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Page 1: Lesão medular

Bianca Andrade MarthaBruno Krüger

Melissa Talita Wiprich

ESTUDO DE CASOLesão Medular em T11

Page 2: Lesão medular

Revendo Anatomia

Localiza-se no Canal Vertebral

Mede aproximadamente 45cm

Medula

Conduzir impulsos nervosos das regiões do corpo até o

encéfalo, produz impulsos e coordena atividades

musculares e reflexos

Castro; 1995

Page 3: Lesão medular

EPIDEMIOLOGIAIncidência

O trauma raquimedular é responsável por 3% das admissões de urgência em serviço de atendimento ao politrauma

As estatísticas internacionais estimam uma ocorrência de 40 a 50 novos casos por milhões de habitantes/ano, o equivalente no Brasil a 6.000 novos casos por ano.

Figueredo et al; 2006

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EPIDEMIOLOGIA

Perfil Epidemiológico• Sexo Masculino• Idades entre 15 e 55

anos

Causas mais frequentes dos disparos

• (40casos) assaltos• (11 casos) brigas

Período de maior incidência

• (16 casos) sábado• (15 casos) sexta feira

Francisco Alves et al; 2011

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EPIDEMIOLOGIA

Verônica Baptista et al; 2013

A lesão medular por Ferimento por Arma de Fogo (FAF) é o principal mecanismo de lesão incompleta

O nível cervical é o mais lesado, seguido do torácico e lombar

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Conceito

Lesão medular (LM) é definida pela American Spinal Injury Association (ASIA) como a diminuição ou perda da função motora e ou sensória e ou anatômica abaixo do nível da lesão

Lesão completa ou incompleta

Marco Antônio et al; 2009

Page 7: Lesão medular

ConceitoNão há função motora e sensitiva abaixo da lesão

LM Complet

a Função motora ou sensitiva preservadas + sinal de preservação sacral

LM Incomplet

a

Marco Antônio et al; 2009

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Etiologia

Podem ser classificadas em:

Traumáticas • Fraturas•Luxações• Causas que produzem secção ou compressão medular

Não - Traumáticas

• Tumores• Infecções• Malformações• Doenças degenerativas

Saraiva et al ;1995

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Fisiopatologia

Rompimento dos axônios

Lesão das células nervosas

Ruptura dos vasos sanguíneos

Lesão primária

(hemorragia e necrose da

subs. Cinzenta)

Redução de fluxo sanguíneo para o local lesado;Alterações do canal vertebral;Edema;Redução da pressão sistêmica

Lesão secundária

Morte das células e axônios que não foram inicialmente

lesados Sizínio; 2003

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Complicações decorrentes da Lesão Medular

Bexiga e intestino neurogênicos

Úlceras de pressão

Trombose venosa profunda

Ossidificação heterotópica

Síndromes dolorosas

Vall J et al; 2005

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PACIENTE A

Indivíduo masculino, 18 anos de idade com diagnóstico de lesão medular nível T11 por FAF. Chega à clínica 1 mês após o ocorrido com projétil ainda instalado, paralisia flácida de MsIs e déficit no controle do tronco inferior. No momento sem sensibilidade abaixo da lesão.

Estudo de caso

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Identificação

Nome: J.J

Data de Nascimento: 27/08/1996

Idade: 18 anos

Diagnóstico Clínico: Lesão medular completa em T11

Diagnóstico Fisioterapêutico: Paraplegia

Queixa principal: Falta de força

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Avaliação

Viajou para o RJ com a família

Fizeram passeios

HDA

HPP

Torção do tornozelo direito ± 5 anos atrás

Doenças associadas

Nenhuma

Page 14: Lesão medular

Avaliação

Mãe depressiva

História familiar

História Social

Costumava jogar futebol nos finais de semana, nega etilismo e tabagismo

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Exame Físico

Inspeção

Paciente chega na cadeira de rodas empurrando-a acompanhado de sua mãe

Palpação

PA: 120/80mmHg

FC: 67bpm

FR: 16irpm

Page 16: Lesão medular

Amplitude de Movimento

Direito

Quadrilrepouso ativo passiva

Flexão: 0

Extensão: 0

Adução: 0

Rotação

medial: 0

Rotação

lateral: 0

não realizaFlexão: 125

Extensão: 10

Adução: 15

Rotação

medial: 45

Rotação

lateral: 45

Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140

Tornozelo Dorsiflexão: 0

Plantiflexão:

0

Abdução: 0

Adução: 0

não realizaDorsiflexão:

20

Plantiflexão:

45

Abdução: 20

Adução: 40

Esquerdo

Quadrilrepouso ativo passiva

Flexão: 0

Extensão: 0

Adução: 0

Rotação

medial: 0

Rotação

lateral: 0

não realiza

Flexão: 125

Extensão: 10

Adução: 15

Rotação

medial: 45Rotação lateral: 45

Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140

Tornozelo Dorsiflexão: 0

Plantiflexão: 0

Abdução: 0

Adução: 0

não realizaDorsiflexão:

20

Plantiflexão:

45

Abdução: 20

Adução: 40

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Tônus

Classificação: ( ) eutônico ( x )hipotônico ( ) espástico

( ) rígido

Padrão: ( ) mono ( ) di ( x )para ( )hemi ( ) quadri

( ) tetra ( ) parético (x) plégico

Page 18: Lesão medular

Tônus Grupo muscular Direito Esquerdo Extensores de quadril 0 0 Flexores de quadril 1 1 Adutores de quadril 1 1 Abdutores de quadril 0 0 Extensores de joelho 1 1 Flexores de joelho 0 0 Plantiflexores 1 1 Dorsiflexores 0 0 Inversores 1 1 Eversores 0 0 Flexores dos dedos do pé 1 1

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Reflexos

Reflexos Tendinosos

Direito Esquerdo

Patelar L3-L4 + +

Aquileu L5-s1 + +

Cutâneo plantar ( ) flexor (x) extensor- Babinski

( ) flexor (x) extensor- Babinski

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Força

Grupo muscular Direito Esquerdo Quadril (0) abd (0)ad (0)ext

(0)flex (0)rot ext (0) rot int

(0) abd (0)ad (0)ext (0)flex (0)rot ext (0) rot int

Joelho (0) flex (0) ext (0) flex (0) ext Tornozelo

(0)abd (0)ad (0)ever (0)inver (0)flex dor (0)flex plant (0)pron (0)sup

(0)abd (0)ad (0)ever (0)inver (0)flex dor (0)flex plant (0)pron (0)sup

Dedos do pé (0)flex (0)ext (0)flex (0)ext

Obs.: Paciente tem 0 grau de força em ambos os MsIs em todos os grupos musculares testados.

Page 21: Lesão medular

Sensibilidade Superficial

Tipo de alteração Dermátomos Envolvidos

Anestesia X

L1; L2; L3; L4; L5; S1; S2; S3; S4; S5

Hipoestesia

Hiperestesia

Analgesia

Hipoalgesia

Hiperalgesia

Parestesia

Estereognosia

Grafestesia

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Sensibilidade Profunda

Teste Região testadaO que o paciente apresenta

ou refere

Pressão Profunda e Dor profunda

Isquios, crista ilíaca, trocanteres maior e menor, epicôndilos do

joelho, maléolos dos tornozelos, articulações: sacroilíaca, coxofemoral,

femoropatelar e femorotibial, talocrural, tarsometatársicas e

metatarsofalângicas

Não sentir nada

Propriocepção de posição MsIs Não sentir nadaPropriocepção de movimento MsIs Não sentir nada

Page 23: Lesão medular

Análise da dor

Paciente não refere nenhum tipo de dor

Dor Neurogênica

Uma das complicações mais representativas da lesão medular

Pode surgir após semanas, meses ou até anos após a instalação da lesão, e ocorre quando há lesão parcial ou total das vias nervosas do sistema nervoso periférico ou central

Page 24: Lesão medular

Escala Asia

É padronizada mundialmente

Avaliar a sensibilidade e função motora

Classificar o paciente quanto ao tipo de lesão: Completa ou Incompleta

Classifica a lesão entre limiares de A até E

Determinar o nível neurológico

Marco Antônio et al; 2009

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Asia

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ESCALA MIF- MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL

Motor e Cognitivo

Verificar o desempenho do indivíduo na realização de um conjunto de 18 tarefas

Cada dimensão é analisada pela soma de suas categorias referentes; quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência

Somando-se os pontos das dimensões da MIF, obtém-se um escore total mínimo de 18 e o máximo de 126 pontos

Marco Antônio et al; 2009

Page 27: Lesão medular

Pontos Descrição

7 Independência completa

6 Independência modificada

5 Supervisão; estimulo ou preparo

4 Dependência; ajuda mínima

3 Dependência; ajuda moderada

2 Dependência; ajuda máxima

1 Dependência; ajuda total

Pontuação de Cada Categoria

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Dimensões Categorias

MIF Total MIF Motor

AutocuidadosAlimentação (7)

Higiene Matinal (6)Banho (2)

Vestir-se acima da cintura (7)Vestir-se abaixo da cintura (1)

Uso do vaso sanitário (1)

Controle de Esfíncteres Controle da urina (1)Controle das fezes (1)

TransferênciasLeito, cadeira, cadeira de rodas

(1)Vaso sanitário (1)

Chuveiro ou banheira (1)

Locomoção

Marcha/ Cadeira de rodas (1)Escadas --

MIF Cognitivo

Comunicação Compreensão (7)Expressão (7)

Cognição SocialInteração Social (7)

Resolução de problemas (7)Memória (7)

ESCALA MIF

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A MIF total pode ser dividida em quatro subescores, de acordo com a

pontuação total obtida:

a) 18 pontos: dependência completa (assistência total);

b) 19 – 60 pontos: dependência modificada (assistência de até 50% da tarefa);

c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da

tarefa);

d) 104 – 126 pontos: independência completa / modificada.

Pontuação total: 65 pontos

c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa)

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Teste do Alcance Funcional- TAF

Avaliar o grau de deslocamento anterior do sujeito

Essa distância é mensurável sendo um indicativo do equilíbrio dinâmico do indivíduo

Esse teste é mais utilizado na população de idosos e demonstra boa correlação com o equilíbrio

Duncan et al; 1990

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Valor maior que 25,4cm= baixo risco de quedasValor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maiorValor menor que 15,4cm= risco de queda 4 vezes maior que o primeiro

Medições

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TAF

Posição inicial do teste

Posição final do teste

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Resultados

As medidas foram de: 20,5cm; 22,3cm e 22,8cm, foi realizado uma média com esses três valores, e então o resultado ficou 21,8cm alcançados sem perder o equilíbrio

Valor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maior

Page 34: Lesão medular

Tratamento Fisioterapêutico

Objetivos a curto prazo:

Fortalecer e equilibrar o tronco Fortalecer MsIs Iniciar estímulos sensoriais

Condutas:

Exercícios para controle de tronco com posicionamento Exercícios para MsIs com resistência manual, FNP Funcionalidade, rolar, de prono pra gatas Estímulos sensoriais

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Tratamento Fisioterapêutico

Objetivos a médio prazo

Aprimorar o controle de tronco Fazer a manutenção muscular dos MsSs Fortalecer e ganhar funcionalidade da musculatura dos MsIs

Condutas

Exercícios para controle de tronco com faixa elástica Exercícios para MsSs com bastão Exercícios para MsIs com carga Funcionalidade, de semi ajoelhado para em pé

Page 36: Lesão medular

Tratamento Fisioterapêutico

Objetivos a longo prazo

Deambular Reforçar o equilíbrio e a musculatura do

tronco Maior independência funcional Condutas

Deambulação com órteses e andador Exercícios para controle de tronco com cama elástica Exercícios para reforço muscular com halteres Exercícios de agachamento simples e a fundo

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Conclusão

Concluímos que é de extrema importância a atuação do fisioterapeuta e equipe multiprofissional durante todo o processo de reabilitação desse tipo de paciente, mesmo com todos os fatores de: tipo, localização e tempo de lesão, através de uma boa avaliação, objetivos coerentes e traçados junto com o paciente, é sim possível reabilitá-los

Page 38: Lesão medular

ReferênciasCASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1995

http://www.scielo.br/pdf/coluna/v10n4/v10n4a08.pdf

http://www.scielo.br/pdf/fp/v20n2/11.pdf

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2003/Pages%20from%20RN%2015%2003-11.pdf

SARAIVA, RA; PIVA JÚNIOR, L; PAZ JÚNIOR, AC; PACHECO, MAR. As Bases Fisiopatológicas para a

Anestesia no Paciente com Lesão Medular. Rev Bras Anestesiologia. Vol. 45: Nº 6, Novembro - Dezembro, 1995.

45: 6: 387 – 398

BORGES, Denise. Aspectos clínicos e práticos da reabilitação. 1. Ed 2005. São Paulo, Editora Artes médicas

ltda

http://www.scielo.br/pdf/ean/v9n3/a08v9n3

http://dtserv3.compsy.uni-jena.de/__C12578E6004010BD.nsf/0/9CD6D83C73DBF5ADC125792E005E5261/$

FILE/Duncan_et_al_1990.pdf

UMPHRED, Darcy. CARLSON, Constance. Reabilitação Neurológica Prática. Rio de Janeiro –RJ : Guanabara Koogan, 2007


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