MARINALOPESDALCOL
TECNICAS DE RUFIAo BOVINO
Monografia apresentada como requisitoparcial para a obten9Ao do titulo deMedica Veterimlria do Curso deMedicina Veterinaria da UniversidadeTuiuti do Parana.Orientador: Prof. Aurelino MenarimJunior
CURITIBA
2003
AGRADECIMENTOS
A Deus, par ser a pedra fundamental e estar presente em todos as
momentos da minha vida.
A meus pais, Achilles e Dalva, que com seu amor, apaio, incentivo e
confiany3 me ajudaram a chegar ao final desta caminhada. A vo~s, a quem
muitas vezes esqueyo de agradecer, dedico esta vit6Tia.
Ao Frederico e Rodrigo, mais que irm:tos, etamos amigos.
Ao meu orientador Prof. Aurelino Menarim Junior, pela supervisao durante 0
estagio curricular.
Ao meu orientador profissional Or. Jose Pedro Pelissari pela oportunidade e
incentivQ durante 0 estagio curricular, e a toda a equipe da Itagen.
Aqueles que de alguma forma, ate mesmo com urn sarriso, ajudaram-rne
nessa caminhada, multo obrigado.
SUMARIO
LISTA DE ABREVIATURAS iv
LlSTA DE FIGURAS .......•......•.................•.......•........................•..................................... v
1. INTRODUVAO .....•........................................•.....................•.................................... 01
2. REVISAO DE LITERATURA ......................................................•..........•................. 02
3. MATERIAL E METODOS ...............................••...............•••..................•....•.........•... 05
4. RESUL TADO E DISCUSSAO 10
5. CONCLUSAO ....................•..................•......•.....•................................•.................... 11
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 12
iii
LISTA DE ABREVIATURAS
%; porcento
em= centimetros
E.v. = endovenoso
I.M. = intramuscular
Kg = quilograma
Mg= miligramas
MI= mililitros
P.V.= peso vivo
PR= Parana
sP= sao Paulo
UI= Unidade internacional
Iv
LlSTA DE FIGURAS
Figura 1 - Conlen911o do animal ..
Figura 2 - Assepsia do local ...
Figura 3 - Local da excisM ..
. 05
. 05
............ 06
Figura 4 - Exposi9aO da flexura .. 06
Figura 5 - Localiza911o da urelra . 06
Figura 6 - Exposi911o da flexura sigm6ide.. . 06
Figura 7 - Reposi9aO ao local analOmico .
Figura 8 - Sulura da pele ..
. 07
Figura 9 - Local da incisao .
Figura 10 - Exposi9aO do cordao ..
Figura 11 -Exposi9aO do ducto deferenle ..
. 07
. 07
...... 07
. 08Figura 12 -Sulura da pele ..
Figura 13 -CurativQ local diario
. 08
................................. 08
1. INTRODU/yAO
Com a progresso da insemina9Ao artificial em bovin~s, que vern ocupando
destacado papel na produgao animal, tomou·se de grande importancia a sanidade
genital das matrizes, principalmente 0 controle das doen<;as de reprodugao.
Urn dos maiores problemas para implantagao da pmtica da inseminagao
artificial e a observayAo correta do cia das vacas a serem inseminadas. 0 usa de
touros devidamente preparados por meio de tecnicas cirurgicas para exercerem 0
papal de rufioes, tern se apresentado como urna alternativa viavel para sanar esta
dificuldade. Animais incapacitados para a fecundayao, mas que podem realizar a
c6pula, podem atuar intensamente na proliferagao e na transmissao de doenyas
venereas.
Neste trabalho, ap6s comentar as vantagens e desvantagens de varias
tecnicas cirurgicas utilizadas para esterilizayAo de bovin~s, descreveremos urna
tecnica que visa 0 preparo de rufiOes bovinos capazes de identificar f~measem
cia sem a perigo de transmissi10 de doenc;as do sistema genital.
2
2. REVISAO DE LITERATURA
A vasectomia vem sendo praticada e aperfei90ada ha 5 deeadas, sempre
na busea do metodo mais confiavel, e menos traumatico para 0 animal.
THARP (1955) praticou a vasectomia em sete touros jovens de 12 meses
de idade, retirando um segmento de 2,5 cm dos ductos deferentes.
BIERSCHWAL & EBERT (1961) obtiveram ruMes bovinos injetando agente
esclerosante na cauda do epididimo.
BELLING (1961) desenvolveu uma tecnica para bovinos promovendo a
forma~o de aderencia do p~nis a parede abdominal. Ap6s incisao paralela a linha
media e anterior aos mamilos fudimentares, 0 autor aplicou tres ou quatros pontcs
aproximados a albuginea da regiao dorsal do p~nis a parede abdominal.
FORGASON (1963) realizando a mesma tecnica tambiJm observou os mesmos
resultados.
WILTBANK (1961) relatou tecnieas em bovin~s, pela qual a eauda do
epididimo foi removida atraves da pequena incistio, praticada no apice da balsa
eserata!.
ROMMEL (1961) realizou 0 desvio do 6stio prepucial de bovin~s, fixando-o
lateralmente, na parede abdominal, formando um angulo de 45 graus com a linha
mediana.
SMITH (1963) preconizou, para bovin~s, a forma9ao de um fundo de saco,
impedindo a saida do p~nis pelo fechamento cirurgico do 6stio prepucial. A
drenagem da urina foi feita par meio de uma abertura artificial na linha mediana,
caudalmente ao 6stio, atraves da incisao da pele e lamina intema do prepucio.
Ap6s a sutura da lamina prepucial a pele, era insendo um tubo de plastico, para
evitar estenose, 0 qual foi removido ap6s cinco dias.
SHIPILOV (1964) transformou em rufiOes 25 bovin~s, de 6 a 18 meses,
previamente escolhidos e submetidos a jejum de 24 horas, atraves da implanta9ao
do 6stio e segmento cranial, obedecendo a um angulo de 45 graus em rela~o alinha media. Admitiu 0 autor, que 0 emprego de tecnicas cirurgicas visando
3
incapacitar as animais para a c6pula, pode influenciar psicologicamente, inibindo-
Ihes as reflexos sexuais.FRY et a/ (1965) descreveram tecnicas cinirgicas de vasectomia em touros
adultos, mencionando que, duas semanas ap6s a intervenr;ao, as animais foram
utilizados como rufiOes. Durante urn periodo de dezesseis meses de observayao
nM apresentaramqualquer reayao desfavoravel ou perda de libido.
ARBEITER et 8/ (1969) para resolver problemas de ovulayao retardada e
cia silencioso de vacas, introduziram urn taura com 0 p~nis realmente deslocado,
para estimular 0 cio e ovulayao do rebanho por copulayao esteri\' Ap6s algumas
considera~es sabre 0 procedimento psico-sexual das vacas e sua influ~ncia
sabre 0 cicio estral, as autores fizeram referencia a tecnica usada para 0
deslocamento cirurgico do p~nis. afirmando que a cicatrizayao de ferida ocorreupar primeira intenyao e que 0 rufiao comeyou a ser utilizado 18 dias ap6s a
intervenyao cirurgica.SMITH (1967) transfonmouem rufiOes 11 touros, previamente escolhidos,
usando a seguinte tecnica: ap6s infiltrayao de anestesico local no apice da bolsaeserotal e incisao da pele. a cauda do epididimo fai exteriorizada e seccionada ate
deixar escapar esperma pela incisao. Este procedimento interrompe a
continuidade do ducto epididimal em diversos pontos, reforyado, ainda, pela
aplicayao de uma ligadura em torno da cauda do epididimo. 0 procedimentocirurgico foi bilateral e a pele fechada por sutura continua simples.
OEHME (1968) recomendou uma tecnica cirurgica para ressecyao da
cauda do epididimo atraves de pequena incisao, no apice da bolsa eserotal.
Salientou que a procedimento produz esterilidade, alern de incrementar a
efici~ncia alimentar e a ganho de peso, quando aplicado em novilhos de corte em
boas condiyOesde saude.
BLOCKEY (1968) repetiu em bovinos 0 experimento de SMITH (1967),
obtendo resultados id~nticos e acrescentando alguns detalhes sobre suaaplicayao.
RON (1969) praticou vasectomia em 48 bezerros com idade de uma
seman a a dez meses, removendo de 3 a 4 em dcs ductas deferentes, em cada
4
cordao espermatico e, posteriormente, abatido entre 14 e 20 meses. 0 ejaculado
de aito animais examinados poucos dias antes do abate, mostrou~seclaro e livrede espermatoz6ides. Os 6rgaos genitais de nove animais examinados no
momento do abate revelaram grande numero de espermatoz6ides nos tubulosseminlferos da cabe93 e cauda do epididimo, alem de muilas eelulas epiteliais. 0
autor conclui afirmando, que apenas a libido dos animais foi conservada.AMSTUTZ (1970) recomendou a combina,ao da vasectomia com 0 metodo
desenvolvido por SMITH (1963). Afirmou ainda, que a associa,ao destes metodos
oferece maior seguran9a na preven9ao de fecunda,ao indesejavel e da
transmissao de doenc;as venereas.WEISS ENBERG & COHEN (1971), modificando a tecnica de ROMMEL
(1961). transformaram 24 novilhos em ruflOes, com idade de 10 a 12 meses, de
ra93s de leite e de corte, por deflexao cinlrgica do prepucio e do pan is com urn
angulo de 45 graus em rela9ao II sua posi9aO normal.
3. MATERIAL E METODOS
No presenle trabalho foram utilizados 12 bovinos de diferentes ral"'S,
criadas nos municipios de Itarare~SP e Arapoti-PR, com idades variando de 14 a
18 meses, em perfeitas condi90es de saUde.
Pre-operat6rio e conten~Ao
o unico cuidado pre-operat6rio utilizado foi 0 de jejum completo de 12
horas. Cerca de 10 minutos antes da intervenC;ao fai aplicado em cada animal 0,2
mglkg de cloridato de xilazina EV (Rompum·, Laborat6rio Bayer).
Com 0 animal contido em decubito lateral direito (Fig. 1) com os membros
tracionados firmemente em sentido cranial (membros anteriores e posterior direito)e caudal (membra posterior esquerdo) foi feita a lava gem a assepsia local (Fig. 2).
FIGURA 1 - Conten~o do animal.
Tecnica cirurgica
• Fixa~Ao da "exura sigm6ide
FIGURA 2 - Assepsia do local.
A flexura sigm6ide foi localizada acima da bolsa escrotal (Fig. 3), sendo
realizada urna incisao de aproximadamente 10 em sabre a pele, subcutaneo e
6
fascia dos museu los reto-abdominal e transversa do abdOmen. Em seguida foi
realizada a divulsao romba e exposi~o da flexura sigm6ide (Fig. 4), onde apos
exterioriza~o evidenciaram-se os musculos retratores do p~nis,com a finalidade
de localizar a posi~o anatOmica ideal da flexura.
FIGURA 3 - Local da incisao. FIGURA 4 - Exposi~o da flexura.
Com auxilio da mao esquerda foi evidenciada a uretra (Fig. 5) e realizada
sutura com do is pontos em ·u· em linha (Fig. 6), com fio de algodao n' 000, lateral
ao canal da uretra na camada muscular do p!nis, em apenas urn dos lados. Ap6sa fixa~o a flexura foi reposicionada em seu local anatOmico (Fig. 7) e reduzido 0
espa~o marta com pontos simples continuos na fascia dos museu los reta-
abdominal e transverso do abdOmen e pele, com fio algodao n' 000 (Fig 8).
FIGURA 5 - Localiza~o da urelra. FIGURA 6 - Fixa~ao da flexura
sigm6ide.
FIGURA 7 - Reposicao aD local anatOmico.
• Vasectomia
7
FIGURA B- Sutur. d. pel•.
ApOs tra9llo do tesHculo e eletuad. a incisao longitudinal acima do plexo
pampinilorme (Fig. 9). Para um melhor acesso do cordao testicular, uma pin",
hemostatica grande e introduzida entre 0 cordao e a pele, levantando e lacilitando
a sua exposi9ao (Fig. 10). Com incisOes superficiais na tunica vaginal laz-se a
exposi9llo do ducto delerente (Fig. 11) que. apOs divulsao, sao realizados dois
pontos simples a uma distancia de 5cm um do outro. Efetua~se a excisao do
segmento entre os pontos. 0 mesmo procedimento e realizado no ducto contra-
lateral. A pele foi suturada com pontos simples continuos com fio de algodtlo n°
000 (Fig. 11).
FIGURA 9 - Local da incisao. FIGURA 10 - Exposi9llo do cordAo.
FIGURA 11 - Exposicao do ducto defarante.
Conduta p6s-operat6ria
8
FIGURA 12 - Sutura da pele.
o tratamento p6s-operat6rio foi composto pela administracao de 40.000
Ul/kg de penicilina (Agrovet Pius·, laborat6rio Novartis) par tr~s dias e 20 mg de
dexametazona (Azium", laborat6rio Schering-Ploug) dose unica.
A ferida operat6ria foi lavada diariamente com solucao de iodo a 4%,
seguido de aplicacao de pomada a base de nitrofurazona (Furacin pomada",
laboratario Schering-Plough) e coumaph6s tiofosfato com propoxur (Tanidil P6·,
laboratario Bayer) (Fig. 13).
FIGURA 13 - Curatlvo local diario.
9
As suturas de pele fcram retiradas em 10 dias.
Os animais foram mantidos em repouso sexual, sendo liberados ap6s 30
dias, quando foram introduzidos em esta~o de monta.
10
4. RESULTADOS E DISCUSSAO
o emprego desta tecnica cirurgica nao favoreceu aparecimento de
complica~es e t~opouco foram observados acidentes de qualquer natureza.
o jejum completo a partir de 12 horas antes do ato operat6rio desempenha
importante papel, pois alem de reduzir a possibilidade de micyao durante a
interven~o, inviabiliza 0 processo de irrttayao da ferida nao interferindo no
processo cicatricial e prevenindo timpanismo e regurgitagao (SHIPILOV, 1964).
A presente tecnica apresentou como vantagens sabre as demais tecnicas
descritas nesta revisao: 1. pequena incisao, diminuindo 0 risco de edemas e
ader~ncias; 2. facilidade na exposigao da flexura sigm6ide, diminuindo 0 tempo
cirurgico; 3. p6s-operat6rio rapido, com baixo custo de medicamentos; 4. rapida
recuperagao do animal, em atividade no prazo de 30 dias.
Pelo fato da flexura sigm6ide ser fixada nela mesma, diminui-se a
incidencia de forma~o de seroma, sacula~es e 0 acumulo de urina, como ocorre
nas tecnicas de fixagao do p~nis a parede abdominal (BELLING, 1961;
FORGASON, 1963) e a formagao do fundo do saco prepucial (SMITH, 1963).
A amputagao do p~nis, descrita por STRAUB & KENDRIC (1965), nao
apresentou bons resultados, pois segundo as pr6prios autores a libido e 0
interesse dos rufiOes pelas vacas decresceram num espac;:o de tempo
relativamente curto.
Os metodos cirurgicos empregados para esterilizayao de machos
permitindo a realizac;:ao do ate sexual, tai! como ressecyao, transfixac;:ao au
injegao de agentes esclerosantes na cauda do epididimo e vasectomia (THARP,
1955; BIEESCWAL & EBERT, 1961; BLOCKEY, 1968; OEHME, 1968; RON,
1969; AMSTUTZ, 1970) atualmente estao sendo relegadas ao segundo plano,
devido nao somente it difusao de doenc;:as no rebanho, tais como triconomose e
vibriose, como tambam a possibilidade de uniao espontanea do canal deferente e
da cauda do epididimo.
11
5. CONCLUSAO
A partir dcs resultados obtidos conclui·se que, por sua simplicidade e
eficiencia, esta tecnica pode ser recomendada tanto para garrotes como para
touros, a fim de serem utilizados na identifica~ode vacas em cia, em programasde inseminac;ao artificial de rebanhos de leite ou corte.
12
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARBEITER. K; GLAWISCHING, E.; SINNBAUER, H. Surgical desplacemenl of thebull's penis. Sterile copulation for the stimulation of oestrus and ovulation in cow.Wien. Tlerarztl. Mschr"V.52, 765-73, 1969.
AMSTUTZ, H. E. Vasectomy and malpractice. JAVMA. V.156, n.2, 249, 1970.
BELLING, T. H. Preparation of a "teaser" bull for use in beef cattle artificialinsemination program. JAVMA, V.13B, n.12, 670-72,1961.
BIERSCHWAL, C. J.; EBERT, E. F. Clinical applications of a sclerotherapeuticagent. Vet. Med.; V.56, n.8, 322-23, 1961.
BLOCKEY. M. A. B. Sterilization of bulls for use as teasers. New Zeal. Vet. J.,V.17, n.70, 1968.
FORGASON, J. L. Winrock farm beef cattle improvement program. Vet. Med.,V.53, n.3, 211-16, 1963.
FRY, N. C. ; COLEMAN, C. H.; ANTHONY, J. E. A field routine for vasectomy inthe bovine. Vet. Med., V.3, 99-102, 1965.
OEHME, F. W. Ressection of the bovine epididymis. A procedure for preparingtaser bulls and securing increased weight gain in male feeder cattle. Vet.Med.,V.63, 603-06,1968.
ROMMEL, W. Desviacion quiruirgica del pene en bovines com fines dedetectar el cello en las hembras. 1961. In: ALEXANDER, A. Tecnica quirurgicaem animals. 2. ed. Mexico, interamericana, p. 231-38,1971.
RON, I. Sterilization of the bull by vasectomy. Nord. Vet. Med., V.21, 381-88,1969.
SHIPILOV, V. C. Surgical method for the pennanent lateral fixation of the bull'sprepuce end penis. Veterinarya, Moscow, VAl, n.8, 60-4,1964.
SMITH, A. P., Epididymal transection for sterilizing bulls. JAVMA, 150 (6): 633,1967.
SMITH, L. C. Surgical procedures to make a bull a heat detector. Arlit. Insem.Digest, V.9, 1, 1963.
STRAUB. O. C.; KENDRICK, J. W. Preparation of teaser bulls by penectomy.JAVMA, V.147, n. 4, 373-76,1965.
13
THARP, V. l. Vasectomy in the bull. JAVMA, (935): 96-9,1955.
WEISSENBERG, Y.; COHEN, R. the preparation of tease by surgical defletion ofthe penis. Refuah Vet., 38-41,1971.
WILTBANK, J. N. A technique for sterilization of Southwester Vel, V.14, n.3, 194-97,1961.
MARINA LOPES DAL COL
TRABALHO DE CONCLUsAo DE CURSO
Trabalho de Conclusao de Cursoapresentado como req~isitoparcial paraobten<;1lo do Titulo de MedicaVeterinaria do Curso de MedicinaVeterinaria da Universidade Tuiuti doParana.Orientador: Prof. Aurelino MenarimJunior.
CURITIBA2003
ReitorProf. Luiz Guilherme Rangel Santos
Pro-Reitar AdministrativoCarlos Eduardo Rangel Santos
Pr6-Reitora Acad6micaCarmen Luiza da Silva
Pr6-Reitor de PlanejamentoAfonso Celso Rangel Santos
Pr6-Reitor de P6s Gradua~Ao e ExtensAoProfa. Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini
Secreta rio GeralRui Alberto Ecke Tavares
Diretor do Curso de Medicina Veterim'iriaProf. JoAo Henrique Faryniuk
Coordenador do Curso de Medicina VeterinariaProf. Italo Minardi
Coordenador do estagio Curricular do Curso de Medicina VeterinariaProf. Sergio Jose Meireles Bronze
Metodologia CientificaProf. Lucimeris Ruaro Schuta
CAMPUS TORRES
Av. Comendadar Franco, 1860CEP 80215-090 Jardim BotAnico
Fone (41) 263-3424
APRESENTACAO
Este Trabatho de Conclusao de Curso (TCC). e urn dos requisitos para a
obten<;llo do titulo de Medica Veterinaria do Curso de Medicina Veterinaria da
Universidade Tuiuti do Parana.
E composto de urn Relat6rio de Atividades de Estagio. realizado junto ao
Centro de Assist~ncia Veterinaria (CAy) durante a periodo de 04 de agosto a 02
de outubro de 2003 e tambem urna Monografia versando sobre "Tecnicas de
Rufiao Bovino". que se encontra logo ap6s a descri<;~o das atividades de estagio.
MARINA LOPES DAL COL
RELAT6RIO DE ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Relalorio de eslagio curricularapresentado como requisito parcial paraoblengllo do Titulo de MedicaVeterimlria do Curso de MedicinaVeterinaria da Universidade Tuiuti doParana.Orlentador: Prof. Aurelino MenarimJunior
CURITIBA2003
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser a pedra fundamental e estaT presente em todos as
momentos da minha vida.
A meus pais, Achilles e Dalva, que com seu amor, apaio, incentivo e
confianc;:a me ajudaram a chegar ao final desta caminhada. A VQOOS,a quem
muitas vezes esque90 de agradecer, dedico esta vit6ria.
Ao Frederico e Rodrigo, mais que irmaos, elernos amigos.
Ao meu orientador Prof. Aurelino Menarim Junior, pela supervisao durante 0
estagio curricular.
Ao meu orientador profissional Dr. Jose Pedro Pelissari pela oportunidade e
incentivo durante 0 estagio curricular, e a toda a equipe da Itagen.
Aqueles que de alguma forma, ate mesma com urn sarrisa, ajudaram-menessa caminhada, muito obrigado.
SUMARIO
LISTA DE ABREVIATURAS ..•........................................................•...........•................. ivLISTA DE FIGURAS ......................................................•................................................ v
LlSTA DE TABELAS ..........•...............................................•.......................................... vi
1. INTRODUt;;AO ................................•.............................................................•.......•..... 1
2. IDENTIFICAt;;AO DO ESTAGIO 2
3. CAsuisTICA .................................................................................................•............ 3
4. TRANSFER£NCIA DE EMBRIOES BOVINOS 3
4.1INTRODUt;;AO .................................................•.....................................•.............•..... 3
4.2SELEt;;AO DAS DOADORAS ..............................................•.......•.........•................... 4
4.3 SELEt;;AO DAS RECEPTORAS ......................•..................•..................................... 5
4.4SINCRONIZAt;;AO DO CICLO ESTRAL .......•.....•........•........•............•...................... 6
4.5PROTOCOLO DE SUPEROVULAt;;AO ....................................•......................•........ 7
4.6 INSEMINAt;;AC ARTIFICIAL .•...........••.......................•.............•............................... 8
4.7COLETA 8
4.8 SELEt;;AO E MORFOLOGIA DOS EMBRICES ...........................................•......... 10
4.9 INOVULAt;;AO ..................................................................•..................................... 13
4.10 CONGELAMENTO DE EMBRICES ....••........•....•.......................................•......... 14
4.11 DESCONGELAMENTO DE EMBRICES 15
5. OUTRAS ATiVIDADES .........................••....•.......•.................................................... 15
5.1 PREPARO DE RUFIAO BOVINO 15
5.2 EXAME ANDROLOGICO BOVINO 17
5.3 DIAGN6STICO DE GESTAt;;AO EM BOVINOS ...•................................................ 23
6. CONCLUSAO .........................•...........•.....................................•..........••................... 25
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS ......................................•.................................... 26
ANEXOS .........................................................•............................................................ 27
iii
LlSTA DE ABREVIATURAS
%; porcento
~9 = microgramas
BSA= albuminasericabovina
BVO= diarn;iaviralbovina
CBRA= ColegioBrasileirode Reproduc;aoAnimal
CL= corpoluteo
FSH= hormOniofollculoestimulante10M. ;;:; intramuscular
I. V. = intravenoso
IA= inseminac;aoartificial
IBR= rinotraquelteinfecciosabovina
Kg= quilograma(s)
Uda.= limitadamA= miliampere
mg= miligrama(5)
min= minuto(5)
mm= millmetromm3 = milimetros cubicos
n = numero•C = graus centigrados
PBS= soluc;aosalinatampaode fosfato
PGF2u= prostaglandinaF2a
PR= Parana
S = segundo.
SFB= sorofetalbovino
SP= sao PauloTE= transfe~nciade embriOes
UI = unidade international
iv
LlSTA DE FIGURAS
Figura 1 - F~mea Simental- doadora de embriOes 04
Figura 2 - Receptoras de embriOes - novilhas da ra98 Simental.. . 06
Figura 3 - Lavagem e coleta de embriOes 10
Figura 4 - Lavagem do filtro para retirada dos embriOes.. .11
Figura 5 -Inovulayao de embri1io . . . 14
Figura 6 - Utiliza9/io de uma fita metrica para medir a perl metro escrotal .. ...... 19
Figura 7 - Coleta do s~men em um copo coletor ....
Figura 8 -Material utilizado para avalia91io do s~men ..
. 20
. 21
Figura 9 -Diagn6stico de gestayao em bovinos atraves da palpayao retal 24
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Prapriedades visitadas durante 0 estagio curricular ..... . 2
Tabela 2 - Casuisticas acompanhadas durante 0 period a de estagia curricular 3
Tabela 3 - Protocolo de superavulac;llo para coleta de embriOes de vacas Simental(SOOUI de FSH) realizado durante estagio curricular... . 8
Tabela 4 - Total de caletas realizadas e estruturas coletadas em diversas rar;8Sbovinas superovuladas durante 0 estagia curricular.. . 11
Tabela S - Rela9Ao do numera de exames andral6gicos, realizados durante 0 estagiocurricular 23
vi
1. INTRODUCAO
o presente relat6rio busca descrever as cases clinicos e cirurgicos
acompanhados duranle 0 estagio curricular obrigat6rio na area de Reprodu9llo
Animal.
o eslagio foi realizado na lIagen - Ilarare Genelica. em Ilarare - SP. sob a
orienta9llo do Medico Velerinario Dr. Jose Pedro Pelissari.
As principais atividades desenvolvidas durante 0 estagio foram relativas ao
manejo reprodutivo e san ita rio de bovinos de corte, e tarn bam na transferencia de
embriOes.
Nesta area encontram-se profissionais de alto nivel tecnico, transmitindo
uma grande carga de conhecimentos e esllmulos, alem de permilir a pmlica de
ensinamentos te6ricos adquiridos na vida acad~mica.
2. IDENTIFICACAO DO ESTAGIO
o estagia curricular obrigatoria foi realizado sob orientac;::.o do Medico
Velerinario Jose Pedro Pelissari. de Itarare-SP. e supervisao do Prof. Aurelino
Menarim Junior. da Universidade Tuiuti do Parana.
Este orientador profissional atua na area de reproduyao de grandes animais
(inseminay:ilo artificial e transfer~ncla de embriOes), bovinocultura de corte, c1fnica
e cirurgia de grandes anima is.
o estagio foi realizado no perlodo de 04 de agosto a 02 de outubro.
completando um total de 348 horas.
TABELA 1 - Propriedades visitadas durante 0 estagio curricular.
FAZENDA PROPRIETARIO RACA LOCAL
Cerrado de eima Israel Svemer Manchigiana Taquarivai-SP
Goiabeira Joao Bosco Dal Col Nelore Itarare-SP
JS Andresa Francisco Juremir Simental capao Bonito-SP
Ligia Valdevino Silva Nelore Itarare-SP
Pilao de Pedra Cezar Ghizzi Nelore Itarare-SP
Santa Andrea Santa Andrea Ltda Simental Itarare-SP
Santa In~s Eumar Cocker Nelore Itatare-8P
Santa Isabel Gino Cesaro Nelore Itarare-SP
Santa Luzia Paulo Contieri Nelore Itarare-SP
Santa Maria Helio Plens Simental Itarare-SP
sao Daniel Anor 15sa Pardo Suiyo Carambei-PR
sao Lourenyo Jose Lopes Neto Pardo Suiyo Itabera-SP
Vila Rica Mario de Camargo Nelore Itarare-SP
Vila Velha Mario de Camargo Simental Taquarivai-SP
3. CAsuisTICA
A labela abaixo demonstra as atividades acompanhadas durante 0 eshlgio
curricular.
TABELA 2 - Casulstieas acompanhadas durante 0 periodo de estagio curricular.
Procedimentos realizados N
Reprodufao animal
Colheita e transfer~nciade embriOes bovinos
Exame genital
Exame androl6gico bovino
Total
Clinic8 ciroryica
Preparo de rufiOes bovinosTotal
Total
4263
38
305
12
12329
4. TRANSFERENCIA DE EMBRIOES
4.1INTRODUC;;AO
A crescente necessidade de melhoramento genetico de bovin~s, imposta
pela competitividade e exig~ncia do mereado, toma a transfer~ncia de embriOes
urna alternativa cada vez mais viavel em nossa meio.A transfer~ncia de embriOes (TE) e uma biotecnologia que consiste na
superovula<;ao de f~meas de qualidade genetiea superior, colheita dos embriOes e
transferencia para f~meas receptoras que levam a prenhez a termo (HAFEZ,
1995).
4.2 SELE<;AODAS DOADORAS
Para urn programa de transfer~ncia de embriOes devem ser selecionados
animais geneticamente superiores, com caracteristicas fenotipicas condizentes it
ral"l e livres de enfermidades no lrato reprodutivo e em outros sistemas doorganismo (Fig. 1).
FIGURA1 - F~meaSimental- avaliayllo cllnica geral.
Animais que apresentem problemas no sistema digestivo, reprodutivo,
respirat6rio ou locomotor devem ser tratados e Iiberados conforme exame do
tecnico responsavel pela transfer~nciade embriOes.
Os animais que estiverem em programa, nao deverao receber tratamento abase de antibi6ticos e antiinfiamat6rios. A nao ser em cases de extrema
necessidade. Assim sendo, conforme a gravidade devem ser retirados do
programa.
- Maneja Sanitaria
Os animais devem ser vacinados contra IBR, avo e leptospiroseanualmente (Triangle 9", laborat6rio Fort Dodge) e aftosa em maio e novembro.
Os anima is vacinados nao sao colhidos com intervalo de 20 dias das vacinac;Oes.o tratamento contra endectoparasitas ocorre com pelo menos 10 dias de
antecedencia ao inicio ou termino da coleta.
- Manejo Nulricional
Os animais devem estar sob regime alimentar que proporcione equilibrioentre os diversos nutrientes, nao ocasionando excesso nem defici~ncianutricional,sendo assim, nao devem estar extrema mente magros, nem extrema mente gordos,sendo 0 escore corporal desejavel entre 3 e 4, na e.cala ate 5.
4.3 SELE<;:AO DAS RECEPTORAS
As femeas selecionadas (Fig.2) devem ser preferencialmente jovens, de
temperamento calmo, saudaveis (ciclicidade normal), bern alimentadas, com
balan", energetico positivo e com boa aptidao maternal.
FIGURA 2 - Receptoras de embriOes - novilhas da ra<;a Simental.
- Manejo Sanitaria
As f~meas receptoras recebem 0 mesmo tratamento aplicado as f~meas
doadoras, tanto quanto a vacina~o contra ISR, SVD e leptospirose (Triangle g",
laboratorio Fort Dodge) e aftosa. Os animais vacinados nao sao inovulados com
intervalo inferior a 20 dias da vacinac;;ao.
o tratamento contra endectoparasitas ocorre com pelo menos 10 dias de
anteced~ncia a inovula~o ou apos a confirma~o da prenhez.
4.4 SINCRONIZAQAo DO CIClO ESTRAL
Para a realizaC;ao do protocolo de TE, doadoras e receptoras devem estar
sincronas.
Apes obter-se a data do cio base da doadora, para inicio de protocolo de 9
a 13 dias ap6s, sendo ideal 0 11- dia, as receptoras eram selecionadas conforme
a presen<;a de corpo luteo (Cl). mediante palpa~o retal.
As I~meas com CL presente receberam 150~g de D+ cloprostenol. urn
an;,logo da prostaglandina. no segundo dia na parte da tarde do tratamento de
superovula93o das doadoras. sendo esta antecipada 12 horas em rela~o aaplica930 das doadoras.
Esta antecipayAo se deve ao fato que a estirnulayAo Dvariana,
desencadeada pela superovula~o. determina urn adiantamento no inicio da
manilesta930 do estro das doadoras em tomo de 36 a 48 horas antes.
4.5 PROTOCOLO DE SUPEROVULA<;Ao
o objetivo da superovulayao e promover 0 desenvolvimento, maturat;;ao e
ovula~o de mulliplos loliculos num periodo estral.
o tratamento deve ser realizado atravas da aplica~o intramuscular de 350
UI (novilhas) a 500 UI (vacas) de harmonia loliculo estimulante (FSH) em doses
decrescentes, aplicadas duas vezes ao dia, em intervalos de 12 horas, durante 4
dias (Tab. 3).
Devern ser dadas ao cliente instru~es par escrito, facilmente
compreensiveis, par parte da equipe veterinaria. Urna vez que 0 membro da
equipe veterinaria e 0 responsclvel, ele deve se assegurar que 0 cliente entendeu
completamente as instruc;:6es antes que 0 tratamento tenha iniciado.
Deve ser lomecida quantidade adequada de seringas e agulhas estareis.
para administra~o dos hormOnios. De preler~ncia as seringas ja devem canter as
dosagens respectivas ao dia do tratamento. 0 preparo do hormdnio deve ser
realizado, preferencialmente pelo veterinario. Deve~seressaltar que dosagens
altas de hormOnios causarn crescirnento exagerado dos ovarios, falha em recolher
ernbriOes transferiveis e atraso no retorno da doadora a urn cieJo estral normal.
TABELA 3 - Protocolo de superovula930 para coleta de embriOes de vacasSimental (500 UI de FSH) realizado durante 0 estagio curricular.
1'dla 3' dla 4' diaManhA 100 UI FSH 75 UI FSH 50 UI FSH 25 UI FSH
150 ~g PGF2"50 UI FSH 25 UI FSH150 PGF2"
Tarde 100 UI FSH 75 UI FSH
FSH - Folltropin· (Laborat6rio Velepharrm) ou PkJset· (Labonit6rio Callier do Brol~).PGF2u - Vetcglan· (Laborat6rio CaUier do Brasil).
4.6 INSEMINA<;AO ARTIFICIAL
A insemina930 artificial tem um papel da maior importAncia, por ser a
melhor e mais acessivel ferramenta do melhoramento genetico e a mais efetiva
biotecnologia de multiplicatyao animal. Muitos sao as cuidados para que mantenha
sua alta efici~ncia; manuten930 das fameas em escore corporal ideal (3,0-4,0), a
correta visualiza930 do estra, 0 eSlado de higidaz das fameas, a qualidade do
s~mene a eficiacia do inseminador.
Outro ponto importante em rela~o ao s~men, e 0 seu manuseio de forma
adequada na sua descongela930, observando sempre a temperatura da agua, que
deve variar de 35 a 37"C, num tempo nunca superior a 20 segundos.
A insemina~o deve ser realizada ap6s Iimpeza da genitalia da f~mea e
com utiliza930 de camisinha sanitaria. Dependendo do custo da dose do samen,
as f~meas podem ser inseminadas 2 vezes, a primeira inseminac;:ao deve ser
realizada 14 horas ap6s a observa93o do cio e a segunda insemina930 ap6s 26
horas da observa93o do cio.
4.7 COLETA DE EMBRIOES
A coleta e realizada no 7" dia ap6s a l' lA, considerando sempre como
ideal, 0 mesma dia da semana seguinte a semana da inseminac;:a.o.Oprocessopade ser descrito como urna lavagem do utero em sistema fechado, onde ° meio
de colheita e introduzido por sonda de Foley no interior dos comos uterinos e
recuperados por gravidade, au por massagem manual nos comos. A metodologia
pode ser realizada individualmente ou simultaneamente nos dois comos.
o meio utilizado na colheita e a soluylio salina tampon ada de Dulbecco
(DPBS) e 0 volume utilizado por animal varia confonne 0 tamanho do utero,
qualidade da resposta ovulatoria do animal e da eficiencia do operador (1000 a
2000 ml).
o primeiro passe para urna boa coleta dos ernbriOes e a normalidade dos
6rgi1os genitais da doadora, uma conten9ao em tronco adequado, urna boa
anestesia epidural, tudo associado a urna perfeita concentrayao do coletador e
equipe. Ap6s a conten9aO e feita a avaliaylio da resposta ovariana (palpaylio retal)
atraves da avalia9ao das estruturas (CL e foliculos) ali constatadas.
Ap6s avaliayao, realizar a higienizayao do reto, vulva e perineo, antes de
aplicar 0 anestesico (4 a 5 ml de cloridrato de lidocaina 2%) entre a l' e 2'
cocc/gea. Ap6s a anestesia a cauda da f~rnea e fixada numa posiyao que nao
interfira na coleta.
A seguir e preparado e introduzido na vagina da doadora 0 cateter de Foley,
provido internamente de um mandril de a90 previamente esterilizado. 0 cateter
deve ser conduzido ate pr6ximo da extremidade anterior do corno uteri no. Um
pequeno balao, que deve ser previamente testado, presente na ponta do cateter,
sera inflado com auxllio de uma seringa de 20 ml, 0 qual sera responsavel pela
fixaylio. Ap6s a fixa9aO do balao, faz-se a retirada do mandril.
Em seguida conecta-se a extremidade do cateter a urn sistema de 2 vias
(Fig.3), acoplado a uma mangueira de silicone, alimentada por frasco contendo 0
meio diluidor e nutritivo DPBS (ver anexo). A 2' via da mangueira e responsavel
pela conduylio do liquido coletado ao filtro , cuja funylio e de reter os embriOes, ja
que as mesmos tern um tarnanho de aproximadamente 130 1-19 , bem superior a
malha da tela do filtro ( 70 ~g).
10
FIGURA 3 - Lavagem e coleta de embriOe •.
"- importante manter sempre 2 em de meio DPBS no fillra mantendo os
embriOes sem colar na malha. 0 centrole da entrada e saida do meio e felto pelo
manuseio do operador.A lavagem dos comas pede ser realizada de forma simultanea em ambos
os corn os de uma 86 vez ,ou allernadamente (direito e esquerdo), colocando e
retirando 0 cateter, individualmente em cada urn deles. Terminada a coleta
administra-se na doadora 150 ~g de D+ clopra.tenol (Veteglane, Laborat6rio
Callier do Brasil).
4.8 SELEQAO E MORFOLOGIA DOS EMBRIOES
Ao final da lavagem uterina 0 meio jli repassado pelo fillro e levado para
procura dos embriOes em placas de Petri (Fig. 4). 0 filtro passa por repetidas
lavagens com meio PBS + 1% de soro fetal bovino (SFB) sob press~o com auxilio
de urna seringa. a numero de lavagens realizado varia de acorda com a
quantidade de muco proveniente da coieta, podendo variar de 2 (coleta sem
muco) a 5 (coleta com muito muco).
II
FIGURA 4 - Lavagem do filtro para retirada dos embriOes.
o conteudo proveniente do lavado e avaliado com auxllio de umestereomicrosc6pio com aumentos de 8 a 64 vezes. As estruturas encontradas
(Tab. 4) sao transferidas para uma placa de Petri descartavel de 35 mm de
dia.metro contendo PBS + 0,4 % de albumina seriea bovina, ande sao realizadas a
procura, avalia9ao, sele~o e c1assifica~o dos embriOes.
TABELA 4 - Total de coletas realizadas e estruturas coletadas em diversas ra~sbovinas superovuladas durante a estagio curricular.
RA AS COLHEITAS ESTRUTURASSIMENTALPARDOSuiC;;O
TOTAL
224
24832
Devern ser avaliados 0 estagio de desenvolvimento, cor, forma,
homogeneidade do citoplasma, integridade da membrana pelucida, presen~ de
celulas no espa90 perivitelino e homogeneidade dos blastOmeros. A c1assifica~o
12
qualitativa, baseada nos caracteres morfol6gicos, varia de 1 a 4 conforme a grau,
considerando-se:
• C6digo 1: Exeelente ou Born. Massa embriom,ria simetriea e esfMea com
blastomeras (eelulas) individuais, que sao uniformes em tamanho, cor e
densidade. Este embriao e consistente com seu estagio esperado de
desenvolvimento. Irregularidades devem seT relativamente menores, e ao
menDS 85% do material celular deve ser massa embrionaria viaYel intacta.
Este julgamento deve ser baseado na poreentagem das eelulas
embrionarias representadas pelo material extravasado no espayo ou plano,
que possam causar ader~nciado embriao a uma placa de Petri ou a uma
palheta.
• C6digo 2: Regular. Irregularidades moderadas na forma geral da massa
embrionaria ou no tamanho, cor e densidade das celulas individuais. Ao
menos 50% do material celular deve compor uma massa embrionaria via vel
intacta.
• C6dlgo 3: Pobre. Irregularidades maiores na forma da massa embrionaria
ou no tamanho, cor e densidade das celulas individuais. Ao menos 25% do
material celular deve formar uma massa embrionaria viavel, intacta.
• C6digo 4: Morto ou degenerado. EmbriOes em degenera~ao,oacitos ou
embriOes de uma celula: nao viaveis.
Os embriOes coletados durante 0 estagio curricular foram avaliados
segundo STRINGFELLOW e SEIDEL (1998), que classificam 0 desenvolvimento
embrionario em:
• N~o fecundado (NF) - ov6cilo ou 6vulo que nao foi fertiJizado e morre.
• Oegenerado (Oeg) - ov6cito ou embriao que nao desenvolve e morre.
• M6ruta (Mo) - massa eelular de pelo menos 16 eelulas. A massa eelular do
embri:ilo ocupa a maior parte do volume delimitado pela zona pelucida,
sendo dificil diferenciar os blastOmeros individualmente.
13
• M6rula compacta (Mc) - os blastOmeros tendem a agrupar-se,
compactando a massa celular. Ha aproximadamente 32 a 64 celulas
compondo 0 embriao, e a massa celular oeupa 60 a 70% do espa<;o
perivitelino,• Blastoclsto inicial (Bi) - neste estadio ja hi! diferenciayao celular,
formando a massa celular interna (embrioblasto) que dani origem ao
embriao e 0 trofoectoderma, que dani origem aos anexos plaeentarios de
origem embrion;iria, Forma-se uma cavidade repleta de IIquido,
denominada blastocele, 0 embriao ocupa 70 a 80% do espa<;o perivitelino,
• Blastocisto (BI) - apresenta pronunciada diferenga entre a camada extema
(trofoeetoderma) e a massa eelular interna (embrioblasto), A blastocele
possui maior area e 0 embriao ocupa a maior parte do espa~ delimitado
pela membrana pelucida.
• Blastoeisto expandido (Bx) - 0 diametro total do embriao aumenta,
havendo uma reduyao na espessura da membrana pelueida, 0 espa<;o
perivitelino e imperceptivel.
• Blastocisto eelodido (Be) - ocorre a ruptura da membrana pelucida e a
saida do embriao.
4,9 INOVULA<;AO
Ap6s a seleyao e classificayao, os embriOes devem ser lavados em solugao
de PBS + 0,4 % de BSA (3 passagens) e envasados em palhetas de 0,25 ml.
Para envase utiliza-se seringa de 1 ml acoplada a extremidade da palheta,
tomando-se cuidado para que 0 embriao fique na coluna central da palheta,
separado por outras duas colunas de ar e de meio PBS,
As palhetas sao identificadas com 0 numero da doadora e do touro, data da
colheita, estagio de desenvolvimento e qualidade embrionaria, Para inovulayao a
palheta e coloeada num inovulador, 0 qual deve ser protegido por uma camisa
sanitaria que sera rompida quando da entrada no cervix da receptora (Fig, 5),
(Freeze Control). No momento em que a temperatura atinge 6- C, as embriOes sao
colocados na maquina e mantidos per 2 minutos em equilibria e entao e realizado
a seeding, que induz a cristalizayao do meio extracelular, a partir do contato com
14
FIGURA 5 -Inovulac;lio de embriOes.
4.10 CONGELAMENTO DE EMBRIOES
A criopreservac;lio toma hoje 0 uso da TE mais fiexlvel, podendo-se utilizar
receptoras em programas sem previa sincronia do cicio estral au mesma na
forma~o de bancos genOmicos de animais lQotecnicamente superiores. Aindaapresenta a vantagem da facilidade de comercializac3o, entre criadores e
principalmente entre paises.Para a congelat;:io de embriOes utiliza-se urna curva constante com
cristaliza~o induzida. Ap6s a colheita e selec;ao. as embriOes lavados em variaspassagens de solU9aO de PBS + 0,4 % de BSA sao colocados em equilibrio na
soluc;lio crioprotetora por 5 minutos (1,5 mol de etilenoglicol diluido em PBS + 0,4
% de BSA). Ap6s 0 tempo de equilibrio os embriOes sao envasados em palhetas
francesas de 0,25 ml.
A curva de congela9ao a programada atravas de uma m~quina automatica
(Freeze Control). No momento em que a temperatura atinge 6" C, os embriOes sao
colocados na maquina e mantidos por 2 minutos em equilibria e entao e realizado
o seeding, que induz a cristalizac;lio do meio extracelular, a partir do contato com
15
uma pin", comum, previamente mergulhada no nitrog~nio liquido e posta em
contato com a palheta.
Ap6s 0 seeding os embriOes permanecem a temperatura de 7· e por mais 8
minutos e inicia...se a curva de congela~o (pre- programada) com a velocidade de
O,S· e/min ate atingir -32· e, onde permanecem nesta temperatura por mais 10
minutos, sendo entao mergulhados em nitrog~nio IIquido.
4.11 DESeONGELAMENTO DE EMBRICES
As palhetas contendo embriOes sao descongeladas no ar por 7 segundos e
ap6s em banho Maria a 3S· e por mais 20 segundo •. A seguir, as palhetas sao
abertas na ponta de saida e colocadas no inovulador para a realiza~o da
transfer~ncia. 0 tempo de inovula~o nao deve exceder S minutos, pois 0
crioprotetor etilenoglicol e toxico para 0 embriao.
5. OUTRAS ATIVIDADES
Durante 0 estagio curricular, realizamos tambem outras atividades inerentesa Medicina Veterinaria, apresentadas a seguir.
S.1 PREPARO DE RUFIAO BOVINO
o rufiao bovina e urn macho preparada cirurgicamente com 0 objetivo de
nao conseguir etetuar cobertura, mas apenas identificar as f~meas em cia. Epossivel tambem utilizar f~meas (novilhas ou vacas) androgenizadas.
A propor~o ideal de utiliza~o de um rufiao e 2,S%, ou de um para cada 40
f~meas, sendo que sua utiliza~o potencializa a exterioriza~o do cia, implicando
em menes 93St05 com s~men e melhorando as indices reprodutivos.
16
Dos varios metodos descotos, 0 mais utilizado durante 0 estagio foi a
fixac;i1o da flexura sigmoide por acesso inguinal associado a v3sectomia, descritoa seguir.
• Anestesia e preparacao cirurgica
Este procedimento cirurgico e eletuado sob seda.,ao a base de 0,2 mglkg
de cloridrato de xilazina (Rompum" laborat6rio Bayer). Recomenda-se que 0
animal seja contido em decuhito lateral direito, com as membros posterior e
anterior direito amarrados e 0 membro posterior esquerda amarrado para tras. 0
animal deve estaT em jejum hid rico e alimentar por 12 horas.
• Tecnica cirurgica
Ap6s a limpeza e assepsia e feita urna incisao de aproximadamente 15 em
na pele (regiao inguinal, logo acima da bolsa escrotal) e enlllo e realizada adissecc;a.o romba para localizar as rnusculos retratores do p~nis. que servirao de
apoio na localiza9aOda flexura sigmoide.
A sutura e leita em 'U' unindo-se a flexura sigm6ide (poryllo ventral e
dorsal) com 2 pontes simples com fio de algodao n· 000 direcionadas para urn dos
lados. Ao realizar as 5uturas deve·se tomar cuidado para na.o transfixar a uretra,
pois isto implicaria no insuce5so da cirurgia.
Ap6s a sutura da flexura, a me5ma e colocada na sua posic;:ao normal, efeita a reduc;a.o do espa90 marta com sutura simples continua e fechada a incisao
com sutura simples continua com fio de algodao n° 000.
• Vasectomia
Ap6s a desinfecc;ao do local da incisao 0 escroto e sustentado e tracionado
para uma incisao laterodorsal da pele e, em seguida. e feita a incisao ate atingir~se
o plexo pampiniforme.
17
Com auxilio de uma pinc;a faz-se sua exposi9lio, sendo feita a disseC9ao
ate localizar-se 0 ducto deferente no cordao espermatico. sao realizadas duas
suturas simples com fio de algodao n° 000, nas por90es dorsal e ventral do ducto,
sendo exlralda a por9lio media.
• P6s-operat6rio
Administra9ao de 20 mg 1M de dexametasona (Aziumelaborat6rio Shering
Plough) dose unica e 40.000 Ul/Kg 1M de penicilina (Agrovet" laborat6rio Novartis)
par Ires dias.
Observar se 0 animal esta urinando nonnalmente nos dias seguintes e
cuidar com 0 aparecimento de miiases.
Retirar as pontcs ap6s 7 dias e deixar 0 animal por urn periodo de 30 dias
de descanso.
5.2 EXAME ANDROLOGICO BOVINO
A fertilidade dos machos destinados a reprodu9lio e de fundamental
importancia para obten930 de bons indices reprodutivos dentro de urn rebanho.
Para MIES FILHO (1987) 0 exame androl6gico visa avalia9aO da
capacidade reprodutora do macho, sendo verrticado:
Saude heredltaria: a aus~ncia de defeitos hereditiuios nos
ascendentes, nos descendentes e no fen6tipo do pr6prio animal;
SaMe geral: a ausiincia de quaisquer altera90es que possam vir a
inlerferir na aptidAo reprodutiva do individuo;
Saude genital: a ausencia de patologias no trato reprodutivo;
Potentia coeundi: a capacidade do indiv!duo em realizar a c6pula em
todas as suas fases;
Potentia generandi: a capacidade do reprodutor em produzir gametas
viaveis, capazes de fecundar 0 o6cito.
18
Durante 0 estagio foram examinados 38 reprodutores, sendo 13 da ra(:3
Tabapua, 19 Simental, 4 Nelore e 2 Pardo SuiI'D (Tab. 5).
TABELA 5 - Relayao do numero de exames androl6gicos realizados durante 0
estagio curricular, segundo as ra(:3sbovinas.
RAC;;AS N° DE EXAMES
TABAPuA 13SIMENTAL 19NELORE 4
PARDOSuli;:o 2
TOTAL 38
• Identificacao
o primeiro passo para a realiza~ao do exame androl6gico deve ser a
anotaya.o dos seguintes dados: nome, brinco, tatua,gem, raya, data de nascimento,numero de registro, sinais particulares e nome do proprietaria.
• Exame cHnico
Anamnese: nesta fase sao colhidas informa¢es a respeito do
reprodutor tais como: numerc de ft'!meas cobertas na ultima esta9ao,percentual de prenhez alcanyado, resultados de exames anteriores,
ocorrencia de alguma doen(:3.
Exame cUnlco geral: e avaliado 0 estado de saude geral do reprodutor,
dando-se maior importancia ao aparelho locomotor onde qualqueralterayao pode causar a incapacidade de realizayao da c6pula
(impotentia coeundi). Deve ser avaliado tambem 0 escore corporal que
pode variar de 1 (muito magro) a 5 (excessivamentegordo), sendo ideal
estar entre 3,5 a 4.
19
Exame cUnico especial: avalia atraves da inspeyllo e palpayllo, a
morfologia dos 6rgaos genitais, presenc;a au aus~ncia do 6rgao. a
compatibilidade de tamanho com idade e raya do animal e aus~ncia de
alterac;6esmorfol6gicas.
o exame extemo e iniciado pela palpayllo da bolsa escrotal onde se avalia
a posiyllo, forma, simetria, consist~ncia, mobilidade e sensibilidade dos tesliculos
e epididimos (cabe~a, corpo e cauda) e diametro, sensibilidade, consist~ncia esimetria dos cordOes esperm<llticos.
A seguir sao realizadas as mensurayOes do peri metro escrotal, altura e
largura de cada tesliculo, passe importante, devido a correlayllo entre 0 tamanho
testicular e a produyllo espermatica.
Para mediyao do peri metro esemtal, as testiculos devem ser tracionados
levemente para baixo e circundados por urna fita metrica em sua regiao equatorial
(Fig. 6). A altura e largura de testiculos e caudas dos epididimos sao medidasindividualmente com auxilio de urn paquimetro.
FIGURA 6 - Utilizayllo de uma fita metrica para medir 0
perimetro eserotal.
20
As medidas minimas aceitaveis variam de acordo com a raya. idade e
forma de manejo, sendo exigido urn peri metro em toma de 30 em e medidas de
altura e largura de cada testfculo de 10 x 7,5 para animais de 18 meses.
o exame interno e realizado atraves da palpa~o retal com intuito de avaliar
as vesiculas seminais quanto ao tamanho. simetria. presenya de 10bulayOes.
sensibilidade. mobilidade e consistllncia. Tambem sao palpadas a avaliadas as
ampolas dos ductos deferentes, segundo seu diametro, simetria e sensibilidade.
Normalmente. a prostata nao e palpada. poram. no caso de alguma a~erayaO de
tamanho ou localizayao, pode-se detecta-Ia nesta fase do exame, 0 que nao foi
evidenciado em nenhum dos cases.
• Coteta do semen
A coleta do sl!men foi realizada atraves do metoda do eletroejaculactor,
conforme descrito por BASILE (1997). Ap6s a devida contenyao do animal num
tronco imobilizador, a mesmo era palpado (vesicula. ampola e pr6stata) e fazia-se
a introduyao do eletrodo em seu reto. A regiao prepucial era devidamente limpa e
urn auxiliar se colocava ao lado do taura para coleta do ejaculado em urn copo
coletor (Fig. 7).
FIGURA 7 - Coleta do s6men em urn copo coletor.
21
o animal era estimulado atraves de choques intermitentes com pot~ncia de
12 V e uma intensidade de 500 a 1000 rnA, com dura9l\o media de 3 segundos e
pausa de igual. 0 tempo e intensidade dos cheques eram aumentados
gradativamente e assim se obtinha 0 ejaculado.
• Espermiograma
Ap6s a coleta do s~men eram realizados as exames macrosc6picos e
microsc6picos do ejaculado (Fig. 8).
FIGURA 8 - Material utilizado para avalia9l\o do s~men.
Exames macrosc6picos
Volume: a avalia9l\o era leita no pr6prio copo coletor graduado.
Cor: era avaliada pela visualiza9l\o do ejaculado no interior do copo
coletor. Para bovin~s, a colorayao normal varia de branco a amarelo.
22
ASDecto: tambem era avaliado no interior do copo coletor. Varia de
aquoso a cremoso espesso e esta diretamente relacionado com a
concentrayAo espennatica, sendo passivel, deste modo, estimar a
concentrayao do ejaculado baseado no aspecto.
Exames microscopicos
Turbilhonamenfo: avaliava~se sabre urna lamina previa mente aquecida
em mesa termica, sob urn aumento de 100 X, em microscopia 6ptica. A
classifica<;ao maisutilizada comrefe~ncia a movimenta~o espermatica
e de1 a 5.
Motilidade: e urna das principais caracteristicas na avaHayao da
capacidade reprodutiva do animal. A motilidade era avaliada atraves da
visualizayao de urna gota de s~men, entre lamina laminula, sob
rnicroscopia 6ptica em aumento de 100 X. A classificat;;ao sera efetuada
com base no percentual de espermatoz6ides em rela<;ao ao numero
total visualizado no campo microsc6pico.
:LiJJQr;. era avaliado juntamente com a motilidade e representa 0
percentual de espermatoz6ides que apresentam movimento progressivo
em relacao ao total de m6veis. A classifica~o era feita em graus de
acordo com a escala abaixo:
Grau 1: ausAncia de espermatoz6ides com movimento progressivo;
Grau 2: menos de 50% dos espermatoz6ides com movimento
progressivo;
Grau 3: 50 a 60% dos espermatoz6ides com movimento progressivo;
Grau 4: 60 a 80 % dos espermatoz6ides com movimento progressiv~;
Grau 5: 80 a 100% dos espermatoz6ides com movimento progressivo.
- Concentracao espermatica: era determinada por dois metodos:
23
correla~o com 0 aspecto (ver exame macrosc6pico);
contagem do numero de espermatoz6ides por mml de s~men em
camara de Neubauer. No momento da colheita, 0 s~menera diluido na
propor~o de 1:200 em formal salina e uma gota desta diluigao eraretirada e colocada na camara de Neubauer para contagem dos
espermatoz6ides. Eram contados os espermatoz6ides de 5 quadrosgrandes de cada lado da camara, fazia-se a media entre as dais lados.
Morfolooia esperm8tica: a avalia~o da morfologia espermatica era
realizada pelo metodo de CEROVSKY (1976), a base dos corantesVermelho Congro e Violeta Genciana.
5.3 DIAGNOSTICODE GESTA<;AO
o diagn6stico de gesta~o (Fig. 9) nos bovinos e realizado ap6s "poca de
reprodu~o e decide 0 destino das matrizes gestantes e das vazias, orientadoquanta ao manejo alimentar.
Durante 0 estagio curricular foram realizados 263 exames genitais das
fl!meas bovinas conforma ROSENBERGER (1993) onde indica 0 metodo direto,
que consiste na pesquisa intern a das modificayOes organicas que ocorrem durantetoda a gesta~o.
Fase embrionaria recente: primeiros 30 dias de gesta~o, 0 diagn6stico ebastante diflcil, sendo detectavel a presenya do corpo lutec no DVaria e
observa~o do nao retorno ao cio.Fase de pequena bolsa: dos 35 aos 60 dias de gastagao ocorre assimetria
dos comas uterinos, f1utua~o e beliscamento positiv~.
Fase de grande bolsa: dos 60 aos 90 dias de gesla~o 0 utero comega acalr para cavidade abdominal, mas ainda e possivel contorna-Io.
Fase de balao: aos 120 dias 0 utero torna.se um balao grande, flutuanle, os
placentomas tornam·se palpaveis e pode ser perceptivel 0 frl!mito da arteria
uterina.
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Fase de descida: do quinto ao sexto mes 0 utero esta completamente na
eavidade abdominal, tornando difieil sua palpayao.
Fase final: do setimo ao no no m~s 0 feto reage a palpayao e os
placentomas estilo bern desenvolvidos, 0 feto comet;a a projetar-se na cavidade
pelvica. 0 ubere da novilha come9(l a se desenvolver. Durante as preparatives
para a pari9Ao, a vulva toma-.se edematosa e os ligamentos pelvicos relaxam.
FIGURA 9 - Diagn6stico de gestayao em bovinos atraves da palpayao retal.
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1. CONCLUSAO
o curso de gradua9ao nos oferece uma quantidade enorme de informa90es
te6ricas relacionadas as atividades praticas da vida profissional, mas durante 0
estagio curricular tivemos a oportunidade de aplicar estes conhecimentos obtidos
ao longo do aprendizado.
A rotina de trabalho e as diferentes situa90es as quais nos deparamos
durante 0 estagio foram fundamentais para nossa autoconfian93, imprescindivel
para 0 Medico Veterinario.
Neste contexto, finalizamos 0 estagio curricular definindo-o como de
extrema importancia para nossa formayao e capacitayao profissional frente ao
mercado de trabalho, tao competitiv~ nos dias atuais.
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2. REFERENCIAS BIBLIOGARFICAS
BASILE, L.F. Exame androl6gico bovino, Curitiba. Universidade Federal doParan~, 1997. 102p. Monografia.
HAFEZ, E.S.E. Reprodu~i!o animal. 6 ed. sao Paulo: Manole, 1995. 582p.
MIES FILHO, A. Reprodu~ao dos animais e insemina~jjo artificial. 6 ed. PortoAlegre: Sulina, 1987. 765p. 2v.
ROSENBERGER, G. Exame cllnico dos bovinos. 3 ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1993. 419p.
STRINGFELLOW, D. A.; SEIDEL, S.M. Manual da sociedade Internacional detransferencia de embrioes. 3 ed. Savoy: ITES (eds), 1998. 180p.
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ANEXOS
FAZENDA::r.:;= MUNIClpIO: _PROPRIETARIO: DATA:, _
P- prenhe V-vazia Lac- lactante Sec- seca Dtis- descarte
RELATORIO DE DIAGNOSTICO DE GESTACAo
N animal Diag LaclSec Ob. N animal Diag Luc/Sec Ob.2"'" •••1
I 262 273 284 295 306 317 328 339 3410 35II 3612 3713 3814 3915 4016 4117 4218 4319 4420 4521 4622 4723 4824 4925 50
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Certiflcado de Exame Androl6gico
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Cultilab Oulbecco Modificado (OPBS)
EO uma soluyao de OPBS usada como meio de colhe~a de embriOes, que
contem penicilina e estreptomicina (antibi6ticos) e anfotericina B (antimic6tico). A
soluyao e acondicionada em bolsas de PVC at6xicas e estereis (radiayao cobalto
60).
A conservayao da soluyao se faz a temperatura de 2 a 6·C, devendo ser
colocada em banho-maria antes da colheita para atirlgir a temperatura de 37-C.
Tambem poden; ser transportada por ate 07 dias @m temperatura ambiente, sem
qualquer prejuizo a sua atividade.
Nao contem SFB, BSA ou surfactante (e'nbriocare suplemento para
Hushing), podendo ser adicionado atraves de uma ,,!'inga.
Formulayao/Litro: O-DPBS (liquido 1x), glicose 1000mg, piruvato de s6dio 36 mg,
penicilina 1.000.000 UI, estreptomicina 50 mg.
Ph: 7,2 a 7,4
Estocagem: 2 a 6·C
Validade: 12 meses
Embalagem: bolsa de PVC - 500