Transcript

1 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05EditorialCorpo EditorialEdi t orChef e Edi t orChef e Edi t orChef e Edi t orChef e Edi t orChef eDr. Reginaldo de Carvalho Silva Filho, Fisioterapeu-ta; Acupunturista; Praticante de Medicina ChinesaEdi t orExecut i vo Edi t orExecut i vo Edi t orExecut i vo Edi t orExecut i vo Edi t orExecut i voDr.CassianoMitsuoTakayassu,Fisioterapeuta;Acupunturista;PraticantedeMedicinaChinesaEdi t orCi ent f i co Edi t orCi ent f i co Edi t orCi ent f i co Edi t orCi ent f i co Edi t orCi ent f i coDr.Rafael Ver cel i no,PhD,Fi si ot erapeut a;AcupunturistaCoordenaoEdi t ori al CoordenaoEdi t ori al CoordenaoEdi t ori al CoordenaoEdi t ori al CoordenaoEdi t ori alGilbertoAntonioSilva,Acupunturista;Jornalista(Mtb37.814)Revi so Revi so Revi so Revi so Revi soAdilsonLorente,Acupunturista;JornalistaComi t Ci ent f i co Comi t Ci ent f i co Comi t Ci ent f i co Comi t Ci ent f i co Comi t Ci ent f i coDr.MrioBer nardoFilho,PhD(FisioterapiaeBiomedicina)Dra. Ana Paula Urdiales Garcia, MSc (Fisioterapia)Dra. Francine de Oliveira Fischer Sgrott, MSc. (Fisi-oterapia)Dra. Margarete Hamamura, PhD (Biomedicina)Dra. Mrcia Valria Rizzo Scognamillo, MSc. (Vete-rinria)Dra. Paula Sader Teixeira, MSc. (Veterinria)Dra. Luisa Regina Pericolo Erwig, MSc. (Psicologia)Dra. Aline Salto Baro, MSc (Biomedicina)AssessoresNaci onai s AssessoresNaci onai s AssessoresNaci onai s AssessoresNaci onai s AssessoresNaci onai sDr.AntonioAugustoCunhaDanielLuzDr.GutembergueLivramentoMarcelo Fbian OlivaSilviaFerreiraDr. Woosen UrAssessoresI nt ernaci onai s AssessoresI nt ernaci onai s AssessoresI nt ernaci onai s AssessoresI nt ernaci onai s AssessoresI nt ernaci onai sPhilippeSionneau,FranaAr naudVersluys,PhD,MD(China),LAc,EstadosUnidosPeterDeadman,InglaterraJuan Pablo Molt Ripoll, EspanhaRichard Goodman, Taiwan (China)JunjiMizutani,JapoJason Blalack, Estados UnidosGerdOhmstede,AlemanhaMarceloKozusnik,ArgentinaCarlosNogueiraPrez,EspanhaCONTATOSEnviodeartigos:[email protected]:[email protected],dvidasecrticas:contato@medicinachinesabrasil.com.brwww.medicinachinesabrasil.com.brParabns!Medicina Chinesa BrasilAno II no 05ARevistaMedicinaChinesaBrasil RevistaMedicinaChinesaBrasil RevistaMedicinaChinesaBrasil RevistaMedicinaChinesaBrasil RevistaMedicinaChinesaBrasil completouumanodeexistncia.Sendoassimgostariadeparabenizareagradeceratodosquecontribuemdeformadiretaouindiretaparaarealizaodestapublicao.Emmenosdeumanodeexistncia,MedicinaChinesaBrasil MedicinaChinesaBrasil MedicinaChinesaBrasil MedicinaChinesaBrasil MedicinaChinesaBrasilconsideradaumsucessoentreos pr ofissionais e estudantes de Medicina Chinesa e Terapias Naturais e Alterna-tivas,conquistandoocoraoeacredibilidadedetodos.Tudo isso graas ao amor, dedicao e empenho dos profissionais que fazemesta revista e nosso amor Medicina Chinesa. Mercado este que est em plenaexpanso,vistoonmerosemprecrescentedeescolas,cursoseseminriosqueso realizados e que tm sua demanda aumentada a cada ano que passa. Estarevista vem preencher a lacuna que faltava, j que no existia nenhuma publica-odestenvelvoltadaaosprofissionaiseestudantesdarea.Nestenmerocomemorativo,trazemosumaentrevistaespecialeexclusivacom o Dr. Wu Tou Kwang, personagem obrigatrio quando s efala na histria daMedicina Chinesa no Brasil. Tambmtemos uma cobertura internacional exclusi-va do 2o Congresso Educacional Mundial de Medicina Chinesa, que foi realiza-donacidadedeBeijing,China,entre27e30deoutubrode2011.Vriasoutras matrias se destacam, enfocando histria, tcnicas, os clssicos, dietoterapiachinesaetudoaquiloquevocgostaeprecisasabere que s encontra aqui.Esta revista no pertence a ningum, a nenhuma escola, nenhum profissional,esimatodosns.Poristopedimosaparticipaodetodosvocs,mandandoartigos e matria para que juntos possamos fortalecer a nossa revista e melhoraro nvel dos praticantes de Medicina Chinesa em nosso pas.Um grande abrao e parabns a todos os nossos leitores!Cassi anoMi t suoT Cassi anoMi t suoT Cassi anoMi t suoT Cassi anoMi t suoT Cassi anoMi t suoTakayassu akayassu akayassu akayassu akayassuEditor Executivo4 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05Sumrio06 Entrevista Especial com o Dr. Wu Tou Kwang12 2o Congresso Educacional Mundial de Medicina Chinesa16 As Caractersticas e a Essncia da Acupuntura Japonesa22 Algumas Aplicaes incomuns do Canal do Corao26 Seis Pesquisas Chinesas29 Relato de Caso:Tuberculose30 Diettica Chinesa:As Maravilhosas Virtudes do Ch34 Efeito da Auriculoterapia no Tratamento da Dor Crnica Musculoesqueltica38 Massoterapia Chinesa Tui N - Caractersticas e AplicabilidadeSees:03 Expediente03 Editorial04 Sumrio41 Normas para Publicao de MaterialMedicina Chinesa BrasilAno II no 0506385 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05nnnnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nnnnnnnnnnn6 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05EntrevistaWu Tou KwangEm janeiro deste ano tivemos a honra de entrevistar o Dr. Wu Tou Kwang, uma lenda do ensino e da defesa daacupuntura e terapias naturais em nosso pas. Uma verdadeira aula de dedicao e interesse pelo semelhante,difundindo conhecimentos que ajudam a minorar o sofrimento e manter a sade de nossa populao.Dr. Wu Tou Kwang e esposaComoosenhorcomeounaacupunturaenamedicinachinesa?Comeceinareamdica,mesmo,comcirurgiavasculare administrao hospitalar. Dentro da rea da medicina tra-balheimuitocomoquesechamahojederadiologiainter vencionista,comoangioplastiaecateterismo.Maspa-reicomisso.Naquelapoca,1970,nemsefalavaemacupuntura.Issoscomeouaserdivulgadonoocidenteapartir de 1972. Se falasse em acupuntura as pessoas pode-riam pensar que se tratava de algum tipo de tcnica extica,torturachinesa,algodognero.Quandosefalavadosefeitosdaacupuntura,inclusiveanestesia,comentava-sequeseriasugesto,placebo,oufal-tava confirmao cientfica. At hoje dentro da medicina ofici-alesseproblemacontinua,dizemquefaltacomprovao.Seapesquisacontacom5.000casos,elesdizemqueprecisa10.000.Seoacompanhamentoduradezanos,elesdizemqueprecisadetrinta.Otrabalhosemprequestionado.Como foi a criao do CEATA?Meformeiemmedicina,depoismaisdoisanosdecirur-giageral,maisdoisanosdecirurgiavascular.Quandoter-mineiessapartedeformao,comeceiaprocuraroutrastcnicas, alguma coisa complementar.Percebi, desde o tem-podafaculdade,quemuitascoisasensinadassofuradas.Elestemqueafirmarparaosalunosqueaquilotudoaverdade,nopodedi zerqueesseconheci ment oquestionvel.Tudotemqueseraltimanovidadenaquelemomento para convencer os alunos. A a gente comea a verpacientes com um monte de doenas que no so tratveis.Vocencontraumpacientenafaculdade,naauladesemiologia no 3 ano, e a cruza de novo com ele no 4 anonaauladeclnicamdica,depoisnovamenteno5anonopronto-socorro, sempre o mesmo paciente, que vai piorandode ano em ano! E tomando os melhores remdios do mundoesendotratadonoHospitaldasClnicas,queomelhorhospitaldaAmricaLatina!Entopensei:estamosfritos!.Amedicinaocidentalnotrataningum.Foiassimqueco-mecei a procurar outras solues.Comecei essa busca pela Homeopatia, no incio dos anos1980. Eu passava na Casa Fretain, no Largo do Patriarca, ecompravalivrosimportadosdeacupuntura,aurculo.Eraonico lugar onde se encontravam livros de acupuntura. Nes-sa poca fui convidado para servir de tradutor para um sino-americanovelhinho,presidentedaAssociaoAmericanade Acupuntura, e que viria aqui dar demonstraes de est-ticafacialcomacupuntura.Nuncatinhavistoningumneminserir agulha, foi interessante. Ele ficou aqui trs meses, emuma clnica de esttica, pois j era bem conhecido da classealta. As ricaas iam at Nova York se tratar com ele. Entocomeceinaacupunturacomoespecialistaemesttica.Em 1980 vi um anncio em um jornal do primeiro apare-lho de eletroacupuntura produzido no Brasil [MH 1]. Eu quiscompraroaparelho,mesmosemsaberparaqueser via.Compreioaparelhodeumdentista,quesugeriuumlivrosobreacupunturaqueacabaradeserpublicado,eraopri-meiro do Brasil com pontos, meridianos, indicaes e esque-7 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05mas[ Elementos de Acupuntura, de autoria do dentista ATTILIOMARINS]. Me indicaram tambm um curso de auriculoterapia,doDr.OlivriodeCarvalhoSilva,tambmdentista.Entreina2turmadeauriculoterapiadoBrasil,umgrupode20pessoasdetodasaspartesdopas.Em1981fizocursoavanadodeacupunturanaABA[AssociaoBrasileiradeAcupuntura].Puleiobsicoefuidireto para o avanado (risos). L eles falavam de pontos ediscutiam os Cinco Elementos. A pensei: estou frito!. Pe-gueiocadernodeumacolegaecopieiamatriabsica.Depois perguntei o que se fazia com aquelas cinco bolinhaseelamedisse:nosei,oprofessorpassounoquadroecopiamos.Oassuntonotinhasidodiscutido.Pulso,tam-bm, nunca tinha sido demonstrado. E at 2008 a ABA notinhaaulasprticas.Assim comecei na acupuntura. Participei do primeiro con-gresso de acupuntura, em Recife. Percebi que realmente nosabianada,masfizmuitoscontatosetrocamosendereos.OfolderdocongressodiziaqueseriaeleitaadiretoriadaABA no evento, mas no dia indicado soube que ela j tinhasidoeleitaeeraformadaapenaspormdicos.Naquelemomento percebi que esse negcio de mdico na acupunturaiadarproblema.Fundamos o CEATA em 1 de dezembr o de 1981, quan-do percebi que os cursos exploravam os alunos e no passa-vam o principal. Havia muitas pessoas interessadas em estu-darepesquisarenecessitava-sedeumaclnicaparajuntarestas pessoas e fazer reunies, trocar ideias, dar cursos. Essaideiapegouefoicrescendo.Em 1984 houve o segundo congresso de acupuntura, semenviaremnenhumfolderouaviso,umadesorganizaoge-ral que continua at hoje. Tentamos juntar ex-alunos da ABAmas no deu. Foi nessa poca que os mdicos se separaramdo resto e montaram sua prpria estrutura. Depois de muitabriga e discusso, durante um almoo no congresso, eles sejuntaramefundaramaSociedadeMdicaBrasileiradeAcupuntura[SMBA].ComoeramoscursosdoCEATAnaquelapoca?Haviamuitomenostcnicasno-invasivas,muitomenosmicrossistemaseocursonodavanemparaselevarpordois anos, por falta de material. Se conseguisse chegar a umano, estava mais do que bom. E havia poucos alunos, quan-do se juntava 15 ou 20 na turma estava timo. Desses, mdi-co era um ou outro, a maioria era no-mdicos: massagistas,advogados,jornalistas,ex-pacientes,epoucosfisioterapeu-tas porque tambm era uma profisso que estava iniciando.Eramuitoheterogneo.Hojeno,temos80%defisiotera-peutas e o restante de outros profissionais da sade.Naquele tempo no havia nem o que se chama de me-dicinachinesa,masapenaspontos,meridianos,pontosdecinco elementos. S em 1983 a Editora Trs comeou a pu-blicarlivrosdeacupuntura.AntesdissoexistiaapenasodoAttlioMarins.Masesseslivroseramcomplicadosporqueeramtraduzidosdiretodofrancs.Procurvamosobrasnalngua original, mas a importao era difcil. s vezes faza-mosxeroxdelivros,algumaspessoasdeixavam,outrases-condiam. No havia tanta unio como hoje e o conhecimen-toerabemguardado.Foiumapocaheroicaondemuitosusavamcordadevioloparafazeragulhasdeacupunturaeutilizava-seumretificadordeagulhasparadesentortaros instrumentos e poder reutilizar. O calor da Moxa era feitocomfsforo,cigarroscomunsousecadordecabelo.Muitagentesefaziadepacientesparasertratadoporalgumjaponsfamosoepodervercomoeletrabalhava.O CEATA cresceu com essas trocas de informaes. Nsabramosasportasparatodomundo,paratrocarideias,testar as tcnicas e os mtodos.Comoosenhorvhojeoensinodaacupuntura?Hojemaiscomplexo.Umcursodedoisanosnodconta,precisadetrsanos.Hojetemosmaislivrosdoquepodemosleremilharesdeartigosnainternet.Instrumentosaosmontes,detodamarcaemodelo.Comoosenhorvessesequipamentoscomoeletroacupuntura,ryodoraku,laser?Em1980sexistiaoMH1,deeletroacupuntura,quesuportavaapenasduasagulhasenotinhamuitocontrole.Afirmava-se na poca que, quando ligado, o paciente estre-mecia como se tivesse uma convulso (risos). Trs meses de-pois era lanado o MH 2, com maior controle, e todo apare-lhoquesaaeucompravaeincentivavaasuaproduo.At 84 ou 85 s existia a Cosmotron produzindo aparelhos,osdemaiseramdesenvolvimentosindependentes.Em1986euaj udei acust earodesenvol vi ment odeumEAV[E EE EEletroA AA AAcupunturasegundo V VV VVoll]eproduzimosoprimeiroEAVbrasileir o.Em1988,senomeengano,surgiuumgrupodeSoCarlosnomercado,aLautz,comalgunsengenheirosdauniversidadedel.Jerammelhorproduzidos.O CEATA participou do desenvolvimento de vrios equipa-mentosjuntocomalunoseex-alunos,comoolasercomfrequnciadeNogiereoacutone.Sempreincentivandoodesenvolvimento de novos equipamentos, incluindo a radiestesiaaindanadcadade80.Tambmfomospioneir osnamagnetoterapia,trocandomaterialefazendopesquisas.Fale alguma coisa sobre o uso do laser naacupuntura. O laser, quando foi lanado aqui no Brasil, em 1983, eracarssimo,deHlio-Neon[He-Ne]de1mW.Umaempresa,achoquecanadense,atalugavaosaparelhos-20minutosporsesso.Sepassassedisso,pagavanovataxa.Eleerabaseado em uma ampola de gases, que se deixasse cair que-brava-se e ento voc podia dizer adeus a mil dlares. Come-aram a trazer esse equipamento de contrabando e custava 5mildlaresouatmais.Em1984lanaramoprimeirolaserfabricadoaqui,tambmde1mW.Nessapocao8 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05DarciRepetto,queeradonodaEtenge(depois transformada naCosmotron) lan-ouumlaserdeArsenetodeGlio(GaAs)de1mW.Em1986ou87jhavia um de 6mW de Arseneto de Glio,que o mesmo modelo usado at hoje,squecommaiorpotncia.Quantomaiorapotncia,menorotempodeaplicao.Aindanosepodedizerseolaserrealmenteatuanomeridiano,achoque mais uma atuao em ressonncia, ounamelhoradealgumaenergiafotnicaou ainda em termos de aura. Ele funcio-nabem,masnoigualagulhacada instrumento tem sua peculiaridade.Masexistetodaumateoriadequemuitas das informaes intracelulares ouintercelularesacontecemporinduesfotnicas e o laser consegue melhorar aeficcia da emisso, por ser luz. Afirma-sequeumindivduosaudvelficacomfrequncianessafaixa,dovermelhoaoinfravermelho.Nessecasoseincluiriatambmacromoterapia?Sim,masolasermuitomaisintenso,umafrequnciamaispura,diferentedacromoterapiaquefeitacomlm-padascomuns,maispelacor.Olaserconsegueintroduzirumafreqnciapura.ExistemvriaspesquisassobreissodesdeostemposdaUnioSovitica.Umasementeirradia-dacomlasercrescemuitomais.Existemmuitaspesquisassobre a eficcia teraputica do laser, isso indiscutvel. Hojeainda temos o laser vermelho e o verde, mais barato. Pode-se usar o vermelho para vasodilatao e o verde para doresesedao.Existeessapossibilidade.Acreditoque100mWsejajumapotnciamaisdoquesuficiente.Segundoumapesquisa,at2020asprincipaisdoenasseroansiedadeedepresso.Comoaacupunturatrabalhaissoecomoelapodeaju-daraspessoascomessesproblemas?Ascausasdestasdoenascomoestresse,ansiedadeedepressosobemtpicasdavidamoderna,comoprazos,cobranas,trnsito,alimentaoerrada,eletromagnetismonoambiente,poluiosonora.Entorealmenteaspessoasestosofrendoasconsequnciasdissoeessasdoenases-toficandomuitocomuns,semdvida.Otrabalhoconsisteem ajustar o Yin e o Yang, o Simptico e o Parassimptico, osCincoElementos,ondecadaelementoestrelacionadoaumrgoeumavscera.Equilibrandoisso,asemoesfi-camequilibradastambm.NaChinanoexisteesseneg-cio de Psicologia, utiliza-se a filosofia, a meditao e a con-templao. A filosofia de vida ensinada desde o primrio,aquinoensinadonadadisso.Eumelembronocursoprimrio,naChina,dequefalavamdahistriadosgrandesheris,deConfcio,dorespeitoaospaiseimperadores,deque as pessoas tem que estudar, progredir, defender a ptria.Isso era ensinado no curso primrio. Mesmo nessa vida moder-na, ser equilibrado ajuda a enfrentar esse problemas emocio-nais. As pessoas tambm tem que se esforar um pouco.comumnofinaldoscursosdeacupunturaaspessoasvirematmimagradecendoefalandoquedepoisqueco-mearam o curso tiveram uma viso diferente do mundo, dafamlia, dos colegas. No um curso tcnico de insero deagulhas,mastemtambmafilosofiaqueinseridaaolon-godosmeses.Paraeles,asuaconcepodevidamudou.Todos esses r emdios, calmantes, anti-depressivos, tudolixo. Passa um monte de efeitos colaterais e deixam o sujeitoapagado,seminiciativanemparatentarmelhorarsuapr-priavida.Aacupunturano,elaestimulaapessoaasemanterbemeaprocurarseuscaminhos.Etemtambmtaichichuan,qigong,fitoterapia,alimentao,tudoissoajudaapessoaaincorporarafilosofia.NaChinatudoissofazpartedaformao.Aacupunturajdevidamenteconhecidapelapopulao?Hojeemdiatodomundosabeoqueaacupuntura,masoacessoaindadifcil,principalmenteparaosmaispobres.Aindaumtratamentodeelite.Algunsconvniosat cobrem, mas uma coisa meio fajuta pois s funcionamparamdicosacupunturistasesparaumdeterminadon-mero de sesses. Mais que isso, no.IssoumproblemamuitocomplexonoBrasil.Oquepoderamosfazerparabaratearotratamen-toetorn-lomaispopular?9 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05Parabarateartemqueusarumatcnicaquepossaserfeitadeformarpida,eficiente,seguraesimples,equepossasertransmitidaeensinadafacilmente.Ento,nami-nha opinio, teria que ter acupuntores em todos os postos desade e hospitais, disponveis a todo momento, e com equi-pesmultiprofissionaisformadaspormdicoseno-mdicos,poisnoexistemmdicosacupunturistassuficientesparasu-prir isso.Enquantonsnopudermosentrarnoshospitaisoficiaiseambulatrios,atticadarmuitoscursos,formarmuitaspessoas, e cada vez mais focar em microssistemas e tcnicasno-invasivasquepossamserensinadasemmenostempoetenhamaplicaocomgrandeeficcia.Tcnicascomoauriculoterapia, magnetoterapia, cristais radinicos, algo quepossa ser executado rapidamente e possa atender a um gran-de nmero de pessoas em pouco tempo para poder dar aces-soamuitaspessoas.Scomagulhacomplicado,precisadeespao,agulhas,descartedeagulhas,difcilaumentaronmerodeatendimentos.Qualquerespaoqueabraumambulatriofilantrpicooucompagamentosimblico,lotaempoucotempo.Ecomosovriassees,nodparaaumentaressesatendimentos.diferentedamedicinatradi-cional em que o paciente s volta da a trs meses, um ano.Por isso no tem sentido s mdicos fazerem a acupuntura,pois no d nem para o incio. Inclusive o primeiro mdico asercontratadopelogovernoparafazeracupuntura,aindana dcada de 90, foi o Edson Toyoji. E ele s aguentou umano.Porquesconseguiuatendercercade20pessoasem4 horas. Mas essas 20 pessoas vo repetindo as sees pormeses.Emumasemanaatendia80pessoasdiferenteseacabavaficandoscomosfuncionrios,seusparenteseamigos.Noconseguiaatenderapopulaoemesmoqueabrisseparatodos,as80vagasacabariamrapidamente.Eledesistiuporquenoestavaconseguindoatingiroobjeti-vodepopularizaraacupuntura,noconseguianematen-der os funcionrios do posto. E trabalhava muito, no comoosoutrosmdicosqueatendemmeiahoraevoembora,cercadeumpacienteacada3minutos.Entrarpidoesaivoando, no deixa nem o paciente sentar na cadeira. Isso um fluxograma calculado. Se exigir que ele fique quatro horasatendendo,omdicodesistedoemprego.E como est a situao do projeto de lei do AtoMdico?Olha, isso comeou em 1984, com o mdico e DeputadoFederalMrioHatto,quedeuentradanoprojetocomomultiprofissional.Depoisem88,quemreapresentouoprojetofoi outro mdico, Salim Curiatti. Em 94 o projeto passou pelaCmaraefoiaoSenado,eaosmdicosacupunturistassealvoroarameforaramoCFMareconheceraacupunturacomo especialidade mdica, mesmo sem cumprir os pr-requi-sitos. O objetivo era bloquear o projeto. Naquela poca eramosmdicoscontratodomundo,fisioterapeutaseenfermeiros.Masaolongodosanosmuitosconselhoscomearamareco-nhecer a acupuntura e outros comearam a se interessar.De2000paracasituaomudoudetalformaque,hojeemdia,temososmdicosacupunturistascontratodomundo,masnahoraemquesefalaemcriarumanovaprofissoouumafaculdadedeacupuntura,todososoutrosconselhos esto junto com os mdicos. No querem que sejacriadaaprofissonemumafaculdadeespecfica.Seaacupunturaforregulamentadacomoelesquerem,notere-mosfaculdadenemcursostcnicos.Entoseforassim,melhornemregulamentar.Osenhorachaqueexistemprofissionaisqualifi-cadosparalecionaremvriasfaculdadesdeacupuntura,sevieremaexistir?Hoje em dia tem. Nossa ttica tem sido formar cada vezmaisacupunturistasparamanteraproporodequatrooucincoacupunturistasno- mdicosparacadamdicoacupunturista. Enquanto essa proporo for mantida, a ativi-dadeestarsegura.Mas dentro dos profissionais de sade, o fisioterapeuta oquetemmaisperfilparausaraacupuntura,poisoqueest acostumado a colocar a mo no paciente, ao contrriodenutricionistasepsiclogos.Farmacuticosnematendempacientes.Fonoaudilogosacupunturistasdevemseruns15no Brasil e Educadores Fsicos devem ser no mximo uns 100.Onicoquelidacomopaciente,mexe,peaparelho,tiraaparelho,ofisioterapeuta.Queiraouno,isso.Entonomesurpreendequeomaiornmerodeacupunturistasno-mdicossejamfisioterapeutas.Massepudermoscriarafaculdadedeacupuntura,sermelhor.Ter emosumaprofissodeacupunturista,comembasamentofilosficoepossibilidadedefazerpesquisas.10 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05Foijustamenteporcausadesseproblemadaacupunturaque surgiu o problema do Ato Mdico. O Ato Mdico nuncafoiregulamentado.Em1983umdeputadofederalchegoua apresentar um projeto, mas houve resistncia e ele desistiu.Na briga entre os acupunturistas e os mdicos, descobriu-seesseproblema.Edevolvamosparaeles:quandoummdi-codiziaqueoacupuntoreraumprofissionalno-regula-mentado,dizamosqueamedicinatambmnoera.Foiaqueselevantoualebredestaquesto.Em2002,oSenadorsuplenteGeraldoAlthoffapresen-touoprojetodoAtoMdico.Squeelesoltouumaredemuito grande para tentar pegar tudo o que era possvel, nos da rea da acupuntura como orifcios internos, a rea daepiderme. Conseguimos enfrentar isso de diversas formas aolongodosanos,masosmdicossoemmaiornmeronoCongresso,tantonaCmaraquantonoSenado.Elespas-sam o que eles quiserem l dentro. Assim, perdemos no Se-nado, perdemos na Cmara, porque no temos nmero sufi-ciente. Temos70deputadosmdicoseapenasumadeputa-dafisioterapeuta.Notemcomoenfrentar.Temoscincoouseis governadores mdicos, vrios ministros mdicos. S queeles conseguiram rejeitar todas as emendas e passar o proje-to to rpido que acabamos achando uma brecha: o texto inconstitucional por ferir cultos religiosos.Cultosreligiosos?Sim,senosepodemexernadermeeepidermeessastcnicas de escarificao, de passar leo, esto eliminadas.Cirurgias espritas, acabam. Diagnstico medinico foi parao brejo. E a religio protegida pela Constituio, clusu-laptr ea.Temosqueterliberdadetotal,eassimbloquea-mos esse projeto. Agora est rolando por l, porque no sepode mais mexer no texto. Pode apenas alterar uma palavri-nhaououtra,masnosepodemaisacres-centarumartigointeiro,virouumbecosemsada.O Senador Antonio Carlos Valadares, quenos protegeu em vrias ocasies e co-relatordoprojeto,conseguiumudarainterpretaode diagnstico nosolgico, mudou o conceitode puno, puno para fins mdicos, o quetirouumpoucoaagulhadafrente,jqueacupunturanopuno.AgoraoCFMvaiter que tentar aprovar de alguma forma, mes-moquesejaparanopassarvergonhape-ranteoscolegas.Depoisdenoveanosnoconseguiu aprovar o projeto do Ato Mdico...Mesmo que seja para aprovar um projeto nulo,quenosir vaparanada.Paradarumasa-tisfaoclasse.Li no ltimo jornal do CRM, que o projetovaiparaascomissesdeeducaoeassun-tos sociais, que vo tentar aprovar esse proje-toesteano.Masnocontouaverdade,queoprojetoesttotalmentedesfigurado,seforpassardojeitoqueest,comessascorrees.Emesmocomessascorreespassveldeaodiretadeinconstitucionalidade.Naverdadeossenadoresestoenro-lando, passam por uma comisso, por outra comisso, s paralevarembanho-maria.Duranteoitoanosagenteficoudiscu-tindooprojetonareadasade,masningumpensounoaspecto religioso. Isso foi descoberto depois, entre a gente.O senhor mdico, como fica no meio destaconfusotoda?Eu arrumei 11 sindicncias que geraram 6 processos ti-cos,atumpedidodecassaodomeuregistroprofissio-nal.Estousesperandopassarestemsdejaneiroparaentrarcomummandatodeseguranageral,parabloqueartudo. Eu no cometi nenhum erro mdico. Apenas participeideaudinciaspblicasetenhoodireitodedarminhaopi-nio. Na verdade os mdicos acupunturistas esto usando aestr utura do CFM e CRM para tentar me constranger. Sabemquesouocabeadomovimento.Tiveinclusiveduascensu-rasnojornal,quesocensurasilegaismasquequandore-ceberamaliminardeimpedimentodisseramquejhaviasido publicado. Isso no interfere na minha vida, mas abor-rece. J gastei mais de R$ 70 mil reais com advogados des-de1997.Masquandoacausanobre,valeapena.Apopulao brasileira merece todas as terapias naturais, almdaacupuntura.Aacupunturachamamaisaatenodosmdicoseissoosocupa,impedindoqueentrememoutrasreas como fitoterapia e florais.Almdaacupuntura,emqueoutroscamposoCEATAatua?Em radiestesia, desde o incio. Comecei a pesquisar juntocomacupuntura,quesempreacheiumaboatcnicapara11 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05avaliao. A comecei a correr atrs do pessoal de radiestesia,queinclusiveatuanar eadocncer.Temalgunspicaretasmastambmtemmuitagentesria.Cnceraindaumadoenadifcildesertratada.Seeuoualgumparenteouamigotivercncer,oquediremos:queradioterapiaequimioterapiatudoenganao?Dopontodevistadasmedicinasnaturaisnotemnadaquepossaserusadocomeficincianestescasos?Tem,sim,tratamentoseficientes.Conhecemosvriosca-sos, mas eles no existem documentados em abundncia. Amaioria desses terapeutas no faz ficha nem guarda resulta-dos. Se curou o paciente, est timo. Muitas vezes o pacien-te que se cura sozinho atravs da alimentao e equilbrioemocional.Nosatcnica.Conhecemoscasosdecuraporcirurgiaesprita,moxabusto,aparelhoseltricos,compirmide.Ento,quedparacurar,sabemosqued,masexistem poucos casos levantados. No se pode levantar 100casos,porexemplo,decncerdemama.Entotraduzialgummaterialderadiestesiaeintroduzino nosso curso. Em 1982 foi o Ryodoraku. Corramos muitoatrsdetcnicasdediagnstico,poisat1987oconheci-mentoquetnhamosdaMTCeraquasenulo.Estudvamosespecialmenteosmtodosno-invasivos,poissabamosquecedooutardehaveriaabrigapelasagulhas.Passeiaco-nheceracinesiologiaaplicada,quechegouaoBrasilem1983,sendoquearadiestesiajerapraticadaaquihmuito tempo. Mas comeamos a juntar as pessoas que prati-cavamaradiestesia,atestarequipamentosedifundirseuuso. Em 1997 ou 1998 fundamos a Associao Brasileira deRadiestesia e Radinica, e que promove um congresso a cadadois anos. Incentivamos muito esse movimento. Juntando todomundo, do Brasil inteiro.Devoltanacinesiologiaaplicada,quandotivemoscon-tatocomopessoaldomtodobioenergtico(Oringtest),t ambmfoioinciodest emoviment onoBrasil .Nacromoterapiansprocurvamosdivulgarbastante,atqueem1990tivemoscontatocomopessoaldacolorpuntura.Ento trouxemos o livro do Peter Mandel e at fabricamos acaneta dele aqui, porque no havia material disponvel. NosFlorais eu comecei em 1989, atravs de um xerox de livro, eatencontramosumafarmciaquefaziaosflorais,muitoraronaquelapoca.SduasoutrsemSoPaulofaziamisso.UmamigomdicodeCampinasmearrumouumam-quina radinica e a usvamos para reproduzir os florais atra-vs de cartes de informao. Inclusive dei o primeiro cursonoBrasildefloraisparamdicos,nocomeode1990noespaodoYssaoYamamura.Napocaquandoapareciaalgumacoisadeterapiaalternativa, corria todo mundo para l. Foi o que aconteceucomaIridologia.EufrequenteiocursoeconseguiqueoprofessordesseessecursonoCeataaindaantesde1985,quandocomeouograndecrescimentodestatcnica.Osalunoscomearamasedesenvolvermuitomaisdoqueeu.OpresidentedaAssociaoMundialdeIrisdiagnoseumex-alunodoCeata.Tudooqueerainteressanteparans,trazamosparaaaula.Tambmconhecemosmuitospicare-tas, inclusive famosos, que quando trazamos para dar aulavamosquenosabiamnada.Magnetoterapiafoiumadastcnicasemquefomospio-neirosemsuautilizaoedivulgao.OStipertambm,quandocomeouaquihunsseisanos,demosumjeitodetrazer grande quantidade do material para estudar seus efei-tosedivulgar.Desde1980fazemosessetrabalhodedivul-gartcnicasnovasdamedicinaalternativa,orientaiseoci-dentais. Tambm a tcnica do esparadrapo ou Spiral Tapefoiumabrigaenormecontraomonopliodatcnica,queachamosquedeviaserutilizadaporqualquerpessoa.NoJapovendidoembancadejornal.Em1997,naauriculoterapia,nossoprofessorSrgioexperimentoudiver-sos tipos de semente, como fitoterapeuta. Isso foi importanteao somar os princpios fitoterpicos da planta com a tcnicadaaurculo.Quantomaisdivulgarmosessasterapias,maisapopulaoteracesso.Quemensagemosenhordeixariaparanossosleitores?Vamosbatalharpelasterapiasnaturais,darmaisaceso populao, e realmente o futuro da assistncia teraputicavaiterqueseratravsdestastcnicassimples,eficientes,econmicas.Omodelocombasenasindstriasfarmacuti-cas est falido, totalmente falido. Temos que manter a sadedapopulaocomasterapiasnaturais.Claro,ocaminhonoestlivre,temosquebatalharmuito,divulgarcadavezmais essas tcnicas, beneficiar as pessoas, fazer atendimen-tos at filantrpicos, tentar introduzir essas tcnicas nos hos-pitais,ambulatriosoumesmonasempresas.Nosmanterpoliticamenteativosnacampanhaporumaregulamentaoda acupuntura, enfrentar os mdicos, que possuem toda umaestrutura baseada na indstria farmacutica, no s a classemdica, mas tudo isso por trs. E na preveno de doenas,devemosdivulgarmelhornasempresas,atcomoumafor-madeeconomizarosgastostrabalhistascomdoenas.Edentrodareadeterapiasnaturais,achoqueapartedediagnstico muito importante, ento para mim a cinesiologiaaplicadaearadiestesiasofundamentais,soasmelhoresarmas que ns temos. Fazem com que ns consigamos preci-so e certeza sobre cada passo do seu tratamento. E claro,os microssistemas vo facilitar muito a propagao das tcni-cas e os mtodos no-invasivos, que so o futuro. A popula-otemmedodeagulha,entoquantomaisaprendermossobremtodosno-invasivos,melhor.Vamosconseguirex-pandircadavezmaisessestratamentos.Eu acho que vale a pena lutar por tudo isso, porque ofuturo do povo brasileiro, da nao e do mundo.12 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05OsegundoCongressoEducacionalMundialdeMedici-naChinesafoirealizadonacidadedeBeijing,China,noperodo de 27 a 30 de outubro de 2011 no North Star Con-tinental Grand Hotel onde foram hospedados todos os convi-dadosrepresentantesdeentidadesenvolvidascomodesen-volvimento da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) em todoo mundo, inclusive diversas instituies chinesas.EuparticipeidoeventocomoprofissionalconvidadodaMTCpelaBUCM(BeijingUniversityofChineseMedicine),pelosprofessoresDrs.GaoShihua(PresidentedaBUCM)eTangMinKe(Diretordeparceriasinter nacionaisdaBUCM).ParticipeirepresentandoaUNEB(UniversidadeEstadualdaBahia)ondeassumicomoDiretordeSadedoNcleodeEstudosAsiticosfundadorecentementenestauniversidade.Oobjetivomaiordaviagemeparticipaofoiestreitaroslaosentreambasasuniversidades(BUCM/UNEB)paraassinar o acordo de cooperao acadmica entre estas, con-tribuindo para intercmbios acadmicos, projetos de pesqui-saentreasuniversidades,projetosculturaiseps-gradua-esdentreoutraspossibilidades.Almdeamplaparticipa-o em todos os eventos do congresso, mantive meu foco emgrandepartenaconsolidaodaparceriaassimcomonaparticipaonosfrunsdediscusso,parteestaquefoiex-tremamente rica com diversos insights para o desenvolvimen-todaMTCemtodoomundo.AdelegaodaUNEBfoicomposta pelos professores Gutembergue Livramento, JoselitaSacramento (Vice diretora de Sade da UNEB) e Emlia Leo(CoordenadoradocursodeMedicinadaUNEB)querepre-sentaramoscursosdesadedaUNEBincluindoeamplian-dooshorizontesparaonovocursodeMedicinadestauni-versidade com incio em 2012.OeventofoiorganizadopelaBUCM(BeijingUniversityofChineseMedicine)epeloComitdeInstruoEducacio-naldaWFCMS(WorldFederationofChineseMedicineSocieties).Segundo as palavras da comisso organizadora:Com as mudanas globais emergindo e crescendo em todoo mundo, desafios com o cuidado com a sade e bem estartmsetornadonaturalmenteevidentes;comistoamedicinaholsticaeintegrativaserofuturodamedicina.Istofazle-vantarvriasquestes,taiscomo:qualofuturopapeldaMedicinaChinesanestequadro?EcomopodeoprogramaeducacionaldaMedicinaChinesaserreformuladoparafa-zer uma contribuio significativa para os sistemas de cuida-docomasade?LderesdoMinistriodaSadeedaEdu-cao, representantes do governo de Beijing, da administra-o estatal da Medicina Tradicional Chinesa, representantesdaOrganizaoMundialdeSadefizeramconfernciasnestecongresso.Maisde100representantesestrangeirosde 31 pases ou regies, 400 representantes de 30 provnci-as e 73 instituies confraternizaram juntos a amizade e com-partilharamseuspensamentoseideias.Ocomitdeinstru-o educacional da WFCMS teve sua eleio geral durante ocongresso. O evento foi uma plataforma criativa e aberta paraque diversos lderes compartilhassem seus pensamentos, ideiase insights. Atravs do conhecimento, liderana, insight e cola-boraodelderesdetodoomundo,nspassamosateraestruturaprofissionalparaaaplicaoprticaepotencialdaMedicinaChinesa.No dia 27 aconteceu uma grande recepo para os con-vidados;nodia28realizou-seumagrandeconfraterniza-o,debates,trocadeexperinciaseassinaturadeparce-ria entre a BUCM e diversas entidades chinesas e estrangei-2oCongresso Educacional Mundialde Medicina ChinesaInternacionalCOBERTURAEXCLUSIVAPor Gutembergue LivramentoDr. Gutembergue Livramento13 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05ras. Nesta data, tambm, aconteceu o Encontro Institucionalde exame e comit de avaliao da WFCMS, assim como oEncontro de eleio geral do comit de instruo educacio-naldaWFCMS.Nodia29realizou-se,propriamente,oSegundoCongressoEducacionalMundialdeMedicinaChinesa,jpelamanhcompalestrasmuitoimportantespara o crescimento, desenvolvimento e expanso da Medici-na Chinesa, como do Dr. Gao Shihua (presidente da BUCM),Dra.SheJing(Presidente,Chairman,daWFCMS),Sr.HanQide (Pr esidente do congresso nacional), Dr. Wang Guoqiang(ViceministrodoMinistriodeSadedaChina),Sr.HaoPing (Vice ministro do Ministrio de educao da China), Sr.JiangPeimin(Diretorgeraldodepartamentodeeducaodogover nodeBeijing),Dr.ZhangQi(Coordenadordode-par tamentodeMedicinaTradicionalChinesadaOrganiza-oMundialdeSade-OMS).Adiscussogeraldospalestrantes foi sobre o grande entusiasmo pelo momento deexpansodaMedicinaTradicionalChinesa(MTC)emtodoo mundo, mas tambm a necessidade real de um plano cons-ciente e seguro de expanso e introduo nos diversos meiosmdicos em todo o mundo, respeitando e assimilando os co-nhecimentos da medicina convencional ocidental e traandoprojetosdepesquisaseparceriasinstitucionaissolidificadocomopilardaeducaocontinuadaeprofundacoopera-oentreasdiversasentidadesdesade,parapromoverem conjunto o bem-estar e sade para a populao de todoomundo,naconstruodamedicinadosculoXXI,tematambmapoiadoincondicionalmentepelaOMS.Dia29,tardeenoite,houve4frunsdiferentesemqueforamdiscutidoseapresentadospelosrepresentantesdasdiversasdelegaesconvidadasdetodoomundo,asaber:1-Construindocapacidadesparaofuturo,quandofo-ramdiscutidaseapresentadasdiscussessobreodesenvol-vimento internacional da educao mdica chinesa, o futuropadrodoprofessordeMTC,perspectivadepadronizaodaps-graduaoemMTCnomundo,estudo-pilotodomo-delodeeducaoparamdicoschinesesemfaculdades,educaomdicachinesa,osmodelosdeconstruodecapacidades,aimportnciadocurrculoacadmicoeseureconhecimento para a internacionalizao da MTC, investi-gaoereformadosistemadeeducaoparaestudantesinternacionaisqueestudamMTC.2- Demanda social e padronizao de avaliao para aMedicinaChinesa,quandoforamdiscutidosarevisodaeducaomdicachinesaapartirdaperspectivadeinternacionalizao,aglobalizaodaeducaoemMTC(estratgia e direo), demanda social para mdicos da MTC,prtica-pilotoparaareformadosuportedoprogramadetreinamento para mdicos em MTC, o controle de qualidadeemestudantesps-graduados,acapacidadecompetitivaparamdicosdaMTCehospital.3-ANaturezadaMedicinaTradicionalChinesa,tendocomodebateeapresentaoaprticaeexperinciadaeducao internacional da MTC, Medicina Chinesa holsticae sua influncia no desenvolvimento internacional da educa-odaMTC,oaumentododesenvolvimentodaMTCpelaintegraodaessnciadasmedicinasocidentalechinesa,treinando os talentos clnicos dos estudantes internacionais econstruindocapacidades.4-OdesenvolvimentointernacionaldaMedicinaTradici-onalChinesa,debateusobreaprticaclnicaeeducaoda MTC, o servio comunitrio e a demanda social para osprofissionaisdaMTC,treinandoaspessoascomaalmadaMTCedesenvolvendoasinstituiescomofundamentodaMTC,aprticadoprogramaquecombinaresidnciaemMTCcomonveldemestradonafaculdadedeMTCdeShanghai, MTC onde ns estamos e para onde estamos indodaqui.O professor Dr. Gao Shihua, pr esidente da BUCM (BeijingUniversity of Chinese Medicine) apresentou a Universidade esuas possibilidades para todos os presentes. Aqui apresentoumresumodesuaexplanao:aBUCMaprincipalUni-versidade nacional dedicada ao avano da MTC desde suafundao em 1956. uma das primeiras instituies de ensi-nosuperiorestabelecidaparaoestudodaMedicinaChine-sa na Repblica Popular da China. A BUCM consiste em 13faculdades. At o fim de 2010, a BUCM tinha treinado maisde30.000profissionaismdicosprovenientesdaChinaemMTCe14.000profissionaisestrangeirosvindosde89pa-sesaoredordomundo.Desdeosanos1990,estabeleceu73 projetos de cooperao com renomadas universidades einstituies em 23 pases. Hoje, possui corpo docente de altonvele3hospitaisuniversitrios:HospitalDongZhiMen,Hospital Dong Fang e um terceiro que integra a prtica clni-ca da MTC e da Medicina ocidental. Apresenta 878 profes-sores em tempo integral sendo que 58% com nvel de Aca-dmicosnior,72%somestresoudoutores.Contacomcursos de graduao como Medicina Chinesa (programa de5 ou 7 anos), Acupuntura e Tuina (5 anos), Matria mdicachinesa(4anos),Gerentedesadepblica(4anos),Enfer-Dr. Gutembergue Livramento e Prof. Gao Shihua(PresidenteBUCM)14 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05magem(4anos),Farmcia(4anos)dentreoutros. Existem 25 cursos de ps-graduao,comoporexemplo:TeoriabsicadaMTC,Fundamento clnico da MTC, Histria e cls-sicos da MTC, Diagnstico na MTC, Medici-nainternadaMTC,CirurgianaMTC,Acupuntura-moxibusto-tuina,FarmacologiaclnicadaMTC,PrevenoereabilitaodasadeemMTC,Microbiologiaebioqu-mica,dentreoutros.Abibliotecaconstademaisde800.000livrossendo260.000li-vrosespecificamenteemMTC,230.000li-vrosemcinciasbiomdicase310.000li-vros em cincias humanas e sociais. A cole-oincluimaisde120clssicosrarssimosda Medicina Chinesa alm de acesso pe-ridicosemMTC,farmacologiaecinciasbiomdicas.BUCMtemcrescido,tornando-seumaUniversidadere-conhecida internacionalmente pelos esforos da preservaoe prtica da MTC, com pesquisas cientficas de grande rele-vncia e com o treinamento de uma nova gerao de profis-sionaiscomhabilidadestantoemMedicinaTradicionalChi-nesaquantoemMedicinaOcidental.Porquevalorizamosigualmente tradio e inovao, teoria e prtica. BUCM temcriadoumambientedinmicoqueenfatizainovaopeda-ggica, pesquisa cientfica e servios clnicos, tudo isto bemarticulado com o lema da Universidade. Desde que o primei-ro estudante estrangeiro chegou BUCM em 1956, esta uni-versidade tem treinado estudantes internacionais mais do quequalquer outra na China. A BUCM j tem relao de coope-raocom73universidadeseinstituiesdepesquisaem23paseseregiesnumesforoematendersnecessida-desglobaisdesade.Esttotalmentepreparadaparaex-pandir estes laos de cooperao com institutos fortes ao re-Entrega oficial do documento de parceria (BUCM/UNEB). partir da esquerda: Joselita Sacramento, Tang Minke (Diretorde parcerias internacionais da BUCM), Emlia Leo eGutembergue Livramento.dordomundo,sendoqueomaisimportantebeneficiarasademundialcomvantagenscomplementaresnousodaMTCeMedicinaocidental,associaoestaquetemsidomelhorentendidaepraticada.Hdiversasfacilidadesparaoestudanteocidentalestudarnestauniversidadeemcursosdegraduaoeps-graduaodesdequeestejadentrodasuniversidadesparceirasreconhecidaspelaBUCM.Dr. Gutembergue Livramento Mestre em Medicina e SadeHumana (EBMSP), Especialista em Medicina Chinesa, Diretor deSade do Ncleo de Estudos Asiticos da UNEB.Entre nessaCampanha!http://www.facebook.com/ENAPEA15 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 0516 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 051.CaractersticasdaAcupunturaJaponesaEmboraaacupunturaJaponesaestejasetornandomaisconhecidamundialmente,ospraticantesJaponesesquetra-balhamcomeladiariamente,sodesafiadosaexplicaroque ela realmente . Com isto em mente, gostaria de discutirnesteartigoaessnciaeascaractersticasquedefinemaacupuntura Japonesa com o intuito de estabelecer um pontoinicialparasedebater.MeufocoaquiaacupunturatradicionalJaponesaseusmtodosdediagnostic,tcnicasdetratamentoebaseterica como tem sindo praticada intermitentemente no Ja-podesdeaEraEdo(1603-1868).Nostemposmodernos,aacupunturaJaponesaincorporaoquesoconsideradosmtodoscientficos,incluindooRyodoraku.Eletro-acupunturadebaixafrequncia,eautilizaodefiosdeion-pumpingeagulhascompolaridades.Enquantoestesmtodos mais novos so amplamente utilizados em situaesclnicas, para os propsitos desta discusso, irei me concen-trarmaisnaacupunturatradicionalJaponesaaqualre-querapenasagulhas,umpoucodeldemoxa,enenhumoutro instrumento.A acupuntura Japonesa normalmente utiliza agulhas muitomaisfinasqueaacupunturaChinesa.Aagulhainseridanotuboconductor,eatonificaoedispersorealizadacomumainserorelativamentesuperficial.Emtermosdemtodosdediagnostic,aacupunturaJaponesadumaim-portnciaprimriaaqualquerabordagemqueenvolvaasensibilidadedopraticante,talcomoapalpaodosseispulsosradiais,palpaodosmeridianos,ediagnsticoab-dominal. Na acupuntura Chinesa, o interrogatrio e o diag-nstico pela lngua so considerados mais importantes. Comoireidiscutirposteriormentenesteartigo,taisdiferenassosignificantesemtermosdetcnicasdeinseroquesede-senvolveramnossistemasChineseseJaponeses,respectiva-mente.2.MaisEstmuloGeraumMelhorEfeito?Fatores determinando o quanto de estmulo ser utilizadonaacupunturaincluiotamanhodaagulha(grossaoufina,longaoucurta),profundidadedainsero,intensidadedatcnica(tonificao-disperso),etempoderetenodasagulhas.provavelmentecorretoassumirque,nogeral,aacupunturaChinesatendeaaplicarmaisestmuloaocorpodopaciente.Seesteforocaso,questessurgem.Serqueestamaiorestimulaoproduzumefeitomelhorelatrazalgumamelhoriamaisrpidaeduradoura?NaacupunturaJaponesa,estimulosdelicadossodadoscomumaagulhafina.Aagulhanormalmenteinseridasu-perficialmente e removida relativamente rapido. Este tipo deacupuntura possui um efeito menor, traz melhorias menos sig-nificativas que duram por menos tempo? Posso afirmar enfa-ticamente que este no o caso.Aoseutilizertcnicasqueproduzemumestmulomaior,umpraticantepodefacilmenteestimularexcessivamente,ul-trapassandoahabilidadefisiolgicadocorpodeaceit-lo,e isto pode possivelmente levar a algum dano. Limites aceit-veisdeestimulaovariamgrandementedepessoaparapessoa. Grandes diferenas na sensibilidade ou limites acei-tveisdeestimulaopodemservistosentrepessoasquetrabalhamcomesforofsicoepessoasquetrabalhamemescritrio,entremoradoresurbanoserurais,pessoasmaisencorpadasoudelgadas,pessoasmaisjovensoumaisve-lhas,eentrehomensemulheres.Aoseviversobumclimaqueoferecequatroestaesdistintas,osJaponesesdesenvolveramumasensibilidadees-pecial:elesdevemsercapazesdeseadaptaramudanassutis.Elestambmdesenvolveramhabilidadespararealizartrabalhosdelicados.Portanto,osJaponesesdesenvolveramagulhasdecalibremaisfinoetuboscondutoresparafacili-tarinseresrelativamenteindoloresnapele.Elestambmtendemapraticarinseressuperficiaisparaminimizerosdanos aos tecidos. Praticantes Japoneses buscam maximizaros resultados ao minimizar os estmulos, e por meio do desen-volvimentodeferramentasespeciaisetcnicasdeinsero.IstonotemointuitdecriticaraacupunturaChinesa,massim, uma tentative de identificar uma caracteristica distinta eflosofiapordetrsdaacupunturaJaponesa.3.ORefinamentodaHabilidadenaAcupunturaJaponesaAgora, gostaria de examiner como os Japoneses se esfor-aramparadesenvolvertcnicasmaisrefinadas.VistoqueAs Caractersticas e a Essncia daAcupuntura JaponesaNAJOMOura JikanTheCharacteristicsandEssenceofJapaneseAcupunctureReimpressopartirdaversodaNAJOMvol.14n NAJOMvol.14n NAJOMvol.14n NAJOMvol.14n NAJOMvol.14no oo oo41, 41, 41, 41, 41, traduodePauloHenriquePereiraGonalves,Acupunturista,RevisadoporDr.ReginaldodeC.S.Filho,FisioterapeutaeAcupunturista17 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05j mencionei o desenvolvimento de agulhas de umcalibre mais fino e tubos condutores, deixe-me focarnosaspectostcnicosdaacupunturaJaponesanoquedizrespeitoaoseguinte:A. A. A. A. A.Nodiagnostic,aacupunturaJaponesaseconcentranapalpaodosseispulsosradiais,palpaodosmeridianosediagnsticoabdomi-nal.Obviamente,aacupunturaChinesatambmclassificaqualidadesdopulso(maizhuang)comgrandedetalheeasutilizacomofonteimportantedeinformaoaosecriarumaimagemcompletadaenfermidade.AacupunturaJaponesa,noen-tanto,incorporaapenasasqualidadesbsicasdopulsodiferenciandotaisqualidadesapenasemflutuante/afundado,lento/rpido,edeficin-cia/excesso, j o suficiente. Em vez disso, o m-todo de apalpar as seis posies foi desenvolvido,noqualasinformaesencontradasnosniveissu-perficial(flutuante)eprofundo(afundado)dasposies distal(cun), media (guan), e proximal (chi)deambosospulsossoutilizadasparadetermi-naradeficinciaouexcessodecadameridiano.Asposiesdistal,mediaeproximaltambmcorrespondem ao Aquecedor(jiao) Superior, MdioeInferiorrespectivamente,deformaquesepossadeterminer a localizao do problema se apalpan-do o pulso nestas posies.DevidoainflunciadoKanpo(fitoterapiaJaponesa),oqual desenvolveu um estilo nico de diagnstico abdominal,aacupunturatradicionalJaponesacolocanfaseemseudiagnsticonoabdmen.NaescolaMubun,aqualutilizaatcnicaDashin,opraticanteexaminaapulsaonareaentreosRins(Jin-kannoDoki)etambmbuscaporaltera-esabdominaisdeflacidez,rigidez,deficinciaeexcessoemreasespecficasdediagnstico.AtcnicaDashinenvolveumainserosuperficialape-nasnoabdomen,comumaagulhagrossadeouro:ocaboda agulha golpeado com um martelo de madeira e vibra.Emboraaplicadaapenasnoabdomen,estatcnicaerauti-lizadaparatratarproblemasdetodoocorpo.A principal voz para a escolar Koho de Kanpo, YoshimasuTodo,afirmaraqueodiagnosticabdominalomtodopri-mriodediagnostic:Oabdomenafontedaforadavida, portanto todas as enfermidades esto enraizadas ali.Almdisto,euacrescentaria:coisasquesetornamdanosasasadedealgumpodemseacumular(estagnar)noabdomen. Isto inclui alimentos estagnados (Shokutai), gases,fezesestagnadas(Bendoku),sangueestagnado(Ketsudoku),e fluidos corporais estagnados (Suidoku). Estas acumulaespodemcausarproblemasnoapenasnoabdomen,maspor todo o corpo.OtratamentonaescolarKohoconsisteemexpelirestesacumulos (venenos) com o veneno contido nas ervas. DesdeosdiasdeYoshimasu,anoodeacumulospatolgicosteminfluenciadograndementeaacupunturaJaponesa.Ento,emadio a se equilibrar os meridianos por meio dos pontos doscinco movimentos nas extremidades, a nfase tambm est emequilibrar os cinco rgos Zang tratando as tenses e massasabdominais por meio dos pontos Mu-Frontais e Shu-Dorsais.Para se avaliar a deficincia e o excesso dos meridianos,ospraticantesJaponesesapalpamofluxodosmeridianoseospontosdoscincomovimentos,sentindocomapontadeseus dedos se a pele fria ou quente, mida ou seca, tensaoumacia.Localizarospontosdeacupunturaparaosprati-cantes Japoneses no se trata de medir a distncia emu macerta parte do corpo como este ponto est localizado apro-ximadamenteumcunacimadopunho.Aoinvsdissosetrata de procurar pelo ponto vivo, aquele que produz umareaopalpvel.Estepontovivoumpontoefetivodetratamentomesmoquandoseusaumaestimulaomnima.EscolasdeacupunturaJaponesademonstramumagranderivalidadearespeitodopontovivodequemmaisefeti-vo.Ocasionalmente,elesconferemnomesaosseuspontoscomefeitosespeciais.B. B. B. B. B.Emgrandeparte,ainserosuperficialpreferidanaacupunturaJaponesa.TantoospraticantesChineseseJaponesesajustamaprofundidadedainseroconformeonveldopatognico(Ja).Porm,praticantesjaponesesnor-malmenteobtmbonsresultadosenquantomantmasinser-es o mais superficial possvel. Em uma escola de acupuntura,a agulha mal inserida e, algumas vezes, a ponta da agu-lhameramentetocaapele,enquantoospraticantesvisamafetar o fluxo do Qi distalmente nos meridianos. Outra esco-YoshimasuTodo(1702-1773)18 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05la se concentra em afetar a patologia e uma parte profundadocorpoaoaplicarumestimulosutil,inserindoaagulhalogoabaixodapele.C. C. C. C. C. Na acupuntura Japonesa, mesmo quando se faz umainsero mais profunda, o praticante se esfora para produ-zirasensaodeagulhamentomaissutilpossvel.Quandoopatognicoesttoprofundoquenopodesertratadocomumainserosuperficial,praticantesJaponesesutiliza-roumagulhamentomaisprofundocomonaacupunturaChinesa.Noentanto,utilizamtcnicasmaisrefinadasparaevitarcausarumasensaodeDeqidesnecessria,ouumestimulodesconfortvel.EstasensaodeDeqiocorrenoagulhamentoprofundoquandoapontadaagulhaalcanaascamadasdafscia.ParapacientesquetememoudesgostamoDeqiouestmulosfortes,osacupunturistaJaponesesinseremaagulhaaumaprofundidadepoucoantesdafsciaeentomanipulamasagulhas por meio de rotao ou leve picoteio (tcnica da bica-da de pssaro) para promover um estimulo mais brando. Ten-somuscularouespasmosemumestgiorelativamenteagu-do podem ser tratados com este estimulo mais brando.Paratensomuscularouespasmosemumestgiorelati-vamente crnico, devemos inserir a agulha no tecido muscu-lar,pormhdiversastcnicasdesemanipularaagulhaaest aprofundidade.Aescol adeacupunt uradeI rie,estabelecida em Kyoto no incio do perodo Edo (1700) davagrande nfase na fora da rotao da agulha. Estas tcni-cas de rotao tambm incluem alguns movimentos de picoteiodaagulha.UmadestastcnicaserachamadadeRyusei,ondeopacienteflexionavaocorpodaagulhacomosefolhas de um salgueiro fossem encurvadas ao vento com ointuitderelaxarascamadasmusculares.Umasegundatc-nica era chamada Kensei, onde o praticante repetidamen-te picava o musculo enrijecido com a ponta da agulha, bus-cando as regies mais tensas como se um co farejasse umobjetoincomum.UmaterceiratcnicaerachamadaFuubasei,ondeopraticanteefetuavaummovimentopo-tentederotaocomaagulhapararelaxarmusculosenrijecidos como se um cavalo puxasse uma carroa contrao vento. O ultimo mtodo era chamado Kaitousei, onde opraticantemoviaaagulhaemummovimentoamplocomouma onda gigante se chocasse contra uma rocha e cobrissetodoorecife.TodasestastcnicasdaescolardeIrieforamentreguesescolarSugiyamaeorganizadasnasCemTc-nicasdeAgulhamento(HyappouShinjutu).D. D. D. D. D. Odesenvol viment odet cnicasdel icadasdemoxabusto:Atecnologiaparaproduzirconesdemoxamenoresemaislevesformadesenvolvidas,assimcomoastcnicasJaponesasutilizandoestmuloslevesdeaquecimen-to.NoJapomoderno,moxabustoutilizandoconesdametade de um gro de ar roz popular. Um praticante expe-riente pode at mesmo efetuar tratamentos indolores utilizan-do um cone em forma de fio.4.FilosofiadeTratamentoEm 1988, antes de me interessar por acupuntura Japone-sa, eu estudei acupuntura Chinesa em um hospital em Beijing.Portanto, considero a mim mesmo conhecedor das vantagenseefeitosdaacupunturaChinesa.Aprincipalcaractersticada medicina Chinesa o seu processo de tratamento, base-adoemumsistemalogicamenteorganizadodesndromesdiferenciadas (bian zheng lun zhi). por isto que a aborda-gem Chinesa d tanta nfase no Interrogatrio. A acupunturaJaponesa,poroutrolado,geralmentedependedeinforma-estteis.OpraticanteJaponsdecidequalestratgiadetratamentopormeiodapalpaodospulsos,abdomen,emeridianos,ebuscaporumfocopormeiodaobservaoholsticadopaciente.IstoconhecidocomoMe-no-TsukeDokoro (local para se manter atento). Este conceito pode soarmisteriosoparaospraticantesOcidentais,pormparaospraticantesJaponeses,denotaumfocomuitoprecisoesim-ples para o tratamento. Ns determinanos o Sho (zheng) oudiagnostic, ao menos para identificar qual dos cinco rgosZang ou meridianos est desequilibrado. No entanto, o pr-ximopassocrucialemumtratamentoJaponsapsodiag-nstico olhar para o paciente com um ponto de vista intuiti-vo e holstico. Esta uma habilidade que o praticante pode-rapenaspormeiodaexperinciaclnica.Estahabilidadetambmconhecidacomokan-no-me(oolhodaintuio).Praticanteschinesesquepassamportodooprocessodediagnostic (bian zheng), decidindo a estratgia de tratamento(zhi fa) e prescrio de pontos (pei xue), assim como a sele-o de tcnicas (tonificao ou disperso) devem considereraacupunturaJaponesailgica.OqueospraticantesJa-ponesesestoolhandoquandopraticamashabilidadesdeobser vaodelocalparasemanteraatenoouolhosdaintuio?ElesestoolhandoparaacondiodoQipatognico (Jaki), acumulos (Doku) e flutuaes do Qi (Ki-no-hendo), o que ir determiner a estratgia de tratamento, pres-crio de pontos e seleo de tcnicas. Praticantes experien-tespodemdarcabodesteprocessodeformanaturaletranquila.NaescolaKanzedoteatroNoh,cadapeaconsistedetrs estgios. H a introduo, Jo, onde uma msica tranquilatocada.Ento,noSegundoestgio,Ha,hbastantemovi-mentoemudanas.Oestgiofinal,Kyu,umaseocurtacomumaatmosferaemovimentosexcitantes.Bemnofinal,retorna para a calmaria com uma nota lenta. Todas as formasde teatro tradicional Japons em conjunto com Noh, incluindoKabuki, Joruri, Gakkyoku, e Kodan, possuem estes trs estgi-os.Pode-sedizerqueaacupunturatradicionalJaponesatam-bm possui os estgios Jo, H e Kyu. Os trs estgios podemser identificados at mesmo em uma tcnica de insero, comorotao. E eles podem ser vistos em um nico tratamento.Acupunturistas Japoneses tendem a desgostar de argumentosouteoriasexcessivas.ElesprefeririamtrocarQicomseuspacientes durante o tratamento e manifestar cura e belezaem suas vidas. Acupuntura Japonesa a cura do corpo e damente,assimcomoumtratamento.maisumaartedoqueumacincia.19 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 055.FluxoNaturaleHarmoniosodoQiParaosJaponeses,anaturezanuncafoialgoasercon-quistador. Nem foi o mundo visto como uma arena de confli-tosentrebememal.NoJapo,temosmontanhascobertasde r vores e um cr escimento verdejante. No inicio da prima-vera,anevecomeaasederreterenovosbrotoscrescem.Novero,osriosganhamvolumedastempestadesefluempormontanhascobertasdeflorestas.Nooutono,asfolhasmudamparavermelhoeamarelo.Noinverno,asmonta-nhas so cobertas de neve, e as pessoas aguardam pacien-tementepelachegadadaprimavera.Sereshumanospo-dem aprender com a natureza como viver bem. Um estilo devidasimplesqueabarcaumacoexistnciaharmoniosacomanaturezaserefletenaacupunturaJaponesa.Muitastcni-castradicionaisjaponesessonomeadascomoselementosdanaturezaterra(Chi),gua(Mizu),fogo(Hi),evento(Kaze) e criaturas. H uma tcnica de acupuntura descritacomo Fisgar o Qi na ponta da agulha. Est tcnica pos-teriormentedelineadacomoFisgandoagua,FisgandooFogo,eFisgandooVento.TcnicasdeagulhamentopossuemnomescomoBicadadeCorvo(Jakutaku-jutsu)eVazamentodaChuva(Okurou-jutsu).OsnomesdastcnicasdeacupunturaChinesatambmderivam da natureza e suas criaturas. Porm estes normalmen-te se referem ao sobrenatural: Penetrar o Frio dos Cus (tou tianlian), Incendiar a Montanha (shao shan huo), Abanar da Cau-da do Drago Azul (qing long bai wei), e Sacudir a Cabeado Tigre Branco (bai hu yao tou). Tais nomes sugerem seu po-der nato e se referem fortemente luta contra a enfermidade.As tcnicas de acupuntura Japonesa, por outro lado, so no-meadascombasenosfenmenosnaturaiseascriaturasvistastodos os dias, como insetos, corvos, gotas de chuva e o vento quesoprapelospinheiros.Possoveradiferenanossignificadosepropsitos do nome de cada conjunto de tcnicas.Uma importante caracterstica da acupuntura Japonesa o uso de um movimento de onda (Hado). O classic ShindoHiketsuShu(CompilaodosSegredosdaAcupuntura),oqualexplicaatcnicaDashindoestiloMubun,descreveastcnicas Kachibiki-no-hari e Aibiki-no-hari. Na tcnica Dashin,uma agulha rombuda de ouro inserida superficialmente nocorpoeacabeadaagulhagolpeadaritmicamentecomummartelodemadeira.NoKachibiki-no-hari,opraticantegolpeiaaagulhaparadispersaroQipatognico,eestauma tcnica de disperso. No Aibiki-no-hari, por outro lado,opraticantegolpeiagentilmenteaagulhacomointuitodedrenaroQipatognicoparaapontadaagulha,eentoremoveaagulhajuntocomoQipatognico.Estaumatcnicadetonificao.Aamplitudedomovimentodeondaoquedistingueestasduastcnicas.OclssicoSugiyamaShidenRyu(AAutnticaTradioda Escola Sugiyama) descreve tcnicas que utilizam o movi-mentodeonda.Emumadelas,opraticantecolocaotubode insero sobre uma agulha j inserida no corpo, e entogolpeia a ponta do tubo guia com seu dedo. Em outra tcni-ca,opraticanteinsereaagulha,comprimeseupolegareindicador ao redor da mesma e a mantm no lugar (Oshide),ento golpeia a ponta de ambos os dedos com um tubo deinsero de prata. A vibrao da agulha e o movimento deondadotubodeinseroproduzemoefeito.Movimentosdeondadediferentesamplitudespodemdispersar,induzirou mover o Qi patognico (Jaki). Ao mesmo tempo, harmoni-zam o fluxo de Qi relaxam o corpo. Acredito que a amplitu-dedaondacri adapel omovi ment odaagul hanaacupuntura Japonesa pode ser continuamente ajustado paraseadaptarsensibilidadedopacienteeobterosmelhoresresultados.6.AFundaodaAcupunturaJaponesaO Japo vivencia muitos desastres naturais, como furaes,terremotos, erupes vulcnicas, tsunamis e tempestades. OsJaponeses perceberam a muito tempo atrs que so vulner-veisnatureza.Entotiveramquedisciplinarasimesmosparaviveremharmoniacomamesma,aoinvsdetentarconquist-la.destaformaqueotreinamentoasctico(Shugendo)eascrenasdeescaladasdemontanhas(SangakuShinko)sedesenvolveramemdiversasregiesdopas. A Acupuntura Tradicional Japonesa surgiu junto destasprticas. No incio, a acupuntura no Japo consistia de tcni-casimportadasdachinaedaPennsulaCoreana.OsJapo-neses utilizaram estas tcnicas para tratar a famlia real e anobreza,e,namedicinadeguerra,ossamurais.Posterior-mente, do perodo de Azuchi-Momoyama at o incio da EraEdo, a acupuntura veio a ser utilizada como medicina popu-lar. Autoridades religiosas como monges Zen Budistas, sacer-dotesShintoistas,eascetasShugenestabelecerammuitasescolasdiferentesdeacupunturaecontriburamparasuapopularizao.Porexempl o,KoyaHi j i ri ,quempopul ari zouaMoxabustodeKoubou(Koubou-no-kyu),eraummongeBudista.Mubun,queminventaraatcnicaDashin,eraummongeZenBudista.TagaHouineseuscolegaserammon-gesBudistasquepertenciamseitaTendai.YoshidaIkyu,quemestabeleceraaescolaYoshidadeacupuntura,eraumsacerdoteShintoistadosanturioIzumo-Taisha.SugiyamaWaichi,fundadordaEscolaSugiyama,tinhagrandefemBenzaiten.AsarteseculturaJaponesasforamdeformageral,grandementeinfluenciadaspeloBudismo,especialmenteoZen Budismo. Conceitos Budistas encontrados na acupunturaJaponesaincluemShindoFuji(ocorpoeaterraestoconectadosinesperadamentecomoum),ShinshinIchinyo(ocorpo e a mente esto unidos como um), e Joue Fuji (puro eimpuronoimportamparaaverdadeeterna).Estesconcei-tosforamreformuladosnamximadeTagaHouinacercada acupuntura, Seija Ichinyo (Qi Patognico e o Qi Normalestounidoscomoum),assimcomonaidiadeMubundeque A tcnica de tonificao (Ho) pode ser dispersante (Sha)edamesmaforma,atcnicadedisperso(Sha)podesertonificante. A disperso existe na tcnica de tonificao e atonificaoexistenatcnicadedisperso.Praticantesjaponesestambmsentiramquedeveriamdesprezarateorizaoexcessiveacercadaacupunturae20 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05destilar a teoria para um princpio verdadeiro. Isto se refle-te em alguns textos clssicos Japoneses acerca da acupuntura.No Shinchi Sho (O Livro do Tratamento por Acupuntura), afir-ma-seque,Htcnicadedisperso,masnohtcnicade tonificao na acupuntura. Outro clssico, Shindo Happi,(DescobrindoosSegredosdaAcupuntura)escritoporKengyouAshiwaraprximodofinaldoperodoEdo,intro-duzaidiadequetodasasdoenasseoriginamdeumpatognico(Ja).7.OEstadoMentaldoPraticanteOestadomentaldopraticantesemprefoiconsideradoimportantenaprticadaacupunturaJaponesa.Humanti-goditadoquedizqueaMedicinaainteno(domdi-co)(decurar)(I-waI-nari).Aprticadamedicinadeveseramanifestaododesejodopraticantedeajudarospaci-entesqueestosofrendo.AverdadeiracuranopoderocorrerseopraticanteestiverpensandoQuantodevoco-brardestepaciente?NoBudismo,salvarpessoasdosofrimentoetrazer-lhesalegriaumatodecompaixo(BakkuYoraku).Oestadomentaldeumacupunturistatambmdeveserdecompai-xo. Muitos acupunturistas habilidosos na Era Edo falaram arespeitodaimportnciadotreinomentaldopraticante.Oclssico Shindo Hiketsu Shu afirma que, O princpio de nos-saescolardaratenoaoestadomentaldopraticantedurante a insero da agulha. Se possuir uma mente tranquilaeinabaladaporpensamentoscomuns,(otratamento)pode-rsernatural,livre,espiritual,ilimitadoemisteriosamenteefetivo.O clssico Shindo Happi tambm afirma que, Acima detudo,deve-sepraticarocontroledesuamente.Quandoforcapazdeacalm-la,poderfazeroquequiser.NovolumeKaidendoclssicoJaponsdaAcupuntura,SugiyamaShindenRyu,istoilustradodaseguinteforma:Apsterefetuadocomsucessoatcnicadetonificaoedisperso,opraticantealcanarumestadomentalchama-doShinsei(alcancedamente).Eleposteriormenteafirmaque,Apsopraticantetrazerocorpodopacienteparaoestadoquedeveriaestar,ocorpoentraremumestadodefuso onde no se poder mais classific-lo em conceitos deFrio, Calor, Deficincia, ou Excesso. Este estado chamadoKonka (estado de fuso) e quando ocorre, o momento ondepoderremoveraagulha.Para transmitir a essncia de seus ensinamentos, os auto-res dos textos de acupuntura tradicional Japonesa concluamseutrabalhocomumpoemaclssicoJapons(Waka).EstespoemasparticulareseramchamadosDouka(poemasacer-ca Do Caminho). Citarei alguns dos mais famosos abaixo.Quandoatirarsemretiraroarcoeliberarafleche,poderno acertar o alvo, mas tambm no ir err-lo.Shindo Hiketsu Shu (Compilao de Segredos da Acupuntura)AmentedeumapessoapodeseramentedoBuddhaouKami (o esprito Shinto), ento, por que as pessoas desperdi-amsuamente(compreocupaesepensamentosinsignifi-cantes)?ShindoHappi(DescobrindoosSegredosdaAcupuntura)No importa o quanto se tenha estudado incriveis teorias, senoforcapazdedominarsuatcnica,nosercapazdedispersar o Jaki.KasuyaChuiSenseiDensho(RegistrodosEnsinamentosdoSenseiKasuyaChui)O ponto secreto de acupuntura de minha escolar se localizaem si mesmo (seu ego) e reside em sua mente.KasuyaChuiSenseiDensho(RegistrodosEnsinamentosdoSenseiKasuyaChui)8.PalavrasFinaisNest eart igot ent eiexpl icarascaract erst icasdaacupunturatradicionalJaponesa.Euacaracterizeimaiscomo uma arte do que como uma cincia. Discuti sua hist-riaeexploreiasinflunciasdanaturezasobreamesma,assimcomoaimportnciadoestadomentaldopraticante.AacupunturaJaponesatemsidoforadaasemodificarpara se manter prxima do tempo atual e das necessidadesdas pessoas. Como resultado, ela se desenvolveu em diver-sas direes, incluindo a incorporao de mtodos cientfi-cosemodernos.EmboranasuperfcieaacupunturaJa-ponesatenhadealgumaformasemodificado,elaaindaretm suas caractersticas bsicas e seus conceitos.QuandometorneidiscpulodoMestreYokotaKanpu,older de nosso grupo de estudo Mui-Jyuki tinha uma srie deregras. Uma delas era, Um membro que no possui a men-tedeuminvestigador,devedeixarnossogrupo.Posterior-mente,Mestr eYokotaabrandouestaregradizendo,Estu-dantesdevemseesforarparamelhorarecrescerjuntos.Eleperceberaqueostemposmudaramesersimplesmenterigorosonoencorajaosalunos,masosafasta.Temsetor-nado mais e mais difcil ser um investigador sincero Do Cami-nho.Entretanto,emnossogrupodeestudo,nosesforamosembuscarmaisprofundamenteaessnciadoqueaacupunturaJaponesaepassaresteconhecimentoparaaprximagerao.Devemosprimeiroolharparanossaspr-prias tradies. Acredito que isto nos ajudar a nos comuni-car melhor com praticantes Chineses assim como com o restodomundo.*Traduzido por Takahashi HideoOura Jikan nasceu em 1955 e estudou direito na Keio University.Formou-se na Goto College of Medical Arts and Sciences em 1992.Em 1993, abrira sua prpria clnica de acupuntura, Robou-an. atualmente Chefe do Estado Maior na seo de reabilitao doHospital Utsunomiya-Higashi e director da clnica Robou-an.Tambm pesquisador convidado do Kitasato Institutes OrientalMedicine Research Center e professor mestre da Association ofSeekers for Healing (Iyashi no Michi Kyokai).21 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 0522 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05Algumas aplicaes incomunsdo Canal do Coraopor Giovanni MaciociaJOURNALOFCHINESEMEDICINE,NUMBER53,JANUARY1997(traduoautorizada)ArtigoO Corao abriga oShen e a mais importante aplicaoclnicadoCanaldoCoraotratarproblemasmentais-emocionais. Este artigo, todavia, explorar a aplicao clni-cadoCanaldoCoraoparaoutrosdistrbios,especifica-mente: Coceira Distrbios do tero Dores nas costas nos homens Nuseaevmito Acalmarosnervosnaasma Tremores Distrbiosoculares Distrbios urinriosCoceiraPontosdoCanal doCoraopossuemefeitomarcantena interrupo do prurido (coceira). Os dois principais pon-tos para isso so C7 (Shenmen) e C8 (Shaofu), sendo o lti-mo mais forte nesse efeito. Utilizar o Canal do Corao paracoceira equivalente a utilizar er vas que acalmam a mentee nutrem o Corao, as quais tambm interrompem coceira,a exemplo do Ye Jiao Teng (Caulis Polygoni Multiflori) ou doBa Zi Ren (Semen Biotae Orientalis).Eliminarcoceiraextremamenteimportantenotrata-mento de eczema e recomendada comoprimeira estratgiadetratamentoaseradotada,poisoarranharresultantedacoceiraperpetuaadoenacausandoescoriaodapeleepossveisinfeces.DisfunosexualnoshomensOCanaldoCorao-ShaoyinrelacionadoaoCanaldo Rim-Shaoyin, de acordo com a teoria dos Seis Canais. tambmindiretamenterelacionadoaoprprioRim,atravsdoVasoGovernador(DuMai)edoVasodaConcepo(RenMai).AmbospassampeloCoraoeoriginam-senoespao entre os rins. Tanto Du Mai quanto Ren Mai exercemprofundainfluncianasexualidadeenafunosexual,in-cluindodesejosexual,excitaosexual,ereo,manuten-o da ereo e ejaculao. Alm disso, o Vaso Penetrador(Chong Mai) inicia no espao entre os rins seguindo para oCorao,etambmcontrolaosmsculoszongnoabd-men1, o qual muitos interpretam como sendo o pnis. Assim,especialmentenasexualidadedoshomens,podemosconsi-derar o Corao como um Rim Superior, influenciando v-rias das funes sexuais acima. Aceitando isso, fica fcil com-preendercomoestressemental-emocionalafetandooCora-oinfluenciaprofundamenteafunosexualnoshomens.Outraconexoimportanteentreafunosexualdoshomens e o Corao concerne ao Fogo Ministerial do MingMen.OFogoMinisterialumtipoespecialdefogoquepodegerargua:assim,ofogoeaguanosRinssoinseparveiseinterdependentes.OFogoMinisterialaquecee nutre o aposento do esperma. Quando o Fogo Ministeri-al deficiente, o aposento do esperma fica frio, podendocausar impotncia e falta de libido. Quando o Fogo Ministe-rial excessivo, pode incendiar para cima afetando o Cora-oeoPericrdio.Oaposentodoesperma,localizadodo Dantian tambm chamado de Bao, um termo que seaplica para homens e mulheres e , portanto, erroneamentetraduzido como tero (tero Zi Bao). Nas mulheres, otero est relacionado ao Campo Inferior do Elixir (Dantian)oqualnohomemabrigaoaposentodoesperma.OGoldenMir rorofMedicine2afirma:OVasoGovernadorsur gedentrodoabdmeninferior,externamentenoabd-men,internamentenoBao...tambmdenominadoDantianem homens e mulheres: nas mulheres o tero, nos homens o aposento do esperma3. Este trecho mostra claramente queBao a estrutura comum a homens e mulheres, sendo o teronasmulhereseoaposentodoespermanoshomens.Osva-sos maravilhosos surgem desta rea. Podemos, portanto, con-siderar o Pericrdio (Xin Bao) e o aposento do esperma (JingShi, tambm denominado Bao) como dois centros de sexuali-dade,umlocalizadonoAquecedorSuperioreooutronoAquecedor Inferior. a coordenao destes dois centros quecontrolamasexualidade,eespecificamentenohomem,alibido,aereo,oorgasmoeaejaculao.Estesdoiscen-tros, o Corao e o Pericrdio acima e o Fogo Ministerial doRim abaixo, regulam a ascendncia e descendncia do fogoedaguaemutuamenteinibemenutremumaooutro.Portanto, nos homens, podemos utilizar pontos do Canaldo Corao para tratar disfunes sexuais como impotnciaouejaculaoprecoce,quesoquasesemprecausadaspor uma disfuno do fogo do Corao (deficiente ou exces-sivo)enoporumadeficinciadoRim.Issoexplicaopor-qu de substncias que tonificam fortemente o Rim (por exem-plo: chifre de veado, pnis canino, pnis de foca ou cavalo-marinho)seremraramenteefetivos.Os principais pontos para tratar disfunes sexuais soC7 (Shenmen) e C3 (Shaohai). Geralmente combino o pontoC7(Shenmen)comospontosdeaberturadoDuMai.Umexemplodecombinaodepontosparaumhomemrecla-mandodeimpotnciaouejaculaoprecoce,numcontextodeproblemasmentais-emocionaisseriaID3(Houxi)noladoesquerdo, B62 (Shenmai) no lado direito e C7 (Shenmen) no23 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05ladodireito,comF3(Taichong)noladoesquerdo,casoopulso esteja em cor da, ou R3 (Taixi) se houver tambm defici-ncia do Rim e o pulso estiver fraco e fino.OteroO Corao intimamente conectado ao tero atravs dovaso do tero (Bao Mai) e isso explica a profunda influnciacausadanoteropelosproblemasmentais-emocionaisqueafetam o Corao. O Su Wen4 afirma O vaso do tero per -tence ao Corao e se estende ao tero e Quando os pe-rodos no vm, significa que o vaso do tero est obstrudo5.O tero tambm relacionado aos Rins atravs de um CanalchamadodeCanaldotero(BaoLuo).OSuWen6afir maO Canal do tero se estende ao Rim.Assim,menstruaonormalefertilidadedependemdoestadotantodoRim(especialmentedaessnciadoRim)quanto do Corao (especialmente sangue do Corao e Qie Yang do Corao). Caso algum destes seja deficiente, podeentohaverinfertilidadeouamenorria.Arelaoentreosangue do Corao e o tero muito importante: o Coraogovernasangueeoteroarmazenasangue.ApesardeamaioriadosginecologistasenfatizaropapeldosanguedoFgadonarelaocomotero,algunscolocamnfasenosanguedoCorao.Destemodo,quandoqueremnutrirosangue em problemas ginecolgicos, estes ginecologistas ironutrirosanguedoCorao,utilizandopontoscomoC7(Shenmen) e B15 (Xinshu). Alm disso, o famoso ginecologis-tadadinastiaQing,chamadoFuQingZhuafirmouqueoGuiCelestial(Tiangui,i.e.sanguemenstrual)derivadaessncia do Rim, porm r equer assistncia do Yang do Cora-o, o qual deve fluir para baixo para comunicar-se essn-cia do Rim. Portanto, tonificar o Corao ir necessariamenteauxiliar a essncia do Rim a produzir sangue menstrual.Esta,provavelmentearazopelaqualGuiPiTang(Decocopara Restaurar o Bao), a qual nutre o sangue do Corao,umafrmulaimportanteemproblemasginecolgicos.Dr. Yao Shi An menciona vrios padres de desarmo-niadoCoraoqueafetamafunoginecolgica7:As mulheres so propensas a desenvolverem estagna-odeQi,aqualmuitasvezessetransformaemfogoeafeta o Corao. O fogo segue para baixo e perturba o ReneChongMai,omardesanguesetornaimprudenteeissopode resultar em perodos pesados ou sangramento excessi-vo e corrimento (beng lou). O Ji Yin Gang Mu afirma FogoqueimaoCorao,sanguesetornaimprudenteecausasangramentodirecionadoparabaixo8.Sentimento de tristeza por um longo perodo de tempopodecausardeficinciadeYindoCorao;amenteficasem residncia e isso faz com que o Yang do Corao flutuee pode resultar em menorragia. O Su Wen9afirma Tristezaleva ao rompimento do Canal do tero; quando for cortado,oYangQiagitadonointerioreoCoraocausamenorragia.QuandooQidoCoraoserebelaparacima,eledificulta a descendncia do Qi do Pulmo. Assim, o Qi nopode descender e comunicar-se ao vaso do tero, resultandoem amenorria. O Su Wen10 afirma Se os perodos no vmisto significa que o vaso do tero est fechado... o Qi sobeparamolestaroPulmo,oQidoCoraonodescendeeos perodos no ocorrem.Excesso de trabalho enfraquece o Yin do Corao, oque leva ao Calor-vazio. Isto tambm pode causar amenorria.O Secret Record of the Orchid Room11 afirma Esforo mentaleestresseenfraquecemoCorao,ofogodoCoraoau-menta e os perodos no ocorrem.O fogo no Canal do Corao, quando presente, sobeparaafetaroCoraoeaboca,eabaixopodecausardescargavaginalexcessiva.ChenZiMingafirmaFeridasvaginais em mulheres so devidas mente inquieta, ao Co-raocaticoeaoQidoEstmagofraco,resultandoemestagnao de Qi e sangue. O Su Wen12diz Dor, coceiraeferidassodevidosaoCorao.Excessodepensamentostristesepreocupaoagi-tam o Corao, o fogo imperial se move e falha ao comuni-car-secomosRins,guaefogonosecomunicameainfertilidadepodeocorrer.WangYuTaiafirmaExcessodepensamentoepreocupaopodemtornardifcilparaumamulherconceber.OCoraoabrigaamente;excessodepensamentofazoCoraovirar-separaoexterior,ofogoimperialnopodedescender,altoebaixonosecomuni-cam,guaefogonosecomunicameinfertilidadepodeocorrer13.Aps a concepo, sangue e Yin so desviados paraanutriodofeto,earelativadeficinciadeYinesangueemoutrasestruturaspodedarlugaraCalor-Vazioqueas-cende para perturbar o Corao e causa inquietude mental.ODiscussionofGynaecology14afirmaQuandooCorao afetado por calor no sangue, o Qi do Corao no lmpidoeissopodecausarinquietudemental.PreocupaoagitaoCoraoecausaumpartodif-cil. O Gynaecology of the Bamboo Grove15 afirma QuandooCoraoafetadoporpreocupaoepensamentostris-tes,Qiesangueestagnamoufluemparadireoerrada;em muitos casos isto causa um parto difcil.OlivroExplanationofAcupuncturePointsrecomendatonificar C8 (Shaofu) para prolapso vaginal ou dor e coceiranavagina16.OGreatDictionar yofChineseAcupuncture17menciona C5 (Tongli) para perodos pesados ou sangramentoexcessivoecorrimento(benglou),especialmenteemcombi-nao com F2 (Xingjian) e BA6 (Sanyinjiao).DoresnascostasemhomensFreqentementeutilizopontosdoCanaldoCoraoparadoreslombaresnoshomens.Arazoamesmada-quela dada para o uso desses pontos para problemas sexu-ais masculinos: o Corao como um Rim Superior e, por-tanto,naturalmenteinfluenciaaregiolombar.AchoqueopontoC7(Shenmen)omelhorparaestafuno,porque,apesardesuaaoindiretanoCanaldoRim(portantonaregiolombar),tambmapresentaumefeitoanti-espasm-dico geral, assim relaxando os msculos. Normalmente, com-bino estes pontos com os pontos de abertura do Du Mai (po-24 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05rm, somente se a dor decorre da regio espinhal). Um exem-plodeumacombinaodepontosadequadaseriaID3(Houxi) na esquerda, B62 (Shenmai) na direita, C7 (Shenmen)nadireitaeR4(Dazhong)naesquerda.Casoadorsejaunilateral,utilizoR4(Dazhong)noladodadoreC7(Shenmen)noladooposto.Nusea/vmitosApesardenuseaevmitosseremsemprerelaciona-dos ao fato de o Qi do Estmago estar ascendendo ao invsdedescender,oQidoCoraotambmapresenta(oude-veria apresentar) um movimento descendente. O Explanationof Acupuncture Points afirma: Quando o Qi do Corao serebela para cima, ocorre eructao ou vmitos: isto significaque o Qi do Corao est pleno; tonificar o ponto gua [C3(Shaohai)]farcomqueoQidescenda18.Omesmotextorecomendaespecificamenteestepontoparanuseaevmi-tos19, e r ecomenda C5 (Tongli) para vmitos com fludos amar-goseC7(Shenmen)paravmitoscomsangue20.OGreatDictionaryofChineseAcupuncturetambmmencionaC6(Yinxi)paravmitocomsangueeC1(Jiquan)paravmitoseco.Alm disso, o Canal do Corao intimamente relaci-onadoaoepigstrio;defato,antigamenteadistinoentredordoCoraoedorepigstricaeraumpoucoconfusa.Alis, isto corroborado pela medicina moderna, que reco-nhece que os sintomas de um infarto cardaco incipiente po-demmuitasvezesseassemelharaosdaindigesto.Assim,se o Qi do Corao ascende ao invs de descender, nuseae vmitos podem acontecer (os quais podem ocorrer na faseprodrmicadoinfartodocorao).Estaprovavelmentearazo pela qual PC6 (Neiguan), atuando no Corao, umponto to importante para nusea e vmitos. Quanto ao CanaldoCorao,C5(Tongli)omelhorponto,emboraVC15(Jiuwei) ou VC14 (Juque), por atuarem no Corao, tambmsejamefetivos.AcalmarosnervosnaasmaPontosdoCanaldoCoraopodemserutilizadosparatratarataquesagudosdeasma.Istoocorreprovavel-mente devido ao efeito antiespasmdico, uma vez que estespontos presumivelmente relaxam os msculos brnquicos, ali-viandoabroncoconstrio.Nestecaso,portanto,ospontosdoCanaldoCoraonosoutilizadosparaacalmaramente,maspararelaxaremamusculaturabrnquica.Oprincipal ponto utilizado C7 (Shenmen) para Qi rebelde efogo do Corao que causam falta de ar21. Pontos do CanaldoCoraotambmauxiliamnaasma,poisajudamares-taurar a descendncia do Qi no trax. O Zhen Jiu Da ChengrecomendaC7(Shenmen),BA9(Yinlingquan),B60(Kunlun)eVB41(Zulinqi)parafaltadear22.TremoresPontosdo CanaldoCoraopodemserutilizadospara acalmar tremores na doena de Parkinson. Existem duasrazes principais para que isto ocorra: primeiramente o efei-toantiespasmdicomencionadoacima;emsegundolugar,por quepontosdoCanaldoCoraoironutriroYinnosbraoseentoauxiliaraaliviartremoresnomembro(umavezqueVento,especialmenteemidosos,derivadodade-ficincia de Yin). Os principais pontos so C7 (Shenmen), C6(Yinxi)eC5(Tongli).Ventotambmpodedarorigemaes-pasmos,contraeseador mecimento,eo GreatDictionar yofChineseAcupuncturerecomendaopontoC3(Shaohai)paracontraturadamoeadormecimentodobrao23.JoelhosO Su Wen menciona uma combinao de pontos parainchao e dores nos joelhos: ID2 (Qiangu), C8 (Shaofu), R2(Rangu)eB66(Tonggu)24.OspontosdoCanaldoCoraoafetamosjoelhosprimeiramenteporcausadarelaocomoCanaldoRim,eemsegundolugar,porqueessespontospodemserutilizadosparalimparCaloreesfriarosanguedemaneirageral.Portanto,estespontossonormalmenteutilizadosquandoojoelhoestinflamadoeinchado.Omelhor ponto C5 (Tongli).OlhosTantooCanalprimrioquantooluo-conexodoCora-o fluem para os olhos, e os pontos do Canal do Coraopodem,portanto,serutilizadosparaproblemasnosolhos,especialmentequandosodevidosinflamao.Omelhorponto C5 (Tongli) para olhos vermelhos e doloridos (devidoa fogo do Corao) e C7 (Shenmen) para olhos doloridos eamarelados25.DistrbiosurinriosO Canal do Corao pode ser utilizado para problemasurinriosporcausadaconexodesteCanalcomoCanalda Bexiga; o Canal do Corao interiormente-exteriormen-teconectadoaoCanalIntestinoDelgado-Taiyang,oqualpossuiumaconexoalto-baixocomoCanaldaBexiga-Taiyang,deacordocomateoriadosseiscanais.OCanaldo Corao particularmente usado para problemas urinriosLindevidosaocalordoCoraoquetransmitidoaoIn-testino Delgado e Bexiga. O ponto principal C8 (Shaofu),emcombinaocomID2(Qiangu)eB66(Tonggu).Ocasio-nalmente, o fogo do Corao se combina ao fogo do FgadoparacausardistrbiosurinrioseospontosprincipaisparaestepadrocombinadosoC8(Shaofu)eF2(Xingjian).OExplanationofAcupuncturePointsrecomendaC8(Shaofu)(com mtodo de disperso) para distrbios urinrios26.NOTAS FINAIS1. O termo msculos zong pode se referir tanto ao p-nis quanto ao msculo reto abdominal; o primeiro mencio-nado no captulo 44 e o ltimo no captulo 45 doSu Wen.2. Yi Zong Jin Jian, 1742.3.Citadoem:ChineseMedicineResearchInstituteandGuangzhouCollegeofChineseMedicine1980.ConciseDictionar y of Chinese Medicine (Jian Ming Zhong Yi Ci Dian),PeoplesHealthPublishingHouse,Beijing,p.186.4. Captulo 33.25 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 055. Concise Dictionary of Chinese Medicine, p. 197.6. Captulo 47.7.JournalofChineseMedicine(ZhongYiZaZhi),Vol.37, no. 6, 1996, p. 328-9.8.Ibid.9. Captulo 44.10. Jour nalofChineseMedicine (ZhongYiZaZhi),Vol.37, no. 6, 1996.11.LanShiMiCang, TheSecretRecordoftheOrchidRoom.12.Captulo74.13. Jour nalofChineseMedicine (ZhongYiZaZhi),Vol.37, no. 6, 1996, p. 328-9.14.NuKeJingLun,DiscussionofGynaecology,citadoem Jour nal of Chinese Medicine (Zhong Yi Za Zhi), Vol. 37,no. 6, 1996.15. ZhuLinNuKe,GynaecologyoftheBambooGrove,citadoemJournalofChineseMedicine(ZhongYiZaZhi),Vol. 37, no. 6, 1996.16.YueHanZhen1990 AnExplanationofAcupunctur ePoints(JingXueJie),PeoplesHygienePublishingCompany,Beijing, p. 143. O texto foi primeiramente publicado duranteadinastiaQing.Material traduzido pelo Dr. Gustavo Silveira, Acupunturista eFisioterapeuta, com reviso e comentrios do Dr. Reginaldode C. S. Filho, Acupunturista e Fisioterapeuta.17.YangJiaSan1988Gr eatDictionaryofChineseAcupuncture(ZhongGuoZhenJiuDaCiDian),BeijingPhysical Training College Publishing House, Beijing, p. 827.18. AnExplanationofAcupuncturePoints,p.137.19. Ibid, p. 137.20. Great Dictionar y of Chinese Acupuncture, p. 419 and456.21. AnExplanationofAcupuncturePoints,p.142.22. Citado em Great Dictionary of Chinese Acupuncture,p.737.23. Ibid., p. 236.24. 1979 The Yellow Emperors Classic of Inter nal MedicineSuWen(HuangDiNeiJingSuWen),PeoplesHealthPublishing House, Beijing, primeira publicao c. 100 BC, p.322.25. AnExplanationofAcupuncturePoints,p.141-2.26. Ibid., p. 143.26 Medicina Chinesa Brasil Ano II no 05ResumosCientficosSeis PesquisasChinesasSelecionamosseisinteressantespesquisascientficasrealizadasnaChinaedivulgadasemfontesdiversas.TrsagulhascombinadascomtreinamentodereabilitaonotratamentodehemiplegiapsderrameHanD.X.,ZhuangL.X.,ZhangYFonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Terceiro Hospital Afiliado Zhejiang UniversityofChi neseMedi ci ne,Hangzhou310005,Chi na([email protected])Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo:AvaliaroefeitodaterapiaSanzhendeJin(Trs Agulhas de Jin), combinada com treinamento de reabi-litaopararecuperarafunomotoradosmembrosdepacientescomhemiplegiaporderrame.UtilizadaaescaladeFugl-Meyer.Mtodos: Mtodos: Mtodos: Mtodos: Mtodos:254pacientesambulatoriaiseinternadosdesetehospitais,acometidosdederrame,foramdivididos,randomicamente,emgrupoSanzhen(GSZ)(n=83),gru-podereabilitao(n=84)egrupocombinado(n=87).AAcupunturafoiaplicadaaosacupontosdeSanzhende Jin, incluindo Quchi (IG 11), Waiguan (TA 5) e Hegu (IG4);Futu(E32).Zusanli(E36)eSanyinjiao(BA6)etc.Asagulhas de acupuntura foram retidas por 30 minutos aps oDeqi.Otreinamentodereabilitaoincluiumovimentopassivodas articulaes, treinamento de levantar-sentar, estmulo pormeiodebatidas-presso,treinamentodemarchaetc.Foramrealizadasdiariamente,cincosessesporsema-na,durantequatrosemanas.AescaladeFugl-Meyercompostade100pontosrefe-rentes s sesses das extremidades superior e inferior foi uti-lizadaparaavaliarafunomotoradospacientes.Resul t ados Resul t ados Resul t ados Resul t ados Resul t adosNo28diadetratamento,dos83,84e87pacienteshemiplgicosacometidosnosgruposdeGSJ,reabilitaoecombinado, 48 (57.8%), 31 (36.9%) e 50 (57.5%) apresen-tarammelhorasignificativaemseussinaisesintomasclni-cos;26(31.3%),44(52.4%)e31(35.6%)apresentarammelhora;e9(10.8%),9(10.7%)e6(6.9%)falharamnotratamento, com o total de taxa efetiva sendo 89.2%, 89.3%e93.1%,respectivamente.Ovalordodficitneurolgico(VDN)dogrupocombinadofoisignificativamenteinferiorquele do grupo de reabilitao (P


Recommended