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  • Manual e Catlogodo Eletricista

    Guia prtico para instalaesresidenciais e prediais

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    quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013 15:00:54

  • 1A Schneider Electric Brasil no pode ser responsabilizada por quaisquer problemas, tais como perdas e danos, prejuzos e lucros cessantes decorrentes de projetos e instalaes desenvolvidos por terceiros.

    Manual e Catlogo do Eletricista

    O objetivo deste guia fornecer as informaes bsicasnecessrias para a definio de uma instalao eltrica residencial.

    Para informaes complementares, consulte as normasABNT NBR 5410 - Instalaes eltricas BT,NR 10 - Segurana em instalaes e servios com eletricidade.

    Ateno!Compre sempre produtos originais, com o respaldo e a garantia que somente podem ser oferecidos pela Schneider Electric.

    Evite a pirataria. Adquira somente produtos originais em distribuidores autorizados Schneider Electric para preservar a segurana das pessoas e das instalaes.

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  • 32

    ndice Geral

    Introduo

    Projetos

    Especificando Dispositivos de Proteo

    Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais

    Produtos Diferenciados

    Distribuio Eltrica

    Controle e Comando de Potncia

    Acabamentos Eltricos

    Automao Residencial IHC

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  • 5ndice de designaes

    Descrio Referncia PginaAAutomao Residencial Linha IHC

    9/4

    BBotoeiras Plsticas Linha XAL E Optimum

    7/20

    Botes e Sinalizadores Plsticos Linha Harmony XB7 / XB5R / XB4R

    7/14

    CCampainha Eletrnica 2 tons 5/6Chaves de Partida Linha LE1-E

    7/11

    Conjunto para Comando de Ventilador 5/7Contatores Modulares iCT 161 6/10Contatores Modelo D Contatores, Chaves Reversoras

    LC1-D 7/7

    Contatores Modelo K - Minicontatores, Minichaves Reversoras

    LC1-K 7/4

    DDetector de Fumaa 8 A 220 Va

    5/10

    Detector de Gs GLP 8 A 220 Va

    5/12

    Detector de Gs Natural 8 A 220 Va

    5/14

    Detector de Inundao 8 A 220 Va

    5/16

    Detector de Monxido de Carbono (CO) 8 A 220 Va

    5/18

    Disjuntores em Caixa Moldada Compact NB600/800N

    6/31

    Disjuntores em Caixa Moldada EasyPact EZC100N/H

    6/28

    Disjuntores em Caixa Moldada EasyPact EZC250N/H

    6/30

    Disjuntores em Caixa Moldada EasyPact EZC400N

    6/30

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  • 76

    Descrio Referncia PginaDDisjuntores Modulares K32a K32a 6/5Disjuntores iK60 6/7Dispositivos de Proteo contra Surtos DPSDispositivos de Proteo contra Choques e Incndios DR (Diferencial Residual) - iDA

    6/18

    IInterruptor Automtico por Presena 5/20Interruptor por Carto Dedicado Primecard5 A 250 Va

    5/25

    Interruptor por Carto para Gerenciamento de Iluminao/Cargas 5 A 250 Va

    5/23

    Interruptor e Pulsador Bipolar Paralelo com Parada Central 6 A 250 Va

    5/26

    Interruptores-Seccionadores Interpact INS40 a 160

    6/32

    LLinha Arbus 8/53Linha Prime Claris 8/29Linha Prime Decor 8/12Linha Dexson 8/45Linha Prime Flex 8/39Linha Prime Fort 8/50Linha Prime Lunare 8/22Linha Prime Lunare Lumen 8/19Linha Prime Mdena 8/4Linha Prime Tec 8/48Linha Prime Toc 8/35Luz Sinalizadora 5/26MMinicmeras de Vdeo 5/27Minuteria Eletrnica 5/29Mdulo de Potncia com Corrente de Comando Limitada a 1 mA, 2 Vcc 10 A at 230 Va

    5/30

    Mdulo de Potncia para Iluminao 5/31Mdulo de Potncia para Motores 5/31

    Descrio Referncia PginaPPentes de Conexo para Alimentao de Dispositivos de Proteo

    148 6/26

    Placa-Suporte para reas midas IP54

    5/33

    Placa-Suporte para Divisrias 5/33Protetor de Tenso 5/34QQuadros Modulares Micro Pragma

    10 6/22

    Quadros Modulares Mini Pragma

    6/23

    Quadros Modulares Pragma

    PRA 6/16

    RRF Interruptor de Radiofrequncia 5/35UUnica Lighting Control 5/4VVariador de Luminosidade (Dimmer)

    5/39

    Variador de Luminosidade Digital (Dimmer Digital)

    5/41

    Variador Eletrnico para Ventilador

    5/43

    ndice de designaes ndice de designaes

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  • 1/2 1/3

    1

    1Introduo

    ndice

    Dicas de segurana 1/4

    Valores de tenso 1/8

    Tipos de fornecimento de energia eltrica 1/8

    Padro de entrada 1/9

    Componentes tpicos de entrada de energia eltrica 1/10

    Esquemas de aterramento 1/11

    Os tipos de fornecimento de energiaeltrica, seus limites e os valores de tensopodem ser diferentes, conforme a regioEssas informaes so obtidas com adistribuidora de energia de sua cidade.Os exemplos citados a seguir so meramente ilustrativos e no devem ser utilizados como referncia.Consulte sempre a distribuidora de energia local antes de comearo projeto de sua instalao.

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  • 1/51/4

    Captulo 1: Introduo 1

    Instalao de chuveiros eltricosn Chuveiros e torneiras eltricas devem ser aterrados.n Instale o fio terra corretamente, de acordo com a orientao do fabricante.n Pequenos choques, fios derretidos e cheiro de queimado so sinais de problemas que precisam ser corrigidos imediatamente.n No mude a chave vero-inverno com o chuveiro ligadon Nunca diminua o tamanho da resistncia para aquecer mais a gua. possvel a substituio do chuveiro por outro mais potente, desde que adequado fiao existente. No reaproveite resistncias queimadas.

    Instalao de antenasn Instale a antena de TV longe da rede eltrica. Se a antena tocar nos fios durante a instalao, h risco de choque eltrico.

    Troca de lmpadasn Desligue o interruptor e o disjuntor do circuito antes de trocar a lmpada.n No toque na parte metlica do bocal nem na rosca enquanto estiver fazendo a troca.n Segure a lmpada pelo vidro (bulbo). No exagere na fora ao rosque-la.n Use escadas adequadas.

    Tomadas e equipamentosn Coloque protetores nas tomadas.n Evite colocar campainhas e luminrias perto da cortina.n No trabalhe com os ps descalos ao trocar o disjuntor.n No passe fios eltricos por baixo de tapetes. Isso pode causar incndios.

    Ao executar uma instalao eltrica, ou durante sua manuteno, procure tomar os seguintes cuidados:n Antes de qualquer interveno, desligue a chave geral (disjuntor ou fusvel).n Teste sempre o circuito antes de trabalhar com ele, para ter certeza de que no est energizado.n Desconecte os plugues durante a manuteno dos equipamentos.n Leia sempre as instrues das embalagens dos produtos que sero instalados.n Utilize sempre ferramentas com cabo de material isolante (borracha, plstico, madeira etc). Dessa maneira, se a ferramenta que voc estiver utilizando encostar acidentalmente em uma parte energizada, ser menor o risco de choque eltrico.n No use jias ou objetos metlicos, tais como relgios, pulseiras e correntes, durante a execuo de um trabalho de manuteno ou instalao eltrica.n Use sempre sapatos com solado de borracha. Nunca use chinelos ou calados do gnero eles aumentam o risco de contato do corpo com a terra e, consequentemente, o risco de choques eltricos.n Nunca trabalhe com as mos ou os ps molhados.n Utilize capacete de proteo sempre que for executar servios em obras onde houver andaimes ou escadas.

    Dicas gerais de segurana

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  • 1/71/6

    Captulo 1: Introduo 1

    n Confira, na placa de identificao do aparelho ou no manual de instruo a tenso e a potncia dos eletrodomsticos a serem instalados. Quanto maior a potncia do eletrodomstico, maior o consumo de energia.n recomendada a troca de fusveis por disjuntores termomagnticos, que so mais seguros e no precisam de substituio em caso de anormalidade no circuito.n No instale interruptor, fusvel ou qualquer outro dispositivo no fio neutro.n A fuga de corrente semelhante a um vazamento de gua: paga-se por uma energia desperdiada. Ela pode acontecer por causa de emendas malfeitas, fios desencapados ou devido isolao desgastada, aparelhos defeituosos e consertos improvisados. Utilize interruptores diferenciais residuais (DR) para evitar este tipo de problema.

    Para maiores informaes, consulte a norma NR 10 (Segurana em instalaes e servios em eletricidade).

    Instalaes eltricasn Faa periodicamente um exame completo na instalao eltrica, verificando o estado de conservao e limpeza de todos os componentes. Substitua peas defeituosas ou em ms condies e verifique o funcionamento dos circuitos.n Utilize sempre materiais de boa qualidade.n Acrscimos de carga (instalao de novos equipamentos eltricos) podem causar aquecimento excessivo dos fios condutores e maior consumo de energia, resultando em curtos-circuitos e incndios. Certifique-se de que os cabos e todos os componentes do circuito suportem a nova carga.n Incndios em aparelhos eltricos energizados ou em lquidos inflamveis (leos, graxas, vernizes, gases) devem ser combatidos com extintores de CO2 (gs carbnico) ou p qumico.n Incndios em materiais de fcil combusto, como madeira, pano, papel, lixo, devem ser combatidos com extintores de gua.n Em ligaes bifsicas, o desequilbrio de fase pode causar queima do disjuntor, aquecimento de fios ou mau funcionamento dos equipamentos. Corrija o desequilbrio transferindo alguns aparelhos da fase mais carregada para a menos carregada (ver item 4.2.5.6 da norma ABNT NBR 5410).n As emendas de fios devem ser bem feitas, para evitar que se aqueam ou se soltem. Depois de emend-los, proteja-os com fita isolante prpria para fios.n Evite condutores de m qualidade, pois eles prejudicam a passagem da corrente eltrica, superaquecem e provocam o envelhecimento acelerado da isolao.

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  • Captulo 1: Introduo

    1/8 1/9

    1

    Os valores de tenso dependem do tipo de ligao feita pela distribuidora de energia no transformador de distribuio secundria de mdia para baixa tenso. Estas so as possveis ligaes e suas respectivas tenses:Ligao em tringulo:tenso entre fase e neutro de 110 Va e entre fase e fase de 220 Va,Ligao em estrela:tenso entre fase e neutro de 127 Va e entre fase e fase de 220 Va.

    Valores de tenso

    Tipos de fornecimento de energia eltricaMonofsico:Feito a dois fios: um fase e um neutro, com tenso de 110 Va, 127 Va ou 220 Va. Normalmente, utilizado nos casos em que a potncia ativa total da instalao inferior a 12 kW.Bifsico:Feito a trs fios: duas fases e um neutro, com tenso de 110 ou 127 Va entre fase e neutro e de 220 Va entre fase e fase. Normalmente, utilizado nos casos em que a potncia ativa total da instalao maior que 12 kW e inferior a 25 kW. o mais utilizado em instalaes residenciais.Trifsico:Feito a quatro fios: trs fases e um neutro, com tenso de 110 ou 127 Va entre fase e neutro e de 220 Va entre fase e fase. Normalmente, utilizado nos casos em que a potncia ativa total da instalao maior que 25 kW e inferior a 75 kW, ou quando houver motores trifsicos ligados instalao.

    Ramal de servio

    Uma vez determinado o tipo de fornecimento, pode-se determinar tambm o padro de entrada, que vem a ser, o poste com isolador, a roldana, a bengala, a caixa de medio e a haste de terra, que devem ser instalados de acordo com as especificaes tcnicas da distribuidora de energia para o tipo de fornecimentoCom o padro de entrada pronto e definido, de acordo com as normas tcnicas, dever dadistribuidora de energia fazer uma inspeo. Se a instalao estiver correta, a distribuidora de energia instala e liga o medidor e o ramal de servio.

    Padro de entrada

    Medidor

    Ponto de entrega

    As normas tcnicas de instalao do padro de entrada, assim como outras informaes desse tipo, devem ser obtidas na agncia local da distribuidora de energia.

    Com o padro de entrada feito e o medidor e ramal de servio ligados, a energia eltrica fornecida pela distribuidora de energia estar disponvel e poder ser utilizada.

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  • Captulo 1: Introduo

    1/10 1/11

    1Componentes tpicos da entrada de energia eltrica

    Atravs do circuito de distribuio, a energia levada do medidor (ponto de entrega) at o quadro de distribuio, mais conhecido como quadro de luz.

    Conforme a norma ABNT NBR 5410, existem trs tipos de esquemas de aterramento. So eles:TN, TT e IT.O esquema TN considera trs variantes, de acordo com a disposio do condutor neutro e do condutor de proteo, TN-S, TN-C-S e TN-C.

    Sua classificao feita da seguinte maneira:

    A primeira letra indica a situao da alimentao em relao terra:T = um ponto diretamente aterrado;I = todos os pontos de fase e neutro so isolados em relao terra ou um dos pontos isolado atravs de uma carga.

    A segunda letra indica a situao das massas da instalao eltrica em relao terra:T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento da alimentao;N = massas ligadas no ponto de alimentao aterrado (normalmente o ponto neutro).Outras letras (eventuais) indicam a disposio do condutor neutro e do condutor de proteo:S = funes de neutro e de proteo asseguradas por condutores distintos;C = funes de neutro e de proteo combinadas em um nico condutor (condutor PEN).Os esquemas mais utilizados em instalaes residenciais so:TN-C, TN-C-S e TT, apresentados a seguir:Legenda:N - Condutor de neutroF - Condutor de faseR - Condutor de retornoPE - Condutor de proteo eltrica (terra)PEN - Condutor de neutro aterrado

    Esquemas de aterramento

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  • Captulo 1: Introduo

    1/12 1/13

    1Esquema TN-C

    Nos esquemas do tipo TN, um ponto da alimentao diretamente aterrado, e as massas da instalao so ligadas a esse ponto atravs de condutores de proteo. No esquema TN-C, as funes de neutro e de proteo so combinadas no mesmo condutor (PEN). Esse tipo de esquema tambm utilizado no aterramento da rede pblica. Veja esquema na pgina seguinte.

    Esquema TN-C-SNo esquema TN-C-S as funes de neutro e de proteo tambm so combinadas em um mesmo condutor (PEN), porm este se divide em um condutor de neutro e outro de proteo (PE/terra) no circuito onde so ligadas as massas. Veja esquema na pg. 1/14.

    Esquema TT O esquema TT possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, e as massas da instalao so ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentao. Veja esquema na pg. 1/15.

    Esquema TN-C

    Ateno: de acordo com o item 5.1.2.2.4.2 da norma ABNT NBR 5410, no esquema TN-C no podem ser utilizados dispositivos DR para seccionamento automtico, para melhor proteo contra choques eltricos.

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  • Captulo 1: Introduo

    1/14 1/15

    1Esquema TN-C-SEste esquema o mais recomendado para instalaes residenciais.

    Esquema TTO esquema TT pode ser utilizado quando a residncia for distante do quadro de distribuio, pois assim se gasta menos com fios ou cabos.

    Ateno: de acordo com o item 5.1.2.2.4.3 da norma ABNT NBR 5410, no esquema TT devem ser utilizados dispositivos DR no seccionamento automtico, para melhor proteo contra choques eltricos.

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  • 2Captulo 2: Projetos

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  • 2/2 2/3

    2

    2Projetos

    Alguns conceitos bsicos sobre tenso,corrente e potncia eltrica so necessriospara determinarmos o valor da corrente de projeto.

    ndice

    Tenso, corrente eltrica e resistncia 2/4

    Potncia eltrica 2/5

    Fator de potncia 2/7

    Previso de cargas 2/8

    Clculo da corrente dos circuitos terminais 2/21

    Dimensionamento dos condutores 2/27

    Dimensionamento dos eletrodutos 2/35

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  • 2/4 2/5

    Captulo 2: Projetos 2

    Considere o pequeno circuito eltrico abaixo:

    Tenso, corrente eltrica e resistncia

    Esse circuito pode representar, de maneira simplificada, a instalao eltrica de uma residncia. O circuito est ligado rede em 110 Va, e uma lmpada (R) utilizada como carga.No circuito, a rede fornece a fora necessria para que os eltrons contidos na lmpada e nos fios se movimentem de forma ordenada. A esse movimento ordenado dos eltrons damos o nome de corrente eltrica (I). A fora que a impulsiona chamada de tenso (U).A lmpada possui uma resistncia (R) ao movimento dos eltrons. Quando a corrente (I) passa pela lmpada (R), temos a tenso (U) como resultado do produto delas:

    U medido em volts (Va). I medido em ampres (A). R medido em ohms (W).U = R x I

    Para compreendermos melhor a definio de potncia eltrica, vamos adotar como exemplo a lmpada. Ao ligarmos uma lmpada rede eltrica, ela se acende, transformando a corrente que passa pelo seu filamento em luz e em calor. Como a resistncia (R) da lmpada constante, a intensidade do seu brilho e do seu calor aumenta ou diminui conforme aumentamos ou diminumos a corrente (I) ou a tenso (U).

    Potncia eltrica

    Portanto, se a tenso sobre a lmpada aumenta, a corrente aumenta proporcionalmente. A intensidade de luz e de calor resultado da transformao da potncia eltrica em potncia luminosa e em potncia trmica. A potncia eltrica (P) diretamente proporcional tenso (U) e corrente (I):

    Como a tenso na lmpada do exemplo pode ser escrita como U = R x I, a potncia absorvida por ela tambm pode ser escrita da seguinte maneira:

    Por ser um produto da tenso e da corrente, sua unidade de medida o volt-ampre (VA). A essa potncia d-se o nome de potncia aparente. Ela composta de duas parcelas:

    P = U x I

    U = R x I

    Se R = 5 W e U = 110 VaI = U I = 110 = 22 A R 5 W

    P = R x I x I P = R x I2

    Se R = 5 W e U = 220 VaI = U I = 220 = 44 A R 5 W

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  • 2/6 2/7

    Captulo 2: Projetos 2

    1. Potncia ativa, que a parcela da potncia aparente efetivamente transformada em potncia mecnica, potncia trmica e potncia luminosa e cuja unidade de medida o watt (W).

    Potncia eltrica (cont.)Como vimos anteriormente, a potncia ativa representa a parcela da potncia aparente que transformada em potncia mecnica, trmica e luminosa. A essa parcela d-se o nome de fator de potncia.

    Fator de potncia

    2. Potncia reativa, que a parcela da potncia aparente transformada em campo magntico, necessrio ao acionamento de dispositivos como motores, transformadores e reatores e cuja unidade de medida o volt-ampre reativo (VAR):

    Nos projetos de instalaes eltricas residenciais, os clculos efetuados so baseados na potncia aparente e na potncia ativa. Portanto, importante conhecer a relao entre elas para se entender o que fator de potncia.

    Em projetos de instalaes residenciais, aplicam-se os seguintes valores de fator de potncia para saber quanto da potncia aparente foi transformado em potncia ativa:

    Quadro 1: Fator de potncia

    Exemplo 1: - Potncia aparente de pontos de tomada e circuitos independentes = 8.000 VA - Fator de potncia utilizado = 0,80 - Potncia ativa de pontos de tomada e circuitos independentes = 8.000 VA x 0,80 = 6.400 W

    Exemplo 2: - Potncia ativa do circuito de distribuio = 9.500 W - Fator de potncia utilizado = 0,95 - Potncia aparente do circuito de distribuio = 9.500 W 0,95 = 10.000 VA

    Potncia Aparente = Potncia Ativa + Potncia Reativa

    Potncia Ativa = Fator de Potncia x Potncia Aparente

    (mecnica/luminosa/trmica)

    1,00 - para iluminao incandescente0,95 - para o circuito de distribuio0,80 - para pontos de tomada e circuitos independentes

    Potncia Potncia Potncia mecnica trmica luminosa

    Motores Transformadores Reatores

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  • 2/8 2/9

    Captulo 2: Projetos 2

    Para determinar a potncia total prevista para a instalao eltrica, preciso realizar a previso de cargas. E isso se faz com o levantamento das potncias (cargas) de iluminao e de tomadas a serem instaladas. Para exemplificar o clculo de uma instalao eltrica, utilizaremos a Residncia-modelo a seguir.

    Residncia-modelo

    Previso de cargas

    Condies para estabelecer a quantidade mnima de pontos de luz:

    - Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;

    - Nas reas externas, a determinao da quantidade de pontos de luz fica a critrio do instalador;

    - Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mnimo, 60 cm do limite do box ou da banheira, para evitar o risco de acidentes com choques eltricos.

    Recomendaes da norma ABNT NBR 5410 para o levantamento da carga de iluminao

    Veja a seguir as recomendaes da norma brasileira que devem ser consideradas para esta instalao.

    Distncia a ser respeitadapara a instalao de tomadas, interruptores e pontos de luz.

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  • 2/10 2/11

    Captulo 2: Projetos 2

    A carga de iluminao feita em funo da rea do cmodo da residncia. Em rea igual ou inferior a 6 m2, atribuir no mnimo 100 VA. Em rea superior a 6 m2, atribuir no mnimo 100 VA nos primeiros 6 m2, acrescidos de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros.Vamos, por exemplo, calcular a potncia mnima de iluminao da sala de nossa Residncia-modelo.

    Seguindo os critrios anteriores, a rea pode ser dividida e a potncia de iluminao atribuda da seguinte maneira:

    Totalrea da sala (m2) 6 4 4 2 16Potncia atribuda (VA) 100 60 60 0 220

    Ateno: A norma ABNT NBR 5410 no estabelece critrios de iluminao de reas externas em residncias, ficando a deciso por conta do projetista.

    Condies para estabelecer a potncia mnima de iluminao

    Condies para estabelecer a quantidade mnima de pontos de tomada:Tabela 1.

    Recomendaes da norma ABNT NBR 5410 para o levantamento da carga de pontos de tomada e circuitos independentes

    rea da sala: 4 m x 4 m = 16 m2

    Local rea (m2) Quantidademnima

    Potnciamnima (VA)

    Observaes

    Banheiros (local com banheira e/ou chuveiro)

    Qualquer 1 junto ao lavatrio

    600 A uma distncia de no mnimo 60 cm da banheira ou do box (veja pg. 2/9). Se houver mais de uma tomada, a potncia mnima ser de 600 VA por tomada.

    Cozinha, copa, copa-cozinha, rea de servio, lavanderia e locais similares

    Qualquer 1 para cada 3,5 m, ou frao de permetro

    600 VA por ponto de tomada, at 3 pontos, e 100 VApor ponto adicional

    Acima de cada bancada deve haver no mnimo dois pontos de tomada de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos.

    Varanda Qualquer 1 100 Admite-se que o ponto de tomada no seja instalado na prpria varanda, mas prximo ao seu acesso, quando, por causa da construo, ela no comportar ponto de tomada.

    Salas e dormitrios

    Qualquer 1 para cada5 m, ou frao de permetro, espaadas to uniformemente quanto possvel

    100 No caso de salas de estar, possvel que um ponto de tomada seja usado para alimentao de mais de um equipamento. Por isso, recomendvel equip-las com a quantidade de tomadas necessrias.

    Demais dependncias

    Qualquer 1 ponto de tomada para cada 5 m, ou frao de permetro, se a rea da dependncia for superior a 6 m2, devendo esses pontos ser espaados to uniformemente quanto possvel

    100 Quando a rea do cmodo ou da dependncia s for igual ou inferior a 2,25 m2, admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cmodo ou dependncia, no mximo a 80 cm da porta de acesso.

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  • 2/12 2/13

    Captulo 2: Projetos 2

    - A quantidade de circuitos independentes estabelecida de acordo com o nmero de aparelhos com corrente nominal superior a 10 A;- Os circuitos independentes so destinados ligao de equipamentos fixos, como chuveiro, torneira eltrica e secadora de roupas.

    Condies para estabelecer a quantidade de circuitos independentes

    Chuveiro Torneira eltrica Secadora de roupas

    A potncia nominal do equipamento a ser alimentado deve ser atribuda ao circuito.

    Aparelhos Potncias nominais tpicas (de entrada)

    Aquecedor de gua central (boiler)

    50 a 100 litros 1.000 W150 a 200 litros 1.250 W250 litros 1.500 W300 a 350 litros 2.000 W 400 litros 2.500 W

    Aquecedor de gua de passagem 4.000 a 8.000 WAquecedor de ambiente (porttil) 500 a 1.500 WAspirador de p (tipo residencial) 500 a 1.000 WBarbeador 8 a 12 WBatedeira 100 a 300 WCafeteira 1.000 WCaixa registradora 100 WCentrfuga 150 a 300 WChurrasqueira 3.000 WChuveiro 2.500 a 7.500 WCondicionador de ar central 8.000 W

    Aparelhos Potncias nominais tpicas (de entrada)

    Condicionador de ar tipo janela

    7.100 BTU/h 900 W8.500 BTU/h 1.300 W10.000 BTU/h 1.400 W12.000 BTU/h 1.600 W14.000 BTU/h 1.900 W18.000 BTU/h 2.600 W21.000 BTU/h 2.800 W30.000 BTU/h 3.600 W

    Congelador (freezer) residencial 350 a 500 VACopiadora tipo xerox 1.500 a 6.500 VACortador de grama 800 a 1.500 WDistribuidor de ar (fan coil) 250 WEbulidor 2.000 WEsterilizador 200 WExaustor de ar para cozinha (tipo residencial)

    300 a 500 VA

    Ferro de passar roupa 800 a 1.650 WFogo (tipo residencial), por boca 2.500 WForno (tipo residencial) 4.500 WForno de microondas (tipo residencial) 1.200 VAGeladeira (tipo residencial) 150 a 500 VAGrelha 1.200 WLavadora de pratos (tipo residencial) 1.200 a 2.800 VALavadora de roupas (tipo residencial) 770 VALiquidificador 270 WMquina de costura (domstica) 60 a 150 WMicrocomputador 200 a 300 VAProjetor de slides 250 WRetroprojetor 1.200 WSecador de cabelo (domstico) 500 a 1.200 WSecadora de roupas (tipo residencial) 2.500 a 6.000 WTelevisor 75 a 300 WTorneira 2.800 a 4.500 WTorradeira (tipo residencial) 500 a 1.200 WTriturador de lixo (de pia) 300 WVentilador (circulador de ar) porttil 60 a 100 WVentilador (circulador de ar) de p 300 W

    Observao: As potncias listadas nesta tabela podem ser diferentes das potncias nominais dos aparelhos a ser realmente utilizados. Verifique sempre os valores informados pelo fabricante.

    Tabela 2 Potncias mais comuns

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  • 2/14 2/15

    Captulo 2: Projetos 2

    Primeiro passo: calcule a potncia ativa de iluminao e dos pontos de tomada a partir da potncia aparente, utilizando o fator de potncia (veja quadro 1, pg. 2/7).

    Segundo passo: calcule a potncia ativa total.

    Observao: Para o exemplo da Residncia-modelo, o tipo de fornecimento adotado ser o bifsico (veja pg. 1/8), com tenso entre fase e neutro de 127 Va e entre fase e fase de 220 Va (ligao em estrela). Porm, importante lembrar que em um projeto real deve-se consultar os padres utilizados pela distribuidora de energia local.

    Levantamento da potncia total da Residncia-modelo (planta na pg. 2/8)Considerando as recomendaes anteriores, montamos a seguinte tabela de potncias:

    Tabela 3A Clculo de reas e permetros da residncia

    Tabela 3B Previso de cargas

    No caso de alguns aparelhos, como o chuveiro e a torneira eltrica, a potncia ativa j fornecida pelo fabricante (sempre em watts). Quando a potncia ativa j fornecida, podemos utiliz-la diretamente no clculo da potncia total.

    A partir da tabela 3A calculam-se as dimenses de cada dependncia e da tabela 3B faz-se o levantamento da potncia total envolvida (ou carga instalada) no projeto. A partir da potncia total pode-se determinar qual o tipo de fornecimento a ser utilizado.

    Potncia ativa de iluminao+

    Potncia ativa dos pontos de tomada+

    Potncia ativa dos circuitos independentesPotncia ativa total

    900 W+

    4.400 W+

    7.900 W13.200 W

    Dependncia Dimensesrea (m2) Permetro (m)

    Sala 4 x 4 = 16 4+4+4+4 = 16Dormitrio 4 x 4 = 16 4+4+4+4 = 16Cozinha 3 x 4,25 = 12,75 3+3+4,25+4,25 = 14,5rea de servio 4 x 2 = 8 4+4+2+2 = 12Banheiro 2 x 3 = 6 2+2+3+3 = 10Corredor (4 + 0,25) x 2 = 8,5 (4+0,25)+(4+0,25)+2+2 = 12,5

    Dependncia Potncia de iluminao (VA)

    Pontos de tomada Circuitos independentesQde. Potncia

    (VA)Discriminao Potncia

    (W)Sala 220 4 400 Dormitrio 220 4 400 Cozinha 160 4 1.900 Torneira 3.500rea de servio 100 4 1.900 Banheiro 100 1 600 Chuveiro 4.400Corredor 100 3 300 Total 900 5.500 7.900

    Potncia dos pontos de tomada = 5.500 VAFator de potncia utilizado = 0,8Potncia ativa = 5.500 VA x 0,8 = 4.400 W

    Potncia de iluminao = 900 VAFator de potncia utilizado = 1,00Potncia ativa = 900 VA x 1,00 = 900 W

    Potncia aparente total (VA) 900 + 5.500 = 6.400

    Potncia ativa total (W) 3.500 + 4.400 = 7.900

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  • 2/16 2/17

    Captulo 2: Projetos 2Clculo das correntesAgora vamos calcular as correntes Ic (corrente calculada) e Ib (corrente de projeto) do circuito de distribuio e dos circuitos terminais, para que, mais adiante, possamos dimensionar as sees (bitolas) dos fios ou dos cabos.

    Por que calcular Ic e Ib?Quando vrios fios so agrupados em um mesmo eletroduto, eles se aquecem, e o risco de um curto-circuito ou princpio de incndio aumenta. Para que isso no ocorra, necessrio utilizar fios ou cabos de maior seo (bitola), para diminuir os efeitos desse aquecimento. Ento a corrente Ic corrigida atravs do fator de agrupamento (f), resultando em uma corrente maior Ib, que utilizada para determinar a seo (bitola) dos condutores.Onde:

    Clculo da corrente do circuito de distribuioPrimeiro passo: some os valores das potncias ativas de iluminao e dos pontos de tomada (veja pg. 2/21). O resultado a potncia instalada.

    Segundo passo: os 5.300 W de potncia instalada seriam consumidos apenas se todos os circuitos funcionassem ao mesmo tempo com a carga mxima para a qual foram projetados. Como na prtica isso no ocorre, multiplique a potncia instalada pelo fator de demanda correspondente para encontrar a demanda mxima, ou seja, a mxima potncia que realmente ser utilizada simultaneamente.

    Diviso dos circuitos da instalao

    A instalao eltrica de uma residncia deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a manuteno e reduz a interferncia entre pontos de luz e tomada de diferentes reas. Conforme as recomendaes da norma ABNT NBR 5410, a previso dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte maneira:

    - os circuitos de iluminao devem ser separados dos circuitos de pontos de tomadas e dos circuitos independentes (4.2.5.5);

    - todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, reas de servio, lavanderias e locais semelhantes devem ser atendidos por circuitos exclusivos (9.5.3.2);

    - todo ponto de utilizao previsto para alimentar equipamento com corrente nominal superior a 10 A, de modo exclusivo ou ocasional, deve constituir um circuito independente.

    Alm desses critrios, o projetista precisa considerar tambm as dificuldades referentes execuo da instalao.

    Tenso dos circuitos da Residncia-modelo (planta na pg. 2/8)Como o tipo de fornecimento utilizado nesse exemplo bifsico, ou seja, existem duas fases e um neutro alimentando o quadro de distribuio, a tenso entre os circuitos foi distribuda da seguinte forma:

    - os circuitos de iluminao e de pontos de tomada sero ligados na menor tenso (127 Va), entre fase e neutro;

    - os circuitos independentes sero ligados na maior tenso (220 Va), entre fase e fase. Assim a corrente que passar por eles ser menor;

    - quando o circuito de distribuio for bifsico ou trifsico, deve-se considerar sempre a maior tenso (fase-fase). No exemplo, a tenso de 220 Va.

    Ic = Potncia aparente do circuito Tenso nominal

    Ib = Ic Fator de agrupamento

    Ateno: os circuitos de 127 Va no devem ser ligados em uma nica fase, mas distribudos entre elas da forma mais balanceada possvel.

    900 W + 4.400 W = 5.300 W

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  • 2/18 2/19

    Captulo 2: Projetos 2

    Quarto passo: some os valores das demandas mximas de iluminao, pontos de tomada e circuitos independentes.

    Quinto passo: esse valor (10.300W) corresponde potncia ativa instalada no circuito de distribuio. Para encontrar a corrente preciso transform-la em potncia aparente (VA). Ento, divida os 10.300W pelo fator de potncia de 0,95 (veja pg. 2/7):

    Sexto passo: obtida a potncia aparente do circuito de distribuio, calcule sua corrente Ic. Para calcular a corrente Ic do circuito de distribuio, utilize sempre a maior tenso que ele fornece. Neste caso, como o circuito composto de duas fases e um neutro, utilize a tenso entre fase e fase (220Va).

    Paparente = 10.300 W = 10.843 VA 0,95

    Ic = P Ic = 10.843 VA = 49,3 A U 220 Va

    Tabela 4 Fator de demanda para iluminao e pontos de tomadaPotncia instalada (W)

    Fator de demanda

    0 a 1.000 0,861.001 a 2.000 0,752.001 a 3.000 0,663.001 a 4.000 0,594.001 a 5.000 0,525.001 a 6.000 0,456.001 a 7.000 0,407.001 a 8.000 0,358.001 a 9.000 0,319.001 a 10.000 0,27Acima de 10.000 0,24

    Como os 5.300 W de potncia instalada esto na faixa entre 5.001 e 6.000 W, o fator de demanda a ser utilizado 0,45.

    Terceiro passo: em seguida, some as potncias instaladas dos circuitos independentes no nosso exemplo, so os circuitos para o chuveiro e a torneira eltrica e multiplique o resultado pelo fator de demanda correspondente. O fator de demanda dos circuitos independentes obtido em funo do nmero de circuitos previstos no projeto.Tabela 5 Fator de demanda para circuitos independentesN de circuitos

    Fator de demanda

    01 1,0002 1,0003 0,8404 0,7605 0,7006 0,6507 0,6008 0,5709 0,5410 0,5211 0,49

    Circuitosindependentes = 2

    (chuveiro e torneira eltrica)Fator de demanda = 1,00

    Potncia total instalada =4.400 W + 3.500 W = 7.900 W

    7.900 W x 1,00 = 7.900 W(demanda mxima dos

    circuitos independentes)

    Paparente = Potncia ativa Fator de potncia

    5.300 W x 0,45 = 2.400 W(Demanda mx. dos circuitos de iluminao e de pontos de tomada)

    2.400 W + 7.900 W = 10.300 W

    N de circuitos

    Fator de demanda

    12 0,4813 0,4614 0,4515 0,4416 0,4317 0,4018 0,4119 0,4020 0,4021 0,3922 0,3923 0,3924 0,3825 0,38

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  • 2/20 2/21

    Captulo 2: Projetos 2Circuito de distribuio

    Circuito de distribuioIc = 49,3 A

    A seo (bitola) dos condutores do circuito de distribuio ser calculada mais adiante, junto com os circuitos terminais.

    Clculo da corrente dos circuitos terminaisObedecendo aos critrios estabelecidos pela norma ABNT NBR 5410 na Residncia-modelo, o projeto deve possuir, no mnimo, quatro circuitos terminais:- um para iluminao;- um para os pontos de tomada;- dois para os circuitos independentes (chuveiro e torneira eltrica).Circuitos de iluminao: optou-se por dividir as cargas de iluminao em dois circuitos, mesmo sendo pequena a potncia de cada um, pois, em caso de defeito ou manuteno, no necessrio desligar toda a iluminao.Circuitos de pontos de tomada: optou-se por dividir as cargas dos pontos de tomadas em trs circuitos, para no misturar no mesmo circuito os pontos de tomada da cozinha, da rea de servio, do corredor e do banheiro com os pontos de tomada da sala e do dormitrio, conforme a recomendao 9.5.3.2 da norma ABNT NBR 5410.Primeiro passo: monte a tabela de diviso dos circuitos.

    Tabela 6 Diviso dos circuitos

    Os circuitos foram divididos desta maneira, seguindo os critrios j citados anteriormente. No caso de um projeto real, pode-se optar por uma quantidade menor de circuitos conforme a necessidade.Ateno: os valores de tenso utilizados podem ser diferentes conforme a regio e seu sistema de distribuio. Neste exemplo foram utilizados o sistema bifsico em estrela com tenso entre fase e neutro de 127 Va, e fase e fase de 220 Va.

    Circuito Tenso LocaisN Tipo1 Iluminao social 127 Va Sala, dormitrio, corredor e banheiro2 Iluminao servio 127 Va Cozinha e rea de servio3 Pontos de tomada 127 Va Cozinha4 Pontos de tomada 127 Va rea de servio, corredor e banheiro5 Pontos de tomada 127 Va Sala e dormitrio6 Circuitos

    independentes220 Va Torneira eltrica

    7 Circuitos independentes

    220 Va Chuveiro

    Distribuio 220 Va Circuito entre o quadro de distribuio e o quadro do medidor.

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  • 2/22 2/23

    Captulo 2: Projetos 2Exemplo da instalao dos eletrodutos.Segundo passo: calcule a potncia total de cada circuito

    com os valores calculados na tabela 3B, na pg. 2/14:

    Tabela 7 Potncias e correntes calculadas dos circuitos (Ic)CircuitoN

    Tenso(Va)

    Locais Potncia Tenso (Va)

    Corrente IccalculadaIc = P U

    Qde x Pot. Total(VA) (VA)

    1IluminaoSocial

    127 SalaDormitrioCorredorBanheiro

    1 x 220 640 127 5A1 x 2201 x 1001 x 100

    2IluminaoServio

    127 Cozinharea de servio

    1 x 160 260 127 2A1 x 100

    3Pontos deTomada

    127 Cozinha 3 x 600 1.900 127 15A1 x 100

    4Pontos deTomada

    127 rea de servioCorredorBanheiro

    3 x 600 2.800 127 22A 1 x 100

    3 x 1001 x 600

    5Pontos deTomada

    127 SalaDormitrio

    4 x 100 800 127 6A4 x 100

    6CircuitosIndependentes

    220 Torneira eltrica 1 x 3.500 3.500 220 16A

    7CircuitosIndependentes

    220 Chuveiro 1 x 4.400 4.400 220 20A

    Circuitodedistribuio

    220 Circuito entre o quadro de distribuio e o quadro do medidor

    10.843 (clculo na pg. 2/19)

    220 50A

    Ateno: as potncias aparentes do chuveiro e da torneira podem ser consideradas iguais s suas respectivas potncias ativas. Como as lmpadas incandescentes, elas possuem apenas carga resistiva, e, portanto, o fator de potncia utilizado igual a 1,00.

    Com as correntes calculadas (Ic) de todos os circuitos, devemos encontrar os fatores de agrupamento de cada um deles. O fator de agrupamento de um circuito encontrado em funo do maior nmero de circuitos que esto agrupados em um mesmo eletroduto. Vamos encontrar, por exemplo, o fator de agrupamento do circuito 1 (circuito de iluminao de sala, dormitrio, corredor e banheiro):

    Figura A

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  • 2/24 2/25

    Captulo 2: Projetos 2O trecho com a maior quantidade de circuitos agrupados por onde passa o circuito 1 o trecho EC (eletroduto que passa pelo teto entre a sala e o dormitrio figura A, pg. 2/23). So quatro circuitos agrupados no total. Quanto aos demais circuitos, os eletrodutos com o maior nmero de circuitos agrupados esto no diagrama (figura B, pg. 2/24).

    A tabela 8 mostra comoficaram agrupados todosos circuitos.

    A tabela 9 contm osfatores de agrupamento em funo do nmero decircuitos agrupados

    No circuito 1, o maior nmero de circuitos agrupados quatro. Portanto, o fator de agrupamento a ser utilizado 0,65. Divida a corrente (Ic) do circuito 1, calculada anteriormente (veja tabela 7, pg. 2/22), pelo fator de agrupamento (f) encontrado para determinar o valor da corrente de projeto (Ib).

    Tambm podemos utilizar o diagrama de passagem dos fios/cabos do projeto para determinar a quantidade de circuitos agrupados:

    Pont

    o de

    luz

    no te

    toIn

    terru

    ptor

    sim

    ples

    Inte

    rrupt

    or p

    aral

    elo

    Inte

    rrupt

    or in

    term

    edi

    rioEl

    etro

    duto

    sob

    re a

    laje

    Fio

    fase

    Fio

    neut

    roFi

    o de

    reto

    rno

    Cond

    utor

    de

    prot

    eo

    Quad

    ro d

    e dis

    tribu

    io

    Elet

    rodu

    to e

    mbu

    tido

    no p

    iso

    Figura B

    Tabela 9 - Fatores de agrupamento de circuitosN de circuitos agrupados

    Fator de agrupamento (f)

    1 1,002 0,803 0,704 0,655 0,606 0,567 0,55

    Tabela 8 - Agrupamento dos circuitosCircuitos Maior n de circuitos

    agrupados no mesmo eletroduto

    1 42 43 34 45 46 37 3Distribuio 1

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  • 2/26 2/27

    Captulo 2: Projetos 2

    Circuito CorrentecalculadaIc (A)

    Maior nde circuitosagrupados

    Fator deagrupamento(f)

    Correntede projetoIb (A)

    1 5 4 0,65 82 2 4 0,65 33 15 3 0,70 214 22 4 0,65 345 6 4 0,65 96 16 3 0,70 237 20 3 0,70 29Distribuio 50 1 1,00 50

    Ib = Ic Ib = 5 A = 8 A f 0,65

    Repita o mesmo processo nos demais circuitos a fim de encontrar suas respectivas correntes corrigidas:

    Tabela 10 Corrente de projeto

    Ateno: conhecendo a corrente de projeto (Ib) de todosos circuitos terminais e de distribuio, pode-se determinar o dimensionamento adequado dos fios e dos cabos para cada um deles.

    Dimensionamento dos condutoresPara encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em cada circuito, utilizaremos a tabela 11 (baseada na tabela de tipos de linhas eltricas da norma ABNT NBR 5410), onde encontramos o mtodo de referncia das principais formas de se instalar fios e cabos em uma residncia.Em nosso exemplo do circuito 1, supondo que o teto seja de laje e que os eletrodutos sero embutidos nela, podemos utilizar condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria. o segundo esquema na tabela. Seu mtodo de referncia B1. Se em vez de laje o teto fosse um forro de madeira ou gesso, utilizaramos o quarto esquema, e o mtodo de referncia mudaria.

    Tabela 11 Tipos de linhas eltricasMtodo de referncia*

    Esquema ilustrativo Descrio

    B1 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seo no-circular sobre parede

    B1 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seo circular sobre parede ou espaado desta menos de 0,3 vez o dimetro do eletroduto

    B1 ou B2* Condutores isolados em eletroduto de seo circular em espao de construo

    D Cabo multipolar em eletroduto (de seo circular ou no) ou em canaleta no-ventilada enterrado(a)

    Cabos unipolares em eletroduto (de seo no-circular ou no) ou em canaleta no-ventilada enterrado(a)

    Cabos unipolares ou cabo multipolar diretamente enterrado(s) com proteo mecnica adicional

    * Se a altura (h) do espao for entre 1,5 e 20 vezes maior que o dimetro (D) do(s) eletroduto(s) que passa(m) por ele, o mtodo adotado deve ser B2. Se a altura (h) for maior que 20 vezes, o mtodo adotado deve ser B1.

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  • 2/28 2/29

    Captulo 2: Projetos 2Aps determinar o mtodo de referncia, escolhe-se a bitola do cabo ou do fio que sero utilizados na instalao a partir da tabela 12. A quantidade de condutores carregados no circuito (fases e neutro) tambm influencia a escolha.No exemplo do circuito 1, h dois condutores carregados (uma fase e um neutro). Conforme a tabela 10, sua corrente corrigida Ib 8A, e o mtodo de referncia que devemos utilizar B1. Portanto, de acordo com a tabela 12, a seguir, a seo (bitola) mnima do condutor deve ser 0,5 mm2 .

    Tabela 12 Capacidades de conduo de corrente, em ampres, em relao aos mtodos de referncia B1, B2 e D.Caractersticas e condies de temperatura dos condutoresCondutores: cobreIsolao: PVC Temperatura no condutor: 70C Temperaturas de referncia do ambiente: 30C (ar), 20C (solo)

    Ateno: as tabelas 11 e 12 so verses resumidas da norma ABNT NBR 5410. Nelas foram apresentados apenas os casos mais utilizados em instalaes residenciais. Consulte a norma quando houver uma situao que no se enquadre nas listadas aqui.

    Sees nominais(mm2)

    Mtodos de referncia indicados na tabela 11B1 B2 D

    Nmero de condutores carregados2 3 2 3 2 3Capacidades de conduo de corrente (A)

    0,5 9 8 9 8 12 100,75 11 10 11 10 15 121 14 12 13 12 18 151,5 17,5 15,5 16,5 15 22 182,5 24 21 23 20 29 244 32 28 30 27 38 316 41 36 38 34 47 3910 57 50 52 46 63 5216 76 68 69 62 81 6725 101 89 90 80 104 8635 125 110 111 99 125 10350 151 134 133 118 148 12270 192 171 168 149 183 15195 232 207 201 179 216 179120 269 239 232 206 246 203150 309 275 265 236 278 230185 353 314 300 268 312 258240 415 370 351 313 361 297300 477 426 401 358 408 336400 571 510 477 425 478 394500 656 587 545 486 540 445630 758 678 626 559 614 506800 881 788 723 645 700 5771.000 1.012 906 827 738 792 652

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    Captulo 2: Projetos 2Tabela 14 Sees mnimas dos condutores segundo sua utilizao

    Ento, a seo mnima de todos os circuitos ser:

    Tabela 15 - Sees mnimas dos circuitos da Residncia-modelo

    Nos casos em que o quadro de distribuio, ou do medidor, ficam distantes da casa, deve-se levar em conta o comprimento mximo do condutor em funo da queda de tenso. (Veja tabela 16).

    Aplicando o mesmo princpio em todos os circuitos da Residncia-modelo, temos a seguinte tabela:Tabela 13 Seo dos condutores dos circuitosCircuito Forma de

    instalaoMtodo dereferncia

    N decondutorescarregados

    CorrentecorrigidaIb (A)

    Seonominal(mm2)

    1 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido emalvenaria

    B1 2 8 0,5

    2 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    B1 2 3 0,5

    3 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido emalvenaria

    B1 2 21 2,5

    4 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    B1 2 34 6,0

    5 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    B1 2 9 0,5

    6 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    B1 2 23 2,5

    7 Fios isolados em eletroduto de seo circular embutido em alvenaria

    B1 2 29 4,0

    Distribuio Cabos unipolares em eletroduto enterrado

    D 3 50 10,0

    Porm, a norma ABNT NBR 5410 determina sees mnimas para os condutores de acordo com a sua utilizao, que devem prevalecer sobre o calculado na tabela 13.

    Tipo de circuito Seo mnima (mm2)Iluminao 1,5Alimentao (pontos de tomada, circuitos independentes e distribuio).

    2,5

    Circuito Tipo Seo mnima (mm2)1 Iluminao 1,52 Iluminao 1,53 Alimentao 2,54 Alimentao 6,05 Alimentao 2,56 Alimentao 2,57 Alimentao 4,0Distribuio Alimentao 10,0

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    Captulo 2: Projetos 2Tabela 16 Comprimento mximo dos circuitos

    ABNT NBR 6148Seo nominal (mm2)

    Capacidade de conduo de corrente (A)

    Comprimento mximo do circuito em funo da queda de tenso (m)Eletroduto no-metlico

    Eletroduto metlico

    127 Va 220 Va 127 Va 220 Va1,5 15,5 8 m 14 m 7 m 12 m2,5 21 10 m 17 m 9 m 15 m4 28 12 m 20 m 10 m 17 m6 36 13 m 23 m 12 m 21 m10 50 32 m 56 m 29 m 50 m16 68 37 m 64 m 33 m 57 m25 89 47 m 81 m 38 m 66 m35 111 47 m 81 m 41 m 71 m50 134 50 m 86 m 44 m 76 m70 171 54 m 94 m 46 m 80 m95 207 57 m 99 m 49 m 85 m120 239 59 m 102 m 51 m 88 m150 275 60 m 103 m 50 m 86 m185 314 60 m 104 m 51 m 88 m240 369 60 m 104 m 47 m 82 m300 420 58 m 100 m 45 m 78 m

    Observao: os comprimentos mximos indicados foram calculados considerando-se circuitos trifsicos com carga concentrada na extremidade, corrente igual capacidade de conduo respectiva, com fator de potncia 0,8 e quedas de tenso mximas de 2% nas sees de 1,5 a 6 mm2, inclusive, e de 4% nas demais sees (pior situao possvel). De acordo com a tabela 16, o comprimento mximo de um condutor de 10 mm2 de 56 m. Portanto, se o quadro do medidor estiver a 60m do quadro de distribuio, como na Residncia-modelo, haver uma queda de tenso significativa na entrada do quadro de distribuio. A soluo nesse caso utilizar um condutor de seo maior, que na mesma situao possa conduzir sem queda de tenso. Pela tabela, esse condutor deve ter 16 mm2 ou mais.

    A seguir, os limites de temperatura do tipo mais comum de condutor utilizado. Caso seu projeto no se enquadre nesses limites, consulte a norma ABNT NBR 5410.

    Tabela 17 Limites de temperatura do condutor mais comumTipo de isolao Temperatura

    mxima deservio contnuo C

    Temperaturalimite desobrecargaC

    Temperaturalimite decurto-circuitoC

    PVC com seo at 300 mm2

    70 100 160

    Condutores de neutro e de proteoNormalmente, em uma instalao todos os condutores de um mesmo circuito tm a mesma seo (bitola), porm a norma ABNT NBR 5410 permite a utilizao de condutores de neutro e de proteo com seo menor que a obtida no dimensionamento nas seguintes situaes:

    Condutor de neutro: em circuitos trifsicos em que a seo obtida no dimensionamento seja igual ou maior que 35 mm2, a seo do condutor de neutro poder ser como na tabela 18:

    Tabela 18 - Sees mnimas do condutor de neutro (N)Seo dos condutores (mm2)

    Seo do neutro (mm2)

    35 2550 2570 3595 5

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    Captulo 2: Projetos 2Dimensionamento dos eletrodutosCom as sees dos fios e dos cabos de todos os circuitos j dimensionadas, o prximo passo o dimensionamento dos eletrodutos. O tamanho nominal o dimetro externo do eletroduto expresso em mm, padronizado por norma. Esse dimetro deve permitir a passagem fcil dos condutores. Por isso, recomenda-se que os condutores no ocupem mais que 40% da rea til dos eletrodutos. Proceda da seguinte maneira em cada trecho da instalao:- conte o nmero de condutores que passaro pelo trecho;- dimensione o eletroduto a partir do condutor com a maior seo (bitola) que passa pelo trecho.Tendo em vista as consideraes acima, a tabela a seguir fornece diretamente o tamanho do eletroduto.

    Tabela 20 Definio do dimetro do eletroduto

    Seo nominal (mm2)

    Nmero de condutores dentro do eletroduto2 3 4 5 6 7 8 9 10

    1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20

    Tamanho nom

    inal do eletroduto (mm)

    2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 254 16 16 20 20 20 25 25 25 256 16 20 20 25 25 25 25 32 3210 20 20 25 25 32 32 32 40 4016 20 25 25 32 32 40 40 40 4025 25 32 32 40 40 40 50 50 5035 25 32 40 40 50 50 50 50 6050 32 40 40 50 50 60 60 60 7570 40 40 50 60 60 60 75 75 7595 40 50 60 60 75 75 75 85 85120 50 50 60 75 75 75 85 85150 50 60 75 75 85 85185 50 75 75 85 85240 60 75 85

    Condutor de proteo: em circuitos em que a seo obtida seja igual ou maior que 25 mm2, a seo do condutor de proteo poder ser como indicado na tabela 19:

    Tabela 19 Sees mnimas do condutor de proteo (PE)Seo dos condutores (mm2)

    Seo do condutor de roteo (mm2)

    25 1635 1650 2570 3595 50

    Colorao dos condutoresDe acordo com a norma ABNT NBR 5410, os condutores devero ter as coloraes abaixo.- Condutor de proteo (PE ou terra): verde ou verde-amarelo.- Condutor de neutro: azul.- Condutor de fase: qualquer cor, exceto as utilizadas no condutor de proteo e no condutor de neutro.- Condutor de retorno (utilizado em circuitos de iluminao): utilizar preferencialmente a cor preta.

    No projeto da Residncia-modelo, o circuito de distribuio possui trs cabos de 10 mm2 de seo (fase 1, fase 2 e neutro). Portanto, segundo a tabela 20, o tamanho nominal do eletroduto ser 20 mm.

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

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    3

    3Especificando Dispositivos de Proteo

    Protegem a instalao contra possveis acidentes decorrentes de falhas nos circuitos, desligando-os assim que a falha detectada. Existem trs tipos de dispositivo de proteo: o disjuntor, o dispositivo DR (diferencial residual) e o DPS (dispositivo de proteo contra surtos).

    ndice

    Principais falhas encontradas nas instalaes 3/4

    Disjuntor 3/5

    DPS - Dispositivo de Proteo contra Surtos 3/7

    Dispositivos DR - Diferencial Residual 3/10

    Proteo de um circuito passo a passo 3/13

    Dicas 3/21

    Exemplos de instalao 3/24

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3Principais falhas encontradas nas instalaes

    - Fuga de corrente: por problemas na isolao dos fios, a corrente foge do circuito e pode ir para a terra (atravs do fio terra). Quando o fio terra no existe, a corrente fica na carcaa dos equipamentos (eletrodomsticos), causando o choque eltrico.

    - Sobrecarga: quando a corrente eltrica maior do que aquela que os fios e cabos suportam. Ocorre quando ligamos muitos aparelhos ao mesmo tempo. Os fios so danificados pelo aquecimento elevado.

    - Curto-circuito: causado pela unio de dois ou mais potenciais (por ex.: fase-neutro/fase-fase), criando um caminho sem resistncia, provocando aquecimento elevado e danificando a isolao dos fios e cabos, devido aos altos valores que a corrente eltrica atinge nessa situao.

    - Sobretenso: uma tenso que varia em funo do tempo, ela varia entre fase e neutro ou entre fases, cujo valor superior ao mximo de um sistema convencional. Essa sobretenso pode ter origem interna ou externa.Externa: descargas atmosfricasInterna: curto-circuito, falta de fase, manobra de disjuntores etc.

    DisjuntorDisjuntores so dispositivos utilizados para comando e proteo dos circuitos contra sobrecarga e curtos-circuitos nas instalaes eltricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito. Quando ocorre uma sobrecorrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor desligado automaticamente. Ele tambm pode ser desligado manualmente para a realizao de um servio de manuteno. Os disjuntores para instalaes domsticas devem atender a norma ABNT NBR NM 60898. Para os disjuntores que atendam a esta norma, ela determina que devem atuar com correntes nominais de at 125A com uma capacidade de curto-circuito de at 25.000 A com tenso at 440V.

    Funcionamento do disjuntorNa ocorrncia de uma sobrecorrente, provavelmente de uma sobrecarga ou curto-circuito, o disjuntor atua interrompendo o circuito eltrico de modo a proteg-lo.Estes disjuntores termomagnticos possuem o elemento trmico contra sobrecarga e o elemento magntico contra curto-circuito. Quando h um excesso de corrente fluindo num circuito, dizemos que est havendo uma sobrecarga corrente alm da prevista.Surgindo esta condio num circuito, o elemento trmico que protege o circuito contra sobrecargas entra em ao e desliga o circuito.

    O elemento trmico chamado de bimetal e composto por dois metais soldados paralelamente, possuindo coeficientes de dilatao trmica diferente. Caso haja no circuito uma pequena sobrecarga de longa durao, o rel bimetlico atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito. No caso de haver um curto-circuito, o magntico quem atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito instantaneamente. Um curto-circuito pode ser definido como uma elevao brusca da carga de um circuito.

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    Tipos de disjuntores termomagnticosOs tipos de disjuntores termomagnticos mais utilizados no mercado residencial so: monopolares, bipolares e tripolares.

    Disjuntor

    Nota: os disjuntores termomagnticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos circuitos.

    Escolha da corrente nominal

    Correntes nominais: a norma ABNT NBR NM 60898 define a corrente nominal (In) como a corrente que o disjuntor pode suportar ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de referncia normalmente 30 C. Os valores preferenciais de In indicados pela norma ABNT NBR IEC 60898 so: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125A.A corrente nominal (In) deve ser maior ou igual corrente de projeto do circuito e menor ou igual corrente que o condutor suporta.A norma ABNT NBR NM 60898 define, para atuao instantnea do disjuntor, as curvas B, C e D: curva de disparo magntico B: atua entre 3 e 5 x In (corrente

    nominal), para circuitos resistivos (chuveiros, lmpadas incandescentes, etc),

    curva de disparo magntico C: atua entre 5 e 10 x In (corrente nominal), para circuitos de iluminao fluorescente, tomadas e aplicaes em geral.

    curva de disparo magntico D: atua entre 10 e 20 x In (corrente nominal), para circuitos com elevada corrente de energizao.

    O disjuntor deve trazer essa informao gravada no produto. A indicao feita com a letra definidora da curva de atuao, seguida do valor da corrente nominal. Assim, por exemplo, uma marcao C10 significa que o disjuntor tipo C (ou curva C) e sua corrente nominal 10A e a capacidade de interrupo dada em milhares de Ampres (kA), por exemplo, uma marcao 6000 significa que a capacidade de interrupo do disjuntor 6000 A ou 6kA.

    DPS - Dispositivo de Proteo contra Surtos

    1P (monopolar) 2P (bipolar) 3P (tripolar)

    Os dispositivos de proteo contra surtos (DPS) so destinados proteo das instalaes eltricas e dos equipamentos eltricos e eletrnicos contra os efeitos diretos e indiretos causados pelas descargas atmosfricas. So conhecidos por limitar e eliminar as descargas atmosfricas. O DPS protege a instalao eltrica e seus componentes contra as sobretenses provocadas diretamente pela queda de raios na edificao ou na instalao ou provocadas indiretamente pela queda de raios nas proximidades do local.

    Em alguns casos, as sobretenses podem tambm ser provocadas por ligamentos ou desligamentos que acontecem nas redes de distribuio da concessionria de energia eltrica. As sobretenses so responsveis, em muitos casos, pela queima de equipamentos eletroeletrnicos e eletrodomsticos, particularmente aqueles mais sensveis, tais como computadores, impressoras, scanners, TVs, aparelhos de DVDs, fax, secretrias eletrnica, telefones sem fio, etc.

    As diferentes classes de DPSUm DPS deve suportar as ondas de choques do raio normalizadas segundo ensaios correspondentes sua Classe I, II ou III, conforme a norma ABNT NBR IEC 61643-1.- Classe I: os DPS Classe I permitem eliminar os efeitos diretos causados pelas descargas atmosfricas.O DPS Classe I instalado obrigatoriamente quando a edificao est protegida por um Sistema de Proteo contra Descargas Atmosfricas (SPDA), conhecido como para-raio. Os ensaios do DPS Classe I so realizados com uma corrente de choque impulsional (limp) de forma de onda 10/350 s. Ele deve ser instalado com um dispositivo de desconexo a montante (tipo disjuntor), cuja capacidade de interrupo deve ser no mnimo igual corrente mxima de curto-circuito presumida no ponto da instalao.- Classe II: os DPS Classe II so destinados a proteger os equi-pamentos eltricos contra sobretenses induzidas ou conduzidas (efeitos indiretos) causados pelas descargas atmosfricas. Os ensaios do DPS Classe II so efetuados com corrente mxima de descarga (Imx) de forma de onda 8/20 s. Ele pode ser instalado sozinho ou em cascata com um DPS Classe I ou com outro DPS Classe II; tambm deve ser instalado com um

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3dispositivo de desconexo a montante (tipo disjuntor), cuja capaci-dade de interrupo deve ser no mnimo igual corrente mxima de curto-circuito presumida no local da instalao.- Classe I+II: Os DPS Classes I + II asseguram a proteo contra os efeitos diretos e indiretos causados pelas descargas atmosfricas, no mesmo produto.- Classe III: os DPS Classe III so destinados proteo fina de equipamentos situados a mais de 30 m do DPS de cabeceira. O DPS Classe III testado com uma forma de onda de corrente combinada 12/50 s e 8/20 s.

    Algumas definies- tenso mxima em regime permanente (Uc): valor admissvel de tenso eficaz que pode ser aplicado de modo contnuo nos bornes do DPS sem afetar a operao.Uc uma caracterstica do DPS, deve ser superior tenso nominal da rede.- tenso nominal da rede (Un): valor da tenso de referncia para a qual a rede designada.- nvel de proteo (Up): valor da tenso residual transmitida aos equipamentos no momento da descarga. Este parmetro caracteriza as performances de proteo do DPS (quanto mais baixo for o valor Up do DPS, melhor ser sua proteo).- corrente mxima de descarga (Imx): valor mximo de corrente de crista de descarga da forma de onda 8/20 s suportado uma s vez pelo DPS. Os valores mais comuns so 8, 20, 40 e 65 kA.- corrente de choque impulsional (limp): definida por uma corrente de crista (Icrista) e a carga Q, e testado conforme a sequncia de ensaio de funcionamento. utilizado para a classificao dos DPS para o ensaio de Classe I (o valor mnimo de 12,5 kA).- corrente nominal de descarga (In): valor de crista da corrente de descarga de forma de onda 8/20 s utilizado para designar um DPS. Utilizado para classificao dos DPS para o ensaio de Classe II. Exemplo:- 15 vezes In (sob a onda 8/20 s normalizada),- 1 vez a Imx (sob a onda 8/20 s normalizada).- corrente de funcionamento permanente (Ic): tambm denominada corrente de fuga. A corrente que circula no DPS (varistor), quando ele alimentado sob sua tenso mxima em regime permanente (Uc) na ausncia de fuga.

    - modo comum (MC): sobretenses que aparecem entre os condutores vivos e o condutor de proteo.- modo diferencial (MD): sobretenses que aparecem entre os condutores vivos (fase/neutro).Onde e que tipo de DPS utilizarA localizao e o tipo de DPS dependem da proteo a ser provida, se contra efeitos das descargas diretas ou indiretas. A ABNT NBR 5410:2004 impe o uso do DPS em dois casos:1. em edificaes alimentadas por redes areas,2. em edificaes com pra-raios.No primeiro caso, portanto, o objetivo a proteo contra surtos devidos a descargas indiretas. No segundo, a preocupao so os efeitos das descargas diretas.Na proteo geral que a ABNT NBR 5410:2004 estipula para as instalaes eltricas de edificaes dotadas de para-raios prediais deve ser instalado o DPS classe I. O DPS classe II deve ser instalado no quadro de distribuio principal e este quadro deve se situar o mais prximo possvel do ponto de entrada.

    Instalao do DPSOs DPS devero ser instalados prximos origem da instalao ou no quadro principal de distribuio, porm pode ser necessrio um DPS adicional para proteger equipamentos sensveis e quando a distncia do DPS instalado no quadro principal grande (> 30m). Estes DPS secundrios devero ser coordenados com o DPS a montante. A capacidade do DPS pode ser definida considerando dois fatores:1. Onde o local mais propenso a descargas atmosfricas,

    escolher um DPS com maior intensidade,2. Quando o local propenso a poucas descargas atmosfricas,

    escolher um DPS com menor intensidade.No mercado, as intensidades mais utilizadas so: 8 kA, 20 kA, 40 kA e 65 kA. Nas instalaes residenciais, onde o condutor neutro aterrado no padro de entrada da edificao, os DPS so ligados entre os condutores de fase e a barra de aterramento do quadro de distribuio.

    Disjuntor diferencial residual um dispositivo constitudo de um disjuntor termomagntico acoplado a outro dispositivo: o diferencial residual.

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3Sendo assim, ele conjuga as duas funes: do disjuntor termomagntico: protege os condutores do circuito

    contra sobrecarga e curto-circuito; do disjuntor diferencial residual: protege as pessoas contra cho-

    ques eltricos provocados por contatos diretos e indiretos.

    Dispositivos DR - Diferencial residual O dispositivo DR protege as pessoas e os animais contra os efeitos do choque eltrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de corrente) e contra incndios. Ele conjuga duas funes: do interruptor: que liga e desliga, manualmente o circuito, do dispositivo diferencial residual (interno): que protege as

    pessoas contra os choques eltricos provocados por contatos diretos e indiretos

    FuncionamentoAs bobinas principais so enroladas sobre o ncleo magntico de modo a determinar, quando atravessadas pela corrente, dois fluxos magnticos iguais e opostos, de modo que, em condies normais de funcionamento, o fluxo resultante seja nulo. A bobina secundria ligada ao rel polarizado.Se a corrente diferencial-residual (isto a corrente que flui para a terra) for superior ao limiar de atuao IN, a bobina secundria enviar um sinal suficiente para provocar a abertura do rel polarizado e, portanto, dos contatos principais. Para verificar as condies de funcionamento do dispositivo deve-se acionar o boto de teste (T); assim cria-se um desequilbrio de corrente tal que provoca a atuao do dispositivo diferencial e a conseqente abertura dos contatos principais.

    Choque eltricoO DR protege pessoas e animais contra choques eltricos causados por contatos diretos ou indiretos que produzam uma corrente para a terra:

    Proteo bsica (contato direto) o contato acidental, seja por falha de isolamento, por ruptura ou remoo indevida de partes isolantes: ou, ento, por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte eltrica normalmente energizada (parte viva).Proteo supletiva (contato indireto) o contato entre uma pessoa e uma parte metlica de uma instalao ou componente, normalmente sem tenso, mas que pode ficar energizada por falha de isolamento ou por uma falha interna.

    Em condies normais, a corrente que entra no circuito igual que sai. Quando acontece uma falha no circuito, gerando fuga de corrente, a corrente de sada menor que a corrente de entrada, pois uma parte desta se perdeu na falha de isolao. O dispo-sitivo DR capaz de detectar qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito automaticamente desligado. Como o desligamento instantneo, a pessoa no sofre nenhum problema fsico grave decorrente do choque eltrico, como para-da respiratria, parada cardaca ou queimadura.

    O dispositivo DR (diferencial residual) no protege contra sobrecargas nem de curto-circuito, por este motivo no dispensa o uso do disjuntor, os dois devem ser ligados em srie e o DR aps o disjuntor. A norma ABNT NBR 5410:2004 recomenda o uso do dispositivo DR (diferencial residual) em todos os circuitos, principalmente nas reas frias e midas ou sujeitas umidade, como cozinhas, banheiros, reas de servio e reas externas (piscinas, jardins). Assim como o disjuntor, ele tambm pode ser desligado manualmente se necessrio.

    Incndio30% dos incndios produzidos nas edificaes so devidos a um defeito eltrico. O defeito eltrico mais comum causado por deteriorao dos isolantes dos condutores, devido entre outras causas a: ruptura brusca e acidental do isolante do condutor, envelhecimento e ruptura final do isolante do condutor, cabos mal dimensionados.

    Tipos de interruptor diferencial residualOs tipos de interruptores diferenciais residuais de alta e baixa sensibilidade (30mA- proteo de pessoas / 300mA - incndios) existentes no mercado so o bipolar e o tetrapolar.

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    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    1. Circuito de chuveiroDetermine a corrente do circuito a ser protegidoVamos usar como exemplo o circuito do chuveiro da Residncia-modelo.

    P = Potncia do aparelho = 4.400 W V = Tenso da rede eltrica = 220 Va Ic = Corrente calculada do circuito a ser protegido Ib = Corrente corrigida do circuito a ser protegido (corrente de projeto) f = Fator de agrupamento de circuitos = 0,7 (veja tabela 10, pg. 2/26)

    Acerte na escolha do fioO bom desempenho do disjuntor e do dispositivo DR depende da escolha adequada dos fios. Escolha a bitola (seo) que possui corrente mxima (Iz) maior ou igual corrente Ib do circuito.

    Tabela 21 - Capacidade de conduo de corrente

    Proteo de um circuito passo a passo

    Ic = P Ic = 4.400 W = 20 A V 220 Va

    Ib = Ic Ib = 20 A = 29 A f 0,7

    * Valores obtidos com base na tabela da norma ABNT NBR 5410 (veja tabela 12, pg. 2/29).

    Para nosso exemplo, onde Ib = 29 A, utilizar fio com seco de 4 mm2, cuja corrente mxima Iz = 32 A.

    Seo(mm2)

    Corrente Izmxima (A)

    0,50 9,0*0,75 11,0*1,0 14,0*1,5 17,5*2,5 24,0*4 32,0*6 41,0*

    Uso obrigatrio de dispositivo DR de alta sensibilidade (30mA)Segundo a norma ABNT NBR 5410, o uso do DR de alta sensibili-dade obrigatrio nos seguintes casos:1. circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em

    reas externas edificao,2. circuitos de tomadas de corrente situadas em reas internas

    que possam vir a alimentar equipamentos no exterior,3. por extenso, tambm os circuitos de iluminao externa,

    como a de jardins,

    - em circuitos que sirvam a pontos de utilizao situados em locais que contenham chuveiro ou banheira,

    - pontos de utilizao situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, reas de servio, garagens e demais dependncias internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens,

    Admite-se a excluso de pontos que alimentem aparelhos de ilumi-nao posicionados a uma altura igual ou superior a 2,5 m.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 12-13 28/03/2013 17:49:59

  • 3/153/14

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    A corrente nominal (In) do disjuntor deve ser maior ou igual corrente do circuito a ser protegido (Ib). Ento:

    Acerte na escolha do disjuntor Exemplo de um circuito de chuveiro

    In Ib In 29 AA corrente nominal (In) do disjuntor deve ser igual ou menor que a corrente mxima (Iz) do fio escolhido.

    A corrente nominal do disjuntor deve estar entre 29 A e 32 A.Importante: Utilize o disjuntor bipolar em circuitos com tenso de 220 Va (fase-fase). Nunca utilize dois disjuntores monopolares interligados, pois dessa maneira apenas uma das fases desarmada e a outra continua carregada, no cumprindo a funo de desligar totalmente o circuito. Nos casos em que a tenso entre fase e neutro de 220 Va, deve-se utilizar um disjuntor monopolar. Os condutores neutro e/ou terra jamais devem ser ligados ao disjuntor.

    In Iz In 32 29 A In 32 APortanto:

    Acerte na escolha do dispositivo DRA corrente nominal (In) do dispositivo DR deve ser maior ou igual corrente do disjuntor. Na maioria das vezes, nas instalaes eltricas residenciais ou similares, a corrente diferencial residual nominal (IDn) do dispositivo DR de 30 mA, ou seja, se o dispositivo DR detectar uma fuga de corrente de 30 mA, automaticamente o circuito desligado.Importante: a quantidade de plos do dispositivo DR deve ser sempre igual ou maior que a quantidade de condutores carregados (fases e neutro) do circuito a ser protegido.Tabela 22 - Compatibilidade entre dispositivo DR e disjuntorCorrente nominal (In) do disjuntor

    Corrente nominal do dispositivo DR

    10 A

    25 A16 A

    Disjuntor edispositivo DRideais para o exemplo

    20 A25 A32 A 40 A40 A

    63 A50 A63 A

    Proteo de um circuito passo a passo (cont.)

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 14-15 28/03/2013 17:49:59

  • 3/173/16

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    2. Circuito de pontos de tomadaDetermine a corrente do circuito a ser protegidoNeste caso ser utilizado o circuito 4 da Residncia-modelo, com quatro pontos de tomada de 600 VA e quatro pontos de 100 VA cada, totalizando 2.800 VA de potncia instalada (ver tabelas 6 e 7, pgs. 2/21 e 2/22). P = Potncia do aparelho = 2.800 W V = Tenso da rede eltrica = 127 Va Ic = Corrente calculada do circuito a ser protegido Ib = Corrente corrigida do circuito a ser protegido (corrente de projeto) f = Fator de agrupamento de circuitos = 0,65 (veja tabela 10, pg. 2/26)

    Acerte na escolha do fioA corrente mxima (Iz) do condutor deve ser maior ou igual corrente Ib do circuito.Tabela 23 - Capacidade de conduo de corrente

    * Valores obtidos com base na tabela da norma ABNT NBR 5410 (veja tabela 12, pg. 2/29).

    Para nosso exemplo, onde Ib = 34 A, utilizar fio com seo de 6 mm2, cuja corrente mxima Iz = 41 A.

    Seo(mm2)

    Correntemxima Iz (A)

    0,50 9,0*0,75 11,0*1,0 14,0*1,5 17,5*2,5 24,0*4 32,0*6 41,0*10 57,0*16 76,0*25 101,0*35 125,0*50 151,0*70 192,0*

    Proteo de um circuito passo a passo (cont.)

    Ic = P Ic = 2.800 W = 22 A V 127 VaIb = Ic Ib = 22 A = 34 A f 0,65

    Acerte na escolha do dispositivo DRA corrente nominal (In) do dispositivo DR deve ser maior ou igual corrente do disjuntor.Tabela 24 - Compatibilidade entre dispositivo DR e disjuntorCorrente nominal (In) do disjuntor

    Corrente nominal do dispositivo DR

    10 A

    25 A16 A

    Disjuntor edispositivo DRideais para o exemplo

    20 A25 A32 A40 A 40 A50 A 63 A63 A

    Ateno: a norma ABNT NBR 5410 no permite a utilizao de fio menor que 2,5 mm2 em circuito de tomadas.

    A corrente nominal (In) do disjuntor deve ser maior ou igual corrente do circuito a ser protegido (Ib). Ento:

    Acerte na escolha do disjuntor

    In Ib In 34 A

    A corrente nominal do disjuntor deve estar entre 34 A e 41 A.

    34 A In 41 APortanto:

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 16-17 28/03/2013 17:49:59

  • 3/193/18

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    Exemplo de um circuito de pontos de tomada

    Proteo de um circuito passo a passo (cont.) 3. Circuito de iluminaoNeste caso ser utilizado o circuito 1 da Residncia-modelo, com dois pontos de luz de 100 VA e dois pontos de luz de 220 VA, totalizando 640 VA de potncia instalada no circuito (ver tabelas 6 e 7, pgs. 2/21 e 2/22).Determine a corrente do circuito a ser protegido P = Potncia do aparelho = 640 W V = Tenso da rede eltrica = 127 Va Ic = Corrente calculada do circuito a ser protegido Ib = Corrente corrigida do circuito a ser protegido (corrente de projeto) f = Fator de agrupamento de circuitos = 0,65 (veja tabela 10, pg. 2/26)

    Acerte na escolha do fioA corrente mxima (Iz) do condutor deve ser maior ou igual corrente Ib do circuito.Tabela 25 - Capacidade de conduo de corrente

    * Valores obtidos com base na tabela da norma ABNT NBR 5410 (veja tabela 12, pg. 2/29).

    Para nosso exemplo, onde Ib = 8 A, utilizar fio com seo de 1,5 mm2, cuja corrente mxima Iz = 17,5 A.

    Seo(mm2)

    Corrente mxima Iz (A)

    0,50 9,0*0,75 11,0*1,0 14,0*1,5 17,5*2,5 24,0*4 32,0*6 41,0*10 57,0*16 76,0*25 101,0*35 125,0*50 151,0*70 192,0*

    Ic = P Ic = 640 W = 5 A V 127 VaIb = Ic Ib = 5 A = 8 A f 0,65

    Ateno: O fio de 0,5 mm2 tambm possui corrente mxima (9 A) maior que 8 A, mas a norma ABNT NBR 5410 no permite a utilizao de fio menor que 1,5 mm2 em instalaes de iluminao.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 18-19 28/03/2013 17:50:00

  • 3/213/20

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    Acerte na escolha do dispositivo DRA corrente nominal (In) do dispositivo DR deve ser maior ou igual corrente do disjuntor.Tabela 26 - Compatibilidade entre dispositivo DR e disjuntorCorrente nominal (In) do disjuntor

    Corrente nominal do dispositivo DR Disjuntor e

    dispositivo DRideais para o exemplo

    10 A16 A 25 A20 A25 A32 A40 A 40 A50 A 63 A63 A

    A corrente nominal (In) do disjuntor deve ser maior ou igual corrente do circuito a ser protegido (Ib). Ento:

    Acerte na escolha do disjuntor

    In Ib In 8 A

    A corrente nominal do disjuntor deve estar entre 8 A e 17,5 A.

    8 A In 17,5 APortanto:

    Proteo de um circuito passo a passo (cont.)

    Exemplo de um circuito de iluminao

    DicasInstalao: O fio terra no pode ser ligado no dispositivo DR.Instalao com dispositivo Instalao com dispositivo DR DR em 127 Va em 220 Va (entre fase e fase)

    O dispositivo DR possui um boto de teste para que o usurio verifique se o dispositivo est funcionando corretamente.Fazer teste mensal aps instaladoO funcionamento do boto de teste garantido a partir de 100 Va, sendo ento o produto adequado s redes 127/220 Va 60Hz (bipolar e tetrapolar) e s redes 220/380 Va 60Hz (tetrapolar).

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 20-21 28/03/2013 17:50:01

  • 3/233/22

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    O funcionamento do boto de teste depende do esquema de ligao indicado no dispositivo DR. Os dispositivos DR bipolares e tetrapolares atendem todos os tipos de ligaes.Observao: a combinao fase/fase/fase s possvel para 220 Va.

    O que fazer se o dispositivo DR no mantiver o circuito ligado: antes de mais nada, verifique se a ligao est correta. Ento, desligue todos os equipamentos das tomadas, inclusive chuveiro e torneira eltrica. Religue o dispositivo DR. Se mesmo assim o dispositivo DR desarmar, so possveis trs situaes:

    Ligaes para utilizao em redes monofsicas, bifsicas ou trifsicas

    Situao 1: se o dispositivo DR desarmar mesmo com os equipamentos desligados, sua instalao apresenta problema entre o dispositivo DR e os circuitos. Provavelmente, existem falhas ou emendas gerando fuga de corrente.

    Situao 2: se o dispositivo DR no desarmar, existe algum equipamento com corrente de fuga. Ligue separadamente todos os equipamentos at que o dispositivo DR desarme. Assim voc descobrir o aparelho que est causando o problema.

    Situao 3: se o dispositivo DR no desarmar quando os equipamentos forem ligados separadamente, mas desarmar quando todos forem ligados ao mesmo tempo, a soma das fugas de corrente de todos os aparelhos maior que a corrente de sensibilidade do dispositivo DR. Nesse caso, devem ser feitos testes combinando os circuitos at que se localize o circuito que est gerando o desligamento do dispositivo. Se for constatado que no h defeitos nos circuitos e sim uma fuga de corrente natural em cada um, cuja soma desarma o dispositivo DR, a soluo utilizar um dispositivo DR para cada circuito ou equipamento.

    Proteo de um circuito passo a passo (cont.)

    Fase Fase

    Fase Fase

    1 1

    1 1

    Neutro FaseFase Fase

    Neutro FaseFase Fase

    N 1

    N 2

    N 1 3 5

    N 2 4 6

    Neutro Fase FaseFase Fase FaseNeutro Fase Fase Fase

    Neutro Fase FaseFase Fase FaseNeutro Fase Fase Fase

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 22-23 28/03/2013 17:50:01

  • 3/253/24

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3Exemplos de instalaoNo desenho do quadro abaixo, os aparelhos indicam qual a utilizao do circuito. A lmpada para circuitos de iluminao, as tomadas para os circuitos de pontos de tomada, e o chuveiro e a torneira eltrica para circuitos independentes.

    Esquema eltrico da instalao da Residncia-modelo

    Os nmeros indicam a qual circuito do projeto a ligao pertence. Por exemplo, o disjuntor e a lmpada gravados com o nmero 1 representam o circuito 1 de iluminao da casa (ver tabelas 6 e 7, pgs. 2/21 e 2/22).

    *Verificar a corrente nominal (A)

    do circuito a ser protegido.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 24-25 28/03/2013 17:50:02

  • 3/273/26

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    Esquema eltrico genrico de uma instalao residencial de acordo com a norma ABNT NBR 5410

    Exemplos de instalao (cont.)

    As sees nominais dos condutores e as correntes nominais dos disjuntores e dispositivos DR (diferencial residual) devem ser dimensionadas conforme prescrito na norma de instalaes de baixa tenso ABNT NBR 5410.

    *Verificar a corrente nominal (A)

    do circuito a ser protegido.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 26-27 28/03/2013 17:50:02

  • 3/293/28

    Captulo 3: Especificando Dispositivos de Proteo 3

    Advertncias

    Quando um disjuntor desliga um circuito ou a instalao inteira, a causa pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos frequentes so sinal de sobrecarga. Por isso, nunca troque seus disjuntores por outros de corrente mais

    alta (amperagem maior). Como regra, a troca de um disjuntor por outro de corrente mais alta requer, antes, a troca dos fios

    e dos cabos eltricos por outros de seo (bitola) maior.Da mesma forma, nunca desative ou remova o

    dispositivo DR contra choques eltricos mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente.

    Se os desligamentos forem frequentes e, principalmente, se as tentativas de religar a chave no tiverem xito, isso significa que a instalao eltrica apresenta anomalias

    internas. A desativao ou remoo do interruptor significa a eliminao de medida protetora contra choques eltricos

    e risco de vida para os usurios da instalao.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 28-29 28/03/2013 17:50:02

  • 2Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais

    4/1

    4

    44/1

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 2-1 28/03/2013 17:50:02

  • 4/2 4/3

    4

    Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais

    Interruptores 4/4

    Pontos de tomada de corrente 4/11

    Circuitos independentes 4/13

    4ndice

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 2-3 28/03/2013 17:50:02

  • 4/54/4

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4

    Nos esquemas de ligao ser adotada a seguinte simbologia para identificao dos condutores:

    So utilizados no acionamento dos pontos de luz ligados entre os condutores de fase e neutro (110 ou 127 Va).Interruptor simples: utilizado para acionar lmpadas a partir de um nico ponto (veja figura 1, pg. 4/5).Interruptor paralelo: utilizado quando um ponto de luz precisa ser acionado a partir de dois locais diferentes (veja figura 2, pg. 4/6).Interruptor intermedirio: utilizado quando um ponto de luz precisa ser acionado de trs ou mais locais diferentes (veja figura 4, pg. 4/8).

    Unipolares

    Interruptores

    N - Condutor de neutro F - Condutor de fasePE - Condutor de proteo (terra)R - Condutor de retorno

    So utilizados no acionamento de pontos de luz ligados entre os condutores de fase e fase (220 Va).Interruptor simples: utilizado para acionar lmpadas a partir de um nico ponto (veja figura 5, pg. 4/9).Interruptor paralelo: utilizado quando um ponto de luz precisa ser acionado a partir de dois locais diferentes (veja figura 6, pg. 4/10).

    Bipolares

    Figura 1 - Interruptor unipolar simples

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 4-5 28/03/2013 17:50:02

  • 4/74/6

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4Figura 2 - Interruptor unipolar paralelo Figura 3 - Interruptor unipolar paralelo - modo de

    instalao incorreto

    O c

    ondu

    tor d

    e ne

    utro

    dev

    e s

    er

    ligad

    o se

    mpr

    e

    lm

    pada

    , par

    a n

    o h

    ave

    r o

    ris

    co d

    e ch

    oque

    el

    trico

    qua

    ndo

    ela

    for

    inst

    alad

    a ou

    troc

    ada.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 6-7 28/03/2013 17:50:03

  • 4/94/8

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4Figura 4 - Interruptor unipolar intermedirio Figura 5 - Interruptor bipolar simples

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 8-9 28/03/2013 17:50:04

  • 4/114/10

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4Figura 6 - Interruptor bipolar paralelo

    So pontos destinados ligao de aparelhos mveis. No possuem uma utilizao especfica. Podem ser ligados entre os condutores de fase e fase (220 Va) e fase e neutro (110 ou 127 Va).

    Pontos de tomada de corrente

    Ponto de tomada de 127 Va (fase neutro)

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 11 28/03/2013 17:50:05

  • 4/134/12

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4Ponto de tomada de 220 Va (fase fase) Circuitos independentes

    So circuitos destinados ligao de aparelhos especficos, cuja corrente nominal superior a 10 A. Nesses circuitos, a utilizao de dispositivos DR exigida por norma (ABNT NBR 5410). No caso de chuveiros e torneiras eltricas, a utilizao de tomadas no recomendada. Podem ser utilizados conectores ou ento emendas isoladas com fita isolante.Circuito independente de 127 Va (fase - neutro) com dispositivo DR

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 12-13 28/03/2013 17:50:05

  • 4/154/14

    Captulo 4: Esquemas de Ligao em Instalaes Residenciais 4Circuito independente de 220 Va (fase fase) com dispositivo DR

    Ateno: no quadro de distribuio, recomendvel deixarsempre um espao livre para a colocao de mais disjuntores e/ou dispositivos DR, para o caso de uma futura ampliao. Deve-se deixar um espao livre de, no mnimo, 20% do espao j ocupado.Exemplo: para cada dez disjuntores instalados no quadro, recomenda-se deixar um espao livre para uma possvel e futura instalao de pelo menos mais dois disjuntores.

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 14-15 28/03/2013 17:50:06

  • 52

    Captulo 5: Produtos Diferenciados

    5/1

    55/1

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 2-1 28/03/2013 17:50:06

  • 5/2

    5

    5/3

    5Produtos Diferenciados

    ndice

    Unica Light Control 5/4

    Arbus 5/5

    Campainha eletrnica 2 tons 5/6

    Conjunto para comando de ventilador 5/7Detector de fumaa 8 A 220 Va 5/10

    Detector de gs GLP 8 A 220 Va 5/12

    Detector de gs natural 8 A 220 Va 5/14

    Detector de inundao 8 A 220 Va 5/16

    Detector de monxido de carbono (CO) 8 A 220 Va 5/18Interruptor automtico por presena 5/20

    Interruptor por carto para gerenciamento de iluminao/cargas 5 A 250 Va 5/23

    Interruptor por carto dedicado Primecard 5 A 250 Va 5/25

    Interruptor e pulsador bipolar paralelo com parada central 6 A 250 Va 5/26

    Luz sinalizadora 5/26

    Minicmeras de vdeo 5/27

    Minuteria eletrnica 5/29

    Mdulo de potncia com corrente de comando limitada a 1 mA, 2 Vcc 10 A at 230 V 5/30

    Mdulo de potncia para iluminao 5/31

    Mdulo de potncia para motores 5/31

    Placa-suporte para reas midas IP54 5/33

    Placa-suporte para divisrias 5/33

    Protetor de tenso 5/34

    RF Interruptor radiofrequncia 5/35

    Variador de luminosidade (dimmer) 5/39Variador de luminosidade digital (dimmer digital) 5/41Variador eletrnico para ventilador 5/43

    Book_do_Manual)do_eletricista_2012.indb 2-3 28/03/2013 17:50:06

  • 5/55/4

    Captulo 5: Produtos Diferenciados 5

    Arbus 4.0

    Unica Lighting Control ArbusUm show parte em iluminao inteligente.Unica Lighting Control o sistema de controle de iluminao que permite controlar individualmente cada um dos seis circuitos ligados a ele, alm de armazenar quatro cenrios programados. E tudo com apenas um simples toque.

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    Mdulo de potncia ULC SEU8.578Mdulo teclado Unica Lighting Control SEU3.575.18/ SEU3.575.25Controle remoto de 11 botes SEU0.875Controle remoto de 1 boto SEU0.876

    Esquema de ligao

    127VCA 220VCA

    Caracters