Metodologia a utilizar nas Metodologia a utilizar nas aulas práticas de Protecção aulas práticas de Protecção
Integrada de Citrinos e Integrada de Citrinos e MacieiraMacieira
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO- Ácaros:(identificação das espécies presentes)
- ovos de inverno - retirar na altura da poda segmentos da árvore com suspeita de presença de ovos de inverno de ácaros: unidade de amostragem=> 80 gomos(10 árvores/ 4 segmentos/2 gomos) - colocação em placas com vaselina e observação das eclosões
(3xsemana)- NEA 1000 /ovos/ amostra de 120 gomos (670 ovos)
- percentagem de ocupação - observação visual semanal das folhas do 1/3 inferior do ramo unidade de amostragem=>80 folhas(10 árvores x 8 folhas)
- NEA 50-65% folhas ocupadas/ amostra de 100 folhas(52% folhas ocupadas)
(DGPC, 1995)
(DGPC, 1995)
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO- Afídeos:(identificação das espécies presentes)percentagem de ocupação - observação visual semanal de orgãos(rebentos, inflorescências, infrutescências) a partir do estado C unidade de amostragem=>60 folhas (3 orgãos x 20 árvores)
- identificação das espécies- percentagem de ocupação- nº de afídeos- nº de auxiliares e sua identificação- utilização do somatório de temperaturas (?)
- NEA (para uma amostra de 100 orgãos):- D. plantaginea -1 a 2% de inflorescências ocupadas
- 2 a 5% de rebentos infestados- A. pomi - 10-15% de orgãos ocupados
- NEA (para técnica das pancadas) : - D. plantaginea -10 a 30 afídeos - A. pomi - 25 a 50 afídeos
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO- Bichado-da-fruta (Cydia pomonella L.):
- Evolução das populações- na armadilha sexual - emergências em laboratório - somatório de temperaturas
- Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de folhas e frutosa partir do registo de temperaturas crepusculares > 15 graus unidade de amostragem=>60 folhas (3 folhas x 20 árvores)
=>60 frutos (3 frutos x 20 árvores)- Evolução do grau de ataque da fruta no chão - fruta caída ao pé das árvoresunidade de amostragem=>30 árvores (3 conjuntos de 10 árvores)
NEA:- 0,5 a 1% de frutos atacados (para uma amostra de 1000 frutos)(20 frutos x 50 árvores)
- 2-3 machos adultos/ha(armadilha)/semana
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO- Mosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wied.):
- Evolução das populações- na armadilha sexual/ curva de voo
NEA - 10 adultos/garrafa mosqueiras/semana (alimentar ou com tridemelure)
- Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de frutos
unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores)- contagem e determinação do número de larvas/fruto (kg)
NEA - 2 a 3 frutos atacados (retirado dos citrinos)
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCOTraça oriental (L. molesta ):- Evolução das populações- na armadilha sexual/ curva de voo
Grau de ataque nos rebentos- observação visual semanal de rebentos unidade de amostragem=> 60 rebentos (3 rebentos x 20 árvores)
- contagem e determinação e análise da evolução da percentagem de rebentos atacados
- Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de sintomas de ataque nos frutos
- contagem e determinação e análise da evolução da percentagem de frutos atacados
unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores)
NEA - não existe (pode-se adoptar o da mosca da fruta):- 10 adultos /armadilha/semana- 2 a 3 frutos atacados
(DGPC, 1996)
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCO
Oídio (Podosphaera leucotricha (Ell. et Ev.)Salm.)Pedrado (Venturia inaequalis (Cke) Wint.):
- Objectivos:- prospecção das peritecas e estudo da sua maturação*- avaliação da importância dos ascósporos na disseminação da doença**
- Metodologia:- 100 folhas com peritecas (5 folhas x 20 árvores)- colocação de lâminas vaselinadas nas árvores
* pedrado/peritecas - recolha de folhas com pedrado (Outono / Inverno), com observações a partir de Fevereiro (10 peritecas /folha)
**pedrado/ascósporos - queda pluviométrica, levantamento de 2 lâminas,e observação ao microscópio das projecções
MACIEIRAS - ESTIMATIVA DO RISCOAuxiliares:
- Objectivo:Conhecimento dos principais auxiliares existentes nesta cultura
- Metodologia:- técnica das pancadas (realizada quinzenalmente)
- observação visual (larvas de dípteros predadores e quinzenalmente em 100 rebentos infestados de afídeos contagem de larvas de sirfídeos, cecidomídeos e taquinídeos)
- contagem de ácaros fitoseídeos, na nervura central das folhas (quinzenalmente em 25 folhas)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO- Ácaro vermelho dos citrinos (Panonycus citri (Mc Gregor)
- percentagem de ocupação e nº de formas móveis/folha - observação visual semanal das folhas, do 1/3 médio do rebentos, determinação do nºde folhas ocupada, por escovagem unidade de amostragem=>100 folhas(5 folhas x 20 árvores)
-NEA = 30-50% folhas ocupadas/ amostra de 100 folhas
- percentagem de ocupação das folhas e os estragos nos frutos- observação visual semanal igual à anterior e avaliação semanal dos estragos
unidade de amostragem=>100 frutos(5 frutos x 20 árvores)
NEA = estragos nos frutos
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Afídeos:
- identificação das espécies- percentagem de ocupação (através do uso de círculo de d= 56cm)- nº de afídeos- nº de auxiliares e sua identificação- utilização do somatório de temperaturas para determinação doaparecimento das diferentes espécies de afídeos
percentagem de ocupação - observação visual semanal:- do número de círculos ocupados (suficiente um rebento dentro ocupado)- percentagem de rebentos atacados unidade de amostragem=> 20 árvores (2 círculos em cada)
=> 5 rebentos x 20 árvores
- NEA (para uma amostra de 100 rebentos):- Toxoptera aurantii- 25 % de rebentos infestados- Aphis citricola - 5-10 % de rebentos infestados
Afídeos
(DGPC, 1996)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Cochonilhas (identificação das espécies):
1- cochonilha algodão (P. citri Risso)2- cochonilha negra (S. oleae Bern)3- cochonilha vírgula (L. beckii New.)
observações de aferição no início do estudoobservação de frutos (1 e 3)- observação visual semanal unidade de amostragem (1) => 120 a 180 frutos (6-9 frutos x 20 árvores)
(3) => 140 frutos (7 frutos x 20 árvores)
observação de folhas (2)- observação visual semanal unidade de amostragem (2) => 100 folhas com 40 cmde ramo
- NEA :- P. citri - 5 a 10% de frutos atacados- S. oleae - 3-5 ninfas jovens /folha ou 3- 4 fêmeas adultas/40 cm de ramo- L. beckii - 2-3 % frutos atacados
Cochonilhas
(DGPC, 1996)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Mosca branca dos citrinos (Aleurothrixus floccosus Maskell)
observações do nº de rebentos atacados - semanalmente colocar círculosnas árvores e contar os rebentos atacados unidade de amostragem => 2 círculos x 20 árvores
NEA: 70% de círculos atacados
determinação do grau de parasitismo - recolha semanal de folhas e observação à lupa, com demarcação de círculos de 1cm, com observaçãodo nº de ninfas de moscas brancas parasitadasunidade de amostragem => 40 folhas (2 folhas x 20 árvores)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCOMosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wied.):
- Evolução das populações- nas garrafas com feromona sexual/ curva de voo unidade de amostragem=>2 armadilhas /pomar (distanciadas 25 m)
NEA - 10 adultos/garrafa mosqueiras/semana (alimentar ou com tridemelure)
- Grau de ataque nos frutos- observação visual semanal de frutos
unidade de amostragem=> 60 frutos (3 frutos x 20 árvores)- contagem e determinação do número de larvas/fruto (kg)
NEA - 2 a 3 frutos atacados
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCO - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella Staiton)
Evolução das populações- placas cromotrópicas / curva de voo unidade de amostragem=>2 placas/pomar (na direcção dos ventos dominantes)
Estudo do ciclo biológico - início de rebentação com marcação de rebentos com 1 cm de comprimento e observação visual semanal commarcação do encontrado (nº de ovos, larvas, pupas)unidade de amostragem=>20 rebentos (5 rebentos x 4 orientações)
Determinação do grau de ataque e evolução ao longo do tempo- rebentosmedidos desde a 1ª folha até à gema apical, com avaliação de estragos semanal provocados pela mineira (tabela)unidade de amostragem=>20 rebentos (5 rebentos x 4 orientações)
Mineira dos citrinos
(DGPC, 1996)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCOMíldio ou aguado (Phytophtora spp.):
- Objectivo:Estabelecer uma relação entre os níveis de inócuo de Phytophtora no soloe a possibilidade de ocorrência de epidemias
- Metodologia:- amostra de solo à profundidade de 5 a 15 cm na rizosfera das
árvores
NEA: nível de inócuo superior a 20 propágulos / g de terra
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCOAuxiliares:- Objectivo:
Conhecimento dos principais auxiliares existentes nesta cultura
- Metodologia:- técnica das pancadas (realizada quinzenalmente)= 100 ramos
- observação visual de 100 rebentos infestados de afídeos contagem delarvas de dípteros predadores (sirfídeos, camemídeos, cecidomídeos e taquinídeos)
- contagem de ácaros predadores (fitoseídeos e stigmatídeos), na nervuracentral das folhas (semanalmente em 60 folhas (3 folhas x 20 árvores)
- prospecção de parasitóides de P. citrella (prospecção e recolha de folhasou rebentos infestados ou com estragos e colocação em caixas para tentarobter emergências de parasitóides)
CITRINOS - ESTIMATIVA DO RISCOInfestantes:- Objectivo:
Conhecimento dos principais infestantes existentes nesta cultura
- Metodologia:- estimação visual, numa escala de 1 a 5, de acordo com uma
escala de abundância/coberto similar à de Braun-Blanquet
Infestantes
(DGPC, 1995)
Acetatos das aulas de Protecção Acetatos das aulas de Protecção Integrada de CitrinosIntegrada de Citrinos
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• ACIDENTES:
• As geadas: folhas e frutos
Protecção contra as geadas: - conservação do calor
- processos de agitação do ar
- cobertura com palhas
- fornalhas; queimadores
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• Outros acidentes:- Queimaduras do Sol - pincelagem dos ramos
- Granizo - tratamentos preventivos com calda bordalesa
ACIDENTES FISIOLÓGICOS:
- Asfixia radicular - plantação superficial e drenagem
- Cloroses / Doenças de carência -ensaios com nutrientes
- Mancha de óleo nos frutos (Oleocellosis) - causa: roçar dos frutos nos ramos por acção dos ventos =>arejamento da copa; colheita do fruto maduro e adequado manuseamento no pomar e na embalagem
- Fendilhamento da casca - rega regular dos pomares
- Empolamento da casca- causa:nutrição em N=>nutrição e colheita no cedo
- Queimaduras / Tratamentos fitossanitários - substituição de
tratamentos e cuidadosa preparação das caldas
- Gomose- (exudados) causa: adubações e m.o => porta-enxertos resistentes; drenagem; evitar ferimentos do tronco e sua pulverizaçãocom caldas com fungicidas
- Mancha de água - recolha precoce do fruto e evitar ventos e geadas
- Frutos secos - evitar colheita tardia
- Acidentes de armazenagem - evitar algumas condiçõesnefastas
ACIDENTES FISIOLÓGICOS:
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• VÍRUS:
- Tristeza - 10 milhões de árvores - Argentina
6 milhões Brasil
mais recente em Espanha
sintomas:amarelecimento das folhas e ramos terminais (de cima para baixo e do centro para a periferia); morte das radicelas sem a sua substituição. (Método de Bitancourt - Brasil (tintura de iodo)
Como evitar: tratamentos aficidas (eliminação dos vectores)
porta enxerto resistente ou sobre-enxertia em limoeiro
VECTORES:
- Toxoptera citricicola
- Aphis gossypii
- Myzus persicae
VÍRUS: Tristeza (Fases:)1. Introdução do vírus na parte aérea (sem sintomas visíveis)
2. Expansão tolerada do vírus
3. Descida do vírus para a parte inferior dos ramos, do tronco e também no cavalo
4. Desagregação dos tubos crivosos
5. Suspensão da alimentação pelas raízes e utilização as reservas
6. Enfraquecimento das raízes e sua morte 7. Depauperamento progressivo da árvore
- Psorosis (A “palhetas”e B “escamação”) - sintomas: frutos com manchas circulares ,
abundante exudação de gomacomo evitar - enxertia de borbulhas de árvores isentas ou resistentes; aplicação de caldas cúpricas ou permanganato depotássio a 1%
- Xiloporosis ou Caquexia sintomas:aparecimento de depressões arredondadas no lenho engrossamento (joelho) do cavalo; lenho com aspecto de crivocomo evitar - enxertia tangelo Orlando - testagem
- Ferrugem de cabeça de prego (leprosis) - sintomas: aparecimento manchas ovais com aspecto vidradocomo evitar - luta química com calda bordalesa ou sulfo-cálcicae emulsão oleosa com dicofol
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• FUNGOS:
- Gomose (Phytophthora spp.)sintomas: casca do colo base do tronco destaca-se em placas e exudação gomosa
abundante; ataque do tronco em todo o seu diâmetro=> cessa passagem de seiva
como evitar: resistentes; evitar terrenos argilosos e mal drenados; aplicação de calda bordalesa e fosetil; evitar contacto água com o colo; não enxertar junto ao solo
- Míldio ou aguado (Phytophthora hibernalis )sintomas: necroses originadas do ápice; mancha desbotada com cheiro
característico
como evitar: casca podas de arejamento; fungicidas sistémicos; solo bem drenados
- Bolores (Penicillium digitatum e italicum)-sintomas: franja larga/estreita, branca, pastosa/pulvererenta; parte centralazulada.
como evitar: evitar ferimentos da epiderme; revestimento dos frutos com parafina;papel embebido em fungicida (difenil); tratar frutos com fungicidas(tiobendazol, oxicloreto de cobre+zinebe); vigiar Mosca-da-fruta;
FUNGOS:Antracnose (Colletotrichum gloesporioides)sintomas: seca da ponta de ramos novos; manchas circulares nos frutos.
como evitar: poda das partes atacadas; adubação equilibrada; químicos (folpete, manebe e zinebe)
Alternariose (Alternaria citri)sintomas: amadurecimento precoce; parte apical negra; apodrecimento do eixo
central;
como evitar: poda de ramos secos; rega; fertilização; evitar feridas epidérmicas
Fumagina (Pleosphaera citri)sintomas: vive na matéria açucarada de mosca branca e afídeos; manchas de cor
negra.
como evitar: poda de arejamento, eliminação de pragas produtoras de melada e aplicação de fungicidas
Outros (Armillaria mellea e Rosellinea sp.)
sintomas:desenvolvimento de micélio branco sobre raízes e troncos; depauperamento rápido das árvores
como evitar: desinfecção de solo suspeito; destruição de árvores atacadas; evitar enterramento de restos lenhosos à plantação.
BACTÉRIAS:- cancro (Phytomonas citri Hanse) - - pinta- negra (Phytomonas syringae Bery)
sintomas: desenvolvimento de pequenas manchas escuras; nos ramos pequenasmanchas de cor castanha- avermelhada
meios de luta: culturais - evitar feridas; plantação de sebes- químicos - fungicidas cúpricos
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• NEMÁTODOS:
- Tylenchulus semipenetrans Cobb (endo)
- Radophilus similis (Cobb) Thorne (ecto)
SINTOMAS:clorose; folhas pequenas, queda de ramos, morte prematura dos ramos, frutos pequenos.
MEIOS DE LUTA - uso de árvores isentas; análise prévia do solo; nematodicida
COCHONILHAS DOS CITRINOS FAMÍLIAS MAIS IMPORTANTES
-Diaspididae:
- Lepidosaphes
- Chrysomphalus
- Aonidiella
- Pseudococcidae:
- Pseudococcus
- Planococcus
- Coccidae:
- Coccus
- Saissetia
- Ceroplastes
- Margarodidae: Icerya
COCHONILHAS DOS CITRINOS-Algodões:
-Margarodidae - Icéria (Iceria purchasi Mask)
- Pseudococcidae - Algodão (Pseudococus citri Riso)
- Escamas ou Lapas:
- Coccidae
-Lapa da laranjeira (Cocus hesperidiumL.)
-Cochonilha preta (Saissetia olea Bern)
-Carrapeta branca(Ceroplastes sinensis del Guercio)
- Diaspididae
-Vírgula (Lepidosaphes beckii New.)
-Pinta-amarela(Chrysomphalus dictyospermi Morg.)
-Escama vermelha da Califórnia(Aonidiella aurantii)
PREDADORES E PARASITAS DOS CITRINOS- I. purchasi - Rodolia cardinalis Muls. pre
- P. citri - Cryptolaemus montrouzieiri Muls pre
- Leptomastix dactyolopii How. par
- C. hesperidium - Metaphycus flavus How par
- Coccophagus lycimnia e sautellaris(Walk.) par
- S. oleae -Chilochorus e Exochomus bipustulatus L.pre
-Metaphycus flavus e helvovus Howard par
- C. sinensis - Scutellista cyanea Motsch par
- Exochorus quadrispustulatus L. pre
- L. beckii-Chilocorus bipustulatus/Hemisarcoptes pre
-Aphitis lepidosaphes par
- Exochorus quadrispustulatus L. pre
PREDADORES E PARASITAS DOS CITRINOS
- C. dictyospermi - Aphitis chrysomphali Mercet par
- Aspidiotiphagus lounsburyi Bel. par
- Chilocorus bipustulatus L. pre
- Lindorus lophantae Blais pre
- Hermisarcoptes spp. pre
- A. aurantii - Aphitis chrysomphali Mercet par
- Aphitis lingnanensis Comper par
- Aphitis melinus De Basch par
- Q. perniciosi - Prospaltella perniciosi par
PROTECÇÃO INTEGRADA DOS CITRINOS
• Mosca-da-fruta (Ceratitis capitata Wield)
• Traça-dos-citrinos (Prays citri Mill)
• Mosca-branca dos citrinos
Aleurothrixus floccosus Mask => Cales noacki
• Afídeos:
- Aphis spyraecola Patch
- Toxoptera aurantii Boy
- Aphis gossypii Gliver
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
• Poseima Madeira - Comissão Fitossanitária Permanente das Comunidades Europeias - 1993/98
“Programa de luta contra os organismos prejudiciais às plantas e produtos vegetais da Ilha da Madeira”
- relação hospedeiro-praga- bioecologia- estratégias de luta
Zero vegetativo dos citrinos - 12,8 graus centígrados
O equilíbrio hídrico dos citrinos é influenciado pela humidade relativa e exerce influência directa e indirecta não só sobre os citrinos como também sobre a biologia da mosca-branca-dos- citrinos
CICLO DE VIDA: ovo - 1º instar - 2º instar - 3º instar - 4º instar - 5º instar - adulto
8dias 4dias 11dias6dias 13dias
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
• Factores decisivos na abundância da mosca-branca-dos-citrinos:
– hospedeiro
– temperatura
– humidade relativa
– vento
– chuva
– organismos diversos (auxiliares)
Tem numerosas gerações anuais e elevado potencial biológico
A sua caracterização morfológica permite entender:- relação funcional das ligações entre os diferentes estádios da praga- repercussões da sua acção na fisiologia das plantas- interpretação das respectivas susceptibilidades perante condicionalismos agro-ecológicos- compreender a ineficácia dos tratamentos vulgarmente utilizados na luta contra este organismo e outras pragas dos citrinos
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
• Actividade glandular e excretora da mosca-branca-dos-citrinos:
– AG - produção de diferentes tipos de secreções cerosas sobre os estados imaturos e adultos- contribuem Par a sobrevivência e rápido aumento populacional da espécie
– AS - associada ao regime alimentar - acumulação e excreção de substâncias - MELADA
Ciclo de Vida (48 dias):- 1200 espécies de aleurodídeos a nível mundial- insectos hemimetabólicos (metamorfoses simples) com 4 ínstares ninfais-humidade >70% e temperatura =25 C- armadura bucal picadora-sugadora (ninfa-adulto)-a pupa é um estado de transição entre os imaturos e adultos onde se vêm os esboços das estruturas e não há alimentação- reprodução ovípara (100 a 200 ovos)- adultos permanecem na página inferior das folhas e as fêmeas limitam-se a realizar a postura, realizando voos curtos quando perturbadas
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
• Relações fenológicas:
- ritmos de rebentação anual (folhas jovens e tenras) têm profunda influência na existência e abundância da mosca-branca-dos-citrinos (inata apetência com maior facilidade que proporciona à armadura bucal)
- depende estreitamente do estado fenológico do hospedeiro
- ao contrário dos afídeos (com maior abundância Primaveril) é relativamente pouco abundante quando estes aparecem mas continua nos pomares durante todo o ano com flutuações em geral moderadas.
A fenologia exerce influência sobre:
- postura
- capacidade de sobrevivência dos diferentes estados de desenvolvimento
- taxa de multiplicação
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
Postura na página inferior com maior incidência nas folhas jovens e em geral em círculo. As fêmeas inserem os ovos através da superfície das folhas (abertura dos estomas) mediante o pedúnculo que os ovos possuem.
• Relação fisiológica:
- é estabelecida entre os ovos e a planta hospedeira que permite a não perda de água e o desenvolvimento dos ovos
• Número de ovos depositados depende não só da fecundidade individual mas também do condicionalismo do ambiente:
- temperatura
- idade e estado fenológico das folhas
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)
• Melada - associada à secreção de substâncias cerosas produzidas pela alimentação das ninfas do 1º ínstar (recém eclodidas) com coloração amarelo-pálida e translúcidas que se fixam perto das nervuras
• Ninfas do 2º ínstar:
- maiores dimensões
- segmentação do abdómen mais nítida
- desenvolvimento de secreções a cobrir o corpo
- maior quantidade de substâncias excretadas com a retenção da melada no dorso do organismo
• 3º ínstar:
- produção abundante de secreções
- filamentos sofrem enrolamento
MOSCA BRANCA DOS CITRINOS(Aleurotrixus floccosus)• 4º ínstar:
- forma elíptica
- coloração amarelada
- maior acentuação da segmentação
- maior nitidez da margem do corpo e da estrutura vasiforme
- secreções cerosas com grande desenvolvimento
Praga dos citrinos com marcado efeito alarmista - porque mesmo com infestações intensas as folhas não ficam deformadas e enroladas e depois de lavadas parecem perfeitamente sãs
ADULTO - insecto pequeno de corpo amarelado e asas translúcidas que se tornam brancas pelas secreções cerosas dando-lhe um aspecto pulvorento
• Coexistência de diferentes estadios resulta :
- na mesma planta resulta da sobreposição de gerações
- da elevada variação que se observa na duração do desenvolvimento de cada estado
Abundância / Dispersão:
Ceilão; Birmânia; Indonésia; Filipinas; Japão; Austrália; Arábia Saudita; Espanha; Portugal (Açores, 1996; Algarve, 1994).
Biologia / Ciclo de vida:
Ovo - larva (L1; L2; L3; L4) - crisálida - adulto (Verão: 14 a 17 dias)
Prejuízos:
viveiros e pomares jovens (enfraquecimento; atraso crescimento das árvores)
Meios de luta:
Luta Cultural - Fertilização Invernal com limitação da rebentação (< N )
Luta Química - Óleos de Verão + insecticidas (diflubenzurão, imidaclopride; lufenurão)
Luta Biológica - Citrotichus phyllocristoides
Cirrospolus quadristriatus
Ageniaspis citricola
MINEIRA DOS CITRINOS(Phyllocnistis citrella Staiton)
Determinação do grau de ataque:
30 Árvores / parcela
5 rebentos / 4 orientações (desde a 1ª folha até à gema apical (4cm)
registo do:
- nº de ovos;
- nº de larvas L1, L2 e L3;
- nº de pupas.
Avaliação do grau de ataque:
Índice - % folhas atacadas
0 - 0
1 - menos de 25
2 - 25-50
3 - 50-75
4 - + 75
MINEIRA DOS CITRINOS(Phyllocnistis citrella Staiton)
Medidas culturais :
- evitar podas severas
- evitar regas em excesso
- evitar adubações desequilibradas
Medidas químicas :
- proteger rebentações novas (pomares novos)
- proteger rebentação da Primavera e do fim do Verão (pomares adultos)
NEA :
- árvores jovens: 10-15% de rebentos com L1 e L2
- árvores adultas: 20-25% de rebentos com L1 e L2
MINEIRA DOS CITRINOS(Phyllocnistis citrella Staiton)
1. Aphis spyraecola = Aphis citricola Van der Goot
ataca laranjas e mandarinas
Danos visíveis:
- deformação e enrolamento das folhas
- rebentos atacados interrompem crescimento
- produz abundante melada => formigas
Biologia:
- polífago
- hospedeiro invernal (Spirea) e como hospedeiro secundário os citrinos
- reprodução partenogenética
Ciclo de vida:
Ninfa (recém nascida)- ninfa áptera- adulto áptero- ninfas aladas (4 mudas)- adulto alado
AFÍDEOS DOS CITRINOS
2. Toxoptera aurantii Boyer de Fons.
Danos visíveis:
- gemas florais e frutos recém formados caem
- folhas endurecem e deformam-se ligeiramente
Biologia:
- polífago
- ciclo anual sem formas sexuadas (anonocíclico)
- hospedeiro Invernal (Citrinos e Pittosporum)
- > abundância na Primavera
- ataca mais o limoeiro
abdómen estridulatório movimentos ritmados da colónia
Ciclo de vida:
Ninfa (recém nascida) - ninfa áptera (2estados) - adulto ápetro - ninfas aladas - adulto alado
AFÍDEOS DOS CITRINOS
asas com pterostigma ou placa distal negra
3. Aphis gossypii Glover
Previsão do aparecimento:
- Somatório de temperaturas com a observação semanal de 100 rebentos (2 rb x 50 A)
Avaliação dos rebentos atacados (grau de ataque):
Índice - Nº de rebentos atacados
0 - 0
1 - 1-2
2 - 3-6
3 - +6
AFÍDEOS DOS CITRINOS
Amostragem SimplesSomatório (nº de círculos atacados)(20 A x 2 C)
Amostragem IntensivaSomatório (nº de rebentos atacados por círculo)(20A - nº reb atacados em 20) (2C x 20 A)
100+ rebentos atacados
NEA:
Aphis gossypii Glover - Obs. visual (2reb x 50 A) - Primavera / Outono
- 30% Reb. Atacados
Toxoptera aurantii Boyer de Fons. - Obs. visual (2reb x 50 A) - Abril / Junho
- 25% - 30% Reb. Atacados
Aphis citricola Van der Goot - Obs. visual (2reb x 50 A) - Abril / Junho
Clementinas - 5% - 10% Reb. Atacados
Laranjas - 5% Reb. Atacados
outros afídeos - Obs. visual (2 Circ. x 20 A) - Primavera / Outono
Clementinas - 50% Círculos atacados
Laranjas - 70% Círculos atacados
AFÍDEOS DOS CITRINOS
Têm em atenção a fauna auxiliar
ÁCAROS:
- FITÓFAGOS
- PREDADORES
- SAPRÓFAGOS / INFIFERENTES
TETRANIQUÍDEOS - ácaros vermelho dos citrinos (Panonichus citri Mc.Gregor)
- aranhiço vermelho (Tetranychus urticae Koch
T. telarius L.)
ERIOFÍDEOS - ácaro dos gomos (Eriophyes sheldoni Ewing)
TENUIPALPÍDEOS - ácaros planos ( Brevipalpus californicus;
B. phonicis - laranjeira
B. lewisi - limoeiro)
ÁCAROS DOS CITRINOS
Biologia:
- fêmea arredondada e de cor vermelha escura ou púrpura
- corpo no dorso com pelos compridos com base dilatada
- picadas provocam descoloração dos órgãos atacados
- desfoliações nos casos mais graves (elevadas populações; baixa Humidade e vento; deficiência do sistema radicular ou seca)
(Verão e Outono)
- vive sobre folhas, frutos e ramos verdes
- ciclo de vida completo num mês
- > abundância Agosto / Novembro e menos na Primavera
Ciclo de vida:
ovo - larva - protocrisálida - deutocrisálida - protoninfa - deuteroninfa - teliocrisálida - adulto
ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaro vermelho (Panonichus citri Mc. Gregor)
> alimentação
Luta química:
- acaricidas específicos / resistência
- óleos de Verão
- piretróides usados contra afídeos
- fosforados contra coccídeos
Luta biológica:
- insectos:
- neurópteros (Conluentzia psociformes)
- coleópteros (Stethorus punctillum)
- ácaros fitoseídeos: Euseius stipulatus Athias -Henriot
ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaro vermelho (Panonichus citri Mc. Gregor)
Biologia:
- polífago de ar livre e estufa/ herbáceas e lenhosas (Clementinas e limoeiro)
- colónias desenvolvem-se na página inferior
- coloração amarelo-ferrosa das folhas e frutos (bigode)
- produz sedas / colónias
- zonas frias hiberna sob a forma de fêmea adulta 8no solo ou sobre espontâneas)
- ciclo de vida de 10 dias
- temperatura óptima = 30 0 C
- Inverno: fios - solo
- Primavera - rebentos jovens
Ciclo de vida:
ovo (amarelo) - larva (amarela com olhos vermelhos) - protocrisálida - protoninfa - deutocrisálida - deuteroninfa - teliocrisálida - macho e fêmea - adulto (roxo)
ÁCAROS DOS CITRINOS Aranhiço roxo (Tetranychus urticae Koch)
Luta química:
- acaricidas / formas vivas / molhar bem as folhas
Luta biológica:
- coleópteros (Stethorus punctillum)
- ácaros fitoseídeos
ÁCAROS DOS CITRINOS Aranhiço roxo (Tetranychus urticae Koch)
Biologia:
- adultos de cor branco amarelada com 2 pares de patas
- corpo vermiforme e anelado (65-70 anéis)
- prefere limoeiro pela sua floração escalonada
- deformação das gemas e frutos
- ciclo de vida no Verão de 15 dias e no Inverno de 30 dias
- humidade = 100%
Ciclo de vida:
ovo - larva - ninfa - adulto
Luta química:
- acaricidas /abrolhar dos gomos / Primavera
Luta biológica:
- ácaros fitoseídeos (T. phialatus)
ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaros dos gomos (Eriophyes sheldoni Ewing )
Biologia:
- adultos de corpo achatado / cor vermelha/ manchas pretas no dorso
- não tece teias e possui patas curtas (imóveis)
- preferência frutos jovens que abortam pela sua acção
- manchas com aspecto prateado a acastanhado (folhas , rebentos e frutos)
- nos frutos provoca necroses e por vezes a sua escarificação
Ciclo de vida:
ovo - larva - ninfa - adulto
Luta química: Luta cultural: destruição de infestantes e rega
- enxofre
- acaricida específico
Luta biológica:
- Crisopa ; Coccinelídeos (S.punctillum); Euseius stipulatus
ÁCAROS DOS CITRINOS Ácaros Planos (Brevipalpus sp.)
•Gafanhoto verde ou fanelóptera (Phaneroptera nana Fieb.)
•Formiga negra (Tapinoma nigerinum Nye)
•Tripes das estufas (heliothrips haemorhoidalis Bouché)
•Traça dos enxertos ( Ephestia vapidella Manneiheim)
•Cetónia ou Besouros (Oxithyrea)
•Coehos e Ratos
OUTROS PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS DOS CITRINOS
ESTIMATIVA DO RISCO( relação % de ocupação /estragos nos frutos )
P. citri e T, urticae - Fev em diante :Obs. visual de 100 folhas (2f x 50 A ou 25f x25A)com escovagem e contagem de formas móveis
- Set em diante: Obs. visual de 100 frutos (2Frut x 50A)
NEA:
P. citri - Abril / Nov : 30% a 50% folhas ocupadas ou 3 ácaros /folha
- Set /Nov : estragos nos frutos
T. urticicae - Mai/ Out: 8% - 10% folhas ocupadas
- Ago / Out: 2-5% frutos atacados
ÁCAROS DOS CITRINOS
Acetatos das aulas de Acetatos das aulas de PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E
PEREIRAPEREIRA
PRAGAS:
- Bichado (Cydia pomonella L.)
- Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.)
- Afídeos
- Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch.)
- Cochonilha de S. José (Quadraspidiotus perniciosus Comst.)
- Psila (Cacopsylla pyri L.)
- Cecidomia (Dasineura pyri Bouché)
- Ácaros eriofídeos (Epitrimerus pyri (Nal.))
- Lagartas mineiras(Lithocolleta coryfoliella e L. blancardella)
PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA
• DOENÇAS:
- Pedrado (Venturia inadequalis e V. pirina Aderh.)
- Oídio (Oidium farinosum Cooke)
- Septoriose da macieira (Septoria piricola Dem.)
- Cancro (Nectria galligena Bres)
- Podridões (Monilia fructigena Pers. e M. laxa (Ehremb.) Sacc.
- Podridão cinzenta (Botrytis cinerea Pers.)
Estimativa do risco -Pedrado
Avaliação dos períodos de risco tendo em conta factores climáticos, severidade da infecção e estado fenológico das macieiras e pereiras
PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA
PROTECÇÃO INTEGRADA DA MACIEIRA E PEREIRA
• Doenças Bacterianas:
- Fogo bacteriano (Erwinia amylovora (Burr.) Winslow et al.
- Emurchimento bacteriano (Pseudomonas syringae pv. syringae Van Hall
ESTIMATIVA DO RISCO:- Bichado DIRECTOS - Observação Visual
INDIRECTOS:
- Armadilhas Sexuais
- Cintas-Armadilha
- Somatório das temperaturas
- Biológicos / Auxiliares - Baixa mortalidade da praga
- Confusão sexual - Químicos - ovos - diflubenzurão; fenoxicarbe; teflubenzurão e triflumurão
- larvas - diclorvos; fosalona; fosfamidão e fosmete
(Alternância)
MEIOS DE PROTECÇÃO:
Níveis Económicos de Ataque (NEA) - BICHADO•1ª GERAÇÃO -
ARMADILHA SEXUAL (Maio/Junho) –Macieira: 2/3 machos /ha/semana
–Pereira: 4 machos /ha /semana
OBSERVAÇÃO VISUAL - 1000 frutos: 0,5- 1% frutos atacados
•2ª GERAÇÃO -
ARMADILHA SEXUAL (Julho/Agosto) –Macieira: 2/3 machos /ha/semana
–Pereira: 3/4 machos /ha /semana
OBSERVAÇÃO VISUAL - 1000 frutos: 0,5- 1% frutos atacados
•3ª GERAÇÃO -
ARMADILHA SEXUAL (após colheita) –Macieira: 2/3 machos /ha/semana
–Pereira: 4 machos /ha /semana
OBSERVAÇÃO VISUAL - 1000 frutos: 0,5- 1% frutos atacados
Níveis Económicos de Ataque (NEA) - AFÍDEOS
AFÍDEO CINZENTO (Dysaphis plantaginea Pass.)
Março - Abril: 1- 2 % inflorescências infestadas
Maio: 1- 2 % inflorescências infestadas 2- 5% rebentos infestados
Verão: observação visual - 2% rebentos infestados técnica das pancadas - 10-30 afídeos
AFÍDEO VERDE (Aphis pomi De Geer)
Março - Abril : observação visual - 10-15% rebentos infestados técnica das pancadas - 25-50 afídeos
Maio: 15 % rebentos infestadas
Níveis Económicos de Ataque (NEA)Aranhiço vermelho (P. ulmi)
INVERNO: Observação visual (100 segmentos) - 1000 ovos/ amostra
MAIO: Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo)
Macieira - 50 - 65 % folhas ocupadas Pereira - 40% folhas ocupadas
JUNHO / JULHO : Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo)
Macieira - 50 - 75 % folhas ocupadas Pereira - 50% folhas ocupadas
Desde AGOSTO : Observação visual (100 Folhas-1/3 inferior ramo)
Macieira - 45 - 50 % folhas ocupadas Pereira - 30% folhas ocupadas
Acetatos das aulas de Acetatos das aulas de PROTECÇÃO INTEGRADAPROTECÇÃO INTEGRADA
DAVINHA DAVINHA
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA
• Regiões Vitivinícolas de Portugal (350 x 103 Ha) - Douro
- Bairrada
- Setúbal
- Dão
- Barcelos
- Colares
- Carcavelos
- Algarve
- Vidigueira
Espanha, França, Itália, Rússia + de 1.000 x 10 3 Ha
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA• Emprego sistemático de pesticidas na vinha
conduziu a:
- aparecimento de resistências
- destruição de auxiliares (ex: Tiflodromus)
- perigo de intoxicação directa de pessoas ou através de resíduos nas uvas (alteração da fermentação e do mosto)
ACIDENTES FISIOLÓGICOS:- Asfixia radicular - plantação superficial e drenagem
- Cloroses / Doenças de carência -ensaios com nutrientes - Mancha de óleo nos frutos (Oleocellosis) - colheita em
maturação e adequado manuseamento
- Fendilhamento da casca - rega regular dos pomares
- Empolamento da casca- nutrição e colheita no cedo
- Queimaduras / Tratamentos fitossanitários - substituição tratamentos e cuidadosa preparação das caldas
- Gomose- porta-enxertos resistentes; drenagem; evitar ferimentos do tronco e sua pulverização com caldas com fungicidas
- Mancha de água - recolha precoce do fruto e evitar ventos e geadas
- Frutos secos - evitar colheita tardia
- Acidentes de armazenagem - evitar algumas condições nefastas
PROTECÇÃO INTEGRADADA VINHA• PODRIDÃO CINZENTA(Botrytis cinerea Pers.):
Inverno - esclerotos nos sarmentos em forma de manchas alargadas, principalmente na sua extremidade
Primavera - Helevada e T elevada => maturação dos orgãos de conservação =>
conidiófioros => conídios (30 dias) => germinação nos orgãos verdes e molhados das cepas => aparecimento nas folhas e jovens e lançamentos
Verão - aparecimento provável antes da floração; após a floração e a partir do pintor
Condições óptimas para o seu desenvolvimento:
- Humidade elevada
- Temperatura acima dos 18graus
- falta de arejamento (sistema de condução)
- lesões (dos ataques de oídio e traça)
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA
• SINTOMAS:- Folhas - ampla necrose no bordo do limbo (queimadura)
polvilho cinzento no bordo das folhas
- Cachos - floração e jovem cacho - manchas achocolatadas
bagos - podres e com molho cinzento com cheiro típico
- Rebentos jovens e sarmentos - - manchas alargadas de cor achocolatada com cor e película cinzenta com tempo húmido;
- perda de alguns rebentos jovens em caso de ataque intenso;
Nocividade da Botrytis:
Uva de mesa - afectação do aspecto do cacho (tolerância nula);
desequilíbrio do cacho => maior despesa de limpeza;
Nocividade da Botrytis:
Uva para vinho - afectação da qualidade do vinho:
- fermentação difícil;
- maceração carbónica (perda de aroma e côr);
- aumento do teor em sulfuroso
NÍVEIS PERMITIDOS:
TINTO - 10/12% DE PODRIDÕES
BRANCO/SECO - 50% DE PODRIDÕES (técnicas de reequilibrio do vinho)
- consequências da Botrytis:DIRECTAS- perda da colheita; dessecação do ráquis; dessecação do bago;
INDIRECTAS - ataques drosófilas; podridão ácida;
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA
• MEIOS DE LUTA CONTRA A BOTRYTIS:- culturais:adubação equilibrada e sistema de condução adequado (desparra, compasso e poda); bom controlo da traça e do oídio (=> redução dos riscos em 50%);
- químicos: utlização de fungicidas (de modo a baixar o NEA e em resposta à previsão do risco); (procimidina; vincozolina; iprodiona; folpete; tirame; ditiofencarbe;carbenzamida);
- genéticos: resistência genética através de hibridação com “vitis vinifera” e cruzamento entre castas;
- biológicos: utilização de fungos antagonistas (ex: Trichoderma viridae);
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA• MÉTODOS DE LUTA CONTRA A BOTRYTIS:
- STANDARD: 4 tratamentos preventivos fixos aos seguintes estados fenológicos:
A - saída dos cupões florais;
B- grão/bago de algodão;
C- início da ponta verde;
D- saída das folhas;
- 15-15:realização de tratamentos:
- desde a floração até 21 dias antes da colheita;
- sempre que a humectção >15 horas e T >15 graus;
- intervalo entre tratamentos >10 dias.
- EPI/MODELO BOTRYTIS: - baseado na T e H (humectação) com registos de 2 em 2 dias;
- analisa a interacção entre clima, parasita e planta;
- indica a cada instante o NEA
FASE POTENCIAL / RISCO POTENCIAL DA DOENÇA
- Da floração ao pintor (A/B/C)
FASE CINÉTICA
- Do pintor até 3 semanas antes da colheita (C/D)
BASES DO MODELO:
Tempo seco / H < 85% => RISCO POTENCIAL BAIXO(temp. sem influência)
Humectação elevada / H > 85% => ELEVADO RISCO POTENCIAL (tanto maior quanto maior o período de humectação) (16< T >10)
CONCLUSÃO: risco é apenas função da humectação
APLICAÇÃO: Dão (2 tratamentos-A e C); 4 tratamentos máximo
PROTECÇÃO INTEGRADA DA VINHA
Oídio da videiraUncinula necator Burr.
- ataca todos os orgãos não atempados da planta;
- pó branco que pode limitar-se a determinadas zonas ou ocupar toda a superfície da folha;
- nos caules e sarmentos e rebentos jovens => manchas difusas de cor verde escura que vão crescendo e tomando cor achocolatada por vezes provocando o endurecimento dos rebentos;
- nos frutos => pó branco no início da formação do cacho podendo causar a paragem de crescimento da “pele” dos bagos =>favorecimento da penetração da Botrytis;
- hiberna sob a forma de micélio nos gomos, cachos e folhas que caem no solo;
- T e H e insolação => factores com maior influência no desenvolvimento do parasita
TRATAMENTOS QUÍMICOS:
1º enxofre molhável (D-E; GHI)
2º IBE(inibidores da síntese do ergosterol) (GH e I) e quando necessário o 3º
FAVOR: Rápida penetração; boa persistência; actuam mesmo com temperaturas baixasCONTRA: Resistência