GUIA DE ESTUDOS
Organização dos Estados Americanos de
1962
A situação de Cuba na Crise dos Mísseis
Carlos Portela Ernesto Gomes da Silva
Diretor
Bruna Pereira Faustino
Diretora Assistente
Emilene Kareline Marciano dos Santos
Diretora Assistente
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA .............................................................. 3 2 INTRODUÇÃO AO TEMA ........................................................................................ 4 3 ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS .................................................. 5 3.1 História da Organização dos Estados Americanos .......................................... 5 3.2 Estrutura da Organização dos Estados Americanos ....................................... 6 3.2.1 Assembleia Geral ............................................................................................. 6 3.2.2 Reunião de Consulta ........................................................................................ 7 3.2.3 Conselho Permanente ...................................................................................... 7 3.2.4 Comissão Jurídica Interamericana ................................................................. 7 3.2.5 Comissão Interamericana de Direitos Humanos ........................................... 7 3.2.6 Secretaria Geral ................................................................................................ 8 3.3 Objetivos da Organização dos Estados Americanos ....................................... 8 3.4 Tratado Interamericano de Assistência Recíproca .......................................... 8 3.5 Tratado Americano de Soluções Pacíficas (Pacto de Bogotá) ...................... 10 4 CONTEXTO HISTÓRICO ....................................................................................... 10 4.1 Breve Explicação da Guerra Fria ..................................................................... 10 4.2 Cuba ................................................................................................................... 12 5 HISTÓRICO DOS MÍSSEIS EM CUBA.................................................................. 13 6 QUESTÕES RELEVANTES PARA A DISCUSSÃO ............................................. 14 7 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ................................................................. 15 7.1 Argentina ............................................................................................................ 15 7.2 Brasil .................................................................................................................. 15 7.3 Colômbia ............................................................................................................ 15 7.4 Estados Unidos da América ............................................................................. 16 7.5 México ................................................................................................................ 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17 TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES .............................................. 20
1 APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA
Olá, senhores delegados.
É com muito prazer que entregamos este guia a vocês. Se você está lendo este
guia é porque provavelmente é um dos nossos delegados ou alguém que se
interessa pelos problemas vividos no continente americano durante o período da
Crise dos Mísseis.
Meu nome é Carlos Portela e sou o diretor do comitê, tenho como diretoras
assistentes Bruna Faustino e Emilene Santos, que na prática são tão diretoras
quanto eu. Todos nós somos alunos do curso de Relações Internacionais da
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e trabalhamos incansavelmente ao
longo do ano para que o 14º MINIONU ocorra da melhor maneira possível.
O Comitê para mim é muito importante por ser este, provavelmente, meu último
ano como graduando de Relações Internacionais. Quando escolhi o tema pensei em
tudo que eu mais gostei de estudar durante esses anos: segurança e política
internacional. Além, é claro, de se tratar de um tema histórico tão importante,
especialmente por ter acontecido na América Latina e, por isso, ser próximo a nós, e
ter envolvido o mundo inteiro no contexto da Guerra Fria. No meu ponto de vista, se
nós queremos entender o que acontece ao redor do mundo, primeiro temos que
entender aquilo que acontece ao nosso redor.
Agradecemos a todos por terem escolhido participar do nosso Comitê e
aguardamos ansiosamente pelos dias do evento onde todo estudo e treinamento de
nós diretores e de vocês delegados será posto em prática.Lembramos que estamos
à disposição de todos para ajudá-los e tirar suas dúvidas. Vocês podem entrar em
contato conosco de diversas maneiras pela internet, através de nosso site oficial1,
página no facebook2, twitter3 e e-mail4. Fiquem sempre atentos ao nosso site oficial,
pois nele estarão disponíveis os dossiês e o guia de regras e por ele
complementaremos e aprimoraremos os estudos pertinentes ao tema.
1 http://14minionuoea1962.wordpress.com/
2 http://pt-br.facebook.com/pages/OEA-1962-14%C2%BA-MINIONU/617131184979863
3 https://twitter.com/OEA62_14MINIONU
2 INTRODUÇÃO AO TEMA
A Crise dos Mísseis, ocorrida em 1962, que ocorreu quando mísseis soviéticos
foram instalados na ilha de Cuba direcionados para território estadunidense,
configura-se como o mais episódio mais próximo que a humanidade já esteve de
presenciar uma guerra nuclear. A crise ocorreu durante o período que chamamos de
Guerra Fria e que colocou frente a frente as duas superpotências da época e suas
ideologias - os Estados Unidos defendendo seu ideal capitalista e a União Soviética
com propósitos socialistas.(HAGGE; SARFATI, 2009)
É importante lembrar que os problemas entre Cuba e Estados Unidos (EUA) não
começaram neste momento. Ambos já haviam se confrontado em 1959, quando um
grupo revolucionário liderado por Fidel Castro chegou ao poder em Cuba,
derrubando o ditador Fulgêncio Batista, que tinha ligações com os Estados Unidos, e
implantando um sistema socialista na ilha cubana. O fato foi visto como uma grande
ameaça pelo governo estadunidense, afinal de contas se tratava de uma “semente”
do socialismo na área de influência do grande líder capitalista no mundo. (HAGGE;
SARFATI, 2009)
Outro ponto importante a ser destacado sobre o assunto diz respeito ao Tratado
Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR)5 criado em 1947, na Cidade do
México. A assinatura do tratado ocorreu durante a Conferência Interamericana sobre
problemas de Guerra e Paz, com o intuito prevenir e reprimir ameaças e atos de
agressão contra qualquer um dos países americanos. Ali ficou definido que um
ataque a um dos países seria considerado como um ataque a todos.
(ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
Dado o cenário até agora descrito neste documento atentem-se aos fatos, pois
os próximos três dias (25, 26 e 27 de outubro de 1962), serão de extrema
importância para o desfecho da crise.
5Países signatários: Argentina (1947), Bolívia (1947), Brasil (1947), Chile (1947), Colômbia (1947),
Costa Rica (1947), Cuba (1947), Equador (1949), El Salvador (1947), Estados Unidos (1947), Guatemala (1947), Haiti (1947), Honduras (1947), México (1947), Nicarágua (1948), Panamá (1947), Paraguai (1947), Peru (1947), Republica Dominicana (1947), Uruguai (1947) e Venezuela (1947)
3 ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS
Nesta seção encontram-se uma breve história da criação da Organização dos
Estados Americanos, bem como uma descrição da estrutura da organização, seus
objetivos e também alguns pontos relevantes dos principais tratados relativos a
problemática que envolve a situação.
3.1 História da Organização dos Estados Americanos
A Organização dos Estados Americanos (OEA) foi criada em 30 de abril de 1948.
Os 21 países participantes da IX Conferência Internacional Americana, em Bogotá
(Colômbia), assinaram a Carta da Organização dos Estados Americanos
transformando a então União Pan-Americana na OEA. Sendo assim, Alberto Lleras
Camargo, Diretor-Geral da União Pan-Americana, tornou-se o primeiro Secretário
Geral da nova organização. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS,
2013).
Um ponto interessante a ser mencionado é que nesta mesma conferência os
participantes, e agora membros da OEA, assinaram também a Declaração
Americana dos Direitos e Deveres do Homem, antecipando a própria Declaração
Universal dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU),
fazendo da Declaração da OEA o primeiro documento internacional sobre direitos
humanos.6 (HUMAN RIGHTS EDUCATION ASSOCIATES, 2013).
Durante a conferência também foram adotados o Acordo Econômico de Bogotá7,
cujo objetivo era promover a cooperação econômica entre os Estados americanos,
muito embora o mesmo nunca tenha entrado em vigor; e o Tratado Americano sobre
Soluções Pacíficas, também conhecido como Pacto de Bogotá, que obriga as partes
a resolverem as controvérsias entre os Estados americanos de maneira pacífica
através de métodos como: mediação, investigação e conciliação, bons ofícios,
arbitragem e por fim, se necessário, recurso à Corte Internacional de Justiça de
Haia. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013)..
6 Mais informações serão postadas no blog e também podem ser encontradas no site da “Human
Rights Education Associates”: http://www.hrea.net/learn/guides/OAS_pt.html 7 Disponível em: http://www.oas.org/juridico/spanish/tratados/a-43.html
A Organização dos Estados Americanos tem como membros
originais/fundadores 21 países, sendo eles: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,
Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador,
Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Estados
Unidos, Uruguai e Venezuela. Que assinaram a carta em 30 de abril de 1948.
(ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
Um fato interessante acerca da OEA diz respeito ao longo processo pelo qual foi
definido o nome da instituição, em 1945. Segundo o site oficial da OEA, foram
propostos nomes como “União”, “Comunidade Regional” e “Organização” quando
definido que “Organização” seria o nome escolhido, passou-se a discutir se seria
usado “Estados”, “Nações” ou “Repúblicas”. De modo que o termo “Repúblicas” não
foi escolhido para que outras formas de governo não fossem excluídas e “Nações”
também acabou não sendo utilizado por ser um conceito cultural/sociológico. Por fim
chegou-se ao nome utilizado atualmente “Organização dos Estados Americanos”.
3.2 Estrutura da Organização dos Estados Americanos
A sede da OEA se localiza em Washington, Estados Unidos. Sua estrutura se
divide em: Assembleia Geral, Reunião para a Consulta dos Ministros de Relações
Exteriores, Conselho Permanente, Comitê Jurídico, Conselho para o
Desenvolvimento Integral, Comissão de Direitos Humanos e Secretaria-Geral.
3.2.1 Assembleia Geral
A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos é seu órgão
supremo e é realizada anualmente. É composta por todos os Estados-membros8 que
possuem direito de voto. Em circunstâncias esporádicas, com a aprovação de dois
terços dos Estados-membros, o conselho permanente está apto a convocar um
período extraordinário de sessões da Assembleia Geral. De acordo com o Capítulo
IX da carta, no artigo 57, as reuniões anuais devem ser prescritas no período do
8 Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas (Commonwealth das), Barbados, Belize, Bolívia, Brasil,
Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica (Commonwealth da), El Salvador, Equador,Estados Unidos da América, Grenada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela (República Bolivariana da).
regulamento em uma sede escolhida conforme o princípio de rotatividade.
(ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
3.2.2 Reunião de Consulta
A Reunião de Consulta é realizada para resolver questões de natureza
urgente e de interesse comum. Esta pode ser convocada a pedido de qualquer
membro. A solicitação é encaminhada ao conselho permanente e é justificada pelo
Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). (ORGANIZAÇÃO DOS
ESTADOS AMERICANOS, 2013).
3.2.3 Conselho Permanente
O Conselho Permanente toma conhecimento dos assuntos de que o
encarreguem a Assembleia Geral ou a Reunião de Consulta e executa as decisões
de ambas, desde que seu cumprimento não tenha sido confiado a nenhuma outra
entidade; vela pela manutenção das relações de amizade entre os Estados
membros, bem como pela observância das normas que regulam o funcionamento da
Secretaria Geral e, ademais, atua provisoriamente como Órgão de Consulta para a
aplicação do TIAR. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
3.2.4 Comissão Jurídica Interamericana
A Comissão Jurídica Interamericana auxilia na consulta da Organização em
assuntos jurídicos. De acordo com as finalidades da OEA: “promove o
desenvolvimento progressivo e a codificação do Direito Internacional; e analisa os
problemas jurídicos referentes à integração dos países com vistas ao
desenvolvimento do Hemisfério.” (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS,
2013).
3.2.5 Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Instalada em 1960, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, criada
na Quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores em Santiago,
Chile, em 1959. É constituída por sete membros eleitos pela Assembleia Geral, que
executam suas funções por um período de quatro anos, sendo responsáveis pela
proteção e promoção dos direitos humanos. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS
AMERICANOS, 2013).
3.2.6 Secretaria Geral
A Secretaria Geral é o órgão central e permanente da OEA. Possui como
sede a cidade de Washington, D.C., também sede do Conselho Permanente.
(ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
3.3 Objetivos da Organização dos Estados Americanos
Os objetivos e funções da OEA são: a manutenção da liberdade de expressão
e do pensamento como direito humano fundamental, maior promoção da
participação da sociedade civil nas decisões governamentais, incentivos à
cooperação na luta contra o tráfico de drogas, apoio ao processo de criação de uma
área de livre comércio nas Américas. Além, é claro, dos dois objetivos principais:
compromisso com a democracia e com a manutenção da paz no continente
americano. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 2013).
3.4 Tratado Interamericano de Assistência Recíproca
O Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) foi criado em 1947,
na Cidade do México, no México. E como o próprio nome e o preâmbulo do tratado
sugerem, trata-se de uma maneira de reforçar os laços de amizade e boa vizinhança
entre os países membros9.
Em nome de seus povos, os governos representados na Conferência Interamericana para Manutenção da Paz e da Segurança do Continente, animados pelo desejo de consolidar e fortalecer sua relação de amizade e boa vizinhança e, Considerando: Que a resolução VIII de la Conferência Interamericana sobre Problemas de Guerra e de Paz, reunida na Cidade do México, recomenda a celebração de um tratado destinado a prevenir e reprimir as ameaças e os atos de agressão contra qualquer país da
9O TIAR será disponibilizado no site oficial do comitê
América. (TRATADO INTERAMERICANO DE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA, 1947, tradução nossa)
10.
O TIAR em seu artigo 1º vem para reafirmar que é inaceitável qualquer tipo de
guerra entre os países do continente americano e que os países, em suas relações
internacionais, se obrigam a não ameaçar ou recorrer ao uso da força. (TRATADO
INTERAMERICANO DE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA, 1947).
O artigo 5º surge para falar que as atividades feitas em legitima defesa e
visando a paz e a segurança internacionais serão imediatamente avisadas ao
Conselho de Segurança das Nações Unidas, em conformidade com os artigos 51 e
54 da Carta de São Francisco11. (TRATADO INTERAMERICANO DE ASSISTÊNCIA
RECÍPROCA, 1947).
Artigo 9º trata sobre atos de agressão.
Além de outros atos que o órgão de consulta caracteriza como de agressão, deve ser tratado como tal: a) O ataque armado, não provocado, por um Estado contra as forças de população, território ou terra, as forças navais ou aéreas de outro Estado; b) A invasão, pelas forças armadas de um Estado contra o território de um Estado americano, transferindo fronteiras demarcadas de acordo com um tratado, sentença judicial ou de adjudicação, ou, na ausência de fronteiras assim demarcadas, invasão que afete uma região que está sob a jurisdição efetiva de outro Estado. (TRATADO INTERAMERICANO DE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA, 1947, tradução nossa)
12.
O artigo 19º também merece destaque e diz que para constituir o quórum em
todas as reuniões é exigido que o número de Estados representados seja, no
mínimo,igual ao número de votos necessários para adotar a questão. Ou seja,
maioria absoluta dos membros (2/3 dos membros) e em caso de votações de
10
En nombre de sus Pueblos, los Gobiernos representados en la Conferencia Interamericana para el Mantenimiento de la Paz y la Seguridad del Continente, animados por el deseo de consolidar y fortalecer sus relaciones de amistad y buena vecindad y, Considerando: Que la Resolución VIII de la Conferencia Interamericana sobre Problemas de la Guerra y de la Paz, reunida en la ciudad de México, recomendó la celebración de un tratado destinado a prevenir y reprimir las amenazas y los actos de agresión contra cualquiera de los países de América; 11
Carta de São Francisco, Mais conhecida como Carta das Nações Unidas reforça a vontade dos países preservar a paz, a fé nos direitos humanos, além de, buscar estabelecer condições necessárias â manutenção da justiça e promover o progresso social e melhores condições de vida. 12
Además de otros actos que en reunión de consulta puedan caracterizarse como de agresión, serán considerados como tales: a) El ataque armado, no provocado, por un Estado, contra el territorio, la población o las fuerzas terrestres, navales o aéreas de otro Estado; b) La invasión, por la fuerza armada de un Estado, del territorio de un Estado Americano, mediante el traspaso de las fronteras demarcadas de conformidad con un tratado, sentencia judicial, o laudo arbitral, o, a falta de fronteras así demarcadas, la invasión que afecte una región que este bajo la jurisdicción efectiva de otro Estado.
assuntos procedimentais as decisões são tomadas por maioria simples.
(ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS 2013).
3.5 Tratado Americano de Soluções Pacíficas (Pacto de Bogotá)
O Tratado Americano de Soluções Pacíficas13 foi estabelecido em 30 de abril
de 1948, em Bogotá, Colômbia. Assim como o TIAR, o Pacto de Bogotá também
trata da segurança no continente americano e reforça o desejo dos países para que
as soluções de controvérsias sejam obtidas por meios pacíficos.
O capítulo I fala sobre a obrigação geral de resolver as controvérsias por
meios pacíficos. O capítulo II se relaciona com os procedimentos de bons ofícios e
de mediação. O capítulo III diz respeito aos procedimentos de investigação e
conciliação. Os capítulos IV e V tratam dos procedimentos judiciais e do
procedimento de arbitragem respectivamente. O capítulo VI refere-se ao
cumprimento das decisões.O capítulo VIItrata de opiniões consultivas e, por fim, o
capítulo VIII diz respeito às disposições finais. (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS
AMERICANOS, 2013).
4 CONTEXTO HISTÓRICO
Nesta parte serão abordados tópicos como o contexto da guerra fria, a
revolução cubana, o ataque a baía dos porcos e o histórico dos mísseis em Cuba.
4.1 Breve Explicação da Guerra Fria
A Segunda Guerra Mundial mal acabou e o mundo já se via entrando em um
novo conflito de grande escala, a Guerra Fria, que tinha como protagonistas a União
Soviética e os Estados Unidos, potências que emergiram ao fim da Segunda Guerra
Mundial.Tratava-se, primordialmente, de um conflito ideológico e político. Assim,
como diz um trecho de Hobbes citado por Eric Hobsbawm (1994, p. 224) “... a guerra
consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que a
vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida”. Essa citação
13
No presente documento citaremos apenas o conteúdo essencial de cada capítulo do Pacto, por isso
fiquem atentos ao site oficial do comitê para uma análise mais detalhada sobre o mesmo.
sintetiza de maneira clara o que foi a Guerra Fria, momento em que os Estados
Unidos – representando a ideologia capitalista – e Cuba – apoiada nos ideias
socialistas – não chegaram às vias de fato, mas assinalavam, a todo momento, a
disposição em fazê-lo.
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência. A URSS controlava uma parte do globo ou sobre ela exercia predominante influência – a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra – e não tentava ampliá-la com uso de força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia Soviética. (HOBSBAWM, 1994, p.224).
Durante a Guerra Fria alguns episódios merecem ser destacados. Os EUA
adotaram uma série de mecanismos para tentar impedir o avanço da doutrina
socialista. Em 1947, a chamada Doutrina Truman14 – que funcionava como um
mecanismo de combate a influência comunista, assegurando assistência àqueles
países em que se notasse um avanço da presença socialista. Ainda em 1947, como
desdobramento da Doutrina Truman, surge o Plano Marshall, no qual os EUA
passam a fornecer empréstimos internacionais, utilizando como moeda corrente o
dólar, para países europeus, em uma tentativa de integrar esses países ao sistema
capitalista. Por fim, em 1949, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN), que funcionaria como um acordo regional de defesa mútua, seguindo as
normas existentes na Carta da ONU. (PRADO, 2013).
O lado soviético, por sua vez, e em resposta ao bloco capitalista, cria em
1949, o chamado Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECOM), cujo
objetivo era a integração e supervisão econômica dos países-membros. Já em 1955,
é criado o Pacto de Varsóvia, cujo objetivo, além de fazer frente à OTAN, era o de
14
A Doutrina Truman tinha dois objetivos principais além dos citados acima, sendo eles: tentativa de um novo avanço imperialista estadunidense tornando aqueles países mais fracos e que necessitavam de ajuda dos Estados Unidos dependentes dele. O segundo objetivo era o enfraquecimento da União Soviética que passava dificuldades no pós-guerra. Mais informações disponíveis em: http://www.marxists.org/portugues/starobin/1947/05/doutrina.htm
organizar militarmente os países do bloco. Para isso foi criado um Estado Maior para
comandar o exército em caso de guerra. (PRADO, 2013).
4.2 Cuba
Cuba torna-se independente da Espanha em 1898, por meio do Tratado de
Paris, através do qual os espanhóis cederam o controle do país aos Estados Unidos.
Deste modo, a independência cubana acabou não configurando, de fato, uma
independência e, talvez por isso mesmo, após conseguir a suposta liberdade, o país
tenha sofrido com várias tentativas de libertação. (HAGGE, 2009)
O fato é que os Estados Unidos, agora com domínio sobre a ilha, impuseram
a emenda Platt à constituição cubana. Esta emenda tornaria legítima qualquer
intervenção estadunidense em Cuba. Além disso, o líder cubano da época, Geraldo
Machado, que era apoiado pelos Estados Unidos, se viu obrigado a ceder parte de
seu território para que fosse criada a base militar/prisão de Guantánamo15. Em 1934,
um novo líder, Fulgêncio Batista, chega ao poder em Cuba também apoiado pelos
Estados Unidos. (1959 A REVOLUÇÃO CUBANA, 2013).
Porém, em 1953 teve início a revolução cubana, com a Revolta Nacionalista e
o ataque ao quartel de Moncada, onde ocorreu o julgamento e prisão de Fidel
Castro, que logo em seguida foi exilado. Em 1956, Fidel retornou a Cuba e se uniu
com um grupo de patriotas e revolucionários. O grupo que tinha cerca de 80
guerrilheiros tinha como base a floresta de Sierra Maestra. Muitos deles foram
mortos ou presos em combates com as forças do governo cubano. Depois disso,
com um grupo reduzido, as forças revolucionárias passaram a utilizar o rádio para
divulgar seus ideais para a população cubana. O grupo de fato conseguiu apoio
popular, fazendo com que operários e camponeses se juntassem a eles no campo
de batalha. Até que finalmente em janeiro de 1959 Fidel Castro e os revolucionários
conseguiram tomar o poder em Cuba, fazendo com que o ex-presidente Fulgêncio
Batista e integrantes do seu governo fugissem da ilha. (1959 A REVOLUÇÃO
CUBANA, 2013).
15
Hoje em dia Guantánamo é alvo de polêmicas e acusações referentes ao respeito dos direitos humanos, como crimes e tortura, o governo estadunidense por sua vez refuta todas as acusações. Existe também a possibilidade de fechamento de Guantánamo, mas essa por enquanto ainda é uma possibilidade remota.
Com o novo governo, Cuba passou por uma série de mudanças dentre as
quais: reforma agrária, redução de alugueis, fechamento de cassinos e bordeis,
além de reforma urbana e a nacionalização das refinarias de açúcar. Fidel também
fez questão de deixar claro que a revolução cubana não tinha caráter socialista, era
apenas uma forma da população se rebelar contra o domínio estadunidense que
reinava no país.
Eu tinha a maior vontade de entender-me com os Estados Unidos. Até fui lá, falei, expliquei nossos objetivos. (...) Mas os bombardeios, por aviões americanos, de nossas fazendas açucareiras, das nossas cidades; as ameaças de invasão por tropas mercenárias e a ameaça de sanções econômicas constituem agressões à nossa soberania nacional, ao nosso povo. (CASTRO, 1960)
A resposta estadunidense não demorou a aparecer, já em 17 de abril de
1961, opositores do governo de Fidel Castro que haviam sido exilados de Cuba,
foram treinados pela Central de Inteligência Norte-Americana (CIA), tentaram
derrubar o governo de Castro, mas falharam por não haver um apoio direto dos
Estados Unidos e por encontrarem resistência também por parte da população
cubana, que se mostrava a favor do governo revolucionário. Esse episódio ficou
conhecido como ataque à Baía dos Porcos. (FARIAS, 2007).
Havia, além disso, mísseis estadunidenses na Turquia, posicionados de forma
geopoliticamente semelhante aos mísseis em Cuba, visto que os quinze mísseis
Júpiter IRBM16, que tinham a capacidade de atingir Moscou em cerca de 16
minutos.(CORDEIRO, 2007)
5 HISTÓRICO DOS MÍSSEIS EM CUBA
No dia 16 de outubro de 1962 (terça-feira) foram entregues ao presidente
estadunidense John Kennedy os resultados de uma missão de reconhecimento
aéreo no oeste de Cuba. Através dos relatórios entregues conclui-se que mísseis
soviéticos encontravam-se no país. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 17 de outubro de 1962 (quarta-feira) novos mísseis são encontrados
em território cubano; desta vez são mísseis de longo alcance. (REVISTA VEJA,
1962).
16
Mísseis balísticos de alcance intermediário.
No dia 18 de outubro de 1962 (quinta-feira) o ministro das Relações
Exteriores da União Soviética tem uma reunião com o presidente estadunidense,
reunião esta que foi marcada antes dos mísseis chegarem em Cuba e onde o
ministro soviético afirma que os mísseis são apenas parte da defesa de Cuba. O
presidente Kennedy, por sua vez, aparente não saber do assunto. (REVISTA VEJA,
1962).
No dia 19 de outubro de 1962 (sexta-feira) os Estados Unidos pensam no que
fazer em relação aos mísseis. São traçados planos tanto pra um bloqueio naval
quanto para um ataque aéreo. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 20 de outubro de 1962 (sábado) a ideia de bloqueio naval tornava-se
cada vez mais forte. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 21 de outubro de 1962 (domingo) o governo estadunidense ainda não
havia decidido qual a melhor opção, mas a hora da decisão se aproximava. O boato
sobre os mísseis em Cuba chegavam à imprensa que pedia confirmações e
explicações sobre a situação. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 22 de outubro de 1962 (segunda-feira) a crise se torna pública. Aviões
e navios estadunidenses sobrevoam e navegam pelo Atlântico prontos para uma
possível guerra. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 23 de outubro de 1962 (terça-feira) a OEA, a pedido de Washington,
aprova uma resolução favorável à “quarentena” e pede a retirada dos mísseis. Os
navios estadunidenses se posicionam e tem ordens para atacar caso algo ou
alguém tente furar o bloqueio. (REVISTA VEJA, 1962).
No dia 24 de outubro de 1962 (quarta-feira) embarcações soviéticas seguiram
seu rumo sem se preocupar com o bloqueio, fazendo a tensão aumentar, até que de
repente a esquadra vermelha dá meia volta. (REVISTA VEJA, 1962).
6 QUESTÕES RELEVANTES PARA DISCUSSÃO
a) O afastamento de Cuba não seria mais prejudicial às negociações sobre a
paz e a segurança da região?
b) Os mísseis em Cuba de fato eram uma ameaça à segurança
estadunidense ou eram apenas um pretexto para uma revanche em Cuba?
c) Até que ponto o socialismo que foi implantado em Cuba significa uma
ameaça para o continente americano?
d) Como tratar a situação à luz do Tratado Interamericano de Assistência
Recíproca já que ambos os países são signatários do mesmo?
7 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES
Dentre os países membros da Organização dos Estados Americanos em
1962, ano do episódio da Crise dos Mísseis em Cuba, serão destacados cinco
países como os principais atores e cujo os posicionamentos estarão dispostos
abaixo.
7.1 Argentina
A Argentina passava por uma fase de transformação política. Durante a
Oitava Consulta de Ministros de Relações Exteriores, que aconteceu no Uruguai e
determinou a suspensão de Cuba da OEA, a Argentina foi um dos sete países que
não votaram a favor da suspensão e das sanções impostas a Cuba. Os argentinos
não votaram contra, mas se abstiveram. (NETO, 2005).
7.2 Brasil
O Brasil, na época da crise dos mísseis, tinha como Presidente da Republica
João Goulart, que, por sua vez, implantava no Brasil aquilo que se chamou de
Política Externa Independente (PEI), cujo objetivo era se distanciar um pouco dos
Estados Unidos. Sendo assim o Brasil passou a buscar mais contato com seus
vizinhos e com países europeus, o que se refletiu durante a votação sobre a
suspensão ou não de Cuba, em que o Brasil também optou por se abster. Porém,
algum tempo depois, foi favorável ao bloqueio naval promovido pelos Estados
Unidos contra a ilha cubana. (NETO, 2005).
7.3 Colômbia
No episódio da Crise dos Mísseis, a Colômbia foi um dos países latino-
americanos que mais apoiou os Estados Unidos. Inclusive, insistiu muito pelo
agendamento de uma Reunião dos Ministros de Relações Exteriores. Quando
conseguiu, foi a favor da suspensão de Cuba da OEA e cobrou sanções ao país, já
que acusava Cuba de dar apoio às guerrilhas que se infiltravam no território
colombiano e causavam assim a instabilidade no país. (NETO, 2005).
7.4 Estados Unidos da América
Os Estados Unidos eram o país mais interessado na resolução da questão,
uma vez que os mísseis apontados para o seu território não eram comuns, mas
atômicos. O país já tinha certo receio com relação a Cuba e ao mesmo tempo um
sentimento de revanchismo, pois a grande potência da região havia sido derrotada
pela pequena ilha cubana no episódio da Baía dos Porcos quando Fidel Castro
assumiu o governo de Cuba. Devido a isso, os Estados Unidos trataram o assunto
com toda delicadeza possível apesar das divergências internas onde partes do
governo eram favoráveis a um processo de resolução mais branda - através de um
embargo naval ao país, e outra parte mais radical e apoiada pelo exército buscava,
por uma solução mais drástica como, por exemplo,bombardear Cuba. Fato foi que,
durante reunião da OEA, os Estados Unidos conseguiram que Cuba fosse suspensa
da organização mesmo com algumas abstenções e votos contrários. O curioso é
que, depois disso, o bloqueio naval à ilha cubana foi aprovado de forma unânime na
OEA. Porém, deve-se ressaltar que os Estados Unidos também possuía mísseis
apontados para União Soviética, mísseis esses que se encontravam em território
turco. (NETO, 2005).
7.5 México
Um dos três países considerados grandes que se opôs à posição dos Estados
Unidos de suspender Cuba da Organização dos Estados Americanos, o México.
Assim como Brasil e Argentina, o México também tentava argumentar em favor de
uma solução mais “razoável”. Porém, diferente dos outros dois grandes o México
votou contra a suspensão de Cuba, sendo o único país além da própria Cuba a votar
contra a suspensão. Apesar disso quando na votação sobre o bloqueio a ilha cubana
o México se posicionou a favor assim como todos os outros países. (NETO, 2005)
REFERÊNCIAS
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TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES
Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao
nível de demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for mais demandada.
Legenda
Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas discussões
Representações medianamente
demandadas a tomar parte nas discussões
Representações pontualmente demandadas
a tomar parte nas discussões
REPRESENTAÇÃO DEMANDA
1. Argentina
2. Bolívia
3. Estados Unidos do Brasil
4. Chile
5. Colômbia
6. Costa Rica
7. El Salvador
8. Equador
9. Estados Unidos da América
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