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Manual de Recursos de BenefciosDiviso de Recursos de Benefcios Dezembro/2010

CRDITOS INSTITUCIONAISValdir Moyss Simo Presidente do INSS Benedito Adalberto Brunca Diretor de Benefcios

EQUIPE TCNICA1. Rosilene Rossatto Facco Bispo (Tcnico do Seguro Social, Diviso de Recursos de Benefcios, Braslia/DF) 2. Daniel ureo Ramos (Tcnico do Seguro Social, Diviso de Recursos de Benefcios, Braslia/DF) 3. Ivan Costa Ferreira (Tcnico do Seguro Social, Diviso de Recursos de Benefcios, Braslia/DF) 4. Lcio Flvio Dias Portela (Tcnico do Seguro Social, Seo de Reconhecimento de Direitos, Gerncia So Lus/MA) 5. Marcelo Luiz Mesashi (Tcnico do Seguro Social, Servio de Reconhecimento de Direitos, Gerncia So Paulo-Sul/SP) 6. Natlia Cristie Martins (Tcnico do Seguro Social, Seo de Reconhecimento de Direitos, Gerncia Ouro Preto/MG) 7. Roberto Vieira Linck (Tcnico do Seguro Social, Seo de Administrao de Informaes de Segurados, Gerncia So Paulo-Centro/SP) 8. Silvana Maria de Oliveira (Tcnico do Seguro Social, Servio de Administrao de Informaes de Segurados, Gerncia Belo Horizonte/MG).

AGRADECIMENTOSAos servidores que vieram de outras Unidades, s suas Superintendncias Regionais e GEX que compreensivamente os liberaram e sem os quais no teramos como desenvolver e concluir os trabalhos.

SUMRIO APRESENTAO ...................................................................................................... 5 SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................................................... 6 CAPTULO I RECURSO........................................................................................ 71. Disposies Gerais ...................................................................................................................... 7 2. Prazos e Comunicao ................................................................................................................. 9 3. Desistncia..................................................................................................................................11 4. Impossibilidade de recusa ao recebimento do recurso .............................................................. 12 5. Reconhecimento do direito na instruo do processo ............................................................... 12 6. Consolidao da deciso administrativa .................................................................................... 13 7. Ao Judicial ............................................................................................................................. 13 8. bito do segurado...................................................................................................................... 14 9. Tempestividade ou intempestividade do recurso e/ou contrarrazes ........................................ 14 10. Diligncias dos rgos julgadores do CRPS ........................................................................... 16 11. Cumprimento dos acrdos dos rgos julgadores do CRPS.................................................. 17 12. Da reafirmao da DER........................................................................................................... 19 13. Pedido de vista, cpia reprogrfica e carga do processo de recurso........................................ 20 14. Do PAB de origem recursal ..................................................................................................... 22 15. Recurso de benefcio suspenso pela Auditoria / MOB ............................................................ 23 16. Acordos Internacionais ............................................................................................................ 24 17. Cobrana Administrativa ......................................................................................................... 24

CAPTULO II DOS INCIDENTES PROCESSUAIS ........................................ 251. Disposies Gerais .................................................................................................................... 25 2. Dos Embargos............................................................................................................................ 25 3. Do Erro Material........................................................................................................................ 26

CAPTULO III DO PROCEDIMENTO APLICVEL AO CONSELHO PLENO ....................................................................................................................... 271. Da Uniformizao em Tese da Jurisprudncia .......................................................................... 27 2. Do Pedido de Uniformizao de Jurisprudncia ....................................................................... 27 3. Aplicao do art. 309 do RPS .................................................................................................... 28

CAPTULO IV PROCEDIMENTOS .................................................................. 301. Petio e protocolizao do recurso do interessado (checklist)................................................. 30 2. Anlise da matria do Recurso Ordinrio JR .......................................................................... 32 3. Das diligncias dos rgos julgadores do CRPS ....................................................................... 34 4. Cumprimento da deciso da JR ................................................................................................. 34 5. Recurso dos interessados CAJ ................................................................................................ 36

6. Apresentao de contrarrazes pelo INSS ao recurso do interessado CaJ ............................. 36

7. Recurso do INSS CaJ.............................................................................................................. 36 8. Apresentao de contrarrazes pelo beneficirio ...................................................................... 37 9. Cumprimento da deciso da CaJ ............................................................................................... 37

GLOSSRIO ............................................................................................................. 39

APRESENTAOO INSS tem por finalidade promover o reconhecimento de direito. Entretanto, tais decises nem sempre deixaro seus titulares satisfeitos, os quais, naturalmente, exigiro uma nova anlise em face de razes de legalidade e de mrito, seja no mbito administrativo ou no judicial. Com o intuito de se evitar um aumento de demandas judiciais desnecessrias contra o Instituto, bem como privilegiar o poder de reforma da prpria Administrao Pblica, a Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu art. 126, previu que das decises do INSS nos processos de interesse dos beneficirios e dos contribuintes da Seguridade Social, caber recurso para o Conselho de Recursos da Previdncia Social - CRPS, acrescentando ao processo administrativo previdencirio, uma fase recursal. Assim, dentro da estrutura do Ministrio da Previdncia Social, criou-se o CRPS, que um rgo de controle jurisdicional das decises do INSS, nos processos referentes a benefcios, ou seja, um colegiado composto por Conselheiros com notrios conhecimentos em legislao previdenciria, onde o INSS figura apenas como parte, vinculada, regimentalmente, ao 1 cumprimento das decises definitivas desse Conselho. Diante da necessidade de orientar acerca dos procedimentos a serem adotados pela rea de Recursos das APS, bem como, pelo Servio/Seo de Reconhecimento de Direitos das GEx, a Diviso de Recursos de Benefcios tratou de formatar, por meio de manual operacional, as instrues relativas ao processo administrativo previdencirio, em especial fase recursal. Ressalta-se que, no procurou-se esgotar todas as situaes possveis, mas apenas um norte referencial, onde situaes no previstas podero ser encaminhadas Diviso de Recursos de Benefcios que avaliar a pertinncia e relevncia para compor o presente Manual.

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Nota Tcnica CGMBEN/DIVCONS n 80/2009, de 6 de outubro de 2009

SIGLAS E ABREVIATURASAR Aviso de Recebimento AGU Advocacia Geral da Unio APS Agncia da Previdncia Social ATM Assessoria Tcnico-Mdica CaJ Cmara de Julgamento CJ/MPS Consultoria Jurdica do Ministrio da Previdncia Social CNIS Cadastro Nacional de Informaes Sociais CRPS Conselho de Recursos da Previdncia Social CTC Certido de Tempo de Contribuio DER Data de Entrada do Requerimento DIC Data de Incio da Correo Monetria DIP Data do Incio do Pagamento DRD Data de Regularizao dos Documentos DPSCRD Diviso de Procedimentos dos Servios de Cadastro e Reconhecimento de Direitos DPSST Diviso de Procedimentos dos Servios de Sade do Trabalhador GEx Gerncia-Executiva INSS Instituto Nacional do Seguro Social JA Justificao Administrativa JR Junta de Recursos LOAS Lei Orgncia da Assistncia Social MOB Monitoramento Operacional de Benefcios MPS Ministrio da Previdncia Social OAB Ordem dos Advogados do Brasileira PAB Pagamento Alternativo de Benefcios PE Pesquisa Externa PFE Procuradoria Federal Especializada RGPS Regime Geral da Previdncia Social RICRPS Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdncia Social RMA Renda Mensal Atual RMI Renda Mensal Inicial RPS Regulamento da Previdncia Social SAIS Servio/Seo de Administrao de Informaes de Segurados SMAN Servio/Seo de Manuteno SRD Servio/Seo de Reconhecimento de Direitos SST Servio/Seo de Sade do Trabalhador

CAPTULO I RECURSO1. Disposies Gerais Os interessados, quando no conformados, podero interpor recurso administrativo das decises proferidas pelo INSS e pelas Juntas de Recursos, ressalvadas as matrias de alada destas. Entende-se por interessados: a) os titulares de direitos e interesses dentro do processo administrativo, tais como beneficirios, filiados, empresas e o prprio INSS; b) aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela deciso recorrida. Exemplo: Penso por Morte Previdenciria requerida e indeferida para a companheira e Penso por Morte Previdenciria requerida e concedida para a cnjuge, ambas decorrentes do mesmo instituidor. Recurso Ordinrio do benefcio indeferido para a companheira poder afetar o benefcio em manuteno da cnjuge. Esta tem interesse em interpor recurso na Penso por Morte Previdenciria da companheira. (art. 9, inciso II da Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999). A interposio do recurso dar-se-, preferencialmente, perante a unidade do INSS que proferiu a deciso, a qual proceder sua regular instruo, fornecendo-se ao recorrente o comprovante da protocolizao. Se o recurso for interposto perante rgo diverso daquele que processou o ato recorrido, a unidade que o receber dever encaminh-lo de imediato APS competente, preservando-se a data de seu protocolo ou agendamento. Exemplo: A APS X indefere o benefcio do segurado. O segurado protocola seu recurso junto APS Y em 15/5/10. Esta deve recepcionar o recurso e encaminh-lo APS X, em carter de prioridade, que receber o recurso preservando a data da interposio do mesmo em 15/5/10. O recurso tambm poder ser apresentado no Protocolo das Superintendncias Regionais ou GEx. No requerimento do recurso, o recorrente dever expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. A petio poder ser assinada pelo prprio interessado ou por seu representante legal devidamente constitudo. Os recursos encaminhados via postal sero protocolizados nas mesmas condies dos recursos apresentados nas APS, GEx ou Superintendncias Regionais, devendo ser juntado aos

autos o original do envelope que os conteve, para controle do prazo. O INSS poder interpor recurso especial contra as decises das Juntas de Recursos, ressalvadas as matrias de alada das mesmas, somente quando: a) violarem disposio de lei, de decreto ou de portaria ministerial; b) divergirem de smula ou de parecer do Advogado Geral da Unio, editado na forma da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993; c) divergirem de pareceres da Consultoria Jurdica do MPS ou da PFE, aprovados pelo Procurador-Chefe; d) divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS; e) tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres mdicos divergentes emitidos pela Assessoria Tcnico-Mdica da JR e pelos Mdicos peritos do INSS; ou f) contiverem vcio insanvel. Considera-se vcio insanvel as seguintes ocorrncias, entre outras: a) o voto de conselheiro impedido ou incompetente, bem como condenado, por sentena judicial transitada em julgado, por crime de prevaricao, concusso ou corrupo passiva diretamente relacionado matria objeto de julgamento do colegiado; b) a fundamentao baseada em prova obtida por meios ilcitos ou cuja falsidade tenha sido apurada em processo judicial; c) o julgamento de matria diversa da contida nos autos; d) a fundamentao de voto decisivo ou de acrdo incompatvel com sua concluso. A interposio tempestiva de recurso especial suspende os efeitos da deciso de primeira instncia e devolve instncia superior o conhecimento integral da causa. So matrias de alada das Juntas de Recursos, no comportando recurso s Cmaras de Julgamento, as seguintes decises colegiadas: a) fundamentada exclusivamente em matria mdica, quando os laudos ou pareceres emitidos pela Assessoria Tcnico-Mdica da JR e pelos Mdicos Peritos do INSS apresentarem resultados convergentes; e b) proferida sobre reajustamento de benefcio em manuteno, em consonncia com os ndices estabelecidos em lei, exceto quando a diferena na RMA decorrer de alterao da RMI. Nota: nos casos de anlise tcnica de perodos exercidos sob condies especiais, no ser considerada como matria de alada tendo em vista que a referida anlise envolve tanto anlise administrativa quanto mdica, ou seja, as anlises so feitas em conjunto, o que afasta a hiptese de ser considerada matria exclusivamente mdica. Exemplo: segurado possui perodo cujo agente nocivo o rudo, ou seja, exerceu atividade sob condies especiais que prejudicam a sade ou a integridade fsica. Em que pese ter havido convergncia entre a anlise da percia mdica do INSS e da Assessoria Tcnico-Mdico do CRPS reconhecendo como perodo especial, cabe tambm ao INSS uma anlise

administrativa referente a dados constantes do respectivo formulrio (endereo onde segurado prestou o servio em relao ao endereo constante do formulrio, bem como, alteraes de funes, pois geralmente as empresas se reportam apenas ltima funo, percepo de auxliodoena previdencirio, entre outros). 2. Prazos e Comunicao Os prazos estabelecidos neste Manual so contnuos e comeam a correr a partir da data da cincia da parte, excluindo-se da contagem o dia do incio e incluindo-se o do vencimento. O prazo s se inicia ou vence em dia de expediente normal no rgo em que tramita o recurso ou em que deva ser praticado o ato. Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento ocorrer em dia em que no houver expediente ou em que este for encerrado antes do horrio normal. Os prazos previstos neste Manual so improrrogveis, salvo em caso de exceo expressa .

de 30 (trinta) dias o prazo comum s partes para a interposio de recursos e o oferecimento de contrarrazes, contados: I para o beneficirio, filiados e empresa: a) Recurso: a partir da data da intimao da deciso do INSS ou do CRPS; b) Contrarrazes: a partir da data da intimao da interposio do recurso do INSS; II para o INSS: a) Recurso: a partir da data do recebimento do processo na unidade que tiver atribuio para a interposio do recurso; b) Contrarrazes: a partir da protocolizao do recurso do interessado no INSS. O rgo de origem prestar nos autos, informao fundamentada quanto data da interposio do recurso. A contagem do prazo para interposio de recurso ser suspensa se comprovada, no transcurso deste, a ocorrncia de calamidade pblica ou em caso de fora maior que impossibilite a sua protocolizao, sendo reiniciada a contagem no primeiro dia til, imediatamente aps o trmino da ocorrncia. Se o recurso tiver sido protocolado pela internet ou pelo agendamento eletrnico, ser considerada como data de apresentao, para fins de verificao da tempestividade, a data do protocolo na internet ou a data do agendamento.

Nos casos referidos no item anterior, a contagem do prazo para apresentao de contrarrazes do INSS ter incio a partir da entrega dos documentos na APS ou da data do atendimento do segurado, quando agendado. Se o recurso tiver sido encaminhado pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos-ECT, ser considerada como data de protocolizao do recurso, para efeito de verificao do prazo de 30 (trinta) dias, a constante no carimbo da Agncia dos Correios da localidade da expedio aposto no envelope de encaminhamento. Expirado o prazo de 30 (trinta) dias para contrarrazes do INSS, os autos sero imediatamente encaminhados para julgamento pelas Juntas de Recursos ou Cmaras de Julgamentos do CRPS, hiptese em que sero considerados como contrarrazes do INSS os motivos do indeferimento inicial. Se o INSS perder o prazo para recorrer CaJ, a deciso da JR ser cumprida na ntegra e de imediato. A tempestividade da interposio de recurso ser demonstrada com a protocolizao deste no sistema, devendo a ocorrncia ficar devidamente comprovada nos autos, bem como da data de recebimento do processo no SRD. O cumprimento da deciso no escusa o INSS da obrigatoriedade de posterior interposio de recurso especial com pedido de relevao da intempestividade, nos moldes do art. 13, inciso II, do RICRPS. A apresentao das contrarrazes ao recurso especial do INSS dar-se-, preferencialmente, perante o SRD recorrente. Caso sejam apresentadas perante rgo diverso previsto no item anterior, a unidade que o receber dever encaminh-la ao SRD competente imediatamente e em carter de urgncia, preservando-se a data de seu protocolo. Quando apresentadas as contrarrazes pelo interessado fora do prazo regulamentar, sero as mesmas encaminhadas ao local onde o processo se encontra para que seja feita a juntada. Considera-se feita a intimao: a) se pessoal, na data da cincia do interessado ou de seu representante legal ou, caso haja recusa ou impossibilidade de prestar a nota de ciente, a partir da data em que for dada a cincia, declarada nos autos pelo servidor que realiz-la; b) se por via postal ou similar, na data do recebimento aposta no comprovante, ou da nota de ciente do responsvel; c) se por edital, quinze dias aps sua publicao ou afixao. Nota: no caso de intimao por edital, o prazo para a interposio do recurso ser contado a partir do primeiro dia til seguinte do final do prazo acima

mencionado. Exemplo: publicao do edital em 14/5/10. A intimao considera-se feita no dia 29/5/10. Logo, o prazo para interposio do recurso se iniciaria em 30/5/10. Como este dia recai em um domingo, o incio do prazo se d no primeiro dia til subsequente, qual seja, 31/5/10. Ser efetuada intimao por edital na impossibilidade de intimao pessoal ou por via postal. Dever ser juntada aos autos cpia da pgina do jornal em que foi publicado o edital. Consideram-se vlidas as intimaes dirigidas ao endereo residencial ou profissional declinado nos autos pela parte, beneficirio ou representante, cabendo aos interessados atualizar o respectivo endereo sempre que houver modificao temporria ou definitiva. A intimao ser nula quando realizada sem observncia das prescries legais, mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade. 3. Desistncia Em qualquer fase, antes do julgamento de alada ou de ltima instncia, o interessado poder voluntariamente desistir do recurso interposto. O pedido deve ser encaminhado JR ou CaJ, conforme o caso, para conhecimento e homologao da desistncia, a qual, uma vez homologada, torna-se definitiva. Uma vez interposto o recurso, o no cumprimento pelo interessado da exigncia ou providncia que a ele incumbiriam e para a qual tenha sido devidamente intimado, no implica em desistncia tcita ou renncia ao direito de recorrer, devendo o processo ser julgado no estado em que se encontra, arcando o interessado com o nus de sua inrcia. Havendo pedido de desistncia aps julgamento de alada ou de ltima instncia, ou seja, com a consolidao da deciso recursal, no cabe ao INSS escusar-se de cumprir o Acrdo, onde o pedido de desistncia ser processado como pedido de cancelamento nos moldes do art. 659 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 6 de agosto de 2010. Protocolizado o pedido de desistncia, a APS dever adotar os seguintes procedimentos: a) se o recurso ordinrio estiver em fase de instruo na APS sem que tenha sido encaminhado JR, o mesmo, obrigatoriamente, ser encaminhado ao rgo julgador para homologao; b) caso o processo tenha sido encaminhado JR e no havendo julgamento, encaminhar o pedido de desistncia JR, para que haja a homologao do pedido; c) se a JR converteu o julgamento em diligncia, a APS dever anexar o pedido aos autos e devolver JR, para que haja a homologao do pedido de desistncia;

d) havendo provimento total ou parcial do recurso, inclusive em se tratando de matria de alada, sem interposio de recurso especial do INSS ou do segurado, dever a APS cumprir o Acrdo na ntegra, pois com o julgamento a deciso administrativa foi consolidada. Nesse caso, aps a concesso, processar o pedido de desistncia como pedido de cancelamento de benefcios (art. 659 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010); e) no caso de interposio de Recurso Especial por parte do interessado e/ou do INSS, com posterior desistncia do interessado e antes do julgamento do recurso pela CaJ, ainda que em diligncia, dever ser encaminhado para a CaJ para homologao do pedido de desistncia, tendo em vista que ocorreu a devoluo instncia superior do conhecimento integral da causa; f) havendo deciso de ltima e definitiva instncia, uma vez que foi finalizado o rito processual, a APS dever cumprir o Acrdo na ntegra. Nesse caso, aps a concesso, processar o pedido de desistncia como pedido de cancelamento de benefcios (art. 659 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010). Caso a deciso seja denegatria ao interessado ou esse no possuir direito ao benefcio, anexar o pedido e arquivar. Toda solicitao de desistncia tem que ser protocolizada e anexada ao processo principal .

4. Impossibilidade de recusa ao recebimento do recurso Em hiptese alguma, o recebimento deve ser recusado ou o andamento do recurso sustado, vez que prerrogativa dos rgos de controle jurisdicional do CRPS admitir ou no o recurso. Quaisquer que tenham sido as condies de apresentao (intempestividade, ausncia de fundamentao legal, etc), o recurso ser sempre encaminhado queles rgos competentes, ressalvada a hiptese de reconhecimento total do direito pleiteado antes da remessa do processo JR. 5. Reconhecimento do direito na instruo do processo O INSS pode reformar suas decises, deixando, no caso de reforma favorvel ao interessado, de encaminhar o recurso instncia competente. Nota: trata-se da hiptese de reconhecimento total do direito do interessado ainda em fase de instruo do recurso ordinrio e antes da remessa do processo JR. Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instruo do recurso por ele interposto contra deciso de JR (ainda que de alada) ou de CaJ, o processo ser encaminhado pelo SRD, acompanhado das razes do novo entendimento: a) JR, no caso de deciso dela emanada, para fins de reexame da questo;

b) CaJ, se por ela proferida a deciso.

6. Consolidao da deciso administrativa Entende-se como deciso indeferitria definitiva no mbito administrativo, aquela cujo prazo recursal tenha transcorrido sem manifestao dos interessados. Tambm geram a consolidao da deciso no mbito administrativo: a) o indeferimento de qualquer pedido pela APS, sem interposio de recurso ao CRPS, por parte do segurado/interessado; e b) o indeferimento de qualquer pedido pela APS, confirmado pela JR (se matria de alada) e pela CaJ do CRPS. 7. Ao Judicial A propositura, pelo interessado, de ao judicial que tenha objeto idntico ao pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa em renncia tcita ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistncia do recurso interposto. Considera-se idntica a ao judicial que tiver as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido do processo administrativo. Certificada a ocorrncia da propositura da ao judicial, o INSS dar cincia ao interessado ou seu representante legal para que se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Vencido o prazo de que trata o item anterior, o INSS arquivar o processo, salvo se o interessado requerer o prosseguimento alegando tratar-se de ao judicial com objeto diverso, o que ocasionar a remessa dos autos ao CRPS para deciso. Se no recurso houver matria distinta da constante do processo judicial, o julgamento limitar-se- matria diferenciada. Caso o conhecimento da propositura da ao judicial seja posterior ao encaminhamento do recurso ao CRPS e este ainda no tenha sido julgado administrativamente, o INSS comunicar o fato JR ou CaJ incumbida de proferir deciso, acompanhado dos elementos necessrios para caracterizao da renncia tcita. Sendo a deciso administrativa definitiva favorvel ao interessado e no existindo deciso judicial transitada em julgado, o INSS comunicar o fato PFE para: a) orientar como proceder em relao ao cumprimento da deciso administrativa; e b) se for o caso, estabelecer entendimento com o autor da ao judicial objetivando a extino do litgio. Havendo deciso judicial transitada em julgado com o mesmo objeto do processo

administrativo, conforme orientao da PFE, a coisa julgada prevalecer sobre a deciso administrativa.

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Ainda que haja o reconhecimento do direito em fase recursal quando da ocorrncia de ao judicial com o mesmo objeto, transitado em julgado ou no, o INSS dever, conforme o caso, arquivar o processo dada a renncia tcita ou, obrigatoriamente, remet-lo ao CRPS. Havendo recurso provido e quando do cumprimento dessa deciso for verificado a existncia de outro benefcio, com o mesmo objeto ou no, concedido por determinao judicial, a APS dever encaminhar, com trmite pela SRD, o processo PFE, para orientar como proceder em relao ao cumprimento da deciso administrativa. Exemplo 1: JR/CaJ d provimento ao recurso para concesso de uma Aposentadoria por Idade. No entanto, existe um auxlio-doena concedido decorrente de ao judicial. Dever a PFE orientar acerca de como cumprir a deciso recursal. Exemplo 2: JR/CaJ d provimento ao recurso para concesso de uma Aposentadoria por Tempo de Contribuio. No entanto, existe outra Aposentadoria por Tempo de Contribuio concedida decorrente de ao judicial. Dever a PFE orientar acerca de como cumprir a deciso recursal. 8. bito do segurado Ocorrendo bito do interessado, a tramitao do recurso no ser interrompida e, se a deciso lhe for favorvel, os efeitos financeiros vigoraro normalmente, nos termos da deciso final, e os valores apurados sero pagos aos dependentes habilitados penso por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventrio ou de arrolamento, nos termos do art. 112 da Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991. Quando se tratar de Benefcio Assistencial da LOAS, regulamentado pelo Decreto n 6.214, de 26 de setembro de 2007, o resduo s devido para bitos a partir de 6/9/2002. Os dependentes e os sucessores no podero exercer atos de cunho pessoal do morto, tais como, reafirmao da data de entrada do requerimento, opo por uma aposentadoria por tempo de contribuio na sua forma proporcional, entre outros, dado o carter personalssimo das relaes 3 jurdicas previdencirias . 9. Tempestividade ou intempestividade do recurso e/ou contrarrazes A anlise do prazo para recurso consiste em verificar se o mesmo foi apresentado dentro do prazo regulamentar, isto , se entre a data da cincia da deciso e a data da protocolizao do recurso e/ou contrarrazes decorreram, ou no, mais de 30 (trinta) dias.2

Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deciso judicial de que j no caiba recurso (art. 6, 3 do Decreto -Lei N 4.657, de 4 de setembro de 1942., que dispe sobre a Lei de Introduo ao Cdigo Civil Brasileiro). 3 Parecer n 79/2010/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 16 de setembro de 2010.

Recurso tempestivo: a) exemplo 1 e anlise: 1 Data da cincia: 7/5/2010 (sexta-feira) 2 Data do protocolo: 5/6/2010 (quarta-feira) 3 Trmino do prazo: 8/6/2010 4 A cincia ocorreu numa sexta-feira e o prazo, portanto, comeou a ser contado no 1 dia til seguinte.(10/5/2010) b) exemplo 2 e anlise: 1 Data da cincia: 4/5/2010 (tera-feira) 2 Data do protocolo: 4/6/2010 3 Trmino do prazo: seria em 3/6/2010 (feriado) 4 Trmino do prazo recaiu em dia em que no houve expediente no Instituto (feriado), ficando prorrogado para o 1 dia til seguinte c) exemplo 3 e anlise: 1 Data da cincia: 12/5/2010 (quarta-feira) 2 Data da declarao de calamidade pblica: 21/5/2010 (segundafeira) 3 Data do trmino do estado de calamidade: 7/6/2010 (segundafeira) 4 Data do trmino do prazo normal: 11/6/2010 (trinta dias da cincia) 5 Data do protocolo: 29/6/2010 6 Trmino do prazo observado o perodo do estado de calamidade: 29/6/2010 7 A data da declarao da excepcionalidade ocorreu em 21/5/2010, j decorridos oito dias do prazo recursal, e o trmino da calamidade pblica ocorreu em 7/6/2010, restituindo-se a partir do dia seguinte os 22 (vinte e dois) dias restantes para interposio do recurso, terminando o prazo, portanto, em 29/6/2010. Recurso intempestivo: a) exemplo 1 e anlise: 1 Data da cincia: 10/5/2010 (segunda-feira) 2 Data do protocolo: 11/6/2010 3 Trmino do prazo: 9/6/2010 (quarta-feira) 4 Foi protocolado aps o prazo de trinta dias da cincia. b) exemplo 2 e anlise: 1 Data da cincia: 6/5/2010 (quinta-feira) 2 Data da declarao de calamidade pblica: 11/5/2010 3 Data do trmino do estado de calamidade: 1/6/2010 (tera-feira)

4 Data do trmino do prazo normal: 7/6/2010 (j que o trigsimo dia aps a cincia no dia til) 5 Trmino do prazo observado o perodo do estado de calamidade: 29/6/2010 (tera-feira) 6 Data do protocolo: 30/6/2010 7 A data da excepcionalidade ocorreu em 11/5/2010 quando j decorridos quatro dias do prazo recursal, e o trmino da calamidade pblica ocorreu em 1/6/2010 restituindo-se a partir do dia seguinte os 26 (vinte e seis) dias restantes para interposio do recurso, terminando o prazo, portanto, em 29/6/2010. Entretanto, o recurso somente foi protocolizado em 30/6/2010. A intempestividade do recurso s poder ser declarada se ficar comprovado que a cincia foi realizada na forma da Seo 2 do Captulo I deste Manual. No havendo prova da cincia da deciso do INSS por parte dos interessados, o recurso e/ou as contrarrazes sero consideradas tempestivas, devendo essa ocorrncia ser registrada no processo. O recurso intempestivo do interessado no gera qualquer efeito, mas deve ser encaminhado ao respectivo rgo julgador com as devidas contrarrazes do INSS, nas quais deve estar apontada a ocorrncia da intempestividade. O no conhecimento do recurso pela intempestividade no impede a reviso do ato recorrido pelo INSS quando verificada a incorreo da deciso administrativa. A intempestividade do recurso no pode, em hiptese alguma, gerar recusa sua protocolizao ou andamento. 10. Diligncias dos rgos julgadores do CRPS Diligncias so as providncias solicitadas pelos rgos julgadores que visam a regularizar, informar ou completar a instruo dos processos e que devem ser cumpridas na forma do art. 308, 2 do RPS, observando-se que: a) no ser discutido o cabimento das diligncias; b) se a execuo da diligncia for impossvel, o processo ser devolvido ao rgo julgador requisitante, com a justificativa cabvel; c) nas diligncias que se referirem a JA, dever ser observado o seguinte: I independentemente de existir documentos como incio de prova material ser cumprida a diligncia; II se o processante entender que no esto presentes os requisitos necessrios para a homologao quanto forma, poder deixar de homologar a JA, consignando as razes por meio de relatrio sucinto; III a homologao quanto ao mrito ser de responsabilidade dos Gerentes de APS ou Chefes de Benefcios, que so as autoridades competentes para designar o processante da JA. Caso referidas autoridades entendam que no cabe a homologao quanto ao mrito, por faltar algum requisito que impossibilite a anlise, tais como incio

de prova material, processamento somente com depoimento de testemunhas, entre outros, poder optar pela no homologao, justificando sua deciso por meio de relatrio sucinto, porm, fundamentado nos motivos que resultou essa deciso; e IV no ser considerada cumprida a diligncia que versar sobre processamento de JA, e no houver manifestao quanto homologao de forma e mrito, conforme as alneas anteriores. Nota: A autoridade competente para homologar quanto ao mrito nunca ser o CRPS, cabendo esta responsabilidade apenas ao Gerente da APS ou Chefes de Benefcios. Desta deciso no caber recurso (art. 147 do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999) d) cumprida a diligncia administrativa pelo setor processante na ntegra, o processo dever ser encaminhado diretamente ao rgo julgador. Ser de 30 (trinta) dias, prorrogveis por mais 30 (trinta) dias, o prazo para que o INSS restitua os autos ao rgo julgador com a diligncia integralmente cumprida. O pedido de prorrogao de prazo de que trata o item anterior, acompanhado de justificativa, ser encaminhado via correio eletrnico institucional ou por fax ao Presidente da unidade julgadora que, na hiptese de deferimento estabelecer o prazo final, sem prejuzo das providncias cabveis se houver descumprimento injustificado. 11. Cumprimento dos acrdos dos rgos julgadores do CRPS vedado ao INSS escusar-se a cumprir as decises definitivas oriundas da JR ou da CaJ, a reduzir ou a ampliar o alcance dessas decises ou a execut-las de maneira que contrarie ou prejudique o evidente sentido nelas contidos. Exemplo: Aposentadoria por Tempo de Contribuio com vnculo comprovado e no includo no resumo de tempo de contribuio pela APS e sem manifestao do CRPS. rgo julgador deu provimento contando 35 (trinta e cinco) anos, (sem o referido vnculo). No momento de cumprir a deciso, dever a SRD/APS antes de incluir o vnculo, remeter ao rgo julgador por meio de despacho fundamentado, alegando que no estar ampliando o alcance da deciso, mas apenas executando de maneira que beneficia o segurado. Ser de at 30 (trinta) dias o prazo para cumprimento integral do acrdo, contados a partir da data do recebimento do processo na APS. As decises dos rgos recursais se aplicam unicamente aos casos julgados, no se estendendo administrativamente, por analogia, aos demais processos ou casos. Nota: No se pode aplicar uma deciso tomada em um processo relativo a uma pessoa interessada, a outro processo de outra pessoa interessada. A extenso administrativa vedada a de aplicar-se uma deciso do rgo recursal ao deslinde de outro caso, de outra pessoa, por

entender o administrador que determinada deciso do colegiado respaldaria outra deciso, julgada semelhante. No o de que se trata. E muito claro que, na prtica, o reconhecimento do direito constante de um determinado tempo de servio/tempo de contribuio ou atividade especial, que, na instruo do processo presente hoje, seja insuficiente para a concesso do benefcio, somente poder fazer-se no amanh, obviamente em outro processo, em que o mesmo interessado poder valer-se do tempo antes reconhecido, para, juntamente com outros perodos que venha a comprovar, 4 completar os requisitos para a obteno do benefcio. Por ocasio do cumprimento de deciso de ltima e definitiva instncia relativa a benefcios, dever a APS efetuar pesquisa nos sistemas disponveis, com a finalidade de verificar a existncia de benefcio concedido ao interessado, sendo que, em caso positivo, efetuar demonstrativo dos clculos do benefcio reconhecido em grau de recurso, incluindo os valores a receber/a pagar: a) facultar ao interessado o direito de optar por escrito pelo benefcio mais vantajoso; b) se o segurado optar pelo benefcio que estiver recebendo, a APS dever juntar o termo de opo e providenciar o arquivamento do processo. Neste caso, o rgo julgador dever ser oficiado; e c) se o interessado optar pelo benefcio objeto da deciso recursal dever a APS implantar o benefcio e proceder aos acertos financeiros. Aplica-se o disposto neste item ao beneficirio legitimado como parte, que deu prosseguimento ao recurso do segurado, no caso de falecimento deste. A opo ser concretizada com o recebimento do primeiro pagamento, revestindo-se essa opo a partir de ento, de carter irretratvel. Quando o segurado no exercer o direito de opo, aps devidamente cientificado, a deciso recursal dever ser cumprida de imediato, segundo inteligncia do art. 56 do RICRPS. Nota: a regra cumprir as decises recursais no prazo de 30 (trinta) dias, salvo na hiptese prevista no art. 56, 2 do RICRPS (soma dos requisitos benefcio mais vantajoso e opo expressa), onde, face a ausncia de um ou outro, resta ao INSS o cumprimento imediato da referida deciso. Exemplo: a JR reconhece o direito a um benefcio, onde o interessado j recebedor de outro benefcio. A APS convoca o mesmo para exercer direito de opo, encaminhando o demonstrativo dos clculos do benefcio reconhecido em grau de recurso, incluindo os valores a receber/a pagar, onde no comparece, apesar de devidamente intimado. Resta APS cumprir a deciso recursal. A deciso da instncia recursal, excepcionalmente, poder deixar de ser cumprida no prazo estipulado pela Seo 11 do Captulo I deste Manual, com posterior retorno ao rgo julgador para cincia quando aps o julgamento pela JR ou CaJ: a) for demonstrado pelo INSS que ao beneficirio foi deferido outro

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Nota n 39/2010/DIVCONS/CGMBEN/PFE-INSS, de 28 de maio de 2010.

benefcio mais vantajoso, desde que haja opo expressa do interessado; b) for verificado pelo INSS que ao interessado foi reconhecido o direito pleiteado na esfera judicial. Nesta hiptese cabe prvia manifestao da PFE, nos termos da Seo 7 do Captulo I deste Manual. No ser bice para o cumprimento da deciso recursal a violao a ato normativo do INSS .

Exemplo: Auxlio-Doena Previdencirio com agravamento da doena, com iseno de carncia e sem implementar os requisitos (art. 280, 1 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010). Dever SRD encaminhar ao SST para que se pronuncie se caso de agravamento (art. 71, 1 do RPS). Caso o SST confirme que agravamento, como estar violando apenas norma interna e no se enquadra nas hipteses do Recurso Especial (violao literal de lei ou decreto) dever se dar cumprimento deciso recursal. Quando houver dificuldades oriundas dos sistemas de benefcios para cumprir acrdos dos rgos julgadores, encaminhar correio eletrnico com todos os dados identificadores do processo para a DPSCRD no endereo: [email protected] ou DPSST no endereo: [email protected], conforme o caso.

12. Da reafirmao da DER Havendo solicitao pelo interessado da reafirmao da DER em fase recursal, a APS dever adotar os seguintes procedimentos: a) aps a interposio de recurso JR e ainda em fase de apresentao de contrarrazes, verificar que o nico impedimento para concesso do

benefcio ser suprido pela reafirmao da DER, sendo permitida a reforma administrativa, sem a remessa do processo JR; b) caso o recurso esteja em andamento na JR ou CaJ, ser necessrio encaminhar o pedido da reafirmao de DER para anlise do rgo julgador; c) em fase de cumprimento de acrdo de deciso definitiva, a APS cumprir o Acrdo na ntegra, pois com o julgamento o recurso foi consolidado. Nesse caso, aps a concesso, proceder com o cancelamento (art. 659 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010) e habilitao de novo benefcio;Exemplo: deciso proferida pela JR reconhecendo o direito ao benefcio sem interposio de Recurso Especial (consolidao da deciso no mbito administrativo), no entanto, face ao tempo decorrido, o interessado solicita reafirmao da DER por considerar mais vantajoso. A deciso recursal ser cumprida em seus exatos termos (art. 56 do RICRPS) e o benefcio cancelado (art. 659 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010). Imediatamente ser habilitado um novo benefcio; d) aps a deciso indeferitria definitiva do CRPS, no ser admitido pedido de reviso para a reafirmao da DER, exceto se vier acompanhada de outros documentos, alm dos j existentes no processo, hiptese em que ser considerado e recebido como novo pedido de benefcio;

Exemplo: deciso proferida pela JR negando o direito ao benefcio sem interposio de Recurso Especial (consolidao da deciso no mbito administrativo). Pedido de reafirmao de DER. Caso o pedido no venha acompanhado de outros documentos, dever ser indeferido de plano. Situao diversa caso acompanhado de novos documentos, onde ser processado como novo pedido de benefcio. 13. Pedido de vista, cpia reprogrfica e carga do processo de recurso assegurado ao beneficirio ou ao seu representante legalmente constitudo, mediante requerimento protocolado, o direito de vistas ao processo no INSS, na presena de um servidor. A exigncia de procurao para as vistas no excetua o advogado, na hiptese da existncia, nos autos do processo administrativo previdencirio, de documentos sujeitos a sigilo. Quando o beneficirio ou seu representante legal solicitar cpia de processo, o custo dever ser pago pelo requerente por depsito direto em conta nica vinculada Unidade Gestora da GEx. O valor de cada cpia dever ser igual quele pago pela GEx, previsto no contrato de reprografia .

As cpias somente podero ser entregues ao requerente mediante apresentao do comprovante do depsito referido acima, cuja cpia dever ser arquivada no processo. O pagamento previsto acima dispensado no caso de o segurado receber cpia em meio magntico, desde que fornea o meio apropriado (CD ou pen drive) e que no haja custo para o INSS realizar a reproduo por este meio. Poder ser permitida a retirada dos autos das dependncias do INSS com a finalidade de reproduzir os documentos do interesse do requerente, desde que acompanhado por servidor, a quem caber a responsabilidade pela integralidade do processo at seu retorno. O acompanhamento do servidor de que trata o item acima, poder ser dispensado caso o procurador seja advogado, exigindo-se a reteno da carteira da OAB na unidade do INSS, at a devoluo dos autos. A carga dos autos ou a entrega de cpia em meio fsico ou digital ser devidamente registrada pelo servidor no processo. Ao advogado regularmente inscrito na OAB, que comprove essa condio, poder ter vista, para exame na repartio do INSS, de qualquer processo administrativo. Quando o advogado apresentar procurao outorgada por interessado no processo ou

se j constante dos autos, poder ser-lhe dada vista e carga dos autos, pelo prazo de 5 (cinco) dias, mediante requerimento e termo de responsabilidade onde conste o compromisso de devoluo

tempestiva. O requerimento de carga ser decidido no prazo mximo improrrogvel de 48 (quarenta e oito) horas teis, observando que: a) se deferido o pedido, a carga ao advogado ser feita imediatamente; b) se indeferido, a autoridade administrativa dever justificar o indeferimento. Quando tratar-se de notificao para interposio de recurso ou para oferecimento de contrarrazes, poder ser dada vista e carga dos autos, ao advogado habilitado com procurao outorgada por interessado no processo, pelo respectivo prazo previsto para o recurso ou as contrarrazes, mediante termo de responsabilidade onde conste o compromisso de devoluo tempestiva. O prazo citado no item acima, no que tange carga para o advogado, equivaler ao perodo faltante para a interposio do recurso ou contrarrazes. Exemplo: cincia em 24/5/10. O advogado solicita carga em 14/6/10. O prazo para devoluo do processo ser encerrado em 23/6/10. Quando a deciso recorrida ensejar recurso pelo INSS e pelo interessado, a notificao ao interessado ser feita aps a prtica do ato pelo INSS, o mesmo ocorrendo no caso de contrarrazes. Exemplo: provimento parcial. Se tanto o INSS quanto o segurado tm interesse em recorrer, o prazo seria comum. Entretanto, cabe ao INSS interpor recurso e, ato contnuo, facultar ao segurado interpor recurso e apresentar contrarrazes. Caso, de forma espontnea (independentemente de intimao), o segurado ou seu representante legal comparecer e tiver cincia dos autos, o prazo para recorrer ter incio somente aps a prtica do ato pelo INSS. A carga dos autos ser atendida por simples manifestao do advogado habilitado por procurao, vista da intimao. Ser permitida a carga do processo, mesmo na hiptese de processo encerrado e arquivado, ao advogado que se apresente munido de: a) nova Procurao, com a outorga de poderes pelo interessado (outorgante) para o mesmo objeto da procurao anterior, no caso de mudana de procurador, entendendo-se, nesse caso, que o mandato posterior revogou o anterior, prevalecendo a nova Procurao; b) substabelecimento da Procurao j existente nos autos, observado o disposto no art. 396 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010. Quando da retirada do processo pelo advogado, tambm denominada carga, a APS dever proceder da seguinte forma: a) verificar se todas as folhas esto numeradas e rubricadas, anotando a existncia de eventual emenda ou rasura; b) anotar no termo de responsabilidade o nmero total de pginas constantes

no original; c) anotar, no livro de cargas, o nmero do benefcio, o nome do segurado, a data de devoluo do processo e a data da entrega com a aposio da assinatura do advogado; d) apor, na ltima folha do processo, o carimbo de carga descrito no modelo constante do Anexo VII da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010, com o respectivo preenchimento. Quando da devoluo do processo pelo advogado, a APS dever adotar o seguintes procedimentos: a) registrar, no livro de carga, a data da devoluo; b) conferir todas as peas do original, para verificar a integral constituio dos autos, conforme a entrega, e se houve substituio ou extravio de pea processual; e a existncia de emendas ou rasuras no constantes no ato da entrega, que, se verificadas, devero constar do termo de ocorrncia a ser incorporado ao processo; c) apor, na ltima folha do processo, o carimbo de devoluo conforme o modelo constante do Anexo VII da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010. No sendo o processo devolvido pelo advogado no prazo estabelecido, dever o fato ser comunicado PFE local, para providncias quanto devoluo, inclusive pedido judicial de busca e apreenso, se necessrio, e comunicao, por ofcio, Seccional da OAB, para as medidas a seu cargo. De acordo com o contido no art. 7 da Lei n 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia), no ser permitida a retirada dos autos, nos seguintes casos: a) quando existirem nos autos documentos originais de difcil restaurao (Certides, Carteiras Profissionais, Carteiras de Trabalho e Previdncia Social, cadernetas de contribuio do ex-Instituto de Aposentadorias e Penses, entre outros), documentos antigos de difcil restaurao, processo com suspeita de irregularidades, processo em fase de recurso e contrarrazes do INSS, ou ocorrer circunstncia relevante que justifique a permanncia dos autos na repartio, reconhecida a permanncia pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofcio, mediante representao ou a requerimento da parte interessada; b) quando o advogado, ao descumprir prazo de entrega de autos, devolveulhes somente depois de intimado. 14. Do PAB de origem recursal A anlise dos crditos relativos a pagamentos de benefcios oriundos de deciso recursal devero observar o disciplinado nos arts. 413 a 416 da Instruo Normativa INSS/PRES n 45, de 2010, ressaltando que a questo litigiosa definitivamente julgada pelo CRPS, no ser objeto de novas discusses e impugnaes no mrito por parte do INSS, mas to somente do cumprimento da deciso, ou seja, as decises consolidadas no mbito administrativo no se submetem

auditagem do INSS . Exemplo 1: PAB gerado de deciso recursal que teve como objeto o indeferimento de um benefcio. A anlise no dever adentrar no mrito j julgado, ou seja, no se rediscutir o direito ao benefcio, dada a consolidao da deciso do CRPS, o que no impede a verificao das planilhas de clculos com os valores devidos e recebidos, bem como do esclarecimento do motivo da fixao da DIP, da DRD, da DIC, e a portaria e/ou orientao interna utilizada para obteno dos ndices da correo, etc. Exemplo 2: PAB gerado de deciso recursal que teve como objeto o reconhecimento em condies especiais de um determinado perodo. A anlise no dever adentrar no mrito j julgado, ou seja, no se rediscutir o enquadramento do perodo, dado a consolidao da deciso do CRPS. Neste caso, o direito ao benefcio poder ser discutido, pois no houve manifestao por parte do CRPS com este objeto. As disfunes normativas devero ser saneadas desde que no alterem a matria j definitivamente decidida pelo CRPS. 15. Recurso de benefcio suspenso pela Auditoria / MOB Em se tratando de processo de benefcio suspenso por determinao da Auditoria/MOB, caber APS: a) recebido o recurso do interessado JR, com ou sem a apresentao de novos elementos, devendo ser juntado ao processo e, em seguida, encaminhar os autos Auditoria/MOB que ter o prazo de 6 (seis) dias teis para manifestao. Findo este prazo, o processo ser devolvido APS para proceder s contrarrazes ao recurso impetrado e posterior encaminhamento JR para julgamento; b) aps julgamento da JR negando provimento ao interessado, se ele interpuser recurso CaJ, a APS dever fazer juntada da petio ao processo, encaminhando-o imediatamente Auditoria/MOB para que, no prazo mximo de 6 (seis) dias teis, emita parecer prvio antes da remessa ao SRD para apresentao de contrarrazes CaJ; c) caso haja deciso da JR favorvel ao interessado, antes da interposio de recurso CaJ, nos caso permitidos na legislao, o SRD dever encaminhar o processo ao rgo que suspendeu o benefcio, para que, no prazo de 6 (seis) dias teis da data do recebimento, emita parecer prvio e, aps, faa retornar o processo para prosseguimento da tramitao, utilizando-se do meio mais rpido, para que no seja prejudicado o prazo para interposio de recurso; d) caso o recurso tenha sido oriundo de apurao e de comprovao de irregularidade, com deciso final desfavorvel ao interessado, dever a APS, aps a comunicao ao mesmo, proceder de acordo com as normas pertinentes.

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Nota Tcnica DCB/CGMBEN n 21/2007, de 6 de maro de 2007.

16. Acordos Internacionais Nos casos de recursos de interessados abrangidos por Acordos Internacionais, a instruo do recurso JR ficar a cargo da APS que concedeu ou indeferiu o benefcio. Quando se tratar de recurso CaJ, na forma estabelecida na legislao, compete ao Organismo de Ligao Brasileiro das GEx a instruo e fundamentao do recurso, cabendo ao SRD dessa GEx a tramitao do processo quela instncia julgadora. Quando houver decises favorveis das Juntas de Recursos ou das Cmaras de Julgamento em parte ou na totalidade ao(s) interessado(s), caber ao SRD receber os autos e remet-lo ao SMAN para, no prazo de 6 (seis) dias teis, elaborar parecer prvio sobre a deciso proferida. Em seguida, dever o processo ser devolvido ao SRD para que seja verificada a ocorrncia das hipteses de incidentes processuais, recurso especial ou pedido de uniformizao de jurisprudncia, conforme o caso. O procedimento descrito no item anterior deve observar o prazo mximo de 30 (trinta) dias para realizao do protocolo. Antes da apresentao das contrarrazes pelo SRD, quando se tratar de recurso do interessado CaJ, compete ao SMAN a emisso de parecer prvio. 17. Cobrana Administrativa No ser efetuada cobrana administrativa referente ao perodo em que o beneficirio recebeu valores correspondentes a benefcio que foi concedido ou reativado em grau de recurso, mas que, por fora de reviso de acrdo foi cessado, exceto nos seguintes casos: a) se a deciso de revogao do acrdo de primeira instncia ocorrer em virtude de fraude, dolo ou m-f por parte do segurado, com conivncia ou no do servidor; e b) se, depois de notificado sobre a revogao da deciso de ltima e definitiva instncia, o beneficirio continuar recebendo valores referentes ao benefcio.

CAPTULO II DOS INCIDENTES PROCESSUAIS1. Disposies Gerais Da apresentao pelo INSS de procedimentos tendentes a corrigir incidentes processuais no se abrir prazo para manifestao da parte contrria, devendo a petio, devidamente protocolada e juntada ao processo, ser encaminhada diretamente unidade julgadora para apreciao, no prazo mximo de 30 (trinta) dias para o cumprimento da deciso. Quando a parte interessada for o INSS, ser do SRD a legitimidade para avaliar se a deciso recursal passvel de anlise pelo rgo julgador quanto ocorrncia dos incidentes processuais previstos neste Captulo. O INSS s ter legitimidade para interposio de Embargos e Erro Material, sendo vedado o pedido de Reviso de Ofcio e Conflito de Competncia previstos no RICRPS. Nota: no h previso normativa para que o INSS provoque Reviso de Ofcio ou Conflito de Competncia, sendo procedimentos exclusivos do CRPS. Caso o interessado interponha Pedido de Reviso de Ofcio, a APS dever instruir e encaminhar ao SRD. Nesse caso o SRD, em despacho fundamentado, demonstrar o descabimento do pedido e remeter o processo ao rgo julgador que emitiu a deciso. 2. Dos Embargos Cabero embargos quando constatadas no Acrdo das Juntas de Recursos ou das Cmaras de Julgamento as seguintes situaes: a) obscuridade: falta de clareza, estado do que incompreensvel; b) ambiguidade: duplo sentido, que pode ter diferentes significados; c) contradio entre a deciso e seus fundamentos; ou d) omisso sobre ponto que deveria se pronunciar o rgo julgador. Os embargos declaratrios sero interpostos pelas partes do processo, mediante petio fundamentada, dirigida ao Presidente da unidade julgadora, no prazo de 30 (trinta) dias contados da cincia do acrdo. A interposio dos embargos interromper o prazo para cumprimento do acrdo, sendo restitudo todo o prazo de 30 (trinta) dias aps a sua soluo, salvo na hiptese de embargos manifestamente protelatrios, ocasio em que a deciso dever ser executada no prazo mximo de 5 (cinco) dias da cincia. A deciso proferida nos embargos poder, em casos excepcionais, modificar o contedo do acrdo impugnado, alterando lhe o sentido.

Exemplo: o objeto do indeferimento, entre outros, foi o no reconhecimento como atividade especial de um determinado perodo. No acrdo, o CRPS no entra no mrito desse enquadramento, havendo clara omisso por parte do rgo julgador sobre ponto que deveria se pronunciar. Entretanto, o julgamento dos embargos, apesar de ter como objetivo o pronunciamento sobre determinado ponto, poder alterar o sentido do julgamento, tais como o no enquadramento como atividade especial, culminando com o no reconhecimento do direito ao benefcio pleiteado. 3. Do Erro Material As inexatides materiais constantes de decises proferidas pelos rgos jurisdicionais do CRPS, decorrentes de erros de grafia, numricos, de clculos ou, ainda, de outros equvocos semelhantes, sero saneadas pelo respectivo Presidente da unidade julgadora ou pelo Presidente do CRPS, de ofcio ou a requerimento das partes, podendo ser corrigidas a qualquer tempo. No sero considerados erros materiais para os fins deste item as interpretaes jurdicas dos fatos relacionados nos autos, o acolhimento de opinies tcnicas de profissionais especializados ou o exerccio de valorao de provas.

CAPTULO III DO PROCEDIMENTO APLICVEL AO CONSELHO PLENO1. Da Uniformizao em Tese da Jurisprudncia A uniformizao, em tese, da jurisprudncia administrativa previdenciria poder ser suscitada para encerrar divergncia jurisprudencial administrativa ou para consolidar jurisprudncia reiterada no mbito do CRPS, mediante a edio de enunciados. A uniformizao em tese poder ser provocada pelo Presidente do CRPS, pela Coordenao de Gesto Tcnica, pela Diviso de Assuntos Jurdicos, pelos Presidentes das Cmaras de Julgamento ou, exclusivamente em matria de alada, por solicitao de Presidente de Juntas de Recursos ou pela Diretoria de Benefcios do INSS, por provocao das Divises/Servio de Benefcios das GEx, mediante a prvia apresentao de estudo fundamentado sobre a matria a ser uniformizada, no qual dever ser demonstrada a existncia de relevante divergncia jurisprudencial ou de jurisprudncia convergente reiterada. Aplica-se uniformizao em tese, no que couber, o procedimento previsto no art. 64, do RICRPS.

A emisso de enunciados, em qualquer hiptese, depender da aprovao da maioria simples dos membros do Conselho Pleno e vincular, quanto interpretao do direito, todos os Conselheiros do CRPS. A interpretao dada pelo enunciado no se aplica aos casos definitivamente julgados no mbito administrativo, no servindo como fundamento para a reviso destes. O enunciado poder ser revogado ou ter sua redao alterada, por maioria simples, mediante provocao das autoridades de que trata o 1 do art. 62 do RICRPS, sempre precedido de estudo fundamentado, nos casos em que esteja desatualizado em relao legislao previdenciria ou quando sobrevier parecer normativo ministerial, aprovado pelo Ministro de Estado, nos termos da Lei Complementar n 73, de 1993, que lhe prejudique ou retire a validade ou eficcia. 2. Do Pedido de Uniformizao de Jurisprudncia Quando a deciso da CaJ do CRPS, em matria de direito, for divergente da proferida por outra unidade julgadora em sede de recurso especial, a parte poder requerer ao Presidente da CaJ, fundamentadamente, que a jurisprudncia seja uniformizada pelo Conselho Pleno. A divergncia dever ser demonstrada mediante indicao do acrdo divergente, proferido nos ltimos cinco anos, por outra composio de julgamento da mesma Cmara ou de outra Cmara, ou, ainda, por resoluo do Conselho Pleno.

Aplica-se ao pedido jurisprudncia, no que couber, o disposto no Captulo VII do RICRPS.6

de

uniformizao

de

Reconhecida em sede cognio sumria a existncia da divergncia pelo Presidente da CaJ, o processo ser encaminhado ao Presidente do Conselho Pleno para que o pedido seja distribudo ao relator da matria. Do indeferimento liminar do pedido de uniformizao, decidido pela Presidncia da CaJ, caber recurso ao Presidente do CRPS, no prazo de 30 (trinta) dias. O pedido de uniformizao poder ser formulado pela parte uma nica vez, tratandose do mesmo caso concreto ou da mesma matria examinada em tese, luz do mesmo acrdo ou resoluo indicados como paradigma. O Conselho Pleno poder pronunciar-se pelo no conhecimento do pedido de uniformizao ou pelo seu conhecimento e seguintes concluses: a) deciso vlida somente para o caso concreto, mediante edio de Resoluo; e b) emisso de enunciado, com fora normativa vinculante, quando a soluo da divergncia for considerada juridicamente relevante e com abrangncia a um quantitativo expressivo de casos em situao idntica, observadas as disposies do art. 63 do RICRPS. Proferido o julgamento, caso haja deliberao para edio de enunciado, o conselheiro responsvel pelo voto vencedor dever redigir o projeto de enunciado, a ser aprovado na mesma sesso ou na sesso ordinria seguinte. O pronunciamento do Conselho Pleno, nos casos de uniformizao de jurisprudncia, poder ser adiado, uma nica vez, para a sesso seguinte a pedido de, no mnimo, trs membros presentes. O pedido de adiamento na forma do item anterior no impedir que votem os conselheiros que se julguem habilitados a faz-lo. Os conselheiros que tenham participado do julgamento na CaJ do CRPS no esto impedidos de julgar o pedido de uniformizao no Conselho Pleno. Quando a parte interessada for o INSS, ser do SRD a legitimidade para requerer o Pedido de Uniformizao de Jurisprudncia. 3. Aplicao do art. 309 do RPS Se o INSS, por meio do SRD, verificar a possvel existncia de matria controvertida,6

Anlise prvia

prevista no art. 309 do RPS, dever: a) fazer um relatrio circunstanciado da matria, juntando cpias das decises que comprovem a controvrsia entre o CRPS e o INSS; e b) encaminhar PFE local, para providncias a seu cargo. Ser considerada como matria controvertida a divergncia de interpretao de lei, decreto ou pareceres da Consultoria Jurdica do MPS, bem como do Advogado Geral da Unio, entre rgos ou entidades vinculadas ao MPS. O exame de matria controvertida de que trata o art. 309 do RPS, s dever ser evocado em tese de alta relevncia, in abstracto, no sendo admitido para alterar decises recursais em caso concreto j julgado em nica ou ltima e definitiva instncia.7

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O relatrio dever constar o entendimento do INSS devidamente fundamentado, demonstrando a divergncia encontrada.

CAPTULO IV PROCEDIMENTOS1. Petio e protocolizao do recurso do interessado (checklist) Caber ao setor processante do recurso: I verificar se consta da petio de recurso: a) a identificao do recorrente (nome, razo social, etc.); b) o endereo para correspondncia, do recorrente ou de seu representante legal; Exemplo: recorrente reside no meio rural, podendo informar endereo diverso, tais como: endereo de parentes, amigos. O endereo exclusivamente para comunicaes acerca do recurso, onde ser presumidamente considerado vlido o encaminhamento ao endereo informado, competindo ao recorrente mant-lo atualizado; c) a indicao da espcie, do nmero de benefcio, da CTC ou do protocolo que originou o recurso; d) se possvel, solicitar que nas razes do recurso estejam claras as alegaes do recorrente quanto s suas pretenses; e) se foram juntados os documentos declarados; f) a assinatura do recorrente ou de seu representante legal; g) no caso do recorrente ter representante legal, se foi apresentado o instrumento prprio para a representao. II localizar o processo que contm a deciso impugnada pelo recurso, o qual dever constar: a) requerimento inicial; b) documentos relativos a tempo de contribuio, idade, carncia, qualidade de segurado, qualidade de dependente, incapacidade, remunerao, dados cadastrais e demais fatos cuja comprovao se faa necessria; c) discriminao das contribuies que serviram de base de clculo do salrio-de-benefcio e/ou demonstrao do clculo do benefcio, se for o caso, bem como contagem/simulao do tempo de contribuio que fundamentou o indeferimento; d) Entrevista Rural devidamente assinada tanto pelo servidor quanto pelo requerente, nos casos de benefcios requeridos por segurados especiais; e) deciso do INSS por meio de despacho conclusivo do pedido; f) notificao da deciso, expressa em linguagem simples, precisa e objetiva, evitando o uso de expresses vagas, de cdigos, de siglas e de referncia a instrues internas, indicando, quando for o caso, a possibilidade de recurso ao rgo competente e o prazo; g) antecedentes mdico-periciais, se houver;

h) efetuar pesquisa nos sistemas disponveis (tais como CNIS, PLENUS, etc.), com a finalidade de verificar a existncia de benefcio em nome do interessado, sendo que na hiptese de haver: h.1 benefcio concedido: h.1.1. verificar se a documentao apresentada, referente ao benefcio concedido, diferente da documentao do benefcio objeto de recurso; h.1.2. se reconhecido o direito ao benefcio indeferido, efetuar a simulao do clculo desse ltimo; h.1.3. convocar o segurado e orient-lo acerca da possibilidade de eventual desistncia do recurso e opo pelo benefcio mais vantajoso; h.1.4. proceder, se for o caso, ao encaminhamento para o setor do MOB da APS, para apurao, se verificado indcio de irregularidade no benefcio concedido e/ou no benefcio indeferido; h.2 benefcio indeferido: identificada a existncia de outro benefcio indeferido da mesma espcie, devero ser analisadas as razes do seu indeferimento, providenciando a juntada da cpia integral ao processo, se possvel; III juntar a petio de recurso ao processo, bem como os documentos apresentados, capear e observar: a) o bom estado de conservao dessas capas, inclusive dos apensos, substituindo as imprestveis, antes da remessa aos rgos julgadores; b) a numerao do processo, corrigindo-a se necessrio; c) a substituio de colchetes defeituosos; d) a substituio de envelopes danificados que contenham documentos que no possam constituir folhas do processo; IV os documentos originais apresentados para instruo do processo, quando de natureza pessoal das partes, devero ser restitudos mediante respectivo termo de devoluo e substitudos por cpias cuja autenticidade seja declarada pelo servidor processante, podendo ser retida, por meio de termo, a documentao original quando houver indcio de fraude; V numerar as folhas em sequncia cardinal e apor rubrica; VI fazer a juntada do AR ou equivalente da carta que tenha comunicado a deciso recorrida, como folhas integrantes do processo, devidamente numeradas, no devendo jamais grampe-los s contracapas; VII identificada a existncia de processo de outro interessado na mesma pretenso, o setor processante promover, se possvel, a apensao do mesmo. Exemplo: Penso por Morte requerida por companheira e Penso por Morte requerida pela cnjuge, ambas com o mesmo instituidor. VIII registrar apensaes e desapensaes em todos os processos; IX caso haja conhecimento da propositura de ao judicial com objeto

idntico ao pedido sobre o qual versa o processo administrativo, a APS dever: a) aps certificada a existncia de Ao Judicial com o mesmo objeto: a.1. estando o segurado/representante legal presente, reduzir a termo suas declaraes, anexando ao processo; a.2. estando o segurado/representante legal ausente, emitir carta de 8 comparecimento , nos moldes do estabelecido na Seo 7 do Captulo I deste Manual, anexando-a ao processo; b) vencido o prazo sem manifestao do segurado/representante legal ou estes declararem, por escrito ou reduzida a termo, que se trata do mesmo objeto, providenciar arquivamento por caracterizar renuncia tcita; c) havendo manifestao, por escrito ou reduzida a termo, por parte do segurado/representante legal solicitando prosseguimento do recurso alegando tratar-se de ao judicial com objeto diverso, prosseguir na anlise do pedido recursal, com posterior remessa ao CRPS; d) concluir anlise, com o reexame da matria pelo setor processante da APS em despacho fundamentado, por meio do qual se far uma reanlise da deciso recorrida e um estudo criterioso vista dos documentos contidos no processo, para verificao de todas as exigncias legais indispensveis ao direito pleiteado, objetivando evitar o encaminhamento desnecessrio aos rgos julgadores, exceto na hiptese do 3, art. 31, do RICRPS, onde sero considerados como contrarrazes do INSS os motivos do indeferimento inicial. Nota: O conhecimento da propositura da ao judicial poder ser feito por meio de consultas aos stios dos respectivos Tribunais Regionais Federais e/ou Tribunais de Justia. 2. Anlise da matria do Recurso Ordinrio JR A apresentao de contrarrazes do INSS no recurso ordinrio atribuio da unidade que proferiu a deciso. Caber ao setor processante do recurso, sempre com a anuncia da Chefia imediata, reexaminar o mrito, procedendo da seguinte forma: a) realizar os procedimentos da Seo 1 do Captulo IV deste Manual; b) verificar se, alm da causa determinante da deciso que originou o recurso, existe outras que impeam o atendimento do pedido, analisando, para esse fim, todas as condies exigidas para deferimento do pleito em exame; c) identificadas outras razes de indeferimento, as quais no foram apontadas na comunicao da deciso denegatria, caber a notificao do interessado desses outros motivos e abertura de prazo de 30 (trinta) dias para que, se desejar, apresente novas razes de recurso em aditamento ou substituio das j apresentadas;

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Emitida automaticamente pelo Sistema.

d) se, nesse reexame, for reconhecido o direito do recorrente, propor alterao da deciso recorrida sua Chefia imediata; e) providenciar, se for o caso, o completo esclarecimento das alegaes recursais do interessado, observando que, identificada a necessidade de formulao de exigncia ao interessado ou PE, deve a APS cientific-lo, observando o seguinte: e.1) transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias para o cumprimento da exigncia ou da PE, o processo ser encaminhado para a JR, com a resposta do solicitado ou justificativa sobre a impossibilidade de atendimento no prazo previsto; e e.2) caso o cumprimento da exigncia ou as respostas das pendncias se deem enquanto o processo estiver pendente de julgamento pela JR, estas sero encaminhadas quele rgo julgador; e f) em caso de dvida sobre os atos e normas inerentes ao recurso, consultar o SRD. Em se tratando de matria especializada, consultar a rea especfica, tais como PFE, SAIS, SST, etc; Se do reexame do caso resultar: a) confirmada totalmente a deciso recorrida, encaminhar JR; b) confirmada, em parte, a deciso recorrida, em se tratando de reconhecimento parcial do direito, convocar o segurado a fim de comunicarlhe o reconhecimento parcial, ensejando-lhe a oportunidade de optar: b.1) pela concordncia com a reforma parcial, dando-se prosseguimento ao recurso no que se refere parte controversa. Neste caso, elaborar despacho, registrando a reforma do ato denegatrio parcialmente. Assim, o recurso prosseguir relativamente parte no reconhecida, com a remessa do processo JR; Exemplo 1: Indeferimento de Aposentadoria por Tempo de Contribuio. INSS, em fase recursal, reconhece o referido benefcio na forma proporcional. Dever convocar segurado para que concorde ou no com a concesso do benefcio na forma proposta, prosseguindo a discusso acerca da Aposentadoria por Tempo de Contribuio integral; Exemplo 2: Penso por Morte Previdenciria indeferida por falta de qualidade dependente. INSS, em fase recursal, reconhece o direito a dois dependentes (filhos do instituidor) e no reconhece a condio de companheira. Dever convocar a interessada para que concorde com a concesso aos filhos, prosseguindo a discusso acerca da qualidade de dependente da companheira; b.2) pela concordncia com a reforma parcial e desistncia, por escrito, da parte controversa do recurso. Neste caso, elaborar despacho, registrando a reforma do ato denegatrio parcialmente e a desistncia apenas da parte controversa. Assim, o recurso dever ter seguimento para homologao da desistncia, com a remessa do processo JR; Exemplo: Indeferimento de Aposentadoria por Tempo de Contribuio. INSS, em fase recursal, reconhece o referido benefcio na forma proporcional. Dever convocar segurado para que concorde ou no com a concesso do benefcio na forma

proposta. Segurado concorda e desiste da forma integral. Ressaltando que a desistncia se refere ao processo de recurso, no prejudicando posterior pedido de reviso; b.3) pela discordncia com a reforma parcial, dando-se prosseguimento ao recurso at a deciso definitiva. Neste caso, elaborar despacho, com a remessa do processo JR; Exemplo: Indeferimento de Aposentadoria por Tempo de Contribuio. INSS, em fase recursal, reconhece o referido benefcio na forma proporcional. Dever convocar segurado para que concorde ou no com a concesso do benefcio na forma proposta. Segurado discorda, pois a concesso do benefcio prejudicaria eventual direito a complementao feita por parte do seu empregador; ou c) reforma total, ficando o recurso prejudicado por perda do objeto, tomando as medidas necessrias para que se atenda a pretenso do recorrente, deixando de encaminhar o processo JR. 3. Das diligncias dos rgos julgadores do CRPS Caber APS: a) observar o prazo estabelecido para o cumprimento da diligncia; b) colher declarao por escrito e devidamente assinada pelo interessado, quando sejam alegadas situaes que possam prejudicar o direito do recorrente, tais como: no possua documento que prove determinado tempo de contribuio; no comprove a condio de dependente; testemunhas a indicar, etc.; c) examinar todos os itens das diligncias, a fim de verificar se foram totalmente atendidas, evitando devolues; e d) se for reconhecido o direito do segurado, no todo ou em parte, elaborar despacho fundamentado quanto s razes que justifiquem o reconhecimento do direito e sua nova deciso, para fins de extino do processo com apreciao do mrito, por reconhecimento do pedido; Nota: a APS no promover a concesso do benefcio, pois esta deciso do CRPS que prolatar Acrdo enfrentando o mrito, podendo inclusive negar provimento pretenso. Atendida a diligncia, dever a APS: a) nos casos de diligncia de JR, encaminhar diretamente ao rgo julgador; ou b) nos caso de diligncia de CaJ, encaminhar ao SRD para verificar seu cumprimento. 4. Cumprimento da deciso da JR No acrdo de no conhecimento do recurso do beneficirio ou de conhecimento e no provimento caber APS:

a) comunicar a deciso ao interessado, de forma clara e precisa, evitando expresses vagas e citaes de atos internos, informando sempre o prazo para apresentao de recurso instncia superior, ressalvadas as decises de alada da JR; e b) transcorrido o prazo sem a manifestao do interessado, arquivar o processo. Nos acrdos de conhecimento e provimento parcial: a) caber ao SRD, avaliar a deciso recursal e: a.1) se constatada a ocorrncia dos incidentes processuais, adotar o previsto no Captulo II deste Manual; a.2) interpor Recurso Especial, se necessrio; ou a.3) se concluir pelo seu acatamento, encaminhar APS para cumprimento; b) caber APS: b.1) receber o processo; b.2) notificar o interessado, quanto ao reconhecimento parcial do direito, ensejando-lhe a oportunidade de optar: 1. pela concordncia com a reforma parcial, cumprindo o Acrdo, podendo o interessado apresentar recurso da parte no reconhecida; 2. pela no concordncia com a reforma parcial, podendo apresentar recurso para o reconhecimento integral do direito; b.3) no havendo manifestao por parte do interessado, nos moldes da alnea anterior, dever a APS cumprir o Acrdo na ntegra; ou b.4) comunicar o interessado da deciso da JR; Nos acrdos de conhecimento e provimento: a) caber ao SRD, avaliar a deciso recursal e: a.1) se constatada a ocorrncia dos incidentes processuais, adotar o previsto no Captulo II deste Manual; a.2) interpor Recurso Especial, se necessrio; ou a.3) se concluir pelo seu acatamento, encaminhar APS para cumprimento; b) caber APS: b.1) receber o processo e cumprir a deciso do acrdo; b.2) comunicar o interessado da deciso da JR; ou b.3) em caso de dvida ou impossibilidade do cumprimento da deciso recursal, devolver SRD com despacho fundamentado. No caso de deciso em matria de alada favorvel ao interessado: a) caber ao SRD, avaliar a deciso recursal e: a.1) se constatada a ocorrncia dos incidentes processuais, adotar o previsto no Captulo II deste Manual; ou

a.2) se concluir pelo seu acatamento, encaminhar APS para cumprimento. b) caber APS: b.1) receber o processo e cumprir a deciso do acrdo; ou b.2) comunicar o interessado da deciso da JR; No caso de deciso em matria de alada desfavorvel ao interessado, caber APS comunic-lo que tal deciso definitiva, no comportando recurso instncia superior. No caso que envolva matria de alada das Juntas de Recursos, se o interessado apresentar recurso CaJ, a petio dever ser recebida e juntada ao processo, apontando-se o descabimento, por se tratar de matria de alada. Posteriormente, dever a APS remeter o processo ao SRD que providenciar seu encaminhamento CaJ. 5. Recurso dos interessados CAJ Caber APS: a) realizar procedimentos da Seo 1 do Captulo IV deste Manual; b) elaborar relatrio; e c) encaminhar o processo ao SRD em carter prioritrio, haja vista o prazo para o oferecimento de contrarrazes. 6. Apresentao de contrarrazes pelo INSS ao recurso do interessado CaJ Caber ao SRD: a) receber o processo; b) elaborar contrarrazes; e c) encaminhar o processo CaJ. Se o INSS reconhecer o direito do interessado por ocasio de interposio de recurso especial contra acrdo desfavorvel, dever o SRD envi-lo JR prolatora da deciso impugnada, para que esta reexamine a matria, antes da implantao do benefcio, conforme disposto no inciso I do 4 do art. 305 do RPS, aprovado pelo Decreto n 3.048, de 1999. 7. Recurso do INSS CaJ O SRD poder interpor recurso especial nas hipteses previstas no pargrafo nico do art. 16 do RICRPS. Se este for protocolizado tempestivamente, caber: a) elaborar o recurso expondo os motivos, devidamente argumentados e fundamentados, pelos quais se entende que no se deve dar cumprimento deciso da JR, apontando: a.1) violao a Lei, Decreto ou Portaria Ministerial; a.2) divergncia de Smula ou Parecer da AGU;

a.3) divergncia de Parecer da CJ/MPS ou da PFE; a.4) divergncia de enunciado do Conselho Pleno do CRPS; a.5) divergncia entre parecer emitido pelo ATM e mdico do INSS; ou a.6) ocorrncia de vcio insanvel; b) realizar o protocolo do recurso; e c) encaminhar ao interessado cpia do recurso do INSS CaJ e do Acrdo da JR, abrindo prazo para apresentao de contrarrazes, juntando ao processo prova da cincia de forma inequvoca. Havendo perda do prazo recursal CaJ, dever o SRD encaminhar os autos ao setor processante da APS para cumprir na ntegra a deciso proferida pela JR e, posteriormente, retornar o processo ao SRD para a interposio do recurso CaJ, pedindo relevao da intempestividade por meio de relatrio fundamentado. Nos casos em que no houver a relevao da intempestividade, dever o SRD, por relatrio devidamente fundamentado, encaminhar o processo para APS para fins de arquivamento. 8. Apresentao de contrarrazes pelo beneficirio Sempre que oferecidas contrarrazes pelo interessado ao recurso interposto pelo INSS CaJ, cabe ao SRD analis-las, observando: a) em se tratando de acolhimento parcial da deciso proferida pela JR, dever o SRD elaborar despacho circunstanciado e fundamentado quanto ao reconhecimento parcial do direito, encaminhando os autos CaJ; b) em se tratando de acolhimento total da deciso da JR, dever o SRD elaborar despacho circunstanciado e fundamentado, propondo a desistncia do recurso especial, encaminhando CaJ para fins de homologao; ou c) em se tratando de ratificao total da deciso da JR, dever o SRD remeter os autos CaJ. Ocorrendo o recebimento das contrarrazes do interessado ao recurso do INSS, aps o encaminhamento do feito CaJ, o SRD dever encaminh-las instncia recursal, para juntada aos autos, ficando dispensado de realizar a anlise mencionada no artigo anterior. 9. Cumprimento da deciso da CaJ Nos casos de acrdo favorvel ao INSS: a) caber ao SRD, avaliar a deciso recursal e: a.1) se constatada a ocorrncia dos incidentes processuais, adotar o previsto no Captulo II deste Manual; e a.2) aps, encaminh-la APS, orientando-a quanto ao cumprimento da deciso; b) caber APS:

b.1) notificar o interessado por carta, acompanhada de cpia ou transcrio do ato decisrio, esclarecendo que foi esgotada a via administrativa, no cabendo mais recurso; e b.2) caso o recurso tenha sido oriundo de apurao e comprovao de irregularidade, com deciso final desfavorvel ao interessado, aps comunicao ao mesmo, proceder de acordo com as normas relativas cobrana do dbito, se for o caso. Acrdo favorvel ao interessado no todo ou em parte: a) caber ao SRD, avaliar a deciso recursal e: a.1) se constatada a ocorrncia dos incidentes processuais, adotar o previsto no Captulo II deste Manual; e a.2) aps, encaminh-la APS, orientando-a quanto ao cumprimento da deciso; b) caber APS: b.1) cumprir a deciso da CaJ, observando as orientaes da SRD; e b.2) comunicar ao interessado a deciso e arquivar os autos. No caso de deciso de ltima instncia, caber APS comunicar ao interessado que tal deciso definitiva, ou seja, no comporta novo recurso. Se o interessado apresentar novo recurso CaJ, a petio dever ser recebida e juntada ao processo, apontando-se o descabimento, por se tratar de deciso de ltima e definitiva instncia. Posteriormente, dever a APS encaminhar o processo ao SRD que providenciar seu encaminhamento CaJ.

GLOSSRIONa tramitao e instruo de processos de recursos de benefcios, estabelecer as seguintes definies: ACRDO a deciso proferida em grau de recurso, pelo rgo Julgador, quando se tratar de julgamento do mrito da causa, que pode ser: a) de conhecimento e no provimento: ocorre quando a instncia julgadora analisa o mrito do recurso e o julga mantendo a deciso impugnada; b) de conhecimento e provimento parcial: ocorre quando a instncia julgadora analisa o mrito do recurso e julga o processo reformando, em parte, a deciso recorrida; c) de conhecimento e provimento: ocorre quando a instncia julgadora analisa o mrito do recurso e reforma totalmente a deciso impugnada; d) de anulao: ocorre quando o rgo julgador anula a deciso anterior emitindo nova deciso que poder ser de no provimento, provimento parcial ou provimento total. ALADA o limite de jurisdio, de competncia de juzo ou tribunal para conhecer ou para julgar causas. Na via administrativa, significa que o julgamento de determinadas matrias de competncia exclusiva das Juntas de Recursos, ou seja, o Regimento Interno do CRPS especifica quais as matrias sero julgadas em nica e definitiva instncia pelas Juntas de Recursos. CONEXO ocorre quando dois ou mais recursos tem em comum, o objeto e a causa de pedir.

CONTINNCIA ocorre quando h identidade quanto s partes e causa de pedir de dois ou mais recursos, mas o objeto de um, por ser mais amplo, abrange o dos outros. CONTRARAZES so as alegaes, por escrito, que uma das partes apresenta para contestar, refutar ou contradizer as razes do seu opositor. CURATELA o encargo pblico que a lei atribui a uma pessoa, como curador, para cuidar de outra ou de outras, administrando-lhes os bens e defendendo os seus interesses quando forem civilmente incapazes ou estiverem impedidas de faz-lo por sua conta. DECISO a manifestao proferida em grau de recurso, pelo rgo julgador, sem julgamento do mrito da causa, que pode ser: a) de converso em diligncia: ocorre quando a instncia julgadora solicita origem a complementao dos autos; b) de no conhecimento: ocorre quando a instncia julgadora no analisa o mrito do recurso. Constituem razes de no conhecimento: b.1) a intempestividade;

b.2) a ilegitimidade ativa ou passiva de parte;

b.3) a renncia utilizao da via administrativa para discusso da pretenso na esfera judicial; b.4) a desistncia voluntria manifestada por escrito pelo interessado ou seu representante; b.5) qualquer outro motivo que leve a perda do objeto do recurso; e b.6) a precluso processual, ou seja, a caducidade de um direito, de termo ou faculdade processual que no foi exercitada no prazo fixado; Exemplo: perda de determinada faculdade no processo pelo no exerccio dela no prazo legal (recurso aps o 30 dia), por se haver realizado atividade incompatvel com tal exerccio (recurso especial e, em seguida, embargos), ou, ainda, por j ter sido ela validamente exercitada (recurso especial e, em seguida, recurso especial). DILIGNCIAS so as providncias solicitadas pelos rgos julgadores do Conselho de Recursos da Previdncia Social-CRPS, que visam a regularizar, a informar ou a completar a instruo dos processos. EFEITO SUSPENSIVO aquele que possui certos recursos para suspender a execuo do Acrdo at que se decida sobre a validade deles. EFEITO DEVOLUTIVO a devoluo do conhecimento da matria decidida por outro rgo.

ENUNCIADO jurisprudncia dominante no CRPS que possui fora normativa e vincula os seus rgos. INSTNCIA a ordem ou grau da hierarquia do rgo julgador: a) Primeira Instncia: as Juntas de Recursos, exceto na matria de alada; b) Segunda Instncia: as Cmaras de Julgamento; c) nica Instncia: as Juntas de Recursos, em matria de alada. INTIMAO o chamamento que se faz a algum, pela autoridade, para que se faa ou deixe de fazer algo. JURISPRUDNCIA a consolidao dos entendimentos e fundamentos reiterados nos acrdos, em casos idnticos. MRITO diz respeito substncia do pedido, ao contedo do feito, razo de ser de uma petio, arrazoado ou causa. NOTIFICAO o ato de levar um fato ao conhecimento de uma pessoa; de inform-la a respeito de ato realizado ou a efetuar-se.

NOVO DOCUMENTO tudo que entra na formao de um ato, de um fato ou coisa. Representa mais um elemento de prova. NOVO ELEMENTO qualquer fato que possa comprovar ou testemunhar algo, o elemento mais amplo que o documento. PARECER o entendimento de rgos tcnicos sobre questes submetidas sua apreciao .

PETIO o pedido com o qual se d incio a uma ao ou recurso. PROCURAO o instrumento legal pelo qual se delega poderes a uma pessoa para tratar de assunto de seu interesse em seu nome. RECORRENTE o detentor do direito pleiteado; aquele que interpe o recurso, seja pessoalmente ou atravs de representante legal. RECORRIDO a parte contra a qual o recurso interposto. RECURSO o direito que se faculta parte interessada para invocar nova anlise e deciso do CRPS a fim de modificar ou revogar a deciso que indeferiu determinado direito requerido, caso no haja reforma da deciso pelo INSS. RECURSO ORDINRIO aquele interposto pelo interessado em face de deciso proferida pelo INSS, dirigido s Juntas de Recursos do CRPS. RECURSO ESPECIAL aquele interposto pelo interessado em face de deciso proferida pelas Juntas de Recursos, dirigido s Cmaras de Julgamento do CRPS. RECURSO INTEMPESTIVO aquele protocolizado fora do prazo legal preestabelecido. RECURSO TEMPESTIVO aquele protocolizado no prazo estabelecido. TUTELA o encargo civil conferido por lei, nomeao em testamento ou determinao judicial pessoa juridicamente capaz para administrar os bens e cuidar da conduta de pessoa menor de idade que est fora do ptrio poder, representando-a nos atos da vida civil. VCIO INSANVEL diz-se do elemento objetivo ou subjetivo, ou defeito da forma ou do fundo do ato jurdico que o torna nulo. considerado insanvel quando a falha atinge o ato na sua forma prpria, no podendo ser convalidado.