GESTÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO:Descentralização Político-Administrativa, Estruturas Subnacionais de Gestão do Desenvolvimento e Capacidades Estatais.
Organizador: Prof. Dr. Valdir Roque DALLABRIDA
Mestrado em Desenvolvimento Regional da UnC
Editora Garamond, Rio de Janeiro1ª Edição: 2011.
DADOS SOBRE O LIVRO GOVERNANÇA TERRITORIAL-Adriana Marques Rossetto-
UFSC, -Carlos Antônio Brandão-UFRRJ, -Catarina Ianni Segatto-FGV-SP,-Dieter Rugard Siedenberg-Unijui, -Eduardo Monteiro da Costa-UFPA, -Eliane Salete Filippim-Unoeste, -Eros Marion Mussoi-UFSC, -Fernando Tenório-FGV-RJ, -Fernando Luiz Abrucio-FGV-SP,-Ivo Marcos Theis-FURB, -Myrtis Arrais de Souza-Chile,-Oscar José Rover-UFSC,
552 páginas21 capítulos23 autores
10 Universidades-Brasil2 de Órgãos Governo-RS-
PR1 autor da Argentina
3 autores do Chile
-Oscar Madoery-UnR-Argentina, -Patricio Vergara - Chile,-Pedro Luís Büttenbender-Unijui, -Pedro Silveira Bandeira-UFRGS, -Rosa Moura-Ipardes-PR, -Sergio Boisier - Chile, -Sérgio Luís Allebrandt-Unijui, -Thaís Kornin-Ipardes-PR, -Valdir Roque Dallabrida-UnC, -Viro José Zimmermann-RS, -Walter Knaesel Birkner-UnCPrefácio: Antônio Carlos Galvão- CNPqIntrodução:Valdir Roque Dallabrida (Org)Pósfácio:Fernando Luiz Abrucio–FGV-SP
O conceito GOVERNANÇA TERRITORIAL é utilizado no livro para aludir às iniciativas ou ações que expressam a capacidade de uma sociedade organizada territorialmente para gerir os assuntos públicos a partir do envolvimento conjunto e cooperativo dos atores sociais, econômicos e institucionais.Entre os atores institucionais, incluiu-se, naturalmente, o Estado, com seus diferentes agentes, que, no caso do Brasil, estão presentes nas instâncias municipal, estadual e federal.
CONCEITO: Governança Territorial
GOVERNANÇA TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO:
PREFÁCIO: Dr. Antônio Carlos Filgueira Galvão – CGEE-CNPq
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 representa sem dúvida um ponto de clivagem, um momento de ruptura e recriação da organização social e política dos brasileiros e de seu Estado. Ao então recente passado ditatorial contrapôs-se o cenário de uma sociedade com pretensões progressistas, avidez pela participação política e democracia e anseio pela solução dos graves problemas sociais acumulados. Os processos de descentralização, são o principal resultado desse momento novo na história do Brasil. Das experiências brasileiras, a do RS e de SC, tem características ímpares.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
- Governança Territorial e Desenvolvimento: introdução ao tema e à obra
Valdir Roque Dallabrida
(UnC)
Introdução do livro.Apresentação do tema do livro e dos capítulos.
1 Concepções teóricas que sustentam o debate sobre descentralização político-administrativa
Valdir Roque Dallabrida
(UnC)
Correntes teóricas que discutem a descentralização
2 Sociedade civil, participação, conhecimento e gestão territorial
Sergio Boisier
(Ex-Cepal-Chile)
Retrospectiva sobre o processo de redemocratização na América Latina.Estratégia de desenvolvimento: “projeto societal de futuro”.
3 Descentralização Político-Administrativa, Gestão Social e Participação Cidadã
Fernando Guilherme
Tenório(FGV-RJ)
Gestão Social e participação cidadã: presença social nos processos decisórios participativos.
4 Estruturas subnacionais de gestão do desenvolvimento: a possibilidade dos Consórcios Intermunicipais de Desenvolvimento no Brasil
Viro José Zimmerman
n(GE-RS)
Valdir Roque Dallabrida
(UnC)
Consórcios: institucionalidades de planejamento tático e operacional das ações de desenvolvimento local e regional, articuladas em estruturas de governança territorial (Corede).
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
5 Descentralização enquanto modo de ordenamento espacial do poder e de reescalonamento territorial do Estado: trajetória e desafios para o Brasil
Carlos Antônio Brandão
(UFRRJ))
Necessidade de formulação de estratégias territorializadas de desenvolvimento mais consistentes e efetivas, multiescalares, governança multinível e pactos territoriais de desenvolvimento.
6 A reinvenção da relação Estado – Sociedade através da gestão pública descentralizada: uma análise da descentralização política em Santa Catarina
Oscar José Rover(UFSC)
Eros Marion Mussoi(UFSC)
Descentralização como processo de potencialização do ativo social na gestão pública: vícios como o patrimonialismo e clientelismo potencializam as forças tradicionais dominantes dos territórios, em detrimentos de processos qualificados de descentralização.
7 Participação Cívica no Processo de Descentralização do Desenvolvimento Regional: a atuação dos Conselhos de Desenvolvimento Regional no estado de Santa Catarina
Eliane FilippinKésya e
Margarida Hack
(Unoeste)Adriana Rossetto(UFSC)
Apesar dos avanços alcançados no Estado de SC em termos de articulação para o desenvolvimento, ainda predomina uma cultura centralista na formulação e gestão de políticas públicas para o desenvolvimento regional.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
8 Promessas não cumpridas, mas propósitos logrados: a lógica concentradora da política de descentralização em Santa Catarina
Ivo Marcos Theis
(FURB)
SDRs em SC como “estruturas governamentais geograficamente descentralizadas”: fortalecimento do bloco de poder político e manutenção da lógica concentradora da política de descentralização.
9 A trajetória do planejamento governamental no Rio Grande do Sul: dos primórdios aos COREDES
-Dieter Siedenberg
-Pedro Büttenbende
r -Sérgio
Allebrandt(UNIJUI)
Retrospecto histórico das experiências de planejamento do desenvolvimento no Brasil, de modo especial no RS, até o início da década de 1990, com a criação dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).
10
Uma Experiência de Institucionalização de Regiões no Brasil: Os Coredes do Rio Grande do Sul
Pedro Silveira
Bandeira
(UFRGS)
Apresenta os Coredes como uma experiência brasileira contemporânea de institucionalização de nova escala territorial para a gestão pública, com o objetivo de articular atores políticos, econômicos e sociais para promover a sua participação na promoção do desenvolvimento regional.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
11
A experiência dos Coredes no Rio Grande do Sul: uma análise à luz da gestão social e da cidadania deliberativa
-Sérgio Allebrandt
e-Dieter
Siedenberg
(UNIJUI)
Aspectos da organização e do funcionamento dos Coredes, a partir da perspectiva da democracia deliberativa.Constituição de 1988, possibilitou a criação de arranjos e mecanismos participativos na gestão das políticas pública: Exemplos os Coredes e os Fóruns de Desenvolvimento de SC (1990 a 2002).
12
O contexto dos planos de desenvolvimento para o RS e do planejamento estratégico para os Coredes
-Dieter Siedenberg
-Sérgio Allebrandt
-Pedro Büttenbender
(UNIJUI)
Aspectos da trajetória do processo de planejamento do desenvolvimento, em suas relações com a alocação de recursos públicos por meio dos orçamentos estaduais para o atendimento das demandas prioritárias das diversas regiões.
13
COREDES: Estruturação, articulações intra e inter-regionais, referenciais estratégicos e considerações críticas
-Pedro Büttenbende
r -Dieter
Siedenberg-Sérgio
Allebrandt(UNIJUI)
Processos de planejamento e gestão do desenvolvimento, requerem o envolvimento do governo e da sociedade civil, atuando em diferentes espaços de organização social através de diversos instrumentos e mecanismos de participação – Ex. Coredes.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
14
Gestão Territorial e Desenvolvimento: Descentralização, Estruturas Subnacionais de Gestão do Desenvolvimento, Capacidades Estatais e Escalas Espaciais da Ação Pública
Valdir Roque Dallabrida
(UnC)
Apresenta resultados de um projeto de pesquisa, desenvolvido na Universidade do Contestado , entre 2010 e 2011: inter-relação entre a descentralização, as estruturas subnacionais de gestão do desenvolvimento, as capacidades estatais e as escalas espaciais da ação pública.
15
A experiência de descentralização político-administrativa dos Estados de SC e RS: concepções, percepções e síntese avaliativa
-Valdir Roque Dallabrida
(UnC)-Walter Birkner
-Pedro Büttenbender
(UNIJUI)
A descentralização pode ser criada por decreto ou pela lei, em seus aspectos formais, no entanto, não é possível tirar da cabeça das pessoas o centralismo mediante idêntico mecanismo (Boisier).
16
Planejamento Territorial, Gestão de Políticas Públicas e Descentralização Regional: A Experiência do Estado do Pará
Eduardo José Monteiro da
Costa
(UFPA)
“Cada território dá origem a formas específicas de organizações e instituições que lhe são peculiares e que hão de incentivar ou coibir o seu desenvolvimento”. Relata a experiência do Pará.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
17
Escalas urbana e regional: discursos e práticas de descentralização no Paraná (1995-2010)
Thaís Kornin
Rosa Moura
(IPARDES-PR)
Reflexão acerca do processo de planejamento e formulação de políticas nas escalas urbana e regional no Paraná. A descentralização é um grande desafio, no Paraná, pois nem Associações de Municípios, nem Agências de Desenvolvimento, se mostram como as instâncias mais adequadas para assumir o papel de gestoras do desenvolvimento.
18
Federalismo e Associativismo Territorial em regiões pobres do país: o caso do CODESSUL
Catarina Ianni
Segatto (FGV-SP)
Fernando Luiz Abrucio
(FGV-SP)
O associativismo territorial, como o caso dos consórcios, é um fenômeno cada vez mais importante no Brasil. Tem se disseminado em razão, principalmente, dos limites da descentralização e da reduzida capacidade financeira e institucional de grande parte dos municípios.
19
Política y territorio en Argentina
Oscar Madoery
(Universidade Nacional de Rosário-
AR)
Argentina, recuperou desde 1983 um padrão institucional democrático e desde 2003 está aprofundando um modelo de crescimento econômico com inclusão social, no entanto, num processo de desenvolvimento territorialmente fragmentado, na relação Nação-Províncias-Municípios.
Capítulo-Título Autor(a)(s) Tema
20
Descentralización desde la región: experiencias y necesidades cognitivas estratégicas en Chile
Patricio Vergara
Myrtis Arrais de Souza(CHILE)
Proposta de um pacto territorial para a descentralização de e para Tarapacá, uma região do norte chileno, por meio da estruturação de um Centro de Pensamento Estratégico Territorial.
21
DESCENTRALIZACIÓN EN UN ESTADO UNITÁRIO: la doctrina (oculta) de la descentralización chilena
Sergio Boisier
(Ex-CEPAL - CHILE)
Relato e análise da experiência histórica de descentralização no Chile. Para Boisier, é preciso reconhecer que os textos legais “não permitem fazer governo nas regiões”, se por governo se entende a função executiva e política: “la administración se descentraliza, el poder jamás”!
- A Importância dos Arranjos Intergovernamentais: potencialidades e dilemas na trajetória brasileira recente
Fernando Luiz Abrucio
(FGV-SP)
Como posfácio do livro, afirma que a questão territorial entrou com força na agenda pública internacional a partir do final da década de 1960, dando início a processos descentralizadores da ação governamental, seja repassando poder e recursos a governos locais, seja construindo modelos de governança para o desenvolvimento regional. Exemplos: Coredes e SDRs/Brasil.
GOVERNANÇA TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTOEste livro pretende contribuir para uma melhor – e mais ampla – compreensão das questões suscitadas pelo debate sobre descentralização político-administrativa e desenvolvimento, de modo geral, e particularmente sobre os caminhos que têm percorrido as experiências concretas de exercício da soberania federativa de entes subnacionais – os municípios, estados, regiões.Indagando sobre os limites e possibilidades dessas experiências, assim como sobre as mazelas que essas opções engendram (sobretudo no ocultamento das reais contradições políticas e sociais), os textos aqui reunidos, redigidos por notórios especialistas, dão valiosas contribuições para o debate.
Boa leitura a todos!Agradecimentos à FAPESC pelo auxílio financeiro que possibilitou o custeio da primeira edição.