INIMIGOS ENTRE NÓSINIMIGOS ENTRE NÓSINIMIGOS ENTRE NÓSINIMIGOS ENTRE NÓSINIMIGOS ENTRE NÓS
Autores: Caio Cardoso, Cauã Almeida, Esther Coelho,Giseli Bispo, Júlia Nubi e Naara Correa
inimigos entre nós
AUTORES: Caio Cardoso, Cauã Almeida, EstherCoelho, Giseli Bispo, Júlia Nubi e Naara Correa
São Paulo2015
Índice
Capítulo I: Os Sumiços................................................................................................. 1
Capítulo II: A Equipe...................................................................................................... 4
Capítulo III: Os segredos.............................................................................................. 6
Capítulo IV: O esconderijo............................................................................................ 8
Capítulo V: O esconderijo 2.......................................................................................... 9
Capítulo VI: O esquecimento....................................................................................... 10
Capítulo VII: Quem é você?.......................................................................................... 12
Capítulo VIII: Encontro marcado.................................................................................. 14
Capítulo IX: Descobertas inesperadas........................................................................ 15
Capítulo X: Encontro marcado parte 2........................................................................ 16
Capítulo XI: O culpado.................................................................................................. 18
Capítulo XII: Lembrança............................................................................................... 20
Capítulo XIII: A fuga....................................................................................................... 22
Capítulo XIV: O plano.................................................................................................... 24
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Capítulo I: Os Sumiços (Caio Cardoso)
- Próximo! – exclamou um detetive que havia acabado de interrogar uma
amiga de Amanda. Entrou um garoto pequeno e de cabelo raspado e Jonas
começou a espiar pela janela. O corredor do colégio ficou pela primeira vez
vazio. Para serem interrogados havia uma fila de alunos no corredor, repleto de
salas dos dois lados. Jonas conseguiu ver e ouvir tudo o que acontecia dentro da
sala. Depois que o garoto entrou na sala, o detetive falou:
- Por favor, sente-se.
- Você é um detetive de verdade?- o garoto perguntou sem sentar-se na
cadeira.
- Sim. Sou sim.
- Então você é Sherlock Holmes?
- Não! – nesse momento o garoto sentou-se na cadeira. O detetive ficou
andando de um lado para o outro e fazendo uma série de perguntas. Até que o
detetive pudesse pôr as mãos no rosto, olhar pra cima e falar:
- Próximo!
Jonas entrou na sala e sentou-se.
- Qual é o seu nome? - ele perguntou.
- Jonas e o seu?
- Roberto. Fiquei sabendo que nas férias foi para um acampamento um
grupo de alunos que teve nota oito ou mais, certo?
- Certo.
- Você estava entre eles?
- Sim.
- Parece que uma aluna muito popular também foi. Quem era o
acompanhante responsável por vocês?
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- O vice-diretor, três professoras de Matemática e o professor de
Educação Física.
- Qual é o nome da aluna desaparecida?
- Amanda.
- Ela é da sua sala?
- Sim
- Bagunceira?
- Não.
- Tem algum professor que ela não gosta?
- Sim. O de educação física. Foi ele que sequestrou Amanda?
- Ele foi último a vê-la, exatamente quatro horas antes do ônibus sair do
acampamento. Ela pode ter dormido demais e perdido o ônibus?
- Impossível, uma das professoras de matemática foi no local do
acampamento antes do ônibus partir e como não viu nem uma barraca, imaginou
que todos estavam no ônibus.
- Escuta, você foi o que mais me ajudou, mas agora me responde, se a
Amanda é a garota mais popular da escola, como ninguém notou sua falta?
- Ela sempre vai junto do motorista e grava o caminho.
- Está explicado…- nesse momento o detetive foi interrompido por um
grito de uma voz grossa. Jonas foi correndo para o pátio, onde estavam todos os
alunos, menos Amanda. O vice-diretor falou ao microfone quase chorando de
tristeza:
- Alunos, estou no comando da escola, sendo assim, eu mudo o horário
de entrada e saída dos dormitórios, em vez de irem para os dormitórios às
17h30, vocês irão entrar às 16h50. E só será permitida a saída às 06h30 e não
mais às 05h05, por segurança. Não se esqueçam de que as aulas estão
suspensas por enquanto. Então, são 16h55. Todos para seus dormitórios!
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Jonas foi para o dormitório masculino e antes de dormir disse para si
mesmo: “Vou montar uma equipe e investigar”.
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Capítulo II: A Equipe (Júlia Nubi)
Às 05h30 da manhã, Jonas, em silêncio, foi para o dormitório de Bruce e
sua irmã gêmea, Lee, seus melhores amigos em quem podia confiar. Bateu na
porta três vezes, ninguém respondia. Já estava começando a ficar preocupado,
bateu pela quarta vez e a abriram a porta. As luzes apagadas. De lá de dentro
saiu uma voz sonolenta:
- Quem?
- Sou eu, Jonas! – nesse momento saiu da lá Bruce, seu velho amigo de
sempre.
- Olá, Jonas- respondeu Bruce- O que faz aqui tão cedo?
- Vim para te pedir um favor. – sussurrou- é sobre o sumiço de Amanda.
Bruce pediu que entrasse, mas não fizesse barulho, porque Lee estava
dormindo. Jonas entrou e Bruce acendeu a luz e disse:
- Agora pode falar.
-Quero montar uma equipe para investigar o sumiço de Amanda no
acampamento, e vim convidar vocês dois.
- Não sei, não, Jonas, isso é muito perigoso. Além disso, não dá para
montar uma equipe só com 3 pessoas.
- Qual é, Bruce, você sempre gostou dessas coisas de investigação e eu
sei que só 3 pessoas não dá, vou ver se consigo mais algumas pessoas.
- Concordo com você em montar uma equipe e tal, mas isso envolve
alunos, vice-diretores e, principalmente, o professor de… - nesse momento Lee
acordou, interrompendo seu irmão:
- Olá, Jonas! – exclamou.
- Oi, Lee – respondeu Jonas- Eu e seu irmão estamos conversando sobre
montar uma equipe para investigar o sumiço de Amanda no acampamento.
- Me desculpe, mas já estava acordada e não pude deixar de prestar
atenção na conversa.
5
- Sem problemas. -respondeu Bruce
- Então, Lee, já que estava ouvindo tudo, o que acha de participarmos? –
perguntou Bruce.
- Bem, acho perigoso quando se trata de sumiços, suspeitos… - Lee
interrompeu.
- Não sei o que está acontecendo com vocês. Sempre quando peço ajuda
ou para participarem de algo vocês aceitam, e agora vão me deixar na mão?-
desesperou-se Jonas.
- Bem, é que se trata de um caso pessoal entre nós e o professor… - o
vice-diretor o interrompeu falando ao microfone:
- Já são 06h30, podem sair.
- O que você ia dizendo, Bruce? – perguntou Jonas.
- O quê? É… não está na hora de ir? É melhor você ir. O vice- diretor vai
brigar! - exclamou Bruce.
- Então tá, mas eu volto para terminarmos a conversa - respondeu Jonas
ao sair em disparada para seu dormitório.
Assim que Jonas saiu, Lee falou:
- Ele não deve saber de nada, Bruce.
- Que o professor de educação física é nosso padrasto?
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Capítulo III: Os segredos (Naara Correa Pereira)
Com o decorrer do dia, Bruce, Jonas e Lee preferiram não comentar nada,
para que ninguém descobrisse.
Às 16:55, Jonas pegou seu travesseiro e seu cobertor e saiu correndo
para que ninguém o visse em direção ao quarto de Bruce e Lee.
Bruce estava escovando os dentes e Jonas já chegou implorando:
- Por favor, vocês tem que me ajudar! Não confio em ninguém na escola
sem ser vocês.
- Ajudarei na medida do possível, cara, mas não poderei…
- Onde está Lee? Ela não pode contar nada a ninguém! Do jeito que são
as meninas, vão espalhando tudo em um piscar de olhos - disse Jonas,
preocupado.
Antes que Jonas terminasse, Bruce o interrompeu:
- Como você pode dizer isso da minha irmã? Ela não está aqui para ouvi-
lo. Você não está ligando para nada, não pensa que pode nos prejudicar?
- Pensei sim e sei que isto pode nos prejudicar, mas é por uma boa causa.
- Não vejo boas causas para isso…
- Vou te falar, mas você tem que jurar segredo!
- Só me responde uma pergunta antes disso. Você tem algo contra o
professor de Educação Física?
No momento em que Bruce disse isso, Lee parou na porta para ouvir a
resposta de Jonas.
- Não! Ele é apenas um suspeito…
- Desculpe-me, mas não posso me envolver muito nisso. Porque…
- É, eu já sei!
- Como você ficou sabendo? Quem te contou?
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- Ninguém me contou, tá na cara que você não quer se meter nisso,
porque ano que vem vai ter um campeonato e você quer participar de qualquer
jeito.
- Não, Não é isso! Ele é meu… Padrasto
O silêncio reinou nesse momento. Bruce perguntou:
- Jonas, apenas me responda. Por que você quer tanto investigar esse
caso?
- Na verdade, eu… Isso fica só entre nós, não conte a ninguém!
- Estou namorando a Amanda, em segredo, pois o que ninguém sabe,
ninguém destrói…
- Desde quando?
- Faz pouco tempo, mas isso não importa, quero achá-la!
Nesse mesmo instante, Lee saiu correndo para o banheiro. Quase não
enxergava nada, pois estava chorando muito. E falava para si mesma:
- O que fiz de errado? Ele gostava de mim? Por que a Amanda? Não sei
se vou conseguir continuar com isso…
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Capítulo IV: O esconderijo (Giseli Bispo N. Miranda)
Lee estava muito triste e com raiva de Amanda, pois ela gostava de Jonas
e pensava que ele também gostasse dela. Alguns minutos depois, Lee escutou
um grito que vinha do chão. Lee levantou-se e procurou alguma entrada, um
esconderijo falso, até que ouviu o grito novamente e percebeu que ali localizava-
se um porão.
- Me solta! Socorro! Alguém me ajuda!
Lee pegou um machado na sala de ferramentas e começou a martelar o
chão bem forte. De repente, surgiu uma porta, como se fosse uma escada
flutuante, pois não tinha nenhum apoio aparente para que a escada pudesse
ficar de pé. Lee desceu a escada com medo. Quando chegou lá embaixo, viu
vários corpos de meninas mortas, sem contar o cheiro insuportável de podre. Ela
ouviu uma voz de homem e procurou um lugar para se esconder. Um homem viu
que a entrada estava aberta e disse:
- Vejo que mais uma criança curiosa achou meu esconderijo.
Lee, sem querer, esbarrou numa prateleira.
O homem escutou o barulho e foi atrás de Lee. A garota saiu correndo,
tentou subir as escadas, mas o homem pegou seu pé e lhe disse:
- Sua curiosa e barulhenta, vejo que vou ter que acabar com você.
- Não, por favor, não me mate! Eu juro que não conto para ninguém!-
disse Lee chorando de medo.
O homem a viu, pegou-a pelos cabelos e a arrastou até uma sala fechada
cheia de sangue, ratos, baratas e outros seres asquerosos.
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Capítulo V: O esconderijo 2 (Cauã Almeida de Sousa)
Quando ela olhou para o lado, viu Amanda presa, pensou que iria morrer
e começou a pedir socorro e gritar, desesperadamente, para que a soltassem. O
homem prendeu– a no local e foi tampar o buraco que ela fez. Ela pensou: “Meu
Deus, vou morrer! O que eu faço?”
Amanda disse:
- Não se preocupe. Acalme-se. Você está bem?
Ela respondeu que não, estava com muito medo. O homem voltou e a
levou para um lugar escuro.
Lee gritou:
- Por favor, me solta, não vou falar a ninguém. Quando ela estava
chegando, começou a ver pessoas mortas. Então, começou a pensar: “Como
vou escapar? Já sei, acho que vou ter que deslocar o meu dedo para me soltar,
dessa corda. Vou esperar ele ir para algum lugar”.
O homem disse:
- Fique onde está que já volto!. A tortura vai começar!!!
Ela implorou:
- Não faça isso! Você não precisa! Por favor, alguém me ajude! Socorro!!!
Mas, ao deslocar o seu dedo, teve que a segurar o choro! Então, olhou
para a parede, viu uma faca e a pegou. Quando o homem estava voltando,
apareceu com uma mala. Lee olhou para o lado e começou a gritar por socorro.
O homem a respondeu:
- Não adianta, vou te torturar de qualquer jeito.
Quando abriu a maleta, pegou um canivete. Lee apontou sua faca para o
ele. Porém, de repente, ele tirou a máscara. A garota largou a faca e
imediatamente começou a chorar e disse:
- Por quê?
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Capítulo VI: O esquecimento (Gabriela Morais)
Lee, impressionada, caiu desmaiada, batendo forte com a cabeça. Isso
fez com que o tal homem tomasse outra decisão, sem ser matá-la, imaginando
que ela tinha perdido a memória, mas preferiu se certificar de que Lee não iria
lembrar do que tinha visto e disse:
- Não sei como faria isso. Você não tem ideia de como é difícil.
De repente, ouviu um barulho vindo do porão. Percebeu, nesse momento,
que eram gritos de preocupação de Bruce, desesperado, atrás de sua irmã, Lee.
Amanda ouviu também e gritou:
- Ela está aqui, aqui embaixo!
Mas os gritos de Amanda sequer saíram da sala, pois o homem
mascarado já havia se preparado para quando isto acontecesse e instalou
paredes acústicas, de um tecido diferente, o qual permitia a entrada do som mas
não permitia a saída. O único local que permitia a saída era o banheiro feminino,
pelo qual Bruce já havia passado.
O homem, então, resolveu verificar se Lee ainda estava desacordada. Ao
chegar ao local, encontrou Lee chorando e perguntou:
- O que aconteceu?
Lee o respondeu:
- Não sei como vim parar aqui, mas estou com muito medo! – em seguida
lhe deu um forte abraço.
O tal homem, então, percebeu que Lee não se lembrava do que havia
acontecido. Pediu para ela não sair de lá, porque ele iria pegar um copo de
água. Lee disse que tudo bem.
Então, ele saiu e entrou em um local limpo. Era algum tipo de laboratório,
sala de remédios ou algo do tipo. Um lugar limpo, sem sangue, ratos ou baratas.
Nem mesmo moscas havia ali. Então, pegou um copo de água e colocou algo
junto com a água, uma substância parecida ao “Boa noite Cinderela” e levou até
ela, fazendo com que bebesse tudo. Lee não chegou a desmaiar, mas ficou meio
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tonta. Em seguida, ele a pegou no colo e saiu pelos corredores vazios daquela
escola, deixando-a no quarto. Depois, voltou para seu esconderijo correndo para
que ninguém o visse. Chegando lá, Amanda lhe perguntou:
- O que fez com ela?
E ele lhe respondeu:
- Nada, ela pediu para ir embora e te deixar, pois você estava
atrapalhando os planos dela.
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Capítulo VII: Quem é você? (Esther Coelho)
De repente, Bruce chegou desesperado com uma grande sensação de
alívio ao perceber que Lee estava ali deitada em sua cama, sem nenhum
machucado aparente e perguntou:
- Lee, você está bem? O que aconteceu?
Ela lhe respondeu:
- Não muito, estou com uma baita dor de cabeça, e não sei o que
aconteceu depois que fui ao banheiro. Tem um galo aqui perto da nuca.
- Lee! Está sangrando, fica aí! Não se mexa, eu vou buscar um estojo de
primeiros socorros.
Enquanto isso, Amanda escutou passos firmes e apressados. Era ele!
Pegou-a pelo braço e a levou por um corredor antigo, até chegar a uma sala de
pesquisas. Percebeu que havia vários livros de estudo e papéis sobre as mesas.
Um deles chamou a sua atenção, colocou a mão sobre ele. Então, o misterioso
homem lhe disse:
- Você é mesmo muito curiosa, não entendo por que gostam tanto de
você! -Amanda não conseguiu entender, mas ele continuou:
- Você é uma pessoa popular, certo?- e sem deixá- la responder:
- Como seus pais costumam te tratar?
Ela lhe respondeu:
- Eles me tratam bem e não…
- Você por um acaso já sofreu bullying ou algum tipo de ofensa?
Amanda, ainda sem entender, respondeu:
- Não, mas por que isso?
- O que é ser popular para você? Como você consegue ser popular?
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- Eu não faço nada, sou o que sou, o que sempre fui para mim! Isso não
importa, não é nada, e se as pessoas acham isso, é porque elas gostam do meu
jeito. Mas por que isso? Quem é você?
O homem respondeu:
- Sou uma pessoa que você devia conhecer muito bem, um ex-professor
que foi expulso por ofender a um aluno.
Após essa resposta, o homem tirou um frasquinho do bolso, com um
líquido roxo e disse:
- Esse veneno do século XIX é muito fácil de dissolver na água e letal
também. Não tenha dúvida!
Após essa pequena aula de História, o homem colocou uma algema nas
mãos dela e a levou para um quarto, parecido com os dormitórios do colégio e a
jogou lá dentro.
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Capítulo VIII: Encontro marcado (Caio Cardoso)
Bruce fez um curativo na nuca de Lee, chamou o detetive e falou para ela:
- Esse é o detetive Roberto, ele vai ficar aqui com você enquanto eu e
Jonas vamos a um encontro marcado.
- Com quem?- perguntou Lee.
- Com os funcionários desaparecidos da escola - respondeu Roberto,
enquanto fazia o desenho de uma cratera em uma caverna. Lee não entendeu o
desenho e perguntou para Roberto o que significava. Antes que ele
respondesse, apareceu Jonas na porta do dormitório com uma mochila e
equipamentos de alpinismo. Bruce pegou sua mochila e acompanhou Jonas em
silêncio. Lee percebeu que estava de noite e logo refez a pergunta:
- O que significa este desenho?- desta vez ele respondeu:
- Enquanto você esteve sumida, houve algumas descobertas, quer que eu
conte?
- Sim.
- Então tá.
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Capítulo IX: Descobertas inesperadas (Caio Cardoso)
- Jonas me contou tudo o que aconteceu. Após você sair correndo, Bruce
e Jonas acharam isso muito estranho e pensavam que ia retornar para tomar
café, porém depois que eles terminaram de comer, foram jogar futebol na
quadra. O interessante é que depois, Bruce foi à piscina, que está liberada, e
Jonas foi te procurar até o horário do almoço. Não te viram no refeitório, nem em
nenhum canto da escola. Jonas terminou de comer primeiro e começou a andar
por aí, Bruce ficou preocupado e começou a procura. Jonas me encontrou e
perguntou se eu não tinha notado nada estranho. Disse-lhe que sim, a sala da
despensa tem uma estante que parece estar fora do lugar. Tem uma marca de
poeira fora do alcance dela, também está torta. –respondi. Jonas estava
animado com isso e queria encontrar logo Bruce. Encontramos com ele vindo
dos banheiros, quase chorando. Quando contamos a novidade, ele também ficou
animado. Fomos até lá e, empurrando a estante, descobrimos uma passagem,
parecia um porão. Abrimos a portinha e demos de cara com uma escada.
Descendo, andamos por uma caverna até encontrarmos uma cratera com um
lago embaixo. Na parede, havia uma corda ao lado de uma mesa com um
machado, viam-se os professores e funcionários desaparecidos. Precisaríamos
de equipamentos se quiséssemos descer até lá. Combinamos que Jonas
procuraria os equipamentos enquanto eu e Bruce procuraríamos você.
Quando o detetive terminou de contar o ocorrido. Lee já estava dormindo.
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Capítulo X: Encontro marcado parte 2 (Caio Cardoso)
Bruce estava correndo ao lado de Jonas. Eram rápidos e desciam as
escadas em silêncio. Bruce pegou da mochila um salgadinho e começou a
comê-lo.
- Jonas, onde estamos indo? A despensa é atrás da cozinha e não na
cabine de câmeras.
- A despensa, provavelmente, está trancada e a chave está na cabine de
câmeras onde os seguranças ficam.
- Mas para entrarmos lá, temos que passar no corredor que tem cinco
câmeras. Aí, nosso trabalho de passar nos lugares onde não há câmeras, não
funcionará de nada. – Jonas pegou uma latinha de suco e a abriu. Fez um
grande barulho no corredor silencioso. Bruce ficou com uma cara de
preocupado.
- Ninguém escutou, não se preocupe. – Jonas disse. E prosseguiu:
- Eu tenho um plano para entrarmos lá, mas antes preciso de uma latinha
vazia. Você já costurou alguma vez na vida?
- Já, mas o que isso tem a ver com pegar a chave?
- Você entra pelos dutos e fica esperando o único guarda noturno sair.
Então, pegamos uma agulha magnetizada com o ímã que usamos quando
brincamos com a bússola há três anos. Amarramos uma linha (de fio dental). Se
o detetive Roberto estiver certo, a chave vai ficar grudadinha na agulha.
- Bruce, meu velho amigo, esqueceu que vou precisar de uma latinha
vazia? – Jonas tomou o último gole de suco e falou:
- Não vai me falar desta vez que está com medo, vai? Já fizemos coisas
piores e foi você, na maioria das vezes, que me convidou.
- Medo? Nunca!
Bruce foi para o duto e entrou. Jonas foi para o corredor e ficou atrás da
parede, pegou a latinha e o celular. Passou uma mensagem para Bruce: “Está
tudo OK?”. Ele respondeu: “Sim, manda a latinha”. Bruce olhou para baixo e viu
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um segurança olhando atentamente as câmeras e tomando café. Os outros
quatro, cada um em uma cadeira, estavam dormindo e até roncavam.
Bruce pegou o ímã e a agulha e começou a passar a agulha no ímã:
- 1, 2, 3… - Bruce foi interrompido pelo barulho do guarda, saindo da
cabine.
- 4, 5, 6. – prosseguiu a contagem. Tirou da mochila um kit de escovar
dentes, um fio dental e o amarrou na agulha. Começou a descê-la pelas brechas
do duto. A chave estava em cima da mesa ao lado de um computador. A agulha
ficou grudada na chave, como Jonas havia dito, mas a chave era muito pesada e
não subia com a agulha.
Bruce desceu dos dutos com cuidado, pegou a chave e voltou para os
dutos. Em seguida, o guarda entrou e se sentou na cadeira de novo. Bruce
voltou para onde tinha visto Jonas a última vez e falou para ele:
-Onde você se escondeu?
- Na lata de lixo, estava vazia.
Os dois chegaram à despensa e entraram na caverna. Ao chegarem à
cratera, apenas observaram, pois acharam que seria arriscado tentar um resgate
sozinhos. O mais importante já tinham: a informação de onde estavam os
funcionários desaparecidos. Mas sua preocupação aumentou ao perceber que
Lee não estava entre os reféns...
Então, Jonas e Bruce voltaram para dormitórios e encontraram Lee.
- Lee, onde você esteve todo esse tempo? – Jonas perguntou.
- Não sei, só lembro-me de ter ido ao banheiro e acho que dormi.
- Jonas, a polícia quer te interrogar. – falou Roberto, entrando no
dormitório.
- Eles já te interrogaram?
- Não. Os alunos primeiro,
- Certo.
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Capítulo XI: O culpado (Caio Cardoso)
Jonas foi até o pátio onde os policiais estavam:
- Como você se sentiu ao saber que os professores haviam sumido? –
perguntou um policial de óculos escuros e boné.
- Não gostei, porque tinha que recuperar nota em Ciências.
- O que você achou quando eles reapareceram?
- Achei bom, porque agora posso recuperar nota em Ciências.
- Com certeza a mesma pessoa que sequestrou Amanda preparou uma
armadilha para os professores. Então, me diga o que sabe!
Jonas contou tudinho, com todos os detalhes. Chamou Bruce, que fez o
mesmo.
- E agora, quem vocês acham que é suspeito?
Bruce respondeu:
- O vice-diretor.
- Por quê? – o policial pergunta.
- Porque ele e os seguranças noturnos foram os únicos que não sumiram.
- Mas o vice-diretor colaborou com as investigações.
- É para ninguém desconfiar dele.
Nessa hora, o detetive interrompeu os três, dizendo:
- Policial, o culpado de tudo é o diretor!
Todos olharam para ele. O diretor e o vice-diretor chegaram ao pátio. O
diretor disse:
- Como eu sou culpado? Eu caí numa armadilha… - Jonas disse:
- É mesmo, explica isso.
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- E só porque eu caí numa armadilha sou suspeito? Por que só eu? E os
seguranças? – perguntou o diretor olhando para Jonas e para Bruce. O diretor
olhou para o detetive e disse:
- Como você pode afirmar isso?
- Eu tenho provas.- afirmou o detetive.
- Que provas? – perguntou Bruce.
- A gravação de uma conversa do diretor com um ex-professor, que
provavelmente é seu aliado.
- Provavelmente, quem garante que não era sobre assunto de
recontratação? – argumentou o diretor.
- Eu tenho a gravação, quer ver?
- Se você tem, então mostre – interrompeu o policial.
O detetive começou a procurar alguma coisa em sua bolsa, mas não
encontrou.
- Viu? Ele está mentindo!- falou o diretor. O detetive parou de procurar e
disse:
- Jonas, você me conhece, sabe que digo a verdade.
O policial tirou os óculos, olhou para Jonas e disse:
- Eu acredito em você, me diga quem é o suspeito mais próximo de ser o
culpado que eu vou prendê-lo provisoriamente até ser resolvido o caso.
Jonas olhou para o diretor, para o policial, para o vice-diretor e para o
detetive e disse:
- O culpado é…
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Capítulo XII: Lembrança (Caio Cardoso)
- É o vice-diretor- Jonas respondeu.
- O quê? – perguntou o vice-diretor.
- Você não tem provas - disse o vice-diretor.
O policial apontou a arma para o vice-diretor e disse:
- Você tem o direito de permanecer calado!
O detetive foi embora com o policial, levando o vice-diretor preso.
- Amanhã recomeçam as aulas.
Jonas e Bruce voltaram para os dormitórios. Jonas foi ao de Bruce. Lee os
esperava e perguntou:
- Contaram o que aconteceu?
- Sim, e o vice-diretor foi preso - respondeu Bruce.
- Mas o Roberto não concordou - continuou Jonas.
- Será que a gente suspeitou errado? – disse Lee.
- Não sei. Se não for ele, ele vai aparecer aqui de novo - respondeu
Bruce. Após um pouco de tempo, perguntou a Lee:
- Onde esteve nesse tempo todo?
- Não sei - respondeu Lee.
- Fui até o banheiro, e… Parece que voltei a dormir - prosseguiu Lee.
- Acordou à noite e voltou a dormir? É muito tempo!!!
- Será que não foi sonho? – Jonas perguntou calmamente.
- Só tem um jeito de testar.
Os três saíram escondidos, foram ao banheiro e Bruce começou a
martelar o chão, fazendo bastante barulho, mas ninguém percebeu. Após umas
dezoito marteladas, o grupo conseguiu ver a escada. Os três a desceram. Jonas
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na frente e Bruce atrás. Lee estava com um estilete escondido na manga da
blusa, Bruce com um canivete no bolso e Jonas com um martelo na mão.
- Quando você comprou um estilete, Lee?- Bruce perguntou.
- O nosso padrasto me deu.
Neste momento, Bruce pegou seu canivete e ligou a lanterna embutida a
ele.
- Quando você comprou esse canivete, Bruce?- Lee perguntou.
- O nosso padrasto me deu - Bruce respondeu. Escutaram, então, uma
voz que dizia: “Eu poderia envenenar sua comida, mas não o farei, porque meu
chefe não iria gostar desta notícia”. Lee logo disse:
- Lembram-se do professor de espanhol? É ele, é a voz dele! É ele o
cúmplice do vice-diretor.
- Vamos ter que agir, pessoal. Lee, distraia o nosso ex-professor. Bruce,
tente pegar ou tirar fotos de tudo que conseguir e veja se é possível descobrir
algum plano. Enquanto isso, eu procuro a Amanda. – Jonas disse.
Os três foram cada um para um lado. Jonas encontrou um corredor
escuro que tinha uma luz no fundo, no lado direito de uma porta. Estava
trancada. Então, Jonas bateu quatro vezes na porta. Uma voz meio trêmula
respondeu:
- O que você ainda quer comigo?
Jonas reconheceu a voz de Amanda e pegou um pedaço de papel.
Escreveu uma mensagem e a jogou debaixo da porta. Inicialmente, Amanda
pensou que seria outra ameaça, mas pegou o papel e leu a mensagem, a qual
dizia: “Oi, sou eu, Jonas. Estou investigando o seu sumiço com Bruce e Lee. Só
falta você para a equipe ficar completa!” Amanda virou a folha e respondeu no
verso, passando a folha por baixo da porta também. Quando Jonas ia lê-la, foi
surpreendido pelo professor de espanhol:
- Então está aqui!
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Capítulo XIII: A fuga (Caio Cardoso)
O ex - professor de espanhol correu na direção de Jonas, mas o menino
correu em sentido oposto. O lugar era muito escuro, nem Jonas via os próprios
pés. A luz da lanterna do professor estava se aproximando de Jonas, mas este
antes encontrou uma sala com lâmpadas, caixas de um metro de altura e pedras
brilhantes, muito pequenas. Jonas pensou rápido e se escondeu atrás de duas
caixas empilhadas. O ex-professor passou pela sala e voltou. Jonas saiu
correndo na direção da saída, mas quando saiu foi para o banheiro masculino e
subiu num vaso sanitário. O ex-professor passou perto, praguejou e voltou para
o esconderijo. Jonas voltou para o dormitório, encontrou Bruce com o ouvido na
porta e Lee dormindo. Bruce disse, sussurrando:
- Escuta isso aqui.
Jonas colocou o ouvido na porta e conseguiu escutar o diretor do lado de
fora, ele dizia:
- Mas quem são os três? Bruce, Jonas e Lee? Certo? Mas Amanda ainda
está sob seu controle? O quê? Jonas entrou na Jazida de diamantes? Sim, isso
vai dar certo…Não, amanhã eu acabo com eles…Não, vai ser uma armadilha
que usamos antes… Certo, Thal…
Bruce escutou, depois disso, passos cada vez mais longe.
- Roberto tinha razão - lamentou Jonas, que prosseguiu:
- Conseguiu alguma informação?
- Tirei uma foto de um mapa que mostra que esta escola foi construída em
cima de uma mina de diamantes que havia desabado em um terremoto.
Jonas, então, tirou um papel do bolso e o leu. Em seguida, disse:
- Bruce, vá debaixo de sua cama, pois ela fica em cima da cama do
quartinho em que Amanda está.
Ele foi para baixo da cama, onde encontrou uma porta lá. Girou a
maçaneta e empurrou a portinha. Amanda tomou um grande susto quando viu
Bruce aparecer inesperadamente, soltando um grito sufocado por suas próprias
23
mãos. No entanto, sentiu um grande alívio e correu ao seu encontro.
Rapidamente, agarrou a mão do amigo e passou para o outro lado. Fecharam a
porta e a trancaram. Só então puderam se abraçar e chorar de alívio juntos.
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Capítulo XIV: O plano (Caio Cardoso)
O diretor acordou, tomou café e foi chamar os alunos nos dormitórios,
quando encontrou a polícia. O detetive e o vice-diretor estavam ao lado de
Jonas, Amanda, Lee e Bruce. Roberto disse:
- O ex-professor de espanhol já está no carro esperando que você seja
preso.
O diretor ia dizer algo, mas antes o policial exclamou:
- Você tem o direito de permanecer CALADO!
Dito isso, o policial o algemou e o levou para o carro onde de fato estava o
ex-professor de espanhol, que sussurrou:
- Aquelas barras de ouro que você ia me pagar, podem pagar minha
fiança.
- Aquilo é isopor pintado de dourado!
O ex-professor de espanhol começou a praguejar novamente e o policial
disse:
- CALADO! Você só tem esse direito, o de ficar CALADO!
Na escola, Bruce e Lee foram tomar café, enquanto que Amanda e Jonas
foram para o corredor que levava ao teatro. Amanda perguntou a Jonas qual era
o plano dos criminosos. O garoto lhe respondeu:
- Parece que quando eles eram crianças, eram amigos e ficaram sabendo
que uma mina de ouro havia sido soterrada após um terremoto. Depois de algum
tempo, a escola foi construída. Os dois conseguiram um emprego bem onde
queriam, perto da mina. O professor foi expulso por insultar um aluno e passou a
morar embaixo da escola, na mina. O diretor foi quem arquitetou tudo, o que fez
o plano todo: te sequestrar, fechar a escola com o sumiço de alguns alunos e
professores e, finalmente, ficar com a jazida de diamantes.
- Como fizeram os professores sumirem?- perguntou Amanda.
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- Embaixo da sala dos professores tem uma cratera com um lago no fim
dela. Os criminosos fizeram um sistema com cabos em cima da cratera que
quando acionado, fazia as cadeiras da sala dos professores caírem nesse
buraco.
- Você seria um bom detetive - disse a garota.
- Será? - questionou o menino.
Os dois chegaram mais perto um do outro. Ficaram frente a frente,
olharam-se e suas cabeças foram aproximando-se cada vez mais... De repente,
Lee apareceu no corredor e saiu correndo na direção oposta dos dois. Amanda e
Jonas ficaram sem entender. Voltaram a encarar-se carinhosamente, olho no
olho, bocas aproximando-se...
- Ei, escola é lugar para estudar e não para namorar! - interrompeu-os o
vice-diretor.
Depois que o vice-diretor saiu, retomaram o olhar apaixonado de um para
o outro. Suas cabeças foram ficando cada vez mais próximas, olhando-se como
se não houvesse mais nada no mundo, apenas eles. Finalmente, seus lábios
tocaram-se... Estavam salvos e juntos!
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