JEAN-JACQUES ROUSSEAUPensamento sobre política
David Rubens
BIOGRAFIA
Jean-Jacques Rousseau nasceu em 28 de Junho de
1712, em Genebra, falecendo em 1778.
Órfão de mãe, teve uma infância difícil.
Em 1746, com 28 anos, Rousseau foi primeiro para
Lyon, como preceptor, depois para Paris, onde
conheceu Diderot, Condillac e outros iluministas.
Viveu então uma existência com poucos recursos.
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Foi secretário do embaixador francês em
Veneza.
Tornou-se conhecido com o Discurso sobre
Ciência e Artes, e com o Discurso sobre a origem
da Desigualdade.
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OBRA DE ROUSSEAU
É considerado um pedagogo, filósofo e político,cujas ideias tiveram e ainda têm enorme influência.
Depois de ter rompido com os enciclopedistas,
escreve as suas obras mais importantes:
Nova Heloísa,
Contrato Social e
Emílio.
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PENSAMENTO SOBRE
EDUCAÇÃO
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A sua vida pessoal contradiz a sua obra (masisso aconteceu com muitas outras pessoas). Defacto, teve cinco filhos de Thérèse Levasseurque enviou para um orfanato.
Anos depois, no livro Emílio, procurou explicarcomo se ensina uma criança.
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Escreveu Constituições para a Córsega e paraa Polónia; As Cartas da Montanha e asConfissões.
A sua obra foi muito contestada,principalmente pela Igreja, e causou granderevolução nas ideias educativas.
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Rousseau inaugura o que se pode chamar“Modo Pedagógico” de encarar a Infância.
Para ele a Criança é o centro da actividadeeducativa;
É naturalmente Boa;
É a Sociedade que corrompe o ser humano.
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Jean-Jacques Rousseau e a sua época:
Rousseau é um homem da Idade Moderna,mas com preocupações características daIdade Contemporânea.
Muitos dos seus ideais correspondem aos daRevolução Francesa.
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Em 1762, Rousseau escreve uma obra àqual dá o nome de Contrato Social.
Problema central dessa obra:
Qual é a Natureza Humana?
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No tempo em que Rousseau escreveu eracomum pensar que a criança:
Tem tendências egoístas;
É anárquica;
Não tem consciência moral;
Tem de ser educada ou ficará “selvagem” –“má”.
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Rousseau defende que a criança é BOA
Tudo que foi criado por Deus é BOM;
O homem corrompe-se na luta pelo Ter e peloPoder porque para Rousseau,
Os “selvagens”, indivíduos encontrados pelosnavegadores europeus, eram “Bons”.
Esta é a teoria do “Bom Selvagem.”
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TEORIA SOCIAL E POLÍTICA DE ROUSSEAU
A luta pelo Poder e pelo Ter são as causas detodos os males e corrupções.
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CONTRATO SOCIAL
Uma Teoria da Democracia Contemporâneaque abarca:
a Igualdade,
a Liberdade dos Cidadãos e
a Soberania do povo.
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EMÍLIO
Romance publicado em 1762.
Rousseau pretende uma mudança social apartir da educação, defendendo que acriança se desenvolva afirmando o seu serde acordo com a sua própria experiênciapessoal, pois a sociedade, para ele,corrompe o homem.
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Rousseau defende uma “educação natural”;
No Emílio relata a educação ideal de umjovem, acompanhado por um preceptor, longeda sociedade corrupta.
Defende que o homem deve agir de acordocom os seus interesses naturais e não porimposição de regras exteriores e artificiais.
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Jean-Jacques Rousseau defende que a criança
é um ser com características próprias, ao
contrário das ideias comuns no seu tempo que
defendiam que a educação da criança deveria
ser voltada para os interesses do adulto e da
vida adulta.
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Para Rousseau a educação é a expressão livreda criança no seu contacto com a vida.
O educador deve formar o aluno para serhomem no sentido de ser autónomo e livre.
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ENSINAR E APRENDER
Ensinar/Aprender a fazer;
A prática antecede a teoria;
A natureza é o primeiro mestre da criança;
A primeira educação é a sensorial, segue-se a educação moral, depois a intelectual e só depois a profissional;
A educação deve respeitar o ritmo individual.
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ROUSSEAU E A POLÍTICA
A única sociedade política que Rousseau
aceitava era a sociedade democrática.
A sociedade da sua época, sendo estratificada,
impedia o desenvolvimento da natureza boa do
homem.
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A EDUCAÇÃO COMO POLÍTICA
Rousseau acaba por considerar a Educaçãocomo uma “totalidade”, uma Política, pois paraele, pela Educação pode transformar-se o todoSocial. Esta visão é um exagero, por vezesusado contra os próprios educadores, poismuitos aspectos da Sociedade escapam àacção da Educação.
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ROUSSEAU: A ESCOLA E A SOCIEDADE
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O que sucede é que a Sociedade (S) engloba aEducação (E), pelo que a visão de Rousseau éexagerada.
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A Valorização da Criança como ser específico,nunca como um “adulto em miniatura”;
A centragem do processo educativo no aluno;
A valorização do trabalho manual;
A ideia de educar a mulher;
Abriram caminho a abordagens novas sobre aInfância.
CONCLUSÕES:
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PENSAMENTO SOBRE
POLÍTICA
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AS PRIMEIRAS SOCIEDADES
• A família é a única sociedade natural, mas só se
mantém por convenção.
• Ela é o primeiro modelo das sociedades políticas:
a imagem do chefe é o pai, a do povo é a dos
filhos.
• Todos nascem livres e iguais, só alienam sua
liberdade em proveito próprio.
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DIREITO DO MAIS FORTE
• A força não faz o direito e só se é obrigado a
obedecer aos poderes legítimos.
• A força é um poder físico, cujos efeitos não
resultam moralidade.
• Ceder à força é um ato de necessidade ou até
prudência, não de vontade.
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A ESCRAVIDÃO
• Homem algum tem autoridade natural sobre os
demais; força não produz direito. Restam as
convenções como base da autoridade legítima.
• Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de
homem, aos direitos da humanidade, e até aos
próprios deveres.
• As palavras escravidão e direito são
contraditórias, excluem-se mutuamente.
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A CONVENÇÃO ANTERIOR
• O ato pelo qual um povo é povo é uma convenção
anterior que constitui o verdadeiro fundamento da
sociedade.
• O ato pelo qual o povo elege um rei supõe uma
deliberação pública.
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O PACTO SOCIAL
• Estado de natureza oferece obstáculos prejudiciais
à conservação humana que ultrapassa as forças
individuais.
• Encontra-se uma forma de associação, que
defenda e proteja a pessoa e os bens de cada
associado com toda a força comum.
• Cada um unindo-se a todos, só obedece contudo a
si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto
antes.
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O PACTO SOCIAL
• Nesta passagem, forma-se um corpo político ou
república (Estado soberano/potência).
• Aos associados dá-se ao nome de povo
(cidadãos/súditos).
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O SOBERANO
• O corpo político ou soberano depende da
integridade do contrato.
• O soberano, sendo formado pelos particulares que
o compõe não pode ter outro interesse senão o de
seus súditos.
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O ESTADO CIVIL
• A passagem do estado de natureza para o estado
civil substitui na conduta humana o instinto pela
justiça (moralidade nas ações).
• Perde-se a liberdade natural, que limita-se nas
forças do indivíduo e ganha-se a liberdade civil,
que limita-se pela vontade geral.
• Além disso, ganha-se a propriedade de tudo aquilo
que se possui.
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O ESTADO CIVIL
• No estado civil o homem exercita e desenvolve
suas faculdades, suas idéias e seus sentimentos.
• Evitando-se os “abusos” , tal passagem faz de um
animal estúpido e limitado, um ser inteligente e
um homem.
• Os abusos levam o homem a uma condição
inferior àquela donde partiu.
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O DOMÍNIO REAL
• O Estado perante seus membros é senhor de todos
os seus bens , mas não perante outras potências
senão pelo direito de primeiro ocupante.
• O direito de primeiro ocupante, mais real do que o
do mais forte, é o verdadeiro direito.
• O direito da comunidade está acima dos direitos
particulares sobre os bens (liame social); o pacto
social “iguala” os homens por convenção e direito.
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SOBERANIA - INALIENÁVEL
• Com base na vontade geral (liame social) é que a
sociedade deve ser govervada, com a finalidade
do bem comum.
• A soberania, sendo o exercício desta vontade, não
pode alienar-se, o soberano é um ser coletivo.
• Um povo perde sua qualidade de povo se
simplesmente promete obediência a um senhor.
Destrói o corpo político.
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SOBERANIA - INDIVISÍVEL
• Ou a vontade é geral ou não é, ou é a do corpo do
povo ou somente de uma parte.
• Ao soberano cabe a função superior que é a lei.
• A separação das funções (legislativa, executiva e
jurídica) são emanações da soberania e não parter
dela.
• A soberania é indivisível.
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PODE ERRAR A VONTADE
GERAL?
• A vontade de todos (soma das vontades
particulares) difere da vontade geral.
• O surgimento de partidos ou associações parciais
podem fazer com que a vontade geral se engane.
• Cada cidadão deve então opinar de acordo
consigo mesmo.
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OS LIMITES DO PODER
SOBERANO
• O corpo político dirigido pela vontade geral ganha
o nome de soberania.
• Dentro do corpo político os compromissos são
mútuos (igualdade de direito).
• O poder soberano, por mais absoluto que seja, não
pode passar dos limites gerais da convenção.
• Só assim seu ato pode ser considerado legítimo,
equitativo, útil e sólido.
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DIREITO DE VIDA E DE MORTE
• O tratado social tem como fim a conservação dos
contratantes.
• Quem deseja conservar sua vida à custa dos
outros, também deve dá-la por eles quando
necessário.
• A vida não é mais mera dádiva da natureza, mas
sim, um dom condicional do Estado.
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A LEI
• A Lei exprime a universalidade da vontade e do
objeto; dá movimento e permite a conservação do
pacto social.
• A falta de sanção natural, para conduzir a justiça
torna necessária a elaboração de uma legislação.
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O LEGISLADOR
• O Legislador é um homem extraordinário pelo se
gênio e pelo se ofício. Tal of'ício constitui a
república.
• O Legislador tem a clara visão dos fins da
sociedade e antecipa a tomada de consciência da
cada indivíduo.
• Esta tomada de consciência implica na real adesão
ao pacto social. Por isso sua função é particular e
superior.
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O POVO
• O instituidor sábio não redige leis boas em si
mesmas, antes analisa o povo a que se destinam.
• Há para as nações um período de juventude ou
maturidade (onde são dóceis e não incorrigíveis),
pelo qual se deve aguardar antes de submetê-las as
Leis.
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O POVO
• Existe uma proporção mais vantajosa para a
conservação de cada Estado.
• É mais importante ter uma constituição sábia, e
um bom governo do que os recursos que um
grande território prodigaliza.
• Relação conveniente para verdadeira grandeza:
bastar a terra para a manutenção dos habitantes e
haver tantos habitantes quantos possa alimentar.
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SISTEMAS DE LEGISLAÇÃO
• Objetivos principais: a liberdade e a igualdade.
• A força de legislação deve sempre tentar manter a
igualdade quanto ao poder.
• Para cada povo, uma legislação adequada às suas
características.
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DIVISÃO DAS LEISLeis políticas ou fundamentais:
– relação do todo com o todo (soberano com o
Estado).
Leis civis:
– relação dos membros entre si ou com o corpo
inteiro.
Leis criminai:s
– relação entre o homem e a lei.
Por último, como a chave indestrutível, e a parte que se
ocupa em segredo o Legislador, está a relação dos usos
e costumes, a opinião.Prof. David Rubens - 2016Pensamento sobre política 46
O GOVERNO EM GERAL
• O Governo é um corpo intermediário entre os
súditos e o soberano para sua mútua
correspondência.
• No corpo político distinguem-se força (poder
executivo) e vontade (poder legislativo).
• O Governo ou administração suprema é o
exercício do poder executivo, e o príncipe ou
magistrado é o corpo encarregado desta
administração.
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O GOVERNO
• Podem existir vários governos diferentes pela
natureza de acordo com cada Estado.
• Quanto mais numeroso o povo, mais forte precisa
o governo ser.
• Os defeitos do corpo político não podem alterar as
relações do Governo para que este não se torne
vicioso.
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PRINCÍPIO QUE CONSTITUI O
GOVERNO
• Quanto mais numeroso forem os magistrados,
tanto mais fraco será o Governo.
• Numa legislação perfeita, nula deve ser a vontade
particular; muito subordinada, a vontade do corpo
próprio Governo; e sempre dominante, a vontade
geral ou soberania.
• O Governo permanecerá no seu mínimo de força
relativa ou de atividade.
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DIVISÃO DOS GOVERNOS
Democracia:
– o soberano confia o governo a todo o povo ou à
maior parte dele (convém aos Estados pequenos)
Aristocracia:
– o soberano confia o governo às mãos de um
pequeno número de cidadãos (convém aos
Estados médios).
Monarquia ou Governo Real:
– o soberano confia o governo nas mãos de um
único magistrado (convém aos Estados grandes).
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A DEMOCRACIA
• Se existisse um governo de deuses, governar-se-ia
democraticamente; governo tão perfeito não
convém aos homens.
• A estrutura democrática, fundada na igualdade
política, se revela como de fácil acesso às
ambições privadas e, pois, às subversões.
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A ARISTOCRACIA
• Há três espécies de aristocracias: natural, eletiva e
hereditária.
• O melhor governo é o da aristocracia eletiva. Com
a eleição de um número limitado de magistrados
governa-se melhor e mais sabiamente.
• Padra evitar “desvios”, exige-se virtudes tais
como moderação e contentamento.
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A MONARQUIA
• Todas as vontades e forças correspondem ao
mesmo móvel; é um governo vigoroso onde a
vontade particular facilmente domina as outras.
• Tudo concorre para privar de justiça e de razão
um homem elevado à condição de comandar os
demais.
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GOVERNOS MISTOS
• Resultado das formas de governos combinadas
• O Governo simples é o melhor em si mesmo, pela
única razão de ser simples.
• Porém quando há mais relação entre o príncipe e o
soberano do que entre o povo e o prícipe, precisa-
se remediar essa falta de proporção.
• Sendo assim, divide-se o governo formando uma
força média.
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FORMAS DE GOVERNOS E
PAÍSES• Que qualquer forma de governo não convém a
qualquer país.
• Não sendo a liberdade um fruto de todos os
climas, não está ao alcance de todos os povos.
• O estado civil só pode subsistir na medida em que
o trabalho dos homens render além de suas
necessidades.
• Há uma relação causal entre as condições físicas e
demográficas e a forma de governo dos países.
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INDÍCIOS DE UM BOM
GOVERNO
• O fim da associação política é a conservação e
prosperidade de seus membros.
• O seu número e a sua povoação é o sinal mais
seguro de que se conservam e prosperam.
• Logo, o Governo sob o qual os cidadãos mais
povoam e mais se multiplicam, é infalivelmente o
melhor.
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TENDÊNCIA DEGENERATIVA DO
GOVERNO
• A vontade particular age sem cessar contra a
vontade geral; o Governo despende um esforço
contínuo contra a soberania.
• A democracia se degenera em oclocracia, a
aristocracia em oligarquia e a realeza em tirania.
• Os abusos levam o Governo a se degenerar.
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A MORTE DO CORPO POLÍTICO
• O corpo político traz em si mesmo as causas de
sua destruição.
• Quanto melhor a constituição do Estado mais
duradoura será sua instituição política.
• Onde as leis ao envelhecer se enfraquecem não há
mais poder legislativo, e não mais se vive o
Estado.
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COMO SE MANTÉM A AUTORIDADE
SOBERANA• É possível o exercício da soberania ,ou seja,do
poder legislativo, pelo povo (vontade geral).
• É preciso que haja assembléias para que o povo se
encontre legitimamente. A própria ordem de reunir-
se deve emanar da lei.
• No momento em que o povo se reúne, suspende-se
o poder executivo.
• Povoai igualmente o território, estendei, em todos
lugares, os mesmos direitos, abundância e vida.
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OS DEPUTADOS OU
REPRESENTANTES
• Quanto mais bem constituído for o Estado, tanto
mais negócios públicos sobrepujarão os
particulares no espírito dos cidadãos.
• A soberania não pode se representada pela mesma
razão por que não pode ser alienada, a vontade
geral não se representa.
• No momento em que um povo se dá
representantes, não é mais livre, não mais existe.
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INSTITUIÇÃO DO GOVERNO NÃO
É UM CONTRATO
• A associação (pacto social) é o único contrato no
Estado.
• O direito que o soberano dá ao príncipe ao
instituir o Governo não constitui um contrato onde
um manda (chefes) e outro obedece (povo).
• Todos os cidadãos são iguais pelo contrato social.
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INSTITUIÇÃO DO GOVERNO
• A instituição do governo é composta pelo
estabelecimento da lei e pela execução da lei.
• Não é possível instituir o Governo por qualquer
outra maneira legítima que não seja pela lei.
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MEIO DE PREVENIR AS
USURPAÇÕES DO GOVERNO
• As assembléias periódicas servem para prevenir
ou retardar a usurpação da autoridade soberana.
• Não há nenhuma lei fundamental que não possa
ser revogada, nem mesmo o pacto social.
• Seria absurdo que todos os cidadãos reunidos não
pudessem o que pode cada um deles em separado.
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A VONTADE GERAL É
INDESTRUTÍVEL
• A vontade geral é sempre constante, inalterável e
pura.
• Num Estado próximo da ruína (onde se rompeu o
liame social) a vontade geral se encontra
subordinada a interesses particulares.
• Daí a importância de votar em todo ato de
soberania. Evitando que os interesses individuais
sobrepujem a vontade geral.
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OS SUFRÁGIOS
• A única lei que, pela sua natureza, exige
consentimento unânime, é o pacto social.
• A vontade constante de todos os membros de
Estado é a vontade geral.
• Quando domina a opinião contrária a minha, é a
prova de que eu me enganara e então devo
consentir.
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AS ELEIÇÕES
• As eleições pela sorte caracterizam a democracia.
• Na aristocracia, o príncipe escolhe o príncipe, o
Governo se conserva por si mesmo; nela cabem
melhor os sufrágios.
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O TRIBUNATO
• O tribunato é um corpo intermediário entre as
partes que constituem o Estado destinado a
colocar cada termo na sua verdadeira relação.
• Deve ver se o Governo detém todo o poder do
soberano e se todo esse poder é utilizado no
interesse público, e só nele.
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A DITADURA
• Não se trata de estabelecer um novo regime, mas
tão só de indicar um governante de tipo especial
para enfrentar uma determinada conjuntura.
• O ato é, em tudo e por tudo, particular e deve ter
um prazo bastante curto.
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A CENSURA
• A opinião pública é a espécie de lei
(consuetudinária) cujo ministro é o censor, que só
faz aplicá-la aos casos particulares.
• A censura mantém os costumes evita que as
opiniões se corrompam e abrange o jurídico e o
moral.
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A RELIGIÃO CIVIL
• Quando não existe mais e não pode existir
qualquer religião nacional exclusiva, devem-se
tolerar todas aquelas que toleram as demais.
• Os dogmas de qualquer religião civil em nada
podem contrariar os deveres do cidadão.
Prof. David Rubens - 2016Pensamento sobre política 70
BIBLIOGRAFIA
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social:
princípios de direito político. 4. ed. São Paulo:
Nova Cultural, 1987. 145 p. (Os Pensadores).
Prof. David Rubens - 2016Pensamento sobre política 71
Prof. David Rubens - 2016
David Rubens de Souza
David Rubens é Professor Titular de Filosofia,Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.Atuou como professor de Filosofia e Sociologiaem diversas escolas da Rede Pública de Ensinodo Estado de São Paulo. Tem atuado comoprofessor de Filosofia, Teologia e Sociologia emdiversas faculdades nos estados de MG; RJ; SP;PR. Possui Formação Superior em TeologiaDehoniana; UNICAMP; Licenciatura Plena emFilosofia, Universidade de Taubaté-UNITAU. Pós-Graduação em Ensino de Filosofia, UniversidadeFederal de São Carlos - UFSCar. Áreas deinteresse: Bultmann; Heidegger; História daFilosofia; Hermenêutica; Existencialismo.
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