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Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Destaques

Cícero António Luís, artesão daFreguesia do Couço, mostra-nos oseu trabalho na rubrica Artesanatoem Coruche.

Exclusivo – Entrevista comVirgem Suta

Página 30

Páginas 18 e 19

Suplemento TauromaquiaCentrais

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 5 - Número 49 - Maio de 2010 • Mensal • Preço: €1 • Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222

VVALE 15%ALE 15%D E S C O N T OD E S C O N T Oem refeiçãoem refeição

Recorte e apresente na altura de pagar

Vila Nova da Erra já tem ETARFoi em ambiente de festa que a população deVila Nova da Erra, Coruche, recebeu a nova Estaçãode Tratamento de Águas Residuais (ETAR)

página 8

páginas 3 e 4

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O Talho do Manel dá-lhe as boas vindas a 2010,oferecendo-lhe uma garrafa de vinho.

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Campanha “Bem vindo a 2010”

Campanha“Bem vindo a 2010”

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Pedro Orvalhoassessor do presidente dacâmara de Coruche ecoordenador do programa“Coruche Inspira” explica-noscomo Coruche vai inspirar em2010.

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

Judo Clube de CorucheLeonor Barbas atleta do JCC conquista o terceirolugar no campeonato nacional de esperanças

página 35

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2 O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010

Parabéns BenficaNa recta final do campeonato, muitas

contas se fizeram, muitas hipóteses secolocaram em cima da mesa, fizeram-sepromessas, reservaram-se lugares e maislugares para uma possível comemoraçãode uma vitória antecipada, mas bem aojeito português lá ficou tudo adiado parao último dia. Fez-se justiça e o Benficasagrou-se campeão nacional.

Como escrevi no mês passado, nãosou fanático e só vejo futebol social-mente. Fiquei satisfeito, ou melhor fiqueisuper satisfeito, é o meu clube, sou doBenfica. Parabéns Benfica!

Bento XVIBem-vindo a Portugal! Em minha opinião, Bento XVI, não é

o Papa, que a igreja católica precisavapara rejuvenescer, e para reconquistar osjovens que se tresmalharam do rebanhoapós a morte de João Paulo II, eu sou umdesses jovens.

A imagem de João Paulo II, cativava-me, inspirava-me, fazia-me perceber oquanto Deus era importante na minhavida. A sua morte, afectou-me de tal mo-

do que perdi a minha fé por completo,não sei porquê, talvez por julgar que eraimortal.

Por seu lado a imagem de Bento XVI,não me cativa. Mas respeito-o da mesmaforma como respeitei o anterior Papa. Edesejo-lhe as maiores felicidades na durabatalha que terá de travar para reaproxi-mar as pessoas junto dele e de toda aIgreja Católica. E parece que está a con-seguir pelo menos por cá.

Sempre a bater na mesma teclaJá me custa todos os meses escrever

estas linhas, porque acabo sempre porbater na mesma tecla, o governo e o Sr.Sócrates, e por sinal nunca é para dizer asmelhores coisas.

Portanto se vão reduzir ao subsídio dedesemprego para 75%, vamos lá imagi-nar uma história. O Sérgio (nome fictí-cio) trabalhador, aufere ao fim do mês500€ de um momento para o outro ficadesempregado, passa a ter um subsídiode desemprego de 375€, assim sendoeste senhor se tiver renda de casa, água,luz e gás para pagar será que chega? Eclaro, o Sérgio tem que comer e mal delese tiver filhos para criar. A pergunta quese põe, é como vai o Sérgio (sobre)viver?A resposta é simples: mal, porque “quan-to mais magro é o cão, mais as pulgas oatacam”. Será que também vão baixar o

rendimento mínimo? Isso duvido queaconteça e esses beneficiários vão con-tinuar a passar na rua por todos osSérgios deste país, e a rirem-se dele…

Outra boa notíciaOs impostos vão aumentar (que novi-

dade), ao que parece o IVA vai aumentar2%, outra mentira da campanha eleitoral:“não vamos aumentar os impostos”. Poisnão! Lá vamos nós continuar a dar donosso para tapar os buracos que eles abri-ram.

O ministro das finanças numa entre-vista em que falava das medidas de con-tenção, afirmou que poderá existir umatensão social mas que não prevê violên-cia. Pois não, daqui a uns meses a dife-rença entre nós e a Grécia é que eles têmuma taça de Campeões da Europa e nósnão…

Até dá graçaNum país em pleno desenvolvimento

de crise, a vinda do Papa dá direito a tole-rância de ponto, ora bem, quanto é queisso custa? Não interessa, pois se os fun-cionários públicos vão ficar sem o 13ºmês estes dias são só lucro para os cofresdo estado.

Como diz um amigo meu: “Cada veztenho mais nojo de viver nesta latrina”.

Por Coruche

Este mês no Jornal de Coruche, entre-vistamos Pedro Orvalho, assessor doPresidente da Câmara de Coruche e coor-denador do projecto Coruche Inspira, quenos fala do grande evento do mês aFICOR - Feira Internacional da Cortiça ede todo o programa do projecto para 2010.Conseguimos uma entrevista exclusivacom a nova banda portuguesa que estaatingir todos os tops, os Virgem Suta.

Saúda-mos o regresso de Luís Antó-nio Martins, com as suas “Crónicas deum macaco urbano”, desta vez nos Ca-marões.

Paulo Fatela dá-nos a conhecer Maisum artesão do nosso concelho.

Mónica Tomaz despede-se da rubrica“Do prado ao prato”, mas promete voltarem breve com outros temas, desde jáobrigado Mónica.

Joaquim mantém-nos a par de todo opanorama taurino nacional.

São estes e outros assuntos que fazemdo Jornal de Coruche, o seu mensário deeleição.

Boa leitura e até para o mês que vem.E já agora aproveite, vá ao Rock in Rio,eu vou…

____José António Martins

Director do Jornal de Coruche

EE D I TD I T O R I A LO R I A L

Quem diz a verdadenão merece castigo

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Fundador e Proprietário do Título: Abel Matos Santos ([email protected])Director: José António Martins ([email protected])Redacção: Rua Júlio Maria de Sousa, 36 – R/C 2100-192 CorucheAgenda e Notícias: [email protected] Fax: 243 677 344 • Tlm: 91 300 86 58Redacção: José António Martins (TE-626) Pedro BoiçaEditor: ProSorraia – NIPC: 508 467 403 Registo ERC: 124937 Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal Paginação e Grafismo: Manuel Pinto Assinaturas, Publicidade e Contabilidade: 91 300 86 58 • [email protected]ão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, António Gil Malta, Brandão Ferreira, Carlos Consiglieri, CarlosBacalhau, Carlos Palmeiro, Domingos da Costa Xavier, Floriano Barbas, Joaquim Mesquita, Luís Rafael Carlota, MartaCosta Almeida, Mário Gonçalves, Mónica Tomaz, Paulo Fatela,Rui Duarte, Telma Caixeirinho, Cáritas, GIRPI-CMC,CRIC, MIC.Fotos: Abel Matos Santos, Carlos Palmeiro, Joaquim Mesquita, José António Martins, Manuel Pinto, Paulo Fatela, PedroBoiça, Pedro Aguiar, CRIC, GIRPI - CMC.Web: Henrique Lima

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2010

assinaturas e publicidade no JCPara colocar a sua publicidade, fazer-se assinante oupagar as suas facturas, dirija-se à Rua Direita n.º 102,2100-167 Coruche, Tel./ Fax: 243 677 344, ou use anossa agência, na Cervejaria Cubata, em frente aoMercado Municipal de Coruche.

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 3

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Com a 2.ª edição das 24h de BTT, a Câmara Municipal de Coruche lançou a 2.ª fasedo programa Coruche Inspira.

Na rubrica “Grande Entrevista” fomos entrevistar Pedro Orvalho,assessor do presidente da câmara de Coruche e coordenador do programa Coruche Inspira

que fez o balanço da prova e explica-nos como Coruche vai Inspirar em 2010.

Jornal de Coruche (JC) -Qual o Balanço que faz demais uma edição das 24h deBTT?

Pedro Orvalho (PO) - Obalanço é positivo. O número departicipantes, mais de 700, é aprova disso mesmo. Penso quereforçamos a imagem de Coru-che enquanto destino privilegia-do para a prática de actividadesdesportivas e recreativas ao arlivre, em contacto com a natu-reza. Este tipo de oferta turísticaé uma das nossas mais-valias,graças às 24 horas de BTT deCoruche e ao excelente trabalhodesenvolvido pelas nossas associ-ações e colectividades, Coruche éhoje reconhecido como um con-celho de excelência para a práticadesta e outras modalidades.

JC - É uma actividade paracontinuar a apostar?

PO - Sim. É para continuar aaposta. No entanto, lembro que anossa aposta no desporto e emparticular no BTT, vai para alémdestas 24 horas. Temos apoiadovárias colectividades e associa-ções locais ligadas a esta práticadesportiva. Felizmente temos noconcelho de Coruche pessoasmuito válidas e com grande dina-mismo nas associações e colec-tividades, não só nesta área doBTT, mas em muitas outras, porisso é um privilégio para a Câ-mara Municipal apoiar as inú-meras iniciativas que acontecemtodos os fins-de-semana emCoruche. Tenho a certeza quenão existem muitos concelhos nopaís com esta vitalidade e dinâ-mica cultural e desportiva.

JC - De que forma este tipode eventos é bom para o co-mércio local?

PO - De que tipo de comer-cio estamos a falar? Se estamos afalar de restauração, eu digo jáque sim, que vale a pena! Res-

taurantes, cafés, esplanadas, pas-telarias, etc.

Se estivermos a falar de outrocomércio, como por exemplo

pronto-a-vestir, penso que não!Pelos menos este evento em par-ticular, as 24 Horas de BTT nãose dirige a um público vocacio-

nado para comprar roupa nocomércio tradicional.

No entanto, acho que forammais os comerciantes ligados àrestauração que optaram por abrir,no sábado e domingo. E daquiloque pude ver, e por aquilo queme disseram, alguns empresá-rios, foi um fim-de-semana aci-ma da média para a restauração,pelo menos durante todo o sába-do e no domingo à hora dealmoço.

Quanto ao não valer a penaabrir as portas, cada um é livre deter a sua opinião. Mas deixe-meacrescentar, ou se quiser suges-tionar: só conseguiremos sermais atraentes e apelativos queos nossos concorrentes (conce-lhos vizinhos), se todos estiver-mos empenhados em tornarCoruche mais competitiva. Epara isso acontecer, não pode-mos correr o risco de organizareventos, publicitar a nossa Terrae trazer pessoas a Coruche, paradepois não termos nada paraoferecer. Ou seja, não podemostransmitir aos nossos clien-tes/visitantes, a triste imagemdos estabelecimentos comerciasfechados, Coruche tem que de-monstrar vida, actividade, dina-mismo, temos que saber cativar,para que aqueles que nos visitamvoltem mais vezes e para queacima de tudo, e isto é muitís-simo importante, a publicidadeboca-a-boca funcione. Se os nos-sos visitantes voltarem para casae para o emprego e disserem aosfamiliares e aos colegas “estiveem Coruche no fim-de-semanapassado e adorei, há por lá exce-lentes restaurantes, boas expla-nadas, uma paisagem fantástica e

> continua na página seguite

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 20104

muito bom ambiente”, isto é amelhor publicidade que pode-mos ter!

Outro aspecto importante,não podemos exigir resultadospráticos/económicos imediatos.Por isso, o valer, ou não, a penaabrir as portas, não deve estarapenas e só dependente do retor-no financeiro imediato.

JC - Existe assim umanecessidade tão grande derecorrer a empresas, para pre-parar e desenvolver provas,como esta?

PO - Não recorremos a nen-huma empresa para preparar edesenvolver esta prova. O que sepassou foi o seguinte: uma em-presa apresentou-nos este even-to, que tanto poderia acontecerem Coruche como noutro con-celho. Entendemos que o projec-to tinha interesse e apenas patro-cinamos os prémios atribuídos,foi uma forma de dar aindamaior dimensão ao evento. Ain-da assim, penso que é normalís-simo, serem empresas especiali-zadas a organizarem este tipo deprovas. As autarquias não têmvocação, nem pessoal para esseefeito. Os grandes eventos des-portivos que acontecem de nortea sul do país são organizados porempresas especializadas, exem-plo disso: o Estoril Open, a Voltaa Portugal em Bicicleta, as inú-meras provas de atletismo, quesão quase todas organizadas pelaempresa Xistarca. Enfim, é algoperfeitamente normal.

JC - Qual é o objectivoprincipal do programa Co-ruche Inspira?

PO - O Coruche Inspiraentrou este ano na fase 2.

O ano passado juntamos osnossos eventos mais relevantes esob a égide do Coruche Inspira,comunicamo-los de uma formamais agressiva, rentabilizando oinvestimento e tentado aprovei-tar ao máximo as sinergias gera-das pelas diferentes iniciativasapresentadas. Penso que conse-guimos atingir os nossos princi-pais objectivos que eram: trazermais visitantes a Coruche e au-mentar mediatização dos eventos.

Este ano para a fase 2 do Co-ruche Inspira, chamamos paraparceiros todos os agentes locaisligados ao turismo, em conjuntoidentificamos os nossos princi-pais argumentos para tornarmosCoruche um destino turísticoainda mais atractivo e avança-mos com a criação do portal deturismo na Internet .

Estamos confiantes que esteportal vai ser um sucesso, a ima-gem é muito atractiva e a infor-

mação sobre as ofertas turísticasdo concelho está lá toda; comochegar, onde dormir, onde comer,o que fazer, a agenda de eventos,etc, etc.

Estamos empenhados emtornar Coruche num destino dequalidade, apostando nas activi-dades ligadas ao segmento do“LifeStyle” que continua comuma procura crescente, vamoscontinuar a comunicar essencial-mente para a Grande Lisboa epela primeira vez vamos comu-nicar para o estrangeiro. A nossaoferta é direccionada para as“escapadelas” de fim-de-sema-na, estamos a 40 minutos de Lis-boa, mas à distância suficientepara oferecer qualidade de vida euma interacção com a natureza,inexistentes nos grandes centrosurbanos. A estratégia da CâmaraMunicipal passa também poratrair para Coruche mais habi-tantes, numa primeira fase com aaquisição de segunda habitação enuma fase posterior, com habi-tação permanente.

O esforço que estamos adepositar no Coruche Inspira temtambém o impulso do novo aero-porto de Lisboa, que ficará a 20quilómetros de Coruche, esta no-va realidade tem que ser explora-da, no sentido de fazermos cres-cer a nossa população, mas semnunca descaracterizar a realidadeurbana e ambiental do concelho,isto numa lógica de continuar-mos a potenciar os nos argumen-tos turísticos.

JC - Uma das grandes novi-dades do ano passado, foi aFICOR, apesar de ter um tar-get específico, as pessoas apa-receram, vai haver mudançasnos moldes da FICOR, ou iráser considerada uma feiramais empresarial?

PO - Vamos manter o forma-to do ano passado. Continuamosa ter uma vertente mais cientifi-co-profissional, ou empresarialse preferir, e outra mais lúdico-recreativa. A adesão do público ea avaliação feita pelos coru-chenses e pelos agentes da fileirada cortiça, justificam a nossaaposta. Este ano vamos contarcom apoio do Ministério da Agri-cultura e da Secretaria de Estadodas Florestas e DesenvolvimentoRural, o que significa que traba-lhamos bem o ano passado, é umsinal de reconhecimento e dointeresse que este certame tem anível nacional e internacional.

A Feira Internacional da Cor-tiça, vai realizar-se nos dias 28,29 e 30 de Maio. A FICOR vincaainda mais o estatuto de Coruchecomo capital Mundial da cortiça.

A programação distribui-sepor dois espaços distintos: Par-que do Sorraia (Zona Ribeirinha)e Observatório do Sobreiro e daCortiça (Zona Industrial doMonte da Barca – Coruche).

Talvez interesse destacarmosaqui os principais argumentos doprograma generalista:

A Praça da Restauração“Sabores do Montado”, ondetrês restaurantes vão apresentaras mais deliciosas ementas emtorno dos sabores do montado.

As Provas de Vinho, con-duzidas pela AMPV – Associa-ção de Municípios Portuguesesdo Vinho. Um importante espaçode promoção dos vinhos coru-chenses e da rolha de cortiça.

A Loja do Montado, umespaço dedicado à comercializa-ção de produtos biológicos, comligação ao montado.

A segunda edição CorucheFashion Cork, depois do êxitotremendo do ano passado a modaem cortiça está de volta à Praçade Água – Parque do Sorraia.

O Eco-Parque, será umaárea totalmente virada para oambiente, onde o Município deCoruche vai mostrar todas aspolíticas ambientais colocadasem prática.

Uma Grandiosa Corrida deToiros, a exemplo do ano passa-do, durante a FICOR, a Praça deToiros de Coruche recebe umagrandiosa corrida de toiros. O

cartel promete praça cheia, oscavaleiros António Ribeiro Telles,Pablo Hermozo de Mendoza eJoão Telles Júnior, toureiam umcurro de Passanhas, pegam osForcados de Coruche e Monte-mor-o-Novo.

Uma FotoParede, será aprincipal novidade deste ano, oMontado de Sobro vai estar re-tratado nas ruas do centro históri-co de Coruche, trata-se uma ex-posição de fotografias de grandeformato. Vai haver Montado deSobro na Vila.

JC - Que outras novidadespodemos esperar este ano parao programa Coruche inspira?

PO - O envolvimento efecti-vo dos agentes locais de turismo,a criação do novo portal e o pro-grama “Passe as Pontes em Co-ruche”, que se destina a atrairvisitantes durante os fins-de-se-mana prolongados, as chamadaspontes, fazendo é claro, uma ana-logia às pontes sobre o vale doSorraia, uma das imagens demarca de Coruche. São estas asprincipais novidades.

JC - De que forma foi medi-do o retorno do investimentofeito na edição de 2009?

PO - Essa avaliação foi feitaatravés da visibilidade que tive-mos na comunicação social, tive-mos um acréscimo significativo,Coruche é hoje um concelhobem mais mediatizado do queoutros concelhos de muito maior

dimensão. Depois pelo númerode visitantes, nos diferenteseventos propostos. No entanto,convém salvaguardar que o prin-cipal retorno deste investimentosó surgirá a médio prazo.

JC - Qual a projecção queprevê para o programa daquia 5 anos?

PO - Esperamos ter uma pro-jecção nacional, estamos aposta-dos em tornar Coruche num des-tino turístico de eleição. É claroque este é um esforço de todos;autarquia, agentes locais e daprópria população. Acredito tam-bém que esta maior visibilidade enotoriedade de Coruche conse-guirá despertar a atenção deinvestidores, não só turísticos,como de outras áreas de negócio.

JC - Para uma comuni-cação bem sucedida é funda-mental existir focalização numpilar principal. Qual é o doCoruche Inspira?

PO - Qualidade de Vida! Pro-ximidade à Grande Lisboa, massuficientemente distante paraoferecermos a tal qualidade devida e um contacto com a natu-reza inexistente nos meios urba-nos.

JC - Com tantos eventos,tão diferenciados, não se dis-persa a indispensável coerên-cia de comunicação?

PO - Não. Claro que não! Euposso comunicar com coerênciaum conjunto de ofertas diferen-ciadas, deste que esse conjuntode ofertas seja direccionado parao mesmo público. Para além deque o conceito Coruche Inspira émesmo esse de diferenciadasfontes de inspiração! CorucheInspira: inovação, tradição, cul-tura, desporto, ecologia, família,tranquilidade, paz, saúde… en-fim, tudo aquilo que é sinónimode qualidade de vida!

A mais valia do nosso conce-lho é mesmo esta multidiscipli-naridade de ofertas. E se analisarbem o que estamos a querer“vender”, chegará à conclusãoque estamos quase sempre acomunicar para o mesmo públi-co-alvo.

JC - Consegue quantificar oinvestimento?

PO - Não consigo quanti-ficar, porque este é um programapartilhado e feito em parceriacom os agentes locais de turis-mo. Os custos e os proveitosserão sempre partilhados.

----Entrevista realizada por:

Pedro Lopes BoiçaJosé António Martins

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Pedro Orvalho, assessor do presidente da câmara de Coruche ecoordenador do programa Coruche Inspira > continuação da página anterior

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 5

PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA1 - ACTA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 26 DE FEVEREIRO DE 2010 - Aprovada por

maioria, com 17 votos a favor (16 do PS e 1 do MIC), 5 votos contra da CDU e 3 abstenções (1do PS, 1 da CDU e 1 do PSD).

2 - MOÇÃO apresentada pelo Grupo Municipal do PS - Aprovada por maioria, com 21 votosa favor (18 do PS, 2 do MIC e 1 do PSD) e 8 abstenções da CDU.

3 - MOÇÃO “25 DE ABRIL - 36.º ANIVERSÁRIO” apresentada pelo Grupo Municipal doPSD - Aprovada por maioria, com 19 votos a favor (18 do PS e 1 do PSD), 3 votos contra (2 doMIC e 1 da CDU) e 7 abstenções da CDU.

PERÍODO DA ORDEM DO DIA1 - ELEIÇÃO de REPRESENTANTE DENTRE os PRESIDENTES de JUNTA de

FREGUESIA para a COMISSÃO INTERMUNICIPAL de DEFESA da FLORESTA CONTRAINCÊNDIOS - Por votação secreta, foi eleito, com 18 votos, Joaquim Gonçalves Banha -Presidente da Junta de Freguesia de Santana do Mato.

2 - ELEIÇÃO DE REPRESENTANTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL NA COMISSÃOMUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL - Por votação secreta, foi eleito, com 18 votos, oDeputado Municipal Joaquim Filipe Coelho Serrão.

3 - DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTES NA COMISSÃO DE PROTECÇÃO DECRIANÇAS E JOVENS EM PERIGO - Rosa Maria Bento Pais, Rosa Maria Gaspar FerreiraCotrim Lagriminha, Fernando Manuel Fernandes, Edite Maria Pardal do Vale Santos Formigo

4 - II ALTERAÇÃO AO MAPA DE PESSOAL DE 2010 - Aprovado por unanimidade. 5 - CONCURSO PÚBLICO PARA A AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGUROS -

Aprovado por unanimidade.6 - PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2009 - Aprovado por

maioria, com 18 votos a favor do PS, 8 votos contra da CDU e 3 abstenções (2 do MIC e 1 doPSD).

7 - APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DE 2009 - Aprovado pormaioria, com 27 votos a favor (18 do PS, 8 da CDU e 1 do PSD) e 2 abstenções do MIC.

8 - I REVISÃO AO ORÇAMENTO E ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PORINCORPORAÇÃO DO SALDO DA GERÊNCIAANTERIOR - Aprovado por maioria, com 18votos a favor do PS, 8 votos contra da CDU e 3 abstenções (2 do MIC e 1 do PSD).

9 - APROVAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO - CORUCHE2020 - Aprovado por maioria, com 19 votos a favor (18 do PS e 1 do PSD, 1 voto contra da CDUe 9 abstenções (7 da CDU e 2 do MIC).

10 - RELATÓRIO do ESTATUTO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO - Tomou conhecimento.11 - ACTIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO - Informação escrita do

Presidente da Câmara Municipal de Coruche.

Deliberações daAssembleia Municipal

de 30/4/2010

O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso,informativo, generalista que, de uma forma independente eapartidária, procurará incentivar e divulgar as poten-cialidades do Concelho de Coruche e do todo em que seintegra.

O JORNAL DE CORUCHE não renega as característi-cas Ribatejanas da grande maioria da população Coruchen-se, mas terá em atenção as evoluções administrativas con-ducentes às novas realidades regionais que aproximarãoCoruche de outros Concelhos com os quais, por se estende-rem ao longo do Sorraia e se incluir no Vale do Tejo, sem-pre manteve contactos previlegiados.

Na transcendência desses enquadramentos regionaisadministrativos o JORNAL DE CORUCHE defenderá erespeitará sempre a realidade que nos definiu como Estado –Nação, cada vez menos Estado mas ainda Nação, a exigir detodos nós um maior esforço na preservação da identidadecultural colectiva.

O JORNAL DE CORUCHE constitui-se, pois, também,como tribuna de defesa duma herança cultural que moldouPortugal como o mais antigo Estado – Nação de toda a Eu-ropa.

O JORNAL DE CORUCHE defenderá, por essasrazões, a preservação e divulgação do Património Históricoda região como expressivo testemunho do legado dos nos-sos antepassados que está na raiz da nossa identidade cultu-ral comum.

O JORNAL DE CORUCHE espera contribuir para aexigível obrigação de transmitir às gerações mais jovens aconsciência desse legado.

O JORNAL DE CORUCHE assume-se, assim, comoformativo na medida em que se propõe despertar nascamadas mais jovens a atenção para esse património reli-gioso, natural, ambiental, arquitectónico, etnográfico,enfim, cultural, bem como para a necessidade de o manter eproteger.

Contra tudo e contra todos o JORNAL DE CORUCHEdefenderá os valores e princípios da tradição portuguesa tãocaros aos homens e mulheres do Sorraia na generalidade eaos Coruchenses em particular, que sempre se souberamadaptar às novas realidades que os séculos lhes fizeram che-gar.

Com particular atenção às novas realidades que vão sur-gindo O JORNAL DE CORUCHE estará sempre, pois, dis-posto a divulgar as soluções que as transformem em efecti-vas melhorias da justiça social que todos merecem ter.

Dentro de um espírito de equidade e respeito pelas dife-renças interpretativas e de critérios avaliativos o JORNALDE CORUCHE procurará dar expressão àqueles que perfi-lhem posições antagónicas desde que estas não contrariemdrasticamente, na sua essência os valores e princípios enun-ciados.

Esses posicionamentos deverão, no entanto, ser clara-mente identificados a fim de não serem confundidos com alinha editorial do JORNAL DE CORUCHE.

Os artigos assinados serão sempre, assim, da responsabi-lidade de quem os subscreve.

Estatuto Editorial

A lei de imprensa obriga à publicação anual do estatuto editorial

Na madrugada do dia 5 de Maio, por volta das 5 da manhã, três indivíduos tocaramà porta da residência de um casal em Coruche, identificando-se como agentes da PoliciaJudiciária (PJ), com coletes à prova de bala e armados, tendo imobilizado a senhora epedido ao marido para entregar os bens.

Rapidamente se puseram em fuga num carro preto, levando consigo cerca de seis mileuros.

A verdadeira PJ foi ao local e está a investigar o sucedido.Já nem nas nossas casas estamos seguros!

Assaltos continuamem Coruche

curtas

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 20106

Declaração deAbel Matos Santos

Ao ouvir a saudação ao 25/4,pelo deputado Salgado, quandoafirma que “Abril é fazer estradase regularizar as margens do rio,construir acessos”, lembrei-melogo das 7 pontes que o injustiça-do Major Luís Alberto de Oliveiraconseguiu para Coruche, e quepela primeira vez ligaram as mar-gens do Sorraia até ao Monte daBarca, e que são as únicas queainda temos.

Quanto ao Sr. Deputado Aldea-no do PCP, ao ouvi-lo fazer a suadescritiva alocução, só me veio àmente, Cuba, Coreia do Norte e aUnião Soviética, onde o fascismovermelho produziu os campos demorte, Gulags, e milhares de ex-termínios, como o de Kattin, sóagora oficialmente revelado pelaRússia, onde milhares de polacosforam fuzilados.

Gostava de dizer o seguinte;Não posso votar favoravel-

mente uma moção que apoia umgolpe de Estado, que por incom-petência e leviandade acabou nu-ma revolução, onde quem fez ogolpe não ficou com o poder e opoder caiu na rua, dando azo atodo o tipo de anormalidades, quesó não se tornou numa ditaduracomunista devido ao contra golpedo 25 de Novembro.

E depois quem ficou com opoder não defendeu os interessesnacionais, foram assumidas asrazões dos nossos inimigos, dosinimigos de Portugal, daquelesque mataram os nossos soldados eas nossas populações.

A questão é: Era preciso umaRevolução? O País crescia mais de6 pontos % por ano, a guerra doUltramar estava ganha, haviaemprego e estabilidade, Portugalera reconhecido internacional-mente, tudo estava calmo! Agorasim, temos tudo para que existauma revolução, com o povo narua, a contestação, a falência doPaís no horizonte… enfim, a res-posta está dada. Mas esse golpe

corporativo dos oficiais do quadropermanente, consubstanciado de-pois no MFA e na fraca democra-cia ou ditadura dos partidos, nãoevitou a destruição do Pais e colo-cou Portugal no caminho da falên-cia, como se podem ver nestes 2gráficos, apresentados recente-mente na SIC por José Gomes Fer-reira.

Como se pode constatar, a 1.ªRepública e o pós 25/4 são descri-tos com aumentos brutais da Dí-vida Pública (deficit) e diminuiçãoextrema do saldo orçamental, en-quanto durante a 2.ª Republica ouEstado Novo, existiram superavitsque diminuíram a dívida a níveisnunca antes alcançados e os saldosorçamentais eram positivos. E

sem dinheiro da UE, todas asobras eram feitas com dinheirosnossos. As mais de duas mil Esco-las que Sócrates fechou e as deze-nas de Maternidades, já para nãofalar na Ponte Salazar e outrasgrandes obras feitas nessa época,são apenas alguns, poucos exem-plos do que foi realizado.

Até a respeitabilidade interna-cional que tínhamos, fruto da hon-estidade e da verdade, é hoje umamiragem. Veja-se o exemplo, ain-

da há dias publicado na imprensa,quando em 1962 a Embaixada dePortugal em Washington recebeupela mala diplomática um chequede 3 milhões de dólares (em ter-mos actuais algo parecido com 50milhões de euros) com instruçõespara o encaminhar ao State Depar-tment para pagamento da primeiratranche do empréstimo feito pelosEUAa Portugal, ao abrigo do PlanoMarshall.

Fomos o único Pais do mundoa pagar o empréstimo causandoembaraço mundial, dado que maisnenhum país o fez. Que diferençapara os dias de hoje!

Hoje em dia, fazem-se obrascom dinheiros que não são nossose estamos mais do que endivida-

dos, com assessores e lugares denomeação política, que no planoautárquico representam por exem-plo, mais de 2 mil administradoressó em empresas municipais quepara nada servem, a receber orde-nados inconcebíveis, com lugaresde nomeação dados aos membrosdos partidos, com vencimentoschorudos, obscenos, com as impli-cações publicas que se sabem enada se faz!

Portugal está a bater no fundo!

A pouca vergonha e a corrupção,os favores, e a descredibilidadeinvadiram a Nação!

Foi isto que Abril nos trouxe!Nada mais do que isto! Um golpede Estado, um acto duvidoso deuns quantos oficiais do quadropermanente, por questões corpora-tivas e salariais, apoiados pordesertores no exterior (imagine-seque um deles pretende hoje, serPresidente da República), que nosquiseram trazer os famosos 3 D’s -Descolonização, Democracia eDesenvolvimento. A Descoloni-zação “exemplar” tão propalada,foi a maior das vergonhas, tendovitimado milhões de Portuguesesde Timor, Angola, Moçambique eGuiné. Até Mário Soares, disse hádias numa conferência que, porexemplo, Cabo Verde não deviater sido independente, que o povonão queria e ele também não, masque nada pôde fazer. Hoje tambémele percebe que foi um erro enor-me!

A verdade chega aos poucoscom os remorsos que atormentamo Fundador do Partido com maio-ria nesta sala e nunca sendo tardepara admitir erros é pena que sóagora estas verdades venham alume. A Verdade chega, tarde maschega... mas ficamos a saber queafinal os Povos das nossas provín-cias de além-mar, queriam contin-uar a ser portugueses, não queriamser abandonados à mercê doscaprichos das potências estran-geiras.

A Democracia, simplesmentenão existe! Vivemos numa Dita-dura dos partidos, dos apparat-chiks. O Povo para nada conta,somente para ser manipulado eusado! Esta é a realidade aos olhosde todos!

O Desenvolvimento - Ondeestá? O interior do Pais deserto, asescolas fechadas, os correios, asmaternidades, os centros de saúde,com os Portugueses fronteiriços aterem de ir a Espanha para seremtratados! Que VERGONHA, Cri-mes de Lesa Pátria! Somos hojeum Pais em subdesenvolvimento,

mas enganem-se aqueles queacham que a situação não vai pio-rar ainda mais.

Portanto, de facto o que sobrasão os 3 D’s, é DÍVIDA, DÉFICITe DESEMPREGO, e acrescentoum 4.º que é a DESAVERGO-NHICE.

Tenho dito!Abel Matos Santos

-----

Declaração deGonçalo Ramos Ferreira

Devo dizer que aquilo que es-pero desta Assembleia Municipal,é que façamos sempre por constru-ir um Concelho melhor para osnossos concidadãos, no entantoouvi atentamente, ser feita aqui adefesa de uma suposta comemo-ração, que nada tem que ver com aresolução de problemas da nossaTerra e que é para a grande maior-ia do Povo Português, sinónimo dealheamento, desilusão e mentira.

Podia perguntar o que continu-am a comemorar os Senhores?Mas não o perguntarei, até porquecresci à sombra de muita da propa-ganda mitificada, que aqui ouvihoje, que visa por um lado col-matar a necessidade de recordar osmelhores tempos de uma vida quejá não volta, expurgar os sentimen-tos de remorso e por outro lado,legitimar um poder a todo o custo,mesmo que esse custo seja a perdada comunidade que dizem servir.

Mas tudo isso se vai esboroar,pois o que é falso não é sentido equem mente, jamais conquista ocoração de quem o ouve.

Para além do retrocesso sociale económico provocado pelo Gol-pe dos Espinhos e pela posteriordesordem que tomou o País, nãoPODEMOS esquecer que estadata marca o abandono, por Por-tugal, de milhões de pessoas, queforam simplesmente entregues àmorte, pessoas essas que acredi-tavam e lutavam por uma ideia,que teve eco durante 500 anos danossa história. Mortes, prisões

Na Assembleia Municipal de Coruche

“Democratas” tentam silenciar No passado dia 30 de Abril, pelas 21 horas, srealizou-

se mais uma Assembleia Municipal (AM) no auditório doMuseu Municipal, que gerou acesa discussão no períodode antes da ordem do dia, quando dois deputados (um doPS e outro da CDU) fizeram uma saudação ao 25 deAbril, que na perspectiva dos dois deputados do MICestava cheia de inverdades e injustiças.

Se os deputados do MIC e toda a sala, escutaram seminterromper tudo o que os deputados do PS e da CDUquiserem dizer, já quando chegou a vez dos deputados do

MIC usarem da palavra, alguns deputados da CDU e doPS quiseram silenciar os deputados do MIC, porque nãoconcordavam com a opinião deles, utilizando algunscomportamentos próprios de arruaceiros.

O Deputado da CDU chegou a dizer à mesa que sedevia “cortar a palavra ou interromper a sessão” para osdeputados do MIC, Abel Matos Santos e Gonçalo RamosFerreira, não poderem falar.

Bem, esteve José Coelho, presidente da AM, quemetendo ordem na sala, afirmou que “todos têm o direito

à sua opinião e de a exprimir e que se não querem ouvir,saiam da sala”.

Excelente exemplo da “Democracia” que estes senho-res professam, onde pelos vistos, só as ideias e opiniõesdeles, alinhadas pela sua doutrina, pode ser expressa,sendo que nada pode ser posto em causa, como os depu-tados do MIC fizeram.

Para que todos possam saber o que lá foi dito, e tirar asua opinião, reproduzimos integralmente as declaraçõesdos dois deputados do MIC.

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políticas, censura, corrupção, tor-tura, ausência de liberdade, tudoisto Abril nos trouxe, não me épossível portanto, comemorar umadata responsável por tamanhainjustiça e derramamento de san-gue.

Não foi uma revolta do Povo,como aprendemos nos bancos daescola, surgiu sim de motivos pes-soais de alguns, que se serviram dosocialismo de sofá, para legitima-rem uma estória, cheia de ingredi-entes demasiado repetidos e dema-siadamente mal contados.

Hoje vivemos numa sociedadeprofundamente materialista, quenega o espírito, a vida humana co-mo valor supremo, para ser prati-camente amoral. A sua tendênciapara a exploração das massas sembenefício palpável para o Povo,para o igualitarismo por baixo,levou-nos ao ódio das coisas Por-tuguesas e a tudo o que é superiorpela inteligência, pela virtude epela beleza.

Tempos houve em que foramcriadas as condições para se teresperança numa vida melhor ehoje essa esperança já não existe.Somos o País mais pobre da Euro-pa Ocidental e estamos irremedi-avelmente à margem da História,num obscuro canto da Europa.

É difícil comparar algo tãocomplexo como a qualidade de vi-da, mas podemos comparar a evo-lução portuguesa com as econo-mias mais desenvolvidas da Euro-pa, e o facto é que Portugal foi opaís da Europa com maior cresci-mento do PIB per capita até 1974,quintuplicando o valor inicial de1926.

Hoje, e como nunca antes,assistimos ao abandono do País,pelos Portugueses em busca demelhores condições de vida, estan-do em curso uma substituição de-mográfica, que só nos leva a umcaminho, a perda da nossa ances-tral Identidade.

O nosso país abriu falência, e éhoje uma colónia de Bruxelas, quenos vai dando esmolas para con-seguirmos sobreviver, pois os taiscapitães de Abril, reduziram Por-tugal a uma «pobreza francisca-na», onde só houve liberdade parase hipotecar as futuras gerações enos entregarmos à agenda de so-ciedades secretas como a Maço-naria.

A entrada de Portugal na Euro-pa, que data do século XIX e nãoda entrada aos trambolhões naCEE, nunca beneficiou a generali-dade do Povo Português. Benefi-ciou, sim, os interessados no car-reirismo político e aqueles queestavam cansados do controlo quefora em tempos exercido sobre osnegócios e fortunas e que se viramassim sem contas a prestar, aosPortugueses.

Hoje, temos o nosso interiorvotado ao abandono, as nossasaldeias a desaparecer, os nossoscampos sem cultivos, a Europapaga-nos para não produzirmos,bastando os camiões pararem trêssemanas para os Portuguesessaberem o que é não terem comidapara colocar na mesa, é impensá-vel como nos deixamos chegarconscientemente a esta situação.

Se Portugal tivesse sido gover-nado por um Estadista nos últimosquinze anos, há muito que ele teria

sido deposto. Tinham-se-lhe exigi-do responsabilidades pela estag-nação económica, o desempregogalopante, o estado das contas pú-blicas. Porém, como o país foi go-vernado pela maioria, pedem-seresponsabilidades a quem? Nin-guém. É impossível, uma maiorianão é uma pessoa, é uma entidadeimpessoal, logo ninguém é res-ponsável por nada.

Tempos houve em que o Esta-do prestava contas, era sério, semnunca recorrer à partidarização doserviço público.

Hoje o dinheiro, as possibilida-des de ascensão e o apossamentode lugares a todos premeia, desdeque embarquem na imoralidade docarreirismo político e na venda deconvicções a troco de benesses,fechando-se uma porta para umarealização profissional discreta ehonesta, para uma vida de dedi-cação sincera a valores e a pes-soas, mas onde se abre uma janela,para o exibicionismo, para oservilismo de mão estendida.

O legado do 25 de Abril nãogerou portugueses mais inteligen-tes, nem mais cultos, nem criou ocapital necessário para fazer hos-pitais e maternidades. Antes pelocontrário. Criou a ilusão, de que odesenvolvimento não requer nemesforço, nem trabalho, nem estu-do, nem poupança, criou a ilusãode que o desenvolvimento é umdireito que os governos atribuempor decreto.

Depois do fracasso do socialis-mo, o capitalismo e a lei de merca-do não são a única via possível,devemos caminhar para uma so-ciedade em que vivamos em har-monia com a natureza, abolindo asubmissão à economia, evitandoas seitas políticas, fazendo a defe-sa do nosso interior, das nossasfamílias, dos trabalhadores, contraa desumana capacidade do capi-talismo e contra a usura. Nadagarante que o curso da governaçãoseja corrigido e reorientado para obem comum, quem dirige a nossapolítica externa, não sabe tirar par-tido das vantagens que a nossasituação geográfica nos garante.Devemos retomar uma política,que vire Portugal para o Atlântico.Só podemos ser absolutamentelivres de servidões e de interessese só temos um partido, Portugal.

Gonçalo Ramos Ferreira------

áudio disponível emwww.miccoruche.org.

opiniões diferentes

A reacção do PSA concelhia de Coruche do PS, veio em comunicado

referir que os deputados do MIC fizeram “alusões clarasao estado novo e a Salazar, e contrarias ao 25 de Abril e àdemocracia”, revelando “ideais contrários aos princípiosda Constituição Portuguesa”, ao votarem contra “a moçãoapresentada pelo vogal do PSD, onde foi proposta umasaudação ao 25 de Abril”.

O PS de Coruche diz que se pauta “por princípios e va-lores democráticos, respeitando instituições e pessoas”,manifestando “a sua indignação pela forma provocatóriacomo os dois vogais do MIC se dirigiram à AssembleiaMunicipal e aos Coruchenses, revelando-se defensores doestado novo de Salazar, e contra o 25 de Abril de 1974”.

Terminam dizendo que “a liberdade a democracia, opoder local democrático, são ideais do 25 de Abril, quedevemos manter e respeitar, impedindo que jamais seouçam vozes contra a liberdade, contra Portugal. 25 deAbril sempre”.

A reacção do PSDJá o PSD local, veio também em comunicado dizer que

o “único Grupo Municipal intitulado não partidário” fez a“a apologia do antigo regime ao mesmo tempo que ques-tionavam as conquistas de Abril, bem como a Liberdade eDemocracia” o que repudia.

Acrescenta ainda que acredita que “a população doConcelho de Coruche, é defensora da Liberdade e daDemocracia, e que não se revê nos ataques proferidos aosdireitos conquistados em 25 de Abril de 1974, e que tive-ram como protagonistas militares como Salgueiro Maia”,a quem prestam homenagem e agradecimento.

Para o PSD “comemorar Abril, é não deixar esquecerum momento marcante da nossa História recente, que nospossibilita a todos discutir perspectivas diferentes, massobretudo defender o desenvolvimento do Concelho deCoruche”, exigindo “permanentemente mais segurança,mais habitação social, melhores cuidados de saúde, me-lhor apoio à terceira idade, a construção de melhoresinfantários e escolas, em suma, a melhoria significativadas condições de vida de toda a população do Concelho deCoruche”, refere o comunicado.

Contudo, nenhuma das forças políticas refutaram nemcontradisseram nenhuma das afirmações proferidas pelosditos deputados.

O Partido Socialista e oPartido Social Democratareagem em comunicado

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O presidente da Câmara deCoruche, Dionísio Mendes e opresidente da Junta de Freguesia,Mário Ribeiro, ligaram o sistemacerca das 12h30 e iniciaram oprocesso de tratamento de águasresiduais num momento conside-rado “histórico” para a populaçãoe autarcas da freguesia.

Os “esgotos” eram lançadosnuma fossa colectiva e lançadosna ribeira da Erra, provocandomaus cheiros e impactes ambien-tais contestados por centenas dehabitantes da freguesia que elege-ram a ETAR como prioritária.

Na inauguração, o director-geral

da Águas do Ribatejo, Moura deCampos frisou que este investi-mento de 150 mil euros está incluí-do num pacote de 80 milhões deeuros que a empresa intermunici-pal está a fazer nos subsistemas deabastecimento de água e no trata-mento de águas residuais nos seismunicípios que integram a empre-sa.

O representante da AR salien-tou que o “enorme” esforço finan-ceiro se irá traduzir numa melhoria“significativa” da qualidade dossistemas e garante a qualidade dosserviços prestados a mais de 120mil pessoas a longo prazo.

Vila Nova da Erra já tem ETARFoi em ambiente de festa que a população de Vila Nova da Erra, Coruche,

recebeu a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) na manhã de dia 25 de Abril.

De acordo com comunicado da CDU, a Comissão Nacio-nal de Eleições (CNE) no passado dia 20 de Abril, veio dardeferimento à queixa da CDU em que alegou que o PartidoSocialista (PS) utilizou os meios da autarquia de Coruche nacampanha eleitoral do candidatado do PS, Dionísio Mendes,fazendo menção específica ao uso do boletim municipal.

A CNE consubstanciou “violação dos deveres de neutra-lidade e imparcialidade” e “remeteu os elementos do processopara o ministério público, por se verificarem indícios da práti-ca de ilícitos”, refere o comunicado da CDU de Coruche.

CNEdá seguimentoa queixa da CDU

curtas

Em dois meses, a empresa de FranciscoSantos foi assaltada duas vezes. O últimoassalto foi na madrugada de 22 de Abril, quan-do os ladrões tentaram roubar cinco tractoresda sua empresa, sem no entanto conseguiram,pelo facto de os tractores terem ficado atasca-dos na lama.

A GNR foi chamada ao local para recolherprovas mas não existiram detenções.

Os assaltantes destruíram a vedação das

instalações e na fuga com dois dos tractoresacabaram por ficar atascados e danificaram osmesmos, causando estragos na ordem dos mi-lhares de euros.

De referir que a população e o proprietárioestão indignados, porque sentem que não sefaz justiça. Isto, porque no assalto de Fevereiroos populares capturaram os assaltantes em fla-grante, a GNR deteve-os e passadas duas horasforam libertados.

Onda de assaltos continuano Biscaínho

curtas

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 20108

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A Distrital de Santarém doCDS foi a eleições no passado dia24 de Abril e elegeu uma novacomissão política distrital.

A lista vencedora (que obtevecerca de 95% dos votos) foiencabeçada por Margarida Netto,militante de Benavente, que assimé a nova presidente da ComissãoPolítica Distrital dos centristas.Com ela estarão também, o vice-presidente Tiago Leite (Alpiarça),o secretário Luís Pistola (Ferreirado Zêzere) e os vogais AntónioLopes (Santarém), Carlos Gomes(Torres Novas), Nuno Malta (RioMaior), Paulo Paz (Almeirim),Pedro Azevedo (Golegã) e Solan-ge Cruz (Abrantes).

A Mesa da Assembleia Distri-tal será presidida por HerculanoGonçalves (Alcanena) e o Conse-lho Distrital de Jurisdição será pre-sidido por António Gonçalves(Tomar).

O dia das eleições contou coma presença do deputado FilipeLobo D'Ávila, eleito pelo Distritode Santarém, que pretende “reac-tivar as concelhias por todos os

concelhos do Distrito”, fazendoreflectir a necessidade de um CDScada vez maior e mais interventi-vo.

Durante a tarde eleitoral, FilipeLobo d'Ávila, aproveitou aindapara fazer um périplo pelas assem-bleias de voto – acompanhadopela nova Presidente da ComissãoPolítica Distrital, Margarida Netto,e pelo Vice-Presidente da Juventu-de Popular, Luís Pistola – paraassim contactar directamente comos militantes e deles escutar asqueixas e problemas.

Ao fim da tarde, o deputadoestava contente com os resultadose sublinhou, uma vez mais, a“necessidade de se abrir em San-tarém uma secção tributária eadministrativa do Tribunal Admi-nistrativo e Fiscal de Leiria comoforma de melhor servir a popu-lação e as empresas da região”.

Já Margarida Netto referiu quea nova equipa distrital pretende,não só dinamizar as estruturas dopartido no distrito, bem como fa-zer uma crescente aproximação àsociedade civil. Para isso preten-de-se reforçar a implantação doCDS-PP nas terras ribatejanas,bem como da Juventude Popular,criando equipas dinâmicas que“lutem pela melhoria da qualida-de de vida das populações”, refor-çando a rede de autarcas e a liga-ção dos que trabalham no terrenocom o deputado eleito. “Ser capazde pensar o distrito e avançar comsoluções para os seus problemas,mesmo nos tempos de crise quevivemos, é, não só uma necessi-dade, como um imperativo”, re-feriu.

Distrital do CDS-PPtem nova líder

O Deputado eleito por San-tarém pelo CDS-PP, Filipe LoboD'Ávila, vem a Coruche parauma conversa aberta/conferên-cia no Auditório do MuseuMunicipal no próximo dia 22 deMaio, pelas 17 horas.

A convite do Jornal de Coru-che, o deputado centrista irá fazero balanço dos seis meses deGoverno desta legislatura e abor-dar os temas da Segurança e daAgricultura. Lobo D'Ávila pre-tende “conhecer os problemaslocais e regionais e ouvir as pes-soas para poder intervir mais emelhor na Assembleia da Repú-blica, fazendo ouvir a voz das pes-soas do seu distrito”.

A moderar estará Abel MatosSantos, o fundador do Jornal deCoruche, para uma sessão aberta a

todos, referindo que “esta é tam-bém uma função dos meios decomunicação social, o de aproxi-mar os eleitos dos eleitores e aju-dar a esclarecer os cidadãos, paraque eles se tornem cada vez maisexigentes e interventivos”, acres-centando que “numa altura onde a

classe politica é mal vista e poucassão as pessoas credíveis quequerem dar um contributo válidoao País, é de enaltecer a disponi-bilidade de um deputado eleitopara se deslocar para junto daspopulações”.

Apareça e participe!

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 9

• Sábado, 22 de Maio, 17 horasno Auditório do Museu Municipal

Deputado do CDS vem a Coruche

Comemoraçãodas

Bodas de Ouro

O nosso assinante José Joaquim Carvalho eesposa Emília Filipa Galvão,

residentes no Seixal,comemoram no próximo dia 22 de Maio

as Bodas de Ouro, cinquenta anos de união,amor, fidelidade.

O Jornal de Coruche deseja ao casalmuitas Felicidades.

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201010

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Assim, as actividades começaram nodia 23 de Abril, sexta-feira, data em quese assinalou também o Dia Mundial doLivro, com o colóquio “Ler Abril”. CarlosAlberto Moniz marcou presença na Es-cola Museu Capitão Salgueiro Maia, emSão Torcato, Coruche.

Na véspera do 25 de Abril, o ExtremeTrial do Sorraia, o III Torneio do Sorraia

Natação e o II Torneio Formação de Fut-sal garantiram animação para todos osgostos ao longo do dia. À noite, o des-porto deu lugar à música. Sete ex-con-correntes do concurso da TVI, Uma Can-ção Para Ti, actuaram no Pátio do MuseuMunicipal. Carlos Alberto Moniz encer-rou a noite, acompanhado por uma orques-tra, com o espectáculo que subiu também

ao palco do Coliseu dos Recreios de Lis-boa.

No dia 25 de Abril, as comemoraçõescomeçaram na Praça da Liberdade, coma habitual Cerimónia do Içar da Bandeira.Ainda pela manhã, realizou-se a inaugu-ração oficial do Arranjo Urbanístico daEntrada Nascente de Coruche.

A exposição Liberdade’s foi também

inaugurada no dia 25 de Abril, nas Pis-cinas Municipais de Coruche. Esta é umaexposição integrada na Área de ProjectoProjectart dos alunos do 12. º D da Esco-la Secundária com 3.º CEB de Coruche.

As comemorações terminaram comuma visita à Escola-Museu SalgueiroMaia, seguida de um lanche/convívio.

---

Coruche comemora a LiberdadeCoruche comemora a Liberdade

Para assinalar os 36 anos do 25 de Abril, o Município de Coruche preparou um programa com actividades variadas.

Carlos Alberto Moniz recordou Abrilna Escola-Museu Salgueiro Maia

Assinatura do protocolo CMC e Cruz Assinatura do protocolo CMC e Cruz VVermelha Portuguesaermelha Portuguesa

Futuro Pavilhão Desportivo da Escola Secundária de CorucheFuturo Pavilhão Desportivo da Escola Secundária de Coruche

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Ao final do dia, principal-mente agora que o sol anuncia asua chegada mais duradoura, aavenida ribeirinha de Coruchetransforma-se na mais activa áreade lazer e desporto da vila, numaescolha natural que resulta dasóptimas condições que toda afaixa vizinha do Sorraia nos ofe-rece. Se os cânones de belezasazonais, com o aproximar doverão, obrigam a caminhar umpouco mais, é também na zonaribeirinha que se reúnem algunsdos praticantes daquele que é ofenómeno desportivo do mo-mento em todo o concelho, ociclismo na vertente BTT, isto é,ciclismo praticado com recurso abicicletas de todo o terreno e quese pratica em estradas e trilhos deterra em grande proximidadecom a natureza.

Não estará enganado aque-le que afirmar que o BTT é, naactualidade, a seguir ao fute-bol, o desporto mais popularno concelho e não admira queo seja, Coruche, com a suavasta floresta de montado desobro repleta de estradões etrilhos, apresenta condiçõesexcepcionais para a prática damodalidade.

Para um bttista, Corucheoferece tudo o que é necessário.Diversos tipos de piso, zonasplanas de estradões e trilhos que

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 11

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permitem rolar ao “sabor do Sor-raia” e outras zonas de maiorrelevo repletas de “single tracks”mais ou menos exigentes (trilhosestreitos, por vezes sinuosos,cicláveis), que permitem usufruirde uma natureza preservada comespírito radical e de aventura.

A prática de BTT, para alémde “moda” mais ou menos mo-mentânea, pode afirmar-se comoum caso sério de popularidade, oque possibilitará, através da ofer-ta variada de eventos ao longo doano, ao concelho acolher prati-cantes vindos de outras regiõesdo país para usufruírem dasqualidades que o território possuipara a prática da modalidade,oferecendo-lhes as peculiarida-des de um ecossistema único, omontado, e a hospitalidade dasgentes, oferecendo quem visita adisponibilidade para a práticadesportiva e também a predis-posição para o consumo nos nos-sos cafés, restaurantes, unidadesde alojamento e comércio tradi-cional.

O BTT é assim uma sériaopção – mais uma opção – paraatrair visitantes e turistas ao con-celho. Para que isso ocorra im-porta que praticantes, entidadesorganizadoras de eventos, autori-dades públicas e proprietáriosdas áreas florestais percebam eaceitem essa oportunidade, crian-do condições para que haja espa-ço à organização de novos even-tos, que deverão ser pautadospela qualidade e pela diferencia-ção em relação a outros – e compreços de participação razoáveis,que sejam justos e convidativos enão o contrário –, e à implemen-tação de um calendário de provassustentado ao longo do ano. Éimportante que todos aquelesque podem e devem ter um papelactivo no incremento da práticado BTT na região cooperem epercebam o papel que lhes cabe,isto é, os organizadores de even-tos e os praticantes devem usu-fruir das componentes naturais“oferecidas”, deixando a nature-za tão intacta quanto antes, e osproprietários das áreas de flores-ta devem, juntamente com aautoridades públicas, acolheresses eventos colaborando eapoiando a sua realização comoforma de valorizar e potenciar asáreas florestais, pois a práticadeste tipo de actividades ajuda,por exemplo, a manter os cami-nhos florestais visíveis e transi-táveis.

Nas 24 Horas de BTT de Co-ruche com a TwoBike Team

São hoje inúmeros os eventosde BTT realizados por todas asfreguesias de Coruche e inúme-

ros os grupos que se juntam parafazer quilómetros pelos estra-dões e trilhos do concelho. Nocontexto de eventos realizadosno concelho destaque para as 24horas de BTT de Coruche comoevento que tende a transformar-se no ponto alto da modalidadeno Concelho, sendo, pelo menos,aquele que mais impacto me-diático oferece. Trata-se de umevento apoiado, nas suas duasprimeiras edições, a larga escalapelo Município de Coruche e quetrouxe no passado mês de Abril(entre os dias 9 e 11) mais de 500praticantes de BTT a Coruche.

Muitos dos participantes ad-vieram do concelho de Coruche,nomeadamente de grupos orga-nizados como os “TwoBikeTeam”, “StrixTeam”, “Craks doPedal”, “Montibike”, “Já T’Agar-ro”, “The Fusion Bike Team”,“Tó Bikes”, entre outros.

Participei com a TwoBikeTeam nas 24 horas de BTT deCoruche e percebi como é viverpor dentro a experiência, que unesentimentos tão diversos como ocompanheirismo, o sacrifício, acompetição, a prática desportivae, pontualmente, o mais purodivertimento.

A preparação logística para aparticipação da equipa começouna véspera do evento, com aescolha do local para instalar oacampamento – e “quartel gene-ral” – de uma noite, um lugar quese pretendia discreto mas tam-bém estratégico, isto é, perto daszonas úteis do evento (bal-neários, instalações sanitárias eárea de refeições) e longe da con-fusão da área de partidas e che-gadas dos participantes. A parti-cipação numa prova com as ca-racterísticas das 24 Horas nãoimplica grande preparação con-junta – para equipas com carac-

terísticas, meios e objectivossimilares à TwoBike Team –,cabendo a cada um dos partici-pantes a preparação da sua bici-cleta e, evidentemente, a sua pró-pria preparação física e psicológ-ica. A TwoBike Team apresen-tou-se na prova com 3 equipas de6 elementos cada (duas equipasmistas, a TwoBike Team 1 e 2, euma equipa masculina, a Two-Bike Team – Edutec.pt), naquelaque foi a mais representativa par-ticipação de entre os grupos debttistas do concelho. Não foi ofactor “competição” que moveua esmagadora maioria dos queparticiparam pela TwoBike Teamnas 24 horas de BTT, foi sobre-tudo a possibilidade de passarbons momentos junto dos com-panheiros de “andanças”, emafável convivência, e testar ascapacidades de sacrifício físico e

psicológico que resultam emobjectivos individuais de supera-ção pessoal. Invariavelmente aatmosfera que acaba por imperaré a de uma certa concentração etensão competitiva, discutindo--se tempos e redefinindo-se estra-tégias, entre uma coisa e outra,come-se muito e bebe-se muito,a alimentação e a hidratação sãobasilares neste tipo de provas,onde a resistência física dependede uma boa gestão alimentar. Oriso também ajuda a ultrapassar ocansaço, e não faltou folia du-rante 24 horas… e até houve lu-gar a alvorada!

O inicio da prova, com a tãodesejada ordem de partida, émarcado pelas primeiras horasde esforço, depois chega o anoi-tecer e aumentam as dificulda-des. O amanhecer surge retem-perador e com ele as forças

renascem para que o objectivo determinar se concretize. Aemoçãoda partida é o momento que in-variavelmente mais marca, pelatensão acumulada durante osminutos de espera e pelo alvoro-ço das primeiras pedaladas. Osprimeiros quilómetros são deadaptação ao trajecto e às suaszonas mais técnicas. O final daprova é um desejo da alma e, porestranho que pareça, não tem osabor da partida, tem apenas osabor do dever cumprido, o quepor si, sabe muitíssimo bem!

As equipas mistas da Two-Bike Team contaram com a par-ticipação de duas destemidasbttistas, a Marina Ferreira (foto-grafia pág. anteriror) e a VeraOliveira, que foram prontamenteacarinhadas pelos restantes par-ticipantes, demonstrando, ao lon-go de toda a prova de que fibrasão feitas. Os restantes compa-nheiros enaltecem a sua corajosaparticipação.

A TwoBike Team, da qualorgulhosamente fiz parte, termi-nou com excelentes resultados:TwoBike Team – Edutec.pt, 11ºlugar em 45 equipas, TwoBikeTeam 2, 6º Lugar (equipa mista)em 11 equipas e TwoBike Team3 - 7 Lugar (equipa mista) em 11equipas.

Em meu nome e em nome daTwoBike Team agradecemos atodas as entidades que apoiarama TwoBike Team nas 24 Horasde BTT de Coruche: Edutec.pt,Tegael.pt, Sergipal Lda., José Al-fredo Ferreira Lda., MóveisSorraia e Maquidias.com.

Mais informações sobre os“TwoBike” em http://twobike-team.blogspot.com.

Mais informações sobre turis-mo no blogue http://www.face-turis.com.

> continuação da página anterior

BTT, um fenómeno e uma oportunidade turísticaTURISMO

CaçadorCaçador (T(TwoBike woBike TTeam - Edutec.pt)eam - Edutec.pt)

TTwoBike woBike TTeam nas 24 horas de BTTeam nas 24 horas de BTT de Coruchede Coruche

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Por: Ana Freitas

Coordenadora doDepartamento de Línguas

23 de Abril é o Dia Mundialdo Livro. Tal como outros diascomemorativos, a sua razão deser continua a justificar-se, pois oseu objectivo está longe de sercumprido. Daí o alerta nestesdias para algo que se pretendeque mude.

Este dia teve a sua origem naCatalunha a 7 de Outubro de1926, em comemoração do nas-cimento do escritor espanholMiguel Cervantes, tendo sidoinstituído como a Festa do LivroEspanhol, pelo rei Alfonso XIII.Em 1930, esta data comemorati-va passou para 23 de Abril, diado falecimento de Cervantes, emque é oferecida uma rosa a quemcomprar um livro. Em 1996, aUNESCO institui 23 de Abrilcomo o Dia Mundial do Livro edo Direito de Autor, pois nestadata assinala-se o falecimento deoutros escritores tais como JosepPla, escritor catalão, e o drama-turgo inglês William Shakes-peare. Mais recentemente, a tro-ca de uma rosa por um livro tor-nou-se uma tradição em váriospaíses do mundo.

“Os livros não mudam omundo, os livros mudam as pes-soas. E as pessoas mudam omundo”, afirmou Castro Alves(1847 – 1871), escritor brasi-leiro. Para além dos múltiplosmotivos, interesses e prazeresimediatos no ler, saber “mudar omundo” será o fim último, e“mudar o mundo” uma necessi-dade premente de todos os tem-pos e também muito desejada esentida por todos nós nesta épocatão conturbada e difícil!

Pedro C. Cerrillo, Catedráticoda Universidade de Castela-Mancha (Cuenca, Espanha),considera a leitura como um“bem de primeira necessidade”,à qual todos os cidadãos têmdireito. Todos sabemos que nopassado a leitura era uma activi-dade minoritária que discrimina-va as pessoas. Todos nos lem-bramos que o analfabetismo nonosso país constituiu uma grandelimitação não só para as tarefasrotineiras das pessoas mas tam-bém uma barreira de acesso aoconhecimento. Ainda hoje encon-tramos portugueses que, comdesencanto, lamentam “Não seiler, não tive oportunidade de ir à

escola para aprender, cortaram-me as pernas logo em pequeni-no”. É sempre bom recordar obem que Abril nos trouxe …

Também o nosso poeta Antó-nio Aleixo partilhava da impor-tância da leitura, enquanto meioprivilegiado de acesso ao conhe-cimento e, como forma de com-bater a ignorância do ser huma-no, como podemos inferir dosseus versos populares tão conhe-cidos “Vemos, ouvimos e lemos,não podemos ignorar”.

Já no séc XVIII, a necessi-dade e a importância da leituraeram bem evidentes para JosephAddison (1672-1719), poeta eensaísta inglês, que nos diz “Aleitura está para o intelecto,como o exercício para o corpo.Através deste, a saúde é preser-vada, reforçada e revigorada:através da primeira, a virtude(que é a saúde da mente) é man-tida viva, acarinhada e confirma-da”.

“As palavras lidas, ou con-tadas, ajudam-nos a recuperar amemória sensitiva, sentimo-nosvivos, apercebemo-nos de comoa vida se manifesta através donosso corpo. As palavras lidas,ou contadas, esclarecem o nossoviver no mundo … ajudam acompreender o nosso mundo

interior e a podermos manejar-nos no mundo exterior em con-junto com os restantes seres exis-tenciais” afirma Pep Duran,livreiro brasileiro. De facto, onosso envolvimento no livroacontece quando nele encontra-mos as nossas palavras, as nossasemoções, aquilo que para nóstem mais significado, muitasvezes aquilo que é mais básico emais profundo e que dificilmenteconseguimos exprimir, ou seja, oleitor precisa de algum modo seidentificar com ele e de nele serever.

Também Koichiro Matsuura,Secretário-Geral da Unesco, noseu discurso aquando do DiaMundial do Livro e do Direito deAutor, em 2008, salientou opapel essencial do livro nomundo enquanto “ instrumentosingular da cultura, da educação,da participação, da comunicaçãoe do entretenimento… o livroconstitui um meio fundamentalpara conhecer os valores, ossaberes, o senso estético e a ima-ginação humana. Como vectoresde criação, informação e educa-ção, permitem que cada culturapossa imprimir os seus traçosessenciais e, ao mesmo tempo,ler a identidade de outras. Janelapara a diversidade cultural e

ponte entre as civilizações, alémdo tempo e do espaço, o livro éao mesmo tempo fonte de diálo-go, instrumento de intercâmbio esemente do desenvolvimento.

Como protector da memóriae vector da criatividade, o livro éao mesmo tempo depósito depalavras e um mecanismo para ointercâmbio de ideias. Peça únicae, ao mesmo tempo, objectoreproduzível, criadora de sentidoe geradora de receitas, obra orig-inal e espelho da sociedade, con-stitui um património que, partin-do das raízes próprias de umadeterminada tradição cultural,não pára de crescer, por meio dainteracção com outras tradições,na relação e no diálogo perma-nente com o Outro. Proteger eenriquecer o património culturalda humanidade é manter umasinergia da qual o livro é, essen-cialmente, um dos melhores artí-fices.”

Ainda, “Os livros são, para ascrianças que os lêem, muito maisdo que simples livros – são son-hos e conhecimento, são umfuturo e um passado”, diz EstherMeynell, escritora inglesa.

Também Marcel Proust, es-critor francês, defende que“Talvez não existam, na nossainfância, dias que tenhamos vivi-

do tão intensamente como aque-les que passámos com um livropreferido”.

Maya Angelou, escritoraamericana, reflecte “Quandoolho para trás, fico novamenteimpressionada com o poder vitalda literatura. Se eu fosse umajovem hoje a tentar encontrar-meno mundo, fazia-o novamenteatravés da leitura, tal como o fizquando eu era jovem.”

E Emilie Buchwald, escritoraamericana crê que “As criançastornam-se leitoras ao colo dospais”.

Para as crianças, desde oberço que a leitura deve fazerparte dos cuidados diáriosassegurados pelos pais, diriamesmo, tão importante comomudar a fralda. Para além deque, ler histórias às criançaspermite aos pais reforçar afec-tos e convida à partilha deemoções com os filhos. Mo-mentos únicos que se prolon-garão para toda a vida!

Leia uma história ao seufilho, neto, sobrinho … a umacriança e, ajude-o a sonhar, aconstruir uma história feliz.

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Livros?! Para quê?!Se eu fosse criança, gostaria que me adormecessem com uma História…e a minha imaginação espraiar-se-ia nos sonhos que construíram a minha história …

APONTAMENTOS

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Todas as crianças deveriamter direito a crescer numa fa-mília, uma vez que esta premissase constitui como uma condiçãoimportante para o seu bomdesenvolvimento. No entanto,ocorrem por vezes situações emque família natural não temcondições para desempenhar asua função sócio-educativa, de-vido à persistência de dificul-dades que colocam as criançasnuma situação de perigo.

Quando as crianças e jovensestão em perigo e a família na-tural não consegue por si sóreunir os recursos necessáriospara ultrapassar essa situação,existe em Portugal uma Lei quevisa protegê-los. Foi criada paraevitar situações de perigo e paragarantir a aplicação de Medidasde Promoção e Protecção das cri-anças e jovens, numa abordagemintegrada dos seus direitos, asse-gurando o seu bem-estar e desen-volvimento integral.

Essas referidas Medidas dePromoção e Protecção encon-tram-se na Lei divididas em doisgrupos, mediante a sua forma deexecução: em medidas execu-tadas em meio natural de vida eem medidas executadas emregime de colocação. É nesteúltimo grupo que se insere oacolhimento familiar, sendo con-siderado como uma medida decarácter temporário cuja apli-cação assenta na previsibilidadedo retorno da criança ou dojovem à família natural, quandoesta se encontrar em condiçõesde garantir a promoção dos direi-tos e da protecção da criança e dojovem.

Assim, sendo o acolhimentofamiliar consiste na “atribuiçãoda confiança da criança oujovem a uma pessoa singular oua uma família, habilitadas parao efeito, e visa a integração dacriança ou do jovem em meiofamiliar, e a prestação de cuida-dos adequados às suas necessi-dades e bem-estar e a educaçãonecessária ao seu desenvolvi-mento integral.” art. 46º da Lein.º 147/99.

O que é uma Família deAcolhimento?

É uma família que, sendohabilitada para o efeito, tem ca-

pacidades e competências paraacolher temporariamente umacriança ou jovem que tenhamsido separados dos seus paisbiológicos, por medida tomadapela Comissão de Protecção deCrianças e Jovens ou pelo Tribu-nal, proporcionando-lhe umambiente familiar adequado àssuas necessidades afectivas eeducativas.

O Acolhimento Familiar éuma medida que apenas pode serrealizada por famílias ou pessoasque não tenham qualquer relaçãode parentesco com a criança ou ojovem e que não sejam candida-tos a adopção. É importantereferir que uma Família de Aco-lhimento não é uma Família deAdopção, nem o poderá vir a ser.Quem acolher uma criança porum período temporário (podematé decorrer anos), na medida deacolhimento familiar, tem deestar ciente de que nunca a po-derá adoptar, pois o seu compro-misso foi o de proporcionar, tem-porariamente, um ambiente fa-miliar adequado às suas necessi-dades afectivas e educativas, egarantir, sempre que a medida depromoção e protecção assim oimplicar, um contacto directo da cri-ança com a sua família biológica.

Quem pode ser Família deAcolhimento?

A confiança da criança ou dojovem em acolhimento familiar

só pode ser atribuída a uma pes-soa singular ou a uma famíliaque seja seleccionada pelas insti-tuições de enquadramento. Essasinstituições são os serviços daSegurança Social, a Santa Casada Misericórdia de Lisboa, eainda entidades que desenvol-vem actividades nas áreas dainfância e da juventude (medi-ante acordo celebrado com a Se-gurança Social).

Pode candidatar-se a ser res-ponsável pelo acolhimento fami-liar quem reúna os seguintes re-quisitos:

• Ter idade entre 25 a 65 anos(pelo menos um dos elementosdo casal em economia comum)

• Possuir capacidade intelec-tual e afectiva, equilibrada situa-ção emocional e conjugal e esta-bilidade económica, bem comoaceitação do acolhimento fami-liar por todos os membros, deforma a garantir a integraçãonum ambiente harmonioso, afec-tivo e securizante;

• Possuir condições de saúde,bem como aptidão para dar assis-tência e educar;

• Dispor de adequadas con-dições de higiene e habitação;

• Constituir a prestação do ser-viço de acolhimento familiarcomo actividade profissionalexclusiva, principal ou secundáriade um dos membros da família;

• Frequentar acções de for-mação promovidas para a melho-

ria das competências parentais;• Não ter sido condenado por

nenhum crime;• Não estar inibido do exercí-

cio do poder parental, nem ter oseu exercício limitado.

Direitos das famílias deacolhimento

As famílias de acolhimentotêm direito a receber formaçãoinicial, apoio técnico e formaçãocontínua. Entre outros direitos,têm também direito a receber:

– Informação referente àmedida de acolhimento familiar,incluindo a relativa às condiçõesde saúde, educação e problemáti-cas da criança ou do jovem efamília natural, na medida indis-pensável à aceitação informadado acolhimento familiar e à suaexecução;

– Retribuição mensal pelosserviços prestados, por cada cri-ança ou jovem - 176,89 euros;

– Subsídio para a manuten-ção, por cada criança ou jovem -153,40 euros;

– Equipamento indispensá-vel ao acolhimento familiar,sempre que necessário.

Outras notas importantessobre Famílias de

Acolhimento

Nesta medida existe tambémo acolhimento em lar profissio-nal, que consiste em famílias de

acolhimento com formação téc-nica adequada. O lar profissionaldestina-se a crianças e jovenscom problemáticas e necessi-dades especiais relacionadas,nomeadamente, com situaçõesde deficiência, doença crónica eproblemas do foro emocional ecomportamental, que exijamuma especial preparação e capa-cidade técnica.

Em Portugal, a medida deacolhimento familiar, comoalternativa à institucionalização,está ainda pouco desenvolvida,em resultado do número insufi-ciente de famílias disponíveisnalgumas regiões do país e, prin-cipalmente, devido à sua insufi-ciente preparação e falta deacompanhamento adequado du-rante o período de acolhimento.

Cada acolhimento é único eirrepetível porque cada famíliaatende às diferentes necessidadesde cada criança. As famílias queacolhem crianças com as quaisnão têm laços de parentesco,destacam sempre o carácter gra-tificante da experiência resultan-te dos desenvolvimentos que ascrianças manifestam.

NÃO PERCA O PRÓXIMON.º COM O TEMA:

“VOU PARAA ESCOLA DOSCRESCIDOS!”

Cáritas Paroquial de Coruche

Equipa TécnicaSílvia Caraça

(Assistente Social/Coordenadora)

Gonçalo Arromba(Psicólogo Clínico)

Ana Miriam Barradas(Psicóloga Clínica)

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Na seguinte morada:Cáritas Paroquial de Coruche

CAFAP – “Educar para oFuturo”

Travessa do Forno nº 16-18, 2100-210 Coruche

Nos seguintes contactos:Telefone: 243 679 387

Telemóvel: 934 010 534Fax: 243660388

Famílias deAcolhimento “Quando uma criança entra em nossa casa, entra ela e o seu

mundo! Acolher significa aceitar. Tanto a um como ao outro”Família de Acolhimento

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Vou contar-vos uma história em que o personagem decididamentenão serei eu... Porque é sempre mais fácil de ser contada...O meu personagem, a quem vou chamar M, (sim, simplesmente“M”..) parou um dia para olhar à sua volta e tentar descrever o quesentia, o que via, o que ouvia... Mas deparou-se com uma das maio-res barreiras, a linguagem.M passou o dia todo a tentar realmente especificar o que queria queentendessem, pois realmente queria que o entendessem.. Mas nin-guém o fazia. Ao voltar a casa, habitava com a sua mulher, M deci-diu dizer-lhe que se sentia triste, deprimido, sozinho e que o maisgrave era que ninguém entendia isso. A pobre figura tentava pôrtodo o seu sentimento nas palavras, mas por mais que tentasse fazê-lo e por mais que tentasse encontrar as palavras certas para o quequeria expressar, ele não conseguia. Sentia-se frustrado, mas nemisso conseguia transparecer pelas palavras. Tentou dizer a si mesmoque se sentia “frustrado” e no mesmo instante em que isso ecoavana sua própria cabeça parecia-lhe tão absurdo que se não o sentisse,

não acreditaria... Então tentou até escrevê-lo, mas dessa forma sen-tiu-se ainda mais ridículo... A sua esposa não ficou preocupada,disse-lhe apenas “toma um chá e descansa, isso é apenas stress”.No dia seguinte M acordou de manhã bem cedo, ainda antes de oseu despertador tocar a sua irritante melodia que o fazia despertardo seu sono como se nada do que fosse fazer depois fizesse sentido.M fez a sua rotina habitual e começou a preparar o pequeno-almoço, mas de repente a sua única vontade foi desistir. Sentou-seno sofá e não cessou de chorar, entretanto a sua esposa que acordoupelo som dos seus soluços, ainda cambaleando, surgiu na sala e lim-itou-se a chegar perto dele, abraçá-lo e dizer “eu estou aqui”. M sen-tiu-se de repente confortado, sentiu uma certa alegria apoderar-sedele e de entre os soluços e o choro, levantou a cabeça e sorriu... Atal gesto, a sua esposa retorquiu “eu compreendo”. Agora sentia-serealmente compreendido, conseguira verdadeiramente fazer-seentender...Todos passamos por momentos como o do meu personagem.

Utopia não significa o que é impossível, massim o que não existe em qualquer lugar. O conceitofoi criado por São Tomás More e publicado em1516 na obra que precisamente ficou para a históriacom o título homónimo: A Utopia. À letra, devetraduzir-se por “em lugar nenhum” (do gregoOutopos, ou = não + topos = lugar). Mas não exis-tir, não quer dizer que não se possa tornar realidade.

Cada um de nós deve ter a sua utopia, o seu pro-jecto de vida, o seu ideal de vida. E quanto melhorfor a nossa utopia, maior será o clarão da luz dofarol da nossa existência.

É este o mote da reflexão que nos propõe o JoséManuel Cordeiro, retomando o sonho do poetaAntónio Gedeão: Eles não sabem nem sonham queo sonho comanda a vida...

A outra proposta é de alguém jovem (queescreve com o pseudónimo M. Luís) e que nos aler-ta para o obstáculo que pode constituir a palavra,pois as palavras mostram, mas também escondem.E, sobretudo, avisa-nos de que aquilo que muitosde nós mais precisamos é que haja alguém que nosdê atenção, que nos escute e que procure com-preender-nos.

Vivemos imaginando como será poder respirar naquele lugar utópi-co que alimentamos cada dia das nossas vidas. Decoramo-lo comose fosse a nossa casa. Compramos um candeeiro aqui, um cortina-do acolá, um livro que ficaria bem na estante que compramos nasemana passada, enfim, um projecto a dois só que não envolve umterceiro, apenas um compromisso entre mim e eu próprio. E somosfelizes, nisso temos toda a certeza. E a satisfação de ver a sala todacomposta a nosso gosto? Esse brilho no olhar humedecido com aalegria eufórica é inevitável. Por vezes esquecemos mesmo a nossavida e focamos os nossos pensamentos única e exclusivamentenesse paraíso e deixamos de saborear todos os presentes que a vidanos oferece e que amanhã serão passados.E quando terminarmos essa casa? E quando por fim chegarmos aesse lugar utópico onde os sonhos deixam de se chamar sonhos epassam a ser a nossa realidade? Caímos no vácuo vazio, numa estra-da sem luz, num caminho por traçar em que nada faz sentido e oscanários deixam de trautear excertos da “Música no Coração”.Surge uma inevitável contradição em que num lado temos o que

sempre sonhámos e do outro o facto de não termos de fazer maisnada, nem motivos para continuar a sonhar.Outras vezes sem nos apercebermos chegamos lá, mesmo quandoparece que estamos a léguas, todavia aqueles cortinados nãoficavam tão bem assim. Afinal aquele livro não ficava assim tãobem na estante. Não que não fosse interessante, mas faltava-lheemoção, sentimento, vida, cor... Se calhar é tempo de demolir essacasa e voltar a reconstruí-la. Talvez a nossa utopia nos estivesse aconduzir para um caminho que talvez não fosse o mais aconselhá-vel, e nós, cegos humanos, só quando lá estamos é que nosapercebemos. É altura de voltar a fazer a planta da casa, mas, destavez, tendo em atenção os erros da primeira para que não se repitam.Enfim, esta é a vantagem dos sonhos, para além de ainda ser de“borla”, temos a possibilidade de os apagar, recriar e voltar a fazê--los, vezes sem conta. Por isso, aproveitemos! Sonhemos como senão houvesse amanhã! Sonhemos, que o sonho comanda a vida etorna-a mais leve!

CRÓNICAS DOS JOVENS FILÓSOFOS

Planta de uma Utopia

É sempre mais fácil

Coordenação de António Gil Malta

José Manuel Cordeiro

M. Luís

No passado dia 26 de Abril, fui com o Dr. Ricardo e com a professoraLiliana ao Governo Civil de Santarém em representação do C.R.I.C.

Fomos assistir à apresentação da iniciativa “(Re)ver a pobreza” e àentrega dos prémios do Concurso de desenho, texto e fotografia do mesmotema.

Eu participei e ganhei um certificado com uma menção honrosa. Paramim foi um grande orgulho. Todos os desenhos vão ser expostos e aconse-lho todas as pessoas a irem ver!

Para mim, a pobreza é ver pessoas nas ruas a passar fome e rio e a seremdescriminadas pelos outros. Por isso, queria deixar um apelo: ajudem quemmais precisa e quem não tem o que comer. Não se esqueçam que “somostodos diferentes mas todos iguais”.

Andreia Guarda

Menção honrosa no concurso “(Re)ver a pobreza”

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O Hospital de Nossa Senhora doPópulo, de Caldas da Rainha, foi oprimeiro hospital termal em todo omundo. Foi criado pela iniciativa e sob oimpulso e vontade expressa da rainha D.Leonor, mulher de D. João II e irmã de D.Manuel. Esta instituição hospitalar, pio-neira no termalismo, foi erguida nasnascentes de águas sulfurosas, conhecidaspor caldas de Óbidos. A mais antiga refe-rência aos banhos das caldas de Óbidosencontra-se, segundo João B. Serra, numdocumento datado de 1222.

Com efeito, eram muitos os doentesque procuravam, nestas nascentes minero-medicinais caldenses, a cura para os seusmales. Os banhos eram muito frequenta-dos, ao longo de toda a Idade Média, porleprosos e doentes que padeciam de “fri-aldades” (reumatismo). Mas a reputaçãodas águas atraiu também pessoas com ou-tras patologias, como as do foro gineco-lógico, do aparelho digestivo e até doen-ças de pele. Porém, as condições estrutu-rais do local deixavam muito a desejar. Adegradação foi-se acentuando.

Uma das lendas, sobre as origens dafundação das Caldas, conta que, estando arainha D. Leonor enferma em Almeirim,terão os seus médicos sugerido o trata-mento nas caldas de Óbidos. Depois deter comprovado os excelentes resultados,a rainha decidiu melhorar as precáriascondições dos banhos e terá prometidoerguer ali um hospital.

Por sua vez, uma outra tradição dizque a rainha, deslocando-se certo dia acaminho da Batalha, terá passado por umlocal onde várias pessoas se banhavam emáguas de cheiro intenso. A rainha ter-lhes--á perguntado porque o faziam (não eranormal, na época, as pessoas banharem-secom frequência). Responderam que eramdoentes e que aquelas águas possuíampoderes curativos. A rainha, que padeciade alguma enfermidade, quis comprovarse assim era. Conta a lenda que se curou,tendo, então, prometido construir naquelelugar um hospital termal para todos aque-les que nele se quisessem tratar.

Ao certo, sabe-se que, em 1485, D.Leonor consultou o médico da corte –mestre António – acerca da melhor locali-zação do balneário. Também é sabido queem 1488 iniciaram-se as obras de con-strução de um hospital com uma igrejaanexa, ambos sob a invocação de NossaSenhora do Pópulo. O culto à Senhora doPópulo tem raízes em Itália (onde era des-ignada Madonna del Populo): Trata-se deuma referência à Virgem que se condói dopovo que sofre, nomeadamente do povoque é flagelado pela peste. E esta obra deD. Leonor nas Caldas está, de facto, desdea sua génese, virada para a protecção aospobres e aos enfermos. Atente-se na formacomo Frei Agostinho de Santa Mariaexplica as razões pelas quais D. Leonorescolheu como orago a Senhora doPópulo:

«Via aquela devota Princesa os muitos

e grandes favores e benefícios que a Mãede Deus fazia a todos os pobres e pessoaspopulares, aos miseráveis e desvalidos eque no mundo vivem sem amparo, nemremédio, os quais saíam dos banhosdaquela medicinal água com milagrosasaúde, assim como a sua ardente caridadepara com os pobres, esperava que a Mãede Deus e Mãe de todos os pobres, MariaSantíssima, havia de continuar aquelesseus favores em todos os pobres que, detodas as partes e povos, concorriam abuscá-la em aquela sua verdadeira eprobática Piscina de todos os achaques».

A edificação de um empreendimentocomo este, exigiu elevados investimentos.A sua execução conheceu diversas fases,quer pela extensão do complexo, querpela escassez de recursos. A sua fundado-ra viu-se mesmo na necessidade de venderjóias para poder adquirir mobiliário eutensílios diversos para equipar o hospital.Para garantir a sustentabilidade da institui-ção, fez doação ao hospital e seus prove-dores, das rendas, direitos e foros das vilasde Óbidos, Aldeia Galega e Merceana.

O apoio da Igreja a este projecto, ondese entrecruzavam a religiosidade, o espíri-to assistencialista e o termalismo, foi tam-bém muito importante. A destacada figurado Cardeal de Alpedrinha, D. Jorge daCosta, confessor da Rainha, exerceuinfluência em Roma, junto do Papa, paraconseguir as necessárias autorizações paraa construção da igreja, cujas obras terãoficado concluídas por volta de 1508. Atorre sineira é considerada uma das maisbelas do país. A traça da igreja é atribuídaa (um dos obreiros das do ). Trata-se deuma construção típica da primeira fase domanuelino. A porta da sacristia, com o seuevidente naturalismo, é constituída,segundo a descrição de Pedro Dias, por

“vasos de flores numa sequência contínuae envoltos por uma filatéria com uma leg-enda em caracteres góticos”. O interior éainda enriquecido por azulejos do séculoXVII e pela talha dourada. As abóbadassituam-se já na fase do gótico flamejante.

As obras do Hospital terão ficado con-cluídas por volta de 1503. O surgimentodesta instituição hospitalar de carácter ter-malista e assistencial fez surgir no localuma nova povoação – Caldas da Rainha –elevada à categoria de vila por D. Manuel,em 1511.

O século XVI foi, por conseguinte, aépoca de consolidação deste Hospitalcomo uma instituição de referência, comcrescente reputação e projecção nacional.

Foram muitas as figuras da realeza eda corte que demandaram as Caldas, emmuitos casos para usufruírem de trata-mentos termais. D. João V terá sido, nesseparticular, o exemplo mais paradigmático,deslocando-se por treze vezes às caldaspara tratamentos. Com efeito, a acção me-cenática do Magnânimo na vila termalfez-se sentir de forma notável. As obrasprofundas que o soberano patrocinou noHospital a par do desenvolvimento davila, nomeadamente com a rede de abas-tecimento de água, constituíram um forteimpulso rumo à modernidade. O séculoXVIII foi, segundo se diz, o período derefundação das Caldas. Foi o século dasreformas.

O século XIX foi também uma épocamarcante, para a instituição e para a vila.As visitas da realeza tornaram-se fre-quentes, dando cada vez mais visibilidadee notoriedade às Caldas.

A acção do arquitecto Rodrigo MariaBerquó, foi de uma excepcional importân-cia para a afirmação das Caldas da Rainhacomo estância termal com capacidade e

vocação turística. São exemplos dessaacção, as obras de grande vulto que fez noParque, transformando-o por completo.Onde antes havia terrenos agrícolas,surgiu então um parque com característi-cas turísticas; fez obras de captação deágua; construiu mais um piso no Hospital;outro na chamada Convalescença e noPalácio Real.

Visitar a vila das Caldas e frequentaros seus banhos termais, tornou-se modasocial. Além do tratamento físico, estastermas funcionaram também como espaçode lazer, proporcionando qualidade devida e bem-estar, através dos espaços queforam criados para o convívio social. Otermalismo foi, pois, o epicentro de todo odesenvolvimento das Caldas.

Em suma, as Caldas nasceram noséculo XVI, à sombra tutelar de D. Leonor(fundadora das misericórdias e grandeprotectora das Artes e das Letras). O seubiógrafo, Frei Jorge de S. Paulo, chama--lhe “A mais Perfeita Rainha que nasceuno Reino de Portugal”. A ela se ficou adever o grande e generoso impulso quepermitiu transfigurar as velhas caldas,localizadas no senhorio de Óbidos, numavila termal, com vida própria, dotada deuma instituição pioneira virada para aassistência aos doentes, dentro do princí-pio do amor ao próximo e da ajuda aosmais necessitados.

No século XVIII emergiu a figura deD. João V, o grande mecenas que revolu-cionou e modernizou as Caldas.

No século XIX, assistiu-se a um notá-vel conjunto de obras da iniciativa doarquitecto Rodrigo Maria Berquó que,com visão e rasgo, pretendeu colocar asCaldas da Rainha (local de lazer e vera-neio) na rota das grandes estâncias bal-neares internacionais.

Hospital de Nossa Senhora do Pópulo (Caldas da Rainha)

– religiosidade, assistencialismo e termalismo

Mário Justino SilvaAPONTAMENTOSProfessor de História

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 17

No Passado dia 16 de Abril esteve entre nós o grande artista RãoKyao. Tocou, cantou e encantou o público que esteve presente noSalão de festas “Choupo” nos Montinhos dos Pegos com o Espec-táculo “Intimismos”.

Após a apresentação dos músicos Rão Kyao, Renato Júnior e RucaRebordão, feita por Florbela Machado. O Casal Manuel Estêvão eCidália Caetano informou que a receita do espectáculo reverterá afavor do restauro da igreja Nossa Senhora da Graça e ampliação daCasa paroquial.

No final o Padre João Luís agradeceu a presença dos músicos, detodos os presentes, referiu também o apoio do Município, GrupoCecílio, Parabolsom, aos patrocinadores e a todos aqueles que cola-boraram para que este evento fosse uma realidade.

O espectáculo decorreu em perfeita sintonia, o músico transmitiumuita paz e tranquilidade, o público participou activamente trautean-do algumas melodias.

Todos saímos com um sorriso estampado no rosto, pelos mo-mentos ali vividos.

Para o próximo evento esperamos por si.

Foi um grande privilégio termos durante algumashoras, as Relíquias da Beata Maria do Divino Coração,na igreja Nossa Senhora da Graça, durante esta visitahouve avarias Cerimónias Religiosas: terço dedicado aoSagrado Coração de Jesus, Exposição do Santíssimo,reflexão sobre a vida da Beata e a Eucaristia.

A Beata Maria do Divino Coração ajudou-nos a pene-trar na Intimidade do Coração de Jesus, pois vivemosmomentos de recolhimento, oração e súplica de grandeespiritualidade. Este tempo foi enriquecedor para a nossafé no seguimento de Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

FFeessttaa ddaa VViiddaa

Relíquias da Beata Maria do Divino Coraçãona Azervadinha

com Rão Kyao nos Montinhos dos Pegos

Rão Kyao visita a Igreja da Senhora da Graça na Azervadinha

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201018

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Jornal de Coruche (JC) -Quem são os Virgem Suta?

Virgem Suta (VS) - OsVirgem Suta são uma banda deBeja constituída por Jorge Ben-vinda e Nuno Figueiredo, amboscompositores de um tipo demúsica que funde a raiz popularportuguesa com sonoridades dapop contemporânea.

JC - Qual a origem destenome?

VS - Virgem Suta consiste najunção de dois termos que carac-

terizam a banda e a sua forma defazer música. Virgem está associ-ado ao nosso modo mais naif eintuitivo de compor (completa-mente desprovido de regras) eSuta, termo em Beja está associ-ado a um modo exagerado deestar, à disciplina algo desregra-da e “exagerada” que utilizamosna altura em que estamos a arran-jar as músicas e que, não rarasvezes, nos obriga a várias revi-sões ao que fazemos, até alcan-çarmos o produto final.

JC - Como classificam ovosso estilo musical?

VS - É música portuguesa,feita por portugueses, para todosquantos a queiram ouvir. Trata-sede música moderna com laivosda tradição musical popular.

JC - As vossas letras trans-mitem alegria e boémia, são asvossas musas?

VS - Transmitem isso e muitomais. No fundo falam da vida. Ecomo é sabido, nem tudo sãorosas na vida. Todos temos mo-

mentos de alegria e boémia, mastambém de reflexão, de paixão,de frustração, etc. Tudo isto seencontra nas nossas letras. Masnão negamos que a alegria eboémia são nossas musas... Masserão certamente as musas damaioria das pessoas que apre-ciem a vida.

JC - Qual o vosso percursoaté à popularidade?

VS - Foi um percurso demuito trabalho de composição,experimentação e estúdio. Há

anos que vinhamos preparandoeste trabalho. E a paciência eesforço acabaram por ser essen-ciais para hoje nos orgulharmosmuitíssimo com o nosso disco deestreia. Na verdade nem demorá-mos muito nem pouco, demorá-mos o necessário para amadure-cer as ideias que tínhamos e paraisso não podemos deixar dereferir a importância do produtordo disco, o Hélder Gonçalves,que se revelou uma preciosíssi-ma ajuda no processo de cresci-

Para este mês de Maio,o Jornal de Coruche conseguiuuma entrevista exclusiva, com a banda portuguesa domomento, os Virgem Suta.

A história dos Virgem Suta não é a história normal dasbandas de hoje em dia. Não foram descobertos atravésdo Myspace, não fizeram uso das auto-estradas dainformação para conquistar os milhares de fãs com quepoderíamos abrilhantar esta nota. Valeram-se de duasguitarras, da voz e da quase 'ousadia' de uma mãocheia de canções e, sem exageros líricos, as suas auto-estradas foram outras. Perderam a conta às vezes quefizeram o País de Sul a Norte e de Norte a Sul. Maisuma vez, não o fizeram como as bandas normais, atocar em todas as aldeias e terriolas onde os quisessema actuar. Não! Habituem-se. Em Suta é um estadoexagerado de estar, de viver, de pensar. Eles eram vir-gens no mundo da música e quiseram demorar otempo que fosse necessário para se considerarem pron-tos. Conseguiram-no e brindam-nos com uma belíssi-ma estreia.

– in Virgem Suta Facebook

Entrevista aos Virgem Suta

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mento e maturação a que nospropusemos.

JC - Alentejanos que são(sem ofensa), acham que de-moraram demasiado tempo achegar aos ouvidos dos por-tugueses?

VS - Não, nada disso. Comoreferi atrás, demorámos o que foinecessário demorar. A pressanem sempre é aliada da perfei-ção. Não é isso que se costumadizer?

JC - Qual o feedback quetêm do público em geral?

VS - Temos tido uma cres-cente aceitação por parte dopúblico. Até há bem pouco tem-po sentíamos que as pessoas nãonos conheciam.

Actualmente já muita gentenos vai conhecendo, bem comoàs nossas músicas (que passambastante nas rádios e estão emdiversas séries televisivas) etemos tido agradáveis surpresasúltimamente, com casas cheias(ou quase) nos diversos locaispor onde temos passado.

JC - De que forma a popu-laridade, afectou as vossasvidas, continuam as mesmaspessoas?

VS - Acreditamos que nãomudámos grande coisa. A “popu-laridade” (e ponho aspas napalavra, pois acho que falamosde algo que ainda está muito noinício), é muito agradável espe-cialmente porque se trata do

reconhecimento do nosso traba-lho. Afinal a espera e o esforçode todos estes anos vê-se agorareconhecido e isso é muito sim-pático e agradável. Estamos aviver um momento fantásticodas nossas vidas!

JC - Acham que os portu-gueses, consomem cada vezmais música com o selo nacio-nal?

VS - Sim. Muita gente estáatenta ao que se vai fazendo namúsica portuguesa e interessa-see é crítica em relação ao que vaisurgindo, o que faz com que afasquia da exigência suba e, obri-gatóriamente, que os músicos ecompositores se esforcem cadavez mais por apresentar traba-lhos que surpreendam o público.

JC - Sendo vocês de Beja,concordas quando se diz queas bandas mais próximas dasáreas de Lisboa e Porto têmmais possibilidades de vingardo que as bandas do interior?

VS - É verdade que o afasta-mento dos grandes centros (ondetudo se decide) é um handicappara as bandas, contudo, acreditoque pode ser entendido tambémcomo estímulo, uma vez que ointerior tem coisas que os gran-des centros não têm e, se as ban-das souberem aproveitar essasdiferenças e as potanciarem,podem surgir trabalhos bastanteoriginais que interessem a muitagente.

JC - Têm muitos concertosagendados?

VS - Sim, neste momento anossa agenda está a “engordar”todas as semanas...

Vamos ter um ano bem pre-enchido e esperamos percorrertodo o país, para mostrar o nossotrabalho. Queremos mostra-lo aomáximo de pessoas possível.

JC - Até onde querem che-gar?

VS - O nosso sonho é fazercarreira na música. É aí que que-remos chegar. Não ambiciona-mos ser grandes estrelas, apenasalargar o mais possível o númerode pessoas que apreciam a nossamúsica e trabalhar muito no sen-tido de não os defraudar

JC - Conhecem Coruche? VS - Muito pouco. Apenas de

passagem. Gostavamos deconhecer mais.

JC - Para quando um con-certo em Coruche?

VS - Estamos à espera de umconvite... Seria um prazer enor-me ir tocar a Coruche! Quemsabe em breve não surge umaoportunidade... Vêm aí as fes-tas...

----José António Martins

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Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Joaquim Mesquita

Não pode ser vendido separadamente.

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 49 de Maio de 2010

A praça de toiros do CampoPequeno iniciou a temporadano passado dia 8 de Abril.

Despedia-se nesta corrida ocabo do grupo de Forcados Ama-dores de Lisboa, José Luis Go-mes, depois de quase Quarentaanos envergando a jaqueta quedespiu; é obra! Saiu pelo seu pé,com a máxima dignidade e coma alegria de ver pegar na mesmanoite os seus dois filhos mais ve-lhos, Pedro Maria, a quem pas-sou a chefia do grupo e Gonçaloque se creditou com uma das me-lhore pegas da noite. Pegaramtambém Mira, Lucas e Miranda,este com a pega da noite pelaimpecabilidade técnica com quea executou. Em noite de festa paao grupo de Lisboa, foi engraçadover forcados antigos elementos,muldura humana de gloria para avolta em ombros a que obriga-ram o josé Luis.

Os toiros lidados tinham oferro de Pégoras e dando em ge-

ral bom jogo, nem por isso dei-xaram de evidenciar comporta-mento desigual. Para os lidar,António Ribeiro Telles, João Sal-gueiro e Leonardo Hernandez(filho), sendo que o da Torrinhavoltou a abri o livro e a ditar duaslições de toureio a cavalo, a pon-to de que se econheça que é qua-se impossivel estar melhor; exi-

biu a monte deluxo que lhe épecuciar, mexeu noa toiros demaavilha, cravou sem martinga-las, rematou com verdade, e portudo isto, que nao é pouco, entu-siasmau e emocionou, creditan-do-se do meu ponto de vistacomo o triunfador da noite.

Salgueiro teve que enfrenta o“coiro” da corrida, mas mesmo

assim ceditou-se com o melhorferro da corrida, o seu primeiocurto perante o quinto, que ser-viu, limitou-se a esta bem, o queé pouco para a sua craveira.

Hernandez, no primeiro este-ve péssimo, sujeitando as monta-das a toques violentos em cadareunião, e no segundo iludiu-secom os aplausos de um público

pouco esclarecido que papou afalta de verdade com que esteve,apesar de alegremente se con-vencer que se estava a sair bem.

No julgamento geral a corridaagradou, e justificou plenamentea “lotação esgotada” que a pres-enciou. Queiramos que as corri-das que ai vêm, tenham tambémsucesso artístico e de bilheteira.

Que bem esteve António Telles!Notícias da Temporada 2010

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS Dr. Domingos da Costa Xavier

Médico veterinário e escriba taurino

Fotos Joaquim Mesquita

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IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010

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Coruche, prepara-se para no próximo dia 29 de Maio, assistir na suapraça de toiros a um cartel de luxo.

Anunciados os cavaleiros António Ribeiro Telles, Pablo Hermozo deMendonça e João Ribeiro Telles (filho). Forcados amadores de Montemore amadores de Coruche. Toiros de Passanha.

Anunciada como 1.ª grande corrida das Confrarias, estamos em pre-sença de um evento de elevado nível, que a vila e o país merecem, e, quebem esperamos que corresponda a uma casa cheia.

Dia 29 de Maio, vá aos toiros em Coruche!!!

Um Cartel de Luxo!

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Dr. Domingos da Costa Xavier

Médico veterinário e escriba taurino

Pablo Hermozo de MendonçaPablo Hermozo de Mendonça

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010III Tauromaquiasuplemento

Joaquim Mesquita

Texto e fotosPrudencios à “Antiga”Levaram Emoção ao CartaxoJoão Salgueiro foi o mais

bafejado pelo sorteio a quem to-cou o lote menos complicadoalcançando bons momentosprincipalmente no quarto da tar-de onde com o Van-Gogh dei-xou dois ferros extraordinários.Duas lides homogéneas comtransmissão superiorizando-seaos oponentes.

Vítor Ribeiro também ele seempenhou em duas lides superi-ores preparando bem os terrenospara deixar ferragem por vezes apisar terrenos de compromissodominando a sorte e a cravarcom poder. Rematou a segundalide com dois ferros emotivos.

Ana Batista realizou umaprimeira lide impressionante dedecisão e pundonor perante ummanso perigoso que esperavademasiado e arrancava-se commangada demasiado brusca,Ana reforçou aqui um estatutode lidadora por excelência, dei-xando os tendidos rendidos ásua valentia e decisão.

A encerrar a corrida tocou--lhe outro murlaco sem classereservado ou com mangada aadiantar-se buscando constante-mente a colhida da montada,não fosse a sua condição físicaser algo debilitada e seria umcaso muito para alem do que seviu. Ana voltou a evidenciar osatributos da lide anterior paracumprir lide.

Na forcadagem nota superiorpara José Tomás “Faísca” dosAmadores de Coruche a encer-rar a corrida com a única pega áprimeira, poderoso de braços

não permitiu ao oponente derro-ta-lo. Fechou-se para ficar, so-freu derrotes impressionantes,passíveis de atirar qualquer umpara fora da cara do toiro mas asua decisão, valentia e vontadeférrea de ficar foi importante.

O cabo, Amorim RibeiroLopes jogou aqui o tudo por tu-do e conseguiu, decidindo-se elepróprio por dar primeira ajuda.Pedro Galamba concretizou áquinta e Ricardo Dias á terceira.Nota bastante positiva para amoral do grupo e a decisão dosforcados em praça a não virar acara á luta nem indecisão em irao toiro, sempre prontos, sementrarem em desespero nemconflitos como se presencia emmuitas situações idênticas.

Pelos Amadores de Santa-rém António Imaginário á se-gunda, Manuel Roque Lopes áquarta e António Grave de Jesusá terceira. Perante meia casa di-rigiu Alberto Bartissol assesso-rado pelo Dr. João Maria Nobre.

O movimento de vendedoresnas bancadas e de algum públi-co durante as lides foi umaconstante, em detrimento doespectáculo. Para quando o res-peito e o civismo nas nossaspraças? Será que só com medi-das drásticas se irá reverter estassistemáticas situações nas nos-sas praças de toiros? É a questãopara se reflectir… está provadoque serão os empresários a to-mar medidas, basta pôr os olhosno Campo Pequeno e logo sedeve seguir o exemplo.

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José Tomás (Faísca)

Ricardo Dias

Pedro Galamba

Toiros de Hrds CunhalPatrício em Montemor

O curro enviado pela ganadariade Hrds de Cunhal Patrício nodia 1 de Maio paraMontemor saiu superior deapresentação e cumpri-dores no geral, propor-cionaram boas actuaçõesa Luís Rouxinol e AntónioMaria Brito Paes, já TiagoCarreiras não andou emtarde acertada.

Os grupos de ForcadosAmadores de Montemor eÉvora sentiram algumasdificuldades perante os asta-dos da ganadaria dacoruchense. O públicopreencheu menos de meia lotaçãodo castiço tauródromo Montemorense.

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IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010

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Triunfo Indiscutível de António Tellesem Salvaterra

Notícias da Temporada 2010SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS Joaquim Mesquita

Texto e fotos

António Ribeiro Tellesatingiu o ponto alto da corridado Tomate em Salvaterra deMagos na lide do seu segundotoiro, um sobrero da gana-daria espanhola de José LuísPereda, o único que teve qua-lidades de lide, saiu com patafoi codicioso de princípio aofim.

António evidenciou-se comganas de triunfo na serie de cur-tos entrando de frente a cravarde alto a baixo empolgou o pú-blico que não se cansou de oovacionar. António esteve agosto com uma actuação quedeixou prenúncio de uma tem-porada em grande.

A abrir praça superiorizou-seao mansote que teve por diante.Ana Batista teve que se havercom dois mansotes, resolvendoa papeleta com muita vontade eprofissionalismo.

Tomás Pinto também sentiua dureza dos mansotes espa-nhóis desenvolvendo duas lideshomogéneas deixando bom am-biente.

Os Amadores de Salvaterraestiveram em grande plano já osAmadores da Azambuja de-monstraram muita falta de coe-são suplantando uma das pegascom uma cernelha já de currosabertos.

O curro da ganadaria espa-nhola de La Plata saiu mansoem nada abonando a expectati-va que se gerou em redor dacorrida, um tema a reflectir emnome apenas dum factor eco-nómico que tem mais futuro aretirar público das praças quepropriamente elevar o bom no-me da festa de toiros em Por-tugal.

Dirigiu com alguma contes-tação António Barrocal.

---

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Fotos de Emílio de Jesus

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010V Tauromaquiasuplemento

Em tempos conturbados emque uma minoria assanha pre-tende escamotear a força telúri-ca da festa de toiros, é muitoimportante que um professorcatedrático da prestigiada Sor-bone em Paris, precisamente naárea da Filosofia, se tenha de-bruçado sobre a coisa taúrica, edisso dê constância em seuslivros.

Já havia publicado em 2008,

“Filosofia de Las Corridas deToros”, obra a todos os títulosfundamental, e agora deu á es-tampa “50 razones para defen-der la corrida de toros”, conse-quência da sua presença nosdebates parlamentares na Cata-lunha, face ao despautério deuns quantos abolicionistas, quepor via da sua ânsia de desmar-cação com a restante mentali-dade espanhola, querem acabar

com os toiros formais na regiãoautónoma. Que se não iludam,que o que estão a atacar não sãoos toiros, é toda a liberdade.

Francis Wolff, é da sua obrae pensamento que estou falando,fez-nos um favor ao equacionara questão da forma como o fez eassim transformou-se em credorde toda a afición. Aborda oambiente, a cultura e a história,os valores humanistas, os valo-

res estéticos, entre outros temase acaba coerentemente a per-guntar, quem é que são os Bár-baros? Vale a pena que o leiam,dado que não tem desperdício,do mesmo modo que vosaconselho a leitura da entrevistaque Moisés Espírito Santo con-cedeu á revista Equitação, emque afirma que “A Tauromaquiaé o último reduto da honra tradi-cional” (sic).

Em boa hora os anti taurinosexpandem os seus inclassificá-veis argumentos; por levianos edesonestos levam os verdadei-ros pensadores a exprimir a suaverdade com rigor cientificocomo inere o que é produzidosob tutela académica. Não é desomenos que se analise todo ofenómeno nesta honesta pers-pectiva.

DCX

Em dívida com ele…

Estou muito à vontade parame pronunciar sobre tal figura,dado que quem me conhececomo aficionado, sabe bem, quesem lhe contestar um grama deimportância, José Tomás não é omeu toureiro de eleição.

Sendo certo, que por razõesbem diferentes, quer ele queMorante, se passeiam por outro“escalafón”, o deles, respectiva-mente, é também certo que o

papel de Tomás, sobretudo faceao que está ocorrendo na Ca-talunha, não é despiciendo. Porassim ser, e dada a mobilização“Taquillera” que detém, é muitoimportante que esteja, até paraconforto dos que ano após anosão obrigados a puxar o carro dotoureio.

A cornada acontecida emáguas calientes, México, a 24 deAbril vem de todo a destempo e

vem também alterar o funciona-mento da presente temporada; éfacto que se deveu mais ao tou-reiro que ao touro, que ao quemostram as imagens se preo-cupou mais com o compor afigura que com o toiro. Segundoas notícias colocou-se em riscode vida e sabido que no corpohumano circulam cerca de cincolitros de sangue, o que se diz dovolume das transfusões dá bem

a ideia do que foi preciso fazerpara o salvar.

Parece estar estabilizado,mas declarava Ramón Villa,após contacto telefónico com oscolegas mexicanos que estãointervindo, que qualquer pro-gnóstico quanto à recuperação éde momento uma incerteza.

Que recupere pronto, é o quelhe desejamos, dado que goste-se ou não do seu estilo, sabe ser

diferente, e toureiros do seu cor-te são fundamentais para a festa.Que os deuses o ajudem agora jáque consentiram se prejudicas-se. Não é verdade que se diz queos toiros dão as cornadas e queos deuses é que as repartem?

----DCX

Que Cornadão!

Sónia Matias na TTM

Foi no passado dia 14 de Abril, com casa cheia emais de cem convivas, que a Tertúlia Tauromáquica“A Mexicana” de Joaquim Tapada, homenageou, naafamada pastelaria/restaurante de Lisboa, a cavaleiraSónia Matias, pelos seus dez anos de Alternativacomo cavaleira profissional.

De salientar que Sónia Matias foi a primeira mu-lher portuguesa a tirar a alternativa, tendo o fotógrafo

e crítico taurino Joaquim Mesquita, também coorde-nador do suplemento de tauromaquia do Jornal deCoruche, feito a apresentação biográfica da cava-leira, onde se destaca a grande força de vontade parase tornar cavaleira, sonho de menina que realizou emadulta. Raul Caldeira, intercalou as apresentaçõescom a sua peculiar poesia, com forte aficion e amorao Ribatejo.

O anfitrião Joaquim Tapada e alguns tertulianosofereceram algumas lembranças à homenageada erestantes intervenientes, tendo o jantar de homena-gem contado com verdadeiros aficionados e tambémfigurar de renome do toureio, como João a AntónioRibeiro Teles e Rui Salvador, entre outros.

----Abel Matos Santos

Comemora 10 anos de Alternativa

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Gonçalo Momtoya

Foto Pedro Batalha

João João TTelles Jrelles Jr..

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010

Festival de êxito em tarde quenteno Sobral pelo 25 de Abril.

António Ribeiro Telles roçou o tri-unfo não fosse o azar de o seu oponentese lesionar e a lide terminar prematura-mente, a mesma emergia em apoteosecom o publico entregue á actuação doMaestro da Torrinha.

Luís Rouxinol também rubricou umaboa actuação e Ana Batista esteve supe-rior e com classe. Os novilhos-toiros deAntónio Lampreia saíram com trapio eencastados.

Nas pegas os Amadores de VilaFranca estiveram em plano regular comuma pega á segunda e uma á primeira.

Na arte de “Montes”, Maestro VítorMendes, mais uma vez, sempre ele, commaestria e muito profissionalismo lidouum novilho complicado de Fale Filipe,tal como os demais lidados a pé, este foio menos potável. Uma faena arrancadacom valor estrondoso sacando muletazoa muletazo submetendo o inimigo, man-dando com a classe dos eleitos, Mendesdeixou no Sobral mais uma vez, constân-cia do seu indiscutível valor.

José Luís Gonçalves andou em bomplano, superior com o capote, arrimou-se

numas verónicas de estética rara. Com amuleta iniciou bem, desenhando tandaspor ambos os pitons com remates finos.O oponente veio um pouco a menosdecaindo um pouco o bom nível daactuação do matador, deixando bom am-biente cativando o público.

Gonçalo Montoia encerrou o festivalcom uma faena de laivos de arte alter-nando um pouco com falta de algumpoder e escolha dos melhores terrenos,conseguiu muletazos de mérito desenha-dos com arte, algumas tandas rematadasa rigor. Dirigiu sem problemas CésarMarinho perante uma excelente moldurahumana a roçar a lotação total do tauro-dromo sobralense.

De parabéns a Tertúlia TauromáquicaSobralense por mais um importante êxitode publico e artístico cujos lucros rever-tia a favor da renovação dos curros dapraça de toiros. Ao iniciar-se as cortesiasguardou-se um sentido minuto de silên-cio em memória do antigo bandarilheiroAlberto Reimão e do forcado RicardoMota dos amadores de Alcochete vítimade acidente de viação.

----Texto e fotos Joaquim Mesquita

Os toiros com ferro e divisa de ValeSorraia foram uma aposta ganha em ter-mos de apresentação e da emoção quelevaram às bancadas, incómodos e comevidentes sinais de mansidão algunsdeles, de muita qualidade o segundo datarde e com muita presença o sexto daordem e obrigaram toureiros e forcados asacar de todos os recursos para lhes ten-tar dar a volta em tarde de muito vento ealgum frio na cidade ribeirinha.

Paulo Jorge Santos esteve em bomplano na brega e na forma como pro-curou deixar o toiro em sorte, o que estenem sempre permitiu, mas com o cava-leiro vilafranquense a cotar-se com umaactuação interessante e com conteúdo,confirmado depois na lide do seu segun-do. Mexeu bem no toiro e colocou algunsbons ferros, aplaudido pelo público.

João Telles Jr despachou de formairregular os compridos e depois, com oscurtos, foi em crescendo aproveitando asboas e codiciosas investidas do toiro,cravando bons ferros em sortes frontais,a procurar a reunião ajustada e a rematar.No que foi quinto voltou a estar em bom

plano, com bons curtos, rematando a suaactuação com dois de violino e um depalmo entre os aplausos do público quepreencheu pouco mais de metade dalotação da centenária praça.

Salgueiro da Costa andou algo pre-cipitado com os compridos, procurandodespachar a ferragem para, e já com oscurtos, deixar alguns de boa nota e terfrente ao que encerrou praça os seus me-lhores momentos com os curtos numasérie de seis em que dois deles tiverammuito mérito.

Tarde dura para os moços de forcadode ambos os Grupos. Vila Franca de Xiracom três pegas ao primeiro intento e osAmadores de Alcochete á primeira, ter-ceira e segunda tentativa.

Direcção acertada de Manuel Jacintocom justa concessão de música, assesso-rado pelo veterinário Jorge Moreira daSilva.

Após o intervalo prestaram provaspara alternativa de bandarilheiro JoelPiedade e David Ferreira apadrinhadospor João Boeiro.

António Lúcio

Agradável Festival emSobral de Monte Agraço

“Sorraias” Levam Emoçãoem tarde ventosa em VFX

José Luís Gonçalves Vítor Mendes

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201026

O Presidente George W.Bush anunciou durante o seumandato uma nova visão para aexploração do espaço. Desteplano resultou um programaambicioso que levaria, uma vezmais, o homem à Lua. No entan-to o programa ‘Constellation’, talcomo era denominado, pretendiair mais além. O objectivo eraMarte e até outros objectos maisdistantes.

Com a eleição de BarackObama, a administração ameri-cana considerou que o programaConstellation não só estava atra-sado como os custos tinham der-rapado perigosamente, correndo-se o risco de perturbar seriamen-te o futuro imediato do programaespacial daquela nação.

Com a retirada da frota deSpace Shuttles que garante actual-mente a capacidade americana decolocar astronautas em órbita daTerra, era urgente encontrar umaalternativa que, aparentemente,não seria conseguida em tempoútil. Barack Obama tinha járecentemente aprovado a exten-são da vida da Estação EspacialInternacional (ISS) até 2020.Esta extensão é fulcral uma vezque dificilmente seria compreen-sível que pouco tempo após a suaconclusão esta fosse abandona-da, nomeadamente face aos cus-tos associados ao que é provavel-mente o maior feito civil deengenharia da história. No entan-to o prolongamento das opera-ções na ISS exige um aumentodo orçamento dedicado à estaçãoe a resolução da questão centraldo transporte das tripulações.

A administração americananomeou um painel de especialis-tas liderado por Norman Augus-tine para avaliar a estratégiaseguida pela NASA e identificarpossíveis cenários alternativos.

A Comissão pretendia avaliarum conjunto de questões queiam do futuro do Space Shuttle eda ISS aos voos tripulados emórbita baixa, desenvolvimento desistemas de transporte pesado eestratégias de exploração para láda órbita do nosso planeta. Asconclusões do painel levaram àsdecisões entretanto tomadas porObama e anunciadas em Abril.

O “percurso flexível” pre-conizado pelo Comissão Augus-tine e iniciado agora pelo presi-dente Obama inclui uma série demetas que alteram o rumo e aforma de operar da NASA.

O incremento do orçamentoda NASAem 6 biliões de dolaresao longo dos próximos cincoanos irão financiar os planos que,no entanto, estão longe de serpacíficos. De acordo com o novoplano, serão os privados a asse-gurar o transporte de astronautasaté órbita baixa. De acordo comeste sistema, a NASA irá colabo-rar com empresas do ramo aero-náutico para desenvolver sis-temas eficientes e a custos opera-cionais mais baixos. Os biliões já

empregues no programa Cons-tellation, agora cancelado, nãoserão totalmente desperdiçados.Alguns dos sistemas já desen-volvidos ou em fases avançadasdo proceso de concepção e testeserão utilizados nas parceriascom os privados. A cápsulaOrion, um dos elementos cen-trais do programa defunto, seráconvertida num sistema de evac-uação da ISS, garantindo a inde-pêndencia americana neste sec-tor fulcral. Caso este sistema nãofosse adoptado, os Estados Uni-dos estariam dependentes de ter-ceiros para o transporte de emer-gência das tripulações.

O transporte regular, de resto,e como as soluções apresentadasvão ainda demorar a ser imple-mentadas, estará dependente deacordos com outras nações (no-meadamente a Rússia com o seusistema Soyuz).

Outro dos objectivos consisteno desenvolvimento de um sis-tema de transporte pesado, comum design escolhido até 2015.

As missões fora da órbita ter-restre serão também uma das

preocupações centrais. Missõesrobóticas de exploração de Martee outros destinos irão preparar ocaminho para missões tripuladas,garantindo um maior conheci-mento das oportunidades mastambém dos riscos e desafios.

Essas missões tripuladas irãoprocurar conseguir atingir umasucessão de inovações que in-cluem chegar a um asteróide em2025 e até Marte a meio da déca-da de 2030. A busca de sistemasde propulsão mais rápidos e efi-cientes que garantam viajens atéo planeta vermelho com a du-ração de meses e não de um anoou mais, a protecção dos astro-nautas da radiação cósmica e aredução dos custos operacionaisparecem estar também no centrodas atenções de Obama.

No entanto estes planos estãolonge de ser consensuais. Oobjectivo genérico que pareceestar a ser definido preconizauma NASA dedicada aos vooslongínquos e explorações maisdifíceis transferindo para os pri-vados as missões tidas como ro-tineiras. Podem ser encontradosalguns paralelos com a indústriade defesa e na forma como odesenvolvimento de novos caçaspor exemplo é realizado por pri-vados embora com a participa-ção da força aérea.

Símbolos do programa espa-cial e verdadeiros heróis ameri-canos, dos quais se destaca NeilArmstrong, têm vindo a apresen-tar as suas fortes reservas a esteplano. Numa carta aberta assina-da por três comandantes do pro-grama Apollo (Armstrong, Lovelle Cernan), o cancelamento doConstellation e os planos actuaisresultarão numa “longa descida àmediocridade” e comprometema capacidade dos Estados Unidosconseguirem assegurar o domí-

nio espacial. Uma vez que a Eu-ropa não tem os meios ou a von-tade para suceder aos america-nos, é certa a ascensão russa echinesa neste domínio. A par dosriscos associados a esta “novavisão” no que respeita o futurodos voos tripulados, é importantesaber em que pé ficarão os pro-gramas de observação da Terra.Sendo a NASA o maior fornece-dor de dados de satélite a nívelmundial (e aquele que os fornecea preços mais justos), os orça-mentos futuros terão de ter emconta estas missões vitais. Aler-tas para a possível interrupção deprodução de dados relativos aosoceanos foram já lançados recen-temente. Existe, porém, um com-promisso de assegurar a conti-nuidade do esforço de manuten-ção de missões de observação daTerra, como ilustrado pelo finan-ciamento adicional do programaLDCM que garante a continui-dade dos dados Landsat (um dosmais importantes devido à suacobertura temporal de mais de 35anos).

A alteração profunda dosobjectivos da NASAe da estraté-gia espacial americana é assimum assunto de toda a relevânciaa seguir nos próximos anos.Importantes desenvolvimentos ereacções são de esperar nos pró-ximos meses com a divulgaçãodos passos para a a concretizaçãodos objectivos traçados.

A exploração espacial ocupaum lugar central no desenvolvi-mento científico e tecnológicomas é também sintomático dasambições e capacidades de umpaís. Não se trata apenas de umobjectivo vagamente românticomas um designio essencial paragarantir o futuro e a posição dasnações no cenário internacional.

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Chegaremos a Martee espero estar cá para ver!

CIÊNCIAS DA VIDA

Dr. Vasco Manuel Mantas

Biólogo

Space Shuttle em órbita com a Costa Portuguesa em pano de fundo (1984).Imagem NASA.

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 27

Colocação de oleões no concelho de Coruche

A Rede

E ali, encurralado pela liber-dade de uma rede mosquiteira,ao ritmo dos trovões intermiten-temente divinos, fecho os olhosao visível e, finalmente, me sin-to. Me sinto, sentindo-me aqui,ao lado de um lagarto, suandosem querer, rindo sem piada enão comendo com fome.

África. Camarões. O bommacaco ao galho torna por amorao mesmo e pavor à terra. Aqui eali, instantes revistos e previstoscom personagens reais, deste edo outro mundo, polícias corrup-tos pela escassez de ordenado,ladrões quase astutos, mulheressemi-nuas e cerveja a rodos.

De uma Europa caduca ànoite africana do Limbé, essecanto litoral da anca atlântica eafricana. Nomeado por portugue-ses no século XV, os Camarõessão hoje um dos baluartes deuma África, contraditoriamente,em mudança. E o céu, esse dese-jo moral, é o mesmo, as estrelassão as mesmas, apenas o galho éoutro, adeus Indico, olá Atlân-tico, mudam-se os tempos, mu-dam-se as rotas sem que a direc-ção se converta em conformismosolene.

Curiosos gordos e esfomea-dos, as mesmas variáveis de umaequação colonizada, uma vilailuminada pelos faróis das motase dos carros, pelas almas dosfazedores de amendoim e os piri-lampos amestrados de uma selvamontanhosa convertida em aglo-merado de casas abarracadas. Ocheiro, esse, veste-se de fruta ede fumo, de noite e da dor dos

antepassados ultrapassada emessência pela ocidentalização dacor. Caminho seguro (seguro deque sei correr) vou falando numfrancês de Bidonville e numinglês cada vez menos britânico,o entendimento não é prioridadee o sorriso, enquanto máscarapossível, sempre foi o melhoramigo da ignorância.

Pássaros, insectos, peixe, ca-ranguejo, gato bravo, gorila,caracol gigante e malaguetas,quem não gosta não come mascom duas cervejas deitadas numestômago vazio “nada se perde etudo se transforma”. Come pe-quena come, que não há maismetafísica que chocolates, diziaPessoa, come macaco come, afome não é metafísica, digo eu. Ese passam os dias num lugarestranho ao filtro da gravata, dodiploma e da boa vontade, umespaço em que a teimosia de uns,a sobrevivência de outros e a ani-

malidade de alguns garante ao ara possibilidade de ser respirado.

Tribos e obrigações, se umhomem casa recebe uma lista depresentes a oferecer à família danoiva, se não os tem, não casa.Irmãos e irmãs, “mamas” e “pa-pás” tratam-se como se a umagrande família pertencessem, o“whiteman” e apenas um convi-dado sem honra de um festimquase natural. A beleza do saborpropaga-se à beleza das formas eo raciocínio lógico desagua nofogo da expressão vertical de umdesejo horizontal.

Caminha-se no escuro, saben-do-se de chineses milhares, a“asiaficacao”de África, ou a “eco-nomia de mercado” dizem osdoutorados. Indianos que pene-tram, capitais, capital, capitaliza-ção, “decapitalização” ou cabe-ças que rolam por querer, ao jeitode bode expiatório do terceiromundo. Economicamente asiáti-

cos, culturalmente ocidentais, eissenão o destino dos africanos.Ávidos de jeans e burgers, tele-fones e computadores, dinheiro enegócio, política e poder. O fimde um ciclo aproxima-se, dacolonização a assimilação, todosiguais, todos um mesmo. Ohomem pós-moderno, sem tem-po nem espaço, sem cor nem dor.Um protótipo, saudável, bonito,bem vestido, bem empregado,com a roupa interior manchadapelo medo do fim.

Regresso à rede. Protectora,amiga, esteticamente religiosa.Boa noite ao outro lado de um esta-do de coisas. O limbo de Limbé, ogalho de um macaco urbano.

Ps: A todas as pessoas quecontribuíram com roupas, cane-tas e material informático, o bomdestino da vossa oferta está asse-gurado. Obrigado por quem depropósito.

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CRÓNICAS DE VIAGENS Camarões, Maio de 2009.

Lic. em Filosofia

Luis António Martins

Ecos de um macaco Urbano

Camarões

No passado dia 25 de Março iniciou-se a colocação de oleões no concelho de Coruche. Os oleões já estão disponíveis nas freguesias deSantana do Mato, Biscainho, Fajarda e Lamarosa. Em breve irão estar disponíveis nas restantes freguesias.

Do resultado das obras na entrada nascente da vila de Coruche foi instalada uma ilha ecológica subterrânea que se encontra já em funciona-mento e disponível à população de Coruche, melhorando de uma forma substancial a recolha de resíduos e reduzindo os impactes ambientais eestéticos.

Esta “ilha ecológica” é constituída por um conjunto de quatro contentores subterrâneos de grande capacidade (3 m3) para deposição de resí-duos indiferenciados e recolha selectiva de resíduos (embalagens de plástico, papel, vidro e metais).

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201028

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SUGESTÕESDE LEITURA

Saber comer, correr, viverAfinal de contas o que devemos mesmo comer para estarmos emforma? Através dos conselhos de Jean-Paul Blanc, perceba como é fácilconseguir resposta a esta pergunta. Muito bem explicado e ilustrado, olivro da Arte Plural Edições é um compêndio imprescindível para todosos desportistas e para todas as pessoas que resolveram mudar o seu esti-lo de vida, rompendo com rotinas devastadores, próprias de ritmos devida acelerados.

O RenegadoFrente a D. Sebastião, na Batalha de Alcácer Quibir, houve um homemque teve na mão o destino de três reinos, Ficando Filipe II a dever-lhea anexação de Portugal. Através da editora Fronteira do Caos, A. Cano & V. Millán contam-nosa história de “O Renegado”. Oriundo de uma ilustre família de clérigosde Córdova, Fernando del Pozo vai combater o Islão no Norte deÁfrica, ao serviço da coroa espanhola. Capturado em combate, renegaa sua fé e converte-se em Solimão Qurtubí.

O discurso opcional obrigatório“O discurso opcional obrigatório” é um livro de poemas, da autoria deMariano Peyrou. Nele encontra-se um “subjectivismo radical queassenta numa concepção de vida flexível e maleável”, refere José ÁngelCilleruelo, autor do prefácio da obra.Através da editora Averno, em Portugal, conseguimos regalar-nos coma poesia deste autor argentino, que vive em Madrid, escrevem emcastelhano. Um músico que se formou em antropologia social. Estafusão, trazem até nós uma poesia irrepreensível.

Compreenda-se a Si PróprioNuma altura em que a economia mundial atravessa maus caminhos, osproblemas sociais e o desemprego aumentam, eis que continuam sereditados muitos livros de auto-ajuda. “Compreenda-se a Si Próprio” éalgo que nos chama alerta para o facto do problema poder estar em nóse nem sempre nos outros. É, essencialmente, uma abordagem espiritualpara a autodescoberta e o conhecimento da alma. O livro é da Publi-cações Europa-América.

Por:Mário Gonçalves

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Porque Deusfaz sentido

Sua Santidade Bento XVI trouxe de novo a esperança aos Ho-mens, numa altura em que o País mergulha num mar de incertezase de reticências, bem como as nações vizinhas.

Portugal acorreu em peso ao Terreiro do Paço para ouvir aspalavras do emissário de Deus na Terra.

Porque Deus faz sentido, e mais ainda o faz porque precisamosdo Governo de Deus, já que quem nos governa se mostra incapazde o fazer e já perdeu a luz e a verdade do caminho.

Os portugueses mostraram hoje sob o sol radioso que se fez sen-tir que a palavra de Deus está viva, e mais do que nunca deve guiar--nos por esta difícil travessia que se avizinha.

Os fiéis deram a prova de que Cristo vive e não se cala nos nos-sos corações, ainda que muitos a tentem calar e submergir.

----11 de Maio de 2010

Carlota Barros Alarcão

Alberto Paiva Nunes Ribeiro

Manuel João Balhé

Agrupamento 119 - Coruche

Faleceu no dia 20 de Abril de 2010, o Chefe AlbertoPaiva Nunes Ribeiro, que tinha 70 anos de idade.

Foi um dos fundadores do Agrupamento 119 doCorpo Nacional de Escutas em Coruche.

Era membro da Fraternidade Nuno Álvares.No seu funeral, em Coruche, estiveram presentes

muitos dirigentes do CNE e da Fraternidade NunoÁlvares.

O exemplo de dedicação e rigor que nos deixa oChefe Alberto Paiva, é um contributo para melhorar omundo, conforme disse o Padre Elias Serrano Martins,nas exéquias.

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 29

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Manuel Agostinho Correia

A alimentação é um dos facto-res que mais afecta a saúde, sendoreconhecido como o pilar de maiorresponsabilidade no crescimento edesenvolvimento das crianças.

A partir dos 2 anos, quando ascrianças começam a alinhar a suaalimentação com a de toda a famí-lia, revela-se uma fase muitas vezesdramática, para muitos pais. As cri-anças começam a poder comerpraticamente tudo, dando início amuitas incorrecções e desequilí-brios de um ponto de vista nutri-cional.

A obesidade infantil é um dosmaiores problemas de saúde donosso século, movimentando inú-meros profissionais das comuni-dades pediátrica e nutricionista emtodo o mundo. Tentar travar esteflagelo é, sem dúvida, uma causasocial, que nos deverá tocar a todos,profissionais de saúde e pais.

O rítmo de vida em que vive-mos, não permite, na esmagadoramaior das vezes, que cuidemos daalimentação de toda a família, e dosnossos filhos em particular, comodevemos. Sou, frequentemente,questionada por mães preocupadas, conscientes da necessidade de uma orientação a este nível. Por essefacto, e, porque para além de ser nutricionista, sou mãe, foi com muita alegria e entusiasmo que deci-di abraçar este projecto.

Através das crianças, os pais mudam hábitos! Por exemplo, em Portugal, muito recentemente, foiatravés das crianças, que os pais aprenderam a reciclar. Foi este insight que me levou a entender aimportância de, através das crianças e pelas crianças ajudar as famílias a mudarem e corrigirem os seushábitos alimentares.

Deste modo, decidi orientar o meu livro para pais, baseado em dicas e truques para tornar a ali-mentação num momento de prazer para toda a família, de um modo prático e muito fácil, não des-cuidando a referência aos nutrientes que são o bilhete identidade dos alimentos. O livro contém 100receitas divertidas incluindo em todas as receitas vegetais e/ou fruta.

Incutir hábitos alimentares saudáveis é, sem dúvida, um dos melhores seguros de vida que podemosfazer pelos nossos filhos, aproveitando para mudarmos os nossos próprios hábitos alimentares e comisso garantirmos uma vida melhor, mais saudável e que queremos, seguramente, desfrutar e aproveitarao máximo!

“Todos para mesa!”Alimentação saudável para pais e filhos.

Lançamento do Livro

Foi a partir desta ideia – que pôs, por exemplo,as famílias portuguesas a reciclar –, que HelenaCid, prestigiada nutricionista portuguesa,escreveu este livro que vai revolucionar os nossosmenus, a nossa saúde e a maneira como olhamospara os alimentos e para as refeições.

Com 100 receitas – incluindo sopas, peixes,carnes, snacks e sobremesas – que podem seringeridas a partir dos dois anos de idade, HelenaCid sugere pratos coloridos, deliciosos e sau-dáveis (e rápidos!) para toda a família. Todas asreceitas incluem vegetais e ou fruta. As receitassão fotografadas pela fotógrafa Diana Ferreira,

especializada em fotografia de culinária.Ao longo das 200 páginas do seu livro, apre-

senta-nos também abundante informação ecuriosidades acerca dos nutrientes, bem comodicas e sugestões para uma vida e uma alimen-tação mais saudável.

“Deixe-se contagiar por este livro e vai verque ficará cheio de vontade de deixar aos seus fi-lhos o mais precioso dos patrimónios: ASAÚDE!”

-----Elsa Feliciano, Nutricionista

A melhor maneira de mudarmoshábitos enraizados é através

das crianças.

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Nasci no Monte do Pinheiro - Couço,concelho de Coruche, em 12/08/1932, fiz a 4ªClasse em Coruche, num período muito difí-cil, 2ª Guerra Mundial. Em 17/07/1943, eu eoutros colegas deslocámo-nos à EscolaPrimária de Coruche para o exame, alguns denós éramos pobres pelo que famílias, abas-tadas, de Coruche, recebiam-nos nas suascasas. Eu, fiquei alojado em casa de uma sen-hora, D. Salomé, cuja moradia ficava na RuaDireita em Coruche. Nesse ano foi o ano emque mais exames da 4.ª classe se fizeram emCoruche, no meu grupo éramos 18 alunos.

Após o exame da 4.ª classe, fui guardarvacas, actividade que tive durante três anos,depois passei a trabalhar para uma CasaAgrícola (família Mexia). Foi na CasaAgrícola, em 1946, que tive contacto com acestaria, via colegas fazerem vários tipos decestos, peças úteis para a actividade agrícola.Passei a ir colher a verga e a executar todosos processos até esta ficar em boas condiçõesde moldagem. Houve um interregno, no per-curso de cesteiro, de alguns anos, fiz a tropa,e desenvolvi outras actividades profissionais(motorista, barbeiro, …), bem como adquirio gosto por outras coisas, nomeadamentecanções, gosto de cantar e de coleccionarletras, possuo canções desde 1940.

Em 1998, após a reforma, retomei a acti-vidade de cestaria, faço variadíssimos cestospara diversas utilizações.

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201030

Artesão:Cícero António Luís

•• Artesanato em Coruche

Por: Paulo Fatela

ARTE & CULTURA

Freguesia do Couço

Artesão

Vassouras de Minho Painço

Fotos: Paulo Fatela

Cícero António Luís, poderá ser contactado emForos de Lagoíços – Couço

Artesanato TradicionalCícero António Luís fala de si:

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aulofatela.blog

s.sapo.p

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 31

Dia 22 participe em mais uma conferênciapromovida pelo seu Jornal de coruche

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Moto Clube SachoRua d'Buinheira • 2100-621 Várzea d'Água

Erra – Coruche

EXTREME 4X4

Realizou-se este sábado, 24 de Abril, mais uma prova deTrial do “Extreme 4x4”. Coruche foi o palco deste evento,sendo a prova disputada mas encostas do “Montinho doBrito”, local com excelentes condições para a prática destamodalidade, encostas naturais, barreiras e valas. Foram aindacriados alguns obstáculos para proporcionar ainda maisemoção a esta prova. O local contava também com excelentescondições para espectadores e pilotos.

O Moto Clube Sacho, organizador desta prova, contoucom 13 equipas inscritas na classe Open e 6 inscritos na classeProto. A prova teve inicio pelas 10 Horas da manha, estandoas duas classes em competição simultaneamente, possibilitan-do assim às centenas de espectadores realizarem uma escolhada classe que pretendiam observar.

A competição estendeu-se ao longo de todo o dia encer-rando com um jantar convívio e entrega de prémios.

As equipas que ocuparam os lugares do pódio na classeProto foram “VSAAutomóveis” e “Ladricolor”, ocupando osterceiro e segundo lugar respectivamente, ficando o primeirolugar para a “Horticulas Team”. A classe Open contou comvárias equipas estreantes na competição, alguns “filhos daterra”, entre os quais a equipa “Açorda” com o Filipe Alambreao volante de um Defender que ocupou o lugar mais alto dopódio, surpreendendo tudo e todos, deixando para segundolugar a equipa “Bacorinho” e terceiro lugar a equipa “Auto-Variante”.

O Moto Clube Sacho congratula todos os participantespelas suas participações, agradece ao município de Coruche ejunta de freguesia da Erra pelo apoio, bem como a todos ospatrocinadores que tornaram possível a realização do evento.

O Moto Clube Sacho compromete-se com o regresso doExtreme 4x4 já para 2011.

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201032

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No passado dia 27 de Março de 2010, pelas 9h30m decorreupela quarta vez, o torneio de Páscoa de Andebol Feminino, nopavilhão Municipal de Coruche. Estiveram presentes quatroequipas: Escola Secundária c/ 3.º CEB de Coruche (anos 80,anos 90 e actuais esperanças) e Aldegalense Andebol Clube doMontijo.

O principal objectivo deste torneio foi o reencontro comantigas alunas da Escola, visto que é sempre importante a trocade experiências de geração para geração. Este reencontro foivivido com muita emotividade e entusiasmo não só por partedas jogadoras mas também pelos treinadores.

O árbitro foi Pedro Mendes, actual árbitro de Andebol noDesporto Escolar.

Decorridos os jogos da parte da manhã, as equipas dirigi-ram- -se para o Rossio da Câmara Municipal de Coruche ondealmoçaram. Por volta das 14h30 retomaram-se os jogos, tendoestes acabado pelas 17h30. A classificação final foi a seguinte:

1.º Coruche anos 80;2.º Aldegalense;3.º Coruche anos 90; 4.º Coruche actuais esperanças. Foram entregues medalhas a todas as participantes.

No historial da Escola contam-se vários Campeonatos Re-gionais e Nacionais. A equipa dos anos 80 representou Portugalno Campeonato Europeu em Malta.

A próxima competição a realizar este ano será o Campeo-nato Regional de Juvenis (actuais esperanças) nos dias 7 e 8 deMaio, com local ainda por definir. Agradecemos o apoio da Câ-mara Municipal de Coruche e da Escola Secundária deCoruche.

-----Texto: Joana Ferreira; Sara Júlio

Fotografia: Alexandre Martins

Torneio de Páscoa de ANDEBOL

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 33

Caros leitores,Nos últimos artigos fiz refe-

rência a algumas patologias deorigem alimentar, contudo exis-tem muitas mais.

Para que vos possa dar umanoção mais geral e simplificadado conjunto, e em jeito de con-clusão, dividi os vários perigosmicrobiológicos segundo a suaseveridade.

• Organismos causadoresde doença moderada, semrisco para a vida, sem sequelas,normalmente de curta dura-ção e limitado

B. cereus (incluindo toxinaemética)

C. perfrigens tipo AVirus tipo NorwalkE. coli (EPEC; ETEC)S. aureusV. cholerae não O1 e não O139V. parahaemoliticus

• Organismos causadoresde doença severa, incapaci-tante mas sem risco para avida, com sequelas raras, deduração moderada

C. jejuniC. coliS.enteriditisS. typhimuriumShigella

Virus Hepatite AL. monocytogenesCryptosporidium parvumY. enterocolitica patogénicaCyclospora cayetanensis

• Perigos severos para apopulação em geral, com riscopara a vida, com sequelas cró-nicas, de longa duração

BrucellaBotulismo infantilEHECS. TyphiS. ParatyphiSh. DysenteriaeV. Cholerae O1 e O139TuberculoseAflatoxinas

• Perigos severos parapopulações restritas (grávidas,

idosos, crianças, imunodepri-midos), com risco para a vida,com sequelas crónicas, comlonga duração

C. jejuni O:19 (GBS)C. perfrigens tipo CL. monocytogenesEPEC (mortalidade infantil)Botulismo infantilHepatite ACryptosporidium parvumV. vulnificusEnt. sakazakii

Assim termino esta rubrica,esperando que de uma maneiraou de outra tenha contribuído deforma positiva para esclare-cer/informar os meus queridosleitores sobre a temática da segu-rança alimentar.

Até sempre!!

DO PRADO AO PRATO Mónica TomazMédica veterináriaToxinfecção Alimentar

– os perigos bactereológicos

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201034

António José – Sr. Coman-dante, como se chama e qual asua função na G.N.R. de Co-ruche?

O meu nome é Carlos Botase a minha função é ser Coman-dante de Destacamento Terri-torial da G.N.R. de Coruche,cuja área de responsabilidadeabrange os concelhos de Coru-che, Salvaterra de Magos eBenavente.

Vítor – Há quanto tempo éGuarda Nacional Republi-cano?

Em 1998 entrei para o cursoda Academia Militar. Esse cursodestina-se a formar oficiais da

Guarda que posteriormente vãoassumir funções de comando.Encontro-me nas actuais fun-ções, em Coruche, desde Agostode 2006.

Andreia – Gosta do seutrabalho? Porquê?

Sim, porque é um trabalhocativante que nos permite con-hecer várias zonas do País (ondeprestamos serviço) e as pessoascom quem vamos trabalhando.Ao mesmo tempo tomamosconhecimento das dificuldadese problemas existentes nosvários locais, tomando parte nassoluções encontradas.

Margarida – O que costu-ma fazer no seu trabalho dia-riamente?

Todos os dias acabam porser diferentes. Divido o meutempo ente trabalho administra-tivo e burocrático e estando noterreno, junto do efectivo doDestacamento. Contudo, porvezes, torna-se difícil acompan-har de forma adequada todas asvalências, que vão desde o pa-trulhamento/policiamento diá-rio, à protecção da Natureza, aoProjecto Escola Segura e à In-vestigação Criminal.

António José – Existe muitacriminalidade em Coruche?

Atendendo à realidade dopaís não considero que Coruchetenha graves problemas de cri-minalidade. No entanto, tem osseus problemas que a Guardaprocura resolver. É tambémfrustrante para nós quandosomos confrontados com umasituação criminal (ou outra) enão conseguimos alcançar osresultados desejados devido afactores que ultrapassam a dedi-cação e empenho dos nossosguardas. Fazemos o nosso me-lhor com os meios disponíveis.

João Silva – O que achouda nossa visita?

A Guarda existe para servir a

Comunidade e colaborar naresolução dos seus problemasquer sejam criminais, sociais ououtros. Sempre que alguém oualguma entidade solicita a nossacolaboração, nós colaboramos,dentro das nossas possibilidadespelo que foi com muita satis-fação que recebemos o vossopedido.

Muito obrigado senhorComandante por nos ter rece-bido tão bem! Gostámos mui-to de ter visitado a G.N.R. esempre que quiser visite-nostambém!

----

ee nn tt rr ee vv ii ss tt aa

Recentemente, visitámos a G.N.R. de Coruche com a nossa ProfessoraLiliana e Dr.ª Sandra e fizemos uma entrevista ao Senhor Comandante.Aqui ficam as nossas perguntas e as respostas.

o Comandante de Destacamento da G.N.R. de Coruche

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 35

O Judo Clube de Coruche, vem informar os resultados obtidospelos atletas deste clube nos Campeonatos a seguir indicados:

- Campeonato Zonal de Juvenis, dia 17 de Abril de 2010, emAlcanena.

Miguel Peneireiro, 1º Lugar, na categoria de – 81Kg.Não foi possível, desta vez o clube comparecer com os atletas

mais jovens, em virtude de não haver transporte que garantisse adeslocação para os mesmos.

Open de Esperanças, realizado no dia 25 de Abril de 2010, emLisboa.

- Maria Fonseca – 2.º lugar, na categoria de -57Kg.- Leonor Barbas – 3.º lugar, na categoria de -57Kg.

Campeonato Nacional de Defesa Pessoal, realizado no dia 24de Abril de 2010, em Viana do Alentejo.

- Teresa Rita – 1.º lugar, na categoria de Esperanças.- Gonçalo Claro – 4.º lugar, na categoria de Juniores.

O Judo Clube de Coruche, presencia a subida dos seus atletas aopódio, não podendo de deixar de continuar a dar os parabéns e o méri-to a estes atletas, que em todos os treinos se empenham para con-seguir os seus objectivos, ainda que muito limitados devido à falta deespaço que não oferece condições

Os atletas do Judo Clube de Coruche agradecem encarecidamenteao Mestre Joaquim Fernandes e Mestre Manuel Lobeiro e principal-mente aos pais dos respectivos atletas, que se prontificaram a garan-tir a deslocação dos seus filhos, para campeonatos desta natureza, emvirtude de não haver qualquer outro transporte garantido.

Floriano Barbas

Realizou-se nos dias 24 e 25 de Abril o8.º Open de Espanha em Alicante.

O Open de Espanha destaca-se por ser umtorneio a contar para o ranking mundial daWorld Taekwondo Federation e também para oranking da European Taekwondo Union.Estiveram presentes mais de 50 países e 1200atletas, vários campeões olímpicos e mundiais.

Entre os 1200 atletas, estavam dois muitoespeciais… Ana Pereira e Tiago Mateus doAtlético Clube Biscainho.

A atleta Ana Pereira fez história, ao ganharpela primeira vez um combate num torneioclasse A em representação da Associação de Taekwondo de Santarém, sendo que nunca nenhum atletatinha conseguido tal proeza.

Ana Pereira, medalha de bronze no campeonato nacional de juniores, venceu o seu primeiro combateno Open de Espanha, contra a atleta Alemã já rodada neste tipo de torneio, com a graduação de Cinturãonegro e de porte físico superior. Após vitória sobre a Alemã segue-se a atleta Dinamarquesa 7.ª no rank-ing mundial a não dar hipótese á atleta portuguesa.

Tiago Mateus, não menos espectacular ficou em oitavo lugar perdendo contra o atleta Espanhol meda-lha de bronze.

José Silva

Judo Clube de Coruche

Campeonatos de Judoe de Defesa Pessoal

CAMPEONATO JUVENISALCANENA 17/04/2010

OPEN ESPERANÇASLISBOA 25/04/2010

Boas notícias do Atlético Clube do BiscaínhoPai Nosso Avé Maria

MÁRIO JOSÉ DA COSTA VICENTEN. 05-11-1935 F.06-05-2010

Seu irmão, cunhada e sobrinhas vêm por este meio participaro falecimento do seu ente querido Mário José da Costa Vicente,

ocorrido a 6 de Maio de 2010 em Fajarda.Vêm também por este meio agradecer a todos os que de uma

maneira ou de outra lhes manifestaram a sua dor e acompanharamo seu funeral para o cemitério do Alto de S. João – Lisboa.

A todos o nosso Bem-haja---------

Agência Funerária SebastiãoRua do Couço nº 17 2100-169 Coruche

Tlf: 243 617 067

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201036

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

Trata de Toda a Documentação•

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AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

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ResidênciaRua José Maria Rebocho - Lote 1

Santo António – 2100-042 Coruche

Chamadas a qualquer hora para o Telef.: 243 679 618Telemóvel 917 284 692 • Fax 243 617 340

AA ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

BB FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

CC HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070Posto da BrancaTel. 243 606 444

DD MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

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Tel: 243 300 860243 300 861

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Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

FARMÁCIAS DE SERVIÇO

MAIO DE 2010

D

S

T

Q

Q

S

S

2 9 19 26

3 10 20 27

4 11 21 28

5 12 22 29

6 13 23 30

1 14 24 31

1 8 18 25

C B A D

D C B A

A D C B

B A D C

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D C B A

B A D C

Dr.ª ConceiçãoDr. Mendonça

MÉDICOS

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no Centro de CorucheBom Negócio

Contacto: 910 632 530

• FALECIMENTOS •Dia 01-04-2010António de Matos monteiro de 84 anos Julio da Silva Coelho de 57 anos Maria Joaquina Isabel d Silva de 77 anos Dia 04-04-2010Joaquim António Azevedo Bravo de 48 Dia 06-04-2010João Ferreia da Silva de 87 anosDia 07-04-2010Ângelo António Ferreira das neves de 68 Dia 08-04-2010Fortunata maria bacalhau de 67 anos Dia 09-04-2010Francisco Jerónimo de 79 anos Rosália maria Samora da Silva de 39 anos Dia 10-04-2010Arquiminio Poeias Rodrigues de 49 anosDia 12-04-2010Maria Luísa da Silva Macedo Gomes de 79Henrique maximiano de 78 anos Custódio José Peralta de 68 anos Ana Lúcia Branco Lopes Moreira de 29 António João Envangelista de 84 anos Dia 14-04-2010Alice Dias Semedo Tomáz dos SantosBento de 94 anos

Dia 17-04-2010Laurinda Maria Ramos de 83 anos Dia 18-04-2010Maria Manuela Marques de 77 anosDia 19-04-2010António Manuel Texugo Augusto de 44 Dia 20-04-2010Alberto Paiva Nunes Ribeio de 70 anosDia 23-04-2010Florinda Marques de 87 anosAntónio Albino da Silva de 83 anosDia 24-04-2010Josué Ferreira de 89 anosDia 25-04-2010Glória Antónia Ganhão de 85 anosDia 27-04-2010José Manuel Pires de 53 anos Dia 29-04-2010Custódio Jacinto Briando Carvalho de 46 Jeorgete Oliveira Envangelista de 64 anos Dia 30-04-2010Joaquim Luís (Rebola) de 85 anosRosario Vitalina Dias Lopes de 74 anos

Paróquia de Coruche

Abril de 2010

Pai Nosso Avé Maria

ALBERTO PAIVA NUNES RIBEIROFALECIMENTO 20-04-2010

Sua Mãe, Esposa, Filhos, Nora, Netos e restante Família vêm desta formaagradecer reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar

o funeral do seu ente querido, como a todos os que por outro modo,manifestaram a sua amizade, o seu apoio e o seu pesar.

A todos muito obrigado.

Pai Nosso Avé Maria

MARIA MANUELA MARQUESN. 12-05-1932 F. 18-04-2010

Seu marido, filha, genro, netos e restante família, agradecem muito reconhecida-mente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar a sua ente querida à suaúltima morada ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

O nosso Bem-haja

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 37

Depois de se estrear na PS2, Just Cause temagora nova oportunidade nas consolas da nova ger-ação, Rico o protagonista do jogo, um James Bondlatino vai-nos proporcionar momentos cheios deacção sem limites num mundo aberto. Géneroacção na terceira pessoa, com realização daAvalanche studios, com mais de mil quilómetrosquadrados de cenário de jogo para podermos explo-rar. Neste jogo vamos ter mais de cem veículos àdisposição, marítimos terrestres e aéreos parapilotar e mais de 350 localizações para descobrir.Mas não se pode dizer só maravilhas de Just Cause2, existem alguns aspectos que não foram trabalha-dos, um desses aspectos é o facto deste jogo não tervertente online, o enredo também é fraco e ainteligência artificial dos nossos inimigos tambémnão convence. De qualquer modo Just Cause 2 éuma excelente experiência dentro do género, combastante mobilidade é um mundo aberto paraexplorar-mos, a acção passa-se no arquipélago fic-tício de Panau. O cenário de jogo vai-nos propor-cionar algumas das vistas naturais mais belas que

vimos num videojogo. O objectivo do jogo é livrarPanau dos graves problemas governamentais emque se encontra, governado por Baby Panay que éum ditador, e que chegou ao poder depois de elim-inar o presidente anterior que por curiosidade era oseu próprio pai. Baby Panaye é um homem cruelque governa Panau com um punho de ferro uti-lizando a polícia e o exército para oprimir a popu-lação. Este temível ditador tem agora como próxi-mo objectivo expandir-se pó estrangeiro, tornando-se em mais uma ameaça para o governo Norte-americano, e este tem como seu aliado um antigoagente da C.I.A. Este agente tem informaçõesmuito preciosas para caírem nas mãos erradas, oseu nome é sheldon, antigo mentor e camarada dearmas de Rico Rodrigez. Daí a importância danossa missão e o que faz com que Rico seja ohomem ideal para derrubar este ditador e esteagente desertor, este jogo é certamente um dosjogos do momento dentro do género e com muitashoras de diversão.

acção virtual Luís Rafael Carlota

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Dando corpo a uma recomen-dação da UNESCO datada de1989 e visando a organização deuma base de dados em linha deacesso público prevista no De-creto-Lei Nº 139/2009, de 15 deJunho, o Ministério da Cultura,através do Instituto de Museuse da Conservação, prepara aconstituição de um grupo de tra-balho que se responsabilizarápelo “levantamento universal ede nível nacional do patrimóniocultural imaterial”.

A recomendação da UNES-CO, e permitam-me este desa-

bafo, já com 21 (vinte e um) anosde existência, será desconhecidaou é ignorada por quem temresponsabilidades,nomeada-mente educativas e culturais noPaís.E é hoje mais difícil quandoem nome da modernidade e dosnovos tempos se cometem asmaiores barbaridades sobre asabedoria dos povos. E já em1989 a UNESCO recomendavaque devem os Estados” elaborare introduzir programas de ensi-no, tanto escolares como nãoescolares, o ensino e o estudo dacultura tradicional e popular” equanto à respectiva difusão ref-ere:”As população devem ser

sensibilizadas para a culturatradicional, enquanto que ele-mentos de identidade e cultural.Com o fim de permitir uma to-mada de consciência do valor dacultura tradicional e popular eda necessidade de a preservar, énecessária uma larga difusãodos elementos que constituem es-te património cultural. Por oca-sião desta difusão, importa, con-tudo, evitar qualquer deforma-ção afim de salvaguardar a inte-gridade das tradições”.

Entretanto, sendo de granderelevância, esta decisão governa-

mental, não basta, porque tãorelevante e urgente são os taisprogramas de ensino.

Entretanto, o que é Patrimó-nio Cultural Imaterial?

Segundo a Comissão Nacio-nal da UNESCO mesmo mani-festa-se nos seguintes domínios:

a) Tradições e expressõesorais, incluindo a língua comovector do património culturalimaterial;

b) Artes do espectáculo;c) Políticas sociais, rituais e

eventos festivos;d) Conhecimentos e práticas

relacionadas com a natureza;

e) Aptidões ligadas ao arte-sanato tradicional.

Entretanto, e não tendo duvi-das do cuidado que o “grupo detrabalho” irá ter, nem por issodeixo de estar preocupado, pois aformação académica que certa-mente os escolhidos para o efeitoterão, pode não ser suficientepara que nenhum gato passe porlebre.Para já,espero que tanto aFundação INATEL como aFederação do Folclore Portuguêsnão sejam ignorados no proces-so.

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Lino MendesETNOGRAFIA

Inventário Nacional do PatrimónioCultural Imaterial

Conversas para uma Cultura da Tradição Agente Cultural

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O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 201038

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Praça da Restauração "Sabores do Montado"Três restaurantes vão apresentar as mais deliciosas ementas em torno dos sabores do montado.Túberas, cogumelos, espargos, poejo, alecrim, rosmaninho, mel, a melhor carne de porco preto e de rês brava, entremuitos outros ingredientes, temperos e condimentos, prometem momentos inesquecíveis à mesa.Provas de VinhoEste será um espaço de degustação, onde todos os sentidos serão despertos através da descoberta de uma nova casta,de um novo branco, ou na redescoberta de um tinto consagrado. Um importante espaço de promoção dos vinhos por-tugueses e da rolha de cortiça.Loja do MontadoEspaço dedicado à comercialização de produtos biológicos, com ligação ao montado. As melhores carnes de porcopreto e rês brava, enchidos, queijos, cogumelos, túberas, espargos, mel, compotas, chás, ervas aromáticas, etc., etc.Coruche Fashion CorkDepois do êxito tremendo do ano passado a moda em cortiça está de volta à Praça de Água - Parque do Sorraia.

Eco-ParqueEsta é uma área totalmente virada para o ambiente, onde o Município de Coruche vai mostrar todas as políticas ambi-entais colocadas em prática. Mas será também um espaço aberto à iniciativa privada que tenha alguma ligação às boaspráticas ambientais, como por exemplo as energias renováveis. Neste Eco-Parque vão estar bicicletas e SegWays paradisponibilizar aos visitantes. Haverá ainda uma mostra de veículos amigos do ambiente.Corrida de ToirosA exemplo do ano passado, durante a FICOR, a Praça de Toiros de Coruche recebe uma grandiosa corrida de toiros. Ocartel promete praça cheia, os cavaleiros António Ribeiro Telles, Pablo Hermozo de Mendoza e João Telles Júnior,toureiam um curro de Passanhas, pegam os Forcados de Coruche e Montemor-o-Novo.FotoParedeO Montado de Sobro vai estar retratado nas ruas do centro histórico de Coruche, trata-se uma exposição de fotografiasde grande formato. "Há Montado de Sobro na Vila" para ver e admirar… as fotos e o centro histórico.

Programa completo

O mundo da cortiça em CorucheApresentação da 2.ª edição da FICORApresentação da 2.ª edição da FICOR ,,no passado dia 30 de Abril, na Quinta Grande.no passado dia 30 de Abril, na Quinta Grande.

Foto de Abel Matos Santos

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Quando se compra uma casa integra-da num condomínio, adquire-se sempremais do que a própria habitação, poisexistem espaços de propriedade partilha-da como, por exemplo, as escadas, os ter-raços e os elevadores.

Existem, por isso, direitos e deveresque afectam, de igual forma, todos osproprietários relativamente a essesespaços comuns. Por outro lado, o sim-ples facto de viver em condomínio fazcom que, mesmo dentro da própria casa,tenham de ser respeitadas algumas regrasindispensáveis a uma sã convivência.

Assim, aquando da aquisição da casa,ou até anteriormente, importa, desdelogo, tomar conhecimento do conteúdodo título constitutivo, pois as normascontidas no mesmo são válidas paratodos os condóminos, ainda que nãoresidissem no prédio na altura da suaelaboração. Deste documento consta adescrição das várias fracções, o valoratribuído a cada uma delas, em termos depercentagem ou permilagem e, eventual-mente, o regulamento do condomínio,referência à utilização a dar a cada frac-ção ou às partes comuns e à forma deresolução de eventuais conflitos entre

condóminos. É também a existência departes comuns que determina que todosos condóminos sejam chamados a parti-cipar na sua administração através daassembleia de condóminos, tomandodecisões referentes a assuntos de maiorresponsabilidade como, por exemplo, aalteração do regulamento, a eleição do

administrador, a aprovação do orçamen-to ou a realização de obras.

Por sua vez, a execução de tais deci-sões e a responsabilidade pela gestão cor-rente do edifício incumbe ao administra-dor, o qual, de entre o vasto leque dascompetências que lhe são legalmenteatribuídas, é o responsável, por exemplo,pela convocação da assembleia de con-dóminos, elaboração do orçamento dereceitas e despesas relativas a cada ano,cobrança das receitas e realização dasdespesas comuns, prestação de contas àassembleia e representação dos condómi-nos perante as autoridades administrati-vas.

No entanto, e porque nem sempreaparecem candidatos dispostos a aceitartal tarefa, é cada vez mais frequente orecurso a empresas especializadas,porém, conforme concluímos em estudopublicado no início do ano, muitos são osque os que se encontram insatisfeitoscom o seu trabalho. A actividade destasempresas não é regulada nem existe umaentidade supervisora à qual possa recor-rer em caso de conflito, pelo que convémtomar alguns cuidados na sua contra-tação, nomeadamente, pedindo referên-

cias junto de condomínios vizinhos, cer-tificando-se que a empresa se encontralegalizada e negociando um contratoadequado às necessidades do condo-mínio. Como salvaguarda, poderá aindaser reservado o direito de veto do con-domínio em decisões importantes (porexemplo, obras) e ser nomeado um admi-nistrador residente para acompanhar aempresa, assinar cheques e autorizardébitos em conta.

Finalmente, e porque concluímos noestudo publicado no inicio do ano quemuitos são ainda os condomínios quenão têm fundo comum de reserva,aproveitamos para recordar a importân-cia da sua constituição para fazer faceaos custos com obras de conservação daspartes comuns e eventuais situações ines-peradas.

Caso tenha interesse em saber maissobre este assunto, participe no Semi-nário subordinado ao tema “Viver me-lhor em condomínio” que terá lugar nopróximo dia 19 de Maio, no Edifico Pirâ-mide em Abrantes.

----

Decorreu no Centro NovasOportunidades da Escola Secun-dária de Coruche um encontro decarácter regional subordinado aotema Factores de Qualidade eCredibilidade no processoRVCC.

A ANQ, Agência Nacionalpara a Qualificação esteve re-presentada ao mais alto nível, napessoa do seu Presidente, Prof.Dr. Luís Capucha.

Esteve ainda presente umatécnica da agência, para além derepresentantes da DREL-VT eelementos de Centros NovasOportunidades do distrito deSantarém – Lezíria e Médio Tejo– e do Alentejo, o Presidente daCâmara e diversos autarcas, em-presas e entidades do concelho,num total de 84 participantes

.De manhã as diversas inter-

venções foram agrupadas em 2painéis:

Painel 1 – Participação deintervenientes no processoRVCC, com intervenções daDra. Manuela Freire - técnica daANQ., de Artur Cristóvão - adul-to certificado com o nível secun-

dário, e do Dr. Américo Dias -avaliador externo.

Painel 2 – Comunicaçõessobre a visão e a perspectiva deentidades externas ao processoRVCC: Dr. Dionísio Mendes,Presidente da Câmara Municipalde Coruche, Dr. Hugo Caldeira,da Universidade Católica (Equi-pa de Avaliação das NovasOportunidades), Dra. Zita Ribei-ro da TEGAEL, Dr. António JoséRosa da Associação de Comer-

ciantes de Coruche e JoaquimBanha - Presidente da Junta deFreguesia de Santana do Mato.

O encerramento dos traba-lhos da manhã foi efectuado peloProf. Dr. Luís Capucha, quereferiu a importância dos CentrosNovas Oportunidades na qualifi-cação e certificação da popula-ção portuguesa, como forma deenfrentar os desafios que se apre-sentam. Salientou também que,com a entrada em vigor da esco-

laridade obrigatória até ao 12.ºano, cada vez mais se torna fun-damental a obtenção do ensinosecundário para concorrer nomercado de trabalho.

Durante a tarde foram dina-mizados vários grupos de trabal-ho, constituídos por técnicos eformadores dos Centros NovasOportunidades intervenientes,que debateram as questões con-stantes do tema do encontro.

As considerações finais fo-

ram feitas pelo Dr. Manuel Lou-ro, da DREL-VT, que se congra-tulou e agradeceu a possibilidadede participar no Encontro. Con-siderou também extremamenteimportante o rigor no desen-volvimento do processo RVCC,concluindo que é a única formade alcançar qualidade e darcredibilidade às instituições queo desenvolvem, dignificandoassim o trabalho dos adultos queas procuram.

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 39

Viver melhor em condomínio

O Presidente da ANQ, Agência Nacional para aQualificação, em Coruche.

DIREITOS DO CONSUMIDOR Marta Costa Almeida

Jurista na DECODelegação Regional de Santarém

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