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OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA

2012

APOSTILA LEGISLAÇÃO

ESPECÍFICA PARA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EQUIPE DE CONCURSEIROS

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

1 Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado de Rondônia – COJE.

2 Constituição do Estado de Rondônia.

2.1 Poder Judiciário.

3 Regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de Rondônia (Lei Complementar nº

68/1992).

4 Plano de carreiras, cargos e salários dos servidores do poder judiciário do Estado de Rondônia

(Lei Complementar nº 568/2010).

GIL CÓPIAS

ENDEREÇO: RUA JOAQUIM NABUCO SOB ESQUINA COM ALEXANDRE GUIMARÃES, DEFRONTE A FACULDADE SÃO LUCAS E NA LATERAL DA PANIFICADORA NORTE PÃO. XEROX A 0,08 (zero, oito centavos) até 200 folhas! E PARA VOCÊ CONCURSEIRO (A) QUE VAI TIRAR ACIMA DE 200 FOLHAS E FALAR QUE VIU AQUI NO BLOG OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA FICA A 0,07 CENTAVOS! IMPRESSÃO A 0,20 CENTAVOS CADA! IMPERDÍVEL! TELEFONE DE CONTATO: (069) 3221-4690 OU TEL.: 9260-3593.

O S C O N C U R S E I R O S D E R O N D O N I A . B L O G S P O T . C O M . B R

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:

1 Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado de

Rondônia – COJE.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA faço saber que a

Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Complementar:

LIVRO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Esta Lei Complementar institui o Código de

Organização e a Divisão Judiciária do Estado de Rondônia.

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

Art. 2° São Órgãos do Poder Judiciário do Estado:

I - o Tribunal de Justiça;

II - os Juízes de Direito e Juízes Substitutos;

III - a Auditoria e Conselhos da Justiça Militar;

IV - os Tribunais do Júri;

V - os Juizados Especiais;

VI - os Juízes de Paz.

TÍTULO II - DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 3º O Tribunal de Justiça, com sede na Capital, é o órgão

máximo do Poder Judiciário do Estado de Rondônia e compõe-

se de 21 (vinte e um) Desembargadores.

§ 1° Na composição do Tribunal, um quinto dos lugares será

preenchido por advogados e membros do Ministério Público,

na forma prevista no art. 94 da Constituição Federal.

§ 2° A representação do Poder Judiciário compete ao

Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 4° O Tribunal de Justiça será dirigido pelo Presidente,Vice-

Presidente e Corregedor-Geral da Justiça, eleitos dentre seus

membros mais antigos, para um mandato de dois anos,

proibida a reeleição.

Art. 5° São órgãos do Tribunal de Justiça:

I - o Tribunal Pleno;

II - o Conselho da Magistratura;

III - a 1ª e 2ª Câmaras Cíveis;

IV - a 1ª e 2ª Câmaras Especiais;

V – as 1ª e 2ª Câmaras Criminais

VI - as Comissões Permanentes.

VII - a Presidência e a Vice-Presidência;

VIII - a Corregedoria-Geral da Justiça;

IX - as Comissões Permanentes.

§ú. A Escola da Magistratura do Estado de Rondônia -

EMERON e o Fundo de Informatização, Edificação e

Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - FUJU são órgãos de

apoio do Tribunal de Justiça.

CAPÍTULO I - DO FUNCIONAMENTO

Art. 6° O Tribunal de Justiça funcionará precipuamente em:

I – o Tribunal Pleno;

II – a 1ª e 2ª Câmaras Cíveis;

III – a 1ª e 2ª Câmaras Especiais;

IV – as 1ª e 2ª Câmaras Criminais; (NR)

V - Câmara de Férias;

VI – o Conselho da Magistratura.

Art. 7° O Presidente e o Corregedor-Geral não integrarão as

Câmaras, salvo a de Férias.

§ú. O Vice-Presidente presidirá a Câmara a que integrar, sem

prejuízo das funções regimentais ou delegadas.

CAPÍTULO II - DO TRIBUNAL PLENO

Art. 8° O Tribunal Pleno, constituído por todos os membros do

Tribunal de Justiça, compete privativamente:

I - eleger o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor-Geral

da Justiça, os membros do Conselho da Magistratura e das

Comissões Permanentes e o Diretor da Escola da

Magistratura, dando-lhes posse;

II - organizar seus serviços auxiliares;

III - propor ao Poder Legislativo a elevação do número de seus

membros, a criação e extinção de cargos e a fixação de seus

vencimentos;

IV - elaborar o Regimento Interno e nele fixar as demais

atribuições de competência do Tribunal e de seus órgãos;

V - propor ao Poder Legislativo, pelo voto da maioria absoluta

de seus membros, a alteração da presente lei e a criação de

novos juízos e Comarcas;

VI - homologar concurso para ingresso na carreira da

magistratura;

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VII - indicar o juiz Diretor do Fórum para período de dois anos,

admitida uma recondução;

VIII - deliberar sobre pedido de permuta e remoção de

magistrados;

IX - organizar, em sessão reservada, a lista tríplice para

promoção de Juiz;

X - decidir, em sessão reservada, sobre o acesso de Juiz de

Direito ao Tribunal de Justiça e a promoção, de entrância para

entrância, pelo critério de antiguidade;

XI - organizar lista para provimento de vaga do quinto

constitucional;

XII - eleger, por voto da maioria absoluta de seus membros,os

desembargadores e juízes de direito que devam integrar o

Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art. 94 da

Constituição Federal;

XIII - solicitar intervenção da União no Estado, nos termos da

Constituição Federal e da Constituição do Estado;

XIV - aprovar proposta orçamentária a ser remetida ao

Executivo e a abertura de crédito;

XV - conhecer e examinar a prestação de contas da

Presidência;

XVI - deliberar sobre o remanejamento de competência

entrevaras da mesma Comarca.

Art. 9º Compete ainda, originariamente, ao Tribunal Pleno

processar e julgar:

I - os conflitos de competência entre órgãos da justiça do

segundo grau de jurisdição;

II - os recursos cabíveis de despachos ou decisões do

Presidente, Vice-Presidente ou Relator;

III - mandado de segurança e “habeas data” contra atos:

1 - do Governador do Estado;

2 - dos membros do Tribunal de Justiça, inclusive de seu

Presidente;

3 - da Mesa Diretora e do Presidente da Assembléia

Legislativa;

4 - do Tribunal de Contas;

5 - do Corregedor-Geral da Justiça;

6 - do Procurador-Geral do Estado, do Procurador-Geral da

Justiça e do Chefe da Defensoria Pública;

7 - do Conselho da Magistratura;

8 - dos Juízes de Direito e dos Juízes Substitutos;

9 - dos Secretários de Estado.

IV - embargos infringentes e de nulidade;

V - suspeição argüida contra desembargador, juiz e demais

autoridades do Poder Judiciário;

VI - ação rescisória, revisão criminal e pedido de

desaforamento;

VII - restauração de autos e as habilitações dos feitos de

competência originária;

VIII - os recursos das decisões do Conselho da Magistratura e

do Corregedor-Geral da Justiça;

IX - a reclamação para a preservação de sua competência e

garantia de suas decisões;

X - ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo municipal;

XI - nos crimes comuns, os Deputados Estaduais;

XII - nos crimes comuns e de responsabilidade, o Vice-

Governador do Estado, Juízes de Direito e membros do

Ministério Público,ressalvada a competência da Justiça

Eleitoral.

XIII - ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo estadual, em face da Constituição Estadual.

CAPÍTULO III - DAS CÂMARAS CÍVEIS, ESPECIAIS E CRIMINAIS

Seção I - Das Câmaras Cíveis, Especiais e Criminais

Art. 10. Excluídas as matérias de competência do Tribunal

Pleno, as Câmaras Cíveis, Especiais e Criminais terão suas

competências e número de desembargadores fixado no

Regimento Interno do Tribunal de Justiça (NR)

Art. 11. [revogado]

CAPÍTULO IV - DO CONSELHO DA MAGISTRATURA

Art. 12. O Conselho da Magistratura Estadual, Órgão

permanente de disciplina do Poder Judiciário, compõe-se do

Presidente do Tribunal de Justiça, que o presidirá, do Vice-

Presidente, do Corregedor-Geral da Justiça e dos dois

desembargadores mais antigos.

§ 1°. O Conselho reunir-se-á uma vez por mês

e,extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente.

§ 2°. Junto ao Conselho oficiará o Procurador-Geral de Justiça.

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§ 3°. Para a constituição de “quorum” convocar-se-á o

desembargador mais antigo.

§ 4°. As sessões do Conselho serão reservadas, assegurada a

presença da parte interessada ou advogado habilitado,

devendo suas decisões serem proclamadas somente pelo

resultado.

§ 5°. Da súmula das decisões censórias constará apenas o

número do processo e da decisão.

Art. 13. Ao Conselho da Magistratura compete:

I - exercer a superior inspeção da Magistratura e a

disciplinados serviços da Justiça de primeiro grau;

II - propor a aplicação de medidas disciplinares;

III - remeter ao Procurador-Geral de Justiça inquéritos ou

documentos com indícios de responsabilidade criminal;

IV - apreciar, reservadamente, os casos de suspeição de

natureza íntima declarada por juízes;

V - determinar, quando for o caso, que não seja empossada

pessoa ilegalmente nomeada para o cargo ou função da

justiça;

VI - propor ao Tribunal Pleno a recusa de juiz em processo de

promoção por antiguidade e emitir informações nos processos

de promoção por merecimento;

VII - determinar anotação, no cadastro dos juízes, das faltas

injustificadas ao expediente forense, como também dos fatos

que lhes desabonem a conduta e os elogios;

VIII - julgar recursos interpostos contra as decisões dos juízes

da infância e da juventude.

Art. 14. Poderá o Conselho da Magistratura, quando

necessário, declarar em regime de exceção Comarca ou Vara,

por prazo razoável, e designar juízes para, com o titular

exercerem jurisdição.

§ 1°. É facultada ao Conselho a redistribuição dos feitos e

serviços em atraso ou acumulados dentre os juízes.

§ 2°. Salvo disposição em contrário, a distribuição das

representações e demais expedientes ao Conselho,

independentemente de sessão, será feita entre seus

membros, inclusive o Presidente, na ordem cronológica e

escala crescente.

Art. 15. Das decisões do Conselho caberá recurso, com efeito

suspensivo, para o Tribunal Pleno, no prazo de 5 dias.

CAPÍTULO V - DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 16. A Presidência do Tribunal de Justiça será exercida por

um de seus membros, eleito por dois anos, na forma prevista

neste Código e no Regimento Interno.

Art. 17. Ao Presidente do Tribunal compete:

I - representar o Poder Judiciário e superintender os serviços

da Justiça;

II - administrar o Tribunal, dirigir seus trabalhos, presidir as

sessões do Tribunal Pleno e do Conselho da Magistratura.

III - apreciar, nos períodos de férias coletivas, pedido de

liminar e mandado de segurança (suprimido pela Lei

Complementar n. 175, de 30 de junho de 1997 - D.O.E. de

1/7/1997 - Efeitos a partir 1/7/1997).

§ 1º. As demais atribuições e competência do Presidente

serão estabelecidas no Regimento Interno.

§ 2º. Findo o mandato, o Presidente ocupará, na Câmara

Especializada, o lugar deixado por seu sucessor.

Art.18. O Presidente será auxiliado por dois (02) Juízes de

Direito de Terceira Entrância, por ele indicados, cujas

atribuições serão definidas no Regimento Interno.

§ú. Fica assegurada ao magistrado a gratificação de 5% (cinco

por cento) do subsídio do cargo de que é titular, enquanto

perdurar o auxílio de que trata o caput.

CAPÍTULO VI - DA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA

Art. 19. O Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, eleito por2

(dois) anos, substituirá o Presidente em suas ausências e

impedimentos e terá sua competência estabelecida no

Regimento Interno.

CAPÍTULO VII - DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA

Art. 20. A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão orientador e

fiscalizador da Justiça Estadual, será exercida por um

Desembargador coma denominação de Corregedor-Geral da

Justiça, eleito por 2 (dois) anos,na forma deste Código e do

Regimento Interno do Tribunal.

§ 1°. O Corregedor será substituído em suas faltas ou

impedimentos pelo Desembargador que lhe seguir na ordem

de antiguidade.

§ 2°. Findo o mandato, o Corregedor-Geral da Justiça ocupará,

na Câmara especializada, o lugar deixado por seu sucessor.

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Art. 21. Poderá o Corregedor, no exercício de sua

função,requisitar de qualquer autoridade ou repartição

pública, informações,cooperação e segurança necessárias.

Art. 22. O Corregedor-Geral da Justiça promoverá

correição,anualmente, em pelo menos cinqüenta por cento

das Comarcas do Estado,sem prejuízo das correições e

inspeções extraordinárias que entender necessárias.

§ 1°. A Corregedoria-Geral da Justiça, para o exercício de suas

atividades, disporá, sempre, dos meios materiais que se

fizerem necessários.

§ 2°. Do resultado da correição extraordinária ou inspeção, o

Corregedor-Geral da Justiça apresentará circunstanciado

relatório ao Tribunal Pleno.

Art. 23. A competência do Corregedor-Geral da Justiça será

definida no Regimento Interno do Tribunal.

Art. 24. O Corregedor-Geral da Justiça será auxiliado por Juízes

da Capital, em número de três, cuja função encerrar-se-á com

o término do seu mandato.

§ 1º Os Juízes Auxiliares serão indicados, ao Presidente do

Tribunal, pelo Corregedor-Geral da Justiça.

§ 2º Fica assegurada ao magistrado a gratificação de 5% (cinco

por cento) do subsídio do cargo de que é titular, enquanto

perdurar o auxílio de que trata o caput.

Art. 25. Os Juízes a que referem os artigos 18 e 24, deste

Código, ficam desligados de suas Varas, reassumindo-as assim

que cessado o auxílio perante a Presidência e a Corregedoria-

Geral da Justiça

Art. 26. Excepcionalmente poderão ser convocados juízes

titulares de qualquer entrância para auxiliar a Corregedoria-

Geral da Justiça,indicados pelo Corregedor, mediante

justificativa e aprovação do Tribunal Pleno

Art. 27. Nas reclamações contra Juiz, o Corregedor-Geral da

Justiça, antes de qualquer outra providência, poderá convidá-

Io, por ofício reservado, informando o conteúdo da acusação

para, por escrito,apresentar esclarecimento ou justificativa

prévia.

Art. 28. O Corregedor-Geral da Justiça, com exclusiva

finalidade correcional, poderá requisitar qualquer processo de

instância inferior, despachando nos próprios autos ou

instrumento apartado, para determinar providências ou

instruções que julgar necessárias para o regular andamento

dos serviços judiciais.

Art. 29. Os escrivães enviarão à Corregedoria-Geral da Justiça,

em modelo oficial, até o dia dez de cada mês, relação dos

feitos distribuídos e dos conclusos, com menção de datas,

incluindo os que estiverem em andamento, com o visto do

juiz.

§ú. Para fins deste artigo, consideram-se feitos todas as

causas previstas em lei processual e registrados em livro

próprio.

Art. 30. Das decisões originárias do Corregedor-Geral da

Justiça, salvo disposições em contrário, caberá recurso para o

Tribunal Pleno, no prazo de cinco dias da ciência ou intimação

do interessado.

CAPÍTULO VIII - DAS COMISSÕES PERMANENTES

Art. 31. A denominação, a constituição, a competência e o

funcionamento das comissões permanentes serão regulados

no Regimento Interno.

TÍTULO III - DOS MAGISTRADOS E DOS ÓRGÃOS

JUDICIÁRIOSDO 1º GRAU

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 32. São magistrados os Desembargadores, os Juízes de

Direito e os Juízes Substitutos.

Art. 33. O ingresso na carreira da magistratura dependerá de

concurso público de provas e títulos, promovido pelo Tribunal

de Justiça,na forma da lei, cujo cargo inicial será o de Juiz

Substituto.

§ 1º. A admissão na carreira dependerá, cumulativamente,que

o candidato:

I - comprove gozar de ilibado conceito moral e de boa conduta

social;

II - seja considerado apto em exame de sanidade

física,realizado por junta médica do Estado;

III - seja considerado apto em exame psicotécnico

específico,aplicado por psicólogos por meio de provas

escritas, desenvolvidas para esse fim;

IV - haver exercido efetivamente, por pelo menos dois anos,a

advocacia, cargo ou função pública que exija conhecimento

jurídico.

§ 2°. As informações a que se refere o inciso I e os laudos de

avaliação médica e psicológica expedidos em face dos incisos

II e III do parágrafo anterior, para que possam ensejar a

eliminação do candidato,deverão ser homologados pela

Comissão de Concurso, a que competirá,em última instância, a

apreciação de eventuais recursos que serão decididos pelo

critério de maioria absoluta dos votos de seus componentes.

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CAPÍTULO II - DOS JUÍZES DE DIREITO

Art. 34. Ao Juiz de Direito compete o exercício pleno da

jurisdição da competência da Justiça de primeiro grau.

Art. 35. Os Juízes Titulares, em suas ausências ou

impedimentos, serão substituídos por outro de igual

entrância, segundo provimento da Corregedoria-Geral da

Justiça.

§ 1°. Cada Juiz Titular, em escala sucessiva, terá substituto

automático.

§ 2°. Ocorrendo ausência ou impedimento dos juízes

constantes da escala, ou por conveniência e interesse da

Justiça, o substituto será designado pelo Corregedor-Geral da

Justiça.

§ 3°. O substituto natural referido no § 1° conservará a

jurisdição da Comarca ou Vara que houver assumido,

enquanto não cessar o motivo que determinou a sua

substituição, embora, durante esta,desapareçam os

impedimentos dos juízes que antecediam na ordem de

substituição.

§ 4°. Observada a ordem, o substituto despachará no processo

que lhe for apresentado, à vista de certidão de ausência do

juiz,passada pelo escrivão do feito.

Art. 36. Incumbe aos juízes, ressalvada a competência das

autoridades superiores, exercer as funções administrativas em

sua jurisdição, em especial:

I - inspecionar, permanentemente, as serventias dos Cartórios

da Comarca ou Vara, instruindo os serventuários e

funcionários sobre os seus deveres, podendo-Ihes conceder

elogios ou aplicar-Ihes punição;

II - nomear serventuários “ad hoc” enquanto não provido o

cargo ou quando ocorrer ausência ou impedimento do titular

e seu respectivo substituto, tomando-Ihes o compromisso;

III - indicar ou designar substituto de serventuários da Justiça

nos casos de vacância, licença ou férias, na forma da lei;

IV - organizar o alistamento dos jurados para o Tribunal do Júri

e proceder, anualmente, sua revisão;

V - deferir compromisso e dar posse aos servidores e

serventuários da Justiça;

VI - remeter à Corregedoria-Geral da Justiça, nos períodos

próprios, relatórios de suas atividades funcionais, de acordo

com modelo aprovado;

VII - requisitar a força policial civil e militar necessária para a

segurança de diligências e garantias das decisões judiciais;

VIII - nomear Juiz de Paz “ad hoc”, conforme previsto neste

Código;

IX - formular requisição de material, móveis e utensílios

necessários ao serviço da Comarca ou Vara, caso a verba para

este fim seja inexistente ou insuficiente;

X - gerir e prestar contas da aplicação de verbas;

XI - apresentar relatório ao Presidente do Tribunal e ao

Corregedor da Justiça, das atividades da Comarca ou Vara,

com dados estatísticos e eventuais sugestões para melhoria

dos serviços, até o último dia do mês de fevereiro de cada

ano;

XII - proceder à distribuição;

XIII - aplicar penalidade aos juízes de paz.

§ú. É da competência privativa do Juiz Diretor do Fórum, onde

houver, o disposto nos incisos IX e XIII deste artigo, bem como

a verificação mensal do cumprimento de mandados das

centrais.

Art. 37. A competência dos Juízes de Direito nas Comarcas em

que existir mais de uma Vara definir-se-á pela distribuição e

na forma prevista neste Código.

CAPÍTULO III - DO TRIBUNAL DO JÚRI

Art. 38. O Tribunal do Júri, na sua organização, composição e

competência, obedecerá às disposições do Código de

Processo Penal e funcionará na sede da Comarca, em reuniões

ordinárias ou extraordinárias,nos seguintes períodos:

I - na Comarca da Capital, nos meses de março e junho e de

agosto e dezembro;

II - nas comarcas do interior, em que houver Varas

Criminais,nos meses de março, abril, maio, setembro e

dezembro;

III - nas demais Comarcas do interior, nos meses de

março,junho, setembro e dezembro.

§ 1°. Quando, por motivo de força maior, não for o júri

convocado na época determinada, proceder-se-á à

convocação no mês seguinte.

§ 2°. O júri reunir-se-á, extraordinariamente, por iniciativa de

seu Presidente ou por determinação da Câmara Criminal.

Art. 39. A convocação do júri far-se-á mediante edital, após

sorteio dos jurados e suplentes que servirão na sessão.

§ú. O sorteio realizar-se-á de dez a quinze dias antes do

primeiro julgamento marcado ou em data designada para o

início da primeira reunião.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

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Art. 40. Na Comarca da Capital, a instrução dos processos de

crimes dolosos contra a vida é de competência exclusiva da

Vara do Tribunal do Júri.

CAPÍTULO IV - DA AUDITORIA MILITAR ESTADUAL

Art. 41. A Justiça Militar do Estado será exercida:

I - pelo Juiz-Auditor e pelos Conselhos de Justiça em primeiro

grau;

II - pelo Tribunal de Justiça em segundo grau.

§ 1°. Compete à Justiça Militar processar e julgar os policiais

militares e bombeiros nos crimes militares, definidos em lei.

§ 2°. A administração da Justiça Militar terá uma Auditoria

com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, composta

de um Juiz-Auditor, auxiliado por escrivão, escrivão substituto,

técnico judiciário ou escrevente e oficial de justiça.

§ 3°. Um Promotor de Justiça e um advogado de ofício

funcionarão junto à Auditoria Militar.

§ 4º. O provimento do cargo de Juiz Auditor far-se-á por

promoção ou remoção na forma adotada nas Varas da

Comarca da Capital,dentre juízes de direito do Quadro da

Magistratura Estadual.

§ 5º. O Juiz-Auditor, exceção dessa denominação em quanto

ocupar o cargo, equipara-se aos demais juízes titulares da

Capital.

§ 6º. Os servidores, igualmente, se equiparam aos demais

servidores da Justiça Comum, enquanto permanecem, lotados

na Vara da Auditoria Militar.

Art. 42. Os Conselhos de Justiça têm as seguintes categorias:

I - Conselho Especial de Justiça, para processar e julgar os

oficiais, exceto o Comandante-Geral;

II - Conselho Permanente de Justiça, para processar e julgar os

insubmissos e os acusados que não sejam oficiais.

§ 1º. Os Conselhos Especiais de Justiça serão constituídos do

Juiz-Auditor e de quatro oficiais de posto superior ao do

acusado, ou do mesmo posto, com maior antiguidade, sob a

presidência de um oficial superior e mais graduado ou, se

iguais, o mais antigo.

§ 2º. Os Conselhos Permanentes de Justiça serão constituídos

de Juiz-Auditor, de um oficial superior, que presidirá, e três

oficiais até o posto de capitão.

Art. 43. Os Juízes Militares dos Conselhos Especiais e

Permanentes serão escolhidos pelo Juiz-Auditor, por sorteio,

em audiência pública, com o seguinte critério:

I - trimestralmente, em sessão do mesmo Conselho, para a

constituição do Conselho Permanente, que funcionará

durante três meses consecutivos;

II - em cada processo de oficial, para a composição do

Conselho Especial, que se dissolverá depois de concluído o

julgamento e que poderá voltar a se reunir, por convocação

do Juiz-Auditor, havendo nulidade do processo ou julgamento,

ou por diligência determinada pelo Tribunal de Justiça.

§ 1°. O Conselho Fiscal e o Conselho Permanente funcionarão

na sede da Auditoria, ou em outro local, nos casos especiais e

por motivo relevante de ordem pública ou de interesse da

Justiça, mediante autorização do Conselho da Magistratura,

pelo tempo que se fizer necessário.

§ 2°. O Oficial sorteado para a composição do Conselho de

Justiça não sofrerá nenhum prejuízo pecuniário, mantendo-se

íntegro o seu soldo, bem como as parcelas correspondentes

aos cargos e funções ocupados imediatamente antes do

sorteio, ainda que outro Oficial seja designado para substituí-

lo naqueles cargos ou funções.

Art. 44. O Corregedor da Polícia Militar fará organizar,

trimestralmente, a relação de todos os Oficiais da ativa que

sirvam na Capital, sem qualquer exceção não prevista nesta

Lei, com a indicação do posto e antiguidade de cada um, bem

como previsão de período de férias ou outros afastamentos

legais a fim de que o Juiz de Direito da Auditoria possa dar

cumprimento ao disposto no artigo anterior. Essa relação será

publicada em boletim e remetida ao Juiz de Direito da

Auditoria até o décimo dia do último trimestre, sob pena de

responsabilidade.

Art. 45. Não serão incluídos na relação o Comandante-

Geral,os oficiais da Casa Militar da Governadoria, os

assistentes militares, os ajudantes-de-ordem, os que

estiverem no Estado-Maior e Gabinete do Comando-Geral,

bem como os professores e alunos de cursos de

aperfeiçoamento de oficiais.

Art. 46. Não havendo, na relação, oficiais suficientes, de posto

igual ou superior ao do acusado, para a composição do

Conselho Estadual de Justiça, requisitará o Juiz-Militar uma

relação suplementar, com nomes,posto e antiguidade dos que

se encontrem servindo fora da Capital, os quais poderão ser

sorteados, observando a mesma escala.

Art. 47. Nenhum oficial poderá ser sorteado simultaneamente

em mais de um Conselho, e os que servirem em Conselho

Permanente não serão sorteados para o Conselho seguinte,

salvo se houver insuficiência de oficiais.

§ 1°. O Oficial que estiver no desempenho de comissão ou

serviço fora da sede da Auditoria e por isso não puder

comparecer à sessão de instalação do Conselho, se vier a ser

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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sorteado, será substituído definitivamente, por outro,

mediante novo sorteio.

§ 2°. O Oficial que for preso, responder a processo

criminal,entrar em licença para tratamento de saúde por

prazo superior a trinta (30)dias ou deixar o serviço ativo, será

também substituído, de modo definitivo,na forma do

parágrafo anterior.

§ 3°. O Oficial suplente servirá pelo tempo da ausência do

substituído nos casos de nojo, gala e licença médica por prazo

não superiora trinta (30) dias. Ocorrendo suspeição, este

substituirá o Juiz impedido somente no processo em que esta

ocorrer.

Art. 48. Os Juízes Militares dos Conselhos de Justiça ficarão

dispensados dos serviços militares nos dias de sessão.

Art. 49. O Juiz-Auditor será substituído nas suas faltas e

impedimentos por um dos Juízes das Varas Criminais da

Capital, de acordo com a escala de substituição.

CAPÍTULO V - DOS JUÍZES SUBSTITUTOS

Art. 50. O Juiz Substituto, cargo inicial da carreira da

magistratura, exercerá jurisdição na Seção Judiciária para a

qual for nomeado, residirá na respectiva sede e realizará a

prestação jurisdicional por designação:

I - como substituto dos Juízes em suas férias,

ausências,licenças, impedimento ou vacância;

II - como Juiz Auxiliar dos Titulares;

III - como Juiz Substituto em qualquer Vara ou Comarca, na

hipótese de vacância ou instalação de novas Varas ou

Comarcas.

§ 1°. As designações dos Juízes Substitutos serão efetivadas

por atos do Corregedor-Geral da Justiça.

§ 2°. O Juiz Substituto que se deslocar da respectiva sede no

desempenho de suas funções, fará jus a diárias diferenciadas,

arbitradas pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que

observará distância, tempo e condições da viagem e de

hospedagem, e a duração da substituição.

§ 3°. A remoção de Juiz Substituto para outra Seção Judiciária

dependerá de deliberação do Tribunal de Justiça.

§ 4°. O candidato ao cargo de Juiz Substituto deverá contar

com menos de cinqüenta (50) anos de idade, até o último dia

de inscrição no concurso público, ressalvadas as exceções

legais.

CAPÍTULO VI - DO JUIZ DE PAZ

Art. 51. Fica implantada a Justiça de Paz, nos termos do inciso

II, do art. 98, da Constituição Federal, a ser regulamentada na

formada lei.

§ú. O Tribunal baixará resolução para disciplinar o provimento

e o exercício dos cargos, à falta de legislação específica.

CAPÍTULO VII - DOS DIREITOS E VANTAGENS

Art. 52. O Magistrado não poderá se afastar do exercício do

cargo, salvo quando:

I - em gozo de férias;

II - em gozo de licença ou por autorização da Presidência,após

regular comunicação, pelo prazo de cinco dias;

III - por convocação de Órgão do Tribunal, no interesse da

Justiça ou em caso de comprovada participação de curso de

atualização e aperfeiçoamento;

IV - a serviço da Justiça Eleitoral, por determinação do

respectivo Tribunal ou comprovado motivo de força maior;

V - em tratamento de saúde, que dependerá de inspeção, se

superior a trinta dias.

§ 1°. O afastamento de que trata este artigo, quando por

interesse particular, não se permitirá por mais de uma vez por

semestre.

§ 2°. O afastamento imotivado sujeitará o magistrado à

penalidade de censura.

Art. 53. Os magistrados terão direito a férias anuais coletivas

por sessenta (60) dias, que serão gozadas nos períodos de 2 a

31 de janeiro e de 2 a 31 de julho.

§ 1°. As férias não poderão ser acumuladas e nem fracionadas,

senão por imperiosa e justificada necessidade de

serviço,declarada pelo Conselho da Magistratura.

§ 2°. As férias não gozadas nos períodos especificados no

“caput”, o serão oportunamente, mediante escala elaborada

pela Corregedoria da Justiça e Presidência do Tribunal.

§ 3°. As férias serão remuneradas com o acréscimo de um

terço (1/3) da remuneração global do magistrado, que será

pago até dois dias úteis antes do período de gozo efetivo.

§ 4°. As férias coletivas e os períodos de recesso que teriam

direito o Presidente do Tribunal, o Vice-Presidente e o

Corregedor-Geral da Justiça, e os magistrados designados para

plantão pela Corregedoria-Geral, serão gozados

oportunamente, conforme conveniência da Administração da

Justiça.

Page 9: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 9/73

§ 5°. Os magistrados deverão comunicar ao Presidente do

Tribunal e ao Corregedor-Geral da Justiça o início e o término

das suas férias e, se exercer função de Juiz Eleitoral, ao

Presidente do respectivo Tribunal.

§ 6°. O Juiz Substituto somente adquirirá direito a gozo de

férias após um ano de efetivo exercício no cargo.

§ 7°. A licença, por qualquer motivo, não interromperá o gozo

das férias do magistrado, ainda que coletivas, salvo o

interesse público.

§ 8°. É defeso ao Juiz de Direito em férias reter processos

conclusos em seu poder.

Art. 54. O Juiz terá dez dias úteis de trânsito, prorrogáveis

excepcionalmente por mais cinco, para assumir a nova

Comarca, sob pena de ter-se por ineficaz a promoção,

contado aquele prazo a partir da publicação do ato.

§ú. O período de trânsito é considerado de efetivo exercício e

somente será prorrogado quando houver motivo justo, a

critério do Presidente do Tribunal.

Art. 55. Quando da nomeação ou promoção, que importe na

mudança da sede de Comarca, terá o magistrado ajuda de

custo no valor de um mês dos vencimentos do cargo, para

atender as despesas de mudança e transporte.

§ú. Não será devida esta ajuda de custo nas hipóteses de

permuta e de remoção a pedido do magistrado.

Art. 56. Os vencimentos dos magistrados serão fixados

conforme previsto nas Constituições Federal e do Estado, com

diferença igual a cinco (5) por cento de uma para outra das

categorias da carreira.

§ 1°. Os vencimentos dos Desembargadores serão

equivalentes aos valores percebidos pelos deputados

Estaduais (CF art.37, XI).

§ 2°. A equivalência prevista no § 1° assegurará aos

Desembargadores vencimentos não inferiores a 75% (setenta

e cinco por cento) dos percebidos pelos cargos

correspondentes no âmbito federal.

§ 3°. Os proventos dos magistrados que se aposentarem

voluntariamente com o mínimo de trinta anos de serviço,

serão equivalentes à sua remuneração, acrescida de 10% (dez

por cento).

§ 4°. É assegurada ao Magistrado a gratificação pelo exercício,

em caráter cumulativo, de comarca ou vara, fixada em 5%

(cinco por cento) do subsídio do cargo de que é titular, para

cada trinta (30) dias, qualquer que seja o número de

cumulações.

§ 5°. Ao Presidente do Tribunal de Justiça será devida verba de

representação de 25% (vinte e cinco por cento) e ao Vice-

Presidente e ao Corregedor-Geral da Justiça, 20% (vinte por

cento) dos vencimentos,enquanto perdurar o exercício da

função temporária.

§ 6°. A gratificação adicional de um por cento (1%) por ano de

serviço é assegurada ao Magistrado, incidindo sobre os

vencimentos,computando-se o tempo de exercício da

advocacia até o máximo de quinze(15) anos e, integralmente,

o tempo de serviço público, respectivamente comprovados

por certidão ou documento com fé pública.

§ 7º. Aplica-se aos juízes que exercem a direção de Fórum e

aos que atuam em Turma Recursal dos Juizados Especiais o

disposto no § 4º (AC)

Art. 57. O magistrado em efetivo exercício, que não dispuser

de residência oficial, receberá ajuda de custo para moradia,

como previsto no Estatuto da Magistratura Nacional, fixada

sobre os vencimentos, nos seguintes percentuais:

I - na capital, 20% (vinte por cento);

II - no interior, 15% (quinze por cento).

Art. 58. Os direitos, deveres e garantias dos Magistrados serão

regulados pela Constituição Federal, por este Código, pelo

Estatuto da Magistratura Nacional e, subsidiariamente, pelo

Estatuto dos Servidores e Regimento Interno.

TÍTULO IV - DO TRATAMENTO, DAS VESTES TALARES, DO

EXPEDIENTE E DO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS

JUDICIÁRIOS

CAPÍTULO I - DO TRATAMENTO E DAS VESTES TALARES

Art. 59. Ao Tribunal de Justiça e a seus Órgãos Judiciários cabe

tratamento de “Egrégio” e a todos os magistrados o de

“Excelência”.Os membros do Tribunal de Justiça têm o título

de “Desembargador”.

§ú. O magistrado aposentado conservará o título e as honras

correspondentes ao cargo.

Art. 60. Nos Juízos colegiados e nos atos solenes da

Justiça,como celebração de casamento e audiência, é

obrigatório o uso de vestes talares, conforme modelo

aprovado pelo pleno do Tribunal de Justiça.

CAPÍTULO II - DO EXPEDIENTE

Art. 61. O expediente do Poder Judiciário Estadual será

estabelecido pelo Tribunal de Justiça através de resolução do

Pleno.

Page 10: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 10/73

§ 1°. Para conhecimento de mandado de segurança, “habeas

corpus”, pedido de fiança e outras medidas urgentes, se

inexistente o Plantão Judiciário, os Juízes e Servidores da

Justiça deverão atender a qualquer hora, mesmo em seu

domicílio.

§ 2°. Não haverá expediente forense aos sábados,

domingos,nas segundas e terças-feiras de carnaval, nas

quintas e sextas-feiras da Semana Santa, no dia 1° de janeiro,

no dia 11 de agosto, no dia 8 de dezembro e nos demais dias

fixados em lei.

§ 3º. Será considerado recesso forense o período de 20 de

dezembro a 06 de janeiro do ano seguinte (NR)

Art. 62. O expediente forense será de segunda a sexta-feira no

horário fixado pelo Tribunal de Justiça, inclusive no foro

extrajudicial,salvo quanto ao Cartório de Registro Civil, que

poderá ter o seu expediente reduzido em até duas horas, ante

a previsão do § 3°, deste artigo.

§ 1°. Durante o expediente os Cartórios permanecerão

abertos, com a presença dos respectivos titulares ou de seus

substitutos legais, sob as penas da lei.

§ 2°. O Juiz poderá determinar a prorrogação do expediente

ordinário de qualquer Cartório, quando a necessidade de

serviço o exigir.

§ 3°. O Registro Civil de Pessoas Naturais funcionará, se

necessário, também aos sábados, domingos e feriados, até as

quatorze horas, afixando o servidor indicação externa do local

onde poderá ser encontrado após esse horário.

§ 4°. Os pontos facultativos que a União, o Estado ou o

Município decretarem não impedirão quaisquer atos da vida

forense, salvo determinação expressa e escrita do Presidente

do Tribunal de Justiça.

Art. 63. As sentenças deverão ser datilografadas e os

termos,atos, certidões e translado, datilografados ou

impressos, devidamente rubricadas as respectivas folhas pelo

Juiz ou pelos servidores subscritores.

§ 1°. Todos os atos processuais serão datilografados, exceto os

lavrados pelo Oficial de Justiça no local da diligência, a

distribuição e os termos relativos ao andamento dos feitos.

§ 2°. No expediente forense e em quaisquer atos ou

instrumentos manuscritos, usar-se-á tinta fixa permanente.

§ 3°. Os atos ocorridos nas audiências, inclusive as sentenças

prolatadas, poderão ser registrados em aparelhos de gravação

ou mediante taquigrafia, para posterior transcrição

datilográfica, ressalvados os depoimentos.

§ 4°. Não se admitirão, nos atos e termos, espaços em

branco,entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles

forem inutilizados e essas expressamente ressalvadas.

§ 5°. As autenticações das decisões, termos e atos processuais

devem ser de forma a permitir identificação imediata do

respectivo autor ou subscritor.

CAPÍTULO III - DAS AUDIÊNCIAS

Art. 64. As Sessões do Tribunal de Justiça e as audiências de

primeiro grau serão públicas, salvo quando a lei ou interesse

da Justiça determinar o contrário, assegurada a presença das

partes e de seus procuradores.

Art. 65. As sessões e as audiências realizar-se-ão no prédio do

Tribunal e do Fórum, respectivamente, salvo as exceções

legais ou a conveniência da Justiça.

§ú. O Juiz que, sem motivo justificado nos autos,deixar de

realizar audiência designada, ficará sujeito à pena de

advertência,além das sanções da lei processual.

Art. 66. Por conveniência da formação moral e psíquica do

menor de idade, poderá o juiz impedir a sua permanência em

determinadas audiências.

§ú. Durante as audiências ou sessões, os oficiais ou servidores

auxiliares deverão permanecer no recinto, à disposição da

Autoridade Judiciária, para cumprir determinações e

transmitir eventuais ordens de serviço.

Art. 67. Nas audiências ou sessões do Judiciário todos devem

se apresentar ou comparecer convenientemente trajados,

comportando-se de forma a evitar a perturbação da ordem

dos serviços.

§ 1°. Os magistrados poderão aplicar aos infratores do

disposto neste artigo medidas disciplinares consistentes de:

advertência,interpelação pessoal ou retirada do recinto.

§ 2º. Se a transgressão for agravada por

desobediência,desacato, motim ou outro ato delituoso,

ordenará a prisão e autuação em flagrante do infrator.

Art. 68. Para garantir o cumprimento e a execução de seus

atos e decisões, requisitará o Poder Judiciário os meios de

segurança necessários.

CAPÍTULO IV - DA FISCALIZAÇÃO DO MOVIMENTO FORENSE

Art. 69. O Presidente do Tribunal fará publicar

mensalmente,no órgão oficial, dados estatísticos dos

trabalhos da Corte no mês anterior,dele constando

nominalmente o número de votos e decisões que cada um de

seus membros proferir como relator, o número de feitos

distribuídos,pedidos de vista e conclusões para julgamento,

Page 11: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 11/73

despachos ou lavraturas de acórdãos, constando a data da

respectiva conclusão.

Art. 70. Os escrivães da Comarca da Capital farão publicar,a

cada mês, a relação dos processos conclusos, com as

respectivas datas,e remeterão, diariamente ao Diário da

Justiça o expediente forense, dele fazendo constar o nome

das partes e dos advogados, além do resumo da decisão ou

despacho.

§ 1°. Nas comarcas do interior os escrivães farão afixar a

referida relação de processos no átrio do Fórum.

§ 2°. Os escrivães judiciais remeterão cópia da relação

estatística processual até o dia 10 do mês subseqüente à

Corregedoria-Geral da Justiça.

§ 3°. A Corregedoria-Geral da Justiça orientará os escrivães

para cumprimento de tais determinações fornecendo-Ihes

modelo de relatório, sujeitando-os às sanções disciplinares, no

caso de paralisação dos processos em Cartório.

CAPÍTULO V - DAS CORREIÇÕES

Art. 71. As correições terão caráter permanente,

ordinário,periódico e extraordinário.

Art. 72. Incumbir-se-ão das correições:

I - o Presidente do Tribunal de Justiça, em relação a todos os

serviços Judiciários de segundo grau da jurisdição;

II - o Corregedor-Geral da Justiça, em relação a todos os

serviços judiciários do Estado, no primeiro grau de jurisdição,

na forma da lei;

III - o Juiz Titular, ou o seu substituto, em sua respectiva

Comarca ou Vara.

§ú. A correição não tem forma nem figura de juízo,

consistindo no exame dos serviços realizados por juízes,

cartórios e atividades forenses.

Art. 73. A correição permanente, pelos juízes em

geral,compreende a inspeção de cartórios, presídios,

repartições forenses e atividades dos servidores.

Art. 74. Nas correições feitas pelo Corregedor-Geral da Justiça

serão examinados livros, autos, papéis, documentos e o que

se julgar conveniente, apondo o seu visto ou proferindo

despacho.

Art. 75. Constatando a falta de livros obrigatórios, o

Corregedor-Geral da Justiça marcará prazo razoável para

aquisição ou regularização, se for o caso, bem como para

retificação de erros, atos abusivos ou omissões.

§ú. O Juiz em exercício na Comarca ou Vara fiscalizará o

cumprimento das determinações do Corregedor-

Geral,prestando-lhe informações nos prazos fixados.

Art. 76. O Corregedor-Geral da Justiça, em conformidade com

o disposto no Art. 22 desta Lei, promoverá, no mínimo, a cada

ano,correição em cinqüenta por cento das Comarcas do

Estado, podendo reiterar inspeção na mesma Vara ou

Comarca, para verificação de irregularidades noticiadas e que

reclamem providências.

Art. 77. As correições ordinárias ou periódicas competem aos

juízes nas respectivas Comarcas ou Varas, inclusive naquelas

em que exercerem substituição.

§ú. O Juiz Corregedor Permanente, anualmente, realizará

correição ordinária nos distritos de sua Comarca, enviando

relatório à Corregedoria-Geral da Justiça, em cinco dias.

Art. 78. As correições extraordinárias, que poderão ser gerais

ou parciais, caberão ao Juiz, de ofício, por determinação do

Conselho da Magistratura ou Corregedoria-Geral da Justiça,

quando ocorrerem irregularidades praticadas por Juízes de

Paz e Servidores da Justiça nos serviços forenses.

Art. 79. Quando se tratar de correição para sanar

irregularidades atribuídas a magistrados, será dirigida

pessoalmente pelo Corregedor-Geral da Justiça, na forma da

lei.

Art. 80. Em cada Cartório haverá um livro de Registro de

Correição, onde se anotarão todos os atos a ela relacionados.

LIVRO II - TÍTULO I - DA DIVISÃO JUDICIÁRIA ESTADUAL

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81. O Território do Estado de Rondônia constitui

circunscrição judiciária única, dividido, para efeito da

administração da Justiça, em seções, Comarcas e Distritos

Judiciários.

§ 1°. Cada Seção Judiciária constituir-se-á de uma ou mais

Comarcas, em área contínua e terá como sede a Comarca

principal.

§ 2°. Cada Comarca constituir-se-á de um ou mais

Municípios,formando área contínua, compreendendo uma ou

mais Varas e a sede da Comarca será a do Município que lhe

der o nome. (anexo I).

§ 3°. A cada Vara, Juizado e Comarca de Primeira

Entrância(Vara Única) corresponde um cargo de Juiz de Direito

Titular e respectivos serviços auxiliares.

§ 4°. A criação dos distritos judiciários far-se-á mediante

Resolução do Tribunal de Justiça.

Page 12: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 12/73

Art. 82. As Comarcas serão classificadas pelos seguintes

critérios:

I - número de habitantes e eleitores;

II - receita tributária;

III - movimento forense;

IV - situação geográfica.

§ú. Para criação de Vara observar-se-á o aumento do

movimento forense.

CAPÍTULO II - DA CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO, EXTINÇÃO E

CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES JUDICIÁRIAS

Art. 83. São requisitos essenciais para criação e instalação de

Comarca:

I - população mínima de dez mil habitantes no Município que

sediará a Comarca;

II - arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a

quinhentas vezes a média do salário mínimo vigente;

III - prédios públicos com capacidade e condições para

instalação do Fórum, cadeia pública, alojamento do

destacamento policial e residências oficiais para Juiz e

Promotor.

IV - mínimo de quatro mil eleitores inscritos;

V - volume de serviço forense comprovado pelo Juiz da

Comarca a que pertence o Município, com o mínimo de

trezentos processos ajuizados no ano anterior.

§ 1°. Os requisitos serão comprovados mediante certidões dos

órgãos competentes e levantamento da Corregedoria-Geral

da Justiça.

§ 2°. O Município interessado na elevação à Comarca

concorrerá com meios próprios para oferecer condições de

instalação.

Art. 84. A Comarca será instalada em data fixada pelo Tribunal

de Justiça, em sessão solene, presidida pelo seu Presidente ou

Desembargador designado para o ato.

§ú. Cópias da ata de instalação serão enviadas ao Tribunal de

Justiça, Tribunal Regional Eleitoral, Governador do

Estado,Assembléia Legislativa e à Seção Judiciária da Justiça

Federal do Estado.

Art. 85. São requisitos mínimos indispensáveis para elevação

de Comarca de primeira à segunda entrância:

I - população mínima de vinte e cinco mil habitantes na

Comarca;

II - arrecadação de tributos estaduais não inferior a duas mil

vezes a média do salário mínimo vigente;

III - movimento forense de número não inferior a oitocentos

processos em andamento, levantados pela Corregedoria-Geral

da Justiça;

IV - mínimo de oito mil eleitores.

Art. 86. Para criação de novas varas ou desdobramentos dos

Juízos na Comarca da Capital ou nas Comarcas de segunda

entrância,observar-se-ão os seguintes requisitos:

I - constar do relatório do ano anterior o mínimo de

oitocentos processos, excetuados os de execução fiscal, para

cada Juiz;

II - ocorrer aumento populacional que justifique

desdobramento, ou por interesse da Justiça.

Art. 87. A perda dos requisitos de número de

habitantes,receita tributária, número de eleitores e

movimento forense poderá determinar o rebaixamento ou

extinção da Comarca.

CAPÍTULO III - DO DISTRITO JUDlCIÁRIO

Art. 88. A criação de Distrito Judiciário dar-se-á por resolução

do Tribunal de Justiça, que independerá da existência de

distrito administrativo.

§ 1°. Cada Comarca terá tantos distritos quantos necessários

ao serviço Judiciário, cuja atividade será exercida em caráter

privado,integrando o foro extrajudicial.

§ 2º. Será obrigatoriamente Distrito Judiciário todo Município

que não for sede de Comarca, e possuirá Juiz de Paz e oficial

do registro civil das pessoas naturais que acumulará as

funções de oficial de casamento e tabelião de notas.

§ 3º. A instalação do Distrito Judiciário será feita pelo Juiz de

Direito em exercício na direção do Fórum da Comarca a que

pertencer ou pelo seu substituto legal.

§ 4º. O Juiz Diretor do Fórum da Comarca poderá nomear o

Juiz de Paz e o Oficial do Cartório de Distrito, em caráter

provisório, pelo prazo de até seis (6) meses, devendo o

primeiro ser funcionário público de conduta ilibada e o

segundo, se possível, servidor da Justiça.

§ 5°. O prazo a que se refere o parágrafo anterior poderá ser

prorrogado por igual período, mediante ato do Juiz

Corregedor Permanente.

Page 13: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 13/73

§ 6°. O oficial que assumir o Cartório, se servidor do Poder

Judiciário, poderá optar pela remuneração do cargo ou pelos

emolumentos.

§ 7º. O Distrito Judiciário que perder as condições de

existência poderá ser extinto pelo Tribunal de Justiça.

§ 8º. O serviço judiciário nos Distritos será exercido em

caráter privado, no foro extrajudicial, com provimento efetivo

da titularidade por concurso público.

Art. 89. As Seções Judiciárias, que terão como sede a Comarca

indicada em primeiro lugar, são as seguintes:

I - Primeira seção: Porto Velho;

II - Segunda seção: Ariquemes, Jaru, Machadinho D’Oeste e

Buritis;

III - Terceira seção: Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Alvorada

D’Oeste, Costa Marques, Mirante da Serra, Presidente Médici,

São Francisco do Guaporé e São Miguel do Guaporé;

IV - Quarta seção: Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão D’Oeste;

V - Quinta seção: Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras;

VI - Sexta seção: Guajará-Mirim e Nova-Mamoré;

VII - Sétima seção: Rolim de Moura, Santa Luzia D’Oeste, Alta

Floresta D’Oeste e Nova Brasilândia D’Oeste.

§ú. Cada seção Judiciária contará com o seguinte número de

cargos de Juízes Substitutos:

I - primeira seção: 19 (dezenove) cargos;

II - segunda seção: 3 (três) cargos;

III - terceira seção: 6 (seis) cargos;

IV - quarta seção: 3 (três) cargos;

V - quinta seção: 3 (três) cargos;

VI - sexta seção: dois (2) cargos; e

VI - sexta seção: 3 (três) cargos; e

VII - sétima seção: 3 (três) cargos.

CAPÍTULO IV - DA CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS E

COMPETÊNCIA DOS JUÍZES

Art. 90. As Comarcas classificam-se em:

I - Comarcas de Terceira Entrância: Porto Velho e Ji-Paraná;

(NR)

II - Comarcas de Segunda Entrância: Ariquemes, Cacoal,

Cerejeiras, Colorado do Oeste, Espigão D’Oeste, Guajará-

Mirim, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Presidente

Médici, Rolim de Moura e Vilhena; (NR)

III - Comarcas de Primeira Entrância: Alta Floresta D’Oeste,

Alvorada D’Oeste, Buritis, Costa Marques, Machadinho

D’Oeste, Mirante da Serra, Nova Brasilândia D’Oeste, Nova

Mamoré, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e

Santa Luzia D’Oeste. (NR)

Art. 91. Nas Comarcas com duas Varas, uma será cível e outra

criminal, cabendo à Vara Cível a Corregedoria Permanente dos

Cartórios Extrajudiciais e as atribuições relativas ao Estatuto

da Criança e do Adolescente.

Art. 92. A competência dos juízes nas Comarcas com mais de

duas Varas será fixada por distribuição ou especialização,

cabendo às Varas Cíveis a Corregedoria Permanente dos

Cartórios extrajudiciais, as atribuições do Estatuto da Criança

e do Adolescente e assuntos de Registro Público.

Art. 93. No caso de cumulação e especialização, observar-se-á,

na distribuição, prioridade aos feitos da competência

especializada,para assegurar rigorosa igualdade numérica

entre as Varas.

TÍTULO II - DA COMARCA DA CAPITAL

CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS

VARAS

Art. 94. Na Comarca de Porto Velho, a prestação jurisdicional

será realizada através dos seguintes Juízos:

I - sete Varas Criminais, de competência genérica, de primeira

a sétima; (Vide Resolução n. 010/03-PR, que convolou 2 (duas)

varas criminais genéricas em varas cíveis, permanecendo 5

varas criminais na comarca de Porto Velho);

II - seis Varas Cíveis de competência genérica, de primeira a

sexta, cabendo à sexta vara cumular os feitos de falências e

recuperações judiciais; (NR) (Vide Resolução n. 010/03-PR,

que convolou 2 (duas) varas criminais genéricas em varas

cíveis, permanecendo 8 varas cíveis na comarca de Porto

Velho)

III - 6 (seis) Varas de Família e Sucessões, de competência

genérica, de primeira a sexta;

IV – dois Juizados da Infância e da Juventude

V - 02 (duas) Varas de Execuções Fiscais, de 1ª (Primeira) a 2ª

(Segunda), cabendo à primeira vara cumular o cumprimento

das cartas precatórias cíveis, a Corregedoria Permanente dos

cartórios extrajudiciais e os feitos relativos a registros

públicos;

Page 14: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 14/73

VI - duas Varas da Fazenda Pública;

VII - duas Varas do Tribunal do Júri;

VIII - uma Vara de Execuções e Contravenções Penais, com

competência para corregedoria dos presídios;

IX - uma Vara de Auditoria Militar, com competência também

para o cumprimento das cartas precatórias criminais e

processamento defeitos criminais genéricos;

X – um Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a

Mulher.

XI - uma Vara de Delitos de Tóxicos;

XII - três Juizados Especiais Cíveis;

XIII - 3 (três) Juizados Especiais Criminais.

XIV - 10 (dez) cargos de Juiz de Direito, objetivando suprir a

falta decorrente da convocação de juízes prevista nos arts. 18

e 24 deste Código, bem como para auxiliar nos órgãos

administrativos e substituir nos órgãos jurisdicionais do

Tribunal de Justiça.

XV - uma Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas

(Acrescentado pela Lei Complementar n. 597, de 28 de

dezembro de 2010 - DOE de 29/12/2010 - Efeitos a partir da

publicação).

§ú. Ficam criados 7 (sete) novos cargos de Juiz de Direito

Titular de Terceira Entrância para atender à titularização dos

Juizados Especiais, 2º Juizado da Infância e da Juventude e da

Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas

CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA DAS VARAS CÍVEIS

Art. 95. Compete aos juízes das varas cíveis processar e julgar

todas as ações cíveis, exceto aquelas de competência das

varas especializadas.

§ú. A Sexta Vara Cível cumulará os feitos de falências e

recuperações judiciais. (NR)

Art. 96. Compete aos juízes das varas de família, processar e

julgar:

a) a justificação de casamento nuncupativo; as impugnações à

habilitação e celebração de casamento; o suprimento de

licença para sua realização, bem como o pedido de

autorização para casamento, na hipótese do art. 214 do

Código Civil;

b) as causas de nulidade ou de anulação de

casamento,separação judicial e divórcio;

c) as ações de investigação de paternidade;

d) as causas de interdição e quaisquer outras relativas ao

Estado e capacidade das pessoas;

e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento,ao

dote, aos bens parafernais e às doações antenupciais;

f) as causas de alimentos e as relativas à posse e guardados

filhos menores, quer entre os pais, quer entre estes e

terceiros, e as de suspensão, extinção ou perda do pátrio-

poder;

g) as nomeações de curadores, tutores e administradores

provisórios, nos casos previstos nas alíneas “d” e “f’ deste

artigo; exigir-Ihes garantias legais; conceder-Ihes autorização

quando necessário; tomar-Ihes conta, removê-Ios ou destituí-

los;

h) o suprimento de outorga de cônjuges e a licença para

alienação, oneração ou sub-rogação de bens;

i) as questões relativas à instituição e extinção do bem de

família;

j) todos os atos de jurisdição voluntária e necessária à

proteção da pessoa dos incapazes ou à administração de seus

bens;

I) os feitos referentes às ações principais especificadas neste

artigo e todos que delas derivarem ou forem dependentes;

m) as causas de extinção do pátrio-poder nos casos previstos

em lei.

Art. 97. Compete aos juízes das Varas da Fazenda

Pública,processar e julgar:

I - as causas de interesse da Fazenda Pública do Estado, do

Município de Porto Velho, entidades autárquicas, empresas

públicas, estaduais e dos municípios da Comarca de Porto

Velho;

II - os mandados de segurança contra atos de autoridades

estaduais e municipais da Comarca de Porto Velho.

Art. 98. Compete aos Juizados da Infância e da Juventude,

ressalvada a competência das varas de Família, processar e

julgar os assuntos disciplinados no Estatuto da Criança e do

Adolescente e legislação afim (NR) (Nova redação dada pela

Lei Complementar n. 597, de 28 de dezembro de 2010 - DOE

de 29/12/2010 - Efeitos a partir da publicação).

§ 1°. Ao 1º Juizado da Infância e da Juventude competirá o

processamento e julgamento dos procedimentos de atos

infracionais, execução das medidas socioeducativas e tudo

que seja a elas inerentes, inclusive no tocante ao aspecto

correicional dos centros de internação.

Page 15: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 15/73

§ 2°. Ao 2º Juizado da Infância e da Juventude caberá a

competência remanescente, especialmente as chamadas

causas cíveis, as infrações administrativas, o abrigamento e no

tocante ao aspecto correicional dos abrigos e demais

instituições de proteção à criança e adolescente, bem como os

crimes praticados contra crianças e adolescentes, ressalvadas

as competências constitucionais.

Art. 99. Compete ao Juizado Especial de Pequenas Causas

exercer as atribuições decorrentes da Legislação Federal e

Estadual pertinentes.

Art. 100. Compete à Vara de Execuções Fiscais, Registros

Públicos e Precatórias Cíveis:

I - processar e julgar:

a) as causas que versam sobre registros públicos;

b) as causas sobre loteamento e venda de imóveis à prestação

e registro “Torrens”;

c) as dúvidas dos tabeliães e oficiais de registros;

d) as execuções fiscais do Estado e dos Municípios da Comarca

de Porto Velho;

II - ressalvada a especialidade do Juizado da Infância e da

Juventude e das Varas de Família e Sucessões, cumprir todas

as cartas precatórias cíveis; (Vide Resolução n. 001/06-PR e

Resolução n. 016/06-PR)

III - exercer a Corregedoria Permanente dos cartórios

extrajudiciais.

CAPÍTULO III - DA COMPETÊNClA DAS VARAS CRIMINAIS

Art. 101. Compete aos juízes das Varas Criminais genéricas

processar e julgar todas as ações criminais, exceto aquelas de

competência das Varas Especializadas.

Art. 102. Compete aos juízes das Varas do Tribunal do Júri:

I - processar e instruir os feitos dos crimes dolosos contra a

vida e conexos;

II - organizar e presidir o Tribunal do Júri.

Art. 103. Compete ao juiz da Vara de Delitos de Trânsito

processar e julgar os feitos relativos às lesões corporais e

homicídios culposos decorrentes de acidentes de trânsito e

com eles conexos. (Vide Resolução n. 008/01-PR, Resolução n.

005/03-PR e a Resolução n. 004/2011-PR, que modificaram a

competência da vara de delitos de trânsito).

Art. 104. Compete ao juiz da Vara dos Delitos de Tóxicos:

I - processar e julgar os feitos relativos aos delitos de

entorpecentes ou substâncias que produzam dependência

física ou psíquica definidas em lei e os conexos;

II - decretar interdições, internamentos e deliberar sobre

prevenção, repressão, assistência e medidas administrativas

sobre o assunto.

Art. 105. Ao juiz da Vara de Execuções e Contravenções Penais

compete:

I - processar e julgar os feitos relativos às contravenções

penais;

II - a execução da pena e seus incidentes;

III - a correição permanente dos presídios da Capital.

Art. 106. À vara da Auditoria Militar compete processar e

julgar os crimes militares, assim definidos em lei, bem como

todas as cartas precatórias criminais na Comarca de Porto

Velho, ressalvada a especialidade do juízo da Vara de

Execuções e Contravenções Penais e da Justiça Eleitoral.

TÍTULO lII - DAS COMARCAS DO INTERIOR

CAPÍTULO I - DA COMARCA DE JI-PARANÁ

Art. 107. Na Comarca de Ji-Paraná, a prestação Jurisdicional

será realizada através dos seguintes juízos:

I - três varas criminais, de competência genérica, de

1ª(Primeira) a 3ª (Terceira), competindo cumulativamente:

a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes

dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;

b) à segunda vara as execuções penais e corregedoria dos

presídios.

II - seis varas cíveis, de competência genérica, de 1ª(Primeira)

a 6ª (Sexta), competindo cumulativamente:

a) à primeira vara os assuntos relativos aos registros públicos

e Corregedoria Permanente dos cartórios extrajudiciais;

b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância

e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

III - um Juizado Especial com competência cumulativa para

processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas na Lei

Federal n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.

III – dois Juizados Especiais com competência cumulativa para

processar e julgar as causas cíveis e criminais previstas na Lei

Federal n. 9.099, de 26 de setembro de 1995 (NR)

Page 16: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 16/73

Art. 107-A. Fica criado 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular

de Terceira Entrância para atender ao Juizado criado na

comarca de Ji-Paraná (AC)

CAPÍTULO II - DAS COMARCAS DE ARIQUEMES, CACOAL,

GUAJARÁ-MIRIM, JARU, PIMENTA BUENO, ROLIM DEMOURA

E VlLHENA

Art. 108. Na Comarca de Guajará-Mirim, a prestação

jurisdicional será realizada por meio de:

I - duas varas criminais, de competência genérica, 1ª(primeira)

e 2ª (Segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes

dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;

b) à segunda vara as execuções penais e corregedoria dos

presídios;

II - duas varas cíveis, de competência genérica, 1ª (primeira)e

2a (segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara os assuntos relativos aos Registros Públicos

e Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;

b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância

e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

II - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa para

processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas na Lei

Federal nº 9.099, de 1995.

Art.108-A. Na Comarca de Ariquemes, a prestação

jurisdicional será realizada por meio de:

I - 2 (duas) Varas Criminais, de competência genérica,

1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes

dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;

b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos

presídios;

II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de

1ª(primeira) a 4ª (quarta), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e

Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;

b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância

e Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa

para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas

na Lei Federal n. 9.099, de 1995.

Art. 108-B. Nas Comarcas de Jaru, Ouro Preto D’Oeste,

Pimenta Bueno e Rolim de Moura, a prestação jurisdicional

será realizada por meio de (NR)

I - 1 (uma) vara criminal, de competência genérica;

II - 2 (duas) varas cíveis, de competência genérica,

1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e

Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;

b) à segunda assuntos relativos ao Juizado da Infância e da

Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa

para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas

na Lei Federal9.099, de 26 de setembro de 1995.

Art. 108-C. Na Comarca de Vilhena a prestação jurisdicional

será realizada por meio de: (Acrescentado pela Lei

Complementar n. 245,de 18 de junho de 2001 - D.O.E. de

18/6/2001 - Efeitos a partir de 18/6/2001).

I - 2 (duas) varas criminais, de competência genérica,

1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes

dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;

b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos

presídios;

II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de

1ª(primeira) a 4ª (quarta), competindo cumulativamente:

a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e

Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;

b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância

e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa

para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas

na Lei Federal n. 9.099, de 1995.

Art. 108-D. Na Comarca de Cacoal, a prestação jurisdicional

será realizada por meio de:

I - 2 (duas) vara criminais de competência genérica,

1ª(primeira) e 2a (segunda), cabendo cumulativamente:

a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes

dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;

b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos

presídios;

Page 17: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 17/73

II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de 1ª

(primeira) a 4ª (quarta), competindo cumulativamente (NR)

a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e

Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;

b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância

e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.

III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa

para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas

na Lei Federal n. 9.099, de 1995.

Art. 108-E. Ficam criados 6 (seis) cargos de Juiz de Direito

Titular de Segunda Entrância, para atender às Varas criadas

nas Comarcas de Cacoal, Jaru, Ouro Preto D’Oeste e Vilhena

(NR)

CAPÍTULO III - DAS COMARCAS DE COLORADO DO OESTE,

CEREJEIRAS E OURO PRETO DO OESTE

Art. 109. Nas Comarcas de Colorado D’Oeste, Cerejeiras,

Espigão D’Oeste e Presidente Médici, a prestação jurisdicional

será realizada por meio de (NR)

I - 1 (uma) Vara Cível genérica, com competência para cumular

o Juizado da Infância e da Juventude, a Corregedoria

Permanente dos Cartórios Extrajudiciais e assuntos de

Registros Públicos (NR)

II - 1 (uma) Vara Criminal de competência genérica (NR)

III – 1 (um) Juizado Especial na Comarca de Ouro Preto do

Oeste, com competência cumulativa para processar e julgar as

causas Cíveis e Criminais previstas na Lei Federal 9.099, de

1995. (Suprimido pela Lei Complementar n. 437, de 17 de abril

de 2008 - DOE de 23/04/2008 - Efeitos a partir da publicação).

§ú. Competirá à Vara Cível cumular o Juizado da Infância e da

Juventude, a Corregedoria Permanente dos Cartórios

Extrajudiciais e assuntos de Registros Públicos (Suprimido pela

Lei Complementar n. 347, de 8 de junho de 2006 - D.O.E. de

16/6/2006 - Efeitos a partir de 16/6/2006).

Art. 109-A. Fica criado 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular

de Segunda Entrância para atender à Vara criada na Comarca

de Espigão D’Oeste, elevada à Segunda Entrância (AC)

(Acrescentado pela Lei Complementar n. 437, de 17 de abril

de 2008 - DOE de 23/04/2008 - Efeitos a partir da publicação).

CAPÍTULO IV - DAS COMARCAS DE PRIMEIRA ENTRÂNCIA

Art. 110. A prestação jurisdicional será realizada por uma Vara

Única nas Comarcas de Alta Floresta D’Oeste, Alvorada

D’Oeste, Buritis, Costa Marques, Machadinho D’Oeste,

Mirante da Serra, Nova Brasilândia D’Oeste, Nova Mamoré,

São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Santa

Luzia D’Oeste. (NR)

Art.110-A. Ficam criadas a Comarca de Buritis, na Seção

Judiciária de Ariquemes, e a Comarca de São Miguel do

Guaporé, na Seção Judiciária de Ji-Paraná.

§ 1° A Comarca de Buritis será constituída pelo Município sede

e pelo Município de Campo Novo de Rondônia, e a Comarca

de São Miguel do Guaporé será constituída pelo Município

sede e pelo Município de Seringueiras.

§ 2° A instalação das comarcas mencionadas no caput deste

artigo dependerá da observância dos requisitos essenciais

previstos no inciso III do artigo 83 deste Código.

§ 3° Fica criado nas Comarcas de Buritis e São Miguel do

Guaporé 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Primeira

Entrância.

Art.110-B. Ficam criadas as Comarcas de Mirante de Serra e

de São Francisco do Guaporé na Terceira Seção Judiciária e a

Comarca de Nova Mamoré na Sexta Seção Judiciária.

§ 1°. A Comarca de Mirante da Serra será constituída pelo

Município sede, pelo Município de Nova União e pela

localidade de Tarilândia. As Comarcas de São Francisco do

Guaporé e Nova Mamoré serão constituídas pelos Municípios

sede.

§ 2°. A instalação das comarcas mencionadas no caput deste

artigo dependerá da observância dos requisitos essenciais

previstos no inciso III do artigo 83 deste Código.

§ 3°. Ficam criados 3 (três) cargos de Juiz de Direito Titular de

Primeira Entrância para atender às Comarcas de Mirante da

Serra, Nova Mamoré e São Francisco do Guaporé, e os

respectivos cargos de serviços auxiliares.

TÍTULO IV - DOS SERVIÇOS E DOS SERVIDORES AUXILIARES DA

JUSTIÇA

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 111. Os serviços auxiliares da Justiça serão realizados

através de Secretarias no Tribunal de Justiça e de Ofícios de

Justiça no primeiro grau de jurisdição.

§ú. A nomeação dos servidores do Quadro do Poder Judiciário

é da competência do Presidente do Tribunal de Justiça,na

forma da lei.

CAPÍTULO II - DAS SECRETARIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 112. Os serviços das Secretarias do Tribunal serão

executados na forma prevista pelo Regimento Interno ou

Page 18: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 18/73

Resolução do Tribunal, por secretários com formação de nível

superior, subordinados diretamente à Presidência do Tribunal.

Art. 113. O quadro de pessoal das Secretarias é o fixado por

resolução, conforme o Plano de Carreiras.

CAPÍTULO III - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA DO FORO JUDICIAL

Art. 114. Aos ofícios de justiça ou cartórios judiciais incumbe a

execução dos serviços do foro judicial, sendo-Ihes atribuídas

as funções auxiliares do juízo a que se vinculam.

§ 1º. O cartório do distribuidor, do contador e seus anexos se

vinculam ao Juiz Diretor do Fórum.

§ 2º. A cada vara corresponderá um cartório.

§ 3º. Nas comarcas de vara única haverá dois cartórios, um

cível e um criminal.

§ 3°. Haverá dois 2 (dois) cartórios, um cível e um

criminal,com os respectivos cargos de escrivães titulares e

demais auxiliares nas comarcas de vara única.

§ 4°. Aos cartórios será atribuída a mesma numeração das

varas que servem.

§ 5°. Em todas as câmaras haverá Cartório Único

Distribuidor,competindo-lhe o anexo do Depósito Público e

Cartório Único Contador com o anexo do Partidor, ressalvada

a Comarca de Porto Velho, onde haverá dois (2) Cartórios

Distribuidores e dois (2) Cartórios Contadores, dividindo-se

em Cível e Criminal, respectivamente.

§ 6°. Em Porto Velho, ao Cartório Contador Criminal competirá

o anexo do Depósito Público e ao Cartório Contador Cível, o

anexo do Partidor.

CAPÍTULO IV - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA DO FORO

EXTRAJUDICIAL

Art. 115. São ofícios de justiça do foro extrajudicial:

I – tabelionato de notas ;

II – tabelionato de protesto de títulos

III – ofício de registro de imóveis ;

IV – ofício de registro de títulos e documentos e civil das

pessoas jurídicas ;

V - ofício de registro civil das pessoas naturais e de interdições

e tutelas;

VI – ofício de distribuição (AC) ;

§ 1°. Os ofícios extrajudiciais já em atividade e os respectivos

cargos relacionados à titularidade dos notariais e

registradores ficam mantidos.

§ 2°. O número atual desses cartórios nas Comarcas é o fixado

no Anexo II deste Código.

§ 3°. Na Comarca de Porto Velho, consoante previsão do Art.

5°, inciso VII, c/c §ú do Art. 11 da Lei Federal n.

8.935/94,haverá 1 (um) Cartório Distribuidor de Protestos

constituindo-se anexo do Segundo Ofício do Registro Civil da

Capital, com funcionamento em caráter privado.

Art. 116. Aos ofícios de justiça do foro extrajudicial incumbe a

lavratura dos atos notariais e os serviços concernentes aos

registros públicos, na forma da lei.

Art. 117. Considerando a qualidade dos serviços, o interesse

público e a conveniência da Administração, os ofícios de

justiça do foro extrajudicial poderão ser criados, anexados,

desanexados, desmembrados e extintos por meio de

Resolução do Tribunal Pleno;

§ 1°. Toda comarca terá, no mínimo, uma unidade de cada

cartório ou serventia extrajudicial.

§ 2º. Nas comarcas de primeira entrância, o foro extrajudicial

funcionará na forma de serventia única, enquanto as unidades

isoladas se mostrarem deficitárias para o exercício.

§ 3°. Na forma do “caput” as serventias únicas referidas no

parágrafo anterior, tão logo o permitam, serão

desmembradas para funcionamento e existência em duas

unidades a saber:

I - Tabelionato de Notas e Anexo do Registro Civil das Pessoas

Naturais;

II - Registro de Imóveis e Anexos dos Registros de

Protestos,Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas.

§ 4º. As unidades e serviços extrajudiciais serão criados por

resolução de iniciativa do Poder Judiciário, e toda comarca

elevada à segunda entrância, observado o interesse público,

poderá dispor das unidades de serventia com existência e

funcionamento em caráter isolado.

§ 5°. A cada ofício de justiça ou cartório corresponde a

respectiva titularidade, quanto a esta, independendo de

criação nas hipóteses de desacumulações dos serviços

extrajudiciais.

§ 6º. Nos atos normativos do Poder Judiciário de criação de

novos serviços, sua extinção, desativação provisória, anexação

de suas atribuições ao serviço da mesma natureza mais

Page 19: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 19/73

próximo ou àquele localizado na sede do respectivo município

ou município contíguo, bem como modificações da mesma

natureza, serão observados os princípios de rapidez,

qualidade satisfatória e eficiência na prestação dos serviços

notariais e de registro, além dos critérios populacionais e

socioeconômicos, publicados regularmente pela Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (AC) (

Art. 118. Os serventuários do foro extrajudicial, dos ofícios

privatizados, serão remunerados pelos emolumentos

cobrados e resultantes dos serviços prestados, competindo-

lhe arcar com os ônus decorrentes da atividade, inclusive

previdenciários e trabalhistas, próprios e dos seus

empregados.

Art. 119. A investidura nos cargos de titulares dos ofícios

extrajudiciais dar-se-á por concurso de provas e títulos,

ressalvada a situação daqueles que estão em exercício e que,

cumulativamente, integrem o quadro de servidores do Poder

Judiciário e em condições análogas aqueles já privatizados por

delegação.

CAPÍTULO V - DOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL

Art. 120. O Quadro Permanente de Pessoal dos Serviços

Auxiliares do Foro Judicial de Primeiro Grau é instituído por

sistema de classificação denominado Plano de Carreira.

§ 1°. O Tribunal de Justiça, por deliberação do Pleno, expedirá

normas complementares à execução do plano referido.

§ 2°. A primeira investidura nos cargos dar-se-á por concurso

público de provas e títulos, ressalvadas as exceções previstas

nas disposições deste Código e do Plano de Carreiras.

CAPÍTULO VI - DOS SERVIDORES DO FORO EXTRAJUDICIAL

Art. 121. Os servidores do Foro Extrajudicial, enquanto

oficializado e conveniente para a Administração,

permanecerão na atual lotação.

Art. 122. Os titulares dos ofícios em caráter privado poderão

indicar substitutos entre seus auxiliares, a serem nomeados

pelo Juiz Corregedor Permanente, observadas as normas da

Corregedoria da Justiça,os quais terão, quando em

substituição, as mesmas atribuições.

§ú. O Tribunal de Justiça regulamentará as situações relativas

ao quadro de pessoal do foro extrajudicial, observando as

diretrizes deste Código e os objetivos da Administração da

Justiça.

CAPÍTULO VII - DAS ATRIBUIÇÓES E NORMAS DISCIPLINARES

DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO

Art. 123. As atribuições dos servidores do Poder Judiciário

resultam da natureza dos cargos, da legislação processual,

regimento e diretrizes da Corregedoria-Geral e da Presidência

do Tribunal de Justiça.

Art. 124. O servidor ou funcionário do Judiciário que, sem

motivo justificado nos autos, exceder prazos, ficará sujeito a

punição disciplinar, na forma da lei.

Art. 125. Nenhum servidor poderá funcionar juntamente com

cônjuge ou parente seu, consangüíneo ou afim em linha reta

ou colateral,até o terceiro grau inclusive:

I - no mesmo feito ou ato judicial;

II - na mesma Comarca ou Distrito, quando entre as funções

dos respectivos cargos existir dependência hierárquica.

§ú. As incompatibilidades previstas neste artigo não ocorrerão

na esfera do foro extrajudicial

Art. 126. Os servidores, enquanto no exercício de seus cargos,

não poderão, sob pena de demissão, exercer outra função

pública,salvo as exceções previstas no art. 37, XVI, da

Constituição Federal.

§ú. O afastamento de servidor para concorrera mandato

político eletivo, dependerá de prévia comunicação ao Órgão

competente, na forma da lei.

Art. 127. Constituirá motivo de perda do cargo ou demissão a

bem do serviço público a solicitação ou recebimento por

servidor no exercício da função de qualquer vantagem

indevida.

TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO ÚNICO - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 128. Os atuais cargos e funções de Avaliador e Oficial de

Justiça são unificados com a denominação de Oficial de Justiça

Avaliador e passam a integrar o quadro de pessoal em caráter

efetivo.

§ú. Para ingresso no cargo de Oficial de Justiça Avaliador

exigir-se-á concurso público de provas e títulos e o segundo

grau de escolaridade completo, ressalvada a situação dos

atuais ocupantes estáveis dos cargos, ora unificados.

Art. 129. Haverá, em todas as comarcas, uma Central de

Mandados que terá por objetivo a distribuição dos serviços

aos Oficiais de Justiça Avaliadores, os quais farão jus a uma

gratificação de produtividade por mandado cumprido,

disciplinada por Resolução.

Art. 130. No caso do Distrito Judiciário de uma comarca ficar

distante da sede mais de cem (100) km, e mais próximo de

Page 20: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 20/73

outra jurisdição, poderá, por deliberação do Tribunal Pleno,

ser incorporada a esta última.

§ú. Sempre que por conveniência da prestação jurisdicional,

no tocante à facilidade do acesso, igualmente se aplica a

incorporação reportada no “caput” deste artigo.

Art. 131. Aplica-se aos servidores do Judiciário, no que couber,

as normas da Lei Complementar nº 68, de 9 de dezembro de

1992(Regime Jurídico Único).

Art. 132. Todos os cargos não constantes do Plano de

Carreiras, não abrangidos pela absorção e unificação, ficam

extintos.

Art. 133. São órgãos de publicação e divulgação do Poder

Judiciário: o Diário da Justiça, a Revista de Jurisprudência,

Boletins Informativos da Presidência e da Corregedoria-Geral

da Justiça, além de outros que venham a ser autorizados por

Resolução do Pleno.

Art. 134. A Escola da Magistratura do Estado de Rondônia -

EMERON - Órgão de Apoio ao Tribunal de Justiça, promoverá

a formação,preparação, atualização, aperfeiçoamento e

especialização de magistrados e servidores do Poder

Judiciário.

§ 1°. A direção da Escola da Magistratura do Estado de

Rondônia-EMERON será constituída por diretor e vice-diretor,

eleitos pelo Pleno dentre os magistrados, juntamente com a

eleição da Administração do Tribunal, com mandato de dois

anos, permitida a reeleição.

§ 2°. O quadro de pessoal da Escola é constituído de

servidores do Poder Judiciário, conforme Resolução.

§ 3°. Ao Diretor e Vice-Diretor da Escola fica instituída a

gratificação de representação de 10 (dez por cento) de seus

vencimentos mensais sendo do mesmo valor a gratificação

devida aos professores enquanto no exercício desta atividade,

vedada a acumulação da gratificação caso o magistrado

exerça cargo de direção e a função de professor da escola.

Art. 135. O Fundo de Informatização, Edificação e

Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - FUJU - Órgão de

apoio ao Tribunal de Justiça na área de recursos financeiros,

terá pessoal do quadro do Poder Judiciário.

§ú. O Fundo de Informatização poderá firmar convênios

financeiros com a Escola da Magistratura do Estado de

Rondônia- EMERON, proporcionando-lhe condições de

atender às suas finalidades.

Art. 136. Os recursos correspondentes às dotações

orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e

especiais,destinados ao Poder Judiciário, ser-Ihes-ão

entregues até o dia 20 de cada mês, caracterizando a omissão,

óbice para o livre exercício do Poder.

Art. 137. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício

efetivo de magistratura prestado ao Estado, o magistrado fará

jus a 3 (três)meses de licença especial, com todos os direitos e

vantagens do cargo, a ser gozada conforme a conveniência da

Administração.

§ 1º . Os períodos de licença já adquiridos e não gozados pelo

magistrado que vier a falecer serão convertidos em pecúnia,

em favor dos beneficiários da pensão.

§ 2°. Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o

tempo de licença especial que o magistrado não houver

gozado.

§ 3°. No caso de imperiosa necessidade do serviço, a licença

especial poderá ser convertida em pecúnia, total ou

parcialmente, a critério da Presidência do Tribunal, no valor

correspondente à respectiva remuneração do cargo.

§ 4°. Será indenizado do valor da licença especial o magistrado

que, havendo-a requerido, tiver o seu gozo indeferido com

base na necessidade imperiosa do serviço e vier a se

aposentar voluntariamente.

Art. 138. Observar-se-á, com relação às nomeações para

cargos em comissão e designações para funções gratificadas,

os impedimentos e limitações estabelecidos na Legislação

Federal aplicável ao Poder Judiciário.

Art. 139. A Composição e o funcionamento dos Juizados

Especiais, bem como as regras processuais e procedimentos a

eles relativas, serão objeto do Regimento Interno do Tribunal

de Justiça e da legislação estadual ordinária de iniciativa do

Judiciário, observadas as regras estabelecidas pela União.

Art. 140. No prazo de um ano, a contar da vigência deste

Código, o Tribunal de Justiça deverá concluir a privatização de

todos os ofícios do foro extrajudicial, baixando para tanto

Resolução que regulamente o processo, com observância das

normas legais pertinentes.

§ú. As reunificações, anexações e desmembramentos de

ofícios extrajudiciais, conforme a necessidade dos serviços e

conveniências da administração da justiça serão feitos na

formado art. 117.

Art. 141. As varas já existentes ficam mantidas e são criadas

mais as seguintes:

I - Na Comarca de Porto Velho:

a) quatro varas criminais genéricas;

b) duas varas cíveis genéricas;

Page 21: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 21/73

c) um juizado especial;

d) uma vara de família;

e) uma vara de execuções fiscais;

f) uma vara de fazenda pública;

g) uma vara do Tribunal do Júri;

II - na Comarca de Ji-Paraná:

a) 2 (duas) varas criminais genéricas (terceira e quarta);

b) 1 (uma) vara cível genérica (quarta).

III - na comarca de Ariquemes, uma vara criminal genérica;

III - na Comarca de Ariquemes:

a) 1 (uma) vara criminal genérica (segunda);

b) 2 (duas) varas cíveis genéricas (terceira e quarta);

IV - na comarca de Guajará-Mirim, uma vara criminal genérica;

V - na comarca de Cacoal, uma vara criminal genérica;

VI - na comarca de Vilhena, uma vara criminal genérica;

VII - na comarca de Rolim de Moura, uma vara cível

genérica(segunda).

§ 1°. Ficam criados 11 (onze) cargos de juízes de direito para a

capital e 10 (dez) cargos de juízes de direito para provimento

nas varas previstas nos incisos II a VII deste artigo.

§ 2°. Ficam criados 10 (dez) cargos de Juízes de Direito de3ª

Entrância da Capital, a serem providos por promoção ou

remoção, que serão destinados a:

II – suprir a falta dos juízes convocados para substituir

Desembargadores, no caso de gozo de férias, recessos,

licenças de quaisquer natureza ou vacância, na forma da lei;

III – auxiliar ou substituir Juízes Titulares, perante as Varas da

Capital, mediante ato da Corregedoria-Geral da Justiça.

§ 3°. Os juízes a que se refere o parágrafo anterior, tornar-se-

ão titulares por remoção, que precederá processo de

promoção por merecimento.

§ 4°. O Plano de Carreiras disporá sobre os cargos necessários

para instalação destas varas e juizados.

§ 5°. Ficam criados na comarca de Porto Velho, na esfera

judicial, mais 1 (um) Cartório Distribuidor e mais 1 (um)

Cartório Contador e, no setor extrajudicial, o Cartório de

Registro de Distribuição de Títulos para Protestos na forma

preconizada pelo § 3° do art. 115.

§ 6°. Os Juízes de Direito mencionados no § 2° poderão ser

convocados para auxiliar os órgãos administrativos do

Tribunal de Justiça,nos termos dos arts. 18 e 24 deste Código,

bem como para substituir Desembargadores, no caso de gozo

de férias, recessos, licenças de quaisquer natureza ou

vacância, na forma da lei.

Art. 142. Os juízes diretores do fórum receberão gratificação

de 5% (cinco por cento) de seus respectivos vencimentos

mensais.

Art. 143. As varas criadas por este Código somente serão

instaladas mediante disponibilidade financeira e a deliberação

do Tribunal Pleno.

Art. 144. A situação do Juiz de Direito da Comarca, na carreira,

não será alterada em decorrência da elevação, continuando

nela a ter exercício (NR)

§ú. O Juiz de Direito da comarca, quando promovido, poderá

nela permanecer desde que o requeira antes de findo o prazo

para assumir o exercício na vara para a qual tenha sido

promovido (AC)

Art. 145. Os ofícios de justiça do foro extrajudicial das

comarcas de primeira entrância, ainda não privatizados,

manterão a atual divisão fática de serviços, sem prejuízo do

disposto no art. 117 deste Código.

§ú. O disposto neste artigo não se aplica aos ofícios de justiça,

aqueles que prestam com exclusividade todos os serviços do

foro extra-judicial nas comarcas de primeira entrância.

Art. 146. A elevação de Comarca para Terceira Entrância ou

Especial, como a Capital, contará, no mínimo, com 30% (trinta

por cento) do número de varas instaladas na Comarca de

Porto Velho.

Art. 147. A comarca de Colorado do Oeste fica elevada à

categoria de segunda entrância e, conseqüentemente, criada

a 2ª Vara, como também um (1) cargo de juiz de direito de

segunda entrância e os respectivos cargos auxiliares.

Art. 147-A. A Comarca de Cerejeiras fica elevada à categoria

de Segunda Entrância e, conseqüentemente, criada a 2ª Vara,

como também 1 (um) cargo de Juiz de Direito de Segunda

Entrância, e os respectivos cargos de serviços auxiliares.

Art. 147-B. Fica a Comarca de Presidente Médici elevada para

Comarca de Segunda Entrância, na qual a prestação

jurisdicional será realizada da mesma forma que na comarca

de Colorado do Oeste.

§ú. Ficam criados todos os cargos auxiliares que compõem

uma Comarca de Segunda Entrância e um cargo de Juiz de

Direito de Segunda Entrância.

Page 22: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 22/73

Art. 147-C. A comarca de Espigão D’Oeste fica elevada à

categoria de segunda entrância e, consequentemente, criada

a 2ª Vara, como também um cargo de Juiz de Direito de

segunda Entrância, e os respectivos cargos de serviços

auxiliares (AC)

Art.148. A comarca de Machadinho D’Oeste, de primeira

entrância, constituída pelo município de Vale do Anari e do

município sede da nova unidade jurisdicional, fica criada na

seção judiciária de Ariquemes.

§ 1°. A instalação da comarca ora criada ocorrerá tão logo

implementado o atendimento dos requisitos previstos no

inciso III, do art.83, deste Código.

§ 2°. Um (1) cargo de Juiz de Direito titular de Primeira

Entrância.

Art. 149. A comarca de Nova Brasilândia D’Oeste, de primeira

entrância, constituída pelo município de Novo Horizonte

D’Oeste e do município sede da nova unidade jurisdicional,

fica criada na seção judiciária de Rolim de Moura.

§ 1°. A instalação da comarca ora criada, ocorrerá tão logo

implementado o atendimento dos requisitos previstos no

inciso III, do art.83, deste Código.

§ 2°. Um (1) cargo de Juiz de Direito titular de Primeira

Entrância.

§ 3°. O Tribunal de Justiça fica autorizado a empreender

levantamentos para o atendimento dos requisitos no art. 83

do Código de Organização Judiciária, para criar a Comarca de

São Miguel do Guaporé.

§ 4°. O município de Castanheiras passa a integrar a comarca

de Presidente Médici.

Art. 149-B. O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia fica

autorizado a modificar a competência das varas criminais,

criadas pela Lei Complementar n. 146, de 22 de dezembro de

1995, para competência de vara cível ou de vara de família.

Art.149-C. O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia fica

autorizado a modificar a competência das varas e dos juizados

por motivo de necessidade e do interesse público.

§ú. Havendo modificação de competência,conforme previsto

no caput deste artigo, o Tribunal de Justiça do Estado de

Rondônia fica autorizado a disciplinar, por meio de ato, a

redistribuição de processos e a manutenção de competência

residual.

Art. 150. Atualizam-se o Anexo I (Art. 81, § 2º) e o Anexo II

(Art.115. § 2º) deste Código sempre que ocorrer

desmembramento,anexação, extinção ou criação de unidades

judiciais ou extrajudiciais na forma da lei.

Art. 150. Mantidas as varas existentes, são criadas as

seguintes varas:

I - na comarca de Porto Velho:

a) 1 (uma) vara de família com competência genérica; e

b) 1 (uma) vara de execuções fiscais com competência

genérica.

II - na comarca de Ji-Paraná:

a) 1 (uma) vara cível com competência genérica; e

b) 1 (um) juizado especial com competência cível e criminal

nos termos da Lei Federal n. 9.099, de 1995;

III - nas comarcas de Guajará-Mirim, de Ariquemes, de Cacoal,

de Rolim de Moura, de Jaru, de Vilhena e de Ouro Preto do

Oeste:

a) 1 (um) Juizado Especial com competência cível e criminal

nos termos da Lei Federal n. 9.099, de 1995.

Art. 150-A. Mantidas as Varas, Comarcas e cargos já

existentes, são criados mais os seguintes:

I - Na Comarca de Porto Velho:

a) 2 (duas) Varas de Família e Sucessões (5ª e 6ª);

II - Na Comarca de Pimenta Bueno:

a) 1 (uma) Vara dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;

§ú. Ficam criados os seguintes cargos:

a) 2 (dois) cargos de Juiz de Direito Titular de Terceira

Entrância;

b) 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Segunda

Entrância.

Art. 150-B. Mantidas as varas, comarcas e cargos já existentes

são criados mais os seguintes (AC)

I - Na Comarca de Ji-Paraná (AC):

a) 1 (um) Juizado Especial Cível e Criminal (2º) (AC).

II – Na Comarca de Cacoal (AC):

a) 1 (uma) Vara Cível genérica (4ª) (AC).

III – Na Comarca de Ouro Preto D’Oeste (AC):

a) 1 (uma) Vara Cível genérica (2ª).

§ú. Ficam criados os seguintes cargos (AC):

Page 23: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 23/73

a) 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Terceira Entrância

(AC);

b) 3 (três) cargos de Juiz de Direito Titular de Segunda

Entrância (AC).

Art. 151. Ficam criados 2 (dois) cargos de Juiz de Direito Titular

de Terceira Entrância; 9 (nove) cargos de Juiz de Direito Titular

de Segunda Entrância; para atender à criação da 4ª Vara de

Família e da 2ª Vara de Execuções Fiscais, na comarca de

Porto Velho; da 6ª Vara Cível e do Juizado Especial e Criminal

na Comarca de Ji-Paraná; e dos Juizados Especiais criados nas

comarcas de Guajará-Mirim, de Ariquemes, de Cacoal, de

Rolim de Moura, de Jaru, de Vilhena e de Ouro Preto do

Oeste.

Art. 151-A. Ficam criados 13 (treze) cargos de juiz

substituto,distribuídos nas Seções Judiciárias do Poder

Judiciário do Estado de Rondônia, de acordo com a previsão

do §ú do artigo 89 deste Código.

§ú. Consolida-se nesta Lei Complementar, o número de 5

(cinco) cargos de juiz substituto criados pelo § 3º do artigo 2º

da Lei n. 656, de 22 de maio de 1996.

Art. 152. Revogam-se as disposições em contrário e, em

especial a Lei nº 116, de 3 de julho de 1986.

Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 3 de

novembro de 1993, 105° da República.

OSWALDO PlANA FILHO

Governador

2 Constituição do Estado de Rondônia.

2.1 Poder Judiciário.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA

DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I

Disposições Preliminares

Art. 74 - São órgãos do Poder Judiciário:

I - Tribunal de Justiça;

II - Juízes de Direito e Juízes Substitutos;

III - Tribunal do Júri;

IV - Justiça Militar;

V - Outros Tribunais e Juízos instituídos por lei.

Art. 75 - Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia

administrativa e financeira.

§ 1° - O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária

do Poder Judiciário dentro dos limites estipulados

conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes

orçamentárias.

§ 2° - Quando o regular exercício do Poder Judiciário for

tolhido pela não satisfação oportuna das dotações que lhe

correspondam, caberá ao Tribunal de Justiça, pela maioria

absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo Tribunal

Federal intervenção da União no Estado.

Art. 76 - À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os

pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal, em

virtude de sentença judiciária, serão feitos exclusivamente na

ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta

dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de

pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais.

§ 1° - É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de

direito público de verba necessária ao pagamento dos seus

débitos constantes de precatórios judiciais, apresentados até

1° de julho, data em que terão atualizados os seus valores,

efetuando-se o pagamento até o final do exercício seguinte.

§ 2° - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão

consignados ao Poder Judiciário, recolhendo-se as

importâncias respectivas à repartição competente, cabendo

ao Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento

segundo as possibilidades do depósito e autorizar, a

Page 24: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 24/73

requerimento do credor e exclusivamente para o caso de

preterimento do seu direito de precedência, o sequestro da

quantia necessária à satisfação do débito.

§ 3º. O Tribunal de Justiça fará publicar no Diário Oficial da

Justiça, até o dia 30 de dezembro de cada ano, a relação de

todos os precatórios judiciários requisitados e pagos até

aquela data, contendo o valor, o nome do credor, a origem da

dívida e o número do respectivo processo judicial que lhe deu

origem.

Art. 77 - Lei de iniciativa do Poder Judiciário disciplinará as

atribuições, direitos e deveres dos Escrivães Judiciais,

Escrivães Judiciais Substitutos, Oficiais de Justiça, Avaliadores,

Distribuidores, Contadores e Depositários, cuja admissão se

dará por concurso público de títulos e provas.

Art. 78 - Os Juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após

dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse

período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais

casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na

forma do inciso VIII do art. 80 desta Constituição;

III - irredutibilidade de vencimentos - a remuneração

observará o disposto nesta Constituição.

Art. 79 - Aos Juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou

função, salvo uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas de

participação em processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária.

Art. 80 - A magistratura estadual observará os seguintes

princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de Juiz

Substituto, por concurso público de provas e títulos,

promovido pelo Tribunal de Justiça, com a participação da

Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,

obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,

por antiguidade e merecimento, observado o seguinte:

a) é obrigatório a promoção do juiz que figure por três vezes

consecutivas, ou cinco alternadas, em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de

exercício na respectiva entrância, e integrará o juiz a primeira

quinta parte da lista de antiguidade, salvo se não houver, com

tais requisitos, quem aceite o lugar vago.

c) o merecimento deverá ser aferido pelos critérios de

presteza e de segurança no despachar e no sentenciar,

assiduidade e pontualidade aos atos judiciais, bem como

frequência e aproveitamento em cursos reconhecidos de

aperfeiçoamento;

d) na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá

recusar o juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus

membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a

votação até fixar-se a indicação;

III - o acesso aos tribunais de segundo grau será feito por

antiguidade e merecimento, alternadamente, apurado na

última entrância ou no Tribunal de Alçada (não existe mais a

partir da reforma do judicidiario – EC 45), se houver, quando

se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça, observados

o inciso II e a classe de origem;

IV - previsão de cursos oficiais de preparação e

aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para

ingresso e promoção na carreira;

V - os vencimentos dos juízes serão fixados com diferença não

superior a dez por cento de uma para outra das categorias da

carreira, não podendo os do juiz de categoria mais elevada ser

inferior a noventa por cento dos vencimentos de

Desembargador, excetuadas as vantagens de caráter pessoal;

VI - a aposentadoria, com proventos integrais, é compulsória,

por invalidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa, aos

trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na

judicatura;

VI - o juiz titular residirá na respectiva comarca;

VII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do

magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por

voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla

defesa.

Art. 81 - Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça e, se

houver, do Tribunal de Alçada, será composto de membros do

Ministério Público e de advogados denotório saber jurídico e

de reputação ilibada, com mais de dez anos de carreira ou de

efetiva atividade profissional, respectivamente, indicados, em

lista sêxtupla, pelos órgãos de representação das respectivas

classes.

Page 25: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 25/73

§Ú - Recebidas as indicações, o Tribunal de Justiça formará a

lista tríplice, enviando-a ao Governador, que, nos vinte dias

subsequentes, escolherá um de seus integrantes para

nomeação.

Art. 82 - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário

serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena

de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir,

limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e

a seus advogados, ou somente a estes.

Art. 83 - As decisões administrativas dos Tribunais serão

motivadas, sendo que as disciplinares serão tomadas pelo

voto da maioria absoluta de seus membros.

Seção II

Da Competência dos Tribunais

Art. 84 - Compete privativamente aos Tribunais:

I - eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos

internos, com observância às normas de processo e às

garantias processuais das partes, dispondo sobre a

competência e o funcionamento dos respectivos órgãos

jurisdicionais e administrativos;

II - organizar suas secretarias e serviços auxiliares, velando

pelo exercício da atividade correcional respectiva;

III - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus

servidores;

IV - prover, por concurso público de provas, ou de provas e

títulos, obedecidas as disposições orçamentárias desta

Constituição, os cargos dos seus serviços auxiliares, exceto os

de confiança assim definidos em lei.

Seção III

Do Tribunal de Justiça

*Art. 85 - O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e

jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de, no

mínimo, nove desembargadores.

Art. 86. Os vencimentos dos Desembargadores serão

apreciados pela Assembleia Legislativa e não excederão a

noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento dos

vencimentos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sem

outras vantagens, exceto os adicionais por tempo de serviço,

ficando sujeitos a impostos gerais, inclusive os de renda e os

extraordinários.

Art. 87 - Compete ao Tribunal de Justiça:

I - propor à Assembleia Legislativa, observadas as disposições

orçamentárias e esta Constituição:

a) a alteração do número dos membros dos Tribunais

inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos

dos Desembargadores, dos Juízes, inclusive dos Tribunais

inferiores, se houver, dos serviços auxiliares e os dos Juízes

que lhes forem subordinados;

c) a criação ou extinção de Tribunais inferiores;

d) a criação de novos juízos, comarcas, bem como a alteração

da organização e da divisão judiciária;

II - solicitar a intervenção no Estado para garantir o livre

exercício do Poder Judiciário, nos termos da Constituição

Federal e desta Constituição;

III - nomear, prover, promover, remover, aposentar e colocar

em disponibilidade seus magistrados;

IV - processar e julgar originariamente:

a) nas infrações penais comuns, o Vice-Governador, os

Deputados Estaduais, o Procurador-Geral de Justiça, o

Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público-Geral e os

Prefeitos;

b) nas infrações penais comuns e nos crimes de

responsabilidade, os Juízes de Direito, os membros do

Ministério Público e da Defensoria Pública e os Secretários de

Estado, observando-se, neste caso, o disposto no inciso XVI do

artigo 29 desta Constituição;

c) os conflitos de competência entre órgãos do próprio

Tribunal;

d) os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e

administrativas quando forem interessados o Governador, o

Prefeito da Capital, a Mesa da Assembleia Legislativa, o

Tribunal de Contas do Estado e o Procurador Geral de Justiça;

e) os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e

administrativas do Estado e dos Municípios, não

compreendidos na alínea anterior;

f) o mandado de segurança e o “habeas-data” contra atos:

1) do Governador;

2) dos membros do Tribunal , inclusive de seu Presidente;

3) da Mesa Diretora e do Presidente da Assembleia

Legislativa;

4) do Tribunal de Contas do Estado;

5) do Corregedor-Geral de Justiça;

Page 26: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 26/73

6) do Procurador-Geral do Estado, do Procurador-Geral de

Justiça e do Defensor Público-Geral;

7) do Conselho da Magistratura;

8) dos Juízes de Direito e Juízes Substitutos;

9) dos Secretários de Estado;

g) o “habeas-corpus”, quando o coator ou paciente for

autoridade ou funcionário, cujos atos estejam sujeitos

diretamente à sua jurisdição, ou se trate de crime cuja ação

penal seja de sua competência originária ou por recurso;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma

regulamentadora for atribuição do Governador, da Mesa da

Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, dos

Prefeitos e da Mesa da Câmara de Vereadores, bem como de

órgão, entidade ou autoridade das administrações direta ou

indireta, estaduais ou municipais;

i) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados e dos

Juízes no âmbito de sua competência por recurso;

j) a execução de sentença nas causas de sua competência

originária, facultada a delegação de atribuições para prática

de atos processuais;

V - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em

primeira instância, no âmbito de sua competência;

VI - exercer, as demais atribuições que lhe são conferidas pela

Lei de Organização e Divisão Judiciária.

§Ú - Não caberá “habeas-corpus” em relação a punições

disciplinares militares.

Subseção I

Do Controle de Constitucionalidade

Art. 88 - São partes legítimas para propor ação direta de

inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou

municipal, em face desta Constituição:

I - o Governador;

II - a Mesa da Assembleia Legislativa;

III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município,

em se tratando de lei ou ato normativo local;

V - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

VI - os partidos políticos com representação na Assembleia

Legislativa ou em Câmara de Vereadores;

VII - as federações sindicais e entidades de classe de âmbito

estadual;

VIII – o Defensor Público-Geral.

§ 1° - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas

ações diretas de inconstitucionalidade.

§ 2° - Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será

comunicada à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal

para suspensão da execução da lei ou ato impugnado.

§ 3° - Reconhecida a inconstitucionalidade por omissão de

medida para tornar efetiva norma desta Constituição, a

decisão será comunicada ao poder competente

Art. 89 - Pode o Tribunal de Justiça estabelecer seções

especializadas, integradas por órgão fracionário da área de

sua especialização, na forma que dispuser seu regimento

interno.

Seção IV

Dos Juízes de Direito

Art. 90 - Os Juízes de Direito e Juízes Substitutos, na Jurisdição

comum estadual de primeiro grau, integram a carreira da

magistratura nas comarcas e juízos e com a competência que

a Lei de Organização e Divisão Judiciária determinar.

Art. 91 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça

designará Juízes de entrância especial, com competência

exclusiva para questões agrárias.

§Ú - Sempre que necessário para eficiente prestação

jurisdicional, o Juiz far-se-á presente no local do litígio.

Seção V

Dos Tribunais do Júri

Art. 92 - Em cada comarca existirá, pelo menos, um Tribunal

do Júri, presidido por Juiz de Direito e composto de jurados,

com a organização que lhe der a lei, assegurados:

I - a plenitude de defesa;

II - o sigilo das votações;

III - a soberania de veredictos;

IV - a competência para o julgamento dos crimes dolosos

contra a vida.

Page 27: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 27/73

Seção VI

Dos Conselhos de Justiça Militar

Art. 93 - A Justiça Militar, constituída na forma da Lei de

Organização Judiciária, terá como órgão de primeira instância

os Conselhos de Justiça e, de segunda, o Tribunal de Justiça.

Seção VII

Dos Tribunais e Juizados Especiais

Subseção I

Dos Juizados Especiais

Art. 94 - Serão criados e instalados no prazo de cento e

oitenta dias da promulgação desta Constituição, juizados

especiais, providos por Juízes togados, togados e leigos, para

conciliação, julgamento e execução de causas cíveis de menor

complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo,

mediante procedimento oral e sumaríssimo, permitidos, nas

hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de

recursos por turmas de Juízes de primeiro grau.

Subseção II

Dos Juízes de Paz

Art. 95 - A Lei de Organização e Divisão Judiciária disporá

sobre a Justiça de Paz, remunerada, composta de cidadãos

eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de

quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar

casamentos, verificar, de ofício, ou em face de impugnação

apresentada, o processo de habilitação, exercer atribuições

conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras

previstas em lei.

§Ú - A legislação que criar a Justiça de Paz, manterá os atuais

Juízes de Paz até a posse dos novos titulares, assegurando-

lhes os direitos e atribuições conferidos a estes, e designará o

dia para a eleição prevista no art. 98, II da Constituição

Federal.

Art. 96 - Os Juízes de Paz, sem caráter jurisdicional, integrarão

a administração da Justiça.

3 Regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de

Rondônia (Lei Complementar nº 68/1992).

LEI COMPLEMENTAR Nº 68, DE 09 DE DEZEMBRO DE 1.992 D.O.E. Nº 2674, DE 09/12/92 - Suplemento 2. Alterada até a Lei nº 2165, 28/10/09 Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. Art. 2º - As disposições desta Lei Complementar são aplicáveis, no que couber, aos servidores da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Estado de Rondônia. Art. 3º - Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 4º - Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente cometida ou cometíveis a servidor público, com denominação própria, quantidade certa, prevista em lei e pagamento pelos cofres públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão. Art. 5º- Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. § 1º - Os cargos públicos de provimento efetivo serão organizados em grupos ocupacionais. Art. 6º - É vedado atribuir ao servidor público outros serviços, além dos inerentes ao cargo de que seja o titular, salvo quando designado para o exercício de cargo em comissão, função gratificada ou para integrar comissões ou grupos de trabalhos. Art. 7º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo nos casos previstos em lei.

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TÍTULO II DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA MOVIMENTAÇÃO

E DA SUBSTITUIÇÃO CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 8º - São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental, comprovada em inspeção médica; VII - habilitação em concurso público, salvo quando se tratar de cargos para os quais a lei assim não o exija. § 1º - Para o provimento de cargo de natureza técnica exigir-se-á a respectiva habilitação profissional. § 2º - As pessoas portadoras de deficiência física é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com sua deficiência e o disposto no Art. 7º, inciso XXXI, da Constituição Federal. Art. 9º - O provimento de cargo público far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Art. 10 - A investidura em cargo público ocorre com a posse. Art. 11 - São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - readaptação; IV - reintegração; V - aproveitamento; VI - reintegração; VII - recondução; Art. 12 - A primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação e prazo de validade.

SEÇÃO II DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 13 - O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas conforme dispuseram a lei e o regulamento do respectivo Plano de Carreira. Art. 14 - O concurso público tem validade de até 02 (dois) anos podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. § 1º - As condições de realização do concurso serão fixadas em edital, publicado no Diário Oficial do Estado e divulgado pelos veículos de comunicação. § 2º - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

SEÇÃO III DA NOMEAÇÃO

Art. 15 - A nomeação é a forma originária de provimento dos cargos públicos. §ú - A nomeação para o cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Art. 16 - A nomeação será feita: I - em caráter efetivo, para os cargos de carreira; II - em caráter temporário, para os cargos em comissão, de livre provimento e exoneração; III - em caráter temporário, para substituição de cargos em comissão.

SEÇÃO IV DA POSSE

Art. 17 - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se comprometerá a cumprir fielmente os deveres do cargo. § 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de nomeação, prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. § 2º - Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento. § 3º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica. § 4º - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

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§ 5º - No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens que constituam seu patrimônio, na forma da Constituição do Estado, prova de quitação com a Fazenda Pública e Certidão Negativa do Tribunal de Contas e declarará o exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. § 6º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos no § 1º deste artigo e § 1º do artigo 20. Art. 18 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. §ú - Só poderá ser empossado o candidato que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Art. 19 - São competentes para dar posse: I - O Governador do Estado, os Presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministério Público às autoridades que lhes sejam diretamente subordinadas; II - Os Secretário de Estado, aos dirigentes das entidades, cargos comissionados, funções de confiança vinculadas às respectivas pastas; III - O Secretário de Estado da Administração aos demais funcionários do Poder Executivo, exceto ao servidor pertencente ao Grupo de Polícia Civil, cuja posse será dada pelo Diretor Geral da Polícia Civil.

SEÇÃO V DO EXERCÍCIO

Art. 20 - O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. § 1º - É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse ou do ato que lhe determinar o provimento. § 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior. § 3º - Cabe à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, dar-lhe exercício. Art. 21 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Art. 22 - A progressão não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover o servidor. Art. 23 - O servidor movimentado para outra localidade, terá até 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício a partir da publicação do ato.

§ú - Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento. Art. 24 - No âmbito da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações, nenhum servidor poderá ter exercício em quadro diferente daquele em que for lotado. Art. 25 - Além das hipóteses legalmente admitidas, o servidor pode ser autorizado a afastar-se do exercício, com prazo certo de duração e sem perda de direitos, para a realização do serviço, missão ou estudo, fora de sua sede funcional para representar o Município, o Estado ou País em competições desportivas oficiais. § 1º - V E T A D O. § 2º - O Servidor beneficiado com afastamento para freqüentar curso não poderá gozar licença para tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual ao afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento das despesas havidas com o referido curso. Art. 26 - Preso preventivamente, denunciado por crime comum, denunciado por crime funcional ou condenado por crime inafiançável, em processo no qual não haja pronúncia, o servidor fica afastado do exercício de seu cargo até decisão final transitada em julgado. §ú - No caso de condenação, não sendo esta de natureza que determine a demissão do servidor, continua o afastamento até o cumprimento total da pena, observado o disposto no artigo 273 deste Estatuto.

SEÇÃO VI DA LOTAÇÃO

Art. 27 - Lotação é a força de trabalho, qualitativa e quantitativa necessária ao desenvolvimento das atividades normais e específicas de cada Poder, Órgão ou Entidade. §ú - A lotação de cada Poder, Órgão ou Entidade será fixada em lei.

SEÇÃO VII DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 28 - O Servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de 02 (dois) anos, com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmação ou não no cargo para o qual foi nomeado. § 1º - São requisitos básicos a serem apurados no estágio probatório: I - assiduidade; II - pontualidade; III - disciplina;

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IV - capacidade de iniciativa; V - produtividade; VI - responsabilidade. § 2º - A verificação dos requisitos mencionados neste artigo será efetuada por comissão permanente, onde houver, ou por uma comissão composta no mínimo de 03 (três) membros, que será designada pelo titular do Órgão onde o servidor nomeado vier a ter exercício e far-se-á mediante apuração semestral em Ficha Individual de Acompanhamento de Desempenho. § 3º - Nas comissões de que trata o parágrafo anterior participará, obrigatoriamente, o chefe imediato do servidor, quando da avaliação do estágio probatório. § 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no artigo 35.

SEÇÃO VIII DA ESTABILIDADE

Art. 29 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquire estabilidade no serviço público ao completar 02 (dois) anos de efetivo exercício. Art. 30 - O servidor estável somente é afastado do serviço público, com conseqüente perda do cargo, em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de resultado do processo administrativo disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurada ampla defesa.

SEÇÃO IX DA READAPTAÇÃO

Art. 31 - Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1º - Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. § 2º - A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida.

SEÇÃO X DA REVERSÃO

Art. 32 - Reversão é o reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial ou por solicitação voluntária do aposentado, a critério da administração.

§ 1º - A reversão dar-se-á no mesmo cargo, no cargo resultante de sua transformação, ou em outro de igual vencimento. § 2º - Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Art. 33 - Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

SEÇÃO XI DA REINTEGRAÇÃO

Art. 34 - Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. § 1º - A decisão administrativa que determinar a reintegração é sempre proferida em pedido de reconsideração, em recurso ou em revisão de processo. § 2º - Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante, é reconduzido a seu cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada. § 3º - Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade observado o disposto nos artigos 37 e 38.

SEÇÃO XII DA RECONDUÇÃO

Art. 35 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo por ele anteriormente ocupado. § 1º - A recondução decorre de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. § 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, de igual remuneração.

SEÇÃO XIII DA ASCENSÃO FUNCIONAL

Art. 36 - V E T A D O. § 1º - V E T A D O. § 2º - V E T A D O.

SEÇÃO XIV DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Art. 37 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, seu titular, desde que estável, fica em disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

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Art. 38 - Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, tem preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público. Art. 39 - Fica sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pelo órgão médico oficial.

CAPÍTULO II SEÇÃO ÚNICA DA VACÂNCIA

Art. 40 - A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - promoção; IV - readaptação; V - posse em outro cargo inacumulável; VI - falecimento; VII - aposentadoria; Art. 41 - A exoneração de cargo efetivo dar-se-á pedido do servidor ou de ofício. §ú - A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório e não couber a recondução; II - quando o servidor não tomar posse ou deixar de entrar em exercício nos prazos legais. Art. 42 - A exoneração do cargo em comissão dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor. Art. 43 - A demissão de cargo efetivo será aplicada como penalidade, observado o disposto nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO III DA MOVIMENTAÇÃO

Art. 44 - São formas de movimentação de pessoal: I - remoção; II - relotação; III - cedência.

Art. 45 - É vedada a movimentação “ex-ofício” de servidor que esteja regularmente matriculado em Instituição de Ensino Superior de formação, aperfeiçoamento ou especialização profissional que guarde correspondência com as atribuições do respectivo cargo. Art. 46 - Nos casos de extinção de órgãos ou entidades, os servidores estáveis que não puderem ser movimentados na forma prevista no presente Capítulo serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma prevista nesta Lei Complementar.

SEÇÃO I DA REMOÇÃO

Art. 47 - Remoção é a movimentação do servidor, a pedido “ex-ofício” de um para outro órgão ou unidade, sem alteração de situação funcional, respeitada a existência de vagas no âmbito do respectivo quadro lotacional, com ou sem mudança de sede, por ato do Chefe do Poder Executivo. Art. 48 - Dar-se-á remoção: I - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para outra; II - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para órgão diretamente subordinado ao Governador e vice-versa; III - de um órgão subordinado ao Governador para outro da mesma natureza. Art. 49 - A remoção processar-se-á: I - por permuta, mediante requerimento conjunto dos interessados, desde que observada a compatibilidade de cargos, com anuência dos respectivos Secretários ou dirigentes de órgãos, conforme dispuser em regulamento; II - a pedido do interessado nos seguintes casos: a) sendo ambos servidores, o cônjuge removido no interesse do serviço público para outra localidade, assegurado o aproveitamento do outro em serviço estadual na mesma localidade; b) para acompanhar o cônjuge que fixe residência em outra localidade, em virtude de deslocamento compulsório, devidamente comprovado; c) por motivo de tratamento de saúde do próprio servidor, do cônjuge ou dependente, desde que fiquem comprovadas, em caráter definitivo pelo órgão médico oficial, as razões apresentadas pelo servidor, independente de vaga. III - no interesse do serviço público, para ajustamento de quadro de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, conforme dispuser o regulamento.

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§ 1º - Na hipótese do inciso II, deverão ser observadas, para os membros do magistério, a compatibilidade de área de atuação e carga horária. § 2º - Para os membros do magistério, a remoção processar-se-á somente entre unidades educacionais e entre unidades constantes da estrutura da Secretaria de Estado da Educação. Art. 50 - Não haverá remoção de servidores em estágio probatório, ressalvados os casos previstos na alínea b do artigo 49. Art. 51 - Quando a remoção ocorrer com mudança de sede terá o servidor, o cônjuge ou companheiro e seus dependentes direito à transferência escolar, independente de vaga nas escolas de qualquer nível do Sistema Estadual de Ensino.

SEÇÃO II DA RELOTAÇÃO

Art. 52 - Relotação é a movimentação do servidor a pedido ou “ex-ofício”, de uma unidade administrativa para outra dentro do mesmo órgão, por ato do titular do órgão, com ou sem alteração do domicílio ou residência, respeitada a existência de vagas no quadro lotacional. § 1º - São unidades administrativas, para efeito deste artigo, as unidades escolares, sanitárias, hospitalares, regionais, residenciais, as Delegacias, as representações e os órgãos colegiados. § 2º - Nos casos de estruturação de órgão, entidades ou unidades, bem como no da readaptação de trata o artigo 31, os servidores estáveis serão relotados em outras atividades afins. § 3º - A relotação dar-se-á exclusivamente para o ajustamento de pessoal às necessidades de serviço.

SEÇÃO III DA CEDÊNCIA

Art. 53 - Cedência é o ato através do qual o servidor é cedido para outro Estado, Poder, Município, Órgão ou Entidade. § 1º - A cedência referida no “caput” deste artigo, será sempre sem ônus para o órgão cedente, por ato do Chefe do Poder Executivo, exceto para Município e outro Poder do Estado e exceto para o cargo em comissão e os casos previstos em leis. § 2º - Ao servidor cedido para ocupar cargo em comissão, é assegurada sua vaga na lotação do órgão de origem.

CAPÍTULO IV DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 54 - Haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em comissão.

§ 1º - A substituição é automática na forma prevista no Regimento Interno. § 2º - A substituição é remunerada pelo cargo do substituído, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

CAPÍTULO V DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 55 - O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, salvo quando disposto diversamente em lei ou regulamento próprio. § 1º - Os Chefes dos Poderes, Procurador Geral do Ministério Público e Presidente do Tribunal de Contas estabelecerão o horário para o cumprimento de jornada semanal de trabalho. § 2º - Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício em comissão e função gratificada exige dedicação integral ao serviço por parte do comissionado, que pode ser convocado sempre que haja interesse da administração. § 4º - Os servidores que ficam a disposição de seu sindicato, como dirigentes sindicais são onerados pela Secretaria de origem, como também perceberão vantagens que são inerentes aos demais servidores. Art. 56 - A jornada de trabalho dos ocupantes de cargos de médico e professor poderá ser de 20 horas e 40 horas semanais, conforme dispuserem os respectivos regulamentos. Art. 57 - Ao servidor matriculado em estabelecimento de Ensino Superior será concedido, sempre que possível, horário especial de trabalho que possibilite a freqüência normal às aulas, mediante, comprovação mensal por parte do interessado do horário das aulas, quando inexistir curso correlato em horário distinto ao do cumprimento de sua jornada de trabalho. § 1º - O horário especial de que trata este artigo somente será concedido quando o servidor não possuir curso superior. § 2º - Para os integrantes do Grupo Magistério, o benefício deste artigo poderá ser concedido, também, aos servidores possuidores de curso de Licenciatura Curta, para complementação de estudos até o nível de Licenciatura Plena. § 3º - Durante o período de férias escolares o servidor fica obrigado a cumprir jornada integral de trabalho. Art. 58 - Executa-se da limitação estabelecida no artigo 55, a Jornada de Trabalho do Piloto, para a qual será observada a Portaria do Ministério da Aeronáutica nº 3016, de 05 de fevereiro de 1988.

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SEÇÃO ÚNICA DA FREQÜÊNCIA E DO HORÁRIO

Art. 59 - A freqüência do servidor será computada pelo registro diário de ponto ou outro mecanismo de controle estabelecido em regulamento. § 1º - Ponto é o registro que assinala o comparecimento do servidor ao trabalho e pelo qual se verifica diariamente, a sua entrada e saída. § 2º - Os registros de ponto deverão conter todos os elementos necessários à apuração da freqüência. Art. 60 - É vedado dispensar o servidor do registro de ponto, abonar faltas ou reduzir a jornada de trabalho, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. §ú - A infração do disposto no “caput” deste artigo determinará a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, ou a que tiver cometido sem prejuízo da sanção disciplinar. Art. 61 - O servidor que não comparecer ao serviço por motivo de doença ou força maior, deverá comunicar à chefia imediata. § 1º - As faltas do serviço por motivo de doença são justificadas para fins disciplinares, de anotação no assentamento individual e pagamento, desde que a impossibilidade do comparecimento seja abonada pela chefia imediata, mediante atestado médico expedido pelo órgão oficial, até 24 (vinte e quatro) horas após o comparecimento. § 2º - As faltas ao serviço por doença em pessoa da família, através de atestado médico oficial são justificadas na forma e para fins estabelecidos no parágrafo anterior. Art. 62 - As faltas ao serviço por motivo particular não são justificadas para qualquer efeito, computando-se como ausência.

CAPÍTULO VI DO TREINAMENTO

Art. 63 - Aos poderes constituídos, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, dentro da política de valorização profissional, compete planejar, organizar, promover e executar cursos, estágios e treinamento para capacitação dos Recursos Humanos. §ú - A Fundação Escola de Serviço Público de Rondônia, elaborará, até o dia 31 (trinta e um) de julho de cada ano o plano anual de treinamento do exercício seguinte.

TÍTULO III DOS DIREITOS, DAS VANTAGENS

E DAS CONCESSÕES CAPÍTULO I

DOS DIREITOS SEÇÃO ÚNICA

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Art. 64 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em Lei. Art. 65 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens permanentes ou temporárias estabelecidas em Lei. § 1º - Ao servidor nomeado para o exercício de cargo em comissão é facultado optar pelo vencimento e demais vantagens de seu cargo efetivo, acrescido da gratificação de representação do cargo em comissão. § 2º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente é irredutível. § 3º - É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou entre servidores dos três poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou local de trabalho. Art. 66 - O servidor perderá: I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atraso, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superior a 60 (sessenta) minutos; III - a metade da remuneração, na hipótese de aplicação da penalidade de suspensão quando, por conveniência do serviço, a penalidade for convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Art. 67 - Salvo imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. §ú - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. Art. 68 - As reposições indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes à décima parte da remuneração ou provento, em valores atualizados monetariamente.

CAPÍTULO II DAS VANTAGENS

Art. 69 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

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I - indenizações; II - auxílios; III - adicionais; IV - gratificações. § 1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. § 2º - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições previstos em lei. Art. 70 - As vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público não são computadas nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

SEÇÃO I DAS INDENIZAÇÕES

Art. 71 - Constituem indenizações ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias; III - transporte. Art. 72 - Os valores das indenizações, bem como as condições para concessão, serão estabelecidos em regulamento.

SUBSEÇÃO I DA AJUDA DE CUSTO

Art. 73 - A ajuda de custo destina-se às despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. § 1º - Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. § 2º - A família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 01 (um) ano, contado do óbito. § 3º - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, na importância correspondente até 03 (três) meses, conforme estabelecer o regulamento. § 4º - Quando se tratar de viagem para fora do país, compete ao Chefe do Poder Executivo o arbitramento de ajuda de custo, independentemente de limite previsto no parágrafo anterior, até o teto de uma remuneração correspondente ao limite desse Poder, devendo o servidor:

I - no prazo máximo de 30 (trinta) dias do regresso, apresentar relatório circunstanciado, comprovando a realização da viagem para o fim estabelecido; II - caso não cumpra o disposto no inciso anterior o que acarretará a nulidade da ajuda de custo, fica obrigado a devolver imediatamente a importância recebida, sem prejuízo da sanção disciplinar cabível. § 5º - A ajuda de custo será paga antecipadamente ao servidor, facultando o seu recebimento na nova sede. Art. 74 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumí-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 75 - Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor do Estado, for nomeado para Cargo em Comissão, com mudança de domicílio. Art. 76 - O servidor restituirá a ajuda de custo quando: I - não se transportar para nova sede nos prazos determinados; II - antes de terminar a missão, regressar voluntariamente, pedir exoneração ou abandonar o serviço. Art. 77 - Não há obrigação de restituir a ajuda de custo quando o regresso do servidor obedecer a determinação superior ou por motivo de sua própria saúde ou, ainda, por exoneração a pedido, após trezentos e sessenta e cinco dias de exercício na nova sede.

SUBSEÇÃO II DAS DIÁRIAS

Art. 78 - O servidor que a serviço se afastar da sede em caráter eventual ou transitório fará jus a passagem e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana. §ú - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o afastamento não exigir pernoite fora da sede. Art. 79 - Os valores das diárias, a forma de concessão e demais critérios serão estabelecidos pelo Chefe do Poder Executivo em regulamento próprio. Art. 80 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-la integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias, sujeito a punição disciplinar se recebida de má fé. §ú - Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no “caput” deste artigo.

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Art. 81 - Será punido com pena de suspensão e na reincidência, com a demissão, o servidor que, indevidamente, conceder diárias com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos ficando, ainda, obrigado à reposição da importância correspondente.

SUBSEÇÃO III DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 82 - Conceder-se-á indenização de transporte a servidor que realize despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme dispuser o regulamento.

SEÇÃO II DOS AUXÍLIOS

Art. 83 - São concedidos ao servidor os seguintes auxílios pecuniários: I - transporte; II - diferença de caixa.

SUBSEÇÃO I DO AUXÍLIO VALE-TRANSPORTE

Art. 84 - O auxílio transporte é devido a servidor nos deslocamentos de ida e volta, no trajeto entre sua residência e o local de trabalho, na forma estabelecida em regulamento. § 1º - O auxílio transporte é concedido mensalmente e por antecipação, com a utilização de sistema de transporte coletivo, sendo vedado o uso de transportes especiais. § 2º - Ficam desobrigados da concessão por auxílio, os órgãos ou entidades que transportem seus servidores por meios próprios ou contratados.

SUBSEÇÃO II DO AUXÍLIO DE DIFERENÇA DE CAIXA

Art. 85 - Ao servidor que, no desempenho de suas atribuições, pagar ou receber em moeda corrente, será concedido auxílio de 20% (vinte por cento) do valor do respectivo vencimento básico, para compensar eventuais diferenças de caixa, conforme regulamento.

SEÇÃO III

DOS ADICIONAIS Art. 86 - Além do vencimento e das vantagens previstas em lei, serão deferidos aos servidores os seguintes adicionais: I - adicional por tempo de serviço; II - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; III - adicionais pela prestação de serviços extraordinários;

IV - adicionais noturnos; V - adicional de férias.

SUBSEÇÃO I DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 87 - O adicional por tempo de serviço é devido ao servidor à razão de 1% (um por cento) por ano de serviço público, incidindo sobre o vencimento básico do cargo efetivo, sendo que, para todos os efetivos, são preservados os direitos adquiridos dos servidores em atividades na data da promulgação desta Lei Complementar, a título de vantagem pessoal, vitaliciamente, corrigido na mesma proporção dos reajustes, vedada a sua absorção sob qualquer pretexto. § 1º - O funcionário fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o anuênio. § 2º - Quando da passagem do funcionário à inatividade, a incorporação do adicional será integral, se decretada a aposentadoria com proventos correspondentes à totalidade do vencimento ou da remuneração, e proporcional ao tempo de serviço, na hipótese de assim ser a mesma estabelecida. § 3º - O servidor investido em cargo de provimento em comissão continuará a perceber o adicional por tempo de serviço, calculado sobre o vencimento básico de seu cargo efetivo. § 4º - Quando ocorrer aproveitamento ou reversão, serão reconsiderados os anuênios anteriormente adquiridos, retomando-se a contagem, a partir do novo exercício.

SUBSEÇÃO II DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE,

PERICULOSIDADE OU POR ATIVIDADES PENOSAS Art. 88 - Os servidores que trabalharem, habitualmente, em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional nos percentuais de 10% (dez por cento), 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento do cargo efetivo, nos termos da Lei. § 1º - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles. § 2º - O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com eliminação das condições ou dos riscos que derem causa a sua concessão. § 3º - I – ao IV - V E T A D O. Art. 89 - Haverá controle permanente das atividades dos servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. §ú - A servidora gestante ou lactante será afastada enquanto durar a gestação ou lactação, das operações e locais previstos

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neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. Art. 90 - O adicional por atividade penosa será devido aos servidores com exercício em localidade cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento. Art. 91 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raio-X ou substância radioativa serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível previsto na legislação própria. §ú - Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exame médico a cada 6 (seis) meses.

SUBSEÇÃO III DO ADICIONAL PELA PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS Art. 92 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação a hora normal de trabalho. Art. 93 - O serviço extraordinário tem caráter eventual e só será admitido em situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 02 (duas) horas diárias. Art. 94 - É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário, com o objetivo de remunerar outros serviços e encargos. § 1º - O servidor que receber a importância relativa a serviço extraordinário que não prestou, será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar. § 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto no “caput” deste artigo. Art. 95 - Será punido com pena de suspensão e, na reincidência, com a demissão, o servidor que: I - atestar falsamente com prestação de serviço extraordinário. II - se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário.

SUBSEÇÃO IV

DO ADICIONAL NOTURNO Art. 96 - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas e um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) do vencimento básico, computando-se cada hora com 52’20” (cinqüenta e dois minutos e trinta segundos).

Art. 97 - O adicional referido no artigo anterior será concedido aos servidores cujo exercício da atividade exija a prestação de trabalho noturno, conforme regulamento próprio. §ú - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos comissionados ou funções gratificadas.

SUBSEÇÃO V DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 98 - Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. § 1º - No caso de o servidor exercer função de direção ou chefia ou assessoramento ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. § 2º - O servidor em regime de acumulação legal, receberá o adicional de férias calculado sobre a remuneração dos dois cargos.

SEÇÃO IV DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 99 - São concedidas aos servidores as seguintes gratificações: I - pelo exercício de Função de Direção, Chefia, Assessoramento e Assistência; II - natalina; III - pela elaboração ou execução de trabalhos técnicos ou científicos; IV - outras instituídas por lei.

SUBSEÇÃO I DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO

DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO CHEFIA OU ASSESSORAMENTO

Art. 100 - Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento que contar 05 (cinco) anos completos consecutivos ou não de exercício na referida função, terá adicionada à remuneração do cargo efetivo, a título de vantagem pessoal, a importância equivalente à fração de 1/5 (um quinto) da remuneração do cargo em comissão ou função. § 1º - O acréscimo de que trata este artigo ocorrerá somente a partir do 5º ano, e a cada ano subseqüente, será incorporada igual importância equivalente a 1/5 (um quinto) até o limite de 5/5 (cinco quintos). § 2º - Quando mais de uma função ou cargo houver sido desempenhado no período de 01 (um) ano a importância a ser incorporada terá por base de cálculo a função exercida por maior tempo.

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§ 3º - Ocorrendo o exercício de função de nível mais elevado, por período de 12 (doze) meses, após a incorporação da fração de 5/5 (cinco quintos), poderá haver a atualização progressiva das parcelas já incorporadas, observado o disposto neste artigo. § 4º - Enquanto exercer cargo em comissão, função gratificada ou cargo de natureza especial, o servidor não perceberá a parcela a cuja adição fez jus, exceto no caso de opção pelo vencimento do cargo efetivo, nos termos permitidos por esta Lei Complementar. Art. 101 - A contagem do período de exercício a que se refere o artigo anterior, terá início a partir do primeiro provimento em cargo em comissão ou função gratificada. Art. 102 - Será admitida a contagem do período de exercício anterior a instituição de Cargos de Direção Superior - CDS e Função Gratificada - FG, desde que o direito à incorporação da parcela tenha verificado anteriormente à transformação ou, se posterior, tenham dado origem às funções, sem mudanças das atribuições. §ú - Na hipótese de extinção, deve ser examinado se existe nova função, na Administração Estadual, nas Autarquias e Fundações, com as mesmas atribuições afetadas à que se extinguiu.

SUBSEÇÃO II DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 103 - A gratificação natalina corresponde 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano, extensiva aos inativos. §ú - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. Art. 104 - A gratificação será paga até o dia 20 do mês de dezembro da cada ano. Art. 105 - O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês de exoneração. Art. 106 - Quando o servidor perceber além do vencimento ou remuneração fixa, parte variável, a bonificação natalina corresponderá à soma da parte fixa mais a média aritmética da parte variável até o mês de novembro. § 1º - No caso de acumulação constitucional, será devida a gratificação natalina em ambos os cargos ou funções. § 2º - A gratificação natalina não é considerada para qualquer vantagem pecuniária e não será levada em conta para efeito de contribuição previdenciária.

SUBSEÇÃO III DA GRATIFICAÇÃO PELA ELABORAÇÃO OU

EXECUÇÃO DE TRABALHOS TÉCNICOS OU CIENTÍFICOS

Art. 107 - A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico será concedida quando se tratar: I - de trabalho que venha a resultar benefício para a humanidade; II - de trabalho de que venha a resultar melhoria nas condições econômicas na Nação ou do Estado, ou do em estar da coletividade; III - de trabalho de que venha resultar melhoria sensível para a Administração Pública, ou em benefício do público, ou de seus próprios serviços; IV - de trabalho elaborado por determinação ou solicitação do Governador ou Secretário de Estado, cumulativamente com as funções do cargo, e que venha a se constituir em Projeto de Lei ou Decreto de real importância, aprovado pelo Chefe do Poder Executivo. Art. 108 - A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico será arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo, tendo por base o vencimento do cargo efetivo do servidor, cuja importância recebida não excederá a 70% (setenta por cento) da remuneração de Secretário de Estado. § 1º - No caso de trabalho realizado por equipe, em comissão ou grupo de trabalho, os limites estabelecidos neste artigo serão considerados em relação a cada servidor, de acordo com a sua participação. § 2º - A gratificação estabelecida no “caput” deste artigo é vinculada ao trabalho que lhe der origem, e seu pagamento dar-se-á na conclusão dos trabalhos. Art. 109 - A elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico só poderá ser gratificada, quando não constituir tarefa ou encargo que caiba ao servidor executar ordinariamente no desempenho de suas funções. §ú - Poderão integrar as Equipes, Comissões ou Grupo de Trabalho, servidores do quadro efetivo do Estado, os investidos em cargo comissionado, bem como outros agentes públicos federais, municipais ou empregados da administração indireta, cedidos ou postos à disposição do Estado, alcançando-lhes a gratificação referida no “caput” do artigo anterior.

CAPÍTULO III DAS FÉRIAS

Art. 110 - O servidor fará jus a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, de acordo com escala organizada.

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§ 1º - A escala de férias deverá ser elaborada no mês de novembro do ano em curso, objetivando sua aplicação no ano seguinte, podendo ser alterada de acordo com a premente necessidade de serviço. § 2º - É vedado levar à conta das férias qualquer falta ao trabalho. § 3º - Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o servidor o direito a férias. § 4º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço devidamente justificada e pelo máximo de 02 (dois) períodos. § 5º - Os professores, desde que em regência de classe, gozarão férias fora do período letivo. Art. 111 - Durante as férias, o servidor terá direito às vantagens como se estivesse em exercício. Art. 112 - É vedada a concessão de férias superiores a 30 (trinta) dias, consecutivos ou não, por ano, a qualquer servidor público estadual, com exceção dos casos previstos em lei específica. Art. 113 - É facultado ao servidor converter 1/3 das férias em abono pecuniário, desde que requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência. §ú - No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor adicional de férias. Art. 114 - O servidor que opera direta e permanentemente com Raio X ou substância radioativas, gozará obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação. §ú - O servidor referido neste artigo não fará jus ao abono pecuniário de que trata o artigo anterior. Art. 115 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público.

CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS

SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 116 - Conceder-se-á ao servidor Licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política;

V - prêmio por assiduidade VI - para tratar de interesse particular; VII - para desempenho de mandato classista; VIII - para participar de cursos de especialização ou aperfeiçoamento; IX - V E T A D O. § 1º - A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta médica oficial. § 2º - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por um período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV, VII, VIII e IX. § 3º - É vedado o exercício da atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo. Art. 117 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie, será considerada como prorrogação. Art. 118 - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão de licença, salvo doença comprovada que o impeça de comparecer ao serviço, hipótese em que o prazo de licença começará correr a partir do impedimento.

SEÇÃO II DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA

EM PESSOA DA FAMÍLIA Art. 119 - Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por Junta Médica Oficial. § 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo. § 2º - A licença será concedida sem prejuízo de remuneração do cargo efetivo, até 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por até 90 (noventa) dias, mediante parecer da Junta Médica e, excedendo estes prazos, sem remuneração. § 3º - Sendo os membros da família servidores públicos regidos por este Estatuto, a licença será concedida, no mesmo período, a apenas um deles. § 4º - A licença pode ser concedida para parte da jornada normal de trabalho, a pedido do servidor ou a critério da Junta Médica Oficial. § 5º - A licença fica automaticamente cancelada com a cassação do fato originador, levando-se à conta de falta as ausências desde 08 (oito) dias após a cessação de sua causa até o dia útil anterior à apresentação do servidor ao serviço.

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SEÇÃO III LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO

DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO Art. 120 - O servidor terá direito à licença para acompanhar o cônjuge ou companheiro que for deslocado para outro Estado da Federação, para o exterior ou para o exercício eletivo. § 1º - A licença será sem remuneração, salvo se existir no novo local da residência, unidade pública estadual onde possa o servidor exercer as atividades do cargo em que estiver enquadrado. § 2º - A licença será concedida mediante pedido e poderá ser renovada de 02 (dois) em 02 (dois) anos.

SEÇÃO IV DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 121 - Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. § 1º - A licença será concedida mediante apresentação do documento oficial que comprove a incorporação. § 2º - Concluído o serviço militar, o servidor terá 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

SEÇÃO V DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 122 - O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. § 1º - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao do pleito. § 2º - A partir do registro da candidatura e até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença como se em efetivo exercício estivesse, com a remuneração de que trata o art. 65.

SEÇÃO VI DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 123 - Após cada qüinqüênio ininterrupto de efetivo serviço prestado ao Estado de Rondônia, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade com remuneração integral do cargo e função que exercia. §ú - Os períodos de licença prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecer, serão convertidos em

pecúnia, e revertidos em favor de seus beneficiários da pensão. Art. 124 - Em caso de acumulação legal de cargo, a licença será concedida em relação a cada um. §ú - Será independente o cômputo do qüinqüênio em relação a cada um dos casos. Art. 125 - Não se concederá licença prêmio por assiduidade ao servidor que, no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de: a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração; b) licença para tratar de interesses particulares; c) condenação e pena privativa de liberdade por sentença definitiva; d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro. §ú - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta. Art. 126 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença prêmio por assiduidade não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade. Art. 127 - Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o tempo de licença prêmio por assiduidade que o servidor não houver gozado.

SEÇÃO VII DA LICENÇA PARA TRATAR DE

INTERESSE PARTICULAR Art. 128 - O servidor poderá obter licença sem vencimento para tratar de interesses particulares, conforme dispuser o regulamento. § 1º - O servidor aguardará em exercício a concessão da licença até 60 (sessenta) dias, findo o qual, considerará automático o seu deferimento (revogado pela Lei Complementar nº 81, de 12/07/93, publicado no D.O.E. nº 2851, de 31/08/93. § 2º - A licença não perdurará por tempo superior a 02 (dois) anos e só poderá ser renovada depois de decorrido 02 (dois) anos do término da anterior, qualquer que seja o tempo de licença. § 3º - O disposto nesta seção não se aplica ao servidor em estágio probatório.

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Art. 129 - O servidor poderá desistir da licença a qualquer tempo. §ú - Fica caracterizado o abandono de cargo pelo servidor que não retornar ao serviço 30 (trinta) dias após o término da licença. Art. 130 - Em caso de interesse público comprovado, a licença poderá ser interrompida, devendo o servidor ser notificado do fato. §ú - Na hipótese deste artigo, o servidor deverá apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da notificação, findos os quais a sua ausência será computada como falta.

SEÇÃO VIII DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE

MANDATO CLASSISTA Art. 131 - É assegurado a servidor estadual e a servidor da União à disposição do Estado o direito a licença para desempenho de mandato em entidade classista legalmente instituída. § 1º - Os servidores eleitos para dirigentes sindicais serão colocados à disposição do seu Sindicato, com ônus para o seu órgão de origem, na forma estabelecida no § 4º, art. 20 da Constituição Estadual. § 2º - A licença tem duração igual a do mandato, podendo ser renovada em caso de reeleição. § 3º - Ao servidor licenciado são assegurados todos os direitos do cargo efetivo, como se exercendo o estivesse. § 4º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargo de direção ou representação nas referidas entidades até o máximo de 04 (quatro) membros por entidade.

SEÇÃO IX DA LICENÇA PARA FREQÜENTAR APERFEIÇOAMENTO

E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Art. 132 - O servidor estável poderá afastar-se do órgão ou entidade em que tenha exercício ou ausentar-se do Estado, para estudo ou missão oficial, mediante autorização do Chefe de cada Poder. § 1º - V E T A D O. § 2º - Ao servidor autorizado a freqüentar curso de graduação, aperfeiçoamento ou especialização, com ônus, é assegurada a remuneração integral do cargo efetivo, ficando obrigado a remeter mensalmente ao seu órgão de lotação o comprovante de freqüência do referido curso. § 3º - A falta de freqüência implicará a suspensão automática da licença e da remuneração do servidor, devendo retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 4º - A licença para freqüentar curso de aperfeiçoamento ou especialização somente será concedida se este for compatível com a formação e as funções exercidas pelo servidor e do interesse do Governo do Estado. § 5º - A licença para freqüentar cursos de graduação será restrita àqueles não oferecidos pelas Instituições de Ensino Superior existentes no Estado. § 6º - Findo o estudo, somente, decorrido igual período, será permitido novo afastamento. Art. 133 - Concluindo a licença de que trata o artigo anterior, ao servidor beneficiado não será concedida a exoneração ou licença para interesse particular, antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese do ressarcimento da despesa havida com seu afastamento, ao Tesouro Estadual. §ú - Não cumprida a obrigação prevista neste artigo, o servidor ressarcirá ao Estado as despesas havidas com seu afastamento.

SEÇÃO X DA LICENÇA PARA MANDATO ELETIVO

Art. 134 - Ao servidor em exercício de mandato eletivo aplicar-se-ão as seguintes disposições: I - em qualquer caso em que se exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo efetivo, facultada a opção pela sua remuneração; III - investido em mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens do seu cargo efetivo, sem prejuízo na remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior. §ú - Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

CAPÍTULO V DAS CONCESSÕES

Art. 135 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por um dia, para doação de sangue; II - por dois dias, para se alistar como eleitor; III - por oito dias consecutivos, em razão de: a) casamento;

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b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda e irmão.

CAPÍTULO VI

DO TEMPO DE SERVIÇO Art. 136 - É contado para todos os efeitos legais o tempo de exercício em cargo, emprego ou função pública da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas. Art. 137 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. §ú - Feita a conversão, os dias restantes até 180 (cento e oitenta) não serão computados, arredondando-se para 01 (um) ano quando excederem a esse número, nos casos de cálculos de proventos de aposentadoria proporcional e disponibilidade. Art. 138 - Além das ausências aos serviço prestadas no artigo 135, são considerados como efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I - férias; II - convocação para o serviço militar; III - júri e outros serviços obrigatórios por lei; IV - exercício de cargo de provimento em comissão na Administração Direta, Autárquica ou em Fundações instituídas pelo Estado de Rondônia; V - exercício de cargo ou função de governo ou de administração, em qualquer parte do Território Nacional, por nomeação do Presidente da República; VI - exercício do cargo de Secretário de Estado ou Municipal em outras Unidades da Federação, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; VII - desempenho de mandato deliberativo em empresa pública e sociedade de economia mista sob o controle acionário do Estado de Rondônia; VIII - licença especial; IX - licença gestante ou adotante; X - licença paternidade; XI - licença para tratamento de saúde até o limite máximo de 24 (vinte e quatro) meses; XII - licença por motivo de doença em pessoa da família, enquanto remunerada; XIII - licença ao servidor acidentado em serviço ou acometido de doença profissional;

XIV - trânsito do servidor que passar a ter exercício em nova sede, definido como período de tempo não superior a 30 (trinta) dias, contados do seu deslocamento, necessário à viagem para o novo local de trabalho; XV - missão ou estudo no país ou no exterior, quando o afastamento for com ou sem remuneração; XVI - exercício de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou sindical, mesmo que em licença Constitucional remunerada. §ú - Considera-se, ainda, como de efetivo exercício o período em que o servidor estiver em disponibilidade. Art. 139 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo de serviço: I - como contratado ou sob qualquer outra forma de admissão, desde que remunerada pelos cofres estaduais; II - em instituição de caráter privado que tiver sido encampada ou transformada em estabelecimento público; III - público prestado a União, aos Estados, Municípios e Distrito Federal; IV - em licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração; V - em licença para atividade política, no caso do artigo 122; VI - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público estadual se contribuinte do órgão previdenciário; VII - em atividade privada, vinculada à Previdência Social. § 1º - É vedada a contagem cumulativa de serviço prestado, concomitantemente, em mais de um cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado Distrito Federal e Município, Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública. § 2º - Não será contado o tempo de serviço que já tenha sido base para concessão de aposentadoria por outro sistema. § 3º - Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às forças armadas em operações de guerra. Art. 140 - A comprovação do tempo se serviço para efeito de averbação é procedido mediante certidão original, contendo os seguintes requisitos: I - a expedição por órgão competente e visto da autoridade responsável;

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II - a declaração de que os elementos da certidão foram extraídos de documentação existente na respectiva entidade, anexando cópia dos atos de admissão e dispensa, ou documentação comprobatória; III - a discriminação do cargo, emprego ou função exercidos e a natureza do seu provimento; IV - a indicação das datas de início e término do exercício; V - a conversão em ano dos dias de efetivo exercício, na base de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano; VI - o registro de faltas, licenças, penalidades sofridas e outras notas constantes do assentamento individual; VII - qualificação do interessado. § 1º - O servidor público ex-contribuinte da Previdência Social, deve ainda apresentar certidão do tempo de serviço expedida por aquela entidade. § 2º - A justificação judicial, como prova do tempo de serviço estadual, pode ser admitida tão somente nos casos de evidenciada impossibilidade de atendimento aos requisitos do artigo anterior, acompanhada de prova documental contemporânea.

CAPÍTULO VII DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 141 - É assegurado ao servidor, requerer, pedir reconsideração e recorrer de decisões. Art. 142 - O requerimento é dirigido à autoridade competente para decidí-lo e encaminhado por intermédio daquele a quem o requerente esteja imediatamente subordinado. Art. 143 - Cabe pedido de reconsideração, que não pode ser renovado, à autoridade que tenha expedido o ato ou proferido a primeira decisão. §ú - O requerimento e o pedido de reconsideração devem ser decididos dentro de trinta dias, prorrogáveis por igual período, em caso de diligência. Art. 144 - Sob pena de responsabilidade, será assegurado ao servidor: I - o rápido andamento dos processos de seu interesse nas repartições públicas; II - a ciência das informações, pareceres e despachos dados em processos que a ele se refiram; III - a obtenção de certidões requeridas para defesa de seus direitos e esclarecimentos de situações, salvo se o interesse público impuser sigilo.

Art. 145 - O requerimento inicial do servidor não precisará vir acompanhado dos elementos comprobatórios do direito pleiteado, desde que constem do assentamento individual do requerente. Art. 146 - Cabe recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos, sucessivamente interpostos. § 1º - O recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior à que tenha expedido o ato proferido a decisão e, sucessivamente na escala ascendente, às demais autoridades, devendo ser decidido no prazo de 30 (trinta) dias. § 2º - Nenhum recurso pode ser dirigido mais de uma vez à mesma autoridade. § 3º - O recurso é encaminhado por intermédio da autoridade a que o requerente esteja imediatamente subordinado. § 4º - Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo; os que sejam providos, porém, dão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato impugnado. Art. 147 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência pelo interessado, da decisão decorrida. Art. 148 - O direito de requerer prescreve: I - em cinco anos, quanto aos atos de demissão, cassação de aposentadoria e de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes da relação de trabalho; II - em 180 (cento e oitenta) dias, nos demais casos. Art. 149 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. §ú - Interrompida a prescrição, o prazo começa a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção. Art. 150 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. Art. 151 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vistas ao processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador po ele constituído. Art. 152 - A administração deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Art. 153 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

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TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I DOS DEVERES

Art. 154 - São deveres do servidor: I - assiduidade e pontualidade; II - urbanidade; III - lealdade às instituições a que servir; IV - observância das normas legais e regulamentares; V - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VI - atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública e à expedição de certidões; VII - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público; VIII - representar contra a ilegalidade ou abuso de poder, por via hierárquica; IX - levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência; X - manter conduta compatível com a moralidade administrativa.

CAPÍTULO II DAS PROIBIÇÕES

Art. 155 - Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviços; V - promover manifestações de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto as repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de perante até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais de repartição em serviço ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - deixar de pagar dívidas ou pensões a que esteja obrigado em virtude de decisão judicial.

CAPÍTULO III DA ACUMULAÇÃO

Art. 156 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos ressalvados os casos previstos na Constituição Federal. § 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, Estado e dos Municípios. § 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, é condicionada à comprovação de compatibilidade de horários. Art. 157 - O servidor vinculado ao regime desta Lei Complementar, que acumular licitamente 02 (dois) cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.

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Art. 158 - É permitida a acumulação de percepção de provento, com remuneração decorrente do exercício de cargos acumulados legalmente. Art. 159 - Verificada acumulação ilícita de cargos, funções ou empregos, o servidor é obrigado a solicitar exoneração de um deles, dentro de 05 (cinco) dias. §ú - Decorrido o prazo deste artigo, sem que manifeste a sua opção ou caracterizada a má fé, o servidor é sujeito às sanções disciplinares cabíveis, restituindo o que tenha percebido indevidamente.

CAPÍTULO IV DAS RESPONSABILIDADES

Art. 160 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 161 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuízo do patrimônio do Estado ou terceiros. § 1º - A indenização pelos prejuízos causados à Fazenda Pública pode ser liquidada através de desconto em folha, em parcelas mensais inferiores à décima parte da remuneração ou provento. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responde perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. Art. 162 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade. Art. 163 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou função. Art. 164 - A responsabilidade administrativa não exime a responsabilidade civil ou criminal, nem o pagamento da indenização elide a pena disciplinar. Art. 165 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor é afastada em caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

CAPÍTULO V DAS PENALIDADES

Art. 166 - São penalidades disciplinares: I - repreensão; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função gratificada; VII - multa; Art. 167 - São infrações disciplinares puníveis com pena de repreensão, inserta nos assentamentos funcionais: I - inobservar o dever funcional previsto em lei ou regulamento; II - deixar de atender convocação para júri ou serviço eleitoral; III - desrespeitar, verbalmente ou por atos, pessoas de seu relacionamento profissional ou público; IV - deixar de pagar dívidas ou pensões a que esteja obrigado em virtude de decisão judicial; V - deixar de atender, nos prazos legais, sem justo motivo, sindicância ou processo disciplinar. Art. 168 - São infrações disciplinares puníveis com suspensão de até 10 (dez) dias: I - a reincidência de qualquer um dos itens do artigo 167; II - dar causa à instauração de sindicância ou processo disciplinar, imputando a qualquer servidor infração da qual o sabe inocente; III - faltar à verdade, com má fé, no exercício das funções; IV - deixar, por condescendência, de punir subordinado que tenha cometido infração disciplinar; V - fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito em processo disciplinar; VI - delegar a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, atribuição que seja de sua competência e responsabilidade ou de seus subordinados; VII - indisciplina ou insubordinação; VIII - reincidência do inciso IV do artigo 167; IX - deixar de atender: a) a requisição para defesa da Fazenda Pública; b) a pedido de certidões para a defesa de direito subjetivo, devidamente indicado. X - retirar, sem autorização escrita do superior, qualquer documentos ou objeto da repartição. Art. 169 - São infrações disciplinares puníveis com suspensão de até 30 (trinta) dias:

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I - a reincidência de qualquer um dos itens do artigo 168; II - ofensa física, em serviço, contra qualquer pessoa, salvo em legítima defesa; III - obstar o pleno exercício da atividade administrativa; IV - conceder diárias com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, bem como recebê-las pela mesma razão ou fundamento; V - atuar, como procurador ou intermediária, junto à repartições públicas, salvo quando se tratar de parentes até segundo grau, cônjuge ou companheiro; VI - aceitar representação ou vantagens financeiras de Estado estrangeiro; VII - a não atuação ou a não notificação de contribuinte incurso de infração de lei fiscal e a não apreensão de mercadorias em trânsito nos casos previstos em lei, configurando prática de lesão aos cofres públicos pelo servidor responsável. Art. 170 - São infrações disciplinares puníveis com demissão: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiro público; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público; XI - corrupção em quaisquer modalidades; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII – a transgressão dos incisos IX a XVII do artigo 155; XIV - reincidência de infração capitulada no inciso VI e VII, do artigo 169.

§ 1º - A demissão incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público do Estado, dependendo das circunstâncias atenuantes ou agravantes, pelo prazo de 05 (cinco) anos o qual constará sempre dos atos de demissão. § 2º - Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. § 3º - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias consecutivos, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses. Art. 171 - A cassação de aposentadoria ou disponibilidade aplica-se: I - ao servidor que, no exercício de seu cargo, tenha praticado falta punível com demissão; II - ao servidor que, mesmo aposentado ou em disponibilidade, aceite representação ou vantagens financeiras de Estado estrangeiro, sem prévia autorização da autoridade competente. Art. 172 - O servidor, aposentado ou em disponibilidade que, no prazo legal, não entrar em exercício do cargo a que tenha revertido, responde a processo disciplinar e, uma vez provada a inexistência de motivo justo, sofre pena de cassação da aposentadoria ou disponibilidade. Art. 173 - Será destituído do cargo em comissão o servidor que praticar infração disciplinar, punível com suspensão e demissão. Art. 174 - O servidor punido com demissão é suspenso do exercício do outro cargo público, que legalmente acumule, pelo tempo de duração da penalidade. Art. 175 - No ato punitivo constará sempre os fundamentos da penalidade aplicada. Art. 176 - São circunstâncias agravantes da pena: I - a premeditação; II - a reincidência; III - o conluio; IV - a continuação; V - o cometimento do ilícito: a) mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte o processo disciplinar; b) com abuso de autoridade; c) durante o cumprimento da pena; d) em público.

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Art. 177 - São circunstâncias atenuantes da pena: I - tenha sido mínima a cooperação do servidor na prática da infração; II - tenha o agente: a) procurado, espontaneamente e com eficiência, logo após o cometimento da infração ou em tempo evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano civil; b) cometido a infração sob coação de superior hierárquico, a quem não tivesse como resistir, ou sob influência de emoção violenta, provocada por ato injusto de terceiros; c) confessado espontaneamente a autoria da infração, ignorada ou imputada a outrem; d) mais de cinco anos de serviço com bom comportamento, no período anterior a infração. Art. 178 - Para a imposição de pena disciplinar são competentes: I - no caso de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, a autoridade competente para nomear ou aposentar; II - no caso de suspensão, o Secretário de Estado, autoridades equivalentes, dirigentes de autarquias e fundações públicas; III - no caso de repreensão, a chefia imediata. Art. 179 - A ação disciplinar prescreve: I - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto aos fatos punidos com repreensão; II - em 02 (dois) anos, a transgressão punível com suspensão ou destituição de cargo de comissão; III - em 05 (cinco) anos, quanto aos fatos punidos com pena de demissão, de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ressalvada a hipótese do artigo 174. § 1º - O prazo de prescrição começa a correr: I - desde o dia em que ilícito se tornou conhecido da autoridade competente para agir; II - desde o dia em que cessar a permanência ou a continuação, em caso de ilícitos permanentes ou continuados. § 2º - O caso da prescrição interrompe-se: I - com a instalação do processo disciplinar; II - com o julgamento do processo disciplinar.

§ 3º - Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr novamente a partir do dia da interrupção. Art. 180 - Se o fato também configura ilícito penal, a prescrição é a mesma da ação penal, caso esta prescreva em mais de 05 (cinco) anos.

TÍTULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 181 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada, ao acusado, ampla defesa. (Alterado pela Lei Complementar 091 de 03/11/93, publicada no D.O.E. nº 2993, de 04/11/93. Art. 182 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. §ú - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

CAPÍTULO II DA SINDICÂNCIA

Art. 183 - A sindicância, que precederá a imposição das penas de advertência, repreensão e suspensão de até 30 (trinta) dias, consiste na apuração do fato constitutivo de transgressão disciplinar. Art. 184 - As autoridades que tomarem conhecimento de transgressões disciplinares praticadas por servidores deverão remeter a documentação pertinente ou a prova material da infração, ao Secretário de Estado ou titular do órgão a que pertence o servidor, o qual determinará a instauração imediata de sindicância, mediante portaria, anexando a esta a documentação referente e a prova material da infração e decidirá a citação do sindicado para interrogatório no prazo de 03 (três) dias. § 1º - Após o interrogatório, o sindicado apresentará rol de testemunhas, no máximo de 05 (cinco). § 2º - A autoridade sindicante poderá indeferir as diligências consideradas procrastinatórias ou desnecessárias à apuração do fato, em despacho fundamentado. § 3º - Julgada procedente a argüição feita ao sindicado, o Presidente da Comissão notificá-lo-á, por escrito, para apresentar sua defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação. § 4º - Quando não for apresentada defesa pelo Sindicado, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.

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Art. 185 - Compete aos Secretários de Estado, Presidente de Autarquias e Fundações, designar os membros da Comissão Sindicante. Art. 186 - Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar. §ú - o prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. Art. 187 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

CAPÍTULO III DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 188 - A autoridade que, com base em fatos ou denúncias, tiver ciência de irregularidade no serviço público, é obrigada a promover-lhe a imediata apuração em Processo Administrativo Disciplinar, assegurando-se, ao denunciado, ampla defesa. §ú - O Processo Administrativo Disciplinar precederá à aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ressalvada a hipótese de penalidade decorrente de sentença judicial. Art. 189 - São competentes para determinar a abertura de Processo Administrativo Disciplinar, o Governador do Estado, o Presidente Administrativo Disciplinar, o Presidente do Tribunal de Contas e o procurador Geral do Ministério Público, Secretários de Estado, Presidente de Autarquias e Fundações, nas áreas de suas respectivas competências. Art. 190 - O Processo Administrativo Disciplinar será promovido por uma comissão composta de 03 (três) servidores, estáveis, designados pela autoridade que houver determinado, indicando, entre seus membros o respectivo Presidente. § 1º - A designação da comissão será feita por meio de portaria da qual constará, detalhadamente, o motivo da instauração do processo. § 2º - O presidente da comissão designará um servidor para secretariar os trabalhos. § 3º - Sem prejuízo do disposto neste artigo, as autoridades nomeadas no artigo 189, poderão delegar competência ao

presidente das respectivas comissões para nomeação de membro aos processos a ela remetidos. § 4º - Aplicam-se às comissões de sindicância os critérios deste artigo. Art. 191 - Após a portaria de instauração, terá a comissão o prazo de 60 (sessenta) dias para relatar processo sendo admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. § 1º - Instaurado o processo disciplinar, determinará o presidente a citação do acusado para interrogatório, com prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, que será acompanhado de extrato da portaria de instauração, que conterá a acusação imputada ao acusado com todas as suas características. § 2º - Achando-se o acusado em lugar incerto e não sabido, ou por se ocultar para não receber a citação, expedir-se-á edital, com prazo de 15 (quinze) dias, publicado 03 (três) vezes no Diário Oficial do Estado, em dias consecutivos. § 3º - O prazo a que se refere o parágrafo anterior, será contado da última publicação certificando o Secretário, no processo, as datas em que as publicações foram feitas. § 4º - Após o interrogatório, deverá abrir-se o prazo de 05 (cinco) dias para apresentação de defesa prévia, na qual o acusado deverá requerer as provas a serem produzidas na instauração, apresentando o rol de testemunhas até o máximo de 10 (dez), as quais serão notificadas. § 5º - respeitado o limite de que trata o “caput” deste artigo, poderá o acusado, durante a produção de provas, substituir as testemunhas. § 6º - Aplicam-se às Comissões de Sindicância os critérios deste artigo. Art. 192 - A comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo, sempre que a natureza do fato o exigir, a peritos ou técnicos especializados, e requisitando à autoridade competente o pessoal, material e documentos necessários ao seu funcionamento. § 1º - As partes serão intimadas para todos os atos processuais, assegurando-lhes o direito de participação na produção de provas, mediante reperguntas às testemunhas e formulação de quesitos, quando se tratar de prova pericial. § 2º - Concluída a fase instrutória, reunirá a comissão para decidir se indicia ou não o acusado. § 3º - Após a indicação, será o acusado citado a apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias e, havendo mais de um indiciado, o prazo será de 20 (vinte) dias, comum a todos. Art. 193 - Não apresentando, o indiciado, defesa no prazo legal, será considerado revel, caso em que a comissão nomeará um servidor estável, da mesma classe ou categoria

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para defendê-lo, permitindo-o seu afastamento do serviço normal da repartição durante o tempo estritamente necessário ao cumprimento daquele mister. §ú - O servidor nomeado terá o prazo de 03 (três) dias, contados a partir da ciência de sua designação, para oferecer a defesa. Art. 194 - Recebida a defesa, será anexada aos autos, mediante termo, após o que a comissão elaborará relatórios em que fará histórico dos trabalhos realizados e apreciará, isoladamente, em relação a cada indiciado, as irregularidades de que foi acusado e as provas colhidas no processo, propondo então, justificadamente, a isenção de responsabilidade ou a punição, e indicando, neste último caso, a penalidade que couber ou as medidas que considerar adequadas. § 1º - Deverá, ainda, a Comissão em seu relatório sugerir quaisquer providências que lhe pareçam de interesse do serviço público. § 2º - Sempre que, no curso do processo disciplinar, for constatada a participação de outros servidores, não apuradas as responsabilidades destes, independentes de nova intervenção da autoridade que o mandou instaurar. Art. 195 - Recebido o processo, a autoridade que determinou a sua instauração, julgá-lo-á no prazo de 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento. § 1º - A autoridade de que tratar este artigo poderá solicitar parecer de qualquer órgão ou servidores sobre o processo, desde que o julgamento seja proferido no prazo legal. § 2º - O julgamento deverá ser fundamentado, promovendo ainda, a autoridade a expedição dos atos decorrentes e as providências necessárias à sua execução, inclusive, a aplicação da penalidade. Art. 196 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que parecerem cabíveis, a autoridade buscará, dentro do prazo marcado para o julgamento, a quem for competente. Art. 197 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 10 (dez) dias. Art. 198 - Quando a infração disciplinar constituir ilícito penal, a autoridade competente providenciará a comunicação à autoridade policial para instauração do competente inquérito policial. Art. 199 - No caso de abandono de cargo, a autoridade competente determinará à Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar do Estado a instauração de processo sumaríssimo iniciado com a publicação no Diário Oficial, por 03 (três) vezes, do edital de chamamento, pelo prazo de 15 (quinze) dias, que será contado a partir da terceira publicação.

§ 1º - Findo este prazo e não comparecendo o acusado, ser-lhe-á nomeado um defensor, para, em 10 (dez) dias, a contar da ciência da nomeação, apresentar defesa. § 2º - Apresentada a defesa e realizadas as diligências necessárias à coleta de provas, o processo será concluso ao Secretário de Estado da Administração, ou autoridades equivalente, para julgamento.

SEÇÃO I DO INQUÉRITO

Art. 200 - O inquérito administrativo é contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. §ú - A entidade sindical representativa da categoria do servidor processado poderá indicar representante para acompanhamento do processo. Art. 201 - Os autos da sindicância integram o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. §ú - Na hipótese de o relatório concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminha cópia dos autos ao Ministério Público, independente da imediata instauração do processo disciplinar. Art. 202 - A instauração do inquérito é formalizada pela autuação da portaria, pelas peças de denúncias e outros documentos que a instruem, certidão ou cópia da ficha funcional do acusado, designação de dia, hora e local para a audiência inicial e citação do acusado para se ver processar e acompanhar o inquérito, pessoalmente ou por intermédio do seu procurador, devidamente habilitado. Art. 203 - Na fase do inquérito, a comissão promove a tomada de depoimentos orais, reduzidos a termo, acareações, investigações e diligências, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, aos técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos sempre com ciência do acusado ou de seu procurador, mediante notificação, com prazo de 03 (três) dias de antecedência, para cada audiência que realize, não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito. Art. 204 - As testemunhas são intimadas a depor mediante mandado, expedido pelo Presidente da Comissão, devendo a segunda via, com ciente do interessado, ser anexada aos autos. § 1º - Se o testemunho é de servidor, a expedição do mandado é comunicada ao chefe da repartição onde o serve, com indicação do dia e da hora marcada para a inquirição. § 2º - As testemunhas são inquiridas em separados e, da hipótese de depoimentos contraditórios ou que se informou, procede-se a acareação entre os depoentes.

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§ú - O presidente da comissão pode delegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. Art. 206 - Concluída interrogatório inquirição das testemunhas, a comissão promove o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos no artigo 203. Art. 207 - A fase instrutória encerra-se com o relatório de instrução no qual são resumidos os fatos e as respectivas provas, tipificada a infração disciplinar e formulada a indiciação do acusado. § 1º - O indiciado é citado, por mandado expedido pelo presidente da comissão, para apresentar defesa ampla, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe cópia do processo. § 2º - Havendo mais de um indiciado, o prazo é comum e de 20 (vinte) dias. § 3º - o prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro das diligências reputadas dispensáveis. § 4º - Em caso de recusa do indiciado, em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa passa a contar da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação. § 5º - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão, o lugar onde poderá ser encontrado. § 6º - Se for impossível a citação pessoal do acusado, ela é feita por edital, com prazo de 15 (quinze) dias para a defesa, a contar da data da publicação no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Art. 208 - Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. § 1º - A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para defesa. § 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor estável como defensor dativo ocupante do cargo de nível igual ou superior ao indiciado. Art. 209 - A conclusão constitui a fase reservada à elaboração do relatório em que a comissão disciplinar reconhece a inocência ou a culpabilidade do acusado, indicando no segundo caso, as disposições legais transgredidas e as combinações a serem impostas. §ú - O processo disciplinar e seu relatório serão remetidos à autoridade que determinou sua instauração para julgamento.

CAPÍTULO IV DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 210 - Cabe a suspensão preventiva ao servidor, em qualquer fase do processo disciplinar a que esteja respondendo, pelo prazo de 30 (trinta) dias, conforme dispuser o regulamento, desde que sua permanência em serviço possa prejudicar a apuração dos fatos. Art. 211 - Compete aos Chefes do Poder executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, bem como ao Presidente do Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministério Público prorrogarem até 90 (noventa) dias, o prazo de suspensão já ordenada, findo o qual cessará os respectivos efeitos ainda que o processo não esteja concluído. § 1º - Não decidido o processo no prazo de 90 (noventa) dias, o indiciado reassumirá automaticamente o exercício de seu cargo ou função, aguardando aí, o julgamento. § 2º - No caso de alcance ou malversação de dinheiro público, apurado devidamente, o afastamento do servidor se prolongará, em regime de exceção, até decisão final do processo administrativo disciplinar. Art. 212 - O servidor terá direito: I - à contagem do tempo de serviço relativo ao período em que tenha estado suspenso, quando do processo não houver resultado da penalidade disciplinar ou esta se limite à repreensão; II - à contagem do tempo de serviço relativo ao período que exceder ao máximo legalmente previsto para a suspensão; III - à contagem do período de suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento ou da remuneração atualizada, todas as vantagens do exercício desde que reconhecida a sua inocência.

CAPÍTULO V DO JULGAMENTO

Art. 213 - No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. § 1º - havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave. § 2º - Se a penalidade prevista for a demissão ou a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do artigo 178. Art. 214 - O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando este seja em contrário à prova dos autos. §ú - Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente agravar

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a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servido de responsabilidade. Art. 215 - Verificada a existência do vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para a instauração de novo processo. § 1º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade de processo. § 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 179 será responsabilizada na forma do artigo 163. Art. 216 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Art. 217 - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para a instauração da ação penal, ficando transladado na repartição. Art. 218 - O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. §ú - Ocorrida a exoneração de que trata o inciso I do artigo 40 o ato será convertido em demissão se for o caso. Art. 219 - Serão assegurador transporte e diária: I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado; II - aos membros da comissão e ao Secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO VI

DA REVISÃO DO PROCESSO Art. 220 - O processo disciplinar pode ser revisto no prazo prescricional, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. §ú - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor punido, qualquer pessoa pode requerer seu processo. Art. 221 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Art. 222 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos ainda não apreciados no processo originário.

Art. 223 - O requerimento para revisão de processo disciplinar é dirigido à autoridade que o tenha julgado, que após manifestação submeterá a matéria a autoridade competente para julgamento da revisão. Art. 224 - A comissão concluirá os seus trabalhos em 60 (sessenta) dias, permitida a prorrogação, a critério da autoridade a que se refere o artigo anterior, por mais de 30 (trinta) dias, e remeterá o processo a esta com relatório. Art. 225 - O prazo de julgamento do pedido revisório será de 40 (quarenta) dias, podendo antes a autoridade determinar diligências, concluídas as quais proferirá a decisão dentro do prazo de 15 (quinze) dias. §ú - Caberá o julgamento, quando do processo revisto houver resultado pena de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Art. 226 - O julgamento da revisão de processo cabe: I - aos titulares dos Poderes, ao presidente do Tribunal de Contas, ao Procurador Geral do Ministério Público do Estado; II - aos Secretários de Estado, tratando-se de autarquias e fundações públicas. Art. 227 - A revisão corre em apenso ao processo originário, tendo 60 (sessenta) dias para o seu julgamento. Art. 228 - Julgada procedente a revisão é declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, hipótese em que essa penalidade é convertida em exoneração. §ú - Da revisão do processo não pode resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VI DA SEGURIDADE SOCIAL

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 229 - Cabe ao estado atender a Seguridade e Assistência Social de seus servidores, ativos e inativos, em disponibilidades e seus dependentes na forma que dispuser o Sistema de Seguridade Social do Estado. Art. 230 - O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam as seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistências nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III - assistência à saúde.

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Art. 231 - os benefícios do Plano de Seguridade Social do Estado compreendem: I - quando ao servidor: a) aposentadoria; b) auxílio-natalidade; c) salário-família; d) licença para tratamento de saúde; e) licença à gestante, à adotante e licença paternidade; f) licença por acidente em serviço; II - quanto ao dependente: a) pensão vitalícia e temporária; b) pecúlio; c) auxílio funeral; d) auxílio reclusão. § 1º - As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pela entidades previdenciária à qual se encontra vinculado o servidor, observando-se o disposto neste Lei Complementar. § 2º - O recebimento indevido de benefício havido por fraude, dolo ou má fé implicará a devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

CAPÍTULO II

DOS BENEFÍCIOS SEÇÃO I

DA APOSENTADORIA Art. 232 - O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidentes em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; III - voluntariamente: a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo masculino, aos 30 (trinta) anos se do sexo feminino, com proventos integrais; b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco) anos, se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se do sexo masculino e aos 25 (vinte e cinco) anos se do sexo feminino com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 (sessenta) anos se do sexo feminino, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; e) VETADO; f) VETADO. § 1º - Do tempo de serviço referido nas letras a, b, c, e d do inciso III, o servidor deverá contar com, no mínimo 10 (dez) anos de serviços prestados ao Estado de Rondônia, no cargo efetivo em que fora admitido. § 2º - Considera-se doenças graves, contagiosa ou incuráveis a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienação mental, neoplastia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose angulosa, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteite deformente), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS e outras que a lei indiciar, com base na medicina especializada. § 3º - Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria de que trata o inciso III, alíneas “a”, e “c” observará o disposto em lei específica. Art. 233 - A aposentadoria voluntária por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. § 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses. § 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o servidor será aposentado. § 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado como prorrogação de licença. Art. 234 - O chefe do órgão em que o servidor estiver lotado determinará o seu afastamento do exercício do cargo, comunicando o fato à autoridade competente para a decretação da respectiva aposentadoria, através de ato do Chefe do poder Executivo, no dia imediato ao que: I - for considerado, por laudo médico definitivamente incapaz para o serviço público; II - completar idade limite para aposentadoria compulsória. §ú - O procedimento de que trata a parte inicial do ‘caput” deste artigo deverá ser adotado pelo Secretário de Estado da

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Administração ou autoridade equivalente, quando for publicado o decreto de aposentadoria voluntária do servidor. Art. 235 - O provento da aposentadoria será: I - correspondente à remuneração total quando o servidor: a) contar o tempo de serviço legalmente previsto para a aposentadoria voluntária; b) for inválido para o serviço público, por acidente em serviço ou em decorrência de doença profissional; c) na inatividade for acometido de qualquer das doenças especificadas no § 2º do artigo 232, ou na outra lei que considere aposentável o servidor portador de tal moléstia; d) proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos. §ú - VETADO. Art. 236 - O cálculo dos proventos será por base o vencimento do cargo acrescido de gratificação adicional por tempo de serviço e outras vantagens pecuniárias. Art. 237 - os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. Art. 238 - O servidor que contar tempo de serviço suficiente para aposentar-se voluntariamente passará à inatividade, com vencimento do cargo efetivo acrescido, além de outros benefícios previstos nesta Lei Complementar, da vantagem pessoal, concedida por efetivo exercício, no período de 05 (cinco) anos consecutivos ou não em cargo comissionado ou função de confiança, de acordo com o artigo 100. §ú - Os benefícios de que trata o artigo anterior serão reajustados na mesma proporção, sempre que forem majorados para o servidor em atividade. Art. 239 - VETADO; I – VETADO II - VETADO.

SEÇÃO II DO AUXÍLIO NATALIDADE

Art. 240 - O auxílio-natalidade é devido a servidora, por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento da Tabela do Estado, nunca inferior ao salário mínimo vigente, inclusive no caso de natimorto, custeado pela entidade previdenciária. § 1º - Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 100 % (cem por cento) por nascituro.

§ 2º - O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro, servidor público, quando a parturiente não for servidora.

SEÇÃO III DO SALÁRIO FAMÍLIA

Art. 241 - O salário-família, definido na legislação específica, é devido ao servidor ativo ou inativo, por dependente econômico, no valor correspondente a 1% (um por cento) do menor vencimento pago pelo Estado. §ú - Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário família: I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou se estudantes, até 24 (vinte e quatro) anos, ou se inválido, de qualquer idade; II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor inativo. III - a mãe e o pai sem renda própria. Art. 242 - Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo. Art. 243 - Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles, quando separados, será para um e outro, de acordo com a distribuição de dependentes. §ú - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta, na falta destes, os representantes legais dos incapazes. Art. 244 - O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a previdência social. Art. 245 - O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarretará a suspensão do pagamento do salário-família.

SEÇÃO IV DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 246 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde a pedido ou de ofício, com perícia médica, sem prejuízo de remuneração a que fizer jus. Art. 247 - Para licença até 02 (dois) dias, poderá ser concedida por médico particular ou previdenciário e, se por prazo superior, por junta médica oficial, quando a instituição não dispuser de médico. § 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

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§ 2º - Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado emitido por médico particular, o qual será homologado obrigatoriamente por Junta Médica Oficial. Art. 248 - Findo o prazo da licença, o servidor será submetido e nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. Art. 249 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidentes em serviços, doença profissional ou quaisquer das doenças especificadas no artigo 232, § 2º. Art. 250 - O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido à inspeção médica.

SEÇÃO V DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE

E DA LICENÇA-PATERNIDADE Art. 251 - Será concedida licença a servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo de remuneração. § 1º - A licença terá inicio no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. § 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. § 3º - No caso de natimorto, decorridos 60 (sessenta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício. § 4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias. Art. 252 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06 (seis) meses, a servidora lactante terá direito a jornada de trabalho, a duas horas de descanso, que poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de uma hora. Art. 253 - A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança com mais de 01 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada, para ajustamento do adotado ao novo lar. §ú - No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 01 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. Art. 254 - É assegurada licença paternidade a contar do dia do nascimento do filho do servidor, nos termos da lei.

SEÇÃO VI DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 255 - Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.

Art. 256 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se relaciona mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. §ú - Equipara-se ao acidente em serviço o dano: I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. Art. 257 - O servidor acidentado em serviço que necessitar de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos. §ú - O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados, em instituição pública. Art. 258 - A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis quando as circunstâncias de caráter relevantes assim exigirem.

SEÇÃO VII DA PENSÃO

Art. 259 - Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal no valor correspondente ao percentual determinado pelo órgão previdenciário estadual, aplicado a respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito. Art. 260 - As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias. § 1º - A pensão vitalícia é composto de cota ou cotas permanentes que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários. § 2º - A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cassação de invalidez ou maioridade do beneficiário. Art. 261 - São beneficiários das pensões: I - vitalícia: a) o cônjuge; b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia; c) o companheiro ou companheira designada que comprove união estável como entidade familiar; d) a mão e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

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e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor; II - temporária: a) os filhos ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválidos, enquanto durar a invalidez; b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade; c) o irmão órfão de pai e padrasto, até 21 (vinte e um) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor; d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválida, enquanto durar a invalidez. § 1º - A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”. § 2º - A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”. Art. 262 - A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária. § 1º - Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. § 2º - Na hipótese de habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra rateada, em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária. § 3º - Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem. Art. 263 - A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos. §ú - Concedida a pensão, qualquer prova posterior, ou da habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida. Art. 264 - Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do servidor. Art. 265 - Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:

I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo em missão de segurança. §ú - A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 05 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado. Art. 266 - Acarreta perda da qualidade de beneficiário: I - o seu falecimento; II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge; III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido; IV - a maioridade de filho, irmão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade; V - a acumulação de pensão. Art. 267 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá: I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescentes da pensão vitalícia. Art. 268 - As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores. Art. 269 - Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de 02 (duas) pensões.

SEÇÃO VIII DO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 270 - O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou do aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento custeado pela entidade previdenciária a que estiver vinculado. § 1º - No caso de acumulação legal de cargos o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração. § 2º - O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, a pessoa da família que houver custeado o funeral. Art. 271 - Se o funeral for custeado por terceiros este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.

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Art. 272 - Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transportes do corpo ocorrerão à conta dos recursos do Estado.

SEÇÃO IX DO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Art. 273 - A família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores: I - 2/3 (dois terços) da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; II - metade da remuneração, durante o afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva, à pena que não determine perda do cargo. § 1º - Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido. § 2º - O pagamento do auxílio-reclusão custeado pela entidade previdenciária a que estiver vinculado, cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

CAPÍTULO III DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE

Art. 274 - A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família, compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada através do Instituto de Previdência do Estado, na forma estabelecida em lei ou diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou ainda, mediante convênio, na forma estabelecida em regulamento.

CAPÍTULO IV DO CUSTEIO

Art. 275 - O Plano de Seguridade Social do Servidor será administrado pelo Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON e será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias dos servidores dos três Poderes do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, das Autarquias e das Fundações.

TÍTULO VII CAPÍTULO ÚNICO

DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 276 - Para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público, o Poder Executivo poderá contratar pessoal por tempo determinado, nos casos e condições estabelecidos em lei.

TÍTULO VIII CAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 277 - A servidora que for mãe, tutora, curadora ou responsável pela criação, educação e proteção de portadores de deficiência física e de excepcional que estejam sob tratamento terapêutico, poderá ser dispensada do cumprimento de 50% (cinqüenta por cento) da carga horária de trabalho diário. § 1º - Considerar-se-á deficiente ou excepcional, para os fins deste artigo, pessoa de qualquer idade portadora de deficiência física ou mental comprovada e que viva sob a dependência sócio-educacional e econômica da servidora. § 2º - A servidora beneficiada terá a concessão de que trata este artigo, pelo prazo de 01 (um) ano, podendo ser renovado por mais 01 (um) ano. Art. 278 - O regime de trabalho do pessoal dos Grupos de Tributação, Arrecadação e Fiscalização, Atividade de Polícia Civil e Atividade Penitenciária será adequado as peculiaridades das respectivas tarefas típicas, respeitado o limite constitucional. Art. 279 - O dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro e considerado “Ponto Facultativo”. Art. 280 - Podem ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, das Autarquias e das Fundações Públicas, além daqueles já previstos em leis específicas: I - prêmio pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redução de custos operacionais; II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecorações e elogios a servidores que se tenham destacado por relevantes serviços na administração pública. Art. 281 - Os prazos previstos nesta Lei Complementar são contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido no dia em que não haja expediente. Art. 282 - É assegurado ao servidor público o direito de associação profissional ou sindical e o de greve. §ú - O direito de greve é exercido nos termos e limites definidos em lei federal. Art. 283 - Considera-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, pessoa que viva as suas expensas, quando devidamente comprovado. §ú - Equiparam-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável como entidade familiar.

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Art. 284 - Considera-se sede, para fins deste lei, o Município onde a repartição está instalada e onde o servidor tem exercício, em caráter permanente. Art. 285 - A retenção dolosa da remuneração de servidor constitui crime de responsabilidade do titular do órgão ou responsável administrativo. Art. 286 - O servidor não poderá ser movimentado “ex-oficio”, para a função que deverá exercer fora da localidade de sua residência nos 03 (três) meses anteriores e posteriores às eleições estaduais, federais ou municipais, para qualquer cargo eletivo, salvo com o consentimento do servidor. Art. 287 - Por motivo de convicção religiosa, filosófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de seus direitos, nem sofrer alterações em sua vida funcional. Art. 288 - É vedada a movimentação “ex-ofício” do servidor investido em mandato eletivo, a partir do dia da diplomação até o término do mandato. Art. 289 - Respeitada as restrições constitucionais a prática dos atos previstos nesta Lei Complementar é delegável. Art. 290 - Será promovido, após a morte, o servidor que: I - ao falecer já lhe coubesse, por direito, a promoção; II - tenha falecido em conseqüência do estrito cumprimento do dever funcional. § 1º - Para o caso de inciso II, é indispensável a prévia comprovação do fato através de inquérito. § 2º - A pensão a que tiverem direito os beneficiários do servidor promovido nas condições deste artigo será calculada tomando-se por base o valor da remuneração do novo cargo. Art. 291 - Os servidores públicos, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos à ação plena por ofensa irrogada em informações, pareceres ou qualquer outros escritos de natureza administrativa, que, para isso, são equiparadas às alegações em juízo. §ú - Cabe ao Chefe imediato do servidor mandar cancelar, a requerimento do interessado, as injúrias ou calúnias porventura encontradas. Art. 292 - Os vencimentos e proventos não sofreram descontos, além dos previstos em lei. §ú - Os débitos trabalhistas para com os servidores deverão ser pagos quando do trânsito em julgado da sentença condenatória, sob pena de responsabilidade do administrador. Art. 293 - A progressão do servidor na carreira dar-se-á de 02 (dois) em 02 (dois) anos de efetivo exercício, de acordo com os critérios definidos no Plano de Carreira, Cargos e Salários

do Pessoal Civil da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações e seus regulamentos. §ú - As promoções dos Grupos Ocupacionais Atividade de Consultoria e Representação Judicial, Atividade de Polícia Civil e Atividade de Penitenciária dar-se-ão de 04 (quatro) em 04 (quatro) anos pelos critérios de antigüidade e merecimento da forma prevista em regulamento. Art. 294 - Será considerado como efetivo exercício o afastamento do servidor nos dias em que participar de congressos, conclaves, simpósios, seminários, cursos e assembléias gerais que versam sobre assuntos que digam respeito à categoria a que pertença. §ú - O afastamento de que trata este artigo deverá ser comunicado até 03 (três) dias antes da realização do evento e instituído com o documento do respectivo convite ou convocação. Art. 295 - A decretação de luto oficial não determinará a paralisação dos trabalhos nas repartições públicas estaduais. Art. 296 - A data de 15 de outubro - Dia do Professor - é considerado “Ponto Facultativo” para os professores em regência de classe. Art. 297 - Será contado para efeito de anuênio e licença prêmio por assiduidade, o tempo de serviço prestado ao Estado de Rondônia, sob o regime celetista, dos atuais servidores regidos por esta Lei Complementar. Art. 298 - Os Poderes do Estado promoverão as medidas necessárias à formação e ao aperfeiçoamento dos servidores regidos por esta Lei Complementar, notadamente para o desempenho de cargos em comissão e de funções gratificadas, observado o respectivo grau hierárquico, a natureza das atribuições e as condições básicas necessárias ao seu exercício. Art. 299 - A administração fazendária e seus servidores fiscais terão dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma do inciso XVIII, do artigo 37 da Constituição Federal. Art. 300 - Compete ao Chefe do Poder Executivo prover o que se fizer necessário à eficácia da presente Lei Complementar a qual se estenderá, no que couber a todos os órgãos dos demais Poderes do Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Art. 301 - O servidor será identificado civilmente por uma cédula funcional da qual constará o número de sua Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Art. 302 - O Chefe do Poder Executivo baixará os regulamentos que se fizerem necessários à execução desta Lei Complementar a serem publicados em 120 (cento e vinte) dias. Art. 303 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 304 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial as Leis Complementares 01/84, 17/86 e 39/90. Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 09 de dezembro de 1992, 104º da República. OSWALDO PIANA FILHO

GOVERNADOR

4 Plano de carreiras, cargos e salários dos servidores do

poder judiciário do Estado de Rondônia (Lei Complementar

nº 568/2010).

LEI COMPLEMENTAR Nº 568, DE 29 DE MARÇO DE 2010. DOE Nº 1460, de 31/03/2010

ALTERADA PELA LC. 593, de 28/12/2010/2010

ALTERADA PELA LC. 577, DE 14/05/20

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono

a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica instituído, na forma desta Lei Complementar, o

Plano de Carreiras, Cargos e Salários dos Servidores do Poder

Judiciário do Estado de Rondônia, que adotará como

princípios norteadores:

I - a qualidade, a produtividade e a profissionalização dos

serviços públicos prestados pelos órgãos do Poder Judiciário

do Estado de Rondônia;

II - a valorização do servidor por meio da implantação de

políticas voltadas para o desenvolvimento profissional no

âmbito do Poder Judiciário;

III – o crescimento funcional baseado no mérito próprio,

mediante a adoção do sistema de avaliação de desempenho;

IV – os vencimentos compatíveis com as funções.

§ú. Os servidores incluídos no Plano de Carreira, Cargos e

Salários dos Servidores do Poder Judiciário ficarão sujeitos, no

que lhes couber, ao Regime Jurídico Único dos Servidores

Públicos do Estado de Rondônia.

Art. 2º. São definidos os seguintes conceitos para os fins desta

Lei Complementar:

I – carreira: a organização estruturada dos cargos constituída

por padrões salariais;

II - cargo público: conjunto de atribuições e responsabilidades

previstas na estrutura organizacional e cometidas a servidor

público, com denominação própria e quantidade certa,

previsto em Lei e pago pelos cofres públicos, para provimento

efetivo ou em comissão, considerando:

a) cargo efetivo: o cargo provido por meio de concurso

público;

b) cargo em comissão: o cargo público de livre nomeação e

exoneração, de natureza gerencial e de assessoramento.

III - padrão: simbologia dos vencimentos básicos representada

por números cardinais dispostos em ordem crescente;

IV - função: conjunto de atividades específicas que

caracterizam a área em que o servidor desenvolverá suas

habilidades;

V - função gratificada: o conjunto de atribuições,

responsabilidades e prerrogativas que a Administração

confere a servidores ocupantes do cargo de provimento

efetivo;

VI - progressão funcional: a passagem do servidor efetivo de

um padrão para outro superior, dentro da mesma carreira;

VII - quadro de pessoal: o conjunto de cargos pertencentes à

estrutura organizacional do Poder Judiciário.

CAPÍTULO II

DO QUADRO DE PESSOAL DO PODER JUDICIÁRIO

Art. 3º. Integram o Quadro de Pessoal do Poder Judiciário os

cargos de provimento efetivo e os cargos de provimento em

comissão, conforme o Anexo I e II desta Lei Complementar.

§ú. o quantitativo dos cargos efetivos, dos cargos em

comissão do Poder Judiciário do Estado de Rondônia é

constante dos Quadros I e II do Anexo V desta Lei

Complementar.

SEÇÃO I

DA CARREIRA JUDICIÁRIA

Art. 4º. A Carreira Judiciária é constituída dos seguintes cargos

de provimento efetivo:

I – Analista Judiciário;

II – Técnico Judiciário.

Page 58: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 58/73

SEÇÃO II

DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO

Art. 5º. Os cargos de provimento efetivo da Carreira Judiciária

são estruturados em padrões, na forma do Anexo I desta Lei

Complementar.

§ú. Os cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário

deverão ser classificados em especialidades, mediante

Resolução, quando for necessária a formação especializada,

por exigência legal, ou habilidades específicas para o exercício

das atribuições do cargo.

Art. 6º. As atribuições dos cargos estão descritas no Anexo VI

desta Lei Complementar:

SEÇÃO III

DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS

Art. 7º. Os cargos em comissão, de livre nomeação e

exoneração, serão exercidos por servidores com formação

superior para o exercício de atividade de assessoramento,

direção e chefia, ressalvadas as situações constituídas.

§ 1º. Será reservado o percentual de, no mínimo, 50%

(cinquenta por cento) dos cargos em comissão aos servidores

efetivos do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário do Estado

de Rondônia.

§ 2º. O número de funções gratificadas será definido por

resolução do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, em

conformidade com o Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 8º. Durante os afastamentos ou impedimentos

regulamentares do titular, o substituto do cargo em comissão

ou de função gratificada fará jus ao vencimento ou

gratificação a eles inerentes, computando-se

cumulativamente os períodos de substituição ocorridas no

interstício de 12 (doze) meses.

Art. 9º. No âmbito da jurisdição do Tribunal ou Juízo, é vedada

a nomeação ou designação para os cargos em comissão de

cônjuge, companheiro, parente ou afim, em linha reta ou

colateral, até o terceiro grau, inclusive dos respectivos

membros e juízes vinculados, salvo a de ocupante de cargo de

provimento efetivo das Carreiras do Quadro de Pessoal do

Poder Judiciário, caso em que a vedação é restrita à

nomeação ou designação para servir o magistrado

determinante da incompatibilidade.

CAPÍTULO III

DO INGRESSSO NA CARREIRA

Art. 10. O ingresso em qualquer dos cargos de provimento

efetivo da Carreira Judiciária dar-se-á no padrão inicial

estabelecido para cada carreira, após aprovação em concurso

público de provas ou de provas e títulos.

Art. 11. São requisitos de escolaridade para ingresso na

Carreira Judiciária:

I – Analista Judiciário: curso de nível superior correlacionado

com a especialidade;

II – Técnico Judiciário: curso de nível médio.

§ú. Além dos requisitos previstos neste artigo, poderão ser

exigidos formação especializada, registro profissional e

exames psicotécnicos, especificados em edital de concurso.

Art. 12. O servidor efetivo, ao ingressar no exercício do cargo

público, ficará sujeito a estágio probatório por 36 (trinta e

seis) meses, para avaliação de sua aptidão e capacidade para

o desempenho do cargo, conforme previsto em resolução.

CAPÍTULO IV

DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA

Art. 13. O sistema de desenvolvimento e acompanhamento de

carreiras dos cargos de provimento efetivo do Poder Judiciário

busca garantir a valorização dos servidores, mediante a

igualdade de oportunidades e do desenvolvimento

profissional em carreiras, que associem a progressão funcional

a um sistema de qualificação e avaliação de desempenho por

competência e mérito.

Art. 14. A progressão funcional dependerá de avaliação a ser

realizada bienalmente, nos respectivos meses de ingresso do

servidor, e limitar-se-á a 2 (dois) padrões, sendo:

I – 1 (um) padrão pelo cumprimento do interstício de 2 (dois)

anos;

II – 1 (um) padrão em função da sua aprovação no processo

de avaliação de desempenho por competência;

§ 1º. Em caso da não aprovação do servidor na avaliação de

desempenho, fica garantida a progressão funcional de um

padrão pelo cumprimento do interstício de 2 (dois) anos,

desde que atendidos os dispositivos legais.

§ 2º. O efeito financeiro da progressão funcional dar-se-á a

partir do mês subsequente ao período aquisitivo.

Page 59: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 59/73

§ 3º. O servidor aprovado no estágio probatório terá direito à

progressão funcional, nos termos dos incisos I e II deste artigo.

Art. 15. Caberá ao Tribunal de Justiça a manutenção do

Programa Permanente de Capacitação destinado à formação e

ao aperfeiçoamento profissional, bem como ao

desenvolvimento de competências, visando à progressão

funcional e à preparação dos servidores para desempenharem

atribuições de maior complexidade e responsabilidade.

CAPÍTULO V

DA REMUNERAÇÃO

Art. 16. A remuneração dos cargos de provimento efetivo da

Carreira Judiciária é composta pelo vencimento básico do

cargo e pelas gratificações, pelos adicionais e pelas vantagens

pecuniárias permanentes e temporárias estabelecidos em lei.

Art. 17. Os vencimentos básicos dos cargos que integram a

Carreira Judiciária; dos cargos em comissão; daqueles a serem

extintos são os constantes do Anexo IV, cujos valores serão

reajustados nos termos do artigo 33 desta Lei Complementar.

§ 1º. Ao servidor integrante do quadro de pessoal efetivo do

Poder Judiciário do Estado de Rondônia, investido em cargo

comissionado é facultado optar pela remuneração de seu

cargo efetivo, acrescido da representação do cargo em

comissão.

§ 2º. A retribuição pelo exercício de função gratificada é a

constante do Anexo IV desta Lei Complementar.

SEÇÃO I

DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 18. Ficam instituídas as seguintes gratificações, cujos

valores e critérios de concessão serão definidos em resolução:

I - gratificação temporária de trabalhos extraordinários;

II - gratificação de atividade de docência;

III - gratificação de indenização de transporte.

§ 1º. A gratificação temporária de trabalhos extraordinários

será paga ao servidor, por tempo determinado, em razão de

tarefas especiais e urgentes mediante prévia designação da

Presidência do Tribunal de Justiça.

§ 2º. A gratificação de atividade de docência será concedida a

servidor que, na qualidade de instrutor, acumular o pleno

exercício das atividades do seu cargo com atividades de

docência para o público interno do Poder Judiciário do Estado

de Rondônia.

§ 3º. O pagamento da gratificação de atividade de docência

será efetuado em forma de hora-aula, cujo valor será

discriminado por nível de habilitação profissional em

resolução.

§ 4º. A gratificação de indenização de transporte é devida aos

Oficiais de Justiça, Assistentes Sociais, Psicólogos e

Comissários de Menores, no percentual de 10% (dez por

cento) do padrão inicial da respectiva carreira, para fazer face

às despesas com transportes e condução utilizados para o

cumprimento de suas funções.

SEÇÃO II

DOS ADICIONAIS

Art. 19. Ficam instituídos os seguintes adicionais aos

servidores do Poder Judiciário, incorporáveis aos proventos de

aposentadoria e pensões, nos termos da legislação

previdenciária:

I - adicional de qualificação funcional;

II - adicional de incentivo;

III - adicional de produtividade.

§ú. Os adicionais previstos neste artigo são devidos ao

servidor em gozo de férias e licenças remuneradas e no abono

natalino.

Art. 20. O adicional de qualificação funcional é destinado aos

servidores efetivos do Poder Judiciário em razão de

conhecimentos adicionais adquiridos em ações de capacitação

e em cursos de extensão, aperfeiçoamento e

especialização em áreas de interesse da Justiça, a serem

estabelecidas em resolução.

§ 1º. O adicional de que trata o caput deste artigo não será

concedido quando a capacitação constituir requisito para

ingresso no cargo:

§ 2º. O adicional de qualificação funcional incidirá sobre o

vencimento básico do servidor da seguinte forma:

I - 2% (dois por cento) para cada total de 100 horas de ações

de capacitação, até o limite de 10% (dez por cento);

II - 12% (doze por cento), em se tratando de diploma ou

certificado de conclusão de curso de tecnólogo de nível

superior;

III - 15% (quinze por cento), em se tratando de diploma ou

certificado de conclusão de graduação;

Page 60: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 60/73

IV - 18% (dezoito por cento) em se tratando de título, diploma

ou certificado de conclusão de curso de pós-graduação em

sentido amplo.

V – 21% (vinte e um por cento) em se tratando de título,

diploma ou certificado de conclusão de curso de pós-

graduação em sentido estrito, mestrado.

VI – 25% (vinte e cinco por cento) em se tratando de título,

diploma ou certificado de conclusão de curso de pós-

graduação em sentido estrito, doutorado.

§ 3º. Para fins de concessão dos percentuais estabelecidos nos

incisos II a V do parágrafo anterior, considerar-se-á apenas um

diploma ou certificado.

§ 4º. Em nenhuma hipótese o servidor perceberá

cumulativamente os coeficientes previstos nos incisos II a VI

deste artigo, sendo que perceberá o percentual referente à

maior qualificação que tiver obtido.

Art. 21. O adicional de incentivo será concedido ao servidor

que completar 10 (dez) anos de serviço exclusivo ao Poder

Judiciário do Estado de Rondônia ou 15 (quinze) anos de cargo

efetivo no serviço público prestado ao Estado de Rondônia, 5

(cinco) dos quais em efetivo exercício no Poder Judiciário de

Rondônia, e corresponderá a 10% (dez por cento) do seu

respectivo padrão.

Art. 22. O adicional de produtividade é devido aos Analistas

Judiciários, na especialidade de Oficial de Justiça, no

cumprimento de suas atribuições.

§ 1º. Durante os afastamentos previstos no §ú do artigo 19, o

pagamento do adicional de que trata o caput deste artigo terá

como base de cálculo a média aritmética dos valores pagos

nos últimos onze meses que antecederem à sua concessão.

§ 2º. O valor pago mensalmente aos Oficiais de Justiça a título

de padrão e adicional de produtividade, não ultrapassará o

subsídio do Juiz Substituto.

Art. 23. O servidor integrante da Carreira Judiciária, quando

cedido, durante o afastamento, não perceberá os adicionais

de que trata esta Lei Complementar.

Art. 24. O Poder Judiciário regulamentará, mediante

resolução, os adicionais referidos nos incisos I a III do artigo

19.

SEÇÃO III

DOS AUXÍLIOS

Art. 25. Ficam assegurados aos servidores do Poder Judiciário

do Estado de Rondônia os seguintes auxílios:

I – auxílio alimentação;

II – auxílio saúde;

III – auxílio transporte;

IV – auxílio creche;

V – auxílio educação.

§ 1º. O auxílio alimentação é destinado a subsidiar as

despesas com a refeição do servidor, é concedido em pecúnia

e tem caráter indenizatório.

§ 2º. O auxílio saúde destina-se a auxiliar, em caráter

ressarcitório, as despesas do servidor com plano de saúde de

assistência médica reajustado com base no percentual

autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar –

ANS para os planos coletivos.

§ 3º. O auxílio transporte será pago em pecúnia aos servidores

como forma de ressarcir as despesas com deslocamentos no

percurso da residência ao local de trabalho e vice-versa e

reajustado sempre que houver aumento da tarifa de

transporte coletivo.

§ 4º. O auxílio creche será devido aos servidores que tenham

filhos ou dependentes sob sua guarda ou tutela, com idade

inferior a 7 (sete) anos, com valor equivalente a 10% (dez por

cento) do padrão inicial da carreira de técnico judiciário.

§ 5º. O auxílio educação será concedido aos servidores que

possuem filhos matriculados no ensino fundamental não

contemplados com o auxílio-creche, com valor

correspondente a 5% (cinco por cento) do padrão inicial da

carreira de técnico judiciário.

§ 6º. Os auxílios estabelecidos no caput deste artigo não

refletirão no abono natalino, não se incorporarão para

quaisquer efeitos, não sofrerão quaisquer descontos, e não

serão considerados para fins de incidência de imposto de

renda ou de contribuição previdenciária.

§ 7º. As concessões dos auxílios deste artigo serão

disciplinadas em resolução.

Page 61: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 61/73

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 26. Os servidores efetivos, ocupantes dos cargos do

Quadro do Poder Judiciário na data de vigência desta Lei

Complementar, devem ser enquadrados nos termos do Anexo

I, Quadros I e II, e demais dispositivos desta Lei

Complementar, obedecido o grau de escolaridade exigido

para ingresso, na forma do artigo 37, inciso II, e do artigo 19

das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição

Federal.

Art. 27. Os atuais cargos de Auxiliar Operacional na

especialidade de Comissário de Menores, os de Agente

Judiciário e Técnico Judiciário, todos de nível médio, e os de

Agente Judiciário e Técnico Judiciário, ambos de nível

superior, integrarão a Carreira Judiciária, respectivamente,

nos cargos de Técnico e Analista Judiciário, na forma prevista

nos artigos 5º e 6º desta Lei Complementar.

Art. 28. Além dos cargos discriminados na Lei nº 1.779, de 24

de setembro de 2007, serão extintos também, na medida de

sua vacância, os cargos de Auxiliar Operacional de nível

básico, Técnico Judiciário – Escrivão Judicial, Oficial Contador

e Oficial Distribuidor, pertencentes às classes especial e

específica, sendo que as especialidades existentes formarão

um quadro em extinção.

§ 1º. Ocorrendo a vacância dos cargos de Técnico Judiciário -

Escrivão Judicial, Oficial Contador e Oficial Distribuidor, as

respectivas atribuições passarão a ser exercidas por servidor

efetivo ocupante do cargo em comissão, PJ-DAS-3 – Diretor de

Cartório, conforme critérios a serem estabelecidos em

resolução do Tribunal de Justiça.

§ 2º. Os ocupantes de cargos em extinção fazem jus a todos os

reajustes legais e à progressão funcional, bem como aos

adicionais, gratificações e abonos, nas mesmas condições

previstas para os ocupantes dos cargos efetivos, devendo seus

respectivos enquadramentos ocorrerem de acordo com o

Quadro III do Anexo I desta Lei Complementar.

§ 3º. O cargo em comissão PJ-DAS-3 - Diretor de Cartório -

será preenchido por servidor efetivo com curso superior em

Direito e experiência de no mínimo 10 (dez) anos de efetivo

exercício em cartório.

§ 4º. Caso não exista servidor com a experiência exigida no

parágrafo anterior, o cargo será preenchido por servidor

efetivo com maior tempo de serviço em cartório na comarca.

§ 5º. O detentor do cargo em comissão PJ-DAS-3 - Diretor de

Cartório exercerá as funções de supervisão, coordenação e

direção de cartórios do 1º Grau.

§ 6º. O quantitativo dos cargos em extinção do Poder

Judiciário é o constante do Quadro III do Anexo V desta Lei

Complementar.

Art. 29. Os concursos realizados ou em andamento, na data de

publicação desta Lei Complementar, para o Quadro de Pessoal

do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, são válidos para

ingresso nas carreiras judiciárias de Técnico e Analista

Judiciário, observada a correlação entre as atribuições, as

especialidades e o grau de escolaridade.

Art. 30. Fica instituída a Vantagem Pessoal Identificada - VPI, a

ser paga aos servidores efetivos do Poder Judiciário a título

de:

I – vantagem pessoal de adicional por tempo de serviço,

prevista nas Leis Complementares nº 68, de 9 de dezembro de

1992, nº 39, de 31 de julho de 1990, e nº 1, de 14 de

novembro de 1984;

II - vantagem pessoal de quintos, prevista na Lei

Complementar nº 68, de 9 de dezembro de 1992;

III – vantagem pessoal de risco de vida, estabelecida pela Lei

nº 385, de 9 de abril de 1992, e transformada em vantagem

pessoal pela Lei Complementar nº 280, de 9 de junho de 2003;

IV – vantagem pessoal de profissão regulamentada,

estabelecida pela Lei Complementar nº 92, de 3 de novembro

de 1993, e transformada em Vantagem Pessoal pela Lei

Complementar nº 280, de 9 de junho de 2003;

V – gratificação de especialização, estabelecida pela Lei

Complementar nº 92, de 3 de novembro de 1993.

Art. 31. Quando o enquadramento estabelecido nesta Lei

Complementar resultar em decréscimo na remuneração, fica

assegurada ao servidor, parcela a título de Vantagem Pessoal

de Adequação Salarial – VPAS, correspondente à diferença

apurada entre essa nova remuneração e a última percebida

antes da vigência desta Lei Complementar, excluídas do

cômputo dos cálculos as seguintes verbas:

I – gratificações inerentes ao exercício de função de confiança

ou às representações de cargos comissionados;

II – auxílios alimentação, saúde, transporte, creche e

educação;

Page 62: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 62/73

III – diferenças e restituições salariais;

IV – 1/3 de férias (artigo 98, Lei Complementar nº 68, de

1992);

V – gratificação natalina (artigo 103, Lei Complementar nº 68,

de 1992);

VI – indenização de transporte.

§ú. No conceito de remuneração do caput deste artigo,

computam-se as gratificações de incentivo previstas no art. 4º

da Lei Complementar 148, de 18 de abril de 1996, que alterou

o art. 31, XIII, § 13, da Lei Complementar 92, de 4 de abril de

1992.

Art. 32. As vantagens pessoais previstas nos artigos 30 e 31

desta Lei Complementar sujeitar-se-ão aos reajustes

decorrentes da revisão geral da remuneração.

Art. 33. A revisão geral da remuneração dos servidores do

Poder Judiciário será realizada, preferencialmente, no mês de

junho de cada ano, nos termos do artigo 37, inciso X, da

Constituição Federal.

Art. 34. O disposto nesta Lei Complementar também se aplica

aos inativos e pensionistas.

Art. 35. Caberá ao Tribunal de Justiça baixar as resoluções

necessárias à aplicação desta Lei Complementar, no prazo de

90 (noventa) dias, a contar de sua vigência.

§ú. Enquanto não aprovadas as resoluções, aplicam-se as

regras dos regulamentos em vigor.

Art. 36. O Poder Judiciário fica autorizado a promover a

regularização das progressões funcionais de seus servidores,

de acordo com o tempo de serviço.

Art. 37. As despesas decorrentes da aplicação ou execução

desta Lei Complementar devem correr por conta das

dotações próprias do Poder Judiciário, suplementadas, se

necessário.

Art. 38. Esta Lei Complementar tem seus efeitos

financeiros a contar de dia 1º de agosto de 2010.

Art. 39. Revogam-se a Lei Complementar nº 92, de 3 de

novembro de 1993 e suas respectivas alterações, e a Lei nº

361, de 6 de janeiro de 1992.

Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em de março de

2010, 122º da República.

IVO NARCISO CASSOL

Governador

Page 63: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 63/73

GRUPO CARREIRA CATEGORIAPADRÃO DE

ENQUADRAMENTO CARGO NÍVEL CARREIRA

010203040506070809101112131415161718192021

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GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO

CARGO NÍVEL CARREIRA

010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536

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Cargo de Analista Judiciário Oficial de Justiça SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA

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Cargos de Técnico Judiciário

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA

NÍVEL CLASSE PADRÃO ATUAL

ANEXO I

TABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS DA CARRE IRA JUDICIÁRIA

Artigo 3º, 4º e 5º deste Projeto de Lei

QUADRO ICARGOS DE NÍVEL SUPERIOR

Page 64: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 64/73

GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO

CARGO NÍVEL CARREIRA

010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536

GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO

CARGO NÍVEL CARREIRA

010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536

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SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA

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16

B

ANEXO ITABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS DA CARRE IRA JUDICIÁRIA

Artigo 3º, 4º e 5º deste Projeto de Lei

QUADRO IICargos de Nível Médio

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA

Page 65: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 65/73

GRUPO CARREIRA CATEGORIA NÍVEL CLASSE PADRÃO ATUALPADRÃO DE

ENQUADRAMENTO CARGO NÍVEL

01 0102 0203 0304 0405 0506 0607 0708 0809 0910 1011 1112 1213 1314 1415 15

15-A 1615-B 1715-C 1815-D 1915-E 20

21222324252627282930313233343536

30 0131 0232 0333 0434 0535 0636 0737 0838 0939 1040 1141 1242 1343 14

43-A 1543-B 1643-C 1743-D 1843-E 1944 20

44-A 2144-B 22

2324252627282930313233343536

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ESPECÍFICA E ESPECIAL

ANEXO I

QUADRO III

TABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS EM EXTIN ÇÃO

Artigo 28 deste Projeto de Lei

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA

Page 66: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 66/73

ANEXO IICARGOS EM COMISSÃO

Artigo 3º deste Projeto de Lei

CARGO EM COMISSÃOPJ-DAS-S

PJ-DAS-5

PJ-DAS-4

PJ-DAS-3

PJ-DAS-2

PJ-DAS-1

ANEXO IIIFUNÇÕES GRATIFICADAS

§ 4º do artigo 7º deste Projeto de Lei

FUNÇÃO GRATIFICADAFG-5FG-4FG-3FG-2FG-1

Page 67: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 67/73

01 4.060,39 02 4.121,30 03 4.183,12 04 4.245,86 05 4.309,55 06 4.374,19 07 4.439,81 08 4.506,40 09 4.574,00 10 4.642,61 11 4.712,25 12 4.782,93 13 4.854,68 14 4.927,50 15 5.001,41 16 5.076,43 17 5.152,58 18 5.229,86 19 5.308,31 20 5.387,94 21 5.468,76 22 5.550,79 23 5.634,05 24 5.718,56 25 5.804,34 26 5.891,40 27 5.979,78 28 6.069,47 29 6.160,51 30 6.252,92 31 6.346,72 32 6.441,92 33 6.538,54 34 6.636,62 35 6.736,17 36 6.837,21

CARGO NÍVEL PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO

Ana

lista

Jud

iciá

rio

Sup

erio

r

ANEXO IV

TABELAS DE VENCIMENTOS BÁSICOSArtigo 17 deste Projeto de Lei

Quadro I - Tabela de Vencimentos Básicos dos Cargos de Nível Superior

Page 68: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 68/73

01 2.257,57 02 2.291,43 03 2.325,81 04 2.360,69 05 2.396,10 06 2.432,04 07 2.468,52 08 2.505,55 09 2.543,14 10 2.581,28 11 2.620,00 12 2.659,30 13 2.699,19 14 2.739,68 15 2.780,77 16 2.822,49 17 2.864,82 18 2.907,80 19 2.951,41 20 2.995,68 21 3.040,62 22 3.086,23 23 3.132,52 24 3.179,51 25 3.227,20 26 3.275,61 27 3.324,74 28 3.374,62 29 3.425,24 30 3.476,61 31 3.528,76 32 3.581,69 33 3.635,42 34 3.689,95 35 3.745,30 36 3.801,48

Téc

nico

Jud

iciá

rio

Méd

io

Quadro II - Tabela de Vencimentos Básicos dos Carg os de Nível Médio

Page 69: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 69/73

01 1.516,85

02 1.539,60

03 1.562,70

04 1.586,14

05 1.609,93

06 1.634,08

07 1.658,59

08 1.683,47

09 1.708,72

10 1.734,35

11 1.760,37

12 1.786,77

13 1.813,57

14 1.840,78

15 1.868,39

16 1.896,41

17 1.924,86

18 1.953,73

19 1.983,04

20 2.012,79

21 2.042,98

22 2.073,62

23 2.104,73

24 2.136,30

25 2.168,34

26 2.200,87

27 2.233,88

28 2.267,39

29 2.301,40

30 2.335,92

31 2.370,96

32 2.406,52

33 2.442,62

34 2.479,26

35 2.516,45

36 2.554,20

01 4.060,39

02 4.121,30

03 4.183,12

04 4.245,86

05 4.309,55

06 4.374,19

07 4.439,81

08 4.506,40

09 4.574,00

10 4.642,61

11 4.712,25

12 4.782,93

13 4.854,68

14 4.927,50

15 5.001,41

16 5.076,43

17 5.152,58

18 5.229,86

19 5.308,31

20 5.387,94

21 5.468,76

22 5.550,79

23 5.634,05

24 5.718,56

25 5.804,34

26 5.891,40

27 5.979,78

28 6.069,47

29 6.160,51

30 6.252,92

31 6.346,72

32 6.441,92

33 6.538,54

34 6.636,62

35 6.736,17

36 6.837,21

NÍVEL PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO

Aux

iliar

Ope

racion

al e

m E

xtin

ção

Bás

ico

Esc

rivão

Jud

icia

l - O

ficia

l Con

tado

r - O

ficia

l Distrib

uido

r em

Ext

inçã

o

Sup

erio

r

ANEXO IV

TABELAS DE VENCIMENTOS BÁSICOSArtigo 17 deste Projeto de Lei

Quadro III - Tabela de Vencimentos Básicos dos Carg os em Extinção

CARGO

Page 70: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 70/73

CARGO ATUAL SALÁRIO BASE (R$) REPRESENTAÇÃO

PJ-DAS (50% do Salário Base)

TOTAL (R$)

PJ-DAS -S 7.667 3.833 11.500

PJ-DAS-5 6.000 3.000 9.000

PJ-DAS-4 4.333 2.167 6.500

PJ-DAS-3 3.333 1.667 5.000

PJ-DAS-2 3.000 1.500 4.500

PJ-DAS-1 2.667 1.333 4.000

SÍMBOLO BASE DE CÁLCULO

FG5 1.066,68 80% REPRES. DAS -1FG4 933,35 70% REPRES. DAS -1FG3 800,01 60% REPRES. DAS -1FG2 666,68 50% REPRES. DAS -1FG1 533,34 40% REPRES. DAS -1

REPRESENTAÇÃO FG(R$)

TABELAS DE VENCIMENTO DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇ ÕES GRATIFICADAS

Quadro IV

Tabela de Vencimento dos Cargos em Comissão

Quadro VTabela de Vencimento das Funções Gratificadas

ANEXO IV

Page 71: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 71/73

TJ-RO 3ª ENTRÂNCIA 2ª ENTRÂNCIA 1ª ENTRÂNCIASuperior 188 150 184 72

Médio 339 623 656 275

527 773 840 347

ANALISTA JUDICIÁRIO

TÉCNICO JUDICIÁRIO

TOTAL DE CARGOS EFETIVOS

ANEXO VCONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS EFETIVOS DO PODER JUDICIÁRI O DO ESTADO DE RONDÔNIA

CARGO NÍVELQUANTIDADE DE CARGOS

QUADRO I

PADRÃO/ SÍMBOLO

01 a 36

01 a 36

1º GRAU 2º GRAU

- 2 2

- 63 63

- 15 15

1 88 89

- 51 51

221 30 251

222 249 471

ANEXO V

TOTAL DE CARGOS COMISSIONADOS

CONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS COMISSIONADOS DO PODER JUDI CIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA

QUADRO II

CARGOINSTÂNCIA

TOTAL

PJ-DAS (Secretários)

PJ-DAS-5

PJ-DAS-4

PJ-DAS-3

PJ-DAS-2

PJ-DAS-1

Page 72: Legislação específica

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ALISSON FIDELIS 72/73

TJ-RO 3ª ENTRÂNCIA 2ª ENTRÂNCIA 1ª ENTRÂNCIAEscrivão Judicial Superior 01 a 36 - 47 50 22 Oficial Contador Superior 01 a 36 - 3 12 11 Oficial Distribuidor Superior 01 a 36 - 5 12 11 Depositário Público Superior 01 a 36 - 2 2 - Comissário de Menores Básico 01 a 15d - 3 11 11 Contínuo Básico 01 a 15d 30 1 12 11 Artífice Básico 01 a 15d 10 - - - Segurança Básico 01 a 15d - - - - Motorista Básico 01 a 15d - - - - Telefonista Básico 01 a 15d - - - - Serviços Gerais Básico 01 a 15d - - - -

40 61 99 66

CARGO ESPECIALIDADES NÍVEL PADRÃO/ SÍMBOLO

QUANTIDADE DE CARGOS

TÉCNICO JUDICIÁRIO

AUXILIAR OPERACIONAL

TOTAL DE CARGOS EM EXTINÇÃO

ANEXO VCONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS EM EXTINÇÃO DO PODER JUDICI ÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA

QUADRO III

Page 73: Legislação específica

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

ISRAEL BARBOSA 73/73

CARGO Nível Atribuições

Analista Judiciário Superior

Planejamento, organização, coordenarção, supervisão técnica, assessoramento,

estudo, pesquisa, elaboração de pareceres ou informações e execução de tarefas de

considerável complexidade próprias à formação de nível superior.

Técnico Judiciário Médio Suporte ao processamento das atividades das áreas meio e fim, realizando tarefas adequadas à formação de nível médio.

CARGO Nível Atribuições

Cargos Comissionados Superior Assessoramento, Direção e Chefia de órgãos e unidades do Poder Judiciário

Atribuições dos Cargos Comissionados

TABELAS DE VENCIMENTO DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS

Quadro I

Atribuições dos Cargos Efetivos

Quadro II

ANEXO VI


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