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  • 5/10/2018 Introdu o Sociologia OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

    ,Conscienciia o ' l r g I'-H o o t e l Urbo" 0Search

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    Introdu~ao a Sociologia - OS POSTULADOS DASOCIOLOGIAHome Biblio teca , Socio logia, Textos In trodutOrios .

    i-a realidade social ii. - 0 c ri te r io do soci al Ill.- 0 D ET ERMIN ISMO SO CIO LO GIC O

    I ntr od uc ao a S oc io lo gia - S eg un da P arteProfessor A. C l' ~i, er ( 19 39 ).

    ~

    P OST UL ADOS , M ET ODOS E H IPO TE SE SCap it ul o IVO S PO ST UL ADOS D A S OC IO LO GIAD ep ois d e h av errms v is to c om o o s p ro blema s s oc io 16 gic os c he ga rama a pr es en ta r- se s ob a fo rm a c ie ntf:fic a,p ro cu ra remo s, a go ra ,d ef in ir o s p os tu la do s q ue e xi ge a e xis te nc ia d a s oc io lo gi a c omo c ie nc ia .

    i. - a realidade socialAna lis am o s, p rim eiro , c om o a s oc io lo gia s e e sfo rc ou p or s ub tra ir -s e a s p re oc up ac oe s n orma tiv as , p ar a s e e le va r a o e sta do d e u rnc on he cim en to o bje tiv o d a re alid ad e s oc ia l N ao e xig in i e ss a o bje tiv id ad e d a c ie nc ia um a s ep ara ca o e ntr e a te oria e a p nitic a,p rim itiv am en te c on fim did as , o u, p elo m en os , uma c erta d is ju nfY aoe ntre o s d ois p on to s d e v is ta d o c on he cim en to e d a a ca o?1. Teoria eprtitica. - O bse rv em os d esd e ja q ue, n es ta m ateria , c om o d e re sto e m to da s as o utra s, e impossi ve l ap re sen ta r comoabs oh na uma d is tin 9iio d e ta l n at ur ez a. C om e re ito , em soc io lo gia , 0 ob je to da i nve st ig a9ao e a a 9i io humana c ole tiv a, a a 9a o d osh om en s v iv en do em g ru po . S eja q ual ro r 0 asp eto d a v id a so cia l d e q ue se tra ta : d a v id a economea, po1ftica,religiosa, donestca, etc,e nc on tramo -n os s em pr e em p re se nc a d e c er ta s maneiras de agir. Aqui , 0 h om emde ix a d e s er s im ple s e sp ec ta do r, c om o 0 pode sere m p rese ne a d e u rn ren om en o fis ico o u b io 16 gico , p ara s er, a o m esm o tem po , e sp ec ta do r e a to r.S eja a ss im ! c on co rd am os d a m elh or v on ta de , m as e nece s sa ri a d is ti ngu ir en tr e a r ea li dade soci al , e s senci almen te d in fun ica , e 0conhecimento, q ue p od e e d ev e m an te r-s e p ur am en te e sp ec ula tiv o, d es sa re alid ad e. N ao fb i e s sa , d e r es to , a d is tin ca o a pr es en ta dano inicio d es ta e xp os iI Ya o, qu an do s e m os tr ou q ue a p as sa gem d o p on to d e v is ta n orma tiv o p ar a 0 p on to d e v is ta p os itiv o fu i um a d ase ta pa s n ec es sa ria s d a c on sti tu i9 ao d a s oc io lo g ia c omo c ie nc ia ? P or o utr as p ala vr as , 0 s oc i6 lo go p od e s er 0 e sp ec ta do r d os f unOmenoss oc ia is e , c omo tal, pode reconhecer- lhe 0 c ar at er d in fu nic o, s em e le p ro pr io s er a to r.Em no ss a o pin iiio , e sta o bje ca o o cu ha u rnmu nd o d e ih is ce s:1 .0 - Em primei ro lugar, p orq ue se b ase ia , se gu nd o n os p arec e, n um a c on ce pca o d em asia do sim ples , d as re la co es en tre a te oria e ap ra ti ca , en tr e 0 pensam ento e a a9ao. T oda gente, ou quase toda, adm ite hoje que essas relacoes sao reciprocas, que em toda parte atecnca le vo u, p rime ir o, a o c on he cim ento te or ic o, e sp ec ul at iv o, m a s q ue , em s eg ui da , e ste ., uma v ez c on stit uid o, r ea giu s ob re a te cn ic a,a in da q ue c on tir ru an do a s up orta r, in ce ss an teme nte , a s e xig iln cia s d e to da a p ra tic a s oc ia l U rn d os m es tre s d a p sic ote cn ic a, Lahy,escreveu recentemente: "A s c ie nc ia s d er iv am d as c ria fY oe sr ea liz ad as p elo h om em n o d om fn io d a p ra tic a, E d a p nitic a, e c om 0 auxiliod e m eto do s c ad a v ez m ais a pe rfe ie oa do s, q ue n as ce a te or ia e q ue , p elo m o vim en to d ia le tic o, a pa re ce a c ie nc ia . P orta nto , a c ie nc ia n itoe a te oria p ur a, n em a s im p le s a plic ac ao , m as um a s in te se d a p ra tic a d ir ig id a p ela te or ia e d a te or ia in ce ss an teme nte e nr iq ue cid a p elapratica",

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    2 .0 - Se ha u rn d om fn io o nd e s eja b er n v is iv el e ssa in te ra c; :a o d a t eo ria e d a p ra tic a, 1 5,c ertame nt e, 0 dom fnio social M ais do que emq ualq uer o utra p arte, seria q uim era p reten der estab elecer aq ui, en tre 0 pensamento e a acao, um a separacao que, na verdade, niioex iste em p arte alg um a. 0 fi1 6so OG ustav e B elo t co nsag ra alg um as p ag io as d os seu s Etudes deMor ale positive a e sse s re n6me no sd e 'reco rren cia" , como eie files c ham a, q ue c on sistem rruma ''relac;:ao d e reacao so bre si m esm a" , e q ue d istin gu em p ro fim dam en te a'tecn ica so cial" d e to clas as o utras tecneas, N a verdade - escreve eie - "a concepcao mecanista de uma "natureza social" 0 tantom ai s v er if ie av el (a in da q ue n un ca 0 seja in teg ra hn en te) q uan to m ais p rim itiv as fo rem as eras e ru dim en tares as so cied ad es a (J uerem ontarm os". D esd e qu e no s elevem os urn pou co acirna dessa fuse, essa co ncepcao torna-se to talm ente fu lsa. E, em especal, "0co nh ec im en to q ue ad qu irim os d e n os m esm os tran s Orm a-n os e n iio n os d eix a tais como e rarm s an tes d esse co nh ecim en to ".U ma das fo rm as dessa reacao do homem so bre si m esm o 15 ,co m efeito , esse con hecim ento que eie adq uire d a sua vid a coietiv a p elasocio log ia . Enti io , apropria ciencia toma-se afao: modijica 0seu proprio objeto. - Me lh or a in da , 0 co nh ecim en to q ue asociolo gia n os d a da evoluc;:ao h um ana reage sobre a propria noc;:ao q ue no s p odem os ter da ciencia po sitiva. Se h a a 1gum r es ul ta do queh oje p ossa ser co nsid erad o como d efin itiv am en te o btid o, 1 5q ue q ua lq uer fo rrra d e p en sa men to , tanto a ciencia com o as outras, 15s em pr e u rn p ro du to h is to ri co d e d ete rm in ad as c on di l( oe s s oc ia is .3.0 - C heg am os ag ora a m aio r ilu sao co ntid a n a o bjec; :ao acim a ex po sta. N ao ba , emnoss a o pin iiio , n ad a m ais a nt i- so cio 16 gi co q ueessa p retensao do so ciO logo de se erig ir em p uro "espectador", e assim abstrair, are certo pon to, da historia, 0 sociologo 15,necessariamente, 0 hom em d e uma certa ep oca e de urn certo m eio : niio p oderia v iver, com o o s d euses d e E picuro, n os in term undo s.D e re st o, a p ro pr ia h is t6 ria d a s oc io lo gia p ro va -o su :f ic ie nteme nte . E certo que so 0 ma rx is rno a fi rmou e xp li ci tamen te e ss a s ol id ar ie da dein tim a en tre q ualq uer teo ria e a resp etiv a p ratica, a tal po nto que, por o casiiio d a discussiio qu e em 1902 teve Iugar na SocieteFrancoise de Philosophie, oi po r ai que G eorges S oreljulgou po der d efinir 0 ''m ate ria lismo h is t6 ric o" . Mas p od e d iz er- se q ue , s emd isso n em sem pre terem claram en te co nscien cia, to das as teo rias, m esm o aq uelas cu ias p reten so es fo ram 0 mai s obj et iv as pos sf ve l,sofreram, rnais o u m en os, em d iv erso s sen tid os, essa p ressao d as p reo cu paco es praticas, A p ro pria criacao d a so cio lo gia co in cid e como p eriodo de tran sforrracao econ 6m ica e de perturbacoes p oliticas da segu nda m etad e do seculo X VIII e, sobretu do, do in icio doseculo X IX . Esb ocada pelo s encicloped istas, p rim eiro, em Saint-S irm n, esta no cao de um a "ciencia do h om em " em sociedade estarelac io nad a com a p reo cu pac ao d e rem ed iar, " org an i:zan do " a p ro du cao , a crise rev olu cio naria e.a " an arq uia" d o in du strialism onascente; 0 seu p lano de um a ordem social hierarq uiea, fu ndad a sobre um a org anizacao d os ban cos e a preem inencia do s "co ndes" edo s "baroes" d a in dU stria, trad uz b ern as in qu ietaco es d a g ran de p ro du cao en treg ue as co ntin gen cias d a liv re concorrencia, E ra a m esm ap reo cu pacao d e ''term in ar a R ev olc cao '' e d e fu nd ar so bre a so cio lo gia uma ''p olitica p ositiv a" , q ue rea1 i:zaria a " ord em " ao m esm otem po qu e 0 ''prog resso'', qu e obcecara A ugu sto C om te. U rn po uco m ais tarde, en contrarno s, n a do utrin a de S pen cer, u rn eco dasten den cias in div id ua listas d a eco nomia lib eral, 0 o rg an icism o, ao q ual esta lig ad o are certo p on to , 1 5,d e resto , 0 p ro tctp o d essas teo ria sem que n oc oe s d e a pa re nc ia c ie ntf :fi ca s ao u ti li: za da s p a ra f ins prateos: a id eia-m ae 1 5m uito an tig a, pois foi em pregad a, em 4 93 an tes danossa era, pelo patricio M e-nen ius A gripp a, p ara persuadir o s pleb eus d e qu e os interesses de todas as classes d a cid ade erams ol id ar io s, D e e nt iio p ara c a, a s c on sid er ac oe s b io 16 gic as o u p se ud ob io 16 gic as r e m , fr eq ii en teme nte , si do a pr ov eita da s p or f or rr aid en tica: n o cap itu lo V I, rm stra-lo -em os a p ro po sito d a teo ria d as racas, Apontamo s a in da 0 carater ten den cio so d as teo rias d oVolksgeist, como tam bem o d e certas in terp retaco es d a ''p sico lo gia d as m ultid oes" . Q uan to a so cio lo gia am erican a, as citac;:o es q ueParodi fuzemL'Annee Sociologique (1925) do livro de F. W . Roman, Laplace de la sociologie dans I'education aux Etats-Unis, sa o su :f ic ie nteme nte e xp re ss iv as. Q u an do Rom an c on sta ta : ''Em cad a an o, 0 en sin o secu nd ario p od e o rg an iza r a lista d osp ro fe ss or es q ue p er de ram 0 seu lugar, em virtu de das opiniO es qu e professav am o u en sinavam e q ue niio foram apro vadas p elas classescap italistas" , comp reen dern os q ue estam os b em lo ng e d a seren id ad e d a " cien cia p ura" . A esco la so cio 16 gica fran cesa , ap esar d e ser d ee sp iri to m ais te oric o, n iio s e m an te ve e str an ha a seme ll ia nt es preocupacoes, D avy diz-no s q ue oi " seu ob jetivo de reg eneracao m oral ep olitic a d a n acao " q ue rez d e E sp in as u rn so ciO lo go . F oi esse, ig ualm en te, 0 p onto de partid a d o pen sam en to d e D urk heim ;" desem pen har u rn p ap el n a reco nstau cso so cial d a F ran ca su cumb id a" , era, d iz- n os tam bem D avy , 0 fu n qu e eie tinha em vista aoentrar p ara a E sco la N orm al, e eie prop rio 0 escrev eu no prefacio a su a Division du Travail: ''C on sid era riamo s o s n oss os e stu do ss em v alo r a 1g um s e d ev es sem ter, a pe na s, u rn in te re ss e e sp ec ula ti vo ". S er a p re cis o, f in alme nte , r ec or da r q ue u rn d os U ltimo s li vro s d eF r. S i-m ian d, c on sag rad o as Fluctuations economiques a longue periode, s e d est in av a, s eg un do c on fe ssa 0 proprio au tor, ap ro cu rar ''uma certa acalm ia d os n osso s receio s atu ais" , su scitad os p ela crise mmd ial?L onge, p ortanto, d e reclam ar um a sep aracao rad ical en tre a teoria e a p ratica, 0 c on he cime nto o bje tiv o d a re al id ad e s oc ia l e xi ge , p elocontrario, 0 r ec on he cim en to e xp re ss o d as r ela co es r ec ip ro ca s entre um a e outra. Nao ha a qu i n en hum c ir cu lo v ic io so , n en humacontradcao c om a d is tin c; :a o q ue fi zemo s n o p ri nc ip io entre 0 normativo e 0positivo. A ilu sa o d as in ve sti ga co es n orma tiv as c on sis ti a,p re cis am en te , em p ar tir d e u rn id ea l c on ce bid o apriori, d e m an eira ab so lu ta , c om o se esse id eal fo sse in dep en den te d e q ualq uerc on di c; :a o h is t6 ric a e c on cre ta . A ss im p ro ce di am o s a lq uim is ta s q ua nd o fi xa vam c omo fu n das s ua s i nves ti ga coes 0 prolongamentoindefin ido da vida ou a transforrracao d os m etais em ou ro. E m m ateria social, 0 erro agravav a-se p elo fato d e esse ideal, to rn ado com oab so lu te, estar, n a realid ad e, d e fo rm a m ais d ireta q ue em q ualq uer o utra m ateria, em rela c;:ao com certas co nd ico es so cia isd eterm in ad as. R eag ir co ntra essa ilu sao , re co nh ecer q ue 0 p ro pri o id ea l fa z p arte do ob jetivo a estud ar, e assim f i xar em pri nc ip io , n ii oo d ualism o d a teo ria e d a p nitica, m as a su a ap ertad a so lid aried ad e, p arece- n os ser a co nd icao essen cial d a o bjetiv id ad e cien tf:fica e msociologia.2. 0 objetivismo sociolOgico. - No fundo, era essa a condic;:ao enunciada por D URK HEIM , quando escrevia que 0 sociOlogod ev e tratar o s ren om en os so ciais " como co isas" .

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    'r E coisa - explicava ele emRegles de la me-thode sociologique - tudo 0 q ue 1 5d ad o, t ud o 0 que se oferece, ou m elhor, se im poeIt observacao, T ra ta r re nomen os c om o c oisa s, 1 5tra ta-lo s n a q ua lid ad e d e quantidade, que cons ti tu i 0 ponto de partida da ciencia. O sre nomen os so ciais ap re se ntam , in co nte stav eh ne nte, es se carater, 0 q ue n os 1 5d ad o 000 15a ideia que os hom ens rem do seu valor,p orq ue ela 1 5in ac es siv el: sa o o s v alo res q ue se tro cam re ah nen te d ura nte as re lac oe s ecommcas, Nao 1 5q ua lq uer co nc ep ca o d o id ealmor al ; 1 50 c on iu nt o d as r eg ra s q ue d ete rm in am e fe ti vame nt e a c on du ta ."E como a fOmrula considerar os/enomenos sociais como coisas tiv es se p ro vo ca do p ro te sto s, D urk heim p rec isa va : " A co isa o po e-se a ideia, com o 0 que se conhece por fura ao que se conhece por dentro. B coisa todo e qualquer objeto do conhecim ento que 000 15n at ur ah ne nt e c omp re en si ve l p ela i nte lig en cia , t ud o a qu ilo d e q ue 000 podem os ter um a no~ao adequada por urn sim ples processo deana li se r re nt al , t udo 0 qu e 0 espfrito so pode chegar a com preender saindo de si m esm o, por m eio de observacoes e experiencias,p as sa nd o, p ro gr es si vame nt e, d os c ar ac te re s mai s e xt er io re s e mai s ime di at amen te a ce ss iv eis , a os me no s v is iv ei s e a os mai s p ro fimd os ",A ilusao de que fu1am os a tras - de resto muito d ivulgada e muito t en az - c on sis te , p re cis ame nte , em nilo reconhecer a necessidadedeste trabalho q ue in dic a D urk he im , em im agin ar q ue , ac erca d as c oisa s s ocia is , p od em o-n os c on te ntar com a s re pres en ta co escorrentes, as do "senso conuun", com as aparencas s ub je ti va s s ob q ue e ss as r ea li da de s s oc ia is s e a pr es en tam It consc iencia. Quandos e t ra ta d as r ea li da de s f is ic as , o u me smo f is io 16 gi ca s, temos mel ho r 0 se ntim en to d a d is ta nc ia q ue s ep ara a s re pres en ta co es d o s en soc on uu n d o c on he cime nt o c ie nt f: fic o:t od os s ab emo s q ue 000 basta ter olhos e urn pouco de ''bom -senso'' para conhecer as leis da otica esaber 0 q ue 1 5a 1 u z , qu e 000 basta ter u rn e stoma go e d ig erir p ara c on hec er a fisio lo gia d a d ig estao . C on tu do , em s e trata nd o d e c ois ass ocia is , ju lg a-se q ue s e trata d e o bjeto s s im ple s, ac erca d os q ua is to da g en te se co ns id era im ed ia tam en te c om pe ten te , sem q ua lq uerestudo previol N ao sabem os todos nos 0 q ue 1 5" a familia", " a p atria ", o u " a p ro prie dad e''? E xp omo-n os , se e xp rim irm os a m en orduv id a, a p rovo ca r i nUme ro s p ro te st os .E n o e ntan to , emb ora 000 0 cre ia, jo se P ru d homme 1 5a in da m en os comp eten te em s oc io lo gia q ue em q ualq ue r o utra m ateria . T od osa qu ele s q ue , com a lg um a p ro bid ad e in tele ctu al e a1 gum s en so c ritico , s e rem c urv ad o so bre a s re alid ad es s ocia is , e sta o d e a co rd o a es ter espe it o. Nao 15soment e 0ma rx is ta E ng el s q ue , n o seuAnti-Diihring, denuncia 0 s en so c or rn nn , " es se c omp an he ir o t ao r es pe ita ve lenquanto se conserva dentro das quatro paredes da sua casa" , m as que "corre aventuras espantosas logo que penetra no vasto m undoda investigacao" , N ao 15so DURKHEIM quem , no princfpio das suas Regles de la methode sociologique, nos poe em guarda contra" as su ge stO es d o se nso c on uu n" , a s q ua is, d iz e le , se ria d e admirar q ue tiv essem em s oc io lo gia uma au to rid ad e q ue h a muito perderamnas out ra s ciencas, B 0 so cio lo go c ato lico P au l B ure au q ue , n a su a Introduction a la Sociologie, p ro cu ra m ostra r q ue e ssad esc on fian ca a res peito d o ''b om -se nso '' 1 5in disp en sa ve l, e q ue c ita c ato rz e e xem plo s d e p ro po sic oe s p arad ox ais, q ue , se gu nd o e le, 000d eix am d e s er p or is so v erd ad es so cio 16 gic as. U rn o utro a ntro po lo gista emin en te , P itta rd , a o p or em d uv id a, n a s ua o bra Les Races etI'Histoire, a e xp li ea ca o s imp li st a q ue s e c os tuma da r das migra~oes humanas - a de que 0 povo m igrador " se sentia apertado na suaterra" - observa que essa "evidencia" de furm a algm na esta assegurada, pois isso 15dito sem avalia~ ao do nUmero de habitantes e dosr ec ur so s q ue p od ia f ur ne ce r 0 p ais; d e re sto , re m-s e re gistad o fume s es pan to sas q ue 000 f ur am s eg ui da s p or n en huma m ig ra ~a o. B ,a in da, F r. S im ia nd q ue a o rec ord ar, emStatistique et Experience, a opiniao de A dam Smith, segcndo a qual os salaries m ais altos see nc on tr amn as p ro fs so es men os a gr ad av eis , o bs er va q ue e st a ''v er os sim il'' o pin ia o 1 5,n o e nt an to , p er fe it ame nt e f al sa ,P od eria mo s a lo ng ar es ta lista are a o infinito. Mas 1 5p re ferfv el o bs erv ar, ain da com S im ia nd , q ue e ss es d esme ntid os d ad os a o ''b om -senso" vu lga r se explicam , precisam ente, pelos caracteres proprios da realidade social "Se - escreve ele - os nossos resuhados 000s ao o s e sp era do s p elo s en so co rrn nn , n em o s p re visto s p or u rn ra cio cfn io d e g ab in ete , 000 15porque a rea l idade , It qua l e le scorrespondem, 000 se ja 'raz oa vel" , 1 5p orq ue d ep en de d e uma outra ordem de razoes. ' 'P o r out ra s p al av ra s, 0 meto do su bjetiv o, ai nt ro sp e~ao ind iv id ua l, 1 5i ncompet en te quando o s funomeno s apr es en tam ''urn c ar at er c ol et iv o mani fe st o " .o e stu do p os itiv o d os re nomen os so cia is ju stific ou amp 1ame nte a d esc on fian ca d os so ciO lo go s a re sp eito d o " se nso co nu un ". C ome reito , re ve lo u q ue as n o~ oe s q ue n os s ao m ais fumilia re s e sta o lo ng e d e s er as m ais " c1 ara s e d is tin tas ", as m ais in te lig iv eis . J ulg am ossaber 0 q ue 1 5a ''fumilia'' m as observam os, ao m enos, que a nossa fumilia a tu al c omp re en de d oi s g ru po s s oc ia is , q ue h oj e c oin ci dem,m as q ue , em c erto s m om en to s d a ev o1 u9 ao s ocia l, sa o n itid am en te d istin to s: 0 g rupo d onestico - 0 do s parentes - e 0 grupoconjugal- 0 do s conjuges? P or sua ve, a nocao de ''parentesco'' tern um a longa historia, da qual resuha que esta longe de seconfim dir- com o fucihnente adm itirfam os sem reflexao - com a rela~ao fisio16gica de consangilinidade. 0 que dizer, enm o, dasno~oes economcas - as de propriedade, de salario, de valor, etc. - acerca das quais os econom istas estao longe de chegar a urnacordo?S ai bamo s, p or ta nt o, c ompr ee nd er q ue 0mundo soc ia l c on st it ui , tanto ou m ais que 0 r rnmdo f is ic o, uma terra incognita, que 15n ec essa rio e xp lo ra r p ac ie ntem en te e m in ucio samen te . N ao 1 5p or m eio d e d ed uc oes , n em d e v ero ssim ilh an ea s q ue s e faz a c ie nc ia , m ascom 0 s en time nto p ro fimd o d e u rn objeto, d e uma re alid ad e e xte rio r, q ue so o bse rv an do -o e a na-lisa nd o-o a pren de remo s a co nh ec er,e 000 o lh an do p ara n os m esm os, a na lisa nd o as n ossa s p ro pria s id eia s o u o s n osso s p re co nc eito s.

    ii. - 0 eriterio do socialA sociologia 000 p os tu la s om en te es ta n o~ ao d e uma rea lid ad e o bje tiv a d o m un do s ocia l P re ten de s er uma c ie nc ia a uto no rra, d istin tad a b io lo gia e d a p si co lo gi a, 0 q ue s up oe , e vi de ntemen te , q ue e sta r ea li da de tern s eu s c ar ac te re s p rop ri os .

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    S urg e im ed iatamen te a q ue sta o d e s ab er q ua l s era 0 c ara te r d is tin tiv o q ue n os h ab ilita a re co nh ec er e ss es fu nOm en os d e to do s o so ut ro s, q ua l s er a, n uma p ala vr a, 0 criterio do social C om efeito, e urn erro julg ar, co rm observ ava D urk heim , q ue ru do 0 q ue s e p as san a s oc ie da de e s oc ia l; ''S e a ssim fo ss e, p od eria d iz er-s e q ue 000 h av er ia n en hum a co nt ec ime nt o h uma no q ue 000 p ud ess e s er ch am ad osocial T od as as p essoas b ebem , dorm em , com em , racio cinam , e a socied ade tern tod o 0 in teresse em que essas ~oes se exercamr eg u1 arme nte . P or ta nt o, s e e ss es f uo ome no s f os sem s oc ia is , a s oc io lo gi a 000 teria u rn o bje to p ro pr io , e 0 seu domfnio confimdir - se - iacom 0 d a b io lo gi a e d a p si co lo gi a" .1. 0 constrangimento social. - E s ab id o q ue Du rk h eimj ul go u ter e nc on tr ad o e ss e c ri te ri o d o social no constrangimento que,sobre 0 in div id uo , e xer cem a s m an eira s c ole tiv as d e s en tir, d e p en sa r e d e a gir . 'E fu nOmeno social- escreve ele nas Regles - toda am an eira d e a gir, f ix ad a o u 000, s us ce tf ve l d e e xe rc er s ob re 0 i nd iv id uo u rn c on st ra ng ime nt o e xt er io r" . E c om e fe it o, ''t ra di 9o es '' d e t od ae sp ec ie , d ogmas e r it os r e1 ig io so s, imp er at iv os rmr ai s, le is e c os tumes , c on ve nc oe s d o " sa be r- vi ve r" , d a " ci vi li da de " o u d a e ti qu eta ,estilo s estetico s e reg ras das diversas form as de arte (com o a farm sa regra das tres un id ades, no seculo XV II), sistem as eco no mcos d ep ro du ca o, d e p en nu ta e d e re pa rtie ao , p ro ce ss os tecncos o u a re 1 6g ico s (c om o a s re gra s d a d erm nstra ca o m atemitic a) , e in disc utf ve lq ue t od os e ss es f un ome no s a pr es en tam 0 c ara te r comum d e e xe rc erem so bre 0 indiv iduo uma pressdo, a q ua l e le so p od eria s ub tra ir-se com perigo. Sao, na expressao de F auconnet e M auss, no artigo Socia logie da Grande Encyclopedie, instituifoes, isto e ,f orma s q ue 0 in div id uo e nc on tra ja e sta be le cid as a nte s d ele , c uia o rig em rrru ita s v ez es ig no ra , e c om as q ua is , fin alm en te , te rn d ec on fo rm ar-s e o u c om bate r, c or re nd o o s c orre sp on de nte s ris co s e p erig os .E ste c rite ria p are ce - n os s er a in da 0 m elhor qu e se p ode adotar. Em que sentido, po r exem plo , e a lingua u rn f un ome no s oc ia l? Nosentido de q ue certas fonras de se exprim ir sao, em certos m eio s, o brigat6 rias e o utras pro ibidas (regras da orto grafia, da g ram itica, d as in ta xe ). N o s en tid o, ta mb em , d e q ue e sse c on stra ng im en to e comp le tame nte e stra nh o a os in div id uo s, p ois lh es s ob re viv e: a s r eg ra s emq uestao su bsistem long os ano s, p or v ezes long os secu los, ao passo que o s in dividu os passam e rm rrem A te a maneira de nosallmentarmos, n es te s en tid o, d eix a d e se r u rn fu nome no p urame nte f isio 16 gic o pa ra , s ob c erto s a sp eto s, p ass ar a s er u rn fu nome nosocial E p or isso q ue L ucien F ebvre, o bservand o q ue 0 me io n a tu ra l 000 de tennina d i re tamen te 0 mod o d e a lim en ta ~a o d os g ru po shumanos , e sc re ve : ''0 const rang imen to socia l 000 c es sa d e a tu ar .. . C o ns tr an gimen to s oc ia l e c on st ra ng ime nt o r e1 ig io so : ambo sconfimdidos. En t re 0 hom em , os seu s desejos e n ecessidades e tudo aqu ilo que, na natureza, p ode 1 e r u ti li za do po r e le , i nt er po em- sec re ne as i de ia s e c os tumes ".Esse const rangimen to 000 s e m an ifu sta a pen as d e fo rm a s ub je tiv a, m as tamo em p or m eio d e fu nomen os o bje tiv os e e xte rio rm en tec on sta ta ve is, D urk h eim tin ha -o in dic ad o c la rame nte : 'U rn fu nome no s oc ia l re co nh ec e-s e p elo p od er c oe rc itiv o q ue e xe rc e o u q ue esuscetiv el d e exercer so bre os ind ividu os; e a presenea deste pod er recon hece-se, po r seu turno, q ue r p el a e xi st en cia d e q ua lq ue rsanflio d et en ni na da , q ue r p el a r es is te nc ia q ue 0 f un om en o o po e a q ua lq ue r emp re en dim en to in div id ua l q ue ten da a v io le nta -lo ". As an ~a o, s eg un do Maun ie r, p od e s er m f st ic a ( ex comun h1 io , ma ld i9 ao , penaenca, i nc lu sa o n o i nd ex ), j ur id ic a ( pe na o u r ep ar ac ao c iv iI ),mo ra l ( re pr ov ae ao , c en su ra ) o u s atf ri ca ( gr ac ejo , r is o, troca), Qu an to a re siste nc ia , tra du zir-s e-a , s ob re tu do , p or e ssa o po sia o a s''n ov id ad es '', q ue LEVY -Rriihl d iz se r ta o forte n as c hamad as s oc ie da de s ''p rimi tiv as '', m a s q ue t amb em 000 e d es co nh ec id a n ass oc ie da de s ma is e vo lu id as : "N a antiga Sorbon-ne - diz-nos M aunier- os quatro doutores m ais antigos, designados pelo nom e deseniores, t i nham a m issao de se opor a todas as novidades. E sabe- se com o as corporacoes de oficios lutaram asperam ente contra ain ov a~ ao te cn ic a, a te nta t6 ria " do s u so s e co stume s d o m iste r" . O s g ru po s re 1ig io so s s em pre rem p ro fe ssa do u rn v erd ad eiro m iso ne fs rm ;e foi n eles q ue pu deram conservar-se, corm em vasos fechad os, os antigo s usos. 0 tabu da novldade e a sua lei E assim , segundo urnd ita do u su al em B ea u v ais is, e n ec es sa rio s eg uir 0 habito porque todas as novidades slio proibidas",E st e c ri te ri a d o " co ns tr an gime nt o s oc ia l" e xig e, n o e nt an to , a lg uma s observacoes,1.0 N ao define a essen cia d o s oc ia l; n en hw na c re nc ia , d e r esto , p rin cip ia p or uma d efin i9 ao e xa ustiv a d o s eu o bjeto . A in da m uitom enos se trata da origem d a so cie da de , e e u rn co ntr a-se nso e sc re ve r, c om o F ra nc ois P ic arU : ''p ara D urk he im , a s oc ie da de nasceu doc on stra ng im en to ". Q u an do s e d iz q ue 0 con st ra ngimen to e 0 c ara te r d is crim in an te d os fu nome no s s oc ia is, e c la ro q ue se tra tauni camen te - 0 p rop ri o Du rkh eim 0 a fi rmo u r rr ui ta s v ez es - d e u rn s imp le s " si na l e x te rio r" , q ue p erm it e " de limi ta r 0 cam po dainvestiga~ao" (Regles, p. XX) : n ad a ma is .2. 0 N ao se pode falar num const rangimen to artificial, e e urn outro con tra-senso ob jetar a D urk heim , co mo rez 0mes rm a uto r: "A ss up er st i9 0e s e o s tabus 000 re su ham d a v on ta de d e u rn le gisla do r q ue o s p ro dig aliz a c om mao g en er os a. E xis tem n os c ostume s a nte sd e ser co dificado s" . Um a tal interp retacao vai d e enco ntro ao co njun to da obra de D urk heim , e do s textos m ais form ais: ''0co nstrangim ento - D urk heim teve 0 cuid ado d e p recisar - 000 d eriv a d e u rn a co rd o c on ve nc io na l q ue a v on ta de h um an a a cre sc en to uin te ir am en te a re alid ad e; n as ce d as p ro pr ia s e ntra nh as d a re alid ad e; e 0 p ro du to n ec ess aria d e c erta s c au sa s" . E , a trib uin do a C om te ,p re cis am en te , a h on ra d e ter posto fu n ao preconce ito "a rt if icia li s ta " , e screvia : "A s i ns ti tu ic oe s d os p ov os j a 000 p od em s er c on si de ra da scomo 0 p ro du to d a v on ta de , m ais o u m en os e sc la re cid a, d os p rin cip es, d os h om en s d e E sta do , d os le gis la do re s" .3.0 F in alm en te , p ara se r v erd ad eir am en te d es c rim in ativ o d os fu oome no s so ciais , es se ca ra te r d e c on stra ng im en to d ev e tamb emd istin gu ir-s e d a fu ta lid ad es d as le is fisic as . N es te p on to , n o e nta nto , a d is ~a o e m ais d elic ad a. S eg un do D urk he im , 0 constrangimentos oc ia l s er ia , s ob re tu do , u rn c on st ra ng ime nt o mo ra l; s er ia e ss en ci alme nt e d ev id o " ao p re st ig io d e q ue e sta o i nv es ti da s c er ta srepresentacoes", E b ern verdade q ue 0 c on stra ng im en to s oc ia l a ge , n a m aio r p arte d os c as os , p or in te rm t\d io d e uma id eo lo gia ; m asm ais adiante v ok arem os a tratar no vam ente d este po nto. Su cede, to davia, que o s sistem as so ciais se m an tem , m esm o d ep ois de terem

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    p er di do t od o 0 ' 'p re st fg io '' . Nao s er a u rn pouco 0 caso do nosso sistem a econom ico atual? N ao esta ele urn pouco dim inuido no caraters ac ro ss an to q ue f ile a tr ib uf am o s e co nom is ta s " or to do xo s',? Con se gu ir ilo , a in da , i lu di r a l gu em a s v en en iv eis ''h anmni as e co nemc as " q ueBas ti at c ele br av a? E n o e nt an to , 0 s is tema mantem -s e; ''r es is te '', c orm d iz Du rk he im , e r es is te e ne rg ic amen te , v io le nt amen te , p or v ez esc ru e1men te . Ka rl Ma rx , p ar ec e-no s, vi u bem neste ponto. N um a carta dirigida a A nnenk ov, em 28 de dezem bro de 184 6, a propositode Prou dhon, escrevia ele: ''0 que 15a sociedade, seja qual ror a sua form a? Eo produto da ac;ao reciproca dos hom ens. Podem osh om en s, 1 iv remen te , e sc olh er q ualq ue r fo rm a? D e m an eira alg um a. T om erm s u rn e stad o d efin id o d o d ese nv olv im en to d as fo rc asprodutivas dos hom ens, e tererm s um a form a definida da distribuil(ao e do consum e. Tom erm s urn determ inado grau ded ese nv olv im en to d a p ro du ea o, d a d istrib uic ;ao e d o c on su rm , e te rem os uma o rd em so cia l d eterm in ad a, uma d eterm in ad a o rg an iza c;a oda fiuniIia, d as ca sta s o u d as cla sse s, n um a p ala vra , to da uma d ete rm in ad a s ocie dad e civ iliz ad a ... E s up erflu o ac re sc en ta r q ue o shomens 000 p od em es co lh er liv rem en te as su as fo rca s p ro du tiv as . A s fo rc as p ro du tiv as sa o 0 re su lta do d a en erg ia h um an a em a c;a o;m as e ssa m esma en erg ia 1 5c on dicio na da p ela s re lac oe s em q ue o s h om en s s e en co ntram , p ela s fo rc as p ro du tiv as ja a dq uirid as, p elafo rm a so cial p ree xisten te q ue ele s c ria ram, q ue 1 50 p ro du to d a g er ac ao a nte ri or ".Assim, 0 c on st ra ng ime nto s oc ia l d ei xa a p or ta a be rta , 000 a uma lib erd ad e ab so lu ta , 1 5cla ro , m as a ac ;ao h um an a. C om efe ito , ao p as soqu e 0 c on str an gime nt o : fis ic o pr ov em d e uma f on te to ta 1men te e str an ha a o homem, 0 cons trang imen to social 15ex te rio r ao individuo,mas e nv olv e e lemen to s h uma no s. Aq ui, 0 h om em v e-s e p ris io ne iro d os ferro s p or s i p ro prio fo rja do s: a a c;a o h um an a c ris ta liz a-se emi ns ti tu ic ;5 es , em tr ad ie oe s, c ujo p od er d e c on st ra ng imen to p es a, em s eg uid a, s ob re 0 proprio hornem N uma epoca em que verm s atecnca humana vol ta r- se con tr a 0 hom em e, com frequencia, criar a m seria, ela que se destinava a criar a riqueza, corm poderernosd ei xa r d e n os s en tir imp re ss io na do s p or e sta c ar ac te ri st ic a m!ixima d os f en ome no s s oc ia is ?2.A "conscienci coletiva", - 0 c on str an gime nt o mo ra l, s ob re 0 qua l t an to i ns is ti u Du rkh eim , 000 passa de urn asp eto particular doc on stra ng im en to s ocia l N em p or iss o d eix a d e se r v erd ad e q ue es se as peto ''m oral'' o u " id eo 16 gic o" d o co ns tra ng im en to so cial s eja ,rea 1m en te , u rn d os se us a sp eto s m ais a pa ren te s e m ais se nsiv eis, e 1 50 q ue sig nifica , so bre tu do , p ara n os , a n oca o d e " co ns cie nciacoletiva" . 0 hom em apercebe a sua natureza social e 0 c on ju nt o d os f enOmen os s oc ia is , a tr av es d e u rn c omp li ca do d is fa rc e i de o1 6g ic o;e 1 5neste sentido que poderm s dizer, com M auss, apesar da expressao se prestar urn pouco a equivocos, que os fenornenos sociaiss ao f eoomeno s artijiciais, convencionais, quer dizer, que resultam , em parte, da ideia que 0 hom em bern deles, em vez de serempurarrente naturais, n o s en ti do b io 16 gi co d o terrm,R ec ord erm s aq ui a s in dic ac oe s d o h is to ria do r P au l L acomb e e d os p sico -s oci6 lo go s so bre "0 p od er d e co ns tra ng im en to " d a op in iao ,P ensernos no sentido e no valor que tom am , em certos rneios, as classifcacoes de ''bern pensante" e de "mau e sp fr it o" . P en semo s n es ses en tirren to d e ''re sp eito '' q ue in sp iram c erta s re pres en ta co es, e sp ec ia hn en te as re pre se ntac oe s m orais, e d o q ua l K an t fiz era 0s en tirren to m ora l p or ex ce le nc ia , O bs erv em os q ue, p or v ez es, e ss as rep re se ntac ces se tomam v erd ad eiro s " do gm as" , co rm , p ore xemp lo , e ss es " do gm as se xu ais " re cen teme nte a na lisa do s p or A drien ne S ah uq ue . E c om pre en dere rm s q ue , a pes ar d as o bje co es q uep ro vo co u, a n oc;a o d e " co ns cie ncia c ole tiv a" tam bem e xp rirn e fe nomen os in co nte stav eis, - ta o in co nte stav eis q ue o s p sic olo go scontemporaneos fizeram, em n oss os d ias , 0 u so m ais fe cu nd o d a id eia d e q ue uma g ra nd e p arte d o p siq uis rn o in div id ua l se e xp lic a 000p elo in div id uo , m as p ela s c on dieo es q ue file sa o im po stas p elo m eio s ocia lB ern e nten did o, tan to a qu i c orm a p ro po sito d a n oc ;ao d e co ns tra ng im en to so cial, d ev erm s sa be r d esemb ara ca r-n os d e id eiasp rec on ceb id as so bre a " es se neia " d as c oisa s e c olo car-n os n um p on to d e v ista p uram en te m eto do 16 gic o. A n oc ;a o d e co ns cie neiacoletiva 000 im plica n ece ss aria me nte - D urk heim in sis tiu b astan te n este p on to - uma e sp ecie d e su bs ta no ia liz ac ao d a " alm a s ocia l" .E la s ig ni fi ca apena s que , nas proprias consciencias individuais, existe uma esfera completa de representacdes, de sentimentose de tendencias, que nao podem explicar-se pela psicologia do individuo, mas somente pelo proprio fato do agrupamentodos individuos em sociedade. A e ste re sp eito , to do 0 nnm do parece prestes a estar de acordo. E assim que R-E. Lacom be, que, nos eu es tu do s ob re ''0 met od o s oc io 16 gi co d e Dur kh eim" (La methode sociologique de Durkheim) tao vivamente c ri tic ou a n oc ;a o d ec on sc ie nc ia c ol et iv a, r ec on he ce q ue , n o e nta nt o, "0 a gr up ar ne nt o d os h omen s em s oc ie da de da o ri gem a s en ti rr en to s q ue 000 so saob ern d istin to s d a m ed ia d os es ta do s d l a hn a in div id ua is , m as tam bem fa z i nt er vi r e lemen to s que t al ve z 000 f os se p os si ve l e nc on tr ar emn en hum d os m embro s d o g ru po , a nte s d e a pro xim ad os" . A so cio lo gia nilo n ec es sita d e m ais e, n o fu nd o, D urk he im n un ca p re te nd euoutra coisa: "Se, pode di zer-se - escrevia ele - que sob certos aspetos, as representacoes coletivas sao exteriores as conscien ciasindiv iduais, 15porque e las 000 d eriv am d os in d iv id uo s toma do s iso la dam en te , m as d a su a a ss ocia c ;a o, 0 que 15bern d i fe ren te" .Q u er isto d ize r q ue a n oc ;ao d e co nsc ren cia co le tiv a, ta l c orm fo i u tiliz ad a p ela so cio lo gia d e D urk h eim , 000 p ro vo qu e n en humad if ic ul da de ? Dec er to q ue 000. Em pr imei ro lugar, a co rsc ie nc ia " co il tiv a" s era , n ece ss aria rn en te , a d o g ru po in te iro 1 E sta rro s emp re se nc a d e uma s impl if ic ac ;a o a bu si va , q ue n em t od os a dm it ir ao s em d is cu ss ao : 'E assim i - observa Lacom be - que um a sociologiabaseada na noc;ao de classe, corm a sociologia m arxista, vera nas regras juridicas apenas a expressao da m oral da classe dirigente. Ed e n ot ar q ue a s oc io lo gia d ur k- he im ia na 000 a trib ui q ua lq uer im po rtan cia a n o-ca o d e cla sse : 1 5q ue , p ara e la , to da s as reg ra s s ocia iscorrespondem ao pensarrento da coletividade inteira. M as trata-se de urn postulado que mmca se justifica e que 15contestavel",N oterm s, contudo, que, m esrm tendo em conta estas reservas, a noc;ao de consciencia coletiva 000 perde de todo 0 seu valor. N a suaTheone du materialisme historique, o bs er va Bou -KHAR lNE q ue 1 5,e vid en teme nte , n ec es sa ri o e vi ta r f az er d a " co ns ci en ci a c ole tiv a"um a realidade m is tica, m as que esta expressao indica, no entanto, dois fenOmenos que podem os observar em toda parte e em qualquerrmmento: 1 .0 - que em cada epoca M um a tendencia dom inante nos pensarren-tos , nos sentim entos, nos estados de alm a, um ap si co lo gi a dominant e que i n f lu i em toda a vida social; 2 - que essa psicologia dom inante se rm difica em func;ao do "carater da epoca" ,

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    q ue r d iz er, n a n ossa 1 in gu ag em , em fim 9a o d as c on dic oes d a ev olu ya o so cial" . C om efe iro , ex plica 0 n os so a uto r, u mas v ez es e xistemcaracteres psicolOgicos gerais, que po dem reencontrar-se em todas as classes da sociedade porque, apesar da diversidade dass itu a(j:o es o cu pa -d as p or e ss as cla sse s, p od e h av er uma ce rta an alo gia en t re e ss as s it ua (j :o es "; a ss im , no r eg ime f euda lh av ia c ar ac te re sps ico16g icos connms, tanto n o n ob re se nb or c om o n o c am po ne s: d ed ica cao p elas v elh arias , ro tin a, tra dic ees , s ubmis sa o a au to rid ad e,m edo de D eus, estagnacao do pensam ento, aversao por todas as inovacdes, etc" , - e isto em virtude, sim ultaneam ente, do caratere st ac io ru ir io d a soc ie -c ie dade ( " movi rn en to i nt el ec tu al v ei o, mai s tarde, das cidades) e do fato de, sob 0 regime patriarcal , 0 cam-poness er " so be ra no e p ai" n a s ua fumilia como 0 senho r era "soberano e pai" no seu senhorio. O utras vezes, e na m aioria dos casos, ap si co lo gi a d a classe dominante im poe-se tao fortem ente na sociedade, que da 0 tom a toda a vida social, subm etendo are as outrasc la ss es a s ua in tl ue nc ia .M as su rg em a go ra d ificu ld ad es , em n os sa o pin ia o m ais g rav es. E preciso confessar que, na doutrina de D urk heim , a genese dac on sc ien cia c oletiv a 1 5uma co isa b as ta nte o bsc ura: " Ag re gan do -s e, p en etra nd o-se e fim din do -s e a s a hn as in div id ua is - d iz D urk heim- dao origem a urn ser, psfquico se quiserem , m as que constitui um a individualidade de urn novo genero" , C onfussam os que n a ocompreendemos 0misterio d es sa f us ao d as a hn as i nd iv id ua is . N ao lui d uv id a q ue , p ri nc ip alme nt e n as mu lt id oe s, s e p ro du z q ua lq ue rc oisa a nalo ga a o q ue D urk heim d es cre ve . M as , em p rim eiro lugar, 0meca ni smo d es sa s in te ra co es p sf qu ic as 1 5a in da mal c on he cid o: 0p ro prio D urk he im , n o se u liv ro Le Suicide, demmc iou tudo 0 q ue d e eq uiv oc o se d iss im ulav a a tras d a n oc ao d e " co nta gio m en ta l" , ta lc omo a a pr es en ta ra Le Bon P or o utro lad o, so bre tu do s e a dm itirm os a in terp re tac ao in dic ad a, d eix a d e d istin gu ir-s e 0 que s ep ar a 0p on to d e v is ta p ro pr iamen te s oc io lo gie o, 0 de D urk heim , do ponto de vista interpsicologico. 0 que se passa num a sociedade seriaid en tic o, so c om d ifu re n(j:a d o g ra u d e sistem atiz aca o, ao q ue se p as sa n um a sim ple s m ultid ao . O ra , n a n os sa o pin iao , 1 5aq ui q ue es ta 0e rro . O bse rv em os , p or o utro la do , q ue a p ala vra "mu ltid ao " 1 5e xtrem am en te v ag a: se ria, p elo m en os, n ec essa rio , s eg uin do G eo rg es Le-f ebvr e, d is ti ngui r a mu lt id ao p ropr iamen te d it a, 0 simples agregado, da reuniiio voluntaria. Q uando da discussao travada, em 1932 , noCentre international de Synthese, chegou-se a acordo sobre a ideia de que a m ultidao nao 15urn renom eno social, m as que 15 ,aocontrario, "0 estado de um a sociedade em decom po-secao", urn estado em que a sociedade se encontra nao som ente, na expressao deDupreel, "sem separa-(j:oes,m as em que ela ''perde a sua estrutura", em que " esm suspenso 0 estado de sociedade", - que, longe dese r ' 'urn r en ome no p rimit iv o, em c ert o s en - t id o p re - s oc ia l" , e la p ro pr ia s up oe ' 'urn s ub st ra to s oc io lo gi co " , e q ue , e sp ec ia lm en te , n osp erio do s re vo lu cio na rio s, a d esp eito d a o pin ia o a ntec ip ad a d e u rn Le Bon , ''n ao 1 5a m ultid ao q ue fa z a revoluy ao, m as a m assao rg an iza da " e q ue " 15 ,p or ta nto, n ec es sa ri o d is ti ngui r 0 r en omen o d e mu lti da o, q ue 1 5p as sa ge ir o, d o mo vir ne nt o revolacionario",Por outro lado, nao era nessa concepcao m uito vaga da conscienca c ole tiv a q ue s e e nc on tr av a, c omo d is semo s, 0 primitivopensam ento de D urk heim . E m certas passagens, exprim e-se ele de m aneira bern diversa: ''O s reoom enos sociais - escreve ele - naod if er er n s o em q ua lid ad e d os r en ome no s p sf qu ic os : tem um outro substrata", N ao restam dU vidas que, por esse " substrato", 15necessa r io en tender 0 c on ju nto d as c on dieo es d e q ue D urk heim fuzia 0 o bje to d a ''rro rfu lo gia s ocia l" . 0 re sto d a p as sa gem c ita da d i-loc om b as ta nte c la re za : ''0 que as representacoes coletivas traduzem 15a m aneira de pensar do grupo nas suas relacoes com os objetosqu e 0 afetam Ora, 0 g ru po 1 5c on stitu fd o d e m an eira d iv ersa d o in div id uo e as c ois as q ue 0 a fe tam sa o d e uma o utra n atu re za" .E xistem , p orta nto , re pre se nta co es , se ntim en to s, etc , c ole tiv os, n o se ntid o d e q ue to do s e sse s e sta do s se ex plicam, n ao p ela e stru tu rap sico -o rg fu ric a d o in div id uo o u d a ''n atu re za h um an a" , n em tam bem p or q ua lq uer es pec ie d e "coalescenca" das consc ien -c ia s i nd iv id ua is , ma s ant es pela estrutura dos difa rentes grupos sociais. Ente nd id a d es ta ma ne ir a, a " co ns ci en ci a c ol eti va " d ei xa d ecorrer 0 risc o d e so to rn ar n um a e xp lic a(j:ao g era l, c om o, c om c erta ra zao , s e tern a firm ad o: e la p ro pria 1 5u rn p ro du to , 0 d ev e, p or iss o,e xp li ca r- se p elo s eu " subs tr at o" .

    III. - 0 DETERMINISMO SOCIOLOGICOUma ter ce ir a no( j: ao i nd is pens av el a c ie nc ia a de determinismo. T od av ia , tra ta nd o-s e d e reo om en os h um an os , p arec e q ue ja na opode cons ide ra r -se 0 determ inism o com o rigoroso: ''D e fato - escrevia V idal de La B lache - tudo 0 que se rem ao homem 15c on tin ge nt e" . E e st a t es e r o ~ n at ur alme nte , a pr ov ei ta da p or mui to s h is to ria do re s e g eo gr af os ,Ma s e ss a nO( j: ao de " co nt in ge nc ia ", a li as t ao mal d ef in id a, s o p od ia t er u rn s en ti do acesavel, Opoe -s e, n ao a o d et en ni ni smo , p os tu la doin disp en sa ve l, d e q ualq ue r c ie nc ia e d e q ua lq uer ex plica cao ra cio na l, m as a uma c on ce pc ao m uito re strita , p uram en te m ec an is ta e ,e sp ec ia lment e, p ur ament e g eogr af ic a, d o d et ennini smo . P ra ti camen te , s ig ni fi ca imprevisibilidade: impr ev is ib il id ad e dos f at es humano sno que eles tern de ocasional, com o dizia P aul L acom be, tal com o se localizam no tem po e no espaco e se concretizam num aim en sid ad e d e d eta lh es s in gu la re s, - m as n ao im prev isib ilid ad e d as g ran de s fu se s d a ev ole ca o h um an a, d os re nomen os so ciais n o q uee les rem d e cie ntificamen te c on he civ el Im prev is ib ilid ad e, n um a p alav ra , n a e sc ala h is to ric a, - e n ao n o p lan o s ocio 16 gico .

    1.A nOfiio de"fato": acontecimento histOrico efenomeno sociolOgico. - A soc io lo gi a p re te nd e s er uma c ie nc ia e xp er im e nta lD ev e, p ortan to , p artir d e fates, E esta a profunda diferenca que a separa de tudo 0 q ue p od e c hamar -s e f il os of ia s oc ia l, f il os of ia d ah is to ri a, e tc ., e , s ob re tu do , d a a nt ig a e co nomi a p ol it ic a a bs tr at a, c omo i nd ic a S im ia nd emLa Methode positive en scienceeconomique: E ss e met od o, e sc re ve 0m esm o auto r no principio da sua obra Le Salaire, opoe-se, ao m esm o tem po, as teorias semfates e ao estudo de fatos sem teoria: " A econom ia experim ental tern tao pouco de econom ia conceituai pura com o de historia ou de

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    s imp le s e st ati st ic a. P re te nd e b as ea r- se em fatos e nao em ideas; mas quer ir alim da simples constatar,;iiodosfatos e visa aestabelecer relar,;oessuscetiveis de explicar essesfatos".Aqu i, c om e feito , co rm n os o utro s d om fn io s, 0 fa to c ien tffico d istin gu e-se d o fato b ru to . 0 f at o b ru to , n o d om fn io s oc ia l, e 0 fa tohistorico,1.0 0h is to ri ad or p ar te d as nocoes v ul ga re s. T ra ta -s e, p or e xemp lo , d e h is t6 ria religiosa. Mas 0 que e a religiao? Corm ba de 0h is to ria do r d elim itar o ssa ''p arte'' q ue p rete nd e s ep ara r d a tram a d os fatos? Confesserros q ue, n a m aio r p arte d os c as os, 0 h is to ria do rn ao p en sa n esse p ro blema: p arte d a o o'Y ao co rre nte d e re lig iao , q ue a a sso cia e streitam en te a d e d iv in dad e. A mesma obse rvaeao podefazer-se a proposito da ideia de nar,;iio.Qu an do Cam il le J ul lia n fala d e uma 'u aca o in do -e uro pe ia ", d e uma ''n a'Y ao fta lo -c eltica " o u d euma 'n ac ao ligure", quando L. F eb vre , p ara p ro va r a " an tig uid ad e d os ag ru pamen to s n ac io na is" , a leg a: " os E sq uim 6s, q ue a in da h oje see ste nd em d esd e 0 A la sk a are as c osta s o rien ta is d a G ro en Ja nd ia" , e p ermi ti do f ic ar p er pl ex o em presenca da iodetermnacao em q ue,em ta is c as os , e deixado por eles 0 conceito de na'Y ao.No co es ta o m a l d efin id as n ao p od em toma r lu ga r n a c re ncia . O s fa te s d ev em se r, p rim eiro , d eterm in ad os e d elim ita do scuidadosamente, E isso que procuram fazer os soci6logos, e, bem entendido, tam bem os historiado res e econom istas, quando sao urnpouco sociologos. Ass im , o bs er vam a lg un s, e xis tem r e1 ig iO es s em d eu se s: p or e xemp lo , a s g ra nd es r e1 ig iO es da in di a. 0 Budisrm,d iz em , to do s d e a co rd o, B urn ou t; B arth , O ld en be rg , C ha nte pie d e la S au ssa ye , etc , e , as sim co rm 0 J ain isrm , comp letame nte a te u.Mesrm n a v id a ch in esa , d iz-n os G ra -n et, " 0 se ntim en to d o s ag ra do d es em pe nb a u rn g ran de papel, m as os objetos da veneracao na osao deuses, no sentido estrito da palavra". A acreditarrros em D urk heim , so a n09ao de sagrado se ria e ss en cial e n ao a d e d iv in da de .o problema e 0 rresrm para a x!eia de nacao, Long e de ad mitir que a na'Y ao e u rn futo rrruito a nt ig o, o u a re p rim it iv o, u rn ju ri st a c ormMau ric e H au rio u afirm a q ue a fo rm a'Y ao d as nacoes s e s it ua n um n iv el j a e le va do d a e vo lu ya o socia l , e H auriou define a nacao pelostres caracteres seguintes : a 1ixa9ao ao solo (0 que ja exclui todos os povo s nom ades), urn laco de parentesco espiritual e a 009ao dau nid ad e d o g ru po .Mu lt ip liq ue rm s o s e xemp lo s; p or qu e e n ec es sa rio c om pre en der q ue a determinar,;iiodoJato e uma c ois a ta o im po rtan te e, p eloIOO00S ,tao necessaria em sociologia corm nas outras ciencias. H a um a 009ao lata e vaga de salarlo: 0 senso corm nn entende por elaq ua lq uer re rram erac ao d e tra balh o, s eja e la q ua l ro r. V eja rro s, p elo co ntra rio , c om q ue p re cis ao S im ia nd d efin e e ss a n oca o: ''0 salario-dizele-e a porcao de moeda em troca da qual e alu ga do 0 trabalho puro de urn operario", 0 salaro imp1ica ,po r tan to , pe lo IOO00Sc incoelementos: 1 .0 - um a relacao de troca; 2.0 - uma renuneracao em moeda; 3.0 - u rn a lu gu el d e servicos, p orq ue 0 sa larior er rnmer a uma prestar,;iiode trabalho, e nao 0 agente do trabalho, a propria pessoa do traballiador (corm sucede 00 regim e daescravidao), nem 0 produto do trabalho (corm sucede para 0 produtor independente) ; 4.0 - urn traballio puro, que r d iz eri nd ep en de nt e d e q ua lq ue r o utr o elerrento, p elo IOO0 0Sem p rin cip io , como , p or e xem plo , 0 fornecirrento de materas- p rima s, d eferramentas, de local, etc; 5.0 - urn trabalho de operdrio, q uer d ize r, n o q ual d om in e 0 tra ba llio m an ualo u lig ad o a u rn ere ito m ateria l(a condueao de um a miquina).E , fin alrren te , o utro e xemp lo . E xiste uma 0 09 ao c orren te e v ag a d e revolur,;iio.E xam in em os , p elo c on tra rio , 0 e stu do q ue m ic he l rale ac on sa gro u a L'idee de revolution dans les doctrines socialistes. Em p rime ir o lu ga r, t en ta e nc on tr ar uma d ef in ilYa od a r ev ol uy ao , eo bt em a s eg ui nte f O m r u I a : "A revo luyao e a conquista do poder pU blico por um a classe (pie nunca 0 tenha ocupado antes, com 0 fu n deim po r a o g ru po inteiro u rn n ov o p ad ra o d e v alo res ". D ela res ulta m tres elerrentos; 1 .0 - u rn c orp o s ocia l, m as n o q ual ex iste u rn g ru pofracioruirio; 2.0 - u rn id ea l, u rn p ro grama d e v alo re s; 3 .0 - uma t ra ns fe re nc ia d e p od er .Nao pretender ros , e c la ro , q ue t od as a s d ef in ilYo es qu e a ca bamo s d e r ec or da r s ej am i nd is cu ti ve is . B er n a o c on tr ar io , q ui semo s rms tr arque surge urn problem a a proposao de cada um a delas. 0 soci6logo, nao podendo contentar-se com 0 fato bruto, deve,n ec essa riarre nte, p ro ced er p or an alise , p or d elim ita 9ao e c on stru ca o d e c on ceito s, em a co rd o, b ern en te nd id o, c om a e xp erie nc ia , coma rea lid ad e o bse rv av el, a pro xim ad am en te co rm fa z 0 fis ic o.2.0 Segunda d if er en ca d a h is t6 ri a. 0 fato hist6rico e , a re p or d efin ilY ao ,0 fato sin gu lar, 0 a co nte ciro on to : " Os fa tes h ist6 ric os - d izemL anglois e Seignobos - sao localizados; existiram num a certa epoca e n um dado pais; se lhes retirarros a IOOn9ao do tem po e do lugaro nd e e les s e p ro du ziram , p erd em 0 c arate r h is t6 ric o" . A s ocio lo gia, e e vid en te, n ao a bstrai d a e vo lu yao so cial: isso se ria su prim ir 0 se uproprio objeto, visto que, corm ja disserros atras, 0 soci6logo encontra-se sem pre em presenca de acoes, de fim 9oes, de realidadesd in fu nica s q ue, d ep ois, s e d ese nv olv em n o temp o. M as a d ifere nc a e ntre r a h ist6 ria e a so cio lo gia co ns iste, p re cis arre nte, e m q ue e stas up rim e a c on sid era cao d o temp o como tal: assim com o 0 espaco V azio nao e um a causa, tam bem o tem po abstrato e a cronologian ao co ns titu em uma e xp lic aca o, 0 q ue a s ocio lo gia d ev e co nsid era r, p ortan to , sa o o s d ifere ntes fato re s e o s d ife ren te s e lemen to s q uepreenchem esse quadro vazio do tem po, - pois a data s o con st it ui , n o fu n d e c on tas , u ma c ham ad a d os fa to re s c on comita nte s q uec on co rr emp ar a p ro du zi r u rn c er to r es ult ad o. 0 que produziu a R evoluy ao de 1789 ou a gue r r a de 1914 nao foram as " datas futidicas"de 17 89 ou de 1914 ; foi urn concurso de causas que se encontraram reunidas nessas datas. 0p ap el d a s oc io lo gi a e p ro cu ra r, d em aneira geral e abstraindo da data, essas a90es causadoras, essas leis. M as, para isso, e bern evidente que ela precisa de considerar osf at es s oc ia is c orm Jenomenos su sce tiv eis d e re pe tie ao , e se gu nd o u rn p on to d e v is ta , a re c erto p on to , in tem po ra l

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    2. A noriio de tipo em sociologia. - 0 que co nstitu i 0 objeto da socio lo gia nao e 0presente, 0 atual, c on si de ra do c orm tal, mass im , c omo d iz ia S ir ni an d, 0 tipico. E retivam en te, na m edida em qu e se eleva acim a d os fates sing ulares, a so cio logia, corm tod as asou tras c ienc ias , ve-se ob ri gada a con s- ti tu ir t ip o s.''O s sociolo gos - escrev ia D urk heim - m ostraram q ue certas in stituicoes rm rais e ju ridicas e certas crencas religio sas eram iden ticasa s im e sm as em toda parte onde as condiroes da vida social apresentavam a mesma ide7itidade. Con sta to u-s e E le c erto s u so ss e a ss em ellia vam a re em p eq ue no s d eta lh es , e is to em p afs es rrru ito a fa sta do s u ns d os o utro s e e ntr e o s q ua is rnmc a h ou ve q ua lq ue re sp ec ie d e c omm ic ac ao ", E c ita va a lg un s e xemp lo s: " Ce rta c erimOnia n up cia l, p urame nte s im bo lic a n a a pa re nc ia , c orm 0 rap to d an oiv a, e nc on tra -s e e xa tame nte em to da p ar te o nd e e xiste u rn de te nn in ad o tip o fumiliar... O s u so s m ais b iz arro s, c orm a cou. Vade, aex ogam ia, etc, o bservam -se en tre o s m ais diverso s pov os e sao sintom itico s d e urn deten ninad o estado social 0 direito d e testarap arece num a detenn in ada fuse d a historia e, confu rm e as res~ iies m ais ou m enos im portan tes qu e 0 Iimitam, pod em os dizer em qu ermmento d a e vo lu ca o s oc ia l n os e nc on tr ar ro s" .D e r es to , o s a nt ro po lo gi sta s h av iam a be rt o 0 c am in ho a e st as c la ss if ca co es , c ar ac te riz an do a s d if er en te s e ta pa s d a p re -h is to ria h uma nasegun do a su a tecnca e d is tin gu in do uma ''id ad e d a p ed ra " ( um a a da p ed ra la sc ad a o u p a1 eo litic a, a q ue s e su ce de u, da p ed ra p ol id ao u n eolitica), um a ''id ade de cob re" , um a ''id ade d e b ron ze" e u ma ''idad e d e ferro", It certo qu e estas classifcaco es ja nao rem ho je,ao s o lhos d os antro po lo gistas e dos etoo grafo s, a rig ide qu e lh es era atribuid a n outro s tem pos. M as n ao deixa de ser verd ade que asi nv es ti ga co es d a e tn og ra fi a, p en ni ti nd o q ue s e e st ab e1 ec es sem c er ta s c or re sp on de nc ia s e nt re a v id a d os ''p rimi ti vo s'' a tu ai s e a do sh ome ns d a p re - h is t6 ri a, v ie ram c on fi rm a r e st a n or ;: ao .''C erto s pov os ain da hoje selvagen s ou d esaparecid os n um a data recente - escrev ia em 1908 J os ep h d ec he le tt e, n o seuManueld'archeologie prehistorique celtique et gallo-romaine - a in da n ao s ai ram d as p rime ir as f us es d e uma c iv il iz ar ;: aorudimentar. Entreo s pov os cacad ores d a O ceania, da A frica e d a America, enco ntram -se a1guns d os c ar ac te re s e ss en cia is q ue c ar ac te ri zam a s p rime ir astrib os hum anas qu e ocup aram a E uropa. A etno grafia com parada derron stra que se encon tram co stum es sem ellian tes em tod os o spovos p r imi t ivos. E a ss im q ue 0 e stra nh o c on ce ito d o to temismo a pa re ce n a b ase d as p rim eira s c re nca s r elig io sa s d a h um an id ad e, ta ntoen t re o s selvag en s da A ustralia co rm no s indio s da America d o N orte. E stam os, p ortanto , au to rizados a ad mitir no s cacad ores de renasd a E uro pa o cid en ta l a ex iste ncia d e re nome no s so ciais a na lo go s, se e ssa h ip ote se illr c or ro bo ra da p or u rn c on ju nto d e f ato sa rq ue o1 6g ic os. E , p re cis am en te , a s g ra vu ra s e a s p in tu ra s d as c av er na s q ue se rv iam d e a brig o a e ssa s tr ib os q ua tema ria s n ao p od em s erme ll io r e xp li ca da s q ue p or p ra ti ca s m ig ic as , d er iv ad as d o t ot em is rm ."E s ta s co rr esponden ci as ent re a e tn ogr af ia do s ' 'p rim it iv o s' ' e a p re -h is to ri a r rr ul ti pl ic ar am- se Iimedi da q ue o s n os so s c on he cime nt osa um en ta vam. Q u an do en co ntr arro s g ra va da s n as g ru ta s p re - h ist6 rica s fig ura s d e a nim ais, c orm n a g ru ta d os T re s Ir milo s, o u e sc ulp id asco mo na de M ontespan, e criv ad as d e lancad as ou d e frech adas, po derem os d eix ar d e apro mixar esses fatos do s ritos de fe i t i ca ra qu ea in da p ra ti cam r rr ui to s " se lv ag en s" a tu ai s e q ue a re s ob re vi vem n o i nt er io r d os p ai se s mais avanead os? 0 farm so ser h ibrido com cabecade animal, da g ruta d os T res Irm ao s, fa z p en sa r, i nc on te sta ve hn en te , n a i nd ume nt ar ia d os ''f ui ti ce ir os '' e n as ma sc ar as z o- omo rf as d oSudao, ao passo que a danca das m ulheres da gruta de C ogul, Iivolta du rn ser m acho, ev oca as d ancas fiilicas e o s ritos d efecu ndid ade. E e u rn histo riado r, L ucien F eb vre, q uem , reco r-d ando -no s q ue, segun do M organ , no seculo XV III u rn pov o do U ral, o sVogouls, vivia a in da n as c av ern as, c om o o s h om en s d a p ed ra la sc ad a, a cre sc en ta a s eg uin te re fle xa o: ''B elo e xemp lo d e p ers iste nc ia ,em p1eno seculo XV III, d o genero de v id a t ip ic o do homemp re -h is to ri co " ,P on do d e la do a p re -h is to ria , e p os siv el d is tin gu ir, n as so cied ad es m ais e vo lu id as , a na lo gia s q ue a tin gem, nilo to do s o s d eta lh es , e c la ro ,m as p elo m en os , c om o d iz ia D ec he le tte , " os c ara cte re s e sse nc iais " d e c erta s in s~ oes . E a ss im q ue He nr i Hu be rt , p ro cu ra nd o e xp li ca ro druidism o, no seu livro sobre os celtas, observa: "Uma corrparacao co m fato s nao in do-eu rop eus d ar-no s-a a ch ave d essasin s~ oe s, r mstr an do -n os c o1 etiv id ad es a bs oh rtamen te s em ellia nte s Iidos druidas e dos bram anes, e cujo lugar na evo1ur; :aodoto temism o e b ern c la ro , q ue s ao a s c hama da s so cie da de s s ec re ta s d a C olUmbia B ritfu lic a e d a M ela ne sia , q ue , n a r ea lid ad e, s aov erd ad eira s c on fra ria s ... E la s toma vam c on ta d as h era nc as ja ce nte s em s oc ie da de s o nd e 0 t ot em ismo e sta va em v ia d e d es or ga niz ac ao .Sao confrarias dessa ordem que esrao na origem do bram anisrm e do druidisrm ". - Ja aW im os a essas duas form as arcaicas dap em ru ta , d e q ue a e tn og ra fi a r ev el ou a e xi st en ci a e nt re p ov os r rr ui to d if er en te s: 0potlatch e 0 comercio silencioso. O ra, n ase co nom ia s d a a nt ig ui da de e n os s is temas j ur id ic os h in du , g ermf ur ic o, c hi ne s, e tc , (Mau ss ), d is ti ng uem -s e v es ti gi os d o potlatch, eM au nier derm nstro u que a taoussa C abila, qu e abrang e, p elo m en os, to da a reg iao do M agh reb, nao deix a d e ter certas an alogias como potlatch d as s oc ie da de s in fu rio re s, e q ue c on stitu i, c orm e 1e , um a e sp ec ie d e d om ritu al e fe stiv e. Q u an to a o " co rr erc io sile nc io so ",bastara o bservar q ue e m en cionad o n a an tig uidad e po r H erodo to (IV , C XCV I) a p rop osito de urn p ovo d a A frica qu e vivia ''para I ad as co hm as de H ercu les" , e po r P lfnio (V I, XXIV) a p ro po sito d os h ab ita ntes d a i lha d e C eililo . D a m esma fo rm a, fo i p oss iv eld ete nn in ar u rn c erto n fu ne ro d e tip os d e o rg an iz ac ao d orre stic a, e , p or e xemp lo , n ao h a d uvid as q ue, en tre a f inni I ia rom ana classica e afami l ia K a bila d e h oje , e xis te m semelh an ca s q ue , a pe sa r d e c erta s d ife re nc as, p erm item lig a-la s, a mb as, a o tip o c om um d a ''familiapatriarcal agntltica, tip o q ue , c orm a:firma Maun ier, e na f inni I ia C ab ila ''m uito p uro e r rru ito c la ro , m en os a du lte ra do q ue a fami l ia do sR om an os q ue , rrru ito c ed o, s of re u u rn g ra nd e a ba lo ; u rn tip o q ue vive so b o s nossos olho s, q ue po derm s, po r isso, con tem plar Iinossavon tad e e atraves do q ual se esc1erecem sin gularm ente as trad ico es e as ins~ oes do direito rom an o" (Sociologie et Droit romain).A in da d a m esm a fo rm a, n o d om fn io d as r elig io es, 0 caso do cristianisrm ja n ao parecera urn caso iso lado, se 0 aprox ima rr ro s d es sa sreligioes de misterio ou de salvariio, d e t en de nc ia s ja n it id ame nt e u niv er sa li st as , q ue t iv er am t ao l ar go s uc es so n o fu n d o n umdoa nti go . E p od er iamos c it ar r rr ui to s o u tr os e xempl os .

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    Como d izfamo s a tras , 1 5p rec iso p artir d o co nc re to , e 1 5p re cis am en te p or is so q ue a s oc io lo gia n ec essita d a h isto ria . P orem , em s eg uid a,do concreto precisam os de nos elevar, progressivam ente, ao abstrato. A U nica condicao que se im poe 15que essa abstracao resuhe deuma an alis e, d ev id am en te e fe tu ad a, d e fa te s b em ob serv ad os. A te oria, c om o e scre ve S im ia nd emLe Salaire, dev e " acompanha rto da s a s articu la co es d a re alid ad e" . " A re alid ad e h isto ric a - e sc re via 0m esm o sociO logo em 1907 - 15com plexa, hli d i fe rencas en trefe nomen os a nalo go s e nco ntra do s em so cied ad es e em e po cas d i:fe ren te s; n ad a d isto n os n eg am os, m as 000 p re ju di ca a l eg it im idaden em d os e stu do s c om para tiv os , n em d a c on stitu iy ao d e tip os , se fO r f eita c om 0 necessario crterio ... A nalisar a realidade por m eio decategorias clam s, m as precisas, e procurar nela relay oes de furm a geral, ainda que sem pre proxm as dos dados de fato, 000 15a fu st armo -n os d a r ea lid ad e e emb re nh ar -mo -n os em c on st ru eo es 1 6g ic as e a rt i: fi ci ai s, po rq ue s o e ss as c at eg or ia s e e ss as r el ac oe sc on du zem a uma v erd ad eira c oro pre en sao d a comp lex id ad e d ess a m esm a re alid ad e" (Annie Sociologique, t. X , p. 534 e 551).8.A nOfiio de causa em sociologia. - Vma v ez c la ss if ic ad os o s f en ome no s s oc ia is , 1 5p re ci so e xp lic a- lo s. Aqu i q ue in te rv er n an oy ao d e c au sa.Se aceitarm os essa noy ao sob a sua form a vulgar, c om o a d e uma fo rc a p ro du to ra , d e u rn a e fic ien cia c ria do ra , a v on tad e lrumana passaa ser 0 t ip o d a c au sa li dade . Em s ocio lo gia, p orem, p ro cu ra r as c au sas d os fe oomen os n a v on ta de lrumana 15correr 0 risco de cair denovo nos erros desse rretodo subjetivo que explica - ou julga explicar - tudo por m eio de pre-concepcoes e de verossirnilhany aspedidas ao senso com un. T ratando-se de vontades individuais, vo ham os a esse psicolo gism o que coloca no prim eiro plano a ay ao dos" gran de s h om en s" , q ue a re m uito s h os to ria do res c on sid eram h oje c om o uma e xp lica ca o su pe rfic ial D iss e alg uem q ue sa o o s g ra nd eshom ens que fazem a hist6ria: observa Sm ets, na ahura da dscussao sobre a Individualidade n a T erc eira S em an a In te rn acio na l d eS fn te se (1 93 1), m as p od er-s e-ia a pre se ntar a p ro po sica o ao c on trario , d ize nd o q ue 1 5a h ist6 ria q ue fu z os grandes hom ens. E, nurnestudo publicado no m esm o ano nos Essays on Research in the Social Sciences, d e Wa sh in gto n, S ch le si ng er e sc re vi a: "A o ca si aofu z 0 hom em m ais do que 0 homem fa z a ocasiao", Mesmo q ue s e i nv oq ue a ''v on ta de c ol eti va ", a e xp li ca ca o 1 5i ns uf ic ie nt e. A lem d ep ou co c la ra , es sa n oy ao 000 1 5e xp lic ati va , p or qu e s e a a ca o h ur na na 1 5v er da de ir ame nte e fi ca z, o s s eu s e fe ito s r ea is s ao b er n d i: fe re nt es ,n a m aio r p arte d os c as os, d as in te neo es su bje tiv as d os e xec utan te s.C ab e e nta o p erg un ta r se h av era lu ga r p ara d istin gu ir, c om o se faz, por vezes, diferentes furm as da nocao de causa, todas aplcaves ite xp lic ay ao d os f enOmen os s oc ia is ? Com Hen ri B er r, d is tin gu ir emos : 1 .0 - a causalidade bruta ou determinismo, baseado noprincipio de que ''nada pode nascer de nada" ; 2 .0 - a causalidade legal, que responde m ais ao como que ao porque e que se reduzit noy ao de lei; 3.0- a causalidade logica, cujo principio 15a 'tendencia para ser" e que, se deve ser afastada das ciencias doinorgfurico, 000 0 dev e ser "da ciencia dos fates hurnanos". C om W lL BO IS , notarem os que a palavra "causa", um as vezes designasimples condifoes materiais, ma s e st as 000 s ao ca usa s p ro priamen te d ita s, sa o sim ple s p oss ib ilid ad es q ue c on dic io nam s em a gir;outras, estam os em face de elementos psicolOgicos, t en de nc ia s o u r ep re se nta co es q ue s ao , v er da de ir amen te , c au sa is ; o ut ra s v ez es ,a in da , s ao instituifoes, formas sociais q ue sa o c au sas , ''urn p ou co como c au sas fu rm ais, u rn p ou co como c au sas efic ie ntes "; o utras ,finahnente, trata-se de/atos determinativos, i st o 1 5 ,d e f at es h is t6 ri co s que f iz er amc ri st al iz ar it s ua v oh a c er ta s tendencas que e st av amp rep ara das p ara iss o.T odas estas distincoes sao m uito engenho sas. M as as prim eiras parecem -nos confusas - pam que pode servir, na investigay aohistoric a ou socio16gica, a vaga noy ao de um a 'tendencia para ser''? - A s segundas, se bern que mais pos it iv as , p ar ec em-no s, c on tudo ,insuficientem ente precisas. A s condicoes m ateriais - de que tornarem os a fular no capitulo V I - sao mais que s imples poss ib il idades ,s e q uise rm os lemb ra r-n os d e q ue 000 consistem som ente nas condi9oes geografcas e que m esm o estas 000 sao supor tadasp as siv am en te p elo h om em , m as ta rm em mod ifica das e a re p arc iah ne nte c riad as p or ele . A " efic ie nc ia " d os e lem en to s p sico 16 gic os,c om o ac ab am os d e v er, c ria m ais p ro blema s d o q ue a qu ele s q ue re so lv e, e 1 5a in da m en os " ace ita ve l" q ue a s co nd iy oe s m ate riais . As' 'fu rmas socia is " sao prec isamen te 0 q ue s e p re te nd e e xp lic ar . Q u an to a os ''f ut os d ete nn in at iv os ", 1 5p re ci so t e- lo s em c on si de ra ca o,s ob retu do q uan do se trata d e ex plic ar p or q ue ra zao se p ro du ziu d ete rm in ad o a co nte cim en to num determinado momenta e niio emqualquer outro, q ue r d iz er q ue e les d ev em intervir n a ex plica ya o h ist6 ric a, n a m ed id a em q ue e sta 1 5p os sfv el, m ais d o q ue n aexpl icayao socio16g ica .Nao hli m zao pam , em sociologia, dar it p ala vra " ca usa " u rn s en tid o d ifere nte d aq ue le q ue e la te rn n as o utra s ciencas : as nocoes dee fcie nc ia , d e p od er p ro du to r, a d istin yao e ntre a s ca usa s q ue " ag em " v erd ad eiram en te e a s q ue s ao s im ples c on dieo es 000 tern qualquers ig nifica ya o d eb aix o d o p on to d e v ista p ositiv o. N e ss e se ntid o, como ja e sc re via C lau de B ern ard , " a o bs cu ra, n oy ao d e c au sa " n ad ate rn a fuzer n a cre nc ia : " ela d ev e d ar lugar, na crenc ia , it noy ao de relay ao ou de condicoes", A causa, debaixo deste ponto de vista, 00015m ais que a condi9ao m ais geral, a m ais constante, a que a experiencia n os m ostra ligada ao fenom eno a explicar por um a relay aoin va ria ve l, p elo m en os d en tro d e c erto s e d ete nn in ad os lim ite s. E s ab id o c om o, n as su as d isc usso es c om o s h isto riad ore s, F r. S im ia ndacabou por insistir nesta verdade iocontestavel; "So ha - escrevia ele - relay ao causal se existir regu1aridade de ligay ao, se houveri de nti ca r en ov ac so d a r ela ca o c on sta ta da ; 0 c as o Un ic o 000 t ern causa , 000 15cientificarrente explicavel" ,A es ta c on cep ca o, o pu se ram o s h is to ria do res a d a in te rd ep en de ncia , d a Zusammenhang social: "Iudo se liga - escrevia H auser-n a v id a s oc ia l Em q ua lq ue r moment o, n ur n p ov o q ua lq ue r, e nt re a s i ns ti tu iy oe s p ri va da s, e co nomca s, j ur fd ic as , r eli gi os as , p olf ti ca s, e tc ,d ess e p ov o, ex iste uma a perta da so lid arie dad e, e as v ariac oe s d ess es d iv ers os c arac tere s s ao c on comitan te s n as e sp ec ie s s ocia is c om onas espec ies animais".Luci en Febv re , d is cu ti ndo emLa Terre et rEvolution humaine e ssa s d ua s c on ce pc oes o po stas , co nc lu i, co ntra o s s ociO lo go s: ''E m

  • 5/10/2018 Introdu o Sociologia OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

    Ul t ima an alise, 0 qu e esta p or tras do deb ate e um a concep cao estrita, rigida, a bs ol ut a d a c au sa 1i da de ". Co nt ud o, n li o f or am o ss oc io lo go s o s U 1tim osa in sis tir s ob re a in te rd ep en de ne ia d os d if ere nte s e leme nto s d a v id a so cia l, p or o po sic ao c om a p ue rilid ad e d ec er ta s " ex plic a9 0e s" d a h is to ria tra dic io na l- 0 na r i z de C leopatra ou a vontade de certo "grande hom em " - que ja Saint- Sim ond en un cia va . E ra a e sta c on ce pc ao q ue A ug us to C om te se r efe ria a o e sc re ve r q ue " os fu nome no s s oc ia is s ao p ro fim dame nte c on ex os ".E ra n ela q ue s e in sp ir av a D ur kh eim q ua nd o a firm av a, n as s ua s Formes elimentaires de la vie religieuse: ''P ar a 0 s oc iO lo go , c omop ara 0 h isto ria do r, o s fu nome no s so cia is s ao f im 9a o d o s iste ma s oc ia l d e q ue fa zem p arte ; e , p orta nto , im po ssiv el c or rp re en de -lo sseparad os d ele" . F in ahnen te, e essa a teoria desenv olvida p or M auss qu an do m ostra que, na vida socal, ' 'n ad a pode compreende r- ses em s er r e1 ac io nad o c om 0 to do ".o f im do d o l i t fgio n lio e , p or tan to , como a firm a L uc ie n F eb vre , p or fo rm a a 1g um a um a " co nc ep ca o m ate ria lis ta " d a c au sa lid ad e, d e q uepod em os adm irar-no s q ue ele fu9a um a censura con tra os so ciO lo gos idealistas d a escola de D urk heim e con tra um geog rafo com o J eanBrunhes. E , com o d iz tarro em , e co mm ais fulicidad e, 0 m esm o au to r, u ma co ncepcao meciinica d a c au sa li da de , c on ce pc ao n as ci dad as in vestig acoes elem entares, h oje ja ultrapassadas, d a ffsica. N os to mam o-la com o um a co ncepcao seg und o a q ual as causas e ose fui to s es ta r iam l igados unilinearmente, com o os elos de um a corrente, e lrreversivelmente, d e ma ne ir a q ue 0 e fu it o ''p ro du zi do ''p ela ca usa n lio te ria a 9a o so bre e sta . E c la ro q ue em s oc io lo gia , m ais d o q ue em q ua lq ue r o utra m ate ria , s em ellia nte c on ce pca o d ac au sa lid ad e se ria in admis sfv el, e F eb vre te rn p erfu ita men te ra ziio q ua nd o, re toma nd o uma id eia ja in dic ad a p or B err n um c ap itu lo d a s uaSynthese en histoire, c on sa gra do a ''in te ra9 ao d as c au sa s" , d ec la ra q ue e n ec es sa ria te r ' 'uma p re oc up ac ao c on sta nte d asre pe rc uss oe s e d as nterferencas"Mas, aind a aqu i, com o su sten tar qu e um a preocup acao d essa ord em e estranha ao s sociolo gos, quan do v em os au to res d e tend enciastao d iferentes com o K arl M arx, R en e W o rm s, D urk heim e B ougie furm ular explicitam ente essa n09 ao d a reciprocidade das afoescausais? Q uanto ao m arxism o, ja vim os que essa n0900 e um a das pecas essenciais da sua doutrina. N a sua Introduction a unecritique de I 'economie politique, Marx ap lica-a as relaco es d a prod ucao com a distribuieao , da p em ruta co m 0 con su mo; ob serv aele q ue a produ cao su scita nov as n ecessidades no co nsum ido r e essas necessidad es determ in am , po r sua v ez, a p rod ucao, R eneW o rm s ob serv a qu e, em m ateria social, a causa p assa, com frequ encia, a efuito , e cita 0 seg uinte exem plo: ''F o i so bre tu do p ara se rv irin te re ss es e co nBm ic os q ue s e c on stru ir am e d ese nv olv eram o s c am in ho s d e fe rro ; m as e stes a ux ilia ram a d ifu sa o d as n ov as ideas e 0e sta be le cim en to d e u rn re girn e d ermc ra tic o; e e ss es fu nome no s fiz eram, p or s ua v ez , e vo lu ir a o rg an za ca o econemca", Bougieap resen ta claram en te a qu estao sob a sua form a geral; "P odera urn fu nBmeno ser, ao m esm o tem po, a causa e a consequ encia d e u rno utro ? .. N ao hav era aq ui urn cfrcu lo vicioso? .. Em ma te ri a s oc ia l ( re sp on de e le ), n li o h a n ada m ais freq uente qu e essas a9 0es ereacoes, Em Rom a, p or e xemp lo , p od e d iz er- se q ue a re lig ilio o be de ce a in fiu en cia d o E sta do e , re cip ro came nte , 0 E sta do a in fiu en ciad a religilio ... A obra po de reagir so bre 0 agente e 0 efuito tom ar-se causa" . 0p ro pr io D urk he im a ss in ala 0 m esm o re oome no , ap ro po sito d os e fe ito s d a d iv isa o d o tr ab alh o s ob re a e s tru tu ra s oc ia l: ''0 efuito - escreve ele - reagiu sobre a causa" .A n09ao das interafoes c au sa is n lio e , p or ta nto , p or fu rm a a1 guma e stra nh a a os so cio lo go s. M as e le s ta mb em se ntir am q ue , p ar ad is ti ng ui r e ss as in te ra 90 es , s er ia n ec es sa ri o, t al ve z, e st ar , p rime ir o, em e st ad o d e d et ermi na r a s afoes causais. E e aqui qu e a fOmru la d eS im iand retom a to do 0 seu valor: o u a n 09ao de " causa" nlio tern qu alq uer sentido preciso, ou " so h a r el ac ao c au sa l q ua nd o h ar egu1 a ri dad e d e 1 ig a9 ao" .E a qu i q ue 0 m eto do c om pa ra tiv o, 0 U nic o q u e p erm ite d ete rm in ar s em ellia nte s re gu 1a rid ad es , p orq ue s o e lep erm ite q ue n os e le vemo s a cim a d os c as os sin gu la re s, se to rn a d ec id id am en te io disp en sav el, e 0 m eto do p urame nte rm no gra flc odec id idamen te insu : fic ien te .M as m ais adian te fularem os d a qu estao dos m eto dos. P or ag ora, basta-no s co nstatar q ue, d esd e que a relacao cau sal e co ncebid ac om o re cip ro ca , e n lio c om o u nila te ra l, to do s o s p se ud op ro blema s n asc id os d e uma c on ce pe ao m ec fu llc a d a c au sa lid ad e d esa pa re cemE , e nta ~, fiic il c om pr ee nd er c om o, p or u rn lad o, u rn fu nome no s oc ia l re su lta d e uma c on fu sa o e xtr ao rd in aria me nte c om ple xa d ere la co es, n a q ua l, s eg cn do a fomru la d e M ic he le t, ''tu do i n f l u i sobre tudo ", e co mo, po r ou tro lado , essa con fusao so pod e ser desfeita,essas relacoes so p odem ser analisadas e determ in ad as, gracas ao m etod o com parativo, e, tarrn em , co mo essa an alise p ode perm itirfug i r a ap arencia d e cfrculo vicioso q ue resulta dessa recip rocid ad e das causas e do s efeito s e rem ontar, atraves dessa cad eia dere la co es en tro sa da s uma s n as o utra s, a te u rn a r ela9 ao fimdamental, c om o p ro cu ra remo s m ostra r n o ca pitu lo V I.4.As leis sociologicas. - Ve- se d esd e ja c om o, a pe sa r d ess a im pr ev isib ilid ad e d os fa te s n a e sc ala h ist6 ric a d e q ue fu lamo s a cim a,s e p od e faar de leis em socio log ia . 0d et en nin ismo s oc io 16 gi co e t ao ''r ig or os o'' c omo q ua lq ue r o utr o. Ma s a n ru lt ip li ci da de d asre la co es q ue in te rfe rem e tal, que to rna qu ase im possivel a p revisso do s aco ntecim entos sin gulares e a su a lo caliza9 ao no tem po e n oespaco, Con tra ria men te , a p rec is ao d os re oome no s so cia is , n a su a m arc ha g era l e n a s ua e vo lU 9a o d e c on ju nto , n ad a te rn d e im po ssiv elA s l ei s s oc io 16 gi ca s p od em , p ar ec e- no s, a pr es en ta r- se s ob t re s f urma s p ri nc ip ai s:l.a O s tip os s oc ia is , d e q ue fu lamo s a tr as, co ns titu em ja v er da de ira s leis de estrutura. A o p rincipio d a " correlacao das fo rm as", q ue osb io lo gista s c on clu iram d as s ua s in ve stig a9 0e s, c orre sp on de a qu i u rn p rin cip io d e c orr ela ca o d os e lemen to s s oc ia is . N ao e , p or e xemp lo ,p or uma v erd ad eira le i q u e, n as s oc ie dad es d e to temism o e vo hrld o, a a uto rid ad e p as sa d a f orm a d ifu sa q ue a pre se nta n as s oc ie da de sp ro pr iamen te t ot em ic as a uma f orma ma is d ef in id a e , g er ah ne nt e, m a is i nd iv id ua li za da ? Qu e, n a fumilia p atria rc al, 0 p od er q ua seab solu te do ch efe da fumilia e sta lig ad o a o c ulto d os a nte pa ssa do s? e tc .2 . a Alem d es ta s l ei s d e e str ut ur a, a s oc io lo gi a c omp or ta leis de evoluflio, qu e regulam a p assagem de u rn tip o so cial p ara o utro tipo

  • 5/10/2018 Introdu o Sociologia OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

    social E e vid en te q ue d ev em os te r a m aio r p ru den cia q uan do se tra tar d e es ta be le cer a filia lj:aod e u rn tip o n um o utro . H a, n o e nta nto ,c aso s em q ue es sa filia lj:a op od e es ta be le -c er-s e d e uma fo rm a nruito p ro va ve l o u a re c er ta . H ip ote se nruito provavel e a deD UR KH EIM , segundo a qual a nossa atual familia conjuga l de riva , 000 d ir et ament e d a : I l u n i I i a p atria rc al roma na, m as , ao m esm otem po, desta e da : I l u n i I i a paternal germfulica. Hpoteses mai s ou m enos certas sao as da passagem constante do costum e para 0 direitoe sc rito , d o p are ntes co u terin o o u m atem o p ara 0 p are ntes co p ate rn o, d a d iv isa o d o trab alh o p or s ex os Iid iv is ao d o trab alh o p or ca sta se p or c las se s, etc .3 .a Um a te rce ira fu rm a d a lei em so cio lo gia e a lei estatistica.E s ab id o q ue o s f is ic os c hama ram determinismo estatistico a u rn d ete rm in ismo g lo ba l r es uh an te d as l ei s d o c al eu lo d as p ro ba bi li da de se q ue in cid e, 000 so bre o s c as os s in gu la re s, m as so bre co niu nto s, como 0 que regula os m ovim entos das rm leculas no interior de um am assa gasosa e que se exprim e por um a JOmrula extrem am ente sim ples: a lei de M ariotte. Pode pensar-se, apesar de a questao aindase r nruito d is cu tid a, q ue , n o d om fn io f sic o, e ss e d ete rm in ismo e st atf sti co 000 passa de urnrem edeio, quer sirva para encobrir, com o jad iz ia BOUTROux , a im pe rfu i(j:ao d os n oss os m eio s d e in ve stig alj:a o e d e m ed id a, q uer se ja im pu ta vel a im po ssib ilid ad e d e ap 1ic ar 0determ inism o aos detalhes dos renom enos, com o pensou L an-G EV IN , a certas pre-concepcoes provindas da nossa v isao das coisas nae sc ala h um an a, m as q ue d eix am d e v aIer p ara a e sc ala m icro sco pic a,S eja como ro r, n o d om fn io so cio 16 gic o ja 000 sucede 0 mesmo . A l ei e st atf sti ca j a 000 e urn s imples remedeio . E a f urma p ri vi Ie gi ad a, afu rm a p or e xce len cia d a lei, Com efe jo , a so cio lo gia n a o s e c on te nta, c om o to da s a s o utra s cie ncia s, em elim in ar 0 singular, emsubstituir 0 aconteclmento localzado no tem po e no espaco pelo /enomeno ger al E lim in a t amoem 0 individual no sentido em que 0individual se opoe ao social (2 ) Incide sobre grupos, portanto sobre coniuntos, cujos com ponentes - neste caso, os individuos -mmca podem ser integrahnente con hecidos, tanto m ais que eles proprios sao fim 9ao do coniunto, ou seja do m eio social A leie sta tfs tic a d eix a, aq ui, d e se r a sim ples e xp res sa o d a re gra d o c alc ulo d as p ro ba bilid ad es . Expr ime 0 res id uo q ue fica d ep ois d ee lim in ad as a s p ar ti cu1a ri dade s i nd iv id ua is , q ue r d iz er , 0 qu e e im pu tA vel ao p ro prio ren om en o so cial, ao fa to d e o s in div id uo s e starem emr el alj :a o u ns c om o s o utr os .P or i ss o, 0 r oe to do e st at fs ti co s er a u rn d os met od os f un dame nt ai s d a s oc io lo gi a.(2) Parece-nos haver aqui uma freqiiente confuslio de sentido. Mesmo na individualidade OI'ganica ou psiquica, hl ifenomenos gerais, que slio os estudados pela fisiologia e pela psicologia. (N. do A.)Fonte: Editorial Andes.

    Seja 0 p rimei ro a ava li ar [?]

    Antonio Conselheiro- Cronica de OIavoBilac

    Biografia de Platao >Quem foi platao

    ;1,"

  • 5/10/2018 Introdu o Sociologia OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

    3jun2010Au to r:Annand Cuvi ll ie rComente Home BibIio teca , Socio logia, Textos In trodutOrios .Tags: 1789, AdamSrr it h aniI IB I BOUGLE eRAFFAULT cara ter , c at 6l ico , ~ ~ pondu ta conhecimmto t e6 ri co , de fin icAo d i:l erencas d ir eit o ro rr ano, d iv ide do t raba lho, dog rms, DURKHEIMdurkheime a e ducacio, economiapolitica. ernie durkheim, Engels ~,escravidllo ~,europa ocidental evolucDo,!W!!. &tos sociais ~,~,~, ! ! . . i .W!.. t i ! ,~, IdeologiaK ! ! 1 1 . karl mY!,laconbe, iegislador, Lucien Febvre M A L ntma, tmterialisIIXl, M2mL nuito antigo, trulher, mmdo antigo obras de emile durkheim Organizaci!o pensarrentos de durkheim,lll!4g, principe processD,publico religiio,~, resist&lcia respeito reSUIID de d urkheim rorrancs,~, seculo XIX. sense cOllUm~, Sisterm econ6mico Sociedade civil sociedades secretas, Socioiogia. socioiogia daeducacilo durkheim, socioiogia rrarxista, soci61ogos, solidariedade

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