Transcript

Indicador Fonte Periodicidade

Nº. de invasões e loteamento clandestinos

IBGE – MUNICSEDURHSIV-SOLO

Anual

Densidade demográfica /R.A. IBGEAnuário Estatístico do DFSEDURH-DF SEPLAN-DF

Anual

% da frota de veículo /tipo/ ano IBGE DENATRANSTDF

Anual

% de cobertura de coleta de lixo

Geração de lixo per capita

% de área urbana com rede de drenagem

IBGE – PNSBMCidades - PMSS

CensoPesquisas específicas Anual

Nº. de Comitês de bacias ativos MMA/ ANA/ SRHSINIMA 0 GEO Recursos Hídricos IBGE - MUNICADASA

AnualEstudos específicos

% de investimentos em promoção da saúde/ano

MSaúdeSES-DF

AnualEstudos específicos

Nº. de programas de saúde ambiental intersetorais

MSaúdeSES-DF

AnualEstudos específicos

% de investimentos em programas de educação ambiental

MEducaçãoMMA SEE-DF

PPA Anual

IDH Anual

Força motriz

Produto Interno Bruto - PIB

IBGEMPO/IPEA Anual

% de áreas verdes invadidas SIV-SOLOSEMARH

Anual

Nº. de habitantes utilizando transporte público/ano

IBGE-MUNICSTDF/DETRANDENATRAN

Anual

% de recursos aplicados em limpeza urbana e manejo de águas pluviais /ano

MCidades - SNISADASA

Anual

% de gastos em internações por acidentes - causas externas

SIH-SUSSES-DF

Mensal

Nº. de escolas/ R.A. IBGE – MUNICSEE-DF

Anual

Nº. de professores /R.A. IBGE – MUNICSEE-DF

Anua

Pressão

% da pop.vivendo abaixo da linha de pobreza

IBGE/ PNAD/ SEDURH

AnulaCensos

% de áreas assoreadas SEDUMA

Nº. de engarrafamentos /ano

km de trechos de tráfego engarrafados

DEFESA CIVILDETRAN

Mensal/Anual

Situação

Frota de veículos nas R.A./ano STDFIBGE – MUNIC

Anual

% de área urbana sem rede de drenagem IBGE – MUNICMCIDADES - PMSS

AnualCensoEstudos específicos

Nº. de Unidades de saúde com setor de saúde ambiental /R.A.

MS/SVSSES-DF

AnualInventários

Nº. de escolas com programa de educação ambiental

SEE-DF Anual

Nº. de domicílios em área de risco/ R.A. SIV-SOLO Anual

Nº. de ocorrências de alagamentos e desabamentos/ R.A. /ano

DEFESA CIVIL Anual/mensal

% de pop. vivendo em áreas de riscos de desmoronamento

DEFESA CIVILSIV-SOLOSEDUHIBGE – MUNIC

Anual

Exposição

Nº. de moradores desabrigados DEFESA CIVIL Mensal

Taxa de mortalidade por acidentes SIMSINAMSIH-SUSSES-DF

Anual

Nº. de desabrigados/ano DEFESA CIVIL Anual

Efeito

Proporção de internações hospitalares por causas externas (acidentes).

SIH-SUSSES-DF

Anual/Mensal

QUADRO – Indicadores de saúde ambiental, fontes e periodicidade – Causas externas – inundações.

Causa Indicador Ação

Crescimento urbano que não atende ao PDOT

Nº. de invasões e loteamento clandestinos Densidade demográfica /R.A.

Promover a gestão participativa para avaliação do PDOT

Sistema de mobilidade urbana inadequado

% da frota de veículo /tipo/ ano Desenvolver programas de mobilidade de pedestres

Políticas de saneamento e de ambiente inadequadas

% de cobertura de coleta de lixoGeração de lixo per capita % de área urbana com rede de drenagem Nº. de Comitês de bacias ativos

Implementar a gestão de limpeza urbana e manejo de águas pluviais. Realizar o monitoramento das bacias hidrográficas do DFCriar os Comitês de bacias hidrográficas

Política de promoção da saúde inadequada

% de investimentos em promoção da saúde/anoNº. de programas de saúde ambiental intersetorais

Implementar programas integrados com SSaúde , SEDUH, CAESB, Séc Defesa Civil e sociedade civil

Sistema educacional desaparelhado

% de investimentos em programas de educação ambiental

Promover programas de educação ambientalCapacitar professores

Força motriz

Modelo econômico excludente

Índice de desenvolvimento humano -IDHProduto Interno Bruto - PIB

Integração políticas econômicas e sociais

Áreas verdes, APA e APM invadidas.

% de áreas verdes invadidas Vigilância ambiental e recuperação de áreas verdes Recuperação de matas ciliares

Mais veículos particulares no plano piloto e satélites

Nº. de habitantes utilizando transporte público/ano

Ampliar as rotas e freqüência dos transportes públicos

Sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais sem investimentos

% de recursos aplicados em limpeza urbana e manejo de águas pluviais /ano

Realizar investimento em sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais

Prioridade para a assistência e recuperação

% de gastos em internações por acidentes - causas externas

Desenvolver programas de promoção da saúde

Escolas sem infra-estrutura e professores

Nº. de escolas/ R.A. Nº. de professores /R.A.

Priorizar escolas nas áreas rurais e novos assentamentos

Pressão

Baixo nível de renda da população

% da pop.vivendo abaixo da linha de pobreza

Integração políticas econômicas e sociais

Solo impermeável e erosão de encostas

% de áreas assoreadas Desenvolver programas de recuperação de encostasIntensificar a vigilância das áreas de risco

Trânsito intenso e engarrafamentos

Nº. de ocorrências /ano km de trechos de tráfego engarrafadosFrota de veículos nas R.A./ano

Desenvolver programas de orientação no trânsito

Área urbana sem drenagem pluvial e sem limpeza de valas e bueiros

% de área urbana sem rede de drenagem Realizar Investimento em sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais

Situação

Unidades de saúde sem Nº. de Unidades de saúde com setor de Implementar ações de promoção

atividades de promoção da saúde

saúde ambiental /R.A. da saúde e saúde ambiental

Escolas de satélites sem orientação sobre educação ambiental

Nº. de escolas com programa de educação ambiental

Implementar ações de educação ambiental

Domicílios precários em áreas de risco

Nº. de domicílios em área de risco/ R.A. Implementar programas de melhoria de habitação

Pop exposta a alagamentos em vias e subsolos dos edifícios

Nº. de ocorrências de alagamentos e desabamentos/ R.A. /ano % de pop. vivendo próxima a locais de deslizamentos e inundações

Promover a limpeza de bueiros, bocas de lobo e canais de drenagem. Fiscalizar as alternativas para escoamento de águas pluviais em condomínios de edifícios

População sem informação sobre riscos

Intensificar programas de comunicação de riscos em épocas de chuva

Exposição

População exposta a riscos de desmoronamento

% de pop. vivendo em áreas de riscos de desmoronamento

Nº. de moradores desabrigados Intensificar a fiscalização de domicílios em áreas de risco

Efeito Mortalidade e /ou incapacidades por acidentes e desastres

Taxa de mortalidade por acidentes Nº. de desabrigados/ano Proporção de internações hospitalares por causas externas (acidentes)

Tratamento

QUADRO BB – Indicadores de saúde ambiental e ações propostas – Acidentes e Inundações

Mara Lúcia OliveiraSaúde e Ambiente

Mara Lúcia OliveiraSaúde e Ambiente

INDICADORES DE

SAÚDE AMBIENTAL

INDICADORES DE

SAÚDE AMBIENTAL

PROBLEMAS AMBIENTAIS LOCAIS

• Contaminação atmosférica (industrial e doméstica)• Contaminação acústica• Contaminação dos mananciais• Abastecimento de água potável• Destino final dos dejetos e dos resíduos sólidos• Falta de áreas verdes – secas, desertificação• Uso de agrotóxicos• Proliferação de vetores transmissores de doenças• Uso indevido do solo• Segurança e qualidade dos alimentos• Desmatamentos e Queimadas não autorizadas• Desastres naturais e provocados e emergências químicas• Erosão• Alterações climáticas• Radiações• Efeito estufa• Chuva ácida

Consequências:

•Diarréias, cólera, gastroenterites, rotavirus, etc•Incremento de roedores, mosquitos e outros insetos vetores de diversas doenças• Malária, dengue, leptospirose, Chagas, hantavirose, etc•IRA (Infecciones respiratórias agudas) •Alergias•Violência•Doencas cardíacas•Cancer•Redução da capacidade de aprendizagem nas crianças (Pb)•intoxicação agudas por agrotóxicos: taxas de 60 até120/100.000 hab

SITUAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

• SANEAMENTO BÁSICO::

– 60 milhões de brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não contam com coleta de esgoto,

– 15 milhões (3,4 milhões de domicílios) não tem acesso àágua encanada. E uma parcela da população que têm ligação domiciliar não conta com abastecimento diário e nem de água potável com qualidade.

Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é despejado "in natura", o que contribui decisivamente para a poluição dos cursos d'água

urbanos e das praias.

IBGE, 2007IBGE, 2007

Condiçõesde saneamento

Condiçõesde saneamento

Fotos: Correio Braziliense – Itapõa / Estrutural

Desenvolvimento de grandes núcleos urbanos com assentamentos periféricos de alta densidade populacional e condições deficientes de :

higiene, abastecimento de agua, esgotamento sanitario, de

residuos solidos e drenagem

Desenvolvimento de grandes núcleos urbanos com assentamentos periféricos de alta densidade populacional e condições deficientes de :

higiene, abastecimento de agua, esgotamento sanitario, de

residuos solidos e drenagem

Modificações ambientais e dinâmica das populações animaisModificações ambientais e dinâmica das populações animais

SITUAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

• SANEAMENTO BÁSICO::

• 16 milhões de brasileiros não são atendidos pelo serviço de coleta de lixo.

• em 64% dos municípios o lixo coletado é depositado em lixões "a céu aberto". 82 mil toneladas são lançadas todos os dias no meio ambiente;

• A falta de drenagem urbana , especialmente a cada chuva mais intensa, provoca alagamentos e enchentes nas áreas de estrangulamento dos cursos d'água.

SITUAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

MORADIAS:

– 41,5% da população vive em condições inadequadas de habitação;adensamento excessivo, carência de serviços de água e esgoto, direitos de propriedade mal definidos, não conformidade com os padrões de edificação ou moradias construídas com materiais não duráveis.

– 6,6 milhões de pessoas ou 3,9% da população brasileira em favelas

– 78,5% das quais localizadas nas 9 principais Regiões Metropolitanas do país - Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. (IBGE, censo 2000)

CONTAMINAÇÃO DO AR:

– Contínuo crescimento urbano e expansão industrial;

– Episódios cada vez mais frequentes de Contaminação Atmosférica.

IBGE, 2007IBGE, 2007

Efeitos da urbanizaçao desordenada e os desastres naturaisEfeitos da urbanizaçao desordenada e os desastres naturais

Falta de drenagem e controle de enchentes

Falta de coleta e destino adequado dos resíduos sólidos

Falta de coleta e destino adequado dos resíduos sólidos

Criadouros de vetores

Transformação e destruição do ambiente natural, com maior presença de animais

Queimadas e desmatamentos, destruindo o habitat natural

Transformação e destruição do ambiente natural, com maior presença de animais

Queimadas e desmatamentos, destruindo o habitat natural

Queimadas e desmatamentos, destruindo o habitat naturalQueimadas e desmatamentos, destruindo o habitat natural

•O desmatamento envolve um impacto ambiental dos mais acentuados, devido àdescaracterização total do habitat natural

•De um total de, aproximadamente, 1,3 milhão de quilômetros quadrados da Mata Atlântica primitiva, restam, apenas, cerca de 50 mil km2 - menos de 5% da área original.

•Somente nos últimos quatro anos mais de 77 mil km2 da Floresta Amazônica - uma área um pouco maior do que os Estados do RN e SE juntos foram devastados.

Fonte: Ibama

•O desmatamento envolve um impacto ambiental dos mais acentuados, devido àdescaracterização total do habitat natural

•De um total de, aproximadamente, 1,3 milhão de quilômetros quadrados da Mata Atlântica primitiva, restam, apenas, cerca de 50 mil km2 - menos de 5% da área original.

•Somente nos últimos quatro anos mais de 77 mil km2 da Floresta Amazônica - uma área um pouco maior do que os Estados do RN e SE juntos foram devastados.

Fonte: Ibama

RESÍDUOS PERIGOSOS:

– Atividades industriais, mineração e os resíduos de serviços de saúde, geram um volume importante de resíduos;

– As indústrias têxteis, os curtumes, a indústria química e as fundições, geram maior quantidade de resíduos perigosos;

– As fábricas de baterias e a mineração de ouro são os principais responsáveis pelas intoxicações por chumbo e mercúrio.

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO MEIO AMBIENTE:

– Crescimento em quantidade e variedade;

– Incremento do consumo de agrotóxicos (2,5 vezes nos últimos 4 anos)

SITUAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

Saúde Ambiental compreende

“…aqueles aspectos da saúde humana, das enfermidades, dos danos e do bem estar que são determinados ou influenciados por fatores do meio ambiente.

Saúde ambiental também se refere a teoria e pratica de avaliar, prevenir, corrigir e controlar os riscos do ambiente que potencialmente podem prejudicar a saúde individual e coletiva de gerações atuais e futuras”

(OMS, 1993 – Bulgaria1993)

Inclue o estudo tanto dos efeitos patológicos diretamente relacionados aos fatores físicos, químicos, radiológicos e biológicos quanto aos efeitos na saúde e bem estar derivados do meio físico, psicológico, social e estético em geral, compreendendo a habitação, desenvolvimento urbano, uso da terra e transporte.

(DSSH/US,2000)

CONDICOES DO

AMBIENTE QUE

INTERFEREM NA SAUDE

CONDICOES DO

AMBIENTE QUE

INTERFEREM NA SAUDE

EFEITOS NA SAUDE

RELACIONADOS AOS FATORES

DO AMBIENTE

EFEITOS NA SAUDE

RELACIONADOS AOS FATORES

DO AMBIENTE

AMBIENTEAMBIENTE SAUDESAUDESAUDE

AMBIENTAL

SAUDE

AMBIENTAL

Marco teóricoMarco teórico

Conceitos Indicadores• apontar para, desvendar, estimar, • colocar preço ou trazer ao conhecimento do público• parâmetro ou valor derivado de parâmetros que apontam e

fornecem informações sobre o estado de um fenômeno (OCDE)

Indicadores ambientais • parâmetro que aponta para o estado de um ambiente ou área,

oferecendo informação sobre esse estado ou descrevendo-o ( OCDE)

“uma expressão que demonstra a vinculação entre o ambiente e saúdedirecionada para um aspecto concreto de uma política ou gerenciamento ...

E apresentados em uma forma que facilite sua interpretação, permitindo a tomada de decisão eficaz e efetiva”

Briggs e Corvalan, 1996

ForçasMotrizes

Pressão

Situação Exposição

Efeito

Marco conceitual - FPSEEA

Ambiental Saúde

Ações preventivas Ações curativas

Marco teórico

Precursores do modelo FPSEEA• PER

(Pressão/Estado/Resposta), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)

• PEIR (Pressão/Estado/Impacto/Resposta), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Vantagens do modelo FPSEEA

• expressa as relações entre desenvolvimento, ambiente e saúde

•Ajuda a identificar políticas e ações efetivas para prevenir e controlar os efeitos dos riscos ambientais na saúde

•E usada para descrever e analisar a situação global que diz respeito ao desenvolvimento, ambiente e saúde

•Proporciona meios para examinar possíveis sinergias entre as intervenções

•Pode ser um guia para o planejamento e intervenções e avaliação de custos/efetividade.

Vantagens do modelo FPSEEA

• expressa as relações entre desenvolvimento, ambiente e saúde

•Ajuda a identificar políticas e ações efetivas para prevenir e controlar os efeitos dos riscos ambientais na saúde

•E usada para descrever e analisar a situação global que diz respeito ao desenvolvimento, ambiente e saúde

•Proporciona meios para examinar possíveis sinergias entre as intervenções

•Pode ser um guia para o planejamento e intervenções e avaliação de custos/efetividade.

Alice, a primeiraindicadorologa no momento preciso do descobrimento dos indicadores

Mensurável, quantificável e baseado no melhor dado disponível.

Permite comparações ao longo do tempo e espaço.

Baseado em vinculações demonstradas entre saúde e ambiente

Permite agregação ao nível local, regional e nacional.

Pode ser utilizado para informar aos setores de saúde e de ambiente, agencias de governo e público.

Tem relevância para a avaliação de políticas e para as necessidades dos gestores.

Indicadores: Que podem e não podem fazer

Os indicadores não podem:

Dizer algo sobre o que não podemos medir facilmente e diretamente (ou seja , indicar)

Os indicadores devem:

Evitar a necessidade de obter dados

‘E se você tirar um de trezentos e sessenta e cinco , o que sobra?'

'Trezentos e sessenta e quatro naturalmente.'

Humpty Dumpty ficou em dúvida. . Eu gostaria de ver isso no papel – disse

Alice não pôde deixar de sorrir quando apanhou sua caderneta

e fez a conta para ele: 365 - 1 = 364

Humpty Dumpty pegou a caderneta e examinou-a com cuidado.

– Parece estar certo... – começou.

– Está de cabeça para baixo! – Alice interrompeu.

– É com certeza que estava! – Humpty Dumpty disse com satisfação, quando ela a virou para ele. – Achei que parecia um pouco estranha. Como eu ia dizendo, parece estar certo... embora eu não tenha tempo para conferi-lo

outra vez agora...

Indicadores: O que podem e não podem fazer

Os indicadores não podem:

Dar informação relevante para a política e açãoOs indicadores devem:

Responder as peguntas que não formulamos.

`“O senhor poderia me dizer,por favor,

qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”

“Isso depende muito para onde você quer ir”, respondeu o Gato.

“Não me importo muito para onde ---”, respondeu Alice.

“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.

“...contanto que dê em ALGUM LUGAR”, Alice completou.

“Oh, você pode ter certeza que vai chegar”, disse o Gato, “se você caminhar bastante.”

`“O senhor poderia me dizer,por favor,

qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”

“Isso depende muito para onde você quer ir”, respondeu o Gato.

“Não me importo muito para onde ---”, respondeu Alice.

“Então não importa o caminho que você escolha”, disse o Gato.

“...contanto que dê em ALGUM LUGAR”, Alice completou.

“Oh, você pode ter certeza que vai chegar”, disse o Gato, “se você caminhar bastante.”

L Carroll. Alice in WonderlandL Carroll. Alice in Wonderland

Indicadores: O que podem e não podem fazer

Os indicadores não podem:

Dar uma visão mais simples e focalizado de problemas complexos (ou seja, simplificar)

Os indicadores devem:

Informar sobre algo para qual não foramprojetados.

Recordando onde queremos chegarRecordando onde queremos chegar

"Esse é o efeito de trás para frente ', a rainhadisse gentilmente: “sempre se torna um pouco tontono início –”

"Viver de trás para frente !" Alice repetiucom grande espanto. "Eu nunca ouvi falar de tal coisa!"

“- mas há uma grande vantagem nisso, poisa memória funciona nos dois sentidos. "

"Tenho certeza que a minha só funcionaassim." Alice comentou. "Não me lembro dascoisas antes delas acontecerem."

"É uma espécie de memória pobre que sófunciona para trás", comentou a rainha.

"Esse é o efeito de trás para frente ', a rainhadisse gentilmente: “sempre se torna um pouco tontono início –”

"Viver de trás para frente !" Alice repetiucom grande espanto. "Eu nunca ouvi falar de tal coisa!"

“- mas há uma grande vantagem nisso, poisa memória funciona nos dois sentidos. "

"Tenho certeza que a minha só funcionaassim." Alice comentou. "Não me lembro dascoisas antes delas acontecerem."

"É uma espécie de memória pobre que sófunciona para trás", comentou a rainha.

L Carroll. Through the looking glassL Carroll. Through the looking glass

Indicadores: o que podem e não podem fazer

Os indicadores não podem:

Falar em uma língua que todos entendam (ouseja transmitir)

Os indicadores devem:

Evitar a necesidade de interpretar

‘Pelo contrário,' continuou TweedleDee, se era assim, ele poderá ser, e se fosse assim, seria; mas como não foi, não é. Isso élógica. "

‘Eu estava pensando,' Alice disse muito educadamente, qual é a melhor maneira de eu sair desta floresta.

L Carroll. Through the looking glass

TweedleDee e TweedleDum

FORÇAS MOTRIZES: representam as questões relativas ao modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade e que geram as atividades e fontes de poluição/degradação.

Exemplos: modelos de desenvolvimento econômico e tecnológico; crescimento populacional; distribuição de renda, nível de escolaridade, taxas de emprego, etc.

São os fatores que condicionam as características do ambiente e suas repercussões sobre a saúde, favorecendo a proliferação de atividades poluentes ou de grupos sociais e regiões mais ou menos vulneráveis.

As políticas de setores podem ter impactos importantes nasaúde,que frequentemente se analisam na forma separada.

Exemplo: políticas de transporte

As políticas de setores podem ter impactos importantes nasaúde,que frequentemente se analisam na forma separada.

Exemplo: políticas de transporte

ruidoruido

Contaminação do ar

Contaminação do ar

Inatividade física

Inatividade física

acidentesacidentes

Mudanças climáticasMudanças climáticas

PRESSÃO:

As características das principais fontes de pressão sobre o ambiente e populações, como emissões de poluentes, e estão associadas à ocupação e exploração do meio ambiente -desmatamento, crescimento urbano e a produção industrial que são fontes de poluição ou geram outros fatores diretos de degradação ambiental.

Os principais indicadores de pressão referem-se às informações quantitativas ou qualitativas das atividades, que são fontes de poluição e/ou degradação ambiental, como o uso de agrotóxicos em áreas rurais, as emissões poluidoras geradas no processo industrial, as emissões de gases tóxicos da combustão de veículos ou a falta de sistema de coleta e tratamento de esgotos em concentrações urbanas.

ESTADO:

refere-se aos níveis ambientais gerais que encontram-se em freqüente modificação, dependendo das pressões que recebem. Inclui não somente os riscos da poluição por fatores fisicos, quimicos e biológicos incluindo os riscos naturais, como as secas e os associados a atividades humanas como às enchentes, inundações.

EXPOSIÇÃO: envolve a relação direta entre o ambiente com determinados riscos e os grupos expostos. No caso de substâncias químicas, a exposição inclui a dose absorvida pelo organismo e pelos órgãos atingidos. Aqui o monitoramento ambiental e biológico desta exposição são medidas básicas para avaliar o quanto o indivíduo está sendo afetado.

EFEITOS À SAÚDE:

Os efeitos surgem ou manifestam-se quando alguém se submete a uma exposição. Os efeitos podem variar em função do tipo, magnitude e intensidade, dependendo do nível de risco, do nível de exposição, da situação de saúde da pessoa, idade, formação genética, etc. Também podem ser agudos ou crônicos

–Matriz de Desenvolvimento Meio Ambiente e Saúde -

Forças condutoras

Crescimento da população

Desenvolvimento econômico

Tecnologia

Pressões Produção Consumo Disposição dos resíduos

Estado Riscos naturais Disponibilidade de recursos

Níveis de poluição

Exposição Exposição externa Dose de absorção Dose orgânica alvo

Efeito Bem-estar Morbidade Mortalidade

Ação

Força Motriz

Crescimento urbano que não

atende ao PDOT

Sistema de mobilidade urbana

inadequado

Políticas de Saneamento e

ambiente inadequadas

Política de promoção da

saúde inadequada

Sistema educacional

desaparelhado

Modelo econômico excludente

Pressão Áreas verdes, APA e APM

invadidas.

Mais veículos particulares no plano piloto e

satélites

Sistemas de limpeza urbana e

drenagem sem investimentos

Prioridade para a assistência e recuperação

Escolas seminfra-estrutura e

professores

Baixo nível de renda da

população

Situação Solo impermeável e

erosão de encostas

Trânsito intenso e engarrafamentos.

Área urbana sem drenagem pluvial e sem limpeza de valas e bueiros

Unidades de saúde sem atividades de

promoção da saúde

Escolas de satélites sem

orientação sobre educação ambiental

Domicílios precários em áreas

de risco

ExposiçãoPop exposta a enxurradas, alagamentos em vias e

subsolos dos edifícios.População sem informação sobre

riscosPopulação exposta

a riscos de desmoronamento

Efeito Mortalidade e /ou incapacidades por acidentes e inundações

QUADRO C - O Modelo FPSEEA/OMS e os indicadores de saúde ambiental para o DF – Acidentes e inundações

Integração políticas econômicas e sociais% da pop.vivendo abaixo da linha de pobreza Baixo nível de renda da população

Priorizar escolas nas áreas rurais e novos assentamentos

Nº. de escolas/ R.A. Nº. de professores /R.A.

Escolas sem infra-estrutura e professores

Desenvolver programas de promoção da saúde

% de gastos em internações por acidentes - causas externas

Prioridade para a assistência e recuperação

Realizar investimento em sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais

% de recursos aplicados em limpeza urbana e manejo de águas pluviais /ano

Sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais sem investimentos

Ampliar as rotas e freqüência dos transportes públicos

Nº. de habitantes utilizando transporte público/ano Mais veículos particulares no plano piloto e satélites

Vigilância ambiental e recuperação de áreas verdes

Recuperação de matas ciliares

% de áreas verdes invadidas Áreas verdes, APA e APM invadidas.

Pressão

Integração políticas econômicas e sociaisÍndice de desenvolvimento humano - IDHProduto Interno Bruto - PIB

Modelo econômico excludente

Promover programas de educação ambientalCapacitar professores

% de investimentos em programas de educação ambiental

Sistema educacional desaparelhado

Implementar programas integrados com SSaúde , SEDUH, CAESB, SécDefesa Civil e sociedade civil

% de investimentos em promoção da saúde/anoNº. de programas de saúde ambiental intersetorais

Política de promoção da saúde inadequada

Implementar a gestão de limpeza urbana e manejo de águas pluviais.

Realizar o monitoramento das bacias hidrográficas do DF

Criar os Comitês de bacias hidrográficas

% de cobertura de coleta de lixoGeração de lixo per capita % de área urbana com rede de drenagem Nº. de Comitês de bacias ativos

Políticas de saneamento e de ambiente inadequadas

Desenvolver programas de mobilidade de pedestres

% da frota de veículo /tipo/ anoSistema de mobilidade urbana inadequado

Promover a gestão participativa para avaliação do PDOT

Nº. de invasões e loteamento clandestinos Densidade demográfica /R.A.

Crescimento urbano que não atende ao PDOT

Força motriz

AçãoIndicadorCausa

Indicadores de saúde ambiental e ações propostas – Acidentes e Inundações Indicadores de saúde ambiental e ações propostas – Acidentes e Inundações

Indicadores de saúde ambiental e ações propostas – Acidentes e Inundações Indicadores de saúde ambiental e ações propostas – Acidentes e Inundações

Tratamento Taxa de mortalidade por acidentes Nº. de desabrigados/ano Proporção de internações hospitalares por causas

externas (acidentes)

Mortalidade e /ou incapacidades por acidentes e desastres

Efeito

Intensificar a fiscalização de domicílios em áreas de risco

População exposta a riscos de desmoronamento

Intensificar programas de comunicação de riscos em épocas de chuva

% de pop. vivendo em áreas de riscos de desmoronamento

Nº. de moradores desabrigados

População sem informação sobre riscos

Promover a limpeza de bueiros, bocas de lobo e canais de drenagem.

Fiscalizar as alternativas para escoamento de águas pluviais em condomínios de edifícios

Nº. de ocorrências de alagamentos e desabamentos/ R.A. /ano

% de pop. vivendo próxima a locais de deslizamentos e inundações

Pop exposta a alagamentos em vias e subsolos dos edifícios

Exposição

Implementar programas de melhoria de habitação

Nº. de domicílios em área de risco/ R.A. Domicílios precários em áreas de risco

Implementar ações de educação ambientalNº. de escolas com programa de educação ambientalEscolas de satélites sem orientação sobre educação ambiental

Implementar ações de promoção da saúde e saúde ambiental

Nº. de Unidades de saúde com setor de saúde ambiental /R.A.

Unidades de saúde sem atividades de promoção da saúde

Realizar Investimento em sistemas de limpeza urbana e manejo de águas pluviais

% de área urbana sem rede de drenagem Área urbana sem drenagem pluvial e sem limpeza de valas e bueiros

Desenvolver programas de orientação no trânsito

Nº. de ocorrências /ano km de trechos de tráfego engarrafadosFrota de veículos nas R.A./ano

Trânsito intenso e engarrafamentos

Desenvolver programas de recuperação de encostas

Intensificar a vigilância das áreas de risco

% de áreas assoreadas Solo impermeável e erosão de encostas

Situação

AçãoIndicadorCausa

• Quem quer que deseje fazer uma investigação médica adequadamenteconsiderar (…) com o maior cuidado de onde tem que ir os nativos para buscar água, se usam águas pantanosas, suaves, ou que são duras e vem de lugares altos e rochosos, ou são salobras e ásperas. Também o solo, se é plano e seco, ou de bosque e de águas abundantes.

• "Sobre os ares, águas e lugares"Hipócrates (400.a.C)

• Quem quer que deseje fazer uma investigação médica adequadamenteconsiderar (…) com o maior cuidado de onde tem que ir os nativos para buscar água, se usam águas pantanosas, suaves, ou que são duras e vem de lugares altos e rochosos, ou são salobras e ásperas. Também o solo, se é plano e seco, ou de bosque e de águas abundantes.

• "Sobre os ares, águas e lugares"Hipócrates (400.a.C)

INDICADORES DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Albertino A. Maciel (1), Cicero Góes Jr.(1), Jacira Cancio (2) , Mara Lúcia Oliveira (1), Silvano Costa (1)

RESUMO

Este documento apresenta o processo de formulação de indicadores de vigilância ambientaldiscutidos em congressos, seminários e oficinas de trabalho, com o objetivo de definir osindicadores básicos que deverão orientar a prática da vigilância, auxiliando na formulação dediagnósticos e instrumentalizando o Sistema de Informação em Vigilância Ambiental, nosdiferentes níveis de gestão. Este artigo apresenta o modelo proposto pela Organização Mundial daSaúde – OMS para formulação de indicadores, onde é utilizada uma matriz de causa-efeito.Também é apresentado um elenco das principais características inerentes aos indicadores.

Palavras-chaves: Indicadores, Indicadores de Vigilância Ambiental, Indicadores de SaúdeAmbiental

SUMMARY

This document presents the formulation process of the environmental surveillance indicators whichwere discussed in congresses, seminars and workshops, with the objective of defining the basicindicators which will orient the surveillance practice, helping on the diagnosis formulation andimplementing the Environmental Surveillance Information System, at the different levels ofmanagement. This article presents the proposed model by World Health Organization – WHO forthe formulation of indicators, where a matrix of cause-effect is used. In addition, it is presented alist of the main characteristics which are inherent to the indicators.

Key-words: Indicators, Indicators for Environmental Surveillance, Indicators forEnvironmental Health

* Texto elaborado pela Coordenação de Vigilância Ambiental - COVAM/CENEPI/FUNASA (1) em conjunto com a Representação no Brasil da OPAS/OMS (2)

APRESENTAÇÃO

Este documento descreve o processo históricoe atual de construção e definição dosindicadores de vigilância ambiental, devendoser o primeiro de uma série de textos a seremdivulgados para apresentação dos indicadoresda área, constituindo o marco teórico para aformulação dos mesmos.

O texto pretende, além de disseminar ainformação, socializa-la, submetendo-a àapreciação e críticas dos profissionais queatuam na área de vigilância ambiental, sejanas instituições prestadoras de serviçosquanto nas de ensino e pesquisa, para quepossam contribuir na construção dosindicadores a serem utilizados nacionalmente.

Os objetivos deste documento, são:• Apresentar a metodologia empregada

para elaboração dos indicadores devigilância ambiental, definidos para cadauma das áreas programáticas: vigilânciada qualidade da água para consumohumano, contaminantes ambientais,fatores biológicos e desastres naturais eacidentes com produtos perigosos;

• Promover a construção coletiva dosindicadores.

1. INTRODUÇÃO

Considera-se a vigilância ambiental como oprocesso contínuo de coleta de dados eanálise de informação sobre saúde eambiente, com o intuito de orientar aexecução de ações de controle de fatoresambientais que interferem na saúde econtribuem para a ocorrência de doenças eagravos. Contempla as ações executadas pelosetor saúde e também ações de outros setorespromovidas e articuladas com setor saúde.

A estruturação da vigilância ambiental é umaresposta do setor saúde ao movimentomundial em que todas as atividades humanasse associam em busca do desenvolvimentosustentável. O setor saúde passa a ter uminterlocutor natural junto aos outros setores,

estabelecendo um inter-relacionamento entrequestões de desenvolvimento, ambiente esaúde, buscando dar respostas para oatendimento das necessidades e para amelhoria da qualidade de vida daspopulações.

Uma abordagem baseada em uma gestãoparticipativa, na ação intersetorial para asaúde e na ênfase no nível local, necessita deestratégias e mecanismos integradores parapromover uma melhor articulação ecoordenação em todas as instânciasgovernamentais. Existe um consenso de que asaúde tem uma responsabilidade edesempenha um papel chave pois podeassegurar que as políticas e estratégias dosvários setores e entidades contribuampositivamente para a proteção e promoção dasaúde.

No âmbito da saúde ambiental, o setor saúdetem papéis específicos que são atribuídos àvigilância ambiental. De acordo com a OMS,são eles:• monitorar as condições de saúde e

ambiente, assegurando a descentralizaçãodas ações e as prioridades locais;

• utilizar indicadores que relacionem saúdee condições de vida, produzindoestimativas da contribuição de diferentesfatores ambientais e sócio-econômicospara problemas de saúde;

• analisar as necessidades e exigências paraa saúde nos vários setores dodesenvolvimento, tais como habitação,agricultura, ocupação urbana, mineração,transporte e indústria;

• formular políticas de vigilância ambientalem parceria com setores afins;

• promover a ênfase nas questões de saúdee ambiente, junto às agências,organizações públicas e privadas, ecomunidades, em todos os níveis, parainclusão nos seus trabalhos, planos eprogramas das questões referentes avigilância ambiental;

• apoiar as iniciativas locais e regionais deestruturação da vigilância ambiental nosserviços de saúde;

• apoiar a execução de pesquisas visando amelhor compreensão, avaliação egerenciamento de riscos ambientais;

• subsidiar as políticas e o planejamento, aavaliação e o desenvolvimento derecursos humanos e institucionais; naárea de vigilância ambiental, nosdiferentes níveis de gestão.

Para que o setor saúde assuma estasresponsabilidades, existe a necessidade dainformação tanto por parte dos gestores,quanto pela população. Ela tem importânciapara a identificação e priorização dosproblemas existentes, para o desenvolvimentoe avaliação das políticas e ações a seremimplementadas; para o estabelecimento eavaliação de parâmetros e diretrizes, e para odirecionamento das pesquisas edesenvolvimento de novas iniciativas.

A FUNASA, órgão da estrutura do Ministérioda Saúde, criou em 1999, como parte daestrutura do CENEPI, a Coordenação deVigilância Ambiental - COVAM, com afinalidade de coordenar, implementar eacompanhar o desenvolvimento das ações devigilância ambiental. Surgiu a partir daproposta de estruturação da Vigilância emSaúde, que levou a Fundação a desenvolverum Projeto de Estruturação do SistemaNacional de Vigilância em Saúde –VIGISUS, que está em fase de implantaçãono país.

O Sistema de Vigilância Ambiental englobaas áreas de vigilância da qualidade da águapara consumo humano, vigilância e controlede fatores biológicos, contaminantesambientais e as questões de saúderelacionadas aos desastres e acidentes comprodutos perigosos.

O seu Sistema de Informação devepossibilitar a esta vigilância a coleta de dadose a agregação dos mesmos em informaçõescomplexas que formarão os indicadores. Osindicadores representam mais do que osdados em que são baseados. Trata-se de umaferramenta fundamental para os gestores,melhorando e desenvolvendo políticas,fornecendo informações de maneira maissimples e de fácil entendimento e

possibilitando o intercâmbio das informaçõesentre os diversos setores e atores atuantes.

2. OS INDICADORES PARA O SISTEMADE VIGILÂNCIA AMBIENTAL

Como estabelecer os nexos entre os fatoresambientais e a saúde da população? Comoidentificar com praticidade e precisão, aocorrência de riscos à saúde a partir de dadoscoletados junto às populações?

Os indicadores podem ser a expressão donexo entre a saúde e o ambiente e seremexpressos de forma a facilitar a interpretaçãodos problemas para uma tomada de decisãoefetiva e eficaz.

O indicador é definido como um valoragregado a partir de dados e estatísticas,transformados em informação para o usodireto dos gestores. Deste modo, osindicadores podem contribuir para aprimoraro gerenciamento e a implementação depolíticas.

Os indicadores permitem dar um valoragregado aos dados, convertendo ainformação para uso direto. Como exemplode indicador sobre poluição do ar, temos: asmedições de qualidade ambiental fornecemdados primários (como o nível de poluição doar por hora). Tais dados, ao serem agregadose resumidos produzem estatísticas (porexemplo, níveis médios de poluição do ar acada 24 horas). As estatísticas são entãoanalisadas e reapresentadas em forma deindicadores (número de dias em que ospadrões de qualidade do ar foram excedidos).

Por princípio, os indicadores devem serapropriados para diferentes usuários e estarbaseados no reconhecimento de quediferentes decisões e questões requeremdistintos tipos e níveis de indicadores.

Os indicadores servem para orientar a prática,formulando evidências para o diagnóstico e,também, instrumentalizando o sistema deinformação de vigilância ambiental. Éimportante que a informação obtida sejaapresentada aos gestores e público em geral,de forma útil e direta, por se tratar de riscos

ambientais que podem causar um possíveldano a saúde.

Algumas características devem serconsideradas na seleção dos indicadores. Elasestão apresentadas no Figura 1, transcrito dedocumento da OMS1, as quais apontamosresumidamente a seguir:• devem ser os mais específicos possíveis à

questão tratada;

• devem ser sensíveis a mudançasespecíficas nas condições de interesse;

• devem ser cientificamente confiáveis, serimparciais e representativo das condiçõesde interesse;

• e, finalmente, devem propiciar o máximode benefício e utilidade.

Figura 1

CRITÉRIOS PARA INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTALDevem ser:

De aplicabilidade geral:

a diretamente relacionados a uma questão específica de interesse da saúde ambiental;b baseados em uma associação conhecida entre ambiente e saúde;c relacionados a condições ambientais e/ou de saúde que são passíveis de controle;d sensíveis a mudanças nas condições de interesse.

Cientificamente sólidos:

e imparciais e representativos das condições de interesse;f cientificamente confiáveis para que sua confiabilidade ou validade não sejam postas em

dúvida;g baseados em dados de qualidade conhecida e aceitável;h resistentes e não vulneráveis a pequenas mudanças na metodologia / escala usada para sua

construção;i consistentes e comparáveis, independentemente de tempo e espaço.

Aplicáveis pelos usuários:

j baseados em dados que estejam disponíveis a um custo-benefício aceitável;k facilmente compreensíveis e aplicáveis por usuários potenciais;l aceitáveis pelos interessados;m disponíveis logo após o evento ou período ao qual está relacionado (para não atrasar as

decisões políticas).

Fonte: Indicadores para o estabelecimento de políticas e a tomada de decisão em saúde ambiental, OMS (mimeo)

3. HISTÓRICO DO PROCESSO DEDEFINIÇÃO DOS INDICADORES

Para a definição dos indicadores de vigilânciaambiental optou-se por aplicar o modeloproposto pela OMS no desenvolvimento deindicadores de saúde ambiental, apresentadono documento “Indicadores paraestabelecimentos de políticas e a tomada dedecisão em saúde ambiental”(mimeo).

A metodologia utilizada é a proposta pelaOMS, que adaptou a terminologia para aanálise de causa e efeito das relações entresaúde e ambiente. Esse modelo analisa seisdiferentes níveis de causalidade, efeitos eações. Esta estrutura baseia-se noentendimento cientifico de causas, efeitos efatores de risco.

A discussão sobre indicadores voltados para avigilância ambiental tem ocorrido emdiferentes fóruns e momentos, contando coma participação de profissionais de diversasinstituições públicas e ONGs.

Inicialmente ela se deu no âmbito daFundação Nacional de Saúde, envolvendodesde o início a Organização Pan-Americanada Saúde /Organização Mundial da Saúde(OPAS/OMS). A partir daí, ampliou-se odebate envolvendo os outros setores,promovendo Oficinas de Trabalho paradiscussão de propostas de indicadores devigilância ambiental, apresentando ametodologia a ser empregada e iniciando adefinição dos indicadores. As Oficinasocorreram no Rio de Janeiro, em agosto/98,durante o IV Congresso Brasileiro deEpidemiologia – EPIRIO – 98; no EspiritoSanto, em agosto/98, no Encontro deZoonoses; em Brasília, em abril/1999, naOficina de Trabalho sobre a Proposta deEstruturação da Qualidade da Água de

Consumo Humano no Nível Federal e apoio aEstruturação nos Estados e Municípios; e noRio de Janeiro, em maio/99, no XXCongresso Brasileiro de Engenharia Sanitária– ABES/992.4. METODOLOGIA DA OMS PARADESENVOLVIMENTO DOS INDICADORES

A opção por utilizar o modelo proposto pelaOMS, parte da necessidade de escolha deuma metodologia, e considera que esta podeser aplicada em diferentes níveis (desde onacional até o local), estabelecendo muitasconexões causais e demonstrando acomplexidade na relação causa-efeito.Também permite observar as váriasinterações que ocorrem em diferentes níveis eem componentes diversos.

A Tabela 1 mostra a relação dos múltiplosvínculos entre situações de exposição dohomem e condições de doença e saúde queelas podem causar.

O modelo proposto é uma adaptação daestrutura de Pressão-Situação-Respostadesenvolvida pela Organização para aCooperação Econômica e o Desenvolvimento- OECD, a qual baseou-se num trabalhorealizado pelo Governo do Canadá.A estrutura de causa-efeito (Forças Motriz,Pressão, Situação, Exposição, Efeito, Ações)é o modelo através do qual as forçasmotrizes geram pressões que modificam asituação do ambiente e, em última análise, asaúde humana, por meio das diversas formasde exposição, onde as pessoas entram emcontato com o meio ambiente, causando osefeitos na saúde. Várias ações podem serdesenvolvidas em diferentes pontos dacadeia, assumindo diversas formas, comomostrado na Figura 2.

TABELA 1Relação potencial entre situações de exposição e as condições de saúde

Situação de exposição

Condições deSaúde Poluição do

ar

Excreta eresíduosdomésticos

Poluição daágua oudeficiênciasnogerenciamento da água

Poluiçãodosalimentos

Habitaçãoinsalubre

Mudançasclimáticasglobais

Infecçõesrespiratórias agudas • •Doenças diarreicas • • • •Outras infecções • • • •Malária e outrasdoenças transmitidaspor vetores

• • • •

Agravos eintoxicações • • • • •Condições de saúdemental •Doençascardiovasculares • •Câncer • • •Doenças crônicorespiratórias • •

Fonte: baseado em dados da OMS 1995. In: Indicadores para o estabelecimento de políticas e atomada de decisão em saúde ambiental, OMS (mimeo)

A Figura 2 exemplifica a estrutura proposta.

FIGURA 2: Cadeia Desenvolvimento-Meio Ambiente-Saúde

Fonte: Indicadores para o estabelecimento de políticas e a tomada de decisão em saúde ambiental, OMS (mimeo)

Força Crescimento Desenvolvimento TecnologiaMotriz da População Econômico

Pressões Produção Consumo Disposição de resíduos

Situação Riscos Disponibilidade Níveis de naturais de recursos Poluição

Exposição Exposição Dose de Dose orgânica externa Absorção Alvo

Efeito Bem-Estar Morbidade Mortalidade

Ação

Uma vez identificadas as causas pode-sedefinir os indicadores dentro desta estrutura,correspondentes aos diferentes componentes,inclusive os indicadores relacionados àsações.

É importante apresentar os conceitos básicosrelacionados a cada um dos elementos (oucomponentes) da estrutura.

Força motriz

São os fatores que influenciam, em escalaampla e macro, os vários processosambientais que podem afetar a saúde humana.Esses fatores estabelecem vínculos fracos emenos diretos entre os riscos ambientais eefeitos reais de saúde .Podem ser dados comoexemplos de forças motrizes: o crescimentoda população, desenvolvimento econômico, odesenvolvimento tecnológico, a pobreza e arapidez da industrialização e urbanização.

Pressões

As pressões são conseqüências das diversasforças motrizes e são fatores que influenciamem uma escala ampla e que apresentamvínculos indiretos entre os riscos ambientais eefeitos reais de saúde das populações. Essaspressões são geradas pelas diferentesatividades econômicas como: indústria,agricultura, transporte e energia. Em todas asatividades humanas podem surgir pressõessobre o meio ambiente e a saúde. Comoexemplo de pressões temos: produção,consumo, disposição de resíduos.

Situação

As mudanças do meio ambiente podem sercomplexas e amplas e podem terconseqüências em escala local, regional,estadual e nacional. São decorrentes daspressões e podem representar um aumento nafreqüência e magnitude do risco natural; osrecursos naturais podem ser negativamenteafetados, seja a qualidade do ar, da água e dosolo, devido a poluição. Podem ocorrermodificações secundárias: uma mudançapode afetar outras áreas. Cada instância podegerar novos riscos para a saúde, porém nemtodos os aspectos do ambiente podeminfluenciar a saúde, nem se conhecer com

clareza a relação com a saúde. Tome-se comoexemplo de situação: riscos naturais,disponibilidade de recursos, níveis depoluição.

Exposição

A exposição é a condição indispensável paraque a saúde individual ou coletiva sejamafetadas pelas condições adversas do meioambiente. Muitos fatores determinam se umindivíduo será exposto, como: a poluição domeio, quantidade de poluentes, tempo depermanência em ambientes contaminados,bem como a forma de contato. Estes fatoresestabelecem vínculos fortes e diretos entre osriscos ambientais e os efeitos reais de novosriscos para a saúde. Como exemplo, podemoscitar: exposição externa, dose de absorção,dose orgânica.

Efeitos

Os efeitos sobre a saúde podem se manifestarquando alguém se submete a uma exposição.Os efeitos podem variar em função do tipo,magnitude e intensidade, dependendo donível de risco, do nível de exposição, dasituação de saúde da pessoa, idade eformação genética, etc. Também podem seragudos ou crônicos. Podem ocorrer diferentesrelações de efeito/exposição para diferentessubconjuntos da população; podem serpequenos e devem ser diferenciados dosefeitos de outros fatores. Exemplos deefeitos: intoxicação, envenenamento, bem-estar, morbidade, mortalidade.

Ações

A ações podem ser de curto prazo e de caráterreparador, outras a longo prazo e preventivas.

Diversas ações podem ser tomadas, baseadasna natureza dos riscos, sua receptividade aocontrole e da percepção pública dos riscos.As ações podem ser implementadas emdiferentes níveis de gestão, como porexemplo, em nível das forças motrizes, daspressões, da situação, de exposição ou dosverdadeiros efeitos sobre a saúde.

5. ASPECTOS IMPORTANTES ACONSIDERAR

É importante enfatizar que os indicadores aserem definidos, devem ser de uso comum egeral, essenciais e aplicáveis no SistemaNacional de Vigilância Ambiental. Tambémnão se pretende esgotar o tema e simsubsidiar a definição de um elenco mínimo deindicadores comuns a todos os níveis.

Para construção dos indicadores, algunsaspectos podem ser considerados parafacilitar a sua formulação, entre eles:

- Estabelecimento do problema/questão

A definição dos indicadores deve levar emconsideração o problema ou a questão a serabordada, a partir do uso do indicador e dointeresse do usuário. Podemos citar algunsaspectos a serem considerados: o riscoambiental específico (tal como poluição do arinterno - indoor), o local onde ocorre aexposição (tal como, uma casa, uma fábrica,uma cidade), o resultado específico de saúde(tal como pneumonia infantil), uma políticaou uma ação específica (tal como programade melhoria dos aparelhos de arcondicionado), ou uma força condutoraadjacente (tal como pobreza).

- Governabilidade

Na cadeia desenvolvimento-meio ambiente-saúde para a construção da matriz daestrutura de causa-efeito, tendo em vista adefinição dos indicadores de vigilânciaambiental, é importante observar se oscomponentes de exposição e efeitos estãodiretamente relacionados ao setor saúde, ouseja, as causas apontadas apresentam vínculosfortes e diretos com este setor.

- Doença ou agravo

A vigilância ambiental deve ter um enfoqueprioritário no risco ambiental, cujo conceitoestá relacionado com a causa. Novos critériosdevem ser estabelecidos para que possamosadotar uma posição e elaborar conclusõespertinentes em relação a situações reais e aodesenvolvimento das atividades humanas. Adefinição de procedimentos para a Avaliação

de Impacto Ambiental na Saúde poderá serimportante na elucidação de difíceisproblemas ligados a contaminação,degradação das condições ambientais e devida, bem como evidências incertas doimpacto a saúde e ao ambiente.

Nesse sentido, o conhecimento das condiçõesambientais locais ou regionais e dasatividades sócio-econômicas são de extremarelevância para o estabelecimento de medidasde prevenção aos agravos e a eliminação dosriscos potenciais e existentes.

Os mecanismos pelos quais os “efeitos”causados por exposições ambientais semanifestam demandam a consideração demuitos fatores diferentes.

- Fonte de Informação

É necessário definir, de forma bastante clara,quais os dados necessários em relação a cadaindicador, assim como a fonte de dados a seridentificada.

A falta de dados a nível local, ou os dadosdisponíveis sobre condições do meioambiente e de saúde, podem estar disponíveisem diferentes níveis de resolução, tornandodifícil a criação de vínculos entre ascondições ambientais e as condições desaúde, ou a identificação de grupos de risco.Os dados podem estar disponíveis paraperíodos ou intervalos de tempo inadequados,e podem ser insuficientes para determinartendências espaciais ou temporais.

Na maioria das vezes, as fontes deinformação se encontram fora do setor saúde.Isto inclui informações de rotina coletadaspor diferentes órgãos governamentais,universidades e organizações de pesquisas,setor privado, ONG’s e prestadores deserviços.

- Alianças

O trabalho inter-setorial e inter-institucionaldeve ser empreendido baseado na integraçãodo setor saúde com diferentes instituições. Osdados e informações produzidos pelas áreasdo setor saúde, (tais como os da vigilânciaepidemiológica, toxicologia, vigilânciasanitária), os do meio ambiente, da

agricultura, por exemplo, devem serutilizados na obtenção geral do entendimentoe na compreensão das relações da saúde e domeio ambiente.

As ações integradas do setor saúde com asdemais instituições e entidades, é que devepropiciar e garantir o êxito na definição dosindicadores, na organização do Sistema deInformação de Vigilância Ambiental e, emúlitma análise, do Sistema de VigilânciaAmbiental.

6. DEFINIÇÃO DOS INDICADORES

A vigilância ambiental está organizadasegundo os componentes de: Vigilância deQualidade da Água de Consumo Humano;Contaminantes Ambientais na água, no ar eno solo; Controle dos Fatores Biológicos;Desastres Naturais e Acidentes com ProdutosPerigosos.

Serão definidos indicadores que vão subsidiaras ações dos componentes citados, tendo sidoiniciadas as discussões dos indicadores dasáreas programáticas de Fatores Biológicos, deÁgua para Consumo Humano e deContaminantes Ambientais, com ênfase emVetores, Água de Consumo e Contaminaçãopor Mercúrio e Agrotóxicos.

Os indicadores serão qualificados definindo,os conceitos, métodos de cálculo, fontes deinformação, etc.

7. COMENTÁRIOS FINAIS

Para lidar com os novos desafios sãonecessárias novas formas que se baseiem emmecanismos integrados, dentro de uma visãoholística, visto que os problemas têm setornado cada vez mais complexos eabrangentes. Os efeitos sobre a saúderelacionados ao meio ambiente se

transformam cada vez mais em umapreocupação maior, que nos leva a uma novareflexão e necessidade de informaçõesmelhoradas, que dêem suporte a uma novaforma de pensar e abordar os problemas.

As ações na área de vigilância ambiental, nasaúde, requerem uma compreensão ampla dasquestões ambiental e epidemiológica.

Este texto apresenta a metodologia, osconceitos e relata o processo dedesenvolvimento dos indicadores devigilância ambiental, contribuindo para omelhor entendimento e facilitando ointercâmbio entre os profissionais que atuamna área.

Os indicadores de cada uma das áreasprogramáticas serão apresentados em textossubsequentes, de modo a construir umsistema nacional considerando as críticas,sugestões e contribuições aportadas.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA

SAÚDE, Indicadores para o estabelecimento

de políticas e a tomada de decisão em saúde

ambiental, 1998, Genebra (mimeo).

2. Fundação Nacional de Saúde - Indicadores

de Saúde e Ambiente, Relatório da Oficina de

Trabalho realizada durante o IV Congresso

Brasileiro de Epidemiologia - EPIRIO/98.

Informe Epidemiológico do SUS, 1998; Ano

VII No. 2 Abr/Jun/98: 45-53.

Força Motriz

Crescimento urbano que não

atende ao PDOT

Sistema de mobilidade urbana

inadequado

Políticas de Saneamento e

ambiente inadequadas

Política de promoção da

saúde inadequada

Sistema educacional

desaparelhado

Modelo econômico excludente

Pressão Áreas verdes, APA e APM

invadidas.

Mais veículos particulares no plano piloto e

satélites

Sistemas de limpeza urbana e

drenagem sem investimentos

Prioridade para a assistência e recuperação

Escolas seminfra-estrutura e

professores

Baixo nível de renda da

população

Situação Solo impermeável e

erosão de encostas

Trânsito intenso e engarrafamentos.

Área urbana sem drenagem pluvial e sem limpeza de valas e bueiros

Unidades de saúde sem atividades de

promoção da saúde

Escolas de satélites sem

orientação sobre educação ambiental

Domicílios precários em áreas

de risco

ExposiçãoPop exposta a enxurradas, alagamentos em vias e

subsolos dos edifícios.População sem informação sobre

riscosPopulação exposta

a riscos de desmoronamento

Efeito Mortalidade e /ou incapacidades por acidentes e inundações

QUADRO C - O Modelo FPSEEA/OMS e os indicadores de saúde ambiental para o DF – Acidentes e inundações


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