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Educação Especial no Brasil

Segundo Marcos Mazzotta.

Século XX

Final dos anos 50 e início da década de 60.

- Inclusão da “educação de deficientes”, da “educação de excepcionais” ou da

“educação especial” na política educacional brasileira”.

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Evolução da Educação Especial no Brasil

Destacados 2 períodos:

1º de 1854 a 1956 – iniciativas oficiais e particulares isoladas.2º de 1957 a 1993 – iniciativas

oficiais de âmbito nacional.

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Período de 1854 a 1956 Atendimento escolar dos

portadores de deficiência foi concretizado:

1. D. Pedro II, funda o “Imperial Instituto dos meninos Cegos” – Rio de Janeiro (12/09/1854)

* José Álvares de Azevedo* Dr. Xavier Sigaud

* Conselheiro Couto FerrazDecreto nº 408 de 1890 – mudança do nome para

Instituto Nacional dos Cegos.Decreto nº 1320 de 1891 – mudou para Instituto

Benjamim Constant. (IBC)

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2. Pela Lei nº 839 de 1857 D. Pedro II funda o “Imperial Instituto dos

Surdos-mudos”.Em 1957 – passou a denominar-se “Instituto Nacional de Educação dos

Surdos” (INES).

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Características:a) Voltado para a “educação Literária e o ensino profissionalizante”.b) Para meninos surdos-mudos.c) Idade entre 7 e 14 anos.

- Em ambos institutos: Oficinas para aprendizagem de ofícios:

# Tipografia e encadernação – meninos cegos;# Tricô – meninas cegas;

# Sapataria, encadernação, pautação e douração para meninos surdos.

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Entretanto, em 1.872 com a população de

15.848 cegos e 11.595 surdos, atendiam apenas

35 cegos e 17 surdos.

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3. Em 1874 – início a assistência aos deficientes mentais, no

Hospital Estadual de Salvador, hoje denominado de HOSPITAL

JULIANO MOREIRA.

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No começo do Século XX:# Trabalhos científicos e técnicos

publicados, como:

- Da educação e tratamento médico-pedagógico dos idiotas.

- A educação da infância anormal da inteligência no Brasil.- Infância retardatária, etc.

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Na 1ª metade do século XX até 1950 havia:

- 40 estabelecimentos de ensino regular (1 federal e 39 estaduais) – atendimento escolar especial para deficientes mentais;- 14 estabelecimentos de ensino regular (1 federal, 9 estaduais e 4 particulares) – outras deficiências;- 3 instituições especializadas (1 estadual e 2 particulares) – deficientes mentais;- 8 (3 estaduais e 5 particulares) – outras deficiências.

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Dentre os 54 estabelecimentos de ensino regular e as 11

especializadas destacam-se:1) Colégio dos Santos Anjos (particular, regular

1909) – deficientes mentais (Santa Catarina)2) Escola Rodrigues Alves (estadual, regular

1905) - deficientes físicos e visuais (Rio de Janeiro)

3) Sociedade Pestalozzi (particular, especializada 1948) – deficientes mentais (Rio de Janeiro)

4) Escola Estadual Instituto Pestalozzi (especializada 1935) – deficientes auditivos e mentais (Minas Gerais)

5) Instituto de Cegos da Bahia (especializada, particular 1936)

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À partir de 1950 houve um aumento na impressão de livros em braile

com a instalação da imprensa braile na Fundação para o Livro do Cego no Brasil criada em 1946, hoje a

chamada Fundação Dorina Nowill para Cegos. Isso possibilitou

melhores condições de estudo para os cegos.

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Porém, é importante ressaltar que ate hoje apenas a Fundação Dorina

Nowill (São Paulo) e o Instituto Benjamin Constant (Rio de Janeiro) produzem livros em braile no país.

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Foi intensificado o atendimento de reabilitação após a 2º Guerra Mundial

devido ao grande número de mutilados, cegos e acometidos de outras

deficiências.

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A década de 50 acabou sendo um marco do inicio da emancipação das pessoas cegas foi quando o Conselho Nacional de Educação autorizou que estudantes cegos ingressassem

nas Faculdades de Filosofia, dando a eles oportunidade profissional em nível superior.

Também em 1950, foi instalada no Estado de São Paulo a primeira classe Braile em escolas de ensino regular em caráter experimental que

posteriormente em 1953 oficializou-se.

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Em 1955 foi autorizado pelo governo do Estado de São Paulo um Curso de

Especialização para o Ensino dos Cegos no Instituto de Educação

Caetano de Campos com duração de um ano.

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Período de 1957 a 1993

• O atendimento educacional aos excepcionais:

Assumido, a nível nacional, pelo governo federal

Através da criação de CAMPANHAS:

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CAMPANHAS

1ª Campanha para Educação do Surdo do Brasil em 1957;

2 ª Campanha Nacional de Educação dos cegos em 1960( subordinado ao Ministério de Estado da Educação e Cultura;

3ª Campanha Nacional de Educação e reabilitação de Deficientes Mentais.

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A partir da década de 60 os serviços de reabilitação cresceram e se desenvolveram

devido a um maior incentivo e apoio oferecido pelo governo. Em 1961, com a homologação

da Lei de Diretrizes e Bases 4024/61, a educação da pessoa com deficiência passou a ser integrada ao sistema regular de ensino. Na verdade essa integração não ocorreu pois

o atendimento educacional ficava sob a responsabilidade de outras instituições

particulares subvencionadas pelo governo.

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Em 1972, expedido pela Portaria de 25 de maio, foi instituído pelo ministro um Grupo-

Tarefa de Educação Especial.

Em 1986, com o Decreto nº 93613 de 21 de novembro, o CENESP foi transformado na

Secretaria de Educação Especial – SESPE, e posteriormente foi extinta. Nesse mesmo

ano foi criada também a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE.

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Em 19 de novembro de 1992 após a queda do presidente Fernando Collor de

Mello, os Ministérios foram reorganizados e reapareceu a

Secretaria de Educação Especial – SEESP.

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Educação Especial / Inclusão Social

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Na História da Educação Especial o Movimento de Inclusão Social vem se

delineando vagarosamente.

Nos anos 50 os Estados Unidos abre a pré-escola. Com a origem da pré-escola o

sistema educacional começou a se modificar para atender uma minoria. A pré-escola é um

importante aliado da Educação Inclusiva.

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Na década de 60, os cientistas deram um grande impulso ao movimento ao

iniciarem uma “discussão de que deficiência mental não seria sinônimo de doença mental”

(WERNECK,2000:47).

Já na década de 80, nos países mais desenvolvidos, o Movimento Inclusivo

ganhou impulso. Nesse momento não era caracterizado como um movimento inclusivo, mas tinha como objetivo inserir deficientes no

mercado de trabalho.

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Após a 2º Guerra Mundial, assim como já foi dito anteriormente, houve uma maior preocupação com os deficientes, afinal eles eram feridos de guerra.

Isso também ajudou a delinear o movimento, pois “o mundo começava a creditar na capacidade das pessoas com eficiência” (WERNECK,2000:49).

Documentos como a Declaração de Salamanca de 1994 oficializaram o termo inclusão no campo educacional, embasados anteriormente pela

Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e estabelecido pela Conferência Mundial sobre

Educação para Todos, de 1990.

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A tendência é que cada vez mais seja observada a importância do Movimento de

Inclusão Social, visto que ele visa muito além dos portadores de deficiência: ele

visa um novo modelo de sociedade.

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PONTOS A RESSALTAR

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APÓS DELINEAR-SE ESSA TRAJETÓRIA HISTÓRICA PODEMOS RESSALTAR

ALGUNS PONTOS:

Apesar dos avanços o acesso e a permanência dos cegos na escola

atingia apenas 1 % dessa população devido a vários fatores e em especial a

discriminação.

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Também é importante destacar que a Educação Especial no Brasil é muito falha quanto a oferta de serviços e

quanto aos recursos financeiros destinados a educação dessa população.

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É passível uma constatação quando analisamos a História da Educação Especial no Brasil e em especial o histórico do atendimento dado aos

portadores de deficiência visual: Até hoje, nenhuma das ações do Estado

atenderam a demanda existente.

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Os pais tem sido uma importante força para as mudanças no atendimento aos

portadores de deficiência;

No Brasil, historicamente se observa a busca de organização de instituições

especializadas gerenciadas pelos próprios pais. São relevantes as iniciativas

participantes, encetadas pelas associações de pais, principalmente as

associações Pestalozzi e APAE ( associação de pais e amigos dos

excepcionais)

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Analisando as políticas educacionais podemos estruturar historicamente práticas e atitudes que vem quase sempre determinando atitudes de

exclusão social.

Em 1835, o Deputado Cornélio Ferreira apresentou um projeto de lei a

Assembléia Legislativa visando oferecer a alfabetização aos cegos e surdos. Esse

projeto acabou arquivado.

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Foi em 12 de setembro de 1854 que teve inicio no Brasil o atendimento escolar a pessoas com deficiência. Nessa data, o

imperador D. Pedro II fundou a primeira escola para cegos na cidade do Rio de Janeiro: O Imperial Instituto doa Meninos Cegos, hoje

conhecido como Instituto Benjamin Constant. 

A fundação do Imperial Instituto deveu-se, em grande parte, a um cego brasileiro, José

Álvares de Azevedo, que estudara no Instituto dos Jovens Cegos de Paris, fundado por

Valentin Haüy no século XVIII. (...)

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Em 17 de maio de 1890, portanto, já no governo republicano, o Chefe do Governo

Provisório, Marechal Deodoro da Fonseca, e o Ministro da Instrução Pública, Correios e

Telégrafos, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, assinaram o Decreto nº 408,

mudando o nome do Instituto para Instituto Nacional dos Cegos e aprovando seu

regulamento.

Mais tarde, em 24 de janeiro de 1891, pelo Decreto nº 1.320, a escola passou a

denominar-se Instituto Benjamin Constant (IBC), (...).(MAZZOTTA,1996:28)

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O atendimento no Imperial Instituto dos Meninos Cegos era precário pois atendia

apenas 35 dos 15848 alunos cegos existentes na época.

Até 1926, a única instituição especializada para cegos no Brasil era o

Instituto Benjamin Constant. A partir desse ano começaram a aumentar o numero de escolas residenciais para cegos caracterizadas como escolas

segregadas.

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A Educação Especial tem se desenvolvido no decorrer da historia da Educação Especial no Brasil como uma modalidade assistencial aos

deficientes. 

(...) Nesse sentido, cabe alertar que, tanto na literatura educacional quanto em documentos técnicos, é freqüente a referencia a situações

de atendimento a pessoas deficientes (crianças e/ou adultos) como sendo educacionais,

quando uma analise mais cuidadosa revela tratar-se de situações organizadas com outros

propósitos que não o educacional. (MAZZOTTA, 1996:15).

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Em 1972, expedido pela Portaria de 25 de maio, foi instituído pelo ministro um Grupo-

Tarefa de Educação Especial. Gerenciado por Nise Pires, do Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas – INEP -, e integrado pelas diretoras executivas da

Campanha Nacional de Educação de Cegos e da Campanha Nacional de

Educação e Reeducação de Deficientes Mentais, alem de outros educadores, o mencionado Grupo-Tarefa elaborou um

Projeto Prioritário nº 35, incluído no Plano Setorial de Educação e Cultura 1972/74.

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Dentre os trabalhos do referido Grupo-Tarefa figura, também, a vinda ao Brasil do especialista em educação especial norte-americano James

Gallagher, que em novembro de 1972 apresentou o Relatório de Planejamento para o Grupo-Tarefa de Educação Especial do Ministério da Educação

e Cultura do Brasil, contendo propostas para a estruturação da educação especial. Tal relatório

integrou os estudos do Grupo-Tarefa, cujos resultados contribuíram para a criação, no

Ministério da Educação e Cultura, de um órgão central responsável pelo atendimento aos

excepcionais no Brasil, o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP.

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Com essa trajetória histórica traçada podemos observar que a partir da década de 80 as pessoas com

deficiência ou com necessidades especiais[1][4], passaram a serem sujeitos das ações de prevenção,

reabilitação, inserção no mercado de trabalho e obtenção de direitos de cidadania. Analisando essa

historia é possível constatar que ser portador de necessidades especiais vai alem das deficiências, pois

engloba características de uma sociedade.

[1][4] Necessidades Especiais é um termo bastante utilizado por autores que tratam do Movimento de

Inclusão Social. Acredito que esse termo é vinculado estrategicamente, afinal todos nós temos necessidades

especiais e essa é a idéia do movimento.