CREMERS
Homenagem à ética e
à história da medicinagaúcha
Professor César Ribeiro da Costa recebe a Comenda do Mérito
Médico/2006
Ano 4 | nº 37 | Outubro/2006 | Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul
Médicos com mais de 50 anos de atividade são homenageados
pelo Cremers
• Cremers promove reunião dos Conselhos das regiões Sul e Sudeste
INFORMATIVO
outubro/20062 CREMERSINFORMATIVO
Presidente: Luiz Augusto PereiraVice-presidente: Fernando Weber Matos
1o Secretário: Joaquim José Xavier2o Secretário: Flávio Job
Tesoureiro: Marco Antônio BeckerCorregedor: Martinho Álvares da Silva
Conselheiros Antônio Celso Koehler Ayub | Carlos Antônio Mascia Gottschall
Céo Paranhos de Lima | Cláudio Balduíno Souto FranzenErcio Amaro de Oliveira Filho | Fernando Weber da Silva Matos
Flávio José Mombrú Job | Isaias Levy | Ismael MaguilnikIvan de Mello Chemale | João Pedro Escobar Marques Pereira
Joaquim José Xavier | José de Jesus Peixoto Camargo José Pio Rodrigues Furtado | Luiz Augusto Pereira
Marco Antônio Becker | Marineide Melo RochaMartinho Álvares da Silva | Newton Barros
Regis de Freitas Porto | Rogério Wolf de Aguiar Alberi Nascimento Grando | Cláudio André Klein Cléber Ribeiro Álvares da Silva | Douglas Pedroso
Enio Rotta | Euclides Viríssimo Santos Pires Fernando Antônio Lucchese | Geraldo Druck Sant’Anna
Ibrahim El Ammar | Iseu Milman Izaias Ortiz Pinto | Jefferson Pedro Piva
José Pedro Lauda | Luciano Bauer Gröhs Magno José Spadari | Marco Antônio Oliveira de Azevedo Maria Lúcia da Rocha Oppermann | Mário Antônio Fedrizzi
Moacir Assein Arús | Silvio Pereira Coelho | Tomaz Barbosa Isolan
O Informativo Cremers é uma publicação doConselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul
Av. Princesa Isabel, 921 CEP 90620-001 – Porto Alegre/RSFone (51) 3219.7544 Fax (51) 3217.1968
E-mail: [email protected] – www.cremers.com.br
Conselho EditorialLuiz Augusto Pereira, Fernando Weber da Silva Matos,
Joaquim José Xavier, Flávio Job e Marco Antônio BeckerRedação: W/COMM Comunicação
Jornalista Responsável: Ilgo Wink – Mat. 2556Repórter: Viviane Schwäger – Reg. 10233
Estagiário: Luis Felipe dos SantosRevisão: Raul Rubenich
Fotos: W/COMM Comunicação
Projeto e Produção Gráfica Stampa Design
Direção: Eliane CasassolaEditoração: Leandro Camiña
CTI: Ana Paula AlmeidaIlustrações: Leandro CamiñaRevisão: Lucia Helena Righi
(51) 3023.4866 [email protected]
Tiragem: 30.000 exemplares
CREMERSINFORMATIVO
A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lopara fins de publicação. Maté rias as sinadas não expressam necessariamente a opinião da Diretoria do Cremers. O conteúdo do Informativo Cremers po de ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.
O Conselho Federal de Medicina e o Cremers ele-
gem seus quadros diretivos no início de 2007, nos
meses de março e janeiro, respectivamente. O atual
regimento interno do Cremers, aprovado em sessão
plenária do CFM em maio deste ano, estabelece que o
mandato da diretoria é de 20 meses, vedada a reelei-
ção ao mesmo cargo. A medida foi decidida pelo ple-
nário do Cremers por unanimidade em 2003, no início
da atual gestão dos conselheiros (2003/2008).
CFM e Cremers irão eleger diretorias
No dia 18 de novembro, a Academia Sul-rio-gran-
dense de Medicina promove o curso Tópicos Sobre a
História da Medicina, que acontece das 8h30min às
16h no auditório do Cremers (Av. Princesa Isabel,
921). Os professores Carlos Gottschall, Paulo Prates,
Antônio Celso Ayub, José Moreira, Cleber Álvares da
Silva e Blau F. Souza falarão sobre os temas Medicina:
mito, técnica e ciência; A maior descoberta da medi-
cina; História da tocoginecologia; A tuberculose na
história; Sydenham e a dança; O início da cirurgia car-
díaca; e A Faculdade de Medicina de Porto Alegre e a
medicina no RS. Informações e inscrições, gratuitas,
podem ser obtidas pelo telefone 3217.3099.
Tópicos Sobre a História da Medicina
NOTAS
outubro/2006 3CREMERSINFORMATIVO
A política e a ética, independente-
mente do que mais possam ser, e
de como mais possam ser entendi-
das, são domínios de atividade. O exercício da
medicina está profundamente ligado à política
e à ética. O Professor Mario Rigatto, na ses-
são solene de instalação da Academia Sul-rio-
grandense de Medicina, em 1991, assim se
pronunciou: “Estranha profissão é a medicina.
Várias qualificações lhe são singulares. A co-
meçar pela ambição. A medicina é a mais am-
biciosa de todas as profissões. Porque busca
o maior poder terreno até hoje ambicionado o
poder de influir sobre a quantidade e a quali-
dade de vida. A medicina é a mais ambiciosa
das profissões do planeta, porque bole com
a vida, porque faz coisas que, a rigor, só ao
Criador são reconhecidas”.
O poder de influir sobre a quantidade
e a qualidade de vida não é só do médico,
mas de muitos profissionais; entretanto, o
médico executa um papel de destaque pela
natureza da sua atividade, em especial
pela sua autoridade. Este atributo é con-
quistado por suas atitudes em relação aos
pacientes, pela capacidade de salvar vidas,
recuperar a saúde de pacientes e de ajudá-
los em face de agravos à saúde.
A política, entendida como arte do
bem comum, não poderá jamais descon-
siderar a ambição legítima que os médicos
têm de influir sobre a quantidade e a qua-
lidade da vida.
Ao amanhecer de novos governos, espe-
ramos novas posturas dos governantes para
a área da saúde. Ações concretas que viabi-
lizem, por exemplo, o término das filas inde-
centes nos postos de saúde em que a espera
dos pacientes, simbolicamente, não significa
a espera dos profissionais, mas de governos
que se omitiram.
Na prática, necessitamos de novos mo-
delos de atuação, modelos que propiciem
benefícios reais ao povo brasileiro.
Uma nova matriz para o setor Saúde,
em que o financiamento adequado e a ges-
tão eficaz sejam condicionantes para que se
alcance o sucesso sempre pretendido.
Nós, médicos, temos um papel impor-
tante em tudo isto, e que só se concretizará
se estivermos unidos. A tarefa de construir
a unidade dos médicos é de cada um, e não
só das entidades médicas. Uma nova relação
para construir o novo é um compromisso de
todos. Liderança responsável exige o compro-
metimento com a renovação. Renovar com
responsabilidade. Nesse contexto o pensar
e o agir ético são essenciais para irmos em
frente. Unidos devemos buscar a efetividade
dos direitos humanos. Como cidadãos e mé-
dicos temos direitos, e a consciência destes
deve ser o caminho para uma era de Justiça
e respeito à dignidade dos que exercem uma
profissão essencial para a construção de um
futuro melhor, mais digno, mais transparente
e mais justo. É época de construir e recons-
truir o comportamento ético, dando eficácia e
efetividade às nossas ações.
O poder de nada serve se não servir para
ajudar as pessoas na busca da qualidade de
vida e da tão sonhada felicidade.
Luiz Augusto PereiraPresidente do Cremers
Liderança
responsável exige o
comprometimento com
a renovação. Renovar
com responsabilidade.
Nesse contexto o pensar
e o agir ético são
essenciais para irmos
em frente.
Medicina: estranhaprofissão
EDITORIAL
outubro/20064 CREMERSINFORMATIVO
Violência na atividade profissional em debate
O PROGRAMA DESAFIOS ÉTICOS
abordou mais um tema polêmico e atual re-
lacionado à saúde pública, levando conheci-
mento para a população em geral, médicos e
estudantes. Esta edição, realizada no dia 29 de
setembro, abordou o tema da violência na ati-
vidade profissional. O presidente do Cremers,
Luiz Augusto Pereira, abriu as atividades des-
tacando a importância do tema. O coordena-
dor do evento, Douglas Pedroso, saudou a pre-
sença dos participantes. “Este é um assunto
que está em voga, pauta principal dos últimos
noticiários, onde vemos médicos peritos sendo
agredidos e até mortos. Temos que levantar
questionamentos éticos, é preciso saber quem
cuida de quem cuida”.
Panorama da violênciano mundo
De imediato o coordenador passou a pa-
lavra para o médico psiquiatra e conselheiro
do Cremers Rogério Wolf de Aguiar, que citou
casos de violência na atividade profissional mé-
dica ao redor do mundo. Um trabalho feito em
São Paulo com 500 profissionais indica que 41%
dos médicos já sofreram algum tipo de violên-
cia, seja uma agressão física ou verbal, sendo
oitenta por cento desses casos registrados em
hospitais públicos. As situações de violência
no ambiente médico também foram registra-
das em vários outros países, com realidades di-
ferentes entre si. Uma pesquisa em Dublin, na
Irlanda, mostrou que 21% dos médicos regis-
traram algum caso de violência, a maior parte
dos casos provocados por abuso de drogas e
álcool por parte dos agressores. O conselheiro
também mostrou estatísticas da Nicarágua, da
Nova Zelândia, Estados Unidos, Kuwait, Israel
e Turquia, todas demonstrando o quanto a vio-
lência é cotidiana na atividade médica desses
países. “O problema não pode ser simplificado.
Sabemos que há muitas situações que depen-
dem da relação médico-paciente, mas me parece
que esta situação não pode ser reduzida a uma
vertente só. Outras situações como as longas
filas de espera, as más condições de trabalho,
também são tensões psicossociais que agravam
este quadro”, afirmou Aguiar.
O secretário Municipal de Saúde de Porto
Alegre Pedro Gus deu continuidade ao painel,
relatando experiências pessoais e debatendo
conceitos acerca da violência na profissão mé-
dica. Gus afirmou ter sido vítima de poucas
situações violentas nos seus mais de 50 anos
exercendo a profissão médica. Em uma delas,
foi ameaçado de morte por um paciente revol-
tado com o atendimento dado pelo técnico
de enfermagem. “Ao sair, fiz um relato por
escrito, pedi ao superintendente para outro
médico atendê-lo, de modo que não o atendi
mais", afirmou, ressaltando que tal prática lhe
fez “muito mal”.
O diálogo como arma
O secretário de Saúde afirmou que a vio-
lência está no nosso cotidiano, sendo preciso
muito mais a compreensão e o diálogo do
que o puro combate. “Uma das minhas ati-
tudes como secretário foi fechar um posto na
Restinga, o Posto Castelo, que ficava ao lado
de uma unidade da Brigada Militar. A Brigada
Militar não agüentou ficar naquele local e saiu
de lá, a partir de então o posto passou a ser
assaltado quase todos os dias. Automóveis
foram roubados, pessoas eram assaltadas ao
sair do posto. Não eram agressões puras e
simples dentro do consultório. Hoje isto está
acontecendo” , declarou. Pedro Gus também
lamenta a degradação das relações entre mé-
dico e paciente, o que seria um dos motivos
para a crescente violência no meio. “Hoje não
damos ao paciente nem o direito de falar. Isso
torna a nossa relação com o paciente agres-
siva. A nossa situação, com pressa de aten-
der, insatisfeitos com os salários, preocupa-
dos em sair dali para ir a outro lugar, agrava
essa quadro”, concluiu.
Pedro Gus também citou um trabalho do
DESAFIOS ÉTICOS
outubro/2006 5CREMERSINFORMATIVO
presidente do Cremers, Luiz Augusto Pereira,
ao lado do médico Gabriel Gauer, chamado “A
intimidação e a violência no exercício da me-
dicina”. Baseado nesta experiência, disse que
a população em geral descarrega as suas frus-
trações geradas pela situação de crise social
vivida pelo país em profissionais que repre-
sentam a “elite”, como os médicos. Também
citou um trabalho de dois especialistas em
clínica médica e medicina do trabalho de São
Paulo, que afirma estar equivocada a política
de “combate à violência” adotada pelos go-
vernos. “Ao dizer ‘vamos combater a violên-
cia’, já estamos usando de forma implícita a
lei de talião. Não temos que combater a vio-
lência, mas sim ter paciência com ela, traba-
lhar com ela”. Segundo Gus, o aumento da
agressividade nas relações sociais também
se deve à ineficiência do Estado na resolução
das políticas de segurança pública. “O funda-
mental é atender o próximo como igual, pois
hoje temos uma ausência de valores. Temos
que tratar a pessoa que vem ao nosso con-
sultório como um ser humano. Aquela pes-
soa nasceu como a gente, os valores são
iguais, por mais que tenham oportunidades
diferentes ao longo da vida.”
A necessidadede informar o público
A terceira participação foi do médico
Gérson Petrillo, perito do INSS e membro da
Câmara Técnica de Perícias do Cremers. Petrillo
ressaltou a necessidade de buscar um maior
entendimento da situação atual dos médicos
peritos. O médico declara estar numa posição
“intermediária” no exercício da profissão, uma
vez que trabalha como generalista - função na
qual o médico é visto como cuidador, protetor -
e perito - função em que o médico é visto como
carrasco. Segundo Petrillo, um dos fatos que
provam o desconhecimento geral da função da
perícia médica é o teor das denúncias que aba-
tem a classe. Citou como exemplo a questão
da retenção de carteiras de motorista por parte
da Previdência Social. Segundo estudos, alguns
beneficiários do auxílio-doença estavam habili-
tados para dirigir, mas não poderiam fazer isso
com a doença que estava descrita no prontuá-
rio que designava o benefício. “Em cada ponto
da denúncia, havia enganos de entendimento
técnico”, declarou Petrillo.
Outro ponto que agrava a situação dos
médicos peritos é o fato da população não
conhecer as atividades da perícia. Um traba-
lho realizado em 1998, estudando as expec-
tativas de 24 pessoas que buscavam o bene-
fício pela primeira vez, demonstrou que 80%
dos clientes da Previdência Social vão à perí-
cia com o objetivo de conseguir o auxílio-do-
ença - são poucos os que buscam liberação
para trabalhar. “Hoje penso que uma ampla
divulgação das práticas da previdência social
em relação aos segurados não só diminuiria a
violência como fortaleceria a instituição, que
é uma das mais importantes para o Brasil.
Este assunto deve ser levado adiante, por
que quase sempre a questão do assistencia-
lismo é ligada à previdência” concluiu.
“Hoje penso que uma ampla divulgação das práticas da
previdência social em relação aos segurados não só diminuiria
a violência como fortaleceria a instituição, que é uma das mais
importantes para o Brasil."
Dr. Rogério Aguiar
“O problema não pode ser simplificado. Sabemos que há
muitas situações que dependem da relação médico-paciente, mas me
parece que esta situação não pode ser reduzida a uma vertente só."
Dr. Pedro Gus
“Hoje não damos ao paciente nem o direito de falar. Isso torna
a nossa relação com o paciente agressiva. A nossa situação, com
pressa de atender, insatisfeitos com os salários, preocupados em
sair dali para ir a outro lugar, agrava esse quadro”.
Dr. Gérson Petrillo
outubro/20066 CREMERSINFORMATIVO
O PRIMEIRO MÓDULO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
Médica a Distância do Cremers chegou ao fim com a aula “Suporte
artificial da vida: quando suspender”, ministrada pela professora
Patrícia Lago, no dia 03 de outubro. O sucesso da iniciativa superou
as expectativas, com grande número de participantes inscritos e in-
teração de alto nível com os palestrantes.
O Programa teve seguimento com o início do módulo de clínica
médica em medicina de urgência, cuja primeira atividade aconteceu
no dia 17 de outubro. O professor Luiz Antônio Nasi ministrou aula
sobre atualização em dor torácica para médicos clínicos, emergencis-
tas e residentes de Pelotas e região. De acordo com Nasi, o Programa
“é uma iniciativa de primeira linha. A forma como a interação é feita
facilita a atualização do médico do interior de uma forma simples e
didática, como se fosse uma aula normal”.
No mesmo módulo, o professor Luiz Beck da Silva Neto deu aula
sobre atualização em insuficiência cardíaca no dia 31 de outubro. O
professor comentou que a iniciativa do Cremers chega em bom mo-
mento, contribuindo para a atualização profissional de médicos sem
que seja necessário um deslocamento maior para isso.
Novo módulo consolida videoconferênciaClínica médica e medicina de urgência dão continuidade ao Programa de Educação a Distância do Cremers, em parceria com a AMP
Módulo de psiquiatria com inscrições abertasNo dia 5 de dezembro começa um novo módulo de Edu-
cação Médica a Distância. Desta vez o curso é de atualização
profissional em psiquiatria. Rogério Wolf de Aguiar, conselheiro
do Cremers e professor da Faculdade de Medicina da Ufrgs,
abre o curso falando sobre psiquiatria na atenção primária. De
acordo com Aguiar, "o curso interessa tanto ao médico clínico
como ao psiquiatra. Será divulgado o conhecimento psiquiátrico
voltado à atenção primária".
No dia 12 de dezembro, a aula será do prof. Emílio Salle
sobre emergências psiquiátricas. Aulas na Associação Médica
de Pelotas, rua XV de Novembro, 607, 11o andar, transmis-
são da sede do Cremers, com início às 19h30.
As inscrições são gratuitas. Telefones (53) 3222 3522 (AMP)
e (53) 3227 1363 (Delegacia Seccional de Pelotas).
Dia Aula
17/10 Atualização em dor torácica – Prof. Luiz An tônio Nasi
31/10Atualização em insuficiência cardíaca – Prof. Luiz Beck da Silva Neto
14/11Atualização em tratamento de doença carotídea – Prof. Eloy Passos Filho
28/11Ética nas emergências – profs. Flávio Job e Luiz Augusto Pereira
Confira a programação
Dr. Luiz Antônio Nasi Dra. Patrícia Lago
Os cursos têm a participação de médicos da
região suldo estado na
Associação Médica de
Pelotas
ENSINO MÉDICO
outubro/2006 7CREMERSINFORMATIVO
EM REUNIÃO REALIZADA NO DIA
30 de outubro, o Cremers reiterou seu
apoio à causa dos médicos residentes, que
iniciaram paralisação no dia 1o de novem-
bro. Nesse dia, os residentes realizaram
uma assembléia no auditório do Cremers
para definir os rumos do movimento.
O presidente do Cremers ressaltou que o
movimento de paralisação, se realizado den-
tro das normas éticas e legais, tem apoio do
Conselho. “Os residentes merecem um trata-
mento mais adequado por parte do governo,
e negar o reajuste das bolsas é negar mais
qualidade para a assistência à saúde da po-
pulação. Vamos em conjunto buscar alterna-
tivas para não penalizar aqueles com quem
temos compromisso, os pacientes”, afirmou
Luiz Augusto Pereira.
O secretário do CFM, Marco Antônio
Becker, afirmou que o Conselho Federal de
Medicina está dando todo o apoio possível aos
médicos residentes. O secretário-executivo da
Associação Nacional de Médicos Residentes
(ANMR), Aníbal Abelin, lembrou que “o apoio
do Cremers se estende aos médicos residentes
do Estado e de todo o Brasil”. Também partici-
param da reunião o vice-presidente do Cremers,
Fernando Matos, o segundo-secretário Flávio
Job, o corregedor Martinho Álvares da Silva e
os representantes da ANMR e da Associação
dos Médicos Residentes do RS (Amerers) Paulo
Amaral, Tiago Furquim e Eduardo Bertoldi.
A proposta de paralisação foi aprovada no
40o Congresso Nacional de Médicos Residentes,
em setembro. As principais reivindicações são o
reajuste da bolsa-auxílio, congelada há mais de
cinco anos, melhoria das condições de trabalho
e respeito à carga horária semanal máxima de
60h, determinada em legislação específica.
Direção do
Cremers
manifestou
apoio ao
movimento
dos médicos
residentes
Cremers busca ampliarprojeto de videoconferência
O PRESIDENTE DO CONSELHO RE-
gional de Medicina participou da reunião
mensal do Conselho de Representantes da
Amrigs com o objetivo de estreitar as par-
cerias com a Associação.
Luiz Augusto Pereira apresentou o pio-
neiro programa de vídeoconferência dispo-
nibilizado para os médicos da região de
Pelotas através de sociedades de especiali-
dades (pediatria, clínica médica e psiquia-
tria) e da Associação Médica de Pelotas.
Em sua explanação, Pereira destacou
a importância histórica da Amrigs em en-
sino médico. Explicou que o programa de
ensino médico a distância através de vi-
deoconferência é um reforço aos médicos
que não têm a possibilidade de desloca-
mento até Porto Alegre. É um programa
inicial em que queremos uma maior parti-
cipação da Amrigs.
As diretorias da Amrigs e do Conselho
de Representantes, presidido pelo Dr. Jair
Escobar, deverão reunir-se com a diretoria
do Cremers para viabilizar uma maior in-
tegração dos diversos projetos desenvolvi-
dos pelas instituições.
Dr. Jair Escobar (C) presidiu a reunião
Apoio aos médicos residentes
Proposta foi apresentada no Conselho de Representantesda Amrigs
outubro/20068 CREMERSINFORMATIVO
DEPUTADO FEDERAL ELEITO, GER-
mano Bonow, em visita ao Cremers, confirmou
que sua principal linha de atuação será por
mais investimento no setor saúde nacional.
Para isso, o médico e ex-secretário da Saúde do
RS defende a necessidade de uma linha especial
de financiamento para as indústrias da área da
saúde e também para os hospitais.
“O grande problema hoje é a alta taxa de
juros, o que inibe a produção e estimula a im-
portação de produtos. É mais barato importar
do que produzir. Então, vamos lutar por um
financiamento de 1 bilhão de reais, valor sub-
sidiado pelo governo, com taxa de 8,75% ao
ano, quando o normal é 16%”, sustenta.
Bonow entende que os hospitais também
necessitam desse incentivo: “Com mais con-
dições de financiamento, os hospitais poderão
atender melhor os pacientes do Sistema Único
de Saúde, beneficiando inclusive os próprios
médicos”. O deputado eleito revela que a aber-
tura às importações no governo Collor causou
um forte retrocesso na área industrial ligada à
saúde: “Em 2003, por exemplo, a importação
de produtos como próteses, medicamentos,
etc, alcançou quase 4 bilhões de reais”.
Deputado defende financiamentosubsidiado para a saúde
Dep. Germano Bonow em visita ao Cremers
Médicos candidatosque se elegeram no RS:
DEPUTADOS FEDERAIS
Darcísio Perondi – PMDB
Germano Bonow – PFL
Henrique Fontana – PT
Osmar Terra – PMDB
Pepe Vargas – PT
DEPUTADOS ESTADUAIS
Pedro Westphalen – PP
Pedro Ozorio Pereira – PSDB
O presidente do Cremers, Luiz Augusto Pereira, no dia
25 de outubro, esteve com a então candidata e agora gover-
nadora eleita do RS, Yeda Crusius, junto do deputado fede-
ral Darcísio Perondi; deputado estadual Pedro Westphalen;
Dr. Cláudio Allgayer, presidente da
Fehosul; Dr. Juarez Molinari, do Con-
selho de Representantes da Amrigs; Dr.
César Weber, do Simers; e Dr. Paulo
Maciel, da Associação dos Hospitais.
A comitiva solicitou maior atenção
ao setor saúde no Estado, especialmen-
te com relação ao Ipergs e à dívida
com os prestadores de serviço do Instituto. A então candidata
garantiu que a saúde é uma das prioridades do seu projeto
de governo, destacando que espera contar com a ajuda de
todos para que o Rio Grande do Sul volte a crescer.
Setor saúde é uma das prioridades da governadora eleita do Rio Grande do Sul
SAÚDE
outubro/2006 9CREMERSINFORMATIVO
QUINTA-FEIRA – 23/11/06
Manhã
8h30min
Formação Médica – Cremesp
�Abertura de Escolas Médicas
�Avaliação da Graduação
� Reconhecimento Recíproco de Diplomas Mé-
dicos com Cuba
�Residência Médica
Saúde Pública – Cremers
�Organizações Sociais – Prós e Contras
� Judicialização e conflitos de interesse na
saúde
�Regulamentação da Emenda no 29 / CPMF
�Contratualização / Plano Carreira / PSF
Tarde
16h
� Reunião dos Presidentes dos CRMs com o pre-
sidente do CFM
Noite20h30min
� Abertura do XXI Encontro dos Conselhos de Medicina das Regiões Sul Sudeste
SEXTA-FEIRA – 24/11/06
Saúde Suplementar – CRM – ES
�Análise da Implantação da CBHPM
�Cartão de Desconto. É ético? O que fazer?
�ANS Presente e Futuro
�Diretrizes e sua aplicabilidade
Médico e Interface profissional – CRM – RJ
� Ações de valorização do trabalho médico
e mídia
� Ações de valorização do trabalho médico
junto a Parlamentares
�Lei do Ato Médico
�Equipe Multiprofissional
Organização Administrativa dos CRMs
– CRM PR
�Recadastramento / Identidade Médica Na-
cional
�Fiscalização
�Educação Médica Continuada
� Reforma do Código de Ética Médica e do
Código do Processo Ético-Profissional
SÁBADO – 25/11/06
�Programação Científica
� 12h30min – Encerramen-
to do Evento
Cremers sedia encontrodos Conselhos de Medicina
O 21O ENCONTRO DOS CON-
selhos Regionais de Medicina da Região
Sul/Sudeste será em Porto Alegre, entre os
dias 23 e 25 de novembro. Participam do
evento representantes dos Conselhos de
Medicina de Minas Gerais, Espírito Santo,
São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, além de re-
presentantes de outros estados da federa-
ção. O presidente do Conselho Federal de
Medicina abrirá o encontro.
O presidente do Conselho Regional de
Medicina do Rio Grande do Sul destaca
que este evento prestigia a atual gestão
e permite unir mais os médicos. A parti-
cipação no encontro é gratuita e aberta a
todos os médicos.
Temas importantes para a classe mé-
dica e para a população estarão em discus-
são, como Contratualização, a abertura de
novas escolas médicas, a recertificação, a re-
validação de diplomas, a Lei do Ato Médico,
a reforma dos Códigos de Ética Médica e
Processo Ético-Profissional e a judicializa-
ção e os conflitos de interesse na saúde.
Confira abaixo a programação prelimi-
nar do evento:
EVENTO
outubro/200610 CREMERSINFORMATIVO
AO ANUNCIAR A PROGRAMAÇÃO
do Cremers para o Dia do Médico, em entre-
vista coletiva à imprensa no dia 17 de outubro,
o presidente do Cremers defendeu que o pro-
blema da saúde no país começaria a ser resol-
vido se o governo passasse a cumprir o que es-
tabelece a lei. “A crise no setor da saúde acon-
tece porque as leis não são cumpridas. Hoje,
o governo destina apenas 42% da CPMF para
a saúde, o que acaba prejudicando o trabalho
médico e atingindo diretamente a população”,
enfatizou Luiz Augusto Pereira.
O dirigente cobrou, também, a imediata
regulamentação da Emenda 29, que define
percentuais mínimos de receitas brutas corren-
tes a serem investidos pelos governos federal
(10%), estaduais (12% ) e municipais (15%):
“O Brasil é dos países que menos investe em
saúde no mundo, são 145 dólares por habi-
tante ao ano, praticamente três vezes menos
que a Argentina, por exemplo. Hoje, são pou-
cos os Estados e municípios que investem os
percentuais previstos pela emenda 29”.
Em relação ao trabalho médico, o presi-
dente do Cremers criticou o excesso de facul-
dades de medicina, que formam a cada ano
900 médicos no Estado e mais de 10 mil no
país. “O Brasil já possui 160 escolas médicas.
É o campeão mundial em cursos de medicina.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm 125 fa-
culdades para uma população muito superior à
nossa. Não faltam médicos no país, falta, sim,
uma política séria de valorização e interioriza-
ção dos profissionais”, sustentou.
Pereira lembrou que o Cremers vem lu-
tando há tempo pela criação de um plano
de cargos e salários para os médicos no
Sistema Único de Saúde, inclusive entregou à
Secretaria da Saúde do Estado uma proposta
nesse sentido. “A magistratura e o Ministério
Público têm um plano de carreira. Poderia
haver o mesmo para os médicos. Isso contri-
buiria para fixar os médicos nos lugares mais
afastados, valorizando os médicos e benefi-
ciando a sociedade”.
Cremers defende o cumprimento da lei na área da saúde
Cremers reuniu a imprensa para anunciar a programação da Semana do Médico
Mesa-redonda debate a saúdeNa manhã de 18 de outubro, o Cremers participou de um programa
especial na Rádio Bandeirantes, com apresentação do jornalista Renato
Martins. Durante mais de uma hora, o presidente Luiz Augusto Pereira, o
corregedor Martinho Álvares da Silva e o conselheiro João Pedro Marques
Pereira debateram questões da saúde e do exercício profissional, e respon-
deram às perguntas de ouvintes.
Ao longo da Semana do Médico, a mensagem do Cremers sobre a
importância da medicina e do exercício ético da profissão foi transmitida
através de vários veículos de comunicação.
Drs. Martinho (E)
e João Pedro (D)
com o jornalista
Renato Martins
DIA DO MÉDICO
outubro/2006 11CREMERSINFORMATIVO
“NÃO TENHO PALAVRAS PARA
descrever o sentimento que me domina.
Destaco apenas que estou muito honrado
e orgulhoso com essa homenagem pres-
tada pelo Cremers. Uma homenagem que
se estende a todos os médicos que fazem
da profissão um exercício da ética”, de-
clarou, emocionado, o Dr. César Amaury
Ribeiro da Costa ao receber a Comenda do
Mérito Médico/2006.
Formado pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, em 1955, o homenageado
mostrou preocupação com a formação de mé-
dicos, cobrando dos cursos de medicina um
trabalho maior em torno da ética: “É muito
importante que as novas gerações tenham,
além da competência em sua atividade, uma
atitude ética, porque só assim poderão dar
uma contribuição mais positiva à sociedade”.
De acordo com o Dr. César, diante de uma
medicina cada vez mais complexa, com uma
série de recursos tecnológicos à disposição
dos médicos, a tendência é de o profissional
distanciar-se do paciente. “Temos hoje uma
medicina mais cara, acessível a poucos, mas
que proporciona maior precisão nos diag-
nósticos. Antigamente, não havia todo esse
aparato, mas os médicos tinham uma rela-
ção mais próxima com seus pacientes. Hoje,
essa relação é menos pessoal. É preciso que
os novos médicos busquem sempre manter
forte a relação médico/paciente, trabalhando
com zelo, competência e ética.”
Comenda do Mérito Médico
Uma atuação em favor da medicina
O Dr. César Amaury Ribeiro da Costa, 76 anos,
é professor titular do Departamento de Medicina
Interna da Faculdade de Medicina da Ufrgs, na
qual graduou-se em 1955. Fez estágios e cursos em
importantes instituições de ensino do exterior e parti-
cipou de inúmeros congressos internacionais. É mem-
bro honorário da Academia Nacional de Medicina,
membro titular da Sociedade Sul-rio-grandense de
Medicina, sócio-fundador da Sociedade Brasileira de
Nefrologia, com pós-doutorado em Nefrologia pela
Universidade da Califórnia. Especialista em Clínica
Médica e em Nefrologia, o Dr. César foi responsável
pela estruturação e chefia do Serviço de Nefrologia
do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Também
criou o Curso de Pós-graduação em Nefrologia da
Ufrgs, primeiro do gênero no Brasil a ser reconheci-
do pelo Conselho Federal de Educação.
A medicina ontem e hoje O secretário de Saúde
da Capital, Pedro Gus, que
integrou a mesa de abertura
do evento, afirma que ficou
emocionado com a homena-
gem prestada pelo Cremers a
médicos que tanta contribuição
deram para a medicina e para
a sociedade gaúcha. “Em de-
terminado momento da cerimô-
nia, olhando para o auditório,
vi aquelas cabeças brancas, homens com muita experiência
e conhecimento, pensei no quanto seria bom contar com essa
massa na secretaria”, comentou o Dr. Gus, acrescentando que
a homenagem foi merecida e que esse tipo de iniciativa reme-
te a uma comparação entre a medicina de hoje e do passado.
“Medicina é ciência e arte. Antes, era mais arte; hoje, é mais
ciência”, concluiu o secretário.
Dr. Pedro Gus
Dr. César Amaury recebeu a Comenda
outubro/200612 CREMERSINFORMATIVO
Cremers comemora Dia dcom homenagem marcada
Dr. Ruy Torres, formado pela Ufrgs, em 1949, 56
anos de profissão
“Foi uma homenagem importante, de grande significado. Vim de bengala, sentindo dor, mas não poderia faltar. Não são muitas as oportunidades em que somos homenageados. Valeu a pena o esforço. Foi tudo muito bonito.”
Dr. Victor Henrique Paniz, formado pela Ufrgs, em
1947, 55 anos de profissão
Dra. Clara Jablonski Kliemann
O CONSELHO REGIONAL DE MEDI-
cina realizou uma cerimônia memorá-
vel na noite de 18 de outubro, em co-
memoração ao Dia do Médico. O auditó-
rio do Cremers ficou praticamente lotado.
Foram homenageados médicos da Capital
e do Interior do Estado com mais de 50
anos de atividade profissional. O evento,
marcado pela emoção das homenagens e
do reencontros de antigos companhei-
ros, contou também com a entrega da
Comenda do Mérito Médico/2006 ao Dr.
César Amaury Ribeiro da Costa.
Professor da Faculdade de Medicina da
Ufrgs, o homenageado com a Comenda -
entregue pela última vez em 1993 - foi es-
colhido em sessão plenária do Conselho rea-
lizada no dia 3 de outubro.
“Ao homenagear médicos que tanta
contribuição deram à medicina gaúcha, que
hoje desfruta de elevado conceito nacional
e internacional, o Cremers está homenage-
ando todos os médicos que lutam no dia-
a-dia, muitas vezes sem as condições ade-
quadas de trabalho, buscando cumprir o
seu ideal de atender bem às pessoas”, des-
tacou o presidente Luiz Augusto Pereira, ao
abrir o encontro, ao lado do vice-presidente
Fernando Matos, do secretário Flávio Job,
do tesoureiro Marco Antônio Becker e do
corregedor Martinho Álvares da Silva.
A cerimônia foi prestigiada pelo
Secretário Municipal da Saúde, Pedro Gus,
pelo deputado federal eleito Germano
Bonow, pelo deputado estadual Pedro
Westphalen, pelo presidente da Fehosul,
Cláudio Allgayer, pelo presidente da
Unimed, Nilson May, além de conselheiros
do Cremers e de familiares e de amigos dos
homenageados.
Na ocasião foi lançada mais uma pu-
blicação da Coleção Cremers: ‘Pareceres
Selecionados das Câmaras Técnicas do
Cremers’. Cada homenageado recebeu um
exemplar do livro, que vem contribuir para
esclarecer e dirimir dúvidas em diversas
áreas da medicina.
O Sexteto de Cordas da Ospa abrilhan-
tou o evento ao executar peças eruditas e
populares.
DIA DO MÉDICO
outubro/2006 13CREMERSINFORMATIVO
do Médicoa pela emoção
“Mais do que uma homenagem, o Cremers proporcionou uma oportunidade de reencontrarmos velhos colegas, sobreviventes nesses anos todos. Foi mesmo uma noite muito agradável, bastante emocionante.”
“A direção do Cremers está de parabéns por realizar esse evento em homenagem. É uma iniciativa meritória. Também é importante essa aproximação que o Conselho vem buscando com os acadêmicos de medicina.”
Abelardo Noronha de AbreuAdélio de Souza DornellesAntônio Augusto Borges
Antônio Carlos Kummel MacedoAntônio Costa EstimaAntônio Rosek Milhem
Armin BernhardArnaldo José da Costa Filho
Arnaldo Nicola FerrariBreno Diffini
Carlos BrennerCarlos Mallmann Filho
Carlos MarczycCarlos Napoleão Salles de BarrosCesar Amaury Ribeiro da Costa
Clara Affonsina Jablonski KliemannDemocratino Dornelles Martins
Edgar DiefenthaelerElloy Parrot Nemoto
Enio PillaFrancisco Alberto Delacoste Torres
Gildo VissokyHarry Quadros de Oliveira
Ida Clerman SiminovichIldo Luiz Ely
Irio José Candiota da RosaIsaac Kelbert
Jerônimo Satyro dos Santos FilhoJoão Carlos Gomes
Jocelyn Alberton Spolaor José Carlos da Costa GamaJosé Dagoberto de Moura
José Parreira Ferreira da Silva
José Rocha DuarteLuis José Varo DuarteLuiz Manoel Rodrigues
Luiz Mário de Moraes GonçalvesManoel Antônio Pitta Pinheiro de Albuquerque
Marcelo Bidart da SilvaMarcos Nestrovski
Mário Ferreira CoutinhoMário Jorge Fernandes Rocha Neto
Miguel Vinhas VarellaMilton Zelmanovitz
Mordko MeyerMoyses EizerikMoysés Lerrer
Ney Maahs FerreiraNilo Pinho de MedeirosNoemia Berthier Guedes
Oswaldo Wolff DickPaulo Agostinho Damiani Paulo de Tarso Oliveira
Pedro GusPedro Milstein
Raul Gastão Seibel Renato Oliva
Ruy Correa TorresRuy Hecker
Ruy Pesce HosnySérgio Lângaro
Simão GrossmannVicente Palombini Neto
Vicente Passos Maia FilhoVictor Henrique Paniz
Werner Helmut Erich Schinke
Relação dos homenageados presentes
Evento realizado no
Cremers, no dia 18 de
outubro, foi prestigiado
por autoridades da
área da saúde e por um
grande público
outubro/200614 CREMERSINFORMATIVO
A ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE PE-
lotas organizou no dia 21 de outubro
um evento em comemoração ao Dia do
Médico, celebrado no dia 18. Mais de 260
pessoas prestigiaram a atividade realizada
no Tourist Executive Hotel. O presidente
Luiz Augusto Pereira e o diretor Flávio
Job participaram do evento, assim como
o delegado seccional do Cremers Marco
Antônio Funchal e o conselheiro Tomaz
Barbosa Isolan. Também estiveram repre-
sentados a Amrigs e o Simers.
Funchal considerou o evento “de alto
nível” e parabenizou a Associação Médica
pela organização. Ada Lygia Pinto Ferreira,
presidente da Associação Médica, saudou
a parceria da associação com o Cremers,
em especial em relação ao Programa de
Educação Continuada a Distância.
Destacou que eventos como esse
estimulam o estreitamento dos laços
entre as entidades médicas. “Foi um
momento muito agradável, serviu para
celebrar a nossa produtiva parceria. Foi
uma honra receber os membros da di-
retoria do Conselho”, afirmou Ada. No
evento também aconteceu uma home-
nagem aos médicos jubilados e um sor-
teio de pacote aéreo para Santiago do
Chile, vencido pelo médica Adiles Marina
de Paula Kirinus.
Dia do Médico comemorado emalto estilo também em Pelotas
Dra Ada Lygia
Pinto Ferreira,
presidente da
Associação
Médica de
Pelotas
Campanhaem homenagem aos médicos'Você não esquece o que ele fez por você. Não esqueça o dia dele'.
O CREMERS VEICULOU EM OUTUBRO UMA
campanha para integrar a população à data e ao mesmo
tempo homenagear a classe médica. As peças de comu-
nicação foram baseadas na importância do médico no tra-
tamento de enfermidades. A campanha foi composta de
anúncios em jornal, TV e rádio. Como apenas um dia é
pouco para homenagear a classe, a campanha de publici-
dade foi ampliada para uma semana. Além disso, entre ou-
tras atividades, foram destaques durante a semana a en-
trega da Comenda do Mérito Médico, que estava suspensa
desde 1993, e a homenagem aos médicos que completaram
50 anos de profissão.
DIA DO MÉDICO
outubro/2006 15CREMERSINFORMATIVO
ENTRE AS VÁRIAS ACEPÇÕES DA
palavra mérito está a que torna uma pes-
soa, obra ou ação dignas de elogio, estímulo
ou recompensa por seu valor moral ou inte-
lectual e sua iniciativa. No caso do “Mérito
Médico” o enfoque volta-se para tais con-
ceitos aplicados à Medicina. Como inte-
grante da Comissão de Critérios para insti-
tuição dessa comenda pelo Cremers, penso
que este momento serve para reverenciar o
médico puro, sem injunções associativas,
corporativas ou políticas, seja por praticar a
arte médica, ensinar com dedicação, discutir
idéias com isenção, procurar sempre ilustrar-
se e buscar a verdade, sem alarde, auxiliar os
que precisam de uma ação, um conselho, um
ensinamento ou uma crítica séria.
Nessa atividade exemplar jamais dese-
jar uma recompensa extra que não a me-
lhoria pessoal ou coletiva, dos colegas, dos
pacientes, dos alunos, da sociedade, aper-
feiçoando-se culturalmente, exercendo a
ética de uma maneira socrática, um pro-
fessor cuja busca da verdade nunca cessa,
enfim, um médico total na sua expres-
são mais pura, não ornamentado por in-
teresses externos ou políticos. Felizmente
temos muitos desses exemplos, não es-
quecendo, para nosso orgulho, que a pro-
fissão médica é vista como a de maior cre-
dibilidade junto à população.
Mérito é apresentar-se para uma mis-
são quando necessário, movido primeiro
pelo dever ou pela vontade de realizar o
bem. Mérito é criar novos melhores cami-
nhos, apesar da resistência ou inércia ge-
rais. Mérito não é forjar falsas expectati-
vas para, ao preenchê-las, receber dividen-
dos ou incrementar o status. Enfim, mérito,
antes de tudo, é a manifestação mais pro-
funda de uma disposição íntima de agir no
sentido do bem comum. Esses são valores
a cultivar antes de enxergarmos o brilho da
posição buscada.
O verdadeiro mérito, o mérito intrínseco,
provém de um sentimento que oferece, não
extrai, realiza por convicção, estando dis-
posto a enfrentar incompreensões e só se
gratifica com o acerto, não com o elogio fácil.
Não corre atrás da fama; se é premiado isso
representa um resultado, não uma busca.
A notícia e a fama até podem surgir: como
conseqüência, não como anseio. Suas metas
visam sempre o bem comum, o desenvolvi-
mento de uma idéia, não a satisfação de uma
ganância física ou moral.
Bem sabemos de quantos podres mui-
tas vezes são feitos a fama e a fortuna, e
através de quantos rótulos são exibidas.
Quantas figuras tentam mostrar mérito
através de ações advindas de intenções
falsas e enganadoras. Num país erigido em
grande parte sobre o furto e o servilismo,
prestígio social decorre freqüentemente
de interesses escusos satisfeitos, atingi-
dos por caminhos laterais, desconside-
rando o verdadeiro mérito. Benemerência
é o oposto. Benemerência significa ser ne-
cessário, estar disponível e atuar por me-
canismos claros e transparentes, como faz
a maioria da classe médica.
Carlos A. M. GottschallConselheiro Titular do Cremers. Presidente
da Academia Sul-Rio-Grandense
de Medicina.
Mérito Médico
ARTIGO
outubro/200616 CREMERSINFORMATIVO
Homenagem a jubilados e Fórum do Prontuário em Bagé
Radimagem é agraciadacom o Prêmio Eco 2006
SEGUINDO COM O PROJETO DE
interiorização, o Cremers homenageará
os médicos jubilados da região de Bagé no
dia 10 de novembro. No mesmo evento
acontecerá o fórum do prontuário médico,
com a participação do promotor Marcos
Ferraz Saralegui, do Ministério Público
Estadual, do presidente do Cremers Luiz
Augusto Pereira e do coordenador jurí-
dico Jorge Perrone.
A sede da delegacia seccional de Bagé
passa por reformas estruturais, que visam
melhorar o atendimento à classe médica
da região. O delegado seccional Aírton
Torres de Lacerda saúda a iniciativa do
Cremers na aproximação dos médicos do
interior. “O prontuário médico é um as-
sunto amplo, com poucas informações.
Esta iniciativa vai esclarecer muitas coi-
sas e beneficiar muito a classe médica”,
conclui o delegado.Dr. Aírton Torres de Lacerda
A CLÍNICA RADIMAGEM – DIAGNÓS-
tico por Imagem recebeu no dia 17 de outubro,
em São Paulo, o prêmio Eco/2006, disputado
por 105 instituições, com um total de 143 pro-
jetos. Criado em 1982 pela Amcham, o Prêmio
foi pioneiro no Brasil ao reconhecer e premiar a
atuação empresarial socialmente responsável.
Desde o seu lançamento, mais de 1.800
projetos foram inscritos por 1.516 empresas
participantes, e 135 foram premiados. Este ano,
o convidado especial da cerimônia de entrega
foi o ex-vice-presidente dos Estados Unidos du-
rante a administração de Bill Clinton, o ex-se-
nador Al Gore. Agraciada em 2004 com outra
importante homenagem, o prêmio Racine, a
Radimagem ganha notoriedade nacional pelo
trabalho comunitário que realiza há 10 anos
através de seu Projeto Mulher & Saúde.
Coordenado pela Dra. Beatriz Bohrer Amaral
o projeto tem como principal objetivo informar
a comunidade sobre hábitos saudáveis de vida e
sobre a prevenção de doenças. “Essa conquista
é um reconhecimento a todos os nossos cola-
boradores, tanto os funcionários da Radimagem,
como os palestrantes, médicos e outros profis-
sionais que, ao longo destes anos, vêm doando
o seu tempo e conhecimento para passar infor-
mação de forma acessível à população, promo-
vendo a saúde. Acreditamos também que esta
distinção possa servir como incentivo a outras
pessoas e empresas, mostrando que é possível,
através de iniciativas sociais, mesmo singelas,
melhorar a qualidade de vida da comunidade”,
comentou Beatriz.
Alceu Malafaia Barreto
Arthur Xavier Villamil de Castro
Gilberto Garcez Garcia
Isac Candiota da Rosa
Jesus Olle Vives
João de Deus Teixeira Gonçalves
Joaquim Pedro Pitre Gaffree
José Emílio Osório Alcalde
Julio Teixeira Machado
Li Luiz de Adail
Luiz Mário de Moraes Gonçalves
Marcos Ferraz Saralegui
Mario Mansur
Michel Kalil
Pascoal Marcelo Brandi
Romeu Machado da Luz
Médicos da região homenageados:
Dra.Beatriz Bohrer Amaral
DELEGACIAS
outubro/2006 17CREMERSINFORMATIVO
O CREMERS CONTINUA TRABA-
lhando firme para levar adiante o seu pro-
jeto de aproximação dos médicos do Interior
e de valorização das delegacias seccionais.
No dia 10 de outubro, em Novo Hamburgo,
foi inaugurada a nova sede da delegacia da
região, com sala para o delegado, sala de
atendimento e um pequeno auditório. Na
atual gestão, foram inauguradas também as
novas sedes das delegacias de Santa Rosa,
Cachoeira do Sul e Cruz Alta.
A nova sede fica na Av. Joaquim Pedro
Soares, 500, cj. 55/56. O delegado Jorge
Siebel comentou que “é um pleito antigo que
finalmente se concretiza, denotando uma va-
lorização da região por parte do Cremers. A
sede da delegacia vai proporcionar aos médi-
cos e à população em geral um acesso mais
rápido aos serviços do Conselho”.
O evento de inauguração contou com
a presença de autoridades da região, como
o vice-prefeito Raul Cassel, o secretário da
saúde de Novo Hamburgo, Raul Weber,
e Eloi Eleutério Fracasso, presidente do
Sindicato Médico de Novo Hamburgo.
Também estiveram presentes Martinho
Álvares da Silva, corregedor do Cremers, o
conselheiro ouvidor Isaias Levy e o tesou-
reiro Marco Antônio Becker, além de secre-
tários e suplentes da delegacia.
O Fórum do Prontuário Médico foi reali-
zado no hotel Mabu Pergamon Premium, com
a participação do presidente do Cremers, do
promotor Mauro Luís Silva de Souza, do con-
sultor jurídico do Cremers, Jorge Perrone, e
do delegado seccional Jorge Luiz Siebel.
Médicos e promotores do Ministério Público
Estadual compuseram a platéia.
Na ocasião, foi realizada homenagem a
médicos jubilados da região.
Os médicos da região homenageados
Inauguração da nova sedede Novo HamburgoEvento teve o Fórum do Prontuário Médico em parceriacom o MPE e homenagem a médicos da região
Dirigentes do Cremers descerraram a Placa de inauguração da nova sede da
delegacia no dia 10 de outubro
Evento em Novo Hamburgo culminou com um jantar em homenagem aos médicos jubilados
Drs. Mauro Luís Silva de Souza (E) e Marcelo Ries, promotores do Ministério Público Estadual
Adroaldo Diesel
Alvarino Lacerda Filho
Egon Erich Henning
José Adolfo Selbach
José Hanauer
Lyonel Martins Feltes
Ubirajara Resente Mattana
DELEGACIAS
outubro/200618 CREMERSINFORMATIVO
DE ACORDO COM CONSULTA
feita pela Câmara Técnica de Auditoria em
Saúde do Cremers, o Departamento Jurídico
do Conselho elaborou o seguinte pare-
cer acerca do Prontuário Médico, tema dos
mais importantes e que merece toda a aten-
ção dos médicos:
A Resolução CFM 1.638/02, que de-
fine prontuário médico e torna obrigató-
ria a criação da Comissão de Revisão de
Prontuários nas instituições de saúde, es-
tabelece, em seu artigo 5o, os itens que
deverão constar obrigatoriamente do pron-
tuário confeccionado em qualquer suporte,
eletrônico ou papel:
a) Identificação do paciente – nome com-
pleto, data de nascimento (dia, mês e ano
com quatro dígitos), sexo, nome da mãe, na-
turalidade (indicando o município e Estado de
nascimento), endereço completo (nome da
via pública, número, complemento, bairro/
distrito, município, estado e CEP).
b) Anamnese, exame físico, exames com-
plementares solicitados e seus respectivos re-
sultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico
definitivo e tratamento efetuado.
c) Evolução diária do paciente, com data e
hora, discriminação de todos os procedimen-
tos aos quais o mesmo foi submetido e iden-
tificação dos profissionais que os realizaram,
assinados eletronicamente quando elabora-
dos e/ou armazenados em meio eletrônico.
d) Nos prontuários em suporte de
papel é obrigatória a legibilidade da letra
do profissional que atendeu o paciente,
bem como a identificação dos profissionais
prestadores do atendimento. São também
obrigatórias a assinatura e o respectivo
número do CRM.
e) Nos casos emergenciais, nos quais
seja impossível a colheita de história clínica
do paciente, deverá constar relato médico
completo de todos os procedimentos rea-
lizados e que tenham possibilitado o diag-
nóstico e/ou remoção para outra unidade.
No tocante ao segundo questiona-
mento, (quem é o responsável pela co-
brança do correto preenchimento dos pron-
tuários dos pacientes?) a Resolução CFM
1.638/02 estabelece, em seu artigo 2o:
Art. 2o Determinar que a responsabili-
dade pelo prontuário médico cabe:
Ao médico assistente e aos demais
profissionais que compartilham do aten-
dimento;
À hierarquia médica da instituição, nas
ruas respectivas áreas de atuação, que tem
como dever zelar pela qualidade da prática
médica ali desenvolvida;
À hierarquia médica constituída pelas
chefias de equipe, chefias da clínica, do
setor até o diretor da divisão médica e/ou
diretor técnico.
À Resolução CFM 1.481/97 (Regimento
Interno Padrão do Corpo Clínico) em seu
Art. 18, XVI estabelece:
Ao diretor clínico compete:
XVI – Zelar pelo correto preenchimento
dos prontuários por parte dos médicos in-
tegrantes do corpo clínico.
No caso do não preenchimento ade-
quado do prontuário, devem ser respon-
sabilizadas as pessoas mencionadas no ar-
tigo 2o da Resolução CFM 1.638/02, assim
como o diretor clínico.
A medida cabível pelo não preenchi-
mento adequado do prontuário médico
é o oferecimento de denúncia perante
este Conselho Regional de Medicina, para
que seja instaurada sindicância e poste-
rior abertura de processo ético-profissio-
nal, em existindo indícios de infração do
Código de Ética Médica.”
Parecer jurídicosobre o Prontuário Médico
LEGISLAÇÃO
outubro/2006 19CREMERSINFORMATIVO
NO DIA 6 DE OUTUBRO, O CREMERS
lançou sua parceria com o Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial (Senac/RS) du-
rante a palestra Motivação: a ferramenta-
chave para o sucesso, proferida pela Profª.
Fernanda Vaz Hartmann. A parceria visa à
criação de um programa de treinamento aos
funcionários do quadro efetivo do Conselho,
buscando o melhor atendimento e qualifica-
ção de serviços prestados ao médico.
A programação acertada com o Senac/RS
proporciona aos funcionários aprofundar co-
nhecimentos e aprimorar a execução de pro-
cessos e sistemas internos através das ferra-
mentas da informática, com reflexos nas re-
lações interpessoais e clima organizacional.
Curso de Relações Interpessoais
Dando continuidade ao programa de
treinamento do Cremers, em parceria com
o Senac-RS, será realizado um curso in-
terno, contemplando uma turma de 20 fun-
cionários e que abordará o tema Relações
Interpessoais, desenvolvendo um pro-
grama que tem por objetivo proporcionar
aos participantes momentos de reflexão de
modo que possam utilizar suas potenciali-
dades para viver e conviver melhor na vida
pessoal e profissional.
O curso, com carga horária total de
15horas, será ministrado pela psicóloga e
professora Kátia Saraiva, integrante do corpo
docente das Faculdades Senac/RS, nos dias
8, 10, 17 e 29 de novembro e 10 de dezem-
bro, no Anfiteatro do Cremers.
Pareceres Selecionados,novo livro da Coleção Cremers
LANÇADO NO 18 DE OUTUBRO,
durante a cerimônia do Dia do Médico, o
segundo livro da Coleção Cremers traz um
compêndio de Pareceres Selecionados das
Câmaras Técnicas do Cremers.
O objetivo da publicação é colaborar
para o esclarecimento das dúvidas que sur-
gem no exercício da profissão. Segundo o
presidente do Cremers Luiz Augusto Pereira,
o trabalho representa na prática o êxito da
criação das Câmaras Técnicas do Cremers e
será de “grande valor para os médicos, por-
que esclarece questionamentos dos mais
diversos temas da medicina”. Este é o se-
gundo lançamento da Coleção Cremers, su-
cedendo o livro Ética e Bioética, lançado no
mês de junho e já em segunda edição.
Alguns dos temas abordados falam
sobre a responsabilidade do anestesista
na sala de recuperação, a questão dos im-
plantes ortopédicos e os planos de saúde
e os critérios para constatar uma morte
encefálica. Ao todo são 126 pareceres se-
lecionados.
Parceria com o Senac/RS busca aperfeiçoamento de funcionários
Programação foi aberta com a palestra Motivação, a ferramenta para o sucesso
PAINEL
outubro/200620 CREMERSINFORMATIVO
DIANTE DA DENÚNCIA DO
Ministério Público do RS referente ao caso
das próteses de má qualidade fornecidas
por um fabricante do Rio Grande do Sul,
cuja utilização levou à acusação contra 134
médicos por negligência, o Conselho foi a
público esclarecer a situação e manifestar
sua posição quanto ao suposto envolvi-
mento de médicos. Segundo o presidente
do Cremers Luiz Augusto Pereira, “os mé-
dicos não fabricam nem compram as próte-
ses, confiando no material que lhes é forne-
cido. Os médicos apenas usam as próteses
em benefício de seus pacientes”.
Pereira ainda destacou: “A acusação de
negligência por parte dos médicos precisa
ser provada, pois o órgão responsável pela
avaliação da qualidade das próteses utiliza-
das é a Anvisa, que também cuida da regu-
lamentação das empresas fabricantes".
Pereira esclarece ainda que foi aberta
sindicância para apurar se foram cometidos
atos antiéticos por parte de médicos: “O
artigo 9o do Código de Ética Médica é ex-
plícito quando afirma que ‘a medicina não
pode, em qualquer circunstância ou de qual-
quer forma, ser exercida como comércio”.
E acrescentou: "A denúncia será apu-
rada como todas as denúncias que chegam
à instituição, mas considero exagerado o
número de profissionais envolvidos na no-
tícia. O futuro determinará a responsabili-
dade de cada um neste assunto. Aos pa-
cientes estamos orientando que façam revi-
sões periódicas e que continuem confiando
nos seus médicos".
Caso das próteses: presidente do Cremers considera exagerada a denúncia
IPE: Entidades cobram repasse imediato de valores em atraso
DEPOIS DE REUNIÕES COM O
secretário da Saúde do Estado, com o
presidente do IPE e com o chefe da Casa
Civil, o grupo que compõe o Fórum das
Entidades Médico-Hospitalares em Prol da
Saúde, acompanhado do deputado Pedro
Westphalen, esteve reunido no dia 26 de
outubro com o secretário da Fazenda do RS
Ário Zimmermann para cobrar uma solução
para os atrasos no repasse de recursos ao
Instituto de Previdência do Estado.
O governo gaúcho deve hoje 135 mi-
lhões de reais ao IPE Saúde. O secretário ale-
gou que a dificuldade maior para começar a
saldar o débito é em função do atraso dos re-
passes da verba da Lei Kandir. “A União nos
deve 200 milhões de reais, que já deveriam
ter sido pagos. Acreditamos que na primeira
quinzena de novembro os recursos serão li-
berados”, explicou.
O presidente do
Cremers, Luiz Augusto
Pereira, considerou que,
apesar de lógica, a jus-
tificativa é insuficiente.
Destacou que a remune-
ração paga em dia é im-
portante para que seja
mantida a prestação de
serviços aos usuários
do Instituto. “São mais de 9 mil médicos
que trabalham para o IPE e que estão man-
tendo o serviço, apesar desse atraso no pa-
gamento, para não penalizar os usuários.
É fundamental que se encontre uma solução
o mais rápido possível”.
O efeito dos atrasos nos pagamentos
pode ser trágico para os mais de 925 mil
beneficiários que dependem do IPE. O vo-
lume de internações já está sendo reduzido
em hospitais da Capital. A falta de repas-
ses compromete o pagamento dos presta-
dores de serviços ao IPE, que somam hoje
9 mil médicos e 1.350 entidades credencia-
das, entre hospitais, clínicas e laboratórios
em todo o Estado.
Secretário da Fazenda (E) pretende encaminhar os recursos ao IPE ainda na primeira quinzena de novembro
ATUAÇÃO
outubro/2006 21CREMERSINFORMATIVO
Cursos de medicina nos EUA e no Brasil UMA COMPARAÇÃO ENTRE ESTA-
dos Unidos e Brasil em relação à abertura de
novos cursos de medicina foi o tema central
da reunião da Academia Sul-rio-grandense de
Medicina realizada no Cremers no dia 28 de
outubro. O prof. Erlo Roth, da Universidade
de Chicago, palestrou sobre a “auto-regu-
lagem da formação de médicos nos EUA”,
enquanto o presidente do Conselho, Luiz
Augusto Pereira e o conselheiro João Pedro
Marques Pereira, abordaram a realidade bra-
sileira nessa área.
O médico patologista, que é natural de
Porto Alegre, resume a questão com uma
frase: “Nos Estados Unidos, as entidades
de classe controlam o número de faculdades
de medicina, o número de residências e de
vagas nos cursos, enquanto no Brasil isso é
regulado pelo governo, sem ingerência das
entidades da área médica e hospitalar”.
Em 2004, existiam nos EUA 566.500
médicos em atividade. A estimativa é de que
em 2014 serão necessários 704.400. Hoje,
são 125 faculdades de medicina, que passam
por auditorias periódicas de uma comissão
que tem como base as entidades médicas e
hospitalares nacionais, a mesma comissão
que decide pela abertura ou não de novos
cursos nos país. “O governo norte-ameri-
cano não se mete nisso”, enfatiza Roth.
A realidade brasileira
A reunião, coordenada pelo
presidente da Academia, prof.
Carlos Gottschall, começou com
uma exposição do professor João
Pedro Marques Pereira, na qual
apresentou uma série de dados
sobre o número de médicos em
relação à população nas diversas
regiões do país.
“No Brasil existe um médico pa-
ra aproximadamente 600 habitan-
tes, enquanto a OMS recomenda
um médico por mil pessoas. Então,
o Brasil tem número suficiente de
médicos, falta apenas uma política
de valorização e de interiorização
dos profissionais”, resumiu, acres-
centando que as 159 faculdades
de medicina formam mais de 9 mil
médicos por ano no Brasil.
Critérios políticos e econômicosO presidente do Cremers relatou o esforço das entidades médicas do
país em impedir a abertura de novos cursos de medicina, inclusive com
reuniões no Ministério da Educação e com a presidência do Conselho Na-
cional de Educação: “Infelizmente, nós não temos influência nesse processo.
O governo federal é que toma as decisões, na maioria das vezes por razões
políticas e econômicas. Os integrantes do CNE, geralmente, são escolhidos
por critérios políticos. Sabemos que atualmente o MEC examina mais de
50 propostas de abertura de novas faculdades”.
Luiz Augusto Pereira disse ainda que o Cremers não poupou esforços
para impedir a abertura novos cursos de medicina, revelando que hoje tra-
mita uma Ação Civil Pública contra o MEC em relação à abertura de novo
curso de medicina no estado. "As entidades médicas têm grande preocupa-
ção com a qualidade do ensino e a saúde da população", concluiu.
O professor Erlo Roth fez um relato sobre o processo de abertura de faculdades de medicina nos EUA, durante evento promovido pela Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina
ENSINO MÉDICO
Seção Delegado
Alegrete Dr Décio Passos Sampaio Péres
Bagé
Cachoeir
Camaqu
Carazinh
Caxias d
Cruz Alt
Erechim
Ijuí
Lajeado
Novo Ha
Osório
Palmeira
Passo Fu
Pelotas
Rio Gran
Santa Cr
Santa M
Santa Ro
Santana
Santo Â
São Borj
São Gab
São Jerô
São Leop
Três Pas
Uruguaiana J g g pp
Dr. Renato Brufatto Machado
Situação dos hospitais preocupa
A delegacia seccional de São Leo-
poldo abrange os municípios de Canoas,
Esteio, Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul
e a cidade de São Leopoldo. São cerca
de 500 médicos trabalhando na região.
Segundo o delegado seccional Renato Bruffato Machado, o principal
problema para o exercício da profissão médica na região é a precá-
ria situação financeira dos hospitais. Segundo Machado, as diárias
repassadas pelo SUS são insuficientes para abater todos os custos
necessários para o tratamento médico. “Os repasses mal conseguem
abater as despesas de hotelaria. Os valores destinados para as ativi-
dades são baixos, e os hospitais dependem muito de outros fatores.
No hospital de São Leopoldo, por exemplo, o prefeito faz um aporte
mensal de 500 mil reais para mantê-lo em funcionamento”, afirma.
O delegado também lembra de casos recentes como o Hospital de
Caridade de Viamão e o do Hospital Nossa Senhora das Graças,
estabelecimentos que poderiam fechar não fosse o esforço das pre-
feituras em salvá-los. “O SUS não deixa de pagar, inclusive cumpre
razoavelmente os prazos, mas os valores são baixos”, declara.
O delegado saúda as iniciativas de interiorização do Cremers,
com as homenagens aos médicos jubilados e os fóruns do pron-
tuário médico. Machado considera a atitude “brilhante”, pois leva
conhecimentos fundamentais aos médicos do interior. O delegado
também afirma que o médico deve sempre buscar o conhecimento e
atualização profissional, embora muitas vezes o profissional tenha de
trabalhar muito para conseguir manter um padrão de vida razoável.
Machado também considera relevantes as iniciativas de mobilização
da classe médica, como as manifestações dos médicos peritos e a
greve dos residentes. “Os médicos têm de se reunir em grupos e lutar
por causas justas, pois ninguém vai conseguir êxito sem lutar pelas
suas convicções”, afirma. O delegado também reitera a necessidade
de uma remuneração adequada para os profissionais. “Somos
profissionais liberais e para exercer bem a nossa profissão, temos de
investir muito em livros, ir a congressos, modernizar os procedimen-
tos nos consultórios. Essas práticas custam caro, mas servem para dar
aos pacientes o melhor atendimento possível”, conclui.
São Leopoldo
agosto/200622 CREMERSINFORMATIVO
NO DIA 10 DE OUTUBRO, O PRESIDENTE DA
Unimed/RS Nilson Luiz May, acompanhado de diretores da Federação,
esteve reunido com o presidente do
Cremers, Luiz Augusto Pereira, e com o 2o
secretário Flávio Job, na sede do Conselho.
Na oportunidade foram entregues exem-
plares do Rol de Procedimentos Médicos
Unimed/RS, inspirados na CBHPM da
Associação Médica Brasileira para utiliza-
Direção da Unimed/RS
DELEGACIAS SECCIONAIS
Fone Endereço
(55) 3422 4179 R Vasco Alves 431/402
005-020
-rs.net
com.br
@certelnet.com.br
com.br
a.com.br
.br
( ) 4 g ,
Dr. Mauro José Thies
A cidade de Santa Cruz, que neste
ano testemunhou a abertura de mais
uma faculdade de medicina, agora en-
frenta um novo obstáculo à atividade
médica. O delegado Mauro José Thies
relata que o laboratório de análises clínicas que venceu a licitação
feita pela prefeitura tem emitido laudos de exames com assinatura
de profissionais não-médicos. “Pedimos orientação ao Cremers,
que emitiu um parecer confirmando que a emissão de laudos é um
ato médico, não podendo ser realizado por outros profissionais”,
esclarece. Ainda não há vislumbre de solução para o impasse.
Com relação ao trabalho da delegacia seccional, Thies revela
que a política de interiorização e aproximação entre o Conselho e
as delegacias regionais vem apresentando resultados. O delegado
observou a consolidação do papel da seccional como facilitadora
da atividade médica na cidade, atendendo plenamente a um
desejo já antigo dos médicos do interior.
“A delegacia está funcionando como um intermediário quan-
do surgem problemas ou dúvidas, dirigindo-se ao Cremers para
solucioná-las. O fato de ter um representante do Conselho na
região facilita a relação com os médicos, encurta o caminho entre
o profissional e quem pode orientá-lo”, reflete.
A atuação do Cremers em defesa da valorização do médico,
tanto em termos de remuneração, com a luta por uma plano de
carreira para os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) entre
outras, como de condições mais adequadas de trabalho, também
são elogiadas pelo delegado de Santa Cruz do Sul.
O delegado aponta, ainda, que a situação da faculdade de
medicina da Unisc está estagnada. “De lá, só temos silêncio total.
Não nos chegam notícias boas nem ruins”. A delegacia seccional
do Cremers em Santa Cruz abrange as cidades de Vera Cruz,
Arroio do Tigre, Candelária, Gramado Xavier, Ibarama, Lagoa
Bonita do Sul, Mato Leitão, Passa Sete, Passo do Sobrado, Rio
Pardo, Segredo, Sinimbu, Sobradinho, Vale do Sol, Venâncio
Aires e Herveiras.
Conflito na emissão de laudos
Santa Cruz do Sul
agosto/2006 23CREMERSINFORMATIVO
S visita o Cremers
Unimed/RS busca estreitar relação com Cremers
ção no intercâmbio estadual. Pereira agradeceu a visita, referiu a im-
portância do cooperativismo e informou que deverá levar ao plenário
proposta de criação de uma câmara
técnica de cooperativismo médico
no Cremers. Destacou que espera
maior integração dos médicos e
que para isso é importante oportu-
nizar que um maior número de mé-
dicos ingressem nas cooperativas.
CREMERSPROGRAMA DESAFIOS ÉTICOS
PSF é criticado por contar com poucos especialistas em suas equipes
Programa de Saúde da Família: erros e acertos
Agende-se:
1o de dezembroàs 19h30min, no Cremers
AVISO: O Cremers solicita aos médicos que atualizem seus endereços de correio eletrônico através do site www.cremers.com.br
Informações e inscrições gratuitas, pelo telefone (51) 3219.7544, pelo e-mail [email protected] ou no local do evento: Rua Bernardo Pires, 415 (estacionamento gratuito em frente).
A 15ª edição do Programa Desafios Éticos,
que ocorre no dia 1º de dezembro, tratará
do programa de Saúde da Família, seus erros
e acertos. A discussão se dará em torno dos
aspectos relevantes do programa, que chega ao
seu 12º ano de existência, o papel do médico
nas atividades e a necessária evolução das
políticas de governo para o programa.
A atividade contará com a presença de
representantes do Ministério Público Estadu-
al, da Associação Gaúcha de Medicina da
Família e Comunidade, e do presidente da
Sociedade Brasileira de Pediatria, Deoclécio
Campos Júnior.
O programa Desafios Éticos é uma iniciativa
da Comissão de Ética e Bioética do Cremers,
que busca integrar as diferentes áreas da so-
ciedade na discussão de assuntos contundentes
e atuais. A coordenação deste evento será do
conselheiro Marco Antônio de Azevedo.
O evento tem a participação da Sociedade de
Pediatria do Rio Grande do Sul, e tem o apoio do
seu presidente, Mauro Silva de Athayde Bohrer e
do conselheiro do Cremers e um dos proponentes
do evento, Ércio Amaro de Oliveira Filho.
O Cremers promove um debate na
última sexta-feira de cada mês, excepcio-
nalmente este será realizado na primeira
sexta-feira do mês, entre a população e a
classe médica e os mais diversos especialis-
tas sobre temas polêmicos da área da saúde
que atingem diretamente a vida cotidiana.
O Programa de Saúde da Famí-
lia foi concebido para reorganizar a
prática assistencial em novas bases e
critérios, substituindo o modelo de assis-
tência baseado na cura de doenças e na
prática hospitalar. O seu objetivo princi-
pal é centrar a perspectiva da saúde na
família, a fim de compreender de forma
ampliada o processo saúde/doença e a
necessidade de intervenções além das
práticas curativas. O programa forma
equipes multidisciplinares, constituídas
por profissionais de diversas áreas.
A constituição mínima de uma
equipe de saúde da família é: um
médico generalista ou de família, um
enfermeiro, um auxiliar de enferma-
gem, e quatro a seis agentes comu-
nitários de saúde – o número varia
de acordo com o número de pessoas
sob responsabilidade da equipe, na
média de 550 pessoas por agente.
O programa existe há doze anos, e
recebe críticas das entidades médicas
principalmente por conta da falta de
especialistas, em especial nas áreas
de pediatria e gineco-obstetrícia.