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ÀREAS DE CONHECIMENTO
1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE
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EFEITOS AGUDOS DO ALONGAMENTO ESTÁTICO DOS MEMBROS INFERIORES NA
PROPRIOCEPÇÃO E EQUILÍBRIO UNIPODAL EM JOVENS SEDEN TÁRIAS
Bolsista: Caroline Larissa Morais
Orientador : Prof. Me. Everson de Cássio Robello
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: O alongamento estático ou lento, é uma manobra terapêutica utilizada para
aumentar a mobilidade dos tecidos moles, que traz um aumento da tolerância do movimento
durante o exercício excêntrico e a melhora da elasticidade muscular (McGUINE, et al.,
2006). Apesar de ser usado com alta frequência como uma modalidade terapêutica que
antecede alguma atividade física ou profissional, o real entendimento dos efeitos agudos
desse tipo de alongamento não estão claros na literatura científica (FRANCO, et al., 2012;
ROBELLO et al., 2015; FLETCHER, et al., 2010; SAMSON, et al., 2012). OBJETIVO : O
objetivo desse estudo foi avaliar a influência imediata do alongamento estático dos membros
inferiores na avaliação do equilíbrio unipodal e da propriocepção. MATERIAL E MÉTODO:
Estudo randomizado e de campo, composto de 20 voluntárias sedentárias e jovens do sexo
feminino, divididas em dois grupos: Grupo Alongamento (GA, n=10) e Grupo Controle (GC,
n=10). O GA foi submetido a manobras de alongamento estático dos membros inferiores, já
o GC não realizou nenhuma intervenção. Para a avaliação da propriocepção e apoio
unipodal, foram utilizados os testes: Hop Test e Star Excursion Balance Test (SEBT ou Y
test), antes e após a intervenção do alongamento. Os resultados foram expressos como
médias + EPM. Estes foram analisados através do teste t de Student, considerando as
diferenças significativas quando os valores de p foram menores que 0,05. As análises serão
feitas com o software Graph Pad Prisma. RESULTADOS: Após a coleta de dados, foi
observado uma melhora dos resultados de todos os itens do Y Test (Avaliação anterior:
GC – avaliação inicial: 65,0±10,94; avaliação final: 68,1±10,7 / GA - avaliação inicial:
65,8±14,16; avaliação final: 83,0±9,64. Avaliação póstero-medial: GC – avaliação inicial:
57,5±19,11; avaliação final: 59,9±12,61 / GA - avaliação inicial: 56,6±10,19; avaliação final:
71,9±16,05. Avaliação póstero-lateral: GC – avaliação inicial: 61,5±8,93; avaliação final:
63,7±10,32 / GA - avaliação inicial: 56,1±10,48; avaliação final: 70,7±14,12) quando
comparada à avaliação inicial e final do GA. Relativo ao Hop Test, não foi verificado
diferenças entre as avaliações de ambos os grupos (GC – avaliação inicial: 74,3±19,06;
avaliação final: 77,0±16,97 / GA - avaliação inicial: 74,5±24,75; avaliação final: 91,4±27,29).
CONCLUSÃO: Diante dos objetivos propostos e dos resultados obtidos nessa pesquisa, é
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possível inferir que os efeitos agudos do alongamento estático, realizado nos membros
inferiores, podem melhorar a propriocepção e o equilíbrio unipodal em jovens sedentárias.
Entretanto, não foi observado diferença nesse tipo de modalidade terapêutica quando
avaliado o desempenho muscular associado ao equilíbrio.
PALAVRAS-CHAVE: Exercícios de alongamento muscular; Aprendizagem por associação;
Destreza motora; Lesões.
REFERÊNCIAS:
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AVALIAÇÃO DO TEOR DE PROTEÍNA EM SUPLEMENTOS ALIMEN TARES
Bolsista: Gabriela Freitas Favoratto
Orientador: Profa. Ma. Flávia Noeli de Souza Infante
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: A ingestão proteica deve ser obtida por meio de uma dieta adequada, vinda
de origem animal como carnes e ovos, bem como de origem vegetal. A suplementação é um
meio de complementar a dieta quando não se atinge as recomendações necessárias, sendo
ela, uma estratégia nutricional adequada, fonte proteica de boa qualidade e
biodisponibilidade de aminoácidos (HERNANDEZ et al, 2009). Os suplementos alimentares
líquidos ou em pó, são nutrientes isolados ou combinados entre si que devem ser ingeridos
em quantidades que sigam as recomendações diárias estabelecidas a fim de complementar
as necessidades nutricionais e não substituí-las, como define a ANVISA na RDC No 18 de
27 de abril de 2010. OBJETIVOS: Avaliar o teor de proteína presentes em concentrados ou
isolados proteicos de origem animal e vegetal comercializados no município de Jundiaí –
SP. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliadas 5 marcas. A umidade foi determinada por
gravimetria após secagem em estufa à temperatura de 105ºC até atingir peso constante.
Para a determinação do teor de proteína foi utilizada a metodologia de Kjedahl com fator de
conversão de 6,38 para proteína do leite e 5,95 para proteína vegetal. Todos os produtos
tiveram sua rotulagem avaliada segundo a RDC-360 de 2003 publicada pela ANVISA e se
os rótulos apresentam todas as informações obrigatórias e se estas representam o que é
encontrado nos produtos. RESULTADOS: Os produtos não apresentaram irregularidades
em seus ensaios(triplicatas), referentes a avaliação do teor de proteína, o estudo teve 100%
de conformidade. A diferença de porcentagem foi mínima, não chegando nem próximo do
limite da margem de 20%. CONCLUSÃO: Conclui-se que todos os suplementos avaliados
estão conformes e de acordo com a legislação vigente.
PALAVRAS-CHAVE: Aminoácidos, Proteína, Suplementação.
REFERÊNCIAS:
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Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 7. n. 40. p.224-232. Jul/Ago. 2013
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INVESTIGAÇÕES SOBRE O REFORÇAMENTO NEGATIVO DA VARI ABILIDADE
COMPORTAMENTAL EM CONTINGÊNCIAS DE FUGA
Bolsista: Raniel Barbosa de Almeida Silva
Orientador : Prof. Me. Amilcar Rodrigues Fonseca Júnior
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: Hunziker e Moreno (2000) definem variabilidade comportamental como
diferenças ou mudanças entre unidades comportamentais de um dado universo de
possibilidades. Estudos demonstram que a variabilidade comportamental pode ser
modificada em função das consequências que produz (Page & Neuringer, 1985). A maioria
desses estudos tem investigado o controle do variar por reforçamento positivo (ver
Neuringer e Jensen, 2012, para uma revisão), sendo escassa a literatura sobre
reforçamento negativo da variabilidade (Cassado, 2009; Samelo, 2008; Samelo, 2012).
Desse modo, é restrita a generalidade do fenômeno (Sidman, 1960). OBJETIVO: O
Experimento I teve como objetivo investigar os efeitos da manipulação da topografia da
resposta de fuga sobre a variabilidade comportamental mantida por reforçamento negativo.
O Experimento II, teve como objetivo investigar os efeitos da manipulação do número de
respostas que compõem as unidades comportamentais sobre a variabilidade
comportamental mantida por reforçamento negativo. MATERIAL E MÉTODO: Foi utilizado,
em ambos os experimentos, um notebook Intel(R) Core (TM) i3-3110M com tela colorida de
14’’, equipado com um mouse óptico Thinkpad e um fone de ouvido supra-auricular Philips
(Modelo SHP2000). No Experimento I, houve a participação de um participante. No
Experimento II, dez participantes foram divididos em dois grupos (n=5; A-Crescente e B-
Decrescente). Em ambos os experimentos, estímulos sonoros de 3000 Hz e 75 dB foram
administrados. No Experimento I, o som podia ser eliminado pela emissão de uma
sequência de quatro respostas de clicar e, posteriormente, teclar. Essas respostas foram
analisadas sob as contingências LAG 2 e ACO. Cada fase teve duração de 50 tentativas. No
Experimento II, a contingência LAG 2 foi mantida constante e o número de repostas de clicar
que compunham a sequência foi manipulado. Quatro, seis ou oito respostas foram exigidas
em diferentes fases, compostas por 50 tentativas. RESULTADOS: Foi utilizada inspeção
visual como método de análise (Bourret & Pietras, 2013). No Experimento I, quando a
resposta de clicar foi exigida, o Valor U obtido em LAG 2 foi 0,84, enquanto em ACO foi de
0,48. Com a resposta de teclar, o Valor U obtido durante LAG 2 foi 0,79, enquanto em ACO
foi de 0,5. Ademais, a proporção de sons eliminados quando a resposta de clicar foi exigida
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foi de 0,82 em LAG 2, e 0,76 em ACO. Quando a resposta de teclar foi exigida, a proporção
de sons eliminados foi de 0,83. No Experimento II, foi observado com nove participantes
que, independentemente da ordem de exposição às diferentes exigências de resposta (i.e.,
crescente ou decrescente), os níveis de variabilidade foram inversamente proporcionais ao
tamanho da sequência. No que se refere à proporção de sons eliminados, enquanto para os
participantes expostos à ordem crescente (Grupo A) foi observado aumento gradual dessa
medida em função do aumento na exigência, para quatro dos cinco participantes expostos à
ordem decrescente efeito inverso foi observado. CONCLUSÃO: Os resultados de ambos os
experimentos apontam que houve controle da variabilidade comportamental por
reforçamento negativo, tal como descrito na literatura (Cassado, 2009; Samelo, 2008, 2012).
O Experimento I teve como objetivo investigar se diferentes topografias de resposta (i.e.,
clicar ou teclar) interferem na variabilidade obtida com participantes humanos. Não foram
observadas diferenças nos níveis de variabilidade obtidos em função da topografia da
resposta no desempenho do único participante a concluir todas as etapas do estudo – houve
acentuada desistência de participantes durante a exposição ao procedimento. Contudo, a
escassez de dados neste experimento enfraquece a possibilidade de obtenção de eventuais
conclusões e aponta para possíveis limitações do método empregado. Esses dados diferem
daqueles apresentados por Morgan e Neuringer (1990), com ratos, que indicam que os
níveis de variabilidade são alterados em função da topografia da resposta. Futuras
pesquisas poderiam testar novas topografias. No Experimento II, foi observado que os níveis
de variabilidade foram inversamente proporcionais ao número de respostas que formavam a
sequência. Esses dados diferem daqueles descritos na literatura, os quais indicam que, com
pombos, o variar é diretamente proporcional ao tamanho da sequência (Page & Neuringer,
1985). Os resultados do presente estudo favorecem a hipótese de memorização, em
detrimento da hipótese do gerador randômico (ver Page & Neuringer, 1985). No que
concerne ao padrão observado na proporção de sons eliminados, é possível atribuí-lo a um
possível efeito de história de exposição às fases experimentais (Hunziker, Caramori, Silva, &
Barba, 1998). Os participantes do Grupo A foram gradualmente expostos a contingências
mais exigentes, ao contrário dos participantes do Grupo B. Por fim, reconhecem-se as
limitações do presente estudo, dadas as dificuldades impostas pelo software empregado, as
quais deverão ser sanadas em estudos futuros. Entretanto, pode-se extrair deste trabalho
alguns rumos de pesquisa sobre a variabilidade operante em humanos. A diferença entre os
dados aqui obtidos, com humanos, e àqueles reportados por Page e Neuringer (1985), com
pombos, abre espaço para questionamentos sobre a natureza da variabilidade operante
entre diferentes espécies. Ainda, o presente estudo representa um avanço por adicionar à
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literatura dados de pesquisa sobre o controle aversivo do variar, os quais são escassos,
dada a alta prevalência de estudos envolvendo controle apetitivo do variar. A continuidade
desse tipo de investigação, invariavelmente levará a um entendimento mais completo sobre
o comportamento dos organismos.
PALAVRAS-CHAVE: variabilidade comportamental, reforçamento negativo, LAGn, fuga.
REFERÊNCIAS:
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In G. J. Madden (Ed.), APA handbook of behavior analysis: Vol 1. Methods and
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reforçamento negativo (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São
Paulo.
3. HUNZIKER, M. H. L., CARAMORI, F. C., SILVA, A. P. D., & BARBA, L. S. (1998).
Efeitos da história de reforçamento sobre a variabilidade comportamental. Psicologia:
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response topography and reinforcement contingency. Animal Learning & Behavior,
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Experimental Psychology: Animal Behavior Processes, 11(3), 429-452.
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8. SAMELO, M. J. (2008). Investigação sobre o desamparo aprendido em humanos
(Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
9. SAMELO, M. J. (2012). Desamparo aprendido e imunização em humanos: Avaliação
metodológica/conceitual e uma proposta experimental (Tese de doutorado).
Universidade de São Paulo, São Paulo.
10. SIDMAN, M. (1989). Coercion and its fallout. Boston: Authors Cooperative.
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA CO MPOSIÇÃO
CORPORAL DE FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PA DRE ANCHIETA
Bolsista: Sheila Bozzo dos Santos
Orientador: Taciana Davanço
Coorientador: Júlia Figueiredo Machado
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: O Brasil passa por uma importante transição nutricional em que, de um
quadro de fome e a desnutrição, encontramo-nos atualmente num crescente patamar de
sobrepeso e obesidade. A Educação Nutricional se apresenta como uma importante
ferramenta que auxilia na conscientização da população a respeito de uma melhor qualidade
de vida por meio de uma alimentação saudável. Paralelamente, tornou-se necessário o
avanço de pesquisas em relação a métodos de avaliação mais precisos e viáveis para
mensuração da composição corporal e avaliação nutricional da população. Parâmetros
como o Índice de Massa Corporal (IMC), a Circunferência da Cintura (CC), a Relação
Cintura-Quadril (RCQ), a Relação Cintura-Altura (RCA), a Bioimpedância Elétrica (BIA) e
percentual de gordura por método de Pollock. O IMC é o mais conhecido indicador de
estado nutricional, mas sua acurácia como parâmetro de saúde tem sido contestada por não
ser capaz de distinguir massa magra de massa gorda, o que influenciaria radicalmente no
diagnóstico de praticantes de atividade física. A CC permite avaliar a distribuirão central da
gordura corporal, e estima risco cardiovascular atrelado a gordura visceral, principal
responsável pelo surgimento de alterações metabólicas e doenças cardiovasculares. De
semelhante posicionamento, a RCQ é outro indicador associado a risco de doenças
crônicas não-transmissíveis. Sendo comparada com a circunferência da cintura, a RCQ
demonstra-se melhor em predizer nível de hipertensão arterial, diabetes e baixos níveis de
HDL. No entanto, parece que a circunferência da cintura é o indicador que mais se relaciona
com as demais variáveis antropométricas e possui mais precisão para predizer desordens
metabólicas do que RCQ. A RCA é uma ferramenta mais atual e aparentemente mais
precisa para predizer condições de saúde, que utiliza as medidas de cintura e altura para
detectar obesidade abdominal e possíveis riscos associados à saúde, como diabetes e
eventos cardiovasculares. Essa ferramenta prevê que a medida da cintura deve estar abaixo
da metade da altura. A BIA e o percentual de gordura por Pollock são métodos de avaliação
da composição corporal capazes de estimar o percentual de gordura do indivíduo. Esta
última tem sido muito utilizada graças a seu baixo custo operacional e relativa simplicidade
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
de utilização, porém sua precisão e confiabilidade é inferior à BIA por ser dependente de
como o avaliador coleta cada medida, além da ampla margem de protocolos existentes,
sendo que nem sempre eles são próprios para a população alvo. OBJETIVO: O objetivo
geral do estudo é avaliar a composição corporal de funcionários do Centro Universitário
Padre Anchieta, pré e pós intervenção nutricional de 12 semanas. MATERIAL E MÉTODO:
Participaram 43 indivíduos com idade entre 17 e 60 anos. Os critérios de inclusão foram:
não drogaditos, de ambos os sexos; os critérios de exclusão foram: gestantes e lactantes. A
significância foi analisada pelos testes de T-Student e Chi-Square. As medidas realizadas
foram IMC, CC, RCQ, RCA, BIA e Percentual de gordura por Pollock. RESULTADOS: Os
resultados quantitivos comparados entre a primeira e segunda coletas demonstram que o
grupo controle apresentou diferença significativa nas pregas cutâneas de tríceps (p=0,01),
abdominal (p=0,00) e coxa (p=0,01), sendo que abdominal teve diferença significativa para
aumento de valor coletado, o que significa que a dobra cutânea sofreu piora da primeira
para a segunda coleta, enquanto que as medidas de tríceps e coxa diminuíram,
apresentando menor nível de gordura nesses pontos específicos. Já o grupo intervenção
somente apresentou diferença estatística na prega cutânea abdominal (p=0,00), mas
também para aumento da medida, o que significa que houve piora expressiva nesta variável.
Em relação aos dados qualitativos, somente o IMC apresentou diferença significativa entre
os grupos controle e intervenção após o período de palestras. Comparando os dados
obtidos da primeira para a segunda coleta entre os dois grupos, podemos concluir que o
grupo intervenção obteve melhora nesse indicador, passando da classificação de sobrepeso
(50% dos indivíduos do grupo intervenção, pré-intervenção) para eutrofia (61,5% dos
indivíduos do grupo intervenção, após intervenção), o que indica que a intervenção surtiu
bons resultados para esse indicador de saúde. O grupo controle, na segunda coleta, se
concentrou em classificações piores do que na primeira coleta, indicando que a diferença
estatística apresentada entre os grupos na segunda coleta (p=0,042) favorece o grupo
intervenção. Para todos os outros dados, não houve diferença significativa entre os grupos,
pré e pós-intervenção. CONCLUSÃO: Concluímos que não houve diferença estatística para
a população em estudo, em relação aos indicadores de RCQ, RCA, percentuais de gordura
por Pollock e por Bioimpedância e CC após 12 semanas de intervenção. O IMC, no entanto,
apresentou diferença estatística entre o perfil do grupo controle para o intervenção na
segunda coleta (p=0,042), o que pode indicar que a intervenção surtiu bom resultado em
relação ao grupo controle. Incentiva-se que mais estudos sejam feitos com novas
abordagens e métodos mais eficientes de intervenção com estratégias como uma maior
frequência de palestras, maior tempo de palestra, e workshops práticos que prendam a
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atenção dos voluntários para o aprendizado, em busca de melhores resultados
antropométricos e de saúde.
PALAVRAS-CHAVE: antropometria, educação nutricional, indicadores de saúde.
REFERÊNCIAS:
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APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq
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EFEITO DE UMA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NOS HÁBITOS A LIMENTARES DOS
FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
Bolsista: Michelle Bolisani Dias Imperato
Orientador: Taciana Davanço
Coorientador: Júlia Figueiredo Machado
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: Os hábitos alimentares e o estilo de vida podem estar diretamente
relacionados com o desenvolvimento de algumas doenças. Segundo a OMS as Doenças
Crônico Não Transmissíveis (DCNT) são caracterizadas por um conjunto de doenças que
não têm o envolvimento de agentes infecciosos em sua ocorrência e compreendem
majoritariamente, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer. Estas são as principais
causas de morte no mundo e promovem uma perda da qualidade de vida proporcionando
limitações nas atividades de trabalho e lazer. OBJETIVO: O objetivo geral foi avaliar através
do questionário de frequência alimentar (QFA) e Recordatório 24 horas, os hábitos
alimentares de funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta, antes e após 12
semanas de intervenção nutricional. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado com 41
funcionários, sendo 27 funcionários do grupo intervenção e 14 grupo controle. O R24h e
QFA foram aplicados pessoal e individualmente na população estudada. Foi utilizado o
software DietSmart para realização dos cálculos e para avaliação de adequação. O
parâmetro de comparação utilizado foi a DRI (2002). RESULTADOS: Observou-se uma
diminuição na ingestão de Fibras (P=0,03), Vitamina B2 (P=0,016), Folato (P=0,004),
Vitamina C ( P=0,016), Cálcio (P=0,034), Ferro (P=0,026) e Potássio (P=0,002). Juntamente
com as coletas de R24h e QFA, foi realizado um exame Bioquímico, e, portanto diminuição
da ingestão alimentar no dia anterior a pesquisa. O que justifica a diminuição da ingestão
desses micronutrientes. CONCLUSÃO: A educação nutricional é parte do processo de
mudança nos padrões alimentares, não foi possível observar uma mudança no
comportamento dos funcionários após intervenção, o período de intervenção se mostrou
insuficiente para promover uma mudança nos hábitos alimentares dos funcionários, os
inquéritos alimentares revelam o quanto são necessários programas educacionais, e o
desafio para a utilização de estratégias adequadas para cada grupo, para assim, ocorrer de
fato uma mudança efetiva de comportamento alimentar.
PALAVRAS-CHAVE: Doenças Crônicas não Transmissíveis, Educação Nutricional.
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REFERÊNCIAS:
1. Ministério da Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, Brasília, DF;2011-2012.
SUPORTE FINANCEIRO: CNPq/PIBIC
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EFEITO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM IN DICADORES
DE QUALIDADE DE VIDA DOS FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNI VERSITÁRIO PADRE
ANCHIETA
Bolsista : Elisângela Appolinário de Almeida Morosi
Orientador: Taciana Davanço
Coorientador: Wanderley Carvalho
Curso: Nutrição
INTRODUÇÃO: Com a industrialização e a urbanização, houve um aumento do
fornecimento de energia e redução da atividade física, ou seja, maior ingestão calórica e
menor gasto energético, gerando aumento na obesidade e predispondo a população a
diversas patologias relacionadas (TARDIDO e FALCÃO, 2006). As doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) apresentam-se como uma das maiores causas de óbitos prematuros,
perda de qualidade de vida e impactos econômicos (WORD HEALTH ORGANIZATION,
2005). O impacto das doenças crônicas não transmissíveis pode ser reduzido através de
intervenções que envolvam prevenção e promoção da saúde, detecção precoce e
tratamento oportuno nos casos de alguma patologia já instalada (MALTA et al, 2011).
OBJETIVO : O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de um programa de intervenção
nutricional na bioquímica clínica pertinente, no conhecimento nutricional e qualidades de
vida e do sono de funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta, antes e após
intervenção nutricional. MATERIAL E MÉTODO: Os dados foram coletados em dois
momentos do estudo: no início (T0) e ao final (T1). O total de indivíduos participantes foi
dividido em grupo controle e grupo intervenção. Os integrantes do grupo intervenção
participaram de palestras e atividades interativas sobre alimentação e hábitos de vida
saudáveis, podendo realizar perguntas e troca de experiências. Os resultados dos exames
laboratoriais (hemograma completo, glicemia de jejum, colesterol total, colesterol fração
HDL, colesterol fração LDL, colesterol fração VLDL e triglicerídeos) foram obtidos através da
análise de duas coletas de sangue periférico, sendo que os valores de referência utilizados
são provenientes do Laboratório Bioclinica, responsável pela análise das amostras. Para a
avaliação do conhecimento nutricional foi utilizada a Escala de Conhecimento Nutricional
aplicada no National Health Interview Survey Cancer Epidemiology e traduzida, adaptada e
validada por Scagliusi, composto por 12 questões, com pontuação final que varia de 0 a 14
pontos, sendo que um total de 0 a 6 indica baixo conhecimento nutricional; entre 7 e 10,
conhecimento moderado e, acima de dez, indica alto conhecimento nutricional. A qualidade
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
de vida foi analisada segundo a versão brasileira do questionário genérico de qualidade de
vida SF-36, composta por oito domínios e avaliados pelo método de pontos somados
(método de Likert), com valores que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde os maiores
escores correspondem a uma melhor qualidade de vida. Para a avaliação da qualidade do
sono foram utilizados o Índice da Qualidade do sono de Pittsburgh e Escala de Sonolência
de Epworth, em que o primeiro é composto por sete componentes que a somatória total
pode atingir 21 pontos e escores acima de cinco indicam padrão ruim na qualidade do sono
e a segunda ferramenta é composta por oito questões com escore global de 0 a 24 pontos,
sendo que os totais acima de 10 começam a sugerir uma sonolência patológica, que pode
ser diagnosticada como sonolência diurna excessiva. Após as coletas de dados, foram
realizados os devidos cálculos dos questionários e a tabulação dos dados e resultados dos
exames laboratoriais através do programa Excel, seguido pelas análises estatísticas
realizadas pelo software SPSS. RESULTADOS: Para os resultados dos exames
laboratoriais, ao utilizar o teste de Mann – Whitney U com p <0,05 na comparação entre os
grupos controle e intervenção, para o hemograma se pode observar que na primeira coleta
houve diferença significativa somente para o valor de monócitos (p=0,023) e na segunda
coleta se pode notar diferença significativa em três variáveis, sendo volume globular médio
(p=0,008), hemoglobina globular média (p=0,028) e linfócitos típicos (p=0,045), de acordo
com o teste de Wilcoxon não houve diferença significativa (p<0,05) entre as coletas do
grupo controle, para o grupo intervenção houve diferença significativa (p<0,05) entres as
coletas para as variáveis hemácias (p=0,011), hemoglobina (p=0,000), hematócrito
(p=0,000), volume globular médio (p=0,000) e concentração de hemoglobina globular médio
(p=0,003). No perfil lipídico a comparação entre os grupos controle e intervenção, com base
no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou diferença significativa para os valores da
fração colesterol HDL (p=0,028) na segunda coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a
comparação entre a primeira e segunda coleta de ambos os grupos, não apresentou
diferença significativa em nenhum resultado. Para a glicemia a comparação entre os grupos
controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou
diferença significativa (p=0,001) na primeira coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a
comparação entre a primeira e segunda coleta, apresentou diferença significativa somente
no grupo controle (p=0,019). Para a avaliação do conhecimento nutricional, a comparação
entre os grupos controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05,
não apresentou diferença significativa. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação
entre a primeira e segunda coleta de ambos os grupos também não apresentou diferença
significativa. Na análise do questionário de qualidade de vida SF-36 a comparação entre os
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
grupos controle e intervenção com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, apresentou
diferença significativa no domínio limitação por aspectos emocionais (p=0,045) na primeira
coleta. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação entre a primeira e segunda coleta
de ambos os grupos não apresentou diferença significativa. Na análise estatística das
ferramentas utilizadas para avaliar a qualidade do sono a comparação entre os grupos
controle e intervenção, com base no teste de Mann-Whitney para p<0,05, não apresentou
diferença significativa. No teste de Wilcoxon para p<0,05, a comparação entre a primeira e
segunda coleta de ambos os grupos também não apresentou diferença significativa.
CONCLUSÃO: Concluiu-se que apesar dos resultados estatísticos não se encontrarem
alarmantes, os resultados obtidos entre os grupos e as coletas mostram um parâmetro mais
favorável aos sujeitos que receberam a intervenção nutricional, deixando evidente a
importância deste tipo de estratégia educacional voltada para a alimentação saudável.
PALAVRAS –CHAVE: Doenças crônicas não transmissíveis, obesidade, qualidade de vida,
intervenção nutricional.
REFERÊNCIAS:
1. Tardido, AP; Falcão, MC. O impacto da modernização na transição nutricional e
obesidade. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, São Paulo, 2006; 21(2) :117-24.
2. World Health Organization. Prevenção de doenças crônicas: um investimento vital.
Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde:2005.
3. Malta, DC; Morais Neto, OL; Silva Junior, JB. Apresentação do plano de ações
estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no
Brasil,2011 a 2022.Epidemiol.Serv. Saúde. Brasilia,2011; 20(4):425-438.
SUPORTE FINANCEIRO: Os recursos necessários a condução da pesquisa foram de
responsabilidade da aluna pesquisadora e dos docentes (orientadora e coorientador). Os
exames laboratoriais foram financiados pela instituição Centro Universitário Padre Anchieta.
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COMPARAÇÃO DA APRENDIZAGEM MOTORA: IDOSOS SAUDÁVEIS X JOVENS
SAUDÁVEIS
Bolsista: Cristiane da Silva Cruz
Orientadora: Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Aprendizagem motora pode ser definida como a capacidade do indivíduo
em aprender e realizar uma nova tarefa incumbida. Aprimorando a cada repetição ou
experiência em realizá-la, ou seja, é a habilidade que o indivíduo desenvolve devido a
repetição e informações coletadas referente a tarefa, (Monteiro et al., 2010). A qualidade e
velocidade de aprendizagem motora podem ser beneficiadas por fatores frequentemente
manipulados no processo de ensino e aprendizagem de habilidades motoras, (Januário et
al., 2014). Seguindo a definição de que a aprendizagem motora é considerada a melhora no
desempenho de uma habilidade motora adquirida, entende-se que a cada tarefa que
é realizada com repetição por um indivíduo teremos aprendizagem motora. Tani et al.
(2011), relata que a demonstração tem um importante papel no processo para adquirir uma
habilidade motora, devido a possibilidade de o indivíduo obter informações de como realizar
a tarefa. Em qualquer atividade do dia a dia temos a demonstração, como forma de
aprimorar a habilidade adquirida por um indivíduo. OBJETIVO: Comparar habilidades de
aprendizagem motora, entre idosos e jovens saudáveis. MATERIAL E MÉTODO:
Participaram desse estudo 5 indivíduos idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, e 5
indivíduos jovens, com idades entre 18 e 30 anos, recrutados em diferentes instituições que
propõem atividades para essa população. Não foram incluídos indivíduos que utilizavam
drogas com ação sobre o sistema nervoso central, que tinham história de uso de bebida
alcoólica, com distúrbios visuais e/ou auditivos sem correção, que tinham quaisquer
doenças neurológicas ou psiquiátricas e que apresentavam habilidade diferenciada dos
dedos das mãos, como músicos ou digitadores. A todos os participantes foi apresentada a
proposta de pesquisa e todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) do Centro Universitário Padre Anchieta, concordando em participar, voluntariamente,
da pesquisa. Os seguintes materiais foram utilizados nesse estudo: cadeira e mesa, para
acomodar o participante de maneira confortável; cabine especial, para evitar interferências
visuais e auditivas durante o procedimento; fitas adesivo-metálicas acopladas aos dedos
das mãos dos participantes, para a transmissão dos sinais relativos à execução dos
movimentos; cabos de conexão dedos-computador, computador da marca Panasonic com
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
programação específica desenvolvida, para registro da velocidade e da acurácia dos
movimentos dos dedos. Apresentações da tarefa: A tarefa escolhida para a pesquisa foi a
tarefa de movimentos sequenciais de dedos, conforme paradigma proposto por Karni
(1995). Para esse tipo de abordagem, os dedos das mãos foram numerados, do dedo
indicador (segundo dedo anatômico) representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinto
dedo anatômico) representado pelo número 4. O polegar não recebeu numeração, pois era
quem realizava a oposição, que fechava o circuito registrando a sequência realizada.
Durante a execução dos movimentos, os participantes permaneceram sentados
confortavelmente em uma cadeira, com o membro superior a ser avaliado/treinado sobre a
mesa, de frente para o experimentador, sem acesso à tela que registra os dados. Foi
explicado ao participante que a tarefa consistia em realizar os movimentos de oponência do
polegar com os demais dedos, em sequências de cinco números memorizados previamente.
RESULTADOS: As tabelas foram construídas separando-se jovens e idosos conforme a
avaliação inicial (AI), avaliação final (AF), avaliação após 48 horas, avaliação após 7 dias e
após 28 dias, sendo subdivididas as tabelas em mão direita sequência treinada e mão
esquerda sequência treinada, sendo observado o desempenho quantitativo de acertos e
erros dos indivíduos. Desempenho da mão direita na sequência treinada: A tabela 1
apresenta os resultados do desempenho de jovens e idosos na mão direita na sequência
treinada, a qual indica que ao início da avaliação os dois grupos eram diferentes, os jovens
são mais velozes, realizam mais sequências por minuto em todas as etapas. Por isso ocorre
uma heterogeneidade entres os grupos descritos. Os indivíduos idosos não apresentaram
melhora importante de desempenho logo após o treino com uma média de acertos de (14,4),
sendo observado melhora na média de acertos (20) somente no sétimo dia. O número de
sequências erradas neste grupo não sofreu grandes variações. Os indivíduos jovens
apresentam uma média de acertos bem elevada em relação aos idosos durante toda as
etapas da tarefa, porém logo após o treino eles erraram mais (6,1), e aumentaram
consideravelmente os acertos, mantendo uma boa média de acertos e diminuindo a média
de erros. Comparando os resultados antes e após o treino houve melhora do desempenho
dos jovens com significância estatística (p≤0,05). Esse resultado positivo se manteve nas
outras avaliações posteriores. O mesmo não aconteceu com os idosos. Houve uma
pequena melhora do desempenho, mas não houve significância estatística. Desempenho da
mão esquerda na sequência treinada: A tabela 2 apresenta o desempenho na mão
esquerda demonstrando uma ideia da transferência da aprendizagem da mão direita para a
esquerda. O grupo de jovens apresentou uma média de acertos consideravelmente melhor
em relação aos idosos, houve diferença estatística (p≤0,05) entre o desempenho antes do
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
treino e após 48 horas do treino. O que mostra que a aprendizagem obtida com a mão
direita foi transferida para a mão esquerda. A média de acertos neste grupo se manteve
constante, assim como a de erros, demonstrando a transferência da aprendizagem. O grupo
de indivíduos idosos logo após o treino, não demonstrou transferência da tarefa, pois não
houve aprendizagem na análise da mão direita, mantendo o mesmo índice de acertos e
erros em todas as etapas da avaliação. Não houve significância estatística em nenhuma das
análises realizadas. CONCLUSÃO: Conclui-se que indivíduos jovens possuem maior
capacidade de aprendizagem que indivíduos idosos. O grupo de idosos não apresentou
aprendizagem em nenhuma etapa da avaliação na mão direita sequência treinada em
virtude disto, não ocorreu transferência entre mãos, o que foi observado somente no grupo
de jovens, no qual houve transferência da tarefa da mão direita para a mão esquerda.
PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, idosos, jovens, envelhecimento
REFERÊNCIAS:
1. JANUÁRIO M. ET AL. Efeito da Combinação de Diferentes Estruturas de
Prática na Aquisição De Habilidades Motoras. Rev. Bras. Ciênc. Esporte,
Florianópolis, v. 36, n. 2, p. S758-S773, abr./jun. 2014.
2. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in
the adult human cortex. Cognitive Brain Research. v. 5, p. 39-48, 1996.
3. TANI ET AL. O estudo da demonstração em aprendizagem motora: estado da
arte, desafios e perspectivas. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. v.
13, n. 5, p. 392-403, 2011.
4. MONTEIRO M. B. C. et al. Aprendizagem motora em crianças com paralisia
cerebral. Rev. bras. Crescimento desenvolv. hum. São Paulo. v.20, n. 2, 2010.
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
APRENDIZAGEM MOTORA EM GRUPO DE IDOSOS COM DIFERENT ES IDADES
Bolsista: Sânia Rafaella da Silveira Araújo
Orientadora: Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Os animais e os seres humanos aprendem através de informações de um
meio ou um estímulo, tendo resposta do sistema nervoso central (SNC) para adaptar-se ao
meio externo (SÁ e MEDALHA, 2001). Para que isso aconteça em uma tarefa motora
básica, o processo contínuo do aprendizado motor é composto por alguns períodos,
inicialmente delineados por um desempenho irregular, de forma lenta, maior número de
erros e tempo de execução. Após, segue uma fase intermediária em que ocorre uma maior
consolidação processual da informação, há um aumento de velocidade e estabilidade na
execução. Já na fase avançada, há maior habilidade, velocidade, sincronia e automatização
de uma tarefa (HALSBAND et al, 2006). BORELLA e SACCHELLI (2009) afirmam que os
declínios de aprendizagem começam em vida adulta e se tornam graduais com
envelhecimento. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do envelhecimento em dois grupos de
idosos, sobre a aprendizagem motora de uma tarefa específica. METODOLOGIA:
Participaram desse estudo 10 indivíduos com idade entre 60 e 80 anos, os quais foram
separados em dois grupos com 7 e 3 participantes cada e analisados posteriormente. O
primeiro grupo (g1) formado por indivíduos entre 60 e 70 anos, e o segundo (g2) com
indivíduos de 71 a 80 anos, visando identificar os acometimentos na aprendizagem motora
em resposta ao envelhecimento. A amostra é proveniente de diferentes instituições que
propõem atividades para essa população. Esses indivíduos foram submetidos a uma breve
avaliação de sua capacidade cognitiva, através do Montreal Cognitive Assessment (MoCA).
A todos os participantes foi apresentada a proposta de pesquisa e todos assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) do Centro Universitário Padre Anchieta,
concordando em participar, voluntariamente, da pesquisa. O trabalho foi realizado na
mesma instituição em laboratórios que possuem espaço e conforto para a determinada
tarefa. A tarefa escolhida para a pesquisa foi de realizar movimentos sequenciais dos dedos,
conforme paradigma proposto por KARNI, (1996). Para esse tipo de abordagem, os dedos
das mãos dos participantes foram numerados, do dedo indicador (segundo dedo anatômico)
representado pelo número 1 até o dedo mínimo (quinta dedo anatômico) representado pelo
número 4. O polegar não recebeu numeração, pois é quem realiza a oposição, que fecha o
circuito registrando a sequência realizada. A sequência realizada nesse trabalho foi 4-2-3-1-
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
4. Foram medidos os acertos e erros para avaliar a aprendizagem em cada grupo e para
garantir a retenção foram feitas avaliações de 48 horas, 7 dias e 28 dias. RESULTADOS:
Os resultados finais não foram submetidos em análise estatística devido ao número de
voluntários não pertencerem a uma amostra grande. Na divisão de idosos houve uma
discrepância entre a quantidade de cada grupo. Isso se deu devido ao G1 possuir idosos
com menos idade, mais ativos e mais dispostos que o G2. Todos os resultados foram
construídos separando-se os indivíduos do G1 e G2 conforme a avaliação inicial (AI),
avaliação final (AF), avaliação após 48 horas, avaliação após 7 dias e após 28 dias, sendo
subdivididas as tabelas e gráficos em mão direita sequência treinada e mão esquerda
sequência treinada, sendo observado o desempenho em médias quantitativas de acertos e
erros dos indivíduos. Nota-se em uma visão genérica que ambos os grupos alcançaram uma
média de acertos e erros relativamente próxima. Foi observado que em ambos os casos
houve melhora do desempenho com a mão que não foi treinada, demostrando transferência,
porém o número de erros no grupo 2 foi superior, o que pode significar que a melhora do
desempenho se deu às custas de muitos erros. Isso significa que a aprendizagem, neste
caso para o grupo 2, não foi eficiente. CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos e com a
pesquisa elaborada, esse projeto conclui que idosos com mais idade necessitam de um
maior período de tempo para aquisição de uma nova tarefa, se comparados aos idosos com
menor idade.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, Idosos, Envelhecimento, Learning.
REFERÊNCIAS:
1. SÁ, C.; MEDALHA, C. Aprendizagem e memória – Contexto motor. Rev.
Neurociências 9(3): 103-110, 2001.
2. Halsband, U.; Lange, R.K. Motor learning in man: a review of functional and
clinical studies. J Physiol Paris 99(4): 414-424, 2006.
3. BORELLA, M. P.; SACCHELLI, T. Os efeitos da prática de atividades motoras
sobre a neuroplasticidade. Rev. Neurocienc 17(2): 161-9, 2009.
4. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in the
adult human cortex. Cognitive Brain Research. v. 5, p. 39-48, 1996.
30
IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
EFEITOS DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORR ENTE CONTÍNUA
(ETCC) NA APRENDIZAGEM MOTORA DE INDIVÍDUOS IDOSOS
Bolsista: Camila Rodrigues Fraulo
Orientadora: Andrea Peterson Zomignani
Curso: Fisioterapia
INTRODUÇÃO: Segundo Lang et al. (2005) as correntes anódicas e catódicas aumentam e
inibem, respectivamente, a excitabilidade cortical. As correntes podem ser aplicadas através
de dois eletrodos: o ânodo (eletrodo positivo), que é colocado sobre o córtex motor primário
(M1); e o cátodo (eletrodo negativo), que é colocado sobre o polo frontal contralateral. A
aplicação da corrente anódica no córtex motor gera melhora na capacidade motora, bem
como um aumento na eficiência da aprendizagem motora, sendo esta a capacidade do
indivíduo aprender uma nova tarefa, a qual pode ser influenciada por diversos fatores, como
a prática do movimento, o ambiente, a prática mental, a demonstração, o foco (chamado de
feedback), entre outros, como descreve Correa et al. (2005). OBJETIVO: Esta pesquisa tem
como objetivo verificar se o uso da ETCC facilita a aprendizagem motora de idosos.
MATERIAL E MÉTODO: Participaram desse estudo 4 indivíduos com idade igual ou
superior a 60 anos, recrutados em diferentes instituições que propõem atividades para essa
população. A tarefa escolhida para a pesquisa foi uma tarefa de movimentos sequenciais de
dedos, conforme paradigma proposto por Karni (1995). Foi explicado ao participante que a
tarefa consistia em realizar os movimentos de oponência do polegar com os demais dedos,
em sequências de cinco números memorizados previamente. Após o período de
treinamento de todos os grupos, foram repetidos os mesmos procedimentos da avaliação
antes do treinamento, para efeito de comparação. RESULTADOS: Os resultados
alcançados foram avaliados através da verificação do desempenho de acertos e erros da
sequência treinada realizada pela mão direita e esquerda. Cada tabela foi construída
separando cada uma das avaliações, começando pela avaliação inicial (AI), avaliação final
(AF), avaliação 48 horas, 7 e 28 dias após a realização do treino. Observou-se na mão
direita que os erros de ambos os grupos não tiveram variação significativa durante as
avaliações, portanto serão discutidos mais especificamente os acertos como medida de
desempenho. De acordo com os dados obtidos, pode-se observar através de suas médias
que o grupo ETCC apresentou melhores resultados, sendo na avaliação inicial antes do
treinamento (AIAT) (23,5), na avaliação de 48 horas (29) e 7 dias (29). Foi determinada esta
avaliação na mão não dominante para avaliar a transferência de aprendizagem da mão
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
direita para a mão esquerda. Observou-se na mão esquerda que os grupos não
apresentaram grandes variações em seu desempenho, mas o grupo ETCC apresentou mais
erros em comparação ao grupo placebo. Contudo, na avaliação de 48 horas ambos os
grupos apresentaram piora na execução, porém com recuperação nas avaliações seguintes.
CONCLUSÃO: Conclui-se que ambos os grupos demonstraram melhora de desempenho e
aprendizagem motora, entretanto os grupos não foram comparáveis entre si.
PALAVRAS-CHAVE: aprendizagem, idosos, envelhecimento, ETCC.
REFERÊNCIAS:
1. CORRÊA, U. C. et al. Efeitos da freqüência de conhecimento de performance na
aprendizagem de habilidades motoras. Rev. bras. Educ. Fís. Esp, v. 19 n. 2, p.127-
41, Jun 2005.
2. KARNI, A. The acquisition of perceptual and motor skills: a memory system in the
adult human cortex. Cognitive Brain Research, v. 5, p. 39-48, 1996.
3. LANG N. et al. How does transcranial DC stimulation of the primary motor cortex alter
regional neuronal activity in the human brain? Rev. Eur J Neurosci, v. 22, n. 2, p.
495–504, July 2005.
APOIO FINANCIERO: BIC/UniAnchieta
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO OLI-OLÁ ®, UM EXTRATO DO FRUTO DA
OLIVEIRA
Bolsista: Deborah Tiaki Sato de Oliveira
Orientador : Aparecida Érica Bighetti Ribas
Coorientador: Patrícia Gisela Sampaio Reolon
Curso: Farmácia
INTRODUÇÃO: Antioxidantes são substâncias capazes de impedir o envelhecimento da
pele, pois bloqueiam as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres. Devido à pele
possuir uma extensa área e ter função protetora do organismo, a aplicação de antioxidantes
tópicos reduzem os danos oxidativos (SCOTTI et al., 2007). Extratos vegetais são ricos em
substâncias antioxidantes, pois possuem uma barreira natural contra os radicais livres
formados pela radiação UV, necessárias para a fotossíntese. Tendo em vista isto, quando
aplicados a modelos animais e em culturas celulares, neutralizam a reatividade radicalar,
diminuindo lesões celulares. O maior grupo de antioxidantes extraídos de plantas são os
compostos fenólicos que neutralizam a reatividade radicalar através da doação de um átomo
de hidrogênio (F’GUYER et al., 2003; NIKOLIC, 2006). Um exemplo de extrato vegetal que
possui compostos fenólicos são aqueles derivados da oliveira (óleos, frutos e folhas), sendo
que o Oli-Olá® utiliza o extrato do fruto da oliveira como princípio ativo (padronizado em 3 %
de hidroxitirosol), um polifenol com potente ação antioxidante. Dos compostos fenólicos
predominantes no extrato, o hidroxitirosol é o composto antioxidante mais potente (RAFEHI
et al., 2011; SARSOUR et al., 2011). OBJETIVOS: O objetivo desse projeto foi realizar uma
investigação para identificar e certificar a presença de substâncias antioxidantes no Oli-Olá®,
que contém extrato do fruto da oliveira, a partir do teste de poder redutor (OLIVEIRA et al.,
2011; RIBEIRO, 2006), e do teste de redução do radical DPPH, que comprova a atividade
antioxidante. MATERIAL E MÉTODO: Para a determinação qualitativa de substâncias
antioxidantes utilizou-se o Teste do Poder Redutor, que se baseia na redução de íons
ferricianeto (Fe3+) para ferrocianeto (Fe2+), com mudança de coloração durante o processo
de redução. Para a determinação quantitativa, utilizou-se o Teste do DPPH que, por meio de
análises espectrofotométricas em 517 nm, foi possível o cálculo da atividade antioxidante
expressa em porcentagem (AA %). Para efeito de comparação de AA % do Oli-Olá® com o
padrão ácido gálico, utilizaram-se soluções da amostra e do padrão com concentrações a
0,05 %, 0,045 %, 0,0375 %, 0,03 %, 0,0225 % e 0,015 %. Foram calculadas também valores
de IC50 (Concentração Inibitória) para Oli-Olá® e para o padrão de ácido gálico, a partir de
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medidas espectrofotométricas em 517 nm, após 30 minutos de incubação. RESULTADOS:
No Teste do Poder Redutor, os antioxidantes presentes na amostra de Oli-Olá® mostraram-
se capazes de reduzir o ferricianeto a ferrocianeto. Notou-se a mudança na coloração da
solução de amarelo para verde, sendo comprovada com medidas espectrofotométricas em
700 nm, apresentando clareza na descoberta da presença de antioxidante no Oli-Olá®. O
Teste do DPPH baseia-se na redução do radical DPPH, onde é alterada gradualmente sua
coloração de violeta para amarelo, passando para sua forma estável DPPH-H. A partir dos
resultados obtidos determinou-se a porcentagem de atividade antioxidante ou sequestradora
de radicais livres e/ou a porcentagem de DPPH remanescente no meio reacional (BRAND-
WILLIAMS, et al., 1995 e SÁNCHEZ-MORENO, et al., 1998). Os valores obtidos de AA %, e
seus desvios padrão, nas diferentes concentrações para a amostra do Oli-Olá® foram
respectivamente (67,76 ± 0,63), (65,88 ± 0,50), (65,62 ± 0,53), (64,68 ± 0,62), (63,36 ±
0,62),(62,80 ± 0,63), e para o padrão foram (69,80 ± 0,67), (67,74 ± 0,22), (66,43 ± 0,13),
(66,13 ± 0,37), (65,57 ± 0,32), (64,40 ± 0,23). O IC50 expressa a concentração de
antioxidante necessária para reduzir em 50 % a concentração inicial de DPPH. Os valores
calculados foram 0,120 µg/mL para o Oli-Olá® e de 0,106 µg/mL para a amostra do padrão.
Quanto menor o valor de IC50, maior a atividade antioxidante. CONCLUSÕES: Conclui-se,
por meio do teste do poder redutor, a determinação de substâncias antioxidantes no Oli-
Olá®, cujas presenças foram comprovadas visualmente e espectrofotometricamente pela
mudança de coloração das soluções de amarela para verde, caracterizando a mudança de
íons ferricianeto para ferrocianeto. O teste quantitativo da redução do radical DPPH mostrou
a atividade antioxidante no Oli-Olá®, a partir das porcentagens de atividade antioxidante (AA
%) em diferentes concentrações. Indicou ainda que quanto maior a concentração de
antioxidante no Oli-Olá®, maior será sua atividade antioxidante, pois maior foi o consumo do
radical DPPH. Além disso, o valor de IC50 encontrado para a solução comprova a atividade
antioxidante dos componentes presentes no Oli-Olá®, justificando seu uso em produtos
cosméticos de prevenção ao envelhecimento cutâneo.
PALAVRAS-CHAVE: Oli-Olá®, Antioxidante, Poder redutor, DPPH, IC50.
REFERÊNCIAS:
1. BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C.; Lebentsmittel-Wissenschaft
& Technologie, v. 28,n. 25, 1995.
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2. F’GUYER, S.; AFAQ, F.; MUKHTAR, H. Photochemoprevention of skin cancer by
botanical agents. Photodermatology. Photoimmunology & Photomedicine. , v.19,
n.1, p.56-72, 2003.
3. NIKOLIC, K.M. Theoretical study of phenolic antioxidants properties in reaction with
oxygen-centered radicals. Journal of Molecular Structure , THEOCHEM, v.774, n.1,
p.95-105, 2006.
4. OLIVEIRA, D. S.; AQUINO, P. P.; RIBEIRO, S. M.; PROENÇA, R. P. C.; PINHEIRO-
SANT’ANA, H. M. Vitamina C, carotenoides, fenólicos totais e atividade antioxidante
de goiaba, manga e mamão procedentes da Ceasa do Estado de Minas Gerais. Acta
Scientiarum Health Sciences , v. 33, n.1, p. 89-98, 2011. Disponível
em:<htttp://periódicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHealthSci/article/viewFile/8052/80
52> Acesso em: 24 janeiro 2016.
5. RAFEHI, H.; SMITH, A. J.; BALCERCZK, A; ZIEMANN, M.; OOI, J.; LOVERIDGE, S.
J.; BAKER, E. K.; EL-OSTA, A.; KARAGIANNIS, T. C.; Investigation into the
biologistical properties of the polyphenol, hydroxytyrosol: mechanistic insights by
genome-wide mRNA- Sequence analysis. Genes Nutrition , v. 7, n. 2, p. 343-55,
2011.
6. RIBEIRO, S. M. R. Caracterização e avaliação do potencial antioxidante de mangas
(Mangifera indica L.) cultivadas no Estado de Minas Gerais, 2006. Tese (Doutorado
em Bioquímica Agrícola) Disponível em:
<www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=159670> Acesso em: 24 janeiro
2016.
7. SARSOUR, E. H.; KUMAR, M. G.; KALEN, A. L.; GOSWAMI, M.; BUETTNER, G. R.;
GOSWANI, P. C.; MnSOD activity regulates hydroxytyrosol-induced extension of
chronological lfespan, v. 34, n. 1, p. 95-109, 2011.
8. SÁNCHEZ-MORENO, C.; LARRAURI, J. A.; SAURA-CALIXTO, F.; Journal of the
Science of Food and Agriculture , v. 76, n. 270, 1998.
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IXIXIXIX Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica
9. SCOTTI, L.; SCOTTI, M. T.; CARDOSO, C.; PAULETTI, P.; CASTRO-GAMBOA, I.;
BOLZANI, V. S.; VELASCO, M. V. R.; MENEZES, C. M. S.; FERREIRA, E. I.;
Modelagem molecular aplicada ao desenvolvimento de moléculas com atividade
atioxidante visando ao uso cosmético, Revista Brasileira de Ciências
Farmacêuticas , v. 43, n. 2, p. 153-166, 2007. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/rbcf/v43n2/01.pdf>. Acesso em 20 janeiro 2016.
SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPq
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ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE GÊNER OS NO
DESAMPARO APRENDIDO
Aluna: Livia Akstein Vioto
Orientadora: Maria Cristina Zago Castelli
Curso: Psicologia
INTRODUÇÃO: A depressão é uma psicopatologia de vasto espectro (que inclui depressão
profunda e distimia) e grande incidência atualmente na sociedade. Na nova edição do DSM
(DSM-5, 2013), as doenças depressivas ganharam seu próprio capítulo. Além disso, esta é
uma psicopatologia complexa e multifacetada, não tendo uma causa única, sendo antes
produto de diversos processos psicológicos e comportamentais (Ferster, 1973). O
desamparo aprendido é apenas um de diversos modelos que se propõem a estudar a
depressão. Contudo, de acordo com Hunziker (2003) e Maier e Seligman (1976), é o modelo
que melhor mimetiza o fenômeno da depressão em suas mais variadas facetas. Observa-se
que as mulheres apresentam a depressão em maior incidência e maior compleição de
sintomas do que os homens. Além disso, apesar de estudos epidemiológicos
consistentemente reportarem diferenças significativas entre gêneros na prevalência,
etiologia e respostas a tratamentos neuropsiquiátricos (Palanza, Gioiosa e Parmigiani,
2001), a grande maioria dos experimentos e pesquisas realizados sobre psicopatologias e,
mais especificamente, sobre drogas ansiolíticas e antidepressivas utilizam somente sujeitos
experimentais machos (Schors, 2002) por estes apresentarem menor variabilidade nos
resultados do que as fêmeas e sendo sua utilização, portanto, mais fácil e barata.
Experimentos que investiguem as diferenças entre os gêneros nessa psicopatologia podem
desvendar e/ou apontar caminhos promissores de análise e futuras intervenções ou
tratamentos. OBJETIVO(S): Este presente trabalho pretendeu identificar os efeitos das
variáveis incontrolabilidade e previsibilidade nos trabalhos já relatados na literatura com o
objetivo de aumentar a compreensão de quais fatores, de fato, poderão estão envolvidos
nessa interação entre o gênero dos sujeitos (camundongos e ratos machos e fêmeas) e as
variáveis críticas geradoras do desamparo. O objetivo específico foi identificar os efeitos
dessas variáveis nesses animais em diferentes contingências e diversos “momentos”
hormonais. MATERIAL E MÉTODO: Essa pesquisa foi bibliográfica, analisando a literatura
pertinente com base em artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, além
de teses e dissertações. Os seguintes termos foram utilizados para busca: “desamparo
aprendido”, “learned helplessness”, “imprevisibilidade”, “unpredictability”, “previsibilidade”,
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“predictability”, “incontrolabilidade”, “uncontrollability”, “gênero”, “gender”, “fêmeas”, “female”,
“fases de estro” e “estrogen phases”. Esses termos descritores foram inseridos nas bases
de dados SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PePSIC, PubMed, PsycINFO,
PsycARTICLES e ERIC. A partir da análise dos resumos, foram excluídos os textos
repetidos, não redigidos em língua portuguesa ou inglesa, que não tiveram ratos ou
camundongos como sujeitos experimentais. Textos sem resumo também foram excluídos. O
período pertinente ao estudo foi de 1985 a 2015; textos publicados antes de 1985 foram,
portanto, excluídos. RESULTADOS: A proposta desse projeto foi a de analisar
experimentos descritos na literatura que pudessem contribuir na identificação ou discussão
das variáveis críticas do desamparo aprendido. A suposição desse trabalho, em vista da
literatura revisada, é de que há interação entre as supostas variáveis críticas: previsibilidade,
incontrolabilidade e gênero. Esse trabalho encontrou rigorosamente isso, descrições de
procedimentos em que os resultados parecem ser um efeito combinado de variáveis. Um
exemplo disso é o apontamento dos experimentos expostos em Palanza, Gioiosa e
Parmigiani (2001), em que os autores relatam uma interação entre os tipos de alojamentos
(denominados contextos sociais), o gênero do sujeito e o momento hormonal presente, além
da variável incontrolabilidade. Por exemplo, um dos experimentos descreveu que “as
fêmeas alojadas individualmente apresentaram maior latência para entrar na área aberta
nas fases estro e diestro, mas não proestro” (Palanza, Gioiosa e Parmigiani, 2001). Através
da análise dos dados coletados identificou-se a falta de experimentos utilizando fêmeas
como sujeitos experimentais (33% dos experimentos analisados utilizaram somente machos
como sujeitos experimentais) e gênero como variável. Ainda mais raro são os experimentos
que consideram o momento hormonal das fêmeas (neste caso, somente 33% dos
experimentos testaram a fase de estro das fêmeas e, destes, somente metade analisaram
os dados obtidos através da testagem). Vale dizer que nenhum dos experimentos
analisados apresentaram dados sobre fêmeas em metaestro, somente em estro, diestro e
proestro. A variável previsibilidade só esteve presente em 33% dos experimentos e as
variáveis previsibilidade e gênero combinadas apenas em 8%. O experimento realizado por
Kirk e Blampied (1985) combina as variáveis previsibilidade e gênero, contudo a variável
previsibilidade somente foi inserida na fase teste (não estando presente na fase treino). O
ambiente social só foi considerado em 25% dos experimentos e estes foram os únicos que
utilizaram camundongos como sujeitos experimentais. Dentre os experimentos que
analisaram o ambiente social (Palanza 2001), somente dois terços também tiveram gênero
como variável e nenhum introduziu a variável previsibilidade. Os dados obtidos neste estudo
revelam a necessidade de mais experimentos que empreguem as variáveis gênero e
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previsibildade em conjunto com a incontrolabilidade e, principalmente, que efetuem uma
análise da interação dessas variáveis sobre as fases do estro.
PALAVRAS-CHAVE: desamparo aprendido, gênero, previsibilidade.
REFERÊNCIAS:
1. American Psychiatric Association (2013). DSM-5 – Diagnostic and Statistical Manual
of Mental Disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
2. FERSTER, C. B. (1973). A Functional Analysis of Depression. American
Psychologist, 28 (10), 857- 870.
3. HUNZIKER, M. H. L. (2003). Desamparo Aprendido (Tese de Livre Docência).
Instituto de
4. Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
5. KIRK, R. C. & BLAMPIED, N. M. (1985). Acitivity during inescapable shock and
subsequent escape avoidance learning: female and male rats compared. New
Zealand Journal of Psychology, 14, 9-14.
6. MAIER, S. F. & SELIGMAN, M. E. P. (1976). Learned Helplessness: Theory and
Evidence. Journal of Experimental Psychology: General, 105, 3-46.
7. PALANZA, P. (2001). Animal models of anxiety: how are females different?
Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 25, 219-233.
8. PALANZA, P., GIOIOSA, L., PARMIGIANI, S. (2001). Social stress in mice: gender
differences and effects of estrous cycle and social dominance. Physiology &
Behavior, 73, 411-420.
9. SHORS, T. J. & MIESEGEAS, G. (2002). Testosterone in utero and at birth determine
how a stressful experience will affect memory formation in adulthood. PNAS
(Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States), 99, 13955-
13960.
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FOTO-OXIDAÇÃO DE MODELOS DE MEMBRANA CELULAR
Bolsista: Maressa Donato Ferreira de Souza¹*
Orientadoras: Andreza Barbosa Gomide¹* e Rosangela Itri¹
¹Universidade de São Paulo, * Centro Universitário Padre Anchieta
Curso: Farmácia
INTRODUÇÃO: Reações de fotossensibilização envolvem a absorção de fótons por um
fotossensibilizador (FS) e a formação de espécies excitadas triplete. Estas são mais
oxidantes e redutoras do que o FS no estado fundamental e podem reagir com alvos
biológicos por reações de transferência de elétrons formando espécies radicalares que
causam danos em biomoléculas. Os tripletes também são eficientes em transferir energia ao
oxigênio formando oxigênio singlete ¹O2, uma molécula muito eletrofílica, capaz de se ligar
eficientemente às ligações duplas de lipídeos, ácidos nucleicos e proteínas formando
peróxidos. Estas reações são importantes tanto para os tratamentos clínicos de Terapia
Fotodinâmica (PDT – em inglês), como, para os danos da pele humana por radiação UVA e
visível [1-4]. Uma vez que a maioria dos FSs sintéticos e naturais tem certa tendência a se
acumularem nas membranas das células, os danos na membrana devem desempenhar um
papel fundamental nos efeitos biológicos de reações de fotossensibilização. Em particular, a
manutenção da estrutura da membrana tem de ser crítica para a manutenção da
homeostase celular. Portanto, investigar os mecanismos dos danos celulares fotoinduzidos
é essencial para melhorar a eficiência da PDT e/ou prevenir o envelhecimento. OBJETIVO:
Investigar como a composição lipídica da membrana influencia a resposta da mesma frente
à ação do FS azul de metileno (AM), bastante utilizado em estudos clínicos no Hospital
Pérola Byington, para tratamento de várias enfermidades ginecológicas. MATERIAL E
METODO: Membranas modelo (GUVs – vesículas unilamelares gigantes) compostas por
diferentes composições lipídicas, DOPC, DOPC:DOPG, DOPC:DOPG:Ergosterol,
DOPC:DOPG:Colesterol, DOPC:Ergosterol e DOPC:Colesterol foram dispersas em solução
contendo 5 microM de AM, a temperatura ambiente (22-25oC), e observadas por
microscopia óptica de contraste de fase ( (microscópio invertido Zeiss, Axio Observer D1,
Germany, objetivas Plan Neo-Fluar 63x Ph2 - NA 0.75, e A-plan 10x Ph1 -NA 0.25). Para
fotoativar o AM, foi utilizada a lâmpada de mercúrio HXP-R 120 W do microscópio e um filtro
com excitação em 665 nm e emissão em 725 nm. Desta maneira, foi acompanhado a
resposta da membrana frente a foto-ativação do AM por 50 minutos. Através da análise de
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perda de contraste óptico das GUVs. RESULTADOS: Foi possivel observer que as GUVs
que continham colesterol demoravam mais tempo para perder contraste do que as com
ergosterol. CONCLUSÃO: Concluímos que a presença do colesterol presente em células
mamárias protege a membrana do dano oxidativo reduzindo a permeabilidade da mesma,
enquanto ergosterol presente em células de fungos não tem o mesmo efeito protetor.
PALAVRAS-CHAVE: Azul de metileno, Foto-oxidante, Fotossensibilizador, Microscopia
otica , Vesicula Unilamelar Gigante.
REFERÊNCIAS:
1. Foote, C. S. (1968) Mechanisms of photosensitized oxidations. Science 162:963-970.
2. Tardivo, J.P.; Del Giglio, A.; Oliveira, C. S.; Gabrielli, D.S; Junqueira, H. C.; Tada,
D.B.; Severino, D.; Turchiello, R.; Baptista, M. S. (2005) Methylene blue in
Photodynamic Therapy: from basic mechanisms to clinical applications.
Photodiagnosis and Photodynamic Therapy 2:175—191.
3. Chiarelli-Neto, O.; Pavani, C.; Ferreira, A. S.; Severino, D.; Baptista, M. S. (2011)
Generation and suppression of singlet oxygen in hairs by photosensitization of
melanin. Free Radical Biology & Medicine – Journal, 51, 1195-1202.
4. Wondrak, G. T.; Jacobson, M. K.; Jacobson, E. L. (2006) Endogenous UVA-
photosensitizers: mediators of skin photodamage and novel targets for skin
photoprotection. Photochemical and Photobiology Sci 5:215–237.
APOIO FINANCEIRO: PBIC/CNPq Universidade de São Paulo