Memoria do ConventoDe José Saramago
No capítulo anterior:
Viagem de Baltasar e Blimunda até Monte Junto, para examinarem a máquina voadora.
Caderno de Apoio ao Exame
Porto Editora
Personagens:
o D. João V
Capítulo XXIo Encomenda de D. João V
ao arquiteto Ludovice para construir uma basílica como a de S. Pedro na corte portuguesa. Porém, Ludovice desencoraja o Rei e convence-o a construir um convento maior em Mafra.
o Conversa de D. João V com o guarda-livros sobre as finanças portuguesas e preparativos para o aumento da construção do convento em Mafra.
Capítulo XXI
o Procura de mais trabalhadores para o cumprimento da vontade real e, com medo da morte, o rei establece a data de sagração do obra para 22 de outubro de 1730, dia do quadragésimo primeiro anoversário do rei.
o Chegada de um maior número de trabalhadores a Mafra (500).
“Quando D. Maria Bárbara leva por suas próprias mãos uma das estatuazinhas que ornamentam a cimalha, a corte aplaude. Quando por suas mãos próprias colocar D. José a cruz cimeira do zimbório, pouco falta para que se ajoelhem todos quantos estão, que este infante é que é o herdeiro.”
Pág. 381
“No dia seguinte, D. João V mandou chamar o arquitecto de Mafra, um tal João Frederico Ludovice, que é alemão escrito à portuguesa, e disse-lhe sem outros rodeios, É minha vontade que seja construída na corte uma igreja como a de S. Pedro de Roma, e, tendo assim dito, olhou severamente o artista.”
Pág. 382
Citações:
“Enfim o rei bate na testa, resplandece-lhe a fronte, rodeia-a o nimbo da inspiração, E se aumentássemos para duzentos frades o convento de Mafra, quem diz duzentos, diz quinhentos, diz mil, estou que seria uma acção de não menor grandeza que a basílica que não pode haver.”
Pág. 385
Citações: