OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA
2012
APOSTILA LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA PARA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EQUIPE DE CONCURSEIROS
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
1 Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado de Rondônia – COJE.
2 Constituição do Estado de Rondônia.
2.1 Poder Judiciário.
3 Regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de Rondônia (Lei Complementar nº
68/1992).
4 Plano de carreiras, cargos e salários dos servidores do poder judiciário do Estado de Rondônia
(Lei Complementar nº 568/2010).
GIL CÓPIAS
ENDEREÇO: RUA JOAQUIM NABUCO SOB ESQUINA COM ALEXANDRE GUIMARÃES, DEFRONTE A FACULDADE SÃO LUCAS E NA LATERAL DA PANIFICADORA NORTE PÃO. XEROX A 0,08 (zero, oito centavos) até 200 folhas! E PARA VOCÊ CONCURSEIRO (A) QUE VAI TIRAR ACIMA DE 200 FOLHAS E FALAR QUE VIU AQUI NO BLOG OS CONCURSEIROS DE RONDÔNIA FICA A 0,07 CENTAVOS! IMPRESSÃO A 0,20 CENTAVOS CADA! IMPERDÍVEL! TELEFONE DE CONTATO: (069) 3221-4690 OU TEL.: 9260-3593.
O S C O N C U R S E I R O S D E R O N D O N I A . B L O G S P O T . C O M . B R
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 2/73
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA:
1 Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado de
Rondônia – COJE.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA faço saber que a
Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
LIVRO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1° Esta Lei Complementar institui o Código de
Organização e a Divisão Judiciária do Estado de Rondônia.
TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Art. 2° São Órgãos do Poder Judiciário do Estado:
I - o Tribunal de Justiça;
II - os Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
III - a Auditoria e Conselhos da Justiça Militar;
IV - os Tribunais do Júri;
V - os Juizados Especiais;
VI - os Juízes de Paz.
TÍTULO II - DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 3º O Tribunal de Justiça, com sede na Capital, é o órgão
máximo do Poder Judiciário do Estado de Rondônia e compõe-
se de 21 (vinte e um) Desembargadores.
§ 1° Na composição do Tribunal, um quinto dos lugares será
preenchido por advogados e membros do Ministério Público,
na forma prevista no art. 94 da Constituição Federal.
§ 2° A representação do Poder Judiciário compete ao
Presidente do Tribunal de Justiça.
Art. 4° O Tribunal de Justiça será dirigido pelo Presidente,Vice-
Presidente e Corregedor-Geral da Justiça, eleitos dentre seus
membros mais antigos, para um mandato de dois anos,
proibida a reeleição.
Art. 5° São órgãos do Tribunal de Justiça:
I - o Tribunal Pleno;
II - o Conselho da Magistratura;
III - a 1ª e 2ª Câmaras Cíveis;
IV - a 1ª e 2ª Câmaras Especiais;
V – as 1ª e 2ª Câmaras Criminais
VI - as Comissões Permanentes.
VII - a Presidência e a Vice-Presidência;
VIII - a Corregedoria-Geral da Justiça;
IX - as Comissões Permanentes.
§ú. A Escola da Magistratura do Estado de Rondônia -
EMERON e o Fundo de Informatização, Edificação e
Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - FUJU são órgãos de
apoio do Tribunal de Justiça.
CAPÍTULO I - DO FUNCIONAMENTO
Art. 6° O Tribunal de Justiça funcionará precipuamente em:
I – o Tribunal Pleno;
II – a 1ª e 2ª Câmaras Cíveis;
III – a 1ª e 2ª Câmaras Especiais;
IV – as 1ª e 2ª Câmaras Criminais; (NR)
V - Câmara de Férias;
VI – o Conselho da Magistratura.
Art. 7° O Presidente e o Corregedor-Geral não integrarão as
Câmaras, salvo a de Férias.
§ú. O Vice-Presidente presidirá a Câmara a que integrar, sem
prejuízo das funções regimentais ou delegadas.
CAPÍTULO II - DO TRIBUNAL PLENO
Art. 8° O Tribunal Pleno, constituído por todos os membros do
Tribunal de Justiça, compete privativamente:
I - eleger o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor-Geral
da Justiça, os membros do Conselho da Magistratura e das
Comissões Permanentes e o Diretor da Escola da
Magistratura, dando-lhes posse;
II - organizar seus serviços auxiliares;
III - propor ao Poder Legislativo a elevação do número de seus
membros, a criação e extinção de cargos e a fixação de seus
vencimentos;
IV - elaborar o Regimento Interno e nele fixar as demais
atribuições de competência do Tribunal e de seus órgãos;
V - propor ao Poder Legislativo, pelo voto da maioria absoluta
de seus membros, a alteração da presente lei e a criação de
novos juízos e Comarcas;
VI - homologar concurso para ingresso na carreira da
magistratura;
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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VII - indicar o juiz Diretor do Fórum para período de dois anos,
admitida uma recondução;
VIII - deliberar sobre pedido de permuta e remoção de
magistrados;
IX - organizar, em sessão reservada, a lista tríplice para
promoção de Juiz;
X - decidir, em sessão reservada, sobre o acesso de Juiz de
Direito ao Tribunal de Justiça e a promoção, de entrância para
entrância, pelo critério de antiguidade;
XI - organizar lista para provimento de vaga do quinto
constitucional;
XII - eleger, por voto da maioria absoluta de seus membros,os
desembargadores e juízes de direito que devam integrar o
Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art. 94 da
Constituição Federal;
XIII - solicitar intervenção da União no Estado, nos termos da
Constituição Federal e da Constituição do Estado;
XIV - aprovar proposta orçamentária a ser remetida ao
Executivo e a abertura de crédito;
XV - conhecer e examinar a prestação de contas da
Presidência;
XVI - deliberar sobre o remanejamento de competência
entrevaras da mesma Comarca.
Art. 9º Compete ainda, originariamente, ao Tribunal Pleno
processar e julgar:
I - os conflitos de competência entre órgãos da justiça do
segundo grau de jurisdição;
II - os recursos cabíveis de despachos ou decisões do
Presidente, Vice-Presidente ou Relator;
III - mandado de segurança e “habeas data” contra atos:
1 - do Governador do Estado;
2 - dos membros do Tribunal de Justiça, inclusive de seu
Presidente;
3 - da Mesa Diretora e do Presidente da Assembléia
Legislativa;
4 - do Tribunal de Contas;
5 - do Corregedor-Geral da Justiça;
6 - do Procurador-Geral do Estado, do Procurador-Geral da
Justiça e do Chefe da Defensoria Pública;
7 - do Conselho da Magistratura;
8 - dos Juízes de Direito e dos Juízes Substitutos;
9 - dos Secretários de Estado.
IV - embargos infringentes e de nulidade;
V - suspeição argüida contra desembargador, juiz e demais
autoridades do Poder Judiciário;
VI - ação rescisória, revisão criminal e pedido de
desaforamento;
VII - restauração de autos e as habilitações dos feitos de
competência originária;
VIII - os recursos das decisões do Conselho da Magistratura e
do Corregedor-Geral da Justiça;
IX - a reclamação para a preservação de sua competência e
garantia de suas decisões;
X - ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo municipal;
XI - nos crimes comuns, os Deputados Estaduais;
XII - nos crimes comuns e de responsabilidade, o Vice-
Governador do Estado, Juízes de Direito e membros do
Ministério Público,ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.
XIII - ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo estadual, em face da Constituição Estadual.
CAPÍTULO III - DAS CÂMARAS CÍVEIS, ESPECIAIS E CRIMINAIS
Seção I - Das Câmaras Cíveis, Especiais e Criminais
Art. 10. Excluídas as matérias de competência do Tribunal
Pleno, as Câmaras Cíveis, Especiais e Criminais terão suas
competências e número de desembargadores fixado no
Regimento Interno do Tribunal de Justiça (NR)
Art. 11. [revogado]
CAPÍTULO IV - DO CONSELHO DA MAGISTRATURA
Art. 12. O Conselho da Magistratura Estadual, Órgão
permanente de disciplina do Poder Judiciário, compõe-se do
Presidente do Tribunal de Justiça, que o presidirá, do Vice-
Presidente, do Corregedor-Geral da Justiça e dos dois
desembargadores mais antigos.
§ 1°. O Conselho reunir-se-á uma vez por mês
e,extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente.
§ 2°. Junto ao Conselho oficiará o Procurador-Geral de Justiça.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 4/73
§ 3°. Para a constituição de “quorum” convocar-se-á o
desembargador mais antigo.
§ 4°. As sessões do Conselho serão reservadas, assegurada a
presença da parte interessada ou advogado habilitado,
devendo suas decisões serem proclamadas somente pelo
resultado.
§ 5°. Da súmula das decisões censórias constará apenas o
número do processo e da decisão.
Art. 13. Ao Conselho da Magistratura compete:
I - exercer a superior inspeção da Magistratura e a
disciplinados serviços da Justiça de primeiro grau;
II - propor a aplicação de medidas disciplinares;
III - remeter ao Procurador-Geral de Justiça inquéritos ou
documentos com indícios de responsabilidade criminal;
IV - apreciar, reservadamente, os casos de suspeição de
natureza íntima declarada por juízes;
V - determinar, quando for o caso, que não seja empossada
pessoa ilegalmente nomeada para o cargo ou função da
justiça;
VI - propor ao Tribunal Pleno a recusa de juiz em processo de
promoção por antiguidade e emitir informações nos processos
de promoção por merecimento;
VII - determinar anotação, no cadastro dos juízes, das faltas
injustificadas ao expediente forense, como também dos fatos
que lhes desabonem a conduta e os elogios;
VIII - julgar recursos interpostos contra as decisões dos juízes
da infância e da juventude.
Art. 14. Poderá o Conselho da Magistratura, quando
necessário, declarar em regime de exceção Comarca ou Vara,
por prazo razoável, e designar juízes para, com o titular
exercerem jurisdição.
§ 1°. É facultada ao Conselho a redistribuição dos feitos e
serviços em atraso ou acumulados dentre os juízes.
§ 2°. Salvo disposição em contrário, a distribuição das
representações e demais expedientes ao Conselho,
independentemente de sessão, será feita entre seus
membros, inclusive o Presidente, na ordem cronológica e
escala crescente.
Art. 15. Das decisões do Conselho caberá recurso, com efeito
suspensivo, para o Tribunal Pleno, no prazo de 5 dias.
CAPÍTULO V - DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 16. A Presidência do Tribunal de Justiça será exercida por
um de seus membros, eleito por dois anos, na forma prevista
neste Código e no Regimento Interno.
Art. 17. Ao Presidente do Tribunal compete:
I - representar o Poder Judiciário e superintender os serviços
da Justiça;
II - administrar o Tribunal, dirigir seus trabalhos, presidir as
sessões do Tribunal Pleno e do Conselho da Magistratura.
III - apreciar, nos períodos de férias coletivas, pedido de
liminar e mandado de segurança (suprimido pela Lei
Complementar n. 175, de 30 de junho de 1997 - D.O.E. de
1/7/1997 - Efeitos a partir 1/7/1997).
§ 1º. As demais atribuições e competência do Presidente
serão estabelecidas no Regimento Interno.
§ 2º. Findo o mandato, o Presidente ocupará, na Câmara
Especializada, o lugar deixado por seu sucessor.
Art.18. O Presidente será auxiliado por dois (02) Juízes de
Direito de Terceira Entrância, por ele indicados, cujas
atribuições serão definidas no Regimento Interno.
§ú. Fica assegurada ao magistrado a gratificação de 5% (cinco
por cento) do subsídio do cargo de que é titular, enquanto
perdurar o auxílio de que trata o caput.
CAPÍTULO VI - DA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Art. 19. O Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, eleito por2
(dois) anos, substituirá o Presidente em suas ausências e
impedimentos e terá sua competência estabelecida no
Regimento Interno.
CAPÍTULO VII - DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
Art. 20. A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão orientador e
fiscalizador da Justiça Estadual, será exercida por um
Desembargador coma denominação de Corregedor-Geral da
Justiça, eleito por 2 (dois) anos,na forma deste Código e do
Regimento Interno do Tribunal.
§ 1°. O Corregedor será substituído em suas faltas ou
impedimentos pelo Desembargador que lhe seguir na ordem
de antiguidade.
§ 2°. Findo o mandato, o Corregedor-Geral da Justiça ocupará,
na Câmara especializada, o lugar deixado por seu sucessor.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 5/73
Art. 21. Poderá o Corregedor, no exercício de sua
função,requisitar de qualquer autoridade ou repartição
pública, informações,cooperação e segurança necessárias.
Art. 22. O Corregedor-Geral da Justiça promoverá
correição,anualmente, em pelo menos cinqüenta por cento
das Comarcas do Estado,sem prejuízo das correições e
inspeções extraordinárias que entender necessárias.
§ 1°. A Corregedoria-Geral da Justiça, para o exercício de suas
atividades, disporá, sempre, dos meios materiais que se
fizerem necessários.
§ 2°. Do resultado da correição extraordinária ou inspeção, o
Corregedor-Geral da Justiça apresentará circunstanciado
relatório ao Tribunal Pleno.
Art. 23. A competência do Corregedor-Geral da Justiça será
definida no Regimento Interno do Tribunal.
Art. 24. O Corregedor-Geral da Justiça será auxiliado por Juízes
da Capital, em número de três, cuja função encerrar-se-á com
o término do seu mandato.
§ 1º Os Juízes Auxiliares serão indicados, ao Presidente do
Tribunal, pelo Corregedor-Geral da Justiça.
§ 2º Fica assegurada ao magistrado a gratificação de 5% (cinco
por cento) do subsídio do cargo de que é titular, enquanto
perdurar o auxílio de que trata o caput.
Art. 25. Os Juízes a que referem os artigos 18 e 24, deste
Código, ficam desligados de suas Varas, reassumindo-as assim
que cessado o auxílio perante a Presidência e a Corregedoria-
Geral da Justiça
Art. 26. Excepcionalmente poderão ser convocados juízes
titulares de qualquer entrância para auxiliar a Corregedoria-
Geral da Justiça,indicados pelo Corregedor, mediante
justificativa e aprovação do Tribunal Pleno
Art. 27. Nas reclamações contra Juiz, o Corregedor-Geral da
Justiça, antes de qualquer outra providência, poderá convidá-
Io, por ofício reservado, informando o conteúdo da acusação
para, por escrito,apresentar esclarecimento ou justificativa
prévia.
Art. 28. O Corregedor-Geral da Justiça, com exclusiva
finalidade correcional, poderá requisitar qualquer processo de
instância inferior, despachando nos próprios autos ou
instrumento apartado, para determinar providências ou
instruções que julgar necessárias para o regular andamento
dos serviços judiciais.
Art. 29. Os escrivães enviarão à Corregedoria-Geral da Justiça,
em modelo oficial, até o dia dez de cada mês, relação dos
feitos distribuídos e dos conclusos, com menção de datas,
incluindo os que estiverem em andamento, com o visto do
juiz.
§ú. Para fins deste artigo, consideram-se feitos todas as
causas previstas em lei processual e registrados em livro
próprio.
Art. 30. Das decisões originárias do Corregedor-Geral da
Justiça, salvo disposições em contrário, caberá recurso para o
Tribunal Pleno, no prazo de cinco dias da ciência ou intimação
do interessado.
CAPÍTULO VIII - DAS COMISSÕES PERMANENTES
Art. 31. A denominação, a constituição, a competência e o
funcionamento das comissões permanentes serão regulados
no Regimento Interno.
TÍTULO III - DOS MAGISTRADOS E DOS ÓRGÃOS
JUDICIÁRIOSDO 1º GRAU
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 32. São magistrados os Desembargadores, os Juízes de
Direito e os Juízes Substitutos.
Art. 33. O ingresso na carreira da magistratura dependerá de
concurso público de provas e títulos, promovido pelo Tribunal
de Justiça,na forma da lei, cujo cargo inicial será o de Juiz
Substituto.
§ 1º. A admissão na carreira dependerá, cumulativamente,que
o candidato:
I - comprove gozar de ilibado conceito moral e de boa conduta
social;
II - seja considerado apto em exame de sanidade
física,realizado por junta médica do Estado;
III - seja considerado apto em exame psicotécnico
específico,aplicado por psicólogos por meio de provas
escritas, desenvolvidas para esse fim;
IV - haver exercido efetivamente, por pelo menos dois anos,a
advocacia, cargo ou função pública que exija conhecimento
jurídico.
§ 2°. As informações a que se refere o inciso I e os laudos de
avaliação médica e psicológica expedidos em face dos incisos
II e III do parágrafo anterior, para que possam ensejar a
eliminação do candidato,deverão ser homologados pela
Comissão de Concurso, a que competirá,em última instância, a
apreciação de eventuais recursos que serão decididos pelo
critério de maioria absoluta dos votos de seus componentes.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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CAPÍTULO II - DOS JUÍZES DE DIREITO
Art. 34. Ao Juiz de Direito compete o exercício pleno da
jurisdição da competência da Justiça de primeiro grau.
Art. 35. Os Juízes Titulares, em suas ausências ou
impedimentos, serão substituídos por outro de igual
entrância, segundo provimento da Corregedoria-Geral da
Justiça.
§ 1°. Cada Juiz Titular, em escala sucessiva, terá substituto
automático.
§ 2°. Ocorrendo ausência ou impedimento dos juízes
constantes da escala, ou por conveniência e interesse da
Justiça, o substituto será designado pelo Corregedor-Geral da
Justiça.
§ 3°. O substituto natural referido no § 1° conservará a
jurisdição da Comarca ou Vara que houver assumido,
enquanto não cessar o motivo que determinou a sua
substituição, embora, durante esta,desapareçam os
impedimentos dos juízes que antecediam na ordem de
substituição.
§ 4°. Observada a ordem, o substituto despachará no processo
que lhe for apresentado, à vista de certidão de ausência do
juiz,passada pelo escrivão do feito.
Art. 36. Incumbe aos juízes, ressalvada a competência das
autoridades superiores, exercer as funções administrativas em
sua jurisdição, em especial:
I - inspecionar, permanentemente, as serventias dos Cartórios
da Comarca ou Vara, instruindo os serventuários e
funcionários sobre os seus deveres, podendo-Ihes conceder
elogios ou aplicar-Ihes punição;
II - nomear serventuários “ad hoc” enquanto não provido o
cargo ou quando ocorrer ausência ou impedimento do titular
e seu respectivo substituto, tomando-Ihes o compromisso;
III - indicar ou designar substituto de serventuários da Justiça
nos casos de vacância, licença ou férias, na forma da lei;
IV - organizar o alistamento dos jurados para o Tribunal do Júri
e proceder, anualmente, sua revisão;
V - deferir compromisso e dar posse aos servidores e
serventuários da Justiça;
VI - remeter à Corregedoria-Geral da Justiça, nos períodos
próprios, relatórios de suas atividades funcionais, de acordo
com modelo aprovado;
VII - requisitar a força policial civil e militar necessária para a
segurança de diligências e garantias das decisões judiciais;
VIII - nomear Juiz de Paz “ad hoc”, conforme previsto neste
Código;
IX - formular requisição de material, móveis e utensílios
necessários ao serviço da Comarca ou Vara, caso a verba para
este fim seja inexistente ou insuficiente;
X - gerir e prestar contas da aplicação de verbas;
XI - apresentar relatório ao Presidente do Tribunal e ao
Corregedor da Justiça, das atividades da Comarca ou Vara,
com dados estatísticos e eventuais sugestões para melhoria
dos serviços, até o último dia do mês de fevereiro de cada
ano;
XII - proceder à distribuição;
XIII - aplicar penalidade aos juízes de paz.
§ú. É da competência privativa do Juiz Diretor do Fórum, onde
houver, o disposto nos incisos IX e XIII deste artigo, bem como
a verificação mensal do cumprimento de mandados das
centrais.
Art. 37. A competência dos Juízes de Direito nas Comarcas em
que existir mais de uma Vara definir-se-á pela distribuição e
na forma prevista neste Código.
CAPÍTULO III - DO TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 38. O Tribunal do Júri, na sua organização, composição e
competência, obedecerá às disposições do Código de
Processo Penal e funcionará na sede da Comarca, em reuniões
ordinárias ou extraordinárias,nos seguintes períodos:
I - na Comarca da Capital, nos meses de março e junho e de
agosto e dezembro;
II - nas comarcas do interior, em que houver Varas
Criminais,nos meses de março, abril, maio, setembro e
dezembro;
III - nas demais Comarcas do interior, nos meses de
março,junho, setembro e dezembro.
§ 1°. Quando, por motivo de força maior, não for o júri
convocado na época determinada, proceder-se-á à
convocação no mês seguinte.
§ 2°. O júri reunir-se-á, extraordinariamente, por iniciativa de
seu Presidente ou por determinação da Câmara Criminal.
Art. 39. A convocação do júri far-se-á mediante edital, após
sorteio dos jurados e suplentes que servirão na sessão.
§ú. O sorteio realizar-se-á de dez a quinze dias antes do
primeiro julgamento marcado ou em data designada para o
início da primeira reunião.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 7/73
Art. 40. Na Comarca da Capital, a instrução dos processos de
crimes dolosos contra a vida é de competência exclusiva da
Vara do Tribunal do Júri.
CAPÍTULO IV - DA AUDITORIA MILITAR ESTADUAL
Art. 41. A Justiça Militar do Estado será exercida:
I - pelo Juiz-Auditor e pelos Conselhos de Justiça em primeiro
grau;
II - pelo Tribunal de Justiça em segundo grau.
§ 1°. Compete à Justiça Militar processar e julgar os policiais
militares e bombeiros nos crimes militares, definidos em lei.
§ 2°. A administração da Justiça Militar terá uma Auditoria
com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, composta
de um Juiz-Auditor, auxiliado por escrivão, escrivão substituto,
técnico judiciário ou escrevente e oficial de justiça.
§ 3°. Um Promotor de Justiça e um advogado de ofício
funcionarão junto à Auditoria Militar.
§ 4º. O provimento do cargo de Juiz Auditor far-se-á por
promoção ou remoção na forma adotada nas Varas da
Comarca da Capital,dentre juízes de direito do Quadro da
Magistratura Estadual.
§ 5º. O Juiz-Auditor, exceção dessa denominação em quanto
ocupar o cargo, equipara-se aos demais juízes titulares da
Capital.
§ 6º. Os servidores, igualmente, se equiparam aos demais
servidores da Justiça Comum, enquanto permanecem, lotados
na Vara da Auditoria Militar.
Art. 42. Os Conselhos de Justiça têm as seguintes categorias:
I - Conselho Especial de Justiça, para processar e julgar os
oficiais, exceto o Comandante-Geral;
II - Conselho Permanente de Justiça, para processar e julgar os
insubmissos e os acusados que não sejam oficiais.
§ 1º. Os Conselhos Especiais de Justiça serão constituídos do
Juiz-Auditor e de quatro oficiais de posto superior ao do
acusado, ou do mesmo posto, com maior antiguidade, sob a
presidência de um oficial superior e mais graduado ou, se
iguais, o mais antigo.
§ 2º. Os Conselhos Permanentes de Justiça serão constituídos
de Juiz-Auditor, de um oficial superior, que presidirá, e três
oficiais até o posto de capitão.
Art. 43. Os Juízes Militares dos Conselhos Especiais e
Permanentes serão escolhidos pelo Juiz-Auditor, por sorteio,
em audiência pública, com o seguinte critério:
I - trimestralmente, em sessão do mesmo Conselho, para a
constituição do Conselho Permanente, que funcionará
durante três meses consecutivos;
II - em cada processo de oficial, para a composição do
Conselho Especial, que se dissolverá depois de concluído o
julgamento e que poderá voltar a se reunir, por convocação
do Juiz-Auditor, havendo nulidade do processo ou julgamento,
ou por diligência determinada pelo Tribunal de Justiça.
§ 1°. O Conselho Fiscal e o Conselho Permanente funcionarão
na sede da Auditoria, ou em outro local, nos casos especiais e
por motivo relevante de ordem pública ou de interesse da
Justiça, mediante autorização do Conselho da Magistratura,
pelo tempo que se fizer necessário.
§ 2°. O Oficial sorteado para a composição do Conselho de
Justiça não sofrerá nenhum prejuízo pecuniário, mantendo-se
íntegro o seu soldo, bem como as parcelas correspondentes
aos cargos e funções ocupados imediatamente antes do
sorteio, ainda que outro Oficial seja designado para substituí-
lo naqueles cargos ou funções.
Art. 44. O Corregedor da Polícia Militar fará organizar,
trimestralmente, a relação de todos os Oficiais da ativa que
sirvam na Capital, sem qualquer exceção não prevista nesta
Lei, com a indicação do posto e antiguidade de cada um, bem
como previsão de período de férias ou outros afastamentos
legais a fim de que o Juiz de Direito da Auditoria possa dar
cumprimento ao disposto no artigo anterior. Essa relação será
publicada em boletim e remetida ao Juiz de Direito da
Auditoria até o décimo dia do último trimestre, sob pena de
responsabilidade.
Art. 45. Não serão incluídos na relação o Comandante-
Geral,os oficiais da Casa Militar da Governadoria, os
assistentes militares, os ajudantes-de-ordem, os que
estiverem no Estado-Maior e Gabinete do Comando-Geral,
bem como os professores e alunos de cursos de
aperfeiçoamento de oficiais.
Art. 46. Não havendo, na relação, oficiais suficientes, de posto
igual ou superior ao do acusado, para a composição do
Conselho Estadual de Justiça, requisitará o Juiz-Militar uma
relação suplementar, com nomes,posto e antiguidade dos que
se encontrem servindo fora da Capital, os quais poderão ser
sorteados, observando a mesma escala.
Art. 47. Nenhum oficial poderá ser sorteado simultaneamente
em mais de um Conselho, e os que servirem em Conselho
Permanente não serão sorteados para o Conselho seguinte,
salvo se houver insuficiência de oficiais.
§ 1°. O Oficial que estiver no desempenho de comissão ou
serviço fora da sede da Auditoria e por isso não puder
comparecer à sessão de instalação do Conselho, se vier a ser
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ALISSON FIDELIS 8/73
sorteado, será substituído definitivamente, por outro,
mediante novo sorteio.
§ 2°. O Oficial que for preso, responder a processo
criminal,entrar em licença para tratamento de saúde por
prazo superior a trinta (30)dias ou deixar o serviço ativo, será
também substituído, de modo definitivo,na forma do
parágrafo anterior.
§ 3°. O Oficial suplente servirá pelo tempo da ausência do
substituído nos casos de nojo, gala e licença médica por prazo
não superiora trinta (30) dias. Ocorrendo suspeição, este
substituirá o Juiz impedido somente no processo em que esta
ocorrer.
Art. 48. Os Juízes Militares dos Conselhos de Justiça ficarão
dispensados dos serviços militares nos dias de sessão.
Art. 49. O Juiz-Auditor será substituído nas suas faltas e
impedimentos por um dos Juízes das Varas Criminais da
Capital, de acordo com a escala de substituição.
CAPÍTULO V - DOS JUÍZES SUBSTITUTOS
Art. 50. O Juiz Substituto, cargo inicial da carreira da
magistratura, exercerá jurisdição na Seção Judiciária para a
qual for nomeado, residirá na respectiva sede e realizará a
prestação jurisdicional por designação:
I - como substituto dos Juízes em suas férias,
ausências,licenças, impedimento ou vacância;
II - como Juiz Auxiliar dos Titulares;
III - como Juiz Substituto em qualquer Vara ou Comarca, na
hipótese de vacância ou instalação de novas Varas ou
Comarcas.
§ 1°. As designações dos Juízes Substitutos serão efetivadas
por atos do Corregedor-Geral da Justiça.
§ 2°. O Juiz Substituto que se deslocar da respectiva sede no
desempenho de suas funções, fará jus a diárias diferenciadas,
arbitradas pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que
observará distância, tempo e condições da viagem e de
hospedagem, e a duração da substituição.
§ 3°. A remoção de Juiz Substituto para outra Seção Judiciária
dependerá de deliberação do Tribunal de Justiça.
§ 4°. O candidato ao cargo de Juiz Substituto deverá contar
com menos de cinqüenta (50) anos de idade, até o último dia
de inscrição no concurso público, ressalvadas as exceções
legais.
CAPÍTULO VI - DO JUIZ DE PAZ
Art. 51. Fica implantada a Justiça de Paz, nos termos do inciso
II, do art. 98, da Constituição Federal, a ser regulamentada na
formada lei.
§ú. O Tribunal baixará resolução para disciplinar o provimento
e o exercício dos cargos, à falta de legislação específica.
CAPÍTULO VII - DOS DIREITOS E VANTAGENS
Art. 52. O Magistrado não poderá se afastar do exercício do
cargo, salvo quando:
I - em gozo de férias;
II - em gozo de licença ou por autorização da Presidência,após
regular comunicação, pelo prazo de cinco dias;
III - por convocação de Órgão do Tribunal, no interesse da
Justiça ou em caso de comprovada participação de curso de
atualização e aperfeiçoamento;
IV - a serviço da Justiça Eleitoral, por determinação do
respectivo Tribunal ou comprovado motivo de força maior;
V - em tratamento de saúde, que dependerá de inspeção, se
superior a trinta dias.
§ 1°. O afastamento de que trata este artigo, quando por
interesse particular, não se permitirá por mais de uma vez por
semestre.
§ 2°. O afastamento imotivado sujeitará o magistrado à
penalidade de censura.
Art. 53. Os magistrados terão direito a férias anuais coletivas
por sessenta (60) dias, que serão gozadas nos períodos de 2 a
31 de janeiro e de 2 a 31 de julho.
§ 1°. As férias não poderão ser acumuladas e nem fracionadas,
senão por imperiosa e justificada necessidade de
serviço,declarada pelo Conselho da Magistratura.
§ 2°. As férias não gozadas nos períodos especificados no
“caput”, o serão oportunamente, mediante escala elaborada
pela Corregedoria da Justiça e Presidência do Tribunal.
§ 3°. As férias serão remuneradas com o acréscimo de um
terço (1/3) da remuneração global do magistrado, que será
pago até dois dias úteis antes do período de gozo efetivo.
§ 4°. As férias coletivas e os períodos de recesso que teriam
direito o Presidente do Tribunal, o Vice-Presidente e o
Corregedor-Geral da Justiça, e os magistrados designados para
plantão pela Corregedoria-Geral, serão gozados
oportunamente, conforme conveniência da Administração da
Justiça.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 9/73
§ 5°. Os magistrados deverão comunicar ao Presidente do
Tribunal e ao Corregedor-Geral da Justiça o início e o término
das suas férias e, se exercer função de Juiz Eleitoral, ao
Presidente do respectivo Tribunal.
§ 6°. O Juiz Substituto somente adquirirá direito a gozo de
férias após um ano de efetivo exercício no cargo.
§ 7°. A licença, por qualquer motivo, não interromperá o gozo
das férias do magistrado, ainda que coletivas, salvo o
interesse público.
§ 8°. É defeso ao Juiz de Direito em férias reter processos
conclusos em seu poder.
Art. 54. O Juiz terá dez dias úteis de trânsito, prorrogáveis
excepcionalmente por mais cinco, para assumir a nova
Comarca, sob pena de ter-se por ineficaz a promoção,
contado aquele prazo a partir da publicação do ato.
§ú. O período de trânsito é considerado de efetivo exercício e
somente será prorrogado quando houver motivo justo, a
critério do Presidente do Tribunal.
Art. 55. Quando da nomeação ou promoção, que importe na
mudança da sede de Comarca, terá o magistrado ajuda de
custo no valor de um mês dos vencimentos do cargo, para
atender as despesas de mudança e transporte.
§ú. Não será devida esta ajuda de custo nas hipóteses de
permuta e de remoção a pedido do magistrado.
Art. 56. Os vencimentos dos magistrados serão fixados
conforme previsto nas Constituições Federal e do Estado, com
diferença igual a cinco (5) por cento de uma para outra das
categorias da carreira.
§ 1°. Os vencimentos dos Desembargadores serão
equivalentes aos valores percebidos pelos deputados
Estaduais (CF art.37, XI).
§ 2°. A equivalência prevista no § 1° assegurará aos
Desembargadores vencimentos não inferiores a 75% (setenta
e cinco por cento) dos percebidos pelos cargos
correspondentes no âmbito federal.
§ 3°. Os proventos dos magistrados que se aposentarem
voluntariamente com o mínimo de trinta anos de serviço,
serão equivalentes à sua remuneração, acrescida de 10% (dez
por cento).
§ 4°. É assegurada ao Magistrado a gratificação pelo exercício,
em caráter cumulativo, de comarca ou vara, fixada em 5%
(cinco por cento) do subsídio do cargo de que é titular, para
cada trinta (30) dias, qualquer que seja o número de
cumulações.
§ 5°. Ao Presidente do Tribunal de Justiça será devida verba de
representação de 25% (vinte e cinco por cento) e ao Vice-
Presidente e ao Corregedor-Geral da Justiça, 20% (vinte por
cento) dos vencimentos,enquanto perdurar o exercício da
função temporária.
§ 6°. A gratificação adicional de um por cento (1%) por ano de
serviço é assegurada ao Magistrado, incidindo sobre os
vencimentos,computando-se o tempo de exercício da
advocacia até o máximo de quinze(15) anos e, integralmente,
o tempo de serviço público, respectivamente comprovados
por certidão ou documento com fé pública.
§ 7º. Aplica-se aos juízes que exercem a direção de Fórum e
aos que atuam em Turma Recursal dos Juizados Especiais o
disposto no § 4º (AC)
Art. 57. O magistrado em efetivo exercício, que não dispuser
de residência oficial, receberá ajuda de custo para moradia,
como previsto no Estatuto da Magistratura Nacional, fixada
sobre os vencimentos, nos seguintes percentuais:
I - na capital, 20% (vinte por cento);
II - no interior, 15% (quinze por cento).
Art. 58. Os direitos, deveres e garantias dos Magistrados serão
regulados pela Constituição Federal, por este Código, pelo
Estatuto da Magistratura Nacional e, subsidiariamente, pelo
Estatuto dos Servidores e Regimento Interno.
TÍTULO IV - DO TRATAMENTO, DAS VESTES TALARES, DO
EXPEDIENTE E DO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS
JUDICIÁRIOS
CAPÍTULO I - DO TRATAMENTO E DAS VESTES TALARES
Art. 59. Ao Tribunal de Justiça e a seus Órgãos Judiciários cabe
tratamento de “Egrégio” e a todos os magistrados o de
“Excelência”.Os membros do Tribunal de Justiça têm o título
de “Desembargador”.
§ú. O magistrado aposentado conservará o título e as honras
correspondentes ao cargo.
Art. 60. Nos Juízos colegiados e nos atos solenes da
Justiça,como celebração de casamento e audiência, é
obrigatório o uso de vestes talares, conforme modelo
aprovado pelo pleno do Tribunal de Justiça.
CAPÍTULO II - DO EXPEDIENTE
Art. 61. O expediente do Poder Judiciário Estadual será
estabelecido pelo Tribunal de Justiça através de resolução do
Pleno.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 10/73
§ 1°. Para conhecimento de mandado de segurança, “habeas
corpus”, pedido de fiança e outras medidas urgentes, se
inexistente o Plantão Judiciário, os Juízes e Servidores da
Justiça deverão atender a qualquer hora, mesmo em seu
domicílio.
§ 2°. Não haverá expediente forense aos sábados,
domingos,nas segundas e terças-feiras de carnaval, nas
quintas e sextas-feiras da Semana Santa, no dia 1° de janeiro,
no dia 11 de agosto, no dia 8 de dezembro e nos demais dias
fixados em lei.
§ 3º. Será considerado recesso forense o período de 20 de
dezembro a 06 de janeiro do ano seguinte (NR)
Art. 62. O expediente forense será de segunda a sexta-feira no
horário fixado pelo Tribunal de Justiça, inclusive no foro
extrajudicial,salvo quanto ao Cartório de Registro Civil, que
poderá ter o seu expediente reduzido em até duas horas, ante
a previsão do § 3°, deste artigo.
§ 1°. Durante o expediente os Cartórios permanecerão
abertos, com a presença dos respectivos titulares ou de seus
substitutos legais, sob as penas da lei.
§ 2°. O Juiz poderá determinar a prorrogação do expediente
ordinário de qualquer Cartório, quando a necessidade de
serviço o exigir.
§ 3°. O Registro Civil de Pessoas Naturais funcionará, se
necessário, também aos sábados, domingos e feriados, até as
quatorze horas, afixando o servidor indicação externa do local
onde poderá ser encontrado após esse horário.
§ 4°. Os pontos facultativos que a União, o Estado ou o
Município decretarem não impedirão quaisquer atos da vida
forense, salvo determinação expressa e escrita do Presidente
do Tribunal de Justiça.
Art. 63. As sentenças deverão ser datilografadas e os
termos,atos, certidões e translado, datilografados ou
impressos, devidamente rubricadas as respectivas folhas pelo
Juiz ou pelos servidores subscritores.
§ 1°. Todos os atos processuais serão datilografados, exceto os
lavrados pelo Oficial de Justiça no local da diligência, a
distribuição e os termos relativos ao andamento dos feitos.
§ 2°. No expediente forense e em quaisquer atos ou
instrumentos manuscritos, usar-se-á tinta fixa permanente.
§ 3°. Os atos ocorridos nas audiências, inclusive as sentenças
prolatadas, poderão ser registrados em aparelhos de gravação
ou mediante taquigrafia, para posterior transcrição
datilográfica, ressalvados os depoimentos.
§ 4°. Não se admitirão, nos atos e termos, espaços em
branco,entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles
forem inutilizados e essas expressamente ressalvadas.
§ 5°. As autenticações das decisões, termos e atos processuais
devem ser de forma a permitir identificação imediata do
respectivo autor ou subscritor.
CAPÍTULO III - DAS AUDIÊNCIAS
Art. 64. As Sessões do Tribunal de Justiça e as audiências de
primeiro grau serão públicas, salvo quando a lei ou interesse
da Justiça determinar o contrário, assegurada a presença das
partes e de seus procuradores.
Art. 65. As sessões e as audiências realizar-se-ão no prédio do
Tribunal e do Fórum, respectivamente, salvo as exceções
legais ou a conveniência da Justiça.
§ú. O Juiz que, sem motivo justificado nos autos,deixar de
realizar audiência designada, ficará sujeito à pena de
advertência,além das sanções da lei processual.
Art. 66. Por conveniência da formação moral e psíquica do
menor de idade, poderá o juiz impedir a sua permanência em
determinadas audiências.
§ú. Durante as audiências ou sessões, os oficiais ou servidores
auxiliares deverão permanecer no recinto, à disposição da
Autoridade Judiciária, para cumprir determinações e
transmitir eventuais ordens de serviço.
Art. 67. Nas audiências ou sessões do Judiciário todos devem
se apresentar ou comparecer convenientemente trajados,
comportando-se de forma a evitar a perturbação da ordem
dos serviços.
§ 1°. Os magistrados poderão aplicar aos infratores do
disposto neste artigo medidas disciplinares consistentes de:
advertência,interpelação pessoal ou retirada do recinto.
§ 2º. Se a transgressão for agravada por
desobediência,desacato, motim ou outro ato delituoso,
ordenará a prisão e autuação em flagrante do infrator.
Art. 68. Para garantir o cumprimento e a execução de seus
atos e decisões, requisitará o Poder Judiciário os meios de
segurança necessários.
CAPÍTULO IV - DA FISCALIZAÇÃO DO MOVIMENTO FORENSE
Art. 69. O Presidente do Tribunal fará publicar
mensalmente,no órgão oficial, dados estatísticos dos
trabalhos da Corte no mês anterior,dele constando
nominalmente o número de votos e decisões que cada um de
seus membros proferir como relator, o número de feitos
distribuídos,pedidos de vista e conclusões para julgamento,
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 11/73
despachos ou lavraturas de acórdãos, constando a data da
respectiva conclusão.
Art. 70. Os escrivães da Comarca da Capital farão publicar,a
cada mês, a relação dos processos conclusos, com as
respectivas datas,e remeterão, diariamente ao Diário da
Justiça o expediente forense, dele fazendo constar o nome
das partes e dos advogados, além do resumo da decisão ou
despacho.
§ 1°. Nas comarcas do interior os escrivães farão afixar a
referida relação de processos no átrio do Fórum.
§ 2°. Os escrivães judiciais remeterão cópia da relação
estatística processual até o dia 10 do mês subseqüente à
Corregedoria-Geral da Justiça.
§ 3°. A Corregedoria-Geral da Justiça orientará os escrivães
para cumprimento de tais determinações fornecendo-Ihes
modelo de relatório, sujeitando-os às sanções disciplinares, no
caso de paralisação dos processos em Cartório.
CAPÍTULO V - DAS CORREIÇÕES
Art. 71. As correições terão caráter permanente,
ordinário,periódico e extraordinário.
Art. 72. Incumbir-se-ão das correições:
I - o Presidente do Tribunal de Justiça, em relação a todos os
serviços Judiciários de segundo grau da jurisdição;
II - o Corregedor-Geral da Justiça, em relação a todos os
serviços judiciários do Estado, no primeiro grau de jurisdição,
na forma da lei;
III - o Juiz Titular, ou o seu substituto, em sua respectiva
Comarca ou Vara.
§ú. A correição não tem forma nem figura de juízo,
consistindo no exame dos serviços realizados por juízes,
cartórios e atividades forenses.
Art. 73. A correição permanente, pelos juízes em
geral,compreende a inspeção de cartórios, presídios,
repartições forenses e atividades dos servidores.
Art. 74. Nas correições feitas pelo Corregedor-Geral da Justiça
serão examinados livros, autos, papéis, documentos e o que
se julgar conveniente, apondo o seu visto ou proferindo
despacho.
Art. 75. Constatando a falta de livros obrigatórios, o
Corregedor-Geral da Justiça marcará prazo razoável para
aquisição ou regularização, se for o caso, bem como para
retificação de erros, atos abusivos ou omissões.
§ú. O Juiz em exercício na Comarca ou Vara fiscalizará o
cumprimento das determinações do Corregedor-
Geral,prestando-lhe informações nos prazos fixados.
Art. 76. O Corregedor-Geral da Justiça, em conformidade com
o disposto no Art. 22 desta Lei, promoverá, no mínimo, a cada
ano,correição em cinqüenta por cento das Comarcas do
Estado, podendo reiterar inspeção na mesma Vara ou
Comarca, para verificação de irregularidades noticiadas e que
reclamem providências.
Art. 77. As correições ordinárias ou periódicas competem aos
juízes nas respectivas Comarcas ou Varas, inclusive naquelas
em que exercerem substituição.
§ú. O Juiz Corregedor Permanente, anualmente, realizará
correição ordinária nos distritos de sua Comarca, enviando
relatório à Corregedoria-Geral da Justiça, em cinco dias.
Art. 78. As correições extraordinárias, que poderão ser gerais
ou parciais, caberão ao Juiz, de ofício, por determinação do
Conselho da Magistratura ou Corregedoria-Geral da Justiça,
quando ocorrerem irregularidades praticadas por Juízes de
Paz e Servidores da Justiça nos serviços forenses.
Art. 79. Quando se tratar de correição para sanar
irregularidades atribuídas a magistrados, será dirigida
pessoalmente pelo Corregedor-Geral da Justiça, na forma da
lei.
Art. 80. Em cada Cartório haverá um livro de Registro de
Correição, onde se anotarão todos os atos a ela relacionados.
LIVRO II - TÍTULO I - DA DIVISÃO JUDICIÁRIA ESTADUAL
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 81. O Território do Estado de Rondônia constitui
circunscrição judiciária única, dividido, para efeito da
administração da Justiça, em seções, Comarcas e Distritos
Judiciários.
§ 1°. Cada Seção Judiciária constituir-se-á de uma ou mais
Comarcas, em área contínua e terá como sede a Comarca
principal.
§ 2°. Cada Comarca constituir-se-á de um ou mais
Municípios,formando área contínua, compreendendo uma ou
mais Varas e a sede da Comarca será a do Município que lhe
der o nome. (anexo I).
§ 3°. A cada Vara, Juizado e Comarca de Primeira
Entrância(Vara Única) corresponde um cargo de Juiz de Direito
Titular e respectivos serviços auxiliares.
§ 4°. A criação dos distritos judiciários far-se-á mediante
Resolução do Tribunal de Justiça.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 12/73
Art. 82. As Comarcas serão classificadas pelos seguintes
critérios:
I - número de habitantes e eleitores;
II - receita tributária;
III - movimento forense;
IV - situação geográfica.
§ú. Para criação de Vara observar-se-á o aumento do
movimento forense.
CAPÍTULO II - DA CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO, EXTINÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES JUDICIÁRIAS
Art. 83. São requisitos essenciais para criação e instalação de
Comarca:
I - população mínima de dez mil habitantes no Município que
sediará a Comarca;
II - arrecadação anual de tributos estaduais não inferiores a
quinhentas vezes a média do salário mínimo vigente;
III - prédios públicos com capacidade e condições para
instalação do Fórum, cadeia pública, alojamento do
destacamento policial e residências oficiais para Juiz e
Promotor.
IV - mínimo de quatro mil eleitores inscritos;
V - volume de serviço forense comprovado pelo Juiz da
Comarca a que pertence o Município, com o mínimo de
trezentos processos ajuizados no ano anterior.
§ 1°. Os requisitos serão comprovados mediante certidões dos
órgãos competentes e levantamento da Corregedoria-Geral
da Justiça.
§ 2°. O Município interessado na elevação à Comarca
concorrerá com meios próprios para oferecer condições de
instalação.
Art. 84. A Comarca será instalada em data fixada pelo Tribunal
de Justiça, em sessão solene, presidida pelo seu Presidente ou
Desembargador designado para o ato.
§ú. Cópias da ata de instalação serão enviadas ao Tribunal de
Justiça, Tribunal Regional Eleitoral, Governador do
Estado,Assembléia Legislativa e à Seção Judiciária da Justiça
Federal do Estado.
Art. 85. São requisitos mínimos indispensáveis para elevação
de Comarca de primeira à segunda entrância:
I - população mínima de vinte e cinco mil habitantes na
Comarca;
II - arrecadação de tributos estaduais não inferior a duas mil
vezes a média do salário mínimo vigente;
III - movimento forense de número não inferior a oitocentos
processos em andamento, levantados pela Corregedoria-Geral
da Justiça;
IV - mínimo de oito mil eleitores.
Art. 86. Para criação de novas varas ou desdobramentos dos
Juízos na Comarca da Capital ou nas Comarcas de segunda
entrância,observar-se-ão os seguintes requisitos:
I - constar do relatório do ano anterior o mínimo de
oitocentos processos, excetuados os de execução fiscal, para
cada Juiz;
II - ocorrer aumento populacional que justifique
desdobramento, ou por interesse da Justiça.
Art. 87. A perda dos requisitos de número de
habitantes,receita tributária, número de eleitores e
movimento forense poderá determinar o rebaixamento ou
extinção da Comarca.
CAPÍTULO III - DO DISTRITO JUDlCIÁRIO
Art. 88. A criação de Distrito Judiciário dar-se-á por resolução
do Tribunal de Justiça, que independerá da existência de
distrito administrativo.
§ 1°. Cada Comarca terá tantos distritos quantos necessários
ao serviço Judiciário, cuja atividade será exercida em caráter
privado,integrando o foro extrajudicial.
§ 2º. Será obrigatoriamente Distrito Judiciário todo Município
que não for sede de Comarca, e possuirá Juiz de Paz e oficial
do registro civil das pessoas naturais que acumulará as
funções de oficial de casamento e tabelião de notas.
§ 3º. A instalação do Distrito Judiciário será feita pelo Juiz de
Direito em exercício na direção do Fórum da Comarca a que
pertencer ou pelo seu substituto legal.
§ 4º. O Juiz Diretor do Fórum da Comarca poderá nomear o
Juiz de Paz e o Oficial do Cartório de Distrito, em caráter
provisório, pelo prazo de até seis (6) meses, devendo o
primeiro ser funcionário público de conduta ilibada e o
segundo, se possível, servidor da Justiça.
§ 5°. O prazo a que se refere o parágrafo anterior poderá ser
prorrogado por igual período, mediante ato do Juiz
Corregedor Permanente.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 13/73
§ 6°. O oficial que assumir o Cartório, se servidor do Poder
Judiciário, poderá optar pela remuneração do cargo ou pelos
emolumentos.
§ 7º. O Distrito Judiciário que perder as condições de
existência poderá ser extinto pelo Tribunal de Justiça.
§ 8º. O serviço judiciário nos Distritos será exercido em
caráter privado, no foro extrajudicial, com provimento efetivo
da titularidade por concurso público.
Art. 89. As Seções Judiciárias, que terão como sede a Comarca
indicada em primeiro lugar, são as seguintes:
I - Primeira seção: Porto Velho;
II - Segunda seção: Ariquemes, Jaru, Machadinho D’Oeste e
Buritis;
III - Terceira seção: Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Alvorada
D’Oeste, Costa Marques, Mirante da Serra, Presidente Médici,
São Francisco do Guaporé e São Miguel do Guaporé;
IV - Quarta seção: Cacoal, Pimenta Bueno e Espigão D’Oeste;
V - Quinta seção: Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras;
VI - Sexta seção: Guajará-Mirim e Nova-Mamoré;
VII - Sétima seção: Rolim de Moura, Santa Luzia D’Oeste, Alta
Floresta D’Oeste e Nova Brasilândia D’Oeste.
§ú. Cada seção Judiciária contará com o seguinte número de
cargos de Juízes Substitutos:
I - primeira seção: 19 (dezenove) cargos;
II - segunda seção: 3 (três) cargos;
III - terceira seção: 6 (seis) cargos;
IV - quarta seção: 3 (três) cargos;
V - quinta seção: 3 (três) cargos;
VI - sexta seção: dois (2) cargos; e
VI - sexta seção: 3 (três) cargos; e
VII - sétima seção: 3 (três) cargos.
CAPÍTULO IV - DA CLASSIFICAÇÃO DAS COMARCAS E
COMPETÊNCIA DOS JUÍZES
Art. 90. As Comarcas classificam-se em:
I - Comarcas de Terceira Entrância: Porto Velho e Ji-Paraná;
(NR)
II - Comarcas de Segunda Entrância: Ariquemes, Cacoal,
Cerejeiras, Colorado do Oeste, Espigão D’Oeste, Guajará-
Mirim, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Presidente
Médici, Rolim de Moura e Vilhena; (NR)
III - Comarcas de Primeira Entrância: Alta Floresta D’Oeste,
Alvorada D’Oeste, Buritis, Costa Marques, Machadinho
D’Oeste, Mirante da Serra, Nova Brasilândia D’Oeste, Nova
Mamoré, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e
Santa Luzia D’Oeste. (NR)
Art. 91. Nas Comarcas com duas Varas, uma será cível e outra
criminal, cabendo à Vara Cível a Corregedoria Permanente dos
Cartórios Extrajudiciais e as atribuições relativas ao Estatuto
da Criança e do Adolescente.
Art. 92. A competência dos juízes nas Comarcas com mais de
duas Varas será fixada por distribuição ou especialização,
cabendo às Varas Cíveis a Corregedoria Permanente dos
Cartórios extrajudiciais, as atribuições do Estatuto da Criança
e do Adolescente e assuntos de Registro Público.
Art. 93. No caso de cumulação e especialização, observar-se-á,
na distribuição, prioridade aos feitos da competência
especializada,para assegurar rigorosa igualdade numérica
entre as Varas.
TÍTULO II - DA COMARCA DA CAPITAL
CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DAS
VARAS
Art. 94. Na Comarca de Porto Velho, a prestação jurisdicional
será realizada através dos seguintes Juízos:
I - sete Varas Criminais, de competência genérica, de primeira
a sétima; (Vide Resolução n. 010/03-PR, que convolou 2 (duas)
varas criminais genéricas em varas cíveis, permanecendo 5
varas criminais na comarca de Porto Velho);
II - seis Varas Cíveis de competência genérica, de primeira a
sexta, cabendo à sexta vara cumular os feitos de falências e
recuperações judiciais; (NR) (Vide Resolução n. 010/03-PR,
que convolou 2 (duas) varas criminais genéricas em varas
cíveis, permanecendo 8 varas cíveis na comarca de Porto
Velho)
III - 6 (seis) Varas de Família e Sucessões, de competência
genérica, de primeira a sexta;
IV – dois Juizados da Infância e da Juventude
V - 02 (duas) Varas de Execuções Fiscais, de 1ª (Primeira) a 2ª
(Segunda), cabendo à primeira vara cumular o cumprimento
das cartas precatórias cíveis, a Corregedoria Permanente dos
cartórios extrajudiciais e os feitos relativos a registros
públicos;
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 14/73
VI - duas Varas da Fazenda Pública;
VII - duas Varas do Tribunal do Júri;
VIII - uma Vara de Execuções e Contravenções Penais, com
competência para corregedoria dos presídios;
IX - uma Vara de Auditoria Militar, com competência também
para o cumprimento das cartas precatórias criminais e
processamento defeitos criminais genéricos;
X – um Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher.
XI - uma Vara de Delitos de Tóxicos;
XII - três Juizados Especiais Cíveis;
XIII - 3 (três) Juizados Especiais Criminais.
XIV - 10 (dez) cargos de Juiz de Direito, objetivando suprir a
falta decorrente da convocação de juízes prevista nos arts. 18
e 24 deste Código, bem como para auxiliar nos órgãos
administrativos e substituir nos órgãos jurisdicionais do
Tribunal de Justiça.
XV - uma Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas
(Acrescentado pela Lei Complementar n. 597, de 28 de
dezembro de 2010 - DOE de 29/12/2010 - Efeitos a partir da
publicação).
§ú. Ficam criados 7 (sete) novos cargos de Juiz de Direito
Titular de Terceira Entrância para atender à titularização dos
Juizados Especiais, 2º Juizado da Infância e da Juventude e da
Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA DAS VARAS CÍVEIS
Art. 95. Compete aos juízes das varas cíveis processar e julgar
todas as ações cíveis, exceto aquelas de competência das
varas especializadas.
§ú. A Sexta Vara Cível cumulará os feitos de falências e
recuperações judiciais. (NR)
Art. 96. Compete aos juízes das varas de família, processar e
julgar:
a) a justificação de casamento nuncupativo; as impugnações à
habilitação e celebração de casamento; o suprimento de
licença para sua realização, bem como o pedido de
autorização para casamento, na hipótese do art. 214 do
Código Civil;
b) as causas de nulidade ou de anulação de
casamento,separação judicial e divórcio;
c) as ações de investigação de paternidade;
d) as causas de interdição e quaisquer outras relativas ao
Estado e capacidade das pessoas;
e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento,ao
dote, aos bens parafernais e às doações antenupciais;
f) as causas de alimentos e as relativas à posse e guardados
filhos menores, quer entre os pais, quer entre estes e
terceiros, e as de suspensão, extinção ou perda do pátrio-
poder;
g) as nomeações de curadores, tutores e administradores
provisórios, nos casos previstos nas alíneas “d” e “f’ deste
artigo; exigir-Ihes garantias legais; conceder-Ihes autorização
quando necessário; tomar-Ihes conta, removê-Ios ou destituí-
los;
h) o suprimento de outorga de cônjuges e a licença para
alienação, oneração ou sub-rogação de bens;
i) as questões relativas à instituição e extinção do bem de
família;
j) todos os atos de jurisdição voluntária e necessária à
proteção da pessoa dos incapazes ou à administração de seus
bens;
I) os feitos referentes às ações principais especificadas neste
artigo e todos que delas derivarem ou forem dependentes;
m) as causas de extinção do pátrio-poder nos casos previstos
em lei.
Art. 97. Compete aos juízes das Varas da Fazenda
Pública,processar e julgar:
I - as causas de interesse da Fazenda Pública do Estado, do
Município de Porto Velho, entidades autárquicas, empresas
públicas, estaduais e dos municípios da Comarca de Porto
Velho;
II - os mandados de segurança contra atos de autoridades
estaduais e municipais da Comarca de Porto Velho.
Art. 98. Compete aos Juizados da Infância e da Juventude,
ressalvada a competência das varas de Família, processar e
julgar os assuntos disciplinados no Estatuto da Criança e do
Adolescente e legislação afim (NR) (Nova redação dada pela
Lei Complementar n. 597, de 28 de dezembro de 2010 - DOE
de 29/12/2010 - Efeitos a partir da publicação).
§ 1°. Ao 1º Juizado da Infância e da Juventude competirá o
processamento e julgamento dos procedimentos de atos
infracionais, execução das medidas socioeducativas e tudo
que seja a elas inerentes, inclusive no tocante ao aspecto
correicional dos centros de internação.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 15/73
§ 2°. Ao 2º Juizado da Infância e da Juventude caberá a
competência remanescente, especialmente as chamadas
causas cíveis, as infrações administrativas, o abrigamento e no
tocante ao aspecto correicional dos abrigos e demais
instituições de proteção à criança e adolescente, bem como os
crimes praticados contra crianças e adolescentes, ressalvadas
as competências constitucionais.
Art. 99. Compete ao Juizado Especial de Pequenas Causas
exercer as atribuições decorrentes da Legislação Federal e
Estadual pertinentes.
Art. 100. Compete à Vara de Execuções Fiscais, Registros
Públicos e Precatórias Cíveis:
I - processar e julgar:
a) as causas que versam sobre registros públicos;
b) as causas sobre loteamento e venda de imóveis à prestação
e registro “Torrens”;
c) as dúvidas dos tabeliães e oficiais de registros;
d) as execuções fiscais do Estado e dos Municípios da Comarca
de Porto Velho;
II - ressalvada a especialidade do Juizado da Infância e da
Juventude e das Varas de Família e Sucessões, cumprir todas
as cartas precatórias cíveis; (Vide Resolução n. 001/06-PR e
Resolução n. 016/06-PR)
III - exercer a Corregedoria Permanente dos cartórios
extrajudiciais.
CAPÍTULO III - DA COMPETÊNClA DAS VARAS CRIMINAIS
Art. 101. Compete aos juízes das Varas Criminais genéricas
processar e julgar todas as ações criminais, exceto aquelas de
competência das Varas Especializadas.
Art. 102. Compete aos juízes das Varas do Tribunal do Júri:
I - processar e instruir os feitos dos crimes dolosos contra a
vida e conexos;
II - organizar e presidir o Tribunal do Júri.
Art. 103. Compete ao juiz da Vara de Delitos de Trânsito
processar e julgar os feitos relativos às lesões corporais e
homicídios culposos decorrentes de acidentes de trânsito e
com eles conexos. (Vide Resolução n. 008/01-PR, Resolução n.
005/03-PR e a Resolução n. 004/2011-PR, que modificaram a
competência da vara de delitos de trânsito).
Art. 104. Compete ao juiz da Vara dos Delitos de Tóxicos:
I - processar e julgar os feitos relativos aos delitos de
entorpecentes ou substâncias que produzam dependência
física ou psíquica definidas em lei e os conexos;
II - decretar interdições, internamentos e deliberar sobre
prevenção, repressão, assistência e medidas administrativas
sobre o assunto.
Art. 105. Ao juiz da Vara de Execuções e Contravenções Penais
compete:
I - processar e julgar os feitos relativos às contravenções
penais;
II - a execução da pena e seus incidentes;
III - a correição permanente dos presídios da Capital.
Art. 106. À vara da Auditoria Militar compete processar e
julgar os crimes militares, assim definidos em lei, bem como
todas as cartas precatórias criminais na Comarca de Porto
Velho, ressalvada a especialidade do juízo da Vara de
Execuções e Contravenções Penais e da Justiça Eleitoral.
TÍTULO lII - DAS COMARCAS DO INTERIOR
CAPÍTULO I - DA COMARCA DE JI-PARANÁ
Art. 107. Na Comarca de Ji-Paraná, a prestação Jurisdicional
será realizada através dos seguintes juízos:
I - três varas criminais, de competência genérica, de
1ª(Primeira) a 3ª (Terceira), competindo cumulativamente:
a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes
dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;
b) à segunda vara as execuções penais e corregedoria dos
presídios.
II - seis varas cíveis, de competência genérica, de 1ª(Primeira)
a 6ª (Sexta), competindo cumulativamente:
a) à primeira vara os assuntos relativos aos registros públicos
e Corregedoria Permanente dos cartórios extrajudiciais;
b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância
e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
III - um Juizado Especial com competência cumulativa para
processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas na Lei
Federal n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.
III – dois Juizados Especiais com competência cumulativa para
processar e julgar as causas cíveis e criminais previstas na Lei
Federal n. 9.099, de 26 de setembro de 1995 (NR)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 16/73
Art. 107-A. Fica criado 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular
de Terceira Entrância para atender ao Juizado criado na
comarca de Ji-Paraná (AC)
CAPÍTULO II - DAS COMARCAS DE ARIQUEMES, CACOAL,
GUAJARÁ-MIRIM, JARU, PIMENTA BUENO, ROLIM DEMOURA
E VlLHENA
Art. 108. Na Comarca de Guajará-Mirim, a prestação
jurisdicional será realizada por meio de:
I - duas varas criminais, de competência genérica, 1ª(primeira)
e 2ª (Segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes
dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;
b) à segunda vara as execuções penais e corregedoria dos
presídios;
II - duas varas cíveis, de competência genérica, 1ª (primeira)e
2a (segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara os assuntos relativos aos Registros Públicos
e Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;
b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância
e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
II - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa para
processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas na Lei
Federal nº 9.099, de 1995.
Art.108-A. Na Comarca de Ariquemes, a prestação
jurisdicional será realizada por meio de:
I - 2 (duas) Varas Criminais, de competência genérica,
1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes
dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;
b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos
presídios;
II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de
1ª(primeira) a 4ª (quarta), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e
Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;
b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância
e Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa
para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas
na Lei Federal n. 9.099, de 1995.
Art. 108-B. Nas Comarcas de Jaru, Ouro Preto D’Oeste,
Pimenta Bueno e Rolim de Moura, a prestação jurisdicional
será realizada por meio de (NR)
I - 1 (uma) vara criminal, de competência genérica;
II - 2 (duas) varas cíveis, de competência genérica,
1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e
Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;
b) à segunda assuntos relativos ao Juizado da Infância e da
Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa
para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas
na Lei Federal9.099, de 26 de setembro de 1995.
Art. 108-C. Na Comarca de Vilhena a prestação jurisdicional
será realizada por meio de: (Acrescentado pela Lei
Complementar n. 245,de 18 de junho de 2001 - D.O.E. de
18/6/2001 - Efeitos a partir de 18/6/2001).
I - 2 (duas) varas criminais, de competência genérica,
1ª(primeira) e 2ª (segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes
dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;
b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos
presídios;
II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de
1ª(primeira) a 4ª (quarta), competindo cumulativamente:
a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e
Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;
b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância
e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa
para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas
na Lei Federal n. 9.099, de 1995.
Art. 108-D. Na Comarca de Cacoal, a prestação jurisdicional
será realizada por meio de:
I - 2 (duas) vara criminais de competência genérica,
1ª(primeira) e 2a (segunda), cabendo cumulativamente:
a) à primeira vara processar e instruir os feitos dos crimes
dolosos contra a vida, organizar e presidir o Tribunal do Júri;
b) à segunda vara as execuções penais e a corregedoria dos
presídios;
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 17/73
II - 4 (quatro) varas cíveis, de competência genérica, de 1ª
(primeira) a 4ª (quarta), competindo cumulativamente (NR)
a) à primeira vara os assuntos relativos a Registros Públicos e
Corregedoria Permanente dos Cartórios Extrajudiciais;
b) à segunda vara os assuntos relativos ao Juizado da Infância
e da Juventude, nos termos do artigo 98 deste Código.
III - 01 (um) Juizado Especial com competência cumulativa
para processar e julgar as causas Cíveis e Criminais previstas
na Lei Federal n. 9.099, de 1995.
Art. 108-E. Ficam criados 6 (seis) cargos de Juiz de Direito
Titular de Segunda Entrância, para atender às Varas criadas
nas Comarcas de Cacoal, Jaru, Ouro Preto D’Oeste e Vilhena
(NR)
CAPÍTULO III - DAS COMARCAS DE COLORADO DO OESTE,
CEREJEIRAS E OURO PRETO DO OESTE
Art. 109. Nas Comarcas de Colorado D’Oeste, Cerejeiras,
Espigão D’Oeste e Presidente Médici, a prestação jurisdicional
será realizada por meio de (NR)
I - 1 (uma) Vara Cível genérica, com competência para cumular
o Juizado da Infância e da Juventude, a Corregedoria
Permanente dos Cartórios Extrajudiciais e assuntos de
Registros Públicos (NR)
II - 1 (uma) Vara Criminal de competência genérica (NR)
III – 1 (um) Juizado Especial na Comarca de Ouro Preto do
Oeste, com competência cumulativa para processar e julgar as
causas Cíveis e Criminais previstas na Lei Federal 9.099, de
1995. (Suprimido pela Lei Complementar n. 437, de 17 de abril
de 2008 - DOE de 23/04/2008 - Efeitos a partir da publicação).
§ú. Competirá à Vara Cível cumular o Juizado da Infância e da
Juventude, a Corregedoria Permanente dos Cartórios
Extrajudiciais e assuntos de Registros Públicos (Suprimido pela
Lei Complementar n. 347, de 8 de junho de 2006 - D.O.E. de
16/6/2006 - Efeitos a partir de 16/6/2006).
Art. 109-A. Fica criado 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular
de Segunda Entrância para atender à Vara criada na Comarca
de Espigão D’Oeste, elevada à Segunda Entrância (AC)
(Acrescentado pela Lei Complementar n. 437, de 17 de abril
de 2008 - DOE de 23/04/2008 - Efeitos a partir da publicação).
CAPÍTULO IV - DAS COMARCAS DE PRIMEIRA ENTRÂNCIA
Art. 110. A prestação jurisdicional será realizada por uma Vara
Única nas Comarcas de Alta Floresta D’Oeste, Alvorada
D’Oeste, Buritis, Costa Marques, Machadinho D’Oeste,
Mirante da Serra, Nova Brasilândia D’Oeste, Nova Mamoré,
São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Santa
Luzia D’Oeste. (NR)
Art.110-A. Ficam criadas a Comarca de Buritis, na Seção
Judiciária de Ariquemes, e a Comarca de São Miguel do
Guaporé, na Seção Judiciária de Ji-Paraná.
§ 1° A Comarca de Buritis será constituída pelo Município sede
e pelo Município de Campo Novo de Rondônia, e a Comarca
de São Miguel do Guaporé será constituída pelo Município
sede e pelo Município de Seringueiras.
§ 2° A instalação das comarcas mencionadas no caput deste
artigo dependerá da observância dos requisitos essenciais
previstos no inciso III do artigo 83 deste Código.
§ 3° Fica criado nas Comarcas de Buritis e São Miguel do
Guaporé 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Primeira
Entrância.
Art.110-B. Ficam criadas as Comarcas de Mirante de Serra e
de São Francisco do Guaporé na Terceira Seção Judiciária e a
Comarca de Nova Mamoré na Sexta Seção Judiciária.
§ 1°. A Comarca de Mirante da Serra será constituída pelo
Município sede, pelo Município de Nova União e pela
localidade de Tarilândia. As Comarcas de São Francisco do
Guaporé e Nova Mamoré serão constituídas pelos Municípios
sede.
§ 2°. A instalação das comarcas mencionadas no caput deste
artigo dependerá da observância dos requisitos essenciais
previstos no inciso III do artigo 83 deste Código.
§ 3°. Ficam criados 3 (três) cargos de Juiz de Direito Titular de
Primeira Entrância para atender às Comarcas de Mirante da
Serra, Nova Mamoré e São Francisco do Guaporé, e os
respectivos cargos de serviços auxiliares.
TÍTULO IV - DOS SERVIÇOS E DOS SERVIDORES AUXILIARES DA
JUSTIÇA
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 111. Os serviços auxiliares da Justiça serão realizados
através de Secretarias no Tribunal de Justiça e de Ofícios de
Justiça no primeiro grau de jurisdição.
§ú. A nomeação dos servidores do Quadro do Poder Judiciário
é da competência do Presidente do Tribunal de Justiça,na
forma da lei.
CAPÍTULO II - DAS SECRETARIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 112. Os serviços das Secretarias do Tribunal serão
executados na forma prevista pelo Regimento Interno ou
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 18/73
Resolução do Tribunal, por secretários com formação de nível
superior, subordinados diretamente à Presidência do Tribunal.
Art. 113. O quadro de pessoal das Secretarias é o fixado por
resolução, conforme o Plano de Carreiras.
CAPÍTULO III - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA DO FORO JUDICIAL
Art. 114. Aos ofícios de justiça ou cartórios judiciais incumbe a
execução dos serviços do foro judicial, sendo-Ihes atribuídas
as funções auxiliares do juízo a que se vinculam.
§ 1º. O cartório do distribuidor, do contador e seus anexos se
vinculam ao Juiz Diretor do Fórum.
§ 2º. A cada vara corresponderá um cartório.
§ 3º. Nas comarcas de vara única haverá dois cartórios, um
cível e um criminal.
§ 3°. Haverá dois 2 (dois) cartórios, um cível e um
criminal,com os respectivos cargos de escrivães titulares e
demais auxiliares nas comarcas de vara única.
§ 4°. Aos cartórios será atribuída a mesma numeração das
varas que servem.
§ 5°. Em todas as câmaras haverá Cartório Único
Distribuidor,competindo-lhe o anexo do Depósito Público e
Cartório Único Contador com o anexo do Partidor, ressalvada
a Comarca de Porto Velho, onde haverá dois (2) Cartórios
Distribuidores e dois (2) Cartórios Contadores, dividindo-se
em Cível e Criminal, respectivamente.
§ 6°. Em Porto Velho, ao Cartório Contador Criminal competirá
o anexo do Depósito Público e ao Cartório Contador Cível, o
anexo do Partidor.
CAPÍTULO IV - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA DO FORO
EXTRAJUDICIAL
Art. 115. São ofícios de justiça do foro extrajudicial:
I – tabelionato de notas ;
II – tabelionato de protesto de títulos
III – ofício de registro de imóveis ;
IV – ofício de registro de títulos e documentos e civil das
pessoas jurídicas ;
V - ofício de registro civil das pessoas naturais e de interdições
e tutelas;
VI – ofício de distribuição (AC) ;
§ 1°. Os ofícios extrajudiciais já em atividade e os respectivos
cargos relacionados à titularidade dos notariais e
registradores ficam mantidos.
§ 2°. O número atual desses cartórios nas Comarcas é o fixado
no Anexo II deste Código.
§ 3°. Na Comarca de Porto Velho, consoante previsão do Art.
5°, inciso VII, c/c §ú do Art. 11 da Lei Federal n.
8.935/94,haverá 1 (um) Cartório Distribuidor de Protestos
constituindo-se anexo do Segundo Ofício do Registro Civil da
Capital, com funcionamento em caráter privado.
Art. 116. Aos ofícios de justiça do foro extrajudicial incumbe a
lavratura dos atos notariais e os serviços concernentes aos
registros públicos, na forma da lei.
Art. 117. Considerando a qualidade dos serviços, o interesse
público e a conveniência da Administração, os ofícios de
justiça do foro extrajudicial poderão ser criados, anexados,
desanexados, desmembrados e extintos por meio de
Resolução do Tribunal Pleno;
§ 1°. Toda comarca terá, no mínimo, uma unidade de cada
cartório ou serventia extrajudicial.
§ 2º. Nas comarcas de primeira entrância, o foro extrajudicial
funcionará na forma de serventia única, enquanto as unidades
isoladas se mostrarem deficitárias para o exercício.
§ 3°. Na forma do “caput” as serventias únicas referidas no
parágrafo anterior, tão logo o permitam, serão
desmembradas para funcionamento e existência em duas
unidades a saber:
I - Tabelionato de Notas e Anexo do Registro Civil das Pessoas
Naturais;
II - Registro de Imóveis e Anexos dos Registros de
Protestos,Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas.
§ 4º. As unidades e serviços extrajudiciais serão criados por
resolução de iniciativa do Poder Judiciário, e toda comarca
elevada à segunda entrância, observado o interesse público,
poderá dispor das unidades de serventia com existência e
funcionamento em caráter isolado.
§ 5°. A cada ofício de justiça ou cartório corresponde a
respectiva titularidade, quanto a esta, independendo de
criação nas hipóteses de desacumulações dos serviços
extrajudiciais.
§ 6º. Nos atos normativos do Poder Judiciário de criação de
novos serviços, sua extinção, desativação provisória, anexação
de suas atribuições ao serviço da mesma natureza mais
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 19/73
próximo ou àquele localizado na sede do respectivo município
ou município contíguo, bem como modificações da mesma
natureza, serão observados os princípios de rapidez,
qualidade satisfatória e eficiência na prestação dos serviços
notariais e de registro, além dos critérios populacionais e
socioeconômicos, publicados regularmente pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (AC) (
Art. 118. Os serventuários do foro extrajudicial, dos ofícios
privatizados, serão remunerados pelos emolumentos
cobrados e resultantes dos serviços prestados, competindo-
lhe arcar com os ônus decorrentes da atividade, inclusive
previdenciários e trabalhistas, próprios e dos seus
empregados.
Art. 119. A investidura nos cargos de titulares dos ofícios
extrajudiciais dar-se-á por concurso de provas e títulos,
ressalvada a situação daqueles que estão em exercício e que,
cumulativamente, integrem o quadro de servidores do Poder
Judiciário e em condições análogas aqueles já privatizados por
delegação.
CAPÍTULO V - DOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL
Art. 120. O Quadro Permanente de Pessoal dos Serviços
Auxiliares do Foro Judicial de Primeiro Grau é instituído por
sistema de classificação denominado Plano de Carreira.
§ 1°. O Tribunal de Justiça, por deliberação do Pleno, expedirá
normas complementares à execução do plano referido.
§ 2°. A primeira investidura nos cargos dar-se-á por concurso
público de provas e títulos, ressalvadas as exceções previstas
nas disposições deste Código e do Plano de Carreiras.
CAPÍTULO VI - DOS SERVIDORES DO FORO EXTRAJUDICIAL
Art. 121. Os servidores do Foro Extrajudicial, enquanto
oficializado e conveniente para a Administração,
permanecerão na atual lotação.
Art. 122. Os titulares dos ofícios em caráter privado poderão
indicar substitutos entre seus auxiliares, a serem nomeados
pelo Juiz Corregedor Permanente, observadas as normas da
Corregedoria da Justiça,os quais terão, quando em
substituição, as mesmas atribuições.
§ú. O Tribunal de Justiça regulamentará as situações relativas
ao quadro de pessoal do foro extrajudicial, observando as
diretrizes deste Código e os objetivos da Administração da
Justiça.
CAPÍTULO VII - DAS ATRIBUIÇÓES E NORMAS DISCIPLINARES
DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO
Art. 123. As atribuições dos servidores do Poder Judiciário
resultam da natureza dos cargos, da legislação processual,
regimento e diretrizes da Corregedoria-Geral e da Presidência
do Tribunal de Justiça.
Art. 124. O servidor ou funcionário do Judiciário que, sem
motivo justificado nos autos, exceder prazos, ficará sujeito a
punição disciplinar, na forma da lei.
Art. 125. Nenhum servidor poderá funcionar juntamente com
cônjuge ou parente seu, consangüíneo ou afim em linha reta
ou colateral,até o terceiro grau inclusive:
I - no mesmo feito ou ato judicial;
II - na mesma Comarca ou Distrito, quando entre as funções
dos respectivos cargos existir dependência hierárquica.
§ú. As incompatibilidades previstas neste artigo não ocorrerão
na esfera do foro extrajudicial
Art. 126. Os servidores, enquanto no exercício de seus cargos,
não poderão, sob pena de demissão, exercer outra função
pública,salvo as exceções previstas no art. 37, XVI, da
Constituição Federal.
§ú. O afastamento de servidor para concorrera mandato
político eletivo, dependerá de prévia comunicação ao Órgão
competente, na forma da lei.
Art. 127. Constituirá motivo de perda do cargo ou demissão a
bem do serviço público a solicitação ou recebimento por
servidor no exercício da função de qualquer vantagem
indevida.
TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO ÚNICO - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 128. Os atuais cargos e funções de Avaliador e Oficial de
Justiça são unificados com a denominação de Oficial de Justiça
Avaliador e passam a integrar o quadro de pessoal em caráter
efetivo.
§ú. Para ingresso no cargo de Oficial de Justiça Avaliador
exigir-se-á concurso público de provas e títulos e o segundo
grau de escolaridade completo, ressalvada a situação dos
atuais ocupantes estáveis dos cargos, ora unificados.
Art. 129. Haverá, em todas as comarcas, uma Central de
Mandados que terá por objetivo a distribuição dos serviços
aos Oficiais de Justiça Avaliadores, os quais farão jus a uma
gratificação de produtividade por mandado cumprido,
disciplinada por Resolução.
Art. 130. No caso do Distrito Judiciário de uma comarca ficar
distante da sede mais de cem (100) km, e mais próximo de
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 20/73
outra jurisdição, poderá, por deliberação do Tribunal Pleno,
ser incorporada a esta última.
§ú. Sempre que por conveniência da prestação jurisdicional,
no tocante à facilidade do acesso, igualmente se aplica a
incorporação reportada no “caput” deste artigo.
Art. 131. Aplica-se aos servidores do Judiciário, no que couber,
as normas da Lei Complementar nº 68, de 9 de dezembro de
1992(Regime Jurídico Único).
Art. 132. Todos os cargos não constantes do Plano de
Carreiras, não abrangidos pela absorção e unificação, ficam
extintos.
Art. 133. São órgãos de publicação e divulgação do Poder
Judiciário: o Diário da Justiça, a Revista de Jurisprudência,
Boletins Informativos da Presidência e da Corregedoria-Geral
da Justiça, além de outros que venham a ser autorizados por
Resolução do Pleno.
Art. 134. A Escola da Magistratura do Estado de Rondônia -
EMERON - Órgão de Apoio ao Tribunal de Justiça, promoverá
a formação,preparação, atualização, aperfeiçoamento e
especialização de magistrados e servidores do Poder
Judiciário.
§ 1°. A direção da Escola da Magistratura do Estado de
Rondônia-EMERON será constituída por diretor e vice-diretor,
eleitos pelo Pleno dentre os magistrados, juntamente com a
eleição da Administração do Tribunal, com mandato de dois
anos, permitida a reeleição.
§ 2°. O quadro de pessoal da Escola é constituído de
servidores do Poder Judiciário, conforme Resolução.
§ 3°. Ao Diretor e Vice-Diretor da Escola fica instituída a
gratificação de representação de 10 (dez por cento) de seus
vencimentos mensais sendo do mesmo valor a gratificação
devida aos professores enquanto no exercício desta atividade,
vedada a acumulação da gratificação caso o magistrado
exerça cargo de direção e a função de professor da escola.
Art. 135. O Fundo de Informatização, Edificação e
Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - FUJU - Órgão de
apoio ao Tribunal de Justiça na área de recursos financeiros,
terá pessoal do quadro do Poder Judiciário.
§ú. O Fundo de Informatização poderá firmar convênios
financeiros com a Escola da Magistratura do Estado de
Rondônia- EMERON, proporcionando-lhe condições de
atender às suas finalidades.
Art. 136. Os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
especiais,destinados ao Poder Judiciário, ser-Ihes-ão
entregues até o dia 20 de cada mês, caracterizando a omissão,
óbice para o livre exercício do Poder.
Art. 137. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício
efetivo de magistratura prestado ao Estado, o magistrado fará
jus a 3 (três)meses de licença especial, com todos os direitos e
vantagens do cargo, a ser gozada conforme a conveniência da
Administração.
§ 1º . Os períodos de licença já adquiridos e não gozados pelo
magistrado que vier a falecer serão convertidos em pecúnia,
em favor dos beneficiários da pensão.
§ 2°. Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o
tempo de licença especial que o magistrado não houver
gozado.
§ 3°. No caso de imperiosa necessidade do serviço, a licença
especial poderá ser convertida em pecúnia, total ou
parcialmente, a critério da Presidência do Tribunal, no valor
correspondente à respectiva remuneração do cargo.
§ 4°. Será indenizado do valor da licença especial o magistrado
que, havendo-a requerido, tiver o seu gozo indeferido com
base na necessidade imperiosa do serviço e vier a se
aposentar voluntariamente.
Art. 138. Observar-se-á, com relação às nomeações para
cargos em comissão e designações para funções gratificadas,
os impedimentos e limitações estabelecidos na Legislação
Federal aplicável ao Poder Judiciário.
Art. 139. A Composição e o funcionamento dos Juizados
Especiais, bem como as regras processuais e procedimentos a
eles relativas, serão objeto do Regimento Interno do Tribunal
de Justiça e da legislação estadual ordinária de iniciativa do
Judiciário, observadas as regras estabelecidas pela União.
Art. 140. No prazo de um ano, a contar da vigência deste
Código, o Tribunal de Justiça deverá concluir a privatização de
todos os ofícios do foro extrajudicial, baixando para tanto
Resolução que regulamente o processo, com observância das
normas legais pertinentes.
§ú. As reunificações, anexações e desmembramentos de
ofícios extrajudiciais, conforme a necessidade dos serviços e
conveniências da administração da justiça serão feitos na
formado art. 117.
Art. 141. As varas já existentes ficam mantidas e são criadas
mais as seguintes:
I - Na Comarca de Porto Velho:
a) quatro varas criminais genéricas;
b) duas varas cíveis genéricas;
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 21/73
c) um juizado especial;
d) uma vara de família;
e) uma vara de execuções fiscais;
f) uma vara de fazenda pública;
g) uma vara do Tribunal do Júri;
II - na Comarca de Ji-Paraná:
a) 2 (duas) varas criminais genéricas (terceira e quarta);
b) 1 (uma) vara cível genérica (quarta).
III - na comarca de Ariquemes, uma vara criminal genérica;
III - na Comarca de Ariquemes:
a) 1 (uma) vara criminal genérica (segunda);
b) 2 (duas) varas cíveis genéricas (terceira e quarta);
IV - na comarca de Guajará-Mirim, uma vara criminal genérica;
V - na comarca de Cacoal, uma vara criminal genérica;
VI - na comarca de Vilhena, uma vara criminal genérica;
VII - na comarca de Rolim de Moura, uma vara cível
genérica(segunda).
§ 1°. Ficam criados 11 (onze) cargos de juízes de direito para a
capital e 10 (dez) cargos de juízes de direito para provimento
nas varas previstas nos incisos II a VII deste artigo.
§ 2°. Ficam criados 10 (dez) cargos de Juízes de Direito de3ª
Entrância da Capital, a serem providos por promoção ou
remoção, que serão destinados a:
II – suprir a falta dos juízes convocados para substituir
Desembargadores, no caso de gozo de férias, recessos,
licenças de quaisquer natureza ou vacância, na forma da lei;
III – auxiliar ou substituir Juízes Titulares, perante as Varas da
Capital, mediante ato da Corregedoria-Geral da Justiça.
§ 3°. Os juízes a que se refere o parágrafo anterior, tornar-se-
ão titulares por remoção, que precederá processo de
promoção por merecimento.
§ 4°. O Plano de Carreiras disporá sobre os cargos necessários
para instalação destas varas e juizados.
§ 5°. Ficam criados na comarca de Porto Velho, na esfera
judicial, mais 1 (um) Cartório Distribuidor e mais 1 (um)
Cartório Contador e, no setor extrajudicial, o Cartório de
Registro de Distribuição de Títulos para Protestos na forma
preconizada pelo § 3° do art. 115.
§ 6°. Os Juízes de Direito mencionados no § 2° poderão ser
convocados para auxiliar os órgãos administrativos do
Tribunal de Justiça,nos termos dos arts. 18 e 24 deste Código,
bem como para substituir Desembargadores, no caso de gozo
de férias, recessos, licenças de quaisquer natureza ou
vacância, na forma da lei.
Art. 142. Os juízes diretores do fórum receberão gratificação
de 5% (cinco por cento) de seus respectivos vencimentos
mensais.
Art. 143. As varas criadas por este Código somente serão
instaladas mediante disponibilidade financeira e a deliberação
do Tribunal Pleno.
Art. 144. A situação do Juiz de Direito da Comarca, na carreira,
não será alterada em decorrência da elevação, continuando
nela a ter exercício (NR)
§ú. O Juiz de Direito da comarca, quando promovido, poderá
nela permanecer desde que o requeira antes de findo o prazo
para assumir o exercício na vara para a qual tenha sido
promovido (AC)
Art. 145. Os ofícios de justiça do foro extrajudicial das
comarcas de primeira entrância, ainda não privatizados,
manterão a atual divisão fática de serviços, sem prejuízo do
disposto no art. 117 deste Código.
§ú. O disposto neste artigo não se aplica aos ofícios de justiça,
aqueles que prestam com exclusividade todos os serviços do
foro extra-judicial nas comarcas de primeira entrância.
Art. 146. A elevação de Comarca para Terceira Entrância ou
Especial, como a Capital, contará, no mínimo, com 30% (trinta
por cento) do número de varas instaladas na Comarca de
Porto Velho.
Art. 147. A comarca de Colorado do Oeste fica elevada à
categoria de segunda entrância e, conseqüentemente, criada
a 2ª Vara, como também um (1) cargo de juiz de direito de
segunda entrância e os respectivos cargos auxiliares.
Art. 147-A. A Comarca de Cerejeiras fica elevada à categoria
de Segunda Entrância e, conseqüentemente, criada a 2ª Vara,
como também 1 (um) cargo de Juiz de Direito de Segunda
Entrância, e os respectivos cargos de serviços auxiliares.
Art. 147-B. Fica a Comarca de Presidente Médici elevada para
Comarca de Segunda Entrância, na qual a prestação
jurisdicional será realizada da mesma forma que na comarca
de Colorado do Oeste.
§ú. Ficam criados todos os cargos auxiliares que compõem
uma Comarca de Segunda Entrância e um cargo de Juiz de
Direito de Segunda Entrância.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 22/73
Art. 147-C. A comarca de Espigão D’Oeste fica elevada à
categoria de segunda entrância e, consequentemente, criada
a 2ª Vara, como também um cargo de Juiz de Direito de
segunda Entrância, e os respectivos cargos de serviços
auxiliares (AC)
Art.148. A comarca de Machadinho D’Oeste, de primeira
entrância, constituída pelo município de Vale do Anari e do
município sede da nova unidade jurisdicional, fica criada na
seção judiciária de Ariquemes.
§ 1°. A instalação da comarca ora criada ocorrerá tão logo
implementado o atendimento dos requisitos previstos no
inciso III, do art.83, deste Código.
§ 2°. Um (1) cargo de Juiz de Direito titular de Primeira
Entrância.
Art. 149. A comarca de Nova Brasilândia D’Oeste, de primeira
entrância, constituída pelo município de Novo Horizonte
D’Oeste e do município sede da nova unidade jurisdicional,
fica criada na seção judiciária de Rolim de Moura.
§ 1°. A instalação da comarca ora criada, ocorrerá tão logo
implementado o atendimento dos requisitos previstos no
inciso III, do art.83, deste Código.
§ 2°. Um (1) cargo de Juiz de Direito titular de Primeira
Entrância.
§ 3°. O Tribunal de Justiça fica autorizado a empreender
levantamentos para o atendimento dos requisitos no art. 83
do Código de Organização Judiciária, para criar a Comarca de
São Miguel do Guaporé.
§ 4°. O município de Castanheiras passa a integrar a comarca
de Presidente Médici.
Art. 149-B. O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia fica
autorizado a modificar a competência das varas criminais,
criadas pela Lei Complementar n. 146, de 22 de dezembro de
1995, para competência de vara cível ou de vara de família.
Art.149-C. O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia fica
autorizado a modificar a competência das varas e dos juizados
por motivo de necessidade e do interesse público.
§ú. Havendo modificação de competência,conforme previsto
no caput deste artigo, o Tribunal de Justiça do Estado de
Rondônia fica autorizado a disciplinar, por meio de ato, a
redistribuição de processos e a manutenção de competência
residual.
Art. 150. Atualizam-se o Anexo I (Art. 81, § 2º) e o Anexo II
(Art.115. § 2º) deste Código sempre que ocorrer
desmembramento,anexação, extinção ou criação de unidades
judiciais ou extrajudiciais na forma da lei.
Art. 150. Mantidas as varas existentes, são criadas as
seguintes varas:
I - na comarca de Porto Velho:
a) 1 (uma) vara de família com competência genérica; e
b) 1 (uma) vara de execuções fiscais com competência
genérica.
II - na comarca de Ji-Paraná:
a) 1 (uma) vara cível com competência genérica; e
b) 1 (um) juizado especial com competência cível e criminal
nos termos da Lei Federal n. 9.099, de 1995;
III - nas comarcas de Guajará-Mirim, de Ariquemes, de Cacoal,
de Rolim de Moura, de Jaru, de Vilhena e de Ouro Preto do
Oeste:
a) 1 (um) Juizado Especial com competência cível e criminal
nos termos da Lei Federal n. 9.099, de 1995.
Art. 150-A. Mantidas as Varas, Comarcas e cargos já
existentes, são criados mais os seguintes:
I - Na Comarca de Porto Velho:
a) 2 (duas) Varas de Família e Sucessões (5ª e 6ª);
II - Na Comarca de Pimenta Bueno:
a) 1 (uma) Vara dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
§ú. Ficam criados os seguintes cargos:
a) 2 (dois) cargos de Juiz de Direito Titular de Terceira
Entrância;
b) 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Segunda
Entrância.
Art. 150-B. Mantidas as varas, comarcas e cargos já existentes
são criados mais os seguintes (AC)
I - Na Comarca de Ji-Paraná (AC):
a) 1 (um) Juizado Especial Cível e Criminal (2º) (AC).
II – Na Comarca de Cacoal (AC):
a) 1 (uma) Vara Cível genérica (4ª) (AC).
III – Na Comarca de Ouro Preto D’Oeste (AC):
a) 1 (uma) Vara Cível genérica (2ª).
§ú. Ficam criados os seguintes cargos (AC):
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 23/73
a) 1 (um) cargo de Juiz de Direito Titular de Terceira Entrância
(AC);
b) 3 (três) cargos de Juiz de Direito Titular de Segunda
Entrância (AC).
Art. 151. Ficam criados 2 (dois) cargos de Juiz de Direito Titular
de Terceira Entrância; 9 (nove) cargos de Juiz de Direito Titular
de Segunda Entrância; para atender à criação da 4ª Vara de
Família e da 2ª Vara de Execuções Fiscais, na comarca de
Porto Velho; da 6ª Vara Cível e do Juizado Especial e Criminal
na Comarca de Ji-Paraná; e dos Juizados Especiais criados nas
comarcas de Guajará-Mirim, de Ariquemes, de Cacoal, de
Rolim de Moura, de Jaru, de Vilhena e de Ouro Preto do
Oeste.
Art. 151-A. Ficam criados 13 (treze) cargos de juiz
substituto,distribuídos nas Seções Judiciárias do Poder
Judiciário do Estado de Rondônia, de acordo com a previsão
do §ú do artigo 89 deste Código.
§ú. Consolida-se nesta Lei Complementar, o número de 5
(cinco) cargos de juiz substituto criados pelo § 3º do artigo 2º
da Lei n. 656, de 22 de maio de 1996.
Art. 152. Revogam-se as disposições em contrário e, em
especial a Lei nº 116, de 3 de julho de 1986.
Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 3 de
novembro de 1993, 105° da República.
OSWALDO PlANA FILHO
Governador
2 Constituição do Estado de Rondônia.
2.1 Poder Judiciário.
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 74 - São órgãos do Poder Judiciário:
I - Tribunal de Justiça;
II - Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
III - Tribunal do Júri;
IV - Justiça Militar;
V - Outros Tribunais e Juízos instituídos por lei.
Art. 75 - Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia
administrativa e financeira.
§ 1° - O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária
do Poder Judiciário dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 2° - Quando o regular exercício do Poder Judiciário for
tolhido pela não satisfação oportuna das dotações que lhe
correspondam, caberá ao Tribunal de Justiça, pela maioria
absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo Tribunal
Federal intervenção da União no Estado.
Art. 76 - À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os
pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal, em
virtude de sentença judiciária, serão feitos exclusivamente na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta
dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais.
§ 1° - É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de
direito público de verba necessária ao pagamento dos seus
débitos constantes de precatórios judiciais, apresentados até
1° de julho, data em que terão atualizados os seus valores,
efetuando-se o pagamento até o final do exercício seguinte.
§ 2° - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão
consignados ao Poder Judiciário, recolhendo-se as
importâncias respectivas à repartição competente, cabendo
ao Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento
segundo as possibilidades do depósito e autorizar, a
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 24/73
requerimento do credor e exclusivamente para o caso de
preterimento do seu direito de precedência, o sequestro da
quantia necessária à satisfação do débito.
§ 3º. O Tribunal de Justiça fará publicar no Diário Oficial da
Justiça, até o dia 30 de dezembro de cada ano, a relação de
todos os precatórios judiciários requisitados e pagos até
aquela data, contendo o valor, o nome do credor, a origem da
dívida e o número do respectivo processo judicial que lhe deu
origem.
Art. 77 - Lei de iniciativa do Poder Judiciário disciplinará as
atribuições, direitos e deveres dos Escrivães Judiciais,
Escrivães Judiciais Substitutos, Oficiais de Justiça, Avaliadores,
Distribuidores, Contadores e Depositários, cuja admissão se
dará por concurso público de títulos e provas.
Art. 78 - Os Juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após
dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse
período, de deliberação do Tribunal de Justiça e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na
forma do inciso VIII do art. 80 desta Constituição;
III - irredutibilidade de vencimentos - a remuneração
observará o disposto nesta Constituição.
Art. 79 - Aos Juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou
função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas de
participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
Art. 80 - A magistratura estadual observará os seguintes
princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de Juiz
Substituto, por concurso público de provas e títulos,
promovido pelo Tribunal de Justiça, com a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente,
por antiguidade e merecimento, observado o seguinte:
a) é obrigatório a promoção do juiz que figure por três vezes
consecutivas, ou cinco alternadas, em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
exercício na respectiva entrância, e integrará o juiz a primeira
quinta parte da lista de antiguidade, salvo se não houver, com
tais requisitos, quem aceite o lugar vago.
c) o merecimento deverá ser aferido pelos critérios de
presteza e de segurança no despachar e no sentenciar,
assiduidade e pontualidade aos atos judiciais, bem como
frequência e aproveitamento em cursos reconhecidos de
aperfeiçoamento;
d) na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá
recusar o juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus
membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a
votação até fixar-se a indicação;
III - o acesso aos tribunais de segundo grau será feito por
antiguidade e merecimento, alternadamente, apurado na
última entrância ou no Tribunal de Alçada (não existe mais a
partir da reforma do judicidiario – EC 45), se houver, quando
se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça, observados
o inciso II e a classe de origem;
IV - previsão de cursos oficiais de preparação e
aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para
ingresso e promoção na carreira;
V - os vencimentos dos juízes serão fixados com diferença não
superior a dez por cento de uma para outra das categorias da
carreira, não podendo os do juiz de categoria mais elevada ser
inferior a noventa por cento dos vencimentos de
Desembargador, excetuadas as vantagens de caráter pessoal;
VI - a aposentadoria, com proventos integrais, é compulsória,
por invalidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa, aos
trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na
judicatura;
VI - o juiz titular residirá na respectiva comarca;
VII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do
magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por
voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla
defesa.
Art. 81 - Um quinto dos lugares do Tribunal de Justiça e, se
houver, do Tribunal de Alçada, será composto de membros do
Ministério Público e de advogados denotório saber jurídico e
de reputação ilibada, com mais de dez anos de carreira ou de
efetiva atividade profissional, respectivamente, indicados, em
lista sêxtupla, pelos órgãos de representação das respectivas
classes.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 25/73
§Ú - Recebidas as indicações, o Tribunal de Justiça formará a
lista tríplice, enviando-a ao Governador, que, nos vinte dias
subsequentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.
Art. 82 - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena
de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir,
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e
a seus advogados, ou somente a estes.
Art. 83 - As decisões administrativas dos Tribunais serão
motivadas, sendo que as disciplinares serão tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros.
Seção II
Da Competência dos Tribunais
Art. 84 - Compete privativamente aos Tribunais:
I - eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
internos, com observância às normas de processo e às
garantias processuais das partes, dispondo sobre a
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
II - organizar suas secretarias e serviços auxiliares, velando
pelo exercício da atividade correcional respectiva;
III - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
servidores;
IV - prover, por concurso público de provas, ou de provas e
títulos, obedecidas as disposições orçamentárias desta
Constituição, os cargos dos seus serviços auxiliares, exceto os
de confiança assim definidos em lei.
Seção III
Do Tribunal de Justiça
*Art. 85 - O Tribunal de Justiça, com sede na Capital e
jurisdição em todo o território do Estado, compõe-se de, no
mínimo, nove desembargadores.
Art. 86. Os vencimentos dos Desembargadores serão
apreciados pela Assembleia Legislativa e não excederão a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento dos
vencimentos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sem
outras vantagens, exceto os adicionais por tempo de serviço,
ficando sujeitos a impostos gerais, inclusive os de renda e os
extraordinários.
Art. 87 - Compete ao Tribunal de Justiça:
I - propor à Assembleia Legislativa, observadas as disposições
orçamentárias e esta Constituição:
a) a alteração do número dos membros dos Tribunais
inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos
dos Desembargadores, dos Juízes, inclusive dos Tribunais
inferiores, se houver, dos serviços auxiliares e os dos Juízes
que lhes forem subordinados;
c) a criação ou extinção de Tribunais inferiores;
d) a criação de novos juízos, comarcas, bem como a alteração
da organização e da divisão judiciária;
II - solicitar a intervenção no Estado para garantir o livre
exercício do Poder Judiciário, nos termos da Constituição
Federal e desta Constituição;
III - nomear, prover, promover, remover, aposentar e colocar
em disponibilidade seus magistrados;
IV - processar e julgar originariamente:
a) nas infrações penais comuns, o Vice-Governador, os
Deputados Estaduais, o Procurador-Geral de Justiça, o
Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público-Geral e os
Prefeitos;
b) nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Juízes de Direito, os membros do
Ministério Público e da Defensoria Pública e os Secretários de
Estado, observando-se, neste caso, o disposto no inciso XVI do
artigo 29 desta Constituição;
c) os conflitos de competência entre órgãos do próprio
Tribunal;
d) os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e
administrativas quando forem interessados o Governador, o
Prefeito da Capital, a Mesa da Assembleia Legislativa, o
Tribunal de Contas do Estado e o Procurador Geral de Justiça;
e) os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e
administrativas do Estado e dos Municípios, não
compreendidos na alínea anterior;
f) o mandado de segurança e o “habeas-data” contra atos:
1) do Governador;
2) dos membros do Tribunal , inclusive de seu Presidente;
3) da Mesa Diretora e do Presidente da Assembleia
Legislativa;
4) do Tribunal de Contas do Estado;
5) do Corregedor-Geral de Justiça;
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 26/73
6) do Procurador-Geral do Estado, do Procurador-Geral de
Justiça e do Defensor Público-Geral;
7) do Conselho da Magistratura;
8) dos Juízes de Direito e Juízes Substitutos;
9) dos Secretários de Estado;
g) o “habeas-corpus”, quando o coator ou paciente for
autoridade ou funcionário, cujos atos estejam sujeitos
diretamente à sua jurisdição, ou se trate de crime cuja ação
penal seja de sua competência originária ou por recurso;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição do Governador, da Mesa da
Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, dos
Prefeitos e da Mesa da Câmara de Vereadores, bem como de
órgão, entidade ou autoridade das administrações direta ou
indireta, estaduais ou municipais;
i) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados e dos
Juízes no âmbito de sua competência por recurso;
j) a execução de sentença nas causas de sua competência
originária, facultada a delegação de atribuições para prática
de atos processuais;
V - julgar, em grau de recurso, as causas decididas em
primeira instância, no âmbito de sua competência;
VI - exercer, as demais atribuições que lhe são conferidas pela
Lei de Organização e Divisão Judiciária.
§Ú - Não caberá “habeas-corpus” em relação a punições
disciplinares militares.
Subseção I
Do Controle de Constitucionalidade
Art. 88 - São partes legítimas para propor ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou
municipal, em face desta Constituição:
I - o Governador;
II - a Mesa da Assembleia Legislativa;
III - o Procurador-Geral de Justiça;
IV - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município,
em se tratando de lei ou ato normativo local;
V - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - os partidos políticos com representação na Assembleia
Legislativa ou em Câmara de Vereadores;
VII - as federações sindicais e entidades de classe de âmbito
estadual;
VIII – o Defensor Público-Geral.
§ 1° - O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas
ações diretas de inconstitucionalidade.
§ 2° - Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será
comunicada à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal
para suspensão da execução da lei ou ato impugnado.
§ 3° - Reconhecida a inconstitucionalidade por omissão de
medida para tornar efetiva norma desta Constituição, a
decisão será comunicada ao poder competente
Art. 89 - Pode o Tribunal de Justiça estabelecer seções
especializadas, integradas por órgão fracionário da área de
sua especialização, na forma que dispuser seu regimento
interno.
Seção IV
Dos Juízes de Direito
Art. 90 - Os Juízes de Direito e Juízes Substitutos, na Jurisdição
comum estadual de primeiro grau, integram a carreira da
magistratura nas comarcas e juízos e com a competência que
a Lei de Organização e Divisão Judiciária determinar.
Art. 91 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça
designará Juízes de entrância especial, com competência
exclusiva para questões agrárias.
§Ú - Sempre que necessário para eficiente prestação
jurisdicional, o Juiz far-se-á presente no local do litígio.
Seção V
Dos Tribunais do Júri
Art. 92 - Em cada comarca existirá, pelo menos, um Tribunal
do Júri, presidido por Juiz de Direito e composto de jurados,
com a organização que lhe der a lei, assegurados:
I - a plenitude de defesa;
II - o sigilo das votações;
III - a soberania de veredictos;
IV - a competência para o julgamento dos crimes dolosos
contra a vida.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 27/73
Seção VI
Dos Conselhos de Justiça Militar
Art. 93 - A Justiça Militar, constituída na forma da Lei de
Organização Judiciária, terá como órgão de primeira instância
os Conselhos de Justiça e, de segunda, o Tribunal de Justiça.
Seção VII
Dos Tribunais e Juizados Especiais
Subseção I
Dos Juizados Especiais
Art. 94 - Serão criados e instalados no prazo de cento e
oitenta dias da promulgação desta Constituição, juizados
especiais, providos por Juízes togados, togados e leigos, para
conciliação, julgamento e execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo,
mediante procedimento oral e sumaríssimo, permitidos, nas
hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de
recursos por turmas de Juízes de primeiro grau.
Subseção II
Dos Juízes de Paz
Art. 95 - A Lei de Organização e Divisão Judiciária disporá
sobre a Justiça de Paz, remunerada, composta de cidadãos
eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de
quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos, verificar, de ofício, ou em face de impugnação
apresentada, o processo de habilitação, exercer atribuições
conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras
previstas em lei.
§Ú - A legislação que criar a Justiça de Paz, manterá os atuais
Juízes de Paz até a posse dos novos titulares, assegurando-
lhes os direitos e atribuições conferidos a estes, e designará o
dia para a eleição prevista no art. 98, II da Constituição
Federal.
Art. 96 - Os Juízes de Paz, sem caráter jurisdicional, integrarão
a administração da Justiça.
3 Regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado de
Rondônia (Lei Complementar nº 68/1992).
LEI COMPLEMENTAR Nº 68, DE 09 DE DEZEMBRO DE 1.992 D.O.E. Nº 2674, DE 09/12/92 - Suplemento 2. Alterada até a Lei nº 2165, 28/10/09 Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. Art. 2º - As disposições desta Lei Complementar são aplicáveis, no que couber, aos servidores da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Estado de Rondônia. Art. 3º - Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 4º - Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente cometida ou cometíveis a servidor público, com denominação própria, quantidade certa, prevista em lei e pagamento pelos cofres públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão. Art. 5º- Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. § 1º - Os cargos públicos de provimento efetivo serão organizados em grupos ocupacionais. Art. 6º - É vedado atribuir ao servidor público outros serviços, além dos inerentes ao cargo de que seja o titular, salvo quando designado para o exercício de cargo em comissão, função gratificada ou para integrar comissões ou grupos de trabalhos. Art. 7º - É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo nos casos previstos em lei.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 28/73
TÍTULO II DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA MOVIMENTAÇÃO
E DA SUBSTITUIÇÃO CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 8º - São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental, comprovada em inspeção médica; VII - habilitação em concurso público, salvo quando se tratar de cargos para os quais a lei assim não o exija. § 1º - Para o provimento de cargo de natureza técnica exigir-se-á a respectiva habilitação profissional. § 2º - As pessoas portadoras de deficiência física é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com sua deficiência e o disposto no Art. 7º, inciso XXXI, da Constituição Federal. Art. 9º - O provimento de cargo público far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Art. 10 - A investidura em cargo público ocorre com a posse. Art. 11 - São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - readaptação; IV - reintegração; V - aproveitamento; VI - reintegração; VII - recondução; Art. 12 - A primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia habilitação em concurso público, obedecida a ordem de classificação e prazo de validade.
SEÇÃO II DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 13 - O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas conforme dispuseram a lei e o regulamento do respectivo Plano de Carreira. Art. 14 - O concurso público tem validade de até 02 (dois) anos podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. § 1º - As condições de realização do concurso serão fixadas em edital, publicado no Diário Oficial do Estado e divulgado pelos veículos de comunicação. § 2º - Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
SEÇÃO III DA NOMEAÇÃO
Art. 15 - A nomeação é a forma originária de provimento dos cargos públicos. §ú - A nomeação para o cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Art. 16 - A nomeação será feita: I - em caráter efetivo, para os cargos de carreira; II - em caráter temporário, para os cargos em comissão, de livre provimento e exoneração; III - em caráter temporário, para substituição de cargos em comissão.
SEÇÃO IV DA POSSE
Art. 17 - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se comprometerá a cumprir fielmente os deveres do cargo. § 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de nomeação, prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. § 2º - Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento. § 3º - A posse poderá dar-se mediante procuração específica. § 4º - Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
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§ 5º - No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens que constituam seu patrimônio, na forma da Constituição do Estado, prova de quitação com a Fazenda Pública e Certidão Negativa do Tribunal de Contas e declarará o exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. § 6º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos no § 1º deste artigo e § 1º do artigo 20. Art. 18 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. §ú - Só poderá ser empossado o candidato que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Art. 19 - São competentes para dar posse: I - O Governador do Estado, os Presidentes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministério Público às autoridades que lhes sejam diretamente subordinadas; II - Os Secretário de Estado, aos dirigentes das entidades, cargos comissionados, funções de confiança vinculadas às respectivas pastas; III - O Secretário de Estado da Administração aos demais funcionários do Poder Executivo, exceto ao servidor pertencente ao Grupo de Polícia Civil, cuja posse será dada pelo Diretor Geral da Polícia Civil.
SEÇÃO V DO EXERCÍCIO
Art. 20 - O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. § 1º - É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse ou do ato que lhe determinar o provimento. § 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior. § 3º - Cabe à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, dar-lhe exercício. Art. 21 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Art. 22 - A progressão não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover o servidor. Art. 23 - O servidor movimentado para outra localidade, terá até 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício a partir da publicação do ato.
§ú - Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento. Art. 24 - No âmbito da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações, nenhum servidor poderá ter exercício em quadro diferente daquele em que for lotado. Art. 25 - Além das hipóteses legalmente admitidas, o servidor pode ser autorizado a afastar-se do exercício, com prazo certo de duração e sem perda de direitos, para a realização do serviço, missão ou estudo, fora de sua sede funcional para representar o Município, o Estado ou País em competições desportivas oficiais. § 1º - V E T A D O. § 2º - O Servidor beneficiado com afastamento para freqüentar curso não poderá gozar licença para tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual ao afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento das despesas havidas com o referido curso. Art. 26 - Preso preventivamente, denunciado por crime comum, denunciado por crime funcional ou condenado por crime inafiançável, em processo no qual não haja pronúncia, o servidor fica afastado do exercício de seu cargo até decisão final transitada em julgado. §ú - No caso de condenação, não sendo esta de natureza que determine a demissão do servidor, continua o afastamento até o cumprimento total da pena, observado o disposto no artigo 273 deste Estatuto.
SEÇÃO VI DA LOTAÇÃO
Art. 27 - Lotação é a força de trabalho, qualitativa e quantitativa necessária ao desenvolvimento das atividades normais e específicas de cada Poder, Órgão ou Entidade. §ú - A lotação de cada Poder, Órgão ou Entidade será fixada em lei.
SEÇÃO VII DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 28 - O Servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de 02 (dois) anos, com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmação ou não no cargo para o qual foi nomeado. § 1º - São requisitos básicos a serem apurados no estágio probatório: I - assiduidade; II - pontualidade; III - disciplina;
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IV - capacidade de iniciativa; V - produtividade; VI - responsabilidade. § 2º - A verificação dos requisitos mencionados neste artigo será efetuada por comissão permanente, onde houver, ou por uma comissão composta no mínimo de 03 (três) membros, que será designada pelo titular do Órgão onde o servidor nomeado vier a ter exercício e far-se-á mediante apuração semestral em Ficha Individual de Acompanhamento de Desempenho. § 3º - Nas comissões de que trata o parágrafo anterior participará, obrigatoriamente, o chefe imediato do servidor, quando da avaliação do estágio probatório. § 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no artigo 35.
SEÇÃO VIII DA ESTABILIDADE
Art. 29 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquire estabilidade no serviço público ao completar 02 (dois) anos de efetivo exercício. Art. 30 - O servidor estável somente é afastado do serviço público, com conseqüente perda do cargo, em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de resultado do processo administrativo disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurada ampla defesa.
SEÇÃO IX DA READAPTAÇÃO
Art. 31 - Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1º - Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. § 2º - A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida.
SEÇÃO X DA REVERSÃO
Art. 32 - Reversão é o reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial ou por solicitação voluntária do aposentado, a critério da administração.
§ 1º - A reversão dar-se-á no mesmo cargo, no cargo resultante de sua transformação, ou em outro de igual vencimento. § 2º - Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. Art. 33 - Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
SEÇÃO XI DA REINTEGRAÇÃO
Art. 34 - Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. § 1º - A decisão administrativa que determinar a reintegração é sempre proferida em pedido de reconsideração, em recurso ou em revisão de processo. § 2º - Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante, é reconduzido a seu cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada. § 3º - Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade observado o disposto nos artigos 37 e 38.
SEÇÃO XII DA RECONDUÇÃO
Art. 35 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo por ele anteriormente ocupado. § 1º - A recondução decorre de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. § 2º - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, de igual remuneração.
SEÇÃO XIII DA ASCENSÃO FUNCIONAL
Art. 36 - V E T A D O. § 1º - V E T A D O. § 2º - V E T A D O.
SEÇÃO XIV DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 37 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, seu titular, desde que estável, fica em disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
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Art. 38 - Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, tem preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público. Art. 39 - Fica sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pelo órgão médico oficial.
CAPÍTULO II SEÇÃO ÚNICA DA VACÂNCIA
Art. 40 - A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - promoção; IV - readaptação; V - posse em outro cargo inacumulável; VI - falecimento; VII - aposentadoria; Art. 41 - A exoneração de cargo efetivo dar-se-á pedido do servidor ou de ofício. §ú - A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório e não couber a recondução; II - quando o servidor não tomar posse ou deixar de entrar em exercício nos prazos legais. Art. 42 - A exoneração do cargo em comissão dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor. Art. 43 - A demissão de cargo efetivo será aplicada como penalidade, observado o disposto nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO III DA MOVIMENTAÇÃO
Art. 44 - São formas de movimentação de pessoal: I - remoção; II - relotação; III - cedência.
Art. 45 - É vedada a movimentação “ex-ofício” de servidor que esteja regularmente matriculado em Instituição de Ensino Superior de formação, aperfeiçoamento ou especialização profissional que guarde correspondência com as atribuições do respectivo cargo. Art. 46 - Nos casos de extinção de órgãos ou entidades, os servidores estáveis que não puderem ser movimentados na forma prevista no presente Capítulo serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma prevista nesta Lei Complementar.
SEÇÃO I DA REMOÇÃO
Art. 47 - Remoção é a movimentação do servidor, a pedido “ex-ofício” de um para outro órgão ou unidade, sem alteração de situação funcional, respeitada a existência de vagas no âmbito do respectivo quadro lotacional, com ou sem mudança de sede, por ato do Chefe do Poder Executivo. Art. 48 - Dar-se-á remoção: I - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para outra; II - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para órgão diretamente subordinado ao Governador e vice-versa; III - de um órgão subordinado ao Governador para outro da mesma natureza. Art. 49 - A remoção processar-se-á: I - por permuta, mediante requerimento conjunto dos interessados, desde que observada a compatibilidade de cargos, com anuência dos respectivos Secretários ou dirigentes de órgãos, conforme dispuser em regulamento; II - a pedido do interessado nos seguintes casos: a) sendo ambos servidores, o cônjuge removido no interesse do serviço público para outra localidade, assegurado o aproveitamento do outro em serviço estadual na mesma localidade; b) para acompanhar o cônjuge que fixe residência em outra localidade, em virtude de deslocamento compulsório, devidamente comprovado; c) por motivo de tratamento de saúde do próprio servidor, do cônjuge ou dependente, desde que fiquem comprovadas, em caráter definitivo pelo órgão médico oficial, as razões apresentadas pelo servidor, independente de vaga. III - no interesse do serviço público, para ajustamento de quadro de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, conforme dispuser o regulamento.
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§ 1º - Na hipótese do inciso II, deverão ser observadas, para os membros do magistério, a compatibilidade de área de atuação e carga horária. § 2º - Para os membros do magistério, a remoção processar-se-á somente entre unidades educacionais e entre unidades constantes da estrutura da Secretaria de Estado da Educação. Art. 50 - Não haverá remoção de servidores em estágio probatório, ressalvados os casos previstos na alínea b do artigo 49. Art. 51 - Quando a remoção ocorrer com mudança de sede terá o servidor, o cônjuge ou companheiro e seus dependentes direito à transferência escolar, independente de vaga nas escolas de qualquer nível do Sistema Estadual de Ensino.
SEÇÃO II DA RELOTAÇÃO
Art. 52 - Relotação é a movimentação do servidor a pedido ou “ex-ofício”, de uma unidade administrativa para outra dentro do mesmo órgão, por ato do titular do órgão, com ou sem alteração do domicílio ou residência, respeitada a existência de vagas no quadro lotacional. § 1º - São unidades administrativas, para efeito deste artigo, as unidades escolares, sanitárias, hospitalares, regionais, residenciais, as Delegacias, as representações e os órgãos colegiados. § 2º - Nos casos de estruturação de órgão, entidades ou unidades, bem como no da readaptação de trata o artigo 31, os servidores estáveis serão relotados em outras atividades afins. § 3º - A relotação dar-se-á exclusivamente para o ajustamento de pessoal às necessidades de serviço.
SEÇÃO III DA CEDÊNCIA
Art. 53 - Cedência é o ato através do qual o servidor é cedido para outro Estado, Poder, Município, Órgão ou Entidade. § 1º - A cedência referida no “caput” deste artigo, será sempre sem ônus para o órgão cedente, por ato do Chefe do Poder Executivo, exceto para Município e outro Poder do Estado e exceto para o cargo em comissão e os casos previstos em leis. § 2º - Ao servidor cedido para ocupar cargo em comissão, é assegurada sua vaga na lotação do órgão de origem.
CAPÍTULO IV DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 54 - Haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em comissão.
§ 1º - A substituição é automática na forma prevista no Regimento Interno. § 2º - A substituição é remunerada pelo cargo do substituído, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.
CAPÍTULO V DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 55 - O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, salvo quando disposto diversamente em lei ou regulamento próprio. § 1º - Os Chefes dos Poderes, Procurador Geral do Ministério Público e Presidente do Tribunal de Contas estabelecerão o horário para o cumprimento de jornada semanal de trabalho. § 2º - Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício em comissão e função gratificada exige dedicação integral ao serviço por parte do comissionado, que pode ser convocado sempre que haja interesse da administração. § 4º - Os servidores que ficam a disposição de seu sindicato, como dirigentes sindicais são onerados pela Secretaria de origem, como também perceberão vantagens que são inerentes aos demais servidores. Art. 56 - A jornada de trabalho dos ocupantes de cargos de médico e professor poderá ser de 20 horas e 40 horas semanais, conforme dispuserem os respectivos regulamentos. Art. 57 - Ao servidor matriculado em estabelecimento de Ensino Superior será concedido, sempre que possível, horário especial de trabalho que possibilite a freqüência normal às aulas, mediante, comprovação mensal por parte do interessado do horário das aulas, quando inexistir curso correlato em horário distinto ao do cumprimento de sua jornada de trabalho. § 1º - O horário especial de que trata este artigo somente será concedido quando o servidor não possuir curso superior. § 2º - Para os integrantes do Grupo Magistério, o benefício deste artigo poderá ser concedido, também, aos servidores possuidores de curso de Licenciatura Curta, para complementação de estudos até o nível de Licenciatura Plena. § 3º - Durante o período de férias escolares o servidor fica obrigado a cumprir jornada integral de trabalho. Art. 58 - Executa-se da limitação estabelecida no artigo 55, a Jornada de Trabalho do Piloto, para a qual será observada a Portaria do Ministério da Aeronáutica nº 3016, de 05 de fevereiro de 1988.
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SEÇÃO ÚNICA DA FREQÜÊNCIA E DO HORÁRIO
Art. 59 - A freqüência do servidor será computada pelo registro diário de ponto ou outro mecanismo de controle estabelecido em regulamento. § 1º - Ponto é o registro que assinala o comparecimento do servidor ao trabalho e pelo qual se verifica diariamente, a sua entrada e saída. § 2º - Os registros de ponto deverão conter todos os elementos necessários à apuração da freqüência. Art. 60 - É vedado dispensar o servidor do registro de ponto, abonar faltas ou reduzir a jornada de trabalho, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. §ú - A infração do disposto no “caput” deste artigo determinará a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, ou a que tiver cometido sem prejuízo da sanção disciplinar. Art. 61 - O servidor que não comparecer ao serviço por motivo de doença ou força maior, deverá comunicar à chefia imediata. § 1º - As faltas do serviço por motivo de doença são justificadas para fins disciplinares, de anotação no assentamento individual e pagamento, desde que a impossibilidade do comparecimento seja abonada pela chefia imediata, mediante atestado médico expedido pelo órgão oficial, até 24 (vinte e quatro) horas após o comparecimento. § 2º - As faltas ao serviço por doença em pessoa da família, através de atestado médico oficial são justificadas na forma e para fins estabelecidos no parágrafo anterior. Art. 62 - As faltas ao serviço por motivo particular não são justificadas para qualquer efeito, computando-se como ausência.
CAPÍTULO VI DO TREINAMENTO
Art. 63 - Aos poderes constituídos, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, dentro da política de valorização profissional, compete planejar, organizar, promover e executar cursos, estágios e treinamento para capacitação dos Recursos Humanos. §ú - A Fundação Escola de Serviço Público de Rondônia, elaborará, até o dia 31 (trinta e um) de julho de cada ano o plano anual de treinamento do exercício seguinte.
TÍTULO III DOS DIREITOS, DAS VANTAGENS
E DAS CONCESSÕES CAPÍTULO I
DOS DIREITOS SEÇÃO ÚNICA
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Art. 64 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em Lei. Art. 65 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens permanentes ou temporárias estabelecidas em Lei. § 1º - Ao servidor nomeado para o exercício de cargo em comissão é facultado optar pelo vencimento e demais vantagens de seu cargo efetivo, acrescido da gratificação de representação do cargo em comissão. § 2º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente é irredutível. § 3º - É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo poder ou entre servidores dos três poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou local de trabalho. Art. 66 - O servidor perderá: I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atraso, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superior a 60 (sessenta) minutos; III - a metade da remuneração, na hipótese de aplicação da penalidade de suspensão quando, por conveniência do serviço, a penalidade for convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Art. 67 - Salvo imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. §ú - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. Art. 68 - As reposições indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes à décima parte da remuneração ou provento, em valores atualizados monetariamente.
CAPÍTULO II DAS VANTAGENS
Art. 69 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
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I - indenizações; II - auxílios; III - adicionais; IV - gratificações. § 1º - As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. § 2º - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições previstos em lei. Art. 70 - As vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público não são computadas nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
SEÇÃO I DAS INDENIZAÇÕES
Art. 71 - Constituem indenizações ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias; III - transporte. Art. 72 - Os valores das indenizações, bem como as condições para concessão, serão estabelecidos em regulamento.
SUBSEÇÃO I DA AJUDA DE CUSTO
Art. 73 - A ajuda de custo destina-se às despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. § 1º - Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. § 2º - A família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 01 (um) ano, contado do óbito. § 3º - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, na importância correspondente até 03 (três) meses, conforme estabelecer o regulamento. § 4º - Quando se tratar de viagem para fora do país, compete ao Chefe do Poder Executivo o arbitramento de ajuda de custo, independentemente de limite previsto no parágrafo anterior, até o teto de uma remuneração correspondente ao limite desse Poder, devendo o servidor:
I - no prazo máximo de 30 (trinta) dias do regresso, apresentar relatório circunstanciado, comprovando a realização da viagem para o fim estabelecido; II - caso não cumpra o disposto no inciso anterior o que acarretará a nulidade da ajuda de custo, fica obrigado a devolver imediatamente a importância recebida, sem prejuízo da sanção disciplinar cabível. § 5º - A ajuda de custo será paga antecipadamente ao servidor, facultando o seu recebimento na nova sede. Art. 74 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumí-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 75 - Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor do Estado, for nomeado para Cargo em Comissão, com mudança de domicílio. Art. 76 - O servidor restituirá a ajuda de custo quando: I - não se transportar para nova sede nos prazos determinados; II - antes de terminar a missão, regressar voluntariamente, pedir exoneração ou abandonar o serviço. Art. 77 - Não há obrigação de restituir a ajuda de custo quando o regresso do servidor obedecer a determinação superior ou por motivo de sua própria saúde ou, ainda, por exoneração a pedido, após trezentos e sessenta e cinco dias de exercício na nova sede.
SUBSEÇÃO II DAS DIÁRIAS
Art. 78 - O servidor que a serviço se afastar da sede em caráter eventual ou transitório fará jus a passagem e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana. §ú - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o afastamento não exigir pernoite fora da sede. Art. 79 - Os valores das diárias, a forma de concessão e demais critérios serão estabelecidos pelo Chefe do Poder Executivo em regulamento próprio. Art. 80 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-la integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias, sujeito a punição disciplinar se recebida de má fé. §ú - Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no “caput” deste artigo.
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Art. 81 - Será punido com pena de suspensão e na reincidência, com a demissão, o servidor que, indevidamente, conceder diárias com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos ficando, ainda, obrigado à reposição da importância correspondente.
SUBSEÇÃO III DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 82 - Conceder-se-á indenização de transporte a servidor que realize despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme dispuser o regulamento.
SEÇÃO II DOS AUXÍLIOS
Art. 83 - São concedidos ao servidor os seguintes auxílios pecuniários: I - transporte; II - diferença de caixa.
SUBSEÇÃO I DO AUXÍLIO VALE-TRANSPORTE
Art. 84 - O auxílio transporte é devido a servidor nos deslocamentos de ida e volta, no trajeto entre sua residência e o local de trabalho, na forma estabelecida em regulamento. § 1º - O auxílio transporte é concedido mensalmente e por antecipação, com a utilização de sistema de transporte coletivo, sendo vedado o uso de transportes especiais. § 2º - Ficam desobrigados da concessão por auxílio, os órgãos ou entidades que transportem seus servidores por meios próprios ou contratados.
SUBSEÇÃO II DO AUXÍLIO DE DIFERENÇA DE CAIXA
Art. 85 - Ao servidor que, no desempenho de suas atribuições, pagar ou receber em moeda corrente, será concedido auxílio de 20% (vinte por cento) do valor do respectivo vencimento básico, para compensar eventuais diferenças de caixa, conforme regulamento.
SEÇÃO III
DOS ADICIONAIS Art. 86 - Além do vencimento e das vantagens previstas em lei, serão deferidos aos servidores os seguintes adicionais: I - adicional por tempo de serviço; II - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; III - adicionais pela prestação de serviços extraordinários;
IV - adicionais noturnos; V - adicional de férias.
SUBSEÇÃO I DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 87 - O adicional por tempo de serviço é devido ao servidor à razão de 1% (um por cento) por ano de serviço público, incidindo sobre o vencimento básico do cargo efetivo, sendo que, para todos os efetivos, são preservados os direitos adquiridos dos servidores em atividades na data da promulgação desta Lei Complementar, a título de vantagem pessoal, vitaliciamente, corrigido na mesma proporção dos reajustes, vedada a sua absorção sob qualquer pretexto. § 1º - O funcionário fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o anuênio. § 2º - Quando da passagem do funcionário à inatividade, a incorporação do adicional será integral, se decretada a aposentadoria com proventos correspondentes à totalidade do vencimento ou da remuneração, e proporcional ao tempo de serviço, na hipótese de assim ser a mesma estabelecida. § 3º - O servidor investido em cargo de provimento em comissão continuará a perceber o adicional por tempo de serviço, calculado sobre o vencimento básico de seu cargo efetivo. § 4º - Quando ocorrer aproveitamento ou reversão, serão reconsiderados os anuênios anteriormente adquiridos, retomando-se a contagem, a partir do novo exercício.
SUBSEÇÃO II DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE,
PERICULOSIDADE OU POR ATIVIDADES PENOSAS Art. 88 - Os servidores que trabalharem, habitualmente, em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional nos percentuais de 10% (dez por cento), 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento do cargo efetivo, nos termos da Lei. § 1º - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles. § 2º - O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com eliminação das condições ou dos riscos que derem causa a sua concessão. § 3º - I – ao IV - V E T A D O. Art. 89 - Haverá controle permanente das atividades dos servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. §ú - A servidora gestante ou lactante será afastada enquanto durar a gestação ou lactação, das operações e locais previstos
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neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. Art. 90 - O adicional por atividade penosa será devido aos servidores com exercício em localidade cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento. Art. 91 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raio-X ou substância radioativa serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível previsto na legislação própria. §ú - Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exame médico a cada 6 (seis) meses.
SUBSEÇÃO III DO ADICIONAL PELA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS Art. 92 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação a hora normal de trabalho. Art. 93 - O serviço extraordinário tem caráter eventual e só será admitido em situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 02 (duas) horas diárias. Art. 94 - É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário, com o objetivo de remunerar outros serviços e encargos. § 1º - O servidor que receber a importância relativa a serviço extraordinário que não prestou, será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar. § 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto no “caput” deste artigo. Art. 95 - Será punido com pena de suspensão e, na reincidência, com a demissão, o servidor que: I - atestar falsamente com prestação de serviço extraordinário. II - se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário.
SUBSEÇÃO IV
DO ADICIONAL NOTURNO Art. 96 - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas e um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) do vencimento básico, computando-se cada hora com 52’20” (cinqüenta e dois minutos e trinta segundos).
Art. 97 - O adicional referido no artigo anterior será concedido aos servidores cujo exercício da atividade exija a prestação de trabalho noturno, conforme regulamento próprio. §ú - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos comissionados ou funções gratificadas.
SUBSEÇÃO V DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 98 - Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. § 1º - No caso de o servidor exercer função de direção ou chefia ou assessoramento ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. § 2º - O servidor em regime de acumulação legal, receberá o adicional de férias calculado sobre a remuneração dos dois cargos.
SEÇÃO IV DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 99 - São concedidas aos servidores as seguintes gratificações: I - pelo exercício de Função de Direção, Chefia, Assessoramento e Assistência; II - natalina; III - pela elaboração ou execução de trabalhos técnicos ou científicos; IV - outras instituídas por lei.
SUBSEÇÃO I DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO
DE FUNÇÃO DE DIREÇÃO CHEFIA OU ASSESSORAMENTO
Art. 100 - Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento que contar 05 (cinco) anos completos consecutivos ou não de exercício na referida função, terá adicionada à remuneração do cargo efetivo, a título de vantagem pessoal, a importância equivalente à fração de 1/5 (um quinto) da remuneração do cargo em comissão ou função. § 1º - O acréscimo de que trata este artigo ocorrerá somente a partir do 5º ano, e a cada ano subseqüente, será incorporada igual importância equivalente a 1/5 (um quinto) até o limite de 5/5 (cinco quintos). § 2º - Quando mais de uma função ou cargo houver sido desempenhado no período de 01 (um) ano a importância a ser incorporada terá por base de cálculo a função exercida por maior tempo.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 37/73
§ 3º - Ocorrendo o exercício de função de nível mais elevado, por período de 12 (doze) meses, após a incorporação da fração de 5/5 (cinco quintos), poderá haver a atualização progressiva das parcelas já incorporadas, observado o disposto neste artigo. § 4º - Enquanto exercer cargo em comissão, função gratificada ou cargo de natureza especial, o servidor não perceberá a parcela a cuja adição fez jus, exceto no caso de opção pelo vencimento do cargo efetivo, nos termos permitidos por esta Lei Complementar. Art. 101 - A contagem do período de exercício a que se refere o artigo anterior, terá início a partir do primeiro provimento em cargo em comissão ou função gratificada. Art. 102 - Será admitida a contagem do período de exercício anterior a instituição de Cargos de Direção Superior - CDS e Função Gratificada - FG, desde que o direito à incorporação da parcela tenha verificado anteriormente à transformação ou, se posterior, tenham dado origem às funções, sem mudanças das atribuições. §ú - Na hipótese de extinção, deve ser examinado se existe nova função, na Administração Estadual, nas Autarquias e Fundações, com as mesmas atribuições afetadas à que se extinguiu.
SUBSEÇÃO II DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 103 - A gratificação natalina corresponde 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano, extensiva aos inativos. §ú - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. Art. 104 - A gratificação será paga até o dia 20 do mês de dezembro da cada ano. Art. 105 - O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês de exoneração. Art. 106 - Quando o servidor perceber além do vencimento ou remuneração fixa, parte variável, a bonificação natalina corresponderá à soma da parte fixa mais a média aritmética da parte variável até o mês de novembro. § 1º - No caso de acumulação constitucional, será devida a gratificação natalina em ambos os cargos ou funções. § 2º - A gratificação natalina não é considerada para qualquer vantagem pecuniária e não será levada em conta para efeito de contribuição previdenciária.
SUBSEÇÃO III DA GRATIFICAÇÃO PELA ELABORAÇÃO OU
EXECUÇÃO DE TRABALHOS TÉCNICOS OU CIENTÍFICOS
Art. 107 - A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico será concedida quando se tratar: I - de trabalho que venha a resultar benefício para a humanidade; II - de trabalho de que venha a resultar melhoria nas condições econômicas na Nação ou do Estado, ou do em estar da coletividade; III - de trabalho de que venha resultar melhoria sensível para a Administração Pública, ou em benefício do público, ou de seus próprios serviços; IV - de trabalho elaborado por determinação ou solicitação do Governador ou Secretário de Estado, cumulativamente com as funções do cargo, e que venha a se constituir em Projeto de Lei ou Decreto de real importância, aprovado pelo Chefe do Poder Executivo. Art. 108 - A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico será arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo, tendo por base o vencimento do cargo efetivo do servidor, cuja importância recebida não excederá a 70% (setenta por cento) da remuneração de Secretário de Estado. § 1º - No caso de trabalho realizado por equipe, em comissão ou grupo de trabalho, os limites estabelecidos neste artigo serão considerados em relação a cada servidor, de acordo com a sua participação. § 2º - A gratificação estabelecida no “caput” deste artigo é vinculada ao trabalho que lhe der origem, e seu pagamento dar-se-á na conclusão dos trabalhos. Art. 109 - A elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico só poderá ser gratificada, quando não constituir tarefa ou encargo que caiba ao servidor executar ordinariamente no desempenho de suas funções. §ú - Poderão integrar as Equipes, Comissões ou Grupo de Trabalho, servidores do quadro efetivo do Estado, os investidos em cargo comissionado, bem como outros agentes públicos federais, municipais ou empregados da administração indireta, cedidos ou postos à disposição do Estado, alcançando-lhes a gratificação referida no “caput” do artigo anterior.
CAPÍTULO III DAS FÉRIAS
Art. 110 - O servidor fará jus a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, de acordo com escala organizada.
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ALISSON FIDELIS 38/73
§ 1º - A escala de férias deverá ser elaborada no mês de novembro do ano em curso, objetivando sua aplicação no ano seguinte, podendo ser alterada de acordo com a premente necessidade de serviço. § 2º - É vedado levar à conta das férias qualquer falta ao trabalho. § 3º - Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o servidor o direito a férias. § 4º - É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço devidamente justificada e pelo máximo de 02 (dois) períodos. § 5º - Os professores, desde que em regência de classe, gozarão férias fora do período letivo. Art. 111 - Durante as férias, o servidor terá direito às vantagens como se estivesse em exercício. Art. 112 - É vedada a concessão de férias superiores a 30 (trinta) dias, consecutivos ou não, por ano, a qualquer servidor público estadual, com exceção dos casos previstos em lei específica. Art. 113 - É facultado ao servidor converter 1/3 das férias em abono pecuniário, desde que requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência. §ú - No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor adicional de férias. Art. 114 - O servidor que opera direta e permanentemente com Raio X ou substância radioativas, gozará obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação. §ú - O servidor referido neste artigo não fará jus ao abono pecuniário de que trata o artigo anterior. Art. 115 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público.
CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS
SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 116 - Conceder-se-á ao servidor Licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política;
V - prêmio por assiduidade VI - para tratar de interesse particular; VII - para desempenho de mandato classista; VIII - para participar de cursos de especialização ou aperfeiçoamento; IX - V E T A D O. § 1º - A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta médica oficial. § 2º - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por um período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV, VII, VIII e IX. § 3º - É vedado o exercício da atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo. Art. 117 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie, será considerada como prorrogação. Art. 118 - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão de licença, salvo doença comprovada que o impeça de comparecer ao serviço, hipótese em que o prazo de licença começará correr a partir do impedimento.
SEÇÃO II DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
EM PESSOA DA FAMÍLIA Art. 119 - Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por Junta Médica Oficial. § 1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo. § 2º - A licença será concedida sem prejuízo de remuneração do cargo efetivo, até 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por até 90 (noventa) dias, mediante parecer da Junta Médica e, excedendo estes prazos, sem remuneração. § 3º - Sendo os membros da família servidores públicos regidos por este Estatuto, a licença será concedida, no mesmo período, a apenas um deles. § 4º - A licença pode ser concedida para parte da jornada normal de trabalho, a pedido do servidor ou a critério da Junta Médica Oficial. § 5º - A licença fica automaticamente cancelada com a cassação do fato originador, levando-se à conta de falta as ausências desde 08 (oito) dias após a cessação de sua causa até o dia útil anterior à apresentação do servidor ao serviço.
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SEÇÃO III LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO
DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO Art. 120 - O servidor terá direito à licença para acompanhar o cônjuge ou companheiro que for deslocado para outro Estado da Federação, para o exterior ou para o exercício eletivo. § 1º - A licença será sem remuneração, salvo se existir no novo local da residência, unidade pública estadual onde possa o servidor exercer as atividades do cargo em que estiver enquadrado. § 2º - A licença será concedida mediante pedido e poderá ser renovada de 02 (dois) em 02 (dois) anos.
SEÇÃO IV DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 121 - Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. § 1º - A licença será concedida mediante apresentação do documento oficial que comprove a incorporação. § 2º - Concluído o serviço militar, o servidor terá 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
SEÇÃO V DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 122 - O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. § 1º - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao do pleito. § 2º - A partir do registro da candidatura e até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença como se em efetivo exercício estivesse, com a remuneração de que trata o art. 65.
SEÇÃO VI DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 123 - Após cada qüinqüênio ininterrupto de efetivo serviço prestado ao Estado de Rondônia, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade com remuneração integral do cargo e função que exercia. §ú - Os períodos de licença prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecer, serão convertidos em
pecúnia, e revertidos em favor de seus beneficiários da pensão. Art. 124 - Em caso de acumulação legal de cargo, a licença será concedida em relação a cada um. §ú - Será independente o cômputo do qüinqüênio em relação a cada um dos casos. Art. 125 - Não se concederá licença prêmio por assiduidade ao servidor que, no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de: a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração; b) licença para tratar de interesses particulares; c) condenação e pena privativa de liberdade por sentença definitiva; d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro. §ú - As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta. Art. 126 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença prêmio por assiduidade não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade. Art. 127 - Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o tempo de licença prêmio por assiduidade que o servidor não houver gozado.
SEÇÃO VII DA LICENÇA PARA TRATAR DE
INTERESSE PARTICULAR Art. 128 - O servidor poderá obter licença sem vencimento para tratar de interesses particulares, conforme dispuser o regulamento. § 1º - O servidor aguardará em exercício a concessão da licença até 60 (sessenta) dias, findo o qual, considerará automático o seu deferimento (revogado pela Lei Complementar nº 81, de 12/07/93, publicado no D.O.E. nº 2851, de 31/08/93. § 2º - A licença não perdurará por tempo superior a 02 (dois) anos e só poderá ser renovada depois de decorrido 02 (dois) anos do término da anterior, qualquer que seja o tempo de licença. § 3º - O disposto nesta seção não se aplica ao servidor em estágio probatório.
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ALISSON FIDELIS 40/73
Art. 129 - O servidor poderá desistir da licença a qualquer tempo. §ú - Fica caracterizado o abandono de cargo pelo servidor que não retornar ao serviço 30 (trinta) dias após o término da licença. Art. 130 - Em caso de interesse público comprovado, a licença poderá ser interrompida, devendo o servidor ser notificado do fato. §ú - Na hipótese deste artigo, o servidor deverá apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da notificação, findos os quais a sua ausência será computada como falta.
SEÇÃO VIII DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE
MANDATO CLASSISTA Art. 131 - É assegurado a servidor estadual e a servidor da União à disposição do Estado o direito a licença para desempenho de mandato em entidade classista legalmente instituída. § 1º - Os servidores eleitos para dirigentes sindicais serão colocados à disposição do seu Sindicato, com ônus para o seu órgão de origem, na forma estabelecida no § 4º, art. 20 da Constituição Estadual. § 2º - A licença tem duração igual a do mandato, podendo ser renovada em caso de reeleição. § 3º - Ao servidor licenciado são assegurados todos os direitos do cargo efetivo, como se exercendo o estivesse. § 4º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargo de direção ou representação nas referidas entidades até o máximo de 04 (quatro) membros por entidade.
SEÇÃO IX DA LICENÇA PARA FREQÜENTAR APERFEIÇOAMENTO
E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Art. 132 - O servidor estável poderá afastar-se do órgão ou entidade em que tenha exercício ou ausentar-se do Estado, para estudo ou missão oficial, mediante autorização do Chefe de cada Poder. § 1º - V E T A D O. § 2º - Ao servidor autorizado a freqüentar curso de graduação, aperfeiçoamento ou especialização, com ônus, é assegurada a remuneração integral do cargo efetivo, ficando obrigado a remeter mensalmente ao seu órgão de lotação o comprovante de freqüência do referido curso. § 3º - A falta de freqüência implicará a suspensão automática da licença e da remuneração do servidor, devendo retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 4º - A licença para freqüentar curso de aperfeiçoamento ou especialização somente será concedida se este for compatível com a formação e as funções exercidas pelo servidor e do interesse do Governo do Estado. § 5º - A licença para freqüentar cursos de graduação será restrita àqueles não oferecidos pelas Instituições de Ensino Superior existentes no Estado. § 6º - Findo o estudo, somente, decorrido igual período, será permitido novo afastamento. Art. 133 - Concluindo a licença de que trata o artigo anterior, ao servidor beneficiado não será concedida a exoneração ou licença para interesse particular, antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese do ressarcimento da despesa havida com seu afastamento, ao Tesouro Estadual. §ú - Não cumprida a obrigação prevista neste artigo, o servidor ressarcirá ao Estado as despesas havidas com seu afastamento.
SEÇÃO X DA LICENÇA PARA MANDATO ELETIVO
Art. 134 - Ao servidor em exercício de mandato eletivo aplicar-se-ão as seguintes disposições: I - em qualquer caso em que se exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo efetivo, facultada a opção pela sua remuneração; III - investido em mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens do seu cargo efetivo, sem prejuízo na remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior. §ú - Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
CAPÍTULO V DAS CONCESSÕES
Art. 135 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por um dia, para doação de sangue; II - por dois dias, para se alistar como eleitor; III - por oito dias consecutivos, em razão de: a) casamento;
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b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob sua guarda e irmão.
CAPÍTULO VI
DO TEMPO DE SERVIÇO Art. 136 - É contado para todos os efeitos legais o tempo de exercício em cargo, emprego ou função pública da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas. Art. 137 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. §ú - Feita a conversão, os dias restantes até 180 (cento e oitenta) não serão computados, arredondando-se para 01 (um) ano quando excederem a esse número, nos casos de cálculos de proventos de aposentadoria proporcional e disponibilidade. Art. 138 - Além das ausências aos serviço prestadas no artigo 135, são considerados como efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I - férias; II - convocação para o serviço militar; III - júri e outros serviços obrigatórios por lei; IV - exercício de cargo de provimento em comissão na Administração Direta, Autárquica ou em Fundações instituídas pelo Estado de Rondônia; V - exercício de cargo ou função de governo ou de administração, em qualquer parte do Território Nacional, por nomeação do Presidente da República; VI - exercício do cargo de Secretário de Estado ou Municipal em outras Unidades da Federação, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo; VII - desempenho de mandato deliberativo em empresa pública e sociedade de economia mista sob o controle acionário do Estado de Rondônia; VIII - licença especial; IX - licença gestante ou adotante; X - licença paternidade; XI - licença para tratamento de saúde até o limite máximo de 24 (vinte e quatro) meses; XII - licença por motivo de doença em pessoa da família, enquanto remunerada; XIII - licença ao servidor acidentado em serviço ou acometido de doença profissional;
XIV - trânsito do servidor que passar a ter exercício em nova sede, definido como período de tempo não superior a 30 (trinta) dias, contados do seu deslocamento, necessário à viagem para o novo local de trabalho; XV - missão ou estudo no país ou no exterior, quando o afastamento for com ou sem remuneração; XVI - exercício de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou sindical, mesmo que em licença Constitucional remunerada. §ú - Considera-se, ainda, como de efetivo exercício o período em que o servidor estiver em disponibilidade. Art. 139 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo de serviço: I - como contratado ou sob qualquer outra forma de admissão, desde que remunerada pelos cofres estaduais; II - em instituição de caráter privado que tiver sido encampada ou transformada em estabelecimento público; III - público prestado a União, aos Estados, Municípios e Distrito Federal; IV - em licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração; V - em licença para atividade política, no caso do artigo 122; VI - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público estadual se contribuinte do órgão previdenciário; VII - em atividade privada, vinculada à Previdência Social. § 1º - É vedada a contagem cumulativa de serviço prestado, concomitantemente, em mais de um cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado Distrito Federal e Município, Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública. § 2º - Não será contado o tempo de serviço que já tenha sido base para concessão de aposentadoria por outro sistema. § 3º - Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às forças armadas em operações de guerra. Art. 140 - A comprovação do tempo se serviço para efeito de averbação é procedido mediante certidão original, contendo os seguintes requisitos: I - a expedição por órgão competente e visto da autoridade responsável;
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II - a declaração de que os elementos da certidão foram extraídos de documentação existente na respectiva entidade, anexando cópia dos atos de admissão e dispensa, ou documentação comprobatória; III - a discriminação do cargo, emprego ou função exercidos e a natureza do seu provimento; IV - a indicação das datas de início e término do exercício; V - a conversão em ano dos dias de efetivo exercício, na base de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano; VI - o registro de faltas, licenças, penalidades sofridas e outras notas constantes do assentamento individual; VII - qualificação do interessado. § 1º - O servidor público ex-contribuinte da Previdência Social, deve ainda apresentar certidão do tempo de serviço expedida por aquela entidade. § 2º - A justificação judicial, como prova do tempo de serviço estadual, pode ser admitida tão somente nos casos de evidenciada impossibilidade de atendimento aos requisitos do artigo anterior, acompanhada de prova documental contemporânea.
CAPÍTULO VII DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 141 - É assegurado ao servidor, requerer, pedir reconsideração e recorrer de decisões. Art. 142 - O requerimento é dirigido à autoridade competente para decidí-lo e encaminhado por intermédio daquele a quem o requerente esteja imediatamente subordinado. Art. 143 - Cabe pedido de reconsideração, que não pode ser renovado, à autoridade que tenha expedido o ato ou proferido a primeira decisão. §ú - O requerimento e o pedido de reconsideração devem ser decididos dentro de trinta dias, prorrogáveis por igual período, em caso de diligência. Art. 144 - Sob pena de responsabilidade, será assegurado ao servidor: I - o rápido andamento dos processos de seu interesse nas repartições públicas; II - a ciência das informações, pareceres e despachos dados em processos que a ele se refiram; III - a obtenção de certidões requeridas para defesa de seus direitos e esclarecimentos de situações, salvo se o interesse público impuser sigilo.
Art. 145 - O requerimento inicial do servidor não precisará vir acompanhado dos elementos comprobatórios do direito pleiteado, desde que constem do assentamento individual do requerente. Art. 146 - Cabe recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos, sucessivamente interpostos. § 1º - O recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior à que tenha expedido o ato proferido a decisão e, sucessivamente na escala ascendente, às demais autoridades, devendo ser decidido no prazo de 30 (trinta) dias. § 2º - Nenhum recurso pode ser dirigido mais de uma vez à mesma autoridade. § 3º - O recurso é encaminhado por intermédio da autoridade a que o requerente esteja imediatamente subordinado. § 4º - Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo; os que sejam providos, porém, dão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato impugnado. Art. 147 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência pelo interessado, da decisão decorrida. Art. 148 - O direito de requerer prescreve: I - em cinco anos, quanto aos atos de demissão, cassação de aposentadoria e de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes da relação de trabalho; II - em 180 (cento e oitenta) dias, nos demais casos. Art. 149 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. §ú - Interrompida a prescrição, o prazo começa a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção. Art. 150 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. Art. 151 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vistas ao processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador po ele constituído. Art. 152 - A administração deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Art. 153 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
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TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I DOS DEVERES
Art. 154 - São deveres do servidor: I - assiduidade e pontualidade; II - urbanidade; III - lealdade às instituições a que servir; IV - observância das normas legais e regulamentares; V - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VI - atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública e à expedição de certidões; VII - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público; VIII - representar contra a ilegalidade ou abuso de poder, por via hierárquica; IX - levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência; X - manter conduta compatível com a moralidade administrativa.
CAPÍTULO II DAS PROIBIÇÕES
Art. 155 - Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviços; V - promover manifestações de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto as repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de perante até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais de repartição em serviço ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - deixar de pagar dívidas ou pensões a que esteja obrigado em virtude de decisão judicial.
CAPÍTULO III DA ACUMULAÇÃO
Art. 156 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos ressalvados os casos previstos na Constituição Federal. § 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, Estado e dos Municípios. § 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, é condicionada à comprovação de compatibilidade de horários. Art. 157 - O servidor vinculado ao regime desta Lei Complementar, que acumular licitamente 02 (dois) cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.
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Art. 158 - É permitida a acumulação de percepção de provento, com remuneração decorrente do exercício de cargos acumulados legalmente. Art. 159 - Verificada acumulação ilícita de cargos, funções ou empregos, o servidor é obrigado a solicitar exoneração de um deles, dentro de 05 (cinco) dias. §ú - Decorrido o prazo deste artigo, sem que manifeste a sua opção ou caracterizada a má fé, o servidor é sujeito às sanções disciplinares cabíveis, restituindo o que tenha percebido indevidamente.
CAPÍTULO IV DAS RESPONSABILIDADES
Art. 160 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 161 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuízo do patrimônio do Estado ou terceiros. § 1º - A indenização pelos prejuízos causados à Fazenda Pública pode ser liquidada através de desconto em folha, em parcelas mensais inferiores à décima parte da remuneração ou provento. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responde perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. Art. 162 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade. Art. 163 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou função. Art. 164 - A responsabilidade administrativa não exime a responsabilidade civil ou criminal, nem o pagamento da indenização elide a pena disciplinar. Art. 165 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor é afastada em caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
CAPÍTULO V DAS PENALIDADES
Art. 166 - São penalidades disciplinares: I - repreensão; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função gratificada; VII - multa; Art. 167 - São infrações disciplinares puníveis com pena de repreensão, inserta nos assentamentos funcionais: I - inobservar o dever funcional previsto em lei ou regulamento; II - deixar de atender convocação para júri ou serviço eleitoral; III - desrespeitar, verbalmente ou por atos, pessoas de seu relacionamento profissional ou público; IV - deixar de pagar dívidas ou pensões a que esteja obrigado em virtude de decisão judicial; V - deixar de atender, nos prazos legais, sem justo motivo, sindicância ou processo disciplinar. Art. 168 - São infrações disciplinares puníveis com suspensão de até 10 (dez) dias: I - a reincidência de qualquer um dos itens do artigo 167; II - dar causa à instauração de sindicância ou processo disciplinar, imputando a qualquer servidor infração da qual o sabe inocente; III - faltar à verdade, com má fé, no exercício das funções; IV - deixar, por condescendência, de punir subordinado que tenha cometido infração disciplinar; V - fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito em processo disciplinar; VI - delegar a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, atribuição que seja de sua competência e responsabilidade ou de seus subordinados; VII - indisciplina ou insubordinação; VIII - reincidência do inciso IV do artigo 167; IX - deixar de atender: a) a requisição para defesa da Fazenda Pública; b) a pedido de certidões para a defesa de direito subjetivo, devidamente indicado. X - retirar, sem autorização escrita do superior, qualquer documentos ou objeto da repartição. Art. 169 - São infrações disciplinares puníveis com suspensão de até 30 (trinta) dias:
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I - a reincidência de qualquer um dos itens do artigo 168; II - ofensa física, em serviço, contra qualquer pessoa, salvo em legítima defesa; III - obstar o pleno exercício da atividade administrativa; IV - conceder diárias com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, bem como recebê-las pela mesma razão ou fundamento; V - atuar, como procurador ou intermediária, junto à repartições públicas, salvo quando se tratar de parentes até segundo grau, cônjuge ou companheiro; VI - aceitar representação ou vantagens financeiras de Estado estrangeiro; VII - a não atuação ou a não notificação de contribuinte incurso de infração de lei fiscal e a não apreensão de mercadorias em trânsito nos casos previstos em lei, configurando prática de lesão aos cofres públicos pelo servidor responsável. Art. 170 - São infrações disciplinares puníveis com demissão: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiro público; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público; XI - corrupção em quaisquer modalidades; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII – a transgressão dos incisos IX a XVII do artigo 155; XIV - reincidência de infração capitulada no inciso VI e VII, do artigo 169.
§ 1º - A demissão incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público do Estado, dependendo das circunstâncias atenuantes ou agravantes, pelo prazo de 05 (cinco) anos o qual constará sempre dos atos de demissão. § 2º - Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. § 3º - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias consecutivos, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses. Art. 171 - A cassação de aposentadoria ou disponibilidade aplica-se: I - ao servidor que, no exercício de seu cargo, tenha praticado falta punível com demissão; II - ao servidor que, mesmo aposentado ou em disponibilidade, aceite representação ou vantagens financeiras de Estado estrangeiro, sem prévia autorização da autoridade competente. Art. 172 - O servidor, aposentado ou em disponibilidade que, no prazo legal, não entrar em exercício do cargo a que tenha revertido, responde a processo disciplinar e, uma vez provada a inexistência de motivo justo, sofre pena de cassação da aposentadoria ou disponibilidade. Art. 173 - Será destituído do cargo em comissão o servidor que praticar infração disciplinar, punível com suspensão e demissão. Art. 174 - O servidor punido com demissão é suspenso do exercício do outro cargo público, que legalmente acumule, pelo tempo de duração da penalidade. Art. 175 - No ato punitivo constará sempre os fundamentos da penalidade aplicada. Art. 176 - São circunstâncias agravantes da pena: I - a premeditação; II - a reincidência; III - o conluio; IV - a continuação; V - o cometimento do ilícito: a) mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte o processo disciplinar; b) com abuso de autoridade; c) durante o cumprimento da pena; d) em público.
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Art. 177 - São circunstâncias atenuantes da pena: I - tenha sido mínima a cooperação do servidor na prática da infração; II - tenha o agente: a) procurado, espontaneamente e com eficiência, logo após o cometimento da infração ou em tempo evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano civil; b) cometido a infração sob coação de superior hierárquico, a quem não tivesse como resistir, ou sob influência de emoção violenta, provocada por ato injusto de terceiros; c) confessado espontaneamente a autoria da infração, ignorada ou imputada a outrem; d) mais de cinco anos de serviço com bom comportamento, no período anterior a infração. Art. 178 - Para a imposição de pena disciplinar são competentes: I - no caso de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, a autoridade competente para nomear ou aposentar; II - no caso de suspensão, o Secretário de Estado, autoridades equivalentes, dirigentes de autarquias e fundações públicas; III - no caso de repreensão, a chefia imediata. Art. 179 - A ação disciplinar prescreve: I - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto aos fatos punidos com repreensão; II - em 02 (dois) anos, a transgressão punível com suspensão ou destituição de cargo de comissão; III - em 05 (cinco) anos, quanto aos fatos punidos com pena de demissão, de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ressalvada a hipótese do artigo 174. § 1º - O prazo de prescrição começa a correr: I - desde o dia em que ilícito se tornou conhecido da autoridade competente para agir; II - desde o dia em que cessar a permanência ou a continuação, em caso de ilícitos permanentes ou continuados. § 2º - O caso da prescrição interrompe-se: I - com a instalação do processo disciplinar; II - com o julgamento do processo disciplinar.
§ 3º - Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr novamente a partir do dia da interrupção. Art. 180 - Se o fato também configura ilícito penal, a prescrição é a mesma da ação penal, caso esta prescreva em mais de 05 (cinco) anos.
TÍTULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 181 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada, ao acusado, ampla defesa. (Alterado pela Lei Complementar 091 de 03/11/93, publicada no D.O.E. nº 2993, de 04/11/93. Art. 182 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. §ú - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
CAPÍTULO II DA SINDICÂNCIA
Art. 183 - A sindicância, que precederá a imposição das penas de advertência, repreensão e suspensão de até 30 (trinta) dias, consiste na apuração do fato constitutivo de transgressão disciplinar. Art. 184 - As autoridades que tomarem conhecimento de transgressões disciplinares praticadas por servidores deverão remeter a documentação pertinente ou a prova material da infração, ao Secretário de Estado ou titular do órgão a que pertence o servidor, o qual determinará a instauração imediata de sindicância, mediante portaria, anexando a esta a documentação referente e a prova material da infração e decidirá a citação do sindicado para interrogatório no prazo de 03 (três) dias. § 1º - Após o interrogatório, o sindicado apresentará rol de testemunhas, no máximo de 05 (cinco). § 2º - A autoridade sindicante poderá indeferir as diligências consideradas procrastinatórias ou desnecessárias à apuração do fato, em despacho fundamentado. § 3º - Julgada procedente a argüição feita ao sindicado, o Presidente da Comissão notificá-lo-á, por escrito, para apresentar sua defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação. § 4º - Quando não for apresentada defesa pelo Sindicado, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
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Art. 185 - Compete aos Secretários de Estado, Presidente de Autarquias e Fundações, designar os membros da Comissão Sindicante. Art. 186 - Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar. §ú - o prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. Art. 187 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO III DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 188 - A autoridade que, com base em fatos ou denúncias, tiver ciência de irregularidade no serviço público, é obrigada a promover-lhe a imediata apuração em Processo Administrativo Disciplinar, assegurando-se, ao denunciado, ampla defesa. §ú - O Processo Administrativo Disciplinar precederá à aplicação das penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ressalvada a hipótese de penalidade decorrente de sentença judicial. Art. 189 - São competentes para determinar a abertura de Processo Administrativo Disciplinar, o Governador do Estado, o Presidente Administrativo Disciplinar, o Presidente do Tribunal de Contas e o procurador Geral do Ministério Público, Secretários de Estado, Presidente de Autarquias e Fundações, nas áreas de suas respectivas competências. Art. 190 - O Processo Administrativo Disciplinar será promovido por uma comissão composta de 03 (três) servidores, estáveis, designados pela autoridade que houver determinado, indicando, entre seus membros o respectivo Presidente. § 1º - A designação da comissão será feita por meio de portaria da qual constará, detalhadamente, o motivo da instauração do processo. § 2º - O presidente da comissão designará um servidor para secretariar os trabalhos. § 3º - Sem prejuízo do disposto neste artigo, as autoridades nomeadas no artigo 189, poderão delegar competência ao
presidente das respectivas comissões para nomeação de membro aos processos a ela remetidos. § 4º - Aplicam-se às comissões de sindicância os critérios deste artigo. Art. 191 - Após a portaria de instauração, terá a comissão o prazo de 60 (sessenta) dias para relatar processo sendo admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. § 1º - Instaurado o processo disciplinar, determinará o presidente a citação do acusado para interrogatório, com prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, que será acompanhado de extrato da portaria de instauração, que conterá a acusação imputada ao acusado com todas as suas características. § 2º - Achando-se o acusado em lugar incerto e não sabido, ou por se ocultar para não receber a citação, expedir-se-á edital, com prazo de 15 (quinze) dias, publicado 03 (três) vezes no Diário Oficial do Estado, em dias consecutivos. § 3º - O prazo a que se refere o parágrafo anterior, será contado da última publicação certificando o Secretário, no processo, as datas em que as publicações foram feitas. § 4º - Após o interrogatório, deverá abrir-se o prazo de 05 (cinco) dias para apresentação de defesa prévia, na qual o acusado deverá requerer as provas a serem produzidas na instauração, apresentando o rol de testemunhas até o máximo de 10 (dez), as quais serão notificadas. § 5º - respeitado o limite de que trata o “caput” deste artigo, poderá o acusado, durante a produção de provas, substituir as testemunhas. § 6º - Aplicam-se às Comissões de Sindicância os critérios deste artigo. Art. 192 - A comissão procederá a todas as diligências necessárias, recorrendo, sempre que a natureza do fato o exigir, a peritos ou técnicos especializados, e requisitando à autoridade competente o pessoal, material e documentos necessários ao seu funcionamento. § 1º - As partes serão intimadas para todos os atos processuais, assegurando-lhes o direito de participação na produção de provas, mediante reperguntas às testemunhas e formulação de quesitos, quando se tratar de prova pericial. § 2º - Concluída a fase instrutória, reunirá a comissão para decidir se indicia ou não o acusado. § 3º - Após a indicação, será o acusado citado a apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias e, havendo mais de um indiciado, o prazo será de 20 (vinte) dias, comum a todos. Art. 193 - Não apresentando, o indiciado, defesa no prazo legal, será considerado revel, caso em que a comissão nomeará um servidor estável, da mesma classe ou categoria
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para defendê-lo, permitindo-o seu afastamento do serviço normal da repartição durante o tempo estritamente necessário ao cumprimento daquele mister. §ú - O servidor nomeado terá o prazo de 03 (três) dias, contados a partir da ciência de sua designação, para oferecer a defesa. Art. 194 - Recebida a defesa, será anexada aos autos, mediante termo, após o que a comissão elaborará relatórios em que fará histórico dos trabalhos realizados e apreciará, isoladamente, em relação a cada indiciado, as irregularidades de que foi acusado e as provas colhidas no processo, propondo então, justificadamente, a isenção de responsabilidade ou a punição, e indicando, neste último caso, a penalidade que couber ou as medidas que considerar adequadas. § 1º - Deverá, ainda, a Comissão em seu relatório sugerir quaisquer providências que lhe pareçam de interesse do serviço público. § 2º - Sempre que, no curso do processo disciplinar, for constatada a participação de outros servidores, não apuradas as responsabilidades destes, independentes de nova intervenção da autoridade que o mandou instaurar. Art. 195 - Recebido o processo, a autoridade que determinou a sua instauração, julgá-lo-á no prazo de 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento. § 1º - A autoridade de que tratar este artigo poderá solicitar parecer de qualquer órgão ou servidores sobre o processo, desde que o julgamento seja proferido no prazo legal. § 2º - O julgamento deverá ser fundamentado, promovendo ainda, a autoridade a expedição dos atos decorrentes e as providências necessárias à sua execução, inclusive, a aplicação da penalidade. Art. 196 - Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que parecerem cabíveis, a autoridade buscará, dentro do prazo marcado para o julgamento, a quem for competente. Art. 197 - As decisões serão sempre publicadas no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de 10 (dez) dias. Art. 198 - Quando a infração disciplinar constituir ilícito penal, a autoridade competente providenciará a comunicação à autoridade policial para instauração do competente inquérito policial. Art. 199 - No caso de abandono de cargo, a autoridade competente determinará à Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar do Estado a instauração de processo sumaríssimo iniciado com a publicação no Diário Oficial, por 03 (três) vezes, do edital de chamamento, pelo prazo de 15 (quinze) dias, que será contado a partir da terceira publicação.
§ 1º - Findo este prazo e não comparecendo o acusado, ser-lhe-á nomeado um defensor, para, em 10 (dez) dias, a contar da ciência da nomeação, apresentar defesa. § 2º - Apresentada a defesa e realizadas as diligências necessárias à coleta de provas, o processo será concluso ao Secretário de Estado da Administração, ou autoridades equivalente, para julgamento.
SEÇÃO I DO INQUÉRITO
Art. 200 - O inquérito administrativo é contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. §ú - A entidade sindical representativa da categoria do servidor processado poderá indicar representante para acompanhamento do processo. Art. 201 - Os autos da sindicância integram o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. §ú - Na hipótese de o relatório concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminha cópia dos autos ao Ministério Público, independente da imediata instauração do processo disciplinar. Art. 202 - A instauração do inquérito é formalizada pela autuação da portaria, pelas peças de denúncias e outros documentos que a instruem, certidão ou cópia da ficha funcional do acusado, designação de dia, hora e local para a audiência inicial e citação do acusado para se ver processar e acompanhar o inquérito, pessoalmente ou por intermédio do seu procurador, devidamente habilitado. Art. 203 - Na fase do inquérito, a comissão promove a tomada de depoimentos orais, reduzidos a termo, acareações, investigações e diligências, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, aos técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos sempre com ciência do acusado ou de seu procurador, mediante notificação, com prazo de 03 (três) dias de antecedência, para cada audiência que realize, não sendo lícito a testemunha trazê-lo por escrito. Art. 204 - As testemunhas são intimadas a depor mediante mandado, expedido pelo Presidente da Comissão, devendo a segunda via, com ciente do interessado, ser anexada aos autos. § 1º - Se o testemunho é de servidor, a expedição do mandado é comunicada ao chefe da repartição onde o serve, com indicação do dia e da hora marcada para a inquirição. § 2º - As testemunhas são inquiridas em separados e, da hipótese de depoimentos contraditórios ou que se informou, procede-se a acareação entre os depoentes.
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§ú - O presidente da comissão pode delegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. Art. 206 - Concluída interrogatório inquirição das testemunhas, a comissão promove o interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos no artigo 203. Art. 207 - A fase instrutória encerra-se com o relatório de instrução no qual são resumidos os fatos e as respectivas provas, tipificada a infração disciplinar e formulada a indiciação do acusado. § 1º - O indiciado é citado, por mandado expedido pelo presidente da comissão, para apresentar defesa ampla, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe cópia do processo. § 2º - Havendo mais de um indiciado, o prazo é comum e de 20 (vinte) dias. § 3º - o prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro das diligências reputadas dispensáveis. § 4º - Em caso de recusa do indiciado, em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa passa a contar da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação. § 5º - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão, o lugar onde poderá ser encontrado. § 6º - Se for impossível a citação pessoal do acusado, ela é feita por edital, com prazo de 15 (quinze) dias para a defesa, a contar da data da publicação no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Art. 208 - Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. § 1º - A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para defesa. § 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor estável como defensor dativo ocupante do cargo de nível igual ou superior ao indiciado. Art. 209 - A conclusão constitui a fase reservada à elaboração do relatório em que a comissão disciplinar reconhece a inocência ou a culpabilidade do acusado, indicando no segundo caso, as disposições legais transgredidas e as combinações a serem impostas. §ú - O processo disciplinar e seu relatório serão remetidos à autoridade que determinou sua instauração para julgamento.
CAPÍTULO IV DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 210 - Cabe a suspensão preventiva ao servidor, em qualquer fase do processo disciplinar a que esteja respondendo, pelo prazo de 30 (trinta) dias, conforme dispuser o regulamento, desde que sua permanência em serviço possa prejudicar a apuração dos fatos. Art. 211 - Compete aos Chefes do Poder executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, bem como ao Presidente do Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministério Público prorrogarem até 90 (noventa) dias, o prazo de suspensão já ordenada, findo o qual cessará os respectivos efeitos ainda que o processo não esteja concluído. § 1º - Não decidido o processo no prazo de 90 (noventa) dias, o indiciado reassumirá automaticamente o exercício de seu cargo ou função, aguardando aí, o julgamento. § 2º - No caso de alcance ou malversação de dinheiro público, apurado devidamente, o afastamento do servidor se prolongará, em regime de exceção, até decisão final do processo administrativo disciplinar. Art. 212 - O servidor terá direito: I - à contagem do tempo de serviço relativo ao período em que tenha estado suspenso, quando do processo não houver resultado da penalidade disciplinar ou esta se limite à repreensão; II - à contagem do tempo de serviço relativo ao período que exceder ao máximo legalmente previsto para a suspensão; III - à contagem do período de suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento ou da remuneração atualizada, todas as vantagens do exercício desde que reconhecida a sua inocência.
CAPÍTULO V DO JULGAMENTO
Art. 213 - No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. § 1º - havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave. § 2º - Se a penalidade prevista for a demissão ou a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I do artigo 178. Art. 214 - O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando este seja em contrário à prova dos autos. §ú - Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente agravar
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a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servido de responsabilidade. Art. 215 - Verificada a existência do vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para a instauração de novo processo. § 1º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade de processo. § 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 179 será responsabilizada na forma do artigo 163. Art. 216 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Art. 217 - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para a instauração da ação penal, ficando transladado na repartição. Art. 218 - O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. §ú - Ocorrida a exoneração de que trata o inciso I do artigo 40 o ato será convertido em demissão se for o caso. Art. 219 - Serão assegurador transporte e diária: I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado; II - aos membros da comissão e ao Secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
CAPÍTULO VI
DA REVISÃO DO PROCESSO Art. 220 - O processo disciplinar pode ser revisto no prazo prescricional, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. §ú - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor punido, qualquer pessoa pode requerer seu processo. Art. 221 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Art. 222 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos ainda não apreciados no processo originário.
Art. 223 - O requerimento para revisão de processo disciplinar é dirigido à autoridade que o tenha julgado, que após manifestação submeterá a matéria a autoridade competente para julgamento da revisão. Art. 224 - A comissão concluirá os seus trabalhos em 60 (sessenta) dias, permitida a prorrogação, a critério da autoridade a que se refere o artigo anterior, por mais de 30 (trinta) dias, e remeterá o processo a esta com relatório. Art. 225 - O prazo de julgamento do pedido revisório será de 40 (quarenta) dias, podendo antes a autoridade determinar diligências, concluídas as quais proferirá a decisão dentro do prazo de 15 (quinze) dias. §ú - Caberá o julgamento, quando do processo revisto houver resultado pena de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Art. 226 - O julgamento da revisão de processo cabe: I - aos titulares dos Poderes, ao presidente do Tribunal de Contas, ao Procurador Geral do Ministério Público do Estado; II - aos Secretários de Estado, tratando-se de autarquias e fundações públicas. Art. 227 - A revisão corre em apenso ao processo originário, tendo 60 (sessenta) dias para o seu julgamento. Art. 228 - Julgada procedente a revisão é declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, hipótese em que essa penalidade é convertida em exoneração. §ú - Da revisão do processo não pode resultar agravamento de penalidade.
TÍTULO VI DA SEGURIDADE SOCIAL
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 229 - Cabe ao estado atender a Seguridade e Assistência Social de seus servidores, ativos e inativos, em disponibilidades e seus dependentes na forma que dispuser o Sistema de Seguridade Social do Estado. Art. 230 - O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam as seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistências nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III - assistência à saúde.
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Art. 231 - os benefícios do Plano de Seguridade Social do Estado compreendem: I - quando ao servidor: a) aposentadoria; b) auxílio-natalidade; c) salário-família; d) licença para tratamento de saúde; e) licença à gestante, à adotante e licença paternidade; f) licença por acidente em serviço; II - quanto ao dependente: a) pensão vitalícia e temporária; b) pecúlio; c) auxílio funeral; d) auxílio reclusão. § 1º - As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pela entidades previdenciária à qual se encontra vinculado o servidor, observando-se o disposto neste Lei Complementar. § 2º - O recebimento indevido de benefício havido por fraude, dolo ou má fé implicará a devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.
CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS SEÇÃO I
DA APOSENTADORIA Art. 232 - O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidentes em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II - compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; III - voluntariamente: a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo masculino, aos 30 (trinta) anos se do sexo feminino, com proventos integrais; b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco) anos, se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se do sexo masculino e aos 25 (vinte e cinco) anos se do sexo feminino com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se do sexo masculino, e aos 60 (sessenta) anos se do sexo feminino, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; e) VETADO; f) VETADO. § 1º - Do tempo de serviço referido nas letras a, b, c, e d do inciso III, o servidor deverá contar com, no mínimo 10 (dez) anos de serviços prestados ao Estado de Rondônia, no cargo efetivo em que fora admitido. § 2º - Considera-se doenças graves, contagiosa ou incuráveis a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienação mental, neoplastia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose angulosa, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteite deformente), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS e outras que a lei indiciar, com base na medicina especializada. § 3º - Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria de que trata o inciso III, alíneas “a”, e “c” observará o disposto em lei específica. Art. 233 - A aposentadoria voluntária por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. § 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses. § 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o servidor será aposentado. § 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado como prorrogação de licença. Art. 234 - O chefe do órgão em que o servidor estiver lotado determinará o seu afastamento do exercício do cargo, comunicando o fato à autoridade competente para a decretação da respectiva aposentadoria, através de ato do Chefe do poder Executivo, no dia imediato ao que: I - for considerado, por laudo médico definitivamente incapaz para o serviço público; II - completar idade limite para aposentadoria compulsória. §ú - O procedimento de que trata a parte inicial do ‘caput” deste artigo deverá ser adotado pelo Secretário de Estado da
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Administração ou autoridade equivalente, quando for publicado o decreto de aposentadoria voluntária do servidor. Art. 235 - O provento da aposentadoria será: I - correspondente à remuneração total quando o servidor: a) contar o tempo de serviço legalmente previsto para a aposentadoria voluntária; b) for inválido para o serviço público, por acidente em serviço ou em decorrência de doença profissional; c) na inatividade for acometido de qualquer das doenças especificadas no § 2º do artigo 232, ou na outra lei que considere aposentável o servidor portador de tal moléstia; d) proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos. §ú - VETADO. Art. 236 - O cálculo dos proventos será por base o vencimento do cargo acrescido de gratificação adicional por tempo de serviço e outras vantagens pecuniárias. Art. 237 - os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei. Art. 238 - O servidor que contar tempo de serviço suficiente para aposentar-se voluntariamente passará à inatividade, com vencimento do cargo efetivo acrescido, além de outros benefícios previstos nesta Lei Complementar, da vantagem pessoal, concedida por efetivo exercício, no período de 05 (cinco) anos consecutivos ou não em cargo comissionado ou função de confiança, de acordo com o artigo 100. §ú - Os benefícios de que trata o artigo anterior serão reajustados na mesma proporção, sempre que forem majorados para o servidor em atividade. Art. 239 - VETADO; I – VETADO II - VETADO.
SEÇÃO II DO AUXÍLIO NATALIDADE
Art. 240 - O auxílio-natalidade é devido a servidora, por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento da Tabela do Estado, nunca inferior ao salário mínimo vigente, inclusive no caso de natimorto, custeado pela entidade previdenciária. § 1º - Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 100 % (cem por cento) por nascituro.
§ 2º - O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro, servidor público, quando a parturiente não for servidora.
SEÇÃO III DO SALÁRIO FAMÍLIA
Art. 241 - O salário-família, definido na legislação específica, é devido ao servidor ativo ou inativo, por dependente econômico, no valor correspondente a 1% (um por cento) do menor vencimento pago pelo Estado. §ú - Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário família: I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou se estudantes, até 24 (vinte e quatro) anos, ou se inválido, de qualquer idade; II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do servidor inativo. III - a mãe e o pai sem renda própria. Art. 242 - Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo. Art. 243 - Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles, quando separados, será para um e outro, de acordo com a distribuição de dependentes. §ú - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta, na falta destes, os representantes legais dos incapazes. Art. 244 - O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a previdência social. Art. 245 - O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarretará a suspensão do pagamento do salário-família.
SEÇÃO IV DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 246 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde a pedido ou de ofício, com perícia médica, sem prejuízo de remuneração a que fizer jus. Art. 247 - Para licença até 02 (dois) dias, poderá ser concedida por médico particular ou previdenciário e, se por prazo superior, por junta médica oficial, quando a instituição não dispuser de médico. § 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
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§ 2º - Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado emitido por médico particular, o qual será homologado obrigatoriamente por Junta Médica Oficial. Art. 248 - Findo o prazo da licença, o servidor será submetido e nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. Art. 249 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidentes em serviços, doença profissional ou quaisquer das doenças especificadas no artigo 232, § 2º. Art. 250 - O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido à inspeção médica.
SEÇÃO V DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE
E DA LICENÇA-PATERNIDADE Art. 251 - Será concedida licença a servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo de remuneração. § 1º - A licença terá inicio no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. § 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. § 3º - No caso de natimorto, decorridos 60 (sessenta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício. § 4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias. Art. 252 - Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06 (seis) meses, a servidora lactante terá direito a jornada de trabalho, a duas horas de descanso, que poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de uma hora. Art. 253 - A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança com mais de 01 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada, para ajustamento do adotado ao novo lar. §ú - No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 01 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. Art. 254 - É assegurada licença paternidade a contar do dia do nascimento do filho do servidor, nos termos da lei.
SEÇÃO VI DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Art. 255 - Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 256 - Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se relaciona mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. §ú - Equipara-se ao acidente em serviço o dano: I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. Art. 257 - O servidor acidentado em serviço que necessitar de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos. §ú - O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados, em instituição pública. Art. 258 - A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis quando as circunstâncias de caráter relevantes assim exigirem.
SEÇÃO VII DA PENSÃO
Art. 259 - Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal no valor correspondente ao percentual determinado pelo órgão previdenciário estadual, aplicado a respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito. Art. 260 - As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias. § 1º - A pensão vitalícia é composto de cota ou cotas permanentes que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários. § 2º - A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cassação de invalidez ou maioridade do beneficiário. Art. 261 - São beneficiários das pensões: I - vitalícia: a) o cônjuge; b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia; c) o companheiro ou companheira designada que comprove união estável como entidade familiar; d) a mão e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;
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e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor; II - temporária: a) os filhos ou enteados até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválidos, enquanto durar a invalidez; b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade; c) o irmão órfão de pai e padrasto, até 21 (vinte e um) anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor; d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou se inválida, enquanto durar a invalidez. § 1º - A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”. § 2º - A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”. Art. 262 - A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária. § 1º - Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. § 2º - Na hipótese de habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra rateada, em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária. § 3º - Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem. Art. 263 - A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos. §ú - Concedida a pensão, qualquer prova posterior, ou da habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida. Art. 264 - Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do servidor. Art. 265 - Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo em missão de segurança. §ú - A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 05 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado. Art. 266 - Acarreta perda da qualidade de beneficiário: I - o seu falecimento; II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge; III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido; IV - a maioridade de filho, irmão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade; V - a acumulação de pensão. Art. 267 - Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá: I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescentes da pensão vitalícia. Art. 268 - As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores. Art. 269 - Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de 02 (duas) pensões.
SEÇÃO VIII DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 270 - O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou do aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento custeado pela entidade previdenciária a que estiver vinculado. § 1º - No caso de acumulação legal de cargos o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração. § 2º - O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, a pessoa da família que houver custeado o funeral. Art. 271 - Se o funeral for custeado por terceiros este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
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Art. 272 - Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transportes do corpo ocorrerão à conta dos recursos do Estado.
SEÇÃO IX DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
Art. 273 - A família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores: I - 2/3 (dois terços) da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; II - metade da remuneração, durante o afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva, à pena que não determine perda do cargo. § 1º - Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido. § 2º - O pagamento do auxílio-reclusão custeado pela entidade previdenciária a que estiver vinculado, cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
CAPÍTULO III DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE
Art. 274 - A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família, compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada através do Instituto de Previdência do Estado, na forma estabelecida em lei ou diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou ainda, mediante convênio, na forma estabelecida em regulamento.
CAPÍTULO IV DO CUSTEIO
Art. 275 - O Plano de Seguridade Social do Servidor será administrado pelo Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON e será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias dos servidores dos três Poderes do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, das Autarquias e das Fundações.
TÍTULO VII CAPÍTULO ÚNICO
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
Art. 276 - Para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público, o Poder Executivo poderá contratar pessoal por tempo determinado, nos casos e condições estabelecidos em lei.
TÍTULO VIII CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 277 - A servidora que for mãe, tutora, curadora ou responsável pela criação, educação e proteção de portadores de deficiência física e de excepcional que estejam sob tratamento terapêutico, poderá ser dispensada do cumprimento de 50% (cinqüenta por cento) da carga horária de trabalho diário. § 1º - Considerar-se-á deficiente ou excepcional, para os fins deste artigo, pessoa de qualquer idade portadora de deficiência física ou mental comprovada e que viva sob a dependência sócio-educacional e econômica da servidora. § 2º - A servidora beneficiada terá a concessão de que trata este artigo, pelo prazo de 01 (um) ano, podendo ser renovado por mais 01 (um) ano. Art. 278 - O regime de trabalho do pessoal dos Grupos de Tributação, Arrecadação e Fiscalização, Atividade de Polícia Civil e Atividade Penitenciária será adequado as peculiaridades das respectivas tarefas típicas, respeitado o limite constitucional. Art. 279 - O dia do Servidor Público será comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro e considerado “Ponto Facultativo”. Art. 280 - Podem ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, das Autarquias e das Fundações Públicas, além daqueles já previstos em leis específicas: I - prêmio pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redução de custos operacionais; II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecorações e elogios a servidores que se tenham destacado por relevantes serviços na administração pública. Art. 281 - Os prazos previstos nesta Lei Complementar são contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido no dia em que não haja expediente. Art. 282 - É assegurado ao servidor público o direito de associação profissional ou sindical e o de greve. §ú - O direito de greve é exercido nos termos e limites definidos em lei federal. Art. 283 - Considera-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, pessoa que viva as suas expensas, quando devidamente comprovado. §ú - Equiparam-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável como entidade familiar.
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Art. 284 - Considera-se sede, para fins deste lei, o Município onde a repartição está instalada e onde o servidor tem exercício, em caráter permanente. Art. 285 - A retenção dolosa da remuneração de servidor constitui crime de responsabilidade do titular do órgão ou responsável administrativo. Art. 286 - O servidor não poderá ser movimentado “ex-oficio”, para a função que deverá exercer fora da localidade de sua residência nos 03 (três) meses anteriores e posteriores às eleições estaduais, federais ou municipais, para qualquer cargo eletivo, salvo com o consentimento do servidor. Art. 287 - Por motivo de convicção religiosa, filosófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado de qualquer de seus direitos, nem sofrer alterações em sua vida funcional. Art. 288 - É vedada a movimentação “ex-ofício” do servidor investido em mandato eletivo, a partir do dia da diplomação até o término do mandato. Art. 289 - Respeitada as restrições constitucionais a prática dos atos previstos nesta Lei Complementar é delegável. Art. 290 - Será promovido, após a morte, o servidor que: I - ao falecer já lhe coubesse, por direito, a promoção; II - tenha falecido em conseqüência do estrito cumprimento do dever funcional. § 1º - Para o caso de inciso II, é indispensável a prévia comprovação do fato através de inquérito. § 2º - A pensão a que tiverem direito os beneficiários do servidor promovido nas condições deste artigo será calculada tomando-se por base o valor da remuneração do novo cargo. Art. 291 - Os servidores públicos, no exercício de suas atribuições, não estão sujeitos à ação plena por ofensa irrogada em informações, pareceres ou qualquer outros escritos de natureza administrativa, que, para isso, são equiparadas às alegações em juízo. §ú - Cabe ao Chefe imediato do servidor mandar cancelar, a requerimento do interessado, as injúrias ou calúnias porventura encontradas. Art. 292 - Os vencimentos e proventos não sofreram descontos, além dos previstos em lei. §ú - Os débitos trabalhistas para com os servidores deverão ser pagos quando do trânsito em julgado da sentença condenatória, sob pena de responsabilidade do administrador. Art. 293 - A progressão do servidor na carreira dar-se-á de 02 (dois) em 02 (dois) anos de efetivo exercício, de acordo com os critérios definidos no Plano de Carreira, Cargos e Salários
do Pessoal Civil da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações e seus regulamentos. §ú - As promoções dos Grupos Ocupacionais Atividade de Consultoria e Representação Judicial, Atividade de Polícia Civil e Atividade de Penitenciária dar-se-ão de 04 (quatro) em 04 (quatro) anos pelos critérios de antigüidade e merecimento da forma prevista em regulamento. Art. 294 - Será considerado como efetivo exercício o afastamento do servidor nos dias em que participar de congressos, conclaves, simpósios, seminários, cursos e assembléias gerais que versam sobre assuntos que digam respeito à categoria a que pertença. §ú - O afastamento de que trata este artigo deverá ser comunicado até 03 (três) dias antes da realização do evento e instituído com o documento do respectivo convite ou convocação. Art. 295 - A decretação de luto oficial não determinará a paralisação dos trabalhos nas repartições públicas estaduais. Art. 296 - A data de 15 de outubro - Dia do Professor - é considerado “Ponto Facultativo” para os professores em regência de classe. Art. 297 - Será contado para efeito de anuênio e licença prêmio por assiduidade, o tempo de serviço prestado ao Estado de Rondônia, sob o regime celetista, dos atuais servidores regidos por esta Lei Complementar. Art. 298 - Os Poderes do Estado promoverão as medidas necessárias à formação e ao aperfeiçoamento dos servidores regidos por esta Lei Complementar, notadamente para o desempenho de cargos em comissão e de funções gratificadas, observado o respectivo grau hierárquico, a natureza das atribuições e as condições básicas necessárias ao seu exercício. Art. 299 - A administração fazendária e seus servidores fiscais terão dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma do inciso XVIII, do artigo 37 da Constituição Federal. Art. 300 - Compete ao Chefe do Poder Executivo prover o que se fizer necessário à eficácia da presente Lei Complementar a qual se estenderá, no que couber a todos os órgãos dos demais Poderes do Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Art. 301 - O servidor será identificado civilmente por uma cédula funcional da qual constará o número de sua Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Art. 302 - O Chefe do Poder Executivo baixará os regulamentos que se fizerem necessários à execução desta Lei Complementar a serem publicados em 120 (cento e vinte) dias. Art. 303 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 304 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial as Leis Complementares 01/84, 17/86 e 39/90. Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em 09 de dezembro de 1992, 104º da República. OSWALDO PIANA FILHO
GOVERNADOR
4 Plano de carreiras, cargos e salários dos servidores do
poder judiciário do Estado de Rondônia (Lei Complementar
nº 568/2010).
LEI COMPLEMENTAR Nº 568, DE 29 DE MARÇO DE 2010. DOE Nº 1460, de 31/03/2010
ALTERADA PELA LC. 593, de 28/12/2010/2010
ALTERADA PELA LC. 577, DE 14/05/20
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono
a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Fica instituído, na forma desta Lei Complementar, o
Plano de Carreiras, Cargos e Salários dos Servidores do Poder
Judiciário do Estado de Rondônia, que adotará como
princípios norteadores:
I - a qualidade, a produtividade e a profissionalização dos
serviços públicos prestados pelos órgãos do Poder Judiciário
do Estado de Rondônia;
II - a valorização do servidor por meio da implantação de
políticas voltadas para o desenvolvimento profissional no
âmbito do Poder Judiciário;
III – o crescimento funcional baseado no mérito próprio,
mediante a adoção do sistema de avaliação de desempenho;
IV – os vencimentos compatíveis com as funções.
§ú. Os servidores incluídos no Plano de Carreira, Cargos e
Salários dos Servidores do Poder Judiciário ficarão sujeitos, no
que lhes couber, ao Regime Jurídico Único dos Servidores
Públicos do Estado de Rondônia.
Art. 2º. São definidos os seguintes conceitos para os fins desta
Lei Complementar:
I – carreira: a organização estruturada dos cargos constituída
por padrões salariais;
II - cargo público: conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional e cometidas a servidor
público, com denominação própria e quantidade certa,
previsto em Lei e pago pelos cofres públicos, para provimento
efetivo ou em comissão, considerando:
a) cargo efetivo: o cargo provido por meio de concurso
público;
b) cargo em comissão: o cargo público de livre nomeação e
exoneração, de natureza gerencial e de assessoramento.
III - padrão: simbologia dos vencimentos básicos representada
por números cardinais dispostos em ordem crescente;
IV - função: conjunto de atividades específicas que
caracterizam a área em que o servidor desenvolverá suas
habilidades;
V - função gratificada: o conjunto de atribuições,
responsabilidades e prerrogativas que a Administração
confere a servidores ocupantes do cargo de provimento
efetivo;
VI - progressão funcional: a passagem do servidor efetivo de
um padrão para outro superior, dentro da mesma carreira;
VII - quadro de pessoal: o conjunto de cargos pertencentes à
estrutura organizacional do Poder Judiciário.
CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 3º. Integram o Quadro de Pessoal do Poder Judiciário os
cargos de provimento efetivo e os cargos de provimento em
comissão, conforme o Anexo I e II desta Lei Complementar.
§ú. o quantitativo dos cargos efetivos, dos cargos em
comissão do Poder Judiciário do Estado de Rondônia é
constante dos Quadros I e II do Anexo V desta Lei
Complementar.
SEÇÃO I
DA CARREIRA JUDICIÁRIA
Art. 4º. A Carreira Judiciária é constituída dos seguintes cargos
de provimento efetivo:
I – Analista Judiciário;
II – Técnico Judiciário.
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SEÇÃO II
DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO
Art. 5º. Os cargos de provimento efetivo da Carreira Judiciária
são estruturados em padrões, na forma do Anexo I desta Lei
Complementar.
§ú. Os cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário
deverão ser classificados em especialidades, mediante
Resolução, quando for necessária a formação especializada,
por exigência legal, ou habilidades específicas para o exercício
das atribuições do cargo.
Art. 6º. As atribuições dos cargos estão descritas no Anexo VI
desta Lei Complementar:
SEÇÃO III
DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
Art. 7º. Os cargos em comissão, de livre nomeação e
exoneração, serão exercidos por servidores com formação
superior para o exercício de atividade de assessoramento,
direção e chefia, ressalvadas as situações constituídas.
§ 1º. Será reservado o percentual de, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) dos cargos em comissão aos servidores
efetivos do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário do Estado
de Rondônia.
§ 2º. O número de funções gratificadas será definido por
resolução do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, em
conformidade com o Anexo III desta Lei Complementar.
Art. 8º. Durante os afastamentos ou impedimentos
regulamentares do titular, o substituto do cargo em comissão
ou de função gratificada fará jus ao vencimento ou
gratificação a eles inerentes, computando-se
cumulativamente os períodos de substituição ocorridas no
interstício de 12 (doze) meses.
Art. 9º. No âmbito da jurisdição do Tribunal ou Juízo, é vedada
a nomeação ou designação para os cargos em comissão de
cônjuge, companheiro, parente ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive dos respectivos
membros e juízes vinculados, salvo a de ocupante de cargo de
provimento efetivo das Carreiras do Quadro de Pessoal do
Poder Judiciário, caso em que a vedação é restrita à
nomeação ou designação para servir o magistrado
determinante da incompatibilidade.
CAPÍTULO III
DO INGRESSSO NA CARREIRA
Art. 10. O ingresso em qualquer dos cargos de provimento
efetivo da Carreira Judiciária dar-se-á no padrão inicial
estabelecido para cada carreira, após aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Art. 11. São requisitos de escolaridade para ingresso na
Carreira Judiciária:
I – Analista Judiciário: curso de nível superior correlacionado
com a especialidade;
II – Técnico Judiciário: curso de nível médio.
§ú. Além dos requisitos previstos neste artigo, poderão ser
exigidos formação especializada, registro profissional e
exames psicotécnicos, especificados em edital de concurso.
Art. 12. O servidor efetivo, ao ingressar no exercício do cargo
público, ficará sujeito a estágio probatório por 36 (trinta e
seis) meses, para avaliação de sua aptidão e capacidade para
o desempenho do cargo, conforme previsto em resolução.
CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA
Art. 13. O sistema de desenvolvimento e acompanhamento de
carreiras dos cargos de provimento efetivo do Poder Judiciário
busca garantir a valorização dos servidores, mediante a
igualdade de oportunidades e do desenvolvimento
profissional em carreiras, que associem a progressão funcional
a um sistema de qualificação e avaliação de desempenho por
competência e mérito.
Art. 14. A progressão funcional dependerá de avaliação a ser
realizada bienalmente, nos respectivos meses de ingresso do
servidor, e limitar-se-á a 2 (dois) padrões, sendo:
I – 1 (um) padrão pelo cumprimento do interstício de 2 (dois)
anos;
II – 1 (um) padrão em função da sua aprovação no processo
de avaliação de desempenho por competência;
§ 1º. Em caso da não aprovação do servidor na avaliação de
desempenho, fica garantida a progressão funcional de um
padrão pelo cumprimento do interstício de 2 (dois) anos,
desde que atendidos os dispositivos legais.
§ 2º. O efeito financeiro da progressão funcional dar-se-á a
partir do mês subsequente ao período aquisitivo.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 59/73
§ 3º. O servidor aprovado no estágio probatório terá direito à
progressão funcional, nos termos dos incisos I e II deste artigo.
Art. 15. Caberá ao Tribunal de Justiça a manutenção do
Programa Permanente de Capacitação destinado à formação e
ao aperfeiçoamento profissional, bem como ao
desenvolvimento de competências, visando à progressão
funcional e à preparação dos servidores para desempenharem
atribuições de maior complexidade e responsabilidade.
CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO
Art. 16. A remuneração dos cargos de provimento efetivo da
Carreira Judiciária é composta pelo vencimento básico do
cargo e pelas gratificações, pelos adicionais e pelas vantagens
pecuniárias permanentes e temporárias estabelecidos em lei.
Art. 17. Os vencimentos básicos dos cargos que integram a
Carreira Judiciária; dos cargos em comissão; daqueles a serem
extintos são os constantes do Anexo IV, cujos valores serão
reajustados nos termos do artigo 33 desta Lei Complementar.
§ 1º. Ao servidor integrante do quadro de pessoal efetivo do
Poder Judiciário do Estado de Rondônia, investido em cargo
comissionado é facultado optar pela remuneração de seu
cargo efetivo, acrescido da representação do cargo em
comissão.
§ 2º. A retribuição pelo exercício de função gratificada é a
constante do Anexo IV desta Lei Complementar.
SEÇÃO I
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 18. Ficam instituídas as seguintes gratificações, cujos
valores e critérios de concessão serão definidos em resolução:
I - gratificação temporária de trabalhos extraordinários;
II - gratificação de atividade de docência;
III - gratificação de indenização de transporte.
§ 1º. A gratificação temporária de trabalhos extraordinários
será paga ao servidor, por tempo determinado, em razão de
tarefas especiais e urgentes mediante prévia designação da
Presidência do Tribunal de Justiça.
§ 2º. A gratificação de atividade de docência será concedida a
servidor que, na qualidade de instrutor, acumular o pleno
exercício das atividades do seu cargo com atividades de
docência para o público interno do Poder Judiciário do Estado
de Rondônia.
§ 3º. O pagamento da gratificação de atividade de docência
será efetuado em forma de hora-aula, cujo valor será
discriminado por nível de habilitação profissional em
resolução.
§ 4º. A gratificação de indenização de transporte é devida aos
Oficiais de Justiça, Assistentes Sociais, Psicólogos e
Comissários de Menores, no percentual de 10% (dez por
cento) do padrão inicial da respectiva carreira, para fazer face
às despesas com transportes e condução utilizados para o
cumprimento de suas funções.
SEÇÃO II
DOS ADICIONAIS
Art. 19. Ficam instituídos os seguintes adicionais aos
servidores do Poder Judiciário, incorporáveis aos proventos de
aposentadoria e pensões, nos termos da legislação
previdenciária:
I - adicional de qualificação funcional;
II - adicional de incentivo;
III - adicional de produtividade.
§ú. Os adicionais previstos neste artigo são devidos ao
servidor em gozo de férias e licenças remuneradas e no abono
natalino.
Art. 20. O adicional de qualificação funcional é destinado aos
servidores efetivos do Poder Judiciário em razão de
conhecimentos adicionais adquiridos em ações de capacitação
e em cursos de extensão, aperfeiçoamento e
especialização em áreas de interesse da Justiça, a serem
estabelecidas em resolução.
§ 1º. O adicional de que trata o caput deste artigo não será
concedido quando a capacitação constituir requisito para
ingresso no cargo:
§ 2º. O adicional de qualificação funcional incidirá sobre o
vencimento básico do servidor da seguinte forma:
I - 2% (dois por cento) para cada total de 100 horas de ações
de capacitação, até o limite de 10% (dez por cento);
II - 12% (doze por cento), em se tratando de diploma ou
certificado de conclusão de curso de tecnólogo de nível
superior;
III - 15% (quinze por cento), em se tratando de diploma ou
certificado de conclusão de graduação;
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 60/73
IV - 18% (dezoito por cento) em se tratando de título, diploma
ou certificado de conclusão de curso de pós-graduação em
sentido amplo.
V – 21% (vinte e um por cento) em se tratando de título,
diploma ou certificado de conclusão de curso de pós-
graduação em sentido estrito, mestrado.
VI – 25% (vinte e cinco por cento) em se tratando de título,
diploma ou certificado de conclusão de curso de pós-
graduação em sentido estrito, doutorado.
§ 3º. Para fins de concessão dos percentuais estabelecidos nos
incisos II a V do parágrafo anterior, considerar-se-á apenas um
diploma ou certificado.
§ 4º. Em nenhuma hipótese o servidor perceberá
cumulativamente os coeficientes previstos nos incisos II a VI
deste artigo, sendo que perceberá o percentual referente à
maior qualificação que tiver obtido.
Art. 21. O adicional de incentivo será concedido ao servidor
que completar 10 (dez) anos de serviço exclusivo ao Poder
Judiciário do Estado de Rondônia ou 15 (quinze) anos de cargo
efetivo no serviço público prestado ao Estado de Rondônia, 5
(cinco) dos quais em efetivo exercício no Poder Judiciário de
Rondônia, e corresponderá a 10% (dez por cento) do seu
respectivo padrão.
Art. 22. O adicional de produtividade é devido aos Analistas
Judiciários, na especialidade de Oficial de Justiça, no
cumprimento de suas atribuições.
§ 1º. Durante os afastamentos previstos no §ú do artigo 19, o
pagamento do adicional de que trata o caput deste artigo terá
como base de cálculo a média aritmética dos valores pagos
nos últimos onze meses que antecederem à sua concessão.
§ 2º. O valor pago mensalmente aos Oficiais de Justiça a título
de padrão e adicional de produtividade, não ultrapassará o
subsídio do Juiz Substituto.
Art. 23. O servidor integrante da Carreira Judiciária, quando
cedido, durante o afastamento, não perceberá os adicionais
de que trata esta Lei Complementar.
Art. 24. O Poder Judiciário regulamentará, mediante
resolução, os adicionais referidos nos incisos I a III do artigo
19.
SEÇÃO III
DOS AUXÍLIOS
Art. 25. Ficam assegurados aos servidores do Poder Judiciário
do Estado de Rondônia os seguintes auxílios:
I – auxílio alimentação;
II – auxílio saúde;
III – auxílio transporte;
IV – auxílio creche;
V – auxílio educação.
§ 1º. O auxílio alimentação é destinado a subsidiar as
despesas com a refeição do servidor, é concedido em pecúnia
e tem caráter indenizatório.
§ 2º. O auxílio saúde destina-se a auxiliar, em caráter
ressarcitório, as despesas do servidor com plano de saúde de
assistência médica reajustado com base no percentual
autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar –
ANS para os planos coletivos.
§ 3º. O auxílio transporte será pago em pecúnia aos servidores
como forma de ressarcir as despesas com deslocamentos no
percurso da residência ao local de trabalho e vice-versa e
reajustado sempre que houver aumento da tarifa de
transporte coletivo.
§ 4º. O auxílio creche será devido aos servidores que tenham
filhos ou dependentes sob sua guarda ou tutela, com idade
inferior a 7 (sete) anos, com valor equivalente a 10% (dez por
cento) do padrão inicial da carreira de técnico judiciário.
§ 5º. O auxílio educação será concedido aos servidores que
possuem filhos matriculados no ensino fundamental não
contemplados com o auxílio-creche, com valor
correspondente a 5% (cinco por cento) do padrão inicial da
carreira de técnico judiciário.
§ 6º. Os auxílios estabelecidos no caput deste artigo não
refletirão no abono natalino, não se incorporarão para
quaisquer efeitos, não sofrerão quaisquer descontos, e não
serão considerados para fins de incidência de imposto de
renda ou de contribuição previdenciária.
§ 7º. As concessões dos auxílios deste artigo serão
disciplinadas em resolução.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 61/73
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 26. Os servidores efetivos, ocupantes dos cargos do
Quadro do Poder Judiciário na data de vigência desta Lei
Complementar, devem ser enquadrados nos termos do Anexo
I, Quadros I e II, e demais dispositivos desta Lei
Complementar, obedecido o grau de escolaridade exigido
para ingresso, na forma do artigo 37, inciso II, e do artigo 19
das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal.
Art. 27. Os atuais cargos de Auxiliar Operacional na
especialidade de Comissário de Menores, os de Agente
Judiciário e Técnico Judiciário, todos de nível médio, e os de
Agente Judiciário e Técnico Judiciário, ambos de nível
superior, integrarão a Carreira Judiciária, respectivamente,
nos cargos de Técnico e Analista Judiciário, na forma prevista
nos artigos 5º e 6º desta Lei Complementar.
Art. 28. Além dos cargos discriminados na Lei nº 1.779, de 24
de setembro de 2007, serão extintos também, na medida de
sua vacância, os cargos de Auxiliar Operacional de nível
básico, Técnico Judiciário – Escrivão Judicial, Oficial Contador
e Oficial Distribuidor, pertencentes às classes especial e
específica, sendo que as especialidades existentes formarão
um quadro em extinção.
§ 1º. Ocorrendo a vacância dos cargos de Técnico Judiciário -
Escrivão Judicial, Oficial Contador e Oficial Distribuidor, as
respectivas atribuições passarão a ser exercidas por servidor
efetivo ocupante do cargo em comissão, PJ-DAS-3 – Diretor de
Cartório, conforme critérios a serem estabelecidos em
resolução do Tribunal de Justiça.
§ 2º. Os ocupantes de cargos em extinção fazem jus a todos os
reajustes legais e à progressão funcional, bem como aos
adicionais, gratificações e abonos, nas mesmas condições
previstas para os ocupantes dos cargos efetivos, devendo seus
respectivos enquadramentos ocorrerem de acordo com o
Quadro III do Anexo I desta Lei Complementar.
§ 3º. O cargo em comissão PJ-DAS-3 - Diretor de Cartório -
será preenchido por servidor efetivo com curso superior em
Direito e experiência de no mínimo 10 (dez) anos de efetivo
exercício em cartório.
§ 4º. Caso não exista servidor com a experiência exigida no
parágrafo anterior, o cargo será preenchido por servidor
efetivo com maior tempo de serviço em cartório na comarca.
§ 5º. O detentor do cargo em comissão PJ-DAS-3 - Diretor de
Cartório exercerá as funções de supervisão, coordenação e
direção de cartórios do 1º Grau.
§ 6º. O quantitativo dos cargos em extinção do Poder
Judiciário é o constante do Quadro III do Anexo V desta Lei
Complementar.
Art. 29. Os concursos realizados ou em andamento, na data de
publicação desta Lei Complementar, para o Quadro de Pessoal
do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, são válidos para
ingresso nas carreiras judiciárias de Técnico e Analista
Judiciário, observada a correlação entre as atribuições, as
especialidades e o grau de escolaridade.
Art. 30. Fica instituída a Vantagem Pessoal Identificada - VPI, a
ser paga aos servidores efetivos do Poder Judiciário a título
de:
I – vantagem pessoal de adicional por tempo de serviço,
prevista nas Leis Complementares nº 68, de 9 de dezembro de
1992, nº 39, de 31 de julho de 1990, e nº 1, de 14 de
novembro de 1984;
II - vantagem pessoal de quintos, prevista na Lei
Complementar nº 68, de 9 de dezembro de 1992;
III – vantagem pessoal de risco de vida, estabelecida pela Lei
nº 385, de 9 de abril de 1992, e transformada em vantagem
pessoal pela Lei Complementar nº 280, de 9 de junho de 2003;
IV – vantagem pessoal de profissão regulamentada,
estabelecida pela Lei Complementar nº 92, de 3 de novembro
de 1993, e transformada em Vantagem Pessoal pela Lei
Complementar nº 280, de 9 de junho de 2003;
V – gratificação de especialização, estabelecida pela Lei
Complementar nº 92, de 3 de novembro de 1993.
Art. 31. Quando o enquadramento estabelecido nesta Lei
Complementar resultar em decréscimo na remuneração, fica
assegurada ao servidor, parcela a título de Vantagem Pessoal
de Adequação Salarial – VPAS, correspondente à diferença
apurada entre essa nova remuneração e a última percebida
antes da vigência desta Lei Complementar, excluídas do
cômputo dos cálculos as seguintes verbas:
I – gratificações inerentes ao exercício de função de confiança
ou às representações de cargos comissionados;
II – auxílios alimentação, saúde, transporte, creche e
educação;
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 62/73
III – diferenças e restituições salariais;
IV – 1/3 de férias (artigo 98, Lei Complementar nº 68, de
1992);
V – gratificação natalina (artigo 103, Lei Complementar nº 68,
de 1992);
VI – indenização de transporte.
§ú. No conceito de remuneração do caput deste artigo,
computam-se as gratificações de incentivo previstas no art. 4º
da Lei Complementar 148, de 18 de abril de 1996, que alterou
o art. 31, XIII, § 13, da Lei Complementar 92, de 4 de abril de
1992.
Art. 32. As vantagens pessoais previstas nos artigos 30 e 31
desta Lei Complementar sujeitar-se-ão aos reajustes
decorrentes da revisão geral da remuneração.
Art. 33. A revisão geral da remuneração dos servidores do
Poder Judiciário será realizada, preferencialmente, no mês de
junho de cada ano, nos termos do artigo 37, inciso X, da
Constituição Federal.
Art. 34. O disposto nesta Lei Complementar também se aplica
aos inativos e pensionistas.
Art. 35. Caberá ao Tribunal de Justiça baixar as resoluções
necessárias à aplicação desta Lei Complementar, no prazo de
90 (noventa) dias, a contar de sua vigência.
§ú. Enquanto não aprovadas as resoluções, aplicam-se as
regras dos regulamentos em vigor.
Art. 36. O Poder Judiciário fica autorizado a promover a
regularização das progressões funcionais de seus servidores,
de acordo com o tempo de serviço.
Art. 37. As despesas decorrentes da aplicação ou execução
desta Lei Complementar devem correr por conta das
dotações próprias do Poder Judiciário, suplementadas, se
necessário.
Art. 38. Esta Lei Complementar tem seus efeitos
financeiros a contar de dia 1º de agosto de 2010.
Art. 39. Revogam-se a Lei Complementar nº 92, de 3 de
novembro de 1993 e suas respectivas alterações, e a Lei nº
361, de 6 de janeiro de 1992.
Palácio do Governo do Estado de Rondônia, em de março de
2010, 122º da República.
IVO NARCISO CASSOL
Governador
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 63/73
GRUPO CARREIRA CATEGORIAPADRÃO DE
ENQUADRAMENTO CARGO NÍVEL CARREIRA
010203040506070809101112131415161718192021
222324252627282930313233343536
GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO
CARGO NÍVEL CARREIRA
010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536
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Cargo de Analista Judiciário Oficial de Justiça SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
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383940
Cargos de Técnico Judiciário
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
NÍVEL CLASSE PADRÃO ATUAL
ANEXO I
TABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS DA CARRE IRA JUDICIÁRIA
Artigo 3º, 4º e 5º deste Projeto de Lei
QUADRO ICARGOS DE NÍVEL SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 64/73
GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO
CARGO NÍVEL CARREIRA
010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536
GRUPO CARREIRA CATEGORIA PADRÃO DE ENQUADRAMENTO
CARGO NÍVEL CARREIRA
010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930313233343536
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B
ANEXO ITABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS DA CARRE IRA JUDICIÁRIA
Artigo 3º, 4º e 5º deste Projeto de Lei
QUADRO IICargos de Nível Médio
SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 65/73
GRUPO CARREIRA CATEGORIA NÍVEL CLASSE PADRÃO ATUALPADRÃO DE
ENQUADRAMENTO CARGO NÍVEL
01 0102 0203 0304 0405 0506 0607 0708 0809 0910 1011 1112 1213 1314 1415 15
15-A 1615-B 1715-C 1815-D 1915-E 20
21222324252627282930313233343536
30 0131 0232 0333 0434 0535 0636 0737 0838 0939 1040 1141 1242 1343 14
43-A 1543-B 1643-C 1743-D 1843-E 1944 20
44-A 2144-B 22
2324252627282930313233343536
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EX
TIN
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D
ESPECÍFICA E ESPECIAL
ANEXO I
QUADRO III
TABELA DE CORRELAÇÃO DE PADRÕES DOS CARGOS EM EXTIN ÇÃO
Artigo 28 deste Projeto de Lei
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 66/73
ANEXO IICARGOS EM COMISSÃO
Artigo 3º deste Projeto de Lei
CARGO EM COMISSÃOPJ-DAS-S
PJ-DAS-5
PJ-DAS-4
PJ-DAS-3
PJ-DAS-2
PJ-DAS-1
ANEXO IIIFUNÇÕES GRATIFICADAS
§ 4º do artigo 7º deste Projeto de Lei
FUNÇÃO GRATIFICADAFG-5FG-4FG-3FG-2FG-1
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 67/73
01 4.060,39 02 4.121,30 03 4.183,12 04 4.245,86 05 4.309,55 06 4.374,19 07 4.439,81 08 4.506,40 09 4.574,00 10 4.642,61 11 4.712,25 12 4.782,93 13 4.854,68 14 4.927,50 15 5.001,41 16 5.076,43 17 5.152,58 18 5.229,86 19 5.308,31 20 5.387,94 21 5.468,76 22 5.550,79 23 5.634,05 24 5.718,56 25 5.804,34 26 5.891,40 27 5.979,78 28 6.069,47 29 6.160,51 30 6.252,92 31 6.346,72 32 6.441,92 33 6.538,54 34 6.636,62 35 6.736,17 36 6.837,21
CARGO NÍVEL PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
Ana
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ANEXO IV
TABELAS DE VENCIMENTOS BÁSICOSArtigo 17 deste Projeto de Lei
Quadro I - Tabela de Vencimentos Básicos dos Cargos de Nível Superior
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 68/73
01 2.257,57 02 2.291,43 03 2.325,81 04 2.360,69 05 2.396,10 06 2.432,04 07 2.468,52 08 2.505,55 09 2.543,14 10 2.581,28 11 2.620,00 12 2.659,30 13 2.699,19 14 2.739,68 15 2.780,77 16 2.822,49 17 2.864,82 18 2.907,80 19 2.951,41 20 2.995,68 21 3.040,62 22 3.086,23 23 3.132,52 24 3.179,51 25 3.227,20 26 3.275,61 27 3.324,74 28 3.374,62 29 3.425,24 30 3.476,61 31 3.528,76 32 3.581,69 33 3.635,42 34 3.689,95 35 3.745,30 36 3.801,48
Téc
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Quadro II - Tabela de Vencimentos Básicos dos Carg os de Nível Médio
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 69/73
01 1.516,85
02 1.539,60
03 1.562,70
04 1.586,14
05 1.609,93
06 1.634,08
07 1.658,59
08 1.683,47
09 1.708,72
10 1.734,35
11 1.760,37
12 1.786,77
13 1.813,57
14 1.840,78
15 1.868,39
16 1.896,41
17 1.924,86
18 1.953,73
19 1.983,04
20 2.012,79
21 2.042,98
22 2.073,62
23 2.104,73
24 2.136,30
25 2.168,34
26 2.200,87
27 2.233,88
28 2.267,39
29 2.301,40
30 2.335,92
31 2.370,96
32 2.406,52
33 2.442,62
34 2.479,26
35 2.516,45
36 2.554,20
01 4.060,39
02 4.121,30
03 4.183,12
04 4.245,86
05 4.309,55
06 4.374,19
07 4.439,81
08 4.506,40
09 4.574,00
10 4.642,61
11 4.712,25
12 4.782,93
13 4.854,68
14 4.927,50
15 5.001,41
16 5.076,43
17 5.152,58
18 5.229,86
19 5.308,31
20 5.387,94
21 5.468,76
22 5.550,79
23 5.634,05
24 5.718,56
25 5.804,34
26 5.891,40
27 5.979,78
28 6.069,47
29 6.160,51
30 6.252,92
31 6.346,72
32 6.441,92
33 6.538,54
34 6.636,62
35 6.736,17
36 6.837,21
NÍVEL PADRÃO VENCIMENTO BÁSICO
Aux
iliar
Ope
racion
al e
m E
xtin
ção
Bás
ico
Esc
rivão
Jud
icia
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ficia
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ANEXO IV
TABELAS DE VENCIMENTOS BÁSICOSArtigo 17 deste Projeto de Lei
Quadro III - Tabela de Vencimentos Básicos dos Carg os em Extinção
CARGO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 70/73
CARGO ATUAL SALÁRIO BASE (R$) REPRESENTAÇÃO
PJ-DAS (50% do Salário Base)
TOTAL (R$)
PJ-DAS -S 7.667 3.833 11.500
PJ-DAS-5 6.000 3.000 9.000
PJ-DAS-4 4.333 2.167 6.500
PJ-DAS-3 3.333 1.667 5.000
PJ-DAS-2 3.000 1.500 4.500
PJ-DAS-1 2.667 1.333 4.000
SÍMBOLO BASE DE CÁLCULO
FG5 1.066,68 80% REPRES. DAS -1FG4 933,35 70% REPRES. DAS -1FG3 800,01 60% REPRES. DAS -1FG2 666,68 50% REPRES. DAS -1FG1 533,34 40% REPRES. DAS -1
REPRESENTAÇÃO FG(R$)
TABELAS DE VENCIMENTO DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇ ÕES GRATIFICADAS
Quadro IV
Tabela de Vencimento dos Cargos em Comissão
Quadro VTabela de Vencimento das Funções Gratificadas
ANEXO IV
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 71/73
TJ-RO 3ª ENTRÂNCIA 2ª ENTRÂNCIA 1ª ENTRÂNCIASuperior 188 150 184 72
Médio 339 623 656 275
527 773 840 347
ANALISTA JUDICIÁRIO
TÉCNICO JUDICIÁRIO
TOTAL DE CARGOS EFETIVOS
ANEXO VCONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS EFETIVOS DO PODER JUDICIÁRI O DO ESTADO DE RONDÔNIA
CARGO NÍVELQUANTIDADE DE CARGOS
QUADRO I
PADRÃO/ SÍMBOLO
01 a 36
01 a 36
1º GRAU 2º GRAU
- 2 2
- 63 63
- 15 15
1 88 89
- 51 51
221 30 251
222 249 471
ANEXO V
TOTAL DE CARGOS COMISSIONADOS
CONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS COMISSIONADOS DO PODER JUDI CIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA
QUADRO II
CARGOINSTÂNCIA
TOTAL
PJ-DAS (Secretários)
PJ-DAS-5
PJ-DAS-4
PJ-DAS-3
PJ-DAS-2
PJ-DAS-1
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ALISSON FIDELIS 72/73
TJ-RO 3ª ENTRÂNCIA 2ª ENTRÂNCIA 1ª ENTRÂNCIAEscrivão Judicial Superior 01 a 36 - 47 50 22 Oficial Contador Superior 01 a 36 - 3 12 11 Oficial Distribuidor Superior 01 a 36 - 5 12 11 Depositário Público Superior 01 a 36 - 2 2 - Comissário de Menores Básico 01 a 15d - 3 11 11 Contínuo Básico 01 a 15d 30 1 12 11 Artífice Básico 01 a 15d 10 - - - Segurança Básico 01 a 15d - - - - Motorista Básico 01 a 15d - - - - Telefonista Básico 01 a 15d - - - - Serviços Gerais Básico 01 a 15d - - - -
40 61 99 66
CARGO ESPECIALIDADES NÍVEL PADRÃO/ SÍMBOLO
QUANTIDADE DE CARGOS
TÉCNICO JUDICIÁRIO
AUXILIAR OPERACIONAL
TOTAL DE CARGOS EM EXTINÇÃO
ANEXO VCONSOLIDAÇÃO DOS CARGOS EM EXTINÇÃO DO PODER JUDICI ÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA
QUADRO III
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
ISRAEL BARBOSA 73/73
CARGO Nível Atribuições
Analista Judiciário Superior
Planejamento, organização, coordenarção, supervisão técnica, assessoramento,
estudo, pesquisa, elaboração de pareceres ou informações e execução de tarefas de
considerável complexidade próprias à formação de nível superior.
Técnico Judiciário Médio Suporte ao processamento das atividades das áreas meio e fim, realizando tarefas adequadas à formação de nível médio.
CARGO Nível Atribuições
Cargos Comissionados Superior Assessoramento, Direção e Chefia de órgãos e unidades do Poder Judiciário
Atribuições dos Cargos Comissionados
TABELAS DE VENCIMENTO DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
Quadro I
Atribuições dos Cargos Efetivos
Quadro II
ANEXO VI