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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

SUGESTÃO PARA APOSTILA DA DISCIPLINA “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E PREDIAIS”

PARA O CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PROF. FLAVIÖ HARÅ COORD. GERAL DO PROGRAMA CIPMOI

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2º SEMESTRE DE 2009

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ÍNDICE

LEIS – DECRETOS – RESOLUÇÕES SOBRE ATUAÇÃO PROFISSIONAL _______ 3 a 17 MODELO DE ART DO CREA____________________________________________ 18 a 19 LEI 8078-90: CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR_______________________ 20 a 36 NR-10 - INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE____________________ 37 a 49 RESOLUÇÃO 1010 CONFEA____________________________________________ 50 a 60 NOTAS DE AULA 1 – SEGURANÇA ______________________________________ 61 A 68 DPS - DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO ______________________ 69 a 71 EXERCÍCIO 1 – LEVANTAMENTO DE CARGAS E TIPO DE CONSUMIDOR______ 72 a 82 EXERCÍCIO 2 – COMANDOS (INTERRUPTORES) __________________________ 83 a 91 PORTARIA 19 DO INMETRO – PADRÃO DE TOMADAS______________________ 92 LEI N° 11.337 DE 26 DE JULHO DE 2006. (TERRA E TOMADAS) 93 EXERCÍCIO 3 – DIVISÃO DE CIRCUITOS _________________________________ 94 a 112 EXERCÍCIO 4 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES__________________ 113 a 126 PORTARIA 130 DO INMETRO – PADRÃO DE DISJUNTORES_________________ 127 EXERCÍCIO 5 – DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES E ELETRODUTOS___ 128 a 132 EXERCÍCIO 6 – DIMENSIONAMENTO DO ALIMENTADOR DIAGRAMA UNIFILAR_ 133 a 143 ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL BÁSICA – MÉTODO DOS LUMENS ________________ 144 a 163 LEVANTAMENTO DE MATERIAL DA OBRA________________________________164 a 173

ÍNDICE DAS TABELAS:

TABELA 1 TIPO DE CONSUMIDOR SEGUNDO A CEMIG ________________________ PG 77 TABELA 2 EXEMPLOS DE CARGAS TUGs E TUEs _____________________________ PG 78 TABELA 3 EXEMPLOS DE AR CONDICIONADO ________________________________ PG 78 TABELA 4 LEGENDA – SIMBOLOGIA ________________________________________ PG 88 TABELA 5 FCT – FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA AMBIENTE _________ PG 114 TABELA 6 FCNC – FATOR DE CORREÇÃO DE NO. CIRCUITOS NO ELETRODUTO _ PG 114 TABELA 7 CCC – IFIO CAPACIDADE-CRITÉRIO DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ____ PG 115 TABELA 8 CQT – CRITÉRIO DE QUEDA DE TENSÃO ___________________________ PG 118 TABELA 9 DIÂMETRO MÉDIO DOS ELETRODUTOS ___________________________ PG 131 TABELA 10 ÁREA EXTERNA TOTAL MÉDIA DOS CONDUTORES _________________ PG 131 TABELA 11 F.D. (FATOR DE DEMANDA) PARA CARGAS DE LUZ E TUGs __________ PG 133 TABELA 12 F.D. (FATOR DE DEMANDA) PARA CARGAS DE TUE _________________ PG 134 TABELA 13 DISJUNTOR-PROTEÇÃO GERAL SEGUNDO A CEMIG ________________ PG 134

OUTRAS FIGURAS IMPORTANTES LEGENDA SIMBOLOGIA SEGUNDO A ABNT __________________________________ PG 76

DISJUNTOR EXEMPLOS DE VALORES PADRONIZADOS_________________________ PG 129

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LEI Nº 6.496 - DE 7 DE DEZ 1977

Institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências. O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer

serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).

Art. 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia. § 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART "ad referendum" do Ministro do Trabalho.

Art. 3º - A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a" do Art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais.

Art. 4º - O CONFEA fica autorizado a criar, nas condições estabelecidas nesta Lei, uma Mútua de Assistência dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, sob sua fiscalização, registrados nos CREAs. § 1º - A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA, terá personalidade jurídica e patrimônio

próprios, sede em Brasília e representações junto aos CREAs. § 2º - O Regimento da Mútua será submetido à aprovação do Ministro do Trabalho, pelo

CONFEA. Art. 5º - A Mútua será administrada por uma Diretoria Executiva, composta de 5 (cinco) membros, sendo

3 (três) indicados pelo CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs, na forma a ser fixada no Regimento. Art. 6º - O Regimento determinará as modalidades da indicação e as funções de cada membro da

Diretoria Executiva, bem como o modo de substituição, em seus impedimentos e faltas, cabendo ao CONFEA a indicação do Diretor-Presidente e aos outros Diretores a escolha, entre si, dos ocupantes das demais funções.

Art. 7º - Os mandatos da Diretoria Executiva terão duração de 3 (três) anos, sendo gratuito o exercício das funções correspondentes.

Art. 8º - Os membros da Diretoria Executiva somente poderão ser destituídos por decisão do CONFEA, tomada em reunião secreta, especialmente convocada para esse fim, e por maioria de 2/3 (dois terços) dos membros do Plenário.

Art. 9º - Os membros da Diretoria tomarão posse perante o CONFEA. Art. 10 - O patrimônio da Mútua será aplicado em títulos dos Governos Federal e Estaduais ou por eles

garantidos, Carteiras de Poupança, garantidas pelo Banco Nacional da Habilitação (BNH), Obrigações do Tesouro Nacional, imóveis e outras aplicações facultadas por Lei para órgãos da mesma natureza.

Parágrafo único - Para aquisição e alienação de imóveis, haverá prévia autorização do Ministro do trabalho.

Art. 11 - Constituirão rendas da Mútua: I - 1/5 (um quinto) da taxa de ART; II - uma contribuição dos associados, cobrada anual ou parceladamente e recolhida,

simultaneamente, com a devida aos CREAs;

III - doações, legados e quaisquer valores adventícios, bem como outras fontes de renda eventualmente instituídas em Lei;

IV - outros rendimentos patrimoniais. § 1º - A inscrição do profissional na Mútua dar-se-á com o pagamento da primeira contribuição,

quando será preenchida pelo profissional sua ficha de Cadastro Geral, e atualizada nos pagamentos subseqüentes, nos moldes a serem estabelecidos por Resolução do CONFEA.

§ 2º - A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os benefícios só poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da primeira contribuição.

Art. 12 - A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades, assegurará os seguintes benefícios e prestações: I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados comprovadamente

necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez ocasional; II - pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores associados; III - bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a candidatos a escolas

de Engenharia, de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condições de carência; IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus dependentes, sem caráter

obrigatório, desde que reembolsável, ainda que parcialmente; V - facilidade na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros úteis ou necessários

ao desempenho de suas atividades profissionais; VI - auxílio funeral. § 1º - A Mútua poderá financiar, exclusivamente para seus associados, planos de férias no País

e/ou de seguros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação. § 2º - Visando à satisfação do mercado de trabalho e à racionalização dos benefícios contidos no

item I deste artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação de mão-de-obra de profissionais, seus associados.

§ 3º - O valor pecuniário das prestações assistenciais variará até o limite máximo constante da tabela a ser aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

§ 4º - O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, por períodos não superiores a 12 (doze) meses, desde que comprovada a evidente necessidade para a sobrevivência do associado ou de sua família.

§ 5º - As bolsas serão sempre reembolsáveis ao fim do curso, com juros e correção monetária, fixados pelo CONFEA.

§ 6º - A ajuda farmacêutica, sempre reembolsável, ainda que parcialmente, poderá ser concedida, em caráter excepcional, desde que comprovada a impossibilidade momentânea de o associado arcar com o ônus decorrente.

§ 7º - Os benefícios serão concedidos proporcionalmente às necessidades do assistido, e os pecúlios em razão das contribuições do associado.

§ 8º - A Mútua poderá estabelecer convênios com entidades previdenciárias, assistenciais, de seguro e outros facultados por Lei, para o atendimento do disposto neste Artigo.

Art. 13 - Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regimento: I - a supervisão do funcionamento da Mútua; II - a fiscalização e aprovação do Balanço, Balancete, Orçamento e da Prestação de Contas da

Diretoria Executiva da Mútua; III - a elaboração e aprovação do Regimento da Mútua; IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Executiva; V - a fixação da remuneração do pessoal empregado pela Mútua; VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua; VII - a fixação, no Regimento, da contribuição prevista no item II do Art. 11; VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências na aplicação desta Lei.

Art. 14 - Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido no Regimento, incumbirá:

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I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a arrecadação da taxa e contribuição prevista nos itens I e II do Art. 11 da presente Lei; II - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na forma a ser fixada pelo Regimento.

Art. 15 - Qualquer irregularidade na arrecadação, na concessão de benefícios ou no funcionamento da Mútua, ensejará a intervenção do CONFEA, para restabelecer a normalidade, ou do Ministro do Trabalho, quando se fizer necessária.

Art. 16 - No caso de dissolução da Mútua, seus bens, valores e obrigações serão assimilados pelo CONFEA, ressalvados os direitos dos associados. Parágrafo único - O CONFEA e os CREAs responderão, solidariamente, pelo déficit ou dívida da Mútua, na hipótese de sua insolvência.

Art. 17 - De qualquer ato da Diretoria Executiva da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao CONFEA.

Art. 18 - De toda e qualquer decisão do CONFEA referente à organização, administração e fiscalização da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Ministro do Trabalho.

Art. 19 - Os empregados do CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua poderão nela se inscrever, mediante condições estabelecidas no Regimento, para obtenção dos benefícios previstos nesta Lei.

Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 7 DEZ 1977; 156º da Independência e 89º da República. ERNESTO GEISEL Arnaldo Prieto Publicada no D.O.U. de 09 DEZ 1977 - Seção I - Pág. 16.871.

LEI Nº 8.195, DE 26 JUN 1991 Altera a Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, dispondo sobre eleições diretas para Presidente dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e dá outras providências. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

serão eleitos pelo voto direto e secreto dos profissionais registrados e em dia com suas obrigações para com os citados Conselhos, podendo candidatar-se profissionais brasileiros habilitados de acordo com a Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966.

Art. 2º - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia disporá, em resolução, sobre os procedimentos Eleitorais referentes à organização e data das eleições, prazos de desincompatibilização, apresentação de candidaturas e tudo o mais que se fizer necessário à realização dos pleitos.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. FERNANDO COLLOR Presidente da República. Jarbas Passarinho. Publicada no D.O.U. DE 27 JUN 1991 - Seção I - Pág. 2.417. DECRETO-LEI Nº 8.620, DE 10 JAN DE 1946 (1)

Dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de ENGENHEIRO, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e dá outras providências. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, e CONSIDERANDO o que representou o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, quanto à necessidade de completar disposições, dirimir dúvidas e preencher omissões que a prática tem revelado na regulamentação do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933; CONSIDERANDO que o Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, contém disposições que devem ser modificadas ou revogadas; CONSIDERANDO que a finalidade e organização dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura exigem novos moldes; CONSIDERANDO que já se tornou imprescindível a solução de questões relativas aos técnicos de grau superior e médio, estrangeiros e nacionais; CONSIDERANDO que outras medidas de caráter geral e transitório devem ser adotadas para completar, esclarecer, modificar ou revogar disposições do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e do Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941; CONSIDERANDO a conveniência de que sejam definidas pelas próprias classes interessadas através do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura as especializações da Engenharia e da Arquitetura, que se desenvolvem e se caracterizam com o progresso da técnica e da ciência, DECRETA: CAPÍTULO I - Dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura Art. 1º - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e seus Conselhos Regionais, criados pelo

Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, constituem em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade jurídica de direito público.

Art. 2º - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será constituído de brasileiros natos ou naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste Decreto-Lei e obedecerá à seguinte composição: a) Um presidente, nomeado pelo Presidente da República, escolhido entre os nomes de lista

tríplice organizada pelos membros do Conselho; b) seis (6) conselheiros federais efetivos e três (3) suplentes, escolhidos em assembléia

constituída por um delegado eleitor de cada Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. c) três (3) conselheiros federais efetivos, escolhidos pelas Congregações de Escolas-Padrão

federais, sendo um engenheiro pela Escola Nacional de Engenharia, um engenheiro pela Escola de Minas e Metalurgia, e um engenheiro-arquiteto ou arquiteto pela Faculdade Nacional de Arquitetura.

Art. 3º - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura serão constituídos de brasileiros natos ou naturalizados, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste Decreto-Lei, e terão a lotação que for determinada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. § 1º - Na composição dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura será atendida a

representação das escolas superiores de engenharia ou arquitetura existentes na Região, oficiais ou reconhecidas pelo Governo, bem como as das associações de profissionais de Engenharia e de Arquitetura, legalmente habilitados, de acordo com o Art. 8º deste

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Decreto-Lei, quando quites com suas obrigações em relação ao respectivo Conselho Regional.

§ 2º - A escolha dos Conselheiros se efetuará separadamente em assembléias realizadas nos Conselhos Regionais, por delegados-eleitores das escolas interessadas e das associações de classe registradas no Conselho Regional respectivo.

Art. 4º - O Conselheiro Federal ou Regional de Engenharia e Arquitetura que durante um ano faltar, sem licença prévia, a seis sessões consecutivas ou não, embora com justificação, perderá, automaticamente, o mandato, que passará a ser exercido em caráter efetivo pelo suplente que for sorteado.

Art. 5º - O mandato dos Conselheiros de Engenharia e Arquitetura, inclusive o dos Presidentes dos respectivos Conselhos, será honorífico e durará três (3) anos. Parágrafo único - O número de Conselheiros será anualmente renovado pelo terço.

Art. 6º - O exercício da função de membros dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura, por espaço de tempo não inferior a dois terços do respectivo mandato, será considerado serviço relevante. Parágrafo único - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura concederá aos que se acharem nas condições deste artigo o certificado de serviço relevante, independentemente de requerimento do interessado, até sessenta (60) dias após a conclusão do mandato.

Art. 7º - O pessoal a serviço do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura continuará sujeito ao disposto no Art. 2º do Decreto-Lei nº 3.347, de 12 JUN 1941.

CAPÍTULO II - Do exercício profissional Art. 8º - O exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor, em todo o território nacional,

somente é permitido a quem for portador da carteira de profissional expedida pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura.

Art. 9º - A prova do exercício da profissão, na data da publicação do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, de que trata o Art. 4º do mesmo decreto, poderá ser feita, em qualquer tempo, perante os Conselhos Regionais, desde que o profissional efetue o pagamento da multa, ou multas, em que houver incorrido. Parágrafo único - A prova documentada do exercício da profissão de engenheiro ou de arquiteto, por cinco (5) anos consecutivos, anteriormente ao decreto supracitado, poderá a juízo do Conselho Regional respectivo substituir a prova do exercício da profissão mencionada neste Artigo.

Art. 10 - Aos profissionais diplomados de acordo com as exigências do Art. 1º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, cujos títulos não correspondam a nenhuma das especializações profissionais descritas no Capítulo VI do mesmo decreto, é permitido o exercício efetivo da profissão, dentro dos limites de atribuições que o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura estabelecer, tendo em vista os respectivos cursos.

Art. 11 - Aos profissionais diplomados de que trata o Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e que, à data da regulamentação de novas especialidades da Engenharia e Arquitetura, estiverem exercendo funções dessas especialidades, será garantida a continuação do exercício de tais funções, mediante anotação em sua carteira profissional. Parágrafo único - Aos não-diplomados que estiverem nas condições deste Artigo será aplicado o que dispõe o Art. 2º do referido Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933.

Art. 12 - Aos portadores de carteiras de diplomados, quando habilitados, na forma do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e deste Decreto-Lei, ao exercício efetivo de qualquer especialização profissional, fica, em segunda inscrição, assegurado o direito de participar de concurso para cargos de repartição federal, estadual ou municipal, ou de organizações autárquicas ou paraestatais, ainda que tais cargos correspondam a ramos diferentes daqueles cujo exercício esteja garantido pelos seus títulos, desde que não tenham inscrito profissionais devidamente especializados.

Art. 13 - Ao brasileiro diplomado por escola ou instituto técnico superior estrangeiro de engenharia, arquitetura ou agrimensura, reconhecido idôneo pelo Conselho Federal de Engenharia e

Arquitetura, após curso regular e válido para o exercício da profissão no país onde se achar situada a referida escola ou instituto, é assegurado o direito ao exercício da profissão como diplomado, com as atribuições correspondentes aos seus cursos, sem a exigência da prova de revalidação do diploma.

Art. 14 - A todos os que apresentarem certificados de aprovação em exames realizados nas escolas a que se refere o Art. 1º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, ou nas que, com as suas características, posteriormente tenham sido ou venham a ser criadas, será concedida pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura autorização temporária para o exercício das atividades correspondentes às matérias de aplicação em cujo exame final foram aprovados. Parágrafo único - O disposto neste Artigo somente será aplicado às regiões do país onde se verificar a escassez de profissionais diplomados.

Art. 15 - O Art. 6º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, passa a ter a seguinte redação: - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos, termos de compromisso de vistorias e arbitramentos e demais atos judiciários ou administrativos é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a declaração do número da carteira do profissional diplomado e a menção explícita do título legal que possuir.

CAPÍTULO III - Das especializações Art. 16 - Fica autorizado o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura a proceder à consolidação das

atribuições referidas no capítulo IV do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, com as das suas Resoluções, bem como a estabelecer as atribuições das profissões civis de engenheiro naval, construtor naval, engenheiro aeronáutico, engenheiro metalúrgico, engenheiro químico e urbanista.

Art. 17 - Sendo modificados os cursos-padrão existentes, criados outros ou modificada a estrutura do ensino técnico superior, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, em reunião de que participará um representante de cada Conselho Regional, procederá à revisão das atribuições profissionais. Parágrafo único - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura consubstanciará as modificações introduzidas em resolução aprovada por maioria absoluta de votos, dando publicidade aos respectivos atos.

CAPÍTULO IV - Dos técnicos de grau superior e médio Art. 18 - Tornando-se necessário ao progresso da técnica, da arte ou do País, e a critério do Conselho

Federal de Engenharia e Arquitetura, verificada a escassez de profissionais habilitados e especializados, os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura poderão autorizar, a requerimento de firmas, empresas ou instituições interessadas, públicas e particulares, o contrato de técnicos de grau superior ou médio, especializados em ramos ou atividades de Engenharia ou de Arquitetura, nacionais ou estrangeiros, julgados capazes pelos referidos Conselhos. § 1º - Os técnicos a quem for concedida a autorização aludida serão registrados nos respectivos

Conselhos Regionais, e suas atribuições cessarão automaticamente na data do término dos seus contratos de trabalho.

§ 2º - As autorizações referidas serão válidas pelo período máximo de três anos, podendo ser renovadas ou revalidadas pelos Conselhos Regionais que as concederam.

§ 3º - As firmas, empresas ou instituições contratantes serão obrigadas a manter, junto aos técnicos contratados, por determinação dos Conselhos Regionais, profissionais brasileiros diplomados por escolas superiores ou técnicas, conforme se trate de técnicos de grau superior ou médio.

Art. 19 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura estabelecerão o registro dos técnicos de grau médio formados pelas escolas técnicas da União ou equivalentes, concedendo-lhes

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carteiras profissionais em que constarão as respectivas atribuições fixadas pelo Conselho Federal.

CAPÍTULO V - Dos auxiliares de engenheiro Art. 20 - Ficam substituídas em todo o território nacional, inclusive nas repartições federais, estaduais e

municipais e nas entidades paraestatais, as denominações de Prático de Engenharia, Engenheiro-Prático ou equivalentes, pela de Auxiliar de Engenheiro, sem prejuízo dos vencimentos e vantagens dos atuais possuidores de tais títulos, devendo as modificações necessárias ser executadas pelas autoridades competentes dentro do prazo de um ano. Parágrafo único - Os Auxiliares de Engenheiro serão registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura mediante prova de capacidade e terão suas atribuições limitadas a conduzir trabalhos projetados e dirigidos por profissionais legalmente habilitados.

CAPÍTULO VI - Das anuidades e taxas Art. 21 - Os profissionais habilitados, de que tratam o Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e este Decreto-

Lei, ficam obrigados ao pagamento de anuidade de Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdição pertencerem.

Art. 22 - As firmas, sociedades, empresas, companhias ou organizações que explorem quaisquer dos ramos da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, ou tiverem a seu cargo alguma secção dessas profissões, ficam obrigadas a pagar a anuidade de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdição pertencerem.

Art. 23 - As contribuições fixadas nos artigos 21 e 22 serão pagas até 31 MAR de cada ano. § 1º - No primeiro ano de exercício da profissão, esse pagamento é devido na ocasião de ser expedida a carteira profissional. § 2º - O pagamento da primeira anuidade das firmas, empresas, companhias ou organizações realizar-se-á por ocasião do respectivo registro, nos termos do Art. 8º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933. § 3º - O pagamento da anuidade fora do prazo estabelecido terá o acréscimo de 20`% a título de mora.

Art. 24 - Os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura cobrarão as seguintes taxas: a) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) pela expedição ou substituição da carteira de profissional ou

da carteira de autorização; b) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) pela renovação anual das licenças precárias; c) Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) por certidão referente à anotação de responsabilidade técnica

ou de registro de firma. CAPÍTULO VII - Das multas e penalidades Art. 25 - O Art. 7º do Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, fica acrescido do seguinte parágrafo: Para o

fim de que trata este Artigo, os Conselhos Regionais procederão ao lançamento da sua dívida ativa nos moldes dos regulamentos fiscais vigentes, sendo-lhes extensivas as disposições do Decreto-Lei nº 960, de 17 DEZ 1938.

Art. 26 - São fixadas em Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros) as multas referidas na alínea "a" do Art. 38 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, pela infração do disposto no Art. 7º e seu parágrafo desse Decreto.

Art. 27 - Tratando-se de infração primária, que se apure tenha resultado de incompreensão da Lei, poderão os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura relevar a penalidade respectiva, sem prejuízo do disposto no Art. 44 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, e do pagamento das despesas de expediente que se tornarem devidas.

CAPÍTULO VIII - Disposições gerais Art. 28 - Enquanto não houver em número suficiente profissionais habilitados em determinada

especialidade na forma deste Decreto-Lei, em município ou distrito compreendido na sua jurisdição, poderão os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura permitir, a título precário, a execução de trabalhos previstos no Art. 5º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, por pessoas idôneas, dentro das atribuições que fixarem.

Art. 29 - Sempre que a execução de uma obra ou de algumas de suas partes não couber diretamente ao autor do projeto, ou ao profissional responsável pela firma executora, deverão constar da respectiva placa, ou de outra contígua, os nomes dos profissionais executantes, acompanhados da indicação da parte que lhes cabe, da de seus títulos de habilitação e dos números de suas carteiras de profissional, correndo por conta deles a responsabilidade pela colocação da placa devida.

Art. 30 - As entidades a que se refere o Art. 8º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, bem como as que necessitem, sob qualquer modalidade, da assistência técnica do engenheiro ou do arquiteto, ou tenham, na sua composição, qualquer secção de um dos ramos da Engenharia ou da Arquitetura, ficam obrigadas a apresentar ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura a cuja jurisdição pertencerem o esquema de sua organização técnica, especificando os seus departamentos, secções, subsecções e serviços, com as respectivas atribuições.

Art. 31 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia ou da Arquitetura, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução das obras respectivas, quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física não-habilitada legalmente a exercer no País a profissão de engenheiro ou de arquiteto, ou com pessoa jurídica não-habilitada legalmente a executar serviço de Engenharia ou de Arquitetura. Parágrafo único - Tais contratos não poderão ser levados a registro, tornando-se passíveis da multa de Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) o notário que houver lavrado a respectiva escritura e o oficial que houver efetuado o registro.

Art. 32 - Excetuam-se das exigências do Art. 5º do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, as construções residenciais, de pequena área, com um só pavimento, isoladas, que não constituam conjuntos residenciais, nem possuam arcabouços ou pisos de concreto armado, bem como as de pequenos acréscimos em edifícios residenciais existentes, a juízo dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura. Parágrafo único - Os Conselhos Regionais poderão conceder, a título precário, de acordo com as necessidades de cada Região, município ou distrito, certificado de habilitação para executar essas construções a pessoas idôneas ou a técnicos de grau médio diplomados por escolas técnicas.

Art. 33 - As autoridades federais, estaduais e municipais deverão fornecer, quando solicitadas pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura, as informações que possam concorrer para o exato cumprimento da legislação profissional do engenheiro, do arquiteto e do agrimensor.

Art. 34 - Ficam revogados o parágrafo único do Art. 20 e o Art. 48 do Decreto nº 23.569, de 11 DEZ 1933, os Arts. 6º, 9º e 12 e seu parágrafo do Decreto-Lei nº 3.995, de 31 DEZ 1941, e o Decreto-Lei nº 8036, de 4 OUT 1945.

Art. 35 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura baixará as Resoluções que se tornarem necessárias para o cumprimento das disposições deste Decreto-Lei.

Art. 36 - Os casos omissos verificados neste Decreto-Lei serão resolvidos pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.

CAPÍTULO IX - Disposições transitórias Art. 37 - De acordo com a resolução aprovada na reunião do Conselho Federal de Engenharia e

Arquitetura com os Presidentes e representantes dos Conselhos Regionais, realizada nesta capital de 14 a 21 DEZ 1945, para melhor cumprimento deste Decreto-Lei e organização das indispensáveis resoluções, o exercício das funções do atual Presidente do Conselho Federal de

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Engenharia e Arquitetura fica mantido até 31 DEZ 1948, e o mandato dos Presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura terminará nas datas correspondentes aos períodos para os quais foram, respectivamente, escolhidos e eleitos.

Art. 38 - Revogam-se as disposições em contrário, entrando o presente Decreto-Lei em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 10 JAN 1946; 125º da Independência e 58º da República JOSÉ LINHARES R. Carneiro de Mendonça Raul Leitão da Cunha Publicado no D.O.U DE 12 JAN 1946 e Ret. no D.O.U. DE 24 JAN 1946 - Seção I - Pág. 197. (1) Revogado tacitamente pela Lei nº 5.194/66

DECRETO FEDERAL Nº 23.569, DE 11 DEZ 1933 (1) Regula o exercício das profissões de engenheiro, de ARQUITETO e de agrimensor. O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, na conformidade do Art. 1º do Decreto nº 19.398, de 11 NOV 1930, resolve subordinar o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor às disposições seguintes: CAPÍTULO I - Dos profissionais de engenharia, arquitetura e agrimensura Art. 1º - O exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor será somente

permitido, respectivamente: a) aos diplomados pelas escolas ou cursos de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura,

oficiais, da União Federal, ou que sejam, ou tenham sido ao tempo da conclusão dos seus respectivos cursos, oficializados, equiparados aos da União ou sujeitos ao regime de inspeção do Ministério da Educação e Saúde Pública;

b) aos diplomados, em data anterior à respectiva oficialização ou equiparação às da União, por escolas nacionais de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, cujos diplomas hajam sido reconhecidos em virtude de Lei federal;

c) àqueles que, diplomados por escolas ou institutos técnicos superiores estrangeiros de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, após curso regular e válido para o exercício da profissão em todo o país onde se acharem situados, tenham revalidado os seus diplomas, de acordo com a legislação federal do ensino superior;

d) àqueles que, diplomados por escolas ou institutos estrangeiros de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, tenham registrado seus diplomas até 18 JUN 1915, de acordo com o Decreto nº 3.001, de 9 OUT 1880, ou os registraram consoante o disposto no Art. 22 da Lei nº 4.793, de 7 JAN 1924.

Parágrafo único - Aos agrimensores que, até à data da publicação deste Decreto, tiverem sido habilitados conforme o Decreto nº 3.198, de 16 DEZ 1863, será igualmente permitido o exercício da respectiva profissão.

Art. 2º - Os funcionários públicos e os empregados particulares que, dentro do prazo de seis meses, contados da data da publicação deste Decreto, provarem perante o Conselho de Engenharia e Arquitetura que, posto não satisfaçam as condições do Art. 1º e seu parágrafo único, vêm, à data da referida publicação, exercendo cargos para os quais se exijam conhecimentos de engenharia, arquitetura ou agrimensura, poderão continuar a exercê-los, mas não poderão ser promovidos nem removidos para outros cargos técnicos.

Parágrafo único - Os funcionários públicos a que se refere este artigo deverão, logo que haja vaga, ser transferidos para outros cargos de iguais vencimentos e para os quais não seja exigida habilitação técnica.

Art. 3º - É garantido o exercício de suas funções, dentro dos limites das respectivas licenças e circunscrições, aos arquitetos, arquitetos-construtores, construtores e agrimensores que, não diplomados, mas licenciados pelos Estados e Distrito Federal, provarem, com as competentes licenças, o exercício das mesmas funções à data da publicação deste Decreto, sem notas que os desabonem, a critério do Conselho de Engenharia e Arquitetura. Parágrafo único - Os profissionais de que trata este Artigo perderão o direito às licenças se deixarem de pagar os respectivos impostos durante um ano, ou se cometerem erros técnicos ou atos desabonadores, devidamente apurados pelo Conselho de Engenharia e Arquitetura.

Art. 4º - Aos diplomados por escolas estrangeiras que, satisfazendo às condições da alínea c do Art. 1º, salvo na parte relativa à revalidação, provarem perante o órgão fiscalizador a que se refere o Art. 18 que, à data da publicação deste Decreto, exerciam a profissão no Brasil e registrarem os seus diplomas dentro do prazo de seis meses, contados da data da referida publicação, será permitido o exercício das profissões respectivas.

Art. 5º - Só poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico os estudos, plantas, projetos, laudos e quaisquer outros trabalhos de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, quer públicos, quer particulares, de que forem autores profissionais habilitados de acordo com este Decreto, e as obras decorrentes desses trabalhos também só poderão ser executadas por profissionais habilitados na forma deste Decreto. Parágrafo único - A critério do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e enquanto em dado município não houver profissionais habilitados na forma deste Decreto, poderão ser permitidas, a título precário, as funções e atos previstos neste Artigo a pessoas de idoneidade reconhecida.

Art. 6º - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciários ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscrever. Parágrafo único - Não serão recebidos em juízo e nas repartições públicas federais, estaduais ou municipais, quaisquer trabalhos de engenharia, arquitetura ou agrimensura, com infração do que preceitua este Artigo.

Art. 7º - Enquanto durarem as construções ou instalações de qualquer natureza, é obrigatória a afixação de uma placa, em lugar bem visível ao público, contendo, perfeitamente legíveis, o nome ou firma do profissional legalmente responsável e a indicação de seu título de formatura, bem como a de sua residência ou escritório. Parágrafo único - Quando o profissional não for diplomado, deverá a placa conter mais, de modo bem legível, a inscrição - "Licenciado".

Art. 8º - Os indivíduos, firmas, sociedades, associações, companhias e empresas, em geral, e suas filiais, que exerçam ou explorem, sob qualquer forma, algum dos ramos de engenharia, arquitetura ou agrimensura, ou a seu cargo tiverem alguma secção dessas profissões, só poderão executar os respectivos serviços depois de provarem, perante os Conselhos de Engenharia e Arquitetura, que os encarregados da parte técnica são, exclusivamente, profissionais habilitados e registrados de acordo com este Decreto. § 1º - A substituição dos profissionais obriga a nova prova, por parte das entidades a que se

refere este Artigo. § 2º - Com relação à nacionalidade dos profissionais a que este Artigo alude, será observado, em

todas as categorias, o que preceituam o Art. 3º e seu parágrafo único do Decreto nº 19.482, de 12 DEZ 1930, e o respectivo regulamento, aprovado pelo Decreto nº 20.291, de 12 AGO 1931.

Art. 9º - A União, os Estados e os Municípios, em todos os cargos, serviços e trabalhos de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, somente empregarão profissionais diplomados pelas escolas oficiais

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ou equiparadas, previamente registrados de acordo com o que dispõe este Decreto, ressalvadas unicamente as exceções nele previstas. Parágrafo único - A requerimento do Conselho de Engenharia e Arquitetura, de profissional legalmente habilitado e registrado de acordo com este Decreto, ou de sindicato ou associação de Engenharia, Arquitetura ou Agrimensura, será anulado qualquer ato que se realize com infração deste artigo.

CAPÍTULO II - Do registro e da carteira profissional Art. 10 - Os profissionais a que se refere este Decreto só poderão exercer legalmente a Engenharia, a

Arquitetura ou a Agrimensura, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados-diplomas e cartas no Ministério da Educação e Saúde Pública, ou de suas licenças no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade. Parágrafo único - A continuação do exercício da profissão, sem o registro a que este Artigo alude, considerar-se-á como reincidência de infração deste Decreto.

Art. 11 - Os profissionais punidos por inobservância do artigo anterior não poderão obter o registro de que este trata, sem provarem o pagamento das multas em que houverem incorrido.

Art. 12 - Se o profissional registrado em qualquer dos Conselhos de Engenharia e Arquitetura mudar de jurisdição, fará visar, no Conselho Regional a que o novo local de seus trabalhos estiver sujeito, a carteira profissional de que trata o Art. 14, considerando-se que há mudança desde que o profissional exerça qualquer das profissões na nova jurisdição por prazo maior de noventa dias.

Art. 13 - O Conselho Federal a que se refere o Art. 18 organizará, anualmente, com as alterações havidas, a relação completa dos registros, classificados pelas especialidades dos títulos e em ordem alfabética, e a fará publicar no "Diário Oficial".

Art. 14 - A todo profissional registrado de acordo com este Decreto será entregue uma carteira profissional, numerada, registrada e visada no Conselho Regional respectivo, a qual conterá: a) seu nome por inteiro; b) sua nacionalidade e naturalidade; c) a data de seu nascimento; d) a denominação da escola em que se formou ou da repartição local onde obteve licença

para exercer a profissão; e) a data em que foi diplomado ou licenciado; f) a natureza do título ou dos títulos de sua habilitação; g) a indicação da revalidação do título, se houver; h) o número do registro no Conselho Regional respectivo; i) sua fotografia de frente e impressão dactiloscópica (polegar); j) sua assinatura. Parágrafo único - A expedição da carteira a que se refere o presente artigo fica sujeita à taxa de 30$000 (trinta mil-réis). (2)

Art. 15 - A carteira profissional, de que trata o Art. 14, substituirá o diploma para os efeitos deste Decreto, servirá de carteira de identificação e terá fé pública.

Art. 16 - As autoridades federais, estaduais ou municipais só receberão impostos relativos ao exercício profissional do engenheiro, do arquiteto ou do agrimensor à vista da prova de que o interessado se acha devidamente registrado.

Art. 17 - Todo aquele que, mediante anúncios, placas, cartões comerciais ou outros meios quaisquer, se propuser ao exercício da Engenharia, da Arquitetura ou da Agrimensura, em algum de seus ramos, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se não estiver devidamente registrado.

CAPÍTULO III - Da Fiscalização

Art. 18 - A fiscalização do exercício da Engenharia, da Arquitetura e da Agrimensura será exercida pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e pelos Conselhos Regionais a que se referem os Arts. 25 a 27.

Art. 19 - Terá sua sede no Distrito Federal o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, ao qual ficam subordinados os Conselhos Regionais.

Art. 20 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será constituído de dez membros, brasileiros, habilitados de acordo com o Art. 1º e suas alíneas, e obedecerá à seguinte composição: (3) a) um membro designado pelo Governo Federal; b) três profissionais escolhidos pelas congregações de escolas padrões federais, sendo um

engenheiro pela da Escola Politécnica do Rio de Janeiro; outro, também engenheiro, pela da Escola de Minas de Ouro Preto, e, finalmente, um engenheiro arquiteto ou arquiteto pela da Escola Nacional de Belas Artes;

c) seis engenheiros, ou arquitetos, escolhidos em assembléia que se realizará no Distrito Federal e na qual tomará parte um representante de cada sociedade ou sindicato de classe que tenha adquirido personalidade jurídica seis meses antes, pelo menos, da data da reunião da assembléia.

Parágrafo único - Na representação prevista na alínea "c" deste Artigo haverá, pelo menos, um terço de engenheiros e um terço de engenheiros arquitetos ou arquitetos.

Art. 21 - O mandato dos membros do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será meramente honorífico e durará três anos, salvo o do representante do Governo Federal. (4) Parágrafo único - Um terço dos membros do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura será anualmente renovado, podendo a escolha fazer-se para novo triênio.

Art. 22 - São atribuições do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura: a) organizar o seu regimento interno; b) aprovar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais, modificando o que se

tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação; c) examinar, decidindo a respeito em última instância, e podendo até anular o registro de

qualquer profissional licenciado que não estiver de acordo com o presente decreto; d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las; e) julgar em última instância os recursos de penalidades impostas pelos Conselhos Regionais; f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os

profissionais registrados. Art. 23 - Ao presidente, que será sempre o representante do Governo Federal, compete, além da direção

do Conselho, a suspensão de qualquer decisão que o mesmo tome e lhe pareça inconveniente. Parágrafo único - O ato da suspensão vigorará até novo julgamento do caso, para o qual o presidente convocará segunda reunião, no prazo de quinze dias, contados do seu ato; e se, no segundo julgamento, o Conselho mantiver, por dois terços de seus membros, a decisão suspensa, esta entrará em vigor imediatamente.

Art. 24 - Constitui renda do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura o seguinte: (5) a) um terço da taxa da expedição de carteiras profissionais estabelecida no Art. 14 e parágrafo

único; b) um terço das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais; c) doações; d) subvenções dos Governos.

Art. 25 - O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura fixará a composição dos Conselhos Regionais, que deve, quanto possível, ser semelhante à sua, e promoverá a instalação, nos Estados e no Distrito Federal, de tanto desses órgãos quantos forem julgados necessários para a melhor execução deste Decreto, podendo estender-se a mais de um Estado a ação de qualquer deles. (6)

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Art. 26 - São atribuições dos Conselhos Regionais: a) examinar os requerimentos e processos de registro de licenças profissionais, resolvendo como

convier; b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das

infrações do presente decreto, decidindo a respeito; c) fiscalizar o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor,

impedindo e punindo as infrações deste Decreto, bem como enviando às autoridades competentes minuciosos e documentados relatórios sobre fatos que apurarem e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada;

d) publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados; e) elaborar a proposta de seu regimento interno, submetendo-a à aprovação do Conselho

Federal de Engenharia e Arquitetura; f) representar ao Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura acerca de novas medidas

necessárias para a regularização dos serviços e para a fiscalização do exercício das profissões indicadas na alínea c deste Artigo;

g) expedir a carteira profissional prevista no Art. 14; h) admitir a colaboração das sociedades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas

anteriores. Art. 27 - A renda dos Conselhos Regionais será constituída do seguinte: (7)

a) dois terços da taxa de Expedição de carteiras profissionais, estabelecidas no Art. 14 e parágrafo único;

b) dois terços das multas aplicadas conforme a alínea c do artigo anterior; c) doações; d) subvenções dos Governos. CAPÍTULO IV - Das especializações profissionais

Art. 28 - São da competência do engenheiro civil: a) trabalhos topográficos e geodésicos; b) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com todas as suas

obras complementares; c) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das estradas de rodagem e de

ferro; d) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras de captação e

abastecimento de água; e) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de obras de drenagem e irrigação; f) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras destinadas ao

aprovuitamento de energia e dos trabalhos relativos às máquinas e fábricas; g) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras relativas a portos, rios e

canais e das concernentes aos aeroportos; h) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras peculiares ao

saneamento urbano e rural; i) projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo; j) a engenharia legal, nos assuntos correlacionados com as especificações das alíneas "a"

a "i"; k) perícias e arbitramento referentes à matéria das alíneas anteriores.

Art. 29 - Os engenheiros civis diplomados segundo a Lei vigente deverão ter: a) aprovação na Cadeira de "portos de mar, rios e canais", para exercerem as funções de Engenheiro de Portos, Rios e Canais; b) aprovação na Cadeira de "saneamento e arquitetura", para exercerem as funções de Engenheiro Sanitário;

c) aprovação na Cadeira de "pontes e grandes estruturas metálicas e em concreto armado", para exercerem as funções de Engenheiro de Secções Técnicas, encarregadas de projetar e executar obras-de-arte nas estradas de ferro e de rodagem; d) aprovação na Cadeira de "saneamento e arquitetura", para exercerem funções de Urbanismo ou de Engenheiro de Secções Técnicas destinadas a projetar grandes edifícios. Parágrafo único - Somente engenheiros civis poderão exercer as funções a que se referem as alíneas "a", "b" e "c" deste Artigo.

Art. 30 - Consideram-se da atribuição do arquiteto ou engenheiro-arquiteto: a) estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com todas as suas obras

complementares; b) o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras que tenham caráter

essencialmente artístico ou monumental; c) o projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo; d) o projeto, direção e fiscalização das obras de arquitetura paisagística; e) o projeto, direção e fiscalização das obras de grande decoração arquitetônica; f) a arquitetura legal, nos assuntos mencionados nas alíneas "a" a "c" deste Artigo; g) perícias e arbitramentos relativos à matéria de que tratam as alíneas anteriores.

Art. 31 - São da competência do engenheiro industrial: a) trabalhos topográficos e geodésicos; b) a direção, fiscalização e construção de edifícios; c) o estudo, projeto, direção, execução e exploração de instalações industriais, fábricas e

oficinas; d) o estudo e projeto de organização e direção das obras de caráter tecnológico dos edifícios

industriais; e) assuntos de engenharia legal, em conexão com os mencionados nas alíneas "a" a "d" deste

Artigo; f) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores.

Art. 32 - Consideram-se da atribuição do engenheiro mecânico eletricista: a) trabalhos topográficos e geodésicos; b) a direção, fiscalização e construção de edifícios; c) trabalhos de captação e distribuição da água; d) trabalhos de drenagem e irrigação; e) o estudo, projeto, direção e execução das instalações de força motriz; f) o estudo, projeto, direção e execução das instalações mecânicas e eletromecânicas; g) o estudo, projeto, direção e execução das instalações das oficinas, fábricas e indústrias; h) o estudo, projeto, direção e execução de obras relativas às usinas elétricas, às redes de

distribuição e às instalações que utilizem a energia elétrica; i) assuntos de engenharia legal concernentes aos indicados nas alíneas "a" a "h" deste Artigo: j) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores.

Art. 33 - São da competência do engenheiro eletricista: a) trabalhos topográficos e geodésicos; b) a direção, fiscalização e construção de edifícios; c) a direção, fiscalização e construção de obras de estradas de rodagem e de ferro; d) a direção, fiscalização e construção de obras de captação e abastecimento de água; e) a direção, fiscalização e construção de obras de drenagem e irrigação; f) a direção, fiscalização e construção das obras destinadas ao aproveitamento de energia e dos

trabalhos relativos às máquinas e fábricas; g) a direção, fiscalização e construção de obras concernentes às usinas elétricas e às redes de

distribuição de eletricidade; h) a direção, fiscalização e construção das instalações que utilizem energia elétrica; i) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua especialidade;

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j) vistorias e arbitramentos concernentes à matéria das alíneas anteriores. Art. 34 - Consideram-se da atribuição do engenheiro de minas:

a) o estudo de geologia econômica e pesquisa de riquezas minerais; b) a pesquisa, localização, prospecção e valorização de jazidas minerais; c) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços de exploração de minas; d) o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços da indústria metalúrgica; e) assuntos de engenharia legal, relacionados com a sua especialidade; f) vistorias e arbitramentos concernentes à matéria das alíneas anteriores.

Art. 35 - São da competência do engenheiro-geógrafo ou do geógrafo: a) trabalhos topográficos, geodésicos e astronômicos; b) o estudo, traçado e locação das estradas, sob o ponto de vista topográfico; c) vistorias e arbitramentos relativos à matéria das alíneas anteriores. Art. 36 - Consideram-se da atribuição do agrimensor: a) trabalhos topográficos; b) vistorias e arbitramentos relativos à agrimensura.

Art. 37 - Os engenheiros agrônomos, ou agrônomos, diplomados pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária do Rio de Janeiro, ou por escolas ou cursos equivalentes, a critério do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, deverão registrar os seus diplomas para os efeitos do Art. 10. Parágrafo único - Aos diplomados de que este Artigo trata será permitido o exercício da profissão de agrimensor e a realização de projetos e obras concernentes ao seguinte: a) barragens em terra que não excedam a cinco metros de altura; b) irrigação e drenagem, para fins agrícolas; c) estradas de rodagem de interesse local e destinadas a fins agrícolas, desde que nelas só haja

bueiros e pontilhões até cinco metros de vão; d) construções rurais destinadas à moradia ou fins agrícolas; e) avaliações e perícias relativas à matéria das alíneas anteriores. CAPÍTULO V - Das penalidades

Art. 38 - As penalidades aplicáveis por infração do presente decreto serão as seguintes: a) multas de 500$ (quinhentos mil-réis), a 1:000$ (um conto de réis) aos infratores dos arts. 1º,

3º, 4º, 5º, 6º, e seu § único, e 7º, e seu § único; (8) b) multas de 500$ (quinhentos mil-réis) a 1:000$ (um conto de réis) aos profissionais, e de

1:000$ (um conto de réis) a 5:000$ (cinco contos de réis) às firmas, sociedades, associações, companhias e empresas, quando se tratar de infração do Art. 8º e seus parágrafos e do Art. 17;

c) multas de 200$ (duzentos mil réis) a 500$ (quinhentos mil réis) aos infratores de disposições não mencionadas nas alíneas "a" e "b" deste Artigo ou para os quais não haja indicação de penalidades em artigo ou alínea especial;

d) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de seis meses a um ano, ao profissional que, em virtude de erros técnicos, demonstrar incapacidade, a critério do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura;

e) suspensão de exercício, pelo prazo de quinze dias a um mês, às autoridades administrativas ou judiciárias que infringirem ou permitirem se infrinjam o Art. 9º e demais disposições deste Decreto.

Art. 39 - São considerados como exercendo ilegalmente a profissão e sujeitos à pena estabelecida na alínea "a" do Art. 38; a) os profissionais que, embora diplomados e registrados, realizarem atos que não se

enquadrem nos de sua atribuição, especificados no capítulo IV deste Decreto; b) os profissionais licenciados e registrados que exercerem atos que não se enquadrem

no limite de suas licenças. Art. 40 - As penalidades estabelecidas neste capítulo não isentam de outras, em que os culpados hajam

porventura incorrido, consignadas nos Códigos Civil e Penal.

Art. 41 - Das multas impostas pelos Conselhos Regionais poderá, dentro do prazo de sessenta dias, contados da data da respectiva notificação, ser interposto recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. § 1º - Não se efetuando amigavelmente o pagamento das multas, serão estas cobradas por

executivo fiscal, na forma da legislação vigente. § 2º - Os autos de infração, depois de julgados, definitivamente, contra o infrator, constituem

títulos de dívida líquida e certa. § 3º - São solidariamente responsáveis pelo pagamento das multas os infratores e os indivíduos,

firmas, sociedades, companhias, associações ou empresas e seus gerentes ou representantes legais, a cujo serviço se achem.

Art. 42 - As penas de suspensão do exercício serão impostas: a) aos profissionais, pelos Conselhos Regionais, com recurso para o Conselho Federal de

Engenharia e Arquitetura; b) às autoridades judiciárias e administrativas, pela autoridade competente, após inquérito

administrativo regular, instaurado por iniciativa própria ou a pedido, quer do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura ou dos Conselhos Regionais, quer de profissional ou associação de classe legalmente habilitados.

Parágrafo único - As autoridades administrativas e judiciárias incursas na pena de suspensão serão, também, responsabilizadas pelos danos que a sua falta houver porventura causado ou venha a causar a terceiros.

Art. 43 - As multas serão inicialmente aplicadas no grau máximo quando os infratores já tiverem sido condenados, por sentença passada em julgado, em virtude de violação dos arts. 134, 135, 148, 192 e 379 do Código Penal e dos arts. 1.242, 1.243, 1.244 e 1.245 do Código Civil.

Art. 44 - No caso de reincidência na mesma infração, praticada dentro do prazo de dois anos, a penalidade será elevada ao dobro da anterior.

CAPÍTULO VI - Disposições gerais Art. 45 - Os engenheiros civis, industriais, mecânico-eletricistas, eletricistas, arquitetos, de minas e

geógrafos que, à data da publicação deste Decreto, estiverem desempenhando cargos, ou funções, em ramos diferentes daquele cujo exercício seus títulos lhe asseguram, poderão continuar a exercê-los.

Art. 46 - As disposições do capítulo IV não se aplicam aos diplomados em época anterior à criação das respectivas especializações nos cursos das escolas federais consideradas padrões.

Art. 47 - Aos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura fica cometido o encargo de dirimir quaisquer dúvidas suscitadas acerca das especializações de que trata o capítulo IV, com recurso suspensivo para o Conselho Federal, a quem compete decidir em última instância sobre o assunto.

Art. 48 - Tornando-se necessário ao progresso da técnica, da arte ou do País, ou ainda, sendo modificados os cursos padrões, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura procederá à revisão das especializações profissionais, propondo ao Governo as modificações convenientes.

Art. 49 - Dos anteriores registros de títulos de profissionais, efetuados nas Secretarias de Estado, federais ou estaduais, os quais ficam adestritos à revisão do Ministério da Educação e Saúde Pública, serão cancelados os que este reputar irregulares ou ilegais e incorporados ao registro de que se ocupa o capítulo II deste Decreto os que considerar regulares e legais. Parágrafo único - Os profissionais cujos títulos forem considerados regulares e legais consoante este Artigo ficam sujeitos também ao pagamento da taxa de 30$000 (trinta mil-réis), relativa à expedição da carteira profissional de que trata o Art. 14.

Art. 50 - Dos nove membros que, consoante as alíneas "b" e "c" do Art. 20, constituirão o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, serão sorteados, na reunião inaugural, os seis que deverão exercer o respectivo mandato por um ano ou por dois anos, cabendo cada prazo deste a um dos membros constante da primeira daquelas alíneas e a dois dos da segunda.

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Art. 51 - A exigência do registro do diploma, carta ou outro título, só será efetiva após o prazo de seis meses contados da data da publicação deste Decreto.

Art. 52 - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 53 - Ficam revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 11 DEZ 1933; 112º da Independência e 45º da República. GETÚLIO VARGAS Joaquim Pedro Salgado Filho Washington Ferreira Pires Publicado no D.O.U de 15 DEZ 1933. Retificação Publicada no D.O.U de 16 JAN 1933 (1) Revogado tacitamente pela Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966 (2) Alterado pela letra "a"do Art. 24 do Decreto-Lei nº 8.620. (3) Alterado pelo Art. 2º do Decreto-Lei nº 8.620. (4) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 8.620. (5) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 3.995. (6) Alterado pelo Art. 3º do Decreto-Lei nº 8.620. (7) Alterado pelo Art. 5º do Decreto-Lei nº 3.995. (8) Alterado em parte pelo Art. 26 do Decreto-Lei nº 8.620.

DECRETO Nº 92.530, DE 9 ABR 1986 Regulamenta a Lei nº 7.410, de 27 NOV 1985, que dispõe sobre a especialização de Engenheiros e ARQUITETOS em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, e dá outras providências. O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 4º da Lei nº 7.410, de 27 NOV 1985, DECRETA: Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiros de Segurança do Trabalho é permitido,

exclusivamente: I - ao Engenheiro ou Arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização

em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de Segurança do

Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho; III - ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério

do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso referido no item anterior.

Art. 2º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamente: I - ao portador de certificado de conclusão de curso de Técnico de Segurança do Trabalho

ministrado no País em estabelecimento de ensino de 2º Grau; II - ao portador de certificado de conclusão de curso de Supervisor de Segurança do Trabalho,

realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho; III - ao possuidor de registro de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido pelo Ministério

do Trabalho, até 180 (cento e oitenta) dias da extinção do curso referido no item anterior. Art. 3º - O Ministério da Educação, dentro de 120 (cento e vinte) dias, por proposta do Ministério do

Trabalho, fixará os currículos básicos do curso de especialização em Engenharia de Segurança

do Trabalho e do Curso de Técnico de Segurança do Trabalho, previsto no item I do Art. 1º e no item I do Art. 2º. § 1º - O funcionamento dos cursos referidos neste Artigo determinará a extinção dos cursos de

que tratam o item II do artigo 1º e o item II do Art. 2º. § 2º - Até que os cursos previstos neste artigo entrem em funcionamento, o Ministro do Trabalho

poderá autorizar, em caráter excepcional, que tenham continuidade os cursos mencionados no parágrafo precedente, os quais deverão adaptar-se aos currículos aprovados pelo Ministério da Educação.

Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho serão definidas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, no prazo de 60 (sessenta) dias após a fixação dos currículos de que trata o artigo 3º pelo Ministério da Educação, ouvida a Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT.

Art. 5º - O exercício da atividade de Engenheiro e Arquiteto na especialidade de Engenharia de Segurança do Trabalho depende de registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA.

Art. 6º - As atividades de Técnico de Segurança do Trabalho serão definidas pelo Ministério do Trabalho, no prazo de 60 (sessenta) dias após a fixação do respectivo currículo escolar pelo Ministério da Educação, na forma do artigo 3º.

Art. 7º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho depende de registro no Ministério do Trabalho.

Art. 8º - O Ministério da Administração, em articulação com o Ministério do Trabalho, promoverá, no prazo de 90 (noventa) dias a partir da vigência deste Decreto, estudos para a criação de categorias funcionais e os respectivos quadros do Grupo Engenharia e Segurança do Trabalho.

Art. 9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 10 - Revogam-se as disposições em contrário. JOSÉ SARNEY Presidente da República Almir Pazzianotto Pinto Publicado no D.O.U. DE 10 ABR 1986 - Seção I - Pág. 5.168. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 175, DE 23 JAN 1969 Autoriza os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia a procederem à revisão dos seus arquivos. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso da atribuição que lhe confere a letra "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO a necessidade de serem baixadas instruções que regulem o arquivamento e a conservação de documentos nos Conselhos Regionais, permitindo o reaproveitamento de espaço e mantendo a garantia que devem receber os documentos de real valor; CONSIDERANDO a conveniência e a necessidade de serem os documentos classificados e arquivados nos Conselhos Regionais, de modo a permitir separar o arquivo morto dos documentos realmente úteis; CONSIDERANDO que o Governo Federal, sancionando a Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, deu nova dimensão ao problema,

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RESOLVE: Art. 1º - Ficam os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, autorizados, a seu

critério, a rever os arquivos de processos e a incinerá-los, selecionando os documentos que, pela sua natureza, devam ser conservados.

Art. 2º - Poderão ser incinerados processos; I - de infração liquidados; II - de registros de profissionais falecidos; III - de registro de firmas, empresas ou sociedades extintas; IV - de registro de profissionais, firmas, empresas ou sociedades arquivados por indeferimento,

abandono ou baixa; V - originários de consultas, pedidos de certidão ou de documentos.

Art. 3º - A incineração de processos efetuar-se-á desde que I - decorridos 5 (cinco) anos da decisão final ou do último despacho; II - através de edital, indicando o ano e o número respectivo, sejam os interessados convidados a

requerer, dentro de 30 (trinta) dias, a devolução dos documentos que os instruam. § 1º - Tratando-se de processos de infração, o edital omitirá o nome dos interessados; § 2º - A devolução de documentos às famílias de profissionais já falecidos independerá de

petição e far-se-á sem qualquer despesa. Art. 4º - Vencidos os prazos ou devolvidos os documentos, serão os processos incinerados, após lavrada

ata com a indicação dos seus números de ordem, nome dos interessados, título, data do registro e data do falecimento do profissional, se for o caso; ou denominação da empresa, firma ou sociedade, capital, nome do empresário ou dos sócios e do responsável técnico e data de sua extinção, se for o caso.

Art. 5º - Serão conservados em arquivo próprio as fichas de registro, nelas constando elementos indicados no Art. 3º e outros de identificação profissional, inclusive a denominação da escola do diplomado, curso e ano de formatura;

Art. 6º - Se dos processos a incenerar constar algum diploma, certificado ou documento valioso cuja devolução não tenha sido pedida, este será conservado em arquivo especial de documentos não-reclamados.

Art. 7º - Ficam os Conselhos Regionais, nos termos da Lei nº 5.433/68 e de sua regulamentação, autorizados a microfilmar os documentos de seu interesse, através de serviço próprio ou mediante locação, obedecidos os princípios acauteladores constantes desta Resolução.

Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 9º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 23 JAN 1969. Engº ALBERTO FRANCO FERREIRA DA COSTA Presidente Engº CELSO VASCONCELLOS PINHEIRO 2º Secretário Publicado no D.O.U. DE 11 FEV 1969 CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 180, DE 10 JUL 1969

Dispõe sobre o registro dos diplomados por Convênios Culturais, nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a letra "f" do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO que os diplomados, por Convênios Culturais, em Engenharia, Arquitetura e Agronomia, não podem ser impedidos de exercer suas atividades profissionais no País; CONSIDERANDO que o Poder Judiciário tem reiteradamente decidido nesse sentido; CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Educação já adotou entendimento de que, para o registro de diplomas dos formados por Convênios Culturais, é suficiente a apresentação da prova da permanência definitiva no País, dos interessados; CONSIDERANDO que as letras "h" e "o" do artigo 34 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, concedem atribuições aos Conselhos Regionais para examinarem os pedidos de registro, expedindo as carteiras profissionais e organizar, disciplinar e manter atualizados os mesmos registros, RESOLVE: Art. 1º - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia procederão ao registro, para

habilitação profissional, dos diplomados por Convênios Culturais. Art. 2º - O registro deverá ser feito na forma da Resolução nº 168, de 17 MAIO 1968, do Conselho Federal. Art. 3º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 10 JUL 1969. ALBERTO FRANCO FERREIRA DA COSTA Presidente FELÍCIO LEMIESZEK 1º Secretário Publicada no D.O.U. de 26 AGO 1969 CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUN 1973 Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da ENGENHARIA, Arquitetura e Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, usando das atribuições que lhe conferem as letras "d" e "f", parágrafo único do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refere-se às atividades profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo, em termos genéricos; CONSIDERANDO a necessidade de discriminar atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, para fins da fiscalização de seu exercício profissional, e atendendo ao disposto na alínea "b" do artigo 6º e parágrafo único do artigo 84 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, RESOLVE:

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Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:

Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação

técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou

manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo; Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação; Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

Art. 2º - Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO ARQUITETO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e correlatos.

Art. 3º - Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a aeronaves, seus sistemas e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; infra-estrutura aeronáutica; operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte aéreo; seus serviços afins e correlatos;

Art. 4º - Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR: I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; locação de: a) loteamentos; b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem; c) traçados de cidades; d) estradas; seus serviços afins e correlatos. II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a arruamentos, estradas e obras hidráulicas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesa sanitária; química agrícola; alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos, laticínios, vinhos e destilados); beneficiamento e conservação dos produtos animais e vegetais; zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e corretivos; processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; parques e jardins; mecanização na

agricultura; implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia; bromatologia e rações; economia rural e crédito rural; seus serviços afins e correlatos.

Art. 6º - Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou ao ENGENHEIRO DE GEODÉSIA E TOPOGRAFIA ou ao ENGENHEIRO GEÓGRAFO: I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; elaboração de cartas geográficas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos.

Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos.

Art. 10 - Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.

Art. 11 - Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GEÓLOGO: I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº 4.076, de 23 JUN 1962.

Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.

Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL E DE METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE METALURGIA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria metalúrgica, beneficiamento de minérios; produtos metalúrgicos; seus serviços afins e correlatos.

Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea;

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beneficiamento de minérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO NAVAL: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a embarcações e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; diques e porta-batéis; operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte hidroviário; seus serviços afins e correlatos.

Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes a dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas pretrolíferas, transporte e industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos.

Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE QUÍMICA: I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais; seus serviços afins e correlatos.

Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água, esgoto e resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus serviços afins e correlatos.

Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE ALIMENTOS: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria de alimentos; acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e abastecimento de produtos alimentares; seus serviços afins e correlatos.

Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços afins e correlatos.

Art. 21 - Compete ao URBANISTA: I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a desenvolvimento urbano e regional, paisagismo e trânsito; seus serviços afins e correlatos.

Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO: I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais; II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO: I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais; II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 24 - Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO: I - o desempenho das atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais; II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.

Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades constantes desta Resolução.

Art. 26 - Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios: I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a competência concedida em seu registro, salvo se as resultantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido neste caso, o disposto no artigo 25 desta Resolução. II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhecida a competência resultante dos critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do inciso I deste artigo. Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da presente Resolução, aplicar-se-á, quando diplomado, o critério do item II deste artigo.

Art. 27 - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 28 - Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, 49, 51, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 67, 68, 71, 72, 74,

76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, 108, 111, 113, 120, 121, 124, 130, 132, 135, 139, 145, 147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, 208 e 212 e as demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 29 JUN 1973. Prof. FAUSTO AITA GAI Presidente Engº.CLÓVIS GONÇALVES DOS SANTOS 1º Secretário Publicada no D.O.U. de 31 JUL 1973 CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 221, DE 29 AGO 1974

Dispõe sobre o acompanhamento pelo autor, ou pelos autores ou co-autores, do projeto de execução da obra respectiva de ENGENHARIA, Arquitetura ou Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso da atribuição que lhe confere a letra "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO que o artigo 22 e seu parágrafo único da mencionada Lei, regulamentados pela Resolução nº 213, de 10 NOV 1972, asseguram ao autor, autores ou co-autores do projeto o direito de acompanhar a execução da obra respectiva; CONSIDERANDO que é direito do autor, autores ou co-autores do projeto acompanhar a execução da obra, inclusive para permitir introdução de modificações, RESOLVE: Art. 1º - Ao autor, autores ou co-autores do projeto é assegurado o direito de acompanhar a

execução da obra respectiva de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, de modo que, a seu término, possam ser emitidas declarações de que a mesma foi realizada de acordo com o projeto ou com as alterações aprovadas pelas partes interessadas.

Art. 2º - As condições em que se desenvolverá o acompanhamento da obra deverão ser tratadas previamente pelas partes interessadas. Parágrafo único - A inexistência de entendimento entre as partes interessadas exonera o autor, autores ou co-autores do projeto, de sua responsabilidade, quanto à fidelidade

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da execução da obra, não excetuada, porém, a responsabilidade quanto a erro técnico no projeto por eles elaborado.

Art. 3º - Cabe ao autor, autores ou co-autores do projeto a instituição de equipes que, de acordo com as características da obra, se tornem necessárias a seu acompanhamento.

Art. 4º - A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 29 AGO 1974. Prof. FAUSTO AITA GAI Presidente Arq. LUIZ CALHEIROS CRUZ 2º Secretário Publicada no D.O.U. de 13 SET 1974 CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 229, DE 27 JUN 1975

Dispõe sobre a regularização dos trabalhos de engenharia, arquitetura e agronomia iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a letra "f" do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer normas para regularização de trabalhos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, iniciados ou eventualmente concluídos sem a participação efetiva de responsabilidade técnica por profissional devidamente habilitado; CONSIDERANDO que tais trabalhos podem ameaçar a segurança pública, afetando o prestígio das profissões do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro-Agrônomo, que são caracterizadas por realizações de interesse social e humano, RESOLVE: Art. 1º - Constatada a existência de empreendimento de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, iniciado

sem a participação efetiva de responsável técnico habilitado, o Conselho Regional da jurisdição deverá requerer, administrativa ou judicialmente, as medidas que visem a I - impedir o prosseguimento da obra ou serviço ou uso do que foi concluído; II - averiguar as condições técnicas da obra ou serviços realizados.

Art. 2º - A critério de cada Conselho Regional, os trabalhos que estejam sendo ilegalmente realizados em sua jurisdição poderão ser regularizados, ainda que já em curso a medida judicial.

Art. 3º - Para regularização do empreendimento no Conselho Regional, deverá o interessado apresentar: I - os projetos respectivos, nos quais conste o levantamento das etapas já efetuadas e das que serão executadas com a participação de responsável técnico; II - relatório elaborado pelo responsável técnico no qual comprove que vistoriou minuciosamente o empreendimento, com a justificativa de que os trabalhos já concluídos apresentam condições técnicas para seu aproveitamento.

Art. 4º - As providências enunciadas nos artigos anteriores não isentam os intervenientes nos trabalhos sem participação do responsável técnico das cominações legais impostas pela Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966.

Art. 5º - A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 27 JUN 1975. Prof. FAUSTO AITA GAI Presidente Engº. HEITOR DE ASSUNPÇÃO S. FILHO 1º Secretário Publicada no D.O.U. de 22 AGO 1975 CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 262, DE 28 JUL 1979.

Dispõe sobre as atribuições dos Técnicos de 2º grau, nas áreas da ENGENHARIA, Arquitetura e Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, usando das atribuições que lhe conferem as letras "d" e "f" do Art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, CONSIDERANDO que, pelo disposto no parágrafo único do Art. 84 da referida Lei, cabe a este Conselho regulamentar as atribuições dos graduados por estabelecimentos de ensino de Grau Médio; CONSIDERANDO que, com o advento da Lei nº 5.692, de 11 AGO 1971, os Técnicos de Grau Médio passaram a ser denominados Técnicos de 2º Grau; CONSIDERANDO que o recente surgimento de novas habilitações profissionais de 2º Grau impõe uma revisão nas normas de concessão das correspondentes atribuições; CONSIDERANDO a conveniência de se deixarem bem explícitas as atribuições concedidas aos Técnicos de 2º Grau pelo Art. 24 da Resolução nº 218, de 29 JUN 1973, e a necessidade de discriminar as atividades pertinentes às diferentes habilitações desses profissionais; CONSIDERANDO que Técnico de 2º Grau, nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, é o profissional que, em vista de sua escolarização de 2º Grau, ou equivalente, se encontra, pela sua especialização, habilitado ao exercício de atividades intermediárias entre as que são privativas dos profissionais de nível superior nessas áreas, e as dos que, embora qualificados, não têm suas atividades regulamentadas, RESOLVE: Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos Técnicos de 2º Grau, as

atividades constantes do Art. 24 da Resolução nº 218 ficam assim explicitadas:

1) Execução de trabalhos e serviços técnicos projetados e dirigidos por profissionais de nível superior.

2) Operação e/ou utilização de equipamentos, instalações e materiais. 3) Aplicação das normas técnicas concernentes aos respectivos processos de

trabalho. 4) Levantamento de dados de natureza técnica. 5) Condução de trabalho técnico.

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6) Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção. 7) Treinamento de equipes de execução de obras e serviços técnicos. 8) Desempenho de cargo e função técnica circunscritos ao âmbito de sua

habilitação. 9) Fiscalização da execução de serviços e de atividade de sua competência. 10) Organização de arquivos técnicos. 11) Execução de trabalhos repetitivos de mensuração e controle de qualidade. 12) Execução de serviços de manutenção de instalação e equipamentos. 13) Execução de instalação, montagem e reparo. 14) Prestação de assistência técnica, ao nível de sua habilitação, na compra e venda

de equipamentos e materiais. 15) Elaboração de orçamentos relativos às atividades de sua competência. 16) Execução de ensaios de rotina. 17) Execução de desenho técnico.

Parágrafo único - Para efeito de interpretação desta resolução, conceituam-se:

1 - CONDUZIR - Significa fazer executar por terceiros o que foi determinado por si ou por outros.

2 - DIRIGIR - Significa determinar, comandar e essencialmente decidir. Quem é levado a escolher entre opções, quem é obrigado a tomar decisões, quem deve escolher o processo construtivo e especificar materiais em uma edificação está a dirigir.

3 - EXECUTAR - Significa realizar, isto é, materializar o que é decidido por si ou por outros.

4 - FISCALIZAR - Significa examinar a correção entre o proposto e o executado. 5 - PROJETAR - Significa buscar e formular, através dos princípios técnicos e

científicos, a solução de um problema, ou meio de consecução de um objetivo ou meta, adequando aos recursos econômicos disponíveis as alternativas que conduzem à viabilidade da decisão.

Art. 2º - Visando à fiscalização de suas atividades, bem como à adequada supervisão, quando

prevista nesta Resolução, por profissional de nível Superior, os Técnicos de 2º Grau ficam distribuídos pelas seguintes áreas de habilitação:

1 - AGRONOMIA 1.1 - Técnico em Açúcar e Álcool 1.2 - Técnico em Agricultura 1.3 - Técnico em Agropecuária 1.4 - Técnico em Carnes e Derivados 1.5 - Técnico em Enologia 1.6 - Técnico em Leite e Derivados 1.7 - Técnico em Meteorologia 1.8 - Técnico em Pecuária 1.9 - Técnico em Pesca 2 - ARQUITETURA 2.1 - Técnico em Decoração 2.2 - Técnico em Maquetaria 3 - CIVIL 3.1 - Técnico em Agrimensura

3.2 - Técnico em Edificações 3.3 - Técnico em Estradas 3.4 - Técnico em Geodésia e Cartografia 3.5 - Técnico em Hidrologia 3.6 - Técnico em Saneamento 4 - ELETRICIDADE 4.1 - Técnico em Eletromecânica 4.2 - Técnico em Eletrônica 4.3 - Técnico em Eletrotécnica 4.4 - Técnico em Instrumentação 4.5 - Técnico em Proteção Radiológica 4.6 - Técnico em Telecomunicações 5 - MECÂNICA 5.1 - Técnico em Artes Gráficas 5.2 - Técnico em Calçados 5.3 - Técnico em Estruturas Navais 5.4 - Técnico em Manutenção de Aeronaves 5.5 - Técnico em Máquinas Navais 5.6 - Técnico em Mecânica 5.7 - Técnico em Mecânica de Precisão 5.8 - Técnico em Móveis e Esquadrias 5.9 - Técnico em Operações de Reatores 5.10 - Técnico em Refrigeração e Ar Condicionado 6 - METALURGIA 6.1 - Técnico em Metalurgia 7 - MINAS 7.1 - Técnico em Geologia 7.2 - Técnico em Mineração 8 - QUÍMICA 8.1 - Técnico em Acabamento Têxtil 8.2 - Técnico em Alimentos 8.3 - Técnico em Cerâmica 8.4 - Técnico em Cervejas e Refrigerantes 8.5 - Técnico em Fiação 8.6 - Técnico em Malharia 8.7 - Técnico em Tecelagem 8.8 - Técnico Têxtil

Parágrafo único - Para efeito de fiscalização e supervisão prevista neste artigo, poderá ser

considerado, também, na área de Arquitetura, o técnico em Edificações, bem como, na área de Agronomia, o Técnico em Alimentos.

Art. 3º - Constituem atribuições dos Técnicos de 2º Grau, discriminados no Art. 2º, o exercício das atividades de 01 a 17 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito restrito de suas respectivas habilitações profissionais.

Art. 4º - A nenhum Técnico de 2º Grau poderá ser concedida atribuição que não esteja em estrita concordância com sua formação profissional definida pelo seu currículo escolar e escolaridade.

Art. 5º - É assegurada aos Técnicos de 2º Grau a competência para assumir a responsabilidade técnica por pessoa jurídica cujo objetivo social seja restrito às suas atribuições.

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Art. 6º - As atribuições dos Técnicos de 2º Grau serão, por ocasião do seu registro, anotadas em sua Carteira de Identidade Profissional.

Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, deverá o CREA, após o exame do currículo escolar do registrado, fazer constar na sua carteira o(s) campo(s) de atuação do profissional.

Art. 7º - Na eventualidade de virem a ser definidas novas habilitações profissionais a nível de 2º Grau, de validade nacional, o CONFEA baixará Resoluções visando ao estabelecimento das correspondentes atribuições.

Art. 8º - Aos Técnicos de Grau Médio diplomados anteriormente à vigência da Lei nº 5.692/71 e já registrados à data da entrada em vigor desta Resolução serão asseguradas as atribuições consignadas em seu registro.

Art. 9º - Aos Técnicos de Grau Médio referidos no artigo anterior, já diplomados mas não registrados, serão concedidas as atribuições consignadas nas normas vigentes anteriormente à publicação desta Resolução.

Art. 10 - Aos Técnicos de 2º Grau já diplomados, registrados ou não, serão concedidas as atribuições previstas nesta Resolução.

Art. 11 - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União. Brasília, 28 JUL 1979.

Engº CIVIL E ELETROTÉCNICO INÁCIO DE LIMA FERREIRA Presidente Engº. CIVIL HARRY FREITAS BARCELLOS 1º Secretário Publicada no D.O.U. de 06 SET 1979 - Seção I - Parte II - Págs. 4.968/4.969 Obs.: Res. 278 - Exercício Profissional Técnico Agrícola e Industrial. Res. 343 - Inclusão de Novas Habilitações. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

RESOLUÇÃO Nº 407, de 09 AGO 1996.

Revoga a Resolução nº 250/77, que regula o tipo e uso de placas de identificação de exercício profissional em obras, instalações e serviços de ENGENHARIA, Arquitetura e Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, no uso das atribuições que lhe confere a letra "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, CONSIDERANDO que a colocação de placas previstas na Lei 5.194/66 tem por finalidade a identificação dos responsáveis técnicos pela obra, instalação ou serviço de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia; CONSIDERANDO que cabe ao profissional decidir sobre a forma de se identificar como RT pela obra, instalação ou serviço, RESOLVE: Art. 1º - O uso de placas de identificação do exercício profissional é obrigatório de acordo com o

Art. 16 da Lei 5.194/66. Art. 2º - Os infratores estão sujeitos a pagamento de multa prevista no Art. 73, alínea "a", da Lei 5.194/66.

Art. 3º - Fica revogada a Resolução nº 250, de 16 de dezembro de 1977. Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. HENRIQUE LUDUVICE Presidente JOÃO ALBERTO FERNANDES BASTOS Vice-Presidente

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL São deveres dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, de acordo com a Resolução no 205, de 30 de setembro de 1.971, que criou o Código de Ética Profissional da categoria. A Ética Profissional é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma determinada profissão. 1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos,

capacidade e experiência para melhor servir à humanidade. 2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos

que comprometam a sua dignidade. 3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas. 4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses

de outros profissionais. 5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de

preços por serviços profissionais. 6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando

Consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da consulta.

7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e eqüidade para com os contratantes e empreiteiros.

8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.

9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumprí-la corretamente e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento.

M INFRAÇÕES AO CÓDIGO DE ÉTICA Os profissionais que cometerem infrações enquadráveis no Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta e os casos de reincidência, a critério e julgamento das respectivas Câmaras Especializadas, podem receber penas de advertência reservada ou de censura pública. M PROCESSO DE INFRAÇÃO AO CÓDIGO DE ÉTICA Os processos de infração ao Código de Ética são regulamentados pela Resolução no 401/95, do CONFEA.

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LEI N.º 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990(1)

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras

providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte Lei: TÍTULO I DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - O presente Código estabelece normas de proteção e defesa

do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos artigos 5º, inciso XXXII(2), 170, inciso V, da Constituição Federal, e artigo 48 de suas Disposições Transitórias(3).

Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção,

(1) Publicada no Diário Oficial da União de 12.9.1990, em suplemento. (2) Este dispositivo trata da competência do Estado para promover a defesa do

consumidor, pela via legal. (3) Este artigo determina que a elaboração do Código de Defesa do Consumidor

deveria ser realizada no prazo de 120 dias da promulgação da Constituição Federal. O que aconteceu com a promulgação da Lei.

transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

CAPÍTULO II DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO

Art. 4º - A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios(4):

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações

representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de

qualidade, segurança, durabilidade e desempenho; III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de

consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (artigo 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; (4) Com alteração introduzida pelo art. 7o da Lei no 9.008, de 21.3.1995 (Diário

Oficial da União de 22.3.1995).

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V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;

VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;

VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. Art. 5º - Para a execução da Política Nacional das Relações de

Consumo, contará o Poder Público com os seguintes instrumentos, entre outros:

I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;

II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;

III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;

IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;

V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.

§ 1º - (Vetado.) § 2º - (Vetado.) CAPÍTULO III DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos

provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,

composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

IX - (Vetado.) X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Art. 7º - Os direitos previstos neste Código não excluem outros

decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.

Parágrafo único - Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.

CAPÍTULO IV DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS SEÇÃO I DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA

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Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.

Art. 9º - O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.

Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.

§ 1º - O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.

§ 2º - Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.

§ 3º - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito.

Art. 11 - (Vetado.) SEÇÃO II DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou

estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou

acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. § 2º - O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de

melhor qualidade ter sido colocado no mercado. § 3º - O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não

será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que embora haja colocado o produto no mercado, o defeito

inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 13 - O comerciante é igualmente responsável, nos termos

do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não

puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu

fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. Parágrafo único - Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado

poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.

Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido.

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§ 2º - O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

§ 3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. § 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será

apurada mediante a verificação de culpa. Art. 15 - (Vetado.) Art. 16 - (Vetado.) Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos

consumidores todas as vítimas do evento. SEÇÃO III DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou

não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1º - Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço. § 2º - Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do

prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a 7 (sete) nem superior a 180 (cento e oitenta) dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.

§ 3º - O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.

§ 4º - Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1º deste artigo.

§ 5º - No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.

§ 6º - São impróprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados,

falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;

III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.

Art. 19 - Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso ou medida; III - a substituição do produto por outro da mesma espécie,

marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente

atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. § 1º - Aplica-se a este artigo o disposto no § 4º do artigo anterior. § 2º - O fornecedor imediato será responsável quando fizer a

pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.

Art. 20 - O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o

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valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço. § 1º - A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros

devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. § 2º - São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para

os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam às normas regulamentares de prestabilidade.

Art. 21 - No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor.

Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Código.

Art. 23 - A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.

Art. 24 - A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.

Art. 25 - É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas Seções anteriores.

§ 1º - Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas Seções anteriores.

§ 2º - Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.

SEÇÃO IV DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO Art. 26 - O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil

constatação caduca em: I - 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de

produto não duráveis; II - 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e

de produto duráveis. § 1º - Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da

entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. § 2º - Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor

perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;

II - (Vetado.) III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. § 3º - Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no

momento em que ficar evidenciado o defeito. Art. 27 - Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à reparação pelos

danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

Parágrafo único - (Vetado.) SEÇÃO V DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Art. 28 - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da

sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos

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estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

§ 1º - (Vetado.) § 2º - As sociedades integrantes dos grupos societários e as

sociedades controladas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste Código.

§ 3º - As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste Código.

§ 4º - As sociedades coligadas só responderão por culpa. § 5º - Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre

que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

CAPÍTULO V DAS PRÁTICAS COMERCIAIS SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos

consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.

SEÇÃO II DA OFERTA Art. 30 - Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa,

veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

Art. 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

Art. 32 - Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.

Parágrafo único - Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

Art. 33 - Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial.

Art. 34 - O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus propostos ou representantes autônomos. Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar

cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;

II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia e

eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. SEÇÃO III DA PUBLICIDADE Art. 36 - A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o

consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Parágrafo único - O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou

serviços, manterá em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.

Art. 37 - É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1º - É enganosa qualquer modalidade de informação ou

comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.

§ 2º - É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da

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criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

§ 3º - Para os efeitos deste Código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.

§ 4º - (Vetado.) Art. 38 - O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou

comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. SEÇÃO IV DAS PRÁTICAS ABUSIVAS Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao

fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;

II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;

III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e

autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;

VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO;

IX - recusar a venda de bens ou prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais(5);

X - Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços(6); XI - Aplicar índice ou fórmula de reajuste diversos do legal ou

contratualmente estabelecidos(7); XII - Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação

ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério(8). Parágrafo único - Os serviços prestados e os produtos remetidos ou

entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.

Art. 40 - O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.

§ 1º - Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de 10 (dez) dias, contados de seu recebimento pelo consumidor.

§ 2º - Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.

§ 3º - O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros, não previstos no orçamento prévio.

Art. 41 - No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob pena de, não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em excesso,

(5) Com redação dada pelo art.87 da Lei no 8.884, de 11.6.1994 (Diário oficial da

União de 13.6.1994). (6) Idem nota 5. (7) Com redação dada pela medida provisória no 1.477, de 1º.8.1996 (Diário Oficial

da União de 2.8.1996). (8) Com alteração dada pela art.7o da Lei no 9.008, de 21.3.1995 (Diário Oficial da

União de 22.3.1995).

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monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir, à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

SEÇÃO V DA COBRANÇA DE DÍVIDAS Art. 42 - Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não

será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único - O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro ao que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

SEÇÃO VI DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES Art. 43 - O consumidor, sem prejuízo do disposto no artigo 86,

terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

§ 1º - Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a 5 (cinco) anos.

§ 2º - A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.

§ 3º - O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.

§ 4º - Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.

§ 5º - Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.

Art. 44 - Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-los pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.

§ 1º - É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta por qualquer interessado.

§ 2º - Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do artigo 22 deste Código.

Art. 45 - (Vetado.) CAPÍTULO VI DA PROTEÇÃO CONTRATUAL SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 46 - Os contratos que regulam as relações de consumo não

obrigarão os consumidores, se não Ihes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.

Art. 47 - As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

Art. 48 - As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos termos do artigo 84 e parágrafos.

Art. 49 - O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único - Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

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Art. 50 - A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.

Parágrafo único - O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada, em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso de produto em linguagem didática, com ilustrações.

SEÇÃO II DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas

contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do

fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste Código;

III - transfiram responsabilidades a terceiros; IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que

coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;

V - (Vetado.); VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do

consumidor; VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio

jurídico pelo consumidor; IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato,

embora obrigando o consumidor; X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do

preço de maneira unilateral; XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente,

sem que igual direito seja conferido ao consumidor;

XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito Ihe seja conferido contra o fornecedor;

XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;

XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais; XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao

consumidor. XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por

benfeitorias necessárias. § 1º - Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que: I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que

pertence; II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à

natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou o equilíbrio contratual;

III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.

§ 2º - A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.

§ 3º - (Vetado.) § 4º - É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o

represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste Código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.

Art. 52 - No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:

I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; III - acréscimos legalmente previstos; IV - número e periodicidade das prestações; V - soma total a pagar, com e sem financiamento.

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§ 1º - As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo não poderão ser superiores a 2% (dois por cento) do valor da prestação(9).

§ 2º - É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos.

§ 3º - (Vetado.) Art. 53 - Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis

mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado.

§ 1º - (Vetado.) § 2º - Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a

compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.

§ 3º - Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda corrente nacional.

SEÇÃO III DOS CONTRATOS DE ADESÃO Art. 54 - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido

aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.

§ 1º - A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.

§ 2º - Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2º do artigo anterior.

(9) Este dispositivo foi alterado pela Lei no 9.298, de 1o.8.1996, publicada no Diário

Oficial da União de 2.8.1996.

§ 3º - Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

§ 4º - As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.

§ 5º - (Vetado.) CAPÍTULO VII DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 55 - A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter

concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços.

§ 1º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias.

§ 2º - (Vetado.) § 3º - Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais

com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas referidas no § 1º, sendo obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores.

§ 4º - Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial.

Art. 56 - As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas:

I - multa; II - apreensão do produto; III - inutilização do produto; IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; V - proibição de fabricação do produto;

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VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; VII - suspensão temporária de atividade; VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de

atividade; XI - intervenção administrativa; XII - imposição de contrapropaganda. Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo serão aplicadas

pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Art. 57 - A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo nos termos da lei, revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis à União, ou fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos demais casos(10).

Parágrafo único - A multa será em montante nunca inferior a 300 (trezentas) e não superior a 3.000.000 (três milhões) de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (UFIR), ou índice equivalente que venha substituí-lo(11).

Art. 58 - As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de proibição de fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço.

Art. 59 - As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa serão aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das

(10) Com redação dada pela Lei no 8.656, de 21.5.1993 (Diário Oficial da União de

22.5.1993). (11) Com redação dada pela Lei no 8.703, de 6.9.1993 (Diário Oficial da União de

8.9.1993).

infrações de maior gravidade previstas neste Código e na legislação de consumo.

§ 1º - A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou contratual.

§ 2º - A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade.

§ 3º - Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença.

Art. 60 - A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do artigo 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator.

§ 1º - A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.

§ 2º - (Vetado.) § 3º - (Vetado.) TÍTULO II DAS INFRAÇÕES PENAIS Art. 61 - Constituem crimes contra as relações de consumo

previstas neste Código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.

Art. 62 - (Vetado.) Art. 63 - Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou

periculosidade de produtos nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:

Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. § 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante

recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.

§ 2º - Se o crime é culposo: Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.

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Art. 64 - Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:

Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Parágrafo único - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de

retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.

Art. 65 - Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente:

Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Parágrafo único - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo

das correspondentes à lesão corporal e à morte. Art. 66 - Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir

informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:

Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. § 1º - Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º - Se o crime é culposo: Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Art. 67 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria

saber ser enganosa ou abusiva: Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. Parágrafo único - (Vetado.) Art. 68 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria

saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança:

Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Parágrafo único - (Vetado.) Art. 69 - Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que

dão base à publicidade: Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Art. 70 - Empregar, na reparação de produtos, peças ou

componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor: Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 71 - Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,

constrangimento físico ou moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o

consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 72 - Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações

que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 73 - Deixar de corrigir imediatamente informação sobre

consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:

Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Art. 74 - Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia

adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo:

Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Art. 75 - Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes

referidos neste Código incide nas penas a esses cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele proibidas.

Art. 76 - São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados neste Código:

I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou por ocasião de calamidade;

II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo; III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento; IV - quando cometidos: a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-

social seja manifestamente superior à da vítima; b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de 18 (dezoito)

ou maior de 60 (sessenta) anos ou de pessoas portadoras de deficiência mental, interditadas ou não;

V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais.

Art. 77 - A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de duração da pena

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privativa da liberdade cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz observará o disposto no artigo 60, §1º, do Código Penal(12).

Art. 78 - Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado o disposto nos artigos 44 a 47 do Código Penal(13):

I - a interdição temporária de direitos; II - a publicação em órgãos de comunicação de grande circulação ou

audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

III - a prestação de serviços à comunidade. Art. 79 - O valor da fiança, nas infrações de que trata este Código,

será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre 100 (cem) e 200.000 (duzentas mil) vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, ou índice equivalente que venha substituí-lo(14).

Parágrafo único - Se assim recomendar a situação econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:

a) reduzida até a metade de seu valor mínimo; b) aumentada pelo Juiz até 20 (vinte) vezes. Art. 80 - No processo penal atinente aos crimes previstos neste

Código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no artigo 82, incisos III e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal.

TÍTULO III DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

(12) Este artigo trata do aumento da pena de multa em virtude da situação

econômica do réu. (13) Estes artigos tratam das penas restritivas de direitos. (14) Este índice foi criado pelo art. 5o da Lei no 7.777, de 19.6.1989, tendo sido

extinto pelo art. 3o da Lei no 8.177, de 1o.3.1991.

Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica-base;

III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.

Art. 82 - Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente(15):

I - o Ministério Público; II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração Pública, Direta ou

Indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código;

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código, dispensada a autorização assemblear.

§ 1º - O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo Juiz, nas ações previstas no artigo 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

§ 2º - (Vetado.) § 3º - (Vetado.) Art. 83 - Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este

Código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.

Parágrafo único - (Vetado.)

(15) Com alteração introduzida pelo art. 7º da Lei no 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial

da União de 22.3.95). Ver art. 29 da Lei no 8.884, de 11.6.94 (Diário Oficial da União de 13.6.94).

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Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1º - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2º - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (artigo 287 do Código de Processo Civil)(16).

§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao Juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.

§ 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5º - Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o Juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial.

Art. 85 - (Vetado.) Art. 86 - (Vetado.) Art. 87 - Nas ações coletivas de que trata este Código não haverá

adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorário de advogados, custas e despesas processuais.

Parágrafo único - Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.

Art. 88 - Na hipótese do artigo 13, parágrafo único, deste Código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.

(16) Este artigo trata da pena pecuniária decorrente do pedido do autor, que objetive

abstenção da prática de algum ato, a tolerância de alguma atividade ou a prestação de fato que não possa ser realizada por terceiros.

Art. 89 - (Vetado.) Art. 90 - Aplicam-se às ações previstas neste Título as normas do

Código de Processo Civil e da Lei nº 7.347, de 24 de junho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não contrariar suas disposições.

CAPÍTULO II DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS Art. 91 - Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em

nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes(17).

Art. 92 - O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.

Parágrafo único - (Vetado.) Art. 93 - Ressalvada a competência da Justiça Federal, é

competente para a causa a Justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de

âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os

danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.

Art. 94 - Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

Art. 95 - Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.

Art. 96 - (Vetado.) Art. 97 - A liquidação e a execução de sentença poderão ser

promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o artigo 82.

Parágrafo único - (Vetado.) (17) Com alteração dada pelo art. 7º da Lei no 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial da

União de 22.3.95).

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Art. 98 - A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o artigo 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiverem sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções(18).

§ 1º - A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.

§ 2º - É competente para a execução o Juízo: I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de

execução individual; II - da ação condenatória, quando coletiva a execução. Art. 99 - Em caso de concurso de créditos decorrentes de

condenação prevista na Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.

Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância recolhida ao fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para responder pela integralidade das dívidas.

Art. 100 - Decorrido o prazo de 1 (um) ano sem habilitação de interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do artigo 82 promover a liquidação e execução da indenização devida.

Parágrafo único - O produto da indenização devida reverterá para o Fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.

CAPÍTULO III DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS Art. 101 - Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de

produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste Título, serão observadas as seguintes normas: (18) Com alteração dada pela Lei no 9.008, de 21.3.95 (Diário Oficial da União de

22.3.95).

I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá

chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do artigo 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.

Art. 102 - Os legitimados a agir na forma deste Código poderão propor ação visando compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o Território Nacional, a produção, divulgação, distribuição ou venda, ou a determinar alteração na composição, estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.

§ 1º - (Vetado.) § 2º - (Vetado.) CAPÍTULO IV DA COISA JULGADA Art. 103 - Nas ações coletivas de que trata este Código, a sentença

fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por

insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do artigo 81;

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do artigo 81;

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do artigo 81.

§ 1º - Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.

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§ 2º - Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.

§ 3º - Os efeitos da coisa julgada de que cuida o artigo 16, combinado com o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste Código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos artigos 96 a 99.

§ 4º - Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.

Art. 104 - As ações coletivas, previstas nos incisos I e II do parágrafo único do artigo 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.

TÍTULO IV DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR Art. 105 - Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor -

SNDC - os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.

Art. 106 - O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico - MJ, ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe(19):

I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao consumidor;

II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado; (19) Com alteração dada pelo Decreto no 761, de 19.2.93 (Diário Oficial da União de

20.2.93) e pela Lei no 8.490, de 19.11.92 (Diário Oficial da União de 19.2.92).

III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias;

IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos diferentes meios de comunicação;

V - solicitar à Polícia Judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente;

VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições;

VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores;

VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de bens e serviços;

IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos estaduais e municipais;

X - (Vetado.); XI - (Vetado.); XII - (Vetado.); XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas

finalidades. Parágrafo único - Para a consecução de seus objetivos, o

Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-científica(20).

TÍTULO V DA CONVENÇÃO COLETIVA DE CONSUMO Art. 107 - As entidades civis de consumidores e as associações de

fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por (20) Com alteração dada pelo Decreto no 761, de 19.2.93 (Diário Oficial da União de

20.2.93).

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convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

§ 1º - A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de títulos e documentos.

§ 2º - A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

§ 3º - Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento.

Art. 108 - (Vetado.) TÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 109 - (Vetado.) Art. 110 - Acrescente-se o seguinte inciso IV ao artigo 1º da Lei nº

7.347, de 24 de julho de 1985: "IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo." Art. 111 - O inciso II do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de

1985, passa a ter a seguinte redação: "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio

ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo."

Art. 112 - O § 3º do artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:

"§ 3º - Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa."

Art. 113 - Acrescente-se os seguintes §§ 4º, 5º e 6º ao artigo 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:

"§ 4º - O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo Juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

§ 5º - Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.

§ 6º - Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominação, que terá eficácia de título executivo extrajudicial".

Art. 114 - O artigo 15 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:

"Art. 15 - Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora Ihe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados".

Art. 115 - Suprima-se o caput do artigo 17 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o caput, com a seguinte redação:

"Art. 17 - Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diferentes responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos".

Art. 116 - Dê-se a seguinte redação ao art. 18, da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:

"Art. 18 - Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais".

Art. 117 - Acrescente-se à Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:

"Art. 21 - Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da Lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor".

Art. 118 - Este Código entrará em vigor dentro de 180 (cento e oitenta) dias a contar de sua publicação.

Art. 119 - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.

Fernando Collor de Mello Bernardo Cabral

Zélia M. Cardoso de Mello

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NR – 10: Portaria n.º 598, de 07/12/2004 (D.O.U. de 08/12/2004 – Seção 1)

Ementas: Portaria n.º 126, de 03/06/2005 (D.O.U. de 06/06/2005 – Seção 1)

NORMA REGULAMENTADORA Nº 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 10.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os requisitos e condições mínimas

objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE 10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas

preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. (210.001-0/I=3)

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho. (210.002-9/I=1)

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. (210.003-7/I=3)

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: (210.004-5/I=4) a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e

saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; (210.005-3/I=3)

b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; (210.006-1/I=2) c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; (210.007-0/I=2)

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; (210.008-8/I=2)

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; (210.009-6/I=2)

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; (210.010-0/I=3)

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. (210.011-8/I=3)

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados: (210.012-6/I=4) a) descrição dos procedimentos para emergências; (210.013-4/I=3) b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual; 210.014-2/I=3)

10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5. (210.015-0/I=4)

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10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo

empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. (210.016-9/I=3)

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. (210.017-7/I=2)

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA 10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e

adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. (210.018-5/I=4)

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. (210.019-3/I=3)

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. (210.020-7/I=2)

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. (210.021-5/I=2)

10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem

tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6. (210.022-3/I=4)

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. (210.023-1/I=4)

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades. (210.024-0/I=1)

10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS 10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de

desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa. (210.025-8/I=3)

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito. (210.026-6/I=3)

10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção. (210.027-4/I=3)

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos. (210.028-2/I=3)

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. (210.029-0/I=3)

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado. (210.030-4/I=1)

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10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário. (210.031-

2/I=2) 10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados,

das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. (210.032-0/I=2)

10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado. (210.033-9/I=2)

10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínim o, os seguintes itens de segurança: a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,

queimaduras e outros riscos adicionais; (210.034-7/I-1) b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,

desligado e Vermelho - “L”, ligado); (210.035-5/I-1) c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo

dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; (210.036-3/I-1)

d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; (210.037-1/I-1)

e) precauções aplicáveis em face das influências externas; (210.038-0/I-1) f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à

segurança das pessoas; (210.039-8/I-1) g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

(210.040-1/I-1) 10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores

iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia. (210.041-0/I=2)

10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas,

ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR. (210.042-8/I=4)

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança. (210.043-6/I=4)

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservandose as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas. (210.044-4/I=3)

10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes. (210.045-2/I=3)

10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos. (210.046-0/I=3)

10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. (210.047-9/I=2)

10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas. (210.048-7/I=2)

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10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações

elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR. (210.049-5/I=3).

10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS 10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para

trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo: a) seccionamento; (210.050-9/I=2) b) impedimento de reenergização; (210.051-7/I=2) c) constatação da ausência de tensão; (210.052-5/I=2) d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos

circuitos; (210.053-3/I=2) e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); (210.054-

1/I=2) f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização. (210.055-0/I=2)

10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo: (210.056-8/I=3) a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; (210.057-6/I=2) b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de

reenergização; (210.058-4/I=2) c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;

(210.059-2/I=2) d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; (210.060-6/I=2) e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. (210.061-

4/I=2) 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser

alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado.

10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. (210.062-2/I=3)

10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em

corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma. (210.063-0/I=4)

10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. (210.064-9/I=4)

10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida.

10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I. (210.065-7/I=3)

10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo. (210.066-5/I=2)

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10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações

de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho. (210.067-3/I=3)

10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. (210.068-1/I=2)

10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT) 10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão,

que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR. (210.069-0/I=4)

10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR. (210.070-3/I=4)

10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente. (210.071-1/I=4)

10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. (210.072-0/I=2)

10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço. (210.073-8/I=2)

10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado. (210.074-6/I=3)

10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. (210.075-4/I-4)

10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado. (210.076-2/I-4)

10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente. (210.077-0/I-4)

10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço. (210.078-9/I-4)

10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS

TRABALHADORES. 10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico

na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. 10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.

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10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições,

simultaneamente: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e

autorizado; e b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.

10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.

10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4. (210.079-7/I=1)

10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa. (210.080-0/I=1)

10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico. (210.081-9/I=3)

10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR. (210.082-7/I=4)

10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR. (210.083-5/I=4)

10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: (210.084-3/I=2) a) troca de função ou mudança de empresa; (210.085-1/I=2) b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;

(210.086-0/I=2) c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e

organização do trabalho. (210.087-8/I=2) 10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados

ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que o motivou. (210.088-6/I=1)

10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido. (210.089-4/I=3)

10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. (210.090-8/I=2)

10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de

proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incêndios. (210.091-6/I=3)

10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. (210.092-4/I=2)

10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. (210.093-2/I=2)

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10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio

ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. (210.094-0/I=3)

10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. (210.095-9/I=4)

10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de

segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: (210.096-7/I=3) a) identificação de circuitos elétricos; (210.097-5/I=2) b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; (210.098-

3/I=2) c) restrições e impedimentos de acesso; (210.099-1/I=2) d) delimitações de áreas; (210.100-9/I=2) e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de

cargas; (210.101-7/I=2) f) sinalização de impedimento de energização; (210.102-5/I=2) g) identificação de equipamento ou circuito impedido. (210.103-3/I=2)

10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade

com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR. (210.104-1/I=3)

10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados. (210.105-0/I=2)

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. (210.106-8/I=2)

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver. (210.107-6/I=2)

10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR. (210.108-4/I=3)

10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. (210.109-2/I=2)

10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. (210.110-6/I=2)

10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. (210.111-4/I=2)

10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

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10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade

devem constar do plano de emergência da empresa. (210.112-2/I=3) 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros

socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória. (210.113-0/I=3)

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação. (210.114-9/I=3)

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas. (210.115-7/I=3)

10.13 – RESPONSABILIDADES 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e

contratados envolvidos. 10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os

riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. (210.116-5/I=3)

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. (210.117-3/I=4)

10.13.4 Cabe aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por

suas ações ou omissões no trabalho; b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e

regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que

considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. 10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS 10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre

que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. (210.118-1/I=4)

10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes. (210.119-0/I=2)

10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas. (210.120-3/I=2)

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes. (210.121-1/I=2)

10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extrabaixa tensão. GLOSSÁRIO 1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em

corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva. 3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à

terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

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4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias

inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga.

5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas.

7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.

8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barreira. 10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts

em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção de

medidas de proteção para segurança das pessoas e desempenho dos componentes da instalação.

12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico.

13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o final dos trabalhos e liberação para uso.

14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.

15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas.

16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de materiais isolantes.

17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada.

18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.

19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade.

20. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização.

21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores.

22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.

23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.

24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir. 25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um

determinado objetivo. 26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à

geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive. 27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança.

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28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona

controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.

29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

ANEXO II ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

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Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre

Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada. ZL = Zona livre ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao

trabalho. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.

ANEXO III TREINAMENTO 1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima – 40h: Programação Mínima: 1. introdução à segurança com eletricidade. 2. riscos em instalações e serviços com eletricidade:

a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; c) campos eletromagnéticos.

3. Técnicas de Análise de Risco. 4. Medidas de Controle do Risco Elétrico:

a) desenergização. b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário;

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c) equipotencialização; d) seccionamento automático da alimentação; e) dispositivos a corrente de fuga; f) extra baixa tensão; g) barreiras e invólucros; h) bloqueios e impedimentos; i) obstáculos e anteparos; j) isolamento das partes vivas; k) isolação dupla ou reforçada; l) colocação fora de alcance; m) separação elétrica.

5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras; 6) Regulamentações do MTE:

a) NRs; b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade); c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.

7. Equipamentos de proteção coletiva. 8. Equipamentos de proteção individual. 9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.

a) instalações desenergizadas; b) liberação para serviços; c) sinalização; d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;

10. Documentação de instalações elétricas. 11. Riscos adicionais:

a) altura; b) ambientes confinados; c) áreas classificadas; d) umidade; e) condições atmosféricas.

12. Proteção e combate a incêndios: a) noções básicas; b) medidas preventivas; c) métodos de extinção; d) prática;

13. Acidentes de origem elétrica: a) causas diretas e indiretas; b) discussão de casos;

14. Primeiros socorros: a) noções sobre lesões; b) priorização do atendimento; c) aplicação de respiração artificial; d) massagem cardíaca; e) técnicas para remoção e transporte de acidentados; f) práticas.

15. Responsabilidades. 2. CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)

E EM SUAS PROXIMIDADES. É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. Carga horária mínima – 40h (*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador.

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I - Programação Mínima: 1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia – SEP. 2. Organização do trabalho:

a) programação e planejamento dos serviços; b) trabalho em equipe; c) prontuário e cadastro das instalações; d) métodos de trabalho; e e) comunicação.

3. Aspectos comportamentais. 4. Condições impeditivas para serviços. 5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):

a) proximidade e contatos com partes energizadas; b) indução; c) descargas atmosféricas; d) estática; e) campos elétricos e magnéticos; f) comunicação e identificação; e g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.

6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*) 7. Procedimentos de trabalho – análise e discussão. (*) 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)

a) em linha viva; b) ao potencial; c) em áreas internas; d) trabalho a distância; e) trabalhos noturnos; e f) ambientes subterrâneos.

9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*). 10. Sistemas de proteção coletiva (*). 11. Equipamentos de proteção individual (*). 12. Posturas e vestuários de trabalho (*). 13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*). 14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*). 15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*). 16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*). 17. Acidentes típicos (*) – Análise, discussão, medidas de proteção. 18. Responsabilidades (*).

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RESOLUÇÃO Nº 1.010, DE 22 DE AGOSTO DE 2005.

Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA - Confea, no uso das atribuições que lhe confere a alínea "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro 1966, e

Considerando a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de engenheiro agrônomo;

Considerando a Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, que regula o exercício da profissão de geólogo; Considerando a Lei nº 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a profissão de geógrafo; Considerando a Lei nº 6.835, de 14 de outubro de 1980, que dispõe sobre o exercício da profissão de

meteorologista; Considerando o Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, que regula o exercício da profissão

agronômica; Considerando o Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exercício das

profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor; Considerando o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a regulamentação

do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de 1933;

Considerando a Lei nº 4.643, de 31 de maio de 1965, que determina a inclusão da especialização de engenheiro florestal na enumeração do art. 16 do Decreto-Lei nº 8.620, de 1946;

Considerando a Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispõe sobre a profissão de técnico industrial e agrícola de nível médio;

Considerando o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei nº 5.524, de 1968, modificado pelo Decreto nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002;

Considerando a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho;

Considerando o Decreto nº 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei nº 7.410, de 1985; Considerando a Lei nº 7.270, de 10 de dezembro de 1984, que apresenta disposições referentes ao

exercício da atividade de perícia técnica; Considerando a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional; Considerando o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts.

39 a 41 da Lei nº 9.394, de 1996; Considerando a Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1985, que altera dispositivos da Lei nº 4.024, de

20 de dezembro de 1961, RESOLVE: Art. 1º Estabelecer normas, estruturadas dentro de uma concepção matricial, para a atribuição de títulos profissionais, atividades e competências no âmbito da atuação profissional, para efeito de fiscalização do exercício das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.

Parágrafo único. As profissões inseridas no Sistema Confea/Crea são as de engenheiro, de arquiteto e urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo, de meteorologista, de tecnólogo e de técnico.

CAPÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS

Art. 2º Para efeito da fiscalização do exercício das profissões objeto desta Resolução, são adotadas as

seguintes definições:

I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do ordenamento jurídico que rege a comunidade;

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II - atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades para o exercício da profissão, em reconhecimento de competências e habilidades derivadas de formação profissional obtida em cursos regulares;

III - título profissional: título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma expedido por instituições de ensino para egressos de cursos regulares, correlacionado com o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do egresso, e do projeto pedagógico do curso;

IV - atividade profissional: ação característica da profissão, exercida regularmente;

V - campo de atuação profissional: área em que o profissional exerce sua profissão, em função de competências adquiridas na sua formação;

VI – formação profissional: processo de aquisição de competências e habilidades para o exercício responsável da profissão;

VII - competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profissionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade;

VIII - modalidade profissional: conjunto de campos de atuação profissional da Engenharia correspondentes a formações básicas afins, estabelecido em termos genéricos pelo Confea;

IX – categoria (ou grupo) profissional: cada uma das três profissões regulamentadas na Lei nº 5.194 de 1966; e

X – curso regular: curso técnico ou de graduação reconhecido, de pós-graduação credenciado, ou de pós-graduação senso lato considerado válido, em consonância com as disposições legais que disciplinam o sistema educacional, e devidamente registrado no Sistema Confea/Crea.

Art. 3º Para efeito da regulamentação da atribuição de títulos, atividades e competências para os diplomados no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, consideram-se nesta Resolução os seguintes níveis de formação profissional, quando couber:

I - técnico;

II – graduação superior tecnológica;

III – graduação superior plena;

IV - pós-graduação no senso lato (especialização); e

V - pós-graduação no senso estrito (mestrado ou doutorado).

Art. 4º Será obedecida a seguinte sistematização para a atribuição de títulos profissionais e designações de especialistas, em correlação com os respectivos perfis e níveis de formação, e projetos pedagógicos dos cursos, no âmbito do respectivo campo de atuação profissional, de formação ou especialização:

I - para o diplomado em curso de formação profissional técnica, será atribuído o título de técnico;

II - para o diplomado em curso de graduação superior tecnológica, será atribuído o título de tecnólogo;

III - para o diplomado em curso de graduação superior plena, será atribuído o título de engenheiro, de arquiteto e urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo ou de meteorologista, conforme a sua formação;

IV - para o técnico ou tecnólogo portador de certificado de curso de especialização será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especializado no âmbito do curso;

V - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução, portadores de certificado de curso de formação profissional pós-graduada no senso lato, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especialista;

VI - para o portador de certificado de curso de formação profissional pósgraduada no senso lato em Engenharia de Segurança do Trabalho, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de engenheiro de segurança do trabalho; e

VII - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução, diplomados em curso de formação profissional pós-graduada no senso estrito, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de mestre ou doutor na respectiva área de concentração de seu mestrado ou doutorado.

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§ 1° Os títulos profissionais serão atribuídos em conformidade com a Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea, estabelecida em resolução específica do Confea, atualizada periodicamente, e com observância do disposto nos arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução.

§ 2º O título de engenheiro será obrigatoriamente acrescido de denominação que caracterize a sua formação profissional básica no âmbito do(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional da categoria, podendo abranger simultaneamente diferentes âmbitos de campos.

§ 3º As designações de especialista, mestre ou doutor só poderão ser acrescidas ao título profissional de graduados em nível superior previamente registrados no Sistema Confea/Crea.

CAPÍTULO II

DAS ATRIBUIÇÕES PARA O DESEMPENHO DE ATIVIDADES NO ÂMBITO DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

Art. 5º Para efeito de fiscalização do exercício profissional dos diplomados no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, em todos os seus respectivos níveis de formação, ficam designadas as seguintes atividades, que poderão ser atribuídas de forma integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, observadas as disposições gerais e limitações estabelecidas nos arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução:

Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;

Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;

Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;

Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria;

Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico;

Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;

Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica;

Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;

Atividade 09 - Elaboração de orçamento;

Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade;

Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico;

Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico;

Atividade 13 - Produção técnica e especializada;

Atividade 14 - Condução de serviço técnico;

Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

Atividade 17 - Operação, manutenção de equipamento ou instalação; e

Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

Parágrafo único. As definições das atividades referidas no caput deste artigo encontram-se no glossário constante do Anexo I desta Resolução.

Art. 6º Aos profissionais dos vários níveis de formação das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea é dada atribuição para o desempenho integral ou parcial das atividades estabelecidas no artigo anterior, circunscritas ao âmbito do(s) respectivo(s) campo(s) profissional(ais), observadas as disposições gerais estabelecidas nos arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução, a sistematização dos campos de atuação profissional estabelecida no Anexo II, e as seguintes disposições:

I - ao técnico, ao tecnólogo, ao engenheiro, ao arquiteto e urbanista, ao engenheiro agrônomo, ao geólogo, ao geógrafo, e ao meteorologista compete o desempenho de atividades no(s) Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis Decretos, Resoluções seu(s) respectivo(s) campo(s) profissional(ais), circunscritos ao âmbito da sua respectiva formação e especialização profissional; e

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II - ao engenheiro, ao arquiteto e urbanista, ao engenheiro agrônomo, ao geólogo, ao geógrafo, ao meteorologista e ao tecnólogo, com diploma de mestre ou doutor compete o desempenho de atividades estendidas ao âmbito das respectivas áreas de concentração do seu mestrado ou doutorado.

CAPÍTULO III

DO REGISTRO DOS PROFISSIONAIS

Seção I

Da Atribuição Inicial

Art. 7º A atribuição inicial de títulos profissionais, atividades e competências para os diplomados nos

respectivos níveis de formação, nos campos de atuação profissional abrangidos pelas diferentes profissões inseridas no Sistema Confea/Crea, será efetuada mediante registro e expedição de carteira de identidade profissional no Crea, e a respectiva anotação no Sistema de Informações Confea/Crea - SIC.

Art. 8° O Crea, atendendo ao que estabelecem os arts. 10 e 11 da Lei nº 5.194, de 1966, deverá anotar as características da formação do profissional, com a correspondente atribuição inicial de título, atividades e competências para o exercício profissional, levando em consideração as disposições dos artigos anteriores e do Anexo II desta Resolução.

§ 1º O registro dos profissionais no Crea e a respectiva atribuição inicial de título profissional, atividades e competências serão procedidos de acordo com critérios a serem estabelecidos pelo Confea para a padronização dos procedimentos, e dependerão de análise e decisão favorável da(s) câmara(s) especializada(s) do Crea, correlacionada(s) com o respectivo âmbito do(s) campos(s) de atuação profissional.

§ 2º A atribuição inicial de título profissional, atividades e competências decorrerá, rigorosamente, da análise do perfil profissional do diplomado, de seu currículo integralizado e do projeto pedagógico do curso regular, em consonância com as respectivas diretrizes curriculares nacionais.

Seção II

Da Extensão da Atribuição Inicial

Art. 9º A extensão da atribuição inicial fica restrita ao âmbito da mesma categoria profissional.

Art. 10. A extensão da atribuição inicial de título profissional, atividades e competências na categoria profissional Engenharia, em qualquer dos respectivos níveis de formação profissional será concedida pelo Crea em que o profissional requereu a extensão, observadas as seguintes disposições:

I - no caso em que a extensão da atribuição inicial se mantiver na mesma modalidade profissional, o procedimento dar-se-á como estabelecido no caput deste artigo, e dependerá de decisão favorável da respectiva câmara especializada; e

II – no caso em que a extensão da atribuição inicial não se mantiver na mesma modalidade, o procedimento dar-se-á como estabelecido no caput deste artigo, e dependerá de decisão favorável das câmaras especializadas das modalidades envolvidas.

§ 1º A extensão da atribuição inicial decorrerá da análise dos perfis da formação profissional adicional obtida formalmente, mediante cursos comprovadamente regulares, cursados após a diplomação, devendo haver decisão favorável da(s) câmara(s) especializada(s) envolvida(s).

§ 2º No caso de não haver câmara especializada no âmbito do campo de atuação profissional do interessado, ou câmara inerente à extensão de atribuição pretendida, a decisão caberá ao Plenário do Crea.

§ 3º A extensão da atribuição inicial aos técnicos portadores de certificados de curso de especialização será considerada dentro dos mesmos critérios do caput deste artigo e seus incisos.

§ 4º A extensão da atribuição inicial aos portadores de certificados de formação profissional adicional obtida no nível de formação pós-graduada no senso lato, expedidos por curso regular registrado no Sistema Confea/Crea, será considerada dentro dos mesmos critérios do caput deste artigo e seus incisos.

§ 5º Nos casos previstos nos §§ 3º e 4º, será exigida a prévia comprovação do cumprimento das exigências estabelecidas pelo sistema educacional para a validade dos respectivos cursos.

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Seção III

Da Sistematização dos Campos de Atuação Profissional

Art. 11. Para a atribuição de títulos profissionais, atividades e competências será observada a

sistematização dos campos de atuação profissional e dos níveis de formação profissional mencionados no art. 3º desta Resolução, e consideradas as especificidades de cada campo de atuação profissional e nível de formação das várias profissões integrantes do Sistema Confea/Crea, apresentadas no Anexo II.

§ 1º A sistematização mencionada no caput deste artigo, constante do Anexo II, tem características que deverão ser consideradas, no que couber, em conexão com os perfis profissionais, estruturas curriculares e projetos pedagógicos, em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos cursos que levem à diplomação ou concessão de certificados nos vários níveis profissionais, e deverá ser revista periodicamente, com a decisão favorável das câmaras especializadas, do Plenário dos Creas e aprovação pelo Plenário do Confea com voto favorável de no mínimo dois terços do total de seus membros.

§ 2º Para a atribuição inicial de títulos profissionais, atividades e competências para os profissionais diplomados no nível técnico e para os diplomados no nível superior em Geologia, em Geografia e em Meteorologia prevalecerão as disposições estabelecidas nas respectivas legislações específicas.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 12. Ao profissional já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios:

I – ao que estiver registrado será permitida a extensão da atribuição inicial de título profissional, atividades e competências, em conformidade com o estabelecido nos arts. 9º e 10 e seus parágrafos, desta Resolução; ou

II – ao que ainda não estiver registrado, será concedida a atribuição inicial de título profissional, atividades e competências, em conformidade com os critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, sendo-lhe permitida a extensão da mesma em conformidade com o estabelecido nos arts. 9º e 10 e seus parágrafos, desta Resolução.

Art. 13. Ao aluno matriculado em curso comprovadamente regular, anteriormente à entrada em vigor desta Resolução, é permitida a opção pelo registro em conformidade com as disposições então vigentes.

Art. 14. Questões levantadas no âmbito dos Creas relativas a atribuições de títulos profissionais, atividades e competências serão decididas pelo Confea em conformidade com o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei nº 5.194, de 1966.

Art. 15. O Confea, no prazo de até cento e vinte dias a contar da data de publicação desta Resolução, deverá apreciar e aprovar os Anexos I e II nela referidos.

Art. 16. Esta resolução entra em vigor a partir de 1° de julho de 2007. (*)

Brasília, 22 de agosto de 2005.

Eng. Wilson Lang

Presidente

Publicado no D.O.U de 30 de agosto de 2005 – Seção 1, pág. 191 e 192

Publicada no D.O.U de 21 de setembro de 2005 – Seção 3, pág. 99 as Retificações do inciso X do art. 2º e do § 4º do art. 10. Anexos I e II publicados no D.O.U de 15 de dezembro de 2005 – Seção 1, páginas 337 a 342 e republicados no D.O.U de 19 de dezembro de 2006 – Seção 1, pág. 192 a 205.

(*) Nova redação dada pela Resolução nº 1.016, de 25 de agosto de 2006. Inclusão do Anexo III e nova redação do art. 16, aprovados pela Resolução nº 1.016, de 25 de agosto de 2006. Publicada no D.O.U de 4 de setembro de 2006 – Seção 1 Pág. 116 a 118

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RESOLUÇÃO N° 1.016, DE 25 DE AGOSTO DE 2006

Altera a redação dos arts. 11, 15 e 19 da Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, do art. 16 da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, inclui o anexo III na Resolução nº 1.010, de 2005, e dá outras providências.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA - Confea, no uso das atribuições que lhe confere o art. 27, alínea “f” da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e

Considerando que a Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, dispõe sobre o registro de profissionais, aprova os modelos e os critérios para expedição de carteira de identidade profissional e dá outras providências;

Considerando que a Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, estabeleceu nova sistemática para a atribuição de títulos, atividades e competências profissionais aos portadores de diploma ou de certificado de conclusão de cursos regulares oferecidos pelas instituições de ensino no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea;

Considerando que a Resolução nº 1.010, de 2005, determinou que o estabelecimento dos critérios para a padronização dos procedimentos seria, obrigatoriamente, expedido pelo Confea em, no máximo, trezentos e sessenta e cinco dias a partir da data da publicação da resolução;

Considerando a necessidade de dilatação do prazo para entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, em função do recadastramento dos profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Creas, regulamentado pela Resolução nº 494, de 26 de julho de 2006,

RESOLVE:

Art. 1º Os arts. 11, 15 e 19 da Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “A câmara especializada competente atribuirá o título, as atividades e as competências profissionais em função da análise da qualificação acadêmica do portador de diploma ou certificado, de acordo com os procedimentos e os critérios estabelecidos em resolução específica.”

Art. 2º O art. 16 da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 16. Esta resolução entra em vigor a partir de 1° de julho de 2007.”

Art. 3º Fica incluído como anexo III da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, o Regulamento para o Cadastramento das Instituições de Ensino e de seus Cursos e para a Atribuição de Títulos, Atividades e Competências Profissionais.

Art. 4° Para efeito da atribuição inicial de título, atividades e competências profissionais ao egresso de curso regular, que nele tenha se matriculado posteriormente à data de entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, fica vedada a utilização das Resoluções nos 218, de 29 de junho de 1973; 235, de 9 de outubro de 1975; 241,

de 31 de julho de 1976; 256, de 27 de maio de 1978; 262, de 28 de julho de 1979; 278, de 27 de maio de 1983; 279, de 15 de junho de 1983; 288, de 7 de dezembro de 1983; 308, de 21 de março de 1986; 310, de 23 de julho de 1986; 313, de 26 de setembro de 1986; 345, de 27 de julho de 1990; 359, de 31 de julho de 1991; 380, de 17 de dezembro de 1993; 427, de 5 de março de 1999; 447, de 22 de setembro de 2000; 492, de 30 de junho de 2006, e 493, de 30 de junho de 2006 e demais normativos baixados pelo Confea que dispõem sobre atribuição profissional.

Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de agosto de 2006.

Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo

Presidente

Publicada no D.O.U, de 4 de setembro de 2006 – Seção 1, pág. 116 e 118

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ANEXO III DA RESOLUÇÃO Nº 1.010, DE 22 DE AGOSTO DE 2005.

REGULAMENTO PARA O CADASTRAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E DE SEUS CURSOS E PARA A ATRIBUIÇÃO DE TÍTULOS, ATIVIDADES E COMPETÊNCIAS

PROFISSIONAIS

Art. 1° Este Regulamento estabelece critérios e procedimentos para a atribuição de títulos, atividades e competências profissionais aos portadores de diploma ou de certificado que tenham de proceder ao seu registro no Crea para exercer legalmente a profissão, e para o cadastramento das instituições de ensino e dos cursos no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.

Parágrafo único. Os critérios para atribuição de títulos, atividades e competências profissionais devem ser aplicados em estrita correspondência com as informações obtidas por meio do cadastramento de instituição de ensino e de seus cursos regulares no Sistema Confea/Crea, de acordo com o disposto na Resolução nº 1.010, de 2005.

CAPÍTULO I DO CADASTRAMENTO INSTITUCIONAL

Art. 2º O cadastramento institucional é a inscrição da instituição de ensino que oferece cursos regulares no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea nos assentamentos do Crea em cuja circunscrição encontrar-se sua sede, em atendimento ao disposto nos arts. 10, 11 e 56 da Lei nº 5.194, de 1966.

§ 1º A finalidade do cadastramento institucional é proporcionar ao Crea informações indispensáveis ao processo de registro profissional dos egressos dos cursos regulares oferecidos pela instituição de ensino.

§ 2º O cadastramento institucional é constituído pelo cadastramento da instituição de ensino e pelo cadastramento individual de cada curso regular por ela oferecido.

§ 3º Para efeito deste Regulamento, os cursos de extensão e de atualização não são considerados cursos regulares.

Seção I

Do Cadastramento da Instituição de Ensino

Art. 3º O cadastramento da instituição de ensino deve ser formalizado por meio do preenchimento do Formulário A, constante deste Regulamento, instruído com as seguintes informações:

I - indicação de seus atos constitutivos e regulatórios, registrados nos órgãos oficiais, que atestem sua existência e capacidade jurídica de atuação;

II – indicação de suas peças estatutárias ou regimentais, aprovadas pelos conselhos de educação ou instâncias competentes, que informem sua categoria administrativa e sua estrutura acadêmica; e

III - relação dos cursos regulares oferecidos nas áreas profissionais abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, com indicação dos respectivos atos de reconhecimento expedidos pelo poder público e publicados na imprensa oficial.

Parágrafo único. A instituição de ensino deve atualizar seu cadastro institucional sempre que ocorram alterações nas informações acima indicadas.

Seção II

Do Cadastramento do Curso

Art. 4º O cadastramento individual de cada curso regular oferecido pela instituição de ensino deve ser formalizado por meio do preenchimento do Formulário B, constante deste Regulamento, instruído com as seguintes informações:

I - projeto pedagógico de cada um dos cursos relacionados, contendo os respectivos níveis, concepção, objetivos e finalidades gerais e específicas, estrutura acadêmica com duração indicada em períodos letivos, turnos, ementário das disciplinas e atividades acadêmicas obrigatórias, complementares e optativas com as respectivas cargas horárias, bibliografia recomendada e título acadêmico concedido; e

II - caracterização do perfil de formação padrão dos egressos de cada um dos cursos relacionados, com indicação das competências, habilidades e atitudes pretendidas.

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Parágrafo único. A instituição de ensino deve atualizar o cadastro individual de cada curso sempre que ocorram alterações nas informações acima indicadas.

Seção III

Da Apreciação do Cadastramento Institucional

Art. 5º Apresentados os Formulários A e B devidamente instruídos, o processo de cadastramento institucional da instituição de ensino será encaminhado às câmaras especializadas competentes para apreciação.

Parágrafo único. O cadastramento institucional será efetivado após sua aprovação pelas câmaras especializadas competentes, aprovação pelo plenário do Crea e seu encaminhamento ao Confea para conhecimento e anotação das informações referentes à instituição de ensino e aos seus cursos regulares no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.

CAPÍTULO II

DA ATRIBUIÇÃO DE TÍTULOS, ATIVIDADES E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

Art. 6º A atribuição inicial de títulos, atividades e competências profissionais deve ser procedida pelas câmaras especializadas competentes no momento da apreciação do requerimento de registro profissional de portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.

Parágrafo único. O registro profissional de portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea é realizado de acordo com resolução específica.

Art. 7º As câmaras especializadas competentes somente aprovarão o registro profissional de portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas

no Sistema Confea/Crea após a conclusão dos procedimentos para atribuição de títulos, atividades e competências profissionais.

Parágrafo único. Da decisão proferida pelas câmaras especializadas o interessado pode interpor recurso ao Plenário do Crea, e da decisão deste, ao Plenário do Confea.

Art. 8º A extensão da atribuição de títulos, atividades e competências profissionais pode ser requerida pelo portador de diploma ou certificado de cursos regulares no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea nos seguintes casos:

I – no momento de seu registro profissional no Crea, em decorrência de aquisição de habilidades e competências complementares às adquiridas exclusivamente no âmbito do perfil de formação padrão do curso anotado no SIC; e

II - após seu registro profissional no Crea, em decorrência da aquisição de novas habilidades e competências no processo de educação profissional continuada, por meio da anotação de cursos de especialização, pós-graduação lato senso e estrito senso.

Seção I

Da Atribuição de Títulos Profissionais e de Designações de Especialidades

Art. 9º A atribuição de títulos profissionais ou de suas designações adicionais será procedida pelas câmaras especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso de acordo com a Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea.

§ 1º Para efeito deste Regulamento, não é obrigatória a coincidência entre o título profissional a ser atribuído e o título acadêmico concedido no diploma expedido pela instituição de ensino.

§ 2º Para efeito da padronização da atribuição de título profissional e de designações adicionais, fica instituída a codificação constante da Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea.

Seção II

Da Atribuição de Atividades Profissionais

Art. 10. A atribuição inicial de atividades profissionais ou sua extensão será procedida pelas câmaras especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso e deve ser circunscrita ao âmbito das competências a serem atribuídas nos respectivos campos de atuação profissional.

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Parágrafo único. Para efeito da padronização da atribuição integral ou parcial de atividades profissionais, fica instituída a codificação constante da tabela indicada no Anexo I da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005.

Seção III

Da Atribuição de Competências Profissionais

Art. 11. A atribuição inicial de competências profissionais ou sua extensão será procedida pelas câmaras especializadas competentes após análise do perfil de formação do egresso e deve ser circunscrita ao âmbito dos conteúdos formativos adquiridos em seu curso regular.

§ 1º A atribuição de competências iniciais ou sua extensão poderá ser interdisciplinar, abrangendo setores de campos de atuação profissional distintos, desde que estejam restritas ao âmbito da mesma categoria/grupo profissional.

§ 2º Para efeito da padronização da atribuição de competências para o exercício profissional, fica instituída a codificação constante da tabela indicada no Anexo II da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005.

Seção IV

Do Perfil de Formação do Egresso

Art. 12. As câmaras especializadas competentes manifestam-se sobre a atribuição inicial de título, atividades e competências profissionais e sua extensão, após a análise do perfil de formação do egresso, portador de diploma ou certificado de curso no âmbito das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.

Art. 13. A análise do perfil de formação do egresso tem por finalidade estabelecer a correspondência entre o currículo efetivamente cumprido e as atividades e os campos de atuação profissional estabelecidos pela Resolução nº 1.010, de 2005.

Parágrafo único. A análise do perfil de formação do egresso deve ser formalizada por meio do preenchimento do Formulário C, constante deste Regulamento, de forma a compilar e compatibilizar entre si:

I - as informações de caráter geral do perfil de formação padrão dos egressos do curso, prestadas pela instituição de ensino e anotadas no SIC; e

II - as informações específicas de caráter individual, constantes da documentação apresentada pelo egresso ao requerer seu registro profissional no Crea.

Art. 14. A atribuição de títulos, atividades e competências profissionais deve ser realizada de forma homogênea para os egressos do mesmo curso que tenham cursado disciplinas com conteúdos comuns, de acordo com o perfil de formação padrão dos egressos do curso anotado no SIC.

CAPÍTULO III

DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL

Art. 15. O plenário do Crea pode instituir para auxiliar as câmaras especializadas comissão permanente denominada Comissão de Educação e Atribuição Profissional - CEAP com a finalidade de instruir os processos de registro profissional e de cadastramento institucional.

Parágrafo único. No caso em que a Comissão de Educação e Atribuição Profissional for instituída no âmbito do Crea, as câmaras especializadas decidem sobre processos de registro profissional ou de cadastramento institucional que tenham sido previamente instruídos pela CEAP.

Art. 16. A Comissão de Educação e Atribuição Profissional deve ser composta por um conselheiro regional de cada uma das categorias, modalidades ou campos de atuação profissional com representação no Crea.

Parágrafo único. Os integrantes da Comissão de Educação e Atribuição Profissional e os respectivos

suplentes, escolhidos entre os conselheiros regionais titulares, são eleitos pelo Plenário do Crea.

Art. 17. Caso o Crea não possua conselheiro regional de determinada categoria, modalidade ou campo de atuação, cujos conhecimentos sejam essenciais à análise de determinado processo de registro profissional ou de cadastramento institucional, a Comissão de Educação e Atribuição Profissional

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pode ser assessorada por profissional ad hoc com reconhecida capacidade ou por especialista indicado por entidade de classe regional ou nacional, desde que registrado no Sistema Confea/Crea, na condição de convidado.

Art. 18. Compete à Comissão de Educação e Atribuição Profissional, em relação aos procedimentos estabelecidos neste Regulamento:

I – instruir os processos de cadastramento de instituição de ensino e de seus cursos regulares, de acordo com os critérios e os procedimentos estabelecidos neste Regulamento, determinando a realização de diligências necessárias;

II – instruir os processos de registro profissional de acordo com os critérios e os procedimentos estabelecidos neste Regulamento, elaborando a análise do perfil de formação do egresso; e

III - elaborar seu regulamento, a ser encaminhado ao Plenário do Crea para aprovação.

Art. 19. A Comissão de Educação e Atribuição Profissional manifesta-se sobre assuntos de sua competência mediante ato administrativo da espécie relatório fundamentado.

§ 1º O relatório fundamentado deve ser encaminhado para apreciação das câmaras especializadas correspondentes aos campos de atuação profissional relacionados ao perfil de formação do egresso.

§ 2º O relatório fundamentado deve ser emitido por profissional de mesmo nível de formação e da mesma categoria, modalidade ou campo de atuação do curso ou do egresso cujo processo esteja sob análise.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 20. Os critérios e os procedimentos para atribuição inicial de títulos, atividades e competências profissionais ou sua extensão estabelecidos neste Regulamento serão adotados nos seguintes casos:

I - quando o profissional registrado requerer a extensão de título, atividades ou competências profissionais de acordo com os critérios estabelecidos neste Regulamento;

II – quando o portador de diploma ou certificado que ainda não tiver se registrado no Crea até a data de entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, e que, posteriormente, venha a se registrar de acordo com as disposições vigentes anteriormente à data acima mencionada, requerer a extensão das suas atribuições iniciais de acordo com os critérios estabelecidos neste Regulamento;

III - quando o egresso de curso regular, que nele já estivesse matriculado anteriormente à data de entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, optar pelo seu registro no Crea de acordo com os critérios estabelecidos neste Regulamento; e

IV - quando o egresso de curso regular, que nele tenha se matriculado posteriormente à data de entrada em vigor da Resolução nº 1.010, de 2005, requerer seu registro no Crea.

Art. 21. O Confea realizará periodicamente auditorias nos Creas, com o objetivo de verificar a homogeneidade na adoção dos critérios e dos procedimentos estabelecidos neste Regulamento.

Art. 22. Os casos omissos serão dirimidos pelo Plenário do Confea, após manifestação da comissão de educação e atribuição profissional dos Creas, citadas nesta resolução e das câmaras especializadas, ouvidas as comissões permanentes do Confea responsáveis pela atribuição de títulos, atividades

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RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973

Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Art. 2º - Compete ao ARQUITETO OU ENG. ARQUITETO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores; planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e correlatos.

Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.

ANEXO II DA RESOLUÇÃO Nº 1.010 DE 22 DE AGOSTO DE 2005

1. CATEGORIA ENGENHARIA

1.1 - CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA MODALIDADE CIVIL

1.1.1 Construção Civil

1.1.1.12.00 Instalações

1.1.1.13.01 Elétricas em Baixa Tensão para fins residenciais e comerciais de pequeno porte

1.1.1.13.02 de Tubulações Telefônicas e Lógicas para fins residenciais e comerciais de pequeno porte

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EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O CORPO HUMANO

DEVIDO AO AUMENTO SUBSTANCIAL DAS APLICAÇÕES DA ELETRICIDADE EM TODOS OS CAMPOS, TEMOS UM CRESCIMENTO DOS RISCOS DE ACIDENTES POR CHOQUE ELÉTRICO. QUALQUER ATIVIDADE BIOLÓGICA É ACOMPANHADA POR VARIAÇÕES DE POTENCIAIS ELÉTRICOS

CÉLULA EM REPOUSO POTENCIAL INTERNO NEGATIVO ∆U=70mV a 100 mV POTENCIAL EXTERNO POSITIVO (0,07 V a 0,10 V) POTENCIAIS DEVIDO À MEMBRANA E AOS ÍONS (Na+, Cl-, K+, PRINCIPALMENTE) EXISTENTES DENTRO E FORA DA CÉLULA.

CÉLULA ESTIMULADA

ESTÍMULO – AGENTES DE NATUREZA MECÂNICA, QUÍMICA,

TÉRMICA, ELÉTRICA (MAIS IMPORTANTE), ETC.

POTENCIAL PASSA DE NEGATIVO A POSITIVO (DO POTENCIAL DE REPOUSO AO POTENCIAL DE AÇÃO) ESSAS VARIAÇÕES DE POTENCIAIS SÃO TRANSMITIDAS AOS TECIDOS E DIFUNDIDAS PELOS MEIOS CONDUTORES E MENSURÁVEIS EXTERNAMENTE POR ELETRODOS NA PELE. ELETROCARDIOGRAMA ELETROENCEFALOGRAMA E ETC.

PARTE VIVA ⇒ CONDUTOR OU ELETRODO

MASSA ⇒ CARCAÇA METÁLICA

ELEMENTO ESTRANHO

À INSTALAÇÃO

1) CANO DE GÁS

2) CANO DE ÁGUA

3) SOLO E PAREDES CONDUTORAS

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CHOQUE ELÉTRICO: EFEITO PATOFISIOLÓGICO QUE RESULTA DA PASSAGEM DE UMA CORRENTE ELÉTRICA, A CHAMADA CORRENTE DE CHOQUE, ATRAVÉS DO CORPO DE UMA PESSOA OU DE UM ANIMAL.

UMA CORRENTE ELÉTRICA “EXTERNA” SUPERPONDO-SE À PEQUENA CORRENTE FISIOLÓGICA “INTERNA” PODE CAUSAR ALTERAÇÕES NAS FUNÇÕES VITAIS.

ESTAS ALTERAÇÕES DEPENDEM:

1) DO PERCURSO DA CORRENTE PELO CORPO; 2) DA INTENSIDADE DA CORRENTE; 3) DO TEMPO DE DURAÇÃO DESSA CORRENTE; 4) DAS CONDIÇÕES ORGÂNICAS; 5) ESPÉCIE (CC OU CA) E FREQÜÊNCIA. 6) DA SUPERFÍCIE DE CONTATO;

UMIDADE ; 7) DA CONDIÇÃO DE CONTATO TEMPERATURA;

PRESSÃO;

8) ZONA TEMPO x CORRENTE

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EFEITOS DA CC

PARA FIBRILAÇÃO

CAUSAS: CONTATO DIRETO OU CONTATO INDIRETO

ICC = 2 A 4 ICA ICC = 3,75 ICA

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EM FUNÇÃO DA PASSAGEM DA CORRENTE DEFINIMOS 4 LIMITES:

1- LIMIAR DE PERCEPÇÃO: VALOR MÍNIMO DE CORRENTE CAPAZ DE PROVOCAR QUALQUER SENSAÇÃO NA PESSOA.

PARA CC SOMENTE ON/OFF

2- LIMIAR DE REAÇÃO: VALOR MÍNIMO DE CORRENTE CAPAZ DE PROVOCAR CONTRAÇÃO INVOLUNTÁRIA (TETANIZAÇÃO).

PARA CA 0,5 mA (0,0005 A) INDEPENDENTE DO TEMPO

PARA CC 2,0 mA (0,0020 A)

3- LIMIAR DE LARGAR: VALOR MÁXIMO DE CORRENTE PARA QUAL UMA PESSOA SEGURANDO UM ELETRODO PODE AINDA LARGAR USANDO OS MÚSCULOS QUE ESTÃO TOMANDO CHOQUE.

PARA CA 10 mA (0,010 A) INDEPENDENTE DO TEMPO

PARA CC NÃO É DEFINIDO (SOMENTE ON/OFF)

4- LIMIAR DE FIBRILAÇÃO VENTRICULAR: VALOR MÍNIMO DE CORRENTE QUE PASSA PELO CORPO HUMANO, CAPAZ DE PROVOCAR FIBRILAÇÃO.

ZONA TEMPO x CORRENTE CA ZONA 1 – GERALMENTE NENHUMA REAÇÃO ZONA 2 – GERALMENTE NENHUM EFEITO PATOFISIOLÓGICO PERIGOSO ZONA 3 – GERALMENTE NENHUM RISCO DE FIBRILAÇÃO ZONA 4 – RISCO DE FIBRILAÇÃO (PROBABILIDADE ACIMA DE 50%)

ZONAS DE EFEITO DE 50/60 Hz SOBRE ADULTOS GRÁFICO DOS EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO, DE ACORDO COM A IEC 60479.

SOBREPOSTA AO GRÁFICO, A CURVA DE ATUAÇÃO DE UM DISPOSITIVO DR DE 30 MA.

Corrente = 0,5mA 0,5mA até b b para cima Acima c1 c1 a c2 c2 a c3 Acima c3 Reação Fisiológica Leve desconforto Dor intensa paralisia 5% 50% Acima 50%

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ZONA TEMPO x CORRENTE CC CURVA C E D – ENSAIO COM CÃES POR G. KNICKERBOCKER CURVA C – FIBRILAÇÃO POSSÍVEL (ATÉ 50%) CURVA D – PROBABILIDADE DE FIBRILAÇÃO ACIMA DE 50%

ZONAS DE EFEITO SOBRE ADULTOS

SÃO 4 EFEITOS PRINCIPAIS DA CORRENTE ELÉTRICA: 1- TETANIZAÇÃO: CONTRAÇÃO MUSCULAR SUSTENTADA POR ESTÍMULOS REPETIDOS EM

INTERVALOS INFERIORES À DURAÇÃO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR PRODUZIDA POR UM ÚNICO DESSES ESTÍMULOS.

2- PARADA RESPIRATÓRIA: EFEITO QUE CAUSA A CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS LIGADOS À FUNÇÃO RESPIRATÓRIA E/OU UMA PARALISIA DOS CENTROS NERVOSOS QUE COMANDAM ESTA FUNÇÃO.

PERDA DE CONSCIÊNCIA E CONSEQÜENTE SUFOCAMENTO; LESÕES IRREVERSÍVEIS NOS TECIDOS CEREBRAIS.

3- QUEIMADURAS: DESENVOLVIMENTO DE CALOR, POR EFEITO JOULE, NO CORPO HUMANO. SITUAÇÃO MAIS CRÍTICA NOS PONTOS DE ENTRADA E DE SAÍDA; DESTRUIÇÃO DOS TECIDOS SUPERFICIAIS E PROFUNDOS (NECROSE); ROMPIMENTO DE ARTÉRIAS COM CONSEQÜENTE HEMORRAGIA; DESTRUIÇÃO DOS CENTROS NERVOSOS.

4- FIBRILAÇÃO CARDÍACA: FIBRILAÇÃO DO MÚSCULO DE UMA OU MAIS CÂMARAS DO CORAÇÃO, LEVANDO AO DISTÚRBIO DE ALGUMAS FUNÇÕES DO ÓRGÃO.

QUANDO LIMITADA AOS VENTRÍCULOS (FIBRILAÇÃO VENTRICULAR), LEVA À CIRCULAÇÃO INSUFICIENTE DE SANGUE E À FALHA DO CORAÇÃO.

ATERRAMENTOS TENSÃO DE TOQUE

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DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE ATERRAMENTO DE ACORDO COM A NBR 5410

TENSÃO DE PASSO

EQUIPOTENCIALIZAÇÃO:

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Proteção para garantir segurança (De acordo com itens 5.1 e 9.5 da NBR 5410:2004) Proteção contra choques elétricos

a) proteção básica (ver 3.2.2) b) proteção supletiva (ver 3.2.3)

NOTAS:

1 Os conceitos e princípios da proteção contra choques elétricos aqui adotados são aqueles da IEC 61140.

2 Os conceitos de “proteção básica” e de “proteção supletiva” correspondem, respectivamente, aos

conceitos de “proteção contra contatos diretos” e de “proteção contra contatos indiretos” vigentes até a edição anterior desta Norma.

3 Exemplos de proteção básica:

Isolação básica ou separação básica; Uso de barreira ou invólucro; Limitação da tensão;

4 Exemplos de proteção supletiva:

Eqüipotencialização e seccionamento automático da alimentação; Isolação suplementar; Separação elétrica.

Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de proteção. Ver notas deste subitem. Em cada edificação deve ser realizada uma eqüipotencialização principal (...) Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar vinculadas à eqüipotencialização principal (...) Proteção contra sobrecorrentes Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por dispositivo que assegure o seccionamento simultâneo de todos os condutores de fase. NOTA: Isso significa que o dispositivo de proteção deve ser multipolar, quando o circuito for constituído de mais de uma fase. Dispositivos unipolares montados lado a lado, apenas com suas alavancas de manobra acopladas, não são considerados dispositivos multipolares.

DEFINIÇÃO MUNDIAL DO SIGNIFICADO DA PALAVRA

“SEGURANÇA” SEGUNDO A ABNT ISO/IEC GUIA 2:

“AUSÊNCIA DE RISCO INACEITÁVEL DE DANO”

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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS – DPS (vide item 6.3.5)

Uso e localização dos DPSs

Nos casos em que for necessário o uso de DPS, como previsto em 5.4.2.1.1 da página 69, e nos casos em que esse uso for especificado, independentemente das considerações de 5.4.2.1.1, a disposição dos DPS deve respeitar , dentre outros, o seguintes critério: Quando o objetivo for a proteção contra sobretensões de origem atmosférica transmitidas pela linha externa de alimentação, bem como a proteção contra sobretensões de manobra, os DPS devem ser instalados junto ao ponto de entrada da linha na edificação ou no quadro de distribuição principal, localizado o mais próximo possível do ponto de entrada. NOTAS 1. Ver definição de “ponto de entrada (na edificação)” no item 3.4.4. 2. Excepcionalmente, no caso de instalações existentes, de unidades consumidoras em edificações de uso

individual atendidas pela rede pública de distribuição em baixa tensão, admite-se que os DPS sejam dispostos junto à caixa de medição, desde que a barra PE aí usada para conexão do DPS seja interligada ao barramento de eqüipotencialização principal da edificação (BEP), conforme exigido em 6.4.2.1, de desde que a caixa de medição não diste mais de 10 metros do ponto de entrada na edificação.

Em seguida, tem-se as figura 01 e 02 que mostram um exemplo do dispositivo de proteção contra surto, utilizado atualmente:

Figura 01 Figura 02

Instalação do DPS no ponto de entrada ou no quadro de distribuição principal Quando os DPS forem instalados, conforme indicado em 6.3.5.2.1, junto ao ponto de entrada da linha elétrica na edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível do ponto de entrada, eles serão dispostos no mínimo como mostra a figura 13, página 131 da NBR 5410:2004. NOTA Quando a edificação contiver mais de uma linha de energia externa, devem ser providos DPS no mínimo no ponto de entrada ou de saída de cada linha.

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Seleção dos DPS (ver item 6.3.5.2.4 da página 132 da NBR 5410:2004).

Esquema da página 131

Tabela 1 – Suportabilidade a impulso exigível dos componentes da instalação

Tensão de impulso suportável requerida (kV) Tensão nominal da instalação (V) Categoria de produto

Produto a ser utilizado na entrada

da instalação

Produto a ser utilizado em circuitos de

distribuição e circuitos terminais

Equipamentos de utilização

Produtos especialmente

protegidos

Categoria de suportabilidade a impulsos

Sistemas trifásicos

Sistemas monofásicos com neutro

IV III II I

120/208 127/220

115-230 120-240 127-254

4 2,5 1,5 0,8

Referente à tabela 31 da página 71 da NBR 5410:2004

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6.1.8 Documentação da instalação 6.1.8.1 A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no mínimo: a) plantas; b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis; c) detalhes de montagem, quando necessários; d) memorial descritivo da instalação e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem atender); f) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda

considerados, temperatura ambiente etc.). 6.1.8.2 Após concluída a instalação, a documentação indicada em 6.1.8.1 deve ser revisada e

atualizada de forma a corresponder fielmente ao que foi executado (documentação “como construído”, ou “as built”).

Nota: Esta atualização pode ser realizada pelo projetista, pelo executor ou por outro profissional, conforme acordado previamente entre as partes. 6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê equipe permanente de operação, supervisão e/ou

manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, regido em linguagem acessível a leigos, que contenha, no mínimo, os seguintes elementos:

a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades,

incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais; b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível; c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso; d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os

dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s). Nota: São exemplos de tais instalações as de unidades residenciais, de pequenos estabelecimentos

comerciais, etc. 6.2.8.10 É vedada a aplicação de solda a estanho na terminação de condutores, para conectá-los a

bornes ou terminais de dispositivos ou equipamentos elétricos. 6.5.3.1 Todas as tomadas de corrente fixas das instalações devem ser do tipo com contato de

aterramento (PE). As tomadas de uso residencial e análogo devem ser conforme ABNT NBR 6147 e ABNT NBR 14136, e as tomadas de uso industrial devem ser conforme IEC 60309-1.

6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e tomadas que

não sejam compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas com diferentes tensões, as tomadas fixas dos circuitos de tensão mais elevada, pelo menos, devem ser claramente marcadas com a tensão a elas provida. Essa marcação pode ser feita por placa ou adesivo, fixado no espelho da tomada. Não deve ser possível remover facilmente essa marcação. No caso de sistemas SELV, devem ser atendidas as prescrições de 5.1.2.5.4.4.

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Roteiro para execução de projetos elétricos residenciais

Roteiro 1 – Exercício 1: _______________________________________73

- Previsão de cargas (NBR 5410 – OUT 2004) - Marcação na planta dos pontos de luz (NBR 5413 – ABR 1992) - Determinação do tipo de fornecimento (CEMIG ND – 5.1 – NOV 1990)

Roteiro 2 – Exercício 2: _______________________________________83

- Escolha e posicionamento dos comandos, de acordo com a NBR 6527/2000, das lâmpadas nos cômodos.

- Marcação de eletrodutos com os condutores necessários para o comando das lâmpadas (NBR 5410 – OUT 2004)

Roteiro 3 – Exercício 3.1: (NBR 5410 – OUT 2004) ____________________94

- Escolha da localização do quadro de distribuição de circuitos (QDC) - Definição dos circuitos na Tabela de Circuitos (NBR 5410 – OUT 2004) - Numeração dos pontos de luz e interligação ao QDC dos circuitos de luz

Roteiro 3 – Exercício 3.2: (NBR 5410 – OUT 2004) ___________________102

- Marcação na planta dos pontos de tomadas (NBR 5410 – OUT 2004) - Numeração dos pontos de tomadas de acordo com os circuitos - Alimentação dos pontos de tomadas gerais (TUG) e específicas (TUE) e interligação ao QDC

dos circuitos de tomadas

Roteiro 4 – Exercício 4.1: ____________________________________113

- Dimensionamento de condutores (NBR 6148 – 1997). Critério Capacidade de Corrente (CCC)

Roteiro 4 – Exercício 4.2: ____________________________________117

- Dimensionamento de condutores (NBR 6148 – 1997). Critério da Queda de Tensão (CQT)

Roteiro 5 – Exercício 5: ______________________________________128

- Dimensionamento da proteção dos circuitos (NBR – IEC 60947-2, NBR NM IEC 60898 / NBR – IEC 61009-1 – DR)

- Dimensionamento dos eletrodutos (NBR 6150 – NOV 1980)

Roteiro 6 – Exercício 6: (NBR 5410 – OUT 2004) _____________________133

- Cálculo da demanda. - Dimensionamento do alimentador e da proteção geral - Diagrama unifilar e equilíbrio de cargas

NBR 5410 – OUT 2004 - ENTRADA EM VIGOR EM : 31 / 03 / 2005.

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Instalações Elétricas Residenciais e Prediais - ELE054 Prof. Flaviö Harå 2/2009

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EXERCÍCIO 1

1) Fazer o levantamento da carga de iluminação e tomadas por cômodo, de acordo com o critério sugerido pela norma NBR- 5410:2004, preenchendo o quadro de cargas instaladas, na planta;

2) Determinar a carga total de sua instalação, em kW;

3) Determinar o tipo de fornecimento (ver TABELA 1 – pg. 79);

4) Indicar na planta a localização dos pontos de luz com a simbologia adequada.

As recomendações da norma NBR-5410 e da ND 5.1 e ND 5.2/CEMIG, que se aplicam a este exercício estão resumidas a seguir.

1- Carga mínima de iluminação

Para se determinar as cargas de iluminação em unidades residenciais, pode ser utilizado o seguinte critério: como alternativa à aplicação da ABNT NBR 5413, conforme prescrito na alínea a) de 4.2.1.2.2 da página 13. Em cada cômodo ou dependência é recomendado ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, comandados por interruptor. (Conforme item 9.5.2.1.2 da página 183).

a) Em cômodos com área igual ou inferior a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA;

b) Em cômodos com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma garga de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescido de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.

Notas: • Os valores aqui apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento

dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas. • O número de pontos de iluminação deve ser tal que, distribua uniformemente a iluminação geral, prevendo

também pontos de iluminação para destaques específicos. 2- Carga mínima para os pontos (caixas) de tomadas (ver TABELA 2 – PG. 80)

Os pontos de tomadas são caracterizadas como sendo de uso geral (TUG’s) ou específicas (TUE’s). Conforme 6.5.3.1 pg 156 – ABNT 6147 e ABNT 14136. São chamadas de específicos todas os pontos de tomadas que alimentam carga cuja corrente nominal é superior a 10A. A carga deste ponto de tomada deve ser portanto, a de utilização ou seja, a do equipamento a ser utilizado naquele local. São destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários. Conforme item 9.5.3.1 pg 184. Exemplos:

Figura 1.1 O projetista deve escolher o número, a localização e o tipo delas em função do lay-out de

sua instalação e das necessidades do usuário, lembrando que elas devem estar no máximo a 1,50m do aparelho.

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Os pontos de tomadas de uso geral (Conforme item 9.5.2.2 da 5410 pg 183): não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados aparelhos móveis ou aparelhos portáteis.

Figura 1.2

F São recomendadas por norma as seguintes quantidades de pontos de tomadas TUG’s (Conforme item 9.5.2.2.1 da 5410 pg 183):

a) Em banheiros pelo menos um ponto de tomada; atendidas as restrições de 9.1, para locais contendo banheira ou chuveiro; (Ver figura 1.3)

b) Em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos um ponto de tomada para cada 3,5 m (ou fração) de perímetro;

c) Nos demais cômodos, um ponto de tomada para cada 5 m (ou fração) de perímetro, se a área for superior a 6 m2 ou apenas um ponto de tomada se a área for inferior a 6 m2;

d) Em subsolos, sótãos, garagens e varandas (churrasqueira e circulação1) pelo menos um ponto de tomada.

F Devem ser atribuídas a estes pontos de tomadas as seguintes potências (Conforme item 9.5.2.2.2 da 5410 pg 184):

e) Em banheiros, cozinhas, copas e áreas de serviço no mínimo 600VA por ponto

tomada, até 3 pontos de tomadas e 100VA para cada uma dos excedentes; sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;

f) Nos demais cômodos 100VA por ponto de tomada.

1 ALÉM DA NORMA PARA A DISCIPLINA

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Figura 1.3

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3- Simbologia.

Para a interpretação de um projeto elétrico é essencial a utilização de símbolos. Existem aqueles normalizados que são apresentados:

Como a simbologia normalizada pode eventualmente ser modificada é essencial a utilização de uma legenda em seu projeto.

Na disciplina o símbolo de terra será

a letra “T” de cabeça para baixo. Abaixo temos as caixas de embutir

utilizadas em instalações elétricas:

CAIXA 5x10x5 (2”X4”)

CAIXA 10x10x5 (4”X4”)

CAIXA P3

CAIXA P4 (PONTO DE LUZ NA DISCIPLINA)

PONTO DE LUZ

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3– Determinação do tipo de consumidor ou tipo de fornecimento.

Deve ser feito de acordo com as instruções das normas da concessionária de energia que atende o local das instalações. Para o caso da CEMIG, são atendidos em baixa tensão aqueles consumidores que apresentarem carga (potência instalada) igual ou inferior a 75 kW.

De acordo com a Norma ND 5.1 da CEMIG, estão na tabela seguinte os tipos de fornecimento para instalações residenciais em região urbana em baixa tensão:

TABELA 1 TIPO FORNECIMENTO CARGA INSTALADA

A 1 fase + neutro (2 fios)

TENSÃO DE 127 V ATÉ (£) 10 KW

B 2 fases + neutro (3 fios)

TENSÃO DE 127 V E 220 V DE (>) 10 KW ATÉ (£) 15

KW

D 3 fases + neutro (4 fios)

TENSÃO DE 127 V E 220 V DE (>) 15 KW ATÉ (£) 75

KW

Tipo A Tipo B Tipo D

Figura 1.4

De posse de sua carga total calculada nos itens 1 e 2, determine quantas fases a sua residência receberá da concessionária local. Esta informação é muito importante para o próximo exercício.

Para fornecimento tipo A, monofásica, todos os circuitos terão ligação fase-neutro, 127V. Para fornecimento tipo B e D, deveremos ter os circuitos de iluminação e tomadas de uso geral no menor valor de tensão, 127V, ou seja estes circuitos serão monofásicos. As tomadas de uso específico, de maior potência, podem ser ligadas em duas fases, 220V.

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TABELA 2 - potências médias de alguns aparelhos elétricos

APARELHOS POTÊNCIA Aquecedor central de água 1500 a 4000 Aspirador de pó 300 a 800 Batedeira 100 a 400 Cafeteira 500 a 1000 Chuveiro 4400 a 6000 Centrífuga 200 Computador com impressora 450 Ebulidor 200 Espremedor de frutas 200 Exaustor 75 a 300 Ferro Elétrico 500 a 1500 Fogão Elétrico 3000 a 6000 Forno a resistência 2500 Forno de microondas 1500 Freezer 350 a 500 Geladeira duplex 500 Grill 1500 Lâmpada Incandescente 15 a 200 Lâmpada Fluorescente 15 a 65 Liquidificador 150 a 300 Máquina de costura 100 Máquina de lavar louças ∗ 2000 VA ou 1600W Máquina de lavar roupas 500 a 1000 Rádio 50 a 100 Secador de cabelo 300 a 2000 Secadora de roupas 2500 a 6000 Som 20 Televisão a cores 70 a 400 Torneira Elétrica 2000 a 4000 Torradeira 500 a 850 Ventilador 100 a 500 Vídeo Cassete 100

Todas as potências médias da tabela acima estão em W e possuem o FP =1 ou cos θ =1, exceto as marcadas com um asterisco.

TABELA 3 - Potências nominais dos condicionadores de ar tipo janela Capacidade Potência nominal

BTU/h kcal/h W VA 8500 2125 1300 1550

10000 2500 1400 1650 12000 3000 1600 1900 14000 3500 1900 2100

Valores válidos para aparelhos até 12000 BTU/h ligados em 127V ou 220 V e para os aparelhos acima de 14000BTU/h ligados em 220V.

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A seguir tem-se um exemplo de uma casa que será utilizada na apostila, onde está ilustrado o LayOut e em seguida a planta com todos os pontos de luz lançados.

Figura 1.5

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Figura 1.6

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Recomendações para a marcação dos pontos de luz na planta

1) Ler todo o exercício 01 da apostila;

2) Ver e ler toda a planta;

3) Completar toda a primeira tabela segundo o mínimo da norma e orientações dada na aula teórica;

1. LUZ; 2. TUE (podendo acrescentar até mais 3 além das 4 que estão na tabela); 3. TUG; 4. Preencher os campos: totais, tipo de consumidor, tensão, área total (cuidado com as

unidades);

4) Alocar somente os pontos de luz na planta (tamanho ver legenda):

1. pelo menos dois pontos de luz no teto ou mais QS, SJ e CZ na Planta 1; 2. pelo menos dois pontos de luz no teto ou mais SE, SJ e CZ nas Plantas 2 e 3; 3. nos demais pelo menos um ponto de luz no teto ou mais;

5) arandela indicar a altura na legenda ( h = ?cm ).

6) Como no exemplo abaixo, para cada cômodo, independente de quantos pontos de luz existirem, a soma de todos os pontos de luz deverá ser igual ao valor da 1a. tabela da planta. (ou seja Ex. Se o QS tem na 1a. tabela 100 VA a soma de todos os pontos de luz tem que ser 100 VA).

7) Terminar como a figura 1.6 da página 84;

8) Cortar e dobrar a planta segundo a norma.

NBR 5410 - Uso obrigatório em todo o território nacional conforme lei 8078/90, art. 39 - VIII, art. 12, art. 14.

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EXERCÍCIO 2

1) Escolher de forma apropriada o comando das lâmpadas dos vários cômodos, prevendo comandos simples, duplos, “three-way” ou “four-way”, onde se fizerem necessários. Representando-o em planta com a simbologia adequada, mostrada no Tabela 4.

2) Supor que, em cada ponto de luz, temos disponível uma fase ou retorno e um neutro. Lançar na planta os eletrodutos com os condutores necessários para o comando das lâmpadas.

Abaixo são mostrados os comandos, normalmente utilizados numa instalação elétrica residencial, de acordo com a norma NBR 5413:1992 – Iluminância de Interiores; e NBR 6527 – Interruptores para uso doméstico. Conforme item 5.6.6.1.2 pg 76 (não seccionar o neutro).

O padrão de cor utilizado na identificação dos condutores está descrito no item 6.1.5.3 da NBR 5410:2004, na página 86. Observar também as restrições do item 6.5.5.2 pg 159.

NOTAS: 1. A FASE (numa instalação é o condutor vermelho) é o condutor que deve ser interrompido

para se comandar uma lâmpada. 2. O NEUTRO (condutor azul) não deve ser interrompido. Ele sempre deve ser ligado

diretamente na base rosqueada da lâmpada. Conforme item 6.5.5.2.4 pg 159. 3. O RETORNO (condutor preto), o condutor que vai do comando à lâmpada, deve

portanto, ser ligado no disco central da lâmpada. 4. Conforme item 5.6.6.1.2 da página 76, o neutro não é interrompido no comando

“unipolar” (interruptor simples)

Identificação dos condutores no eletroduto para facilitar a leitura da planta (DEVERÁ SER SEGUINDO NA DISCIPLINA)

PADRÃO DE COR PARA FIAÇÃO

Figura 2.1

Os condutores deverão estar como os representados no lado de cima do eletroduto (como em negrito na figura acima).

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1- Comando de uma ou mais lâmpadas de um único ponto: interruptor simples

Na Figura 2.3 vemos representado um eletroduto contendo os condutores necessários ao comando simples de uma lâmpada. Vemos que o condutor fase é interrompido no interruptor (que é instalado numa caixa retangular padronizada de 5x10cm ou 2x4”) e então retorna à lâmpada recebendo neste trajeto o nome de condutor retorno. A caixa octogonal do teto, onde fixamos a lâmpada, também pode ser vista nesta figura. Esta caixa é representada em planta, como na Figura 2.4.

Figura 2.2

Figura 2.3

Figura 2.5

Figura 2.4: Diagrama esquemático em

planta

O diagrama esquemático em planta de um cômodo com um único ponto de luz no teto, sendo comandado também de um único ponto (A), perto da porta, é mostrado na Figura 2.4.

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2- Comando separado de duas lâmpadas ou dois grupos de lâmpadas, de um mesmo

ponto: interruptor duplo

Neste tipo de comando temos dois interruptores simples numa mesma caixa 5x10cm ou 2x4”, cada um comandando uma das duas lâmpadas, separadamente. Temos então dois retornos, um para cada lâmpada ou grupo de lâmpadas.

esquema equivalente

Figura 2.6

Figura 2.7

Figura 2.9 Figura 2.8

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3- Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas de dois pontos: sistema

“THREE-WAY”

Quando desejamos comandar uma ou mais lâmpadas de dois pontos diferentes (aplicações típicas: escadas, cama da suite, salões, etc.), necessitamos do sistema “three-way”. Neste tipo de comando precisamos interligar os interruptores, o que é feito pelos retornos paralelos (vide figura abaixo). O neutro deve ser ligado na lâmpada, a fase em um dos comandos e o retorno liga então o outro comando à lâmpada.

Figura 2.10

Nota: Tanto o sistema de comando como o interruptor possuem o mesmo nome: “three-way”. Dizemos então: o sistema “three-way” possui dois interruptores “three-way”.

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4- Comando de uma lâmpada ou de um grupo de lâmpadas de três pontos:sistema

“four-way”

Este comando é constituído por 2 interruptores “three-way” e 1 chamado, intermediário. O esquema equivalente pode ser visto abaixo. Observe que os 3 interruptores são inter-conectados pelos retornos paralelos. O neutro vai diretamente para a lâmpada, a fase para um dos “three-way” e o retorno do outro “three-way” para a lâmpada.

Caso queiramos comandar uma lâmpada de mais de três pontos distintos é necessário introduzirmos, (n-2) intermediários, onde n=número de pontos de comando.

FIGURA 2.11

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TABELA 4 Abaixo listamos alguns símbolos normalizados pela NB-3 para a execução de um projeto elétrico residencial em baixa tensão.

- eletroduto embutido no TETO de 20mm de diâmetro

φ 25 mm

- eletroduto embutido na PAREDE de

25mm de diâmetro

- eletroduto embutido no PISO de 25mm de

diâmetro n

- condutor FASE no eletroduto com o

número do circuito (n)

- condutor NEUTRO no eletroduto

A

- condutor de RETORNO no eletroduto com

a identificação do comando (A)

- condutor TERRA (ou proteção) no eletroduto

A

- condutores retornos paralelos, passando dentro de eletroduto com a identificação do comando (A)

interruptor simples ou de uma seção

interruptor duplo ou de duas seções

interruptor triplo ou de três seções

interruptor "three way"

interruptores "four way"

interruptor com tomada na mesma prumada interruptores no mesmo espelho

Na Figura 2.12 está ilustrado um exemplo de como a planta deve ficar após esta tarefa:

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Figura 2.12

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Recomendações para este exercício:

1) Corrigir os erros anteriores se houver;

2) Ler o exercício 02 da apostila;

3) Ver e ler toda a planta e legendas;

4) Indicar com letras MAIÚSCULAS nos pontos de luz conforme legenda (evitar as letras “X” por causa do “three way” ou “four way”); e no eixo do mesmo lado do(s) símbolo(s) do(s) retorno(s); mesma letra significa que ligam e desligam sempre juntas;

5) Definir a posição (em planta) dos interruptores e colocar as letras (representa quais os

pontos de luz que serão comandadas por esses interruptores); Obs.: O número de interruptores com a(s) mesma(s) letra(s) define se o comando será

simples, three-way ou four-way ou conjugação entre eles (ou seja mesma letra mesmo comando).

6) Desenhar os eletrodutos em arco para facilitar a leitura da planta (perguntar!):

1. Interligar os pontos de luz e interruptores com o menor número de eletrodutos e menor caminho;

2. Indicar/desenhar o eletroduto de alimentação (com fase/neutro - 127V) apontando para região/cômodo da CZ ou AS, pois é provavelmente onde o QDC deverá ficar (por que na etapa 3);

3. Somente 01 eletroduto de alimentação por cômodo no ponto de luz do teto (do item anterior);

4. No máximo 06 eletrodutos por ponto de luz no teto;

7) Passar os condutores para que os interruptores funcionem; Seguindo os esquemas equivalentes:

1o ) Identifique a que ponto de luz pertencem os interruptores colocando as respectivas letras;

2o ) desenhar/passar o condutor neutro até o(s) ponto(s) de luz; 3o ) desenhar o condutor fase até o interruptor e 4o ) desenhar o(s) condutor(es) retorno(s). 5o ) Identifique os condutores representados com os retornos – colocando as

respectivas letras (nos retornos; pontos de luz e interruptores) de acordo com a legenda da planta (VER PG. 76, ou legenda na planta, ou Tabela 4 na pg 88);

8) Pelo menos um sistema “3-WAY” e um “4-WAY”.

9) EVITAR AO MÁXIMO repetir as letras para outros comandos.

10) NÃO CRUZAR os eletrodutos (são desenhados em arco, mas executados em linha reta).

11) Terminar conforme planta (fig 2.12) da página 89.

12) Planta não roda (letra, número e símbolos dos pontos de luz).

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• Conforme item 6.5.5.2 da página 159 da NBR 5410-2004:

1. Os equipamentos de iluminação destinados a locais molhados ou úmidos devem ser especialmente concebidos para tal uso, não permitindo que a água se acumule nos condutores, porta-lâmpadas ou outras partes elétricas.

2. Os equipamentos de iluminação devem ser firmemente fixados. Em particular, a fixação de equipamentos de iluminação pendentes deve ser tal que:

a. rotações repetidas no mesmo sentido não possam causar danos aos meios de sustentação; e

b. a sustentação não recaia sobre os condutores de alimentação.

3. O contato lateral dos porta-lâmpadas com rosca deve ser ligado ao condutor neutro, quando existente.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – MDIC INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO

Portaria n.º 019, de 16 de janeiro de 2004. (Plugues e Tomadas) O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas pela Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e tendo em vista o disposto no artigo 3º, da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999; Considerando o disposto nas Portarias Inmetro n.º 136, de 04 de outubro de 2001, e n.º 134, de 15 de julho de 2002, que tratam, respectivamente, da certificação compulsória e da comercialização de plugues e tomadas; Considerando que ao regulamentar um segmento industrial é necessário visualizar a factibilidade do cumprimento do regulamento por todos os envolvidos na questão; Considerando a necessidade de zelar pela eficiência energética de dispositivos elétricos, de modo a minimizar desperdícios de energia por conta de deficiências de material, de contato elétrico, dentre outros; Considerando a necessidade de zelar pela segurança das instalações elétricas de baixa tensão, focos potenciais de incêndios e de diversos acidentes residenciais; Considerando a necessidade de regulamentar os segmentos da fabricação, importação e comercialização dos plugues e tomadas, para uso doméstico e análogo, para tensões de até 250V e corrente até 20A, de modo a estabelecer regras equânimes e de conhecimento público; Considerando a existência, no mercado, de grande variedade de dispositivos elétricos residenciais de baixa tensão produzidos em desacordo com as normas técnicas, o que os tornam impróprios para o uso;

Considerando que os prazos estabelecidos para a regulamentação e para a entrada em vigor do padrão brasileiro de plugues e tomadas não atendem às necessidades dos fabricantes para a depreciação dos investimentos gastos nos ferramentais, resolve: Art. 1º – A partir de 31 de dezembro de 2006, fabricantes e importadores de plugues e tomadas deverão

oferecer estes produtos, à comercialização, em conformidade com os requisitos da norma brasileira de padronização NBR 14136.

Art. 2º – A partir de 31 de dezembro de 2008, lojistas e varejistas de plugues e tomadas deverão

comercializar estes produtos, ao consumidor final, em conformidade com a norma brasileira de padronização NBR 14136.

Art. 3º – A partir de 01 de agosto de 2007, fabricantes e importadores de plugues, tomadas, cordões

conectores e prolongadores, incorporados aos aparelhos elétricos, eletrônicos ou eletro-eletrônicos, deverão oferecer estes produtos, à comercialização, em conformidade com os requisitos exigidos pela norma brasileira de padronização NBR 14136.

Art. 4º – A partir de 01 de agosto de 2007, fabricantes e importadores de plugues, tomadas, cordões

conectores e prolongadores, para uso específico na manutenção e na reposição de aparelhos elétricos, eletrônicos ou eletro-eletrônicos, deverão comercializar estes produtos em conformidade com os requisitos impostos pela norma brasileira de padronização NBR 14136.

Art. 5º – A partir de 31 de agosto de 2009, lojistas e varejistas de aparelhos elétricos, eletrônicos ou eletro-

eletrônicos, especificados nos artigos 3º e 4º desta Portaria, só deverão comercializar estes produtos se em conformidade com os requisitos da norma brasileira de padronização NBR 14136.

Art. 6º Fica revogado o artigo 7º da Portaria Inmetro n.º 136, de 04 de outubro de 2001. Art. 7º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. ARMANDO MARIANTE CARVALHO JUNIOR

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LEI N° 11.337, DE 26 DE JULHO DE 2006

Determina a obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização de condutor-terra de proteção, bem como torna obrigatória a existência de condutor-terra de proteção nos aparelhos elétricos que especifica.

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° As edificações cuja construção se inicie a partir da vigência desta Lei deverão

obrigatoriamente possuir sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente.

Art. 2° Os aparelhos elétricos com carcaça metálica e aqueles sensíveis a variações bruscas

de tensão, produzidos ou comercializados no País, deverão, obrigatoriamente, dispor de condutor-terra de proteção e do respectivo adaptador macho tripolar.

Parágrafo único. O disposto neste artigo entra em vigor quinze meses após a publicação desta

Lei. Art. 3° Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.

Brasília, 26 de julho de 2006; 185° da Independência e 118° da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Fernando Furlan Márcio Fortes de Almeida

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EXERCÍCIO 3 1) Escolher a localização mais adequada para o quadro de distribuição de circuitos.

2) Dividir a instalação elétrica (cargas de iluminação e tomadas) em circuitos e

preencher o quadro de distribuição de circuitos na planta (similar ao ANEXO 1).

3) Numerar os pontos de luz e fases conforme a legenda da planta e interligar os

circuitos de luz ao QDC.

4) Indicar na planta a localização das tomadas NBR 14.136 NOV – 2002 com a

simbologia adequada.

5) Numerar as tomadas de acordo com os circuitos do ANEXO 4 (Ler NOTA no. 1 da

Planta).

6) Interligar, alimentar as tomadas gerais e específicas os vários circuitos ao QDC.

As indicações da norma NBR-5410 que se aplicam a este exercício são apresentadas a seguir.

1- Definição de circuitos:

Chama-se circuito ao conjunto de equipamentos e condutores elétricos ligados ao mesmo dispositivo de proteção o disjuntor. Na figura 3.1 são mostrados 3 disjuntores, um monofásico de 10A e um bifásico de 20A e o disjuntor diferencial residual (DR). Estes disjuntores são instalados no quadro de distribuição (QD) mostrado na figura 3.2 e também no anexo 1.

Figura 3.1 – Disjuntores monofásico (10A – curva B), bifásico (20A – curva B), trifásico (16A

– curva C), e DR bipolar (30 mA – 25A), respectivamente.

2- Quadro de distribuição - QD:

Componente de uma instalação elétrica que recebe os condutores do quadro de medição e possui a finalidade de dividir a instalação elétrica em circuitos. É nele que estão localizados os dispositivos de proteção dos circuitos, como mostrado nas figuras abaixo; Em residências ou apartamentos o quadro de distribuição deve ser instalado preferencialmente no centro de cargas, que pode ser definido como o ponto ou região onde se concentram as maiores potências, em ambiente de serviço ou circulação, em local de fácil acesso, visível e seguro. Assim deve ser obtida uma razoável economia de condutores (menores comprimentos de condutores implicam em menores quedas de tensão e assim menores bitolas);

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Devem ser observadas as seguintes restrições para a divisão de circuitos em unidades residenciais:

1. Qualquer instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, de forma a proporcionar facilidade de inspeção, manutenção, bem como evitar que, por ocasião de um defeito num circuito, toda a instalação fique desprovida de alimentação;

2. Obrigatório ser previstos circuitos distintos para iluminação e tomadas (Conforme item 9.5.3.3 da 5410 pg 184 e item 4.2.5.5 pg 18);

3. Cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro, quando for Fase/Neutro (Conforme item 6.2.6.2 da 5410 pg 114);

4. 1É recomendado prever os circuitos independentes para cada equipamento com corrente nominal superior a 10A (TUE) (Conforme item 9.5.3.1 da 5410 pg 184) (na disciplina será obrigatório cada TUE em circuitos distintos);

5. É obrigatório que sejam previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral das cozinhas, área de serviço e copas – separadas entre si (Conforme item 9.5.3.2 da 5410 pg 184);

6. 1A mínima potência dos circuitos deve ser de aproximadamente 1270VA ( S = U * I => S = 127V * 10A); E a potência máxima dos circuitos deve ser de aproximadamente 2540VA (S = U * I => S = 127V * 20A).

7. 1As proteções dos circuitos de aquecimento ou condicionamento de ar de uma residência podem ser agrupadas no quadro de distribuição da instalação elétrica de modo geral ou num quadro separado (na disciplina será obrigatório todos os circuitos no mesmo quadro);

Na figura 3.2 quadro de distribuição, temos disjuntores monofásicos (127 V), bifásicos (220V), trifásicos, DR tetrapolares e relés/DPS. Na parte inferior do 1º. temos 2 barramentos o da direita o neutro (isolado) e da esquerda o terra em contato com o quadro; Na parte superior do 2º. temos 2 barramentos o de baixo o neutro (isolado) e de cima o terra em contato com o quadro

Figura 3.2 – QD 1Itens utilizados na disciplina

Barra de Neutro

Barra de Terra Proteção / Terra (PE)

Disjuntor 3Ø DR

DISJUN

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Em instalações polifásicas (que recebem mais de uma fase da concessionária), os circuitos devem ser distribuídos entre as fases de modo a assegurar o melhor equilíbrio nas mesmas (será tratado na etapa do exercício 6), como mostrado na figura 3.3, onde vemos o diagrama esquemático de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B que possui 6 circuitos: 2 bifásicos (2 fases F1 e F2) e 4 monofásicos.

Figura 3.3

3 - Exemplos de algumas instalações elétricas

Figura 3.4 - Circuito ligado a um disjuntor monofásico ou monopolar

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97

Figura 3.5 - Circuito ligado a um disjuntor monofásico ou monopolar

Figura 3.6 - Circuito ligado a um disjuntor monofásico ou monopolar (127V), e um disjuntor

monofásico ou monopolar (127V).

Figura 3.7 - Circuito ligado a um disjuntor monofásico ou monopolar (127V), e um

disjuntor bifásico ou bipolar (220V).

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Recomendações para o traçado dos eletrodutos e para a representação dos condutores dos circuitos de iluminação.

ETAPA 3.1

1. Corrigir os erros anteriores se houver;

2. Ler PG 94 -> 101;

3. Ler e ver TODA a planta e legendas;

4. Definir a melhor posição do QDC e desenhá-lo segundo a legenda da planta (para diminuir o efeito do CQT EX. #4.2)

5. 1A mínima potência dos circuitos deve ser de aproximadamente 1270VA (S = U * I => S = 127V * 10A). E a potência máxima dos circuitos deve ser de aproximadamente 2500VA (S = U * I => S = 127V * 20A); (PLT 2 entre 1100VA e 1300VA – para diminuir o efeito das 3 bitolas consecutivas);

6. Dividir os circuitos de forma a facilitar a verificação e manutenção, alocando em um mesmo circuito cômodos próximos com entradas/circulações próximas e/ou atividades/uso similares;

7. Completar a TABELA referente à DIVISÃO DE CIRCUITOS (mesma do pg seguinte)

8. Escrever na TABELA de circuitos onde cada TUE vai ficar (local / cômodo);

9. É obrigatório que sejam previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral das cozinhas, área de serviço e copas, ou seja, os circuitos de TUG separadas entre si (Conforme item 9.5.3.2 da 5410 pg 184);

10. 1Não bifurcar os circuitos na saída do QDC (o mesmo circuito NÃO pode sair 2 ou mais vezes do QDC, ou seja, sair somente em 1 duto do QDC e ao chegar em um ponto de luz ou caixa de passagem poderá ser feita a derivação do circuito – para aumentar o FCNC);

11. 1Trace os eletrodutos procurando caminhos mais curtos evitando sempre que possível cruzamento de tubulações (na disciplina não cruzar em linha reta os eletrodutos) e também o menor caminho de cada ponto do circuito até o QDC;

12. Evite que as caixas octogonais do teto estejam interligadas a mais de 6 eletrodutos (tentar usar no máximo 5 eletrodutos nesta etapa 3.1) ;

13. Evite que as caixas retangulares embutidas nas paredes se conectem com mais de 4 eletrodutos;

14. Identifique a que circuitos pertencem os condutores fase e os pontos de luz representados em planta numerando-os, de acordo com os números dos circuitos da TABELA DE CIRCUITOS na planta (2ª. Tabela – Ver as legendas);

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15. Como decidir a saída do circuito (para qual direção / Cômodo) e NÃO DEIXAR na planta:

1o ) Achar o centro geométrico do circuito (centro da figura formada pelos cômodos deste circuito, representado por este símbolo );

2o ) Achar o centro de carga do circuito (representado por este símbolo ); 3o ) Na direção destes 2 centros (não neles); Sair do QDC para o primeiro ponto de luz

nesta direção será uma das melhores soluções. Assim melhoramos o CQT (menor distância) e o FCNC (menor número de circuitos em um mesmo eletroduto).

16. Represente os condutores que passam em cada trecho do eletroduto utilizando a simbologia adequada (NBR 5444) ver as legendas na planta, ou na pg 77, ou Tabela 4 na pg 88;

17. Na etapa 3.1 terminar a planta como na figura 3.16 do ANEXO 2 da página 101.

18. Verificar se o circuito (fase/neutro) realmente saiu do QDC e passa em todos os eletrodutos até o ponto/cômodo que ele alimenta.

19. Condutor terra chegando em todas as luminárias. 1Itens utilizados na disciplina

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ANEXO 1 - QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS

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ANEXO 2 - Planta esquemático parcial (iluminação) de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B – Figura 3.16

Figura 3.16

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4 - Alimentação de tomadas gerais e específicas

Conforme item 6.5.3.1 da 5410 pg 156, as tomadas de uso residencial e análogo devem ser conforme ABNT NBR 6147 e ABNT NBR 14136. Conforme item 6.5.3.2 da 5410 pg 157 é obrigatório identificar as tensões 220V nas placas dos pontos de tomada.

10 A com Ø 4,3 ± 0,2mm 10 A com Ø 4,0 ± 0,05mm 20 A com Ø 5,0 ± 0,2mm 20 A com Ø 4,8 ± 0,05mm TOMADA NA PAREDE PLUG DE ENERGIA SEM/COM TERRA Resolução do CONMETRO no. 11 de 16-JAN-2006, basicamente resumida nos seguintes prazos para adequação – fabricantes e importadores: Ø De plugues 2P até 01-AGO-2007 (desmontáveis) e 01-JAN-2008 (não

desmontáveis); Ø De plugues 3P até 01-JAN-2009; Ø De tomadas fixas e móveis 3P a partir de 01-JAN-2009; Ø De cordão de força para aparelhos elétricos e eletrônicos 2P e 3P a partir de 01-

JAN-2010. Para a conexão de alguns aparelhos que ainda não estão com a configuração do plugue padrão, será necessário a utilização de adaptador (segundo a NBR 14.936 já publicada em abril de 2003).

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103

4.1 - Ligação de tomadas monofásicas de uso geral (TUG’s)

Figura 3.8

4.2 - Ligação de tomadas monofásica e bifásica de uso específico (TUE’s)

Figura 3.9

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104

Como o sistema de proteção pessoal contra choques elétricos provocados por contatos direto ou indireto (ver figura 3.10) atuando não no valor da corrente que passa pelo corpo humano e sim limitando o tempo de percurso da corrente. O DR abre mais rapidamente quanto maior for a corrente que atinge a pessoa.

É obrigatório o uso do dispositivo DR (Conforme item 5.1.3.2 e 5.1.3.2.2 da 5410 pg 49). Existe um tipo de disjuntor chamado de “diferencial residual” ou DR. Ele possui tanto o sistema do disjuntor comum, que é de proteção do condutor contra sobrecarga e curto circuito quanto o dispositivo DR. Também existe o interruptor DR – atua somente com a fuga de corrente, NÃO atua com a sobre carga ou curto-circuito. Uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade – DR 5.1.3.2.2. Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é

obrigatório. Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema de aterramento, devem ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal I?n igual ou inferior a 30 mA: a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro; b) os circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação; c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação; d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados e cozinhas, copas-

cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;

e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em

cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

NOTAS:

1 No que se referem a tomadas de corrente, a exigência de proteção adicional por DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas com corrente nominal de até 32 A.

3 Admite-se a exclusão, na alínea d), dos pontos que alimentam aparelhos de iluminação posicionados a uma altura igual ou superior a 2,5m.

5 A proteção dos circuitos pode ser realizada individualmente, por ponto de utilização ou por circuito ou por grupo de circuitos.

Campo de aplicação (...) as unidades residenciais como um todo (...).

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Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Nota: Um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, observado o disposto em

6.4.3.1.5. Aquecimento elétrico de água (9.5.2.3) A conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta, sem uso de tomada de corrente. Nota: O uso de dispositivos DR não dispensa, em nenhuma hipótese, o uso de condutor de proteção. Como especificado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão (ver também 6.4.3.1.5).

6.3.3.2.5 O circuito magnético dos dispositivos DR deve envolver todos os condutores vivos do circuito, inclusive o neutro, mas nenhum condutor de proteção; todo condutor de proteção deve passar exteriormente ao circuito magnético.

Figura 3.10

A seguir temos alguns exemplos de circuitos que devem ser protegidos com este tipo de disjuntor como: sistema de iluminárias externas com corpo de metal, TUG’s e TUE’s.

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1o Exemplo: Circuito de Iluminação em 127V ou 220V

FIGURA 3.11

2o Exemplo: Circuito de Tomada em 127V ou 220V

Figura 3.12

3o Exemplo: Circuito de Tomada de Uso Específico (TUE) em 127V ou 220V

Figura 3.13

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107

Caixa octogonal

Figura 3.14 – Ponto de luz no teto e condutores num eletroduto

Figura 3.15 - Diagrama esquemático 3D de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B

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ANEXO 3 - Planta esquemático parcial (luz e alocação tomadas) de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B – Figura 3.17

Figura 3.17

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109

ANEXO 4 - Planta de uma instalação elétrica com fornecimento tipo B – Figura 3.18

Figura 3.18

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110

Recomendações para o traçado dos eletrodutos restantes e para a representação dos condutores dos circuitos de tomadas.

ETAPA 3.2

1) Corrigir os erros anteriores se hgouver;

2) Ler PG 102 -> 112;

3) Ler e ver TODA a planta e legendas;

4) Deve-se ter pelo menos um ponto de tomada TUG por bancada (na PLT 1 a letra F fica assim – pelo menos em uma das bancadas na cozinha);

5) Após a determinação do número de pontos de tomadas de uso geral devemos então localiza-las na planta. Para isto é necessário seguir os critérios abaixo:

1. Em banheiros, próximo ao lavatório;

2. Em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos acima de cada

bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos

3. As demais tomadas devem ser localizadas de acordo com o lay-out do cômodo ou deverão ser espaçadas tão uniformemente quanto possível.

5) Cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro, quando for Fase/Neutro (Conforme item 6.2.6.2.1 da 5410 pg 114);

6) 1Proibidos trechos de eletrodutos com mais de 4 circuitos;

7) 1Terra comum: Somente 1 (um) terra por eletroduto. (Conforme nota 5.1.2.2.3.6 pg 37 e item 6.4.3.1.5 pg 150). Todos os circuitos devem ser acompanhados de terra;

8) Em algumas situações é recomendável a utilização de eletrodutos embutidos no piso, para o atendimento de circuitos de tomadas baixas e médias;

9) Rever páginas 98 e página 99;

10) Evite trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos) retilínios de tubulação maiores que 15m, sendo que nos trechos em curvas, essa distância deve ser reduzida de 3m para cada curva de 900;

11) 1Na etapa 3.2 terminar a planta como na figura 3.18 do ANEXO 4 da página 109. 6.2.11.1.9 Devem ser empregadas caixas: a) em todos os pontos da tubulação onde houver entrada ou saída de condutores, exceto nos pontos de

transição de uma linha aberta para a linha em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas;

b) em todos os pontos de emenda ou de derivação de condutores; c) sempre que for necessário segmentar a tubulação, para atendimento do disposto em 6.2.11.1.6 - b). 1Itens utilizados na disciplina

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Conectores: Porcelana, Barras, olhal e cones

Figura 3.19

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113

EXERCÍCIO 4

1) Dimensionar os condutores (fio ou cabo) dos vários circuitos. Usando os critérios de capacidade de corrente (CCC) e de queda de tensão (CQT)

2) Dimensionar e lançar o(s) condutor(es) terra. Os condutores em geral são determinados pela NBR 5471. Os condutores de PVC seguem as normas NBR 7288 (cabo PVC) e NBR NM 247-3 (condutor isolado PVC) que abrangem cabos condutores. Conforme item 6.2.3.4 da pg 89 da 5410, não propaga fogo. Já os condutores de EPR são regulamentados pela norma NBR 7286 que trata de fios condutores. 1- Dimensionamento de condutores em instalações residenciais/prediais:

Em circuitos monofásicos residenciais os condutores fase e neutro, até seção de #25mm2 possuem a mesma bitola. Para as novas configurações das tomadas residenciais utilizadas nacionalmente, vide a portaria 19 do INMETRO no ano de 2004 pg 92 e a pg 93.

a) Condutores utilizados:

Em instalações residenciais e/ou prediais convencionais, os condutores utilizados são de cobre, com isolamento de PVC (cloreto de polivinila) ou de outros materiais previstos por normas, como por exemplo, o EPR (borracha etileno-propileno). O tipo de isolação determinará a temperatura máxima a que os condutores poderão ser submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou em condição de curto-circuito.

Figura 4.1

Tipo de isolação Temperatura máxima em

serviço contínuo (o C) Temperatura máxima em sobrecarga (o C)

Temperatura máxima em curto-circuito (o C)

PVC até 300 mm2 70 100 160 EPR 90 130 250

Referente à tabela 35 da página 100 da NBR 5410:2004

b) Maneira de instalar – (Método construtivo B1)

A maneira segundo a qual os condutores estarão instalados influenciará na capacidade de troca térmica entre os condutores e o ambiente, e em conseqüência, na capacidade de condução de corrente elétrica dos mesmos. Quanto melhor as condições dos condutor dissipar o calor, maior poderá ser a corrente transportada por ele. Utilizaremos em nosso projeto a maneira mais usual em instalações residenciais/prediais, que é: Condutores unipolares em eletroduto embutido em alvenaria (tabela 33 da página 90 da NBR-5410 Out/2004). As indicações da NBR-5410 Out/2004 que se aplicam a este exercício são apresentadas a seguir.

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c) Para o dimensionamento dos condutores devemos proceder a dois critérios:

c1) Critério da capacidade de corrente

Primeiramente deve-se calcular a corrente em cada circuito e em seguida aplicar os fatores de correção, FCT e FCNC, quando necessário. (Cada circuito terá o mesmo condutor em toda sua extensão).

Para análise, como se fossem circuitos monofásicos, tem-se: P S

ICIRC = U x cos ϕ

(Ampere) ou ICIRC = U

(Ampere)

Onde: ICIRCUITO = Corrente total da(s) Carga(s) ou do(s) equipamento(s) do mesmo circuito

P = potência em Watts do circuito S = potência em VA do circuito U = tensão em Volts do circuito cosϕ = fator de potência = FP.

Será necessário aplicar fatores de correção aos valores calculados de corrente de cada circuito, de forma a adequar cada caso específico às condições para as quais foram elaboradas as tabelas de condução de corrente. São basicamente duas as correções: uma em função do número de circuitos dentro de um mesmo eletroduto e outra em função da temperatura ambiente. A corrente de projeto (IPROJ )será então:

ICIRC IPROJ = FCT x FCNC

FCT - fator de correção de temperatura FCNC - fator de correção para grupo de circuitos

num mesmo eletroduto

Os fatores de correção de temperatura (sem levar em conta a radiação solar) e o fator de correção para grupo de circuitos num mesmo eletroduto são obtidos nas tabelas 5 e 6.

TABELA 5 Fator de correção FCT

Temperatura(ºC) PVC EPR OU XLPE 10 1,22 1,15 15 1,17 1,12 20 1,12 1,08 25 1,06 1,04 30 1,00 35 0,94 0,96 40 0,87 0,91

Referente à tabela 40 da página 106 da NBR 5410:2004

TABELA 6 Número de circuitos ou de cabos

multipolares FCNC Ref. Forma de agrupamento dos condutores 1 2 3 4 5 6

Tabela dos métodos de referência

1 Em feixe: ao ar livre ou

sobre superfície; embutidos; em conduto fechado

1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 Métodos de A a F

Referente à tabela 42 da página 108 da NBR 5410:2004

Os fatores de agrupamento de circuitos (FCNC) e de temperatura (FCT) devem ser aplicados para se evitar um aquecimento excessivo dos fios quando se agruparem vários circuitos num mesmo eletroduto ou se a temperatura ambiente for diferente da especificada nas tabelas de capacidade de condução de corrente.

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Quando temos uma corrente de projeto menor ou igual a 30% do valor da Tabela 7, poderemos desconsiderar esse circuito para ser contabilizado no FCNC, pois ele não apresentará problema de aquecimento (entretanto ocupará espaço no eletrodutro).

A seguir apresenta-se a Tabela 7 (Conforme Tabela 36 da 5410 pg 101, método B1) referente a capacidade de condução de corrente de condutores e cabos de cobre com isolação de PVC, instalados em eletrodutos embutidos em alvenaria (apenas um circuito dentro do eletroduto) numa temperatura ambiente de 30o C.

TABELA 7

BITOLA

seção nominal

(mm²)

2 condutores carregados (*)

(Mono ou Bifásico) IFIO (A)

30% da Capacidade De condução

2 condutores (A)

3 condutores carregados (*)

(Trifásico) IFIO (A)

# 1,5 17,5 5,3 15,5 # 2,5 24,0 7,2 21,0 # 4,0 32,0 9,6 28,0 # 6,0 41,0 12,3 36,0 # 10,0 57,0 17,1 50,0 # 16,0 76,0 22,8 68,0 # 25,0 101,0 30,3 89,0

(*)Conforme Tabela 36 da 54!0 pg 101, considera-se condutor carregado aquele que efetivamente é percorrido pela corrente elétrica no funcionamento normal do circuito, inclusive o neutro.

EX.:CRITÉRIO DE CORRENTE CIRCUITO 7 (TOMADA CHUVEIRO) DA PÁGINA 109.

4500 W Dimensione os condutores do circuito 7 pelo critério da corrente CCC.

ICIRCUITO = 220 V x FP

= 20,45A

4500 VA Observe que como o chuveiro é uma carga resistiva o FP = 1 (cosϕ =1).

ICIRCUITO = 220 V

= 20,45A

Considerando que no primeiro ou segundo trecho deste circuito (que é o mais crítico em relação ao número de circuitos no mesmo eletroduto), o eletroduto que sai do quadro de distribuição e vai para o ponto de luz no teto do dormitório 2, temos 3 circuitos passando no mesmo eletroduto e ainda que, a temperatura ambiente é de 30o C, a corrente de projeto será (TABELAS 5 e 6 pg.114)

FCT (30OC) = 1,0 FCNC (3) = 0,70 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)

20,45 A IPROJETO = 1,0 x 0,70 = 29,22 A

Observe que houve um “acréscimo” de 43% na corrente do projeto devido ao agrupamento de circuitos no eletroduto, levando a escolha de condutores de #4,0mm2 e não a de #2,5 mm2 como indicado pelo critério de corrente do circuito (TABELA 7 pg. 115 – 2 condutores carregados).

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116

EX.:CRITÉRIO DE CORRENTE CIRCUITO 3 (TOMADAS) DA PÁGINA 109.

1600 VA ICIRCUITO = 127 V = 12,60 A

Assim como no caso anterior, temos no máximo 3 circuitos carregados no trajeto deste circuito. Considerando a temperatura ambiente é de 30o C, a corrente de projeto será:

FCT (30OC) = 1,0 FCNC (3) = 0,70 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)

12,60 A IPROJETO = 1,0 x 0,70 = 18,00 A

A corrente de projeto foi aumentada em quase 43%. Analisando a tabela 7 da pág. 115, para 2 condutores carregados temos fio ou cabo de #2,5 mm2.

EX.:CRITÉRIO DE CORRENTE DO CIRCUITO 2 (ILUMINAÇÃO) DA PÁGINA 109.

500 VA ICIRCUITO = 127 V = 3,94 A

Observe que para este caso, quando o circuito sai do quadro de distribuição temos 4 circuitos carregados no mesmo eletroduto, assim para temperatura de 30o C temos:

FCT (30OC) = 1,0 FCNC (4) = 0,65 (TABELAS 5 e 6 pg. 114)

3,94 A IPROJETO = 1,0 x 0,65 = 6,06A

Para este caso a corrente de projeto é cerca de 54% maior que a corrente de circuito. Analisando a tabela 7 da página 115, para 2 condutores carregados temos fio ou cabo de #1,5 mm2. Recomendações:

ETAPA 4.1

1) Corrigir os erros anteriores se houver;

2) Ler o exercício 04 da apostila até a pg 116;

3) Ler as NOTAS;

4) Completar a segunda tabela da planta até a coluna de CCC (deixar a bitola=seção nominal pelo resultado dos cálculos do CCC);

5) FCNC (parâmetros na planta), resultados dos cálculos das correntes com apenas uma casa decimal;

Sugestão: Caso termine esta etapa antes do final da aula, inicie o exercício de CQT, que será corrigido sem descontar pontos.

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117

c2) Método de cálculo da queda de tensão (Sd = VA x m)

Os equipamentos elétricos (eletrodomésticos, chuveiros, etc.) são projetados para trabalharem a determinadas tensões, com reduzida tolerância.

Entre o ponto de fornecimento de energia e o ponto de utilização ocorre uma queda de tensão nos condutores, devido à resistência elétrica dos mesmos. Estas quedas são função da distância entre a carga e o ponto de fornecimento. Quando as quedas são elevadas, os equipamentos receberão uma tensão inferior aos valores nominais e isto é prejudicial ao seu desempenho, podendo reduzir a sua vida útil.

As quedas de tensão admissíveis são dadas em porcentagem da tensão nominal ou de entrada em relação ao padrão da concessionária.

Pela norma NBR-5410:2004, para instalações alimentadas diretamente por um ramal de baixa tensão, a partir da rede de distribuição pública de baixa tensão, a queda admissível é de 4% (Conforme item 6.2.7.2 da 5410 pg 115). Esta queda deve ser dividida entre o alimentador principal e os demais circuitos. É usualmente sugerido quedas iguais para o alimentador principal e os demais circuitos, como mostrado na figura a seguir.

Figura 4.2 – (catálogo Pirelli)

Para o dimensionamento dos condutores utilizando o critério de queda de tensão existem vários métodos de cálculo. Utilizaremos o método “VA x m” que é simples e produz uma boa aproximação para condutores de diâmetros pequenos como os usados em instalações residenciais/prediais.

A queda de tensão percentual num circuito constituído pela fonte, a carga e os condutores de alimentação, pode ser expressa por:

R x I ∆U(%) = U

x 100 (Equação 1)

onde: R = resistência do condutor de alimentação (Ω); I = corrente que circula no condutor (A); U = tensão da fonte de alimentação (220V ou 127V)

Para circuitos monofásicos a dois condutores temos que:

ρ x d R = 2 x A (Ω) (Equação 2)

onde: ρ = resistividade do cobre (Ω mm2 / m); A = área da seção transversal do condutor (mm2) e d = comprimento do condutor (m).

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E ainda se admitimos que S = U x I (Equação 3), podemos então, substituindo as duas últimas equações (2) e (3) na primeira (1) e demonstrar que:

200 x S x d

∆U(%) = ρ x A x U2 (Equação 4)

Logo:

A x U2 x ∆U(%) S x d = 200 x ρ (VA*m) (Equação 5)

Para um condutor de resistividade ρ e área A e para uma queda máxima de tensão do quadro de distribuição à carga de 2%, podemos então construir a tabela a seguir, utilizando a equação 5.

TABELA 8

Soma dos produtos Potência(VA) x comprimento(m) = Sd(VAm)

Valores para Sd MÁXIMO (VA*m) de 2% BITOLA condutor

(mm²) UQUADRO = 127V UMÍNIMA NA CARGA = 124,46 V

UQUADRO = 220 V UMÍNIMA NA CARGA = 215,60 V

# 1,5 14.032 42.108 # 2,5 23.387 70.180 # 4,0 37.419 112.288 # 6,0 56.129 168.432 # 10,0 93.548 280.720 # 16,0 149.677 449.152 # 25,0 233.871 701.800

ρCOBRE = 1 Ω mm2 , de acordo com Equação 5. 58 m

Figura 4.3

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Figura 4.4

EX.:QUEDA DE TENSÃO DO CIRCUITO 7 (TOMADA CHUVEIRO) DA PÁGINA 109.

1) Calcule os condutores do circuito 7, pelo critério da queda de tensão CQT. Estando o QDC a 1,3m do piso e o pé direito sendo de 2,8m, temos que o comprimento dos condutores que alimentam o chuveiro é de 8,4m, sendo a escala de 1:50.

Figura 4.5

Sd = 4500VA x (1,5 + 2,1 + 2,8 + 1,2 + 0,8)m =

Sd = 4500VA x (8,4)m = 37.800 VAm

Assim, podemos calcular a nova queda máxima de tensão:

%8,1%108.42

800.37*02.0%2%

108.42800.37

=→=→= xxx

VAVA

Pela TABELA 8 – pg. 118 de SdMÁX (coluna de 220 V), para este circuito podemos escolher o condutor de # 1,5 mm2, pois com este condutor a queda de tensão no chuveiro seria de 1,8%, portanto menor que a máxima permitida.

Então pelo critério da queda de tensão encontramos que o condutor deve ser o de # 1,5 mm2 , porém pelo critério da corrente o condutor encontrado é de # 2,5 mm2 . Logo, o condutor utilizado neste circuito deve ser o de # 2,5 mm2 pois assim, ele atende aos dois critérios, o da corrente e o da queda de tensão.

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EX.:CRITÉRIO DE QUEDA DE TENSÃO DO CIRCUITO 3 (TOMADAS) DA PÁGINA 109.

2) Dimensione os condutores do circuito 3, pelo critério da queda de tensão. Abaixo temos representado o desenho esquemático do circuito 3. O esquema não está em escala mas as distâncias dos vários trechos e as potências das cargas estão indicadas no desenho.

Figura 4.6

A seguir são ilustradas todas as possibilidades para o cálculo dos condutores, sendo que existem várias possibilidades e deve ser levado em conta aquela que utiliza em seus cálculos maior potência e maior comprimento.

100x(2,0+2,5) (Sd = 6210VAm) ou Sd = 1600x(1,5+2,1) + 100x(2,1+2,5) (Sd = 6220VAm) 5760VAm ou 100x(1,7+2,5) (Sd = 6180 VAm) ou 100x(1,7+0,6+2,5) (Sd = 9750 VAm) ou 1300x2,7 + 600x(1,1+1,5) (Sd = 10830 VAm) 3510VAm ou 100x(1,7+2,5) (Sd = 10350 VAm) ou 600X2,7 + 200x(1,9+2,5) + 100x1,9 (Sd=11960VAm) 1620VAm ou 100x(1,7+2,5) (Sd=12270VAm) ⇐ 300X3,2 + ou 420Vam 960VAm 100x(1,7+2,5) (Sd=12270VAm) ⇐ ou 100x(1,5+2,5) (Sd=12250VAm)

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A saída do QDC Enxerga / vê

como Se fosse uma

carga única (total pela frente)

Esse caminho de 2,70m

Enxerga / vê como Se fosse uma

carga única (total pela frente)

Novamente esse caminho de 2,70m

Enxerga / vê como Se fosse uma carga única (total pela frente)

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Analisando os resultados conclui-se que Sdmax é de 12270 VAm, este valor foi obtido da equação abaixo:

Sd = [100VA x (1,7+2,5)m] + [300VA x (3,2)m] + [600VA x (2,7)m]+

[1300VA x (2,7)m] + [1600VA x (1,5 +2,1)m] Sd = 12.270 VAm

%75,1%032.14

270.12*02.0%2%

032.14270.12

=→=→= xxx

VAVA

Consultando a TABELA 8 pg. 118 de SdMÁX (coluna de 127 V) vemos que devemos utilizar o condutor de # 1,5mm2 pois teremos no ponto crítico uma queda de 1,75%, menor portanto que a máxima permitida.

Mas como foi calculado anteriormente, pelo critério de corrente, para este circuito encontramos que o condutor do circuito 3 deve ser o de # 2,5 mm². Assim, para que o condutor atenda aos dois critérios será utilizado o condutor de # 2,5 mm².

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EX.:CRITÉRIO DE QUEDA DE TENSÃO DO CIRCUITO 2 (ILUMINAÇÃO) DA PÁGINA 109.

3) Idem para o circuito 2, do exemplo do Roteiro 3.

Figura 4.7

100VA x (2,3+0,4+1,1+1,0)m (Sd = 2080VAm)

Sd = 500VA x(1,5+1,7)m + ou 1600VAm 100VA x (3,3+1,7+1,5)m (Sd = 2250VAm) ou [200 x 3,5]+[100 x (3,2+1,5+1,7+1,5+1,7)] (Sd = 3260VAm)

700VAm 960VAm

A nova queda máxima de tensão é:

%47,0%032.14

260.3*02.0%2%

032.14260.3

=→=→= xxx

VAVA

Consultando a TABELA 8 pg. 118 de SdMÁX (coluna de 127 V) vemos que devemos utilizar o condutor de # 1,5mm2 pois teremos no ponto crítico uma queda de 0,47%, menor portanto que a máxima permitida.

Os valores encontrados para o condutor do circuito 2 pelo critério da corrente e pelo critério da queda de tensão são amobos de # 1,5 mm². Portanto o condutor do circuito 2 deve ser o de # 1,5 mm².

d) Escolha da bitola dos condutores

Uma vez verificados os dois critérios acima, adota-se o condutor de maior seção. Devendo-se observar a seção mínima exigida pela NBR 5410:2004 (Conforme item 6.2.6 da página 113) que no caso de instalações residenciais, a seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada, e dos condutores vivos, em circuitos de corrente contínua, não deve ser inferior ao valor pertinente dado na tabela seguinte:

Tipo de Linha Utilização do circuito Seção mínima do condutor em mm2

(cobre) Circ. de iluminação 1,5 Instalações fixas

em geral Condutores e

cabos isolados Circ. de força* 2,5 Referente à tabela 47 da página 113 da NBR 5410:2004

*Os Circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força

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Em um eletroduto embutido em alvenaria deve existir somente condutores que estão contidos no intervalo de 3 bitolas normalizadas sucessivas.

Conforme 2º. Sub-item da alínea a) do item 6.2.10.2, página 119, da NBR 5410:2004

e) Dimensionamento do condutor neutro

De acordo com o item 6.2.6.2 da norma, o condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito e quando for circuito monofásico, deve ter a mesma seção do condutor de fase.

Sendo que num circuito bifásico ou trifásico com neutro, a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a 33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos condutores de fase. Caso contrário tem-se os valores apresentados em seguida, que são aplicáveis quando os condutores de fase e o condutor de neutro forem do mesmo metal. Se a seção dos condutores de fase for menor ou igual a 25 mm2, deve-se adotar como seção reduzida do condutor neutro a mesma seção adotada para os condutores fase. Referente à tabela 48 da página 115 da NBR 5410:2004.

f) Dimensionamento do condutor de proteção (terra)

Aterramento é a ligação elétrica intencional com a terra. Esta ligação visa propiciar um meio favorável e seguro ao percurso de correntes elétricas perigosas e indesejáveis.

As instalações elétricas estão sujeitas a defeitos como falhas de isolamento de condutores ou partes energizadas que, em contato com superfícies condutoras, poderão colocá-las sob um potencial elétrico diferente do da terra. Alguém, em contato com a terra no instante em que tocar superfícies com potencial elétrico diferente do da terra, estabelecerá um caminho condutor fechado entre dois pontos sob potencial elétrico diferente, o que ocasionará a circulação de corrente elétrica deste ponto à terra (veja figuras abaixo). É o que chamamos choque elétrico. Para maior entendimento é ilustrado abaixo duas situações, a primeira trata-se de um sistema aterrado enquanto a segunda trata-se de um sistema não aterrado. Em ambos os casos o material metálico, carcaça de um equipamento encontra-se energizado.

Figura – 4.8 sistemas aterrado Figura – 4.9 sistema não aterrado

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Como pode ser observado, em um sistema aterrado a pessoa em contato com a carcaça é protegida em um sistema aterrado, enquanto num sistema não aterrado a corrente circulará através da pessoa.

O aterramento também é deve fornecer um plano de referência estático e sem perturbações (terra), de tal modo que os equipamentos eletrônicos, computador, possam funcionar satisfatoriamente tanto em baixas quanto em altas freqüências.

Conforme a norma NBR 5410, toda instalação elétrica predial deve possuir um sistema de aterramento. O esquema sugerido neste trabalho será o TN-S onde o condutor neutro e o condutor de proteção (terra) são separados ao longo da instalação e as massas (conjunto de partes metálicas não destinadas a conduzir corrente, eletricamente interligadas e isoladas das partes vivas) devem então ser conectadas ao condutor de proteção.

A NBR-5410-2004 estabelece a necessidade de se instalar o fio TERRA e plugues e tomadas padrão atenderão esta EXIGÊNCIA, em conformidade com a Lei no. 11.337 de 26-JUL-2006

De acordo com a Tabela 58 página 150 da NBR 5410:2004, utiliza-se no condutor de proteção a mesma seção do condutor fase, do circuito de maior bitola, até # 16mm². Sendo necessário que o condutor de proteção for construído do mesmo metal que os condutores de fase (Conforme item 6.4.3.1.3 da página 150); 6.4.3.1.4 A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja

contido no mesmo circuito fechado que os condutores de fase não deve ser inferior a: a) 2,5 mm2 em cobre, se for provida de proteção contra danos mecânicos; b) 4 mm2 em cobre, se não for provida de proteção contra danos mecânicos.

Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão.

Nota: Um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, observado o disposto em 6.4.3.1.5.

Seção mínima do condutor de proteção Seção dos condutores de fase S mm2 Seção mín. do cond. de proteção corresp. mm2

16 ≥S S 35 ≥ S > 16 16

S > 35 S/2 Referente à tabela 58 da página 150 da NBR 5410:2004

6.4.3.2.3 Os seguintes elementos metálicos não são admitidos como condutor de proteção:

a) tubulações de água; b) tubulações de gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis; f) armadura do concreto (ver nota); g) estruturas e elementos metálicos da edificação (ver nota).

Nota: Nenhuma ligação visando equipotencialização ou aterramento, incluindo as conexões às

armaduras do concreto, pode ser usada como alternativa aos condutores de proteção dos circuitos. Como especificado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda a sua extensão (ver também 6.4.3.1.5).

A medição da resistência de aterramento é feita segundo a NBR 5410-2004 conforme o anexo J (normativo), página 202 e 203 da NBR-5410:2004.

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Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme a tabela seguinte:

Espaço para ampliações em quadros de distribuição Quantidade de circuitos efetivamente disponível

N

Espaço mínimo destinado a reserva (em número de circuitos)

Até 6 2 7 a 12 3

13 a 30 4 N > 30 0,15 N

NOTA A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do alimentador do respectivo quadro de distribuição

Referente à tabela 59 da página 157 da NBR 5410:2004

Conforme item 6.5.4.10 da página 158, os quadros de distribuição destinados a instalações residenciais e análogas devem ser entregues com a seguinte advertência:

ADVERTÊNCIA

1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligando algum circuito ou a instalação inteira, a causa pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos freqüentes são sinal de sobrecarga. Por isso, NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem) simplesmente. Como regra, a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a troca dos fios e cabos elétricos, por outros de maior seção (bitola). 2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automática de proteção contra choques elétricos (dispositivo DR), mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente. Se os desligamentos forem freqüentes e, principalmente, se as tentativas de religar a chave não tiverem êxito, isso significa, muito provavelmente, que a instalação elétrica apresenta anomalias internas, que só podem ser identificadas e corrigidas por profissionais qualificados. A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA OS USÚARIOS DA INSTALÇÃO.

Esta advertência pode vir de fábrica ou ser provida no local, antes de a instalação ser entregue ao usuário, e não deve ser facilmente removível.

ETAPA 4.2

1) Corrigir os erros anteriores se houver; 2) Ler o restante exercício 04 da apostila; 3) Ler as NOTAS; 4) Calcular as quedas de tensão de acordo com o CQT, somente de um circuito de LUZ, um

de TUG e um de TUE. Identificar cada um dos 3 cálculos desta forma qual tipo de circuito e o número dele: TUE – C?, TUG – C? e LUZ – C? Onde a interrogação é o número do circuito;

5) Completar na coluna CQT somente os 3 circuitos que foram calculados; 6) Completar toda a coluna de BITOLA em relação ao CCC, somente 3 com CQT (nestes

casos escolher o maior entre as 2 bitolas na coluna BITOLA), nos demais circuitos que não possuem o cálculo do CQT copiar a coluna CCC para coluna BITOLA tomando cuidado com as observações pg 123 e 124;

7) Dimensionar o(s) condutor(es) de proteção – terra pg 124 e 125.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO

Portaria nº 130, de 30 de junho de 2005. (Disjuntores) O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas pela Lei nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e tendo em vista o disposto no artigo 3º da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999; Considerando a necessidade de zelar pela segurança das instalações elétricas de baixa tensão, foco de incêndios e de diversos acidentes residenciais; Considerando a necessidade de regulamentar os segmentos da fabricação, importação e comercialização dos disjuntores, de modo a estabelecer regras equânimes e de conhecimento público; Considerando a existência, no mercado, de grande variedade de dispositivos elétricos residenciais de baixa tensão, industrializados em desacordo com as normas técnicas, fato que torna desaconselhável a sua utilização, resolve baixar as seguintes disposições: Art. 1º Fica mantida, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC, a certificação

compulsória dos disjuntores utilizados nos quadros de entrada, de medição e de distribuição, residenciais, comumente conhecidos como minidisjuntores, ou execuções mono, bi, tri e tetrapolares para tensões até 415V (volt), correntes nominais até 63A (ampère) e correntes de curtocircuito até 10kA (quilo-ampère).

Art. 2º Os disjuntores mencionados no artigo anterior deverão ostentar a identificação da certificação, no

âmbito do SBAC, indicando conformidade, respectivamente, às Normas Brasileiras NBR 5361, NBR IEC 60947-2, NBR IEC 60898 ou NBR NM 60898, editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Parágrafo Único – A certificação, de que trata o caput deste artigo, em conformidade com as Normas

Brasileiras NBR 5361 e NBR IEC 60898, será admitida até 31 de dezembro de 2005, derrogando o parágrafo único do artigo 2º, da Portaria Inmetro nº 35, de 14 de fevereiro de 2005. As certificações, anteriormente mencionadas, deverão estar de acordo com o Regulamento de Avaliação da Conformidade para Certificação dos Disjuntores, editado pelo INMETRO.

Art. 3º Disponibilizar, no site www.inmetro.gov.br, proposta de revisão do texto do Regulamento de Avaliação

da Conformidade para Certificação dos Disjuntores. Art. 4º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria, o prazo de 60 (sessenta) dias para que

sejam apresentadas sugestões e críticas relativas ao Regulamento de Avaliação da Conformidade para Certificação dos Disjuntores.

Art. 5º Informar que as críticas e sugestões a respeito da proposta deverão ser encaminhadas para o endereço

abaixo: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro Diretoria da Qualidade – DQUAL Divisão de Avaliação da Conformidade – DIPAC Rua Santa Alexandrina 416 CEP 20261-232 - Rio Comprido - RJ FAX: (021) 2563.2834 , ou E-mail: [email protected]

Art. 6º Declarar que, findo o prazo estipulado no artigo 4º desta Portaria, o Inmetro se articulará com as

entidades representativas do setor, que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.

Art. 7º Publicar esta Portaria no Diário Oficial da União, quando iniciará a sua vigência. JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA Presidente do Inmetro

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EXERCÍCIO 5

1) Dimensionar a proteção dos circuitos – os disjuntores NBR NM 60898:2004

2) Dimensionar os eletrodutos – diâmetro dos dutos NBR 6150

As indicações da norma NBR-5410 – 2004 que se aplicam a este exercício estão resumidas a seguir. (Conforme item 5.3.3.1 da página 62). Os disjuntores termomagnéticos em caixa moldada, geralmente de cor branca (também chamados de mini-disjuntores) são regulamentados pela norma NBR NM 60898:2004 aplicável para instalações domésticas e similares. Os disjuntores DR são regulamentados pela norma NBR IEC 61009 – 1; e IEC 898 (aplicação residencial).

1- Dimensionamento da proteção dos circuitos

A NBR 5410 estabelece prescrições fundamentais destinadas a garantir a segurança de pessoas, de animais domésticos e de bens, contra os perigos que possam resultar de utilização das instalações elétricas.

PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES As sobrecorrentes são correntes elétricas cujos valores excedem o valor da corrente nominal ou valor de funcionamento normal do equipamento. Elas podem ser pouco superiores à corrente nominal (correntes de sobrecarga) ou muito superior por ocasião de uma falta (correntes de curto-circuito). Em instalações residenciais utilizam-se normalmente disjuntores termomagnéticos em caixas moldadas ("quick-lag"), para proteger os diversos circuitos contra eventuais sobrecargas ou curtos-circuitos. De construção compacta (vide figura abaixo), possuem acionamento manual e são equipados com disparadores eletromagnéticos que atuam em caso de curto-circuito e disparadores térmicos que atuam em caso de sobrecarga. São usados, portanto, para a proteção e manobra de circuitos de distribuição, montados em quadros de distribuição padronizados.

Disjuntor monofásico Disjuntor bifásico Disjuntor trifásico Curva B 10A Curva B 20A Curva C 16A

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VALORES PADRONIZADOS PARA AS CORRENTES DE INTERRUPÇÃO:

IDISJUNTOR : ...10 - 13 - 16 - 20 - 25 - 32 - 40 - 50 - 63 - 70 - 80A...

Podem ser dimensionados utilizando-se o seguinte critério:

IFIO x (FCNC x FCT) ≥ IDISJUNTOR ≥ ICIRCUITO

Conforme item 5.3.4.1 da 5410 pg 63 Onde o valor do IFIO encontra-se na TABELA 7 – pg 115.

O gráfico abaixo mostra a curva de disparo de um disjuntor que atende às rígidas exigências da norma IEC 898 (aplicação residencial).

Onde: C = curva de suportabilidade

térmica do condutor; D1 = curva de atuação do

disjuntor.

(CATÁLOGO GE) FIGURA 1

PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS

É previsto um sistema de aterramento para a instalação onde todas as massas devem ser conectadas à terra (Ver exercício anterior). É obrigatória, também, a utilização de dispositivos diferenciais de alta sensibilidade. Na prática todos os circuitos apresentam uma corrente de fuga, limitada a valores mínimos, devido à inexistência real de isolação perfeita. O que o dispositivo diferencial faz é supervisionar a existência de corrente de fuga no circuito ao qual está conectado e atuar,

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provocando o seccionamento da alimentação do circuito, sempre que o valor desta corrente for superior a um valor preestabelecido.

Comercialmente os dispositivos diferenciais são fornecidos em módulos acoplados elétrica e mecanicamente a disjuntores termomagnéticos, constituindo portanto um único dispositivo. Desta forma, garante-se em um mesmo dispositivo, a proteção dos condutores contra sobrecargas e curto-circuitos e a proteção das pessoas contra choques. Em instalações residenciais em locais molhados, em particular banheiros e piscinas, é obrigatório a utilização de dispositivos diferenciais.

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÃO

Numa instalação residencial aa causas mais freqüente das sobretensões são os fenômenos atmosféricos. A tendência dos raios é atingir a superfície da Terra. Estando a sua ocorrência, a princípio, fora do controle da ação humana, pois são fenômenos da natureza, trata-se então de procurar oferecer um ponto de captação, um percurso seguro e um sistema de escoamento das descargas elétricas de origem atmosférica de forma a evitar ou reduzir os seus efeitos perigosos. Este é então o princípio fundamental dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.

O projeto e a instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas não são objetivos de estudo nesta disciplina. 2- Dimensionamento dos eletrodutos

De acordo com a norma NBR 6150:1980 – Eletrodutos de PVC rígido – (Eletroduto flexível de seção circular, de PVC, Corrugado de acordo com a IEC 60614.2-3), as dimensões internas dos eletrodutos e os respectivos acessórios de ligação devem permitir instalar e retirar facilmente os condutores nele contidos. Portanto seu dimensionamento irá depender do número e da bitola dos condutores que estão contidos no eletroduto. Quando temos 3 ou mais condutores no eletroduto, a taxa máxima de ocupação em relação à área de seção transversal do mesmo deve ser de 40%, conforme o item 6.2.11.1.6 da 5410 pg 120.

6.2.11.1.1 É vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam expressamente apresentados e comercializados como tal.

Nota: Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por seus fabricantes como “mangueiras”.

6.2.11.1.2 Nas instalações elétricas abrangidas por esta Norma só são admitidos eletrodutos não-propagantes de chama.

6.2.11.1.5 Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares.

Nota: Isso não exclui o uso de eletrodutos para proteção mecânica, por exemplo, de condutores de aterramento.

6.2.11.1.7 Em cada trecho de tubulação delimitado, de um lado e de outro, por caixa ou extremidade de linha, qualquer que seja essa combinação (caixa-caixa, caixa-extremidade ou extremidade-extremidade), podem ser instaladas no máximo três curvas de 90° ou seu equivalente até no máximo 270°. Em nenhuma hipótese devem ser instaladas curvas com deflexão superior a 90°.

6.2.11.1.8 As curvas, quando originadas do dobramento do eletroduto, sem o uso de

acessório específico, não devem resultar em redução das dimensões internas do eletroduto.

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Figura 2 Calculada a área ocupada pelos condutores em cada eletroduto usando a equação abaixo pode-se escolher o eletroduto.

ÁREA TOTAL OCUPADA PELOS CONDUTORES = ∑=

25

5,1

2

4.

k

kdn

π

[mm2]

onde: d = diâmetro externo (mm) k = bitola do condutor no eletroduto (mm2) n = número de condutores da bitola k

O cálculo acima será PROIBIDO na disciplina, foi apresentado somente para fins de dedução!

Abaixo transcrevemos dados de eletrodutos de PVC rígido, rosqueável, da Tigre.

TABELA 9 Diâmetro nominal

(*) Diâmetro interno

(mm) Área útil

(mm2) 40% da área útil

(mm2) 20 (mm) ½” 16,4 211,2 84,48 25 (mm) ¾” 21,3 356,3 142,52 32 (mm) 1” 27,5 593,9 237,56

* Estes são os eletrodutos adaptáveis às caixas octogonais usadas em instalações elétricas residenciais.

Diâmetro externo dos condutores com os resultados dos cálculos da equação acima, ou seja a área média de cada condutor ocupará:

TABELA 10

CONDUTOR (mm2) 1,5 2,5 4 6 10 16 25

diâmetro externo (mm) 3,0 3,7 4,2 4,6 5,9 6,9 8,5

ΑCADA FIO = Σ π d2 4 (mm2) 7,07 10,75 13,85 16,62 27,34 37,39 56,75

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Exemplo:

O eletroduto que liga o quadro de distribuição ao ponto de luz do quarto suíte da planta da pg 109, teremos o esquema da figura abaixo, supondo-se que os circuito 1 é de bitola #1,5mm2, o 3 de bitola #2,5mm2, o 7 e o fio terra de bitola #4,0 mm2, poderemos dimensionar o diâmetro mínimo.

Consultando a TABELA 10, utilizaremos o valor de φ 3,0mm de diâmetro externo para os condutores de #1,5mm2, φ 3,7mm para os condutores de #2,5mm2 e φ 4,2mm para os condutores de #4,0mm2. No total temos 7 condutores neste eletroduto: 4 fases, 2 neutros e 1 terra (são 3 circuitos => 6 condutores e o terra).

Assim pelo esquema temos 2 condutores de #1,5 mm2 (circuito 1 fase e neutro), 2 condutores de #2,5 mm2 (circuito 3 fase e neutro) e 3 condutores de #4,0 mm2 (circuito 7 fase e fase mais o terra). Pela TABELA 10 da pg 131, teremos:

A = 2 x (7,07mm2) + 2 x (10,75mm2) + 3 x (13,85mm2) = A = 14,14mm2 + 21,50mm2 + 27,70mm2 = 63,34 mm2

Na planta PROIBIDO aparecer algum cálculo com (Πd2/4)!

Consultando a TABELA 9 da pg 131, utilizaremos um eletroduto de PVC φ 20mm, pois 63,34 mm2 é menor ou igual a 84,48 mm2, que representa o máximo de 40% da área interna do duto de φ 20mm. Recomendações: 1) Corrigir os erros anteriores se houver;

2) Ler o exercício 05 da apostila;

3) Dimensionar os disjuntores preenchendo o final da 2ª. Tabela (menos o disjuntor geral);

4) Dimensionar os eletrodutos, apresentando no mínimo 2 cálculos bases e no máximo 5; NOTA: Cáculo base é aquele que você consegue por comparação, determinar o que acontece com as

combinações de número de condutores e bitolas igual(is) ou número menor de condutores com as mesmas bitolas.

5) Todas as plantas terão o cálculo do duto onde passam os 02 chuveiros;

6) Ler as NOTAS e as LEGENDAS da planta.

Observação:

Nesta etapa o que deve ser verificado são as combinações de ocupação dos condutores. Para garantir que todos os dutos foram dimensionados, qualquer duto que estiver na planta a condição de ocupação dentro dele será apresentada por um dos cálculos explicitamente e/ou a partir de algum dos cálculos consigo deduzir a ocupação deste, ou seja que todas as combinações de bitolas da sua planta foram calculadas ou comparadas com o cálculo base.

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EXERCÍCIO 6

1) DIMENSIONAR O ALIMENTADOR (PELA CARGA INSTALADA OU PELA DEMANDA)

E A PROTEÇÃO GERAL DE SUA INSTALAÇÃO

2) FAZER O DIAGRAMA UNIFILAR GERAL DA INSTALAÇÃO E O EQUILÍBRIO DE FASES.

1 - Estimativa de demanda

Em instalações alimentadas por mais de uma fase, as cargas devem ser distribuídas entre as fases de modo a assegurar o melhor equilíbrio possível.

Caso sua instalação tenha um fornecimento tipo D será necessário estimar a demanda. Uma forma de se calcular esta demanda é sugerida pela Cemig em seu “Manual da Distribuição para atendimento de consumidores em baixa tensão” que é transcrita abaixo.

Em residências com carga instalada acima de 15kW (considerada elevada para a concessionária local) sabe-se que nem toda ela é utilizada simultaneamente. Portanto torna-se necessário o cálculo da carga demandada, que representaria a potência que realmente seria utilizada simultaneamente.

Define-se por fator de demanda o fator por que deve ser multiplicado a potência instalada para se obter a potência demandada.

Em residências pequenas (pequena carga) o fator de demanda pode ser considerado igual a 100%, ou seja, toda a carga instalada é utilizada simultaneamente.

Para o cálculo da demanda:

a) Somamos todas as cargas de iluminação e tomadas de uso geral e multiplicamos pelo fator de demanda.

TABELA 11

C = ∑ Cargas de iluminação e TUG’s (LUZ + TUG)

(Cargas em kVA)

F.D (fator de demanda)

(LUZ + TUG)

∑ Cargas £ 1 0,86 1 < ∑ Cargas £ 2 0,81 2 < ∑ Cargas £ 3 0,76 3 < ∑ Cargas £ 4 0,72 4 < ∑ Cargas £ 5 0,68 5 < ∑ Cargas £ 6 0,64 6 < ∑ Cargas £ 7 0,60 7 < ∑ Cargas £ 8 0,57 8 < ∑ Cargas £ 9 0,54 9 < ∑ Cargas £ 10 0,52

∑ Cargas > 10 0,45

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TABELA 12 b) Para as cargas especiais o fator de

demanda é dado em função do número de aparelhos de um mesmo tipo (independente da potência dos equipamentos).

Número de aparelhos

F.D. (TUE)

1 1,00 2 0,92 3 0,84 4 0,76 5 0,70

c) A carga demandada da instalação será a soma das parcelas acima.

2 - Dimensionamento da proteção geral

A seguir é mostrada parte da tabela extraída do “Manual da Distribuição para atendimento de consumidores em baixa tensão” da Cemig, que indica a proteção geral (disjuntor) a ser usada no quadro de medição. Observe que, de acordo com a norma ND 5.1 – Cemig, para consumidores A e B utiliza-se a carga instalada (kW) mas já para consumidores tipo D, será necessário calcular a carga demandada (kVA).

TABELA 13

FORNECIMENTO CARGA INSTALADA OU

Carga demandada

No de

No de

Disjuntor

tipo

faixa

De (>)

Até (£)

fios fases (A)

A1 --- 5 kW 2 1 40 A A2 5 10 kW 2 1 70

B --- 10 15 kW 3 2 60

D1 ----- 15 kVA 4 3 40

D2 15 23 kVA 4 3 60

D D3 23 27 kVA 4 3 70

D4 27 38 kVA 4 3 100

D5 38 47 kVA 4 3 120

D6 47 57 kVA 4 3 150 3 - Dimensionamento do alimentador e da proteção geral

O alimentador deve ser dimensionado da mesma forma como foram dimensionados os condutores dos circuitos, utilizando os critérios da capacidade de corrente e o da queda de tensão. Para consumidores tipos A e B, o dimensionamento é feito com base na potência instalada em kW. Para consumidores tipo D, o dimensionamento é feito com base na provável demanda de potência (kVA), que pode ser estimada pelo projetista ou pela concessionária conforme ítem anterior.

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4 - Diagrama Unifilar

O diagrama unifilar dos quadros de distribuição e medição é fundamental para a perfeita compreensão do projeto de uma instalação elétrica.

Uma vez dimensionados as proteções geral e individuais de cada circuito e os condutores (circuitos e alimentador), podemos traçar o diagrama unifilar da instalação, que será exemplificado abaixo.

Exemplo:

Dimensione o alimentador e faça o diagrama unifilar de uma instalação sabendo-se que possui 9 circuitos, com as seguintes tensões e potências:

C1 - 4500 VA - 220 V - chuveiro C2 - 4500 VA - 220 V - chuveiro C3 - 1500 VA - 127 V - micro ondas C4 - 1500 VA - 127 V - iluminação C5 - 1300 VA - 127 V - iluminação C6 - 1300 VA - 127 V - tomadas C7 - 1300 VA - 127 V - tomadas C8 - 2000 VA - 127 V - tomadas cozinha e área de serviço C9 - 3500 VA - 220 V - torneira elétrica 21.400VA = Potência Total Instalada (deste exemplo => Tipo D)

• DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO GERAL OU DISJUNTOR GERAL

PT(LUZ +TUG) = C4 + C5 + C6 + C7 + C8 =

= 1500 + 1300 + 1300 + 1300 + 2000 = 7400 VA

Estes valores já estão somados na 1ª.TAB. de levantamento de cargas e 2ª.TAB de divisão dos circuitos da planta (no final das colunas LUZ e TUG).

Da TABELA 11, pg.134 temos que o fator de demanda de iluminação e TUG será 0,57.

⇒ PT(LUZ +TUG)DEMANDADA = 7400 VA x 0,57 = 4218 VA

Da TABELA 12 – pg. 134 temos que o fator de demanda para aparelhos do mesmo tipo de uso serão: 0,92 (chuveiros), 1,0 (micro ondas) e 1,0 (torneira elétrica)

PT(TUE)DEMANDADA = [( C1 + C2 ) x 0,92] + ( C3 x 1 ) + ( C9 x 1 ) =

= [(4500+4500) x 0,92] + (1500 x 1) + (3500 x 1) = = (8280) + (1500 ) + (3500) = 13280 VA

Pot. Total DEMANDADA = PT(Ilu +TUG)DEMANDADA + PT(TUE)DEMANDADA =

= 4218VA + 13280VA = 17498 VA

Assim pela TABELA 13 – pg. 167 de Proteção Geral, esta instalação será do tipo D2 com disjuntor geral de 60 A trifásico.

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• CONTINUANDO COM O CÁLCULO DO ALIMENTADOR:

Figura 6.1 – Planta de implantação e situação

PFASE = 3

PT(TUE) + TUG)+PT(LUZ DEMANDADADEMANDA = 17498 VA

3 = 5833 VA

(TABELA 7 – pg. 115 Roteiro 4 – Critério de corrente – 3 condutores carregados)

I FASE = P VA127 VFASE = 46 A ⇒ # 10mm2

Supondo um alimentador de 10m (comprimento TOTAL dos condutores, levando em cosideração subidas e descidas), vide figura 6.1 que mostra a situação do lote na rua e a implantação da casa no mesmo. (SERÁ UTILIZADO O MESMO COMPRIMENTO PARA O EXERCÍCIO NAS PLANTAS) ⇒ S d = PFASE x d = 5833 VA x 10 m = 58330 VAm

(TABELA 8 – pg. 118 Roteiro 4 – Critério de queda de tensão em 127V) ⇒ # 10mm2

Logo o alimentador escolhido deve ser sempre o que for maior para garantir os 2 critérios ⇒ o de # 10mm2 .

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• DIAGRAMA UNIFILAR DA INSTALAÇÃO

Figura 6.2

QDC

Figura 6.3

# 4,0 mm2 # 4,0 mm2 # 2,5 mm2 # 2,5 mm2 # 1,5 mm2 # 1,5 mm2 # 2,5 mm2 # 2,5 mm2 # 2,5 mm2

Deve-se dividir as cargas INSTALADAS o mais igualmente possível entre as fases: carga da fase A, B e C com valores em torno da potência de referencia. Importante é que no final a DEMANDA média por fase fique bem equilibrada (valores bem próximos).

Referência de equilíbrio das fases = Potência Instalada

Número de fases Segundo o exemplo dado teremos que somando os 9 circuitos teremos uma potência

instalada de 21.400VA.

Pot. Ref. = 21400 VA3

= 7134 VA por fase

FASE A = C12

+ C4 + C6 + C92

= 6800 VA

FASE B = C12

+ C22

+ C3 + C5 = 7300 VA

FASE C = C22

+ C7 + C8 + C92

= 7300 VA

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5 - Na figura 6.4 tem-se uma vista de uma instalação elétrica, desde o ramal de ligação até os circuitos terminal.

6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê

equipe permanente de operação, supervisão e/ou manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, regido em linguagem acessível a leigos, que contenha, no mínimo, os seguintes elementos:

a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais;

b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível;

c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso;

d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).

Nota: São exemplos de tais instalações as de

unidades residenciais, de pequenos estabelecimentos comerciais, etc

FIGURA 6.4 Recomendações: 1) Corrigir os erros anteriores se houver;

2) Ler o exercício 06;

3) Especificar os cálculos da demanda para dimensionar o disjuntor geral (completar a 2ª. tabela com o valor dele);

4) Alimentador:

1. CCC: considerar três condutores carregados; 2. CQT: considerar 127 V por fase, na disciplina adotaremos 10,0m comprimento TOTAL

dos condutores que alimentam a casa;

5) Completar o diagrama unifilar:

1. Potência dos circuitos; 2. Disjuntor geral; 3. Disjuntores do QDC; 4. Bitola do alimentador; 5. Bitola de cada circuito; 6. Equilíbrio de fases;

6) Equilíbrio de fases:

1. Diferença máxima do valor entre a maior fase e a menor fase das 3 fases: 10%; 2. 127 V: 01 fase; 3. 220 V: 02 fases.

MFASE mFASE mFASE =1,0 e 1,1

OU MFASE =0,9 e 1,0

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6 – CONSTRUÇÃO DO PADRÃO DE ENTRADA DE ENERGIA

Conforme folheto da CEMIG sobre Padrão de Entrada de Energia deverão ser observadas os seguintes pontos e a ND 5.1 da CEMIG de Novembro-1998:

1) O local do Padrão deve ser livre, de fácil acesso, dentro do lote, não podendo ser instalado em escadas ou rampas;

2) A distância entre o padrão e a divisa do lote e ente o padrão e seu acesso é de no

máximo 6,0 metros; 3) A distância entre o poste da CEMIG e o ponto de entrega é de, no máximo 30,0

metros; 4) O imóvel deverá conter placa com número predial, obedecendo a numeração

sequencial da rua; 5) A altura entre o ponto de entrega e o solo deve ser de no mínimo 5,9 metros

quando o poste da CEMIG estiver do outro lado da rua e de, no mínimo 4,0 metros quando do mesmo lado do imóvel;

6) O cano poste do padrão não poderá conter emendas. Deverá ficar à vista do piso

ao topo, com furo para inspeção e ter a sua base concretada; 7) Os fios condutores não poderão ter emendas dentro dos eletrodutos, devendo

deslizar livremente dentro dos mesmos e ter comprimento adequado para a ligação;

8) O condutor neutro deverá ter o isolamento na cor azul; 9) A conexão do fio terra à haste de aterramento deverá ficar à vista para vistoria e

posterior acabamento; 10) Os eletrodutos deverão ser de ferro galvanizado ou pintado ou PVC rígido; 11) As caixas de medição deverão ser numeradas nas partes internas e externas. Ex.:

cx 01, cx 02, ...; 12) A montagem do padrão deverá permitir a visualização do pingadouro a partir do

solo; 13) Informações complementares estão disponíveis nas Normas da CEMIG.

A seguir algumas figuras para melhor visualização de tipos de Padrões de Entrada mais comuns.

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FIGURA 6.5 – Alturas mínimas do ramal de ligação ao solo (Fig. 1 da ND 5.1 pg 8-1)

FIGURA 6.6 – Situação da Edificação para escolha do Padrão (Fig. 3 da ND 5.1 pg 8-3)

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FIGURA 6.7 – (Figuras da ND 5.1 pg 9-6 e 9-1 respectivamente)

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FIGURA 6.8 – (Figuras da ND 5.1 pg 9-2 e 9-3 respectivamente)

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FIGURA 6.9 – (Figuras da ND 5.1 pg 9-4 e 9-19 respectivamente)

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EXERCÍCIO DE CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO GRANDEZAS E UNIDADES UTILIZADAS EM LUMINOTÉCNICA 145 PROJETO DE ILUMINAMENTO DE UMA INSTALAÇÃO 146 INTRODUÇÃO 146 QUANTIDADE DE LUZ 146 NÍVEIS MÍNIMOS DE ILUMINAMENTO RECOMENDÁVEIS 146 A DISTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO 147 O PLANO DE TRABALHO 147 QUALIDADE DE LUZ 148 OFUSCAMENTO 148 RELAÇÕES DE BRILHO 149 DIFUSÃO 150 COR 150 SISTEMAS DE ILUMINAMENTO 152 INDIRETO 152 SEMI-INDIRETO 152 GERAL DIFUSO OU DIRETO-INDIRETO 152 SEMIDIRETO 152 DIRETO 152 MÉTODOS DE ILUMINAÇÃO 152 GERAL 153 GERAL LOCALIZADO 153 SUPLEMENTAR 153 PROJETO DE ILUMINAMENTO DE INTERIORES - “MÉTODO DOS LUMENS” 153 DETERMINAÇÃO DO NÍVEL REQUERIDO DE ILUMINAMENTO 153 ESCOLHA DAS LÂMPADAS E LUMINÁRIAS 153 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO (FU) 154 ESTIMATIVA DO FATOR DE DEPRECIAÇÃO / CONSERVAÇÃO (FC) 154 CÁLCULO DO NÚMERO DE LÂMPADAS E LUMINÁRIAS REQUERIDAS 154 DETERMINAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DAS LUMINÁRIAS 155

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Luminotécnica

Uma iluminação bem planejada permite criar um espaço mais produtivo, mais confortável e mais aconchegante,

devendo ser programada no início do projeto, e não acrescentada no final.

GRANDEZAS E UNIDADES UTILIZADAS EM LUMINOTÉCNICA

• Fluxo luminoso (φ) → é a potência luminosa irradiada em todas as direções por uma fonte de luz. A unidade de fluxo é o lumen [lm].

• Intensidade luminosa (I) → é a irradiação de luz em apenas uma direção. A unidade de intensidade luminosa é a candela [cd].

• Eficiência luminosa (η) → é a relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte e a potência por ela absorvida. Sua unidade é portanto o lumen/watt [lm/W].

• Iluminamento (E) → podemos definí-lo (em um ponto da superfície) como a densidade superficial de fluxo luminoso recebido. A unidade brasileira de iluminamento segundo a ABNT-NBR 5413 é o lux [lx = lumen/m2].

• Luminância (L) → é a razão entre a intensidade luminosa refletida por uma superfície e a sua área. É a medida do grau de ofuscamento. Sua unidade é o nit [nit = cd/m2].

• Fator de reflexão da luz ou refletância (R) → quando se ilumina uma superfície uma parte do fluxo luminoso que incide sobre a mesma é refletida, outra atravessa a superfície transmitindo-se ao outro lado, e uma terceira parte é absorvida pela própria superfície, transformando-se em calor. Portanto o fluxo luminoso incidente divide-se em três partes em uma dada proporção que depende da superfície sobre a qual incide. O fator de reflexão é a relação entre o fluxo refletido por uma superfície e o fluxo luminoso incidente sobre ela. É normalmente dado em porcentagem e corresponde a um valor médio dentro de todo o espectro visível.

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PROJETO DE ILUMINAMENTO DE UMA INSTALAÇÃO

INTRODUÇÃO O projeto de iluminamento de uma instalação deve se basear em uma série de questões:

• Qual é a instalação a projetar? • É uma iluminação para visão propriamente dita, ou para decoração? • Qual a tarefa visual naquela instalação ou para que atividades o espaço vai ser usado? • Quais são as exigências arquitetônicas, decorativas e/ou limitações construtivas? • Quais considerações econômicas devem ser levadas em conta?

As respostas a tais perguntas determinam a quantidade de luz necessária e os melhores meios para conseguí-la. Uma vez que gostos pessoais e opiniões variam, especialmente em termos de aparência externa, existem certas regras básicas, para determinar a quantidade e a qualidade de luz adequadas, que devem sempre ser observadas.

QUANTIDADE DE LUZ Um dos dados fundamentais para o projeto de iluminamento de uma instalação é a quantidade de luz necessária para se realizar bem uma certa tarefa. Na norma brasileira existem tabelas, onde se incluem as tarefas visuais mais freqüentes e os índices mínimos de iluminamento recomendados. É também importante distribuir/concentrar esta iluminação no plano de trabalho.

NÍVEIS MÍNIMOS DE ILUMINAMENTO RECOMENDÁVEIS A título de exemplo mostramos nas tabelas 1 e 2 abaixo, níveis mínimos de iluminamento recomendados em escolas e ainda alguns níveis de iluminamento representativos.

Tabela 1. Níveis mínimos de iluminamento recomendados em escolas Ambiente Iluminamento (lux)

Corredor 100 Laboratórios 500 Oficina 500 Salas de desenho 500 Salão de reuniões 200 Salas de aula 300 Salas de estudos 300

Tabela 2. Níveis de iluminamento representativos Iluminamento

(lux) Luz das estrelas 0,002 Luz da lua 0,24 Iluminamento de ruas 6-18 Luz do dia, janelas voltadas para o norte 500-2.000 Luz do dia, na sombra em exteriores 1.000-10.000 Diretamente expostos aos raios solares 50.000-100.000 Iluminamento em oficinas 700-1.500

Os níveis de iluminamento recomendados, se comparados com os encontrados na natureza, são baixos. Tal recomendação não é feita porque os níveis baixos sejam satisfatórios para a visão, mas sim devido a nossas limitações atuais com relação à capacidade para produzir níveis mais altos, de forma econômica e confortável.

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Portanto as tabelas de níveis mínimos de iluminamento recomendados pela norma servem como guia para os valores que hoje em dia são acessíveis e práticos no estado atual da arte da iluminação.

A DISTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO Assim como o nível de iluminamento, a distribuição de iluminação deve ser determinada no projeto da instalação. Tanto na iluminação geral (aquela que possibilita uma circulação fácil e segura e que define o espaço) como na iluminação de tarefas (ilumina áreas onde se trabalha) é geralmente recomendável que se coloquem luminárias de tal maneira que proporcionem uma iluminação razoavelmente uniforme sobre todo o ambiente. Em certas circunstâncias a iluminação uniforme pode não ser conveniente, como por exemplo nos casos de iluminação de destaque (luz que sobressai o que é especial). Na maior parte das salas de festas, por exemplo, o contraste pela variação na iluminação, ajuda a criar uma atmosfera atrativa. Na distribuição uniforme a relação entre o iluminamento máximo abaixo das luminárias e o mínimo em lugares situados entre duas delas, nunca deve ser maior que dois, devendo sempre que possível aproximar-se de um. As luminárias com distribuição estreita da luz devem ser colocadas mais próximas para uma adequada distribuição de iluminação. Os fabricantes de luminárias fornecem as distâncias máximas entre elas para os diversos tipos que fabricam, em função da altura de montagem, para que a distribuição seja uniforme no ambiente.

O PLANO DE TRABALHO É importante identificar o plano de trabalho, que pode ser horizontal (mesas, máquinas, etc), vertical ou inclinado (painéis de controle) ou se situar dentro da superfície de certos objetos muito grandes, como ocorre em sessões de montagem de fábricas de aviões. É desejável

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que a seleção de luminárias, com sua respectiva distribuição luminosa, possa iluminar da melhor maneira o plano de trabalho.

QUALIDADE DE LUZ Em um projeto de iluminamento sabe-se que a quantidade de luz não assegura por si só uma boa iluminação. A qualidade, tão importante quanto a quantidade, é geralmente mais difícil de se conseguir. Os fatores para se levar em conta a qualidade do iluminamento são muitos e complexos, mas o ofuscamento, as relações de brilho, a difusão e a cor, podem ser considerados os mais importantes.

OFUSCAMENTO O conceito de ofuscamento está intimamente ligado ao brilho. Não depende do brilho intrinsecamente considerado, mas das diferenças do brilho. Este fenômeno se apresenta quando no campo visual existem objetos ou fontes iluminadas com grandes diferenças de brilho. Como é difícil dimensionar matematicamente os distintos elementos do ofuscamento, tem-se estabelecido certos fatores determinantes:

(i) O brilho excessivo de uma fonte luminosa (por exemplo a visão direta de uma lâmpada incandescente): O limite tolerável de brilho, para uma visão direta, é o produzido por uma luminância de 7500 nits. As características de luminância de algumas fontes luminosas são mostradas na tabela 3;

Tabela 3. Luminâncias de fontes luminosas Fontes luminosas Luminâncias (nits)

Filamento de lâmpada incandescente 1.000.000.000 Lâmpadade vapor de mercúrio 200 W 1.400.000 Lâmpada fluorescente branca 100 W 7.000 Lâmpada fluorescente branca de 40 W 6.000 Lâmpada de vapor de sódio 85 W 190.000

(ii) Localizações inadequadas de fontes luminosas de brilho intenso ( próximas ao olho humano ou situadas no centro do campo visual): Para evitar o ofuscamento provocado pelas fontes próximas do olho humano, pode-se definir o ângulo mínimo de localização das mesmas como sendo o ângulo formado pela direção visual horizontal e a direção da visão ao foco luminoso. Este ângulo deve ser superior a 30°. Para as lâmpadas de luminância elevada que ficam dentro de ângulos inferiores, deve-se protegê-las por globos difusores, refletores, etc, no sentido de reduzir seu limite de luminância até o limite admissível;

(iii) Contrastes excessivos de luz e sombra no campo visual;

(iv) Brilho refletido por numa superfície metálica muito polida, ou seja, um brilho produzido por reflexão especular.

OS EFEITOS QUE O OFUSCAMENTO PRODUZ SÃO OS SEGUINTES: (i) Diminuição da percepção visual: O observador concentra involuntariamente sua atenção na direção do objeto brilhante e diminui a percepção no resto do campo visual;

(ii) Fadiga visual com menor rendimento no trabalho ou tarefa encomendada; (iii) Dar um aspecto falso e prejudicial aos objetos excessivamente iluminados.

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Para evitar o ofuscamento, pode-se observar as seguintes recomendações: (i) Não colocar objetos brilhantes no campo visual do observador, isto é, as lâmpadas e

demais objetos luminosos com brilho excessivo, devem ficar ocultos aos olhos do observador;

(ii) Evitar o ofuscamento refletido, ou seja, aquele que é produzido sobre as superfícies

refletoras (espelhos, cristais, superfícies metálicas, etc.). Neste aspecto, deve-se situar as fontes luminosas de tal modo que os raios refletidos não cheguem aos olhos do observador, com o objetivo de que a imagem refletida fique fora do campo visual. O ofuscamento refletido pode ser tão incômodo e prejudicial como o direto;

(iii) Usar cores claras nos tetos e paredes para reduzir o contraste.

RELAÇÕES DE BRILHO

Brilhos altos nas proximidades da superfície de trabalho tendem a distrair o olhar da tarefa, o que deve ser evitado. Estudos do processo visual, tem demonstrado que a situação ideal para uma boa visão seria ter brilho igual nas proximidades e no alvo de trabalho. Esta condição não é fácil de se conseguir. As relações máximas de luminância no campo visual do observador não devem ultrapassar aquelas mostradas na tabela 4.

Tabela 4. Relações máximas de luminância no campo visual Local Relações de brilho

Entre a tarefa e a superfície de trabalho 3:1 Entre a tarefa e o espaço circundante 10:1 Entre a fonte luminosa e o fundo 20:1 Em todo o campo visual 40:1

O fator de reflexão das paredes e teto é altamente importante para manter relações de brilho cômodas dentro do campo de visão. Apesar de condições especiais requererem muitas exceções à regra geral, os fatores de reflexão dados na tabela 5 são, de uma maneira geral, os mais satisfatórios, para níveis médios de iluminamento. Refletâncias fora destes limites reduzirão provavelmente o conforto visual com a criação de ofuscamento ou de altos contrastes de brilho.

Tabela 5. Fatores de reflexão satisfatórios Fatores de Reflexão (%)

Tetos 70 - 95 Paredes 40 - 60 Móveis 25 - 45 Quadros Negros 15 - 20 Pisos 20 - 43

As tabelas 6 e 7 mostram os fatores de reflexão para diferentes materias de acabamento e a tabela 8 apresenta as refletâncias para várias cores.

Tabela 6. Refletâncias para superfícies com revestimento de cal e areia (1:1), pintadas a óleo, com acabamento áspero

( batido à Índice de Reflexão

escova) ou liso (%) Cor liso áspero

Negro 8 7,6 Cinza claro 43 39 Creme * 44 Alaranjado 51 46 Azul 46 58 Creme claro * 68 Branco 68 75 Verde 45 *

*não testados

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Tabela7. Fatores de reflexão para materiais diversos Material metálico Reflexão(%) Material metálico Reflexão(%) Aço inoxidável 55 - 65 Plástico metalizado 75 - 85 Ferro esmaltado 60 - 90 Chapa de madeira nova 50 - 60 Alumínio polido 65 - 85 Carvalho escuro envernizado 51 - 40 Prata vaporizada 90 - 95 Imbuia 10 - 30 Vidro 1,46 - 1,96 Jacarandá 10 - 30 Espelho de vidro 80 - 90 Cedro 20 - 40 Cerejeira 20 - 40 Pau-marfim 20 - 40

Tabela 8. Refletâncias dos vários tipos de cores

Cor Reflexão(%) Vermelho 11 - 49 Branco 63 - 78 Azul 15 - 58 Cinza escuro 28 - 43 Verde 39 - 64 Cinza claro 44 - 71 Alaranjado 46 - 56

Na tabela 8 verifica-se que em cada cor o fator de reflexão pode variar de maneira acentuada e que, com exceção do branco, as demais cores não se destacam nitidamente umas das outras. Não existe portanto um fator de reflexão característico para cada tipo de cor.

DIFUSÃO A iluminação que resulta da luz procedente de várias direções se chama difusa. A difusão se realiza com várias de fontes de luz, com luminárias de grande superfície e baixo brilho, com iluminação indireta ou parcialmente indireta no qual o teto e paredes se convertem em fontes secundárias, devendo o acabamento das paredes, tetos, pisos e móveis, ser de cores claras. As luminárias fluorescentes proporcionam geralmente mais iluminação difusa que as incandescentes. O grau da difusão desejável depende do trabalho a ser realizado. Em escolas, a luz perfeitamente difusa é o ideal, pois o principal requisito a ser cumprido é proporcionar uma boa visão. A difusão é uma função do número e tamanho das fontes de luz que contribuem na iluminação do ponto desejado. O que se deseja é evitar as sombras acentuadas. Entretanto, para que os objetos presentes no campo visual dêem uma sensação tridimensional, é necessário a existência de sombras, ou seja, regiões de menor iluminação. Isto equivale a dizer que as variações na forma dos objetos se faz visível pelo contraste de brilhos existentes entre as regiões de sombra e as regiões submetidas à luz refletida.

COR A cor da luz não tem efeito sobre a eficácia visual em tarefas comuns. Para a realização de qualquer tarefa visual, nenhuma fonte de luz tem vantagem sobre outras do ponto de vista de cor. A cor de uma fonte pode ser importante na qualidade da iluminação para tarefas específicas.

Quando desejamos uma correta reprodução de cores, devemos utilizar fontes de luz de elevado índice de reprodução de cores. Este índice é um número abstrato, variando de 0 a 100, que indica aproximadamente como o rendimento de cor de uma lâmpada se aproxima do de uma fonte ideal. A tabela 9 indica índices de reprodução de cores de alguns tipos de lâmpadas e a tabela 10 qual a reprodução de cores desejada para algumas tarefas.

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Tabela 9. Índices de reprodução de cores (R) Tipo de lâmpada R Incandescente 100 Incandescente de halogênio 100 Fluorescente, luz do dia ou branca de luxo 76 a 79 Vapor de mercúrio 47 Vapor de sódio 35

Tabela 10. Índices mínimos de reprodução de cores

Reprodução de cores desejadas

Índice Exemplos de recintos

Excelente 90 Indústria têxtil, de tintas e gráfica. Boa 80 Escritórios, lojas. Razoável 60 Corredores, escadas, trabalho mais pesado.

Nenhuma - Iluminação pública, indust. de fundição e laminação.

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SISTEMAS DE ILUMINAMENTO A iluminação de uma boa qualidade e adequada quantidade, pode ser obtida com qualquer dos vários sistemas de iluminamento. Estes sistemas são classificados de acordo com sua distribuição luminosa vertical, de acordo com a tabela 11. A seleção do melhor tipo de luminária depende das características físicas da instalação, do tipo de tarefa a ser realizada e das condições de manutenção que se devam conseguir.

Tabela 11. Distribuição luminosa vertical dos diversos tipos de sistemas de iluminamento Sistema de Iluminamento Componente para

cima(%) Componente para

baixo(%) Indireto 90 - 100 0 - 10 Semi-indireto 60 - 90 10 - 40 Geral difuso/direto-indireto 40 - 60 40 - 60 Semidireto 10 - 40 60 - 90 Direto 0 - 10 90 - 100

INDIRETO Praticamente toda a luz efetiva no plano de trabalho é refletida do teto e em menor medida das paredes, obtendo-se assim uma iluminação difusa. Como os tetos têm um papel decisivo na reflexão da luz, é importante que sejam tão claros quanto possível e que sejam mantidos em boas condições. Este tipo de sistema de iluminamento não é, portanto, tão eficaz como alguns dos outros, do ponto de vista puramente quantitativo, mas a distribuição da luz produzida, a ausência de sombras e de brilho o fazem frequentemente o mais recomendado para escolas, oficinas e outras aplicações similares.

SEMI-INDIRETO Possui todas as vantagens do indireto porém é ligeiramente mais eficaz do ponto de vista quantitativo.

GERAL DIFUSO OU DIRETO-INDIRETO O iluminamento existente no plano de trabalho vem diretamente da luminária. Existe também um componente indireto vindo das paredes dando também um caráter difuso à iluminação. Neste caso a cor e o estado das paredes influenciam na reflexão da luz.

SEMIDIRETO O iluminamento que este sistema proporciona no plano de trabalho é, fundamentalmente, resultado da luz que vem diretamente da luminária. A porção de luz dirigida para o teto é pequena, e apenas torna mais brilhante a área do teto ao redor da luminária, melhorando o contraste de brilhos.

DIRETO Do ponto de vista quantitativo é o mais eficaz produtor de luz, já que não existe absorção de luz pelo teto e muito pouca pelas paredes. São recomendados para locais muito altos ou quando se deseja iluminar uma área relativamente estreita.

MÉTODOS DE ILUMINAÇÃO A iluminação produzida por cada um dos cinco sistemas de iluminamento pode ser ainda classificada com relação à distribuição de luz no plano de trabalho em: geral, geral localizada e suplementar.

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GERAL Uma distribuição luminosa uniforme em um ambiente é obtida mediante a colocação simétrica das luminárias. As dimensões da instalação, a distribuição luminosa característica das luminárias utilizadas (fornecida pelo fabricante) e o nível de iluminamento desejado são fatores que determinam o projeto.

Calcula-se o fluxo luminoso necessário para se produzir a luz desejada e em seguida determina-se o tipo de lâmpada e o número delas por luminária para a geometria da instalação. A distância exata entre as luminárias é determinada pela divisão do comprimento da instalação pelo número de luminárias na fila, permitindo-se a metade da distância entre a parede e a primeira luminária. A relação entre a separação e a altura de montagem deve estar dentro de limites estabelecidos pelas características de distribuição luminosa das luminárias. Quanto mais aberta for esta distribuição, maior poderá ser a distância entre elas. Por esta razão as luminárias indiretas podem ser montadas mais separadas do que as diretas.

GERAL LOCALIZADO Neste tipo de iluminamento colocam-se luminárias aonde se necessitam altas intensidades de luz, ou seja, concentra-se a maior parte da luz sobre uma área restrita, debaixo da luminária. As luminárias direta, semidireta e direta-indireta são as utilizadas para esta finalidade.

SUPLEMENTAR Proporciona uma intensidade relativamente alta em pontos específicos de trabalho, mediante uma combinação com a iluminação geral ou localizada. É frequentemente necessária quando se trata de tarefas visuais especiais, ou quando não se pode prever uma maior intensidade por nenhum outro método ou ainda quando se requer luz de qualidade dirigida para certas operações de inspeção.

PROJETO DE ILUMINAMENTO DE INTERIORES - “MÉTODO DOS LUMENS” O “Método dos Lumens” é um dos métodos utilizados para o cálculo do iluminamento de interiores. Com ele obtemos o nível médio em lux do iluminamento, mediante uma formulação bastante simples. Cada um dos fatores utilizados no cálculo deve ser adequadamente escolhido ou calculado, para a obtenção de resultados corretos.

Para se usar este método na resolução de um problema de iluminamento geral, devem ser observados seis pontos fundamentais:

DETERMINAÇÃO DO NÍVEL REQUERIDO DE ILUMINAMENTO Como visto anteriormente existem tabelas que relacionam níveis de iluminamento e tarefas visuais.

ESCOLHA DAS LÂMPADAS E LUMINÁRIAS Esta etapa depende de diversos fatores, tais como: objetivo da instalação (comercial, industrial, domiciliar, etc.), fatores econômicos, razões de decoração, facilidade de manutenção, etc.

Para esta etapa torna-se indispensável a consulta a catálogos de fabricantes. Nos anexos 1 e 2, são apresentados alguns tipos de lâmpadas e modelos de luminárias.

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DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO (FU) O coeficiente de utilização relaciona o fluxo luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo total) e o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil), que geralmente é um plano horizontal a 76 cm do solo. Depende portanto das dimensões do local, da cor do teto, das paredes e do acabamento das luminárias.

Em geral quanto mais alta e estreita for a instalação, maior será a porcentagem de luz absorvida pelas paredes e mais baixo será o coeficiente de utilização. Cada instalação se classifica em relação à sua forma, em dez grupos, cada um identificado por uma letra conhecida por “índice do local (IL)”. Resultados de índices do local são normalmente apresentados na literatura pertinente, em tabelas, como a seguir:

O coeficiente de utilização pode então ser determinado em função do índice do local e pelas refletâncias dos teto e paredes da instalação (anexo 2).

ESTIMATIVA DO FATOR DE DEPRECIAÇÃO / CONSERVAÇÃO (FC) É importante no projeto de iluminamento se considerar o fator de conservação pois existem três elementos de conservação que são variáveis e que afetam a quantidade de luz obtida na instalação, que são:

• perda na emissão luminosa da lâmpada

• perda devido a acumulação de sujeira sobre a superfície refletora ou transmissora da luminária e sobre as próprias lâmpadas

• perda de luz refletida devido a sujeira das paredes e tetos

Os fabricantes de luminárias fornecem fatores de conservação para lâmpadas e luminárias, em três condições bem definidas:

Tabela de Fator de Conservação (FC)

BOM

Quando as condições atmosféricas são boas, as luminárias são limpas frequentemente e as lâmpadas são repostas pelo sistema de substituição em grupo

MËDIO

Quando existem condições atmosféricas menos limpas, as luminárias não são limpas frequentemente e as lâmpadas só são repostas quando se queimam

RUIM Quando as condições atmosféricas são bastante sujas, e a instalação tem uma conservação deficiente

CÁLCULO DO NÚMERO DE LÂMPADAS E LUMINÁRIAS REQUERIDAS

Número de Lâmpadas

= E.SFU FCϕ. .

onde: E= nível de iluminamento em lux S= área da instalação em m2 ϕ=lumens por lâmpada FU= fator de utilização FC= fator de conservação

Número de Luminárias =

Numero de LampadasLampadas por Luminarias

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DETERMINAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DAS LUMINÁRIAS

Normalmente os fabricantes de luminárias fornecem a relação entre o espaçamento máximo entre luminárias e a distância da luminária ao piso. Na maior parte dos casos, para obter os níveis de iluminamento requeridos é necessário colocar as luminárias mais próximas uma das outras, do que as relações máximas determinam.

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EXERCÍCIO PROPOSTO:

Suponha que você vai montar um escritório de engenharia (E=300lux). Sabendo-se que a área da sala é de 142,5m2 (9,5 x 15,0m) e que o pé direito é de 3,0m, faça o projeto de iluminação, dentro dos padrões de qualidade. Utilize o método dos lumens para determinar a carga de iluminação deste escritório. Neste método, como visto anteriormente não leva em conta a incidência da luz natural. Os outros dados serão fornecidos em sala de aula. 1.Lâmpadas Incandescentes Para Iluminação Geral

Watts Lumens 127 V 220 V

60 810 726 100 1500 1385 150 2385 2250 200 3420 3200 300 5580 4920 500 9700 8800

O fator de reflexão dos tetos e paredes é: 1) teto branco → 75% 2) teto claro → 50% 3) paredes brancas → 50% 4) paredes claras → 30% 5) paredes médias → 10

de Descarga Fluorescentes todas em 127 V

Tipo Watts Bulbo Lumens Luz do

Dia Branca Fria Branca Morna Croma 50

15 (60cm) T-8 750 870 - - Convencional T-12 650 650 - -

30 (120cm) T-8 1900 2250 - - Universal 20 (60cm) 1000 1150 1150 850

40 (120cm) T-12 2550 3000 3000 2150 H.O. 85 (250cm) 5600 6650 - -

110 (350cm) 7800 9200 - - Medida final da luminária em cm

CR = BOA CR = RUIM CR = BOA CR = RUIM CT = BOM CT = ÓTIMO CT = BOM CT = BOM

Sistema de Iluminação: = 0 ≠ 0 ≠ 0 (-) ≠ 0 (+) ≠ 0 DIRETA = 0 INDIRETA ≠ 0 (+)

SEMI DIRETA ≠ 0 (-)

SEMI INDIRETA

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EXEMPLO DE UMA PLANTA COM O QS

Para a entrega parcial do QS: o xerox (EM ESCALA) tamanho A4 como no exemplo abaixo (o QS centralizado). Para a entrega final: a planta passada a limpo com as medidas em cm escrita em vermelho; o xerox do diagrama unifilar; a(s) bitola(s) do Terra(s) e detalhes.

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ORIENTAÇÃO QUE ESTÁ NA 1ª. PLANILHA DO EXCEL.

1) TODOS OS ELETRODUTOS QUE SAEM DE UM CÔMODO (N) E CHEGAM NO CÔMODO

(N+1) OU SUPERIOR, SERÃO DESCRITOS NO CÔMODO (N) (SÓ ATÉ A LUVA DA CURVA SE FOR PELO TETO) INCLUSIVE AS LUVAS DOS ELETRODUTOS COM MAIS DE 3,00m.

=> ONDE (N) É O NÚMERO NO NOME DA PLANILHA, NA SEQUÊNCIA. EXEMPLOS: SE UM DUTO VEM PELA PAREDE DO (1-QS) PARA ALIMENTAR UMA TOMADA NA (9-SE), ESTE DUTO SERÁ DIMENSIONADO NO (1-QS). SE UM DUTO VEM PELO TETO DO (4-CC) PARA ALIMENTAR O PONTO DE LUZ DA (12-GR), ESTE DUTO SERÁ DIMENSIONADO NO (4-CC). 2) NAS PLANIHAS DE No.1 A No.14, NAS COLUNAS "QUANTIDADE", NÃO COLOCAR NADA

NA COLUNA "CORREÇÃO" 3) QUANDO FOR ZERO COLOCAR O SINAL DE SUBTRAÇÃO ("MENOS") 4) NESTA PLANIHA SOMENTE NA COLUNA "QUANTIDADE" DO QDC 5) NÃO ALTERAR NENHUMA PROPRIEDADE DESTE ARQUIVO!

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PLANILHA TOTAL (1ª. DO Excel DA ESQUERDA PARA À DIREITA, AS DEMAIS SÃO NUMERADAS)

D I S J U N T O R (NBR NM 60898 NBR – IEC 60947-2 NBR – IEC 61009-1) MATERIAL QUADRO DE COMANDOS - QDC QUANTID R$ UNIDADE R$ TOTAL

QUADRO DE COMANDOS DE 30 POSIÇÕES R$ 49,43 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 10A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 13A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 16A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 20A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 25A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 32A R$ 5,00 R$ - DISJUNTOR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 40A R$ 6,90 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 10A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 13A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 16A R$ 30,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 20A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 25A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 32A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR MONOPOLAR 127V - CURVA B - 40A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 10A R$ 28,90 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 13A R$ 28,90 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 16A R$ 29,00 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 20A R$ 29,00 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 25A R$ 29,00 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 32A R$ 29,00 R$ - DISJUNTOR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 40A R$ 32,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 10A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 13A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 16A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 20A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 25A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 32A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR DR BINOPOLAR 220V - CURVA B - 40A R$ 230,00 R$ - DISJUNTOR GERAL TRIPOLAR 40A CURVA C R$ 34,70 R$ - DISJUNTOR GERAL TRIPOLAR 60A CURVA C R$ 52,00 R$ - DISJUNTOR GERAL TRIPOLAR 70A CURVA C R$ 80,00 R$ - DISJUNTOR GERAL TRIPOLAR 100A CURVA C R$ 118,00 R$ - ALIMENTADOR FIO DE COBRE PVC 0,6/1kV - 70 Oc - 10,0mm2 R$ 2,85 R$ - ALIMENTADOR FIO DE COBRE PVC 0,6/1kV - 70 Oc - 16,0mm2 R$ 4,25 R$ - ALIMENTADOR FIO DE COBRE PVC 0,6/1kV - 70 Oc - 25,0mm2 R$ 6,77 R$ - DPS - DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO 4kV R$ 74,95 R$ -

TOTAL QDC = R$ - TOTAL GERAL MÍNIMO= R$ -

Temos o alimentador constituído de 3 fases, 1 neutro e 1 terra! O neutro será aterrado no BEP!

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M A T E R I A L UNID QTD R$ TOTAL PONTO DE LUZ NO TETO - CAIXA OCTOGONAL CAIXA 2 R$ - CAIXA DE PASSAGEM NO TETO - CAIXA OCTOGONAL CAIXA - R$ - PONTO DE LUZ PAREDE - CAIXA RETANGULAR (5x10) CAIXA - R$ PONTO DE LUZ PAREDE - CAIXA QUADRADA (10x10) CAIXA - R$

C O N E X Õ E S BUCHA 20 mm (1/2") BUCHA 19 R$ BUCHA 25 mm (3/4") BUCHA 2 R$ BUCHA 32 mm (1") BUCHA - R$ ARRUELA 20 mm (1/2") ARRUELA 19 R$ ARRUELA 25 mm (3/4") ARRUELA 2 R$ ARRUELA 32 mm (1") ARRUELA - R$

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C O N E X Õ E S QTD CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 20 mm (1/2") CURVA 6 R$ - CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 25 mm (3/4") CURVA - R$ - CURVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 90o 32 mm (1") CURVA - R$ - LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 20 mm (1/2") LUVA 16 R$ - LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 25 mm (3/4") LUVA - R$ - LUVA PVC RÍGIDO ANTICHAMA 32 mm (1") LUVA - R$ -

Como o maior comprimento de eletroduto é de 300cm, somente contabilizar luva para eletrodutos “retos” com mais de 305cm.

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M A T E R I A L UNIDADE QTD R$ UNID. R$

TOTAL I N T E R R U P T O R (NBR - 6527)

CAIXA RETANGULAR (5x10) CAIXA 1 R$ 1,51 R$ - CAIXA QUADRADA (10x10) CAIXA 1 R$ 2,53 R$ - SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 3,60 R$ - DUPLO SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 6,29 R$ - TRIPLO SIMPLES (250V-10A) INTER - R$ 11,05 R$ - PARALELO (3 WAY) (250V-10A) INTER 2 R$ 5,14 R$ - INTERMEDIARIO (4 WAY) (250V-10A) INTERR - R$ 14,72 R$ -

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T O M A D A (NBR - 14136) CAIXA RETANGULAR (5x10) CAIXA 4 R$ 1,51 R$ - CAIXA QUADRADA (10x10) CAIXA - R$ 2,53 R$ - 2P+T 250V / 10A TOMADA 5 R$ 7,63 R$ - 2P+T 250V / 20A TOMADA - R$ 7,63 R$ -

A caixa 10x10cm (quadrada) com tomada já foi contabilizada no quantitativo dos interruptores.

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Ex.:ESCREVER NA CÉLULA DA COLUNA QTD DA PLANILHA EM CENTÍMETROS ASSIM: Todos os eletrodutos de Ø20mm com as descidas:

=[(315+150)+(195+150)+(305)+(250+150+50+25)+(360)+(430)+(195+80)+ (185+250+280)]/100

(vai aparecer o resultado 33,70)

Todos os eletrodutos de Ø50mm com as descidas: =[(180)]/100 (vai aparecer o resultado 1,80)

E L E T R O D U T O (NBR - 6150) PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 20 mm (1/2") METRO 33,70 R$ 0,97 R$ - PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 25 mm (3/4") METRO 1,80 R$ 1,60 R$ - PVC RÍGIDO ANTICHAMA ROSQUEÁVEL 32 mm (1") METRO - R$ 2,77 R$ -

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ESCREVER NA CÉLULA DA COLUNA QTD DA PLANILHA ASSIM:

FASES C4 e C5 (220V) CADA UM TODOS SÃO DE 6,0mm2: =[(4*(315+150+30))+(4*(430))]/100 (vai aparecer o resultado 37,00)

TERRA C4 e C5 COMUM: =[(315+150+30)+(430)]/100 (vai aparecer o resultado 9,25)

M A T E R I A L UNID QTD R$ UNID. R$ TOT C O N D U T O R (NBR - 7288 NBR NM 247 - 3)

- FIO DE COBRE (PVC 750V - 70oC) 4,0mm2 METRO R$ 1,30 R$ - - FIO DE COBRE (PVC 750V - 70oC) 6,0mm2 METRO 37,00 R$ 1,85 R$ - - FIO DE COBRE (PVC 750V - 70oC) 4,0mm2 METRO R$ 1,30 R$ - - FIO DE COBRE (PVC 750V - 70oC) 6,0mm2 METRO 9,25 R$ 1,85 R$ -

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ESCREVER NA CÉLULA DA COLUNA QTD DA PLANILHA ASSIM:

FASES C7 e C2 (127V), e C7 (220V) TODOS SÃO 2,5mm2: =[(4x(195+30+150))+(305)+(2x(250+30+150))+(50+30+25)+(2x(360))+(2x(180))+

(2x(195+30+80))+(185+30+250+280)]/100

NEUTROS C7 e C2 (127V) TODOS SÃO 2,5mm2: =[(2x(195+30+150))+(305)+(250+30+150+50+30+25)+(2x(360))+(2x(180))+

(185+30+250+280)]/100

RETORNOS C2 (127V) TODOS SÃO 2,5mm2: =[(2x(250+30+150))+(3x(180))+(3x(185+30+150))]/100

TERRA COMUM C7 e C2 (127V), e C7 (220V) TODOS SÃO 2,5mm2: =[(195+30+150)+(250+30+150+50+30+25)+(360)+(180)+(195+30+80)+

(185+30+250+280)]/100

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