicabilidade. So eles a manuteno corretiva, preventiva e preditiva. SegundoXenos(1998)"amanutenocorretivasemprefeitadepoisquea falhaocorreu.Emprincpio,aopoporestemtododemanutenodevelevarem contafatoreseconmicos:maisbaratoconsertarumafalhadoquetomaraes preventivas?". A manuteno preventiva feita com certa periodicidade antes do acontecimento defalhasequebras.SegundoSlacketal(2002)"(...)Visaeliminaroureduziras probabilidadesdefalhaspormanuteno,(limpeza,lubrificao,substituioe verificao)dasinstalaesemintervalosprplanejados".consideradaaatividade mais importante dentro da manuteno das empresas.Xenos(1998)afirmaqueamanutenopreditivaconceituadaapartirda possibilidade de prever quando a pea ou componente estaro prximos do seu limite de vida.Estetipodemanutenomaisonerosaquandoseolhaocustopoisapeaou componente substitudo antes do seu tempo limite de trabalho. Utilizando dos conceitos descritos anteriormente o setor de manuteno elabora oplanejamentodemanutenolevandoemconsideraoohistricodefalhado equipamento dentre outros fatores. O documento que padroniza as aes que um tcnico deinspeodeveexecutarsechamaplanodemanuteno.Estaferramentase caracteriza dentro da manuteno preventiva. 11 4.3PDCA Algumasferramentasforamcriadasparaauxiliaraexecuodostiposde manutenoeforamsedesenvolvendojuntamentecomcadatipo.Umexemplode ferramentaoPDCA.Estadegrandeimportncianoesquemaorganizacionalda manutenogerandovaloresmuitoimportantesparaumbomresultadodentrodeuma organizao. OcicloPDCAuminstrumentodemelhoria,edefinequatroetapasdiferentes parasealcanarumobjetivo.Soelasoplanejamento,ao,checagemeagir corretamente. Seguindo estas quatro etapas espera-se que a preparao e a execuo das atividades propostas para soluo do problema seja eficaz. A figura abaixo esquematiza o clico PDCA e explica cada etapa. Figura 1 Ciclo PDCA Fonte: http://renatamedeiross.blogspot.com.br 4.4 Caracterizao das reas de Responsabilidade do Suporte Industrial Nestetpicoseroabordados,deformasimplificadaalgunsdosprocessos presentes na rea de Utilidades. 12 OSuporteIndustrialresponsvelpelageraoedistribuiodeenergia eltrica, distribuio de vapor, e gases, tratamento e distribuio de gua e fornecimento dearsopradoparaosAltosFornos.Asreasquemabrangemtaisfunesso:Usina Termoeltrica, Recirculaes de gua, Estao de Tratamento de gua e Esgoto. 4.4.1Tratamento de guas gua Cinza A gua cinza sai dos equipamentos, aps resfri-los, com uma temperatura de 35 a50C.conduzida,pormeiodecanaisabertos,atopoodecarepa,decantadores, ondeocorreaprecipitaodosslidos(xidosdeferro-carepa),queseroremovidos porequipamentosmecnicoseencaminhadosparaindstriasdeco-processamentode cimento, substituindo o minrio de ferro e preservando esse recurso natural. Figura 2 - Tratamento de guas: gua Cinza Fonte: http://www.gerdau.com.br/media-center/espaco-multimidia.aspx. 13 gua industrial Aguaindustrialcirculaemsistemafechado,saindodosequipamentos,aps resfri-los,comumatemperaturaquevariade40a55C.,ento,encaminhadapor tubulaesfechadassobpressoparaastorresderesfriamento,ondeatemperatura reduzida para aproximadamente 30C. Das torres, a gua transferida para uma piscina deguafria,queservecomoreservatrio.Asbombascentrfugastransferemagua para os equipamentos a serem refrigerados, completando o ciclo. Figura 3 Tratamento de guas: gua Industrial Fonte: http://www.gerdau.com.br/media-center/espaco-multimidia.aspx. 4.4.2Central Termeltrica (CTE) ACentralTermeltricadaUsinaGerdauOuroBrancotemcomofinalidade suprirpartedademandadeenergiaeltricanecessriaaoprocessosiderrgico (aproximadamente45%),fornecerarsopradoparaserutilizadonasreaesde combusto dos Altos-Fornos e suprir a necessidade de vapor dos processos. O funcionamento das centrais termeltricas semelhante, independentemente do combustvelutilizado.Ocombustvelarmazenadoemparquesoudepsitos 14 adjacentes,de ondeenviadoparaausina,ondeserqueimadonacaldeira.Estagera vaporapartirdaguaquecirculaporumaextensarededetubosquerevestemsuas paredes.Afunodovapormovimentaraspsdeumaturbina,cujorotorgira juntamente com o eixo de um gerador que produz a energia eltrica. Essa energia transportada por linhas de alta tenso aos centros de consumo. O vaporresfriadoemumcondensadoreconvertidooutravezemgua,quevoltaaos tubos da caldeira, dando incio a um novo ciclo. Aguaemcirculaoqueesfriaocondensadorexpulsaocalorextradoda atmosfera pelas torres de refrigerao, grandes estruturas que identificam essas centrais. Parte do calor extrado passa para um rio prximo ou para o mar.Paraminimizarosefeitoscontaminantesdacombustosobreasredondezas,a central dispe de uma chamin de grande altura e de alguns precipitadores que retm as cinzas e outros resduos volteis da combusto.A potncia mecnica obtida pela passagem do vapor atravs da turbina - fazendo com que esta gire - e no gerador - que tambm gira acoplado mecanicamente turbina - que transforma a potncia mecnica em potncia eltrica. Aenergiaassimgeradalevadaatravsdecabosoubarrascondutoras,dos terminaisdogeradoratotransformadorelevador,ondetemsuatensoelevadapara adequada conduo, atravs de linhas de transmisso, at os centros de consumo. Da,atravsdetransformadoresabaixadores,aenergiatemsuatensolevadaa nveis adequados para utilizao pelos consumidores. 15 Figura 4 Construo bsica de uma usina termeltrica. Fonte: http://www.fit-tecnologia.org.br/laboratorios/energia-pd-aneel/solucoes-e-produtos Oprocessoanteriormentedescrito,obviamente,umasimplificaogeralpara uma usina termeltrica. O processo presente na CTE Gerdau possui uma complexidade superior, entretanto opera segundo os mesmos princpios. NausinadeOuroBrancohquatrocaldeirasaquatubulares,doisturbo geradores,doisturbosopradoreseumturbogeradorsopradorcomoequipamentos principais. Os turbo-geradores produzem energia eltrica, os turbo-sopradores enviamar, a pressodeterminada,paraosaltofornoseoturbo-gerador-sopradorprojetadopara realizar ambas as atividades. Oscombustveisutilizadossodiversos.Temososprovenientesdosprocessos siderrgicos,como:Gasesprovindosdaaciaria,dosaltos-fornosedacoqueria.Estes so armazenados em grandes recipientes reguladores de presso, chamados gasmetros, e so enviados s caldeiras gradativamente, medida que necessrio. 16 Tambm, em menor escala, so queimados leos e gs natural nas caldeiras. 4.4.3Gasmetros AreadegasescombustveisdaGerdauAominas,responsvelpelo armazenamento edistribuio dos gases combustveis gerados noprocesso siderrgico, composta basicamentepelos seguintes equipamentos: gasmetro deAlto-Forno (GAF), 2 boostersparaogasmetrodeGAF,gasmetrodeCoqueria(GCO),2boostersparao gasmetro de GCO, gasmetro deAciaria (GAC), 3 boosters para o gasmetro de GAC, 2 torres de combusto e equipamentos auxiliares. Os gases gerados nasplantas de Alto-Forno,CoqueriaeAciaria,soarmazenadosrespectivamentenosgasmetrosdeGAF, GCO e GAC e posteriormente distribudos para as diversas reas operacionais da usina, ondesoutilizadoscomocombustvel.AsTorresdeCombustosoutilizadasparaa queimadosgasesnassituaesemqueageraomaiordoqueoconsumodegs, sendo impossvel o armazenamento deste excesso nos gasmetros. OsgasmetrosdeGAFeGCOdaGerdauAominassodotipoKlonneeo gasmetro de GAC do tipo selo dgua Um gasmetro do tipo Klonne composto de um tanque cilndrico e um pisto que semovimenta emseuinterior.Avariao do nveldo pisto ocorre emfuno do volume de gs que entra e sai do gasmetro. Aprincipalfunodogasmetromanterconstanteapressonalinhade distribuiodegs,absorvendoasvariaesdecorrentesdasalteraesnoconsumoe produo de gs. Como a rea do pisto constante, a determinao da presso da linha obtidapeloajustedopesodopisto.Opesocorretoobtidocomacolocaode blocosdeconcretoemumaestruturadesustentaometlicamontadaaolongodo permetro do pisto. Paraimpedirovazamentodegseocontatodomesmocomoaracimado pisto, o que criaria uma mistura explosiva, existe um sistema de vedao composto por 17 vrios anis de borracha. Figura 5 - Gasmetros tipo Klonne. Fonte: http://www.kce.com.br/ Os gasmetros tipo selo dgua so gasmetros que funcionam com selagem de guaentreosestgiosenotanqueinferior.Aspressesdeoperaodogs normalmente oscilam entre 170 mm.c.a. e 1.000 mm.c.a., dependendo da aplicao e do nmero de estgios. 18 Figura 6 Gasmetro tipo selo dagua. Fonte: http://www.kce.com.br/ 19 5.ATIVIDADES REALIZADAS O presente captulo traz as atividades realizadas durante o perodo de estgio na usina Gerdau Ouro Branco 5.1 Acompanhamento de atividades de manuteno em equipamentos e sistemas mecnicos da rea de Utilidade da Usina Gerdau Ouro Branco Foramacompanhadasatividadesdemanutenoderotinaeemergenciaisde diversos equipamentos e sistemas mecnicos. Entre eles: bombas, vlvulas e tubulaes. Essas atividades possibilitaramaflorar a capacidade depercepo de problemas rotineiros em uma empresa de grande porte e de possveis solues para os mesmos. 5.2 Realizao de Desenhos Tcnicos para a fabricao de peas. Desenhostcnicosparaafabricaodepeas,naoficinacentral,foramfeitos. Flanges e curvas de tubulaes, pistes, parafusos foram algumas peas desenhadas.Essaatividadepossibilitouconcretizarosconhecimentostantoemdesenho tcnico como no software AutoCAD. 5.3 Auxlio na implementao no sistema de Inspeo (S3I). EstemandamentoaimplantaodeumnovosistemadeinspeonaGerdau, chamadoS3i.Eleauxilianosprocessosdeinspeoindustrial,utilizandocdigode barrasnospontosdeinspeoecoletordedadosparaaleituradosmesmos.Nos cdigos de barras esto contidas todas asinformaes referentes ao ponto de inspeo, incluindo,tipodeinspeo,possveismodosdefalha,aodeinspeoecontra medida. Deinicio,paraincorporartodooprocedimentodeapontamentodepontosde inspeo,hcriaodeumaplanilhapreliminarcomitensaserempreenchidose 20 posteriormente esses pontos vo dar origem aos cdigos de barras que so denominados posies de um equipamento. Foram utilizadas as planilhas de pontos de inspeo criadas pelos inspetores para inserir os cdigos referentes aos equipamentos da rea e criao de placas contendo os cdigos de barra para serem inseridos em cada um deles. 5.4 Grande reforma do gasmetro de aciaria telescpico tipo selo d'gua. Durante as pocas de campanhas dos convertedores da aciaria, quando no h gasesprovenientesdesseprocessodisponveiscomocombustvelparaascaldeiras, ocorrem as reformas do Gasmetro de Aciaria, uma vez que esse o momento em que a parada gera menor prejuzo. Houve uma parada desse equipamento em Setembro de 2014 para soldagemde chapasparareparodosfurosnotetoenocostado,trocadosrolosdemovimentao, manutenes na tubulao e nos ventiladores insufladores de gs (boosters). Figura 7 Gasmetro tipo selo dgua Fonte: http://www.kce.com.br/ 21 5.5 Grande reforma de caldeira Mitsubishi V-60 Emparalelograndereformadogasmetro,foifeitaaparadadeumadas caldeiras aquatubulares, seguindo a norma NR-13, que afirma ser necessria uma parada total para manuteno a cada 2 anos de operao. Omomentofoiescolhidojustamentedevidoreduodegasescombustveis disponveis, resultante da campanha dos convertedores, da aciaria. As seguintes atividades foram realizadas: Reparo e limpeza de vlvulas; Limpeza qumica das tubulaes internas (fornalha/superaquecedor); Testes de ultrassom para detectar incrustraes; Limpeza e troca de dutos e tubulaes auxiliares; Reparo nos queimadores de ar/combustvel; Anlisesdevibrao,folgaealinhamentodosventiladoresdetiragem induzida e forada; Inspees nos tubules de gua e vapor; Reparo no redutor de trocador de calor AH; Realizadassoldasemfurosencontradosnatubulaodafornalhaeno superaquecedor; 22 Figura 8 Caldeira aquatubular. Fonte: http://riodejaneiro.all.biz/caldeiras-aquatubulares-g93384 5.6 Grande reforma do Turbo Gerador Mitsubishi. Sucedendoareformadacaldeira,deu-seagrandeparadadoTurbo-Gerador Mitsubishi,15MW,aps5anosdeoperaosemreparos.Asseguintesatividadesde manuteno foram realizadas: Inspeo,atravsdeensaiosdelquidopenetrante,noscomponentesda mquina: Mancais, palhetas, engrenagens do redutor, diafragmas, bocais de expanso de vapor, palhetas do ventilador do gerador; Alinhamento dos diafragmas atravs do lixamento ou solda das chavetas de fixao; Conferncia de folga nos labirintos de selagem de vapor; Manutenes preventivas no mecanismo de governo de velocidade; Alinhamento da bomba de leo e da bomba auxiliar; Limpeza dos resfriadores de leo; 23 Modificaeselimpezasemequipamentosauxiliares,comotanquede leo e condensadores; Usinagemdosaniscoletoresdogeradorparaevitardesbalanceamento de massa; Alinhamento de mancais; Troca de mancais danificados Verificao de rea de contato dos planos de junta da carcaa; Verificao de rea de contato das engrenagens do gerador; Alinhamento turbina/redutor Jateamento do rotor da turbina com granalhas de alumnio; Testes eltricos no gerador; Aparadafoirealizadaem30diaseocorreuconformeoplanejado.Utilizou-se paraareformamodeobrainternadaGerdau,gerandoumsignificativareduode custos por no ser necessria contratao de uma empresa para o servio. Figura 9 Abertura da carcaa de uma turbina a vapor. Fonte: http://www.tradeindia.com/fp1008795/Air-Cooled-Turbo-Generator.html 24 Figura 10 Redutor turbina/gerador Fonte: http://www.tradeindia.com/fp1008795/Air-Cooled-Turbo-Generator.html Figura 11 Iamento do rotor de um gerador Fonte: http://www.tradeindia.com/fp1008795/Air-Cooled-Turbo-Generator.html 25 6.CONCLUSO Oestgiosupervisionadofoicapazdeproporcionarexperinciaprticano campodaengenhariamecnica,atravsdapossibilidadedeaplicaodediversas disciplinas do curso na manuteno de mquinas e sistemas mecnicos. ApossibilidadedeestagiaremumaempresadegrandeportecomoaGerdau capaz de gerar uma nova viso do campo de trabalho e preparar o estudante ao meio que o espera aps a concluso do curso. defundamentalimportnciaconviveraoladodeengenheirosexperientes,de forma a buscar novas ideias, conhecimentos, vises, e adquirir experincia no trabalho. 26 7.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ASSOCIAOBRASILEIRADENORMASTCNICAS.Informaoe DocumentaoReferncias.Disponvelem:.Acesso em: 26 de junho de 2013. GRUPOGERDAU.Perfildaempresa.Disponvelem: .Acesso em: 26 de junho de 2013. XENOS,H.G.Gerenciandoamanutenoprodutiva.NovaLima:INDG tecnologia e servios Ltda,2004. PREDENGENHARIA.ProgramaoS3i.Implantao,execuoe acompanhamento do S3i. Manual Interno. No Publicado; MONCHY,F.AFunoManutenoFormaoparaaGernciada ManutenoIndustrial.SoPaulo:EditoraDurbanLtda/EDBRASEditora Brasileira Ltda, 1989.


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