Nesta
edi-
ção:Nesta edi-
ção:
JE Fernando Namora
A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S D E C O N D E I X A - A - N O V A
2º TRIMESTRE
#23232323 - 2010/2011
DIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONO 1/31/31/31/3
EDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIALEDUCAÇÃO ESPECIAL 5/105/105/105/10
CLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEU
12/1312/1312/1312/13
ATL ATL ATL ATL
14/1914/1914/1914/19
BIBLIOTECA ESCOLAR BIBLIOTECA ESCOLAR BIBLIOTECA ESCOLAR BIBLIOTECA ESCOLAR EB Nº2EB Nº2EB Nº2EB Nº2
20/3020/3020/3020/30
BIBLIOTECA FERNANDO BIBLIOTECA FERNANDO BIBLIOTECA FERNANDO BIBLIOTECA FERNANDO NAMORANAMORANAMORANAMORA
32/3332/3332/3332/33
LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-NHIANHIANHIANHIA
34/3734/3734/3734/37
SUPLEMENTO:
FOLHA DO CNO
Nesta edição:
No dia 17 de Março, as turmas do 12º ano visi-
taram o Palácio Nacional de Mafra onde assis-
tiram também à Leitura Encenada do Memo-
rial do Convento.
E AINDA:
• Energia Nuclear-12ºB
• No fio das histórias
• A. Projecto-12ºA
• O 12ºB tem talento!
Página 2 Jornal de Escola
Jornal de Escola Página 3
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Trabalho realizado por: Vanessa Paulino, Daniela Dias e Bruno Linharelhos, 6ºB
JANEIRAS
Cantar as Janeiras ou "cantar os Reis" é uma tradição que consiste em cantar músicas pelas ruas, com grupos de pessoas anunciando o nascimento de Jesus e desejando um feliz ano novo. Esses grupos vão de porta em porta, pedindo aos residentes as sobras das Festas Natalícias. Hoje em dia, essas “sobras” traduzem-se muitas vezes em dinheiro.
Normalmente é no dia 6 de Janeiro, Dia de Reis. Hoje em dia, muitos grupos prolongam o Cantar de Janeiras durante todo o mês.
A tradição geral e a mais normal são que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos (no caso de os haver são mais comuns: pandeireta, bombo, flauta, viola, acordeão, etc.). Depois do grupo feito, e de distribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança.
Terminada a canção numa casa, espera-se que os donos tragam as janeiras. Às pessoas que abrem a porta canta-se, por exemplo:
Esta casa é tão alta É forrada de papelão Aos senhores que cá moram Deus lhe dê a salvação Há também algumas quadras insultuosas reservadas para aqueles que não dão as
janeiras. No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou então, comem todos
juntos aquilo que receberam. No passado dia 6 de Janeiro, como indica a tradição, a turma B, do 6.º ano, foi cantar as Janeiras pelas ruas de Condeixa. Foi ao Centro de Saúde de Condeixa-a-Nova, aos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova, ao Lar de Idosos e à Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova. As músicas que cantaram foram:
� Boas Festas � Boa Noite
Jornal de Escola Página 5
No passado dia 11 de Fevereiro, no Auditório da
Escola Básica dos 2º e 3º ciclos do Agrupamento de Escolas
de Condeixa-a-Nova, um grupo de professoras de Educação
Especial dinamizou uma sessão para pais e encarregados de
educação e outros interessados, subordinada ao tema
“Desafios da Escola Inclusiva: a realidade do
Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova”.
O sistema educativo português, desde há algumas décadas, está empenhado em
reestruturar as escolas no sentido de as tornar verdadeiras comunidades, onde todos os
alunos, sem excepção, possam aprender. Daí que se tenham convidado pais, encarregados de
educação e outros interessados pela temática a
conhecer melhor o que é uma escola inclusiva, de
modo a que se tornem aliados na construção desta
escola e, consequentemente, de uma sociedade
mais inclusiva e respeitadora da pessoa. Uma
intervenção adequada deverá valorizar a influência
de uma grande variedade de contextos educativos.
Por outro lado, cabe a todos nós, professores, pais,
outros profissionais e membros da comunidade, sentirmo-nos parte do projecto educativo onde
as nossas crianças estão inseridas. Só com a adopção de atitudes consentâneas, por parte de
todos os intervenientes, o sucesso da inclusão no contexto escolar poderá ser o desejado e o
merecido.
Nesta sessão foi dado mais espaço à
diferença, nomeadamente à diferença mais visível,
isto porque se entendeu que este é o começo de um
processo que poderá conduzir à
consideração/atenção da diferença nas suas
componentes mais subtis. A diferença que a
deficiência implica é só a parte mais visível de uma
realidade uma vez que, falar de inclusão implica falar
de multiculturalidade, dificuldades de aprendizagem,
sobredotação, crianças em risco educacional, e até mesmo de alunos sem necessidades
educativas especiais. Todos nós somos diferentes e, pelos mais diversos motivos, num ou
noutro momento/contexto, apresentamos necessidades educativas “especiais”.
O grupo de professoras que organizou a sessão
Folha da
Educação Especial
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Temos novidades! Os nossos cavaleiros andam imparáveis e têm-nos surpreendido bastante! Para quem não
os conhece, passamos a apresentá-los:
Vítor, 6ºC Jorge, 6ºC Hugo, 3ºA,
EB1 Condeixa-a-Nova
Como já sabem (vide edição anterior), os alunos da Sala de Ensino Estruturado
frequentam sessões de Hipoterapia no Centro Hípico de Coimbra desde o passado ano
lectivo. E, se de início, mostravam algum receio em relação aos cavalos, actualmente estão
perfeitamente à vontade, evidenciando progressos notáveis.
O Vítor, que nos primeiros tempos parecia uma autêntica estátua quando montava, de
tão hirto que ficava, hoje em dia até joga ao galo no dorso do cavalo, como a próxima
fotografia pode confirmar.
O Jorge há muito que já é capaz de aguentar o trote e o galope (curto), e ontem
começou a montar sozinho. Eis o orgulhoso cavaleiro:
Jornal de Escola Página 7
Quanto ao Hugo, apesar de ser o
mais novo dos cavaleiros, foi sempre o
cavaleiro mais entusiasta e
“destemido”. Mal sobe ao dorso da
Lúcia (uma égua muito paciente!!!),
começa logo a solicitar o trote. E,
quando finalmente passa do passo ao
trote, já está a pedir à professora que
ponha a égua a galopar. Não há
exercício que ele não se atreva a experimentar, demonstrando uma destreza
impressionante para um menino com dificuldades ao nível da motricidade (fina e grossa).
A Lúcia é a égua que normalmente “carrega” os nossos
cavaleiros nas sessões de Hipoterapia. Como dissemos
mais atrás, trata-se de uma égua muiiiiiiiito paciente,
cuja grande maturidade (tem quase 30 anos!) permite-
-lhe acompanhar de uma forma muito colaborante os
nossos alunos, sessão após sessão.
No início de Janeiro deixámos de poder contar com a
sua companhia porque teve uma lesão numa das patas.
Receámos pela saúde da Lúcia, já que é tão velhinha,
mas, felizmente, regressou ao trabalho há cerca de três semanas! Enquanto a “nossa”
querida égua se recuperava, pudemos contar com a Natacha! Também é uma égua com muita
maturidade, mas não tanto como a Lúcia. Eis a “foto de família” que tirámos no dia em que
nos apresentámos à Natacha, e vice-versa: → → → → →
Mas falta aqui a D. Judite, que nunca nos deixou de
acompanhar. Sem ela, a “família” não ficaria completa:
↵
↵
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UNIDADE DE APOIO À MULTIDEFICIÊNCIA
SALADA DE FRUTAS
Os alunos da Unidade de Apoio à Multideficiência, em conjunto com alu-
nas de CEI, fizeram uma Salada de Frutas, que mais tarde puderam sabo-
rear no refeitório na hora do almoço.
Com esta actividade organizada numa perspectiva funcional, “ É FUNCIO-
NAL TUDO AQUILO QUE SE O ALUNO NÃO O SOUBER FAZER SÒZI-
NHO, ALGUÉM TERÁ QUE O FAZER POR ELE” pretendeu-se privilegiar
a autonomia, a comunicação e a socialização.
- Os frutos foram identificados (nomes, cores, nome das árvores que os
dão)
- nome dos frutos no sistema Makaton (sistema alternativo de comu-
nicação)
- os materiais necessários à realização da actividade foram discutidos
- os que podemos descascar à mão e os que necessitam
de uma faca
- a utilização da faca e os cuidados necessários
- como se descasca e como se corta
- lavagem e secagem dos utensílios utilizados
- como se escrevem os nomes dos frutos
- de que cor os devemos pintar
- quantos frutos utilizamos
Jornal de Escola Página 9
MAKATON
Aprender a usar gestos não é mais difícil do que aprender a falar.
Os gestos não requerem tantos movimentos finos como a fala,
Podem reflectir melhor a realidade, são vistos durante mais
tempo
do que é ouvida a fala, e são mais fáceis de imitar, verificar e
aperfeiçoar...
Há pessoas que não conseguem usar a fala ou a escrita. Muitas
crian crianças nestas condições acabam por se tornar passivas e isoladas
por não conseguirem comunicar eficazmente com as pessoas que as
rodeiam. Para as poder ajudar construíram-se sistemas de comuni-
cação que se tornam eficazes se forem entendidos e respondidos.
O Sistema Makaton foi definido em Inglaterra, por Margaret Walker
que, de início, previa apenas o uso de gestos a acompanhar a fala,
tendo, mais tarde, sido desenvolvido um sistema gráfico com símbo-
los correspondentes ao vocabulário seleccionado.
Banana
Laranja
Maçã
Pêra
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IMPERDÍVEL!!!!IMPERDÍVEL!!!!IMPERDÍVEL!!!!IMPERDÍVEL!!!! Na próxima Folha da Educação Especial publicare-
mos:
Uma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no AlgarveUma aventura no Algarve
Dia Mundial da Consciencialização do
Autismo
Nome oficial Dia Mundial da Conscien-cialização do Autismo
Também chamado por Dia Mundial do Autismo
Tipo Mundial
Seguido por Mundo todo
Data 2 de Abril
Início 2 de Abril de 2008
O Dia Mundial do Autismo, ou Dia Mundial para
a Consciencialização do Autismo, assinalado
anualmente a 2 de Abril, foi criado pela Orga-
nização das Nações Unidas, em 18 de Dezem-
bro de 2007, para uma maior consciencializa-
ção sobre esta perturbação do desenvolvi-
mento.
As pessoas com autismo têm três grandes gru-
pos de perturbações. Segundo Lorna Wing
(Wing & Gould, 1979), a tríade de perturbações
no autismo manifesta-se nos seguintes domí-
nios: social, linguagem e comunicação, pensa-
mento e comportamento.
Domínio social: o desenvolvimento social é per-
turbado, diferente dos padrões habituais, espe-
cialmente no que respeita ao desenvolvimento
interpessoal. A criança com autismo pode isolar-
se mas pode também interagir de forma estra-
nha, fora dos padrões comuns.
Domínio da linguagem e comunicação: a
comunicação, tanto verbal como não verbal é
deficiente e desviada dos padrões habituais. A
linguagem pode ter desvios semânticos e prag-
máticos. Muitas pessoas com autismo (estima-se
que cerca de 50%) não desenvolvem lingua-
gem durante toda a vida.
Domínio do pensamento e do comportamento:
rigidez do pensamento e do comportamento,
fraca imaginação social. Comportamentos
ritualistas e obsessivos, dependência em rotinas,
atraso intelectual e ausência de jogo imaginati-
vo.
Estima-se que existam cerca de 70 milhões de
pessoas em todo o mundo com Perturbações
do Espectro do Autismo, sendo a sua prevalên-
cia maior nos rapazes do que nas raparigas (4 a
5 rapazes para 1 rapariga).
Sabes que… Existe no nosso Agrupamento uma Unidade
de Ensino Estruturado para o Autismo (UEEA)?
A UEEA se situa na E.B. 2, 3? Na página WEB do nosso Agrupamento
podes consultar mais informação sobre as Perturbações do Espectro do Autis-mo?
Para assinalar o Dia do Autismo, vários monumentos, no mundo inteiro, se ilumi-nam de azul (em Portugal, a Torre dos Clérigos e a estátua do Cristo Rei)?
A professora responsável pela UEEA: Maria João
Antunes
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ENERGIA NUCLEAR – uma
moeda de duas faces! A energia nuclear é a energia associada às modificações da constituição do núcleo de um átomo. Esta energia pode ser libertada duran-te um processo de desintegração radioactiva ou libertada ou absorvida em consequência de uma reacção nuclear. A energia libertada (∆E) está relacionada com a redução da massa dos reagentes (∆m ) atra-vés do Princípio da Equivalência Massa-Energia de Einstein:
∆E = ∆m c2 em que c representa a velocidade da luz no vácuo. A energia nuclear pode ser produzida através quer da cisão de núcleos pesados (fissão ou cisão), quer da fusão de núcleos leves. Nas centrais nucleares actuais, a energia pro-vem de reacções de fissão, sendo um elemen-to pesado (como, por exemplo, o urânio ou o plutónio) o combustível utilizado. A radioactividade é um fenómeno natural ou
artificial, no qual algumas substâncias ou ele-
mentos químicos radioactivos são capazes de
emitir radiações através de partículas alfa,
beta e ou gama.
A radioactividade não apresenta apenas
efeitos nocivos à saúde e não se associa ape-
nas a bombas atómicas ou a armas nucleares,
a energia nuclear é muito mais do que isso,
podendo ter aplicações benéficas ao ser huma-
no.
Uma destas aplicações é utilizada na agricul-
tura e, tem como principal objectivo conservar
os alimentos e mantê-los frescos (carnes, pei-
xes, mariscos, etc.). As radiações que são uti-
lizadas neste processo impedem o crescimento
de agentes produtores da deterioração des-
truindo os fungos e bactérias, não danificando
os alimentos.
Ana Melro nº1, Mariana Bandeira nº18 e Méla-nie Rato nº20 (12ºB)
A radioactividade é normalmente vista como uma forma
de obter energia. No entanto, esta pode surgir na Nature-
za em certos elementos de forma espontânea, como por
exemplo no Carbono-14.
Esta forma de energia tem vários interesses para o
Homem, uma vez que é utilizada na medicina e na
paleontologia (na datação radiométrica), entre outros.
Apesar de todas as suas utilidades, a principal consiste
no uso desta propriedade para obtenção de energia.
Esta forma de obtenção de energia é de certa forma
paradoxal visto que, por um lado, tem um alto rendimen-
to energético e uma boa relação custo/beneficio
(principal argumento dos defensores), mas por outro, a
libertação de radiação e os resíduos activos são a princi-
pal causa para as pessoas serem contra esta alternativa.
Ana Teixeira , Cláudio Silva e Francisco Lopes
(12ºB)
A radioactividaderesulta da desintegração espontânea
do núcleo atómico de alguns elementos (urânio, polónio
e rádio) ditos instáveis. Neste processo é emitida radia-
ção que pode ter diferentes naturezas: alfa, beta e gama.
A radioactividade foi descoberta por Henri Becquerel
poucos meses depois da descoberta de raios-X. Becque-
rel verificou que as radiações emitidas pelo urânio são
capazes de penetrar na matéria.
A energia nuclear tem variadíssimas aplicações em
diversas áreas. Aplica-se por exemplo na medicina, no
âmbito de testes diagnósticos como SPECT (single pho-
ton emission computed tomography), o PET (positron
emission tomography) e o TAC (tomografia axial compu-
torizada).
Aplica-se também na produção de energia em centrais
de fissão nuclear.
Apesar dos seus aspectos positivos, a energia nuclear
tem as suas controvérsias. Radiação excessiva e desas-
tres nas centrais nucleares (por exemplo, Chernobil),
são extremamente perigosos, para o ser humano e para
o ambiente.
No nosso grupo metade dos membros são a favor da uti-
lização da energia nuclear, pois consideram que os
ganhos da sua utilização são superiores às perdas. Os
restantes pensam o contrário.
Carlos Brás, Érico Cravo, Pedro Pimentel
Miguel Monteiro e Ricardo Santos (12ºB)
Consoante a perspectiva, a radioactividade tem dois pontos de vista. Pela positiva tem-se a sua utilização no trata-
mento de alimentos, evitando assim a utilização de pesticidas. Outro aspecto positivo pode ser no tratamento através
de radioterapia.
Pela negativa, a exposição à radioactividade pode causar mutações genéticas, cancro e outras doenças eventual-
mente fatais. Estes danos provocam impedimento da divisão celular, danificação da divisão celular, modificações na
estrutura genética das células reprodutoras e ainda a destruição total da célula. Beatriz, Daniel Fernandes, Telmo e Inês Pocinho (12ºB)
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Teve lugar no dia 21 de Fevereiro, das dez horas e vinte minutos às onze horas e cinquenta minutos, na Mediateca escolar da Escola Secundária Fernando Namora uma palestra dedicada ao Dia Internacional da Língua Materna, organizada pelo Clube Europeu da escola supra-citada.
Celebra-se a 21 de Fevereiro o Dia Internacional da Língua Materna. Proclamado pela Conferência Geral da UNESCO em Novembro de 1999. Desde Fevereiro de 2000 que se comemora este Dia Internacional, com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural e o plurilinguismo.
Estimam-se em quase 6000 as línguas faladas no mundo, mas cerca de metade está à beira da extinção. Neste contexto, a UNESCO propõe que a Internet contribua para a recuperação das línguas ameaçadas. Assinale-se que o português não faz parte deste conjunto, dado que se crê ocupar a 6.ª posição na lista dos idiomas mais falados no mundo.
Algumas fontes mostram que dos cerca de 6 mil idiomas no mundo, 200 já foram extintos nas últimas três gerações. Índia, Estados Unidos, Brasil, Indonésia e México são os países com maior diversidade linguística e com mais idiomas em extinção.
O Clube Europeu decidiu assinalar este dia com uma exposição na mediateca dedicada aos países de origem dos nossos alunos e uma outra no espaço próprio deste clube, a qual contava com um placar no qual se assinalavam todos os alunos pertencentes às
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escolas EB2/3 de Condeixa-a-Nova e Escola Secundária Fernando Namora nascidos noutros países que não Portugal.
A palestra realizada na mediateca contou com a presença dos seguintes alunos na qualidade de palestrantes: Yulianna Mazurkevych do 7º D, em representação da Ucrânia, Alexandre Gomes do 9ºD, em representação da França, Jahongir Miralimov do 9ºD, em representação do Usbequistão, Susan Macedo do Curso Profissional de Técnico de Turismo, em representação do Reino Unido, João Grilo do 11º A, em representação do Canadá e Oswaldo Furtado do 12º C, em representação de Cabo Verde.
Tivemos ainda a honra de contar com a presença do professor Carlos Fontes, em representação de São Tomé e Príncipe.
A assistir à palestras estiveram as turmas do 7ºF e do 9ªD, turmas escolhidos pelo facto de serem aquelas que têm maior número de alunos nascidos em países estrangeiros. Presentes também estiverem vários professores acompanhantes, convidados ou que voluntariamente se juntaram ao público desta palestra.
A apreciação global feita pelos presentes foi que a palestra se revelou muito interessante, pois permitiu o aprofundamento de conhecimentos e um melhor entendimento da cultura dos colegas que com eles partilham a mesma escola.
"Você imagina um mundo inteiro igual, todo mundo falando a mesma língua? A grandeza desse mundo é exactamente a multiplicidade, a diversidade, a diferença que existe entre as pessoas e principalmente a diferença entre as línguas, as palavras, os sons, os ritmos, os tons. Viva a diversidade",
O escritor Ignácio de Loyola Brandão
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“ No fio das histórias, como no fio da vida, cada um tece o seu tapete
Contar histórias com tapetes ou painéis de tecido é uma manifestação popular recorrente
em diversas culturas do mundo e em distintas épocas da história da humanidade. Encontramos
exemplos dessa manifestação nos gabeh’s iranianos, na arpilléria andina, nos quilts narrativos da
tradição colonial norte-americana e nos painéis encontrados no nordeste do Brasil.
Em 1988, em França, a educadora Clotilde Hammam e o seu filho, o artesão Tarak Hammam, cria-
ram o projecto Raconte-Tapis. Inspiraram-se na tradição popular milenar de contar histórias com
tapetes ou painéis de tecido, com o objectivo de estimular a leitura.
Criaram assim, tapetes contadores de histórias em que através de um tapete tendo por base o
chão aparece uma narrativa onde texto e têxtil são irmãos gémeos, nascidos do empenho de
transformar natureza em cultura, cuja trama envolve palavra e tecido. Das palavras e mãos do
contador, personagens feitos de tecido vivem as suas aventuras sobre um cenário cheio de cores,
texturas e volume. São cuidadosamente manipulados e centrados num tapete colorido. O tapete é
instrumento lúdico, é o cenário, o livro que vive e está ali para a experiência de qualquer um.
É com base neste projecto que surgiu este atrevimento: Histórias debaixo dos pés – tapetes con-
tadores.
O tapete contador é confeccionado exclusivamente em tecido a partir de um livro, corresponden-
do-lhe ao nível da ilustração e da estrutura narrativa. É sempre um tapete e um livro, trata-se de
um espaço organizado, uma porção do mundo em miniatura feita de tecido, material tão próximo
da criança, associado ao conforto da cama, do colo do adulto afectivamente significativo para a
criança, da roupa que aquece e protege. Cada tapete contador é a promessa de uma história a
descobrir no livro que o acompanha.
O tapete contador de histórias não é mais do que uma
simples estratégia de promoção da leitura e tem-se mos-
trado eficaz.
NO FIO DAS HISTÓRIAS
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Na idade dos porquês
Professor diz-me porquê? Por que voa o papagaio que solto no ar que vejo voar tão alto no vento que o meu pensamento não pode alcançar? Professor diz-me porquê? Por que roda o meu pião? Ele não tem nenhuma roda E roda gira rodopia e cai morto no chão... Tenho nove anos professor e há tanto mistério à minha roda que eu queria desvendar! Por que é que o céu é azul? Por que é que marulha o mar? Porquê? Tanto porquê que eu queria saber! E tu que não me queres responder! Tu falas falas professor daquilo que te interessa e que a mim não interessa. Tu obrigas-me a ouvir quando eu quero falar. Obrigas-me a dizer quando eu quero escutar. Se eu vou a descobrir Fazes-me decorar. É a luta professor a luta em vez de amor.
ALGUMAS ACTIVIDADES NA BIBLIOTECA FERNANDO NAMORA 2011
ÁREA DE PROJECTO 12º ANO
PESQUISANDO E TRABALHANDO…
DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA
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Eu sou uma criança. Tu és mais alto mais forte mais poderoso. E a minha lança quebra-se de encontro à tua muralha. Mas enquanto a tua voz zangada ralha tu sabes professor eu fecho-me por dentro faço uma cara resignada e finjo finjo que não penso em nada. Mas penso. Penso em como era engraçada aquela rã que esta manhã ouvi coaxar. Que graça que tinha aquela andorinha que ontem à tarde vi passar!... E quando tu depois vens definir o que são conjunções e preposições... quando me fazes repetir que os corações têm duas aurículas e dois ventrículos e tantas tanta mais definições... o meu coração o meu coração que não sei como é feito nem quero saber cresce cresce dentro do peito a querer saltar cá para fora professor a ver se tu assim compreenderias e me farias mais belos os dias.
Alice Gomes (1946)
INVASÕES FRANCESAS
DR. FRANCISCO GIL
ÁRBITRO OLEGÁRIO BENQUERENÇA
INTERNET SEGURA
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Línguas & Companhia
À minha ”bó” Fui criada contigo. Durante doze anos da minha
vida vivemos sob o mesmo tecto e partilhámos
o mesmo quarto ao longo de dez anos.
Lembro-me tão bem de me dizeres como tinha
sido a tua infância! Era só bolos para aqui, só
bolos para ali, pois tinhas de ganhar dinheiro
para sustentar a minha mãe. Lá em Loriga,
todos adoravam as tuas cavacas que, ainda
quentinhas, sabiam tão bem...
Recordo as tuas mãos grossas e geladas a pas-
sarem pelo meu cabelo, nas manhãs em que
me fazias tranças. O teu rosto magro, com
todas aquelas rugas, iluminava-se fazendo com
que o teu sorriso fosse ainda mais rasgado e
brilhante. Andavas sempre de totó, com os teus
cabelos brancos e longos muito bem pentea-
dos. Trazias aos ombros o peso de um passado muito sofrido, mas não era por isso
que deixavas de brincar comigo às bonecas e, mesmo só tendo o quarto ano, aju-
davas-me a decorar a tabuada nos tempos em que eu andava na primária. Todas
as noites rezávamos e dizias-me sempre para pedir a Deus tudo de bom. Ainda me
lembro tão bem, minha querida “bó”…
A mãe diz, muitas vezes, que foste uma lutadora e eu acredito. Ficaste a tomar
conta dela aos treze meses, e conseguiste. Foste forte! Ficaste viúva muito cedo,
perdeste um filho e o outro… tu sabes…
Confesso que tenho saudades dos rebuçados de fruta que andavam sempre
contigo, do lenço de pano que me limpava as lágrimas sempre que esmurrava um
joelho ou me caía um dente. Sinto todos os dias o cheiro do teu xaile velho, que me
aquecia nos momentos mais gélidos. Eras pequenina e, para o fim, já pouca força
tinhas nos braços, mas quase todos os dias me sentavas ao teu colo enquanto eu
via os bonecos. E ao domingo, quando deixaste de poder ir à rua, assistíamos jun-
tas à missa transmitida na televisão.
Admiro-te imenso por teres sido quem foste, por teres lutado até ao fim, por
nunca teres desistido e por, até nos últimos minutos da tua vida, teres falado em
mim e nos manos.
Obrigada, “bó”, por tudo o que me ensinaste.
Filipa Beatriz (10.ºC)
Jornal de Escola Página 35
Com mais de trinta primaveras vividas,
a sua vida foi sendo talhada duramen-
te, mais povoada de dores do que ale-
grias. Talvez por isso o sorriso lhe seja
raro, embora encantador quando lhe
aflora aos lábios, o riso contagiante
que ecoa no ar e lhe ilumina os olhos
maravilhosamente azuis como o céu,
mais claros nas manhãs solarengas em
que a luz invade o mundo e a sua
alma. De rosto magro, repleto de sar-
das, cabelo outrora dourado, caindo-
lhe numa cascata de caracóis sobre os
ombros, agora pintado em tons escu-
ros, escondendo a brancura imposta
pelo tempo, é uma mulher com uma
força extraordinária, a dona de casa
perfeita e dedicada, a mãe galinha que tudo enfrenta, sensata,
crente no seu Deus, trabalhadora por natureza.
Enfrenta os problemas de forma resoluta, procurando solu-
ções cuidadosamente. Tem espírito de criança com vontade de
aprender, já que outrora a saúde lhe negou esse prazer. Esposa
carinhosa e saudosa, mãe que cuida com amor, que ama com
verdade, que detesta falsidade e malícia. Teve uma infância dura
e parca em sorrisos. Hoje, vive para os frutos do seu primeiro e úni-
co amor, e para este, com uma força que nem sei de onde vem.
Lágrimas também lhas vejo, num silêncio escondido, mas agora já
não tanto como nos tempos difíceis já passados.
Admiro-a pela sua força, pelo amor imenso que tem em si, e
pela vontade de viver a nosso lado e para nós.
Esta é a extraordinária mulher a que eu tenho o enorme pra-
zer de chamar MÃE!
M. M. (10.ºC)
Página 36 Jornal de Escola
Por ocasião da comemoração da Semana da Leitura do
Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova e do Dia
Mundial da Poesia 2011, as equipas do Plano Nacional de
Leitura, da Biblioteca Escolar e da Biblioteca Municipal de
Condeixa promoveram o Concurso de Poesia 2011.
É com muito orgulho que aqui transcrevemos o poema vencedor do 3.º prémio, da autoria de
uma aluna do 10.º ano. Parabéns e continua a encantar-nos!
Talvez hoje venhas Como um perfume dançando Na púrpura noite estrelada De vento lamuriante. Talvez venhas Em passos de silêncio Bailando pela noite Pelos loucos devaneios de minha alma. Talvez venhas Arrebatador sem ter nome Âmago de ilusões proibidas Aprisionando-me em teus braços de ternura. Talvez esta noite venhas Com deleitosas carícias Beijos de mel e de fogo Sussurros de calor, segredos. Talvez esta noite venhas amar-me Amante de meus sonhos. Talvez esta noite Em que a lua é prateada na escuridão Talvez esta noite. M.M.
Entrevista à D. Fátima Somos alunos do 10.º T.T. e, no âmbito da disciplina de Português, resolvemos fazer entrevistas a fim de dar a conhecer um pouco mais da vida dos funcionários que servem todos os dias a comunidade escolar da ESFN.
- Bom dia. Soubemos que a D. Fátima é a funcionária com mais anos ao serviço desta escola e que está pres-tes a aposentar-se. Pode revelar-nos o seu nome com-pleto? “Claro. Chamo-me Maria de Fátima da Conceição Silvestre.” - Há quantos anos trabalha nesta escola? “Trabalho nesta escola há 27 anos.” - Sempre exerceu as mesmas funções ao longo da sua carreira? “Não, já trabalhei de noite, no bar, agora
estou no corredor, ou seja, tenho tido vários postos.” - Gosta/gostou de trabalhar aqui? “Gostei, mais ou menos... Já gostei mais…” - Houve algum momento / pessoa que a tenha marcado positiva ou negativamente? “Vários, mas guardo-os só para mim.” - Como certamente sabe, diz-se que a senhora não tem muita paciência com os alunos… Na sua perspectiva, a que se deve tal fama? “É só para alguns, para outros tenho muita paciên-cia, até gosto muito deles e brinco com eles. Não se pode gostar de todos e a fama a mim não me importa. Só tenho de cumprir aquilo que me mandam.” - Pensa que é demasiado rigorosa com os alunos? “Não, até sou amiga deles, daqueles que merecem.” - Que diferenças notou ao longo destes anos no comportamento dos alunos? “O comporta-mento tem vindo a piorar. Mas só dalguns alunos, não de todos. Uns são melhores e outros piores. É como tudo na vida…” - Como caracteriza o seu relacionamento com os professores? “Bom, mas só com alguns. Não posso gostar de todos…” - E com as suas colegas? “Com elas acontece o mesmo.” - O que faz durante os seus tempos livres? “Durante os meus tempos livres, faço doces, croché, arraiolos, rendas, malhas e vendo produtos.” - E quando se reformar, como pensa ocupar o seu tempo? “Da melhor maneira possível, pre-cisamente como nos meus tempos livres. Mas também quero passear: vou ver os meus neti-nhos a Lisboa e ao Luxemburgo.” - Agradecemos a sua colaboração, a sua simpatia e o tempo dispensado para a realização desta entrevista. “Eu também vos agradeço por se terem lembrado de mim.”
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Somos um grupo de Área de Projecto do 12ºA, denominado de iMunes, constituído pelos alunos Andreia
Lapo, Diogo Natário, João Lima e Mauro Silva. O tema do nosso trabalho é o “Cancro” e de entre as actividades
desenvolvidas faz parte esta entrevista a uma pessoa com Cancro.
Antes de lhe ser diagnosticada a doença sentia-se uma pessoa realizada?
Sim, sentia-me realizada.
Que sintomas a levaram a procurar a ajuda de um profissional?
Num certo dia, apalpei um caroço na mama e a partir daí decidi ir ao médico de família, para ver o que ele
achava.
E em relação ao acompanhamento pelo seu médico de família?
Foi excelente. Foi tudo muito rápido, eu encontrei o caroço no dia 4 de Agosto e no dia 17 já tinha os resul-
tados da ecografia. Foi então que no dia 10 de Setembro realizei o primeiro tratamento.
O que sentiu quando lhe foi dito “tem Cancro”?
Foi como se um muro se desmoronasse, foi complicado.
Nos dias seguintes a saber da noticia “por onde andava o seu pensamento”?
Nessa altura pensava em tanta coisa ao mesmo tempo. Pensava que podia ser o fim, pensava que podia ultra-
passar, pensava em tudo.
Considera que a sua força de vontade em ultrapassar a doença a ajudou nessa luta?
Sim, ajudou.
Normalmente, nestas alturas, com Cancro, as pessoas têm tendência a pensar nos que as rodeiam. Acha
que foi isso que a ajudou?
Sim.
Como lidou com a mudança que se gerou na sua vida?
De inicio foi um bocado complicado, mas depois com o tempo fui-me habituando à ideia.
Como é que reagia quando pessoas exteriores ao seu meio familiar lhe tentavam prestar apoio?
Sei lá, por vezes era um bocado complicado.
Pois, por vezes há pessoas que se sentem incomodadas pelo meio exterior…
Não, não era o caso, aliás até tive muito acompanham
ento, a nível familiar, a nível psicológico, na rua, colegas… Tive muito apoio e fui muito ajudada e acho que
isso foi muito bom.
O que é que os médicos lhe aconselharam?
Aconselharam-me a fazer uma Mastectomia porque essa era a melhor solução.
E não lhe aconselharam também a Quimioterapia?
Sim
E acompanhamento psicológico?
Sim, logo na primeira consulta disseram-me que se eu precisasse de acompanhamento psicológico havia lá
psicólogos, mas felizmente não tive necessidade disso.
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Entrevista a uma pessoa com Cancro
Qual o primeiro tratamento que fez?
Quimioterapia, e logo a seguir Radioterapia.
Como reagiu aos diversos tratamentos (quer psicologicamente quer fisicamente)?
Fisicamente um bocado mal, pois a Quimioterapia foi um bocado dolorosa. Fui-me muito abaixo. A Quimio-
terapia é horrível. Ainda hoje não posso sequer pensar naquela sala onde eu fazia o tratamento. Por exemplo, quando
na televisão dão aquelas reportagens sobre este assunto eu às vezes procuro não ver porque parece que “o estômago
vem para a rua”, dá-me uma vontade de vomitar enorme.
Alguma vez pensou que não conseguiria?
Sim, principalmente nessas alturas. Houve uma vez, que cheguei lá para fazer um tratamento e tive que levar
duas transfusões de sangue porque os valores não davam para fazer o tratamento. Aí só pensava que não conseguiria
fazer os tratamentos e assim sendo não teria hipótese.
O que sentia quando via que alguém com o mesmo problema apresentava melhoria?
Era bom porque pensava “Se ele consegue eu também vou conseguir”.
E quando regredia?
Pois, também era difícil ver as pessoas em baixo. Pensava assim: “Será que também vou ficar assim?”.
Qual a fase mais complicada que passou durante esta etapa da sua vida?
Para mim foi os tratamentos. A Quimioterapia foi o pior, pior que a cirurgia. A cirurgia foi complicada.
Quando cheguei à cirurgia, já ia tão farta de sofrer que para mim a cirurgia “passou-se”. Se me dissessem assim
“Tem outro problema semelhante. O que é que prefere, fazer a cirurgia ou a Quimioterapia?”, eu escolhia a cirurgia.
Houve algum momento em que lhe apeteceu desistir de lutar?
Acho que não, mesmo nessas fases difíceis tive sempre muito apoio e tive sempre muita vontade de viver. E
a família também ajudou.
Após ter enfrentado esta doença o que é aconselha aos adolescentes?
É assim, se isso vos acontecer um dia, aconselho-vos a lutar, nunca perder a esperança e a força. Uma das
melhores coisas é nunca deixarmos de ser positivos. No inicio eu ouvia isso muitas vezes “Tens que pensar positivo,
porque isso ajuda muito, e não te podes ir abaixo”, agora vejo que isso realmente é verdade.
Mas muitas vezes é difícil pensar assim…
Sim, mas é assim, nós tendo apoio da parte da família, dos amigos, das pessoas que nos acompanham no dia-
a-dia é fundamental.
Por norma diz-se que em todo o processo onde se é mais afectado é a nível psicológico … Sentiu isso?
Sim, para ser sincera já tenho dito muitas vezes que se um dia me sentisse mesmo afectada a nível psicológico,
não sei o que aconteceria. Tentei sempre sentir-me bem, uns dias estava em baixo, como é normal, mas no dia
seguinte já conseguia levantar a cabeça e ficar bem.
Temos um caso conhecido, em que a pessoa já superou o cancro, e vemo-la muitas vezes a ter recaídas, a
pensar em tudo o que passou, e aí ir-se muito abaixo. Também lhe acontece?
Não, é isso que eu digo. Eu tenho sido muito forte e tenho muita força e muita vontade de viver. Sou muito
corajosa. Se calhar ainda não cheguei a esse ponto, até tenho medo de que um dia isso possa acontecer, visto que os
pensamentos negativos vão acumulando de maneira tal que aí é que vamos mesmo abaixo.
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Acha que se alguma vez tivesse uma recaída ou se voltasse a contrair a doença iria continuar a encarar as coisas da
mesma maneira?
Não sei, aí seria mais difícil. Porque às vezes penso que se tivesse que voltar a passar o mesmo não saberia o que fazer.
Como se costuma dizer todas as feridas cicatrizam e assim talvez um dia mais tarde fosse capaz de suportar o que já suportei,
mas sinto que agora seria um processo bastante complicado especialmente a fase dos tratamentos. Foi uma fase muito complica-
da.
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Mão biónica
Quem nasceu sem mão ou por algum motivo se viu obrigado a amputá-la, hoje em dia, não está limitado ao uso de próte-ses de plástico com pouca mobilidade ou a viver mesmo sem mão. Antigamente as próteses cumpriam uma função estáti-ca, mas hoje em dia, estas chegam a ter mais força e maior possibilidade de movimento que os membros originais e podem ser controladas pelo cérebro, como é o caso de mãos biónicas já desenvolvidas. A 20 de Outubro de 2008 foi colocada a primeira mão biónica num português, no Centro de Reabilitação de Gaia. Para aprofundarmos os nossos conhecimentos acerca deste acontecimento marcante da tecnologia na saúde, enviámos algumas questões à técnica de reabilitação do Centro de Gaia, DrC. Emília Mendes, as quais passamos a citar. 1. Qual foi seu papel na aplicação externa desta prótese? De apoio e acompanhamento do processo de fabrico e adaptação da prótese. O fabrico do encaixe e montagem dos componentes da prótese esteve a cargo de outro colega, o Sr. José Sousa.
2. Como é constituída uma mão biónica? A mão é um conjunto organizado e funcional de segmentos articulados e motorizados. Cada “dedo” e cada “falange” têm um motor individual e articulações funcionais, cuja mobilidade é depen-dente da acção desses motores miniaturizados. Sempre que o amputado contrai os seus músculos (grupos musculares remanescente), como faria para abrir e fechar a mão e os dedos, é captado o sinal eléctrico à superfície da pele, por uns sensores – os eléctrodos. Este sinal é muito pequeno entre 0mv e 10mv, pelo que tem que ser ampliado. Igualmente, por-que pode haver registo de sinal eléctrico de outros músculos, e pode haver “ruído” o sinal é também filtrado. O sinal eléc-trico tratado é utilizado como “input” para accionar os motores. È utilizada uma baterias (um par de baterias) para asse-gurar a energia necessária aos motores.
3. Como é feita a ligação entre a prótese e o braço? É fabricado um encaixe por medida onde estão embebidos os sen-sores – os eléctrodos. Este encaixe é feito em resina com reforço de fibras.
4. Qual a duração da cirurgia? Não existe cirurgia para a aplicação da prótese. Esta prótese é externa ao corpo.
5. Surgiu alguma complicação no decorrer da cirurgia? Não existe cirurgia para a aplicação da prótese. Esta prótese é externa ao corpo.
6. Existe algum factor que impeça a aplicação da mão biónica? Inexistência de sinal eléctrico efectivo, lesões na pele que impeçam a condução do sinal eléctrico.
7.1. Pode existir rejeição da aplicação por parte dos pacientes? Sim, pela dificuldade na integração da prótese na sua imagem corporal, pelo peso e dificuldade de controlo. As próteses para amputação do membro superior são as que mais frequentemente rejeitadas.
7.2. Quais os cuidados a ter após a aplicação da mão biónica? Cuidado com a utilização em ambientes húmidos e com poeiras. Deve ser efectuada manutenção regular.
8. Se sim, esses cuidados envolvem custos? Após os 2 primeiros anos de uso, as manutenções tem que ser pagas.
9. A aplicação da mão biónica é comparticipada? Pode ser apoiada pelos sistemas de financiamento de produtos de apoio ou no âmbito dos seguros de acidentes de trabalho e/ou viação.
10.Depois da aplicação neste paciente já existiram mais aplicações? Sim, em mais 2 clientes.
11. Quais os aspectos positivos e negativos desta aplicação? Minha opinião pessoal: Negativo – algum ruído dos motores, o preço e volume da mão. Positivo: a funcionalidade que possibilita.
12. Na sua opinião, quais os aspectos que podem ser alterados na vida do paciente, após a aplicação da mão bió-
nica? A qualidade de vida em geral, autonomia e capacidade de realizar tarefas que exigem preensão fina, ficam muito melhoradas.
13. Qual a sua opinião sobre a influência da tecnologia na saúde? Muito importante. A tecnologia possibilita os meios indispensáveis para a autonomia e qualidade de vida. Deve contudo ser “amigável” e fácil, para que não represente mais um desafio adicional às pessoas que a usa.
Campanha “Tampinhas para o Rodrigo”
Durante o desenvolvimento do nosso projecto tivemos conhecimento do caso de um menino de Esposende que necessita de uma mão biónica, resolvemos, enquanto grupo de Área de projecto com o tema da Tecnologia na Saúde, promover uma campanha de recolha de tampinhas na comunidade escolar e também em outros locais.
Na nossa escola foram colocados garrafões para este fim na sala dos professores, na sala dos alunos e no átrio da escola, tendo sido bem recebida esta iniciativa por toda a comunidade escolar que prontamente tem contribuído. Esta campanha foi bem recebida dentro e fora da comunidade escolar. Deste modo, gostaría-mos de fazer um agradecimento a todas as pessoas que ficaram sensibilizadas e participaram neste acto de solidariedade contribuindo com várias tampas. A todas agradecemos o gesto, pois este per-mitirá uma vida melhor ao Rodrigo. Em seguida encontram-se algumas fotografias dos locais onde foram colocados os garrafões de divulgação desta campanha na escola.
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No nosso blogue, “bebionic.blogspot.com”, é possível encon-trar mais informações sobre tecnologia e saú-de e também sobre as actividades dinamiza-das pelo nosso grupo.
Os biónicos 12ºA
Daniel Branco, nº4
Daniela Martins, nº5
Daniela Santos, nº6
Daniela Soares, nº7
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Somos um grupo de Área de Projecto do 12ºAÁrea de Projecto do 12ºAÁrea de Projecto do 12ºAÁrea de Projecto do 12ºA, denominado de iMunesiMunesiMunesiMunes e durante este ano lec-
tivo tivemos como iniciativa abordar o tema o “Cancro”.
Aqui ficam dois jogos com algumas palavras relacionadas com o tema, de modo a elucidar algumas
“palavras-chave” a que recorremos frequentemente quando falamos no Cancro.
Esperamos que gostem. Divirtam-se
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Natal,
é tempo de azáfama
é tempo de correria
é tempo de paz
é tempo de harmonia.
Natal,
é tempo de amizade
é tempo de alegria
é tempo de solidariedade
é tempo de partilha.
A todos os que colaboraram e deram o seu contributo para enriquecer esta mesa de Natal, o meu MUITO OBRIGADA.
Isabel Gabriel
AGRADECIMENTO
BOAS FESTAS
Mail: [email protected]
Blog:Blog:Blog:Blog: http://i-munes.blogspot.com/
Soluções na próxima edição do JE
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FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA
Colaboração Colaboração Colaboração Colaboração Alunos e Professores
Revisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismo Maria Pia Pinto Serra
Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Maria Pia Pinto Serra
Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Escola Secundária Fernando Namora
Rua Longjumeau - 3150-122 CONDEIXA-A-NOVA
EmailEmailEmailEmail [email protected]
Edição online Edição online Edição online Edição online www.aecondeixa.pt
Periodicidade Periodicidade Periodicidade Periodicidade Trimestral
O 12º B TEM TALENTO!
Eis uma pequena amostra do talento do
Cláudio Silva do 12ºB que declarou ao nos-
so jornal:”Estes são só alguns exemplos de
coisas que têm um fim mais lúdico, porque
também faço umas engenhocas e utilida-
des como moinhos, candeeiros…
Foram as coisas que encontrei mais à mão.
Duas delas foram feitas ontem e hoje
(23/24 de Março) tendo como destino uma
maqueta de um trabalho de grupo (uma
ponte e um tractor).
As tábuas com letras e os outros brinque-
dos já são mais antigos.
As armas, que são mais umas poucas,
foram feitas, recentemente, para uma
encenação comemorativa do Bicentenário
das Invasões Francesas, realizada no pas-
sado dia 20 pelo Grupo de Jovens de Vila
Seca do qual eu faço parte.
Lá por casa, devo ter mais coisas, mas não
sei bem por onde é que andam!...”
O 12º B TEM TALENTO!
Brinquedos pequeninos e ponte
Tábuas com letras de madeira
Algumas das armas do Grupo de Jovens
PARABÉNS, CLÁUDIO, PELO
TEU TALENTO!