Download docx - Inscrições rupestres

Transcript
Page 1: Inscrições rupestres

Inscrições rupestres  Serra da

Capivara

  

   Anunciar no Ache Tudo e Região é retorno garantido.

 No interior do Parque Nacional da Serra da Capivara existem cerca de 300 sítios arqueológicos em cujas paredes se encontram pinturas feitas pelos homens pré-históricos. Essas pinturas são um verdadeiro registro gráfico , uma crônica da sociedade que aqui vivia, seus mitos, religiões, cerimônias e vida cotidiana.

Desde 1970, os pesquisadores trabalham na identificação dos povos que aqui viveram, e dos que fizeram as diferentes pinturas que puderam ser classificadas. Para isso foram feitas escavações, analisados milhares de utensílios e restos de pinturas encontradas nas camadas arqueológicas, essas mesmas camadas foram datadas pelo método do Carbono-14 e, assim, foi possível provar que desde, pelo menos 29.000 anos atrás, havia grupos humanos que pintavam sua história nestas paredes.

Foi possível  identificar alguns grupos estilísticos diferentes. A classe mais vasta é chamada Tradição e se caracteriza pelos temas e figuras representados. No Parque Nacional temos duas grandes tradições, a Nordeste e a Agreste.

A Tradição Nordeste, que existe desde, pelo menos, 12.000 anos e desaparece da região 6.000 anos mais tarde, é a dominante. Caracteriza-se pela narratividade de suas composições que englobam animais e homens, juntos ou separados. Os homens, quase sempre, estão

Page 2: Inscrições rupestres

desempenhando uma cena: dança, cerimonial, mítica, caça, luta, sexo, parto e outras cujo significado nos escapa completamente.

Os animais representados são os da fauna corrente, emas, tatus, onças, jacarés, capivaras, peixes, seriemas, macacos, entre outros. As figuras, tanto de animais como de homens, mostram um movimento marcante.

A quantidade de sítios  desta Tradição permitiu que fossem definidas sub-classes, os estilos, denominados respectivamente, estilo Serra da Capivara, o mais antigo, o estilo Serra Talhada e o estilo Serra Branca, o último da tradição.

O estilo Serra da Capivara (12000-8000 anos) é caracterizado por pinturas de tamanho reduzido, representando figuras desenvolvendo ações de grande dinamismo, com temas muito diversificados.

O estilo Serra Talhada (8000-6000 anos), cobre a evolução das pinturas entre os períodos inicial e terminal da tradição Nordeste que, durante seis mil anos, apresentou modalidades técnicas de realização e de encenação que mudam enquanto permanecem as escolhas temáticas fundamentais.

O estilo Serra Branca (6000 anos), o mais recente, é caracterizado pelo estatismo das figuras. Nelas, o autor passou a privilegiar as características ornamentais e a policromia nas figuras.

Os povos da Tradição Nordeste ocuparam um vasto território em todo o Nordeste,

Page 3: Inscrições rupestres

chegando até o norte de Goiás. Sua cultura, rica e poderosa, deixou marcas nas paredes de abrigos em todas essas regiões e, mesmo se aparecem variações gráficas, a temática é mantida.

A Tradição Agreste aparece por volta de 10.000 anos e parece perdurar até cerca de 4000-3.500 anos atrás. Os temas representados são animais e homens, estes geralmente desenhados cobertos por grandes máscaras e com cocares e penas na cabeça. As figuras são rígidas e estáticas e não há composições temáticas.

As duas tradições compreendem também figuras geométricas ou sinais que deviam ser símbolos de um código que se perdeu para sempre no passar dos milênios. Qualquer tentativa de interpretá-las não tem nenhum valor científico pois as formas utilizadas  pelos homens podem ser a mesma, mas seu significado varia de uma cultura para outra.

A cor utilizada pelos homens pré-históricos nas épocas mais antigas (entre 29.000 e 9.000 anos atrás) era unicamente o vermelho, obtido da hematita (oxido de ferro). As diferentes tonalidades, como claro, médio, escuro do vermelho são somente um resultado da concentração do corante. Essas tonalidades diferentes eram obtidas graças ao aquecimento do óxido de ferro.

A partir de 9.000 anos atrás os homens começaram  a utilizar outras cores como o amarelo, que é um mineral, a goetita, o branco feito com gipsita ou kaolinita, e o cinza composto de hematita misturada com

Page 4: Inscrições rupestres

kaolinita, também substâncias minerais. O preto é composto de substâncias orgânicas pois era obtida a partir de ossos de animais queimados e triturados.

 

 

Fonte: Folder da Fumdham

 

 

 

 

Inscrições RupestresHabitantes do passadoFauna e FloraEcologiaFUMDHAMLocalização

  

 

Preservação

Page 5: Inscrições rupestres

Monitoramento constante nas estradas do Parque

 

Os trabalhos de preservação do Parque Nacional e dos sítios arqueológicos consiste em um esforço conjunto entre a FUMDHAM, o IBAMA e o IPHAN.

Os recursos captados, muitas vezes insuficientes, são administrados para as prioridades que envolvem a gestão de um Parque Nacional, como o acesso de turistas e trabalhadores, a proteção da fauna e da flora, e a conservação dos sítios.

Foram construídas XX guaritas, sendo XX de acesso turístico e XX de serviço. Todas elas estão em constante comunicação via rádio, com a sede da fundação e com o IBAMA. As guaritas são ocupadas por mulheres, que fazem o

monitoramento das entradas e saídas nas estradas do Parque. Atualmente trabalham no Parque cerca de XX funcionários, entre efetivos e temporários.

 

Page 6: Inscrições rupestres

Guarita BR-020 acesso turístico

 

A vigilância dos limites do Parque é feita por uma equipe de guardas do IBAMA, que percorrem as estradas e trilhas em busca de caçadores e pessoas não autorizadas. Uma característica do Parque é a pressão exercida pelos povoados que se encontram no seu entorno. Regiões pobres, que muitas vezes promovem o desmatamento, queimadas, criação de gado solto e a caça e tráfico de animais silvestres.

Durante o período da seca é necessária a criação de uma equipe de prevenção e combate a possíveis focos de incêndio no Parque e regiões do entorno .

Para o manejo dos recursos hídricos, cisternas de alta capacidade foram construídas em locais estratégicos para captar água no período das chuvas e abastecer bebedouros e "caldeirões" naturais na época da seca. As formações rochosas contribuiram para a canalização da água que corre em grande volume sobre os paredões. Essa medida foi tomada para minimizar os efeitos da desertificação e da destruição de parte do corredor ecológico entre o P.N. Serra da Capivara e o P.N. Serra das Confusões sobre a fauna da região.

 

Page 7: Inscrições rupestres

Trabalho de conservação dos sítios arqueológicos

 

PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Os sítios com pinturas rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara, como toda obra de arte exposta ao ar livre, encontram-se em permanente processo de degradação.

Em alguns sítios, determinados fatores naturais ou antrópicos agem, acelerando a degradação da rocha ou das pinturas. É preciso, então, encontrar meios de neutralizar a ação destes agentes destruidores para que se possa prolongar por muito tempo a vida destes insubstituíveis documentos pré-históricos.

Os pigmentos das pinturas são compostos naturais similares as rochas, por isso persistem até hoje. Só que estes compostos também passam por processos de degradação natural provocados, sobretudo, pela ação da água que, em geral, quando passa, arrasta parte dessas substâncias.

Alguns insetos (vespas, marimbondos, cupins), microorganismos e vegetais também provocam a destruição de sítios com pinturas. Os insetos constroem ninhos muitas vezes sobre as pinturas. Esses ninhos são feitos com argila, restos vegetais e saliva animal. Com o passar do tempo esses ninhos petrificam e recobrem definitivamente paneis com pinturas.

O problema mais intenso e mais grave de deteriorização atinge o próprio suporte rochoso. A rocha é de tipo sedimentar

Page 8: Inscrições rupestres

formada de um arenito muito poroso e cimentada com uma matriz feldspática- quartzítica. Ela desagrega-se muito facilmente com a ação da água, vento e variações bruscas de temperatura, típicas de clima semi-árido : mm sol escaldante ao meio-dia com temperaturas de até 45 graus e noites frescas com temperaturas variando entre 15-20 graus.

O fogo também provoca o superaquecimento da rocha e, como conseqüência, o aparecimento de rachaduras que ocasionam futuras quedas de placas.

As plantas, quando tocam a parede rochosa, também são prejudiciais à preservação dos sítios. Elas podem destruir a rocha através de substâncias químicas por elas produzidas como certas resinas ou, então, por reterem umidade e assim favorecerem o desenvolvimento de microorganismos (fungos, algas, bactérias, líquens). Além disso o desenvolvimento das raizes no interior da rocha provoca rachaduras fazendo cair placas que apresentam pinturas.

A vegetação baixa, de tipo capoeira, que se encontra em geral na entrada dos abrigos, é a maior responsável pelo alastramento de incêndios nos sítios. E, sobretudo, por aproximar o fogo das áreas com pintura. A ação do fogo além de provocar um superaquecimento da rocha, também recobre a superfície pintada com fumaça.

O trabalho de proteção dos sítios de pinturas rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara é feito em três etapas diferentes. O primeiro consta do levantamento e da identificação dos problemas de conservação presentes em cada sítio. Este trabalho é feito com a colaboração de diferentes especialistas (químicos, geólogos, microbiólogos, biólogos, botânicos). Cada sítio deve ser estudado separadamente pois os tipos de problemas são muito específicos e próprios dos locais considerados. A segunda etapa é o trabalho de intervenção. Isto significa a realização de ações no sentido de neutralizar os agentes destruidores. As principais atividades desenvolvidas são a limpeza dos painéis pintados com a retirada dos diferentes depósitos de alteração que encontram-se sobre os mesmos. Este trabalho só pode ser feito por um especialista treinado para tanto pois é preciso tomar muito cuidado para não danificar nem as pinturas nem a rocha. No Parque Nacional Serra da Capivara já foram oferecidos dois cursos para formar agentes de conservação, e hoje o parque já conta com uma equipe que trabalha sistematicamente na preservação das pinturas. A terceira etapa do trabalho de conservação é a pesquisa sistemática. Todas as ações realizadas são verificadas periódicamente para se avaliar os resultados obtidos. Estudos são feitos para complementar diagnósticos ou para solucionar novos problemas. Esses estudos são feitos por um especialista em conservação e deve contar com a colaboração de diferentes áreas (química, física, biologia, geologia).

Este trabalho de acompanhamento contínuo do avanço do estado de deterioração do Patrimônio Cultural do Parque Nacional Serra da Capivara deveria ser praticado idealmente para a totalidade dos sítios, todavia, do ponto de vista prático isso se torna, atualmente, inviável, em decorrência do grande número de sítios e dos altos custos. Portanto é feito uma seleção priorizando os que correm maior perigo.

A situação dos sítios de arte rupestre do Parque Nacional Serra da Capivara seria bem diferente se não houvesse uma destruição acelerada do patrimônio natural. A preservação dos sítios com pinturas depende diretamente da preservação da fauna e flora da região. A maioria dos agentes causadores da destruição dos sítios é conseqüência de um desequílibrio ecológico com quebra da cadeia alimentar. O caso dos cupins ilustra bem esta situação. A caça desordenada de animais (tamanduá, tatu) que se alimentam de cupim fêz com que houvesse um aumento considerável destes, que hoje constroem suas galerias sobre pinturas. Os desmatamentos e queimadas provocaram o desaparecimento de espécies nativas que protegiam a rocha da incidência solar e hoje em seu lugar brotam apenas as plantas baixas, tipo capoeira.

É preciso que nos conscientizemos sobre a importância de presevar esse imenso patrimônio cultural, testemunho de grupos que habitaram o Piauí antes da chegada do Europeu e sobre os quais não dispomos de documentos escritos precisando conhecer muito ainda para entender melhor o passado, analisar o presente e buscar um futuro melhor.

Page 9: Inscrições rupestres

 

Colocação de "pingadeiras" para que a água

da chuva não danifique as pinturas rupestres.

 

Serra da Capivara: uma viagem no tempo pelo sertão do Piauí

Desconhecido dos turistas, Parque Nacional da Serra da Capivara guarda mais de 600 sítios arqueológicos, com pinturas rupestres de até 12 mil anos

Ligia Helena, enviada à Serra da Capivara

- Veja galeria de fotos da Serra da Capivara

A 530 km de Teresina, no interior do estado do Piauí, existe um tesouro pouco conhecido. Espalhado por quatro municípios, o Parque Nacional da Serra da Capivara abriga uma das maiores coleções de arte rupestre do mundo.

Dos mais de 600 sítios arqueológicos que existem dentro do Parque Nacional, 170 estão abertos para a visitação. São registros de ocupação humana que, segundo estudos

Page 10: Inscrições rupestres

de arqueólogos e antropólogos, pode chegar até a 100 mil anos de antiguidade. Por sua importância, foi incluído na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Ligia Helena

Parque Nacional guarda a maior coleção de pinturas rupestres do mundo

A aventura já começa na estrada. O jeito mais fácil de chegar à cidade de São Raimundo Nonato, que é a base para esta verdadeira viagem no tempo, é via Petrolina no estado de Pernambuco.

Pouco mais de 300 km de estrada separam as duas cidades, mas devido ao estado das rodovias, a viagem pode levar mais de cinco horas. Bois, bezerros, bodes e cabritos surgem na pista a todo momento, portanto é necessária uma boa dose de prudência no volante.

AE

Trilhas bem sinalizadas levam até paredões de pedra com pinturas rupestres 

Uma vez no parque, é indispensável a contratação de um guia. Não é permitida a presença de visitantes sem o acompanhamento de um desses profissionais, que além de

Page 11: Inscrições rupestres

saberem os melhores caminhos para os principais pontos de interesse, ainda dão verdadeiras aulas sobre a fauna, flora e história do local. Além disso, devido às dimensões do Parque, é necessário o uso de um automóvel para explorá-lo.

Aí sim, é hora de embrenhar-se pelas trilhas, muito bem sinalizadas, até encontrar paredões de pedras com desenhos que ora retratam animais, ora cenas da vida pré-histórica, como danças, lutas, caça, sexo e parto.

Ligia Helena

As duas pinturas mais famosas da Serra da Capivara: "Beijo" e as duas capivaras 

É fascinante imaginar há quantos milhares de anos essas pinturas foram feitas e o quanto foram bem conservadas pela natureza. Trata-se de um verdadeiro museu a céu aberto, com pedra no lugar da tela e carvão e minerais como a hematita e o óxido de manganês no lugar da tinta.

Um dos grandes destaques do Parque é o Boqueirão da Pedra Furada. Vale a pena reservar um fim de tarde para visitar este que é o sítio-modelo de escavação arqueológica da região. Nesta parede de pedra estão duas das mais famosas pinturas da Serra da Capivara: os dois animais símbolo do parque e o singelo “Beijo”. Se reservado com antecedência, o visitante pode ver o paredão em uma visita noturna, com uma iluminação excelente para fotos.

AE

Page 12: Inscrições rupestres

Boqueirão da Pedra Furada ganha uma iluminação especial à noitePróximo ao Boqueirão da Pedra Furada há um bem equipado centro de visitantes. Além de lanchonete e loja de lembrancinhas conta  com uma pequena exposição de fósseis de animais pré-históricos que foram encontrados no local. Pode-se ver a mão da preguiça gigante catonyx, os caninos de um tigre dente de sabre e pedaços da carapaça de um panochtus, espécie de tatu que chegava a ter o tamanho de um carro Fusca.

 

Museu do Homem Americano

Para entender melhor a importância do Parque Nacional da Serra da Capivara, é essencial uma visita ao Museu do Homem Americano. Uma exposição permanente conta a história da presença do homem nas Américas, baseado nas descobertas feitas na região do parque.

Divulgação

Crânios, ossadas e pedras lascadas são exibidos no Museu do Homem Americano

Page 13: Inscrições rupestres

Crânios, ossadas, pedras lascadas e objetos como machadinhas e urnas funerárias podem ser vistos de perto. Os vestígios mais antigos têm até 100 mil anos de idade, e os mais recentes são pós-colonização. Uma sofisticada sala multimídia oferece aos visitantes filmes sobre as pinturas rupestres. 

 

Na escola, aprendemos que os primeiros homens chegaram às Américas pelo Estreito de Behring, vindos da Sibéria. A contestação para essa antiga e reconhecida teoria está em pleno sertão brasileiro. Sítios arqueológicos guardam indícios da ocupação humana a 50 mil anos atrás, 30 mil anos antes dos homens vindos da Sibéria. Pinturas rupestres mostram como era a vida em um passado distante: caçadas, orgias sexuais, animais desconhecidos e baleias sugerem que a paisagem e os costumes eram bem diferentes do que conhecemos hoje.

Os 129.140 hectares guardam a maior concentração de sítios pré-históricos da América e uma importante amostra da Caatinga brasileira. Para proteger essa riqueza da humanidade foi criado em 1979 o Parque Nacional da Serra da Capivara, que está sob a responsabilidade da Fundação Museu do Homem Americano, além do Ibama. Pela sua inegável importância, a região é considerada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Aspectos culturais e históricos

A região como um todo apresenta aspectos arqueológicos bastante significativos e teve em outras épocas a presença de povos indígenas que foram dizimados pelos colonizadores espanhóis e portugueses.

O parque foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em função do acervo arqueológico ali encontrado, cerca de 460 sítios já foram cadastrados. No sítio do Boqueirão da Pedra Furada, foram feitas as mais antigas datações que atestam a presença do homem no continente Americano: 48 mil anos atrás.

Aspectos naturais

A paisagem é marcada pela diversidade de relevo. Da planície brotam enormes cuesta abruptas e formações rochosas típicas como a Pedra Furada e o Arco do Triunfo.

Quebrando os tons monocromáticos e a vegetação rasteira da região, encontram-se alguns trechos de mata exuberante, lembrando a época em que o terreno foi coberto por floresta tropical e até fundo de oceano, há milhões de anos. Ainda encontram-se uma chapada, na Serra da Gurguéia, e os peculiares caldeirões, depósitos naturais de água das chuvas, escavados nas rochas.

O ecossistema predominante é a Caatinga. Nela, as plantas perdem as folhas durante o período de seca. Nas áreas mais altas, predominam os angicos. Nas baixas, o umbuzeiro e o juazeiro, que não perde as folhas, além dos cactos.

Entre os mamíferos, está o tatu, a cutia, o mocó e a preá. Alguns felinos já foram observados nas matas úmidas. Muitos lagartos, iguanas e ofídios espalham-se pelo

Page 14: Inscrições rupestres

parque. Periquitos, papagaios, araras-vermelhas e a águia-chilena representam uma das 208 espécies de aves.

Clima

O clima da região é tropical de zona equatorial, com temperatura média anual de 25°C. O período seco vai de maio a outubro, apresentando boas condições de trilhas e de observação da fauna local.

Atrações

As maiores atrações do parque são os 260 sítios arqueológicos catalogados com 30 mil pinturas rupestres. São figuras humanas, animais, plantas, objetos e signos representados em diversos temas, sendo o sexual um dos mais freqüentes. Mais de 30 sítios estão preparados para a visitação, como as tocas do Salitre, do Boqueirão da Pedra Furada, do Caldeirão do Rodriguez e do Baixão das Mulheres. Para chegar a eles ou simplesmente contemplar a paisagem interessante das formações rochosas, existem diversas trilhas, algumas até mais difíceis exigindo um bom preparo físico.

No caminho para São Raimundo Nonato está o Baixão, como são chamados os desfiladeiros, das Andorinhas. Com sorte, é possível ver centenas delas mergulhando no cânion por volta das 5 horas da tarde. Em são Raimundo Nonato, está o Museu do Homem Americano, que mostra a evolução do homem, do clima e do relevo na América, além de conter ferramentas, cerâmicas e vestígios arqueológicos.

O parque abre diariamente das 7h às 17h e é cobrado um ingresso com custo baixo. O percurso aberto à visitação conta com 22 sítios arqueológicos preparados para visitação, todos com escadas de acesso, passarelas e sinalização.

Infra-estrutura

O Parque Nacional da Serra da Capivara possui uma excelente infra-estrutura, contando com Centro de Visitantes, auditório, lanchonete e sinalizações. São Raimundo Nonato, a 40 km do parque, oferece infra-estrutura simples com hotéis, restaurantes e camping no Museu do Homem Americano.

Objetivos específicos da unidade

Proteção do ambiente (área semi-áridas, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas), preservação de sítios arqueológicos e o ecoturismo.

Decreto e data de criação

Foi Criado pelo Decreto n.º 83.548 de 05.06.1979

Endereço para correspondência

Rua Dr. Luís Paixão, 188 - Bairro Milonga

(Escritório Parque Nacional Serra da Capivara).

Page 15: Inscrições rupestres

64770-000 - São Raimundo Nonato - PI

Fone/Fax: (89) 582-2085