GUIA10 K
M
TUDO O QUE VOCÊ PRECISASABER PARA A PROVA
MANUAL DO ATLETA
Ser a maior e melhor corrida de 10 km do Brasil não acontece
por acaso. Nesses 31 anos de trajetória, sempre houve uma
preocupação e que levou os 10 KM Tribuna FM-Unilus a esse
patamar: o atleta. Para preparar um evento para 20 mil inscritos,
todos os detalhes devem ser planejados, dimensionados:
segurança, assistência médica, hidratação. Sem falar em outros
pontos, muitas vezes não reparados, como alinhamento com
CET, Polícia Militar, comprometimento dos staffs, exatidão no
horário da largada, por exemplo.
Em três décadas de história, são 251 mil pessoas participando
da disputa. Muitas delas não tinham expectativa de ser atleta,
mas ganharam em qualidade de vida, “puxados” por amigos,
companheiros de trabalho e de academia, e ajudaram a
competição se tornar uma referência. Uma prova especial, tanto
para os amadores quanto para os principais nomes do atletismo,
sempre vindo para Santos para marcas pessoais, pelo excelente
percurso criado e pela estrutura oferecida.
O êxito nessa aceitação popular e longevidade pode
ser atribuído a uma conjunção de fatores muito bem
projetados. Primeiro a organização, sempre voltada para
estabelecer o bem-estar do participante, seja ele um atleta
de ponta ou um iniciante.
E soma-se o trabalho feito nos meios de comunicação, a
própria rádio, que criou a prova, o jornal e depois o reforço
mais do que vital da TV Tribuna. Uma união de forças criando
um ambiente e histórias desse grande evento para atrair a
atenção e carinho do público.
Chegamos ao 31º ano consecutivo da prova. Novamente
queremos oferecer uma estrutura onde o atleta se sinta
confortável, com segurança, assistência, hidratação e felicidade,
animado com música pelo percurso e a torcida do povo santista,
que tem orgulho da maior e melhor corrida de 10 km do Brasil.
Hoje, são poucas provas que têm esse número de inscritos. No
ano passado, apenas três corridas passaram 12 mil concluintes.
Aqui em Santos desde 2007 passamos esse número e sempre
buscando eficiência para atender os participantes.
Nesta edição do Guia trazemos dicas e algumas histórias
de personagens que têm na corrida a paixão. Como Leone
Justino, tricampeã da prova, e o melhor brasileiro nos 10 KM
Tribuna FM-Unilus nos últimos três anos e já classificado para a
maratona olímpica, Solonei Silva, que antes de brilhar no esporte,
batalhava como coletor de lixo. Profissão aliás, que temos dois
representantes muito conhecidos, os gêmeos Roberto Luiz e
Luiz Roberto Biscaia.
Voltando a prova deste ano, para a grande parte
dos inscritos, o que importa mesmo é a festa nos 10 km
de percurso, do Centro até a praia do Gonzaga. Muitos
estarão na largada querendo fazer sua melhor marca, mas
também boa parte quer mesmo é se divertir com amigos,
com companheiros de academia ou trabalho. E também se
desafiar a completar sua primeira corrida.
Se você vai correr para sua marca pessoal ou apenas se
divertir, que faça uma ótima prova. Lembre-se que estará
completando uma das principais e maiores corridas de rua do
País. Um evento feito para o atleta.
A maior e melhorcorrida de 10 kmdo Brasil
Editor e também assessor da corrida desde 1995.
GUIA 10 KMEditor: Fábio Maradei - FMA NotíciasSubeditora: Natasha GuerrizeTextos: Fábio Maradei, Natasha Guerrize, Fernanda Lopes (nutrição)e Claudia Duarte (saúde).Colaboração: Douglas Aby Saber.Pesquisa de fotos A Tribuna: Gaspar Vanderlei Zaffini, Julio Cesar Figueiredo, Ronaldo Dantas Barreto e Vanessa Fonseca.Pesquisa de fotos antigas e história da prova: Nelson Rogelio G. Santana.Produção gráfica: DSPA Ideias + Planejamento + Design.Foto da capa: Douglas Aby Saber.
Tri FM e Tri Esportes Gerente comercial e marketing: Davidson IuspaExecutivas de contas: Alessandra Barros e Fernanda LimaCoordenador de eventos: Diogo de Barros SouzaAssistente de eventos: Aline Santos
Índice
Linha do tempo
Os campeões
E o ouro vai para
Mais Vanderleis e Marilsons
Batata doce
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Você que está iniciando
Solonei Silva
Conheça Santos
Serviços
Manual do atleta
Mapa do percurso
Mapa de acessos
Números da prova
Bom saber
Conheça Nelson Teixeira
06
08
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18
20
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23
32
A pirâmide dos corredores
EviteLesões
LeoneJustino
Saiba do que um corredordeve se alimentarpara ser um campeão
Dicas paravocê evitarlesões durantetreinos e corridas
Conheça o DNA dos 10 kmTribuna FM - Unilus
Campeãs nas últimas sete edições, as quenianas manterão a hegemonia esse ano?
Foto
: Dougla
s A
by
Sab
er
1986Surge os 10 KM Tribuna FM. Foram 950 inscritos600 largaram e 447 concluíramo percurso de 10,3 km.
1990Silvio Maiae Magali Aparecida garantem os primeiros bicampeonatos na prova.
1988Foi o único anocom largada e chegadana Rua João Pessoa. Em todas as outras edições os últimos quilômetros foramna orla da praia.
1991Silvio Maia é o primeiro tricampeão na história da corrida.
1992Prova passaa ter premiaçãoem dinheiro – Um milhão de cruzeiros, com 250 mil aos campeões do masculino e feminino.
1994Leone Justinogarante o primeirotricampeonatona prova. No masculino, prova alcança outro status com a vitória de Luiz Antonio dos Santos, campeão da Maratona de Boston no ano anterior – foi o primeiro vencedor a correr abaixo dos 30 minutos– 29min24s.
1996Ronaldinho e Marcia Narloch, ambos atletas olímpicos, faturaram, ratificando o alto nível técnico. Com 3.537 inscritos, a prova já era uma das grandes no País e Marcia elogiou o público por todo o percurso torcendo, característica que só foi aumentando a cada edição. “Estou surpresa com a participação popular”, afirmou.
2000Começa a sériede vitórias africanasem Santos, com o angolano João N’Tyamba, atleta que disputou seis olimpíadas na carreira. 2000 também teve o primeiro queniano na prova, Willian Mysyoke, no modesto sexto lugar.
2002N’Tyambatorna-se ídolona prova como tricampeonato.
2004A prova dáum salto nonúmero departicipantese alcança a emblemáticamarca de 10 mil inscritos.
2015NancyJepkosgeiKipron é maisuma quenianatricampeã e o recordistaRotich comemorao bicampeonato.
2007Ednalva Lauriano, a Pretinha, chega ao tetracampeonato, única mulher a ter quatro vitórias.
2009A quenianaEunice Kirwagarante a primeirade três vitóriasseguidas e estabelecenovo recordefeminino, com 32min52s.
2012O mundo se rendeao percurso sempreaclamado comoo mais rápido do Brasil. Além de barrar o tetra de Eunice Kirwa, a também queniana Paskalia Kipkoech“pulverizou” o recordepara incríveis 30min57s. Foi o segundomelhor tempo do mundo naqueleano e figura entre as 20 marcasmais rápidos da história em corridas de rua, segundo registro da Federação Internacional de Atletismo. Esse também é o ano da primeira “dobradinha” queniana na prova, com Mark Korir sendo o melhor no masculino, com o mesmo tempo que Vanderlei fez em 97. A prova também teve como inovação a inscrição feita exclusivamente pela internet.
1993Surge o quese tornariauma grandetradição eatrativo daprova, os famosospelotões.O primeiro foiformado pelaMemorial, em parceriacom A Tribuna,levando nomesde destaquedo esporteda região.
1995Outro grandeícone do atletismobrasileiro, Ronaldo da Costa, é o campeão,repetindo a doseno ano seguinte.A prova chegaaos 3 mil inscritos,só sendo superadaem participaçãopela São Silvestre.Também começoua se usar o percursobase usado até hoje,com largadano Centro, passando pelo túnel, um símbolona prova, marcandoo primeiroquilômetro,pelas avenidasAfonso Pena e Almirante Cóchrane(Canal 5),para ter osdois últimosquilômetrosna praia.
1997Outra estrelado atletismobrasileiro chegaa vitória. Vanderlei Cordeiro de Lima foi o campeão, estabelecendo o recorde (que durou 14 anos), com 28 minutos e 1 segundo. O tempo só não foi mais baixo, porque nos metros finais, veio comemorando com seu famoso “aviãozinho”. No feminino, outro grande nome, no alto do pódio, Carmem Oliveira, a primeira brasileira a vencer a São Silvestre, em 95, e com participação em duas olimpíadas, Barcelona 92 e Atlanta 96.
1999A prova tema primeira"dobradinha"estrangeira,com o bicampeonatode Martha Tenórioe o primeiro lugardo uruguaioNestor Garcia.Naquele ano,uma jovem promessado atletismo brasileiro,Marilson Gomesdos Santos, estreavana prova onde fariahistória, já como vice-campeonato"colado" no primeirolugar e à frentede Vanderlei(Cordeiro) de Lima.
2003MarilsonGomesdos Santosgarantiaa primeirade seisvitóriasem Santos.Também foio ano de percursonovo, coma inclusãodas avenidasAna Costa eFrancisco Glicério,deixando a provaainda mais rápida.
2005O carismáticoN’Tyamba voltaà prova e fica com o vice, atrás de Marilson, anunciando que encerraria a sua participação como atleta de ponta.
2008A organizaçãoimplanta os“marcadores de tempo”, para dar ritmo aos amadores, convidando nomes que marcaram a prova. Entre eles, Vanderlei, Ronaldinho, N’Tyamba e Pretinha, além do ídolo local, o ultramaratonista Valmir Nunes.
2011Marilson chegaao respeitadohexacampeonatoe bate o recorde,com 27min59s. Foi a última vitória brasileiroaté o momento. A partir daí, só quenianossubiram no lugarmais alto do pódio. Ainda em 2011, Eunice Kirwa baixa o seu recorde femininopara 32min07s. Também foi estabelecido o percurso atual, que se tornouainda mais rápido.O ano foi de mudanças e foi estabelecida a largada em “ondas” para facilitar o fluxo no início da prova. Corrida passa a ter o patrocíniomaster do Centro Universitário Lusíada (Unilus), que passa a dividiro nome do evento10 KM Tribuna FM • Unilus
2013É a vez dosquenianos também estabelecerem o recorde no masculino, com Edwin Kipsang Rotich cruzar a linha de chegada em 27min45s.
2001Primeira vitóriaqueniana na disputa,com Leah Kipronona feminina e o domínio no lugar mais alto do pódiofoi africano,com o bicampeonatode N’Tyamba. A tecnologia surgecomo aliada da organizaçãoe atletas, com a utilização dochip de cronometragem. A prova chega a 5,5 mil inscritose continuavacrescendo.
1998Primeiravitóriainternacionalna prova, com aequatorianaMartha Tenório, que no ano anterior foi a campeã da São Silvestre, com direitoa recordefemininoem Santos, com 32min57s, que durou11 anos.
A história na
linha do tempo
Três décadas de história. Uma corrida que já é referência quando se fala em 10 km, não só na região, mas no Brasil. Que ganhou projeção internacional e a cada ano cresce. Em 30 anos, foram vários momentos marcantes. Selecionamos alguns desses episódios que engrandeceram a disputa.
INSCRITOSANO
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1988
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
20.000 21.000
20.000
18.000
16.500
16.000
15.000
15.000
14.000
12.500
12.000
11.500
10.000
7.000
6.000
5.500
4.395
4.500
4.100
3.739
3.537
3.000
1.800
1.547
1.322
708
400
400
200
400
950
Evoluçãodas inscrições na prova
CAMPEÕES CATEGORIA MASCULINO CAMPEÃS CATEGORIA FEMININA
Os campeõesdos 10 KM Tribuna FM-Unilus
Edwin Kipsang Rotich (Quênia)
Joseph Aperumoi (Quênia)
Edwin Kipsang Rotich (Quênia)
Mark Korir (Quênia)
Marilson Gomes dos Santos
Marilson Gomes dos Santos
Marilson Gomes dos Santos
Joseph Kibiott Ngetich (Quênia)
Lawrence Kiprotich (Quênia)
Marilson Gomes dos Santos
Marilson Gomes dos Santos
Benson Cherono (Quênia)
Marilson Gomes dos Santos
João N’Tyamba (Angola)
João N’Tyamba (Angola)
João N’Tyamba (Angola)
Nestor Garcia (Uruguai)
Valdenor dos Santos
Vanderlei Cordeiro de Lima
Ronaldo da Costa
Ronaldo da Costa
Luiz Antonio dos Santos
Odiles Marçal
Odiles Marçal
Silvio Maia
Silvio Maia
José Gama Ribeiro
Silvio Maia
José Milton dos Santos
Cláudio Ribeiro
28min20s
28min17s
27min45s
28min01s
27min59s
28min18s
28min16s
28min47s
28min06s
28min27s
28min30s
28min10s
28min18s
28min50s
28min24s
28min27s
28min15s
28min26s
28min01s
28min20s
28min14s
29min25s
30min30s
30min46s
31min12s
31min09s
34min54s
30min20s
41min47s
30min53s
Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)
Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)
Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)
Paskalia Kipkoech (Quênia)
Eunice Kirwa (Quênia)
Eunice Kirwa (Quênia)
Eunice Kirwa (Quênia)
Fabiana Cristine da Silva
Ednalva Lauriano
Bertha Oliva Sanches (Colômbia)
Margaret Karie (Quênia)
Ednalva Lauriano
Ednalva Lauriano
Ednalva Lauriano
Leah Kiprono (Quênia)
Fabiana Cristine da Silva
Martha Tenório (Equador)
Martha Tenório (Equador)
Carmen de Oliveira
Marcia Narloch
Roseli Machado
Leone Justino
Leone Justino
Sonia Maria Marques
Leone Justino
Magali Aparecida
Magali Aparecida
Elisabeth Ribeiro
Luiza Felix do Nascimento
Rosa Maria Leal
32min28s
32min36s
32min36s
30min57s
32min07s
33min04s
32min52s
34min10s
33min12s
33min23s
33min56s
33min22s
33min25s
33min16s
33min44s
33min22s
33min09s
32min57s
33min47s
33min49s
32min12s
35min50s
37min26s
36min50s
38min38s
38min38s
38min02s
40min14s
50min29s
37min00s
10 GUIA 10 KM
No esporte, a meta é sempre chegar ao ouro. A medalha
dourada representa o lugar mais alto do pódio, que o atleta
é o número 1 entre todos. Para a Confederação Brasileira de
Atletismo, o metal precioso também simboliza qualidade
técnica, excelência e é usado como classificação para as
principais, maiores e melhores corridas do País.
Criteriosa e exigente, a entidade reconheceu em 2015 apenas
40 provas nacionais, entre as milhares realizadas no Brasil, sendo
que somente 13 receberam o chamado “Permit Ouro”. Entre as
selecionadas, os 10 KM Tribuna FM-Unilus, hoje uma referência
de organização para outros eventos.
Nessa seleta lista, junto com a prova santista, estão outras
grandes disputas, como a São Silvestre, maratonas de São
Paulo, do Rio de Janeiro e de Curitiba, a Volta da Pampulha
e Dez Milhas Garoto. “Significa que a prova está dentro da
elite das corridas de rua do País, integrada pelas provas mais
tradicionais e de excelência dentro do atletismo brasileiro”,
ressalta o superintende técnico da Confederação Brasileira de
Atletismo, Martinho Santos.
Para chegar ao “Permit Ouro” é necessário garantir
uma série de exigências, como possuir medição oficial,
dar atendimento pleno ao participante, garantindo a
sua segurança, clareza de resultados e de organização.
Características que são prioridades na prova santista.
“Vemos como uma prova de excelência entre as corridas
de rua nacionais, recordando-se que a corrida recebe o
Permit da CBAt deste que a entidade implantou o sistema
de reconhecimento há muitos anos, sendo, inclusive, um
exemplo de organização a ser seguido por outros eventos”,
elogia Martinho Santos.
E o ourovai para10 KM Tribuna FM-Unilus
Foto
: Dougla
s A
by
Sab
er
12 GUIA 10 KM
Mais Vanderleis e Marilsons... A história dos grandes corredores brasileiros de fundo
está intrinsecamente emaranhada à trajetória dos 10 KM
Tribuna FM-Unilus. Os quatro principais nomes do País até
hoje, Luiz Antonio dos Santos, Ronaldo da Costa, Vanderlei
Cordeiro de Lima e Marilson Gomes estão na galeria dos
campeões da prova santista e mais do que isso, marcados
como ícones nessas três décadas de evolução.
No feminino não é diferente, com Marcia Narloch e
Carmem Oliveira, Ednalva Lauriano e Fabiana Christine. A
maioria passou por Santos antes ou durante as fases que
brilharam no exterior e em olimpíadas. Outro bom exemplo
é Solonei Rocha da Silva, já classificado para a maratona
nos Jogos e que também vem fazendo grande papel em
suas participações nos 10 KM Tribuna FM-Unilus.
E em ano de Jogos Olímpicos aqui no Brasil, cabe
fazer uma avaliação de como está o atletismo brasileiro.
Como fazer para que novos Vanderleis e Marilsons
sejam revelados. Quem responde é o superintendente
de alto rendimento da Confederação Brasileira (CBAt),
Antonio Carlos Gomes.
Qual a expectativa para o atletismo brasileiro nos Jogos do
Rio? Principalmente nas corridas de meio fundo e fundo?
As metas da CBAt para os Jogos do Rio de janeiro
estão subdivididas em três objetivos. Primeiro: colocar a
maior quantidade de atletas participando das disputas.
Segundo: colocar a maior quantidade de atletas nas
semifinais e finais da competição. Terceiro: conquistar
medalha nos Jogos. Nas provas de fundo é onde temos a
maior quantidade de atletas até o momento com índices,
participarão os três melhores de cada prova. A expectativa
é de ter alguns atletas na maratona e nas provas de marcha
atlética nas finais olímpicas.
Competir em casa dá mais motivação, mais chances? Ajuda
ou atrapalha?
Isso tudo depende da preparação dos atletas para
o evento. A priori competir em casa cria um estado
motivacional altamente positivo. Estamos tendo o cuidado
de preparar os nossos atletas para que esse fator não passe
do ponto e se torne um problema para nós, pois a cobrança
exagerada por resultado pode ser um fator negativo.
Para prevenir essa situação estamos trabalhando a parte
psicológica dos atletas e dos demais membros da equipe.
Como a CBAt está estruturada para preparar as equipes de
meio fundo e fundo para chegarem bem nos Jogos?
Os atletas com índice olímpico e que estão entre os três
primeiros do ranking nacional nas diferentes provas estão
recebendo auxílio para realizarem campings internacionais
de preparação olímpica, principalmente para estágios
de treinamento em altitude, buscando melhorar suas
potencialidades fisiológicas.
O percurso da maratona será um dos destaques dos Jogos?
A maratona, sem dúvida, é uma das provas nobres dos
Jogos Olímpicos, pois é realizada ao ar livre, fora do estádio
e permite muitos torcedores acompanhar em diferentes
locais da cidade incentivando nossos atletas.
De que maneira as corridas de rua contribuem para o
surgimento e até manutenção dos destaques do atletismo?
A corrida de rua faz parte da cultura esportiva no Brasil.
Temos uma grande quantidade de provas anuais, já temos
uma das maiores participações em número de pessoas do
Mundo e temos atletas com destaque internacional. Afinal,
já medalhamos na maratona olímpica com o Vanderlei
Cordeiro de Lima, batemos o recorde mundial da maratona
com o Ronaldo da Costa, tivemos medalhista no Mundial
de Atletismo com o Luiz Antonio dos Santos...
O Vanderlei Cordeiro de Lima foi e até hoje é o grande nome
do atletismo em olimpíadas, mesmo sem ganhar o ouro. A
maratona é a grande atração?
A maratona é uma prova de grande desafio, até mesmo
pela sua história. O Brasil gosta deste tipo de prova e
seguidamente temos atletas entre os melhores do mundo.
Sem dúvida a maratona é uma atração à parte nos Jogos.
Marilson Gomes dos Santos é uma das grandes esperanças
e terá o apelo de encerrar a carreira nessa prova. Acredita
que tem chances, mesmo diante de quenianos, etíopes e
todo o esquadrão africano?
Nós acreditamos em nossos atletas, sabemos do
potencial do continente africano neste tipo de prova, mas
apostamos nos nossos atletas, até mesmo pelo histórico
nosso na prova. Estaremos no Brasil, num ambiente
climático conhecido, com uma grande torcida. Podemos
fazer um bom papel nos Jogos. Marilson é sempre uma
grande esperança de bom resultado.
Solonei, com uma história de vida de superação, pode se
tornar o querido da torcida?
A torcida brasileira irá torcer para todos os atletas
brasileiros, claro que temos alguns mais conhecidos. O
Solonei é também um grande atleta e terá apoio da torcida
na competição.
Na opinião da CBAt, qual a fórmula para revelar novos
Vanderleis e Marilsons para o futuro do atletismo brasileiro?
A CBAt já começou a elaborar o projeto de para novos
talentos, visando os Jogos Olímpicos de 2020 e 2024. A
Rede Nacional de Atletismo, aprovada recentemente pelo
Ministério do Esporte, dará início a um grande programa de
revelação de valores para as diversas provas do atletismo.
As provas de fundo tem um apelo ainda maior, desde que
consigamos motivar atletas na faixa dos 14-16 anos a iniciarem
treinamentos nas provas de fundo olímpicas. No Brasil ainda
a cultura é muito forte para as provas de rua. Precisamos
canalizar esforços também para as provas de pista.
Foto
: Fáb
io M
arad
ei
HIDRATAÇÃOEsse é o princípio básico para o bom corredor. Um corpo hidratado consegue manter suas atividades metabólicas plenamente. A desidratação leva a queda de rendimento. Cuidado apenas para não exagerar!
PROTEÍNASão os tijolinhos responsáveisna reparação, na síntese muscular, na confecção de enzimas,na manutenção da imunidade.
CARBOIDRATOSE GORDURAS RUINS Esses estão no topo da pirâmide porquefazem parte do ‘evite a todo custo’.
CARBOIDRATOÉ o tipo de nutriente que a maior partedos atletas se preocupa no pré-prova. Mas atenção: é preciso saber escolher o carboidrato certo.
FRUTAS, VERDURASE LEGUMES são extremamente importantes para garantir micronutrientes via alimentação. Toda e qualquer atividade metabólica é dependente de vitaminas e minerais.
14 GUIA 10 KM
A pirâmidedos corredores Por Fernanda Lopes,
editora do Caderno Boa Mesa
NUTRIÇÃO
As corridas de rua vêm atraindo cada vez mais público e a
prova 10 KM Tribuna FM - Unilus é a prova mais esperada do ano.
Para a maioria dos atletas, uma das dúvidas mais comuns é so-
bre a alimentação, tanto antes como durante e após os treinos.
Por isso, criamos uma pirâmide alimentar especialmente
desenvolvida para os corredores. Na base dessa pirâmide,
como um dos itens mais importantes, está a hidratação.
Para uma prova de 10 km, a água costuma ser suficiente para
hidratação durante a prova, não havendo necessidade de uso de
repositores eletrolíticos. Mas é preciso cautela na quantidade.
O ideal é repor o líquido perdido e acostumar-se com a hi-
dratação nos treinos que a antecedem a prova.
Isso irá garantir não só melhores resultados, como também
ajudará a evitar qualquer eventual mal-estar, bem como o exa-
gero ou a não reposição adequada de líquidos.
Logo acima da hidratação, na nossa pirâmide, estão os car-
boidratos. Mas não pense apenas em pães, macarrão, biscoitos
e barras de cereal. O segredo é saber escolher o tipo ideal de
carboidrato. E quanto mais natural ele for e maior carga nutriti-
va possuir, mais adequado será para os atletas.
Por isso, na hora de consumir carboidratos, priorize as
raízes, como a batata doce (veja reportagem na página 18), a
mandioca e o inhame.
Outra boa opção são os cereais, como arroz integral, aveia,
quinoa e amaranto, que podem fazer parte do cardápio antes
e depois dos treinos e provas.
E as gorduras? Quais são as boas gorduras para corre-
dores? O óleo de coco é a grande vedete do pré-treino.
Fonte de energia que entra rapidamente na corrente san-
guínea, com a vantagem de não gerar pico de glicose (que
pode fazer com que a energia acabe antes da hora), nem ati-
var insulina, o óleo de coco, além de bom combustível para a
corrida, também auxilia na queima de gordura corporal. Mas
vale ter cautela! O ideal é usá-lo seguindo recomendações
de seu nutricionista ou médico.
Agora chegou a vez de um trio importantíssimo: as frutas
verduras e legumes, que também merecem destaque na nossa
pirâmide, pois contribuem com cálcio, magnésio, vitaminas
B2, B3, B6, potássio, sódio, zinco, selênio etc.
E uma dica básica, para um excelente pré-treino aeróbio,
é explorar os alimentos ricos em betaína, uma substância en-
contrada naturalmente no corpo humano e em alguns vege-
tais, como espinafre e beterraba.
A betaína possui diversas funções benéficas, como
a proteção celular contra a desidratação, podendo ainda
auxiliar no aumento do óxido nítrico e do fluído sanguí-
neo, fazendo com que diversos nutrientes sejam melhores
transportados dentro do corpo, inclusive levando-os de
maneira mais eficaz ao músculo, o que vai beneficiar muito
o rendimento em corridas.
A betaína também ajuda na redução dos níveis de ho-
mocisteína, proporcionando redução de risco de doença
cardiovascular, podendo auxiliar na diminuição do cortisol,
presente nos momentos de estresse. Receitinha bacana para
pôr em prática: suco de beterraba no pré-treino. Tem um
suco mix especial nas receitas!
Agora é a vez das proteínas. Elas são essenciais, principal-
mente no pós-treino (não necessariamente imediatamente
após). Ovos, carnes magras como peixes, aves e carnes bo-
vinas – lembrando também das proteínas vegetais, que car-
regam consigo importantes micronutrientes, como as legu-
minosas (feijões, grão de bico, lentilhas e ervilhas) e também
as oleaginosas (castanhas, sementes de abóbora e girassol,
nozes, amêndoas etc).
Por fim, lá no topo da pirâmide, aparecem os carboidratos
ruins, que não agregam nada ou quase nada em micronutri-
entes (vitaminas e minerais) e devem ser evitados.
São os cereais refinados, farinhas, pães, torradas, biscoitos,
barra de cereais de má qualidade e tantos outros empacota-
dos com baixo valor nutritivo.
Doces e alimentos ricos em açúcar também fazem parte
desse grupo. Já as gorduras ruins são aquelas que estão con-
tidas em carnes, embutidos, queijos, biscoitos (até mesmo
sem recheio), macarrão instantâneo etc.
Conheça aPirâmide dos Corredores
16 GUIA 10 KM
Dicade ouro Olhe mais as embalagens
dos alimentos e procure
principalmente ver a lista
de ingredientes, que é o RG
do produto. É dessa forma
que você consegue conhecer
de verdade do que é feito.
A lista é composta,
obrigatoriamente, em ordem
decrescente. Fique de olho
nos alimentos cheios de açúcar,
farinhas brancas e qualquer
ingrediente pobre em nutriente
como sendo os
primeiros da lista!
SucoAntioxidante Gás Total
RECEITA
Ingredientes1 fatia de melancia
½ beterraba crua
2 colheres (sopa) de gojiberries
1 colher (sopa) de Chia grãos
Gelo a gosto
400ml de água
Adoçante xylitol ou stévia a gosto
Modo de preparoBater tudo e tomar imediatamente
18 19GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Batata Doce,a queridinha Por Fernanda Lopes,
editora do Caderno Boa Mesa
Vira e mexe aparece um ingrediente que vira o queridinho.
A bola da vez agora é a batata-doce, um carboidrato, pas-
mem, que pode integrar as mais radicais dietas de emagreci-
mento. E é também indicada para os atletas.
Os chefs a adoram, não só por seu caráter mais saudável
e por secar a barriguinha, mas também por ser um produto
abundante no Brasil e já usado desde os índios.
Seu sabor adocicado característico é perfeito para harmo-
nizar com pratos salgados. Agora, ela é encontrada em res-
taurantes, mesmo os por quilo, além da versão frita, que sem-
pre foi a mais comum.
Originária do Peru, há provas de seu uso há cerca de 10
mil anos. Porém, ela ganhou o mundo quando foi levada à
Europa pelos espanhóis no século 16. E agora, com o retorno
do uso de ingredientes locais, e com a busca por uma alimen-
tação mais saudável e nutritiva, ela encontrou seu espaço, di-
vidindo a cena com a onipresente batata-inglesa.
Segundo a nutricionista Tatiana Branco, a batata-doce
faz jus à sua fama de ‘seca barriga’. “O seu baixo índice
glicêmico inibe o acúmulo de gordurinhas. Para quem prati-
ca exercícios, em conjunto com uma dieta balanceada, pode
resultar na melhora da performance em competições e no
treinamento diário”, comenta.
Porém, Tatiana alerta que o consumo excessivo pode
causar desarranjo intestinal, devido seu teor de fibras. Ela tem
um pouco mais calorias do que a batata inglesa, mas o baixo
índice glicêmico é a que deixa mais magrinha. O fato de ela
ser uma raiz e não um tubérculo, como a batata comum, faz
com seja mais saudável. Isso acontece porque as raízes tuber-
osas são capazes de armazenar mais nutrientes.
Existem incontáveis variedades de batata-doce pelo
mundo, de cores e sabores diversos. Aqui no Brasil, as
mais conhecidas têm a polpa branca, amarela ou roxa.
Mais recentemente, a Embrapa desenvolveu uma nova
variedade chamada Beauregard, que é rica em carotenos
e tem o miolo alaranjado.
Tatiana explica que a cor de cada polpa se dá pela
presença de pigmentos naturais, como betacaroteno nas
alaranjadas e amarelas e antocianina nas arroxeadas. “Esses
pigmentos também agem como antioxidante, combaten-
do radicais livres, envelhecimento precoce e prevenindo
doenças”. Além disso, tem um arsenal poderoso de nutri-
entes: vitaminas C e E e do complexo B, cálcio, magnésio,
ferro, fósforo e potássio.
Outra vantagem é seu cultivo fácil e barato. Ela se adapta
a diferentes climas e solos, sendo uma excelente alternativa
de plantio e de alimentação em áreas mais carentes.
Tipos
O sabor adocicado combina bemcom canela, mel, coco e noz-moscada. Por isso a batata-doce é usada na produção de doces com sabor de infância. Mas experimente usá-la em pratos salgados, assada ou cozida. Ela pode substituir a batata-inglesa em preparações como sopa, bacalhoada, purê e até saladas. Para ter acesso aos benefícios é preciso ingeri-la regularmente, se possível mais de uma vez por semana. Os atletas consomem com uma frequência maior: antesdo treino diário, para que a energiadure mais tempo.
Sim, o teor de fibras aumenta a saciedade,
e por consequência gera menos gordurinhas.
Mas cuidado no preparo, uma batata doce frita
em imersão não tem nenhum
benefício no emagrecimento
Nutricionista Tatiana Branco
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20 21GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Sugestão de cardápio para antes e depois da prova
SUCO VERDE > (1 folha de couve + 1 fatia de abacaxi + 200ml de água de coco natural+ 1 pedaço de gengibre + folhas de hortelã a gosto + gelo+ 1 colher sobremesa de amaranto em flocos)> 1 Tapioca Funcional (acrescente 2 colheres de semente de chia em sua tapioca, quando ainda estiver na frigideira)> 1 ovo mexido com óleo de coco ou azeite de oliva extravirgem
2 DIAS ANTES DA PROVA
PRÉ-PROVA
CAFÉ DA MANHÃ
> Frutas picadas – 1 fatia de mamão, + 3 morangos + ¼ de pera, salpicada com 1 colher de chá de chia + 1 colher (sobremesa de aveia em flocos)> 1 Crepioca Funcional> 1 colher (sopa) de Homus de Abobrinha e Semente de Girassol*> 1 xícara de chá Verde
CAFÉ DA MANHÃ
> 1 punhado de frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas etc)> 1 copo de água de coco naturalLANCHE DA MANHÃ> 4 colheres de purê rústico de Batata Doce e inhame (cozinhar e amassar os dois tubérculos)> 2 files de pescada ao forno com tomate, cebola e manjericão, regados com azeite de oliva extravirgem> Salada de acelga e cenoura ralada> Beterraba cozida – 2 fatias
> 1 fatia grande de melão picado com 1 colher (chá) de chia> 2 castanhas do BrasilLANCHE DA MANHÃ
LANCHE DA TARDE
> 4-6 colheres (sopa) de arroz integral> 1 concha de feijão (½ caldo + ½ grão)> 1 filé de carne bovina magra grelhado (alcatra, patinho, coxão mole, filé mignon, etc)> Folhas verdes a vontade + tomate > Brócolis e cenoura ao vapor cenoura, temperados com azeite de oliva extra virgem
ALMOCO
ALMOCO
> 1 banana, salpicada com canela (opcional)> 1 colher sobremesa de quinoa em flocos (ou aveia)> 3 amêndoas + 1 colher (sobremesa) de cramberry (ou passas de uva)
LANCHE DA TARDE > 1 fatia de Torta de maçã, banana e cramberry
JANTAR> 1 batata doce média ou 2 mandioquinhas pequenas> 1 filé de frango assado com laranja e gengibre (salgue um filé de frango, coloque o suco de 1 laranja e 2 colheres de chá de gengibre ralado. Cubra com papel manteiga e alumínio e leve ao forno por 15-20 minutos)> Folhas a vontade + pepino + rabanete+ tomate cereja
JANTAR> 6 colheres de sopa de Tabule de quinoa> File de Peixe ao forno com Tomate e manjericão, regado com azeite de oliva ou ½ lata de atum em água Folhas a vontade
CEIA > 1 banana cozida com canela, salpicada com 1 colher (chá) de sementes de chia
PÓS- PROVA> Suco Vermelho Funcional - Polpa ou frutas vermelhas congeladas, batidas com água de coco e 1 colher (sobremesa) de Biomassa de banana verde> 1 Pão de Quinoa Germinada* ou 1 Tapioca funcional (com chia)> 2 colheres de chá de Manteiga Ghee ou Azeite de Oliva extra virgem ou manteiga de boa qualidade (de búfala é boa opção)
CAFÉ DA MANHÃ
> 1 maçã ou 1 fatia de melancia> 1 barra de cereais de boa qualidade> Água de coco natural
LANCHE DA MANHÃ> 4-6 colheres (sopa) de arroz salpicado com gergelim preto> 1 filé de frango grelhado ou carne bovina> Couve refogada (de preferência com óleo de coco)> Folhas verdes > Tomate cereja, cenoura ralada, pepino, pimentões amarelo e vermelho – variar cores dos vegetais
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LANCHE DA TARDE > 1 Crepioca de cacau com Geleia de Cramberry e damasco > Suchá de Amora com Maracujá
JANTAR> Macarrão de abobrinha ao pesto de tomate seco > Tiras de omelete simples (feito com dois ovos batidos) > Polpetone de Batata Doce e Quinoa> Folhas a vontade
CEIA > 1 fatia de abacaxi salpicada com canela em pó (opcional)> 1 xícara de chá de camomila
CEIA > 1 maçã salpicada com canela em pó (opcional)> 1 xícara de chá de erva cidreira
22 23GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Melhore seuresultado
Respeite seu
limite!
Não basta o cuidado de trabalhar o corpodentro da capacidade aeróbica de cada um.É preciso ainda ter a musculaturapreparada para correr os 10 KM.
Alexis Carneiro, médico ortopedista
Por Claudia Duarte Cunhaeditora da AT Revista
SAÚDE
Correr é uma atividade natural para o ser humano. No
entanto, quando se trata de uma prova com percurso relati-
vamente longo, é importante se preparar e tomar alguns cui-
dados para evitar surpresas que podem estragar toda a festa
que envolve o esporte.
Entre as dicas, está o uso de roupas claras e de tecido
que absorva a transpiração. Jamais escolha um tênis novo
na prova, que pode apertar, machucar e até tirar o partici-
pante da prova. “Tem que ser um calçado habitual e que o
corredor já tenha o testado em algum momento”, orienta o
ortopedista Alexis Carneiro.
Já a refeição na manhã da corrida deve ser leve e à base
de frutas e cereais. Mas no dia anterior é importante comer
carboidrato, porque é o que será queimado durante a corri-
da. No mais, muito líquido antes, durante e depois da prova.
“A hidratação é importante para que todo o metabolismo
seja mantido nas condições ideais, mesmo que a pessoa este-
ja se exercitando”, explica Alexis, que frisa: “A atividade deve
ser sempre proporcional ao condicionamento de cada um”.
Evitelesões
Muita gente faz sua estreia em corridas de rua nos 10 KM
Tribuna FM-Unilus e, por algumas vezes, essas pessoas não
têm muita noção do que os espera. “Os participantes recre-
ativos vão precisar fazer um esforço grande para concluir a
prova. Por isso, o mais importante é que todos corram dentro
do seu nível de conforto, ou seja, de maneira prazerosa, sem
exagero. Isso é a base de tudo”, adverte Alexis Carneiro.
Outro alerta do ortopedista é que cada corredor não saia
da sua atividade aeróbica. Sabe o que significa isso? É a práti-
ca de exercício em que o organismo processa todos os movi-
mentos com a presença do oxigênio.
A explicação mais detalhada é a seguinte: Durante a corri-
da existe um esforço do organismo para que tudo funcione –
musculatura etc. Mas fundamentalmente, temos uma bomba,
que é o coração, e um sistema de comunicação entre tudo
isso, que são os nossos vasos sanguíneos (artérias e veias).
Há ainda um aparelho que oxigena todo esse sangue, que
são os pulmões, e é responsável por abastecer os tecidos.
“A essência do trabalho aeróbico, que inclusive faz bem e é
recomendado pela Organização Mundial de Saúde, é que,
durante o esforço, o coração aumente o seu trabalho, só que
dentro de um conforto respiratório”, diz Alexis Carneiro, com-
plementando que o oxigênio deve ser sempre um elemento
presente no processo de metabolismo.
Agora se a pessoa acelera muito e passa para um regime
tal que as etapas metabólicas não são cumpridas com suces-
so, começa o chamado trabalho anaeróbico, em que não há
oxigênio suficiente para a realização do exercício. Isso é preju-
dicial à saúde! “Pessoas que treinam – andando ou correndo -
fora do seu nível de conforto e bem-estar não estão no regime
aeróbico. Por isso, todo mundo que vai para a prova tem que
saber que o ideal não é ficar muito ofegante”.
Além do mais, se o corredor insiste em correr no ritmo
errado e fora do seu conforto respiratório, acaba não con-
seguindo completar a prova, pelo acúmulo de ácido lático,
que provoca dor e câimbra. Então, quem for para os 10 Km
Tribuna FM - Unilus em regime de festa, tem que terminar
em regime de festa, ou seja, no conforto, ok?.
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24 25GUIA 10 KM GUIA 10 KM
26 27GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Você que estáiniciando...
SAÚDE
A cada ano os 10 KM Tribuna FM-Unilus despertam o inter-
esse de novos praticantes, ávidos por experimentar a sensação
de cruzar a sonhada linha de chegada da maior prova do Brasil
na distância. Entretanto, engana-se quem pensa que é só calçar
um par de tênis e sair correndo. Todo praticante, em especial os
de primeira viagem, precisa de orientações e acompanhamento
médico para garantir que a atividade física seja prazerosa, dura-
doura e traga melhorias à saúde.
Um desses benefícios está relacionado com a questão
psicológica. Estimulado pelo exercício físico aeróbio, o cérebro
libera um importante hormônio chamado endorfina, que
modula a dor e o estresse. “A corrida colabora muito com a
Nesse cenário, um dos principais vilões é o colesterol, que
em parte é fabricado pelo fígado e também ingerido pelos ali-
mentos. A corrida, em qualquer intensidade, ajuda a aumentar a
quantidade do colesterol bom, conhecido como HDL, que não
se deposita nas artérias. Além disso, o HDL em grandes quanti-
dades contribui para a remoção do colesterol ruim, o LDL.
Vale ressaltar que o colesterol é uma gordura essencial para
o organismo humano. Por isso, uma dieta adequada e rica em
nutrientes é uma grande aliada dos atletas iniciantes, inclusive na
prevenção de lesões musculares e fraturas por estresse.
O professor do curso de Medicina do Centro Universitário
Lusíada (Unilus) William Costa faz um alerta para os corredores
iniciantes. “Por representar a primeira vez numa prova tão im-
portante, muitas vezes pegamos esse tipo de atleta com um
perfil mais competitivo em relação aos demais. Eles tentam
seguir metas que, naquele momento, não condizem com sua
condição física”, explica.
Por isso, durante a corrida é preciso estar atento aos sinais
do corpo como: constantes palpitações, desconforto na caixa
torácica, fadiga, dores de cabeça ou tonturas. “Nós, especialis-
tas, não temos a intenção de impedir ninguém de correr. Apenas
trabalhamos com avaliações de fatores de risco, algo que é fun-
damental para esse público de corrida”, completa William.
melhora da autoestima e combate a depressão. Sem contar que
eleva outros aspectos importantes, como a resistência física, a
memória, aumenta a disposição física e mental das pessoas”,
explica o médico cardiologista William Costa, professor do curso
de Medicina do Centro Universitário Lusíada (Unilus).
Outro benefício está relacionado com as doenças cardíacas,
uma das maiores causas de morte no Brasil atualmente. Seden-
tarismo, alimentação desregrada, ganho de peso, aumento da
glicemia, colesterol e triglicerídeos no sangue são fatores que
contribuem muito o avanço dos problemas no coração. A boa
notícia é que hábitos saudáveis aliados com a prática de exercíci-
os físicos podem evitar boa parte dessas doenças.
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28 29GUIA 10 KM GUIA 10 KM
A fisioterapiacomo prevenção Uma modalidade com baixo custo, de fácil adaptação
e que proporciona inúmeros benefícios à saúde. Esses são
apenas alguns dos fatores que fazem a corrida atrair um
número significativo de praticantes, sejam eles profissionais
ou amadores. É o caso dos 10 KM Tribuna FM-Unilus, principal
prova do calendário nacional na distância. Nomes consagrados
do atletismo brasileiro como Ronaldo da Costa, Luiz Antonio
dos Santos, Vanderlei Cordeiro de Lima e Marilson dos Santos
dividem as ruas com milhares de atletas amadores e iniciantes.
Entretanto, se o exercício for praticado de maneira irregu-
lar e sem orientação médica, as temidas lesões podem surgir e
atrapalhar os planos dos atletas. Uma boa maneira de evita-las é
contar com o auxílio de um fisioterapeuta para entender a indi-
vidualidade e características físicas de cada corredor.
“A vantagem é que direcionamos o trabalho para evitar
lesões, o que pode ser muito comum para quem está começan-
do e não conhece sua ‘máquina’ corporal por completo”, explica
o fisioterapeuta Avelino Buongermino, professor titular do Cen-
tro Universitário Lusíada (Unilus).
Uma das primeiras recomendações é sobre o local dos
treinos. Segundo o especialista, os corredores, em especial os
iniciantes, devem evitar os treinos no asfalto para evitar lesões
por sobrecarga e até por esforço repetitivo. “Para quem não
está acostumado, corre o risco de manifestar as tendinopa-
tias”, explica Avelino.
Considerado o “santo remédio” dos especialistas, fazer
uma compressa de gelo em locais onde há mais chances de
se lesionar também é uma prática muito recomendada. “Esse
processo evita as microlesões e pode ser acompanhada de
uma massoterapia”, revela o professor titular do Centro Uni-
versitário Lusíada (Unilus).
Outra dica importante envolve a postura corporal e como
aliá-la a um programa de exercícios respeitando a anatomia
de cada praticante. A avaliação de baropodometria é um ex-
ame que analisa o tipo de pisada do corredor. O exame pode
ser feito com o paciente em movimento, o que permite medir
as variações das pressões durante a marcha e até durante a
corrida. “Há também a alternativa do corredor colocar o apa-
A pisada neutra tem por característica impulsion-ar a passada com toda a parte frontal do pé. O impulso começa com a parte externa do calcanhar e o pé rotacio-na ligeiramente para dentro, acontecendo o contato com o solo do lado externo do calcanhar e, então, ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando a passada no centro da planta do pé.
Cerca de 45% da população mundial possui essa pisada.TIPO DE TÊNIS RECOMENDADO: O corredor que apre-senta esse tipo de pisada apresenta menos restrições na escolha do tênis, podendo optar somente por um com amortecimento leve.
A pisada pronada começa com o lado esquerdo do calcanhar e finaliza nas regiões próximas do dedão. Nessa pisada, quando a parte de fora do calcanhar toca no chão, o pé inicia uma rotação excessiva para dentro, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna. Em seguida, ocorre uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto das pon-tas dos dedos.
50% da população mundial possui essa pisada.É muito comum em mulheres, pois serve como prepa-ração para a gravidez. TIPO DE TÊNIS RECOMENDA-DO: Calçados com amortecimento e controle de esta-bilidade leve.
Trata-se da pisada em que a pessoa utiliza a parte externa do pé e principalmente a área do dedo mínimo para se impulsionar. Essa passada inicia o esforço no calcanhar e mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.
Somente 5% da população mundial realiza esse tipo de pisada. TIPO DE TÊNIS RECOMENDADO: Por ter o pé mais rígido, são necessários calçados com reforço no amortecimento, além do controle de estabilidade.
relho adaptado em uma esteira, onde podemos avaliar sua
dinâmica de marcha”, explica Avelino.
A avaliação de baropodometria também ajuda na escolha
do melhor tênis para os atletas iniciantes. De acordo com o
fisioterapeuta, características como absorção de impacto e
conforto ainda são essenciais para qualquer calçado de corri-
da, independente da forma como o corredor pisa.
tipos de pisadaSão três tipos de pisada: neutra, pronada e supinada.
PISADA NEUTRA PISADA PRONADA PISADA SUPINADA
SAÚDE
30 GUIA 10 KM
O crescimento dos 10 KM Tribuna FM - Unilus está
proporcionalmente ligado à evolução da tricampeã da prova,
Leone Justino. A simbiose desses fatores não poderia ser
diferente. A maratonista santista, de 43 anos, começou a
competir desde a primeira edição do evento em 1986, quando
conquistou o primeiro lugar na categoria júnior. Com mudanças
ao longo das edições seguintes, Leone se viu preparada para
buscar novos desafios na categoria elite. Venceu nos anos de
1991, 93 e 94 e assim escreveu seu nome na história da prova.
Entre tantos momentos de destaque, a corredora lembra um
em especial. E justo o ano que não venceu: 1996, quando foi vice,
logo atrás de Marcia Narloch, mas garantindo sua melhor marca
na disputa: 34 minutos. Naquele ano, ela também tentava o
índice para os Jogos Olímpicos de Atlanta, mas a mesma Marcia
ficou com a vaga. “Eu estava muito bem”, recorda.
Foram mais de 20 anos participando e crescendo com
a prova. “Crescemos juntas. Vi tudo acontecer e fui evoluindo
também. Nossas histórias se cruzam”, ressalta Leone, que tem
como grande resultado na carreira a vitória na Maratona de
Barcelona, na Espanha, em 2001. “Essa prova, sem dúvida, foi
um trampolim importante para que eu pudesse participar de
desafios internacionais”, diz.
Em 2012, ela decidiu deixar de competir os 10 KM. Ao lado
de seu marido e treinador, João Roberto de Souza, ela já estava
se dedicando, desde 2006, a novos planos na cidade mineira
de Bom Repouso, a 180 km de Santos. “Queria montar o meu
instituto e treinar crianças em altitude, proposta parecida com o
que é feita na África do Sul”, revela.
“Ainda não conseguimos concretizar o projeto em prática,
mas tenho certeza de que em breve voltaremos com as nossas
atividades. Por enquanto, recebemos no centro de treinamento
uma série de atletas”, fala a corredora.
Ainda com residência em Minas Gerais, Leone Justino
resolveu terminar com um hiato de três anos: a maratonista
confirmou seu retorno à 31ª edição dos 10 KM Tribuna FM-Unilus.
“Percebi que as últimas competidoras estão em índices que eu
já tinha feito em anos anteriores. Foi quando me toquei de que
poderia sair do conforto de comer pãozinho de queijo quase
que diariamente para voltar aos meus treinos”, brinca a atleta,
que tomou essa decisão no fim de 2015, quando passou as férias
ao lado de sua família na Baixada Santista.
Leone Justino se sente ainda mais segura nos dias de hoje.
“Atletismo não tem idade, só força de vontade”, anuncia. Aos
43 anos de idade, ela volta aos 10 KM como seu teste mais
importante do ano. “Vou encarar a largada como se fosse
nos tempos antigos. Ficarei bem concentrada, não deixar
as adversárias aproveitarem as brechas de ultrapassagem. E
acima de tudo, quero colocar tudo o que eu treinei em prática.
Acredito que os meus treinamentos são a minha razão para
crescer cada vez mais”, comenta.
Leone Justinoo DNA dos 10 KMTribuna FM-UnilusPor Natasha Guerrize
DNA no atletismo
Leone também destaca a importância de sua família para
que pudesse dar continuidade aos treinamentos. “Antes de
mudar para Minas, morava com os meus pais e irmãos. Tive
muita sorte em não precisar trabalhar em outra área e me
dedicar 100% ao atletismo. Sou eternamente grata à minha
família, que além de carregar o DNA deles, pude carregar o
DNA da prova dos 10 KM”, agradece.
Indispensável em seu desempenho como atleta, o treinador
e marido João Roberto de Souza foi peça fundamental para que
Leone conquistasse um lugar ao sol. Os dois se conheceram em
uma das seletivas da maratonista. “Ela tinha um outro treinador e
eu estava acompanhando o processo de convocação de atletas
para a equipe principal da Cidade”, lembra Roberto.
Reconhecendo seu potencial, ele fez um convite a atleta.
“Você não quer se tornar uma atleta de nível internacional?,
perguntei a ela”. Após o “sim”, caíram na estrada em busca do
mais alto rendimento no esporte. Além da parceria profissional,
companheirismo no amor. “Uma das maiores emoções da
minha vida foi vê-la campeã em Barcelona”, conta.
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32 33GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Melhor resultado brasileiro nos últimos três anos dos 10 KM
Tribuna FM-Unilus, o fundista Solonei Silva pode se orgulhar
de ter vencido na vida. Já classificado para representar o Brasil
na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio, ele correu muito
antes de se efetivar como atleta, trabalhando como coletor
de lixo. Uma profissão que o agora maratonista valoriza e faz
uma relação direta com o seu sucesso.
Foram anos correndo atrás do caminhão, que acabaram
servindo como preparação para o que viria pela frente. “Me
ajudou em ganho de força, porque trabalhar com carga,
correndo com sacolas pesadas, até chegar no caminhão, é
um ótimo trabalho de resistências muscular. Todo momento
fazendo tiros curtos, o fartlek, ter de terminar o setor mesmo
quando o corpo já está cansado e pedindo descanso,
aumentou e muito a minha resistência”, comenta.
Estudante de Educação Física, Solonei explica outros
pontos que o ajudaram a evoluir, como subir do solo até os
estribos (local onde fica em pé no caminhão). “É realizar
pliometria (forma de exercício que busca a máxima utilização
dos músculos em movimentos rápidos e de explosão).
Quando não tinha de subir no caminhão, tinha a calçada.
Se analisarmos com atenção, a corrida é uma sucessão de
pequenos saltos. O gastrocnêmio e o sóleo (músculos da
panturrilha) são exigidos a todo momento”, explica.
“Hoje, como atleta de alto rendimento e estudante de
Educação Física, tenho a ideia exata de como a coleta me
ajudou a ser o profissional bem-sucedido que sou hoje”,
destaca o agora ex-coletor, com a expectativa de uma grande
atuação na maratona dos Jogos. “É a melhor possível. Quero
chegar bem preparado e surpreender. As dificuldades serão
gigantescas, porém quem trabalha sério, focado e com muita
dedicação, pode se sobressair. Sonhar com uma medalha no
Rio, no Brasil, é a melhor parte deste processo todo”, relata.
Atualmente, o foco é para os Jogos do Rio, mas Solonei
tem entre seus planos estar na seleta galeria de campeões
dos 10 KM Tribuna FM-Unilus. “Vencer essa prova é vencer o
melhor 10 km do Brasil e ouso dizer o melhor da América do
Sul. Pelo percurso ser totalmente plano, faz dela uma corrida
que tanto os amadores como a elite corram em busca de seu
‘personal best’ e para ser campeão tem de estar muito bem
preparado, porque a concorrência é muito grande”, elogia.
O início nas corridas foi “por acaso”. Trabalhava numa
fábrica de couros e por insistência de um amigo, participou
de uma corrida interna, em 2003. Foram só 3.300 metros
e Solonei correu de chuteiras. “Decidi participar por
curiosidade. Não sabia como funcionava ou se conseguiria
concluir o percurso sem ter de caminhar e acabei sendo o
campeão”, conta o atleta.
“Antes só jogava futebol. O corpo todo ficou bem dolorido
e no outro dia tive de pedir para mudar de ofício no trabalho,
para uma função que eu poderia ficar parado”, lembra Solonei,
hoje treinado por Ricardo D’Angelo, que também foi treinador
de Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro medalhista
em maratona olímpica e que também fez história nos 10 KM
Tribuna FM, vencendo com recorde do percurso.
Será esse um sinal de resultados futuros tanto no Rio
quanto em Santos? O otimismo é grande. “Meus principais
adversários no Rio serão eu, o clima e o relógio. É uma página
em branco que quero muito pintar de verde e amarelo”,
completa o atleta da equipe Orcampi/Unimed Campinas.
SoloneiSilva, de catador de lixoa atleta olímpicoPor Natasha Guerrize
Santos também tem seus
coletores de lixo-corredores Eles não são corredores de elite, nem aspiram vaga
olímpica ou pódio nos 10 KM Tribuna FM-Unilus, mas se
destacam pela simpatia e bom humor constantes. Ao
contrário de Solonei, os gêmeos Roberto Luiz e Luiz Roberto
Biscaia seguem firmes na profissão de coletores de lixo. Em
comum com o destaque do atletismo, o condicionamento
físico conquistado com o árduo trabalho.
São 18 anos nesse cotidiano de corridas atrás do caminhão
e, seja no trabalho, embaixo de sol ou chuva, ou nas corridas,
procuram estar juntos e com sorrisos estampados nos rostos.
“São 11 quilômetros em média todos os dias. Ajuda bastante e
ainda vamos correndo para o serviço”, conta Roberto Luiz.
O começo nas corridas foi pelo incentivo de colegas de
trabalho e o que antes era obrigação, virou prazer, paixão.
“Adoramos correr, participar das provas, fazer amizades”, diz
Luiz Roberto, explicando a constante alegria. “Não tem como
ficar aborrecido ou de mau humor. Estamos em contato com
os munícipes no dia a dia”, dá o exemplo.
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36 37GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Conheça Santos TURISMO
Aquário Localizado na Ponta da Praia, o Aquário Municipal de Santos
apresenta espécies raras e curiosas da fauna aquática de diversas
localidades do Mundo. Com o objetivo de “montar” o habitat
natural dos animais, o local se tornou a atração mais visitada
da Cidade. Funciona de terça a sexta-feira, das 9 às 17h45, e
aos sábados, domingos, pontos facultativos e feriados, das 9 às
19h45. O ingresso custa R$ 5,00, e menores de 12 anos e maiores
de 60 anos tem entrada gratuita; estudantes e professores, com
apresentação de documentos, pagam meia entrada (R$ 2,50).
Parque Roberto Mario Santini Localizado no Emissário Submarino, também conhecido
como Quebra-Mar, o Parque Municipal Roberto Mario
Santini está localizado na praia do José Menino e possui
diversas atrações, como playground, pista de skate, área
para acompanhar o surf, pistas de corrida e caminhada. Em
homenagem à imigração japonesa, há também o monumento
da artista plástica Tomie Ohtake, com 15 metros de altura.
Orquidário Com 24 mil metros quadrados e abrigando cerca de 400
animais, o Orquidário de Santos abriga espécies nativas,
aspectos da mata natural, árvores frutíferas e diversas orquídeas.
Localizado à Praça Washington, sem número, no José Menino, o
Orquidário abre as portas aos visitantes de terça a domingo, das
9 às 18 horas, com venda de ingressos até as 17 horas. O ingresso
custa R$ 5,00, com desconto de 50% para estudantes, mediante
a apresentação de documento, e gratuidade para crianças de até
12 anos e maiores de 60 anos.
Museu Pelé Uma das grandes atrações de Santos hoje é o Museu
Pelé. O templo do maior jogador de futebol, Rei Pelé,
conta com 4.400m² para se conhecer a fundo a vida e sua
carreira. Oferece uma opção de entretenimento atraente
de conteúdos culturais e históricos, promovendo o diálogo
entre a experiência da visita e o cotidiano do público. O
museu fica localizado no Largo Marquês de Monte Alegre,
sem número (Antiga Rua São Bento, 392), no Valongo.
A entrada custa R$ 10,00, estudantes, maiores de 60
anos, portadores de necessidades especiais, professores e
policiais (Militares, Civis e Federais) pagam meia entrada
(R$5,00). Nas terças-feiras todos pagam meia entrada.
Horário de funcionamento de terça a domingo, das 10h às
18h. Bilheteria aberta até às 17h.
38 39GUIA 10 KM GUIA 10 KM
TURISMO
Memorial dasConquistas do Santos FC O espaço de mais de 380 metros quadrados, situado no
Estádio da Vila Belmiro, à Rua Princesa Isabel, s/nº, é o berço
dos principais troféus conquistados pelo Santos FC ao longo
dos seus 101 anos de história. Contando com orientadores
bilíngues, o Museu do Peixe apresenta também fotos ampliadas
em tamanho natural, flâmulas, documentos, uniformes, bolas,
recursos multimídia e outros objetos.
O Memorial funciona de terça a domingo, das 9 às 19 horas,
com visitas monitoradas ao Centro de Imprensa, ao vestiário, à
arquibancada e ao gramado a cada hora cheia, das 10 às 17 horas,
com limite de até 50 pessoas.
Monte Serrat Talvez o local com a melhor visão 360 graus das cidades
de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande, o
topo do Monte Serrat, a 157 metros do nível do mar, é o berço
da imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de
Santos. Os visitantes podem subir o monte através da famosa
escadaria, de 402 degraus, ou pelo bondinho (R$ 35,00,
passagem ida e volta, meia passagem de ida e volta para
maiores de 65 anos e grátis para crianças de até oito anos),
que funciona todos os dias, das 8 às 20 horas, com saídas a
cada meia hora. Sábados, domingos e feriados com saída a
cada 20 minutos. O Monte Serrat está localizado na Praça
Correia de Mello, nº 33, no Centro Histórico de Santos.
Orla da Praia Com cerca de 7 km, a orla da Praia em Santos possui o
maior jardim do Mundo, incluso no Guiness Book, o Livro
dos Recordes desde 2007, com 5.335m de comprimento,
variando entre 45 e 50m de largura. É o principal cartão
postal da Cidade.
Museu do Café Considerada um ponto de encontro e um local “obrigatório”
de visita para os turistas, a Bolsa Oficial do Café está instalada
em um prédio, à Rua XV de Novembro, nº 95, no Centro Histórico
de Santos. O local abriga, desde 1998, o Museu do Café, que
conta com uma tradicional cafeteria. A entrada custa R$ 6,00.
Estudantes e terceira idade pagam meia entrada (R$ 3,00).
Funcionários da rede pública do Estado de São Paulo são isentos.
Aos sábados, a visitação é gratuita.
O Museu do Café funciona de terça a sábado das 9 às 17 horas
e aos domingos, das 10 às 17 horas. O Museu do Café oferece,
quinzenalmente, visitação noturna até às 21h. Entre os meses
de novembro e março, o Museu funciona também às segundas-
feiras. A cafeteria abre de segunda à sábado das 9 às 17 horas e
aos domingos, das 10 às 18 horas.
Com saídas da Estação do Valongo, cinco bondes e um
reboque circulam pelas principais ruas e edifícios do Centro
Histórico, proporcionando uma verdadeira viagem ao
passado, em um roteiro de 5 km.
Até às 15h, o passeio dá direito a desembarque na Casa
do Trem Bélico, Praça Mauá e no Palácio Saturnino de Brito.
Deste ponto também é possível chegar ao Complexo Turístico
do Monte Serrat. Ao todo, o passeio percorre 40 pontos de
interesse turístico e histórico, com acompanhamento de
guias de turismo. O reembarque será realizado no mesmo
local, com o mesmo ingresso, mas o passageiro fica sujeito à
disponibilidade de lugar. Embarque: Estação do ValongoLargo Marquês de Monte Alegre, 2 - ValongoTel: (13) 3201-8000, Disk Tour 0800 17 38 87Funciona de terça a domingo, das 11h às 17h, a cada hora(Venda até 30 minutos antes do encerramento).Equipamento com acessibilidade para portadoresde necessidades especiais. Funcionamento - Bonde Café:Quinta e sexta, saídas às 14h30, 15h30 e 16h30Sábados, saídas às 12h20, 13h20, 14h20, 15h20 e 16h20Domingos, saídas às 11h30, 12h30, 13h30, 14h30, 15h30 e 16h30Duração de 25 minutos Até as saídas das 15h20/15h30, o passeio dá direito a desembarques na Casa do Trem Bélico e Praça Mauá. O reembarque será realizado no mesmo local, com o ingresso e o passageiro fica sujeito à disponibilidade de lugar. Agendamentos (Bonde regular e Bonde Café):Pelo site www.egov1.santos.sp.gov.br/turismoou pelo telefone (13) 3201-8000, ramal 8053
Saídas do Valongo:Terça e Quarta, das 10h às 16h (saídas a cada hora)Quinta e sexta, saídas às 10h, 11h e 12h Valor: R$6,50 - O bilhete de acesso ao Bonde podeser adquirido na bilheteria do Museu Pelé (Largo Marquêsde Monte Alegre, 1 - Valongo)
LinhaTurísticade Bondeno Centrode Santos
TURISMO
Shopping Praiamar Inaugurado em 2000, o Praiamar Shopping conta com 220
lojas, um hipermercado, dez salas de cinema e estacionamento
com 2300 vagas. A ampla praça de alimentação, com mais de
20 opções de restaurantes e fast-food, comporta 1000 pessoas
sentadas. Fica na Rua Alexandre Martins, nº 80, no bairro da
Aparecida. Horário de funcionamento de segunda a sábado das
10 às 22 horas. Aos domingos e feriados, praça de alimentação e
lazer das 11 às 22 horas e lojas das 15 às 21 horas.
Miramar Shopping Situado na Rua Euclides da Cunha, nº 21, no Gonzaga, o
Shopping Miramar, oferece opções de compras, cultura e
entretenimento. Conta com 106 lojas, três salas de cinema, uma
praça de alimentação com opções variadas e ligação direta com
o complexo hoteleiro. Aberto de segunda a sábado das 10 às 22
horas e aos domingos das 12 às 21 horas.
Shopping Parque Balneário O Shopping Parque Balneário foi o primeiro centro de
compras vertical construído em Santos, inaugurado em
novembro de 1977. Também situado no Gonzaga, na Avenida
Ana Costa, nº 549. Conta 200 lojas, estacionamento coberto,
além de uma praça de alimentação completa O horário de
funcionamento de segunda à sábado é da 10 às 22 horas e
aos domingo e feriados das 12 às 22 horas.
Shopping Pátio Iporanga Localizado na Avenida Ana Costa, nº 465, também no bairro
do Gonzaga. Conta com 80 lojas, além de oferecer serviços
de agências bancárias, quatro salas de cinema e praça de
alimentação. Aberto de segunda a sábado das 10 às 22 horas e
aos domingos das 12 às 21 horas
Super Centro Boqueirão Situado na Rua Oswaldo Cruz, nº 319, o Super Centro
Boqueirão oferece uma diversidade em loja, além de serviços
como caixas eletrônicos, fraldário, lotérica, salão de beleza,
armarinhos, lanchonetes e restaurantes. Estacionamento
descoberto. Horário de funcionamento de segunda a sábado
das 9 às 20 horas.
42 43GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Para chegar a prova, táxi é a melhor pedida
Paraanimara galera
SERVIÇOS
Seja de carona, de transporte coletivo ou de táxi,
programe-se para chegar com tranquilidade à largada dos 10
KM Tribuna FM-Unilus, no Centro de Santos. A melhor opção
é o táxi. Indicamos alguns telefones para você chamar um
carro e, hoje em dia, em tempos de modernidade, também
apresentamos os principais aplicativos para smartphones,
cada vez mais utilizados.
Mas lembre-se: são 20 mil atletas indo para o mesmo local.
Então, organize seu horário, evitando imprevistos.
AGÊNCIAS E COOPERATIVAS
DE TÁXIS EM SANTOS
Cooper Rádio Táxi
Telefone: (13) 3229-7177 / 0800-7727177
Disk Táxi
Telefone: (13) 3202-1150 / 0800-7700231
ACAT - Associação dos Condutores
Autônomos de Táxis de Santos
Telefone: (13) 3234-8687 / 0800-148687 / 0800-708687
Onda Azul Rádio Táxi
(13) 3271-1313
Agência Irmãos Unidos da Ponta da Praia
Telefone: (13) 3236-1411
Agência Táxi Boqueirão
Telefone: (13) 3288-2240
Ponto de Táxi Marapé – Canal 1
(13) 3239-1252
APLICATIVOS
PARA SMARTPHONES
site.waytaxi.com
www.99taxis.com
www.easytaxi.com.br
No percurso, os atletas terãotrês atrações musicais paradeixar a prova ainda mais alegre
KM 1,5 - DJ Xande
KM 4 - Mais Q’Novidade
KM 8 - Na Malandragem
Foto
: Dougla
s A
by
Sab
er
44 45GUIA 10 KM GUIA 10 KM
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Avenida GastAo Vidigal, 1082 - Vila LeopoldinaS'O PAULO - (11) 3197-5555
Estrada da Aldeinha, 356 - Alphaville EmpresarialALPHAVILLE - (11) 3173-1100
Avenida Campos Sales, 126 – Vila MatiasSANTOS - (13) 3223-1353
A primeira largada do pelotão amador será 8h15. Programe-se para nãoperder a hora.
Foto
: Alb
erto
Mar
ques
/A T
ribuna
46 47GUIA 10 KM GUIA 10 KM
48 49GUIA 10 KM GUIA 10 KM
50 51GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Após a linha de chegada, continue em movimento. Não atrapalhe quem vem depois de você.Pegue a sua medalha de participação, frutas,água, suco. E comemore!
Corrida para todos os níveis TriathlonAlongamento CaminhadaCorrida Kids Natação
BiathlonCircuito
Organização de viagens para eventos esportivos
Tenda Uniforme HidrataçãoFisioterapeuta Nutricionista
Ponta da Praia - SantosNa areia da praia, entreo canal 6 e o Aquário
Terças e Quintas
SábadosDas 8:00 às 10:30h
Turma 1 - das 6:30 às 8:00hTurma 2 - das 7:30 às 9:00hTurma 3 - das 18:30 às 20:00h Turma 4 - das 19:30 às 21:00h
TREINAMENTOS
APOIO
LOCAL
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Foto
: Dougla
s A
by
Sab
er
52 GUIA 10 KM
Manual do atleta2016
Camisetas Todos os participantes da prova recebem no kit uma camiseta
confeccionada em tecido poliamida fitness, material utilizado nas
principais corridas do País e do Mundo. Neste ano, a cor escolhida
é o azul escuro, com detalhes em dourado para os homens
(modelo tradicional – P, M, G, GG e Extra GG) e rosa com azul
para as corredoras (baby look nos tamanhos P, M, G e GG).
Guarda-volumes Serão colocados à disposição dos atletas inscritos caminhões
guarda-volumes (com exceção das categorias especiais) na
região das vias de acesso à largada e chegada, conforme regras
da CBAt e IAAF. Das 6 às 7h50, os caminhões ficarão localizados
na área da largada. Após as 08h, os caminhões ficarão localizados
na área da chegada até às 12h.
Para as categorias especiais (cadeirantes, deficientes físicos
e visuais) será disponibilizado um guarda-volumes exclusivo no
acesso da área de largada da categoria, mais precisamente na
Rua Dom Pedro II, das 6h30 às 7h20. A retirada dos volumes das
categorias especiais deverá ser feita na área de chegada, no local
destinado à saída dos atletas desta categoria.
A organização do evento não recomenda que os atletas
deixem materiais de valor no guarda-volumes, como: relógios,
roupas ou acessórios de alto valor, equipamentos eletrônicos,
MP3 ou celulares, cheques, cartões de crédito.
54 55GUIA 10 KM GUIA 10 KM
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Shineray_Anuncio_202x130mm_ABR16_1204.pdf 1 12/04/2016 17:20:46
Chip Assim como o número de peito, obrigatório, o
chip de cronometragem é item indispensável na
prova. Com ele, você garante a sua classificação
oficial na prova. Idealizado pela Chip Timing,
o Advanced Timing System é de uso único e
não precisa ser devolvido no final da corrida.
O equipamento possui área de captação muito
maior do que os convencionais. É entregue
com um amarradilho, que deve ser colocado,
obrigatoriamente, no tênis, em forma de U
(VEJA NAS FOTOS). No site www.triesportes.
com.br você encontra um vídeo explicando
como utilizar o chip.
Coloque o amarradilho em forma de “U”, passando – pelo menos – por dois lances do cadarço
Use somente nesta posição. Qualquer outro modo, o chip não será lido e você ficará sem resultado.
Una as pontas do chip em forma de círculo, alinhando os furos e passe pelo amarradilho. Torça-o firmemente. O chip deve ficar com o número para cima.
Não amasse, não dobree não danifique o chipem hipótese alguma.
NÃO USE nestas posições
3
1 2
Canal 5 - Av. Almirante CochraneAv. Cons. Nébias
Túnel Rubens Ferreira Martins
R. Rangel Pestana
Av. Ana Costa
Canal 3
Av. Afonso Pena
Canal 4
Av. da Praia
Av. Francisco Glicério
LARGADA
CENTRODE SANTOS
PRAIA
R. João Pessoa
CHEGADAPça. das Bandeiras
km
1
km
2
km
3
km
4km
5
km
6
km
7
km
8km
9
PERCUR
SO 2016
58 59GUIA 10 KM GUIA 10 KM
CADEIRANTES, DEF. FÍSICOS E VISUAIS
ELITE A FEMININA
ELITE A MASCULINA
PELOTÃO PREMIUM
ELITE B MASCULINA / FEMININA
AMADOR 1º PELOTÃO
AMADOR 2º PELOTÃO
AMADOR 3º PELOTÃO
CAMINHANTES
R. Dom Pedro II
R. Dom Pedro II
R. Dom Pedro II
R. Dom Pedro II
R. Frei Caneca
Av. Senador Feijó
R. Brás Cubas
R. da Constituição
R. da Constituição
7h507h588h138h138h138h158h358h458h45
60 GUIA 10 KM
NÚMEROSUma corrida que reúne 20 mil atletas demandauma estrutura à altura. A grandiosidade é atestadapor números incontestáveis.
10 MAIORES GRUPOS
10 MAIORES PARTICIPAÇOESDE INSCRITOS POR CIDADES
HOMENS MULHERES
1.200 pessoas trabalhando
na retaguarda
80 mil alfinetes para fixar número de peito
20 mil sucos
180sanitários químicos
+ de 6 kmde grades
20 mil medalhas
240 milcopos de água
média de 12 copos por atleta
20 mil bananas
5 toneladas de gelo
20 mil maçãs
R$ 112,4 milem premiação aos 10 melhores
do masculino e feminino
R$ 5 mil para o atleta (masculino e feminino)
que bater o recorde atual
UP! FITNESS ACADEMIA
SANTOS BRASIL
TÊNIS CLUBE DE SANTOS
EMBRAPORT
EQUIPE BTP
ASSOC. DE ENG E ARQ. DE SANTOS
S. MAGALHÃES
ADM DO BRASIL
EQUIPE REDE KRILL
RUMO
SANTOS / SP
SÃO VICENTE / SP
SÃO PAULO / SP
GUARUJÁ / SP
PRAIA GRANDE / SP
CUBATÃO / SP
SANTO ANDRÉ / SP
SÃO BERNARDO DO CAMPO / SP
CAMPINAS / SP
BERTIOGA / SP
594
569
349
343
244
203
181
152
144
141
9.614
2115
2079
1040
900
407
320
278
170
122
53% 47%
62 63GUIA 10 KM GUIA 10 KM
ATENÇÃO Chegue até 10 minutos antes do horário de largada.
ACESSOS Preste atenção aos locais de acesso das categorias.
IDENTIFICAÇÃOUtilize o chip e o número de peito corretamente (SEM DOBRAR OU CORTAR), sob risco de desclassificação em caso de mau uso.
MEDALHASEntregue a serrilha do número de peito para retirar a medalha, após a chegada.
SANITÁRIOSHá sanitários químicos no setor da largada e chegada do evento,à disposição dos atletas inscritos na prova.
POSTOS DE HIDRATAÇÃOO evento contará com quatro postos de hidratação durante o percurso(Km 2 – 4 – 6 - 8), além do posto montado na chegada da prova.
RESULTADOSO resultado extraoficial da prova será divulgado no dia seguinte ao evento (segunda-feira, dia 16), no Jornal A Tribuna. O resultado oficial será divulgado no site do evento (www.triesportes.com.br), em até 72 horas após o término da prova. Eventuais dúvidas e contestações dos resultados deverão ser realizadas através do e-mail:[email protected].
PREMIAÇÃO DAS CATEGORIASTodo atleta que completar a corrida, com colocação entre 1º e 3º lugar na sua faixa etária - nas categorias geral masculino e feminino – receberá, além da medalha de participação, um troféu de premiação. Atletas da categoria Elite A não participarão desta premiação.Não haverá solenidade de premiação. Os troféus serão entregues via correio no endereço constante no ato da inscrição do atleta.
PROIBIDOÉ terminantemente proibido que os atletas inscritos (corredores ou caminhantes) levem crianças no colo, em carrinhos ou mesmo no chão, assim como pessoas conhecidas ou parentes, que não estejam devidamente inscritas no evento, para participar do percurso. Também não é permitido o acesso a participantes portando patins ou outros equipamentos de locomoção (que não o tênis) para a conclusão da prova. E estarão proibidos o acesso e participação de pessoas acompanhadas de animais como cães, gatos etc.
Bom saberQuer garantir a suavaga na Elite B em 2017
Ação Social
Para garantir sua participação na Elite B em 2017, o atleta precisa completar o 31º 10 KM Tribuna FM-Unilus no tempo igual ou inferior a 46 minutos para os homens e 55 minutos para as mulheres. Também estarão classificados os além dos 5 primeiros homens e 5 primeiras mulheres na classificação geral da prova de 10 Km da Meia Maratona A Tribuna - Praia Grande 2016.
O 31º 10 KM Tribuna FM - Uniluspromove ação social:
Doação de tênis – Doe o seu parde tênis usado na retirada do kit.Todos os calçados arrecadadosserão entregues ao Fundo Socialde Solidariedade de Santos.
Foto
: Dougla
s A
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Sab
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64 GUIA 10 KM
Ser santista vai além do nascimento na principal cidade
do litoral de São Paulo. É possível até arriscar que torcer
para o Santos, ir à praia, ler A Tribuna, praticar esportes
são alguns pré-requisitos fundamentais para a formação
da identidade caiçara. Poucos ainda mantêm essa rotina
de amor à Cidade por tanto tempo. É o caso de Nelson
Teixeira, presidente da Fundação Lusíada e reitor do Centro
Universitário Lusíada (Unilus), patrocinador master da
corrida de 10 Km mais importante do País.
Nelson Teixeira nasceu nos arredores da Vila Belmiro.
Pode-se dizer que é uma prova viva de quem pode
nascer, viver e crescer em Santos. Tamanha paixão pela
modalidade transparecia não somente pelo convívio diário
próximo com seus amigos. Seu pai, Teixeira, também fazia
jus ao esporte: foi zagueiro da Portuguesa Santista.
“Meu pai chegou a jogar, também, pela Seleção Paulista.
O futebol sempre esteve presente em nossa casa, junto aos
meus amigos do bairro do Marapé, para onde mudamos
aos seis anos de idade. Mas nunca aspirei a ser jogador”,
lembra o reitor, indo na contramão dos sonhos de muitos
jovens de sua época.
Jogou no futebol de várzea, com passagem por clubes
como Portuários e São João Futebol Clube. Aos 17 anos,
conheceu o atletismo na época em que servia o Exército
- um típico velocista pelo uso de sapatilhas com ferro
debaixo das solas, como mesmo conta.
Até hoje continua se exercitando e junto com a pesca,
fez da caminhada sua rotina aos finais de semana. Acorda
às 5 horas em ponto, lê o jornal A Tribuna inteiro e sai para
caminhar cerca de 15 km na praia.
Administrador por paixão e vocação, Teixeira destacou-
se rapidamente em seu primeiro emprego. Foi chefe de
setor em despacho aduaneiro na Comissária Paulistânia,
empresa que lhe admitiu quando tinha 14 para 15 anos.
Após o Exército, trabalhou em uma companhia de
navegação marítima internacional, com porte de navios
de bandeira sueca. Aprendeu até mesmo a desenvolver
plano de cargas de uma maneira bem rústica. “Desenhava
a estrutura de navio em molde de gelatina”, recorda.
Mas antes de se tornar reitor e presidente da Fundação
Lusíada, passou por um cargo que mudaria sua vida
como gestor e empresário. Em 1958, assumiu a gerência
do Banco Comercial do Brasil. Considerado o mais jovem
gerente bancário da região.
Já na década de 1960 conheceu e estreitou laços
com Giusfredo Santini, à época presidente do Jornal A
Tribuna. Entre tantas parcerias que vieram nas décadas
seguintes, várias conquistas como a equipe feminina
de ciclismo A Tribuna-Unilus, os patrocínios em várias
corridas, com destaque para a Escolar e, há seis anos,
chegou à principal prova.
Não só garantiu o Unilus como patrocinador, mas
conquistou o inédito naming-rights em 2011, colocando a
instituição em mais evidência, com a denominação de 10
KM Tribuna FM-Unilus.
“Acompanhar o crescimento desse evento é uma
grande satisfação porque vai ao encontro à filosofia da
Fundação Lusíada. Aliar esporte, educação e saúde”,
explica Teixeira. “Todo ano, no dia da prova saio de onde
moro, na Rua Oswaldo Cruz com a Avenida da Praia, e vou
caminhando até a chegada. Muitos me cumprimentam, vão
reconhecendo o trabalho feito durante anos. É algo que
realmente nos emociona”, destaca.
Conheça
NelsonTeixeira, reitor do Unilus
Nelson Teixeira posa à frente do quadro do médico Eduardo Dias Coelho
Foto
: Fáb
io M
arad
ei
66 67GUIA 10 KM GUIA 10 KM
Na Fundação Lusíada desde o início A fundação do complexo educacional começou com
um sonho de um outro contato que Teixeira teve durante sua
carreira no Banco Comercial do Brasil. Numa noite de 1965,
o ginecologista Eduardo Dias Coelho ligou para a sua casa,
anunciando a meta em construir a primeira Faculdade de
Medicina da Baixada Santista.
A princípio reticente, Teixeira se mobilizou com a
determinação do médico ao aceitar compor a equipe de criação
da Fundação Lusíada em 1966, com o curso tão aguardado.
“Eduardo era uma pessoa formidável. Tudo o que ele imaginou,
sempre achava uma maneira de fazer acontecer”, elogia Teixeira.
O sonho da Medicina avançou para a criação de novas
graduações, surgindo assim o Centro Universitário Lusíada,
atualmente com 1.260 alunos distribuídos em nove cursos de
graduação. Entre eles, Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia,
Biomedicina, Relações Internacionais, Tecnologia em Radiologia,
Administração, Enfermagem e Tecnologia em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
Em sua gestão na Fundação Lusíada desde 2003, como
Presidente, fica visível a evolução da instituição em diversos
setores. Em infraestrutura, por exemplo, A entidade ganhou
inúmeros avanços, especialmente na construção de uma
moderna academia, do ginásio de esportes, do centro de
fisioterapia, do Centro de Saúde Escola, da Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), entre outras instalações.
A Fundação Lusíada ainda apostou na criação de uma escola,
sonho antigo de Nelson Teixeira. “Minha meta era destinar as vagas
aos estudantes, procedentes de escolas públicas que não teriam
oportunidade de ter uma escola de qualidade e gratuita. Passei por
isso, por ter estudado em escola pública”, argumenta.
“Oferecemos uniformes, material escolar gratuito, mas também
temos regras. Os alunos precisam manter boas notas para
permanecer estudando conosco e é proibido o uso de celulares e
outros aparelhos eletrônicos”, ressalta o presidente, que não mede
esforços para alcançar novos objetivos. “Podem escrever: em 2019,
o Colégio Unilus será o primeiro lugar no Enem”, crava Teixeira.
Foto
: Pau
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68 GUIA 10 KM