Transcript
Page 1: Jornal clarear edição 151

Ano XIXEdição nº 145Julho 2014

Ano XXEdição 151Julho 2015

Ponto final será transferido com o fim das obras

Entorno do Mineirão em dias de jogos é discutido na CMBH

Para atender à determinação NR 24 – Norma Regulamentadora do Minis-tério do Trabalho, o ponto final da Linha 5201, que fica na rua Zenita de Souza, será transferido para a rua Rita Alves Castanheira assim que as obras de dre-nagem, pavimentação e adequação viária terminarem. A previsão de término é Setembro, dependendo do período de chuvas, segundo informações da as-sessoria da Sudecap, empresa responsável pela obra, que tem 160 metros e orçada em R$ 550 mil.

Com a mudança do ponto final, o itinerário da Linha 5201 terá modificações

Rede de Vizinhos Protegidos cresce e busca resultados

e essas mudanças foram apresentadas à comunidade em reunião realizada pe-los representantes da BHTrans.

O itinerário apresentado pela BHTrans causou polêmica diante da insatisfa-ção de alguns comerciantes e moradores da rua Orozimbo Nonato, que estão preocupados com a segurança e também com a obra que pode causar inunda-ções no período das chuvas. Uma nova proposta já foi encaminhada à empresa para que o itinerário seja discutido com os usuários do transporte coletivo.

Página 5

-Mila

-Milo

wsk

iTe

reza

Bor

ges

A falta de restaurantes, lanchonetes ou barracas próximos ao Mineirão, principalmente, em dias de jogos, tem trazido transtornos para os morado-res. Numa tentantiva de resolver o problema, uma audiência pública foi reali-zada na Câmara Municipal. Página 8

A Rede de Vizinhos Pro-tegidos, projeto da Polícia Militar, tem sido uma alternativa encon-trada por muitos moradores para combater a criminalidade na re-

gião. Segundo o Sargento Goulart, responsável pela implantação, o movimento tem crescido e trazido bons resultados. Página 3

O ponto final ainda está funcionando na rua Zenita de Souza A transferência do ponto final está prevista para Setembro, dependendo das chuvas

Página 6

30 Café com Oração para Empresários da Região do Jaraguá acontece de novo

Arqu

ivo

PM

Page 2: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014Região Pampulha BH/Julho 2015

Os textos assinados não são de responsabilidade do jornal

10 mil exemplares

Clarear Empresa de Comunicação | CNPJ: 00.851.789/0001-94Rua Professor Alysson de Abreu, 194/01 | Dona ClaraCep: 31.255-820 | BH/MG | (31) 3491-8016 [email protected]

Jornalista responsável (redação e edição):Tereza Borges (MTB 2443/MG)

Diagramação: Tereza BorgesTratamento de Imagens: Débora Mattos

ComercialClarear: (31) 3491-8016 Periodicidade: Mensal

Distribuição Gratuitahttp://www.facebook.com/pages/Jornal-Clarear/465110236879534?ref=hl.

Revisão: Rejane Moraes

Boa tarde,

Sou Sindico do Condomínio Residencial Liberdade, que fica ao lado da barragem de contenção que está sendo construída aqui no bairro Jaraguá.

Gostaria de deixar ciente que muitos apartamentos estão sendo atingidos pelos tremores causados pela obra, inclusive apartamentos que não foram vistoriados, que ficam no corredor central do condomínio, e que esses tre-mores têm causado preocupações a todos os moradores.

Fica aqui nosso alerta e pedimos que sejam tomadas providências neces-sárias para avaliação de risco, agora que a obra encontra-se mais próxima ao condomínio.

Quando foi feita a canalização do córrego há alguns anos atrás, o bloco F sofreu algumas rachaduras que até hoje não foram reparadas pela Prefeitura e nem construtora responsável.

Atenciosamente,José Eduardo de Oliveira Síndico

Bom dia Tereza,

Estou enviando uma foto para mostrar a minha indignação diante da atitude de uma empresa local que ao fazer a coleta de esgo-to e gordura de um restaurante na Avenida Sebastião de Brito, despejou os dejetos na caixa de passagem que ficam no passeio e, isto, causou um enorme transtorno e mau cheiro, principalmente, para os frequenta-dores de outros restaurantes.

Por maissegurança, sempre

* Tereza BorgesNão tenham dúvida. A in-

segurança é um problema que sempre está e sempre estará em pauta. É um tema que precisa ser debatido incansa-velmente para que possamos encontrar uma solução. Acre-dito que enquanto as leis não forem mudadas para acabar com a impunidade hoje exis-tente no País, e, enquanto fo-rem baixos os investimentos em políticas sociais, a crimi-nalidade aumentará a cada dia. E enquanto essas políti-cas não trazem resultados e respostas eficazes, até que os políticos legislem para o povo e que os corruptos se-jam julgados e punidos, até que a AISP seja construída e que as câmeras de segurança sejam implantadas na região

por meio do Orçamento Par-ticipativo , temos que buscar alternativas imediatas para diminuir a violência. Nós, ci-dadãos comuns e moradores da região Jaraguá/ Dona Clara temos que descruzar os bra-ços e fazer alguma coisa.

Uma sugestão é aprovei-tar a experiência positiva da PM e implantar o maior nú-mero possível de Redes de Vizinhos Protegidos para que possamos nos unir e mostrar que estamos atentos. Se co-nhecermos e interagirmos com o nosso vizinho, aplicar-mos as dicas e códigos da PM e utilizarmos as redes sociais para nos comunicarmos, pro-tegeremos uns aos outros, fazendo com que a criminali-dade vá para outro lugar.

Page 3: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014

Major admite aumento da criminalidade, mas garante que trabalha para combatê-la

Região Pampulha BH/Julho 2015

Trinta Redes de Vizinhos protegidos já estão montadas pela 16a Cia

Em entrevista ao Jornal Clarear, o Major da PM, Má-rio Gomes de Oliveira Neto, conhecido como Major Neto, que assumiu o comando da 16a Cia há quatro meses, não negou que a criminalidade tem aumentado na região, mas garantiu que “à medida do possível estamos traba-lhando para combatê-la”.

Segundo ele, a Polícia Mi-litar vem atuando de acordo com as estatísticas e por isso lembra que é importante fa-zer as ocorrências para que a PM possa pontuar e agir de acordo com a quantidade e o tipo de crimes ocorridos.

Major Neto disse que o Setor Norte, como Planalto, Vila Clóris e Itapoã, a crimina-lidade é mais intensa, sendo que o roubo de celular é o mais comum. Ele citou, por exemplo, que está intensi-

ficando o policiamento no bairro Indaiá, onde existe um alto índice de roubos de car-ros. “Por ser um local próxi-mo a BR é um ponto de fuga rápido e fácil”, explicou.

O comandante da 16a Cia disse que, além das opera-ções preventivas e o trabalho pontual baseado nas estatís-ticas, no Setor 3, área de sua atuação, uma viatura circula-diariamente em todos os tur-nos e a Base Móvel da Polícia Militar fica na avenida Isabel Bueno, o dia inteiro, uma vez por semana.

O Major Neto disse que está lutando para resgatar o processo para a construção da AISP (Área Integrada de Segurança Pública) para que a 16a Cia tenha uma sede pró-pria. “Hoje a Cia funciona no Planalto de uma forma pre-cária sem oferecer condições

ideiais de trabalho aos poli-ciais e, consequentemente, um bom serviço à comunida-de. “Já enviamos ofício a Re-gional Pampulha e estamos em contato com a Associação Comunitária da Região do Jaraguá, para que possamos, juntos, lutar para colocar o projeto em execução”.

Também a presidente da Associação Comunitária dos Moradores da Região do Ja-raguá, Walewska Abrantes, disse que depois da audiência pública realizada no ano pas-sado para discutir o assunto “estamos cobrando das auto-ridades responsáveis o com-promisso que eles fizeram com a comunidade durante a reunião da Comissão de Segurança Pública da Assem-bleia Legislativa do Estado de Minas Gerais”.

O Sargento Goulart, responsá-vel pela implantação da Rede de Vizinhos Protegidos na área de atuação da 16a Cia da PM disse que 10 redes já es-tão em pleno funcionamento. “Outras 30 redes estão sendo implantadas na região”, citou ele ao lembrar que “os resul-tados têm sido bastante posi-tivos”. Já tivemos um apitaço que espantou o ladrão e isto é muito bom para inibir o cri-me.

Segundo ele, é essencial para o bom funcionamento da rede que todos se conhe-çam e troquem experiências no sentido de aprimorar as técnicas existentes. Ele lem-bra que as placas indicativas da Rede de Vizinhos já é uma forma de inibir o marginal, mas explica que os morado-res têm que ficar atentos em relação aos movimentos de

pessoas e carros nas ruas e, em caso de atitudes suspei-tas, acionar a viatura ou o apito, desde de que não este-ja na visão do criminoso.

WhatsappAlém de senhas, trocas de te-lefones, códigos, apitos, os as-sociados da Rede de Vizinhos Protegidos estão também se comunicando pelo Wathsapp, uma forma moderna e rápida de trocar informações e dicas. O Sargento Goulart disse que “estamos repassando filmes e vídeos educativos, além de dicas que podem ajudar o cidadão a se prevenir dos cri-mes”. Quem quiser formar uma Rede de Vizinhos Protegidos na sua rua, basta solicitar a presença do Sargento Gou-lart pelo telefone da 16a. Cia: 3427-0735.

A base comunitária móvel fica na avenida Isabel Bueno uma vez por semana, garante o Major Neto

SEDS divulga diagnóstico e pedestreé o principal alvo do bandido

A Secretaria de Estado de Defesa Civil divulgou pesquisa, por meio do Cen-tro de Diagnóstico de In-formação da Defesa Social (CINDS), mostrando os ín-dices de violência na cida-de de Belo Horizonte.

No total são oito áreas

mais visadas pelos ladrões, sendo que o principal alvo é o pedestre e a principal área é o hipercentro. Quadro

No quadro ao lado, estão relacionados alguns dados de alguns pontos próximos à re-gião da Pampulha.

Placas, códigos, apitos e Whatsapp fazem parte da comunicação

05Segurança 03SegurançaFo

tos

Arqu

ivo

Page 4: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014

O MOVE já melhorou a vida de muita gente.E agora o que vai melhorar é a sua proteção.

MOVE 1 ANO

A MELHORCAPITAL DO BRASILPara saber mais, ligue 156 ou acesse www.bhtrans.pbh.gov.br

O MOVE de Belo Horizonte está completando 1 ano transportando cerca de meio milhão de passageiros por dia com mais conforto, rapidez e economia. E agora o MOVE vai melhorar também a sua proteção. A Prefeitura está colocando equipes de vigilância 24 horas, sete dias por semana, em todas as

estações do MOVE de BH. Ou seja, mais segurança e tranquilidade para quem usa o transporte na capital. Faça você também a sua parte e cuide do que é de todos nós. Um transporte coletivo com mais conforto, rapidez e segurança. É assim que a gente faz a melhor capital do Brasil.

RAPIDEZDanielle OliveiraMoradora doBairro Copacabana

“ Antes eu demorava quaseduas horas pra chegar ao Centro. Hoje, em vinte e cinco minutos eu tô lá.”

Elizabete Maria da CostaMoradora doBairro Comerciários

ECONOMIA

“ É mais rápido e maiseconômico ir trabalhar deMOVE do que de carro.”

CONFORTOJosé Divino da SilvaMorador do Bairro Guarani

“ O MOVE tem tecnologia de primeiro mundo, ar-condicionadoe trafega com rapidez em pista exclusiva.”

Arraial de Belô Pampulha faz sucesso mais uma vez

Cerca de seis mil pes-soas se reuniram na noite do sábado, dia 04, para fes-tejarem mais uma edição do Arraial de Belô 2015 na Pampulha. O evento, re-alizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Regional Pampulha, juntamente com a Belotur, teve a parceria da Igreja Santa Catarina Labouré.

Bandeirinhas coloridas decoravam toda a praça. Barraquinhas com comi-

das típicas e até acarajé para o público se deliciar. Além disso, toda a estrutura e segurança do evento estavam preparadas para garantir conforto e tran-quilidade às pessoas enquanto se divertiam com as apresen-tações dos três grupos de qua-drilhas e os shows das bandas contratadas.

O clima de inverno ficou es-quecido, porque o público foi se aquecendo com as atrações: a Quadrilha Sem Nome foi a primeira se apresentar, seguida

Todas as Terças e Quin-tas Feiras, o gupo de Trucks Food vem ocupando as ruas da praça Santa Catarina de Labouré, no Dona Clara, com seus carros desenhados e car-dápios diferenciados. Com o público cada dia maior já que os serviços não deixam nada a desejar em relação aos res-taurantes, os problemas co-meçam a surgir no local.

A falta de segurança é um dos fatores apontados pelos moradores, mas o policia-

mento já foi solicitado à PM. Outro problema apontado é o lixo que fica na praça nos dias seguintes, depois da pre-sença do Food Trucks.

Breno Rebuit, responsável pelo Uai Pasta, explicou que “o grupo traz toda a infraes-trutura para a praça, inclusive lixeiras”, mas os moradores sugerem ao grupo que reco-lha o lixo assim que terminar seu trabalho porque a Prefei-tura varre a praça somente uma vez por semana.

Food Trucks tem público garantido na praça

pelo Grêmio Recreativo Ar-raiá de São Mateus, do bairro Tupi. Os shows com Fred & Geraldinho e banda e Ranner & Henrique e banda trouxe-ram um repertório variado de forró, pagode, sertanejo uni-versitário, entre outros gêne-ros musicais. A noite foi en-cerrada com a apresentação do grupo Forró Alegre dos Cata Latas, que, com ritmo in-tenso, fez o público dançar e cantar as músicas animadas.

Moradora no bairro São Luís, Solange Madalena de Souza Macedo e sua família sempre prestigiam o Arraial de Belô na Pampulha: “Achei o clima bem familiar e diver-tido. O evento estava bem organizado, muito tranquilo, seguro; um ambiente pro-pício para crianças e idosos. Frequento esta Paróquia e espero que a parceria conti-nue.” Apesar da infraestrutura, moradores querem mais limpeza no local

Região Pampulha BH/Julho 2015

Div

ulga

ção

Andr

eia

Mor

eira

O Arraial é uma parceria de Igreja Santa Catarina de Laboruré

04 Comunidade

Page 5: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014

Uma reunião realizada entre representantes da BH-TRANS e a comunidade teve como objetivo esclarecer que o ponto final da linha 5201 (Dona Clara / Buritis) será transferido da rua Zenita de Souza para a Rua Rita Al-ves Castanheira, entre a rua Orozimbo Nonato e a Aveni-da Sebastião de Brito, atrás do Supermercado BH. A obra que está sendo executada consiste na drenagem pluvial da rua, pavimentação e ade-quação viária para receber os veículos do MOVE.

A previsão de término da obra é no mês Setembro, po-dendo variar em função das chuvas, mas somente depois de sua finalização é que o ponto final será mudado defi-nitivamente. A obra tem 160 metros e está orçada em R$ 550 mil.

Segundo técnicos da BH-

Trans, a mudança do ponto final visa atender à deter-minação NR 24 – Norma Re-gulamentadora 24, para dar mais condições de trabalho e conforto aos operadores do transporte coletivo. Além dis-so, os técnicos alegam que as ruas do bairro são estreitas e que o novo local está próximo da avenida avenida Cristiano Machado e próximo à estação do metrô Primeiro de Maio.

Pela Norma, a empresa de ônibus tem que construir um local com banheiros femi-ninos e masculinos, instalar bebedouro e manter os pas-seios livres.

Durante a reunião, os téc-nicos apresentaram também o novo itinerário da linha 5201, causando discussão en-tre os participantes, que que-rem que o itinerário continue o mesmo.

Muitos moradores e em-

presários contestaram a cir-culação dos ônibus na rua Orozimbo Nonato, alegando o aumento do congestio-namento e insegurança no trânsito, mas os técnicos da BHTrans disseram que com a implantação do novo itine-rário haverá revitalização da pintura das faixas e quebra molas no local.

Diante da insatisfação, moradores e representantes de associações dos bairros se reuniram e fizeram uma pro-posta que já foi encaminhada à BHTrans da Regional Pam-pulha e, em breve, será pro-tocolada na Secretaria do Go-verno (veja quadro abaixo).

A proposta da comunida-de, segundo técnicos da BH-Trans, será analisada, mas, a princípio, o itinerário propos-to pela empresa será coloca-do em execução. Eles alegam que as ruas são estreitas.

Sentido Dona Clara/Bu-ritis: Rua Álvaro Martins, nº 28 (PC), Av. Sebastião de Brito, Rua Orozimbo Nonato, Praça Pedro Cel-so Abreu, Rua Zenita de Souza, Rua Jonas Lins de Oliveira, seguindo pelo iti-nerário atual.

Sentido Buritis/Dona Clara: Itinerário atual até a Rua Le-opoldina Cardoso, Rua Cas-siano Campolina, Rua Bolivar Mineiro, Praça Pedro Celso Abreu, Rua Ministro Orozim-bo Nonato (à direita), Rua Ál-varo Martins, nº 28 (PC - Pon-to Final).

Alterações da Linha 5201 apresentada pela BHTrans

Ponto final da Linha 5201 será transferido para a rua Álvares Martins e as obras já começaram

Moradores também têm proposta para itinerário

A instalação construída pela empresa de ônibus já está pronta As mudanças apresentadas pela BHTrans causaram polêmica entre os participantes da reunião

Região Pampulha BH/Julho 2015

Tere

za B

orge

s

05Segurança 05Transporte

Page 6: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014

Page 7: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014Região Pampulha BH/Julho 2015

Marie-France Hirigoyen (pesquisadora francesa, psiquiatra, psicana-lista) afirmou que na origem do sofrimento no trabalho está o isolamento das pessoas, o medo, a insegurança, a falta de reconhecimento e respei-to, e, a perda do sentido. No entanto, com relação aos efeitos do assé-dio moral sobre a saúde do trabalhador, o assédio moral não pode ser confundido com a “síndrome de burnout”, quando há um esgotamento emocional, físico e psíquico de pessoas muito envolvidas com o trabalho.

Três elementos são essenciais no assédio moral: o agressor, o alvo (ví-

tima), e o contexto que permite que o assédio aconteça (organização do trabalho). Por isso, só se muda o ambiente de trabalho, se a instituição estiver envolvida na mudança.

Apesar de as agressões serem sutis e direcionadas a uma pessoa, Ma-

rie-France Hirigoyen, destacou 4 categorias de análise com relação aos atos hostis de assediar o outro:

* atitudes que geram isolamento e recusa de comunicação,* atitudes que deterioram as condições de trabalho,* atitudes contra a dignidade,* violência verbal ou física.

O objetivo do assédio moral é se livrar de alguém. E, o adoecer é cau-sado pela humilhação e degradação da vítima frente a pequenos ataques difíceis de serem identificados. A desumanização da relação com o ou-tro causa perda da motivação e o assédio persiste no tempo, já que as injúrias e humilhações não são esquecidas. Portanto, o assédio moral é um atentado à dignidade e autoestima das pessoas, sendo que, a vítima continua buscando respostas. - Por que estão fazendo isso comigo? - O que esta acontecendo? Já que existe uma recusa da comunicação e am-bivalência no discurso do assediador.

Quando há diálogo, há explicações, e isto, ajuda a superar o proble-

ma, mas quando a vítima não entende o que aconteceu, não sabe o que fazer. É isto o que adoece: a recusa da alteridade do outro. Enquanto a inveja e o ciúme são os motivos do assediador, a culpa e a vergonha são os sintomas do assediado. No assédio moral há uma dominação unilate-ral, o que constitui o problema não é nomeado, e visa imobilizar a pessoa a fim de eliminá-la.

Quando a violência é “naturalizada” ela é menos visível. Por isso, é

essencial inserir a prevenção ao assédio moral nos riscos profissionais, já que na prevenção primária busca-se reduzir riscos e consequências, re-pensando a organização do trabalho. Na prevenção secundária busca-se a erradicação do problema. E, na prevenção terciária o acompanhamen-to do indivíduo com sofrimento, pois, é necessário reintroduzi-lo em sua dimensão humana.

Arthur Lobato / É Psicólgo / Saúde do Trabalhador

Assédio Moral

As origens do sofrimento no trabalho

A crise econômica do País foi o tema do 30 Café com Oração, realizado no último dia 28, na Cresap, presidido

Valcir Aguiar, Evilásio Pires, da Evilásio Imóveis e Fernando Sander, da Natação

Prof. Clauver, Marta, da 3x4 Publicidade, Marilia, da Lipy Papelaria e Sandra, da Word Up English School

É a terceira vez que empresários da região do Jaraguá reúnem-se no salão da Cresap

pelo Padre Gilson, seu idealizador. O evento com Oração é realizado a cada dois meses

Oração e debate reuniramempresários

05Segurança 07Social

SILVERATAMateriais para Construção

40 Anos de bom atendimentoCimento CoIV - R$ 19,80Tubo Amanco 100 mm - R$ 50,00Tinta rende muito Coral Latex 18L - R$ 153,90

Pro

duto

s em

ofe

rta a

té 3

0 d

e A

go

sto

ou e

nquanto

dura

r o

est

oque

PAGAMENTO

EM DINHEIRO

Page 8: Jornal clarear edição 151

Região Pampulha BH / Maio 2014

A movimentação e o es-tacionamento irregular no entorno do Mineirão, em dias de jogos e eventos, vem causando sérios transtor-nos entre os moradores da região. Por isso, o vereador Sérgio Fernando Pinho Tava-res (PV) realizou o mês pas-sado, uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir o tema e as possíveis soluções.

Para Sérgio Fernando, a motivação desta audiência veio a partir de duas situa-ções vividas rotineiramente no entorno do Mineirão: a falta de vagas de estacio-namento no entorno do estádio e a movimentação de pessoas na região. “Hoje nós temos uma restrição de estacionamento em al-gumas vias do entorno do estádio e existe um grande número de imóveis, muitos desabitados, que nos dias de jogos acabam funcionan-do como estacionamento. Logicamente, em função da

previsão legal, são irregulares e ilegais. Porém, ainda assim, estes espaços acabam ten-do uma função importante na questão da mobilidade”, destacou. Estima-se que exis-tam no entorno do Mineirão cerca de 2.500 vagas criadas especificamente nos momen-tos de realização de eventos e jogos. Na opinião do par-lamentar, “é preciso discutir, mesmo cientes da irregulari-dade e da precariedade dessa atividade, uma possibilidade de viabilizá-las”.

Sobre a utilização do es-paço público para realização de churrascos nas ruas da Pampulha, Sérgio Fernando se posicionou contra e lem-brou que “vários torcedores chegam mais cedo, estacio-nam seu carro na via pública, utilizam passeios e gramados para montar a estrutura de um mini evento, deixam o som alto e ficam se divertin-do até minutos antes do jogo. Depois vão embora e largam a sujeira jogada nas vias”,

afirmou. Para Fábio Oliveira de Al-

meida, Major Comandante da 17ª Companhia da Polícia Militar, o ideal seria trazer o estacionamento para o mais próximo possível do Minei-rão, o que ocasionaria a utili-zação de um efetivo menor e mais eficiente. Mas esta me-dida inviabilizada o funciona-mento do transporte público.

Israel Arimar de Moura, presidente do Sindibel, falou um pouco sobre a atuação dos fiscais da prefeitura de

Belo Horizonte em dias de evento e entregou ao verea-dor Sérgio Fernando um re-latório com os problemas en-contrados pelos profissionais do município. “Nós temos uma fiscalização com o quan-titativo reduzido de agentes públicos. BH deveria ter 600 fiscais, o que é insuficiente, e hoje trabalhamos com menos de 300”, destacou.

Fábio Souza Melo, mo-rador da regional Pampulha e diretor de Meio Ambiente da Pró-Cívitas, destacou que

somente após a reforma do Mineirão surgiram os pro-blemas no entorno do Mi-neirão. “Ocorreu uma redu-ção do número de vagas no estádio e isso faz com que os carros estacionem nas ruas. Além disso, existe o proble-ma dos churrasquinhos. As pessoas fazem o evento na porta da sua casa: levam o carvão, a carne, a bebida, consomem e depois fazem sua necessidades fisiológi-cas nas portas das residên-cias”, contou.

Alexandre Salles Cordei-ro, secretário Adjunto de Fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte, disse que há quase um ano a prefeitura tem sugerido que a Minas Arena crie uma área de con-vivência na esplanada do Mineirão. Essa feira seria organizada e fiscalizada pela prefeitura, garantindo mais segurança, acesso a alimen-tos e banheiros. O vereador vai encaminhará as suges-tões à Prefeitura.

Depois da audiência pública, sugestões vão para a PBH

Região Pampulha BH/Julho 2015

Luis

a N

aves

A audiência pública foi realizada pelo veredor Sérgio Fernando (PV)

08 Pampulha