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Page 1: Gêneros Textuais e Tipos Textuais

Gêneros textuais

Tipos textuais

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Atividade • Responda de acordo com o que você pensa, sem

recorrer a fontes externas:• O que são gêneros textuais?• Existe diferença entre gêneros e tipos textuais? Se

existe, qual é?• O que os gêneros textuais podem ter a ver com o

contexto social de circulação dos textos?

• Qual seria a relação entre o gênero e as “condições de produção” de um texto?

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Gêneros, tipos e contexto sociais de circulação

• Leiam os textos a seguir e apontem a que gênero textual

pertencem.

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Brinquedos Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar se incendiara. E foi uma espécie de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e labaredas pelo bairro todo. As crianças queriam ver o incêndio de perto, não se contentavam com portas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entre jorros d’água. A eles não interessava nada, peças de pano, cetins, cretones, cobertores, que os adultos lamentavam. Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, os trens e os palhaços, fechados, sufocados, em suas grandes caixas. Brinquedos que jamais teriam possuído, sonho apenas de infância, amor platônico. O incêndio, porém, levou tudo. O bazar ficou sendo um famoso galpão de cinzas. Felizmente, ninguém tinha morrido – diziam ao redor. Como não tinha morrido ninguém? – pensavam as crianças. Tinha morrido um mundo, e, dentro dele, os olhos amorosos das crianças, ali deixados. E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em outras idades. De outros brinquedos. Até que um dia também desaparecêssemos, sem socorro, nós, brinquedos que somos, talvez, de anjos distantes! (Cecília Meireles) 

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Podemos notar nesta crônica de Cecília Meireles a alternância entre a narração: “Ora, uma noite correu a notícia de que o bazar se incendiara”, a descrição: “O fogo ia muito alto, o céu ficava todo rubro, voavam chispas e labaredas (...)”, e a reflexão: “Até que um dia também desaparecêssemos, sem socorro, nós, brinquedos que somos (...)”.

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Manifestantes protestam contra Dilma em 25 estados, no DF e no exteriorAtos são pacíficos e foram organizados por redes sociais. Protestos criticam a corrupção e pedem a saída da presidente.

Manifestações contra a corrupção e contra o governo de Dilma Rousseff ocorrem em vários estados do país neste domingo (15) e também em outras cidades do mundo, como Miami e Londres. As mobilizações foram organizadas pelas redes sociais nas últimas semanas.Os atos são pacíficos e muitos acompanhados pela Polícia Militar. Manifestantes usam verde e amarelo, carregam bandeiras do Brasil e faixas com frases de ordem.

Disponível em: <http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/manifestantes-protestam-contra-dilma-em-estados-no-df-e-no-exterio.html>. Acesso em: 15 mar 2015.

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BALEIAS NÃO ME EMOCIONAM,  DE LYA LUFT.

         Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que frequentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento.

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De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.(Revista Veja, abril de 2005.)

 

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Que fatores levaram ao conhecimento de cada gênero?

• Características formais (composicionais)?

• O estilo da linguagem?

• O suporte?

• O contexto (ou esfera social) de circulação?

• A função e os objetivos?

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Porque não confundimos uma bula com uma carta, uma notícia de jornal com uma oração, um poema com uma entrevista?

• Porque reconhecemos as características dessas “espécies” de texto, aprendidas na convivência social ou na escola. Sabemos também como cada uma delas funciona socialmente.

• Não entramos no consultório e esperamos que o médico nos passe uma receita de bolo.

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Cada espécie de texto circula em um determinado portador ou suporte,

tem seu formato próprio, usa um estilo de linguagem específico e “funciona”

em um dado contexto social.

Essas “espécies” de texto são o que chamamos gêneros textuais.

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Gêneros de texto

são as mais diferentes espécies de textos, escritos

ou falados, que circulam na sociedade e que são

reconhecidos com facilidade pelas pessoas. Por

exemplo: carta, bilhete, poema, sermão, notícia de

jornal, receita culinária, conversa ao telefone,

piada, romance, etc.

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Como é que surge um gênero textual?

Um gênero vai-se constituindo no uso coletivo da linguagem – oral e escrita. Os membros de uma comunidade linguística vão estabelecendo, no correr de sua história, modos específicos de se dirigirem a determinado público, para alcançarem determinados objetivos ou funções.

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Tipos textuais

• Os textos em geral, qualquer que seja seu gênero, são

constituídos por segmentos de natureza e

características diferentes.

• Exemplos: segmentos de exposição de ideias, de

narração, de descrição, de argumentação, de

instrução (injunção) para realização de uma ação.

• Esses segmentos, que podem ser reconhecidos pelas

regularidades no emprego dos recursos linguísticos, é

que têm sido chamados de tipos textuais

ou tipos de discurso.

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Qual a diferença entre tipos e gêneros?

Os gêneros são categorias, padrões, modelos de texto que, digamos, “têm vida própria”, isto é, circulam de

fato na vida social. São muito numerosos, porque atendem as necessidades

comunicativas e organizacionais de muitas áreas da atividade humana, e porque se

renovam, ao longo do tempo, em razão de novas necessidades, novas tecnologias, novos

suportes.

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Os tipos textuais são atitudes enunciativas que acarretam

modos característicos de emprego dos linguísticos presentes em um texto ou

em sequências de texto. São componentes dos textos e podem

aparecer em diferentes gêneros, com exclusividade ou articulados entre si.

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Os tipos, em geral, se marcam pelo

uso característico dos recursos linguísticos.

O tipo narrativo traz os verbos, predominante, no tempo passado e principalmente articuladores (também chamados “organizadores textuais”) que expressam relações de tempo.

O tipo expositivo se organiza basicamente em torno do presente verbal e usa sobretudo articuladores que indicam relações lógicas (causa, consequência, condição, etc.).

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O tipo argumentativo se dá pelo predomínio de sequências contrastivas explícitas. OS textos apresentam uma tese a ser discutida e os argumentos utilizados para concordar ou discordar dela.

O tipo descritivo tem uma estrutura simples com o verbo no presente ou no imperfeito, um

complemento e uma indicação circunstancial de lugar. Predominam as sequências de

localização.

No tipo instrucional ou injuntivo, prevalece o modo imperativo, já que se trata de um tipo

que organiza textos cujo objetivo é oferecer ao leitor orientação para realizar alguma

ação.

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• Jornais• Revistas• Livros• Gibis• Rádio• Tv• Internet• Livro didático• Faixas

Suportes textuais

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Didático – aulas, seminários, debates,

Jornalístico – reportagens, notícias, entrevista

Publicitário – propagandas, anúncios, slogans

Religioso – orações, jaculatórias, salmos, sermões

Comercial – cartas, memorandos, circulares

Pessoal – bilhetes, cartas, diário

Domínios discursivos


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