PROF.ª JAQUELINE TELES
PROF.ª SHEILA RODRIGUES
LÍNGUA PORTUGUESA
2ªEJA FASE
Unidade IVCiência: o homem na construção do conhecimento
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 32ConteúdosProcessos de formação de palavras: estrangeirismo, neologismo, regressãoDitados populares
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Habilidades • Reconhecer a formação de palavras do estrangeirismo e
o neologismo. • Interpretar ditados populares.
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EstrangeirismoPalavra ou expressão estrangeira empregada no lugar de um termo correspondente na língua portuguesa. É o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa.De acordo com a origem, o estrangeirismo pode ser classificado em: francesismo (do francês), anglicismo (do inglês), castelhanismo (do espanhol) e italianismo (do italiano).
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ExemplosEle não conhece seu métier. (francesismo)A empresa contratou um novo gerente de marketing. (anglicismo)Fez tamanho imbroglio que ninguém entendeu o que dizia. (italianismo).
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Muitas palavras estrangeiras já foram aportuguesadas e incorporadas à nossa língua.ExemplosMenu (cardápio)Biquíni (roupa de banho)Coquetel (bebida ou pequena reunião)Chofer (motorista)Buquê (ramalhete)Drinque (bebida)Bibelô (objeto de decoração)
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NeologismoÉ um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser fruto de um comportamento espontâneo, próprio do ser humano e da linguagem, ou artificial, para fins pejorativos ou não. Geralmente, os neologismos são criados a partir de processos que já existem na língua: justaposição, prefixação, aglutinação, verbalização e sufixação.
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Neologismo Lexical: é criada uma palavra nova, com um novo conceito.Ex:deletar (eliminar - (linguagem técnica da área de informática)abobado (aquele que é “bobo”, sonso),internetês (a língua da internet).clicar (linguagem técnica da área de informática)linkar (linguagem técnica da área de informática)site (linguagem técnica da área de informática)escanear (linguagem técnica da área de informática)
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Música “Pedro pedreiro”, de Chico Buarque:Pedro pedreiro penseiro esperando o tremManhã parece, carece de esperar tambémPara o bem de quem tem bem de quem não tem vintémPedro pedreiro fica assim pensando […]
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A palavra penseiro é um neologismo, pois essa palavra foi criada pelo escritor e compositor Chico Buarque de Holanda, para ele compor na letra de sua música. Portanto, essa palavra não existe no dicionário da Língua Portuguesa, por essa razão essa palavra é um neologismo.
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RegressãoÉ um tipo de derivação que ocorre por meio da supressão da palavra primitiva, gerando uma derivada.Exemplo
• Ele é um portuga muito legal. (portuga = português) • O choro da criança era muito desesperador. (do verbo
chorar) • Tivemos uma grande perda essa tarde. (do verbo perder)
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Observe que em cada palavra dos exemplos houve a perda de uma letra, por isso chama-se regressão, ou seja, a palavra regrediu, ela perdeu elementos terminais (sufixos ou desinências).Os derivados regressivos são, em sua maioria, substantivos formados pela junção das vogais temáticas nominais a, e, o ao radical de um verbo.Exemplos
• Sobrar - sobra • Custar - custo • Consumir - consumo • Dobrar - dobre
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Leia o poema.NeologismoBeijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavrasque traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.inventei, por exemplo, o verbo teadorar.IntransitivoTeadoro, Teodora.
(Manuel Bandeira)
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1. Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que:a) o verbo “teadorar” e o substantivo próprio “Teodora” são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical.
b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo “teadorar” são substantivo e verbo.
c) o verbo “teadorar” trata-se de um neologismo, pois o poeta criou essa palavra para compor a construção poética de sua arte.
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d) a vogal temática dos verbos “beijo”, “falo”, “invento” e “teadoro” é a mesma, ou seja, “o”.
e) a palavra “teadorar” não existe na língua portuguesa e, nesse caso, o poeta cometeu um grave erro gramatical.
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Observe a história em quadrinhos.
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2. O efeito de humor da tirinha é causado pelo fato de:a) O personagem não conseguir abrir a porta porque não leu a placa afixada.b) O personagem acreditar na falsa semelhança entre as palavras push e puxe.c) O personagem não conseguir encontrar a palavra push no dicionário.d) O personagem não saber inglês, por isso não consegue abrir a porta.e) O personagem não saber destravar a porta que está com defeito.
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“De grão em grão a galinha enche o papo”;“O seguro morreu de velho”;
“Cavalo dado não se olha os dentes”;“Cada macaco no seu galho”;
“Quem desdenha quer comprar”.
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Estes são alguns dos ditados populares que nos deparamos diariamente, e muitas vezes usamos essas expressões, mas não temos ideia do que elas significam. São ditados ou termos populares que através dos anos permaneceram sempre iguais, significando exemplos morais, filosóficos e religiosos.
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Tanto os provérbios quanto os ditados populares constituem uma parte importante de cada cultura. Historiadores e escritores sempre tentaram descobrir a origem dessa riqueza cultural, mas essa tarefa nunca foi nada fácil.
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O grande escritor Luís da Câmara Cascudo já dizia que: “os ditados populares sempre estiveram presentes ao longo de toda a História da humanidade”. No Brasil isso não é nenhuma novidade. Muitas vezes ocorrem expressões tão estranhas e sem sentido, mas que são muito importantes para a nossa cultura popular.
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Conheça algumas dessas expressões ou ditados populares:Tapar o sol com a peneiraPeneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída.
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Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objeto é permeável à luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um esforço malsucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.
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Fazer ouvidos de mercadorOrlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor.
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No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão à atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.
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Com a corda todaAntigamente, os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se mexer.
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Ambos os mecanismos eram chamados de “corda”. Logo, quando se dava “corda” totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e frenética. Daí a origem da expressão.
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Com o rei na barrigaA expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.
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Mais vale um pássaro na mão que dois voandoSignifica que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo. É tradição de antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam voando e errar o alvo.
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Não confundir!Diferença entre provérbios e ditos populares?A diferença entre provérbios e ditos populares é tênue. Muitas vezes são utilizados como expressões sinônimas. A origem popular é um ponto em comum, mas o provérbio tem forma diferente, é geralmente trabalhado poeticamente, expressa verdade moral e tem correspondentes em várias línguas.
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O provérbio é geralmente metafórico, possui duplo significado, uma leitura literal e outra figurada: “De médico e de louco todos nós temos um pouco”.
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Os ditos ou ditados populares não apresentam necessariamente essa forma e esse conteúdo acima descritos. Muitas vezes expressam de maneira mais vulgar um pensamento ou moral. Outras vezes fazem uso da ironia e da brincadeira ao expressarem uma verdade popular.
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E você, conhece algum ditado popular? Conte-nos e diga seu significado.
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