INSTRUTIVO N. 07/99
de 21 de Maio
ASSUNTO: POLTICA MONETRIA - Emprstimos s Instituies Financeiras - Regulamento
Considerando o estabelecido n artigo 25. da Lei do Banco Nacional de Angola;
Havendo necessidade de se definirem os procedimentos para a concesso de emprstimos s instituies financeiras, o Banco Nacional de Angola determina:
1- Fica aprovado o Regulamento das Operaes de emprstimo, conforme Anexo I, cujas disposies devem ser observadas pelas Instituies Financeiras nas suas transaces com o Banco Nacional de Angola.
2- As taxas de juro a que esto sujeitas as operaes de que trata este Instrutivo so as estabelecidas por Aviso do Banco Nacional de Angola.
3- So institudos os modelos de propostas para as solicitaes de Operaes de Redesconto - Crdito de Tesouraria - conforme Anexo II e de Operaes de Crdito Caucionado (Anexo III), bem como o instrumento contratual (Anexo IV).
4- Os anexos referidos nos nmeros 1 e 3 so parte integrante do presente Instrutivo.
5- Fica revogado o Instrutivo n. 3/97, de 28 de Julho.
6- O presente Instrutivo entra imediatamente em vigor.
PUBLIQUE-SE
Luanda, 21 de Maio de 1999.
O GOVERNADOR
AGUINALDO JAIME
ANEXO I do Instrutivo n.7/99, de 21 de Maio
REGULAMENTO DAS OPERAES DE EMPRSTIMO 1. As operaes de emprstimo do Banco Nacional de Angola so realizadas exclusivamente com instituies financeiras que operem no Pas.
2. CLASSIFICAO/OBJECTIVOS: a) OPERAES DE REDESCONTO (CRDITO DE TES()URARIA): destinadas a antecipar a liquidez de activos de curto prazo, para atender eventuais necessidades de caixa das instituies bancrias; e b) OPERAES DE CRDITO CAUCIONADO: destinadas a permitir a correo de desequilbrios na liquidez de curto prazo, sob garantia de ttulos e de outros activos da instituio financeira.
3. NORMAS E CONDIES
a) OPERAES DE REDESCONTO (CRDITO DE TESOURARIA)
I -BENEFICIRIOS: instituies financeiras autorizadas a manter contas de Reservas Bancrias junto ao Banco Nacional de Angola.
II -PRAZO: at 3 (trs) meses.
III -LIMITES:
- Faixa A: at 5 % do valor apurado da soma dos depsitos a ordem e a prazo da instituio financeira, evidenciados no ltimo mapa de base para clculo das Reservas Obrigatrias;
- Faixa B: at 10% do valor apurado para efeito da Faixa A; e
- Faixa C: a critrio do Conselho de Administrao.
IV -COMPETNCIA DE AUTORIZAO: ser fixada pelo Conselho de Administrao.
v -FORMALIZAAO: atravs de proposta de desconto ou de redesconto, na qual sero especificados os activos a serem transaccionados (natureza, nmero, datas de emisso e de vencimento, nome e endereo dos devedores e garantes, valor de resgate da operao primitiva). A proposta dever ser assinada por dois administradores/directores da instituio financeira, com poderes especficos para a finalidade, e ser entregue ao Banco Nacional de Angola acompanhada dos ttulos endossados em branco, constituindo-se em proposta de:
-redesconto de letras e livranas sacadas ou emitida; para fins comerciais, com vencimento nos trs meses seguintes data da realizao do redesconto;
-desconto de ttulos emitidos ou garantidos pelo Estado ou pelo Banco Nacional de Angola, que faam parte de uma emisso pblica, com vencimento dentro de 3 (trs) meses da data do desconto.
VI -DISPONIBILIZAO: os valores das operaes apresentadas, devidamente autorizadas, sero levadas a crdito pelo seu v;3.lor lquido, na conta de Reservas Bancrias da instituio financeira apresentante da proposta.
VII -LIQUIDAO: as operaes sero liquidadas por dbito na conta de Reservas Bancrias da instituio financeira, na data de vencimento de cada ttulo. .
VIII -DEVOLUO: os ttulos liquidados sero devolvidos instituio financeira, acompanhados de recibo e da respectiva nota do dbito, a partir do dia seguinte ao da liquidao.
IX -CONTABILIZAO: as operaes sero contabilizadas no mesmo dia, em contas patrimoniais.
X -GUARDA: os ttulos garantidores da operao (devero ser guardados pela Direco de Emisso e Crdito, em cofre.
XI -INVENTRIO: mensalmente ser elaborado um inventrio dos ttulos que ser assinado por dois funcionrios designados pelo Director de Emisso e Crdito, que tambm o rubricar aps assegurar conformidade com o valor registado na contabilidade, devendo, ainda, mant-Io disposio do Conselho de Auditoria do Banco Nacional de Angola.
b) OPERAES DE CRDITO CAUCIONADO
I -BENEFICIRIOS: instituies financeiras autorizadas a operar no Pas.
II -PRAZO: at 3 (trs) meses.
III -LIMITES:
- Instituies sujeitas a Reservas Obrigatria: at 10 % do valor apurado da soma dos depsitos a ordem e a prazo da instituio financeira, evidenciados no ltimo mapa de base para clculo das Reservas Obrigatrias, sem afectao dos limites para as Operaes de Redesconto; e
. - Demais Instituies: at 20% dos: seus fundos prprios, a ,serem apurados pela Direcao de Superviso Bancria com base no ltimo balano ou balancete mensal.
IV -COMPETNCIA DE AUTORIZAO: ser fixada pelo Conselho de Administrao.
V -FORMALIZAO: atravs de contrato de abertura de crdito tipo "revolving", assinado por administradores/directores com competncia estatutria para onerar o patrimnio da instituio financeira. O valor do emprstimo poder ser levantado de uma s vez ou em parcelas, admitindo-se saques e amortizaes alternadas, bem como a renovao, ampliao ou substituio de garantias.
As instituies financeiras no-bancrias indicaro o nome d3. Instituio cuja conta Reservas Bancrias, com sua prvia autorizao, ser utilizada para o crdito dos valores emprestados e pata a liquidao da operao. A instituio financeira que permitir o uso da sua conta Reservas Bancrias para serem realizados os movimentos de crditos e/ou dbitos das operaes de que se trata assinar como interveniente na operao.
VI -GARANTIAS: as garantias sero constitudas da seguinte forma:
- PRINCIPAL: pela cauo de quaisquer dos activos previsto; no nmero 1 do art. 25. da Lei 6/97 (Lei Orgnica do Banco Nacional de Angola), em montante no inferior a 130% (cento e trinta por cento) do valor da operao; e
-SUBSIDIRIA: compreender, com carter compulsrio, a cauo da parcela das Reservas Obrigatrias equivalente ao valor da operao realizada pela Instituio;
-OUTRAS: a critrio do Conselho de Administrao, o penhor de mquinas e bens em "stock" e a hipoteca de imveis de instituio financeira ou de seus accionistas ou outras podero ser aceites como garantia principal ou subsidiria.
VII -MOVIMENTAO (Saques, Amortizaes e Liquidao): ser realizada entre a conta devedora do emprstimo e a conta mantida pelo CREDITADO junto ao BNA ou a conta da instituio que este tiver autorizao para movimentar, inclusive quanto aos dbitos com os encargos apurados sobre o saldo devedor mensal.
VIII -CONT ABILIZAO:
-Contrato e Operaes: sero contabilizadas, nas datas em que forem realizadas, em contas patrimoniais; e
-Garantias: sero contabilizadas, no mesmo dia em que recebidas, em contas extrapatrimoniais.
IX- GUARDA:
Sero adoptados os seguintes procedimentos relativos guarda:
a) se entregues ao Banco Nacional de Angola: devero ser guardados pela Direco de Emisso e Crdito, em cofre; ou b) se custodiados na prpria instituio financeira, ficando esta na condio de fiel depositria, dever facultar, a qualquer tempo, a vistoria pela Direco de Superviso Bancria.
X -INVENTRIO: mensalmente ser elaborado um inventrio dos ttulos, a ser assinado por dois funcionrios designados pelo Director de Emisso e Crdito, que tambm o rubricar aps assegurar conformidade com o valor registado na contabilidade, devendo, ainda, mant-Io disposio do Conselho de Auditoria do Banco Nacional de Angola.
Ao Banco Nacional de Angola
OPERAOES DE REDES CONTO (Crdito de Tesouraria) INSTITUIAO:
SOLICITAO REDESCONTO DESCONTO Na forma do contido no Instrutivo n.o 7/99, VALOR KzR solicitamos que nos sejam operacionalizdos conforme acima indicado, os ttulos descritos no verso, no valor total de: Para a finalidade, juntamos os ttulos endossados a favor VENCIMENTO desse Banco.
AUTORIZAO Autorizamos levar o produto da presente operao a crdito da nossa conta RESERVAS BANCRIAS mantida junto a esse Banco, bem como desde j tambm autorizamos que sejam levados a dbito, nos seus respectivos vencimentos, acrescidos dos encargos regulamentares.
LOCAL E DATA: LUANDA, de de ASSINATURA IDENTIFICAAO NOME CARGO ASSINATURA IDENTIFICAAO NOME CARGO RESERVADO AO BNA Valor de Encargos: -Limites: Kzr
Faixa A Kzr Valor a Disponibilizar: Kzr . Faixa B Kzr -Prazo () dias Faixa C Kzr -Custo () % ao ano. Responsabilidade Kzr ELABORADO por: -Liquidao nesta data Kzr
-Margem disponvel Kzr CONFERIDO por:
DE ACORDO. considerao do Sr. Director. DE ACORDO. A deliberao da Comisso de Crdito. .
Em_I_I- Em_I_I-
AUTORlZAAO SUPERIOR COMISSAO DE CREDITO CONSELHO DE ADMINISTRAAO
ANEXO IV do Instrutivo n.7/99, de 21 de Maio
CONTRATO DE EMPRSTIMO
Entre O Banco Nacional de Angola, pessoa colectiva de direito pblico (artigo 10 da Lei 6/97), com sede na Avenida 4 de Fevereiro, no. 151, em Luanda, adiante designado por MUTUANTE E O BANCO ,............................................................... com sede nesta cidade, rua .......................................no............... , adiante designado por MUTURIO, celebrado o presente contrato que se rege pelas clusulas seguintes:
CLUSULA 1 O presente contrato tem por objecto proporcionar emprstimo com o limite
mximo de Kzr ........................................................( Kwanzas Reajustados), que se destina, absoluta e exclusivamente, correco de desequilbrio de liquidez a curto prazo do MUTURIO (alnea "b" do nmero 2 do Regulamento das Operaes de Emprstimo, Anexo I do Instrutivo n. /99).
PARGRAFO NICO Sempre que entenda necessrio, o MUTUANTE reserva-se o direito de reduzir ou aumentar o montante referido na presente clusula (artigo 250 da Lei 6/97).
CLUSULA 2
A utilizao do crdito, nos termos da clusula anterior, ser efectuada mediante tranches de prazo mximo de trs meses, contra a entrega de carta-proposta, que parte integrante do presente ajuste, para todos os fins de direito, como se aqui na ntegra transcrita fosse, acompanhada de ttulo de crdito a favor do Banco Nacional de Angola.
CLUSULA 3 dvida decorrente da utilizao do crdito a que se reporta o presente contrato, aplicar-se-o os custos calculados na base das taxas vigentes para as operaes activas do Banco Nacional de Angola, data da tranche, a apurar-se, mensalmente, sobre o saldo devedor.
1 No momento da disponibilizao de cada tranche, o MUTUANTE creditar a quantia correspondente na conta "Reservas Bancrias" do MUTURIO ou na conta "Reservas Bancrias da Instituio bancria em relao qual tiver indicao para o efeito.
2 Por seu turno, o MUTURIO autoriza o MUTUANTE a debitar na conta referida no pargrafo anterior, nas respectivas datas de vencimento, o valor das tranches devidas, bem como, no fim da cada ms, o valor dos encargos financeiros do perodo.
4
Como garantia de execuo do presente contrato, com referncia a custos contratuias, juros de mora, despesas e demais obrigaes assumidas em face' do presente instrumento, o MUTURIO presta ao MUTUANTE, em cauo, de acordo com o artigo 250 da Lei 6/97, o seguinte:
a) GARANTIA PRINCIPAL:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
b) GARANTIA SUBSIDIRIA:
...............................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
CLUSULA 5a Independentemente de aviso extrajudicial ou interpelao judicial, o MUTUANTE considerar vencido o presente contrato, se:
a) O MUTURIO, data do vencimento, no pagar quaisquer dos ttulos representativos das tranches efectuadas e dos encargos financeiros previstos neste contrato, nas datas em que sejam legalmente exigidas;
~ b) O MUTUANTE exija reforo de garantia e tal exigncia no for de imediato satisfeita;
c) Ao MUTURIO venha a ser aplicada pelo Banco Nacional de Angola urna sano administrativa considerada grave;
d) O MUTURIO venha a ser alvo de interveno.
PARGRAFO NICO Ocorrendo quaisquer das hipteses previstas na presente clusula, o MUTURIO autoriza, desde j, o MUTUANTE a debitar, de imediato, na sua conta "Reservas Bancrias", o saldo devedor resultante das tranches efectuadas nos termos da clusula 2a.
CLSULA 6
No sendo cumprida a obrigao pelo MUTURIO sero na data do vencimento da tranche sero cobrados juros de mora, taxa de 10% (dez por cento) ao ano, pelo perodo em que incorrer a mora.
CLUSULA 7 Todas as despesas e encargos, judiciais ou extrajudiciais, incluindo honorrios de advogado ou solicitador que o mutuante tenha a necessidade de fazer uso para garantir ou obter o pagamento do seu crdito ficam a cargo do MUTURIO.
CLUSULA 8 Este contrato vigorar pelo prazo .................................podendo, no entanto, ser rescindido pelo MUTUANTE, mediante aviso prvio com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias, respeitando as operaes j realizadas.
CLUSULA 9 fixado o foro do Tribunal Provincial de Luanda para dirimir qualquer litgio emergente do presente contrato, com expressa renncia a qualquer outro.
Luanda, _____de _____________de________
BANCO NACIONAL DE ANGOLA
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BANCO ____________________________
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