Introdução
I - OSMMC (Obra Social Madre Maria Clara)
1. Contexto Institucional
2. Identidade da CONFHIC - Uma Escola Franciscana Hospitaleira da Imaculada
Conceição (a realizar pela aluna Paula André)
II – Creche - Uma Resposta Social
1. Creche de S. José
2. Caracterização do meio envolvente
III – Organização Pedagógica da Creche de S. José
1. Enquadramento
2. Prioridades Educativas
3. Objetivos
IV – Formas de Organização
1. Funcionamento
2. Direção da Obra Social Madre Maria Clara (OSMMC)
3. Organigrama
4. Equipa Técnica da Instituição Creche de s. José
5. Reuniões
6. Meios de Formação
V – Áreas e Recursos da Creche
1. Espaço físico da Creche de S. José
a) Serviços
b) Espaço Logístico do Estabelecimento
c) Recursos de Materiais
d) Recursos Humanos
e) Crianças
VI - Processo de Avaliação
1. Instrumentos de Trabalho
2. Elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual da Criança (PDI)
3. Avaliação e Revisão do PDI
4. Avaliação do Projeto Educativo
5. Outros Documentos
Bibliografia
Introdução
O projeto educativo, de uma forma geral, visa responder a algumas necessidades
fundamentais da comunidade educativa, nomeadamente de professores e alunos, dos
pais e encarregados de educação, assim como do meio económico e social.
Pretendemos que este projeto seja um bússola para toda a Instituição e seus
Agentes Educativos, de forma que sejam conhecidas quais as pautas por onde se
encaminha uma Escola Franciscana Hospitaleira, e, no nosso caso, uma Creche, e a
Creche de S. José.
A Creche de S. José 1 rege-se pelas normativas em vigor emanadas do Ministério
da Segurança Social e aplicáveis às Instituições com valência Creche, pelas orientações
da Obra Social Madre Maria Clara e pelo seu Regulamento Interno.
A Creche de S. José é uma Instituição Privada de Solidariedade Social, inserida na
Obra Social Madre Maria Clara, fundada pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da
Imaculada Conceição.
Creche é definida como “um equipamento de natureza socioeducativa,
vocacionada para o apoio à família e à criança, destinado a acolher crianças até aos 3
anos, durante o período correspondente ao impedimento dos pais ou de quem exerça as
responsabilidades parentais.”2
A sua implementação processa-se através de um trabalho em parceria, onde todos
os elementos da equipa educativa (Diretora Técnica, Educadoras de Infância e
Ajudantes de Ação Educativa) que assumem um compromisso de colaboração em prol
do bem-estar e do desenvolvimento harmonioso da criança.
Entende-se por Projeto Educativo o documento que define os objetivos, as
atividades, as estratégias, os recursos e os processos de avaliação considerados
adequados à apropriação do saber e à realização de novas aprendizagens em domínios
específicos, facilitadores do desenvolvimento global do formando. É assim, um
1 Regulamento Interno da Creche de S. José – Vila Real
2 Diário da Republica, 1ª série – nº 167 – 31 Agosto, Art.3º da portaria 262/2011 de 31 Agosto
documento dinâmico, que orienta e define as metas e as finalidades que se pretendem
atingir no contexto educativo, no nosso caso, em Creche.
Por se tratar de um instrumento dinâmico, o Projeto Educativo, em Creche,
funciona como uma estratégia que permite delinear todo o processo de desenvolvimento
da criança, permitindo uma prestação de serviço de qualidade.
É na primeira infância que surgem as primeiras grandes mudanças, a nível físico,
cognitivo e social. Daí que, as experiências ocorridas durante este período, influenciem
fortemente a criança na sua relação com todas as pessoas que, com elas, se cruzam no
quotidiano. Pela vulnerabilidade de um ser de tão tenra idade, exige dos adultos,
sobretudo dos seus cuidadores, proteção, segurança, afetividade, e um ambiente
acolhedor e propício ao desenvolvimento de todas as suas potencialidades. Assim, nasce
a necessidade de proporcionar um ambiente favorável, ao desenvolvimento harmonioso
e equilibrado para todas as crianças, oferecendo a cada uma a possibilidade de explorar
os interesses próprios. Para que este processo ocorra, e a criança desenvolva todas as
potencialidades de forma global e equilibrada, despertando assim a sua curiosidade e
pensamento crítico, é essencial o estabelecimento de um vínculo afetivo, coeso e seguro
com a criança.
Em paralelo com o Projeto Pedagógico existente nesta resposta educativa,
encontramos os Projetos Curriculares de grupo, vocacionados para cada faixa etária,
dentro da Creche, de acordo com um plano de atividades, que assumem, como
referencial de ação, e que define o modo como participamos e influenciamos o processo
de crescimento das nossas crianças.
I – Obra Social Madre Maria Clara (OSMMC )
1. Contexto Institucional
A Obra Social Madre Maria Clara é uma Instituição Particular de
Solidariedade Social, criada por iniciativa da Congregação das Irmãs
Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, com Estatutos aprovados
a 18 de dezembro de 1990, nas folhas 66/90 a 99 e 99 verso, cujo extrato foi
publicado no Diário da República, 3ª Série, número 14, de 17 de janeiro de
1991.
A Obra Social Madre Maria Clara tem a sua sede na Rua Visconde
Moreira Rey, nº 12, Linda a Pastora, 2795-762 QUEIJAS.
A Obra Social Madre Maria Clara é uma resposta ao imperativo “Onde
houver o Bem a fazer que se faça”, que foi lema na vida dos Fundadores da
Congregação, e tem como objetivo “contribuir para a promoção integral das
populações onde está inserida, coadjuvando os serviços públicos competentes
ou outras Instituições Particulares, em espírito de solidariedade humana,
cristã e social”3.
Na década de oitenta do século XX, (1986-1989), as Irmãs Franciscanas
Hospitaleiras da Imaculada Conceição, (CONFHIC), com a intenção de
construírem a sede Geral da
Congregação, ao adquirir a quinta de
Cesário Verde, em Linda a Pastora,
imediatamente se confrontaram com
uma zona socialmente carenciada,
nomeadamente, no apoio às crianças
mais pequenas.
Na casa da quinta do poeta Cesário
Verde, o Governo Geral da CONFHIC
mandou remodelar o Edifício na parte
interior, mantendo o traço (tal como era
exigido), visto que este edifício estava no
Roteiro Turístico da Câmara de Oeiras.
Após a obra de remodelação. o rés-do-
3 Estatutos da Obra Social madre Maria Clara, art. 3
chão ficou:
Com 3 salas para crianças dos 3 aos 6 anos;
Com 2 salas para crianças dos 6 aos 11 anos;
Uma sala polivalente;
Uma sala de jantar para 60 crianças;
Uma cozinha com despensa anexa;
Uma lavandaria onde estava instalada a caldeira;
Uma pequena sala para produtos de higiene;
Três casas de banho, sendo uma destinada a adultos;
Um pequeno gabinete administrativo;
Uma cave:
Com uma biblioteca;
Um posto de enfermagem;
Um hall de entrada;
Uma sala de animação.
Assim, se deu inicio à Obra Social Madre Maria Clara, a que, entretanto, se
juntaram outros estabelecimentos já existentes em Portugal de bem-fazer,
pertencentes à Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da
Imaculada Conceição.
Hoje, a OSMMC está presente em:
Distrito de Lisboa:
1. Linda a Pastora - Creche e Jardim de Infância;
2. Laveiras - Jardim-de-Infância;
3. Algés - Centro de Dia e Apoio Domiciliário.
Distrito do Porto:
1. Colégio de S. José de Bairros - Jardim de Infância e o 1º ciclo.
Distrito de Vila Real:
1. Colégio Moderno de S. José - Jardim de Infância, 1ºe 2º ciclos;
2. Creche de S. José.
2. Identidade da CONFHIC – Uma Escola Franciscanas Hospitaleira da
Imaculada Conceição
O presente Projeto Educativo pretende concretizar a proposta educativa que a
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição –
CONFHIC – oferece a todas as suas escolas.
É inspirado nas orientações da Igreja Católica e por isso forma e promove a
pessoa de acordo com a conceção cristã. Desenvolve um percurso de personalização na
vivência de valores culturais e da vida. Tem dimensão eclesial, comunitária e cultural e
carateriza-se por ser uma escola da pessoa e para a pessoa.
Preconiza uma formação desenvolvida por educadores que vivem e testemunham
uma vocação peculiarmente cristã.
Os alunos são educados nas virtudes que os ensinam a integrar os vários
conteúdos do saber humano à luz da mensagem evangélica, ou seja, a fazerem a síntese
entre cultura e fé e entre fé e vida.
A nossa razão de ser, como educadores católicos, é sermos apóstolos no sentido
pleno do termo. A razão de ser da Escola Católica é tornar-se lugar de autêntica e
específica ação pastoral, de Evangelização sempre nova.
Convencidos de que a educação é uma das mais poderosas armas de que dispomos
para modelar o futuro, somos convidados a viver o Amor, único suporte didático
consistente.
Como disse Sebastião da Gama: Educar é Amar!
A. CARÁTER PRÓPRIO
“Compreender o presente exige um
conhecimento mais ou menos profundo
do passado”. (Lucien Febvre)
a. De onde partimos – O sonho dos fundadores
Não podemos falar de Escola Franciscana Hospitaleira, sem antes conhecermos os
seus fundadores e nos debruçarmos sobre o tempo em que viveram e como projetaram o
futuro. Foi num contexto, sócio/político, económico e religioso, atribulado do séc. XIX,
que nasceram e viveram os fundadores: Pe. Raimundo dos Anjos Beirão (1810) e Irmã
Maria Clara do Menino Jesus (1843), que, embora nascidos em famílias privilegiadas,
pela sua afeição, às necessidades dos mais desprotegidos e carenciados da sociedade,
não deixaram de sentir e sofrer a crise que se vivia e alastrava a sociedade mais
desprivilegiada.
b. Quem somos
A Escola Franciscana Hospitaleira oferece uma cosmovisão específica, com um
forte sentido de fraternidade, de simplicidade, de inclusão, de ecologia do Espírito em
que o mundo e todas as criaturas aparecem, como caminho e reflexo do Criador.
Procura permear no espírito evangélico das bem-aventuranças toda a ação educativa,
promovendo o crescimento integral das crianças e dos jovens. Adota como pedagogia o
acolhimento que se traduz pelo afeto, pelo amor e a alegria que dá sentido ao ser e ao
saber.
Ser educador hospitaleiro é estar atento à vida e dar ao outro a possibilidade de
descobrir-se e descobrir o que está chamado a ser.
A educação Franciscana Hospitaleira é um caminho aberto e a refazer em cada
tempo e lugar.
A Hospitalidade é uma maneira de dizer amor, colocando em destaque o cuidado,
a atenção, o acolhimento e a misericórdia.
Foi este o sentir dos nossos Fundadores, quando escreveram: “Ides servir de mães,
educando”.
c. Missão e visão
Como missão, deve cuidar o campo educativo como plataforma evangelizadora
dos educandos e das famílias. Promover o desenvolvimento da pessoa humana,
preparando-a para a vida em todas as dimensões e contribuindo para a transformação da
sociedade.
A hora é de agir, e por isso, tem como visão, evangelizar a partir de projetos
sérios, elaborados conjuntamente e com a colaboração da comunidade educativa numa
sólida preparação - formação de modo a se tornar perita de humanidade e de fé.
II – Creche – Uma Resposta Social
1. Creche de S. José
A Creche de S. José é uma Instituição
Particular de Solidariedade Social, com
Acordo de Cooperação com a Segurança
Social, sendo uma valência do Colégio
Moderno de S. José.
O Colégio Moderno de S. José é um
colégio Católico, propriedade da
CONFHIC, desde 1928 e que foi integrado
na Obra Social Madre Maria Clara, com autorização definitiva nº 215, em 8 de Outubro
de 2008, que pertence e é dirigida pela
Província de Santa Maria, da Congregação
das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da
Imaculada Conceição, sua entidade tutelar
A Creche de S. José iniciou as suas
funções educativas no dia 1 de Setembro de
2009. Destina-se a crianças entre os 3 meses
aos 36 meses de idade, encontrando-se
organizada em três espaços, cada um deles
com identidades e características próprias.
Berçário
(Espaço destinado à permanência de bebés entre os 3 meses e a aquisição de
marcha)
Berçário Espaço destinado aos tempos de repouso e descanso dos bebés com
10 camas.
Sala Parque Espaço dedicado aos tempos ativos, onde a criança poderá brincar e
explorar o meio com os agentes educativos e seus pares.
Salas de Atividades
(Espaços destinados ao
desenvolvimento, e atividades lúdicas e pedagógicas)
Sala de 1 Ano Crianças com idades compreendidas entre a aquisição de marcha e
os 24 meses.
Sala de 2 Anos Crianças com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses.
A Creche de S. José foi criada para dar
resposta aos pais dos alunos do colégio,
que apresentavam as suas dificuldades de
ter os seus filhos mais novos noutros
locais.
A Creche de S. José é uma
Instituição Católica e a sua ideologia
central está fundamentada em fortes
pilares, valores que norteiam os seus
membros e a sua ação quotidiana como:
“Hospitalidade (acolhimento,
com a maior amabilidade);
Fraternidade (sentir a todos como uma família);
Respeito (pela Liberdade e Dignidade de cada um);
Exigência (preparação rigorosa e competente, como preparação para a vida);
Verdade (sinceridade e abertura nas relações interpessoais)”.4
Sendo todos eles básicos na formação da pessoa, estão presentes em toda e
qualquer iniciativa, ao ser pensada e no seu percurso de concretização.
Para a Escola Franciscana Hospitaleira, a Educação “é um processo dinâmico e
permanente que visa ajudar o aprendente a realizar-se como pessoa, respondendo aos
desafios da sua vocação humana e identificar-se, progressivamente, como Homem
Novo, na sua tríplice relação com Deus, com o outro e com o mundo”5.
Toda a Instituição está aberta a acolher todos os alunos que procurem este
estabelecimento , independentemente da sua religião ou categoria social, desde que
respeitem e se identifiquem com o seu Projecto Educativo, que a todos procura dar
uma Educação humana e personalizada, no sentido da liberdade e da responsabilidade.
É dirigido superior e indirectamente pela Superiora Provincial, da Província de
Santa Maria -Portugal, e diretamente pela Diretora Administrativa, em estreita
colaboração com a Diretora Técnica Creche nomeadas, respectivamente, pela mesma
Autoridade Provincial.
Todo o trabalho neste estabelecimento é desenvolvido por uma Comunidade de
Religiosas em colaboração com pessoal docente e não docente, segundo os princípios da
Proposta Educativa e as normas
contidas neste Projecto Educativo.
4 Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira, Província de Santa Maria, 1999
5 Ibidem
2. Caracterização do meio envolvente
A Creche de S. José tem as suas instalações dentro do edifício do Colégio
Moderno de S. José, que está situado no
centro da cidade de Vila Real, freguesia de
S. Pedro, na Rua Tenente Bessa Monteiro, nº
45. Goza de bons acessos, quer dos vários
pontos da cidade, quer das povoações
limítrofes.
Fica próximo das instalações dos
Bombeiros da Cruz Verde e da Cruz Branca,
das igrejas de S. Pedro e Calvário, do Centro
Cultural e Regional de Vila Real, da Casa Episcopal, do Jardim da Carreira, do Arquivo
Distrital, do Grupo de Teatro do Nordeste - " Filandorra ", do Cine Teatro D. Dinis, do
Mercado Municipal, das Agências Rodoviárias, da Escola Secundária de S. Pedro, do
Seminário Diocesano, Tribunal da Comarca de Vila Real, Edificio dos Correios e
Telecom, etc..
Relativamente próximo, está também da Câmara Municipal, a Esquadra da P. S.
P., do Ginásio Clube de Vila Real
e da Escola Diogo Cão, à qual o
Colégio foi ministerialmente
anexado para fins de
documentação oficial, visto ter
paralelismo pedagógico.
Todos estes elementos são
de grande importância, na medida
em que funcionam como recursos
educativos, culturais, desportivos
e outros, sempre que solicitados
pelo Colégio/Creche e de acordo
com as suas disponibilidades.
A Comunidade local em que o Colégio está inserido é neste momento bastante
heterogénea, tendo passado de uma estrutura sociológica tradicional para uma estrutura
de vivências mais pessoais, como consequência do desenvolvimento industrial,
comercial e cultural de Vila Real.
As crianças, que frequentam a Creche de S. José, são provenientes da cidade e das
várias freguesias circunvizinhas. Pertencem a diferentes categorias sócio-económicas e
socias .
Segundo o Regulamento deste estabelecimento, os critérios de admissão regem-se
pelos seguintes:
a) “Irmãos de alunos que frequentam a Creche e/ou o Colégio Moderno de S.
José;
b) Crianças de famílias carenciadas, monoparentais e numerosas;
c) Ausência ou indisponibilidade dos pais, para assegurar os cuidados básicos;
d) Pais que trabalhem ou residam na área do Colégio;
e) Filhos de funcionários e de antigos alunos da Creche ou do Colégio;
f) Outras crianças já inscritas em lista de espera, por ordem de candidatura e
com os respetivos documentos de identificação.”6
6 Norma V Critérios de Prioridade na Admissão do Regulamento Interno da Creche de S. José.
III – Organização Pedagógica da Creche
1. Enquadramento
Com a industrialização e a entrada da mulher no mercado de trabalho, as famílias
começaram a sentir dificuldades em cuidar dos seus filhos. Pela iniciativa privada,
aparecem as Creches, como resposta social.
Ao instituir-se legalmente a assistência social à criança, como direito de
cidadania, a Constituição Portuguesa reconhece e é introduzida, na agenda pública, a
necessidade da definição de diretrizes, normas, regras e princípios, que devem estruturar
a sua implementação.
O Manual de Processos para Creches, editado pelo Instituto da Solidariedade
Social, tem como preocupação a primeira infância e como as estruturas Creches estão a
dar respostas às necessidades sentidas. Este reconhece a importância desta fase do
desenvolvimento da criança enquanto indivíduo.
Todas as crianças possuem o seu próprio padrão de desenvolvimento. Apesar de
diferentes investigações terem identificado “normas” ou “estádios” de desenvolvimento,
bebés e crianças muito pequenas necessitam que lhes seja dado espaço, tempo e apoio,
que lhes permita realizar o seu próprio crescimento.
A infância é a etapa fundamental da vida das crianças, sendo os primeiros 36
meses de vida particularmente importantes, para o seu desenvolvimento físico, afetivo e
intelectual.
Assim sendo, a creche assume um papel fundamental na educação das crianças
entre os zero e os três anos, constituindo uma das primeiras experiências da criança num
sistema organizado, externo ao seu meio e círculo familiar. Ao ser integrada, pretende-
se que venha a desenvolver as competências e capacidades próprias da sua faixa etária.
Deste modo, é importante que os profissionais da creche conheçam as características
das crianças, as suas necessidades, saibam respeitar os seus ritmos e tenham parâmetros
de avaliação e observação.
Assim sendo, “o educador deve ser capaz de interligar os aspetos do
desenvolvimento com as áreas de aprendizagem e experiência com aspetos da atividade
lúdica”7, permitindo que as crianças brinquem, manipulem e explorem os diferentes
materiais de cada área, tendo sempre em consideração o cumprimento da rotina diária
como facilitadora do desenvolvimento das crianças. 7 Portugal, Gabriela “Crianças, famílias e Creches” – Uma abordagem ecológica da adaptação do bebé à
Creche – Porto Editora 1998
Atendendo que as crianças “… necessitam de atenção às suas necessidades
físicas e psicológicas, uma relação com alguém em que confiem, respeito, ambiente
seguro, saudável e adequado ao seu nível de desenvolvimento, oportunidades de
interagir com outras crianças e liberdade para explorar utilizando os seus sentidos”8, daí
ser fundamental a presença de Educadores de Infância e de outros agentes educativos
ligados à infância.
Com efeito, o principal desafio que se levanta à educação, na primeira infância,
será o de conciliar a prestação de cuidados com a educação.
Assim, a conceção de creche “….deverá ser entendida como uma ação promotora
do desenvolvimento infantil, em seus aspetos também básicos de interação e
estimulação.”9
Toda a equipa educativa da Creche deverá ser o “motor” do estabelecimento no
seu campo de trabalho e segundo as suas competências, fazendo-o com qualidade, numa
dimensão de total disponibilidade, para estabelecer uma relação forte em afetos,
fundamentando sempre a sua prática com princípios teóricos que lhe permitam conhecer
a criança, observá-la e fazer propostas enquadradas numa planificação consciente.
2. Prioridades Educativas
Tendo em conta o Carisma Franciscano Hospitaleiro da Congregação e a
problemática sócio-económica e cultural do meio envolvente, assim como os diferentes
saberes da pedagogia para as crianças da 1ª infância, constituem para nós referência
primordial os seguintes princípios e objetivos:
a) Cada criança é um ser único e irrepetível, merecedor do máximo respeito do
educador pelas suas características individuais;10
b) A criança é um ser rico de potencialidades, sujeito e protagonista da sua própria
educação, pelo que as aprendizagens mais estimulantes são aquelas que partem das
experiências e dos interesses das próprias;
c) As aprendizagens mais integradoras e mais duradouras são aquelas que
permitem à criança aprender, fazendo e experimentando, e que possibilitam “aprender a
aprender”;
8 ibidem
9 ibidem
10 Ideário da Obra Social Madre Maria Clara, nº 2
d) As aprendizagens mais eficazes são aquelas que resultam do exemplo da
comunidade educativa, da harmonia dos espaços e da coerência de todo o processo
educativo.
3. Objetivos
A Creche de S. José tem como objetivo principal colaborar com os pais na
educação dos seus filhos, sensibilizando-os para os problemas e exigências do seu
normal desenvolvimento, e suprindo, quando necessário, os limites e incapacidades das
famílias.
a) Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num
clima de segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar
através de um atendimento individualizado;
b) Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e
responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças;
c) Prevenir e compensar défices sociais e culturais do meio familiar;
d) Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado
familiar;
e) Colaborar com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades
em todo o processo evolutivo da criança;
f) Fomentar a inserção da criança na sociedade, favorecendo a progressiva
consciência de ser membro da mesma;
g) Educar segundo os princípios da Fé Católica, ajudando as crianças a
realizar-se como pessoas;
h) Proceder à despistagem de eventuais problemas ou deficiências, e
promover uma orientação adequada;
i) Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das
necessidades específicas de cada criança;
j) Proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança, num
ambiente de segurança física e afetiva;
k) Promover a articulação com outros serviços existentes na comunidade.
IV - Formas de Organização
Em ordem à realização dos objetivos pedagógicos propostos, a Creche de S. José
aposta em formas de organização caracterizadas por uma gestão participativa, assente na
corresponsabilidade e num permanente trabalho em equipa.
1. Funcionamento
A Creche de S. José inicia as suas funções no primeiro dia de Setembro de cada
ano, num período de funcionamento das 7h50m às 19horas, encerrando para períodos de
avaliação, manutenção, limpeza e férias do pessoal, nos seguintes dias:
a) “Na segunda e terça-feira de carnaval;
b) Nos dois dias úteis anteriores à Sexta-feira Santa;
c) Segunda-feira, depois da Páscoa;
d) De 1 a 31 de agosto;
e) Em dezembro - o último dia útil antes do dia 24; o primeiro dia útil depois do dia
25 e o dia 31;
f) Nos feriados nacionais e municipais;
g) Quando alguma determinação oficial ou da Instituição a isso obrigue, sempre com
aviso prévio por parte do Estabelecimento.
1. A entrada das crianças deverá ocorrer até às 09h30, salvo situações devidamente
justificadas.
2. As faltas deverão ser comunicadas à Diretora Técnica, até às 09h30.
3. A Creche encerra, diariamente, às 19h00. Os atrasos, depois desta hora, estão
sujeitos ao pagamento de um acréscimo à mensalidade, valor atualizado anualmente.
4. No caso de faltas superiores a 30 dias, não motivadas por doença grave e não
devidamente justificadas, a Instituição considera que a criança deixa de frequentar a
creche e, como tal, desligada de todos os compromissos assumidos no ato da inscrição
da criança.”11
11
Regulamento Interno da Creche de S. José, Norma VII, 2011
2. Direção da OSMMC
Neste sentido, existe uma direção colegial da Creche de S. José, com uma
responsável administrativa e uma diretora técnica - coordenadora pedagógica.
3. Organigrama do Colégio Moderno de S. José e da Creche de
S. José
Diretora Administrativa
Diretora Pedagógica
(Colégio)
Professores
1º Ciclo
2º Ciclo
Educadoras de Infância
Ajudante da Ação Educativa
Diretora Técnica
(Creche)
Educadoras de Infância
Ajudantes da Ação Educativa
Auxiliar de Serviços Gerais
Serviços Administrativos
Auxiliares de Serviços Gerais
Cozinha e armazenamento
Lavandaria
Presidente
Vice - Presidente
Tesoureiro Secretário Vogal
4. Equipa Técnica
Se num passado, os espaços, que envolviam uma creche, estavam vocacionados
para a guarda das crianças, prestando essencialmente um serviço de cuidados básicos,
que poderia ser feito por alguém carinhoso e responsável, hoje, é também exigido que
todos os agentes educativos apliquem os seus saberes teóricos e teórico-práticos, numa
equipa o mais multidisciplinar possível, nos diferentes saberes.
Segundo o “guião técnico”12
para a implementação de Creches, uma unidade de
Creche compreende:
a) Uma sala dos 3 meses à aquisição da marcha - até 8 crianças, com duas
Ajudantes de Ação Educativa;
b) Uma sala da aquisição da marcha aos 24 meses - até 10 crianças, com uma
Educadora e uma Ajudante de Ação Educativa;
c) Uma sala dos 24 meses aos 36 meses - até 15 crianças, com uma Educadora e
uma Ajudante de Ação Educativa.
No entanto, com a saída da portaria nº 262/2011 de 31 de Agosto13
, pelo
Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, no artigo 7º, a capacidade e
organização em Creche sofreu alterações, aumentando o seu número em berçário, de 8
para 10 crianças; na sala de 1 ano, de 10 até 14 crianças; e, na sala de 2 anos, de 15 até
18 crianças. No nosso caso, como podemos ver no quadro nº 1, encontramos as
alterações conforme as respetivas áreas de sala14
, como define a referida legislação.
Estas alterações devem-se a toda uma política socioeconómica e social a que vimos a
assistir, nos últimos anos e, sobretudo, a uma quebra de apoio familiar e de vizinhança,
e ao predomínio das famílias nucleares em detrimento das famílias alargadas.
Neste sentido, as creches assumem um papel determinante para a efetiva
conciliação entre a vida familiar e profissional das famílias, com base num projeto
pedagógico adequado à sua idade e potenciador do seu desenvolvimento, no respeito
pela sua singularidade.
A Creche de S. José, à luz da portaria já referida, e atendendo ao espaço que lhe
era inerente, e ao grande número de solicitações para este estabelecimento, adaptou-se à
12
Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação em Creche (condições de Implementação e funcionamento) Lisboa 1996 13
Diário da República, 1ª serie – Nº 167 – 31 de Agosto de 2011 14
Áreas que se encontram definidas na planta da Creche desenhada pelo gabinete de Engenharia GEVIR Vila Real
nova realidade a partir do dia 1 de Fevereiro de 2011, e passou a ter o seguinte quadro
de pessoal, (referido no quadro nº 1), com Acordo de Cooperação para 40 crianças,
mantendo-se o mesmo valor de comparticipação por parte do Instituto da Segurança
Social:
Quadro nº 1 a) A cozinha está ligada ao Colégio Moderno de S. José, pois a
cozinha é única.
b) A lavandaria está ligada ao Colégio, pelos mesmos motivos.
Quadro este, no qual pretendemos que todos os agentes educativos conheçam
todas as crianças e que, durante o tempo de permanência da criança em Creche, as
acompanhem desde o primeiro momento até ao último, pois acreditamos na importância
de uma boa relação afetiva, para o desenvolvimento de qualquer ser, como diria
Brazelton & Cramer: “as primeiras relações são o ninho das primeiras aprendizagens de
socialização e afetos.”15
5. Reuniões
No início de cada ano letivo, em data a determinar, haverá uma reunião com os
Encarregados de Educação, para apresentar a Equipa Educativa, o Projeto Pedagógico, o
Projeto Educativo e o Plano de Atividades.
15
Guerreiro Ana & Moreira Luísa: A organização pedagógica da creche: reflexos na formação de Educadores de Infância; Prespetivas nº 8 e 9; 2002/2003
Salas
Áreas
Nº de
Criança
s
Categoria Profissional Habilitações Literárias Afetação
Berçário - 19,51
Sala Parque -
28,32
10
2 - Aj. de Ação
Educativa
Licenciatura Prof do 1º Ciclo
Variante EVT
12 Ano – Téc. de Animador
Sociocultural
100%
100%
De 1 Ano – 23,95 12 1 – Ed. de Infância
1 – Aj da Ação
Educativa
Licenciatura em Ed. de Infância
12º Ano – Aux. de Ação Educativa
100%
100%
De 2 Anos – 34,02
18 1 – Ed. de Infância
1 – Aj da Ação
Educativa
Licenciatura em Ed. de Infância
12º Ano – Aux. de Apoio à Infância
100%
100%
1 - Diretor Técnico Licenciatura em Serviço Social 100%
1 – Aj. Ação Educativa 12 Ano – Técnica de Ação
Educativa 100%
1 - Auxiliar de Serviços
Gerais 12º Ano 100%
Cozinheira a) 30%
Lavandaria b) 30%
Outras reuniões poderão ocorrer ao longo do ano, para intensificar a colaboração e
participação dos encarregados de educação.
Sempre que necessário realizam-se reuniões com toda a equipa técnica
(Educadoras, Ajudantes de Ação Educativa e Auxiliar dos Serviços Gerais), no entanto
encontram-se calendarizadas em regulamento três grandes momentos para o efeito:
Em dias a marcar durante o ano (uma vez por mês)
Na quarta-feira da semana santa
Dias a combinar no mês de Julho
Nos últimos tês dias úteis do mês de agosto
No dia útil anterior ao dia 24 de Dezembro
6. Meios de Formação
Tendo presente a formação contínua de todos os Agentes educativos, é da sua
própria responsabilidade onde cada deverá fazer o seu próprio discernimento, dentro da
sua função específica, prevendo-se em cada ano:
a) Em colaboração com o Colégio Moderno de S. José sempre que se
promove internamente formação aos docentes e não docentes os intervenientes da
Creche de são José são convidados ou convocados a participar.
b) Participação de ações de formação promovidas pela autarquia local.
c) Participação nas formações promovidas pelo Instituto de Solidariedade
Social.
d) Participação nas atividades promovidas pela Associação de Profissionais
de Educação de Infância (APEI)
e) Participação em workshops ligados à primeira infância promovidos pela
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
f) Dar oportunidade a estágios de escolas profissionais do local.
V - Áreas e Recursos da Creche
Embora já tenhamos referido no quadro 1 alguns dados, entendemos por bem
referir aqui outros dados que nos parecem importantes e separadamente a informação.
1. Espaço físico da Creche de S. José
A Creche de S. José, encontra-se incorporada no Piso do Res-Chão do Colégio
Moderno de S. José. Tem à sua disposição vários serviços de apoio, bem como usufrui
de variados recursos, quer físicos, maeriais ou humanos.
Assim, passamos a descrever os suportes de apoio à Creche de S. José:
a) Serviços
Secretaria
Central telefónica
Gabinete de apoio pedagógico
Gabinete Técnico
b) Espaço logistico do estabelecimento
Quadro 2
Designação Quantidade
Salas (Berçário, sala de 1 ano e sala dos 2 anos) 3
Fraldários 2
Gabinete 2
Sala de arrumos 1
Sala de materiais 1
Arrecadação de produtos de limpeza 1
O Refeitório onde as crianças comem é o mesmo para os alunos do pré escolar do
Colégio Moderno de S. José.
c) Recursos materiais
Mobiliário de adulto;
Mobiliário adequado ao tamanho das crianças;
Materiais didactico-pedagogicos para as diferentes idades;
Materiais de desgaste e manutenção;
Equipamento de refeitório, cozinha e lavandaria, nas instalações do Colégio.
d) Recursos humanos
Quadro 3
Designação Quantidade
Educadoras 2
Auxiliares de Acção Educativa 5
Fucionária de limpeza 1
Cozinheira 1 a)
Lavandaria 1 a)
a) Ambas as pessoas são funcionárias do Colégio Moderno de S. José
e) Crianças
Quadro 4
Designação Quantidade
Berçário 10
Sala 1 Ano 12
Sala 2 Anos 18
VI - Processo de Avaliação
1. Instrumentos de Trabalho
A Creche de S. José, orienta-se segundo o Manual de Processos-Chave16
para
Creches do Instituto da Segurança Social.
Segundo este documento, os instrumentos de trabalho, sempre que uma criança é
admitida em Creche inicia-se um processo que passa primeiramente por uma entrevista
de Diagnóstico.
Esta entrevista, que tem como objetivo proceder à clarificação de informação
pertinente sobre as necessidades e desenvolvimento da criança e expectativas da família.
“Baseia-se numa entrevista semi-estruturada à família e observação do comportamento
da criança que possibilita:
O conhecimento da pessoa de referência da criança e sua família;
Identificação das pessoas a quem a criança pode ser entregue diariamente;
Contacto para eventuais emergências/ocorrências;
A clarificação das necessidades da criança (Preferências alimentares, Interesses e
jogos preferidos) e expectativas da família;
A integração da criança no seu grupo e espaço (IMP03.IT03.PC02 – Programa
de Acolhimento Inicial);
A realização do plano de desenvolvimento individual da criança –
(IMP01.IT01.PC03 – Plano de Desenvolvimento Individual);
Para obtenção de um melhor resultado, durante o período de adaptação, os
colaboradores responsáveis pelo acolhimento da criança podem aprofundar aspetos
relativos à caracterização da criança e suas necessidades de intervenção, nomeadamente
através do impresso IMP01.IT02.PC02 - Ficha de Avaliação de Diagnóstico na parte C
16
Manual de Processos Chave – Creches , Instituto da Segurança Social, 1997
- Perfil de Desenvolvimento, de forma a delinear o Plano de Desenvolvimento da
criança, pois já dispõe um maior conhecimento da criança em causa, e de uma relação
de maior confiança com ela.
Entretanto são prestadas informações à família sobre a forma como está a decorrer
a integração da criança no estabelecimento, e estas passam a constar do seu processo
individual.
Finalmente é elaborado um relatório sobre o processo de integração e adaptação
da criança, utilizando para o efeito o impresso IMP03.IT03.PC02 – Programa de
Acolhimento Inicial.
Tendo por base as competências e potencialidades da criança e expectativas da
família, o educador de infância estabelece os objetivos de intervenção da criança e os
serviços a prestar, de acordo com a instrução de trabalho IT01.PC03 – Plano de
Desenvolvimento Individual (PDI).
2. Elaboração do PDI
Para cada Plano de Desenvolvimento Individual são definidos os responsáveis
pela sua coordenação, elaboração, implementação e avaliação. Tem como principal
objetivo promover:
A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu face à sua
faixa etária;
A manutenção das competências já adquiridas.
O Plano de Desenvolvimento Individual é elaborado tendo por base o conjunto de
necessidades da criança e de expectativas da sua família, recolhidos através da ficha de
Avaliação de Diagnóstico;
Programa de Acolhimento Inicial (IMP03.IT03.PC02);
Relatórios e informações provenientes de outras instituições;
Outros.
Este Plano de Desenvolvimento Individual contém, nomeadamente, os seguintes
elementos:
Identificação da criança e sua família constantes no PDI de cada criança;
Identificação do colaborador de referência da criança e da família (este
colaborador pode não corresponder ao colaborador responsável pela sala em que a
criança está inserida);
Explicitação dos objetivos de intervenção individual com base nas
competências e potencialidades da criança (Ficha de Avaliação de Diagnóstico -
IMP01.IT02.PC02), focando essencialmente os níveis de desenvolvimento e resultados
desejáveis que se pretendem alcançar e que foram consensualizados com a família;
Cuidados pessoais específicos (por exemplo: higiene, alimentação) a
prestarem à criança no estabelecimento;
Atuação de cada elemento colaborador na implementação do PDI. No
caso de crianças com necessidades educativas especiais incluir colaboradores das
entidades e serviços externos com relevo para o referido plano;
Identificação dos modos de participação da família na intervenção
educativa;
Identificação de necessidades de intervenção multidisciplinar da criança
e de apoio emocional à família (por exemplo: acompanhamento psicoterapêutico,
terapia da fala).
3. Avaliação e Revisão do PDI
O PDI é avaliado e revisto, sempre que necessário e no mínimo, duas vezes por
cada período a que se reporta, através do envolvimento de todos os interlocutores
(educadores de infância, ajudantes de ação educativa, família, outros colaboradores
(internos ou externos) tais como psicólogo, educadora de apoio tendo em consideração a
faixa etária e o respetivo ritmo individual do desenvolvimento da criança.
Para esta avaliação são tidos em consideração:
Os resultados da implementação do Projeto pedagógico (Plano de
Atividades de Sala IMP02.IT01.PC05);
Os resultados da avaliação do Projeto Pedagógico (Relatório de
Avaliação do Projeto Pedagógico - IMP03.IT01.PC05);
Relatórios e informações provenientes de outras instituições;
Informações diárias do responsável pela criança;
Os resultados da avaliação da satisfação (clientes, colaboradores e parceiros), bem
como os resultados da supervisão dos serviços prestados. Esta supervisão é realizada
pelos responsáveis pelo estabelecimento e, sempre que necessário, entidades ou serviços
externos.
Deve ser realizada com uma periodicidade regular (por exemplo:
trimestralmente), estabelecida de acordo com os resultados alcançados na
implementação do PDI isto é, caso se registem dificuldades de funcionamento ou de
adaptação da criança ou sua família, a supervisão deve ser realizada com uma
periodicidade menor, podendo esta ser aumentada caso não se registem situações
anómalas.
São efetuados, sempre que necessário e no mínimo no final do de cada período de
funcionamento registos da avaliação e revisão do PDI evidenciando os progressos das
crianças (Relatório de Avaliação do Plano de Desenvolvimento Individual -
IMP02.IT01.PC05).
Os dados relativos à avaliação são tomados em consideração na planificação das
atividades diárias da sala. Os registos, devidamente datados e assinados, relativos à
avaliação e revisão do PDI fazem parte integrante do Processo Individual de cada
criança.
O PDI e respetivas avaliações e revisões são do conhecimento da família,
disponibilizando-se as informações sobre as aquisições e progressos da criança. Sempre
que são envolvidos outros serviços e intervenientes (externos ou internos) com
responsabilidade na prestação direta ou indireta na implementação do PDI, estes têm
conhecimento, em tempo útil do Plano de Desenvolvimento Individual e das respetivas
revisões.
Sempre que as alterações e revisões do Plano de Desenvolvimento Individual
justifiquem alterações aos serviços prestados e contratualizados com a família no
âmbito do contrato, este é alvo de revisão.
4. Avaliação do Projeto Educativo
Constituindo as crianças a razão de ser do Projeto Educativo, elas são as que nos
permitem avaliar o grau de eficácia da sua concretização. Neste sentido, entendemos
que o crescimento harmonioso e saudável da criança, nos vários domínios, que nos
mostra em que medida o Projeto Educativo está ajustado ou é corretamente
desenvolvido. Deste modo a principal avaliação deste projeto é dada pela avaliação
contínua das crianças, feita pela educadora através dos meios diversos dos quais se
destaca o Plano de Desenvolvimento Individual da Criança.
Mas outras formas estão previstas ao longo do ano com as vivências quotidianas e
através do diálogo com os diferentes agentes educativos e pais.
Podemos destacar os seguintes:
1. Na preparação de cada atividade e após a sua realização;
2. Nas reuniões com as respetivas educadoras e ajudantes de Ação Educativa;
3. Com os pais, escutando-os num diálogo aberto a novas sugestões e
críticas;
4. Em reunião do final do ano a Equipa Técnica avaliará todo o processo
resultado das aprendizagens, práticas dos educadores, melhorias significativas a
desenvolver;
5. Elaboração do Relatório de Avaliação do Plano de Atividades e do
Projeto Pedagógico segundo as orientações do Instituto da Solidariedade Social (ISS)
5. Outros Documentos
Este projeto educativo é complementado com os seguintes documentos:
Projeto Pedagógico segundo as orientações do Instituto da Solidariedade
Social;
Propostas Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira;
Regulamento Interno da Creche de S. José;
Propostas de Intervenção em Creche
Projeto Curricular de Grupos;
Plano de Atividades da Creche de S. José;
BIBLIOGRAFIA
Azevedo, Rui; Projetos Educativos: Elabotração, Monitorização e Avaliação
– Guião de apoio; Recursos e Dinâmicas;Lisboa; 2011
Estatutos da Obra Social Madre Maria Clara; Linda a Pastora
Gabinete de Engenharia GEVIR; Vila Real
Guerreiro,Ana & Moreira, Luisa; A organização pedagógica da creche:
reflexos na formação de Educadores de Infância; Prespectivar Educação; nº.
8/9: 23-26; 2002/2003;
Ideário da Obra Social Madre Maria Clara; Linda a Pastora
Instituto da Segurança Social; Manual de Processos-chave – Creche; 1997;
Portugal, Gabriela; Educação de bebés em Creche – Prespectivas de
Formação Teóricas e Práticas; Revistas do GEDEI N.º 1;
Portugal, Gabriela; Crianças, Familia e Creches – uma abordagem rcológica
de adaptação do bebé à Creche; Colecção Cidine, Porto; Porto Editora; 1998;
Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira; Provincia de Santa
Maria 1999
Regulamento Interno da Creche de S. José; 2011