Download pdf - Fortalecimento poder reis

Transcript

Capítulo 7

Com o revigoramento das cidades e do comércio formou-se um novo grupo social, a burguesia, composta principalmente de comerciantes.

A palavra burguês vem de burgo (nome que recebiam as cidades medievais). Estes comerciantes eram chamados de burgueses, pois viviam nestas cidades.

Como havia muitos senhores feudais, e com isto, diferentes moedas e impostos, isto encarecia os produtos e dificultava a ação dos burgueses.

Para fugir deste problema, os burgueses se aproximaram dos reis para conseguir proteção e leis favoráveis aos seus interesses.

Em troca da proteção do rei, os burgueses doavam dinheiro.

A nobreza, enfraquecida pelo fracasso das Cruzadas também, também se aproximou do rei para pedir ajuda militar, para reprimir as revoltas camponesas.

Os camponeses, pediam ajuda ao rei para defendê-los contra os abusos dos senhores feudais.

Com isto, o rei fortaleceu-se, e pôde criar impostos, estabelecer uma moeda única em todo o reino e criar exércitos profissionais assalariados com as doações e os impostos.

A partir disto o rei impôs sua autoridade a todos os habitantes do reino.

Portugal e Espanha se formaram durante as lutas dos cristãos para expulsar os árabes muçulmanos da Península Ibérica.

Lutas são chamadas de Reconquista, pois o objetivo era reconquistar as terras cristãs perdidas para os árabes.

Século XI, Henrique de Borgonha ganhou do rei de Leão e Castela uma faixa de terra por sua luta contra os muçulmanos (Condado Portucalense).

Seu filho, Afonso Henriques continuou a luta contra os muçulmanos e ao mesmo tempo lutou pela independência do condado frente a Leão e Castela.

Em 1139 Afonso Henriques conquistou a independência, se tornando o primeiro rei de Portugal, que se consolidou como o primeiro Estado Moderno

Os reinos de Castela e Aragão lideraram as lutas dos cristãos contra os muçulmanos.

Ambos possuíam cidades portuárias e uma burguesia próspera, que auxiliava a luta contra os árabes doando dinheiro.

Em 1469 os reis cristãos Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casam, unindo suas terras e esforços para derrotar os muçulmanos. Em 1492, conquistam Granada, último reduto muçulmano na Península Ibérica. Pouco tempo depois conquistam o reino cristão de Navarra e completam a formação da Espanha.

Século XI, Guilherme, duque da Normandia (região ao norte da França), conquistou a Inglaterra e tornou-se o primeiro rei.

No seu reinado obrigou a nobreza a lhe jurar lealdade, proibiu guerras entre nobres e nomeou funcionários reais para administrar os condados.

Seu herdeiro, Henrique II continuou a centralização do poder, criando tribunais reais para impor a justiça (e não mais os nobres)

Seu sucessor Ricardo Coração de Leão passou a maior parte do seu reinado nas Cruzadas e em disputas com o rei da França, enfraquecendo o poder real.

Seu irmão João Sem Terra, autorizou grandes aumentos de impostos, que levou os nobres a reagirem e obrigarem o rei a assinar a Magna Carta (1215)

Henrique III filho de João aumentou os impostos violentamente, e a nobreza reagiu com uma grande revolta.

Derrotado, o rei foi obrigado a negociar com os rebeldes. A burguesia tendo apoiado a revolta ganhou o direito de fazer parte do Grande Conselho, que em 1265, passou a ser chamado de Parlamento.

O Rei Filipe Augusto (1165-1223) impôs sua autoridade a todos os grupos sociais. Conquistou feudos através de casamento por interesse, da compra de terras ou conquistando através de seu exército profissional e assalariado.

Luís IX contribuiu para a centralização do poder ao ordenar que a moeda real fosse aceita em todo o território e permitindo que os condenados em tribunais dos nobres pudessem recorrer no tribunal do rei.

A Guerra dos Cem anos, entre França e Inglaterra também ajudou a fortalecer o poder dos reis europeus, a partir de uma maior centralização para enfrentar os inimigos.

Monarquias de alguns países europeus evoluíram para o absolutismo

Conceito: regime político em que o rei tem o poder de decretar leis, fazer a justiça e criar e decretar impostos. No absolutismo o rei está acima de todos os setores socais (nobreza, burguesia e camponeses), e é o árbitro dos interesses desses grupos rivais.

Teóricos: Thomas Hobbes (Leviatã): para evitar a destruição da humanidade todos deveriam renunciar seus direitos e sua liberdade em favor de um senhor único, o rei, que teria poderes totais. Jacques Bossuet (A política inspirada na Sagrada Escritura): para ele o rei era o representante de Deus na terra, por isto, infalível. Tinha o direito de governar de modo absoluto, pois tinha origem divina. Sua teoria é chamada de “teoria do direito divino dos reis”.

Foi o principal rei absolutista, a tal ponto de dizer: O Estado sou eu”.

Usou o Exército para impor a sua autoridade, mas procurou atender os interesses da burguesia e da nobreza para melhor governar.

Para a nobreza distribuía favores como pensões, presentes e empregos públicos.

Para a burguesia incentivou as exportações e as manufaturas, isentando-as de impostos.

Definição: conjunto de práticas econômicas dos Estados Absolutistas.

Objetivo: fortalecer e enriquecer o Estado , o rei e a burguesia dirigir e administrar o desenvolvimento do capitalismo

Quando: aproximadamente entre os séculos XV e XVIII.

Onde: vários países da Europa, principalmente Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

Característica básica e fundamental: intervenção do Estado na economia.

PRINCÍPIOS DO MERCANTILISMO Metalismo: Seria considerado rico e forte o Estado

que tivesse o maior acúmulo de metais preciosos. Balança de Comércio Favorável: Exportar

mais(superávit) e importar menos (eliminação do déficit).

Protecionismo ou Intervencionismo Estatal: O Estado intervem na economia protegendo o mercado interno ou criando impostos.

Colonialismo: Conquista de novas terras para exploração de seus recursos e de seu povo

ESPANHA – Bulionismo (estocagem de ouro e prata).

FRANÇA – Colbertismo: limitação de importações e desenvolvimento de manufaturas de artigos de luxo e criação de companhias de comércio. Devido ao estímulo da indústria, também ficou conhecido como industrialismo.

INGLATERRA – Adoção de tarifas protecionistas, desenvolvimento da frota naval e da marinha mercante para o comércio externo, desenvolvimento das manufaturas. Política conhecida como comercialista e posteriormente industrialista.


Recommended