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Grupo de Comunicação

CLIPPING 4 de julho de 2019

CONHEÇA SP (https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br)

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SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 3

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 4

Rejeitado pelo pai, urso-de-óculos é transferido para zoológico em Piracicaba para reprodução ............... 4

Sistema de Logística Reversa de Embalagens em Geral ...................................................................... 5

Mirassol inaugura estação para tratar 100% do esgoto ...................................................................... 7

Gestão sustentável de resíduos sólidos é discutida em ciclo de palestras .............................................. 8

Avaliação de risco dos licenciamentos ambientais em debate na Câmara. ............................................. 9

Europeus usam mais agroquímicos do que o Brasil, diz ONU. SP monitora comércio e tem controle

biológico como alternativa. ........................................................................................................... 10

Palmeiras viram alvo de denúncia ao MPE ...................................................................................... 12

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 13

Salles acredita que desmatamento pode prejudicar acordo comercial ................................................. 13

Fundo Amazônia pode acabar, admitem embaixadores da Noruega e Alemanha .................................. 14

Desmatamento na Amazônia aumenta 60%, em junho deste ano em relação a 2018 ........................... 15

Após reunião em Brasília, Fundo Amazônia pode ser extinto ............................................................. 16

Bactérias substituem fertilizantes químicos sem causar impacto ambiental ......................................... 17

Renováveis ganham espaço, mas redução de emissões exigirá outras tecnologias após 2030 ............... 18

Ilha Marabá, em Mogi das Cruzes, reabre após 5 anos ..................................................................... 20

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 21

Maria Herminia Tavares de Almeida: Mudou o clima......................................................................... 21

Paulo Nogueira Batista Jr.: Incautos da periferia ............................................................................. 22

Hussein Kalout: Comemorar, mas com moderação .......................................................................... 23

Painel: Operação de Bolsonaro pró-policiais na reforma deixa arestas e dá munição à oposição ............ 24

Painel S.A.: 3 em cada 10 inadimplentes do país são jovens da periferia, diz Serasa ............................ 26

Painel S.A.: Reforma para atender interesse eleitoral e egoísta custará caro, diz Doria ........................ 27

Petrobras estima levantar até R$ 9,4 bilhões com privatização da BR ................................................ 28

Salles, Noruega e Alemanha admitem que Fundo Amazônia pode acabar ............................................ 29

Mônica Bergamo: Empresários que apoiam Bolsonaro lançam projeto paralelo de reforma tributária ...... 30

Brasil é o país com maior potencial de regeneração de florestas tropicais ........................................... 32

Índices de desmatamento na Amazônia são manipulados, diz ministro Augusto Heleno ........................ 33

Desmatamento da Amazônia em junho é 57% maior do que no mesmo mês de 2018 .......................... 37

ESTADÃO ................................................................................................................................... 38

BR Distribuidora: oferta de ações detidas pela Petrobrás pode ultrapassar R$ 9 bi ............................... 38

O que mudou com a nova resolução do Renovabio .......................................................................... 39

Infração ambiental não pode ser usada como barreira, diz ministra ................................................... 40

Abegás tenta limitar domínio da Petrobrás no mercado de gás natural ............................................... 41

Os números que não mentem ....................................................................................................... 42

Desmatamento da Amazônia aumenta 15%, com 4.565 km² de área devastada ................................. 43

Alemanha retém doação de R$ 151 milhões para Fundo Amazônia .................................................... 44

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 45

Salles vê inconsistências e admite que Fundo Amazônia pode acabar ................................................. 45

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Desmatamento aumenta 57% em junho, diz Inpe ........................................................................... 47

Setor minerador reage à relatório de comissão no Senado ................................................................ 48

Uma estratégia de retomada da economia ...................................................................................... 49

Construcap aposta na nova concessão ........................................................................................... 51

ENTREVISTAS

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: G1 Piracaba e região

Data: 03/07/2019

Rejeitado pelo pai, urso-de-óculos é

transferido para zoológico em Piracicaba

para reprodução

Animal batizado de Juco nasceu em Sorocaba

(SP) e faz parte de programa de manejo de

fauna para preservação da espécie, que é

ameaçada de extinção.

Zoológico de Piracicaba recebe urso-de-óculos como novo integrante

O Zoológico de Piracicaba (SP) recebeu um

urso-de-óculos nesta terça-feira (2). Espécie

em extinção, ele será mantido em um recinto

para se acasalar com uma fêmea futuramente

e ter filhotes. Juco, como foi nomeado, tem

quatro anos e foi transferido de Sorocaba (SP)

após começar a ser rejeitado pelo pai. Antes

de ser colocado para visitação do público, ele

precisa ficar um período de quarentena.

Segundo Thiago Vilalta, diretor do Zoológico

de Piracicaba, Juco integra um plano de

manejo para proteger e evitar a extinção da

espécie e chegou à unidade para se acasalar

com uma fêmea que não tenha nível de

parentesco com ele, contribuindo assim para a

preservação, já que há poucos ursos-de-

óculos na natureza.

"Assim que nascer uma ursa filhote nessa

característica, seremos comunicados para que

ela venha para o zoológico e viva com ele",

acrescenta.

O veterinário explica também ser comum a

rejeição do pai quando o urso se torna

"adolescente". "Isso está relacionado ao

instinto e para que o animal continue a

procriar e não entre em extinção", diz Vilalta.

Atualmente, Juco é o único animal que faz

parte do programa de manejo na unidade, que

antes já recebeu um veado-do-pântano para

reprodução em cativeiro, conforme o diretor.

Urso-de-óculos vai ficar em recinto no Zoológico de Piracicaba — Foto: Edijan Del Santo/EPTV

Fase de adaptação

Antes de começar a ser visitado pelo público,

Juco passará por exames médicos e também

por um período de adaptação aos novos

cheiros e situações do ambiente. Já o recinto

onde viverá está sendo adaptado para

também abrigar a fêmea e reforçado por

causa da força do animal, de acordo com a

administração do zoológico.

Por ser onívoro, Juco está sendo alimentado

com frutas, legumes e verduras variadas, mel,

carnes variadas e ovo.

Ainda segundo a diretoria do zoológico, o local

foi escolhido pelo Sistema Integrado de

Gestão Ambiental da Fauna de São Paulo

(Gefau), da Secretaria de Estado do Meio

Ambiente do Estado, que também autorizou

a transferência pela área oferecer as

condições adequadas para receber o bicho.

Urso de óculos

Segundo o Zoológico de Piracicaba, o urso-de-

óculos (Tremarctos ornatus) vive nas florestas

tropicais da América do Sul, sendo de forma

solitária na melhor parte da vida.

Com hábitos diurnos, tem grandes habilidades

com as mãos, é curioso e gosta de tomar

banhos. A espécie leva o nome por causa da

mancha com aspecto de óculos na face.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26614154&e=577

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Veículo: Portal da Autopeça

Data: 04/07/2019

Sistema de Logística Reversa de

Embalagens em Geral

A FecomercioSP aderiu ao Termo de

Compromisso - TC para a logística reversa -

LR de embalagens em geral no Estado de São

Paulo[1], celebrado entre a Secretaria de

Meio Ambiente do Estado de São Paulo

(atualmente Secretaria de Infraestrutura do

Estado de São Paulo), a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo -

CETESB e uma série de entidades signatárias

O papel da Federação é de interveniente

anuente, bem como o da Federação das

Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP,

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo

- CIESP e Associação Brasileira de Empresas

de Limpeza Pública e Resíduos Especiais -

ABRELPE.

Este sistema oferece oportunidade de renda

extra para o comércio!

Entendendo melhor esse sistema:

O QUE É?

Trata-se de um sistema de LR inovador,

desenvolvido para viabilizar a participação das

micro e pequenas empresas, para o

cumprimento das exigências da Política

Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei nº

12.305/2010) e da Decisão de Diretoria

CETESB 076/2018, a qual condiciona a

concessão ou renovação da licença ambiental

de certas atividades empresarias com a

participação em sistemas de LR, e o respectivo

cumprimento de metas.

COMO OCORRE?

2.1. O sistema não precisa obrigatoriamente

da implantação de pontos de entrega. O

retorno das embalagens pós-consumo ocorre

via empresas de coleta e destinação de

resíduos sólidos, empresas do comércio e

cooperativas de catadores que, separam,

compactam e vendem papel, plástico, metal e

vidro aos recicladores que, por sua vez,

vendem aos fabricantes para a manufatura de

novas embalagens ou outros produtos.

2.2. A nota fiscal dessas transações é validada

em um sistema exclusivo antifraude de uma

empresa certificadora, a New Hope Ecotech

que homologa as empresas e cooperativas,

contabiliza e realiza o lastro das Notas Fiscais

- NFs e, ao final, expede um Certificado de

Reciclagem, que é disponibilizado em um

sistema de concorrência para aquisição pelas

empresas para fins de comprovação da

participação no sistema de LR.

2.3. O sistema é ainda auditado externamente

pela Ernest Young.

POR QUE PARTICIPAR?

3.1. Oportunidade de negócio: A venda de

notas fiscais de materiais recicláveis ao

sistema de LR é uma forma de receita extra

para empresas do comércio de qualquer porte.

Basta que tais notas fiscais tenham data de

até 24 meses anteriores à data da

concorrência.

3.2. Para atendimento da legislação: A Política

Nacional de Resíduos Sólidos -PNRS (Lei nº

12.305/2010) e a Resolução SMA 045/2015

exigem do fabricante, importador, distribuidor

e comerciante a participação em sistemas de

LR de diversos produtos pós-consumo que

colocam no mercado consumidor.

3.3. Para renovação ou obtenção da licença de

operação no Estado de São Paulo: apenas as

empresas licenciáveis são obrigadas a

comprovar a participação em sistemas de LR,

por força da mencionada DD 076/2018 da

CETESB.

3.4. Atuação do Ministério Público e

fiscalização pelo Município: embora o comércio

não seja, via de regra, uma atividade sujeita

ao licenciamento ambiental, o Ministério

Público ou o Município podem exigir o

cumprimento da PNRS, das leis estaduais e

municipais quanto à participação em sistema

de LR.

3.5. Questões de compliance: empresas que

possuem ou pretendem instituir um programa

de compliance, devem participar de um

sistema de LR válido / oficial no ESP.

3.6. Valor de sustentabilidade agregado à

marca: A participação em sistema de LR,

assim como outras medidas ambientais

agregam o valor da sustentabilidade às

empresas, além de impactar toda a sua cadeia

de valor, como sendo uma empresa que

colabora com a ONU para o sucesso do

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Objetivo de Desenvolvimento Sustentável -

ODS 12 da ONU 'assegurar padrões de

produção e de consumo sustentáveis'.

3.7. Economia: Participar do TC de LR de

embalagens em geral é mais barato do que

implantar um sistema próprio de LR ou

comprar o selo 'eureciclo', disponível no

mercado.

COMO AS EMPRESAS ADEREM / PARTICIPAM

DESSE SISTEMA?

4.1. Forma de adesão: via Entidade de classe.

Assim, as empresas com CNAE do comércio

devem se cadastrar em

https://lab.fecomercio.com.br/login/ e solicitar

a adesão.

4.2. Quem pode aderir: empresas de qualquer

segmento, porte ou regime tributário.

4.3. Custo: não há custo para aderir ao

sistema.

4.4. Forma de participação:

4.4.1. Como 'aderente': empresa que

necessita comprovar a participação em

sistema de LR de embalagens, comprando

Certificados de Reciclagem.

4.4.2. Como 'operador': empresa que deseja

comercializar NF de venda de materiais

recicláveis, vendendo Certificados de

Reciclagem.

4.4.3. Como 'aderente' e 'operador': empresa

que tem marca própria e também a nota fiscal

de venda de materiais recicláveis. Após

balanço de massa, será verificado se a

empresa será compradora ou vendedora de

Certificados de Reciclagem.

COMO FUNCIONA A 'CONCORRÊNCIA':

5.1.1. O 'operador' participa da Concorrência,

oferecendo a quantidade em massa de

recicláveis que tem para vender (declarada

nas notas fiscais já homologadas).

5.1.2. Na Concorrência, é estipulado o preço

de venda por tonelada de material reciclável, e

a evolução dos lances ocorre por meio de

preços decrescentes, 'o chamado leilão

reverso'.

5.1.3. A 'empresa' inscrita na Concorrência,

compra o Certificado de Reciclagem pelo preço

médio final estipulado na Concorrência.

Assim, considerando a importância dessa ação

para o empresário, a Fecomercio SP aderiu ao

sistema viabilizando a participação das

empresas do comércio.

Ressalta-se que a adesão a este TC apresenta

uma oportunidade de receita extra para as

empresas que possuem notas fiscais de

vendas de material reciclável. Tais recicláveis

podem ter duas origens: (i) consumidores que

levam as embalagens pós-consumo aos PEVs

próprios dos estabelecimentos comerciais ou

(ii) própria empresa: embalagens secundárias

e de transporte, ou seja, o chamado 'fundo de

loja'.

Informamos que a próxima concorrência está

prevista para ser realizada no dia 21/08.

Assim, solicitamos compartilhar este

informativo com a categoria representada,

alertando sobre a importância de aderir e

participar do sistema de LR, bem como a data

da próxima concorrência, acima informada.

Caso deseje apresentar com mais detalhes

esse sistema aos seus representados,

solicitamos solicitar pelo e-mail

[email protected].

Dúvidas podem ser esclarecidas com Drª.

Alexsandra Ricci, pelo tel. 11-9.4721-6663 ou

encaminhadas no referido e-mail.

[1] Disponível para consulta em:

https://cetesb.sp.gov.br/logisticareversa/siste

ma-de-logistica-reversa-de-embalagens-em-

geral-fiesp-ciesp-e-abrelpe/

Fonte: FecomercioSP - Assessoria Técnica

Conselho de Sustentabilidade

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26639440&e=577

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Veículo: Diário WEB

Data: 04/07/2019

Mirassol inaugura estação para tratar

100% do esgoto

Será inaugurada nesta quinta-feira, 4, a

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)

Fartura, em Mirassol. A previsão é que dentro

de dois meses a cidade passe a ter 100% de

esgoto tratado - esse é o tempo que devem

levar os testes, a formação de cultura de

bactérias e a liberação para funcionamento,

emitida pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb). A cerimônia

está agendada para as 10h.

Toda a água de Mirassol é tratada e todas as

residências têm coleta de esgoto, mas ele não

era completamente tratado ainda. "Vai ter um

impacto ambiental positivo. Você acaba com o

lançamento doméstico de esgoto nos rios e

traz mais qualidade de vida para a população,

acaba com qualquer doença de transmissão

hídrica", afirma Antonio Hércules Neto, diretor

de negócios da Sanessol, concessionária

responsável pelo abastecimento de água e

tratamento de esgoto do município. "O que se

diz na literatura é que, a cada R$ 1 investido

em saneamento, economizam-se R$ 9 em

saúde. Reflete diretamente nos cofres do

município e do Estado."

As obras começaram no ano passado e foram

investidos R$ 12 milhões. De acordo com

Hércules, as chuvas atrasaram a construção -

a operação estava prevista para começar em

fevereiro. Serão contemplados pela ETE

Fartura os bairros Condomínio Tedeschi,

Condomínio Fartura, Centro, São José,

Renascença, Vale do Sol, Miraflores, Cohab I,

Parque da Nascente do São José, São

Bernardo IV, San Diego. No total são 11,5 mil

moradores. O empreendimento fica em uma

área de 15 mil metros quadrados nas

proximidades do córrego Fartura.

De acordo com informações fornecidas pela

Sanessol na ocasião do início das obras, em

agosto do ano passado, em Mirassol são

coletados cerca de 175 litros de esgoto por

segundo. São tratados 145 litros por segundo,

um total de 522 mil litros por hora nas

estações Piedade e Fundão, que já estão

licenciadas pela Cetesb. Os 20% restantes são

jogados diretamente no córrego Fartura, da

bacia hidrográfica do rio Tietê. A ETE Fartura

terá capacidade de 45 litros por segundo (162

mil litros por hora).

O objetivo é atingir uma eficiência de

tratamento de 97% a 99%. Conforme a

Sanessol, a tecnologia da ETE é uma junção

do sistema biológico e filtração de membranas

e desidratação de iodo. Mirassol está

localizada em três bacias hidrográficas, por

isso a necessidade de três estações de

tratamento.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26644016&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulos em Destaque

Data: 03/07/2019

Gestão sustentável de resíduos sólidos é

discutida em ciclo de palestras

Cerca de 70 pessoas participaram nesta

quarta-feira (3) do ciclo de palestras Gestão

Municipal Sustentável de Resíduos Sólidos,

realizado pela Prefeitura de Guarulhos no

Centro Universitário Eniac. Viabilizado pela

Divisão Técnica de Educação Ambiental da

Secretaria de Serviços Públicos, o evento foi

realizado em comemoração aos dois anos do

Projeto Lixo Zero Guarulhos e contou com a

presença de secretários, diretores e

representantes de diversas cidades do estado

de São Paulo, como Guararema, Francisco

Morato, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e

Itaquaquecetuba, entre outras.

Para Edmilson Americano, secretário de

Serviços Públicos de Guarulhos, o ciclo é um

ótimo jeito de comemorar o aniversário do

projeto. 'Foram realizadas diversas atividades

monitoradas, como cursos, oficinas,

workshops, exposições em escolas,

condomínios, entre outros locais. Nosso

objetivo é sensibilizar as pessoas a se

engajarem nessa causa. Buscamos deixar

claro para a população que ela faz parte da

solução para o problema da quantidade de lixo

que é produzida nos dias de hoje e também do

seu descarte irregular. O trabalho deve ser

uma parceria entre munícipes e governo',

afirmou.

O presidente do Instituto Lixo Zero Brasil,

Rodrigo Sabatini, disse estar orgulhoso de ver

que o tema está sendo levado para dentro de

uma universidade. 'Se estamos buscando

construir um novo mundo, com menos lixo,

aqui com certeza é o berçário disso, o local

onde grandes ideias nascem. Daqui a dois

anos teremos um novo engenheiro e um novo

arquiteto que colocarão as ideias apresentadas

aqui em prática nos seus projetos', ressaltou.

A assessora da presidência da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) e responsável pela palestra sobre

logística reversa, Lia Helena Demange,

comemorou a oportunidade de trazer

conhecimento técnico para mais perto dos

municípios. 'A ideia é que seja um trabalho

contínuo. Estamos sempre disponíveis para

compartilhar esses conhecimentos em prol de

uma cidade com maior desenvolvimento

sustentável', disse.

As palestras

O evento foi iniciado com a palestra sobre

logística reversa, ministrada por Lia Helena,

que explicou sobre os acordos setoriais de

logística reversa que cumprem a política

nacional de resíduos sólidos, e como o órgão

pode auxiliar as prefeituras na sua

implementação.

Logo em seguida, a engenheira ambiental

Raissa Silva de Carvalho Pereira apresentou o

Sistema Estadual de Gerenciamento Online de

Resíduos de Construção Civil (Sigor),

disponibilizado pela Cetesb para as

prefeituras e que auxilia no acompanhamento

da quantidade, transporte e destinação dos

resíduos.

Já Rodrigo Sabatini, do Instituto Lixo Zero

Brasil, explicou os modelos e sistemas de

cidades Lixo Zero que existem no mundo,

usando como exemplo Florianópolis, a cidade

brasileira com mais iniciativas sobre o tema e

que a tornaram referência nacional. Rodrigo

também lançou a campanha Plástico Social,

projeto de educação ambiental que visa a

estimular e a ensinar a população meios de

separar e armazenar embalagens plásticas e

realizar o encaminhamento para cooperativas

de catadores, gerando trabalho e renda.

Para finalizar o dia de aprendizado, uma

palestra sobre coleta seletiva, ministrada pelo

engenheiro químico e funcionário da Cetesb,

Fernando Wolmer, orientou as prefeituras

sobre formas de implantar a coleta seletiva,

desde fontes de financiamento,gerenciamento

do transporte dos recicláveis, centrais de

triagem, tipos de coletores e a importância da

educação ambiental.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26620639&e=577

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Veículo: Portal do Magistrado

Data: 03/07/2019

Avaliação de risco dos licenciamentos

ambientais em debate na Câmara.

Decisao

As discussões sobre o projeto de lei que cria o

marco legal sobre licenciamento ambiental no

país seguem até a próxima semana, com mais

três audiências públicas, na Câmara dos

Deputados. E uma dessas sessões de debate

acontece na tarde desta quarta-feira (3) para

tratar da avaliação de risco dos

licenciamentos.

> Dispensa de licenciamento ambiental é

inconstitucional, afirma MPF

Promovida pelo grupo de trabalho que estuda

o assunto na Câmara, a audiência pública

desta terça conta com a participação de

especialistas como o ex-secretário de Meio

Ambiente do DF e atual representante do

Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS),

André Lima; o presidente da Associação

Nacional dos Servidores Ambientais (ASCEMA

Nacional), Henrique Marques Ribeiro da Silva;

e a diretora-presidente da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB), Patrícia Faga Iglecias Lemos.

Acompanhe o debate:

Cronograma

Mais duas audiências serão realizadas pelo

grupo de trabalho criado pelo presidente da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para debater

e escrever uma nova versão para o projeto de

lei (PL 3729/04) que cria a Lei Geral de

Licenciamento Ambiental. Nesta quinta-feira

(4), o grupo vai debater a participação dos

entes federativos no licenciamento. Já na

próxima terça (9), serão discutidos os

condicionantes e as garantias no licenciamento

ambiental. Depois disso, o coordenador do

grupo, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP),

deve apresentar seu relatório sobre o assunto.

Maia já garantiu, contudo, que o texto só será

levado para votação em plenário quando

houver consenso.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26622690&e=577

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Veículo: Portal SRB

Data: 03/07/2019

Europeus usam mais agroquímicos do que

o Brasil, diz ONU. SP monitora comércio e

tem controle biológico como alternativa.

A Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou

dados que derrubam a ideia de que a

agricultura brasileira é uma das que mais

consome agroquímicos no mundo. O Brasil

aparece em 44º lugar no ranking sobre o uso

de defensivos agrícolas, com consumo relativo

nacional de 4,31 quilos de agroquímicos por

hectare cultivado em 2016. Logo após o Brasil,

aparecem a Alemanha, em 47º lugar; a

França, em 48º; e a Espanha, em 49º. Entre

os países europeus que utilizam mais

defensivos que o Brasil, aparecem os Países

Baixos (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha),

Itália (6,66 kg/ha), Montenegro (6,43 kg/ha),

Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha),

Suíça (5,07 kg/ha) e Eslovênia (4,86 kg/ha).

Na produção paulista, a Secretaria de

Agricultura e Abastecimento do Estado de São

Paulo acompanha de perto o uso destes

produtos por meio do Sistema Gedave, da

Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA),

que monitora de forma online cada grama de

agroquímico desde a compra até sua aplicação

no campo.

O Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, é

referência no treinamento de aplicadores,

garantindo segurança e sustentabilidade

ambiental ao orientar o uso correto. O

Programa IAC de Qualidade em Equipamentos

de Proteção Individual (Quepia) completa 12

anos de atividades em julho e é direcionado ao

estudo de normas e ao desenvolvimento e

avaliação de padrões de qualidade para

vestimentas de proteção para riscos químicos

com defensivos.

Na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural

Sustentável (CDRS), a Secretaria fornece

orientações aos produtores rurais e

campanhas para o descarte correto de

embalagens de defensivos: a embalagem é

recolhida, lavada, limpa e reaproveitada. Casa

da Agricultura e prefeituras fazem campanhas

para o recolhimento dessas embalagens. Em

2018 foram recolhidas 300 toneladas de

embalagens.

Além disso, com a colaboração de 327

agricultores, que declararam a existência de

cerca de 300 toneladas dos produtos ainda

armazenados em suas propriedades, todo o

volume de defensivos obsoletos foi identificado

pela equipe da Secretaria de Agricultura, em

uma parceria entre Coordenadoria de Defesa

Agropecuária, CDRS, Cetesb e Inpev.

No Instituto Biológico (IB), no Laboratório de

Resíduos de Pesticidas (LRP), a Secretaria

acompanha a utilização destes produtos para

garantir que eles estão sendo usados de forma

correta, para a cultura certa e na quantidade

permitida por lei.

Para substituir ou complementar o uso dos

químicos, a Secretaria desenvolve, também

por meio do Instituto Biológico, o Programa de

Transferência de Tecnologia e Inovação em

Controle Biológico (Probio), que oferece

assessoria anual aos produtores e empresários

rurais. A assessoria inclui projeto de

construção ou adaptação da estrutura,

treinamento de funcionários, fornecimento das

cepas e análises quali-quantitativas e de

estabilidade dos inseticidas microbiológicos

produzidos. 54 empresas, em 13 Estados, já

foram assessoradas.

Entende-se como controle biológico, o uso de

inimigos naturais e dos agentes

biocontroladores para diminuir a população de

uma praga. Resumidamente, pode ser definido

como um sistema natural de controle. No

estado de São Paulo, por exemplo,

aproximadamente 3 milhões de hectares de

cana-de-açúcar são tratados com fungo para o

controle da cigarrinha.

Outro exemplo é o caso do vírus Baculovírus

anticarsia, que foi utilizado para o controle da

lagarta da soja.

O crescimento dos biocontroladores é de 15 a

20% ao ano, tendo como grande

impulsionador o mercado de produtos

orgânicos. Consequentemente, há previsão de

aumento do uso dos biocontroladores, criando

novas oportunidades de projetos de pesquisa

e a formação de biofábricas. Novas empresas,

inclusive multinacionais da indústria

agroquímica, começam a olhar com mais

atenção para o setor. Além disso, companhias

estrangeiras começam a investir na compra de

empresas brasileiras.

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Grupo de Comunicação

Produção sustentável e agroecológica também

tem sido um tema constante de capacitações

da CDRS. Alguns agricultores se preocupam

com uma produção segura, ou seja, sem uso

de defensivos agrícolas, procurando minimizar

os impactos ambientais e conservar os

recursos naturais.

[Fonte: Secretaria de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo]

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26613582&e=577

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Veículo: Jornal Tribuna – Ribeirão Preto

Data: 04/07/2019

Palmeiras viram alvo de denúncia ao MPE

http://cloud.boxnet.com.br/y65qlsmd

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 - Globo News

Data: 03/07/2019

Salles acredita que desmatamento pode

prejudicar acordo comercial

https://g1.globo.com/ Voltar ao Sumário

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Veículo: G1 – Jornal Nacional

Data: 03/07/2019

Fundo Amazônia pode acabar, admitem

embaixadores da Noruega e Alemanha

Reclamações começaram quando governo

anunciou que quer usar o dinheiro paa

indenizar donos de propriedades em área de

conservação.

https://g1.globo.com/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 – Jornal Hoje

Data: 03/07/2019

Desmatamento na Amazônia aumenta

60%, em junho deste ano em relação a

2018

A floresta perdeu 762,3 km² de mata nativa

em junho de 2019, área equivalente a duas

cidades de Belo Horizonte. Em junho de 2018,

a área desmatada foi de 488,4 km².

https://g1.globo.com/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 – Jornal da Globo

Data: 03/07/2019

Após reunião em Brasília, Fundo

Amazônia pode ser extinto

A reunião contou com o ministro do Meio

Ambiente e embaixadores da Noruega e da

Alemanha. O fundo é mantido com doações

dos governos dos dois países e é usado em

projetos de combate ao desmatamento da

floresta.

https://g1.globo.com/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agência Fapesp

Data: 03/07/2019

Bactérias substituem fertilizantes

químicos sem causar impacto ambiental

Bactérias substituem fertilizantes químicos

sem causar impacto ambiental. Estudo foi

apresentado no Workshop Biopharma and

Metabolomics, que destacou pesquisas

apoiadas no âmbito do acordo entre FAPESP e

Agilent Technologies

André Julião | Agência FAPESP –

Pesquisadores do Laboratório Nacional de

Biorrenováveis (LNBR), do Centro Nacional de

Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM),

estudam bactérias que promovem o

crescimento das plantas. Como foram isolados

do solo, esses organismos têm potencial para

serem usados como fertilizantes sem causar a

poluição das águas e alterações prejudiciais ao

próprio solo, como pode ocorrer com

fertilizantes químicos.

O estudo coordenado por Juliana Velasco,

pesquisadora do LNBR-CNPEM, foi

apresentado durante o Workshop Biopharma

and Metabolomics, no dia 26 de junho na

FAPESP. O projeto é um dos que são

financiados no âmbito de um acordo de

cooperação entre a FAPESP e a Agilent

Technologies.

Depois de isolar bactérias do solo, a equipe de

Velasco começou a identificar os chamados

compostos orgânicos voláteis (COVs),

produtos decorrentes do metabolismo das

bactérias que promovem o crescimento de

plantas. “O objetivo agora é investigar e

entender como o metabolismo da planta se

altera por conta dessas moléculas

sinalizadoras”, disse Velasco à Agência

FAPESP.

Na primeira fase do trabalho, foram usadas

duas espécies de plantas modelos, a

Arabidopsis thaliana e a Setaria viridis. Os

pesquisadores selecionaram cepas bacterianas

que mais contribuíram para o crescimento

dessas plantas e agora as testam em arroz,

ainda em laboratório.

“A princípio, a substituição total de

fertilizantes químicos é impossível. Mas com

certeza podemos diminuir consideravelmente

o uso deles quando utilizamos produtos

biológicos”, disse Velasco.

A meta é desenvolver um bioproduto que

possa ser aplicado no solo em forma sólida

(como pó) ou líquida, a princípio em culturas

como cana-de-açúcar, milho e arroz.

Tecnologias semelhantes já são usadas para a

fixação de nitrogênio.

Velasco explicou que em boa parte da lavoura

de soja brasileira, produtos bacterianos são

usados como substitutos aos adubos

nitrogenados. O uso em excesso desses

fertilizantes é conhecido por causar

contaminação do solo e dos ecossistemas

aquáticos, além de aumentar a emissão de

óxido nitroso, que agrava o efeito estufa.

Acordo de cooperação

A FAPESP e a Agilent Technologies já lançaram

três chamadas de propostas conjuntas, com

seleção e apoio a seis projetos de pesquisa.

“Essa parceria tem trazido oportunidades

muito interessantes para pesquisadores

associados a universidades e institutos de

pesquisa no Estado de São Paulo”, disse

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor

científico da FAPESP, durante a abertura do

evento.

Jim Hollenhorst, diretor sênior de tecnologia

da Agilent, contou que cerca de 8% do

faturamento da empresa é investido

anualmente em pesquisa e desenvolvimento.

A maioria é realizada no que a empresa chama

de P&D orgânicos, ou seja, dentro da própria

companhia.

“Mas uma parte dos nossos laboratórios de

pesquisa é focada em inovação de longo

prazo, que tem risco maior mas potencial

muito alto de retorno. Não achamos que todas

as boas ideias estejam na nossa empresa e

essa é a principal razão pela qual estamos

atuando em parcerias como essa, aqui e ao

redor do mundo”, disse Hollenhorst, que

afirmou ainda que o Brasil tem bastante

potencial para novas parcerias com a

empresa.

http://agencia.fapesp.br/bacterias-

substituem-fertilizantes-quimicos-sem-causar-

impacto-ambiental/30884/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Página 22

Data: 01/07/2019

Renováveis ganham espaço, mas redução

de emissões exigirá outras tecnologias

após 2030

Redação

A energia eólica e a solar, com a ajuda de

baterias, podem colocar o mundo em uma

trajetória compatível com o limite de 2 graus

na próxima década. Ultrapassar esta marca,

entretanto, será difícil e demandará a

colaboração de outras tecnologias, como

captura e armazenamento de carbono, energia

nuclear, biogás e hidrogênio verde

Os custos das tecnologias para geração de

energia eólica e solar e de baterias estão

caindo mais rápido do que se esperava e, com

isso, melhoram as chances de o aumento da

temperatura global não ultrapassar o limite de

2 graus Celsius, pelo menos, até 2030. Mas,

além desta data, muito mais precisará ser

feito para manter o mundo na trajetória do

limite de 2 graus. A projeção é da

BloombergNEF (BNEF) e foi extraída do

relatório New Energy Outlook 2019 (NEO),

segundo o qual em 2050 quase metade do

consumo das redes de energia elétrica em

âmbito global será alimentada por fontes solar

e eólica.

Anualmente, o relatório NEO compara os

custos entre tecnologias de energia elétrica

por meio de uma análise do custo nivelado de

eletricidade. Este ano, o relatório mostra que.

em aproximadamente dois terços do mundo. a

energia eólica ou solar já representa a opção

mais barata para adicionar nova capacidade

de geração de energia elétrica.

A estimativa é de que a demanda por

eletricidade aumente 62% entre 2018 e 2050,

resultando em um crescimento de quase o

triplo da capacidade de geração global. Para

isso, segundo o estudo, serão necessários

investimentos de US$ 10,3 trilhões, dos quais

US$ 5,3 trilhões serão direcionados para

plantas eólicas, US$ 4,2 trilhões para solares e

US$ 840 bilhões para baterias. Além de gastos

com novas usinas geradoras, a expansão da

rede elétrica deverá atrair outros outros US$

11,4 trilhões.

O relatório NEO faz uma análise das

tendências tecnológicas e dos preços dos

vários combustíveis e os resultados mostram o

papel do carvão no mix global de energia

caindo dos atuais 37% para 12% até 2050,

enquanto o uso de petróleo como fonte de

geração de energia elétrica é praticamente

eliminado. A energia eólica e solar crescem

dos atuais 7% para 48% em 2050. As

contribuições da energia hidrelétrica, gás

natural e nuclear permanecem

aproximadamente niveladas em uma base

percentual.

Matthias Kimmel, analista líder do NEO 2019,

afirma que essa análise do sistema elétrico

reforça uma mensagem importante presente

nas edições anteriores do relatório: a de que

módulos fotovoltaicos solares, turbinas eólicas

e baterias de íons de lítio devem continuar em

curvas agressivas de redução de custos, de

28%, 14% e 18%, respectivamente, para

cada duplicação da capacidade global

instalada. Em 2030, a energia gerada ou

armazenada e distribuída por essas três

tecnologias reduzirá a eletricidade gerada por

usinas a gás e carvão em quase todos os

países.

De acordo ainda com o relatório, a Europa

descarbonizará sua rede mais rapidamente do

que outras regiões: 92% de sua eletricidade

fornecida serão provenientes de fontes

renováveis em 2050. A rigor, as principais

economias da Europa Ocidental já estão em

uma trajetória de descarbonização

significativa, graças ao preço do carbono e ao

forte apoio de políticas energéticas. Os EUA,

com sua abundância de gás natural barato, e

a China, com sua frota moderna de usinas a

carvão, seguem em um ritmo mais lento.

Na China, a previsão é de que o pico das

emissões de seu setor de energia ocorrerá em

2026, seguido de uma diminuição para menos

da metade nos 20 anos seguintes. A demanda

de eletricidade da Ásia irá mais que dobrar até

2050. A região da Ásia-Pacífico representará

quase metade de todo o novo capital gasto

globalmente para atender essa demanda

crescente (US$ 5,8 trilhões). China e Índia

juntas representam uma oportunidade de

investimento de US$ 4,3 trilhões. Nos EUA,

US$ 1,1 trilhão serão investidos aumento da

capacidade de energia elétrica, com as

renováveis mais que dobrando sua

participação na geração, chegando a 43% em

2050.

A energia eólica e a solar, com a ajuda de

baterias, serão capazes de atingir 80% do mix

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Grupo de Comunicação

de geração de eletricidade em vários países

até a metade do próximo século, mas

ultrapassar esta marca será difícil e exigirá a

colaboração de outras tecnologias, como a

captura e armazenamento de carbono, energia

nuclear, biogás e hidrogênio verde.

Para o diretor do NEO, Seb Henbest, os

governos precisam agir em duas frentes:

garantir que seus mercados sejam amigáveis

com a expansão da energia eólica, solar e de

baterias de baixo custo; apoiar pesquisas e

implantar antecipadamente novas tecnologias,

para que possam ser aproveitadas em escala a

partir dos anos 2030.

No NEO de 2019, a BNEF considera pela

primeira vez a eletrificação de 100% do

transporte rodoviário e da calefação de

edifícios residenciais, o que representará mais

uma significativa demanda de geração de

energia elétrica. Neste caso, o relatório

assinala que a capacidade total de geração em

2050 teria que ser o triplo da instalada hoje.

Em geral, a eletrificação da calefação

residencial e do transporte reduziriam as

emissões em toda a economia, deixando de

emitir 126GtCO2 entre 2018 e 2050.

NEO 2019 é o resultado de um estudo

detalhado das perspectivas para a demanda e

fornecimento de energia, por país, conduzido

por 65 analistas da BNEF em todo o mundo. O

relatório aplica o trabalho da BNEF, que lidera

o mercado em pesquisa sobre a evolução das

diferentes fontes de geração de energia

elétrica.

https://pagina22.com.br/2019/07/01/renovav

eis-ganham-espaco-mas-reducao-de-

emissoes-exigira-outras-tecnologias-apos-

2030/

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Veículo: G1 Bom Dia SP

Data: 04/07/2019

Ilha Marabá, em Mogi das Cruzes, reabre

após 5 anos

2 min

Exibição em 4 Jul 2019

Local, que é uma das poucas ilhas fluviais do

Rio Tietê, é uma excelente opção de passeio

para as férias.

https://globoplay.globo.com/v/7739083/progr

ama/

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Maria Herminia Tavares de Almeida: Mudou

o clima

Em 1972, na primeira conferência da ONU sobre

meio ambiente, em Estocolmo, o chefe da

delegação brasileira, Costa Cavalcanti, ministro

do presidente Médici (1969-1974), proclamou

que a política oficial era "desenvolver primeiro, e

pagar os custos da poluição depois".

A lenda lhe atribui o brado retumbante: "Bem-

vinda a poluição!". Com efeito, aqui se acreditava

que a causa ecológica era pretexto do primeiro

mundo para barrar o caminho do país ao

progresso.

Desde então muita coisa mudou. Em 1987, o

relatório da Comissão Brundtland da ONU,

"Nosso Futuro Comum", reconhecendo a

natureza global do desafio, consagrou o princípio

de que o desenvolvimento não poderia se dar às

custas da destruição dos recursos do planeta:

teria de ser sustentável do ponto de vista

ambiental.

Lentamente, por meio de árduas negociações,

foram se erguendo nas instituições multilaterais

as estruturas normativas —acordos, convenções,

painéis— do que passaria a se chamar regime

internacional de mudanças climáticas, cuja

expressão mais recente é o Acordo de Paris de

2016.

Valendo-se de seu imenso patrimônio ambiental,

o Brasil enfrentou os dilemas comuns. Entre eles,

uma divisão de custos e responsabilidades,

aceitável para sociedades menos ou mais

industrializadas. Tendo sediado em 1992, no Rio,

a Conferência sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, o país participou de todas as

iniciativas seguintes, transformando sua atuação

em recurso de "soft power" da política externa.

Em paralelo, uma ideia avançada da questão

ambiental, inscrita na Constituição de 1988,

permitiu que se caminhasse também no plano

interno, embora sem superar a falsa antinomia

entre progresso e preservação. Ela se reproduz

em todo o espectro político —no caso mais

notório, culminou com o divórcio entre Marina

Silva e o petismo.

Agora, Jair Bolsonaro exuma o ossificado enfoque

de Costa Cavalcanti. O Ministério do Meio

Ambiente, em sintonia com interesses privados

ávidos por ganhos imediatos, se abate sobre os

instrumentos de regulação e monitoramento sem

os quais nenhuma política ambiental é possível.

Mas os tempos são outros. Nos foros

internacionais, declarações desatinadas dos

ministros das Relações Exteriores e da Segurança

Institucional, ecoando as do chefe, cobriram de

reprovação e desconfiança o modo como somos

vistos por países engajados no front ambiental.

O bem-vindo acordo comercial entre Mercosul e

União Europeia estabelece compromissos que

incluem os do Acordo de Paris —e vão além. Para

honrá-los, o governo terá de mudar o discurso e

a orientação de suas políticas.

Maria Hermínia Tavares de Almeida

Professora titular aposentada de ciência política

da USP e pesquisadora do Cebrap. Escreve às

quintas-feiras.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maria-

herminia-tavares-de-almeida/2019/07/mudou-o-

clima.shtml

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Paulo Nogueira Batista Jr.: Incautos da

periferia

Transcorreu de forma opaca a negociação entre

União Europeia e Mercosul, concluída na semana

passada. Ainda são muito incompletas as

informações sobre diversas questões que

costumam estar em jogo em acordos desse tipo.

Como o acordo depende de aprovação

parlamentar, é da maior importância que

deputados e senadores peçam desde logo o seu

envio ao Congresso e convoquem os

negociadores para prestar contas em audiências

públicas.

Apesar da falta de transparência, é possível

antecipar os contornos do que foi negociado, pois

as tentativas de chegar a um acordo entre os

dois blocos remontam aos tempos de Fernando

H. Cardoso e alguns dos resultados da

negociação já foram divulgados. Os sinais não

são positivos para nós.

Não estamos diante de um acordo de “livre-

comércio”, como se divulga na imprensa. Essa

designação enganosa sugere que removeremos

por completo as barreiras ao comércio de bens

entre os dois blocos. Algumas barreiras serão, de

fato, eliminadas ou reduzidas, principalmente, ao

que parece, do lado do Mercosul. Mas os

europeus fizeram questão de preservar, em

caráter permanente, importantes proteções à sua

agricultura, área onde o Mercosul tem capacidade

de competição.

As vantagens para nós parecem ser em grande

parte ilusórias. Afirma-se, por exemplo, que

quase todas as nossas exportações industriais

ficarão livres de tarifas, sem dizer, porém, que as

tarifas aplicadas sobre esse tipo de produto já

são muito baixas na Europa.

Além disso, o acordo vai muito além da

liberalização do comércio de bens, pois abarca

uma série de outros temas estratégicos, como

serviços, investimentos, licitações públicas e

compras governamentais, patentes e propriedade

intelectual, questões sanitárias, entre diversas

outras.

O risco que corremos é o de amarrar em acordo

internacional, de forma irreversível ou difícil de

reverter, toda uma série de políticas públicas

essenciais para nosso desenvolvimento. Se o

acordo for ratificado, o resultado será uma

grande perda de soberania em troca de acesso

adicional modesto a mercados europeus.

O acordo Mercosul-União Europeia segue, em

larga medida, o modelo geral da Alca (Área de

Livre Comércio das Américas), lançada pelos

Estados Unidos nos anos 90, que incluía todo um

conjunto de normas detalhadas, nas áreas acima

citadas, em troca de poucas vantagens

comerciais nos Estados Unidos.

Outro risco agora é que os EUA e demais países

desenvolvidos queiram fazer acordos

semelhantes com o Mercosul para evitar que os

europeus levem vantagem nos mercados do

bloco sul-americano. À medida que isso ocorrer,

ficará agravada a perda de autonomia na

definição das políticas de desenvolvimento.

O leitor poderá perguntar, perplexo: europeus e

americanos pensam, então, que somos idiotas?

Talvez. Eles contam, provavelmente, com o

nosso fascínio atávico por aspectos intangíveis,

etéreos desse tipo de negociação, entre eles o

“prestígio” de fechar acordos com os principais

países, a inserção no mundo “globalizado”, o

sinal de “confiança” para os mercados e

investidores internacionais etc.

Portanto, não será motivo de surpresa se, após

examinar o acordo, chegarmos à conclusão de

que ele interessa muito mais aos europeus do

que a nós. Nesta fase final da negociação,

tínhamos um governo fraco na Argentina e um

governo despreparado no Brasil, presas fáceis

para os engodos que os desenvolvidos armam

para consumo na periferia incauta.

Estamos reproduzindo, tudo indica, um padrão

de “negociação” (nem sei se o termo cabe)

encontradiço na América Latina. Desde os

tempos em que caravelas chegavam às nossas

praias, indígenas deslumbrados trocavam suas

terras, riquezas, liberdades por espelhinhos e

outras novidades.

Museu de grandes novidades.

Paulo Nogueira Batista Jr.

Economista, ex-vice-presidente do Novo Banco

de Desenvolvimento (estabelecido pelos Brics em

Xangai) e ex-diretor executivo no FMI pelo Brasil

e mais dez países

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/i

ncautos-da-periferia.shtml

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Hussein Kalout: Comemorar, mas com

moderação

Manifestações de alegria pela conclusão do

acordo Mercosul-UE são compreensíveis. É o

primeiro acordo abrangente entre o Mercosul e

um parceiro de peso na economia global. Além

disso, tem o potencial de redefinir o perfil de

inserção econômica internacional do Mercosul,

garantindo uma lufada de ar fresco a um

processo de integração que havia se desviado de

sua vocação original de regionalismo aberto.

A importância desse acordo não deve ser

subestimada. No entanto, a sua assinatura não

será a linha de chegada, mas a largada de uma

corrida de longo curso da qual o Mercosul deixou

de participar no passado, ao optar por um

modelo de desenvolvimento voltado para dentro.

Para que logremos terminar a maratona, será

preciso utilizar a abertura e a incorporação de

novas disciplinas previstas no acordo como

alavanca para fomentar os investimentos e

realizar reformas que permitam dar às nossas

empresas condições para competir. O acordo não

é uma panaceia, mas uma alavanca para colocar

em marcha agenda mais ampla de

competitividade.

É mérito do governo que manteve o tema como

prioritário na agenda, no entanto, reivindicar

crédito exclusivo pelo resultado não parece ser

apropriado. Tampouco seria adequado afirmar

que a atual política externa conseguiu em seis

meses o que os governos anteriores não

lograram em 20 anos. Essa narrativa é falsa em

dois sentidos.

Em primeiro lugar, sem o esforço realizado nos

últimos anos, muito provavelmente o acordo não

teria sido fechado. Os principais avanços que

permitiram destravar as negociações ocorreram

no governo Temer, que deixou o acordo com

poucas pendências. Aliás, as equipes

negociadoras da Economia e do Itamaraty são

integradas —praticamente— pelos mesmos

funcionários competentes que eram do governo

anterior.

Em segundo lugar, é descabida a noção de que

apenas um governo “antiglobalista” poderia

alcançar esse resultado. Foi justamente por não

levar a efeito a agenda ideológica “antiglobalista”

que se fechou esse acordo, repleto de padrões e

compromissos em meio ambiente e direitos

humanos.

Nesse sentido, o acordo estabelece um

precedente para a atual política externa: quando

o “antiglobalismo” fica de lado, resultados

palpáveis podem ser obtidos, ao passo que a

implementação das teses ideológicas, na sua vã

luta contra moinhos de vento, tende a colocar a

perder negociações importantes, causando

prejuízos ao país.

Teria sido mais difícil concluir o acordo na

ausência de outros fatores: o fim do mandato da

Comissão Europeia, a falta de entusiasmo de

Trump em negociação com a UE e o acirramento

da disputa entre EUA e China, que serviu de

estímulo adicional para que os europeus

garantissem acesso ao mercado do Mercosul.

Não obstante, há razões de sobra para

comemorar, mas com moderação.

O Brasil volta a jogar o jogo na liga principal do

comércio internacional. Para terminar bem o

campeonato e, sobretudo, evitar o rebaixamento,

será preciso investir na qualidade de nossos

jogadores, fazendo não apenas as reformas que

coloquem as contas em ordem, mas que

permitam baixar os custos de fazer negócios,

desonerando a produção, garantindo

infraestrutura de qualidade e investindo na

educação, no treinamento e na inovação.

A negociação com a UE nos ensina que a adoção

de padrões internacionais amplamente aceitos,

longe de diluir a nação na suposta geleia do

“globalismo”, constitui a melhor tradução do

interesse nacional.

Que esse resultado estimule o país a realizar as

reformas necessárias e sirva de modelo na busca

de resultados em outras frentes, isolando o efeito

tóxico das posturas ideológicas para que

possamos ter êxitos nas negociações para

ingresso na OCDE e nas tratativas com outros

parceiros importantes, como a China e demais

membros do Brics, EUA, países árabes e a

vizinhança sul-americana.

Hussein Kalout

Ex-secretário Especial de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República (2017-2018), ex-

colunista da Folha, cientista político e

pesquisador da Universidade Harvard

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/

comemorar-mas-com-moderacao.shtml

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Painel: Operação de Bolsonaro pró-policiais

na reforma deixa arestas e dá munição à

oposição

Fala, mas não escreve A operação protagonizada

por Jair Bolsonaro para tentar contemplar

policiais mantidos pela União com regras mais

amenas de aposentadoria deixou muitas arestas

no Congresso. Deputados dizem que, além de

abrir brecha para pressão de outras categorias, o

presidente derrubou um dos pilares do discurso

pró-reforma da Previdência, o de que ela

acabaria com privilégios, dando munição à

oposição. Na noite desta quarta (3), a aposta

majoritária era de votação no plenário só em

agosto.

E agora, José? Deputados de partidos de centro-

direita lembraram que o ministro Paulo Guedes

(Economia) criticou fortemente a primeira versão

de texto apresentado pelo relator da reforma na

Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), dizendo que

a o Congresso havia sucumbido a lobbies.

O gato comeu Mas diante da ação do chefe,

avaliaram, Guedes preferiu recolher os flancos.

Sem distinção A possibilidade de regras mais

amenas para policiais desagradou a Rede Apoie a

Reforma, que une 77 instituições e

representantes da sociedade civil. O grupo

lembra que pesquisa recente encomendada pelo

CLP-Liderança Pública mostrou que 79% dos

entrevistados apoia direitos e deveres iguais para

todos.

Nem vem que não tem Outro entrave ao avanço

da reforma, o impasse sobre a inclusão de

estados e municípios no pacote de mudanças,

causou desgaste no DEM. O presidente da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), maior

entusiasta da medida, viu o presidente de sua

sigla, ACM Neto, prefeito de Salvador, agir de

maneira contundente contra a extensão das

novas regras.

Se quer, defenda O principal adversário político

de Neto é o governador da Bahia, Rui Costa (PT),

cujo partido condena a reforma da Bolsonaro.

Diga aonde você vai A oposição conta com os

passos em falso do governo para tentar jogar a

votação da reforma para o segundo semestre, o

que teria impacto negativo no mercado

financeiro. Os investidores atrelaram o timing da

reforma à expectativa de queda de juros.

…que eu vou varrendo Os integrantes de PT e PC

do B, por exemplo, consideram principalmente a

insatisfação de deputados de centro com a

capacidade do governo de liberar as emendas

prometidas.

Vai ter luta Em reposta à investida da Polícia

Federal contra Glenn Greenwald, partidos de

oposição preparam representação à

Procuradoria-Geral da República. Na peça, vão

pedir que o órgão “garanta a liberdade de

imprensa” e evite que jornalista seja “vítima de

abuso de autoridade”, diz Marcelo Freixo (PSOL-

RJ).

Vai ter luta 2 O texto é assinado por PDT, PSOL,

PT, PC do B e PSB e deve ser protocolado na

quinta (4). Os partidos não descartam outras

medidas para tentar blindar o jornalista. Uma

opção em estudo é o ingresso de ação no STF.

Vale a pena… O escritório de integridade

acadêmica da Unifesp (Universidade Federal de

São Paulo) concluiu relatório sobre o autoplágio

cometido pelo agora ministro da Educação,

Abraham Weintraub. Como revelou a Folha, ele

publicou o mesmo artigo em dois periódicos

diferentes.

…ler de novo Segundo o documento, a conduta

“não é adequada e contraria as boas práticas de

pesquisa científica”. O relatório é uma resposta a

requerimento do deputado Alexandre Padilha

(PT-SP).

Anos dourados O deputado Pedro Paulo (DEM-RJ)

se reúne nesta quinta com técnicos da equipe

econômica para começar a discutir proposta de

emenda constitucional que crie gatilhos para

evitar que o governo corra risco de quebrar a

regra de ouro –norma que proíbe tomada de

empréstimos para quitar despesas do dia a dia.

Anos dourados 2 O intuito é expandir a

metodologia para as demais regras fiscais,

acionando gatilhos de contenção de despesas que

corrijam a rota antes que a crise se instale.

Visita à Folha A presidente da Indeov, Camila

Teixeira, visitou a Folha nesta quarta-feira (3).

Estava acompanhada de Carolina Nocetti, médica

e consultora técnica em terapia canabinoide, e

Fernanda Dabori, assessora de imprensa.

TIROTEIO

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Grupo de Comunicação

Interesses de algumas corporações não podem

prevalecer sobre os de todos os brasileiros. Seria

um retrocesso!

Do deputado Vinicius Poit (Novo-SP) sobre

Bolsonaro ter articulado mudanças no texto da

Previdência para atender forças de segurança

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/04/

32190/

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Painel S.A.: 3 em cada 10 inadimplentes do

país são jovens da periferia, diz Serasa

Jovens de periferia são o grupo mais homogêneo

em situação de inadimplência no Brasil de hoje.

Segundo um novo estudo do Serasa Experian,

32% dos inadimplentes do país têm até 35 anos

e vivem longe de centros urbanos. São 19

milhões.

Os outros 68% são grupos menos consolidados,

que reúnem desde classe média urbana até

população rural e idosos. O desemprego afeta a

todos, mas o jovem de periferia enfrenta

educação e infraestrutura precárias, diz o Serasa.

Preço alto Um dos grandes críticos da exclusão

de estados e municípios na reforma da

Previdência, o governador de São Paulo, João

Doria, voltou a disparar reclamações após a

movimentação em torno da terceira versão do

texto nesta quarta-feira (3).

Serviço completo “Custará caro ao Brasil aprovar

uma reforma parcial quando poderia fazer uma

reforma completa. Não é justo penalizar milhões

de brasileiros, a maioria desempregados e

desvalidos, para atender interesses eleitorais e

egoístas”, disse Doria.

Idade mínima Mesmo entre especialistas em

segurança pública que concordam com regras

mais suaves para policiais na reforma da

Previdência, a articulação de última hora feita por

Bolsonaro deixou a impressão de que faltou o

governo analisar os modelos de aposentadoria da

categoria internacionalmente.

Lição de casa “Aposentadorias de policiais têm

especificidades no mundo todo, e isso precisa ser

preservado no Brasil, mas Bolsonaro não parece

ter feito contas. Ele só se preocupa com os

benefícios para os militares”, diz Rafael

Alcadipani, professor da FGV-SP que pesquisa o

tema.

Aula A FGV vai inaugurar um curso de graduação

em administração pública em Brasília, como já

tem no Rio e em São Paulo. A primeira turma

começa no vestibular 2020, que acaba de abrir

inscrição.

Sem caneta Agradou às escolas privadas a ideia

de digitalizar o Enem, lançada pelo Ministério de

Educação nesta quarta. A mudança estava no

radar e era inevitável, diz Ademar Batista,

presidente da Fenep (federação do setor). “É

mais seguro que prova em papel, não há o risco

no transporte de Brasília a Amazonas ou ao Rio

Grande do Sul.”

Fontes A Sabesp começa a usar energia

renovável em suas estações. Na Vila Alpina, zona

leste de São Paulo, passou a bombear água

usando gás natural, em parceria com o sistema

Fluxus. Também vai testar energia solar em Mogi

Mirim e Orindiúva.

Rebuliço O relatório da CPI de Brumadinho

revoltou mineradoras. Há um clima de agitação

contra a sugestão para se criar o regime de

participação especial, em que as minas pagariam

um percentual sobre a receita líquida, como

ocorre com as petroleiras.

Respingo No setor, a impressão é que a

recomendação busca punir a Vale, mas a

eventual aprovação inviabilizaria outras

operações no país, como a exploração de

bauxita, diz Milton Rego, presidente da Abal

(associação de alumínio).

Castigo “Por que investir no Brasil, já que riscos

de mesma natureza não sofrem o mesmo ônus

em países como Chile, Peru, Austrália, Canadá?”,

afirma Luís de Azevedo, presidente da ABPM

(Associação Brasileira de Pesquisa Mineral), em

nota.

Processo A CPI de Brumadinho, criada para

investigar o rompimento da barragem do córrego

do Feijão que deixou ao menos 246 mortos em

janeiro, foi encerrada na última terça-feira (2). O

relatório segue agora para órgãos que estão

investigando a tragédia, como a Polícia Federal e

o Ministério Público.

Vende-se O número de sites de ecommerce

explodiu no Brasil de 2018 a 2019, com salto de

37,5%. A alta nos anos anteriores foi de 12,5% e

9,2%, mostra levantamento do BigData Corp. e

PayPal que será divulgado nesta quinta (4).

Lojinha O Brasil tem cerca de 930 mil sites de

venda online, 230 mil deles criados nos últimos

12 meses. O crescimento, segundo a BigData,

tem motivação no desemprego, no baixo custo

para empreender e no aumento da oferta de sites

que oferecem formatos prontos para o comércio

digital.

com Igor Utsumi e Paula Soprana

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/07/3-em-cada-10-inadimplentes-do-pais-

sao-jovens-da-periferia-diz-serasa.shtml

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Grupo de Comunicação

Painel S.A.: Reforma para atender interesse

eleitoral e egoísta custará caro, diz Doria

Governador voltou a criticar exclusão de estados

e municípios no texto da Previdência

São Paulo

Um dos grandes críticos da exclusão de estados e

municípios na reforma da Previdência, o

governador de São Paulo, João Doria, voltou a

disparar reclamações após a movimentação em

torno da terceira versão do texto nesta quarta-

feira (3).

“Custará caro ao Brasil aprovar uma reforma

parcial quando poderia fazer uma reforma

completa. Não é justo penalizar milhões de

brasileiros, a maioria desempregados e

desvalidos, para atender interesses eleitorais e

egoístas”, disse Doria.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/07/reforma-para-atender-interesse-

eleitoral-e-egoista-custara-caro-diz-doria.shtml

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Grupo de Comunicação

Petrobras estima levantar até R$ 9,4 bilhões

com privatização da BR

Nicola Pamplona

A Petrobras agendou para o fim de julho nova

oferta de ações da BR Distribuidora, com a qual

espera reduzir sua participação na subsidiária

para menos do que 50%. Em prospecto sobre a

operação, a companhia estima receber até R$

9,4 bilhões, caso todas os papéis ofertados sejam

vendidas.

A Petrobras vai oferecer entre 25% e 33,75%

das ações da BR, em uma operação que se

tornou possível após decisão do STF (Supremo

Tribunal Federal) liberando a privatização de

subsidiárias de estatais sem aval do Congresso.

A venda das ações é BR é parte do plano de

desinvestimentos da Petrobras, que quer levantar

recursos para pagar dívidas e focar na exploração

do pré-sal. Foi aprovada por seu conselho de

administração em maio.

Em 2017, a Petrobras já havia vendido 28,75%

das ações da BR, em operação que movimentou

R$ 5 bilhões. Agora, estima receber entre R$ 7,1

bilhões e R$ 9,4 bilhões, já descontando só

custos da oferta. A conta considera a cotação do

dia 1º de julho (R$ 24,50).

O valor final, porém, só será conhecido ao fim da

operação. Nesta terça, as ações da BR fecharam

cotadas a R$ 24, alta de 1,69% em, relação ao

dia anterior. Já as ações preferenciais da

Petrobras, mais negociadas, se valorizaram

1,34%.

Caso o volume mínimo da oferta seja vendida, a

Petrobras ficará com 46,25% da subsidiária. Com

a venda do volume máximo, a participação cai

para 37,50%. A avaliação da gestão das

empresas é que, sem controle estatal, a

distribuidora ficará mais ágil para competir.

Não há limites de compra de participação para

investidores institucionais, mas a empresa espera

que a oferta seja pulverizada. Como 10% das

ações oferecidas são destinadas ao investidor de

varejo, não há chances de que algum novo sócio

tenha fatia maior na BR do que a da estatal.

Atualmente, não há nenhum investidor com fatia

superior a 5% do capital da BR Distribuidora, o

que já garante alguns direitos em relação aos

outros sócios.

“Normalmente, um investidor que queira comprar

fatia representativa em emissões de ações

negocia um contrato de investidor âncora,

porque quer ter acordo de acionistas com direitos

diferenciados”, diz Giovani Loss, especialista em

energia e recursos naturais do escritório Mattos

Filho.

“Nesse caso, não houve e provavelmente não

haverá”, completa ele, que acredita também em

pulverização dos compradores dos papéis, diante

do bom momento da bolsa brasileira.

Ainda assim, a avaliação de sindicatos ligados à

empresa é que nada impede que, após a oferta,

investidores se unam para formar um bloco e

negociar um acordo de acionistas com os

controladores.

Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR

está presente em todos os estados, com 27,4%

de participação no mercado. Conta com uma

rede de 7.703 mil postos de gasolina, 95

unidades operacionais e atuação em 99

aeroportos. Em 2018, a empresa faturou R$ 97,8

bilhões, com lucro de R$ 3,2 bilhões.

“A companhia acredita que sua ampla rede de

postos ocupa posição privilegiada no país. Em

termos de número de estabelecimentos, a

companhia é a maior rede de postos em quatro

das cinco regiões do Brasil”, diz a Petrobras, no

prospecto.

“Além disso, a companhia é o distribuidor líder

nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, que têm

apresentado os maiores índices de crescimento

(PIB) do Brasil”, continua. A BR tem como

principais competidores a Raízen, empresa da

Cosan que opera com a marca Shell, e a

Ipiranga, do grupo Ultra.

A avaliação da gestão das empresas é que, sem

controle estatal, a distribuidora ficará mais ágil

para competir.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/petrobras-estima-levantar-ate-r-94-bilhoes-

com-privatizacao-da-br.shtml

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Grupo de Comunicação

Salles, Noruega e Alemanha admitem que

Fundo Amazônia pode acabar

Fabiano Maisonnave

Principais doadores do Fundo Amazônia, Noruega

e Alemanha se reuniram nesta quarta-feira (3)

com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

para discutir o impasse criado a partir da

extinção, pelo governo federal, de comitês

responsáveis pela gestão do fundo.

Apesar do tom de diálogo, tanto Salles quantos

embaixadores admitiram que o impasse pode

levar ao fim do Fundo Amazônia.

Ao ser questionado sobre o risco, Salles

respondeu. “Em teoria, sim. Mas o que nós

estamos falando aqui é de continuidade, diálogo,

com mais afinco, mais dedicação e maior sinergia

entre os diversos envolvidos.”

“Como o ministro disse, teoricamente isso é uma

opção, mas nós trabalhamos para continuar”,

afirmou o Gunneng. Em seguida, o colega alemão

complementou: “Existe essa possibilidade, mas

queremos evitar”.

Em declarações à imprensa após a reunião a

portas fechadas em Brasília, os participantes

disseram que as conversas continuarão durante

as próximas duas semanas, mas nenhum dos

lados quis detalhar quais são os pontos em

negociação.

“Foi uma surpresa para nós a extinção do Cofa

(Comitê Orientador do Fundo Amazônia) e do

comitê técnico, mas o ministro nos assegurou

que o diálogo continua”, disse o embaixador

norueguês, Nils Gunneng, na saída do encontro.

“Temos a oportunidade para chegar a uma

conclusão que é boa para todos nós.”

O novo atrito entre os doadores e o governo

Bolsonaro começou na semana passada, quando

nenhum dos dois conselhos ligados ao Fundo

Amazônia estava entre os conselhos recriados

por decreto presidencial. Com isso, ambos

deixaram de existir.

Em carta conjunta enviada a Salles em 5 de

junho, Noruega e Alemanha haviam defendido o

modelo de governança do Cofa, formado por três

blocos: governo federal, governos estaduais e

sociedade civil, incluindo ONGs, que vêm sendo

sistematicamente criticadas por integrantes do

governo Bolsonaro.

“O importante para nós é que, nessa arquitetura,

a colaboração dos governos estaduais e da

sociedade civil serão mantidas”, afirmou o

embaixador alemão Georg Witschel.

A jornalistas, Salles disse que há “um esforço de

continuidade” do Fundo Amazônia: “Nós

discutimos, mais uma vez, bons parâmetros para

aprimorar a governança do fundo, questões que

eles entendem que podem ser mantidas e

questões que, nós entendemos, podem ser

alteradas.”

O ministro afirmou que, apesar dos comitês

estarem parados, os projetos em andamento

financiados pelo Fundo Amazônia não serão

prejudicados.

Não é a primeira vez que anúncios e mudanças a

respeito do Fundo Amazônia pegaram os

principais doadores de surpresa.

Em maio, Salles disse ter encontrado evidências

de má gestão dos recursos por parte de ONGs e

que promoveria mudanças em comum acordo

com Alemanha e Noruega. Ambas as

representações diplomáticas, no entanto,

disseram que não haviam sido consultadas a

respeito.

O fundo é o maior projeto de cooperação

internacional para preservar a floresta

amazônica. Em dez anos, recebeu US$ 1,3 bilhão

(R$ 5 bilhões) dos dois países em doações —

US$ 1,2 bilhão desse dinheiro veio da Noruega. O

dinheiro, gerido pelo BNDES, é repassado a

estados, municípios, universidades e ONGs.

“A prioridade da Noruega é apoiar o Brasil para

cumprir o Acordo de Paris. Para nós, podemos

fazer isso diminuindo o desmatamento e

apoiando o desenvolvimento sustentável.

Queremos continuar essa cooperação, vamos

fazer a nossa parte para continuar”, afirmou

Gunneng.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/salles-noruega-e-alemanha-admitem-que-

fundo-amazonia-pode-acabar.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Empresários que apoiam

Bolsonaro lançam projeto paralelo de

reforma tributária

Um grupo de empresários decidiu lançar uma

reforma tributária paralela à que está tramitando

no Congresso.

VIA ÚNICA

O Instituto Brasil 200, que reúne empresários

como Flavio Rocha, da Riachuelo, João

Appolinário, da Polishop, e Luciano Hang, da

Havan –todos apoiadores de Jair Bolsonaro–,

decidiu retirar apoio à proposta que já está em

debate para lançar outra –cujo centro é a criação

do imposto único no país.

SALTO

“A proposta que está em discussão é boa, mas

tímida. Achamos que chegou a hora de fazermos

algo revolucionário”, diz Gabriel Kanner, que

preside o movimento.

CEM POR UM

De acordo com ele, 90 tributos no país poderiam

ser substituídos por apenas um, sobre

movimentação financeira, com alíquota de 2,5%.

A carga tributária, diz, seria “infinitamente

menor” do que é hoje.

O general Luiz Eduardo Ramos, que assume

como ministro da Secretaria de Governo da

Presidência da República, repetiu, em mensagem

aos evangélicos, que tem “orado muito para que

Deus me dê a sabedoria de Salomão e a

capacidade de administração de Josué” em sua

nova missão no governo Bolsonaro. Ele vai cuidar

da articulação política.

FORÇA

A fala foi gravada pelo deputado Pastor Marco

Feliciano (Pode-SP) durante cerimônia na quarta

(3) que marcou a passagem do Comando Militar

do Sudeste das mãos de Ramos para o general

Marcos Antonio Amaro dos Santos. Segundo o

parlamentar, Ramos é evangélico e tem apoio

“em massa” desse segmento.

CADEIRA

Marcos Mendonça, ex-presidente da Fundação

Padre Anchieta, será o novo diretor-geral do

Museu da Imagem e do Som de SP.

UNIÃO

A Unesco no Brasil e a Fundação Renova assinam

nesta quinta (4) um projeto de cooperação para

colaborar com a reparação aos danos causados

pelo rompimento da barragem em Mariana (MG).

O projeto visa fortalecer programas em execução

nas áreas impactadas e tem entre as ações

previstas o monitoramento da água do rio Doce.

EM AÇÃO

O empresário Hebert Mota lançou o livro

“Movimento, Logo Existo”, na terça (2), na

Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A atriz

Adriana Alves, a cantora Larissa Luz, e os atores

Jonathan Haagensen

e Daniel Zukerman estiveram lá.

CAIU...

O diretor do Balé da Cidade de SP, Ismael Ivo,

diz que irá acionar a Justiça após uma publicação

da coreógrafa Morena Nascimento em uma rede

social. Morena compartilhou um post de Ivo, no

qual ele entregava uma condecoração ao ministro

Sergio Moro, da Justiça, e o criticou.

... NA REDE

“Ismael Ivo apoiando Sergio Moro?!?!?! Que

equívoco! Que emaranhado! Que contradição,

que jogo torto. Um homem negro, gay, bem-

sucedido, batalhador de sua própria trajetória

agora enterrando ele próprio?”, dizia a

publicação, que já foi apagada.

REDE 2

“Coisa esdrúxula! Parece miragem. Miragem de

um capitão do mato à vista”, dizia outro trecho.

DESCULPA

A coreógrafa afirma que está “profundamente

arrependida” de usar o termo capitão do mato.

“Não sabia a dimensão que tinha, foi um ato de

ingenuidade e ignorância. Sou anti-racista.

Gostaria de fazer um pedido de desculpa público

ao Ismael Ivo e a todas as pessoas negras do

mundo”.

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31

Grupo de Comunicação

TELÃO

O documentário “Era o Hotel Cambridge”, que

conta a história de movimentos por moradia no

centro de SP, terá exibição em homenagem a

Carmen Silva, do MTSC (Movimento dos Sem

Teto do Centro).

DE NOVO

Ela teve mandado de prisão expedido no final de

junho ao lado de outros líderes de movimentos

de sem teto da capital. Segundo seus advogados,

ela já foi absolvida de um processo com as

mesmas denúncias. Dois de seus filhos, Preta e

Sidnei Ferreira estão presos. A detenção

mobilizou personalidades do universo artístico

como Daniela Thomas, Eliane Caffé, Maria Gadú

e Caetano Veloso.

AGENDA

A homenagem foi organizada pelo Arq.Futuro,

plataforma de discussão sobre o futuro das

cidades. A exibição será nesta quinta (4), no

Espaço Itaú de Cinema Augusta.

ELAS...

Um escritório de advocacia em SP conseguiu tirar

o seu registro na OAB-SP usando o gênero

feminino no nome: Sapucaia & Brasil Advogadas

Associadas. “Para nós é uma conquista”, diz

Mônica Sapucaia, uma das sócias da firma

especializada em compliance de gênero.

... POR ELAS

Segundo a advogada, no ano passado outro

escritório tentou inserir “advogados e advogadas

associadas” na nomenclatura, mas a proposta foi

negada com a alegação de que o masculino é o

neutro na língua portuguesa.

NOITE MUSICAL

A cantora Marina Lima apresentou o show “Novas

Famílias” no Teatro Porto Seguro, na terça-feira

(2). As atrizes Denise Stoklos e Karine Carvalho

e o cenógrafo Luís Fronterotta compareceram.

CURTO-CIRCUITO

O Senado inaugura oficialmente nesta quinta (4)

novas estações da Rádio Senado em Belém (PA),

Boa Vista (RR), Aracaju (SE) e Maceió (AL).

Emicida palestra no B2W Marketplace Summit,

em SP, nesta quinta (4).

A peça “A Branqueadora” será apresentada no

Teatro Pequeno Ato, em São Paulo, desta quinta

(4) até domingo (7).

A Escola Britânica de Artes Criativas (Ebac) lança

cursos de audiovisual e computação gráfica com

bate-papo com convidados. Na próxima quinta

(11).

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/empresarios-que-apoiam-

bolsonaro-lancam-projeto-paralelo-de-reforma-

tributaria.shtml

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Grupo de Comunicação

Brasil é o país com maior potencial de

regeneração de florestas tropicais

Phillippe Watanabe

O Brasil é o país que tem a maior oportunidade

para restauração de florestas tropicais no mundo,

segundo análise publicada nesta quarta (3) na

revista Science Advances. A chance de restaurar

mata —e, assim, ajudar no combate às

mudanças climáticas— se concentra na mata

atlântica.

A equipe internacional de especialistas em

florestas tropicais usou bases dados já

disponíveis para criar um mapa-múndi de

oportunidades de restauração. Para isso, levaram

em conta pontos como locais com vegetação

nativa por perto, capacidades de mitigação de

mudanças climáticas e persistência ou não de

desmatamento na área.

Também analisaram o custo de oportunidade, ou

seja, se concentraram em áreas em que a

pressão econômica é menor. “Eu não vou

restaurar onde os produtores ganham muito

dinheiro, como ocorre com a soja no cerrado.

Eles não vão deixar o negócio deles para isso”,

diz Renato Crouzeilles, pesquisador do Instituto

Internacional para Sustentabilidade e um dos

autores do estudo.

O desmatamento foi outro ponto a ser levado em

conta na análise da viabilidade da regeneração.

No ranking dos países que unem maiores níveis

de biodiversidade (hotspots) e de possibilidade

de restauração, o Brasil lidera seguido por

Indonésia, Índia, Madagascar e Colômbia.

Segundo o pesquisador, a restauração do bioma

pode ser uma nova oportunidade de

investimentos externos no Brasil. A ONU declarou

o período entre 2021 e 2030 como a Década das

Nações Unidas sobre Restauração de

Ecossistemas.

Em 2011, a Alemanha —um dos doadores do

Fundo Amazônia— e a União Internacional para

Conservação da Natureza lançaram o Desafio de

Bonn, que tem a intenção de restaurar 150

milhões de hectares de florestas até 2020 e 350

milhões até 2030.

A estimativa é que a recuperação das áreas até

2030 possa gerar cerca de US$ 170 bilhões de

dólares (R$ 646 bilhões) por ano, levando em

conta proteção de águas, aumento de colheitas e

produtos florestais. Além disso, tal regeneração

tem potencial de sequestrar 1,7 gigatoneladas de

carbono da atmosfera, provocando impactos

positivas na luta contra as mudanças climáticas.

O Brasil aderiu, em 2016, ao Desafio de Bonn e

se comprometeu a restaurar 12 milhões de

hectares até 2030.

E a Amazônia não entra nessa conta?

O problema da floresta amazônica é que o

desmatamento nela ainda é crescente —os

últimos dados consolidados oficiais, referentes ao

período de 2017 a 2018, mostram a maior taxa

de desmate da década. Ou seja, trata-se de local

com grande interesse econômico associado, o

que poderia aumentar o custo de regeneração.

Enquanto isso, a mata atlântica já passou por um

histórico e elevado processo de desmatamento.

Atualmente, porém, a floresta, que fica bem

próxima dos principais centros econômicos e

populacionais do país, atingiu o menor nível de

destruição desde o início dos registros.

“A mata atlântica hoje tem extensas áreas de

pecuária extremamente improdutivas. Então a

oportunidade da restauração começar ali é maior

do que na Amazônia”, diz Crouzeilles.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/brasil-e-o-pais-com-maior-potencial-de-

regeneracao-de-florestas-tropicais.shtml

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33

Grupo de Comunicação

Índices de desmatamento na Amazônia são

manipulados, diz ministro Augusto Heleno

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança

Institucional (GSI), o general da reserva Augusto

Heleno, afirmou que os índices de desmatamento

na Amazônia são "manipulados", ao ser

questionado sobre a crescente preocupação

internacional sobre a política ambiental do

governo de Jair Bolsonaro,

"A Amazônia é brasileira e quem tem que cuidar

dela somos nós. Esses índices de desmatamento

são manipulados. Se você somar os porcentuais

que já anunciaram até hoje de desmatamento na

Amazônia, a Amazônia já seria um deserto. No

entanto, nós temos muito mais da metade da

Amazônia intocada. E os países que nos querem

cobrar o comportamento que eles acham correto

nunca seguiram esse comportamento. O maior

preservador de ambiente do mundo é o Brasil",

disse Heleno à BBC News Brasil em entrevista

por telefone.

O general da reserva não comentou

especificamente a divulgação dos novos dados do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),

observa e monitora por meio de imagens a

derrubada da floresta. Segundo o órgão divulgou

nesta semana, o desmatamento na Amazônia

cresceu, em junho deste ano, quase 60% em

relação ao mesmo mês de 2018 - de 488,4 km²

para 762,3 km² de mata nativa, o equivalente a

duas vezes a área de Belo Horizonte. Esses

números foram divulgados logo após a conclusão

da entrevista.

No acumulado de 2019, foram derrubados

2.273,6 km² de floresta, o pior registro desde

2016.

Nesta quarta-feira (3/7), a reportagem voltou a

questionar Heleno sobre suas críticas aos índices

de desmatamento e perguntou se ele também se

referia aos resultados do Inpe. "Esses dados

sobre desmatamento merecem certa reserva.

Essa pergunta deve ser feita ao Ministério do

Meio Ambiente."

Procurado pela BBC News Brasil, o Inpe ainda

não respondeu aos questionamentos até a

publicação desta reportagem.

Na semana passada, durante sessão no

Parlamento alemão, a chanceler do país, Angela

Merkel, disse que via "com grande preocupação a

questão da atuação do novo presidente brasileiro

(em relação ao meio ambiente)".

Bolsonaro rebateu Merkel e afirmou, dias depois,

durante a reunião do G20, o grupo das 20

maiores economias do mundo, que o Brasil não

"aceitará" tratamento que, segundo ele,

presidentes anteriores receberam de líderes de

países desenvolvidos.

Durante a entrevista à BBC News Brasil, Heleno

também falou sobre a relação com o presidente,

a participação dos militares na política atual e a

recente prisão do sargento da Aeronáutica por

transportar 39 kg de cocaína no avião da

comitiva presidencial. Mas se esquivou de

comentar o atrito com um dos filhos do

presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-

RJ), que disse que os homens da GSI "estão

subordinados a algo em que não acredito".

Leia abaixo os principais trechos da entrevista

BBC News Brasil: Há preocupação e críticas

internacionais sobre a proposta de explorar a

Amazônia brasileira de forma econômica. Estudos

mostram que a Amazônia já tem um

desmatamento altíssimo. Não é arriscado

explorá-la?

General Augusto Heleno: A Amazônia é brasileira

e quem tem que cuidar da Amazônia somos nós.

Esses índices de desmatamento da Amazônia são

manipulados. Se você for somar os percentuais

que já anunciaram até hoje de desmatamento da

Amazônia, a Amazônia já seria um deserto. No

entanto, nós temos muito mais da metade da

Amazônia intocada. E os países que nos querem

cobrar o comportamento que eles acham correto

nunca seguiram esse comportamento. O maior

preservador de ambiente do mundo é o Brasil.

BBC News Brasil: Recentemente, generais

deixaram o governo, como no caso de Carlos

Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).

O sr. não acha que as Forças Armadas podem

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ficar desprestigiadas com demissão de generais,

por exemplo?

Heleno: Primeiro, todo mundo pensa que existe

no Palácio, e volta e meia falam sobre isso...

BBC News Brasil: Uma ala militar e outra ala

civil, palaciana, no governo.

Heleno: Isso não existe. Jamais houve uma

reunião desta ala militar para decidir qualquer

coisa. Nós todos somos amigos, amigos de 40

anos, mas nunca houve uma reunião para decidir

alguma coisa em nome ou para fazer a vontade

desta área militar, de uma posição desta ala

militar. Jamais aconteceu isso. Nós vivemos cada

um no seu canto, não vou dizer que é

isoladamente porque nós conversamos com

todos os ministros.

Não existe esse preconceito, área militar e área

civil. Não tem nada disso. As reuniões

ministeriais são absolutamente homogêneas. Não

há nenhum privilégio para os militares e em

nenhum momento as Forças Armadas encararam

os generais que estão no primeiro ou até no

segundo escalão da Presidência da República

como sendo representantes das Forças Armadas.

Não. Nós somos militares, essa foi nossa

profissão a vida inteira. Mas nós não

representamos as Forças Armadas.

Também não houve nenhum desgaste com estas

demissões que você comentou porque, por

exemplo, o general Santos Cruz, o próprio

presidente e ele disseram 'olha, o casamento se

desfez' e são amigos, muito amigos. Eles sempre

foram muito chegados porque tiveram contato a

vida inteira, contato muito próximo. Foram da

equipe militar (...) de Exército juntos e depois

fizeram escola de aperfeiçoamento militar juntos.

A esposa do Santos Cruz dava carona para os

filhos da dona Rogéria, que na época era esposa

do Bolsonaro. Então, eles eram muito próximos.

BBC News Brasil: Mas quando saiu, o general

Santos Cruz fez críticas, dizendo que tem muita

fumaça, trapalhada...

Heleno: Mas não são críticas pessoais. São

críticas funcionais. Ele se referiu funcionalmente

ao que acontecia na Presidência da República,

que ele dizia: "olha, acho que isso deve melhorar

e tal". Mas não era nada ofensivo. Foi perguntado

e colocou o que ele pensa. Mas nada que cause

problema em lugar nenhum.

BBC News Brasil: O sr. não teme que as Forças

Armadas se politizem? Porque muito se fala de

'bolsonorização' das baixas patentes.

Heleno: Depois que terminou o que chamam de

regime militar, as Forças Armadas que foram

educadas por aqueles que viveram intensamente

o regime militar, elas foram despolitizadas e se

convenceram que não tem que se meter em

política.

BBC News Brasil: E agora não estaria de alguma

maneira se metendo?

Heleno: Não, continua do mesmo jeito. As Forças

Armadas votaram todo o tempo. Então,

obviamente, tinham seus preferidos eleitorais. O

Bolsonaro, obviamente, tinha, tem como um dos

seus redutos de voto as Forças Armadas, as

forças policiais, as forças de segurança. Até pela

identidade de ele ter sido militar, de ele defender

em toda a sua carreira politica, ele sempre

defendeu os policiais civis, militares, Polícia

Rodoviária Federal, Polícia Federal sempre

estiveram próximos a ele. Então, ele tem uma

proximidade com essa faixa de profissional, com

os profissionais dessa área de segurança, seja

pública, nacional. Mas isso não significa uma

politização das Forças Armadas como instituição.

BBC News Brasil: Como o sr. avalia esse caso do

segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues

flagrado com 39 kg de cocaína no avião da Força

Aérea Brasileira na Espanha. O sr. disse que foi

mal interpretado quando disse que foi "falta de

sorte".

Heleno: Eu não falei isso. Em nenhum momento

eu coloquei para o sargento sorte ou azar. Eu

coloquei o seguinte. Por falta de sorte, esta

história da cocaína transportada no avião da

Força Aérea Brasileira aconteceu no mesmo dia.

O fato, por falta de sorte não dele, aconteceu

quando estava começando o G20. Então, uma

boa parte das manchetes que poderiam ter sido

ocupadas pelas preocupações com o G20, pelas

perspectivas que o Brasil tinha em relação ao

G20, pelas ligações, pelas audiências bilaterais

que teríamos, uma boa parte do espaço

disponível na imprensa foi usado para falar

daquilo ali. Mas não tem nada a ver com azar ou

sorte. Eu jamais comentei: 'ah, o sargento deu

azar'. O sargento não deu azar, o sargento é um

marginal, um sujeito que cometeu um crime de

lesa pátria.

BBC News Brasil: O sr. acha que ele pode ter

agido sozinho? Ou contou com apoio? Por que e

como ele conseguiu entrar com 39 kg de cocaína

em um avião oficial?

Heleno: Até nós nos perguntamos isso. Isso aí é

claro que ele se valeu talvez do tempo que ele

estava nesta atividade, era um sujeito conhecido

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por todo mundo e que era um militar de conduta

ilibada. É óbvio que vão afrouxando um pouco as

medidas de segurança. Neste caso, não era o

Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que

tinha responsabilidade sobre a entrada de malas,

de bagagens neste avião.

Mas eu entendo que essa continuidade neste tipo

de função, sem nunca ter acontecido nada, vai

dando uma maior circulação para o individuo. E

ele estava numa equipe que chega muito antes

que o restante, que recebe as refeições, água,

gelo, e então ele entra e sai do avião (da viagem

precursora presidencial) com muita frequência.

Mas tudo isso vai ser esclarecido num inquérito

policial militar que vai analisar. Não adianta a

gente ficar fazendo suposições. Não estou

escrevendo um livro de mistério. Tem que

esperar a investigação.

BBC News Brasil: Um filho do presidente, o

vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), fez criticas à

atuação do Gabinete de Segurança Institucional

ao comentar este caso (Carlos Bolsonaro

respondeu a uma postagem na internet sobre a

prisão dizendo que os homens da GSI "estão

subordinados a algo em que não acredito").

Como o sr. viu esse tuíte do vereador?

Heleno: Não vi.

BBC News Brasil: Foi noticiado na imprensa

brasileira. Se quiser, posso ler para o sr. O sr.

quer?

Heleno: Não, não. Estou dizendo que não vi

porque não vi.

BBC News Brasil: O sr. quer dizer que não quer

comentar.

Heleno: É, não vou comentar.

BBC News Brasil: Mas a sua pasta não está ligada

a esta área da segurança?

Heleno: Claro que a segurança do avião do

presidente e do vice-presidente é do GSI, mas eu

prefiro não ver estes comentários.

BBC News Brasil: O sr. acha que este foi um caso

isolado?

Heleno: Totalmente.

BBC News Brasil: Mas isso não mancha a imagem

das Forças Armadas?

Heleno: Você não pode incluir Forças Armadas

nisso aí. É a mesma coisa que você pegar um

advogado desonesto e, de repente, dizer que a

advocacia é uma profissão desonesta. Não é isso.

Os casos são tão isolados, tão raros que nós até

achamos que a nossa seleção e os valores que

colocamos nos caras são muito bons. Os casos

são muito raros e dificilmente com esse volume.

Porque realmente 39 kg de cocaína é um volume

considerável. Então, não nos preocupa que isso

tenha se multiplicado ou algo assim. Agora, é

óbvio vai ter que ser apurado, como ele

conseguiu colocar lá dentro. Se ele tem mais

alguém que trabalhe junto com ele. Quem ia

receber isso lá. São perguntas óbvias num

contexto desse inquérito policial militar.

BBC News Brasil: O sr. e o presidente Jair

Bolsonaro são amigos há mais de 30 anos. Como

o sr. definiria o seu papel como conselheiro do

presidente?

Heleno: Eu não me atribuo essa missão. Eu acho

que essa missão surgiu porque eu comecei a

conversar com ele desde o início da campanha,

quando ele decidiu ser candidato. Eu morava

perto dele na Barra e volta e meia nós íamos

almoçar juntos. Trabalhei na campanha dele e

ele sabia da minha torcida para que desse certo.

Então, a minha aproximação dele foi crescendo e

até pela minha idade, pelos meus cabelos

brancos eu passei a ser aquele em quem ele

tinha maior confiança para discutir determinados

assuntos. Mas não quer dizer que eu seja

conselheiro. Muita coisa que eu digo ele não faz.

Até pela personalidade dele, ele tem uma

personalidade muito forte.

BBC News Brasil: Por exemplo?

Heleno: Ah, várias coisas. A gente tem uma

reunião matinal, com cerca de oito assessores, e

ali se conversa muita coisa. E eu muita coisa

digo: 'Presidente, acho que não deveria ser

assim". E às vezes ele brinca: 'ah, o senhor

entende de estratégia, mas de política o senhor

não entende'. Ele falou isso para o Paulo Guedes:

'Olha, você entende de economia, de política

entendo eu". E a gente tem que reconhecer que

ele é um fenômeno politico. Tudo o que ele

enfrentou para ser vitorioso, ele é um fenômeno

político. Como foi um fenômeno politico, o senhor

Luiz Inácio (Lula), que se apagou tristemente.

BBC News Brasil: O sr. participou das

manifestação a favor do ministro da Justiça e

Segurança Pública, Sergio Moro, no último

domingo (30/6). O sr. não acredita que as

recentes revelações veiculadas pelo site The

Intercept Brasil possam enfraquecê-lo?

Heleno: Não acho não. Acho que ele saiu mais

fortalecido porque as conversas que ele teve com

o Dallagnol (Deltan Dallagnol, coordenador da

força-tarefa da Lava Jato em Curitiba) foram

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totalmente voltadas para a profissão dele e não

teve nenhum partidarismo ali. Foram conversas

perfeitamente viáveis entre um procurador e o

juiz. Tanto que vários membros do Judiciário já

os defenderam. E várias vezes já apareceram

contatos de membros da mais alta corte do país

com advogados de partes. Isso aí é porque é o

Moro e o Bolsonaro.

BBC News Brasil: O que o sr. quer dizer? Uma

oposição definida seja o que eles fizerem?

Heleno: Explico que há por parte de muitos

políticos, que estão envolvidos até o pescoço, a

disposição de defender ardentemente a volta da

situação anterior, porque é a única chance de

eles se salvarem. Se o país resolver consertar,

eles sabem que vão parar aí numa das alas aí da

Papuda, de Gericinó (Complexos Penitenciários).

Então, é óbvio que eles vão tentar de todas as

maneiras, com todos os cinismos, com todas as

falsidades, tentar voltar ao que era, dizendo que

era o grande projeto de governo, que o Brasil ia

ser a grande potência do mundo.

Isso está claramente demonstrado que era um

projeto de poder, que era desprezível, que o

Brasil entrava em último lugar nessa história. Era

um projeto pessoal, ideológico, e esse retorno, se

Deus quiser, isso não pode voltar a acontecer.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/indices-de-desmatamento-na-amazonia-sao-

manipulados-diz-ministro-augusto-heleno.shtml

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Desmatamento da Amazônia em junho é

57% maior do que no mesmo mês de 2018

Dados do Deter, sistema de alertas do Inpe,

apontam desmate 769 quilômetros quadrados

O desmatamento na Amazônia no mês de junho

foi cerca de 57% maior do que no mesmo mês

do ano passado, segundo dados do Deter,

sistema de alertas de desmatamento do Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Os dados do mês passado, por enquanto, só vão

até o dia 28 —o que pode ainda causar

alterações no crescimento da taxa de desmate.

No mês de junho, foram desmatados cerca de

769 km², segundo o Deter. Em 2018, o valor era

de aproximadamente 488 km².

As taxas apontadas pelo Deter, contudo, são

diferentes do nível de desmatamento consolidado

publicado anualmente através do Prodes,

também do Inpe.

“O Deter é um dado oficial que pega o pulso do

desmatamento mensal”, afirma Carlos Souza, da

ONG Imazon. Ele explica que, no caso do Prodes,

após o calendário do ano de desmatamento

levado em consideração —de agosto a julho— ser

fechado, as melhores imagens de satélite, com

menor interferência de nuvens, são selecionadas

e analisadas para se obter dados mais precisos.

Segundo análise ainda em processo dos dados do

Deter pela Imazon, de agosto do ano passado até

junho deste ano, houve um aumento de

desmatamento de cerca de 8%, quando

comparado ao mesmo período anterior.

O desmate na Amazônia vem apresentando

tendência de crescimento desde 2012, ano no

qual alcançou seu menor valor histórico.

No ano passado (considerando o período entre

2017 e 2018), a destruição da Amazônia atingiu

o maior patamar da última década, com 7.900

km² de floresta derrubados. O valor representou

crescimento de cerca de 14% em relação ao

período anterior (2016-2017).

Souza afirma que é alta a probabilidade de

aumento no desmatamento em relação ao

período anterior.

As taxas consolidadas de desmate costumam ser

divulgadas pelo Inpe próximo ao fim do ano.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/desmatamento-da-amazonia-em-junho-e-57-

maior-do-que-no-mesmo-mes-de-2018.shtml

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ESTADÃO BR Distribuidora: oferta de ações detidas

pela Petrobrás pode ultrapassar R$ 9 bi

- Geral - Estadão

Luana Pavani, O Estado de S.Paulo

Saiu nesta quarta-feira, 3, o aviso ao mercado da

oferta de ações da BR Distribuidora, na qual a

vendedora é a Petrobrás. Neste follow on (oferta

subsequente), será colocada de 25% a 33,75%

da participação detida pela estatal brasileira na

distribuidora de combustíveis.

A quantidade inicial de ações na oferta, que

ocorre no Brasil e com esforços no exterior, é de

291.250.000 ações ordinárias, com opção de lote

adicional de 20% e suplementar de 15%. Se

exercidos totalmente, ao preço do fechamento da

ação no pregão de terça, R$ 23,60, a operação

pode movimentar cerca de R$ 9,27 bilhões.

Pessoas físicas podem participar no âmbito da

oferta de varejo, com no mínimo 10% e, a

critério dos coordenadores da oferta e do

acionista vendedor, no máximo, 20% do total

das ações, com pedidos de investimento de R$ 1

mil (mínimo) até R$ 1 milhão (máximo). O

período de reserva começa dia 10 e se encerra

em 22/07. No dia seguinte, 23, o preço da ação

será definido, com o fechamento do

procedimento de coleta de intenções de

investimento, o bookbuilding, iniciado nesta

quarta-feira.

A previsão de obter o registro da oferta pela

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é no dia

24 de julho, seguido pelo início das negociações

das ações da oferta na B3 no 25/07 e a

liquidação, dia 26.

Os bancos coordenadores são JPMorgan (líder),

Citi, BofA Merrill Lynch, Credit Suisse, Itaú BBA e

Santander.

https://www.estadao.com.br/noticias/geral,br-

distribuidora-oferta-de-acoes-detidas-pela-

petrobras-pode-ultrapassar-r-9-bi,70002904415

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O que mudou com a nova resolução do

Renovabio

Vitoria Carone Bellodi*

A Política Nacional de Biocombustíveis

(Renovabio) visa reconhecer o papel estratégico

de todos os tipos de biocombustíveis na matriz

energética do país, principalmente quanto à

segurança energética e redução de emissões de

gases causadores do efeito estufa. Dentre os

principais pontos trazidos pela lei, destaca-se o

estabelecimento de metas compulsórias anuais

de redução de emissões dos gases acima para os

distribuidores de combustíveis, as quais serão

desdobradas, para cada ano corrente, em metas

individuais determinadas proporcionalmente à

respectiva participação de mercado na

comercialização de combustíveis fósseis atingida

no ano anterior.

Os termos da Resolução n.º 791, de 12 de junho

de 2019, trata de critérios da individualização

das metas de descarbonização para os

distribuidores de combustíveis no âmbito do

Renovabio. Trata-se da segunda resolução sobre

o Renovabio publicada pela ANP, concluindo

assim a regulação atribuída à Agência pelo

Decreto n.º 9.308/2018. A referida resolução

dispõe que as distribuidoras de gasolina comum e

premium tipo C, e de óleo diesel B e BX, que

levam biocombustíveis em sua composição, que

não cumprirem metas individuais de redução de

emissão de gases do efeito estufa terão seus

nomes expostos publicamente pela Agência

Nacional do Petróleo (ANP). O percentual de

atendimento de cada empresa às metas anuais

especificadas pela agência, assim como eventuais

sanções administrativas e multas aplicadas a

elas, serão divulgados na internet.

As metas individuais serão medidas por unidades

de Crédito de Descarbonização (CBIOs), que será

feito proporcionalmente à emissão de gases de

efeito estufa dos combustíveis fosseis

comercializados pelo distribuidor no ano anterior.

A multa a ser aplicada pela ANP às distribuidoras

de combustíveis em caso de descumprimento da

meta representará o valor correspondente às

unidades de CBIOs que faltaram para o

atingimento da meta – desde que não ultrapasse

o valor máximo de R$ 50 milhões. Mas caso a

vantagem financeira da distribuidora ao não

comprar os CBIOs seja maior do que o valor da

multa máxima a ser aplicada, aí a ANP poderá

suspender as atividades do distribuidor.

Uma das variáveis usadas será o volume total de

combustíveis comercializado pelas distribuidoras.

Porém, se a empresa vender combustível fóssil

que não tenha substituto entre os

biocombustíveis “em escala comercial”, esse

volume não entra no cálculo. O mesmo vale para

os combustíveis exportados e para aqueles

vendidos a outro distribuidor. A primeira norma

publicada pela ANP foi a Resolução nº 758, de 23

de novembro de 2018, que tratou da certificação

da produção e importação eficientes de

biocombustíveis e do credenciamento de firmas

inspetoras. Como resultado, já existem quatro

firmas inspetoras credenciadas e outras em

processo de credenciamento, bem como

produtores em processo de certificação.

Importante mencionar que, a despeito de seu

caráter voluntário, o Certificado da Produção

Eficiente de Biocombustíveis pode se mostrar

importante mecanismo de competitividade,

principalmente porque atesta para o

compromisso das empresas pela busca de fontes

sustentáveis de energia e redução dos impactos

de sua produção no meio ambiente, os quais são,

na atualidade, fortes instrumentos de destaque

no mercado de consumo.

*Vitoria Carone Bellodi, advogada da Área

Consultiva do escritório Bueno, Mesquita e

Advogados, e pós-graduanda em Direito

Empresarial (LLC) pelo Insper

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/o-que-mudou-com-a-nova-resolucao-do-

renovabio/

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Infração ambiental não pode ser usada

como barreira, diz ministra

- Economia - Estadão

Os europeus não poderão dificultar a entrada de

produtos brasileiros sob o argumento de que o

País está infringindo regras ambientais, afirmou

nesta quarta-feira, 3, o Ministério da Agricultura.

Segundo a pasta, o acordo negociado entre

Mercosul e União Europeia (UE) na semana

passada estabelece que será necessário provar

que um dano foi causado ao meio ambiente do

bloco europeu para que uma barreira seja

levantada.

A pasta foi instada a detalhar de que forma o

chamado “princípio da precaução” foi colocado no

texto do tratado. O mecanismo, usado pelos

europeus em outros acordos comerciais, permite

que o bloco crie empecilhos à importação de um

produto sob o argumento de que ele pode causar

dano à saúde - sem apresentar necessariamente

comprovação científica disso.

Segundo o embaixador Orlando Ribeiro,

secretário de comércio e relações internacionais

do Ministério da Agricultura, o princípio de

precaução consta no texto final, mas uma série

de condições foram incluídas no acordo para

impedir que o mecanismo seja usado de forma

indiscriminada pelos europeus.

O mecanismo foi excluído do capítulo que trata

das questões sanitárias e fitossanitárias e está

previsto no de desenvolvimento sustentável. Com

isso, o princípio só poderá ser usado quando

houver comprovação de dano ao meio ambiente

e à saúde ocupacional em solo europeu, disse o

governo. Não será possível argumentar, por

exemplo, que o Brasil está desmatando mais do

que deveria para impor uma barreira, disse o

secretário.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina,

ponderou que, apesar das travas incluídas no

texto, o governo brasileiro precisará ficar

vigilante. “Colocamos várias garantias para que

isso (princípio de precaução) não fosse usado

politicamente, mas é claro que pode ter impacto,

sim”.

Segundo ela, na prática, não “muda nada” para

os produtores brasileiros, que já têm de seguir as

restrições da legislação ao agronegócio. “Onde a

produção está, ela tem de estar legalizada, em

propriedades que estejam dentro do nosso

Código Florestal”, afirmou a ministra.

Tereza Cristina disse que o aumento de 88% no

desmatamento na Amazônia Legal registrado em

junho frente ao mesmo mês do ano anterior é

“um número muito significativo” e a pasta está

fazendo uma análise, levantando a possibilidade

de haver distorções nas imagens de satélite

devido a menor quantidade de nuvens no

período. Os dados foram inseridos no sistema

Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe). / R.A. e J.L.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,i

nfracao-ambiental-nao-pode-ser-usada-como-

barreira-diz-ministra,70002903779

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Abegás tenta limitar domínio da Petrobrás

no mercado de gás natural

- Economia - Estadão

Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo

RIO - Porta-voz das distribuidoras de gás natural,

a Abegás entrou com um inquérito administrativo

no Conselho Administrativo de Defesa Econômica

(Cade), na segunda-feira, para limitar

definitivamente o domínio da Petrobrás nesse

mercado. A estatal, hoje, é a principal

vendedora, compradora e transportadora do

combustível. Por isso, a meta é obrigá-la a

recuar. A crença é que só assim haverá

competição e o preço vai cair.

Por conta própria, a Petrobrás tem demonstrado

intenção de vender ativos. Mas a visão da Abegás

é que apenas essa medida não será suficiente

para garantir a livre concorrência. A entidade

defende medidas ainda mais restritivas, como a

revisão de contratos de venda do gás e a adoção

de uma fórmula de preços que deve valer para

todos os compradores. A ideia é separa o valor

da molécula (do produto em si) do custo do

serviço de entrega desse gás.

As distribuidoras querem também que a

Petrobrás divulgue os contratos firmados com

seus clientes, para que sejam acompanhados

pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelos

demais agentes do setor, com os quais vai

disputar fatias de mercado ou fornecerá o gás.

Elas pedem também que a Petrobrás admita que,

nos últimos cinco anos, se posicionou para

impedir a concorrência. Por isso, argumentam,

deveria ser penalizada com o pagamento de

multa.

Termo do gás

O Cade avalia a presença dominante da estatal

no mercado de gás e, nos próximos dias, deve

firmar com ela um termo de compromisso de

cessação (TCC). Assim como no refino, o

esperado é que a companhia petroleira se

comprometa a vender ativos, como as

participações que mantém em 19 distribuidoras

estaduais de gás, por meio da sua subsidiária

Gaspetro, além da infraestrutura de apoio

logístico, como unidades de processamento do

gás natural (UPGN).

A visão da Abegás é que o Cade precisa ir além e

exigir “medidas comportamentais” para “impedir

que a Petrobrás continue controlando a oferta e

preços de gás natural no mercado brasileiro”,

segundo o inquérito. Outra preocupação é que,

com a venda dos ativos da petroleira, o domínio

do mercado seja apenas transferido da estatal

para um agente privado.

Procurada, a Abegás diz que seu posicionamento

está no inquérito. A Petrobrás não comentou o

tema.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a

begas-tenta-limitar-dominio-da-petrobras-no-

mercado-de-gas-natural,70002903727

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Os números que não mentem

- Política - Estadão

William Waack, O Estado de S. Paulo

Números e narrativas não necessariamente

coincidem e o Brasil é vítima de uma delas, com

relevante repercussão internacional, sobretudo

diante do anunciado acordo de livre-comércio

entre União Europeia e Mercosul.

Exemplo clássico de números absolutos que não

conseguem “narrar” corretamente uma situação

é o da criminalidade. No Atlas da Violência do

Ipea, verifica-se que São Paulo, com 4.631

mortos, figura entre os primeiros na lista de

homicídios de 2017. Com menos da metade

desse número – 2.203 casos – o Rio Grande do

Norte está “confortavelmente” lá no meio da

lista. Mas, em termos relativos, o Rio Grande do

Norte apresentou uma taxa de 62 mortos

(arredondando) por 100 mil habitantes em 2017.

A mesma taxa para São Paulo era de 10,

brutalmente inferior à do Rio Grande do Norte.

Vamos agora a um dos pontos nevrálgicos da

discussão que o governo brasileiro terá de

enfrentar ao tentar convencer europeus –

governos e, especialmente, consumidores de

produtos agrícolas brasileiros – de que o País

atende aos padrões internacionais para o

emprego de agrotóxicos. A narrativa consolidada

é a de que o Brasil é o campeão mundial de uso

de agrotóxicos, e o número absoluto não mente.

Agrotóxicos são commodities, cotadas em

dólares, e o valor do consumo brasileiro é o

maior do mundo (indicando, portanto, a

quantidade de toneladas compradas).

Mas, considerados em relação à área cultivada,

ao tamanho da produção e à média de

produtividade em função do uso desses

agrotóxicos (um cálculo que leva em conta o

consumo em dólares de pesticidas em relação à

produtividade média por hectare de agricultura),

os números da FAO, a agência da ONU para

alimentação e agricultura, colocam o Brasil em

situação incomparavelmente mais confortável do

que potências europeias como França, Alemanha,

Itália e Reino Unido (para curiosidade, os

grandes vilões nessa comparação são Japão e

Coreia).

Em outras palavras, é o Brasil que deveria acusar

e não ser acusado de abusar do uso de

agrotóxicos. Mas o País está acuado no debate

internacional e não foi capaz ainda de encontrar

uma fórmula para provar que os números que

não mentem e contam como são os fatos

relevantes deveriam favorecê-lo nas negociações

duríssimas, com intrincados interesses cruzados

(objetivamente, ambientalistas e protecionistas,

por exemplo), que estão apenas começando.

Nessa questão específica, a do uso de

agrotóxicos, sucessivos governos brasileiros

perderam a batalha de comunicação doméstica

também. Projeto de lei tramitando no Congresso

para atualizar normas legais e permitir acesso a

agrotóxicos mais modernos (menos tóxicos e

venenosos, e que podem ser aplicados em

dosagem menor) virou “PL do veneno”. O debate

já se afastou dos argumentos científicos,

suplantados pelo berreiro ideologizado.

De fato, o Brasil tem exemplos a dar para o

mundo em energia renovável, biocombustíveis,

aumento da produtividade na agropecuária e é

uma formidável potência produtora de alimentos

– sem, para isso, ter aumentada a área

cultivada. Mas não é esta sua imagem externa,

uma situação apenas em parte criada por grupos

organizados vinculados ou não a interesses

governamentais estrangeiros e comerciais.

Diante das avenidas que podem se abrir com o

acordo entre Mercosul e União Europeia, o

governo brasileiro está diante da urgente

necessidade de desenhar uma estratégia que o

tire da atual postura defensiva.

Proferir frases contundentes em reuniões

internacionais de cúpula, como o G-20, energiza

e mobiliza o público cativo interno. Mas é pouco.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,os-

numeros-que-nao-mentem,70002903810

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Desmatamento da Amazônia aumenta 15%,

com 4.565 km² de área devastada

- Sustentabilidade - Estadão

André Borges, O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O desmatamento na região

amazônica atingiu, entre agosto de 2018 e junho

deste ano, uma área total de 4.565 km². A área

devastada é 15% superior ao volume verificado

nos doze meses anteriores. Entre agosto de 2017

e junho de 2018, 3.975 km² de mata foram

perdidas na Amazônia Legal.

As informações são do Sistema de Detecção do

Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo

Real (Deter). Trata-se de uma ferramenta do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),

órgão federal, usada para fiscalizar ações de

desmatamento.

Entre ambientalistas, há apreensão quanto ao

volume de devastação neste mês. Julho é

marcado por um forte aumento de

desmatamento na região.

Os dados do Deter ainda serão consolidados pelo

balanço anual do governo, que fecha no fim

deste mês, por meio de outro sistema, o Prodes,

que filtra os dados e possíveis distorções

causadas por nuvens, que podem prejudicar a

apuração mais precisa das áreas atingidas.

Pontos críticos

O município de Altamira, no Pará, onde foi

erguida a hidrelétrica de Belo Monte, segue no

topo dos locais mais desmatados da Amazônia,

com 234 km² de floresta perdida entre agosto do

ano passado e junho de 2019.

A Floresta Nacional do Jamanxim, unidade de

conservação que também fica no Pará, continua

a ser o principal alvo do crime organizado que

devasta a Amazônia em busca de madeira e

grilagem de terras. Foram perdidos 85 km² de

mata nativa no mesmo intervalo.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,desmatamento-da-amazonia-aumenta-15-

com-4565-km-de-area-devastada,70002903682

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Grupo de Comunicação

Alemanha retém doação de R$ 151 milhões

para Fundo Amazônia

- Sustentabilidade - Estadão

BRASÍLIA - O governo da Alemanha decidiu reter

uma nova doação de 35 milhões de euros, o

equivalente a mais de R$ 151 milhões para o

Fundo Amazônia. O país já repassou R$ 193

milhões para o programa.

A decisão de segurar o novo aporte, conforme

apurou o Estado, está relacionada às incertezas

que rondam o futuro do programa. A doação será

retida enquanto o governo Bolsonaro não

anunciar, claramente, o que pretende fazer com

o principal programa de combate ao

desmatamento do País.

Na tarde desta quarta-feira, 03, o ministro do

Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve reunido

com embaixador da Alemanha, Georg Witschel, e

o embaixador da Noruega, Nils Martin Gunneng.

Na conversa, que durou 45 minutos, trataram de

temas gerais do fundo.

Salles se comprometeu a entregar, no dia 15 de

julho, uma minuta de decreto com os detalhes do

que pretende alterar na gestão do fundo.

Assuntos como o uso dos recursos do fundo para

bancar indenizações fundiárias na Amazônia, que

hoje é proibida pelo programa, ficaram de fora

da conversa.

A reportagem apurou que o encontro teve um

clima amigável. Os países sinalizaram o interesse

de continuar a colaborar com o programa, mas

não assumiram nenhum compromisso e vão

aguardar o que, na prática, o governo pretende

fazer.

Questionado por jornalistas após o encontro,

Salles admitiu até a possibilidade de extinguir o

Fundo Amazônia. “Em teoria, sim”, disse. Mas

afirmou que a expectativa é de manter o diálogo

com os europeus.

A Noruega, que já colocou R$ 3,186 bilhões no

programa brasileiro, que é administrado pelo

BNDES, responde por 94% do montante de R$

3,396 bilhões recebidos. Os noruegueses

também sinalizam interesse de continuar no

programa, mas declararam que isso ocorrerá

“desde que esses ajustes contribuam para

reduzir o desmatamento e promover o

desenvolvimento sustentável na região

amazônica.”

Durante viagem ao G-20, o presidente Jair

Bolsonaro reagiu a declarações dos governos da

Alemanha e França sobre questões de

desmatamento na Amazônia, o que causou mal-

estar e lançou dúvidas sobre a continuidade do

programa. Acordos comerciais entre a União

Europeia e o Mercosul, no entanto, passaram a

ser vistos como uma nova plataforma para

negociações e exigências sobre acordos

ambientais.

As intenções do governo de mudar as regras do

fundo sem um acordo prévio dos dois países foi

mal recebida por seus representantes. O Brasil

tem independência para escolher os programas

que serão apoiados pelos recursos. Essas

iniciativas, porém, são monitoradas pelos

doadores, assim como as taxas de

desmatamento do País. O compromisso é que o

Brasil apresente um desmatamento anual inferior

à taxa de 8.143 km² por ano na região, para ter

acesso aos recursos. Se superar essa marca, fica

impedido de utilizá-los.

A gestão do Fundo Amazônia virou foco de uma

crise, depois que Ricardo Salles declarou ter

encontrado "fragilidades na governança e

implementação" dos projetos do fundo em

contratações feitas pelo BNDES. Paralelamente, o

banco público, que administra os recursos,

afastou a chefe do Departamento de Meio

Ambiente, Daniela Baccas. Inconformado com a

decisão, Gabriel Visconti, chefe de Daniela e

responsável pela gestão pública e socioambiental

do BNDES, pediu para deixar o cargo.

As embaixadas da Alemanha e Noruega saíram

em defesa da gestão do programa e declararam

que estavam satisfeitas com os resultados do

trabalho e que nunca encontraram nenhum tipo

de problema de gestão. Ricardo Salles ainda não

apresentou nenhuma evidência de

irregularidades cometidas no uso dos recursos.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,alemanha-retem-doacao-de-r-151-milhoes-

para-fundo-amazonia,70002903456

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Salles vê inconsistências e admite que

Fundo Amazônia pode acabar

Por Luísa Martins | De Brasília

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e

os embaixadores da Alemanha e da Noruega

admitiram ontem, pela primeira vez, a hipótese

de que o Fundo Amazônia seja extinto. As

declarações foram dadas depois de uma reunião

entre os três, realizada na sede do ministério, em

Brasília.

Os dois países são os maiores doadores do

mecanismo e têm sido contrários a mudanças no

atual formato de governança do fundo. Em maio,

Salles disse ter encontrado indícios de

"inconsistências" em contratos do fundo. Os

embaixadores, contudo, dizem ainda não ter

recebido esse relatório. Auditorias empreendidas

pelos doadores nunca identificaram distorções

nos projetos e repasses do fundo gerido pelo

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES).

"Há, em teoria, a possibilidade de

descontinuidade, mas aqui estamos falando

sobre a continuidade, em melhor sinergia, e por

isso estamos fazendo esse esforço", disse o

ministro, ao ser questionado por jornalistas.

Depois do encontro, o embaixador da Noruega no

Brasil, Nils Martin Gunneng, afirmou que a

sobrevivência do Fundo Amazônia está ligada à

participação do Brasil no Acordo do Clima de

Paris.

"O fundo está baseado nas metas do acordo. A

prioridade da Noruega é apoiar o Brasil a cumpri-

lo, diminuindo o desmatamento e incentivando o

desenvolvimento sustentável", disse Gunneng.

Essa foi a primeira vez que os doadores tornaram

pública uma condicionante à manutenção do

apoio.

Durante a campanha, o presidente Jair Bolsonaro

cogitou a saída do Brasil do Acordo de Paris, mas

acabou mudando de ideia. Na semana passada,

durante reunião do G-20 em Osaka, no Japão,

anunciou que o país permanece no compromisso.

Salles e os embaixadores anunciaram que, em

duas semanas, irão trocar minutas sobre os

desenhos institucionais que acham mais

adequados para a gestão do Fundo Amazônia,

com o objetivo de chegarem a um consenso.

A reunião de ontem foi mais um round nas

discussões sobre a futura governança do Fundo

Amazônia e de seu Comitê Orientador (Cofa). As

negociações andam vagarosas diante da troca no

comando do BNDES, que gerencia os R$ 3,4

bilhões em recursos já aportados no fundo, e das

férias de verão na Europa, que atrasam o contato

das embaixadas com Oslo e Berlim.

"Existe a possibilidade de descontinuar o Fundo

Amazônia, mas queremos evitar. O ministro

precisa de mais tempo para falar com o novo

presidente do BNDES, então aguardaremos até

meados deste mês uma resposta para as nossas

perguntas", afirmou o embaixador alemão no

Brasil, Georg Witschel.

Ele informou que, da conversa com Salles, ficou

estabelecido que a "arquitetura" do sistema do

fundo será, "em linhas gerais", mantida. Porém,

preferiu não entrar em detalhes, nem

pormenorizar quais seriam as mudanças que a

Alemanha será irredutível em não aceitar.

"Por enquanto, estamos felizes porque o Brasil

declarou, no G-20, que, sim, vai ficar dentro do

Acordo de Paris", resumiu.

Ainda há, no entanto, diversas insatisfações por

parte dos embaixadores com os rumos que o

governo federal quer dar ao Fundo Amazônia.

Uma delas é em relação ao Cofa, que deixou de

existir na sexta-feira por força de um decreto de

Bolsonaro. O comitê era o responsável por definir

como os recursos seriam aplicados para a

conservação da floresta.

"Foi uma surpresa a extinção do Cofa. Isso

implica em um impasse para a manutenção do

fundo", reconheceu o embaixador norueguês.

Salles afirmou que a contratação e a execução de

projetos para a Amazônia pautados pelo Cofa no

passado continuam em andamento, mas "novos

projetos, que dependem de um novo conselho,

não estão em atividade".

O Fundo Amazônia não teve nenhum projeto

aprovado neste ano. O processo de escolha de

novas iniciativas, encaminhado em 2018, está

paralisado. Estão represados ao menos R$ 350

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Grupo de Comunicação

milhões para programas de aumento de

produtividade e renda de agricultores familiares e

monitoramento do desmatamento.

O ministro declarou também que, na

reformulação do Cofa, pretende aumentar o

número de representantes do governo, com o

objetivo de uma "gestão mais eficiente", mas a

medida também é alvo de críticas.

"Governos sozinhos não conseguem reduzir o

desmatamento", escreveram os embaixadores

em carta recentemente enviada a Salles e ao

então ministro da Secretaria de Governo, Carlos

Alberto dos Santos Cruz.

Outro ponto que desagrada à Noruega e à

Alemanha é a intenção do governo Bolsonaro de

usar verba do fundo para pagar indenizações a

proprietários de terras localizadas em áreas

protegidas. A medida é vedada pelas regras do

Fundo Amazônia desde a sua criação, em 2008.

https://www.valor.com.br/brasil/6331589/salles-

ve-inconsistencias-e-admite-que-fundo-

amazonia-pode-acabar

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Grupo de Comunicação

Desmatamento aumenta 57% em junho, diz

Inpe

Por Da Folhapress, de São Paulo

O desmatamento na Amazônia no mês de junho

foi cerca de 57% maior do que no mesmo mês

do ano passado, segundo dados do Deter,

sistema de alertas de desmatamento do Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os

dados do mês passado, por enquanto, só vão até

o dia 28 - o que pode ainda causar alterações no

crescimento da taxa.

No mês de junho, foram desmatados cerca de

769 km2, ante aproximadamente 488 km2 em

2018, segundo o Deter.

As taxas apontadas pelo Deter são diferentes do

nível de desmatamento consolidado publicado

anualmente por meio do Prodes, também do

Inpe.

"O Deter é um dado oficial que pega o pulso do

desmatamento mensal", diz Carlos Souza, da

ONG Imazon. Ele explica que, no caso do Prodes,

as melhores imagens de satélite (com menor

interferência de nuvens) são selecionadas e

analisadas para que dados mais precisos sejam

obtidos.

Segundo análise ainda em processo da Imazon,

de agosto do ano passado a junho deste ano,

houve um aumento de desmatamento de cerca

de 8%, quando comparado ao mesmo período

anterior.

O desmate na Amazônia vem apresentando

tendência de expansão desde 2012, quando

atingiu seu menor valor histórico.

No ano passado (considerando o período entre

2017 e 2018), a destruição da Amazônia atingiu

o maior patamar da última década, com 7.900

km2 de floresta derrubados, 14% mais que no

período anterior (2016-2017).

Souza afirma que é alta a probabilidade de novo

aumento no desmatamento em relação ao

período anterior.

https://www.valor.com.br/brasil/6331591/desma

tamento-aumenta-57-em-junho-diz-inpe

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Grupo de Comunicação

Setor minerador reage à relatório de

comissão no Senado

Por Francisco Góes | Do Rio

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que

representa as principais mineradoras do país,

criticou o relatório final da Comissão Parlamentar

de Inquérito (CPI) de Brumadinho, aprovado na

terça-feira no Senado. "Não se deve confundir,

no Brasil, penalização com tributação", disse

Wilson Brumer, presidente do conselho

deliberativo da entidade.

A crítica de Brumer se direciona à proposta de

tributação sobre a mineração contida no relatório

da CPI. O parecer sobre o tema, de autoria do

senador Carlos Viana (PSD-MG), estabelece uma

participação especial aplicada sobre a receita

líquida das mineradoras que poderia alcançar

uma alíquota máxima de 40%. Para Brumer, a

proposta do relatório da CPI cria "insegurança

jurídica".

O executivo disse que as novas regras sobre os

royalties da mineração - a chamada

Compensação Financeira pela Exploração de

Recursos Minerais (Cfem) - foram determinadas

recentemente, no governo do ex-presidente

Michel Temer.

Brumer disse que os royalties cobrados na

mineração vêm crescendo de forma consistente

como resultado das mudanças nas regras. A

Cfem, antes cobrada sobre a receita líquida das

empresas, passou a ser aplicada sobre a receita

bruta das mineradoras.

No caso do minério de ferro, principal mineral do

país em termos econômicos, a alíquota foi fixada

em 3,5%. Em 2017, a arrecadação total com a

Cfem foi de R$ 1,83 bilhão, número que subiu

para R$ 3 bilhões em 2018. De janeiro até 3 de

julho deste ano, a receita com Cfem soma R$ 2

bilhões.

Brumer disse que à medida em que há uma

melhoria nos preços das commodities minerais,

como acontece hoje, haverá também uma alta na

arrecadação da Cfem.

"Estamos abertos ao diálogo junto aos

municípios, ao Congresso e aos parlamentares",

disse Brumer. Na visão dele, o relatório da CPI

"mistura" os diferentes segmentos da mineração

como se a atividade mineral no país fosse uma

coisa só, sem considerar que o setor tem

segmentos com características muito diferentes.

Segundo o Ibram, o Brasil tem 9,4 mil empresas

de mineração, das quais apenas 2% podem ser

consideradas grandes (produção acima de 1

milhão de toneladas anuais). A maior parte das

mineradoras é representada, portanto, por micro,

pequenas e médias empresas.

Brumer disse que o relatório precisaria considerar

a diversidade da mineração brasileira. "Cada caso

é um caso", disse Brumer ao se referir a outro

ponto polêmico do relatório, na visão do Ibram,

aquele que trata do fim das barragens de rejeitos

em prazo dez anos.

"Criar um prazo [geral para o fim das barragens

de mineração] com base no que se não

analisamos diferentes situações das

mineradoras?", questionou o executivo.

Brumer disse que, ao estipular medidas, a CPI

não deveria, portanto, generalizar. "Se alguém

fez alguma coisa errada, que pague pelo erro",

disse Brumer deixando claro que estava falando

em tese e que não se referia a casos específicos,

como o do desastre de Brumadinho (MG).

Brumer disse ainda que, frente à proposta do

relatório da CPI de ser implementada legislação

mais rigorosa, o Ibram defende transformar a

Agência Nacional de Mineração (ANM) em uma

agência forte. "É preciso dar as condições

necessárias para que a agência fiscalize todo

mundo", afirmou. E completou: "Em nenhum

momento defendemos que a mineração seja feita

a qualquer custo."

https://www.valor.com.br/politica/6331565/setor

-minerador-reage-relatorio-de-comissao-no-

senado

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Data: 04/07/2019

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Uma estratégia de retomada da economia

Por Carlos von Doellinger

Os resultados mais recentes do nível de atividade

econômica parecem indicar taxa de crescimento

do PIB próxima de 1% em 2019, inferior ao

resultado de 2018. Para muitos analistas, uma

desagradável indicação de estagnação.

Há um consenso de que a recuperação dos

investimentos, da produtividade global dos

fatores, da competitividade e consequentemente

do crescimento mais robusto da atividade

depende da entrega de resultados razoavelmente

convincentes para as principais reformas do

Estado, a começar pela reforma da previdência,

seguida do "pacto federativo", da reforma

tributária, do ajuste patrimonial do Estado

(privatizações), da abertura da economia e de

uma ampla agenda microeconômica voltada à

redução do chamado "custo de transação" e da

revitalização do setor privado.

Todavia, cresce a impaciência dos principais

agentes da economia, nomeadamente no setor

privado, nacional e estrangeiro, por conta da

eventual demora dos resultados esperados.

Cresce, portanto, o clamor por medidas que

possam ajudar a recuperar os níveis de atividade

enquanto se aguarda os resultados.

A grande pergunta é se seria possível

implementar desde logo algumas medidas de

estímulo que não colidam com a racionalidade da

estratégia pretendida e que não configurem mais

um dos muitos "voos de galinha" das últimas

décadas. Ou seja, algo que seja perfeitamente

compatível com os fundamentos

macroeconômicos imprescindíveis ao crescimento

sustentado, na forma como estão propostos na

atual agenda das reformas.

Nesse sentido vale uma breve retrospectiva

histórica de um período vivido em meados dos

anos 80, que ficou conhecido no seu todo como a

"década perdida", mas que, no entanto, contou

com uma fase favorável de crescimento, antes

que a "marcha da insensatez" dos planos

econômicos de combate à inflação sem ajuste

fiscal levassem tudo a perder.

Foi no período 1984-86, depois de três anos de

recessão causada pela necessidade de ajustes na

esteira da crise da dívida externa, que a

atividade econômica logrou manter crescimento

médio de 7% ao ano. Um resultado significativo e

que nos dias hoje parece até um sonho de uma

noite de verão!

Como aquilo foi possível? O ano de 1983 havia

sido muito sofrido em função dos ajustes

patrocinados pelas condicionalidades exigidas

pelo FMI para a recuperação do setor externo da

nossa economia. E de fato não havia muita

escolha naquela época. Nossas reservas cambiais

chegaram rigorosamente a "zero". A economia

estava na UTI.

Foi naquele ano, porém, que o governo propôs

uma estratégia de recuperação da economia

apoiada em três pilares básicos: investimentos

em energia, para superar os efeitos da crise do

petróleo e estimular fontes alternativas, como o

programa "Proálcool"; estímulos ao aumento da

produção agropecuária, para aumento da oferta

interna e das exportações; e políticas mais

incisivas de aumento das exportações em geral,

para maior oferta de divisas (recuperando nossas

reservas cambiais) e maior impulso ao

crescimento do PIB.

Os resultados foram expressivos. Embora o

ajuste fiscal tivesse ficado prejudicado pelo fraco

desempenho do acordo com o FMI após 1985, a

economia experimentou crescimento de 5,4% em

1984, 7,8% em 1985 e 7,5% em 1986. Nesse

último ano, é claro, ajudada pela euforia inicial

com o congelamento dos preços no Plano

Cruzado.

Investimentos no pré-sal pela Petrobras e

empresas privadas terão efeitos indutores na

economia

Muito colaboraram para os bons resultados do

PIB as condições favoráveis do ciclo de

crescimento da economia mundial naquele

período, nomeadamente o forte crescimento dos

preços das principais "commodities" produzidas e

exportadas pelo Brasil.

Estamos, talvez, em condições semelhantes de

nos beneficiar de uma estratégia de recuperação

baseada nesse mesmo tripé: energia - o provável

efeito do "boom" de produção de petróleo com o

pré-sal, novas descobertas recentes e o possível

"choque de energia barata" com maior utilização

do gás natural; agricultura e exportações, tanto

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

pelos efeitos de um ciclo favorável de cotações

das nossas principais "commodities" como pelas

possibilidades que podem surgir com a agenda

da abertura da economia e os impulsos

provenientes de mercados complementares ao

Brasil, notadamente China e União Europeia,

neste caso pela via de um acordo no âmbito do

Mercosul, e possivelmente Japão.

Vejamos alguns fatos e dados recentes. Os

preços das "commodities" exportadas pelo Brasil

subiram 1,53% em abril, e 2,57% em março,

segundo dados do Banco Central, com isso

acumulando alta de 10,97% em 12 meses. No

caso dos produtos agropecuários, o índice IC-Br

indicou alta ainda mais elevada, de 14,34% em

12 meses. Já no grupo "petróleo, gás, carvão" as

altas foram de 3,56% em abril, 3,24% no ano e

8,17% em 12 meses.

Nos últimos dois meses outro indicador, o índice

Bloomberg de "commodities" agrícolas, cotadas

em dólar, mostrou alta de quase 10%, embora

no período mais longo (um ano) tenha sofrido

depreciação.

Essa evolução recente reflete alguma pressão da

demanda mundial por esses produtos (em grande

parte pela China), que poderá beneficiar nossas

exportações. Algo semelhante ao que ocorreu

entre 1984-1986.

No setor de energia, os investimentos

programados para a extração das reservas de

petróleo do "pré-sal", pela Petrobras e

concessionárias privadas podem ter efeitos

importantes nas regiões produtoras e efeitos

induzidos na economia como um todo, até pelos

efeitos multiplicadores dos investimentos. Há

ainda a já citada possibilidade de um "choque de

energia barata" pela maior utilização e pelo

menor preço do gás natural.

A política de exportações talvez mereça um foco

mais acurado. Depois de uma longa ausência de

uma estratégia compreensiva de promoção de

exportações, nos últimos meses o governo tem

tido sucesso em finalizar os acordos comerciais

do Mercosul com a União Europeia, o que abre

amplas perspectivas para nossas exportações.

Por outro lado, as iniciativas recentes de

entendimentos com a China, nosso principal

mercado externo, parecem finalmente oferecer

boas perspectivas.

No que toca aos produtos minerais, matérias-

primas em geral e produtos manufaturados, há

também necessidade de maior apoio no sentido

do aproveitamento das condições favoráveis que

possam surgir, nomeadamente pelos órgãos de

promoção comercial, para uma estratégia mais

compreensiva e eficaz de médio e longo prazo.

Enfim, as sugestões apresentadas são no sentido

de se formular uma linha de prioridades

estratégicas em apoio aos esforços do setor

privado, mas que sejam compatíveis, na verdade

complementares, com o encaminhamento das

reformas do Estado e da abertura da economia,

visando uma retomada mais rápida dos níveis de

atividade da economia.

Carlos von Doellinger é economista e presidente

do Ipea.

https://www.valor.com.br/opiniao/6331533/uma

-estrategia-de-retomada-da-economia

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Data: 04/07/2019

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Grupo de Comunicação

Construcap aposta na nova concessão

Por Chiara Quintão e Ivo Ribeiro | De São Paulo

A Construcap - vencedora da concorrência pela

gestão do Parque do Ibirapuera - planeja

revitalizar um dos principais símbolos da capital

paulista, com recuperação do patrimônio

histórico e ampliação da oferta das atividades

culturais, e os outros cinco parques da cidade de

São Paulo dos quais terá concessão por 35 anos.

Estão previstos investimentos totais de R$ 180

milhões, no período, com desembolso de R$ 105

milhões nos três primeiros anos.

A empresa venceu a disputa pelas concessões,

com a proposta de outorga de R$ 70,5 milhões,

em maio e a previsão é que assina o contrato até

outubro (prazo de seis meses). A Construcap vai

atuar por meio de uma Sociedade de Propósito

Específico (SPE), cujo nome ainda está em fase

de definição. Há expectativa de retorno dos

investimentos em dez anos. Estima-se que a

Prefeitura de São Paulo deixará de gastar R$ 1

bilhão com os parques, ao longo de 35 anos, e

que o poder público receberá R$ 570 milhões em

tributos, como Imposto de Renda, ISS, além de

PIS e Cofins.

Os investimentos começam pelos parques

Lajeado e Tenente Brigadeiro Faria Lima. No

sétimo mês, será a vez do Ibirapuera e do

Eucaliptos. Os dois últimos - Jacintho Alberto e

Jardim Felicidade - serão 13 meses depois. Os

desembolsos serão gradativos.

Pela sua dimensão, de 1,3 milhão de metros

quadrados, o Ibirapuera receberá R$ 85 milhões

nos três primeiros anos. Nos planos da

Construcap para o principal parque da capital

paulista, estão a criação do Museu do Folclore, no

Pavilhão das Culturas Brasileiras, a recuperação

dos museus em funcionamento e da área da

marquise, a manutenção da flora e da fauna

existentes, a reforma dos banheiros e de

equipamentos de ginástica, a oferta de wi-fi de

alta potência e a exploração do estacionamento.

"Queremos que o Ibirapuera volte a ter eventos

como a exposição dos Guerreiros de Xi'an.

Vamos trazer o melhor do mundo para os

brasileiros e exportar o que é produzido aqui",

conta Samuel Lloyd, responsável pela concessão

dos parques.

Roberto Capobianco, presidente da Construcap,

diz que, diferentemente de informações que

circularam na mídia e em redes sociais - algumas

consideradas fakenews -, a empresa não vai

cobrar ingressos para entrada no Ibirapuera nem

nos demais parques. Já a entrada nos

equipamentos, como museus e o Planetário do

Ibirapuera, continuará a ser cobrada.

Para Capobianco, o Ibirapuera não pode ser um

parque que "só as elites possam frequentar". "A

Oca está sub-utilizada, e o auditório é elitizado",

afirma o presidente da construtora. A

concessionária pretende expandir, por exemplo,

as apresentações de arte para além dos

equipamentos. "Vamos democratizar o acesso à

arte e à cultura. Hoje, o parque é muito usado

para a prática de esportes", diz Lloyd. A

concessionária quer também de aumentar a

oferta de atividades no Planetário.

O público que frequenta o Ibirapuera é estimado

em 15 milhões de pessoas por ano. Durante a

semana, há grande movimentação de pessoas no

início da manhã e a partir do fim da tarde. A

Construcap quer fomentar eventos, de segunda a

sexta-feira, entre 10 horas e 17 horas, para

aproveitar melhor a capacidade ociosa dos

equipamentos existentes nesse período e atrair

mais visitantes.

Será lançado um aplicativo, de acordo com os

executivos, que permitirá que o visitante se

localize no Ibirapuera e tenha acesso a todas as

atrações previstas. Outro plano é melhorar o

serviço de alimentação e bebidas do Ibirapuera e

reposicionar as lanchonetes, atraindo empresas

com identidade com o parque. "Vamos oferecer

alimentação de qualidade e preço compatível

com os todos os usuários do parque", diz

Capobianco.

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Grupo de Comunicação

A empresa prevê 1.100 funcionários diretos no

auge dos investimentos nos seis parques, quando

será necessário grande volume de obras.

Posteriormente, o total de funcionários diretos

cairá para cerca de 700 pessoas.

O empresário, que vê com entusiasmo a

revitalização do Ibirapuera - diz que a

concessionária terá de seguir as regras definidas

no edital, que proibe descaracterização. A

instalação de equipamentos, como roda-gigante

e tirolesa, por exemplo, é proibida.

O início das atividades depende da aprovação

pelo município de São Paulo de planos diretores

para os parques. Procurada pelo Valor, a

Secretaria do Verde e do Meio Ambiente,

informou que o Plano Diretor do Ibirapuera

encerrou sua consulta pública em 15 de junho.

"Está em curso um diálogo com o Conselho

Gestor da unidade para alinhar algumas

questões, e o prazo para sua conclusão é

agosto", informou a secretaria, em nota. Os

planos dos demais também estão em curso.

A Construcap CCPS Engenharia e Comércio faz

parte do Grupo Construcap, formado também

pela Minas Arena - Gestão de Instalações

Esportivas (responsável pela reforma e

modernização do Complexo Desportivo Mineirão,

em Belo Horizonte), Companhia de Concessão

Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer, com

participação minoritária), CMO Construção e

Montagem Off-Shore S.A. e Inova Saúde. O

faturamento equivalente do grupo Construcap,

no ano passado, foi da ordem de R$ 900 milhões,

disse o empresário.

Em 2016, Capobianco foi preso na Operação

Abismo, uma das fases da Lava-Jato. O executivo

foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a 12

anos de prisão por corrupção, lavagem de

dinheiro e organização criminosa em contratos

relacionados a uma obra de centro de pesquisa e

desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras,

realizado por um consórcio. O empresário

recorreu e aguarda em liberdade o julgamento de

segunda instância. Ele tem expectativa de ser

absolvido no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-

4), assim como ocorreu com sua empresa, em

2017.

https://www.valor.com.br/empresas/6331657/co

nstrucap-aposta-na-nova-concessao

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