Usualmente a análise dos dados de mortalidade na população baseia-se
na enumeração total de sua ocorrência e na distribuição pelas
características demográficas e epidemiológicas
Essas frequências são expressas desde a forma mais simples (os números
absolutos), até a mais elaborada, como valores relativos:
- Razões
- Proporções
- Taxas
- Índices
A frequência absoluta de óbitos segundo a causa. pode ajudar, por
exemplo, no planejamento de leitos de determinada especialidade. No
entanto, para estimar a intensidade da força e a velocidade com que
ocorrem os óbitos é necessário utilizar as taxas.
Algumas dessas medidas-resumo são chamadas de indicadores de saúde
e refletem dimensões do estado de saúde da população.
Os indicadores podem ser classificados em :
Gerais (Globais) – não há especificação além do tempo e
do espaço, como no caso da taxa de mortalidade geral
Específicos – que apresentam alguma especificação no
numerador, denominador ou em ambos, que pode ser
sexo, idade, causa de morte, etc.
Proporção
É uma razão em que o numerador está contido no
denominador. Mede a participação relativa de uma
parte em relação ao todo ou freqüência relativa de
uma parte em relação ao conjunto.
a
a + b
a
b
nº óbitos D.
Infecciosas
total de óbitos
3,84 %X 100=10.409
270.367=
Mortalidade proporcional por doenças infecciosas,
Estado de São Paulo, 2011
Razão de Mortalidade Proporcional ou
Indicador de Swaroop-Uemura
- Varia teoricamente de 0% a 100%
- Em países desenvolvidos, com baixa mortalidade infantil e de jovens,
tende a se aproximar de 100%.
- Quanto pior o nível de saúde, o valor tende a ser menor, indicando
grande proporção de óbitos precoces
- Com a maior expectativa de vida das populações, tem sido considerado a
proporção de óbitos com 75 anos e mais.
Taxa
E = evento (nascimento, óbito, doença)
P = população exposta
t = tempo de observação
E
P . t
Em análises epidemiológicas ou administrativas são usadas frequentemente
as taxas, que são a relação (quociente) entre dois valores numéricos,
expressando a frequência com que ocorre um evento em uma população
definida.
É usual multiplicar-se o resultado por uma base conveniente (100, 1.000,
10.000 ou 100.000), a qual deve ser acrescentada a unidade do
denominador (habitantes, homens, mulheres, nascidos vivos, casos)
6,5 por 1.000 hab.=
Taxa de mortalidade geral
nº de óbitosTaxa =pop. ½ período
X 100041.587.182
270.367=
Número de óbitos do ESP em 2011 = 270.367
População do ESP em 1º de julho de 2011 = 41.587.182 hab.
16,1 por 10.000 hab. de 20 a 29 anos=
Taxa de mortalidade específica por idade
nº de óbitosTaxa =pop. ½ período
X 10.00034.955.804
56.536=
Número de óbitos da pop. De 20 a 29 anos, Brasil, em 2012
= 56.536
População de 20 a 29 anos, Brasil, em 1º de julho de 2012
= 34.955.804 hab.
Taxa de mortalidade infantil
X 1.000
nº de óbitos menores de 1 ano
nº de nascidos vivos
Em determinado local e ano
Taxa de mortalidade infantil –Estado de São Paulo 2015
X 10006.743
632.407= 10,7%0 nv
Número de óbitos menores de um ano no ESP 2015 =6.743
Número de Nascidos Vivos ESP 2015 = 632.407
A taxa de mortalidade infantil apresenta dois componentes:
• taxa de mortalidade neonatal
• taxa de mortalidade pós-neonatal.
A taxa de mortalidade neonatal é influenciada pelas condições da gestação (idade materna,
paridade, presença de doenças maternas) e pelo acesso e qualidade da assistência pré-natal,
ao parto e ao recém nascido. Neste componente predominam as causas de morte como as
afecções perinatais (asfixia ao nascer, prematuridade, etc) e as malformações congênitas.
A taxa de mortalidade neonatal é calculada por:
X 1000nº de óbitos menores de 28 dias
nº de nascidos vivos
TMN =determinado local e ano
A taxa de mortalidade pós neonatal é influenciada pelas condições de vida e pelo acesso
aos serviços de saúde. Neste componente predominam as doenças infecciosas e as
pneumonias que estão associadas as condições de vida, tais como saneamento e condições
de moradia.
A taxa de mortalidade pós neonatal ou tardia é expressa por:
X 1000
nº de óbitos 28 dias a < 1 ano
nº de nascidos vivos
TMPN =
determinado local e ano
UNICEF/WHO Child Mortality-Levels and trends,2012
**RIPSA
*Per 1.000nascidos vivos
Tabela1-Taxa de mortalidade infantil em alguns países, 2011
País TMI
Japão 2
EUA 6
França 3
Cuba 5
Chile 8
Argentina 13
México 13
China 13
Brasil 13
Índia 47
Haiti 53
Moçambique 72
Afeganistão 73
Angola 96
0
50
100
150
200
250
0 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos e mais
Taxa de Mortalidade Específica por Diabete Melito, porgrupo etário, Brasil, 2011
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE.
Nota: Por 100 mil hab.
Taxa de Mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre,
segundo Faixa Etária e Tipo de Usuário do Sistema Viário,
Brasil, 2008
Fonte: Ministério da Saúde/SVS. Saúde Brasil 2009.
Pedestre
Ocupante de Veículo
Motociclista
Sistema de Informação de
Mortalidade - SIM
- No Brasil, em 1976, o Ministério da Saúde adotou uma Declaração de
Óbito padronizada para todo o território nacional.
- Segue o modelo internacional na parte relativa às causas de morte
Esse documento alimenta o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM
Os dados informados na DO alimentam as estatísticas nacionais oficiais
sobre o perfil de morte no Brasil.
A partir das informações extraídas das DOs são definidas grande parte das
prioridades que compõem as políticas públicas em saúde.