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A partir do último quartel do século XIX, a Sociologia como saber acadêmico desenvolveu-se especialmente na

França, Alemanha e Estados Unidos. O Brasil foi fortemente influenciado

pelos pensadores desses três países.

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A Sociologia na França

Entre os principais pensadores da Sociologia na França, o mais importante foi Émile Durkheim.

Ele desenvolveu sua obra num período de grande crise no país (após a derrota na guerra franco-prussiana e o aniquilamento da Comuna de Paris), mas também de grande euforia promovida pelas inovações tecnológicas.Émile Durkheim (1858-1917) em

fotografia de 1900.

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Para dar um estatuto científico à Sociologia, Durkheim formulou alguns parâmetros lógicos:

os fatos sociais só podem ser explicados por outro fato social;

os fatos sociais devem ser analisados como se fossem coisas, isto é, em sua materialidade;

é necessário abandonar os preconceitos ao analisar os fatos sociais.

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Capa de uma das principais obras de Émile Durkheim, em edição de 1999.

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Durkheim refletiu também a história da organização educacional francesa, bem como sobre os conteúdos que estavam sendo ministrados na escola.

Integração social é o elemento fundamental para Durkheim. Relaciona-se ao conceito de solidariedade, que permite a articulação de todos os elementos da realidade social.

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A Sociologia na Alemanha

Na Alemanha, a Sociologia foi influenciada pela discussão filosófica, histórica e metodológica.

Max Weber (1864-1920) em fotografia de 1917.

Seu representante mais expressivo foi Max Weber.

A obra de seus principais autores liga-se a fatores que deram à Alemanha uma configuração singular no contexto europeu a partir de meados do século XIX.

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Capa da edição de 2004 de A ética protestante e o espírito do capitalismo. Nesse livro, Max Weber relaciona elementos da doutrina protestante às condições que propiciaram a emergência e a consolidação do capitalismo.

Em sua concepção, a sociedade é uma teia de relações, e não um bloco ou uma estrutura única.

O ponto de partida da análise weberiana é a compreensão da ação dos indivíduos, atuando e

vivendo situações sociais com determinadas motivações e intenções.

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Em 1923, um grupo de intelectuais vinculados à Universidade de Frankfurt, na Alemanha, desenvolveu uma teoria crítica da sociedade capitalista procurando dar explicações aos fenômenos mais variados, que iam da personalidade autoritária à indústria cultural.

A Escola de Frankfurt

Tinham como base as orientações filosóficas de Kant, Hegel e Nietzsche e as visões sociológicas de Marx e Weber, além do pensamento de Freud.

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Mantiveram a crítica ao positivismo e ao pragmatismo. Suas reflexões sobre o nazismo culminaram na crítica às formas de controle na sociedade moderna.

De cima para baixo, Adorno (em fotografia de 1968) , Horkheimer (em fotografia de 1968) e Marcuse (em fotografia de 1976).

São representantes dessa corrente de pensamento Friedrich Pollock, Leo Lowenthal, Karl Wittfogel, Max Horkheimer, Theodor Adorno, Walter Benjamin, Erich Fromm e Herbert Marcuse, entre outros.

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Nos Estados Unidos, o desenvolvimento da Sociologia ocorreu quase ao mesmo tempo em que na França e na Alemanha.

A Sociologia nos Estados Unidos da América

Podem-se atribuir duas características gerais à Sociologia estadunidense: a busca de soluções pela pesquisa aplicada; a presença do financiamento privado nas atividades universitárias.

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Acima, chegada de família europeia aos Estados Unidos (1900); ao lado, fábrica de aço em Pittsburg, nos Estados Unidos (século XIX).

No final do século XIX, os Estados Unidos estavam em franco desenvolvimento industrial, econômico e urbano. As principais cidades passaram a ser espaços de conflito e preocupação.

Temas como imigração, comportamentos desviantes,

aculturação e conflitos étnicos tiveram presença na

Sociologia da época.

Bettmann/Corbis/Latin Stock

Hulton-Deutsch collection

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Na Universidade de Chicago, fundada em 1892 com financiamento privado, foi criado o primeiro departamento de Sociologia do país.

Pesquisas que estabeleciam relações entre os problemas existentes nas grandes cidades do país e a intervenção dos organismos públicos também foram desenvolvidas.

Nessa universidade a pesquisa de campo teve primazia, com forte tendência pragmatista. Um de seus expoentes, William F. Ogburn, desenvolveu instrumentos estatísticos com finalidade prática.

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Na Universidade de Harvard, em Boston, Elton Mayo desenvolveu a Sociologia Industrial, procurando entender a influência das relações sociais na produtividade dos trabalhadores.

Na Universidade de Columbia, em Nova York, Paul Lazarsfeld desenvolveu metodologias quantitativas para analisar o comportamento dos habitantes do país, mediante o estudo dos meios de comunicação de massa, das escolhas eleitorais, das atitudes políticas e dos padrões de consumo.

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Em Harvard, a preocupação teórica marcou a Sociologia desde o início. O organizador e primeiro catedrático do departamento de Sociologia foi o russo Pitirim Sorokin.

Preocupação teórica

Caricatura de Talcott Parsons.

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edia Em 1944, Talcott Parsons substituiu Sorokin.

Para dar um novo encaminhamento, mais teórico, à Sociologia estadunidense, buscou inspiração em autores europeus.

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Robert K. Merton, da Universidade de Columbia, procurou integrar a teoria à prática sociológica.

Estudou o comportamento desviante e os processos de adaptação social, tendo por base suas pesquisas qualitativas e quantitativas das profissões em ambiente de solidariedade e de conflito.

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Interacionismo

Charles H. Cooley considerava não haver prevalência do indivíduo nem do grupo na análise sociológica, mas um processo relacional entre ambos. George H. Mead afirmava a necessidade da reflexão sobre a responsabilidade individual no contexto de uma coletividade.

A abordagem interacionista dos fenômenos sociais alcançou o ápice com o canadense Erving Goffman.

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A Sociologia crítica estadunidense tem em Charles Wright Mills seu representante mais expressivo.

Caricatura de Charles Wright Mills.

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Visão crítica e militante

Influenciado por Marx e Weber, buscou esclarecer processos e mecanismos dos conflitos e das mudanças sociais.

Crítico da Sociologia empírica, incitou os sociólogos de seu tempo a assumir responsabilidades como agentes sociais ativos.

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Até os anos 1970, podia-se falar em Sociologia por países. Depois, em vista da circulação de informações em escala global, a literatura sociológica passou a ser universal.

As questões sociais também se mundializaram. Vários pensadores começaram a refletir sobre temas chamados de pós-modernos, hipermodernos ou contemporâneos.

A Sociologia internacionalizada

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Niklas Luhmann.

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O sociólogo alemão Niklas Luhmann desenvolveu uma teoria sistêmica da sociedade na qual o elemento central é a comunicação.

O britânico Anthony Giddens discute as teorias clássicas e procura reformular a teoria social contemporânea, reexaminando a compreensão do desenvolvimento da modernidade.

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Zygmunt Baumann.

Os focos de estudo do sociólogo polonês Zygmunt Baumann são os múltiplos aspectos da sociedade contemporânea, principalmente as novas formas de sociabilidade.

O sociólogo alemão Norbert Elias desenvolveu uma teoria sociológica que acentua os aspectos da formação histórica dos fenômenos sociais. Elias é chamado de “sociólogo das configurações”.

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Caricatura de Immanuel Wallerstein .

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Manuel Castells.

O estadunidense Immanuel Wallerstein desenvolveu a teoria do sistema mundial. De acordo com essa teoria, a divisão dos países entre centrais e periféricos é inerente ao sistema capitalista por conta da divisão internacional do trabalho.

O espanhol Manuel Castells estudou a Sociologia Urbana e os movimentos sociais na América Latina, Europa e Estados Unidos. Desenvolveu o conceito de “sociedade em rede”.

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A Sociologia no Brasil

Em 1925, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, implantou a Sociologia em seu currículo. Três anos depois, a disciplina foi introduzida em outros estados.

Primeiras experiências no ensino médio

Em 1931, no governo Vargas, a disciplina foi adotada nos cursos preparatórios aos estudos superiores nas faculdades de Engenharia, Arquitetura, Direito e Ciências Médicas. Além disso, foi mantida nos cursos de formação de professores.

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Desde 1925, intelectuais como Fernando de Azevedo e Gilberto Freyre lecionaram e escreveram manuais de Sociologia para o ensino médio. Tinham como objetivo preparar intelectualmente os jovens das elites e elevar o conhecimento dos alunos de nível médio. Esses autores, em sua maioria, eram influenciados pela Sociologia estadunidense e francesa, com forte presença do positivismo.

A disciplina foi extinta do currículo na década de 1940, retornando, discretamente, nos anos 1980.

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A Escola Livre de Sociologia e Política foi fundada na cidade de São Paulo, em 1933. O objetivo era formar novos estudiosos da realidade brasileira e, principalmente, aliar o conhecimento produzido por eles à tomada de decisões no interior do aparato estatal/governamental.Posteriormente, com a presença do sociólogo estadunidense Donald Pierson, deu-se ênfase à pesquisa empírica.

A Sociologia no ensino superior

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Definia-se, assim, o espaço profissional dos sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou lecionar.

Em 1934, foi fundada a Universidade de São Paulo e, em 1935, a Universidade do Distrito Federal. Nas faculdades de Filosofia dessas universidades, a preocupação maior era formar professores para as escolas normais.

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Entre 1930 e 1940, a Sociologia colocou seus primeiros alicerces no Brasil, definindo suas fronteiras com outras áreas.

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Sérgio Buarque de Holanda (à esquerda, em foto de 1980) e Caio Prado Júnior (no alto, em 1978) colaboraram para a abertura de espaços para a formação de sociólogos nas universidades brasileiras.

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da disciplina os brasileiros Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, entre outros, e os estrangeiros Radcliff Brown, Claude Lévi-Strauss, Georges Gurvitch e Roger Bastide.

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De 1945 a meados da década de 1960, disseminaram-se as faculdades de Filosofia, Ciências e Letras no Brasil.

A consolidação da Sociologia brasileira

A Sociologia fez parte do currículo dos cursos de ciências sociais ou apresentou-se como disciplina independente em outros cursos.

O objetivo dos cursos de ciências sociais era formar profissionais aptos a encontrar uma “solução racional” para as questões nacionais.

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A consolidação e o desenvolvimento da Sociologia

Uma nova geração de cientistas sociais passou a ter presença marcante. Egon Schaden, Florestan Fernandes, Antonio Candido, Aziz Simão, Juarez Rubens Brandão Lopes, em São Paulo, e Alberto Guerreiro Ramos, Luiz de Aguiar Costa Pinto e Hélio Jaguaribe, no Rio de Janeiro, tiveram seguidores em todo o país.

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Florestan Fernandes (no alto, em foto de 1975) e Luiz de Aguiar Costa Pinto (ao lado, em foto sem data).

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Os estudos sociológicos centravam-se nas relações raciais, na mobilidade social dos diferentes grupos étnicos estrangeiros existentes no Brasil e no conhecimento do mundo rural brasileiro. A partir da década de 1950 começaram a aparecer estudos sobre a industrialização no país e suas consequências.

A Sociologia, nesse período, tornou-se disciplina hegemônica no quadro das ciências sociais no Brasil, sendo a primeira a formar uma “escola” ou uma “tradição” em São Paulo.

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A partir de 1964, mesmo com o país sob ditadura militar, a disciplina passou a se relacionar com outras ciências humanas.

Diversificação da disciplina

As questões sociais, de alguma forma ligadas à precariedade da educação nacional, aproximaram- se da pedagogia.

A discussão sobre o desenvolvimento do Brasil tinha relação com os estudos dos economistas.

Temas relacionados ao autoritarismo e ao planejamento fizeram interface com a ciência política.

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Outros assuntos que estavam presentes: formação da classe trabalhadora, sindicalismo, urbanização, transformações no campo, marginalidade social, dependência econômica.

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A partir das décadas de 1960-1970, muitos foram os intelectuais que, em diferentes áreas do pensamento sociológico, desenvolveram pesquisas e ensino no Brasil. Destacam-se nomes como Octávio Ianni (ao lado, em fotografia de 1991), Fernando Henrique Cardoso, Leôncio Martins Rodrigues, Heleieth Saffioti, Marialice Mencarini Foracchi, Elide Rugai Bastos, Francisco de Oliveira, Luiz Eduardo Waldemarin Wanderley, José de Souza Martins, Gabriel Cohn, Luiz Werneck Vianna, Simon Schwartzman e Maurício Tragtemberg.

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Nos anos 1980, os cursos de pós-graduação na área expandiram-se, elevando o nível das pesquisas e do ensino da disciplina. A presença da Sociologia no ensino superior consolidou-se pelas variadas abordagens e com uma multiplicidade de temas. Uma nova geração de sociólogos encontra-se hoje nas universidades brasileiras: Sérgio Miceli, José Vicente Tavares dos Santos, Renato Ortiz, Gláucia Kruse Villas Bôas, Ricardo Antunes, Elisa Reis, Brasílio Sallum Júnior e Laymert Garcia dos Santos.

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Retomada da Sociologia no ensino médio

O movimento em defesa da obrigatoriedade do ensino da disciplina no nível médio começou nos anos 1990 e foi conquistando apoio de instituições de ensino, associações científicas, intelectuais, sindicatos e associações de categorias profissionais.

Pela Lei nº 11.684, de 2 de junho de 2008, que alterava a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Sociologia retornou oficial e obrigatoriamente ao currículo do ensino médio brasileiro.

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Exercício

Considerando a sua experiência como aluno de Sociologia no ensino médio, comente o texto:

As razões para que a Sociologia esteja presente no ensino médio no Brasil não só se mantêm como se têm reforçado. As estruturas

sociais estão ainda mais complexas, as relações de trabalho se atritam com as novas tecnologias de produção, o mundo está cada

vez mais “desencantado”, isto é, cada vez mais racionalizado, administrado, dominado pelo conhecimento

científico e tecnológico.

Amaury César MoraesFonte: Parecer sobre as diretrizes para a obrigatoriedade das disciplinas Filosofia e Sociologia no Ensino Médio. Apud: GUIMARÃES, E. da Fonseca. Andar da carruagem. Portal Ciência e Vida. Disponível em: <http://portalcienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/15/artigo72214-2.asp>. Acesso em: 11 jan. 2010.


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