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Deus, conhecer-te eu quero mais!
Revista do/a Professor/a
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EXPEDIENTE Cruz de Malta. 2015.1Estudos Bíblicos para Jovens – Revista do/aProfessor/a
Publicada sob a responsabilidade do
Colégio Episcopal da Igreja Metodista, peloDepartamento Nacional de Escola Dominical.Produzida pela Igreja Metodista.
Colégio EpiscopalAdonias Pereira do Lago – Bispo presidente
Secretaria para Vida e MissãoJoana D’Arc Meireles
Coordenação Nacional de Educação CristãEber Borges da Costa
Departamento Nacional de Escola DominicalAndreia Fernandes OliveiraLuiz Virgílio Batista da Rosa – Bispo Assessor
Equipe de RedaçãoMarcelo Alves da SilvaRoseli OliveiraAndreia Fernandes
Colaboradores/asAna Carolina Chizzolini AlvesEber Borges da CostaJuliana CostaKennie Ladeira MendonçaLuis Fernando CarvalhoRosana PiresRoseli OliveiraSilvio Cezar José Pereira Gomes
RevisãoRenata Gusmão Alves Dias
Projeto Gráfico e EditoraçãoAlixandrino Design
Departamento Nacional de Escola Dominical:Av. Piassanguaba, 3031 – Planalto Paulista04060-004 – São PauloTel. (11) 2813-8600 Fax. (11) [email protected]
Site: http://ed.metodista.org.br/
ESTUDOS
Um convite do Espírito Santo
Disciplinas Espirituais: resgatando aespiritualidade bíblica
Ler a Bíblia: eu preciso!
Meditação: mente de mãos dadascom o coração
Oração em todo tempo!
Oração: aprendendo com o Mestre
Desabafar para não pirar
Eu confesso?
Perdoar: um ato de fé!
Jejum: exercício da fé e renúncia
Estudar a Bíblia: conhecer e crer paraser
Aconselhar: exercício de comunhão
Solitude para saber lidar com a solidão
João Batista: exemplo de simplicidade
Alegrai-vos no Senhor! Quando?
Gratidão: exercício de humildade
Vida Devocional: uma marcametodista
Santa Ceia: Graça e comunhão
Culto doméstico?
Eis-me aqui ao seu serviço!
Disciplinas Espirituais: é possível seguiradiante...
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PALAVRA DO REDATORGraça e Paz!
É com muita alegria que lhe apresentamos mais uma edição daRevista Cruz de Malta, com uma perspectiva bíblica de que preci-samos desenvolver a nossa salvação e avançar na fé, prosseguin-do para o alvo que é Jesus Cristo (Filipenses 2.12; 3.14). Abordamosnessa Revista o tema das disciplinas espirituais, aqui apresentadasnão como disciplinas rigorosas e exaustivas que precisam ser prati-cadas por obrigação, mas tratadas como práticas espirituais que,se exercitadas como amor e temor, se tornarão meios de graçaatravés dos quais o Espírito de Deus se manifestará e nos vivifica-rá, promovendo transformação, restauração, maturidade e cresci-
mento espirituais.A prática dessas disciplinas nos ajudará a permanecermos na pre-sença do nosso Deus e nos levará, cada vez mais, a uma vida deintimidade com Deus, que deve ser o desejo de toda pessoa cristã.Essa Revista é um convite para, por meio das disciplinas espirituais,mergulharmos fundo em nosso relacionamento e comunhão como Pai, o Aba Pai (Gálatas 4.6).
Desejando que este objetivo seja alcançado, oferecemos estetrabalho a Deus e suplicamos por suas ricas bênçãos sobre cadaaluna e aluno, cada professora e professor, para que o Deus dasabedoria e graça inunde vossos corações com seu amor e lhesdê cada vez mais sede de Deus, para que possamos conhecer eprosseguir em conhecer ao nosso Senhor.
No amor de Cristo,Equipe de Redação da Revista Cruz de Malta
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Estudo 01: Um convitedo Espírito Santo
Texto bíblico: Ezequiel 47.1-5
Para começar
Se existe uma palavra que defina a atual geração no que diz res-peito a muitos assuntos, é superficialidade . Em alguns momentos,podemos afirmar que parte da nossa vida é bem superficial. Va-mos refletir um pouco sobre isso: quantos “amigos/as” você tem nasredes sociais? Com quantos destes, você estabelece vínculo deconfiança? Por quantas pessoas você passa todos os dias em suarotina? De quantas delas você sabe alguma informação íntima e/ou importante? E em relação às pessoas verdadeiramente impor-tantes para você, há quanto tempo você não dá atenção a elas,ou dedica um tempo para ouvi-las?
Provavelmente, a esta altura, você pode concluir que a superfi-cialidade é uma realidade. Portanto, torna-se importante dialogar-mos mais sobre este assunto e analisarmos se isso não tem atingidotambém nossa vida espiritual.
Preste atenção!
O texto da lição de hoje precisa ser analisado além dos versículoslidos (1 ao 5). Para compreendermos a “visão das águas que saíamdo Templo”, se faz necessário compreendermos o contexto, o ca-pítulo, o bloco em que o mesmo está inserido e a mensagem geraldeste livro profético.
Numa realidade de exílio, destruição de sua pátria e esperançade reconstrução, é que encontramos o texto de Ezequiel 47. Este
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Objetivo Geral:
Alertar sobre um perigodo nosso tempo: a superficiali-dade. Mal que tem se refletidoem todos os espaços da socie-
dade, inclusive na vida espiritu-al.
Objetivo específico:
Apontar que as disciplinas espi-rituais são um convite para o/acristão/ã sair da superfície e terum relacionamento com Deusmais profundo.
Para início de conversa
Professor/a, após a leitura dotexto bíblico proposto e antesde iniciar a explicação do mes-mo, faça as seguintes pergun-
tas à classe, a fim de promoveruma reflexão no decorrer daaula:
1- Se você pudesse medir a pro-fundidade desua vida comDeus, como sefosse um rio, em
que nível de pro-fundidade vocêestaria: comáguas até os tor-nozelos, joelhos,lombos ou sub-merso?
2- Em qual nível
Cruz de Malta - 5
capítulo faz parte do últimobloco do livro que fala do novoTemplo e, como consequência,do novo culto. O coração damensagem deste bloco é a im-portância do regresso de Deus
para o Templo. A presença di-vina no Templo era de granderelevância para o povo, tantoque no final do livro (Ezequiel48.35) há a afirmação “aqui ha-bita o Senhor”.
Em todo o livro, Ezequiel utiliza
uma metodologia educativapara o povo que regressará dadeportação. Toda esta visão fi-nal de Ezequiel dá continuida-de a esta metodologia, agoradescrevendo o novo Templode Jerusalém e apresentandoo novo culto que se deve ofe-recer a Deus após o regresso e
a reconstrução da casa do Se-nhor. Diante de uma situaçãode destruição do maior sím-bolo religioso daquele povo, e
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da impossibilidade de culto eadoração, discursar a respeitode águas que saem do Temploé trazer de volta a expectativade uma vida religada a Deus.
O capítulo 47, como já afirma-mos, faz parte da seção finaldo livro. Possivelmente, estamosdiante de uma das mensagensmais importantes do profeta.Nesta ocasião, o tema fun-damental é um rio que sai doTemplo, passando pela cidade,
e possui águas restauradoras(Salmos 46.4-5). A água é muitoimportante nas Escrituras por-que revela a nova vida que sur-ge da presença divina (confiraem Joel 3.18; Zacarias 14.8). Emuma sociedade rodeada dedesertos, a água se converteem símbolo de vida.
A finalidade teológica destebloco é apresentar a relaçãoideal entre Deus e seu povo Is-rael. O capítulo 47 é de sumaimportância, neste sentido, aorevelar que a presença divinafluiria abundantemente, como
um rio saindo do Templo. Este rioé medido por etapas até atingirtamanha profundidade, onde apessoa só poderia atravessar anado. Este é o ideal de relacio-namento com Deus ensinadopelo profeta: uma caminhadaque leva a níveis mais profun-dos na presença de Deus.
você deseja estar?
Faça este diálogo emforma de bate papo ou
distribua lápis e papel, a fim deque registrem suas respostas.
Esse registro poderá ser em for-ma de desenho ou em texto.Peça que o grupo compartilhesuas respostas e desenhos.
Após o período de quebra-ge-lo, inicie o estudo, que tambémcontém outras perguntas paraa provocação e reflexão dos/asalunos/as.
Por dentro do assunto
O livro do profeta Ezequiel temsua estrutura dividida em blo-cos, onde ele trata primeiro daquestão do exílio (capítulos 4 a
24), depois da restauração de
Judá e Jerusalém (Capítulos33 a 39), e traz ainda algumasprofecias dirigidas a cidades enações pagãs. O texto lido noinício desta aula (Ezequiel 47) faz parte do último bloco, quevai do capítulo 40 ao 48 e tratada “visão da nova Jerusalém e
do povo restaurado”. O livro fi-naliza com ênfase no ideal derestauração do culto a Deus.Para se entender a mensagemé fundamental a identificaçãode seu propósito.
Todo o livro do profeta Ezequieltem um fim educativo, visandoà reconstrução do Templo. Na-
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Na real
O povo de Israel naquele tempoe circunstância estava vivendouma situação de superficialida-de em seu relacionamento com
o Senhor. Em nossos dias, estasuperficialidade muitas vezestambém é mantida, quandonão colocamos a comunhãocom Deus em primeiro lugar emnossa vida. Precisamos compre-ender que o desejo de Deus éque seu povo busque um novo
relacionamento com ele, a par-tir de uma restauração do tem-plo (nossa vida) e invista numavida de profunda adoração aDeus e intenso envolvimentocom as questões do Reino.
O problema é que nós sabe-mos disso, falamos sobre esse
assunto, há livros e mais livrosreligiosos com esta finalidade,fazemos retiros, encontros, con-gressos para alcançarmos esteobjetivo, mas quando paramospara ver os resultados deste co-nhecimento na vida dos cristãose das cristãs, nos decepciona-
mos. Por quê? Porque algumasde nossas ações, contraditoria-mente, nos levam a uma espiri-tualidade superficial.
Vivemos na era do espetácu-lo, tudo o que é aparentemen-te bom é aceito. O que cha-ma atenção e reúne o maior
bucodonosor destruiuJudá, arruinou Jerusaléme incendiou o Templo. Opovo de Israel, após ter sofridoum duro golpe com esta inva-são, ficou exilado na Babilônia.
Após este período, retirado desua terra e cultura e distante deseus costumes, deixou de pra-ticar e oferecer culto a Deus,tornando-se um povo infiel.
A prática religiosa dos israeli-tas era intimamente ligada aolugar, por isso as palavras pro-féticas sobre a restauração davida com Deus diziam respeitoà reconstrução do Templo. As-sim, o regresso da glória divinaao Templo era requisito indis-pensável para a bênção dopovo.
Nos capítulos 40 a 48 são cum-pridas as promessas feitas an-teriormente em torno da res-tauração do Templo (conformeEz 20.40-44 e 37.23-28). Toda aobra de Ezequiel antes do ca-pítulo 40 enfatiza a infidelidadedo povo (Ez 20-13) e a saída daglória de Deus do Templo. Estesúltimos capítulos apresentamuma mensagem em contrapar-tida às mensagens anteriores.
O profeta tem a visão de águasque provém do Templo deDeus, o que é uma maneira deafirmar as virtudes restaurado-
ras do novo santuário, depoisCruz de Malta - 7
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das renovações e trans-formações pertinentes.Alguns leitores defendemque o referido texto tra-
ta apenas de uma figura delinguagem, ao afirmar que da
Casa de Deus fluíam águas. Naverdade, esta visão é mais doque simbólica, é real.
O profeta referiu-se a uma cor-rente que abastece de água acidade de Jerusalém, atravésde um canal subterrâneo queexiste até hoje. Esta correnteabastecia Jerusalém, mesmoquando a cidade estava sitia-da, como aconteceu em 701a.C., pelos assírios. Este canalde água foi construído, prova-velmente, pelo rei Ezequias (716-687 a.C.), e conduzia a água deGiom para o reservatório de
Siloé (1Rs 1.33; 2Rs 20.20). Navisão de Ezequiel, esta águanascia do Templo, tornando-seum poderoso rio que fertilizavaa terra seca de Canaã, e pro-duzia árvores frutíferas, peixes efolhas medicinais.
A água torna-se então, símbo-
lo de vida, símbolo da presen-ça de Deus. Para destacar essafundamental declaração te-ológica, o profeta se refere aotema da água em 14 ocasiões,o que indica e reitera que a ple-nitude e abundância saem damesma presença divina. É des-
sa concepção que vem a afir-8 - Cruz de Malta
número de pessoas é melhor.Quanto mais luzes e efeitossurpreendentes, mais interes-sante é. O conteúdo tem quedar espaço à apresentação ea aparência. Muitas vezes nos
preocupamos mais com o queas pessoas vão achar dos evan-gélicos e do evento promovido,do que com os frutos de trans-formação gerados pelo próprioEvangelho.
Além disso, cultuamos tudo o
que é imediato! Promovemosseminários e retiros que, por ve-zes, não resolverão os proble-mas de uma vida inteira. É ob-vio que é válido todo o tempoque passamos aprendendo so-bre a Palavra de Deus e sua ver-dade, mas uma espiritualidadeimediatista não é saudável. Os
resultados rápidos tornam-semais relevantes que o cresci-mento diário. Nessa realidade,o espetáculo toma o lugar daseriedade e a praticidade ficano lugar da qualidade.
O texto nos sugere quatro ní-veis de experiências: águasnos tornozelos, águas nos joe-lhos, águas nos lombos e águasprofundas. Quando estamosno primeiro e no segundo nível(tornozelos e joelhos) é precisodesejar, querer entregar-se àságuas, caminhar em direçãoao fundo. Com as águas neste
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nível, temos total controle doque fazemos e do que escolhe-mos. Portanto, são nossos pas-sos, nossas decisões que noslevarão em direção à presençade Deus ou não.
No terceiro nível (lombos) faz-senecessário um esforço maior.Por esta razão, é preciso se dis-por e persistir. Investir tempono que pertence a Deus, abrirmão do que impede de avan-çar, etc. Este nível é mais árduo
e requer a disposição de nãodesistir, ainda que a maré con-trária seja forte. Isto nos levaráao quarto nível: águas profun-das.
Nesta etapa os pés não tocamo chão, só é possível nadar e seentregar ao fluxo das águas de
Deus. Nesta etapa vivemos atotal e intensa dependência doSenhor. É o maior e mais incrívelnível de relacionamento comDeus: depender de seu agir esua vontade, onde a vida estátotalmente restaurada e entre-gue ao Senhor. Comparando
a mensagem do livro de Eze-quiel, atingir este nível profun-do é alcançar o ponto ideal derelação entre Deus e seu povo,quando o verdadeiro culto éestabelecido e o Templo, o lu-gar de adoração é reconstruí-do. Somente assim um profun-do relacionamento com Deus
mação que o Templo deJerusalém é a fonte dasbênçãos de Deus.
Ezequiel viveu em tempo deexílio. Vivenciou a deportação,
o tempo de destruição de Judáe da cidade de Jerusalém. Eledesejava a restauração da ci-dade, profetizava sua recons-trução e dias melhores. Estemesmo sonho de restauraçãoprecisa permanecer em nossoscorações e povoar nossas ora-ções. Em nossos dias, precisa-mos detectar este mal chama-do superficialidade e fazer comque ele seja anulado de nossasvidas e nossas igrejas locais.
Que o lugar de adoração aDeus seja refeito e que as pes-soas voltem a ter uma vida de
profundo relacionamento como Senhor. Não somente indivi-dual e particularmente, masque nossa tarefa também sejaa de levar esta máxima a outraspessoas: há um convite paraáguas mais profundas!
Por fim
Finalize o estudo levando os/asalunos/as a compreenderemque as disciplinas espirituais aserem estudadas nesta revistaserão o caminho para sairmosde uma espiritualidade maisrasa, mais superficial.
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pode ser vivido.
O que aprendemos?
Neste estudo aprendemos quea superficialidade é um fato em
nosso tempo e uma triste reali-dade no meio cristão. Podemosenfim pontuar:
- A valorização do espetáculoe de resultados imediatos nãoé saudável para quem desejarelacionar-se profundamente
com Deus.- O desejo de abandonar a su-perficialidade na vida cristã nosleva a vivermos um relaciona-mento profundo com o Senhore a cada dia mais intenso.
- Como no texto de Ezequiel
que estudamos, Deus desejaque haja a restituição do Tem-plo e do culto, ou seja, Ele an-seia por restabelecer o envolvi-mento com seu povo.
- É possível avançar para níveismais profundos no Espírito!
Atitude
Para nos servir de exemplo, po-demos citar o que conhecemospor “fast food”. Chegamos àlanchonete e escolhemos o nú-mero do lanche. Ao efetuarmoso pagamento já nos dirigimos à
fila ao lado, onde o pedido é
Relembrando a dinâ-mica do início da aula,destaque que o convite/desafio está posto a nós.
Incentive o grupo a aceitar taldesafio crendo que a graça de
Deus nos suprirá em todas asnossas dificuldades.
Incentive a participação nasquestões do “Bate-papo”, afimde que os alunos e alunassaiam com o desejo de aumen-tarem a intensidade de sua co-munhão com Deus.
Para saber mais
Professor/a, leia os textos paralelos:Gênesis 2.10-14; Joel 3.18; Zacarias14.8; Apocalipse 22.1; João 4.14.
Para meditar mais sobre o assun-to das etapas e da progressão davida cristã, leia o Sermão, número40, de João Wesley, “A perfeiçãocristã”.
Disponível no link: http://www.me-todista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/documentos-ofi-ciais/SERMAO_40_A_PERFEICAO_
CRISTA.pdf
Bibliografia
MONARI, Luciano. Ezequiel: um sa- cerdote-profeta. São Paulo: Paulinas,1992.
PAGÁN, Samuel. Ezequiel y Daniel.
Minneapolis: Augsburg Fortress, 2010.
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entregue. Em minutos, retiramos nosso pedido. Este tipo de aten-dimento é imediato, oferece grande quantidade de comida e sa-cia o desejo de comer. Porém, nem sempre é bem preparada. Àsvezes, a batata frita vem fria ou murcha. Mas, mesmo assim, todomundo come. É prático, mas não realiza a principal função no cor-po humano, que é fornecer os nutrientes que necessitamos e as
substâncias necessárias para a formação e manutenção das cé-lulas. O problema é que muitas vezes achamos que Deus trabalhacomo em uma lanchonete de “fast food”.
Enfim, a experiência de uma vida com Deus acontece por um pro-cesso. É uma caminhada de entregas, esperas e conquistas. Sãoetapas alcançadas dia a dia. Por não sabermos esperar, por ser-mos ansiosos, optamos pelo o que é mais rápido, e como conse-
quência, conquistamos coisas rasas.Olhando para nossa realidade, reconhecemos que sempre po-demos e devemos avançar mais em nosso relacionamento comDeus. É possível irmos em direção da profundidade, mas para queisso aconteça é necessário que nos envolvamos mais, avancemosno conhecimento e nos lancemos em busca de uma verdadeiravida espiritual.
Para alcançarmos níveis mais profundos, conheceremos e avan-çaremos dia a dia, praticando as disciplinas espirituais. Se as águasda presença divina em sua vida ainda estão nos tornozelos, é tem-po de passar para a próxima etapa. Se está nos joelhos, também.Caso as águas estejam nos lombos, é tempo de mergulhar em ní-veis mais profundos.
- Interesse-se mais por uma vida profunda com Deus (Oséias 6.3).Seja mais sensível para ouvir os convites do Espírito Santo e paraatendê-los;
- Expresse o seu desejo, sua vontade, dispondo-se e esforçando-separa se envolver com os assuntos concernentes ao Reino de Deus;
- Invista tempo para conhecer mais a Deus e sua Palavra;
- Busque ajuda se necessário for, e caminhe com quem te façacrescer;
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Bate-papoEm que nível de intimidadecom Deus você se encontrahoje? Cite uma atitude práticaque você pode tomar para al-cançar águas mais profundas.
O que você pode fazer para
ajudar um irmão ou irmã aavançar em sua vida comDeus?
Leia durante a semana
:: Domingo: Ezequiel 47.1-5:: Segunda-feira: Efésios 4.13-16:: Terça-feira: Apocalipse 22.1-5:: Quarta-feira: Filipenses 3.12-14:: Quinta-feira: João 4.7-14:: Sexta-feira: Joel 3.17-21
:: Sábado: Salmos 46 e Oséias 6.3
- Acompanhe as próximas lições para que você aprenda a cons-truir uma vida espiritual disciplinada.
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Estudo 02: DisciplinasEspirituais: resgatando aespiritualidade bíblicaTexto bíblico: 1 Coríntios 9.24-27
Para começarO desenvolvimento da nossa espiritualidade é um tema frequen-te nas páginas da Bíblia. Uma vida cristã saudável, equilibrada,é resultado de um caminhar contínuo na presença de Deus. Essecaminhar envolve atitudes que nos levam a crescer na fé, crescerna graça e adquirir uma maior experiência com o Senhor.
Este era um desafio apresentado pelo apóstolo Paulo aos cristãos eas cristãs de sua época. É um desafio apresentado a nós também,tendo em vista o fato de muitas pessoas cristãs não darem a devi-da atenção à sua vida interior e ao processo de crescimento quedevem desenvolver na presença de Deus.
Como vimos no estudo anterior, a superficialidade da vida cristãnos priva de desfrutar dessa comunhão profunda com o Senhor.Contudo, uma vida de disciplina espiritual nos levará cada vezmais ao encontro com Deus e ao cumprimento da sua vontade.
Aplicar-nos à prática destas disciplinas é o nosso desafio de hoje.
Preste atenção!
A igreja de Corinto enfrentava naquela época um grave conflitoespiritual que ameaçava, entre outras coisas, enfraquecer a co-munhão e a unidade da Igreja. Em meio a divisões e partidarismos(1 Coríntios 1,12; 3,4), imoralidade (1 Coríntios 5.1-13), contendas eameaças judiciais (1 Coríntios 6.1-11), Paulo inicia sua epístola lem-brando-lhes que foram chamados por Cristo para serem santos epara viverem em verdadeira comunhão com o Senhor (1 Coríntios1.2 e 9).
O apóstolo procura convencer a comunidade de que essas
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atitudes carnais demonstramfalta de espiritualidade e mes-mo depois de tanto tempo, ain-da continuavam crianças nafé, e que isso precisaria mudar(1 Coríntios 3.1-3).
A proposta de Paulo para com-bater esse comportamento elevá-los a este crescimento es-piritual é a autodisciplina. Oapóstolo usa a figura do atleta,usando uma linguagem espor-tiva, para falar de persistênciae esforço.
As culturas grega e romanalevavam a sério a prática doatletismo. Na própria cidade deCorinto eram realizados men-salmente os jogos Ístmicos, ce-lebrados desde 582.a.C, em ho-menagem ao deus Poseidon.
Paulo compara a vida cristã auma corrida de atletismo; nãobasta desejar o prêmio, é pre-ciso ter dedicação e esforço.Um atleta é aquele que estáem constante atividade, quepersevera para alcançar o seualvo.
Assim, a pessoa cristã deve seruma atleta de Cristo, que nãodesiste, mas se esforça para vi-ver uma vida cristã comprome-tida, e para tanto, deve trilhar ocaminho das disciplinas espiri-tuais.
Na real
O termo disciplina nem sempre
Objetivo Geral:
Apresentar as disciplinasespirituais como uma propostabíblica a ser vivenciada ou res-gatada.
Objetivo específico:
Auxiliar o grupo a perceber aimportância de desenvolveruma vida devocional diária,tendo as disciplinas espirituaiscomo ferramenta para o for-talecimento do seu relaciona-mento com Deus.
Para início de conversa
Após a oração e a leitura dotexto bíblico sugerido, pergunteaos alunos e alunas o que é dis-ciplina, e se isso é bom ou ruim.
Explore esse tema para além davida espiritual, mostrando que afalta de disciplina na vida comDeus, muitas vezes pode ser umreflexo da ausência desta dis-ciplina em outros aspectos davida.
Tenha cuidado para não trans-
formar esse estudo em algomoralista ou acusador. O signi-ficado de disciplina é bem maisamplo do que cumprir regraspor medo de punição. Discipli-na tem a ver com firmeza, comconstância, com assumir com-portamentos para o nosso bemestar.
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desperta interesse. Geralmen-te assimilamos disciplina comregras, obrigações, submissão.Embora estas palavras estejamrelacionadas, a disciplina es-piritual busca desenvolver um
crescimento, um amadureci-mento da nossa fé.
Há quem não dê a devidaatenção à sua vida devocionale não cultive hábitos regularesde oração, jejum ou leitura di-ária da Bíblia, tão essenciaisao desenvolvimento da nossa
espiritualidade. Muita gente se-quer reflete o quanto isso enfra-quece sua vida espiritual. Essaé, portanto, uma prática quedeve ser resgatada.
As disciplinas espirituais sãoferramentas que nos ajudama crescer. São meios de graça
que têm a finalidade de nos
Algumas vezes, algunscomentários ou leitu-ras tendem a nos levarpara assuntos diferentes. Procu-re conduzir a lição dentro dosobjetivos indicados. É muito im-
portante que a turma compre-enda a importância de adquirirou manter uma vida devocio-nal disciplinada.
Por dentro do assunto
Um olhar mais atento para a Bí-blia e para a história nos revelaque as pessoas que mais con-tribuíram para o crescimentodo Reino, foram aquelas quelevaram a sério sua vida devo-cional com Deus. As disciplinasespirituais eram vividas e prati-cadas por todas as pessoas de-sejavam permanecer unidas a
Cristo.Os ensinos de Jesus e dosapóstolos convidavam aspessoas para as discipli-nas do jejum, da oração,da adoração, do culto eCeia, e isso era presentena vida dos primeiros cris-
tãos e cristãs. Infelizmente,essa postura espiritual nãoé tão bem observada emnossos dias. É comum, en-contrarmos crentes queainda dizem não saberorar ou nunca ter jejuado,por exemplo.
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levar a um relacionamento maisprofundo com Deus.
Nas próximas lições estudare-mos as diversas disciplinas espi-rituais que precisamos cultivar.
Elas serão divididas em discipli- nas interiores, disciplinas exte- riores e disciplinas comunitárias .
1. DISCIPLINAS INTERIORES
As disciplinas interiores, comoo próprio nome diz, são aque-las desenvolvidas interiormentee que possuem a finalidade denos aproximar diretamente aDeus. São elas: oração, jejum,meditação, leitura da Bíblia,vida devocional e contenta-mento.
2. DISCIPLINAS EXTERIORES
Já as disciplinas exteriores, em-
bora contribuam para o nos-so processo de santificaçãoe também nos aproximem deDeus, são desenvolvidas no co-tidiano da vida, não somentedentro de mim, mas no mundoonde vivo, no meu espaço. Sãoelas: simplicidade, solitude, ser-viço e perdão.
3. DISCIPLINAS COMUNITÁRIAS
Estas, especificamente, neces-sitam do convívio com outraspessoas para poderem aconte-cer. Eu necessariamente preci-so do outro para realizar tais dis-ciplinas, que são: o desabafo,
aconselhamento, culto e Ceia
A ausência de uma vidadevocional diária contri-bui para a existência depessoas espiritualmen-
te adormecidos, fracas na fé.A falta de disciplina espiritual
afasta os crentes da Igreja, oufaz com que vivam um esfria-mento espiritual. As disciplinasespirituais são atitudes a serempraticadas como um exercíciodiário, que nos levarão a umamaior comunhão e aproxima-ção da vontade divina.
Entretanto, tais disciplinas nãopodem ser praticadas comoum peso na nossa caminhada,mas como resultado do reco-nhecimento da graça de Deusem nós. A função das discipli-nas espirituais é promover o nos-so bem estar.
As disciplinas espirituais nosaproximam de Deus e nos pre-param para sermos moldadospor Ele, conforme o seu querer.Por meio delas, o Senhor nostransforma e nos leva a um ver-dadeiro crescimento espiritual.
Por fimDialogue com a turma o as-sunto do bate papo e enfatizemais uma vez a importância demantermos uma vida devocio-nal disciplinada, a fim de cres-cermos espiritualmente diantede Deus.
16 - Cruz de Malta
7/21/2019 Metodista Revista Cruz de Malta Professor
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e culto doméstico.
O que aprendemos?
- Vimos que vida devocionalnão é técnica, mas, prática. Éespiritualidade vivida e pratica-
da;
- Que os crentes precisam per-manecer ou voltar à práticadesta verdadeira espiritualida-de bíblica;
- Que vida devocional nãopode ser vivida apenas com
Deus, mas ela acontece tam-bém na companhia de nossosirmãos, irmãs e da comunida-de.
Atitude
O nosso desenvolvimento espiri-tual depende da prática de to-das essas disciplinas. Nenhumaé melhor que a outra. Nenhu-ma substitui a outra. Mas todaselas nos levam a desfrutar deuma profunda experiência comDeus e uma vida de maior es-piritualidade devocional. Cha-mamos de disciplinas, porquesão ações que nós devemos fa-
zer, disciplinadamente.A prática das disciplinas espiri-tuais nos firma em Cristo e habi-lita para combater o bom com-bate. A falta desses exercíciosde fé nos impede de desfrutarde uma verdadeira e íntimacomunhão com o Senhor. O
desenvolvimento da nossa fé é
Enfatize que estudar so-bre disciplinas espirituaisnão é suficiente. A ver-dadeira disciplina é praticadae vivida e surge como resultadode um desejo interior e espiritu-
al de querer estar mais próximode Deus.
As disciplinas espirituais nãodevem ser praticadas comoum dever religioso, mas comoanseio de um relacionamentoíntimo e mais intenso com o Se-nhor.
Ao final da aula, proponha umdesafio para o grupo: A partirde hoje, construir um diário dasua vida espiritual. Como fun-ciona: neste diário, você po-derá simplesmente ir relatandosuas experiências diárias com
Deus através da oração, do je- jum e da prática de outras dis-ciplinas. Outra sugestão, é quevocê crie tópicos a ser aborda-dos em seu diário. Por exemplo,a cada dia você deverá anotarsuas experiências vividas, pro-curando responder as seguin-tes questões: 1- Ao estudar ouler a Bíblia hoje, o que vocêaprendeu sobre Deus; 2- Quaisforam os pedidos de oraçãoque você fez neste dia (anoteos principais e coloque a data);3- quais foram os pedidos deoração que Deus respondeu(acrescente a data); 4- Anotem
outros que julgar importantes.Cruz de Malta - 17
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Bate-papoNo que esse estudo contribuiupara sua vida devocional?
Leia durante a semana
:: Domingo: 1 Coríntios 9.24-27:: Segunda-feira: 2 Pedro 3.14-18:: Terça-feira: Filipenses 2.12-16:: Quarta-feira: Tito 2.11-15:: Quinta-feira: Oséias 6.3:: Sexta-feira: Isaías 44.3-4:: Sábado: Salmo 63.1-8
Inicie este diário de ca-minhada espiritual ava-liando o estado atualda sua vida com Deus e
observe as mudanças/avançosque você alcançou. Lembre-se
de louvar a Deus por isso.
A finalidade deste diário é terum apoio neste processo de dis-ciplina e atestar o quanto cres-cemos quando estamos dispo-níveis para crescer.
Bate papo
Dialogue com a turma sobre asperguntas do bate papo:
- No que esse estudo contribuiu(ou não) para sua vida devocio-nal?
Para saber mais
Leia a matéria publicada em:www.ultimato.com.br/revista/artigos/345/disciplina-na-vida--crista-um-conceito-a-ser-res-gatado.
Bibliografia
FOSTER. Richard J. Celebração da dis- ciplina: o caminho do crescimentoespiritual. Tradução: Marson Guedes.São Paulo, Editora Vida: 2ª ed. 2007.
essencial para permanecermosfirmes diante de toda e qual-quer situação.
A prática destas disciplinas exi-ge esforço, dedicação, persis-
tência e vontade de crescer nacomunhão com Deus. Este é ocaminho para o crescimentoespiritual!