O Materialismo HistóricoMarx e Engels
Por sua formação filosófica, Marx concebia a realidade social como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo e espaço determinados (...)
A HISTÓRIA DE TODA SOCIEDADE existente até hoje tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, o opressor e o oprimido permaneceram em constante oposição um ao outro durante toda a história .
A realidade imaterial : que se refere ao nível político-ideológico , comumente chamado de Superestrutura . É constituído:
● pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e pelo direito.
● pela estrutura ideológica referente às formas de pensamento, sentimento e consciência social , tais como:
▪ Filosofia; ▪ Literatura; ▪ Estética;
▪ Ciência; ▪ Religião; ▪ Moral;
▪ Arte; ▪ Educação; ▪ Música.
Superestrutura e infraestrutura
Refere-se a infra-estrutura , que é um composto de força produtivas e relações sociais de produção . Ou seja, é a maneira pela qual os homens obtêm seus meios necessários de existência material – comumente chamado por Marx de econômica.
Ou... Refere-se a determinado estágio de desenvolvimento das forças produtivas , que por sua vez, determinam as relações sociais de produção em um dado momento histórico.
Logo:
Modo de produção = forças produtivas + relações sociais de produção = Infra-estrutura Modos de produção da vida material
Forças produtivas: é a relação do ser humano com a natureza no esforço de produzir a própria existência – isto é, relação dialética entre homem e natureza , que permite desenvolver instrumentos, ferramentas etc.
Trabalho: Ação humana transformadora da natureza que visa suprir as necessidades materiais.
Relações sociais de produção: é a relação dos indivíduos entre si - isto é, é a relação dialética entre homem e homem , que pode ser de dois tipos:
● explorador-explorado;
● solidariedade e respeito recíproco.
Comunismo ou sociedades primitivas: os seres humanos se unem para enfrentar os desafios da natureza hostil e dos animais ferozes. Os meios de produção , as áreas de caça, assim como os produtos, são propriedades comuns , isto é, pertencem a toda a sociedade. A base econômica determina certa maneira de pensar peculiar, em que não há sentimento de posse , uma vez que não existe propriedade privada.
Aspectos fundamentais das sociedades primitivas:
▪ Não há sentimento de posse;
▪ A propriedade é comum.
Tipos de modo de produção: O Materialismo histórico dialético: Não são as ideias ou os valores que transformariam uma sociedade, mas as condições materiais entre as classes sociais.
Interpretação do Materialismo Dialético - O modo de produção patriarcal: surge quando se inicia a domesticação de animais e se desenvolve a agricultura graças ao uso de instrumentos de metal e à fabricação de vasilhas de barro, o que possibilita fazer reservas.
Quais as conseqüências das modificações das forças produtivas ? Alteram-se as relações de produção e o modo de produção : aparece uma forma específica de propriedade ( a propriedade familiar ); diferenciam-se funções de classe (autoridade do patriarca, pai de família); muda o direito hereditário, ao se substituir a filiação materna pela paterna.
Aspectos fundamentais da produção patriarcal:
▪ Surge a classe como hierarquia social;
▪ Surge a propriedade familiar em sentido amplo;
▪ A produção é para subsistência.
O modo de produção escravista: decorre do aumento da produção além do necessário para a subsistência, o que exige o recurso de novas forças de trabalho, conseguidas geralmente entre prisioneiros de guerra, transformados em escravos. Com isso surge a propriedade priva dos meios de produção, e a contradição entre senhores e escravos, como exemplo da primeira forma de exploração humana .
Aspectos fundamentais da produção escravista:
▪ Surge, pela primeira vez na história, a classe como modo de exploração humana;
▪ Surge a propriedade privada , devido a produção excedente;
▪ Ocorre a separação entre trabalho intelectual e trabalho manual. O Materialismo histórico-dialético
O modo de produção feudal : a base econômica é a propriedade dos modos de produção pelo senhor feudal. O servo trabalha um tempo para si e outro para o senhor, o qual, além de se apropriar de parte da produção do servo, ainda lhe cobra impostos pelo uso comum do moinho, do lagar etc.
Aspectos fundamentais da produção feudal:
▪ Permanece a classe como modo de exploração humana;
▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção excedente;
▪ Surge o burguês, habitante dos burgos, isto é, dos arredores das cidades, que dentre os servos são os que se dedicam ao artesanato e ao comércio, e que consegue aos poucos a liberdade pessoal e a das cidades.
O modo de produção capitalista: é a nova síntese que surge das ruínas do sistema feudal, ou seja, da contradição entre a tese (senhor feudal) e a antítese (servo). Neste contexto, para Marx, o movimento dialético pelo qual a história se faz tem um motor: a luta de classes. Chama-se luta de classes ao confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. No modo de produção capitalista , a relação antitética se faz entre o burguês , que é o detentor do capital , e o proletário , que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho
Aspectos fundamentais da produção capitalista:
▪ Permanece a classe como modo de exploração humana;
▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção excedente;
▪ Ocorre a consolidação do Estado moderno ou burguês (Estado-nação), como aparelho coercitivo;
▪ Cria-se a alienação na produção, fetichismo da mercadoria e a intensificação da mais-valia.
Resumo: materialismo histórico não são as ideias ou os valores que transformariam uma sociedade, mas as condições materiais entre as classes sociais.
De acordo com Marx, o motor da história é a eterna luta de classes, entre aqueles que detêm os modos de produção e aqueles que possuem apenas a força de trabalho para vender.
De acordo com Marx, com o Capitalismo há o desvirtuamento do trabalho humano com a conseqüente servilização do proletário.
fetichismo da mercadoria - o valor da mercadoria era irreal, como se não fosse fruto do trabalho humano. Ela ganhava um valor simbólico, como se tivesse perdido a relação com o trabalho e ganhasse vida própria. Hoje isso é muito comum, com o avanço da tecnologia, muitos produtos mantêm seu valor de troca superior ao tempo socialmente necessário que as produziu.
A mais valia não é o lucro que o industrial recebe pela venda dos produtos, mas a exploração da mão de obra, as horas não pagas ao trabalhador, obtidas pela mais valia absoluta - o operário trabalha 8 horas e recebe por 4 - ou pela mais valia relativa - aumento da produção pela tecnologia obtida.
O proletário vende sua força de trabalho para o capitalista. O valor que o • trabalhador gera para a indústria é muito maior do que o valor que a indústria paga para o trabalhador (salário). • Então por que o trabalhador trabalha para o patrão ao invés de vender mercadorias diretamente no mercado? • R: porque ele não possui os meios de produção (máquinas).
O TRABALHO
1. Fator principal da realização do ser humano.
2. Um processo dinâmico entre o ser humano e a natureza.
3. A sociedade de agrária para industrial, causou a des-humanização do trabalhador.
4. O operário torna-se um meio para o fim do outro.
A FERRAMENTA
Com a Revolução Industrial, a ferramenta aumentou os meios de produção.
Este aumento tornou-se uma séria ameaça ao bem-estar da humanidade.
Fator do estabelecimento do status do trabalhador
ALIENAÇÃO
Termo criado por Marx e Engels na obra “A ideologia Alemã” = conjunto de idéias.
Oriunda da classe dominante.
A alienação faz o indivíduo perder a consciência da vida e ser engolido pelas diretrizes do mercado capitalista.