CÂMARA DOS DEPUTADOS
Centro de Documentação e Informação
LEI Nº 12.249, DE 11 DE JUNHO DE 2010
Institui o Regime Especial de Incentivos para o
Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria
Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste - REPENEC; cria o Programa Um
Computador por Aluno - PROUCA e institui o
Regime Especial de Aquisição de Computadores
para Uso Educacional - RECOMPE; prorroga
benefícios fiscais; constitui fonte de recursos
adicional aos agentes financeiros do Fundo da
Marinha Mercante - FMM para financiamentos de
projetos aprovados pelo Conselho Diretor do
Fundo da Marinha Mercante - CDFMM; institui o
Regime Especial para a Indústria Aeronáutica
Brasileira - RETAERO; dispõe sobre a Letra
Financeira e o Certificado de Operações
Estruturadas; ajusta o Programa Minha Casa
Minha Vida - PMCMV; altera as Leis nºs 8.248,
de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de
dezembro de 1991, 11.196, de 21 de novembro de
2005, 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.484, de
31 de maio de 2007, 11.488, de 15 de junho de
2007, 9.718, de 27 de novembro de 1998, 9.430,
de 27 de dezembro de 1996, 11.948, de 16 de
junho de 2009, 11.977, de 7 de julho de 2009,
11.326, de 24 de julho de 2006, 11.941, de 27 de
maio de 2009, 5.615, de 13 de outubro de 1970,
9.126, de 10 de novembro de 1995, 11.110, de 25
de abril de 2005, 7.940, de 20 de dezembro de
1989, 9.469, de 10 de julho de 1997, 12.029, de
15 de setembro de 2009, 12.189, de 12 de janeiro
de 2010, 11.442, de 5 de janeiro de 2007, 11.775,
de 17 de setembro de 2008, os Decretos-Leis nºs
9.295, de 27 de maio de 1946, 1.040, de 21 de
outubro de 1969, e a Medida Provisória nº 2.158-
35, de 24 de agosto de 2001; revoga as Leis nºs
7.944, de 20 de dezembro de 1989, 10.829, de 23
de dezembro de 2003, o Decreto-Lei nº 423, de 21
de janeiro de 1969; revoga dispositivos das Leis
nºs 8.003, de 14 de março de 1990, 8.981, de 20
de janeiro de 1995, 5.025, de 10 de junho de 1966,
6.704, de 26 de outubro de 1979, 9.503, de 23 de
setembro de 1997; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DO REGIME ESPECIAL DE INCENTIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE
INFRAESTRUTURA DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA NAS REGIÕES NORTE, NORDESTE
E CENTRO-OESTE - REPENEC
Art. 1º Fica instituído o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de
Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste - REPENEC,
nos termos e condições estabelecidos nos arts. 2º a 5º desta Lei.
Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará a forma de habilitação e co-
habilitação ao regime de que trata o caput.
Art. 2º É beneficiária do Repenec a pessoa jurídica que tenha projeto aprovado para
implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos setores
petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e uréia a partir do gás natural, para
incorporação ao seu ativo imobilizado.
§ 1º Compete ao Ministério de Minas e Energia a aprovação de projeto e a definição,
em portaria, dos projetos que se enquadram nas disposições do caput.
§ 2º As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples
Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e as pessoas
jurídicas de que tratam o inciso II do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o
inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, não podem aderir ao Repenec.
§ 3º A fruição dos benefícios do Repenec fica condicionada à regularidade fiscal da
pessoa jurídica em relação aos impostos e as contribuições administradas pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo aos projetos protocolados até 31 de dezembro
de 2010 e aprovados até 30 de junho de 2011.
§ 5º (VETADO).
Art. 3º No caso de venda no mercado interno ou de importação de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação nas obras referidas no caput do art. 2º, ficam suspensos:
I - a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a receita da pessoa jurídica
vendedora, quando a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Repenec;
II - a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-
Importação, quando a importação for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Repenec;
III - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente na saída do
estabelecimento industrial ou equiparado, quando a aquisição no mercado interno for efetuada
por estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do Repenec;
IV - o IPI incidente na importação, quando a importação for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do Repenec;
V - o Imposto de Importação, quando os bens ou materiais de construção forem
importados por pessoa jurídica beneficiária do Repenec.
§ 1º Nas notas fiscais relativas:
I - às vendas de que trata o inciso I do caput, deverá constar a expressão "Venda
efetuada com suspensão da exigibilidade da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS", com a
especificação do dispositivo legal correspondente;
II - às saídas de que trata o inciso III do caput, deverá constar a expressão "Saída com
suspensão do IPI", com a especificação do dispositivo legal correspondente, vedado o registro do
imposto nas referidas notas.
§ 2º As suspensões de que trata este artigo convertem-se em alíquota zero após a
utilização ou incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.
§ 3º A pessoa jurídica que não utilizar ou incorporar o bem ou material de construção
na obra de infraestrutura fica obrigada a recolher as contribuições e o imposto não pagos em
decorrência da suspensão de que trata este artigo, acrescidos de juros e multa de mora, na forma
da Lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da Declaração de Importação - DI, na
condição:
I - de contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep- Importação, à
Cofins-Importação, ao IPI vinculado à importação e ao Imposto de Importação;
II - de responsável, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins e ao IPI.
§ 4º Para efeitos deste artigo, equipara-se ao importador a pessoa jurídica adquirente
de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de
pessoa jurídica importadora.
§ 5º (VETADO).
§ 6º No caso do imposto de importação, o disposto neste artigo aplica-se somente a
bens e materiais de construção sem similar nacional.
Art. 4º No caso de venda ou importação de serviços destinados às obras referidas no
caput do art. 2º, ficam suspensas:
I - a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a
prestação de serviços efetuada por pessoa jurídica estabelecida no País quando prestados a pessoa
jurídica beneficiária do Repenec;
II - a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação
incidentes sobre serviços quando importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária do
Repenec.
§ 1º Nas vendas ou importação de serviços de que trata o caput, aplica-se, no que
couber, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 3º desta Lei.
§ 2º O disposto no inciso I do caput aplica-se também na hipótese de receita de
aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para utilização em obras de
infraestrutura quando contratados por pessoa jurídica beneficiária do Repenec.
Art. 5º Os benefícios de que tratam os arts. 3º e 4º desta Lei podem ser usufruídos nas
aquisições e importações realizadas no período de 5 (cinco) anos, contado da data de habilitação
ou cohabilitação da pessoa jurídica titular do projeto de infraestrutura.
§ 1º Na hipótese de transferência de titularidade de projeto de infra-estrutura
aprovado no Repenec durante o período de fruição do benefício, a habilitação do novo titular do
projeto fica condicionada a:
I - manutenção das características originais do projeto, conforme manifestação do
Ministério de Minas e Energia;
II - observância do limite de prazo estipulado no caput deste artigo, contado desde a
habilitação do primeiro titular do projeto;
III - revogação da habilitação do antigo titular do projeto.
§ 2º Na hipótese de transferência de titularidade de que trata o § 1º, são responsáveis
solidários pelos tributos suspensos os antigos titulares e o novo titular do projeto.
CAPÍTULO II
DO PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO - PROUCA E DO REGIME ESPECIAL
DE AQUISIÇÃODE COMPUTADORES PARA USO EDUCACIONAL - RECOMPE
Art. 6º Fica criado o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e instituído o
Regime Especial para Aquisição de Computadores para Uso Educacional - RECOMPE, nos
termos e condições estabelecidos nos arts. 7º a 14 desta Lei.
Art. 7º O Prouca tem o objetivo de promover a inclusão digital nas escolas das redes
públicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal ou nas escolas sem fins lucrativos de
atendimento a pessoas com deficiência, mediante a aquisição e a utilização de soluções de
informática, constituídas de equipamentos de informática, de programas de computador (software
) neles instalados e de suporte e assistência técnica necessários ao seu funcionamento.
§ 1º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Educação e da Fazenda estabelecerá
definições, especificações e características técnicas mínimas dos equipamentos referidos no
caput, podendo inclusive determinar os valores mínimos e máximos alcançados pelo Prouca.
§ 2º Incumbe ao Poder Executivo:
I - relacionar os equipamentos de informática de que trata o caput; e
II - estabelecer processo produtivo básico específico, definindo etapas mínimas e
condicionantes de fabricação dos equipamentos de que trata o caput.
§ 3º Os equipamentos mencionados no caput deste artigo destinam-se ao uso
educacional por alunos e professores das escolas das redes públicas de ensino federal, estadual,
distrital, municipal ou das escolas sem fins lucrativos de atendimento a pessoas com deficiência,
exclusivamente como instrumento de aprendizagem.
§ 4º A aquisição a que se refere o caput será realizada por meio de licitação pública,
observados termos e legislação vigentes.
Art. 8º É beneficiária do Recompe a pessoa jurídica habilitada que exerça atividade
de fabricação dos equipamentos mencionados no art. 7º e que seja vencedora do processo de
licitação de que trata o § 4º daquele artigo.
§ 1º Também será considerada beneficiária do Recompe a pessoa jurídica que exerça
a atividade de manufatura terceirizada para a vencedora do processo de licitação referido no § 4º
do art. 7º.
§ 2º As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples
Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e as pessoas
jurídicas de que tratam o inciso II do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o
inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, não podem aderir ao Recompe.
§ 3º O Poder Executivo regulamentará o regime de que trata o caput.
Art. 9º O Recompe suspende, conforme o caso, a exigência:
I - do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente sobre a saída do
estabelecimento industrial de matérias-primas e produtos intermediários destinados à
industrialização dos equipamentos mencionados no art. 7º quando adquiridos por pessoa jurídica
habilitada ao regime;
II - da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da:
a) venda de matérias-primas e produtos intermediários destinados à industrialização
dos equipamentos mencionados no art. 7º quando adquiridos por pessoa jurídica habilitada ao
regime;
b) prestação de serviços por pessoa jurídica estabelecida no País a pessoa jurídica
habilitada ao regime quando destinados aos equipamentos mencionados no art. 7º;
III - do IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação, da Cofins-Importação, do
Imposto de Importação e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico destinada a
financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação
incidentes sobre:
a) matérias-primas e produtos intermediários destinados à industrialização dos
equipamentos mencionados no art. 7º quando importados diretamente por pessoa jurídica
habilitada ao regime;
b) o pagamento de serviços importados diretamente por pessoa jurídica habilitada ao
regime quando destinados aos equipamentos mencionados no art. 7º.
Art. 10. Ficam isentos de IPI os equipamentos de informática saídos da pessoa
jurídica beneficiária do Recompe diretamente para as escolas referidas no art. 7º.
Art. 11. As operações de importação efetuadas com os benefícios previstos no
Recompe dependem de anuência prévia do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Parágrafo único. As notas fiscais relativas às operações de venda no mercado interno
de bens e serviços adquiridos com os benefícios previstos no Recompe devem:
I - estar acompanhadas de documento emitido pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia, atestando que a operação é destinada ao Prouca;
II - conter a expressão "Venda efetuada com suspensão da exigência do IPI, da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins", com a especificação do dispositivo legal
correspondente e do número do atestado emitido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Art. 12. A fruição dos benefícios do Recompe fica condicionada à regularidade fiscal
da pessoa jurídica em relação aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil.
Art. 13. A pessoa jurídica beneficiária do Recompe terá a habilitação cancelada:
I - na hipótese de não atender ou deixar de atender ao processo produtivo básico
específico referido no inciso II do § 2º do art. 7º desta Lei;
II - sempre que se apure que não satisfazia ou deixou de satisfazer, não cumpria ou
deixou de cumprir os requisitos para habilitação ao regime; ou
III - a pedido.
Art. 14. Após a incorporação ou utilização dos bens ou dos serviços adquiridos ou
importados com os benefícios do Recompe nos equipamentos mencionados no art. 7º, a
suspensão de que trata o art. 9º converte-se em alíquota zero.
Parágrafo único. Na hipótese de não se efetuar a incorporação ou utilização de que
trata o caput, a pessoa jurídica beneficiária do Recompe fica obrigada a recolher os tributos não
pagos em função da suspensão de que trata o art. 9º, acrescidos de juros e multa, de mora ou de
ofício, na forma da Lei, contados a partir da data de aquisição ou do registro da Declaração de
Importação - DI, na condição de:
I - contribuinte, em relação ao IPI vinculado à importação, à Contribuição para o
PIS/Pasep-Importação e à Cofins-Importação;
II - responsável, em relação ao IPI, à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins e à
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico destinada a financiar o Programa de
Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação.
CAPÍTULO III
DA CRIAÇÃO E PRORROGAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS
Art. 15. O art. 11 da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 11. Para fazer jus aos benefícios previstos no art. 4º desta Lei,
as empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática
e automação deverão investir, anualmente, em atividades de pesquisa e
desenvolvimento em tecnologia da informação a serem realizadas no País, no
mínimo, 5% (cinco por cento) do seu faturamento bruto no mercado interno,
decorrente da comercialização de bens e serviços de informática, incentivados
na forma desta Lei, deduzidos os tributos correspondentes a tais
comercializações, bem como o valor das aquisições de produtos incentivados na
forma desta Lei ou do art. 2º da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, ou do
art. 4º da Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, conforme projeto elaborado
pelas próprias empresas, a partir da apresentação da proposta de projeto de que
trata o § 1º-C do art. 4º desta Lei.
...............................................................................................
§ 13. Para as empresas beneficiárias, na forma do § 5º do art. 4º
desta Lei, fabricantes de microcomputadores portáteis e de unidades de
processamento digitais de pequena capacidade baseadas em
microprocessadores, de valor até R$ 11.000,00 (onze mil reais), bem como de
unidades de discos magnéticos e ópticos, circuitos impressos com componentes
elétricos e eletrônicos montados, gabinetes e fontes de alimentação,
reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais
equipamentos, e exclusivamente sobre o faturamento bruto decorrente da
comercialização desses produtos no mercado interno, os percentuais para
investimentos estabelecidos neste artigo serão reduzidos em 25% (vinte e cinco
por cento) até 31 de dezembro de 2014.
..............................................................................................." (NR)
Art. 16. O art. 2º da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 2º .....................................................................................
..................................................................................................
§ 3º Para fazer jus aos benefícios previstos neste artigo, as empresas
que tenham como finalidade a produção de bens e serviços de informática
deverão aplicar, anualmente, no mínimo 5% (cinco por cento) do seu
faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e
serviços de informática incentivados na forma desta Lei, deduzidos os tributos
correspondentes a tais comercializações, bem como o valor das aquisições de
produtos incentivados na forma do § 2º deste artigo, ou da Lei nº 8.248, de 23
de outubro de 1991, ou do art. 4º da Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, em
atividades de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas na Amazônia,
conforme projeto elaborado pelas próprias empresas, com base em proposta de
projeto a ser apresentada à Superintendência da Zona Franca de Manaus -
SUFRAMA e ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
..................................................................................................
§ 13. Para as empresas beneficiárias, fabricantes de
microcomputadores portáteis e de unidades de processamento digitais de
pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$
11.000,00 (onze mil reais), bem como de unidades de discos magnéticos e
ópticos, circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados,
gabinetes e fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou
principalmente destinados a tais equipamentos, e exclusivamente sobre o
faturamento bruto decorrente da comercialização desses produtos no mercado
interno, os percentuais para investimentos estabelecidos neste artigo serão
reduzidos em 25% (vinte e cinco por cento) até 31 de dezembro de 2014.
..............................................................................................." (NR)
Art. 17. O art. 30 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, passa a vigorar com
a seguinte redação:
"Art. 30......................................................................................
...................................................................................................
II - aplicam-se às vendas efetuadas até 31 de dezembro de 2014."
(NR)
Art. 18. Fica reduzida a zero a alíquota do Imposto de Renda incidente na fonte sobre
as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior a título de
remuneração de serviços vinculados aos processos de avaliação da conformidade, metrologia,
normalização, inspeção sanitária e fitossanitária, homologação, registros e outros procedimentos
exigidos pelo país importador sob o resguardo dos acordos sobre medidas sanitárias e
fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras técnicas ao comércio (TBT), ambos do âmbito da
Organização Mundial do Comércio - OMC.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se à Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para
o Apoio à Inovação, de que trata a Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000.
§ 2º O disposto no caput e no § 1º não se aplica à remuneração de serviços prestados por pessoa
física ou jurídica residente ou domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida ou
beneficiada por regime fiscal privilegiado, de que tratam os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27
de dezembro de 1996.
Art. 19. O art. 2º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 2º .....................................................................................
..................................................................................................
XI - valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido à
pessoa física ou jurídica a título de remuneração de serviços vinculados aos
processos de avaliação da conformidade, metrologia, normalização, inspeção
sanitária e fitossanitária, homologação, registros e outros procedimentos
exigidos pelo país importador sob o resguardo dos acordos sobre medidas
sanitárias e fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras técnicas ao comércio (TBT),
ambos do âmbito da Organização Mundial do Comércio - OMC.
Parágrafo único. O disposto no inciso XI não se aplica à
remuneração de serviços prestados por pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida ou beneficiada
por regime fiscal privilegiado, de que tratam os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430,
de 27 de dezembro de 1996." (NR)
Art. 20. Os arts. 2º, 3º e 4º da Lei nº 11.484, de 31 de maio de 2007, passam a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 2º .....................................................................................
..................................................................................................
III - (VETADO). ......................................................................
§ 5º O disposto no inciso I do caput alcança os dispositivos
eletrônicos semicondutores, montados e encapsulados diretamente sob placa de
circuito impresso (chip on board), classificada nos códigos 8534.00.00 ou
8523.51 da Tabela de Incidência dos Impostos sobre Produtos Industrializados -
TIPI." (NR)
"Art. 3º No caso de venda no mercado interno ou de importação de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, para incorporação ao ativo
imobilizado da pessoa jurídica adquirente no mercado interno ou importadora,
destinados às atividades de que tratam os incisos I a III do caput do art. 2º desta
Lei, ficam reduzidas a zero as alíquotas:
................................................................................................
§ 5º Conforme ato do Poder Executivo, nas condições e pelo prazo
nele fixados e desde que destinados às atividades de que tratam os incisos I a III
do caput do art. 2º desta Lei, poderá também ser reduzida a zero a alíquota do
Imposto de Importação - II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos,
equipamentos, ferramentas computacionais (software), para incorporação ao
seu ativo imobilizado, e insumos importados por pessoa jurídica beneficiária do
Padis." (NR)
"Art. 4º Nas vendas dos dispositivos referidos nos incisos I a III do
caput do art. 2º desta Lei, efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do Padis,
ficam reduzidas:
.................................................................................................
§ 2º As reduções de alíquotas previstas nos incisos I e II do caput
deste artigo relativamente às vendas dos dispositivos referidos nos incisos II e
III do caput do art. 2º desta Lei aplicam-se somente quando as atividades
referidas nas alíneas a ou b do inciso II e no inciso III do caput do art. 2º desta
Lei tenham sido realizadas no País.
..............................................................................................." (NR)
Art. 21. O art. 5º da Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 5º O benefício de que tratam os arts. 3º e 4º desta Lei poderá
ser usufruído nas aquisições e importações realizadas no período de 5 (cinco)
anos, contado da data da habilitação da pessoa jurídica, titular do projeto de
infraestrutura.
Parágrafo único. O prazo para fruição do regime, para pessoa
jurídica já habilitada na data de publicação da Medida Provisória nº 472, de 15
de dezembro de 2009, fica acrescido do período transcorrido entre a data da
aprovação do projeto e a data da habilitação da pessoa jurídica." (NR)
CAPÍTULO IV
DAS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 22. O art. 14 da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar
acrescido do seguinte inciso VII:
"Art. 14. ...................................................................................
..................................................................................................
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos
imobiliários, financeiros e do agronegócio." (NR)
Art. 23. O art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, passa a vigorar
acrescido do seguinte § 5º:
"Art. 44. ...................................................................................
.................................................................................................
§ 5º Aplica-se também, no caso de que seja comprovadamente
constatado dolo ou má-fé do contribuinte, a multa de que trata o inciso I do
caput sobre:
I - a parcela do imposto a restituir informado pelo contribuinte
pessoa física, na Declaração de Ajuste Anual, que deixar de ser restituída por
infração à legislação tributária; e
II - (VETADO)." (NR)
Art. 24. Sem prejuízo do disposto no art. 22 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de
1996, os juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica,
vinculada nos termos do art. 23 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, residente ou
domiciliada no exterior, não constituída em país ou dependência com tributação favorecida ou
sob regime fiscal privilegiado, somente serão dedutíveis, para fins de determinação do lucro real
e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, quando se verifique
constituírem despesa necessária à atividade, conforme definido pelo art. 47 da Lei nº 4.506, de 30
de novembro de 1964, no período de apuração, atendendo aos seguintes requisitos:
I - no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que tenha
participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento com a
pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a
2 (duas) vezes o valor da participação da vinculada no patrimônio líquido da pessoa jurídica
residente no Brasil;
II - no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que não
tenha participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento
com a pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja
superior a 2 (duas) vezes o valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil;
III - em qualquer dos casos previstos nos incisos I e II, o valor do somatório dos
endividamentos com pessoas vinculadas no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos
juros, não seja superior a 2 (duas) vezes o valor do somatório das participações de todas as
vinculadas no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
§ 1º Para efeito do cálculo do total de endividamento a que se refere o caput deste
artigo, serão consideradas todas as formas e prazos de financiamento, independentemente de
registro do contrato no Banco Central do Brasil.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo às operações de endividamento de pessoa
jurídica residente ou domiciliada no Brasil em que o avalista, fiador, procurador ou qualquer
interveniente for pessoa vinculada.
§ 3º Verificando-se excesso em relação aos limites fixados nos incisos I a III do caput
deste artigo, o valor dos juros relativos ao excedente será considerado despesa não necessária à
atividade da empresa, conforme definido pelo art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de
1964, e não dedutível para fins do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido.
§ 4º Os valores do endividamento e da participação da vinculada no patrimônio
líquido, a que se refere este artigo, serão apurados pela média ponderada mensal.
§ 5º O disposto no inciso III do caput deste artigo não se aplica no caso de
endividamento exclusivamente com pessoas vinculadas no exterior que não tenham participação
societária na pessoa jurídica residente no Brasil.
§ 6º Na hipótese a que se refere o § 5º deste artigo, o somatório dos valores de
endividamento com todas as vinculadas sem participação no capital da entidade no Brasil,
verificado por ocasião da apropriação dos juros, não poderá ser superior a 2 (duas) vezes o valor
do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica às operações de captação feitas no exterior
por instituições de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para
recursos captados no exterior e utilizados em operações de repasse, nos termos definidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 8º (VETADO na Lei nº 13.097, de 19/1/2015)
Art. 25. Sem prejuízo do disposto no art. 22 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de
1996, os juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica
residente, domiciliada ou constituída no exterior, em país ou dependência com tributação
favorecida ou sob regime fiscal privilegiado, nos termos dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de
27 de dezembro de 1996, somente serão dedutíveis, para fins de determinação do lucro real e da
base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, quando se verifique constituírem
despesa necessária à atividade, conforme definido pelo art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de
novembro de 1964, no período de apuração, atendendo cumulativamente ao requisito de que o
valor total do somatório dos endividamentos com todas as entidades situadas em país ou
dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado não seja superior a 30%
(trinta por cento) do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
§ 1º Para efeito do cálculo do total do endividamento a que se refere o caput deste
artigo, serão consideradas todas as formas e prazos de financiamento, independentemente de
registro do contrato no Banco Central do Brasil.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo às operações de endividamento de pessoa
jurídica residente ou domiciliada no Brasil em que o avalista, fiador, procurador ou qualquer
interveniente for residente ou constituído em país ou dependência com tributação favorecida ou
sob regime fiscal privilegiado.
§ 3º Verificando-se excesso em relação ao limite fixado no caput deste artigo, o valor
dos juros relativos ao excedente será considerado despesa não necessária à atividade da empresa,
conforme definido pelo art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, e não dedutível para
fins do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
§ 4º Os valores do endividamento e do patrimônio líquido a que se refere este artigo
serão apurados pela média ponderada mensal.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica às operações de captação feitas no exterior
por instituições de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para
recursos captados no exterior e utilizados em operações de repasse, nos termos definidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 6º (VETADO na Lei nº 13.097, de 19/1/2015)
Art. 26. Sem prejuízo das normas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica -
IRPJ, não são dedutíveis, na determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou
remetidas a qualquer título, direta ou indiretamente, a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou
constituídas no exterior e submetidas a um tratamento de país ou dependência com tributação
favorecida ou sob regime fiscal privilegiado, na forma dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27
de dezembro de 1996, salvo se houver, cumulativamente:
I - a identificação do efetivo beneficiário da entidade no exterior, destinatário dessas
importâncias;
II - a comprovação da capacidade operacional da pessoa física ou entidade no exterior
de realizar a operação; e
III - a comprovação documental do pagamento do preço respectivo e do recebimento
dos bens e direitos ou da utilização de serviço.
§ 1º Para efeito do disposto no inciso I do caput deste artigo, considerar-se-á como
efetivo beneficiário a pessoa física ou jurídica não constituída com o único ou principal objetivo
de economia tributária que auferir esses valores por sua própria conta e não como agente,
administrador fiduciário ou mandatário por conta de terceiro.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica ao pagamento de juros sobre o capital
próprio de que trata o art. 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.
§ 3º A comprovação do disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica no
caso de operações:
I - que não tenham sido efetuadas com o único ou principal objetivo de economia
tributária; e
II - cuja beneficiária das importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou
remetidas a título de juros seja subsidiária integral, filial ou sucursal da pessoa jurídica remetente
domiciliada no Brasil e tenha seus lucros tributados na forma do art. 74 da Medida Provisória nº
2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
Art. 27. A transferência do domicílio fiscal da pessoa física residente e domiciliada
no Brasil para país ou dependência com tributação favorecida ou regime fiscal privilegiado, nos
termos a que se referem, respectivamente, os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro
de 1996, somente terá seus efeitos reconhecidos a partir da data em que o contribuinte comprove:
I - ser residente de fato naquele país ou dependência; ou
II - sujeitar-se a imposto sobre a totalidade dos rendimentos do trabalho e do capital,
bem como o efetivo pagamento desse imposto.
Parágrafo único. Consideram-se residentes de fato, para os fins do disposto no inciso
I do caput deste artigo, as pessoas físicas que tenham efetivamente permanecido no país ou
dependência por mais de 183 (cento e oitenta e três) dias, consecutivos ou não, no período de até
12 (doze) meses, ou que comprovem ali se localizarem a residência habitual de sua família e a
maior parte de seu patrimônio.
Art. 28. O § 1º do art. 7º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, passa a vigorar com
a seguinte redação:
"Art. 7º .....................................................................................
§ 1º A base de cálculo das contribuições incidentes sobre prêmios
de resseguro cedidos ao exterior é de 15% (quinze por cento) do valor pago,
creditado, entregue, empregado ou remetido.
..............................................................................................." (NR)
CAPÍTULO V
DO REGIME ESPECIAL PARA A INDÚSTRIA
AEROESPACIAL BRASILEIRA - RETAERO
(Capítulo com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012, em vigor a partir de 1/1/2013)
Art. 29. Fica instituído o Regime Especial para a Indústria Aeroespacial Brasileira -
RETAERO, nos termos desta Lei. (Artigo com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012,
em vigor a partir de 1/1/2013)
Art. 30. São beneficiárias do Retaero:
I - a pessoa jurídica que produza partes, peças, ferramentais, componentes,
equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas, ou preste serviços referidos no
art. 32, a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão,
conversão e industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da Nomenclatura
Comum do Mercosul - NCM; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012, em
vigor a partir de 1/1/2013)
II - a pessoa jurídica que produza bens ou preste os serviços referidos no art. 32 desta
Lei, utilizados como insumo na produção de bens referidos no inciso I.
§ 1º No caso do inciso II, somente poderá ser habilitada ao Retaero a pessoa jurídica
preponderantemente fornecedora de pessoas jurídicas referidas no inciso I do caput.
§ 2º Considera-se pessoa jurídica preponderantemente fornecedora, de que trata o §
1º, aquela que tenha 70% (setenta por cento) ou mais de sua receita total de venda de bens e
serviços, no ano-calendário imediatamente anterior ao da habilitação, decorrente do somatório
das vendas:
I - às pessoas jurídicas referidas no inciso I do caput;
II - a pessoas jurídicas fabricantes de produtos classificados na posição 88.02 da
NCM; e (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012, em vigor a partir de
1/1/2013)
III - de exportação para o exterior.
§ 3º Para os fins do § 2º, exclui-se do cálculo da receita o valor dos impostos e
contribuições incidentes sobre a venda.
§ 4º (VETADO).
§ 5º A fruição dos benefícios do Retaero condiciona-se ao atendimento cumulativo,
pela pessoa jurídica, dos seguintes requisitos:
I - cumprimento das normas de homologação aeronáutica editadas no âmbito do
Sistema de Segurança de Vôo;
II - prévia habilitação na Secretaria da Receita Federal do Brasil;
III - regularidade fiscal em relação aos impostos e contribuições administradas pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 6º As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples
Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e as pessoas
jurídicas de que tratam o inciso II do art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o
inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, não podem habilitar-se ao
Retaero.
§ 7º À pessoa jurídica beneficiária do Retaero não se aplica o disposto no inciso VII
do § 12 do art. 8º, no inciso IV do art. 28 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, e na alínea b
do inciso I do § 1º do art. 29 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002.
§ 8º Excetua-se do disposto no § 7º a receita bruta decorrente da venda, no mercado
interno, dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM, que continua sujeita a alíquotas 0
(zero) da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº
12.598, de 21/3/2012, em vigor a partir de 1/1/2013)
§ 9º O Poder Executivo disciplinará em regulamento o Retaero.
Art. 31. No caso de venda no mercado interno ou de importação de bens de que trata
o art. 30, ficam suspensos:
I - a exigência da Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação
do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a receita da pessoa jurídica vendedora, quando a
aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Retaero;
II - a exigência da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-
Importação, quando a importação for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Retaero;
III - o IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado, quando a
aquisição no mercado interno for efetuada por estabelecimento industrial de pessoa jurídica
beneficiária do Retaero;
IV - o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente na importação, quando
efetuada por estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do Retaero.
§ 1º Nas notas fiscais relativas:
I - às vendas de que trata o inciso I do caput, deverá constar a expressão "Venda
efetuada com suspensão da exigibilidade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins", com a
especificação do dispositivo legal correspondente;
II - às saídas de que trata o inciso III do caput, deverá constar a expressão "Saída com
suspensão do IPI", com a especificação do dispositivo legal correspondente, vedado o registro do
imposto nas referidas notas.
§ 2º As suspensões de que trata este artigo convertem-se em alíquota zero:
I - após o emprego ou utilização dos bens adquiridos ou importados no âmbito do
Retaero, ou dos bens que resultaram de sua industrialização, na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão e industrialização dos produtos classificados na posição
88.02 da NCM; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012, em vigor a partir de
1/1/2013)
II - após a exportação dos bens com tributação suspensa ou dos que resultaram de sua
industrialização.
§ 3º A pessoa jurídica que não utilizar o bem na forma prevista no § 2º, ou não
cumprir o compromisso previsto no § 4º do art. 30 desta Lei, é obrigada a recolher os tributos não
pagos em decorrência da suspensão de que trata este artigo, acrescidos de juros e multa, de mora
ou de ofício, na forma da Lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da Declaração
de Importação - DI, na condição:
I - de contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep- Importação, à
Cofins-Importação e ao IPI incidente no desembaraço aduaneiro de importação;
II - de responsável, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep, à Cofins e ao IPI.
§ 4º Para efeitos deste artigo, equipara-se ao importador a pessoa jurídica adquirente
de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem por intermédio de
pessoa jurídica importadora.
Art. 32. No caso de venda ou importação de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia
destinados a empresas beneficiárias do Retaero, fica suspensa a exigência:
I - da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da
prestação de serviços efetuada por pessoa jurídica estabelecida no País, quando prestados a
pessoa jurídica beneficiária do Retaero;
II - da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins- Importação incidentes
sobre serviços, quando importados diretamente por pessoa jurídica beneficiária do Retaero.
§ 1º Nas vendas ou importação de serviços de que trata o caput aplica-se o disposto
nos §§ 2º e 3º do art. 31 desta Lei.
§ 2º O disposto no inciso I do caput aplica-se também na hipótese de receita de
aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, quando contratados por pessoas
jurídicas habilitadas ao Retaero.
§ 3º A fruição do benefício de que trata este artigo depende da comprovação da
efetiva prestação do serviço para produção, reparo e manutenção de aeronaves classificadas na
posição 88.02 da NCM. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.598, de 21/3/2012, em
vigor a partir de 1/1/2013)
Art. 33. A habilitação ao Retaero pode ser realizada em até 5 (cinco) anos, contados
da data da vigência desta Lei.
Parágrafo único. Os benefícios de que tratam os arts. 31 e 32 desta Lei podem ser
utilizados nas aquisições e importações realizadas no período de 5 (cinco) anos, contados da data
de habilitação no Retaero.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Da Concessão de Crédito para o Fundo da Marinha Mercante
Art. 34. Fica a União autorizada a conceder crédito aos agentes financeiros do Fundo
da Marinha Mercante - FMM, no montante de até R$ 15.000.000.000,00 (quinze bilhões de
reais), para viabilizar o financiamento de projetos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da
Marinha Mercante - CDFMM, em condições financeiras e contratuais a serem definidas pelo
Ministro de Estado da Fazenda. (“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº 12.788, de
14/1/2013)
§ 1º Para a cobertura do crédito de que trata o caput, a União poderá emitir, sob a
forma de colocação direta, em favor dos agentes financeiros do FMM, títulos da Dívida Pública
Mobiliária Federal, cujas características serão definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda.
(Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.788, de 14/1/2013)
§ 2º No caso de emissão de títulos, será respeitada a equivalência econômica com o
valor previsto no caput. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.788, de 14/1/2013)
§ 3º As condições financeiras e contratuais para os financiamentos a serem
concedidos pelos agentes financeiros aos tomadores para viabilizar os projetos de que trata o
caput serão idênticas àquelas concedidas pelo FMM, conforme estabelece o Conselho Monetário
Nacional - CMN. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.788, de 14/1/2013)
§ 4º O Tesouro Nacional fará jus a uma remuneração com base na TJLP, na variação
cambial do dólar norte-americano ou na combinação de ambas, a critério do Ministro da Fazenda.
(Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.788, de 14/1/2013)
§ 5º Os valores pagos pelos agentes financeiros do FMM à União, por conta das
operações de crédito de que trata o caput, serão destinados exclusivamente ao pagamento da
Dívida Pública Federal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.788, de 14/1/2013)
Art. 35. Os agentes financeiros do FMM poderão recomprar da União, a qualquer
tempo, os ativos porventura dados em contrapartida aos créditos de que trata o art. 34, a critério
do Ministro de Estado da Fazenda.
Art. 36. O CMN estabelecerá condições financeiras diferenciadas de financiamento,
considerando os percentuais para os conteúdos nacional e importado das embarcações a serem
construídas com recursos do FMM e desta Lei.
Seção II
Da Letra Financeira e do Certificado de Operações Estruturadas
Art. 37. As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil podem emitir Letra Financeira, título de crédito nominativo, transferível
e de livre negociação. (Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013,
convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a
partir de 1/3/2013)
Art. 38. A Letra Financeira será emitida exclusivamente sob a forma escritural,
mediante registro em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo
Banco Central do Brasil, com as seguintes características:
I - a denominação Letra Financeira;
II - o nome da instituição financeira emitente;
III - o número de ordem, o local e a data de emissão;
IV - o valor nominal;
V - a taxa de juros, fixa ou flutuante, admitida a capitalização;
VI - a cláusula de correção pela variação cambial, quando houver;
VII - outras formas de remuneração, inclusive baseadas em índices ou taxas de
conhecimento público, quando houver;
VIII - a cláusula de subordinação, quando houver;
IX - a data ou as condições de vencimento; (Inciso com redação dada pela Medida
Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de
10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
X - o local de pagamento;
XI - o nome da pessoa a quem se deve pagar;
XII - a descrição da garantia real ou fidejussória, quando houver;
XIII - a cláusula de pagamento periódico dos rendimentos, quando houver;
XIV - a cláusula de suspensão do pagamento da remuneração estipulada, quando
houver; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº
12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
XV - a cláusula de extinção do direito de crédito representado pela Letra Financeira,
quando houver; e (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na
Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de
1/3/2013)
XVI - a cláusula de conversão da Letra Financeira em ações da instituição emitente,
quando houver. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na
Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de
1/3/2013)
§ 1º A Letra Financeira é título executivo extrajudicial, que pode ser executado
independentemente de protesto, com base em certidão de inteiro teor dos dados informados no
registro, emitida pela entidade administradora do sistema referido no caput.
§ 2º A Letra Financeira pode, dependendo dos critérios de remuneração, gerar valor
de resgate inferior ao valor de sua emissão.
§ 3º A transferência de titularidade da Letra Financeira efetiva- se por meio do
sistema referido no caput deste artigo, que manterá registro da seqüência histórica das
negociações.
§ 4º O registro da Letra Financeira deverá conter todas as características mencionadas
neste artigo e as condições negociais que disciplinarão sua conversão, caso emitida com a
cláusula de que trata o inciso XVI do caput. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº
608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013,
produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
§ 5º A cláusula de que trata o inciso IX do caput poderá estabelecer, como condições
de vencimento da Letra Financeira, o inadimplemento da obrigação de pagar a remuneração ou a
dissolução da instituição emitente, caso em que ambas as condições deverão constar no título.
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838,
de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
§ 6º Será considerada extinta a remuneração referente ao período da suspensão do
pagamento levada a efeito pela cláusula de que trata o inciso XIV do caput. (Parágrafo acrescido
pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013,
publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
§ 7º A conversão em ações de que trata o inciso XVI do caput não poderá decorrer de
iniciativa do titular ou da instituição emitente da Letra Financeira. (Parágrafo acrescido pela
Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no
DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
Art. 39. A distribuição pública de Letra Financeira observará o disposto pela
Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 40. A Letra Financeira pode ser emitida com cláusula de subordinação aos
credores quirografários, preferindo apenas aos acionistas no ativo remanescente, se houver, na
hipótese de liquidação ou falência da instituição emissora.
§ 1º A Letra Financeira de que trata o caput pode ser utilizada para fins de
composição do patrimônio de referência da instituição emitente, nas condições especificadas pelo
CMN. (Parágrafo único transformado em § 1º com redação dada pela Medida Provisória nº
608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013,
produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
§ 2º As normas editadas pelo CMN poderão estabelecer ordem de preferência no
pagamento dos titulares da Letra Financeira de que trata o caput, de acordo com as características
do título. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei
nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de
1/3/2013)
Art. 41. Incumbe ao CMN a disciplina das condições de emissão da Letra Financeira,
em especial os seguintes aspectos:
I - o tipo de instituição autorizada à sua emissão; (Inciso com redação dada pela
Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no
DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
II - a utilização de índices, taxas ou metodologias de remuneração;
III - o prazo de vencimento, não inferior a 1 (um) ano;
IV - as condições de resgate antecipado do título, que somente poderá ocorrer em
ambiente de negociação competitivo, observado o prazo mínimo de vencimento; e
V - os limites de emissão, considerados em função do tipo de instituição; (Inciso com
redação dada pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de
9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
VI - as condições de vencimento; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608,
de 28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013,
produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
VII - as situações durante as quais ocorrerá a suspensão do pagamento da
remuneração estipulada; e (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608, de 28/2/2013,
convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013, produzindo efeitos a
partir de 1/3/2013)
VIII - as situações em que ocorrerá a extinção do direito de crédito ou a conversão do
título em ações da instituição emitente. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 608, de
28/2/2013, convertida na Lei nº 12.838, de 9/7/2013, publicada no DOU de 10/7/2013,
produzindo efeitos a partir de 1/3/2013)
Art. 42. Aplica-se à Letra Financeira, no que não contrariar o disposto nesta Lei, a
legislação cambial.
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil produzirá e divulgará, para acesso
público por meio da internet, relatório anual sobre a negociação de Letras Financeiras, com
informações sobre os mercados primário e secundário do título, condições financeiras de
negociação, prazos, perfil dos investidores e indicadores de risco, quando houver.
Art. 43. As instituições financeiras podem emitir Certificado de Operações
Estruturadas, representativo de operações realizadas com base em instrumentos financeiros
derivativos, nas condições especificadas em regulamento do CMN.
Seção III
Da Concessão de Crédito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Art. 44. O caput do art. 1º da Lei nº 11.948, de 16 de junho de 2009, passa a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 1º Fica a União autorizada a conceder crédito ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, no montante de
até R$ 180.000.000.000,00 (cento e oitenta bilhões de reais), em condições
financeiras e contratuais a serem definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda.
..............................................................................................." (NR)
Art. 45. (VETADO).
Seção IV
Das Alterações no Programa Minha Casa, Minha Vida e da Criação do CNPI
Art. 46. Os arts. 6º, 11, 13, 20 e 30 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º .....................................................................................
I - facilitar a aquisição, produção e requalificação do imóvel
residencial; ou
..............................................................................................." (NR)
"Art. 11. O Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR tem
como finalidade subsidiar a produção de moradia aos agricultores familiares,
definidos nos termos do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e
trabalhadores rurais.
..............................................................................................." (NR)
"Art. 13. ...................................................................................
I - facilitar a produção do imóvel residencial;
..................................................................................................
§ 3º Para definição dos beneficiários do PNHR, devem ser
respeitadas, exclusivamente, as faixas de renda, não se aplicando os demais
critérios estabelecidos no art. 3º." (NR)
"Art. 20. ...................................................................................
§ 1º As condições e os limites das coberturas de que tratam os
incisos I e II deste artigo serão definidos no estatuto do FGHab, que poderá
estabelecer os casos em que será oferecida somente a cobertura de que trata o
inciso II.
..............................................................................................." (NR)
"Art. 30. As coberturas do FGHab, descritas no art. 20, serão
prestadas às operações de financiamento habitacional nos casos de:
I - produção ou aquisição de imóveis novos em áreas urbanas;
II - requalificação de imóveis já existentes em áreas consolidadas
no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU; ou
III - produção de moradia no âmbito do Programa Nacional de
Habitação Rural - PNHR.
§ 1º A contratação das coberturas de que trata o caput está sujeita às
seguintes condições:
I - os valores de financiamento devem obedecer aos limites
definidos no estatuto do Fundo;
II - a cobertura do FGHab está limitada a um único imóvel
financiado por mutuário no âmbito do SFH; e
III - a previsão da cobertura pelo FGHab deve estar expressa em
cláusula específica dos contratos celebrados entre os agentes financeiros e os
mutuários.
§ 2º O estatuto do FGHab definirá o prazo das coberturas oferecidas
pelo Fundo." (NR)
Art. 47. Fica instituído o Cadastro Nacional de Pessoas Físicas e Jurídicas Impedidas
de Operar com os Fundos e Programas Habitacionais Públicos ou Geridos por Instituição Pública
e com o Sistema Financeiro da Habitação - CNPI.
§ 1º À Caixa Econômica Federal incumbe desenvolver, implantar, gerir, organizar e
operar o CNPI, bem como divulgar a Relação Nacional de Pessoas Impedidas de Operar com os
Fundos e Programas Habitacionais e com o Sistema Financeiro da Habitação - RNPI.
§ 2º As instituições integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH e as que
operam com os fundos e programas habitacionais públicos ou geridos por instituição pública
encaminharão à Caixa Econômica Federal, na forma e nos prazos estabelecidos em regulamento,
os dados, documentos e informações necessários à instrução do procedimento de inclusão ou
exclusão das pessoas físicas e jurídicas do CNPI.
§ 3º Podem ser incluídos no CNPI, na forma do regulamento, por se recusarem a
assumir o ônus da recuperação do imóvel que, previamente vistoriado, acuse vício de construção,
ou por não cumprirem suas obrigações contratuais no tocante a prazos estabelecidos para entrega
da obra:
I - o construtor, seja pessoa física ou jurídica, bem como seus sócios e diretores, e os
responsáveis técnicos pela empresa ou pela obra; ou
II - a sociedade construtora, no caso das sociedades regidas pela Lei nº 6.404, de 15
de dezembro de 1976, bem como seus diretores e acionistas controladores, e os responsáveis
técnicos pela empresa ou pela obra.
§ 4º Salvo disposição contratual em contrário, os nomes dos avalistas ou fiadores de
operação de financiamento habitacional não serão incluídos no CNPI.
§ 5º Ficam impedidas de operar com os fundos e programas habitacionais públicos ou
geridos por instituição pública e com o SFH, além das pessoas incluídas no CNPI na forma do §
3º, as empresas que possuam como sócio, diretor, acionista controlador ou responsável técnico
pessoa física incluída no CNPI.
§ 6º O impedimento previsto no § 5º abrange qualquer forma de operação que
envolva recursos do SFH ou dos fundos e programas habitacionais públicos ou de gestão pública.
§ 7º Fica extinta a Relação de Pessoas Impedidas de Operar com o SFH - RPI,
devendo os registros nela existentes ser transferidos para o CNPI.
§ 8º A regulamentação do CNPI ficará a cargo do Conselho Monetário Nacional -
CMN.
Seção V
Das Taxas e Demais Disposições
Art. 48. É instituída a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de
Capitalização e de Previdência Complementar Aberta.
Art. 49. Considera-se, para fins desta Lei:
I - prêmio retido: prêmio emitido menos as restituições e as cessões de risco;
II - sinistro retido: sinistro total menos os sinistros correspondentes a cessões de
risco; e
III - provisão técnica: montante detido pelo segurador ou ressegurador visando a
garantir os riscos assumidos no contrato.
Art. 50. O fato gerador da Taxa de Fiscalização de que trata esta Seção é o exercício
do poder de polícia atribuído à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.
Art. 51. São contribuintes da Taxa de Fiscalização de que trata esta Seção as
sociedades seguradoras, resseguradores locais e admitidos, sociedades de capitalização e
entidades abertas de previdência complementar.
§ 1º Excetuam-se do disposto no caput as sociedades seguradoras que operam seguro
saúde.
§ 2º Incluem-se no caput as sociedades cooperativas autorizadas a operar em seguros
privados, na forma estabelecida na legislação em vigor.
Art. 52. Os valores da Taxa de Fiscalização, expressos em reais, apuram-se com base
na tabela constante do Anexo I.
Parágrafo único. Para efeito do enquadramento nas faixas indicadas na tabela do
Anexo I, a Base de Cálculo da Taxa de Fiscalização - BCTF corresponde à margem de solvência
na forma abaixo:
I - para as sociedades seguradoras que operam com seguro de pessoas - produtos de
vida de acumulação: 8% (oito por cento) do total das provisões técnicas e fundos relacionados
aos seguros de vida caracterizados como produtos de acumulação somados, no caso dos demais
seguros de pessoas, ao maior dos 2 (dois) valores abaixo:
a) 20% (vinte por cento) do total dos prêmios retidos dos 12 (doze) meses anteriores;
ou
b) 33% (trinta e três por cento) da média anual dos sinistros retidos dos 36 (trinta e
seis) meses anteriores;
II - para as seguradoras que operam com seguros de danos, o maior dos 2 (dois)
valores abaixo:
a) 20% (vinte por cento) do total dos prêmios retidos dos 12 (doze) meses anteriores;
ou
b) 33% (trinta e três por cento) da média anual dos sinistros retidos dos 36 (trinta e
seis) meses anteriores;
III - para as sociedades seguradoras que operam simultaneamente com seguros de
danos e pessoas: o somatório dos valores dos incisos I e II;
IV - para as sociedades seguradoras e as entidades abertas de previdência
complementar que operam previdência complementar aberta: 8% (oito por cento) do total das
provisões técnicas e fundos relacionados aos planos de previdência;
V - para as sociedades de capitalização: 8% (oito por cento) do total das provisões
técnicas;
VI - para efeito de enquadramento nas faixas indicadas na tabela constante do Anexo
I, a margem de solvência dos resseguradores locais será calculada pela soma dos resultados
obtidos nos incisos I e II;
VII - para os resseguradores admitidos, fica estabelecido valor de taxa única,
conforme tabela constante do Anexo I.
Art. 53. A Taxa de Fiscalização de que trata esta Seção será recolhida trimestralmente
até o último dia útil do primeiro decêndio dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada
ano.
Parágrafo único. Para apuração da Taxa de Fiscalização devida, serão obedecidos os
seguintes critérios:
I - no mês de janeiro, a apuração será feita com base nas demonstrações financeiras
encerradas em 30 de junho do exercício anterior;
II - nos meses de abril e julho, a apuração será feita com base nas demonstrações
financeiras encerradas em 31 de dezembro do exercício anterior; e
III - no mês de outubro, a apuração será feita com base nas demonstrações financeiras
encerradas em 30 de junho do exercício corrente.
Art. 54. Os contribuintes não enquadrados nos critérios desta Lei recolherão a Taxa
de Fiscalização com base na menor faixa de cada ramo ou atividade em que estiverem
autorizados a operar.
Art. 55. A Taxa de Fiscalização não recolhida no prazo fixado será acrescida de juros
e multa de mora, calculados nos termos da legislação federal aplicável aos tributos federais.
Art. 56. Os débitos referentes à Taxa de Fiscalização serão inscritos em Dívida Ativa
e executados judicialmente pela Procuradoria Federal junto à Susep.
Art. 57. Os débitos relativos à Taxa de Fiscalização podem ser parcelados, a juízo do
Conselho Diretor da Susep, de acordo com os mesmos critérios do parcelamento ordinário de
tributos federais estabelecidos no art. 37-B da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.
Art. 58. A Taxa de Fiscalização de que trata esta Seção será recolhida ao Tesouro
Nacional, em conta vinculada à Susep, mediante Guia de Recolhimento da União - GRU, por
intermédio de estabelecimento bancário integrante da rede credenciada.
Art. 59. A Taxa de Serviços Metrológicos, instituída pelo art. 11 da Lei nº 9.933, de
20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com os valores constantes do Anexo II desta Lei.
Art. 60. Até 31 de dezembro de 2019, fica reduzida a 6% (seis por cento) a alíquota
do imposto de renda retido na fonte incidente sobre os valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior,
destinados à cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em
viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais, até o limite global de
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao mês, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder
Executivo. (“Caput” do artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 713, de 1/3/2016),
convertida na Lei nº 13.315, de 20/7/2016)
§ 1º O limite global previsto no caput não se aplica em relação às operadoras e
agências de viagem. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.844, de 19/7/2013)
§ 2º Salvo se atendidas as condições previstas no art. 26, a redução da alíquota
prevista no caput não se aplica ao caso de beneficiário residente ou domiciliado em país ou
dependência com tributação favorecida ou de pessoa física ou jurídica submetida a regime fiscal
privilegiado, de que tratam os arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
(Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória nº 713, de 1/3/2016, convertida na Lei nº
13.315, de 20/7/2016)
§ 3º As operadoras e agências de viagem, na hipótese de cumprimento da ressalva
constante do § 2º, sujeitam-se ao limite de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ao mês por passageiro,
obedecida a regulamentação do Poder Executivo quanto a limites, quantidade de passageiros e
condições para utilização da redução, conforme o tipo de gasto custeado. (Parágrafo com
redação dada pela Medida Provisória nº 713, de 1/3/2016, convertida na Lei nº 13.315, de
20/7/2016)
§ 4º Para fins de cumprimento das condições para utilização da alíquota reduzida de
que trata este artigo, as operadoras e agências de viagem deverão ser cadastradas no Ministério
do Turismo, e suas operações deverão ser realizadas por intermédio de instituição financeira
domiciliada no País. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória nº 713, de 1/3/2016,
convertida na Lei nº 13.315, de 20/7/2016)
Art. 61. Os atos concessórios de drawback cujos prazos máximos tenham sido
prorrogados nos termos do art. 4º do Decreto- Lei nº 1.722, de 3 de dezembro de 1979, com
vencimento em 2010, ou nos termos do art. 13 da Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, poderão,
em caráter excepcional, ser objeto de nova prorrogação por período de 1 (um) ano.
Art. 62. O art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 74. ...................................................................................
.................................................................................................
§ 15. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento)
sobre o valor do crédito objeto de pedido de ressarcimento indeferido ou
indevido.
§ 16. O percentual da multa de que trata o § 15 será de 100% (cem
por cento) na hipótese de ressarcimento obtido com falsidade no pedido
apresentado pelo sujeito passivo.
§ 17. Aplica-se a multa prevista no § 15, também, sobre o valor do
crédito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de
falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo." (NR)
Art. 63. É a União autorizada a conceder crédito ao Banco do Nordeste do Brasil
S.A., no montante de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), em condições financeiras e
contratuais a serem definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda.
Parágrafo único. Para a cobertura do crédito de que trata o caput, a União poderá
emitir, sob a forma de colocação direta, em favor do Banco do Nordeste do Brasil S.A., títulos da
Dívida Pública Mobiliária Federal, cujas características serão definidas pelo Ministro de Estado
da Fazenda, devendo ser respeitada a equivalência econômica dos títulos com o valor previsto no
caput. (Parágrafo único acrescido pela Medida Provisória nº 513, de 26/11/2010, convertida na
Lei nº 12.409, de 25/5/2011)
Art. 64. É a União, mediante aprovação do Ministro de Estado da Fazenda, autorizada
a renegociar ou a estabelecer as condições financeiras e contratuais de operações de crédito
realizadas com o Banco do Nordeste do Brasil S.A., até o montante de R$ 1.000.000.000,00 (um
bilhão de reais), visando a enquadrá-las como instrumento híbrido de capital e dívida apto a
integrar o seu patrimônio de referência, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 65. Poderão ser pagos ou parcelados, em até 180 (cento e oitenta) meses, nas
condições desta Lei, os débitos administrados pelas autarquias e fundações públicas federais e os
débitos de qualquer natureza, tributários ou não tributários, com a Procuradoria- Geral Federal.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se aos créditos constituídos ou não, inscritos ou
não como dívida ativa das autarquias e fundações, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada.
§ 2º Para os fins do disposto no caput deste artigo, poderão ser pagas ou parceladas as
dívidas vencidas até 30 de novembro de 2008, de pessoas físicas ou jurídicas, consolidadas pelo
sujeito passivo, com exigibilidade suspensa ou não, inscritas ou não em dívida ativa,
consideradas isoladamente, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada, assim considerados:
I - os débitos de qualquer natureza, tributários ou não, inscritos em dívida ativa no
âmbito da Procuradoria-Geral Federal e os que não estejam inscritos em dívida ativa perante as
autarquias e fundações públicas federais;
II - os demais débitos de qualquer natureza, tributários ou não, com as autarquias e
fundações.
§ 3º Observados o disposto nesta Lei e os requisitos e as condições estabelecidos em
ato da Advocacia-Geral da União, a ser editado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a partir da
data de publicação desta Lei, os débitos a que se refere este artigo poderão ser pagos ou
parcelados da seguinte forma:
I - pagos à vista, com redução de 100% (cem por cento) das multas de mora e de
ofício, de 40% (quarenta por cento) das isoladas, de 45% (quarenta e cinco por cento) dos juros
de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
II - parcelados em até 30 (trinta) prestações mensais, com redução de 90% (noventa
por cento) das multas de mora e de ofício, de 35% (trinta e cinco por cento) das isoladas, de 40%
(quarenta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo legal;
III - parcelados em até 60 (sessenta) prestações mensais, com redução de 80%
(oitenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 30% (trinta por cento) das isoladas, de 35%
(trinta e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo
legal;
IV - parcelados em até 120 (cento e vinte) prestações mensais, com redução de 70%
(setenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 25% (vinte e cinco por cento) das isoladas,
de 30% (trinta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do encargo
legal; ou
V - parcelados em até 180 (cento e oitenta) prestações mensais, com redução de 60%
(sessenta por cento) das multas de mora e de ofício, de 20% (vinte por cento) das isoladas, de
25% (vinte e cinco por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre o valor do
encargo legal.
§ 4º Os débitos não tributários pagos ou parcelados na forma dos incisos I a V do § 3º
deste artigo terão como definição de juros de mora, para todos os fins desta Lei, o montante total
de correção e juros estabelecidos na legislação aplicável a cada tipo de débito objeto de
pagamento ou parcelamento.
§ 5º O requerimento do parcelamento abrange os débitos de que trata este artigo,
incluídos, a critério do optante, no âmbito de cada um dos órgãos.
§ 6º Observado o disposto nesta Lei, a dívida objeto do parcelamento será
consolidada na data de seu requerimento e dividida pelo número de prestações que forem
indicadas pelo sujeito passivo, nos termos dos §§ 2º e 3º deste artigo, não podendo cada prestação
mensal ser inferior a:
I - R$ 50,00 (cinquenta reais), no caso de pessoa física; e
II - R$ 100,00 (cem reais), no caso de pessoa jurídica.
§ 7º (VETADO).
§ 8º (VETADO).
§ 8º-A (VETADO na Lei nº 12.350, de 20/12/2010)
§ 9º A manutenção em aberto de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não, ou de uma
parcela, estando pagas todas as demais, implicará, após comunicação ao sujeito passivo, a
imediata rescisão do parcelamento e, conforme o caso, o prosseguimento da cobrança.
§ 10. As parcelas pagas com até 30 (trinta) dias de atraso não configurarão
inadimplência para os fins previstos no § 9º deste artigo.
§ 11. A pessoa jurídica optante pelo parcelamento previsto neste artigo deverá indicar
pormenorizadamente, no respectivo requerimento de parcelamento, quais débitos deverão ser
nele incluídos.
§ 12. Na hipótese de rescisão do parcelamento com o cancelamento dos benefícios
concedidos:
I - será efetuada a apuração do valor original do débito, com a incidência dos
acréscimos legais, até a data da rescisão;
II - serão deduzidas do valor referido no inciso I deste parágrafo as parcelas pagas,
com acréscimos legais até a data da rescisão.
§ 13. A pessoa física responsabilizada pelo não pagamento ou recolhimento de
tributos devidos pela pessoa jurídica poderá efetuar, nos mesmos termos e condições previstos
nesta Lei, em relação à totalidade ou à parte determinada dos débitos:
I - pagamento;
II - parcelamento, desde que com anuência da pessoa jurídica, nos termos a serem
definidos em regulamento.
§ 14. Na hipótese do inciso II do § 13 deste artigo:
I - a pessoa física que solicitar o parcelamento passará a ser solidariamente
responsável, juntamente com a pessoa jurídica, em relação à dívida parcelada;
II - é suspenso o julgamento na esfera administrativa.
§ 15. Na hipótese de rescisão do parcelamento previsto no inciso II do § 13 deste
artigo, a pessoa jurídica será intimada a pagar o saldo remanescente, calculado na forma do § 12
deste artigo.
§ 16. A opção pelos parcelamentos de que trata esta Lei importa confissão
irrevogável e irretratável dos débitos em nome do sujeito passivo, na condição de contribuinte ou
de responsável, e por ele indicados para compor os referidos parcelamentos, configura confissão
extrajudicial nos termos dos arts. 348, 353 e 354 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 -
Código de Processo Civil, e condiciona o sujeito passivo à aceitação plena e irretratável de todas
as condições estabelecidas nesta Lei.
§ 17. São dispensados os honorários advocatícios em razão da extinção da ação na
forma deste artigo.
§ 18. A opção pelo pagamento à vista ou pelos parcelamentos de débitos de que trata
esta Lei deverá ser efetivada até o último dia útil do sexto mês subsequente ao da publicação
desta Lei. (Prazo reaberto até 31/12/2013, nos termos do art. 17 da Lei nº 12.865, de 9/10/2013)
(Prazo reaberto até o último dia útil do mês de agosto de 2014, nos termos do art. 2º da Lei nº
12.996, de 18/6/2014)
§ 19. As pessoas que se mantiverem ativas no parcelamento de que trata este artigo
poderão amortizar seu saldo devedor com as reduções de que trata o inciso I do § 3º deste artigo,
mediante a antecipação no pagamento de parcelas.
§ 20. O montante de cada amortização de que trata o § 19 deste artigo deverá ser
equivalente, no mínimo, ao valor de 12 (doze) parcelas.
§ 21. A amortização de que trata o § 19 deste artigo implicará redução proporcional
da quantidade de parcelas vincendas.
§ 22. A inclusão de débitos nos parcelamentos de que trata esta Lei não implica
novação de dívida.
§ 23. As reduções previstas neste artigo não são cumulativas com outras previstas em
Lei e serão aplicadas somente em relação aos saldos devedores dos débitos.
§ 24. Na hipótese de anterior concessão de redução de multa, de mora e de ofício, de
juros de mora ou de encargos legais em percentuais diversos dos estabelecidos neste artigo,
prevalecerão os percentuais nela referidos, aplicados sobre os respectivos valores originais.
§ 25. O saldo dos depósitos existentes, em espécie ou em instrumentos da dívida
pública federal, exceto precatórios, vinculados aos débitos a serem pagos ou parcelados nos
termos deste artigo será automaticamente convertido em renda das respectivas autarquias e
fundações, após aplicação das reduções sobre o valor atualizado do depósito para o pagamento à
vista ou parcelamento.
§ 26. Na hipótese em que o saldo exceda ao valor do débito após a consolidação de
que trata este artigo, o saldo remanescente será levantado pelo sujeito passivo, caso não haja
outro crédito tributário ou não tributário vencido e exigível em face do sujeito passivo.
§ 27. Na hipótese de depósitos ou garantias de instrumentos da dívida pública federal,
exceto precatórios, o órgão credor os recepcionará pelo valor reconhecido por ele como
representativo de valor real ou pelo valor aceito como garantia pelo mesmo órgão credor.
§ 28. No cálculo dos saldos em espécie existentes na data de adesão ao pagamento ou
parcelamento previstos neste artigo, serão excluídos os juros remuneratórios sobre débitos cuja
exigibilidade tenha sido suspensa por meio do referido depósito e que não tenham incidência de
multa ou juros de mora.
§ 29. Para fins de determinação do saldo dos depósitos a serem levantados após a
dedução dos débitos consolidados, se o sujeito passivo tiver efetivado tempestivamente apenas o
depósito do principal, será deduzido o principal acrescido de valor equivalente ao que decorreria
da incidência de multas de mora e juros de mora, observada a aplicação das reduções e dos
demais benefícios previstos neste artigo.
§ 30. A Advocacia-Geral da União expedirá normas que possibilitem, se for o caso, a
revisão dos valores dos débitos consolidados para o efeito do disposto no § 29.
§ 31. Os parcelamentos requeridos na forma e nas condições de que trata este artigo:
I - não dependem de apresentação de garantia ou de arrolamento de bens, exceto
quando já houver penhora em execução fiscal ajuizada; e
II - no caso de débito inscrito em dívida ativa, abrangerão inclusive os encargos legais
que forem devidos, sem prejuízo da dispensa prevista neste artigo.
§ 32. O disposto neste artigo não se aplica ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica - CADE e ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -
INMETRO.
§ 33. As pessoas jurídicas que se encontrem inativas desde o ano-calendário de 2009
ou que estiverem em regime de liquidação ordinária, judicial ou extrajudicial, ou em regime de
falência, que optaram pelo pagamento ou parcelamento dos débitos, nos termos deste artigo,
poderão compensar os débitos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) apurados em razão da concessão do benefício de redução
dos valores de multas, juros de mora e encargo legal, em decorrência do disposto no § 3º deste
artigo, respectivamente, com a utilização de prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da
CSLL, próprios, acumulados de exercícios anteriores, sendo que o valor a ser utilizado será
determinado mediante a aplicação da alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o montante
do prejuízo fiscal e de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo negativa da CSLL. (VETADO
na Lei nº 12.385, de 3/3/2011) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.402, de 2/5/2011)
§ 34. Para fins do disposto no § 33, a pessoa jurídica inativa que retornar à atividade
antes de 31 de dezembro de 2013 deverá recolher os valores referentes ao IRPJ e à CSLL objeto
da compensação com todos os encargos legais e recompor o prejuízo fiscal do IRPJ e a base de
cálculo negativa da CSLL correspondentes. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.402, de
2/5/2011)
§ 35. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto nos §§ 33 e 34.
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.402, de 2/5/2011)
§ 36. (VETADO na Lei nº 12.431, de 24/6/2011)
§ 37. (VETADO na Lei nº 12.431, de 24/6/2011)
Art. 65-A. (VETADO na Lei nº 12.431, de 24/6/2011)
Art. 66. (VETADO).
Art. 67. O art. 2º da Lei nº 5.615, de 13 de outubro de 1970, passa a vigorar com a
seguinte redação, renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º:
"Art. 2º É dispensada a licitação para a contratação do Serviço
Federal de Processamento de Dados - SERPRO pela União, por intermédio dos
respectivos órgãos do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, para a prestação de serviços de tecnologia da informação
considerados estratégicos, relacionados com as atividades de sua
especialização.
§ 1º Ato do Ministro de Estado da Fazenda especificará os serviços
estratégicos do Ministério da Fazenda e ato do Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão especificará os serviços estratégicos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
§ 2º Ao Serpro é vedada a subcontratação de outras empresas para
que prestem os serviços estratégicos a que se refere este artigo.
§ 3º Os atos de contratação dos demais serviços de tecnologia da
informação, não especificados como serviços estratégicos, seguirão as normas
gerais de licitações e contratos.
§ 4º O disposto neste artigo não constitui óbice a que todos os
órgãos e entidades da administração pública venham a contratar serviços com o
Serpro, mediante prévia licitação ou contratação direta que observe as normas
gerais de licitações e contratos."(NR)
Art. 68. A Lei nº 5.615, de 13 de outubro de 1970, passa a vigorar acrescida dos
seguintes arts. 2º-A e 2º-B:
"Art. 2º-A Os serviços estratégicos executados pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados - SERPRO, contratados na forma do art. 2º desta
Lei, terão o valor de sua remuneração fixado conforme metodologia
estabelecida em ato do Ministro de Estado da Fazenda."
"Art. 2º-B É o Serpro autorizado a aplicar a disponibilidade de sua
capacidade técnica e operacional na execução de serviços que venham a ser
contratados com outros órgãos e entidades, desde que garantida a
disponibilidade de recursos necessários aos órgãos dos Ministérios da Fazenda
e do Planejamento, Orçamento e Gestão."
Art. 69. São remitidas as dívidas decorrentes de operações de crédito rural
renegociadas nas condições do art. 2º da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006, cujos saldos
devedores na data de publicação desta Lei, atualizados pelos encargos financeiros contratuais
aplicáveis para a situação de normalidade, excluídos os bônus, sejam de até R$ 10.000,00 (dez
mil reais), desde que as operações sejam:
I - lastreadas em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste -
FNE;
II - lastreadas em recursos mistos do FNE com outras fontes;
III - lastreadas em outras fontes de crédito rural cujo risco seja da União; ou
IV - contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar - PRONAF.
§ 1º Do valor de que trata o caput deste artigo excluem-se as multas.
§ 2º A remissão de que trata este artigo também se aplica às operações de crédito
rural que se enquadrem nas condições para renegociação previstas no art. 2º da Lei nº 11.322, de
13 de julho de 2006, efetuadas com recursos do FNE, ou com recursos mistos do FNE com outras
fontes, ou com recursos de outras fontes efetuadas com risco da União, ou ainda às operações
contratadas no âmbito do Pronaf, cujos mutuários não as tenham renegociado nas condições ali
estabelecidas e cujo saldo devedor atualizado até a data de publicação desta Lei, nas condições
abaixo especificadas, seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais):
I - até 15 de janeiro de 2001, pelos encargos financeiros originalmente contratados,
sem bônus e sem encargos adicionais de inadimplemento;
II - de 16 de janeiro de 2001 até a data de publicação desta Lei:
a) para as operações efetuadas no âmbito do Pronaf, taxa efetiva de juros de 3% a.a.
(três por cento ao ano);
b) para as demais operações, pelos encargos financeiros previstos no art. 45 da Lei nº
11.775, de 17 de setembro de 2008, para cada período, sem encargos adicionais de
inadimplemento, observado o porte do mutuário.
§ 3º Para fins de enquadramento na remissão de que trata este artigo, os saldos
devedores das operações de crédito rural contratadas com cooperativas, associações e
condomínios de produtores rurais, inclusive as operações efetuadas na modalidade grupal ou
coletiva, serão apurados:
I - por cédula-filha ou instrumento de crédito individual firmado por beneficiário final
do crédito;
II - no caso de operação que não tenha envolvido repasse de recursos a cooperados ou
associados, pelo resultado da divisão dos saldos devedores pelo número total de cooperados ou
associados ativos da entidade;
III - no caso de condomínios de produtores rurais, por participante identificado pelo
respectivo Cadastro de Pessoa Física - CPF, excluindo-se cônjuges; ou
IV - no caso de crédito grupal ou coletivo, por mutuário constante da cédula de
crédito.
§ 4º O disposto no § 2º deste artigo aplica-se às operações ali enquadráveis
renegociadas com base em outros instrumentos legais, mantida a vedação prevista no § 8º do art.
2º da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006.
§ 5º A remissão de que trata este artigo abrange somente o saldo devedor, sendo que
em nenhuma hipótese haverá devolução de valores a mutuários.
§ 6º É o FNE autorizado a assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo
referentes às operações lastreadas em seus recursos e às operações lastreadas em recursos mistos
do FNE com outras fontes.
§ 7º É a União autorizada a assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo
referentes às operações efetuadas com recursos de outras fontes no âmbito do Pronaf e às demais
operações efetuadas com risco da União.
§ 8º É o Poder Executivo autorizado a definir a metodologia e as demais condições
para ressarcir às instituições financeiras públicas federais os custos da remissão e dos rebates
definidos neste artigo para as operações ou parcelas das operações efetuadas com risco da
instituição financeira, observado o disposto nos §§ 6º e 7º.
Art. 69-A. Ficam suspensos, até 31 de dezembro de 2014, as execuções fiscais e os
respectivos prazos processuais, cujo objeto seja a cobrança de débitos inscritos em Dívida Ativa
da União ou que venham a ser incluídos até 31 de dezembro de 2014, oriundos de operações de
crédito rural contratados entre 17 de maio de 1984 e 31 de maio de 2002, de responsabilidade de
produtores rurais vinculados ao Projeto Agro-Industrial do Canavieiro Abraham Lincoln -
PACAL, situado no Município de Prainha, Estado do Pará (Km 92 da Rodovia Transamazônica,
trecho Altamira-Itaituba), desapropriado pela União Federal na forma do Decreto nº 89.677, de
17 de maio de 1984.
Parágrafo único. As instituições financeiras oficiais federais deverão encaminhar à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, até o último dia útil do mês seguinte ao da publicação
desta Lei, listagem com todos os débitos já encaminhados para inscrição em Dívida Ativa da
União que se enquadrem nos requisitos dispostos no caput. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.872,
de 24/10/2013)
Art. 70. É autorizada a concessão de rebate para liquidação, até 29 de março de 2013,
das operações de crédito rural que tenham sido renegociadas nas condições do art. 2º da Lei nº
11.322, de 13 de julho de 2006, e que estejam lastreadas em recursos do FNE, ou em recursos
mistos do FNE com outras fontes, ou em recursos de outras fontes efetuadas com risco da União,
ou ainda das operações realizadas no âmbito do Pronaf, em substituição a todos os bônus de
adimplência e de liquidação previstos para essas operações na Lei nº 11.322, de 13 de julho de
2006, e no art. 28 da Lei nº 11.775, de 17 de setembro de 2008, não remitidas na forma do art. 69
desta Lei, observadas ainda as seguintes condições: (“Caput” do artigo com redação dada pela
Lei nº 12.599, de 23/3/2012)
I - para liquidação antecipada das operações renegociadas com base nos incisos I e II
do art. 2º da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006, será concedido rebate de 65% (sessenta e
cinco por cento) sobre o saldo devedor da dívida, atualizado pelos encargos financeiros
contratuais aplicáveis para a situação de normalidade, excluídos os bônus, sendo que nas regiões
do semi-árido, no norte do Espírito Santo e nos Municípios do norte de Minas Gerais, do Vale do
Jequitinhonha e do Vale do Mucuri, compreendidos na área de atuação da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, o rebate para liquidação será de 85% (oitenta e cinco
por cento);
II - para liquidação antecipada das operações renegociadas com base no inciso III ou
no § 5º do art. 2º da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006, observado o disposto no art. 28 da Lei
nº 11.775, de 17 de setembro de 2008:
a) aplica-se o disposto no inciso I deste artigo para a parcela do saldo devedor que
corresponda ao limite de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) na data do contrato original;
b) será concedido rebate de 45% (quarenta e cinco por cento) sobre a parcela do saldo
devedor da dívida, atualizado pelos encargos financeiros contratuais aplicáveis para a situação de
normalidade, excluídos os bônus, que diz respeito ao crédito original excedente ao limite de R$
15.000,00 (quinze mil reais), sendo que nas regiões do semi-árido, no norte do Espírito Santo e
nos Municípios do norte de Minas Gerais, do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Mucuri,
compreendidos na área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste -
SUDENE, o rebate para liquidação será de 75% (setenta e cinco por cento).
§ 1º O disposto neste artigo também pode ser aplicado para liquidação das operações
de crédito rural que se enquadrem nas condições para renegociação previstas no art. 2º da Lei nº
11.322, de 13 de julho de 2006, lastreadas em recursos do FNE, ou em recursos mistos do FNE
com outras fontes, ou em recursos de outras fontes efetuadas com risco da União, ou ainda das
operações contratadas no âmbito do Pronaf, cujos mutuários não as tenham renegociado nas
condições ali estabelecidas, sendo que os rebates serão aplicados sobre o saldo devedor
atualizado da seguinte forma:
I - até 15 de janeiro de 2001, pelos encargos financeiros originalmente contratados,
sem bônus e sem encargos adicionais de inadimplemento;
II - de 16 de janeiro de 2001 até a data da liquidação da operação:
a) para as operações efetuadas no âmbito do Pronaf, taxa efetiva de juros de 3% a.a.
(três por cento ao ano);
b) para as demais operações, pelos encargos financeiros previstos no art. 45 da Lei nº
11.775, de 17 de setembro de 2008, para cada período, sem encargos adicionais de
inadimplemento, observado o porte do mutuário.
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo aplica-se às operações ali enquadráveis
renegociadas com base em outros instrumentos legais, mantida a vedação prevista no § 8º do art.
2º da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006.
§ 3º Caso o recalculo da dívida de que trata o § 1º deste artigo, efetuado considerando
os encargos financeiros de normalidade, resulte em saldo devedor zero ou menor que zero, a
operação será considerada liquidada, não havendo, em hipótese alguma, devolução de valores a
mutuários.
§ 4º O mutuário de operação de crédito rural que se enquadrar no disposto neste
artigo, cujo saldo devedor atualizado pelos encargos financeiros contratuais aplicáveis para a
situação de normalidade, excluídos os bônus, seja inferior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais),
observado o disposto no § 2º do art. 69, e que não disponha de capacidade de pagamento para
honrar sua dívida, recalculada nas condições e com os rebates de que trata este artigo, poderá
solicitar desconto adicional para liquidação da sua dívida mediante apresentação de pedido
formal à instituição financeira pública federal detentora da operação, contendo demonstrativo de
sua incapacidade de pagamento.
§ 5º Para fins do disposto no § 4º deste artigo, caberá ao Poder Executivo definir em
regulamento:
I - os prazos para a solicitação do desconto adicional;
II - os documentos exigidos para a comprovação da incapacidade de pagamento do
mutuário;
III - os percentuais de descontos adicionais que poderão ser concedidos, considerando
as diferentes situações;
IV - a criação de grupo de trabalho para acompanhar e monitorar a implementação
das medidas de que trata este artigo; e
V - demais normas necessárias à implantação do disposto no § 4º deste artigo.
§ 6º É o FNE autorizado a assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo
referentes às operações lastreadas em seus recursos e às operações lastreadas em recursos mistos
do FNE com outras fontes.
§ 7º É a União autorizada a assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo
referentes às operações efetuadas com outras fontes no âmbito do Pronaf e às demais operações
efetuadas com risco da União.
§ 8º É o Poder Executivo autorizado a definir a metodologia e as demais condições
para ressarcir às instituições financeiras públicas federais os custos da remissão e dos rebates
definidos neste artigo para as operações ou parcelas das operações efetuadas com risco da
instituição financeira, observado o disposto nos §§ 6º e 7º deste artigo.
§ 9º Fica autorizada a suspensão das execuções judiciais e dos respectivos prazos
processuais referentes às operações enquadráveis neste artigo até a data limite para concessão de
rebate definida no caput, desde que o mutuário formalize interesse em liquidar a operação perante
a instituição financeira. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.599, de 23/3/2012)
§ 10. O prazo de prescrição das dívidas de que trata o caput fica suspenso a partir da
data de publicação desta Lei até 29 de março de 2013. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.599,
de 23/3/2012)
Art. 70-A. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 610, de 2/4/2013, e não
mantido pela Lei nº 12.844, de 19/7/2013, na qual foi convertida a referida Medida Provisória)
Art. 71. São remitidas as dívidas referentes às operações de crédito rural do Grupo 'B'
do Pronaf contratadas até 31 de dezembro de 2004 com recursos do orçamento geral da União ou
dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, efetuadas com
risco da União ou dos respectivos Fundos, cujo valor contratado por mutuário tenha sido de até
R$ 1.000,00 (mil reais).
§ 1º Para fins de enquadramento na remissão de que trata o caput deste artigo, no
caso de operações de crédito rural grupais ou coletivas, o valor considerado por mutuário será
obtido pelo resultado da divisão do valor contratado da operação pelo número de mutuários
constantes da cédula de crédito.
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo às operações nele enquadradas que tenham sido
renegociadas ao amparo de legislação específica, inclusive àquelas efetuadas por meio de
resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN.
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo às operações nele enquadradas que tenham sido
inscritas ou estejam em processo de inscrição na Dívida Ativa da União - DAU.
§ 4º A remissão de que trata este artigo é limitada ao saldo devedor existente na data
de promulgação desta Lei, não cabendo devolução de recursos aos mutuários que já tenham
efetuado o pagamento total ou parcial das operações.
§ 5º São a União e os Fundos Constitucionais de Financiamento autorizados a
assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo referentes às operações realizadas com
os respectivos recursos.
Art. 72. É autorizada a concessão de rebate de 60% (sessenta por cento) sobre o saldo
devedor atualizado pelos encargos financeiros contratuais aplicáveis para a situação de
normalidade, excluídos os bônus, para a liquidação, até 29 de março de 2013, das operações de
crédito rural do Grupo 'B' do Pronaf contratadas entre 2 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de
2006, com recursos do orçamento geral da União ou dos Fundos Constitucionais de
Financiamento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, efetuadas com risco da União ou dos
respectivos Fundos, cujo valor contratado por mutuário tenha sido de até R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais). (“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº 12.599, de 23/3/2012)
§ 1º Para fins de enquadramento na concessão do rebate de que trata o caput deste
artigo, no caso de operações de crédito rural grupais ou coletivas, o valor considerado por
mutuário será obtido pelo resultado da divisão do saldo devedor da operação pelo número de
mutuários constantes da cédula de crédito.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às operações nele enquadradas que tenham sido
renegociadas ao amparo de legislação específica, inclusive àquelas efetuadas por meio de
resoluções do CMN.
§ 3º O rebate previsto neste artigo substitui os rebates e os bônus de adimplência
contratuais, inclusive nos casos previstos no § 2º deste artigo.
§ 4º São a União e os Fundos Constitucionais de Financiamento autorizados a
assumir os ônus decorrentes das disposições deste artigo referentes às operações realizadas com
os respectivos recursos.
§ 5º Fica autorizada a suspensão das execuções judiciais e dos respectivos prazos
processuais referentes às operações enquadráveis neste artigo até a data limite para concessão de
rebate definida no caput, desde que o mutuário formalize interesse em liquidar a operação perante
a instituição financeira. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.599, de 23/3/2012)
§ 6º O prazo de prescrição das dívidas de que trata o caput fica suspenso a partir da
data de publicação desta Lei até 29 de março de 2013. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.599,
de 23/3/2012)
Art. 73. O CMN poderá definir normas complementares para a operacionalização do
disposto nos arts. 69, 70, 71 e 72 desta Lei.
Art. 74. O art. 7º da Lei nº 9.126, de 10 de novembro de 1995, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 7º Os bancos administradores aplicarão 10% (dez por cento)
dos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste para financiamento a assentados e a colonos nos
programas oficiais de assentamento, colonização e reforma agrária, aprovados
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, bem como
a beneficiários do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, instituído pela Lei
Complementar nº 93, de 4 de fevereiro de 1998.
§ 1º Os contratos de financiamento de projetos de estruturação
inicial dos assentados, colonos ou beneficiários do Fundo de Terras e da
Reforma Agrária, a que se refere o caput deste artigo, ainda não beneficiados
com crédito direcionado exclusivamente para essa categoria de agricultores,
serão realizados por bancos oficiais federais com risco para o respectivo Fundo
Constitucional, observadas as condições definidas pelo Conselho Monetário
Nacional para essas operações de crédito.
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º aos contratos de financiamento de
projetos de estruturação complementar daqueles assentados, colonos ou
beneficiários do Fundo de Terras e da Reforma Agrária já contemplados com
crédito da espécie, cujo valor financiável se limita ao diferencial entre o saldo
devedor atual da operação e o teto vigente para essas operações de crédito,
conforme deliberação do Conselho Monetário Nacional.
§ 3º Para efeito do cumprimento do percentual de que trata o caput
deste artigo, poderão ser computados os recursos destinados a financiamentos
de investimento para agricultores familiares enquadrados nos critérios definidos
pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, regulamentados pelo Conselho
Monetário Nacional, conforme programação anual proposta pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário, desde que os financiamentos contemplem as
seguintes finalidades:
I - regularização e adequação ambiental dos estabelecimentos
rurais, reflorestamento, recuperação ou regeneração de áreas degradadas ou
formação ou melhoria de corredores ecológicos entre áreas prioritárias para
conservação da biodiversidade;
II - implantação de infraestrutura hídrica e de atividades produtivas
adequadas à convivência com o semi-árido;
III - pagamento dos serviços de assistência técnica e extensão rural
e remuneração da mão de obra familiar para implantação das atividades
referentes às finalidades constantes dos incisos I e II deste parágrafo; e
IV - outras, a serem definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
§ 4º Os financiamentos concedidos na forma deste artigo terão os
encargos financeiros ajustados para não exceder o limite de 12% a.a. (doze por
cento ao ano) e redutores de até 50% (cinquenta por cento) sobre as parcelas da
amortização do principal e sobre os encargos financeiros, durante todo o prazo
de vigência da operação, conforme condições definidas pelo Conselho
Monetário Nacional.
§ 5º Os agentes financeiros apresentarão ao Ministério da
Integração Nacional e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável, integrante da estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário,
demonstrativos dos valores que vierem a ser imputados aos Fundos
Constitucionais em função do disposto neste artigo." (NR)
Art. 75. Os arts. 1º e 2º da Lei nº 11.110, de 25 de abril de 2005, passam a vigorar
com a seguinte redação, renumerando-se o parágrafo único do art. 2º para § 1º:
"Art. 1º .....................................................................................
..................................................................................................
§ 4º São recursos destinados ao Programa Nacional de Microcrédito
Produtivo Orientado - PNMPO os provenientes:
I - do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT;
II - da parcela dos recursos de depósitos à vista destinados ao
microcrédito, de que trata o art. 1º da Lei nº 10.735, de 11 de setembro de 2003;
III - do orçamento geral da União ou dos Fundos Constitucionais de
Financiamento, somente quando forem alocados para operações de
microcrédito produtivo rural efetuadas com agricultores familiares no âmbito
do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF;
IV - de outras fontes alocadas para o PNMPO pelas instituições
financeiras ou instituições de microcrédito produtivo orientado, de que tratam
os §§ 5º e 6º deste artigo, respectivamente.
§ 5º ...........................................................................................
..................................................................................................
III - com fontes alocadas para as operações de microcrédito
produtivo rural efetuadas com agricultores familiares no âmbito do Pronaf, para
as instituições autorizadas a operar com esta modalidade de crédito.
..............................................................................................." (NR)
"Art. 2º .....................................................................................
§ 1º ...........................................................................................
§ 2º As operações de microcrédito produtivo rural efetuadas no
âmbito do Pronaf com agricultores familiares enquadrados na Lei nº 11.326, de
24 de julho de 2006, desde que obedeçam à metodologia definida no § 3º do art.
1º desta Lei, podem ser consideradas como microcrédito produtivo orientado,
integrante do PNMPO.
§ 3º Na operacionalização do microcrédito produtivo rural de que
trata o § 2º deste artigo, as instituições de microcrédito produtivo orientado, de
que trata o § 6º do art. 1º desta Lei, poderão, sob responsabilidade da instituição
financeira mandante, prestar os seguintes serviços:
I - recepção e encaminhamento à instituição financeira de propostas
de abertura de contas de depósitos à vista e de poupança;
II - recepção e encaminhamento à instituição financeira de pedidos
de empréstimos e de financiamentos;
III - análise da proposta de crédito e preenchimento de ficha
cadastral;
IV - execução de serviços de cobrança não judicial." (NR)
Art. 76. Os arts. 2º, 6º, 12, 21, 22, 23 e 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de
1946, passam a vigorar com a seguinte redação, renumerado-se o parágrafo único do art. 12 para
§ 1º:
"Art. 2º A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim
entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em
contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos
Conselhos Regionais de Contabilidade a que se refere o art. 1º." (NR)
"Art. 6º .....................................................................................
.................................................................................................
f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência,
do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e
editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional."
(NR)
"Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente
poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado
em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação
em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a
que estiverem sujeitos.
§ 1º ...........................................................................................
§ 2º Os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho
Regional de Contabilidade e os que venham a fazê-lo até 1º de junho de 2015
têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão." (NR)
"Art. 21. Os profissionais registrados nos Conselhos Regionais de
Contabilidade são obrigados ao pagamento da anuidade.
....................................................................................................
§ 2º As anuidades pagas após 31 de março serão acrescidas de
multa, juros de mora e atualização monetária, nos termos da legislação vigente.
§ 3º Na fixação do valor das anuidades devidas ao Conselho Federal
e aos Conselhos Regionais de Contabilidade, serão observados os seguintes
limites:
I - R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), para pessoas físicas;
II - R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais), para pessoas
jurídicas.
§ 4º Os valores fixados no § 3º deste artigo poderão ser corrigidos
anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA,
calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE."
(NR)
"Art. 22. Às empresas ou a quaisquer organizações que explorem
ramo dos serviços contábeis é obrigatório o pagamento de anuidade ao
Conselho Regional da respectiva jurisdição.
§ 1º A anuidade deverá ser paga até o dia 31 de março, aplicando-
se, após essa data, a regra do § 2º do art. 21.
..............................................................................................." (NR)
"Art. 23. O profissional ou a organização contábil que executarem
serviços contábeis em mais de um Estado são obrigados a comunicar
previamente ao Conselho Regional de Contabilidade no qual são registrados o
local onde serão executados os serviços."(NR)
"Art. 27. As penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração
ao exercício legal da profissão são as seguintes:
a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade do
exercício em curso aos infratores dos arts. 12 e 26 deste Decreto-Lei;
b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos profissionais e de 2 (duas)
a 20 (vinte) vezes o valor da anuidade do exercício em curso às empresas ou a
quaisquer organizações contábeis, quando se tratar de infração dos arts. 15 e 20
e seus respectivos parágrafos;
c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o valor da anuidade do
exercício em curso aos infratores de dispositivos não mencionados nas alíneas a
e b ou para os quais não haja indicação de penalidade especial;
d) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 (dois)
anos, aos profissionais que, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir
à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de documentos que
assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de
fraudar as rendas públicas;
e) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 (seis) meses
a 1 (um) ano, ao profissional com comprovada incapacidade técnica no
desempenho de suas funções, a critério do Conselho Regional de Contabilidade
a que estiver sujeito, facultada, porém, ao interessado a mais ampla defesa;
f) cassação do exercício profissional quando comprovada
incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e
tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos para registro
profissional e apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua
guarda, desde que homologada por 2/3 (dois terços) do Plenário do Tribunal
Superior de Ética e Disciplina;
g) advertência reservada, censura reservada e censura pública nos
casos previstos no Código de Ética Profissional dos Contabilistas elaborado e
aprovado pelos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, conforme
previsão do art. 10 do Decreto- Lei nº 1.040, de 21 de outubro de 1969." (NR)
Art. 77. O Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, passa a vigorar acrescido do
seguinte art. 36-A:
"Art. 36-A. Os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade
apresentarão anualmente a prestação de suas contas aos seus registrados."
Art. 78. (VETADO).
Art. 79. O art. 28 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 28. ...................................................................................
.................................................................................................
XVIII - bens relacionados em ato do Poder Executivo para
aplicação nas Unidades Modulares de Saúde de que trata o Convênio ICMS nº
114, de 11 de dezembro de 2009, quando adquiridos por órgãos da
administração pública direta federal, estadual, distrital e municipal.
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá regulamentar o disposto
nos incisos IV, X e XIII a XVIII do caput deste artigo." (NR)
Art. 80. (VETADO).
Art. 81. As pessoas jurídicas que, no prazo estabelecido no art. 3º da Medida
Provisória nº 470, de 13 de outubro de 2009, optaram pelo parcelamento dos débitos decorrentes
do aproveitamento indevido do incentivo fiscal setorial instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº
491, de 5 de março de 1969, e dos oriundos da aquisição de matérias-primas, material de
embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006,
com incidência de alíquota zero ou como não tributados - NT, poderão liquidar os valores
correspondentes às prestações do parcelamento com a utilização de prejuízo fiscal e de base de
cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL relativos aos períodos de
apuração encerrados até 31 de dezembro de 2009, desde que sejam:
I - próprios;
II - passíveis de compensação, na forma da legislação vigente; e
III - devidamente declarados, no tempo e forma determinados na legislação, à
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 1º (VETADO).
§ 2º O valor a ser utilizado será determinado mediante a aplicação, sobre o montante
do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa, das alíquotas de 25% (vinte e cinco por cento) e
9% (nove por cento), respectivamente.
§ 3º As prestações a serem liquidadas devem obedecer à ordem decrescente do seu
vencimento.
§ 4º Para os fins de utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da
CSLL nos termos do caput deste artigo, não se aplica o limite de 30% (trinta por cento) do lucro
líquido ajustado, previsto no art. 42 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, e no art. 15 da Lei
nº 9.065, de 20 de junho de 1995.
§ 5º A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Secretaria da Receita Federal do
Brasil editarão os atos necessários à execução do disposto neste artigo no prazo máximo de 30
(trinta) dias a partir da data de publicação desta Lei.
Art. 82. O art. 3º da Lei nº 7.940, de 20 de dezembro de 1989, passa a vigorar
acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 3º .....................................................................................
Parágrafo único. São isentos do pagamento da Taxa os analistas de
valores mobiliários não sujeitos a registro na Comissão de Valores Mobiliários
- CVM." (NR)
Art. 83. Ficam excluídas as receitas provenientes das transferências obrigatórias de
que tratam a Lei nº 11.578, de 26 de novembro de 2007, e o art. 51 da Lei nº 11.775, de 17 de
setembro de 2008, inclusive as já realizadas, para fins de cálculo da Receita Líquida Real prevista
nas Leis nos 9.496, de 11 de setembro de 1997, e 8.727, de 5 de novembro de 1993, e na Medida
Provisória nº 2.185- 35, de 24 de agosto de 2001.
Art. 84. A Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte
art. 4º-A:
"Art. 4º-A O termo de ajustamento de conduta, para prevenir ou
terminar litígios, nas hipóteses que envolvam interesse público da União, suas
autarquias e fundações, firmado pela Advocacia- Geral da União, deverá conter:
I - a descrição das obrigações assumidas;
II - o prazo e o modo para o cumprimento das obrigações;
III - a forma de fiscalização da sua observância;
IV - os fundamentos de fato e de direito; e
V - a previsão de multa ou de sanção administrativa, no caso de seu
descumprimento.
Parágrafo único. A Advocacia-Geral da União poderá solicitar aos
órgãos e entidades públicas federais manifestação sobre a viabilidade técnica,
operacional e financeira das obrigações a serem assumidas em termo de
ajustamento de conduta, cabendo ao Advogado-Geral da União a decisão final
quanto à sua celebração."
Art. 85. A inclusão em quadro em extinção da administração federal dos servidores
civis e militares oriundos do ex-Território Federal de Rondônia e do Estado de Rondônia, de que
trata o art. 89 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, com a redação dada
pela Emenda Constitucional nº 60, de 11 de novembro de 2009, observará as disposições e
normas estabelecidas nos arts. 86 a 102.
Art. 86. Constituirão, mediante opção, quadro em extinção da administração federal,
assegurados os direitos e vantagens a eles inerentes:
I - os integrantes da Carreira Policial Militar e os servidores municipais do ex-
Território de Rondônia que, comprovadamente, se encontravam no exercício regular de suas
funções, prestando serviço àquele ex-Território, na data em que foi transformado em Estado;
II - os servidores admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a
data de posse do primeiro governador eleito - 15 de março de 1987; e
III - os servidores e os policiais militares alcançados pelos efeitos do art. 36 da Lei
Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981.
Parágrafo único. É vedado o pagamento, a qualquer título, de diferenças
remuneratórias.
Art. 87. (VETADO).
Art. 88. Os servidores de que trata o art. 86 desta Lei somente farão jus à opção pela
inclusão no quadro em extinção da administração federal se:
I - (VETADO);
II - comprovadamente, se encontravam:
a) no desempenho de suas funções no âmbito da administração do Estado de
Rondônia ou de seus Municípios; ou
b) cedidos em conformidade com as disposições legais e regulamentares da época.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, não serão admitidos de forma regular nos
quadros do ex-Território de Rondônia, do Estado de Rondônia ou dos respectivos Municípios:
I - os contratados como prestadores de serviços;
II - os terceirizados;
III - os que laboravam informalmente e eram pagos mediante recibo; e
IV - os ocupantes de cargos, empregos e funções de confiança ou em comissão, ou os
que Lei declare de livre nomeação e exoneração.
Art. 89. Para fins da inclusão no quadro em extinção de que trata o art. 85 desta Lei,
será considerado o cargo ou emprego ocupado pelo servidor na data da entrega do documento da
opção pela inclusão em quadro em extinção da administração federal e documentação
comprobatória dos requisitos estabelecidos por esta Lei, assegurados os direitos e vantagens a
eles inerentes, inclusive as eventuais alterações remuneratórias decorrentes de decisões judiciais.
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
Art. 90. (VETADO).
Art. 91. (VETADO).
Art. 92. (VETADO).
Art. 93. (VETADO).
Art. 94. (VETADO).
Art. 95. (VETADO).
Art. 96. (VETADO).
Art. 97. A opção de que trata o art. 86 desta Lei será formalizada mediante Termo de
Opção, na forma do regulamento.
Art. 98. O Termo de Opção produzirá efeitos a partir da publicação do ato a que se
refere o art. 97, quando será considerado ato irretratável.
Art. 99. (VETADO).
Art. 100. Após a publicação do ato a que se refere o art. 98, os servidores continuarão
prestando serviço ao governo do Estado de Rondônia, na condição de cedidos, sem ônus para o
cessionário, até que sejam aproveitados em órgão ou entidade da administração federal direta,
autárquica ou fundacional.
Art. 101. Haverá compensação financeira das contribuições previdenciárias entre o
Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, criado pela
Lei Estadual no 20, de 13 de abril de 1984, e o Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores da União, nos moldes definidos pela Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, e pelo
Decreto nº 3.112, de 6 de julho de 1999, no que se refere aos servidores e militares que
formalizarem o Termo de Opção pela inclusão no referido quadro em extinção da administração
federal.
Art. 102. (VETADO).
Art. 103. O ato de entrega dos recursos correntes e de capital a outro ente da
Federação, a título de transferência voluntária, nos termos do art. 25 da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000, é caracterizado no momento da assinatura do respectivo convênio ou
contrato de repasse, bem como na assinatura dos correspondentes aditamentos de valor, e não se
confunde com as liberações financeiras de recursos, que devem obedecer ao cronograma de
desembolso previsto no convênio ou contrato de repasse.
Art. 104. As transferências obrigatórias de recursos financeiros pelos órgãos e
entidades da União aos órgãos e entidades dos Municípios para a execução de ações no âmbito do
Programa Territórios da Cidadania - PTC, cuja execução por esses entes federados seja de
interesse da União, observarão as disposições desta Lei.
Parágrafo único. As transferências obrigatórias referidas no caput destinam-se
exclusivamente aos Municípios com menos de 50.000 (cinquenta mil) habitantes.
Art. 105. O Poder Executivo, por proposta do Comitê Gestor Nacional do PTC,
discriminará as programações do PTC a serem executadas por meio das transferências
obrigatórias a que se refere o art. 104.
Parágrafo único. Caberá ao Comitê Gestor Nacional do PTC divulgar em sítio na
internet a relação das programações de que trata o caput, bem como promover as atualizações
devidas nessa relação, inclusive no que se refere a alterações nas classificações orçamentárias
decorrentes de Lei orçamentária anual e seus créditos adicionais.
Art. 106. As transferências obrigatórias para a execução das ações do PTC são
condicionadas ao cumprimento dos seguintes requisitos pelos Municípios beneficiários, conforme
constante em termo de compromisso:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases da execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem como da conclusão das
etapas ou fases programadas; e
VII - comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do
objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do objeto a ser executado recair
sobre a entidade ou órgão descentralizador.
§ 1º A aprovação formal pela União do termo de compromisso de que trata o caput é
condição prévia para a efetivação das transferências de recursos financeiros da União.
§ 2º Compete ao órgão ou entidade da administração pública federal ao qual estiver
consignada a dotação orçamentária relativa à programação prevista no caput do art. 105 a análise
e aprovação formal do termo de compromisso.
§ 3º Na hipótese de as transferências obrigatórias serem efetivadas por intermédio de
instituição ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da União, caberá a
essas entidades a aprovação de que trata o § 2º deste artigo.
Art. 107. A União, por intermédio de suas unidades gestoras, deverá exigir da parte
beneficiada pela transferência de recursos a comprovação da regularidade de utilização das
parcelas liberadas anteriormente com base no termo de compromisso.
Art. 108. No caso de irregularidades e descumprimento pelos Municípios das
condições estabelecidas no termo de compromisso, a União, por intermédio de suas unidades
gestoras, suspenderá a liberação das parcelas previstas, bem como determinará à instituição
financeira oficial a suspensão do saque dos valores da conta vinculada do Município, até a
regularização da pendência.
§ 1º A utilização dos recursos em desconformidade com o termo de compromisso
ensejará obrigação de o Município beneficiado devolvê-los devidamente atualizados com base na
variação da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC,
acumulada mensalmente, até o último dia do mês anterior ao da devolução dos recursos,
acrescido esse montante de 1% (um por cento) no mês de efetivação da devolução dos recursos à
Conta Única do Tesouro Nacional.
§ 2º Para fins de efetivação da devolução dos recursos à União, a parcela de
atualização referente à variação da Selic será calculada proporcionalmente à quantidade de dias
compreendida entre a data da liberação da parcela para o beneficiário e a data de efetivo crédito,
na Conta Única do Tesouro Nacional, do montante devido pelo Município.
§ 3º A União, por intermédio de suas unidades gestoras, notificará o Município cuja
utilização dos recursos transferidos for considerada irregular para que apresente justificativa no
prazo de 30 (trinta) dias.
§ 4º Caso não aceitas as razões apresentadas pelo Município, a unidade gestora
concederá prazo de 30 (trinta) dias para a devolução dos recursos, findo o qual encaminhará
denúncia ao Tribunal de Contas da União.
Art. 109. Sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas da União, a fiscalização
quanto à regularidade da aplicação dos recursos financeiros transferidos com base nesta Lei é de
competência da Controladoria-Geral da União e das unidades gestoras da União perante as quais
forem apresentados os termos de compromisso.
Art. 110. As entidades da área de saúde certificadas até o dia imediatamente anterior
ao da publicação da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, que prestam serviços
assistenciais de saúde não remunerados pelo Sistema Único de Saúde - SUS a trabalhadores
ativos e inativos e respectivos dependentes econômicos, decorrentes do estabelecido em Norma
Coletiva de Trabalho, desde que, simultaneamente, destinem no mínimo 20% (vinte por cento) do
valor total das isenções de suas contribuições sociais em serviços, com universalidade de
atendimento, a beneficiários do SUS, mediante pacto do gestor do local, terão concedida a
renovação, na forma do regulamento.
Art. 111. O parágrafo único do art. 6º da Lei nº 12.029, de 15 de setembro de 2009,
passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º ...................................................................................
Parágrafo único. A implantação da UFFS é sujeita à existência de
dotação específica no orçamento da União, podendo o Poder Executivo,
mediante decreto, transpor, remanejar, transferir, total ou parcialmente,
dotações orçamentárias aprovadas na Lei orçamentária de 2010 e em créditos
adicionais da universidade tutora, mantida a estrutura programática, expressa
por categoria de programação, conforme definido no § 1º do art. 5º da Lei nº
12.017, de 12 de agosto de 2009, inclusive os títulos, descritores, metas e
objetivos, assim como o respectivo detalhamento por esfera orçamentária,
grupos de natureza de despesa, fontes de recursos, modalidades de aplicação e
identificadores de uso e de resultado primário." (NR)
Art. 112. O parágrafo único do art. 6º da Lei nº 12.189, de 12 de janeiro de 2010,
passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º ....................................................................................
Parágrafo único. A implantação da Unila é sujeita à existência de
dotação específica no orçamento da União, podendo o Poder Executivo,
mediante decreto, transpor, remanejar, transferir, total ou parcialmente,
dotações orçamentárias aprovadas na Lei orçamentária de 2010 e em créditos
adicionais da universidade tutora, mantida a estrutura programática, expressa
por categoria de programação, conforme definido no § 1º do art. 5º da Lei nº
12.017, de 12 de agosto de 2009, inclusive os títulos, descritores, metas e
objetivos, assim como o respectivo detalhamento por esfera orçamentária,
grupos de natureza de despesa, fontes de recursos, modalidades de aplicação e
identificadores de uso e de resultado primário." (NR)
Art. 113. São alterados os limites da Floresta Nacional do Bom Futuro, unidade de
conservação federal criada pelo Decreto nº 96.188, de 21 de junho de 1988, conforme o memorial
descritivo previsto no art. 114 desta Lei, passando a área desta unidade de conservação dos atuais
cerca de 280.000 ha (duzentos e oitenta mil hectares) para cerca de 97.357 ha (noventa e sete mil,
trezentos e cinquenta e sete hectares).
§ 1º É a União autorizada a doar ao Estado de Rondônia os imóveis rurais de sua
propriedade inseridos na área originária e desafetada da Floresta Nacional do Bom Futuro, com
exceção daqueles relacionados nos incisos II a XI do art. 20 da Constituição Federal, com a
condição de que sejam criadas, no perímetro desafetado, uma Área de Proteção Ambiental - APA
e uma Floresta Estadual.
§ 2º A Floresta Estadual de que trata o § 1º deste artigo deverá ser organizada de
forma a conservar os fragmentos florestais existentes, admitindo-se sua divisão em blocos, com
formação de corredores ecológicos que garantam a conservação da biodiversidade.
Art. 114. A Floresta Nacional do Bom Futuro passa a ter seus limites descritos pelo
seguinte memorial, produzido a partir da base de dados digital do Sistema de Proteção da
Amazônia - SIPAM, em escala 1:20.000 - Estradas; e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
de Rondônia - SEDAM, em escala 1:100.000 - Cursos d'água: Inicia-se no Ponto 1 (P1) de
coordenadas geográficas aproximadas (cga) 9º 26' 43,99"S e 64º 19' 07,53"W, localizado na
margem direita do rio Branco; daí, segue em linha reta em sentido leste, com distância
aproximada de 47.805 m, passando pelo limite sul da Terra Indígena Karitiana até P2, com cga 9º
26' 45,6"S e 63º 52' 58,8"W; daí segue por uma linha reta em sentido norte com distância
aproximada de 14.852 m, pelo limite leste da Terra Indígena Karitiana até P3, com cga 9º 18'
45,5"S e 63º 52' 58,6"W; daí segue pelo limite leste da Terra Indígena Karitiana, conforme
descrito no Decreto nº 93.068, de 6 de agosto de 1986, passando pelos pontos com as seguintes
cga: P4 (9º 18' 39,6"S; 63º 52' 48"W), P5 (9º 18' 32,4"S; 63º 52' 48"W), P6 (9º 18' 28,8"S; 63º 52'
51,6"W), P7 (9º 18' 21,6"S; 63º 52' 48"W), P8 (9º 18' 18"S; 63º 52' 48"W), P9 (9º 18' 14,4"S; 63º
52' 51,6"W), P10 (9º 18' 07,2"S; 63º 52' 44,4"W), P11 (9º 18' 00"S; 63º 52' 44,4"W), P12 (9º 17'
56,4"S; 63º 52' 48"W), P13 (9º 17' 49,2"S; 63º 52' 48"W), P14 (9º 17' 45,6"S; 63º 52' 40,8"W),
P15 (9º 17' 42"S; 63º 52' 33,6"W), P16 (9º 17' 31,2"S; 63º 52' 33,6"W), P17 (9º 17' 27,6"S; 63º
52' 30"W), P18 (9º 17' 20,4"S; 63º 52' 30"W), P19 (9º 17' 16,8"S; 63º 52' 26,4"W), P20 (9º 17'
06"S; 63º 52' 30"W), P21 (9º 16' 58,8"S; 63º 52' 26,4"W), P22 (9º 16' 58,8"S; 63º 52' 19,2"W),
P23 (9º 16' 48"S; 63º 52' 19,2"W), P24 (9º 16' 40,8"S; 63º 52' 22,8"W), P25 (9º 16' 26,4"S; 63º
52' 26,4"W), P26 (9º 16' 15,6"S; 63º 52' 22,8"W), P27 (9º 16' 04,8"S; 63º 52' 19,2"W), P28 (9º
15' 50,4"S; 63º 52' 33,6"W), P29 (9º 15' 54"S; 63º 52' 40,8"W), P30 (9º 15' 50,4"S; 63º 52'
48"W), P31 (9º 15' 43,2"S; 63º 52' 55,2"W), P32 (9º 15' 35,6"S; 63º 52' 57,6"W); daí segue em
linha reta em sentido norte, com distância aproximada de 4.261 m, pelo limite leste da Terra
Indígena Karitiana até P33, com cga 9º 13' 19,2"S; 63º 52' 57,2"W; daí segue em linha reta em
sentido leste, com distância aproximada de 5.153 m até P34, com cga 9º 13' 20"S; 63º 50' 08"W;
daí segue em linha reta em sentido norte, com distância aproximada de 12.500 m até P35, situado
na margem esquerda do Igarapé João Ramos, com cga 9º 06' 33"S; 63º 50' 08"W; daí segue por
este igarapé, em sua margem esquerda no sentido da montante, limite com a Gleba Baixo
Candeias e Igarapé Três Casas até a sua nascente, no P36, com cga 9º 12' 16"S; 63º 48' 29"W; daí
segue em linha reta no sentido sudeste, com distância aproximada de 6.262 m até P37, com cga
9º 15' 33"S; 63º 47' 40"W; daí segue em linha reta no sentido oeste, com distância aproximada de
3.614 m até P38, com cga 9º 15' 33"S; 63º 49' 38"W; daí segue em linha reta em sentido sudeste,
com distância aproximada de 13.261 m até P39, com cga 9º 22' 35"S; 63º 48' 10"W; daí segue
por linha reta em sentido sudeste, com distância aproximada de 6.916 m até P40, com cga 9º 25'
51"S; 63º 46' 18"W; daí segue em linha reta em sentido sudeste, com distância aproximada de
9.117 m até P41, com cga 9º 28' 45"S; 63º 42' 16"W; daí segue em linha reta em sentido nordeste,
com distância aproximada de 4.187 m até P42, com cga 9º 27' 30"S; 63º 40' 22"W; daí segue em
linha reta em sentido leste, com distância aproximada de 7.886 m até P43, com cga 9º 27' 32,4"S;
63º 36' 3,6"W; daí segue em linha reta em sentido sudeste, com distância aproximada de 2.874 m
até P44, com cga 9º 29' 00"S; 63º 35' 34"W; daí segue em linha reta em sentido sudoeste, com
distância aproximada de 15.815 m até P45, com cga 9º 36' 38,6"S; 63º 39' 29,69"W; daí segue em
linha reta com distância aproximada de 1.454 m até P46, com cga 9º 36' 30,07"S; 63º 40'
16,62"W; daí segue em linha reta com distância aproximada de 318 m até P47 (cga 9º 36' 39,7"S;
63º 40' 20,48"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 1.554 m até P48 (9º 36'
39,8"S; 63º 41' 11,46"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 2.599 m até P49
(9º 36' 48,45"S; 63º 42' 36,28"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 1.883 m
até P50 (9º 36' 35,07"S; 63º 43' 36,56"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de
2.347 m até P51 (9º 35' 44,55"S; 63º 44' 34,32"W); daí segue em linha reta com distância
aproximada de 1.586 m até P52 (9º 35' 03,1"S; 63º 45' 05,39"W); daí segue em linha reta com
distância aproximada de 8.250 m até P53 (9º 31' 08,29"S; 63º 47' 16,82"W); daí segue em linha
reta com distância aproximada de 5.580 m até P54 (9º 28' 58,77"S; 63º 49' 25,11"W); daí segue
em linha reta com distância aproximada de 19.904 m até P55 (9º 29' 12,44"S; 64º 00' 17,71"W);
daí segue em linha reta com distância aproximada de 4.218 m até P56 (9º 31' 24,77"S; 64º 00'
54,66"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 13.089 m até P57 (9º 33' 06"S;
64º 07' 51,67"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 2.043 m até P58 (9º 34'
10,84"S; 64º 07' 36,66"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 956 m até P59
(9º 34' 03,38"S; 64º 07' 06,2"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de 779 m até
P60 (9º 33' 38,69"S; 64º 07' 00,25"W); daí segue em linha reta com distância aproximada de
4.583 m até P61 (9º 33' 19,14"S; 64º 04' 31,25"W); daí segue em linha reta com distância
aproximada de 4.712 m até P62 (9º 35' 50,92"S; 64º 04' 08,8"W); daí segue em linha reta com
distância aproximada de 788 m até P63 (9º 35' 55,93"S; 64º 04' 34,12"W), daí segue pela margem
direita do rio Branco até P1, ponto inicial da descrição deste perímetro.
Parágrafo único. É excluída dos limites da Floresta Nacional do Bom Futuro a faixa
de domínio da estrada que liga a vila de Rio Pardo à BR-364, conhecida como Linha do Caracol
ou Estrada Km 67.
Art. 115. Ficam redefinidos os limites do Parque Nacional Mapinguari, criado pelo
Decreto de 5 de junho de 2008, atualmente localizado no Estado do Amazonas, nos Municípios
de Canutama e Lábrea, que passa a incluir em seus limites a área de cerca de 172.430 ha descrita
em conformidade com os arts. 116 e 117, localizada no Município de Porto Velho, Estado de
Rondônia. (Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 558, de 5/1/2012)
Art. 116. A área de ampliação do Parque Nacional Mapinguari tem seus limites
descritos a partir das Cartas Topográficas MIR Folhas 1541, 1542, 1466 e 1467 em escala
1:100.000, todas editadas pela Diretoria do Serviço Geográfico do Exército - DSG, com o
seguinte memorial descritivo: inicia-se no ponto 1, localizado sobre a divisa entre os Estados do
Amazonas e de Rondônia, que coincide com o ponto 87 do memorial descritivo do Parque
Nacional Mapinguari, constante do art. 2º do Decreto de 5 de junho de 2008, de coordenadas
planas aproximadas (c.p.a.) 276092 E e 8964778 N; deste segue sempre pela divisa dos Estados
do Amazonas e de Rondônia, em sentido predominante nordeste até o ponto 2, de c.p.a. 285396 E
e 8974140 N, localizado sobre a divisa dos referidos Estados; deste segue em linha reta até o
ponto 3, de c.p.a. 285690 E e 8974132 N, localizado na nascente do igarapé Tuxaua; deste segue
a jusante pela margem esquerda do igarapé Tuxaua até o ponto 4, de c.p.a. 294201 E e 8965941
N, localizado na confluência do referido igarapé com o igarapé Caripuninhas; deste segue para a
montante pela margem esquerda do igarapé Caripuninhas, pelo limite da Estação Ecológica
Estadual Serra dos Três Irmãos - EEESTI até o ponto 5, de c.p.a. 297548 E e 8978890 N,
localizado em frente à confluência do referido igarapé com um seu tributário sem denominação à
margem direita; deste segue em linha reta, ainda pelo limite da EEESTI, até o ponto 6, de c.p.a.
305280 E e 8978751 N; deste segue em linha reta, ainda pelo limite da EEESTI, até o ponto 7, de
c.p.a. 316374 E e 8988597 N, localizado na margem direita do rio Caripunás; deste segue em
linha reta, ainda pelo limite da EEESTI, até o ponto 8, de c.p.a. 320557 E e 8992885 N; deste
segue em linha reta, ainda pelo limite da EEESTI, até o ponto 9, de c.p.a. 322821 E e 8987457 N;
deste segue em linha reta, ainda pelo limite da EEESTI, até o ponto 10, de c.p.a. 332658 E e
8992629 N; deste segue em linha reta até o ponto 11, de c.p.a. 332944 E e 8992355 N, localizado
na margem direita de um igarapé sem denominação, afluente do igarapé Marapaná; deste segue a
jusante pelo referido igarapé até o ponto 12, de c.p.a. 331890 E e 8990388 N, localizado na sua
confluência com o igarapé Marapaná; deste segue a jusante pela margem direita do igarapé
Marapaná até o ponto 13, de c.p.a. 332490 E e 8989383 N, localizado em sua foz no rio Madeira;
deste segue a montante pela margem esquerda do rio Madeira até o ponto 14, de c.p.a. 236491 E
e 8936739 N, localizado na foz do igarapé do Ferreira; deste segue a montante pela margem
esquerda do igarapé do Ferreira até o ponto 15, de c.p.a. 230721 E e 8951806 N, localizado em
uma de suas nascentes; deste segue em linha reta até o ponto 16, de c.p.a. 230692 E e 8952242 N,
localizado na divisa entre os Estados do Amazonas e de Rondônia; deste segue sempre pela
divisa dos Estados até o ponto 17, de c.p.a. 247272 E e 8972157 N, que coincide com o ponto 92
do memorial descritivo do Parque Nacional Mapinguari, constante do art. 2º do Decreto de 5 de
junho de 2008, que o criou.
Parágrafo único. O subsolo da área descrita no caput deste artigo integra os limites do
Parque Nacional Mapinguari.
Art. 117. Ficam excluídos da área de ampliação do Parque Nacional Mapinguari,
descrita no art. 116:
I - o polígono com a seguinte descrição: inicia-se no Ponto 18, de c.p.a. 259763 E e
8958250 N, localizado sobre a divisa entre os Estados do Amazonas e de Rondônia; deste segue
para o Ponto 19, de c.p.a. 264103 E e 8955061 N, que coincide com o Ponto 91 do memorial
descritivo constante do Decreto de 5 de junho de 2008, que criou o Parque Nacional Mapinguari;
deste, segue para o Ponto 20, que coincide com o Ponto 90 do memorial descritivo do Parque
Nacional Mapinguari (Decreto de 5de junho de 2008), localizado na nascente do Rio Coti, com
c.p.a. 266000 E e 8956158 N; deste, segue a montante pela margem esquerda do Rio Coti para o
Ponto 21, que coincide com o Ponto 89 do memorial descritivo do Parque Nacional Mapinguari,
localizado na confluência do Rio Coti com o Igarapé Branco, comc.p.a. 268336 E e 8973087 N;
deste, segue a montante pela margem direita do Igarapé Branco até o ponto 22, que coincide com
o Ponto 88 do memorial descritivo do Parque Nacional Mapinguari, de c.p.a. 273632 E e
8963034 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 23, de c.p.a. 278170 E e 8958856 N; deste,
segue em linha reta para o Ponto 24, de c.p.a. 279192 E e 8955010 N; deste, segue em linha reta
para o Ponto 25, de c.p.a. 277575 E e 8950507 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 26, de
c.p.a. 277559 E e 8947119 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 27, de c.p.a. 274278 E e
8947516 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 28, de c.p.a. 271378 E e 8948477 N; deste,
segue em linha reta para o Ponto 29, de c.p.a. 266234 E e 8947989 N; deste, segue em linha reta
para o Ponto 30, de c.p.a. 262693 E e 8950980 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 31, de
c.p.a. 256665 E e 8951499 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 32, de c.p.a. 256985 E e
8953483 N; deste, segue em linha reta para o Ponto 33, de c.p.a. 259510 E e 8956411 N; deste,
segue em linha reta para o Ponto 18, ponto inicial desta descrição;
II - a área que será inundada pelo lago artificial a ser formado pela barragem da Usina
Hidroelétrica (UHE) de Jirau, até a cota noventa metros, nível do barramento, e também a área
acima desta cota a ser inundada em função do efeito remanso, cuja cota altimétrica limite
aumenta gradativamente em direção a montante até a cota altimétrica aproximada noventa e três
metros e trinta e dois centímetros, atingida no ponto de coordenadas planas aproximadas (c.p.a.)
234.115 E e 8.938.992 N;
III - a área que será inundada pelo lago artificial a ser formado pela barragem da UHE
de Santo Antônio, que se inicia no ponto de c.p.a. 332.474 E e 8.992.048 N, de cota altimétrica
aproximada setenta e três metros e cinquenta centímetros até o limite da área destinada ao
canteiro de obras da UHE de Jirau, na cota altimétrica aproximada setenta e quatro metros;
IV - o polígono de aproximadamente 163 ha com a seguinte descrição: inicia-se no
Ponto 1, localizado sobre o limite da Estação Ecológica Estadual da Serra dos Três Irmãos
(EEESTI), de c.p.a. 330.556 E e 8.991.532 N; deste, segue em linha reta, ainda confrontando com
a EEESTI até o Ponto 2, de c.p.a. 332.658 E e 8.992.629 N; deste, segue em linha
reta, com azimute 133o 47' 9" por uma distância aproximada de 396,2 m até o Ponto 3, de c.p.a.
332.944 E e 8.992.355 N; deste, segue pela margem direita do igarapé sem denominação,
afluente pela margem esquerda do Igarapé Maparaná, até o Ponto 4, de c.p.a. 332.474 E e
8.992.048 N; deste, segue pela margem esquerda do futuro lago artificial da UHE Santo Antônio,
que inundará neste trecho, em função do efeito remanso, as terras localizadas até a cota
altimétrica aproximada setenta e três metros e cinquenta centímetros, até o Ponto 1, início da
descrição deste polígono; e
V - o polígono de aproximadamente 1.055 ha sobreposto à área declarada de utilidade
pública destinada ao canteiro de obras da UHE de Jirau, com a seguinte descrição: inicia-se no
Ponto 1, localizado sobre o atual limite do Parque Nacional Mapinguari, na cota altimétrica
aproximada noventa metros, de c.p.a. 320.771 E e 8.979.846 N; daí segue confrontando com a
área destinada ao canteiro de obras da UHE Jirau, com o azimute de 284°47'20" e distância de
44,07 m até o Ponto 2, de c.p.a. 320.728 E e 8.979.858 N; daí, segue com a mesma confrontação,
com o azimute de 270°53'5" e distância de 3.003,10 m até o Ponto 3, de c.p.a. 317.725 E e
8.979.902 N; deste, segue em linha reta, ainda com a mesma confrontação, com o azimute de
204°55'35" e distância de 5.150,73 m, até o Ponto 4, de c.p.a. 315.550 E e 8.975.223 N; deste,
segue em direção a jusante, pela margem esquerda do futuro lago artificial da UHE Jirau, pela
cota altimétrica aproximada noventa metros até o Ponto 1, início desta descrição.
Parágrafo único. Nos momentos em que os níveis dos lagos das UHE Jirau e Santo
Antônio estiverem abaixo das cotas altimétricas mencionadas nos incisos II e III do caput, ficam
proibidas atividades agropecuárias, de mineração, edificações permanentes ou temporárias e
quaisquer outros empreendimentos nestas faixas das margens esquerdas temporariamente
emersas dos referidos lagos. (Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 558, de
5/1/2012)
Art. 118. (Revogado pela Medida Provisória nº 558, de 5/1/2012)
Art. 119. É estabelecida como limite da zona de amortecimento do Parque Nacional
Mapinguari a faixa de 10 km (dez quilômetros) em projeção horizontal, a partir do seu novo
perímetro.
Parágrafo único. Ficam permitidas, dentro dos limites da zona de amortecimento do
Parque Nacional Mapinguari, atividades minerárias autorizadas pelo Departamento Nacional de
Produção Mineral - DNPM e licenciadas pelo órgão ambiental competente, respeitadas as
disposições do plano de manejo da unidade de conservação. (Parágrafo único acrescido pela
Medida Provisória nº 558, de 5/1/2012)
Art. 120. É permitido no Parque Nacional Mapinguari o deslocamento de veículos
envolvidos em atividades de mineração ou de transporte do seu produto pela estrada já existente
no momento da publicação desta Lei e que passa pela área descrita no art. 116, dando acesso às
áreas de mineração São Lourenço e Macisa, desde que devidamente licenciadas, exclusivamente
pelo trecho já existente no momento da publicação desta Lei, entre os pontos de c.p.a. 277975 E e
8941724 N, localizado às margens do rio Madeira, e de c.p.a. 275739 E e 8947339 N, localizado
sobre o limite sul do polígono descrito no art. 117 desta Lei.
Art. 121. Na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional Mapinguari, o
Conselho de Defesa Nacional, por meio de sua Secretaria Executiva, e o Ministério da Defesa
serão ouvidos, devendo se manifestar sobre as questões pertinentes às suas atribuições legais.
Art. 122. No exercício das atribuições constitucionais e legais das Forças Armadas e
da Polícia Federal na área de ampliação do Parque Nacional Mapinguari, estão compreendidas:
I - a liberdade de trânsito e acesso, por via aquática, aérea ou terrestre, de militares e
policiais para a realização de deslocamento, estacionamentos, patrulhamento e demais operações
ou atividades indispensáveis à segurança e integridade do território nacional;
II - a instalação e a manutenção de unidades militares e policiais, de equipamentos
para fiscalização e apoio à navegação aérea e marítima, bem como das vias de acesso e demais
medidas de infraestrutura e logística necessárias, compatibilizadas com o Plano de Manejo da
Unidade, quando fora da faixa de fronteira; e
III - a implantação de programas e projetos de controle e ocupação da fronteira.
Art. 123. É ampliada a Estação Ecológica de Cuniã, estabelecida pelo Decreto de 27
de setembro de 2001 e pelo Decreto de 21 de dezembro de 2007, atualmente localizada nos
Estados de Rondônia e do Amazonas, respectivamente nos Municípios de Porto Velho e
Canutama, que passa a incluir em seus limites a área de cerca de 63.812 ha (sessenta e três mil,
oitocentos e doze hectares) relativa à Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Madeira
"A", unidade de conservação criada pelo Decreto Estadual no 4.574, de 23 de março de 1990, no
Município de Porto Velho, Estado de Rondônia.
Art. 124. A área de ampliação da Estação Ecológica de Cuniã tem as seguintes
características e confrontações: a descrição do perímetro inicia no ponto "P-01", de coordenadas
geográficas aproximadas latitude 08º07'31"S e longitude 63º03'03"WGR, situado ao norte da
linha divisória das terras pertencentes aos Títulos Definitivos Nova Esperança e Assunção; deste,
segue pela divisa do Título Definitivo Nova Esperança com um rumo aproximado de 65º00' SW,
percorrendo uma distância aproximada de 13.011,00 m (treze mil e onze metros), até o ponto "P-
02", de coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º10'31"S e longitude 63º09'29"WGR,
situado no canto comum aos Títulos Definitivos Nova Esperança e Espírito Santo; deste, segue
pela divisa do Título Definitivo Espírito Santo com um rumo aproximado de 72º20'SW,
percorrendo uma distância de 4.328,00 m (quatro mil, trezentos e vinte e oito metros), até o ponto
"P-03", de coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º11' 14" S e longitude
63º11'44"WGR, situado no canto comum aos Títulos Definitivos Espírito Santo e Cunacho;
deste, segue pela divisa do Título Definitivo Cunacho com um rumo aproximado de 87º00' SW,
percorrendo uma distância aproximada de 4.099,00 m (quatro mil e noventa e nove metros), até o
ponto "P-04", de coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º11'21"S e longitude
63º13'58"WGR, situado na divisa dos Títulos Definitivos Cunacho e Tira Fogo; deste, segue pela
lateral do Título Definitivo Tira Fogo com um rumo aproximado de 0o03'NW, percorrendo uma
distância aproximada de 1.222,00 m (mil, duzentos e vinte e dois metros), até o ponto "P-05", de
coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º10'41"S e longitude 63º13'58"WGR; deste,
segue pela divisa fundiária do Título Definitivo Tira Fogo com um rumo aproximado de
66º34'NW, percorrendo uma distância aproximada de 2.996,00 m (dois mil, novecentos e noventa
e seis metros), até o ponto "P-06", de coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º10'02"S e
longitude 63º15'28WGR, situado na divisa da Reserva Biológica do Lago do Cuniã; deste, segue
pela citada divisa com um rumo aproximado de 39º00'NE, percorrendo uma distância aproximada
de 11.990,00 m (onze mil, novecentos e noventa metros), até o ponto "P-07", de coordenadas
geográficas aproximadas latitude 08º04'57"S e longitude 63º11'21"WGR; deste, segue pela lateral
da citada reserva com um rumo aproximado de 45º24'NW, percorrendo uma distância
aproximada de 18.319,00 m (dezoito mil, trezentos e dezenove metros), até o ponto "P-08", de
coordenadas geográficas aproximadas latitude 07º57'56"S e longitude 63º18'28"S, situado na
linha divisória interestadual - Rondônia e Amazonas; deste, segue pela citada linha com um rumo
aproximado de 90o00'NE, percorrendo uma distância aproximada de 45.061,00 m (quarenta e
cinco mil e sessenta e um metros), até o ponto "P-09", de coordenadas geográficas aproximadas
latitude 07º57'56"S e longitude 62º53'53"WGR; deste, segue com um rumo aproximado de
21º08'SW, confrontando com terras matriculadas em nome da União, numa distância aproximada
de 7.795,00 m (sete mil, setecentos e noventa e cinco metros), até o ponto "P-10", de coordenadas
geográficas aproximadas latitude 08º01'54"S e longitude 62º55'25"WGR, situado na divisa do
Título Definitivo Firmeza; deste, segue pela linha fundiária do cito Título Definitivo com um
rumo aproximado de 50º11'SW, percorrendo uma distância aproximada de 5.488,00 m (cinco
mil, quatrocentos e oitenta e oito metros), até o ponto "P-11", de coordenadas geográficas
aproximadas latitude 08º03'49"S e longitude 62º57'43"WGR; deste, segue com um rumo
aproximado de 60º12'SW, confrontando com terras matriculadas em nome da União, numa
distância aproximada de 7.252,00 m (sete mil, duzentos e cinquenta e dois metros), até o ponto
"P-12", de coordenadas geográficas aproximadas latitude 08º05'47"S e longitude 63º01'09"WGR,
situado na divisa do Título Definitivo Assunção; deste, segue pela citada divisa com um rumo de
47º37'SW, percorrendo uma distância aproximada de 4.714,00 m (quatro mil, setecentos e
quatorze metros), até o ponto "P-01", ponto de partida e fechamento da descrição deste perímetro.
Art. 125. As terras da União contidas nos novos limites do Parque Nacional
Mapinguari e da Estação Ecológica de Cuniã serão doadas ao Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade pelos órgãos e entidades federais que as detenham.
Art. 126. São declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, pelo
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade os imóveis rurais privados existentes
nas áreas de ampliação do Parque Nacional Mapinguari e da Estação Ecológica de Cuniã, nos
termos da alínea k do art. 5º e do art. 6º do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941.
Parágrafo único. A Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia- Geral da União,
por intermédio de sua unidade jurídica de execução no Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade, é autorizada a promover as medidas administrativas e judiciais pertinentes,
visando à declaração de nulidade de eventuais títulos de propriedade e respectivos registros
imobiliários considerados irregulares, incidentes nas áreas de ampliação do Parque Nacional
Mapinguari e da Estação Ecológica de Cuniã.
Art. 127. Até que ocorra a indicação de que trata o art. 5º da Lei nº 11.941, de 27 de
maio de 2009, os débitos de devedores que apresentaram pedidos de parcelamentos previstos nos
arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, inclusive nas reaberturas de prazo
operadas pelo disposto no art. 17 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, no art. 93 da Lei nº
12.973, de 13 de maio de 2014, e no art. 2º da Lei nº 12.996, de 18 de junho de 2014, que tenham
sido deferidos pela administração tributária devem ser considerados parcelados para os fins do
inciso VI do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional.
(“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº 13.043, de 13/11/2014)
Parágrafo único. A indicação de que trata o art. 5º da Lei nº 11.941, de 27 de maio de
2009, poderá ser instada a qualquer tempo pela administração tributária.
Art. 128. A Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 5º-A:
"Art. 5º-A O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas
ao Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária ou por outro
meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres - ANTT.
§ 1º A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá ser
de titularidade do TAC e identificado no conhecimento de transporte.
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte
rodoviário de cargas, assim como o co-signatário e o proprietário da carga, são
solidariamente responsáveis pela obrigação prevista no caput deste artigo,
resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros.
§ 3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de
Transporte Rodoviário de Cargas - ETC que possuir, em sua frota, até 3 (três)
veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas - RNTRC e as Cooperativas de Transporte de Cargas.
§ 4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o
pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste artigo.
§ 5º O registro das movimentações da conta de depósitos ou do
meio de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá como comprovante
de rendimento do TAC.
§ 6º É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio ou
forma diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu regulamento."
Art. 129. (VETADO).
Art. 130. (VETADO).
Art. 131. É a União autorizada a conceder subvenção extraordinária para os
produtores independentes de cana-de-açúcar na região Nordeste, referente à safra 2009/2010.
§ 1º Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Fazenda
estabelecerão, em ato conjunto, as condições operacionais para implementação, execução,
pagamento, controle e fiscalização da subvenção prevista no caput deste artigo, devendo observar
que:
I - a subvenção será concedida aos produtores, diretamente ou por meio de suas
cooperativas, em função da quantidade de cana-de-açúcar efetivamente vendida às usinas e
destilarias da Região Nordeste, excluindo-se a produção própria das unidades agroindustriais,
bem como a produção dos respectivos sócios ou acionistas; (Inciso com redação dada pela Lei nº
12.490, de 16/9/2011)
II - a subvenção será de R$ 5,00 (cinco reais) por tonelada de cana-de-açúcar e
limitada a 10.000 (dez mil) toneladas por produtor em toda a safra 2009/2010;
III - o pagamento será realizado em 2010 e 2011, referente à produção da safra
2009/2010 efetivamente entregue a partir de 1º de agosto de 2009, observados os limites
estabelecidos nos incisos I e II deste parágrafo.
§ 2º Os custos decorrentes da subvenção prevista neste artigo serão suportados pela
ação correspondente à Garantia e Sustentação de Preços na Comercialização de Produtos
Agropecuários, do Orçamento das Operações Oficiais de Crédito, sob a coordenação do
Ministério da Fazenda.
Art. 132. O pagamento da subvenção deverá ser realizado diretamente aos produtores,
mediante apresentação da nota fiscal à Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB,
comprovando a venda da cana-de-açúcar às unidades agroindustriais da região Nordeste.
Art. 133. (VETADO).
Art. 134. (VETADO).
Art. 135. (VETADOI).
Art. 136. O Poder Executivo poderá indicar representantes da administração pública
federal para participar de órgãos colegiados de pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, designada para receber recursos de governos estrangeiros em decorrência de acordos
negociados para a solução de controvérsias no âmbito da Organização Mundial do Comércio -
OMC.
§ 1º A pessoa jurídica de direito privado referida no caput deste artigo deve, além de
cumprir outros requisitos previstos na legislação civil, dispor de um conselho de administração,
de um conselho fiscal e de uma diretoria, definidos nos termos do estatuto, assegurada a
participação de representantes da administração pública federal nesses conselhos.
§ 2º Os representantes da administração pública federal no conselho de administração
e no conselho fiscal da entidade referida no caput deste artigo serão indicados por meio de ato do
Poder Executivo e, posteriormente, nomeados nos termos do estatuto.
§ 3º É vedada a percepção de remuneração ou de subsídio, a qualquer título, pelos
representantes da administração pública federal em razão da participação na pessoa jurídica de
direito privado mencionada no caput deste artigo.
Art. 137. O art. 30 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, passa
a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 30. ...................................................................................
..................................................................................................
§ 4º A partir do ano-calendário de 2011:
I - o direito de efetuar a opção pelo regime de competência de que
trata o § 1º somente poderá ser exercido no mês de janeiro; e
II - o direito de alterar o regime adotado na forma do inciso I, no
decorrer do ano-calendário, é restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação
da taxa de câmbio.
§ 5º Considera-se elevada oscilação da taxa de câmbio, para efeito
de aplicação do inciso II do § 4º, aquela superior a percentual determinado pelo
Poder Executivo.
§ 6º A opção ou sua alteração, efetuada na forma do § 4º, deverá ser
comunicada à Secretaria da Receita Federal do Brasil:
I - no mês de janeiro de cada ano-calendário, no caso do inciso I do
§ 4º; ou
II - no mês posterior ao de sua ocorrência, no caso do inciso II do §
4º.
§ 7º A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o
disposto no § 6º." (NR)
Art. 138. Os arts. 3º, 7º e 8º e os Anexos III a IX da Lei nº 11.775, de 17 de setembro
de 2008, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3º ....................................................................................
................................................................................................
§ 2º É autorizado para os mutuários de operações de que trata o
caput deste artigo e que possuam parcelas de juros inadimplidas de anos
anteriores a 2010, inclusive para aqueles com saldos devedores inscritos ou
passíveis de inscrição na Dívida Ativa da União - DAU:
I - o pagamento das parcelas de juros com vencimento em 2010
efetuado até a data do respectivo vencimento, considerados os prazos adicionais
concedidos pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, com direito às
condições e aos bônus contratuais de adimplência;
.............................................................................................." (NR)
"Art. 7º ....................................................................................
.................................................................................................
§ 6º (VETADO)." (NR)
"Art. 8º É autorizada a adoção das seguintes medidas de estímulo à
liquidação ou à renegociação de dívidas originárias de operações de crédito
rural inscritas na DAU ou que venham a ser incluídas até 31 de outubro de
2010:
I - concessão de descontos, conforme quadro constante do anexo IX
desta Lei, para a liquidação da dívida até 30 de novembro de 2010, devendo
incidir o desconto percentual sobre a soma dos saldos devedores por mutuário
na data da renegociação, observado o disposto no § 10 deste artigo, e, em
seguida, ser aplicado o respectivo desconto de valor fixo por faixa de saldo
devedor;
II - permissão da renegociação do total dos saldos devedores das
operações até 30 de novembro de 2010, mantendo-as na DAU, observadas as
seguintes condições:
..........................................................................................................
§ 3º Ficam suspensas até 30 de novembro de 2010 as execuções
fiscais e os respectivos prazos processuais, cujo objeto seja a cobrança de
crédito rural de que trata este artigo.
..........................................................................................................
§ 5º O prazo de prescrição das dívidas de crédito rural de que trata
este artigo fica suspenso a partir da data de publicação desta Lei até 30 de
novembro de 2010.
.............................................................................................." (NR)
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 139. Esta Lei entra em vigor:
I - na data de sua publicação, produzindo efeitos:
a) a partir da regulamentação e até 31 de dezembro de 2011, em relação ao disposto
nos arts. 6º a 14;
b) a partir de 1º de janeiro de 2010, em relação ao disposto nos arts. 15 a 17;
c) a partir de 1º de abril de 2010, em relação aos arts. 28 e 59; e
d) a partir de 16 de dezembro de 2009, em relação aos demais dispositivos;
II - em 1º de janeiro de 2010, produzindo efeitos a partir de 1º de abril de 2010, em
relação ao disposto nos arts. 48 a 58.
Art. 140. Ficam revogados:
I - a partir de 1º de abril de 2010:
a) a Lei nº 7.944, de 20 de dezembro de 1989;
b) o art. 2º da Lei nº 8.003, de 14 de março de 1990;
c) o art. 112 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995; e
d) a Lei nº 10.829, de 23 de dezembro de 2003;
II - a partir da publicação desta Lei:
a) o parágrafo único do art. 74 da Lei nº 5.025, de 10 de junho de 1966;
b) o art. 2º da Lei nº 6.704, de 26 de outubro de 1979;
c) o Decreto-Lei nº 423, de 21 de janeiro de 1969;
d) o § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de1997 - Código de Trânsito
Brasileiro; e
e) o art. 15 da Lei nº 12.189, de 12 de janeiro de 2010.
Brasília, 11 de junho de 2010; 189º da Independência e 122º da República
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Guido Mantega
Miguel Jorge
Paulo Bernardo Silva
Luis Inácio Lucena Adams