Transcript

Revista do

Ministério Público

do Estado do Amapá

ANO I - N° I - 1998

Capa: José Augusto Alves

Revisão do Texto: Maria Cláudia Peixoto

Editoração Eletrônica: Gilberto Mauro e João Batista Vieira da Silva

Colaboração: Maria Auxiliadora Araújo Andrade

Impressão: Gráfica Ideal

REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO AMAPÁ

COMISSÃO EDITORIAL

Presidente:

Procurador de Justiça - MÁRCIO AUGUSTO ALVES

Componentes:

Procurador de Justiça - JAIR JOSÉ DE GOUVÊA QUINTAS

Procurador de Justiça - JAYME HENRIQUE FERREIRA

Procurador de Justiça - JOEL SOUSA DAS CHAGAS

Promotor de Justiça - JORGE LUIZ CANEZIN

Promotor de Justiça - MAURO GUILHERME DA SILVA COUTO

Endereço para Correspondência:

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁAv. Fab n.° 964 - Centro

CEP 68.906-010

Telefone : (096) 223-4143 e 223-3727

FAX (096)223-4147

MacapáVAP.

CENTRO DE ESTUDOS E APERFEIÇOAMENTO FUNCIONAL

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Dra. RAIMUNDA CLARA BANHA PICANÇO

Procuradora-Geral de Justiça

Dr. MÁRCIO AUGUSTO ALVES

Corregedor-Geral

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

COLÉGIO DE PROCURADORES

Dra. RAIMUNDA CLARA BANHA PICANÇO

Procuradora-Geral de Justiça

Dr. MÁRCIO AUGUSTO ALVES

Corregedor-Geral do MP

Dr. JAIR IOSÉ DE GOUVÊA QUINTAS

Procurador de Justiça

Dra. MARIA DO SOCORRO MILHOMEM MONTEIRO

Procuradora de Justiça

Dr. FERNANDO LUÍS FRANÇA

Procurador de Justiça

Dr. ANTÔNIO PEREIRA DE ALMEIDA FILHO

Procurador de Justiça

Dra. JUDITH GONÇALVES TELES

Procuradora de Justiça

Dr. NICOLAU ELÁDIO BASSALO CRISPINO

Procurador de Justiça

Dr. JOEL SOUSA DAS CHAGAS

Procurador de Justiça

Dr. MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

Procurador de Justiça

Dr. JAYME HENRIQUE FERREIRA

Procurador de Justiça

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

MEMBROS

Dra. RAIMUNDA CLARA BANHA PICANÇO

Presidente

Dr. MÁRCIO AUGUSTO ALVESMembro Nato

Dr. JOEL SOUSA DAS CHAGAS

Procurador de Justiça

Dr. FERNANDO LUÍS FRANÇA

Procurador de Justiça

Dra. JUDITH GONÇALVES TELES

Procuradora de Justiça

PROMOTORES DE JUSTIÇA DE 3' ENTRANCIA

Dra. ESTELA MARIA PINHEIRO DO NASCIMENTO SÁ

Cidadania, Incapazes, Deficientes, Direitos Constitucionais e Resíduos

Dra. MARICÉLIA CAMPELO DA SILVA

2" Vara de Família, Órfãos e Sucessões

Dr. ALCINO OLIVEIRA DE MORAES

Defesa do Consumidor e Meio Ambiente

Dr. JORGE LUÍS CANEZIN

2° Vara Cível e Fazenda Pública

Dra. ROSEMARY CARDOSO DE ANDRADE

2" Vara Criminal

Dr. MAURO GUILHERME DA SILVA COUTO

V Vara de Família, Órfãos e Sucessões

Dra. ELDETE SILVA AGUIAR

3° Vara Criminal

Dra. GLÁUCIA PORPINO NUNES CRISPINO

3" Vara Cível

Dr. ERALDO AFONSO ZAMPA

T Vara Criminal

Dra. IVANA LÚCIA FRANCO CEI

Auditoria Militar

Dr. ÉDER GERALDO ABREU

Vara do Juizado Especial

Dr. MANUEL FELIPE MENEZES DA SILVA JÚNIOR

Vara de Execuções Penais

PROMOTORES DE JUSTIÇA DE Ia ENTRÂNCIA

Dra. TÂNIA APARECIDA PEREIRA

Vara Única - Ferreira Gomes

Dr. HAROLDO JOSÉ DE ARRUDA FRANCO

Vara Única - Mazagão

Dr. EDMILSON FARIAS MONTEIRO

Vara Única - Tartarugalzinho

Dr. AFONSO HENRIQUE OLIVEIRA PEREIRA

Vara Única - Amapá

Dr. NILSON ALVES COSTA

Vara Única - Calçoene

Dra. LINDALVA GOMES JARDINA

Vara Única - Oiapoque

Dr. MILTON FERREIRA DO AMARAL JÚNIOR

Vara Única - Serra do Navio

PROMOTORES DE JUSTIÇA SUBSTITUTOS

Dr. FLÁVIO COSTA CAVALCANTE

Dr. IACI PELAES DOS REIS

Dr. PAULO CELSO RAMOS DOS SANTOS

Dra. ALESSANDRA MORO DE CARVALHO

Dr. ROBERTO DA SILVA ALVARES

Dr. ALAOR AZAMBUJA

Dr. ADILSON GARCIA DO NASCIMENTO

Dr. MIGUEL ANGEL MONTIEL FERREIRA

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 13

APRESENTAÇÃO

O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, com apoio da

Procuradoria-Geral de Justiça, tem a honra de trazer aos operadores do direito do Amapá o

primeiro volume da Revista do Ministério Público de nosso Estado.

Sem sombra de dúvida, esta Revista representa um marco na história de

nossa instituição. Pela primeira vez estamos colocando à disposição dos colegas Promotores,

Procuradores de Justiça e do público em geral, todos os atos normativos de nossos Órgãos

Superiores, nossa legislação doméstica, trabalhos forenses, doutrinas, enfim, vários títulos

de completo interesse de todos nós.

Desde a criação do Centro de Estudos tivemos a idéia de elaborar um trabalho

que viesse a se tornar o veículo de informação do Ministério Público do Amapá.

Faltava dentre os alfarrábios do Promotor de Justiça um compêndio que

tivesse um apanhado sistemático do funcionamento de todo o Ministério Público Estadual,

mostrando inclusive onde estão localizadas as sedes de nossas Promotorias de Justiça, não

somente as da capital, mas como também as diversas sedes espalhadas por todo o interior do

Estado.

Agora nós apresentamos, com este trabalho, a realização de parte de um

sonho há muito concebido em nossas mentes.

Deixamos bem claro que esta Revista não ficará apenas neste singelo

número, mas, na verdade, é pensamento nosso a periodicidade de sua edição, a fim de que

todos nós tenhamos sempre um instrumento de formação técnica nossa e de toda a comunidade

jurídica local, e, por que não dizer, nacional.

Está portanto sedimentada a pedra fundamental de nossa revista.

Agradecemos a ajuda de todos aqueles que colaboraram direta ou

indiretamente com a edição deste volume. Mas, para que possamos ter a publicação periódica

desta Revista, precisamos e esperamos contar com o apoio não só daqueles quejá nos ajudaram,

mas como também, com a ajuda de cada membro desta nossa promissora instituição, pois é a

ela que esta revista deseja atingir.

Estamos todos de parabéns !

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE 3a ENTRÂNCIA

Macapá

* Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor

* Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Público e Patrimônio

Cultural

* Promotoria de Justiça de Incapazes, Ausentes, Deficientes, Direitos Constitucionais e

Resíduos

* Promotoria de Justiça de investigações Civis e Criminais

Av. Pe. Júlio Maria Lombaerd, s/n.° - Centro

Fones: (096) 223-3019 - 223-3023 - 223-3027 - 223-7014 - 223-7016

CEP 68.960-560 - Macapá/AP

* Promotoria de Justiça da Infância e Juventude

Av. Fab, 1.849 - Bairro Santa Rita

Fones: (096) 223-1210

CEP 68.900-000 - Macapá/AP

* Promotoria da Auditoria Militar

Av. Fab, 1.849, Bairro Santa Rita

Fone: (096) 223-8130 - PABX 223-8131

CEP 68.900-000 - Macapá

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE 2a ENTRÂNCIA

Santana

* Promotoria de Justiça da Infância e Juventude

Av. B-l, s/ n.°, Vila Amazonas

Fone: (096) 281-1635

CEP 68.925-000 - Santana/AP

Laranjal do Jari

* Promotoria de Justiça da Infância e Juventude

Av. Primavera, 1711, Bairro Agreste

Fone: (096) 621-1415 - Fax: (096) 621-1518

CEP 68.906-430 - Laranjal do Jari/AP

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE Ia ENTRÂNCIA

Mazagão

Av. Hermógenes Matos, Setor 2, Quadra 7, lote A

Fone/Fax: (096)271-1148

CEP 68.930-000 - Mazagão/AP

Oiapoque

Rua Presidente Kennedy, s/n.°, Centro

Fone/Fax: (096) 521-1525

CEP 68.980-000 - Oiapoque/AP

Amapá

Av. Guaranis, s/n.0, Centro

Fone: (096)421-1271-Fax:(096)421-1458

CEP 68.950-000 - Amapá/AP

Calçoene

Rua Teodoro Antônio Leal, s/n.°, Centro

Fone/Fax: (096)721-1283

CEP 68.960-000 - Calçoene/AP

Ferreira Gomes

Rua Ferreira Gomes, s/n.°, Centro

CEP 68.915-000 - Ferreira Gomes/AP

Serra do Navio

RuaB-C2,CasallO

Fone: (096)321-1368

CEP 68.914-000 - Serra do Navio/AP

Tartarugalzinho

Rua Mãe Verônica, s/n.°, Centro

Fone: (096)422-1290-421-1211

CEP 68.990-000 - Tartarugalzinho/AP

Dr. PAULO DA VEIGA MOREIRA

Investigações Civis e Criminais - PICC

Dr. CÉLIO PIMENTA FREIRE JÚNIOR

Investigações Civis e Criminais - PICC

Dr. MARCO ANTÔNIO VICENTE

Investigações Civis e Criminais - PICC

Dra. ANDRÉA GUEDES DE MEDEIROS CUIMAR

Investigações Civis e Criminais - PICC

Dr. MOISÉS RIVALDO PEREIRA

Ordem Tributária

Dr. ELI PINHEIRO DE OLIVEIRA

Tribunal do Júri

Dr. RICARDO JOSÉ FERREIRA

3° Vara de Família, Órfãos e Sucessões

Dr. ALDENIZ DE SOUZA DINIZ

Cidadania, Incapazes, Deficientes, Direitos Constitucionais e Resíduos

Dr. PEDRO RODRIGUES GONÇALVES LEITE

Infância e Juventude

PROMOTORES DE JUSTIÇA DE 2' ENTRÂNCIA

Dr. UBIRAJARA VALENTE ÉPHINA

Vara do Juizado Especial Criminal - Santana

Dr. MARCELO MOREIRA DOS SANTOS

1° Vara Cível - Santana

Dr. LUIZ MARCOS DA SILVA

V Vara Criminal e Tribunal do Júri - Santana

Dr. ANDRÉ LUIZ DE SOUZA BARRETO

2° Vara Criminal - Santana

Dr. LUIZ ROBERTO PEDROSA DE CASTRO

Infância e Juventude - Laranjal do Jari

Dr. ADAUTO LUIZ DO VALLE BARBOSA

Vara Única - Laranjal do Jari

ATOS NORMATIVOS

15 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

SUMARIO

ATOS NORMATIVOS 17

DOUTRINA

O Ministério Público e a Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos 143

MÁRCIOAUGUSTOALVES

Os Efeitos da Sucumbencia ao Ministério Público na Ação Civil Pública 149

CLÁUDIOBARROS SILVA

A Participação do Ministério Público na Transformação da Pena em Alimentos. 163

MARCOS RAMAYANA

A União Estável e os Direitos e Deveres Recíprocos dos Companheiros 168

NICOLAUELÁDIOBASSALOCRISPINO

\\ A Evolução da Justiça Criminal Consensual 196

1 ÉDERGERALDOABREU\

] Juizado Especial Criminal Perante os Tribunais; Alguns Aspectos -

Lei N°- 9.099/95 203

HONILDOAMARALDEMELLOCASTRO

ARRAZOADOS: Cíveis e Criminais 221

SENTENÇA 311

DISCURSOS 325

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

CORREGEDORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

AVISO N° 001/98

O CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, no uso dasatribuições conferidas pelo artigo 61 da Lei Complementar Estadual n° 0009/94, e

CONSIDERANDO que os deveres funcionais perante a Corregedoria-Geral estão previstos

em diversas normas legais e administrativas,

CONSIDERANDO, ainda, que a Corregedoria-Geral tem constatado a inobservância de alguns

dos deveres funcionais estabelecidos em lei e atos administrativos,

PUBLICA, para observância pelos senhores membros do Ministério Público, compêndio

dos deveres funcionais perante a Corregedoria-Geral.

1. COMUNICAÇÕES

1.1) FÉRIAS E LICENÇAS

Ao entrar em gozo de férias ou de licença (para tratamento de saúde, por

motivo de doença em pessoa da família, para repouso da gestante, paternidade, em caráter

especial, para casamento, por luto, licença-prêmio, o membro do Ministério Público fará

comunicação a Corregedoria-Geral, com declaração de estar com os serviços em dia e do

endereço onde possa ser encontrado, (art. 109, § Io, a e b, § 2o, da Lei Complementar

0009/94)

1.2) ENDEREÇO RESIDENCIAL

O membro do Ministério Público deverá comunicar, por ofício, à

Corregedoria-Geral, seu endereço residencial, respectivo código postal e telefone, atualizando-

os, dentro de 30 dias, sempre que ocorrer mudança.

1.3) INTERRUPÇÃO DE FUNÇÃO E REASSUNÇÃO

O membro do Ministério Público deverá comunicar, por ofício, à

Corregedoria-Geral, a interrupção anterior e o novo exercício nos casos de promoção, remoção

ou convocação, bem como bem como a reassunção do exercício do cargo.

1.4) PRONTUÁRIO

O membro do Ministério Público deverá zelar pela atualização de seu

prontuário na Corregedoria-Geral, não descurando das comunicações normais e do

fornecimento de elementos que contribuam para retratar sua situação pessoal e funcional.

20 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

1.5) EXCESSO DE PRAZO

Os Promotores de Justiça deverão comunicar de plano, à Corregedoria-Geral,

eventuais excessos de prazo, especialmente na manifestação em inquéritos policiais.

2. CORRETCÕES E VISTTAS DE INSPEÇÃO

0 membro do Ministério Público sujeito à correição deve:

2.1) EDITAL DE CORREIÇÃO

Dar ampla publicidade ao edital de correição, diligenciando para que seja

afixado nos locais apropriados no Fórum e no Gabinete da Promotoria.

2.2) EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS

Promover as comunicações e a expedição de ofícios aos Juizes de Direito

competentes, comunicando a correição e solicitando a designação de sala adequada no Fórum

para os trabalhos correcionais; às autoridades policiais da Comarca, sem prejuízo daquelas

que, a este título tenham sido providenciadas pela Corregedoria-Geral.

2.3) MATERIAL PARA EXAME

Adotar as providências necessárias para que, na instalação dos trabalhos

correcionais, estejam à disposição do Corregedor-Geral os autos de processos judiciais,

inquéritos policiais, procedimentos de qualquer natureza, livros, pastas e papeis, previamente

requisitados.

2.4) PRESENÇA OBRIGATÓRIA

Deverão estar presentes, obrigatoriamente, o membro do Ministério Público

sujeito à correição e os Promotores de Justiça que, a qualquer título, estejam em exercício na

Promotoria.

2.5) VISITAS DE INSPEÇÃO

Nas visitas de inspeção, o Promotor de Justiça inspecionado deverá colocar

à disposição da Corregedoria-Geral:

1 - livros de cargas de autos de qualquer naturezas remetidos ao Ministério

Público ou, em sua falta, registros e assentamentos de remessa e devolução de autos ao

membro do Ministério Público;

II - pastas e livros obrigatórios, previstos no Ato 002, n° 06 e 07;

III - outros papéis, documentos, procedimentos e autos de qualquer natureza

que, por lei, exijam a intervenção do Ministério Público.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 22

3. PASTAS OBRIGATÓRIAS

3.1) ROL

Os Promotores de Justiça manterão, na Promotoria, as pastas de:

I - correspondência expedida; (Pasta A)

II - correspondência recebida; (Pasta B)

III - matéria administrativa (Atos, Provimentos, Circulares); (Pasta C)

IV - matéria criminal (denúncias e aditamentos); (PASTA D)

j V - matéria criminal (arrazoados, libelos, petições de recursos, pedidos de

í arquivamento e outros); (PASTA F)

1 VI - matéria criminal (requisições de inquérito, pedidos de diligências,

| requerimentos de prisão preventiva); (PASTA F)

j VII - matéria cível (ações ajuizadas pelo Ministério Público, acordos

realizados na Curadoria); (PASTA G)

VIII - matéria cível (pareceres, razões e contra-razões recursais); (PASTA

H)

IX - matéria memorista (termos de apresentação, representações, remissões,

pedidos de arquivamento e outros); (PASTA I)

X - matéria relativa ao consumidor, meio ambiente, patrimônio histórico,

paisagístico e outros interesses difusos); (PASTA J)

XI - diversos; (PASTA K)

XII - mapa estatístico (Provimento n° 001/98); (PASTA L)

3.2) PERÍODO DE MANUTENÇÃO DO ARQUIVO

É obrigatória a manutenção em arquivo, nas pastas respectivas, pelo prazo

de dois anos, dos documentos, papeis e cópia dos trabalhos mencionados no item anterior. Os

atos, avisos e portarias da Procuradoria-Geral de Justiça e da Corregedoria-Geral deverão ser

mantidos em arquivo enquanto vigentes.

3.3) REGISTROS INFORMATIZADOS

É facultativa a substituição das pastas ou registros informatizados, desde

que:

I - disponha a Promotoria de equipamentos patrimoniados de informática;

II - os registros sejam compatíveis com os equipamentos instalados,

elaborados em programa (software) fixado como padrão pela Corregedoria-Geral do Ministério

Público, de modo que possam ser imediatamente acessados;

III - sejam providenciadas cópias de segurança (backup) de todos os registros

obrigatórios;

IV - todos os registros permaneçam na Promotoria, devidamente

acondicionados.

22 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

3.4) PASTAS DAS PROMOTORIAS IMPLANTADAS

Nas Promotorias de Justiça compostas por dois ou mais membros do

Ministério Público, as pastas de ofícios recebidos e expedidos, de atos, avisos e portarias, de

relatórios mensais, poderão ser instituídas e mantidas na Secretaria da Promotoria, que zelará

por sua ordem e regularidade.

3.5) LIVROS OBRIGATÓRIOS

Os Promotores de Justiça manterão, na Promotoria, livro de acordo

extrajudiciais referendados pelo Ministério Público e livro de registro de portarias de inquérito

civil.

Nas Promotorias de Justiça integradas por dois ou mais membros do

Ministério Público, os referidos livros poderão ser instituídos e mantidos na Secretaria da

Promotoria, que zelará por sua ordem e regularidade.

3.6) CONVOCAÇÕES

0 membro do Ministério Público deverá atender prontamente às convocações

da Corregedoria-Geral. (Ato n° 002, n°39)

4. RELATÓRIOS TRIMESTRAIS

1 - Incumbe, a cada membro titular do Ministério Público, individualmente,

apresentar à Corregedoria-Geral, até o dia 10 do mês subsequente ao trimestre vencido,

relatório trimestral de suas atividades. (Ato 002, n° 58, a)

II - O Promotor de Justiça encaminhará os dois relatórios, cível e criminal,

quando acumular essas atribuições.

5. PROMOTORES DE JUSTIÇA EM ESTÁGIO PROBATÓRIO

5.1) RELATÓRIO MENSAL

0 membro do Ministério Público em estágio probatório remeterá à

Corregedoria-Geral, até 10 (dez) dias do vencimento de cada mês e considerada a data da

posse, relatório instruído com cópia de todos os trabalhos jurídicos, dos relatórios de suas

atividades e peças que possam influir na avaliação de seu desempenho funcional, bem como

dos relatórios de visitas aos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, menores,

incapazes ou pessoas portadoras de deficiência.

As cópias remetidas à Corregedoria-Geral serão organizadas em pastas,

em seqüência cronológica, precedidas de índice contendo o nome do Promotor, cargo que

ocupa, mês a que se refere e a quantidade de cada espécie de trabalho, na seguinte ordem:

1 - matéria criminal: a) pedidos de arquivamento de inquérito policial; b)

denúncias; c) alegações finais; d) razões e contra-razões de recurso; e) libelos; f) atas

de julgamentos pelo Tribunal do Júri; g) manifestações outras consideradas importantes.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 23

n - matéria cível: a) petições iniciais e memoriais em processos de qualquer

natureza; b) contestações, réplicas e embargos; c) pareceres em processos de qualquer natureza

e especialmente nos de falência, mandado de segurança, ação popular e ação civil pública; d)

razões e contra-razões de recurso; e) manifestações na área da Infância e

Juventude; f) portarias de instauração de inquérito civil; g) acordos

extrajudiciais referenciados.

5.2) REUNIÕES COLETIVAS

Os Promotores de Justiça em estágio probatório deverão comparecer, quando

convocados a critério do Corregedor-Geral, a reuniões coletivas, em data marcada com pelo

menos cinco dias de antecedência.

(Art. 11, parágrafo único, do Regulamento do Estágio Probatório)

Macapá-AP, 14 de setembro de 1998.

MÁRCIO AUGUSTO ALVES

Corregedor-Geral

24 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

DECRETO (N) N.° 0061 DE 15 DE ABRIL DE 1991.

O Governador do Estado do Amapá, usando das atribuições que lhe são

conferidas pelo Artigo 25, § Io da Constituição Federal, § 2° do Artigo 14 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias e Lei Complementar n.° 41, de 22/12/81;

RESOLVE:

Art. 1° - Fica alterado o caput do Artigo 76 do Decreto (N) n.° 0031 de 06

de fevereiro de 1991, publicado no Diário Oficial do Estado n.° 0027, de 07 de fevereiro de

1991, que passa a ter a seguinte redação:

Art. 76 - O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado que

funcionará na sede do Tribunal e ao qual se aplicam os princípios institucionais de unidade,

da individualidade e da independência funcional, será exercido pelo Procurador-Geral de

Justiça, ou por Procuradores da Justiça por ele designados, até o número de três (03),

pertencentes ao Quadro do Ministério Público do Estado do Amapá, competindo-lhe, além

de outras atribuições definidas em lei o seguinte.

Art. 2o - Fica revogado o Art. 92 do citado Decreto 0031 de 06 de fevereiro

de 1991.

Art. 3o - Revogam-se os termos dos Decretos (N) n.°s 0038 de 20 de fevereiro

de 1991 e 0041 de 22 de fevereiro de 1991, publicados no Diário Oficial do Estado,

respectivamente dos dias 21 e 25 de fevereiro de 1991.

Art. 4o - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação revogadas

as disposições em contrário.

Macapá/AP, em 15 de abril de 1991.

ANNIBAL BARCELLOS

Governador

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 25

PORTARIA N.° 002/91 - GAB/PGJ

Dispõe sobre a concessão de diárias aos funcionários do

Ministério Público e dá outras providências.

O PROCURADOR-GERALDE JUSTIÇA no uso de suas atribuições legais;

RESOLVE:

Art. Io - Aos Funcionários da Procuradoria-Geral de Justiça que se

deslocarem de sua sede, eventualmente em objetivo de serviço, conceder-se-á diária para

atendimento de despesa com alimentação, hospedagem e permanência.

Art. 2° - Quando se tratar de viagem para fora do Estado, o cálculo de

diária 01 (Assessor Especial).

Art. 3o - As diárias serão devidas a partir da data do deslocamento, até o

dia do retorno.

§ Io - As diárias recebidas e não utilizadas deverão ser restituidas no prazo

de 48 (quarenta e oito) horas do retomo do funcionário à sede.

Art. 4o - No prazo de 72 (setenta e duas) horas, o funcionário apresentará

relatório escrito da viagem.

Art. 5o - Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura, revogadas

as disposições em contrário.

Macapá/AP, 31 de janeiro de 1991.

ROMUALDO COVRE

Procurador-Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Portaria n.° 019, de 24 de março de 1992.

Cria no Ministério Público do Estado do Amapá, a

Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do

Consumidor.

O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amapá, no uso de suas

atribuições legais, e tendo em vista o disposto nos arts. 3o e 28 do Decreto (N) n.° 0076 de 24/

05/91 publicado do D.O.E. de 27/05/91;

CONSIDERANDO a magnitude e relevância das atribuições conferidas ao

Ministério Público pela Constituição Federal em seu Art. 129, inciso HI, pela Constituição

do Estado do Amapá, em seu Art. 150, inciso III e § 4o, pela Lei n.° 7.347 de 24/07/85, e, pela

Lei n.° 8.078, de 11/09/90;

CONSIDERANDO, especialmente, a necessidade de ajustar a estrutura

organizacional do Ministério Público, para melhor permitir-lhe o alcance de suas finalidades

e o desempenho de suas funções, evitando a duplicação de meios para a consecução de fins

idênticos;

RESOLVE:

Art Io - Fica instituída, com vinculação ao Gabinete do Procurador-Geral

de Justiça, a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor.

§ Io - Na Comarca de Macapá, a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos

do Consumidor, será exercida porum membro do Ministério Público de 3a entrância, designado

pelo Procurador-Geral de Justiça;

§ T - Na Comarca de Santana, a Promotoria de Justiça de Defesa dos

Direitos do Consumidor, será exercida pelo membro do Ministério Público, Titular da PrimeiraVara Cível;

§ 3o - Nas demais Comarcas do Estado, o membro do Ministério Público

Titular, independentemente de designação específica, exercerá as atribuições da Promotoria

de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor.

Art. 2o - As Promotorias de Justiças de Defesa dos Direitos do Consumidor,

exercem as suas funções administrativas, judiciais e extrajudiciais, junto à Procuradoria-

Geral de Justiça, demais órgãos da administração pública ou privada, e perante o primeiro

grau de jurisdição.

Art. 3o - Aos Promotores de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor,

incumbe, exercer as funções institucionais do Ministério Público, previstas no Art. 129 da

Constituição Federal, e:

I - promover a alocação dos recursos humanos e materiais necessários às

suas atividades jurídicas e administrativas;

II - elaborar planos de metas semestrais, levantando os problemas de atuação

da área e promovendo medidas para agilizar soluções compatíveis, especificando sempre a

distribuição dos trabalhos, se necessários;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 27

III - elaborar a estatística semestral, organizando arquivos e controlando o

andamento dos serviços, em intercâmbio permanente, de forma a evitar duplicidade de meios

e implementar a racionalização dos trabalhos;

IV - providenciar a elaboração do Manual dos Direitos dos Consumidores,

de boletins informativos periódicos e publicação de materiais afetas à sua área, mantendo,

para tanto, contato com o Ministério Público de outros Estados, Ordem dos Advogados do

Brasil, Universidades e organismos responsáveis pela prevenção e proteção dos consumidores;

1 V - promover e atualizar o cadastramento no Estado de organismos,

í entidades e profissionais especializados em assuntos relativos aos consumidores;

VI - acompanhar as políticas nacional e estadual de apoio, assistência,

| defesa e proteção do consumidor, realizando estudos e oferecendo sugestões;

j VII - colaborar junto aos Poderes Públicos e organismos privados em

i campanhas educativas de conscientização, apoio, assistência, defesa e proteção aos

í consumidores;

Í VIII - desenvolver gestões junto aos Municípios do Estado para a formação

de Conselhos Municipais de Proteção ao Consumidor, estabelecendo um fluxo de informações

que instrumentalizem o Ministério Público na consecução dos objetivos tutelares das

legislações federal e municipal;

IX - providenciar a publicidade das atividades da Promotoria de Justiça de

Defesa dos Direitos do Consumidor perante a imprensa privada;

X - instaurar inquérito civil de ofício, e presidi-lo sempre que instaurado

por determinação do Procurador-Geral de Justiça, por deliberação do Conselho Superior do

Ministério Público ou na hipótese em que mais de um procedimento tenha sido instaurado

sobre o mesmo fato;

XI - requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,

certidões, informações, exames e perícias indispensáveis a propositura da ação civil pública;

XU - participar de organismo estatal de Defesa do Consumidor;

Art. 4o - A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor

tem por incumbência zelar pela proteção dos interesses dos Consumidores, promovendo os

atos administrativos, extrajudiciais e judiciais necessários à consecução de suas finalidades,

na forma da Constituição Federal, artigo, 129, inciso III, e das Leis números 7.347, de 24 de

julho de 1995, e 8.078, de 11 de setembro de 1990.

Art. 5o - A Secretaria Geral de Administração da Procuradoria Geral de

Justiça providenciará o apoio necessário à efetiva implantação operacional da Promotoria de

Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor, principalmente quanto às instalações,

imobiliário e transporte.

Art. 6o - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Macapá/AP, 24 de Março de 1992.

ROMÜALDO COVRE

Procurador-Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Portaria n.° 021, de 24 de março de 1992.

Regulamenta o inquérito civil no âmbito do Ministério

Público do Estado do Amapá.

O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amapá, no uso de suas

atribuições legais, e tendo em vista o disposto nos arts. 3o e 28 do Decreto (N) n.° 0076 de 24

de maio de 1991, publicado no D.O.E. de 27.05.91;

CONSIDERANDO o disposto nos arts. 8o e 9o da Lei n.° 7.347, de 24 de

julho de 1985, arts. 6o e T da Lei n.° 7.853, de 24 de outubro de 1989 e arts. Io e 3o da Lei n.°

7.913, de 07 de dezembro de 1989;

RESOLVE:

Art. Io - O inquérito civil será instaurado por determinação do Procurador-

Geral de Justiça, do Conselho Superior do Ministério Público e do membro do Ministério

Público especialmente designado.

§ Io - O inquérito civil será instaurado por portaria ou despacho em

requerimento ou representação dirigida ao Ministério Público.

§ 2o - O inquérito civil será autuado e registrado em livro próprio, numerado

em ordem crescente, renovada a numeração anualmente.

§ 3o - O livro de que trata o parágrafo anterior ficará depositado no Gabinete

do membro do Ministério Público que deverá abri-lo e encerrá-lo por termo, numerar e

rubricar as suas folhas.

§ 4o - O membro do Ministério Público comunicará a instauração do

inquérito civil ao Procurador-Geral de Justiça, no prazo de três dias, enviando cópia da

portaria.

Art. 2o - O presidente do inquérito civil poderá nomear Secretário e oficial

de diligência, por termo de compromisso nos autos, para funcionarem nos atos do

procedimento.

§ P - Para nomeação de Secretário e oficial de diligência, o presidente

deverá escolher pessoas de sua confiança.

§ 2o - É função do secretário praticar os atos de escrevente, podendo numerare rubricar as folhas do inquérito, assinar termos, ofícios, notificações e requisições com o

presidente do inquérito ou por sua ordem, sendo-lhe vedada a prática de atos privativos da

presidência.

§ 3o - E função do oficial de diligência a realização, por ordem, de atos

externos do inquérito, certificando nos autos.

Art. 3o - Em caso de reclamação verbal feita por interessado, deverá o

membro do Ministério Público reduzi-la a termo, assiná-la juntamente com o reclamante e,

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 29

se possível testemunhas.

Art. 4o - O presidente do inquérito civil colherá todas as provas necessárias

e úteis ao esclarecimento do fato objeto da investigação, determinando-as por despacho nos

autos.

§ Io - As notificações expedidas para oitiva de testemunhas e indiciado e as

requisições atenderão as formalidades de praxe judicial, devendo a 2a via ser juntada aos

autos pelo oficial de diligência.

§ 2o - Em não sendo nomeados auxiliares para funcionarem no inquérito

civil, as comunicações realizar-se-ão via postal, com AR, junto aos autos.

§ 3o - Para a realização de autos e diligência do inquérito civil em comarca

outra, deprecar-se-á suas realizações ao membro do Ministério Público da respectiva comarca.

Art. 5o - O presidente do inquérito civil poderá requisitar, de qualquer

organismo público ou particular, certidões, informações, documentos, exames e perícias a

serem fornecidas em prazo determinado, nunca inferior a 10 (dez) dias úteis.

§ Io - Em se tratando de inquérito civil instaurado nos termos da Lei n.°

7.853, de 24.10.89, as requisições de que trata o caputpoderão ser dirigidas, ainda, a qualquer

pessoa física ou jurídica, pública ou particular.

§ 2° - Somente nos casos em que a lei impuser o sigilo, poderão ser negadas

as certidões e informações, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada

daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.

§ 3o - Em caso de sigilo, subjetivamente considerado, em que o beneficiário

do direito do sigilo ou liberar o detentor do segredo do dever de mantê-lo, a informação

poderá ser colhida nos autos, pelo presidente, desde que não se exija deste o dever de resguardá-

lo.

§ 4o - O presidente do inquérito civil poderá requisitar funcionários

especializados, a fim de auxiliá-lo em qualquer diligência de caráter técnico, ou prestar-lhe

esclarecimentos indispensáveis às suas atuações.

Art. 6o - A pessoa em relação a qual se destinar a ação civil pública a ser

eventualmente proposta, poderá ser notificada a prestar declarações ou convidada a oferecer

subsídios que queira, sem prejuízo da natureza inquisitiva do inquérito.

Art. T - Serão reduzidas a termo as declarações de testemunhas, estas sob

compromisso, e indiciado.

Art. 8o - O inquérito civil poderá ser concluído no prazo de 90 (noventa)

dias a contar da data da portaria, podendo ser prorrogado por igual prazo se necessário à

conclusão de investigação, devendo ser comunicada a Procuradoria-Geral de Justiça por

ofício fundamentado.

Parágrafo único. O Procurador-Geral de Justiça avocará o inquérito civil

não concluído no prazo desta portaria, cuja prorrogação não tenha sido comunicada ou julgada

infundada.

30 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Art. 9o - O despacho que indeferir a instauração de inquérito civil, em

representação ou requerimento, promovendo seu arquivamento, deverá ser fundamentado,

cientificando-se o interessado.

Art. 10 - Concluídas todas as diligências, o inquérito civil será encerrado

por relatório de seu presidente.

§ Io - Convencendo-se da inexistência de fundamentos para a propositura

da ação civil pública, o presidente promoverá o arquivamento dos autos, fazendo-o

fundamentadamente.

§ 2o - Convencido da existência de fundamentos para a propositura da ação

civil pública, o inquérito civil poderá ser encerrado por relatório sucintamente fundamentado,

devendo a ação ser proposta no prazo de 15 (quinze) dias úteis a contar da data do relatório.

Art. 11 - Nas hipóteses do Art. 9o e § Io do Art. 10 desta portaria, as peças

ou autos deverão ser remetidos ao Conselho Superior do Ministério Público, no prazo de 03

(três) dias, para Homologação ou Rejeição, sob pena de falta grave.

§ Io - Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja

homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão os interessados apresentar

razões escritas ou documentos que serão juntados aos autos do inquérito civil ou anexadas às

peças informativas, conforme o caso.

§ 2o - A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação

do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser seu regimento.

§ 3o - Rejeitada a promoção de arquivamento, o Procurador-Geral de Justiça

designará outro órgão ministerial para a instauração do inquérito ou propositura da ação.

§ 4° - Homologada a promoção de arquivamento, o mesmo órgão ministerial

poderá proceder a novas investigações. Em face de prova nova, serão os autos ou peças

desarquivadas e remetidas à origem para providências.

Art. 12-0 membro do Ministério Público manterá arquivado em seu

gabinete cópias das principais peças do inquérito civil, mormente, portaria, perícias e relatório.

Art. 13 - Vislumbrando a ocorrência de atos ou fatos que reclamem a

intervenção ministerial por dever de ofício, o membro do Ministério Público comunicará ao

órgão com atribuições para agir, se não lhe competir.

Art. 14 - Cumpre ao membro do Ministério Público agir de ofício, quando

chegar ao seu conhecimento notícia de ato ou fato que, em tese, constitua objeto de ação civil

pública, com as devidas cautelas.

Art. 15 - Qualquer interessado poderá, durante a tramitação do inquérito,

apresentar ao presidente documentos e subsídios para melhor apuração dos fatos.

Art. 16 - O inquérito civil poderá ser dispensado sempre que o membro do

Ministério Público dispuser de elementos suficientes para a propositura da ação civil pública.

Parágrafo único. Se, dos documentos e informações, não se vislumbrar

fundamento para a propositura de ação civil pública, o membro do Ministério Público procederá

na forma do Art. 11 desta portaria.

Art. 17 - O membro do Ministério Público dirigir-se-á às autoridades,

testemunhas e indiciado dispensando-lhes o devido tratamento e urbanidade.

Art. 18-0 inquérito civil não terá caráter sigiloso, fornecendo-se ao

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 31

interessado que requerer certidões ou cópias de peças, sem custo, exceto despesas com

fotocópias.

Art. 19 - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Dê-se ciência. Registre-se. Publique-se e cumpra-se.

Macapá/AP, 24 de março de 1992.

ROMUALDO COVRE

Procurador-Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Portaria n.° 021, de 25 de fevereiro de 1993.

Cria no Ministério Público do Estado do Amapá a

Curadoria da Infância e da Juventude na Comarca de

Laranjal do Jari/AP.

O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amapá, no uso de suas

atribuições legais, e tendo em vista o disposto nos arts. 3o, inciso I, VIÍ e § Io, Art. 28, item

25, letra "h" e Art. 185, item II, letra "c" do Decreto 0076, de 24.05.91, publicado no D O E

de 27.05.91;

CONSIDERANDO as amplas dimensões conferidas ao Ministério Público

pela Constituição Federal (Art. 129) e pela Constituição do Estado do Amapá (Art. 150,

inciso X, § Io, "f', e § 4o), especialmente, as funções de defesa dos interesses sociais e

individuais indisponíveis, de direitos e coletivos;

CONSIDERANDO especialmente, a necessidade de ajustar a estrutura

organizacional do Ministério Público, para melhor permitir-lhe o alcance de suas finalidades

e o desempenho de suas funções, evitando a duplicação de meios para a consecução de finsidênticos;

RESOLVE:

Art. Io - Fica Instituída, com vinculação ao Gabinete do Procurador-Geral

de Justiça, a Curadoria da Infância e da Juventude da Comarca de Laranjal do Jari/AP.

Parágrafo único: A Curadoria da Infância e da Juventude será exercida por

um membro do Ministério Público de 2a entrância, designado pelo Procurador-Geral de Justiça:

Art. 2o - A Curadoria da Infância e da Juventude da Comarca de Laranjal

do Jari exerce as suas funções administrativas, judiciais e extrajudiciais junto à Procuradoria-

Geral de Justiça, demais órgãos da administração pública ou privada e perante o primeirograu da jurisdição.

Art. 3o - Ao Promotor de Justiça da Infância e da Juventude da Comarca de

Laranjal do Jari incumbe exercer as funções institucionais do Ministério Público previstasno Art. 129 da Constituição Federal, e:

I - Promover a alocação dos recursos humanos e materiais necessários as

suas atividades jurídicas e administrativas;

II - Elaborar planos de metas semestrais, levantando os problemas de atuação

da área e promovendo medidas para agilizar soluções compatíveis, especificando sempre adistribuição dos trabalhos, se necessários;

III - Elaborar a estatística semestral, organizando arquivos e controlando o

andamento dos serviços, em intercâmbio permanente, de forma e evitar duplicidade de meios

e implementar a racionalização dos trabalhos;

IV - Acompanhar as políticas nacionais, estadual e municipal de apoio,

assistência, defesa e proteção a Criança e ao Adolescente, realizando estudos e oferecendosugestões;

V - Colaborar junto aos Poderes Públicos e organismos privados em

campanha educativas e conscientização, apoio, assistência e defesa à Criança e aosAdolescentes;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 33

í VI - Desenvolver gestões junto aos Municípios para a formação de Conselhos

i Municipais de Proteção a Criança e ao Adolescente, estabelecendo um fluxo de informações

j que instrumentalizem o Ministério Público na consecução dos objetivos tutelares dasJ legislações federal, estadual e municipal;) VII - Providenciar a publicidade das atividades da Curadoria da Infância e

■j da Juventude, perante a imprensa privada;■j VIU - Participar de organismo estadual de defesa à Criança e ao Adolescente;

! Art. 4o - A Curadoria da Infância e da Juventude tem por objetivo zelar

) pela efetiva proteção à Criança e ao Adolescente, conforme prevê o Estatuto (Lei n.° 8.069,

del3dejulhodel990).

Art. 5o - O Secretário Geral de Administração da Procuradoria-Geral de

\ Justiça Providenciará o apoio necessário à efetiva implantação operacional da Curadoria da

[ Infância e da Juventude da Comarca de Laranjal do Jari, principalmente quanto às instalações,

\ mobiliário e transporte.

) Art. 6o - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

) Dê-se ciência, registre-se, publique-se e cumpra-se.i

]

Macapá/AP, 25 de fevereiro de 1993.

SIDNEY DE MELO

Procurador-Geral de Justiça Interino

34 ^ Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Portaria n.° 143/93-GAB/PGJ

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ, no

uso de sua atribuições legais e, tendo em vista o disposto no Art. 28, inciso I, n.° 09, do

Decreto (N) n.° 0076, de 24 de maio de 1991, e:

CONSIDERANDO o Art. 6o do Provimento n.° 0014/93, da Corregedoria-

Geral de Justiça, do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá;

RESOLVE Delegar competência aos Promotores de Justiça das Varas

Criminais da Comarca de Santana e Laranjal do Jari (2a entrância), e Varas Únicas das

Comarcas de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes e Mazagão (Ia

entrância), para receberem Inquéritos Policiais diretamente das Delegacias respectivas, para

o oferecimento de denúncias e demais atos de suas competências.

Dê-se ciência Publique-se. Registre-se e cumpra-se.

Macapá/AP, 29 de novembro de 1993.

MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

Procurador-Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 35

Portaria n.° 153/94-GAB/PGJ

Cria no Ministério Público do Estado do Amapá, a

Promotoria de Justiça de Incapazes, Ausentes, Deficientes,

Direitos Constitucionais e Resíduos.

O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amapá, no uso de suas

atribuições legais e, tendo em vista o disposto nos Art. 3o, I, VII e § Io, Art. 28, item 25, letra

"h" e Art. 185, item II, letra "a" do Decreto 0076, de 24/05/91, publicado no D. O. E. de 27/

05/91;

CONSIDERANDO as amplas dimensões conferidas ao Ministério Público

pela Constituição Federal (Art. 129) e pela Constituição do Estado do Amapá (Art. 150,

inciso X, § Io, "J" e § 4o), especialmente as funções de defesa dos interesses sociais e individuais

indisponíveis e outros interesses difusos e coletivos;

CONSIDERANDO, especialmente, a necessidade de ajustar a estrutura

organizacional do Ministério Público, para melhor permitir-lhe o alcance de suas finalidades

e o desempenho de suas funções, evitando duplicação de meios para a consecução de fins

idênticos;

RESOLVE:

Art. Io Fica criada com a vinculação ao Gabinete do Procurador-Geral de

Justiça, a Promotoria de Justiça de Incapazes, Ausentes, Deficientes, Direitos Constitucionais

e Resíduos na Comarca Macapá.

Art. 2o A Titularidade dessa Promotoria será exercida por um menbro do

Ministério Público de 3" entrância, desiganado pelo Procurador-Geral de Justiça, com funções

administrativas, judiciais e extra-judiciais, junto a Procuradoria-Geral de Justiça e demais

órgãos da administração pública e privada.

Art. 3o Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Dê-se ciência. Registre-se. Publique-se e cumpra-se.

Macapá-AP, 05 de agosto de 1994.

MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

Procurador-Geral de Justiça

36 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Portaria de n° 156, de maio de 1995

Regulamenta no Ministério Público do Estado do Amapá,

o quadro de Estagiário.

0 Procurador-Geral de Justiça do Amapá, no uso de suas atribuições e

tendo em vista o «üspesto nos artigos 28 e 52 da Lei Complementar n° 0009, publicada no

D.O.E, de 29/12/94,

CONSIDERANDO o disposto no art. 37 Lei Federal n° 8.625 de 12 de

fevereiro de 1993,

CONSIDERANDO a conveniência de se estabelecer critérios para

disciplinar as atividades dos universitários que, com base na Lei Orgânica do Ministério

Público, serão designados para atuar em órgãos do Ministério Público, na condição de

estagiário.

RESOLVE:

Art. Io O estagiário do Ministério Público firmará, na Secretaria-Geral do

Ministério Público, Termo de Compromisso em que se obrigará a observar as normas

estabelecidas para o estágio.

Art. 2° Compete ao estagiário:

1 - atender à orientação que lhe for dada pelo membro do Ministério

Público junto ao qual servir;

II - auxiliar o membro do Ministério Público junto ao qual servir,

acompanhando-o em seu trabalho, no estudo e exame de autos e papéis, na realização de

pesquisa, organização de notas e fichários e devolução de autos em cartório;

III - dar ciência ao membro do Ministério Público junto ao qual servir, das

irregularidades que observar nos serviços a que tiver acesso.

Art. 3o é vedado ao estagiário:

I - elaborar e subscrever denúncias, petições iniciais, contestações, alegações

e contra-razões de recurso ou qualquer peça do processo;

II - intervir em qualquer ato processual;

III - atender o público com o fim de orientar conflitos de interesses;

IV - o exercício do estágio com outras atividades relacionadas com

advocacia, com funções judiciais e policiais;

V - retirar autos de qualquer inquérito ou processo criminal das respectivas

secretarias.

Art. 4° São deveres dos estagiários:

I - seguir no serviço a orientação que lhe for dada pelo membro do Ministério

Público junto ao qual servir;

II - permanecer no Fórum durante o horário que lhe for fixado;

m - apresentar à Procuradoria Geral de Justiça, trimestralmente, relatório

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 37

circunstanciado sobre o desenvolvimento das tarefas executadas, devidamente visado pelo

membro do Ministério Público, perante ao qual estiver servindo.

Art. 5o São deveres do membro do Ministério Público em relação ao

estagiário:

I - atestar, no último dia de cada mês, a freqüência do estagiário, para que

possa a Secretaria Geral do Ministério Público preparar a lista de freqüência dos estagiários;

II - apresentar, trimestralmente ao Procurador Geral e Justiça, sucinto

relatório de desempenho do estagiário;

III - fornecer informações reservadas sobre estagiário, sempre que

solicitadas pelo Procurador Geral de Justiça;

IV - propor a dispensa ou remanejamento do estagiário indicando a razão;

V - orientar o estagiário, possibilitando o máximo aproveitamento deste;

VI - fiscalizar a observância do disposto nos artigos 2° e 3o, desta portaria.

Art. 6o A falta injustificada do estagiário, por mais de oito dias consecutivos

ou quinze alternados, será comunicada ao Procurador-Geral de Justiça, para as providências

que este entender necessárias.

Art. T - Os estagiários poderão ser dispensados, a qualquer tempo, a pedido

ou a juízo do Procurador-Geral de Justiça, e o será, obrigatoriamente, quando concluído o

curso.

Art. 8o O Procurador-Geral de Justiça, tendo em vista a assiduidade e os

relatórios do estagiário e do membro do Ministério Público, junto ao qual servir, poderá

expedir, ao término do estágio, "certificado de estágio com aproveitamento", que valerá,

segundo os critérios da Comissão de Concurso, como título em concurso para ingresso na

carreira do Ministério Público Estadual.

Art. 9o O estagiário será remunerado no valor de uma bolsa mensal

equivalente a um salário mínimo.

Art. 10 Os estagiários deverão comunicar à Secretaria Geral do Ministério

Público, para os devidos assentamentos, por ofício, as datas em que tenham dado entrada no

exercício de suas funções junto as Promotorias.

Art. 11 Os Órgãos de Ensino Superior deste Estado, deverão enviar à

Procuradoria Geral de Justiça, até a primeira semana do semestre letivo, relação contendo

todos os alunos que estiverem cursando do penúltimo ao último ano do curso de direito, a fim

de viabilizar a execução deste estágio.

Art. 12 A seleção dos estagiários será feita mediante análise curricular e

entrevista pessoal proferida pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento do Ministério Público.

Io - Se entender conveniente e necessário, o Centro de Estudos, poderá

submeter os candidatos a uma seleção prévia, cuja as regras serão estabelecidas por ato do

próprio Centro, publicado no Diário Oficial do Estado;

§ 2° - O tempo de duração do estágio será de seis meses, prorrogável por

igual período, a critério do Procurador Geral de Justiça.

Art. 13 - A escolha do estagiário deverá obedecer o disposto no § 2o, do

artigo 45, da Lei Complementar Estadual n° 0009/94 de 29/12/94.

38 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Parágrafo Único - Não poderá ser escolhido como estagiário, aquele que,

nos últimos cinco anos, respondeu ou tiver respondendo a processo criminal de qualquer

espécie.

Art. 14 - A relação dos estagiários selecionados, será publicada no Diário

Oficial do Estado, após homologação do Conselho Superior do Ministério Público.

Art. 15-0 quadro de estagiários do Ministério Público será composto por

10 estagiários, cuja distribuição ficará à cargo do Progurador-Geral de Justiça, através de ato

publicado no Diário Oficial.

Art. 16 - Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Dê-se ciência. Registre-se. Publique-se e cumpra-se.

Macapá-AP, 05 de maio de 1995.

MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

Procurador-Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 39

Portaria PGJ/n.° 157 de 04 de maio de 1995.

Cria a Promotoria de Justiça de Investigações Civis e

Criminais.

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ, no

uso das suas atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 32, da Lei Complementar n.°

0009, de 28 de dezembro de 1994 e;

CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 129, VII e VIII, da

CONSTITUIÇÃO FEDERAL, compete ao Ministério Público exercer o controle externo da

atividade policial, bem como requisitar as diligências investigatórias e instauração de

inquéritos policiais;

CONSIDERANDO a amplitude e relevância dos encargos confiados ao

Ministério Público pela Constituição Federal e Constituição do Estado do Amapá, bem como

pela legislação infra-constitucional pertinente;

CONSIDERANDO as atribuições do Ministério Público na efetiva promoção

do inquérito civil e da ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do

meio ambiente, do consumidor, do contribuinte, dos grupos socialmente discriminados e

outros;

CONSIDERANDO a necessidade de implementar a política de ação do

Ministério Público no apoio e agilização de diligências e investigações complementares

indispensáveis a instrução dos respectivos processos afetos às Promotorias de Justiça da

Capital e do Interior;

RESOLVE:

Art. Io - Fica instituída a Promotoria de Justiça de Investigações Civis e

Criminais, com sede na Comarca da Capital, vinculada à Procuradoria-Geral de Justiça,

para atuação em todo Território Estadual, sem prejuízo das atribuições legais conferidas aos

Promotores de Justiça Titulares das respectivas Comarcas.

Art. 2o - Incumbe à Promotoria de Investigações Civis e Criminais

proporcionar o devido apoio suplementar às Promotorias de Justiça da Capital e Interior e,

principalmente, às Promotorias especializadas da Infância e Juventude, de Incapazes, Ausentes,

Deficientes, Direitos Constitucionais e Resíduos, do Consumidor, Meio Ambiente, Patrimônio

Cultural e Patrimônio Público, promovendo diligências e investigações necessárias à apuração

de ilegalidades e condutas delituosas que lhe forem encaminhadas.

Art. 3o - Incumbe, ainda, à Promotoria de Justiça de Investigações Civis e

Criminais, dentre outras, as seguintes atribuições:

I) Promover a Ação Penal Pública e a Ação Penal Pública Condicionada à

Representação, considerando suas atividades estatais de promovê-las, exercer o controle

externo da atividade policial, requisitar diligências investigatórias bem como instauração de

inquéritos;

O) Promover, supletivamente, quando necessário, o Inquérito Civil e a Ação

40 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Civil Pública, desde que resguardadas as competências das Promotorias Especializadas;

HI) Exercer o controle externo da atividade policial por meio de medidas

administrativas e judiciais e adotar as providências elencadas nas alíneas a, b e c do inciso

XII, do artigo 53, da Lei Complementar 009, de 28.12.94;

IV) Exercer, supletivamente, a fiscalização dos estabelecimentos prisionais

e dos que abrigam idosos, crianças, adolescentes incapazes ou pessoas portadoras de

deficiência;

V) Requerer medidas cautelares e opinar nas representações por medidas

cujos inquéritos tramitem junto à mesma, tais como prisão provisória, busca ê apreensão,

produção antecipada de provas e outros;

VI) Promover diligências e requisitar documentos, certidões e informações

de qualquer repartição pública ou órgão federal, estadual ou municipal, da administração

direta ou indireta, podendo dirigir-se diretamente a qualquer autoridade, nos limites da Lei

Orgânica do Ministério Público, bem como expedir notificações;

VII) Acompanhar atos invesügatórios junto a organismos policiais, dentro

da área de suas atribuições;

VIII) Visitar distritos policiais, respectivas carceragens e demais

dependências policiais civis e militares existentes na sua área de atribuições;

IX) Fiscalizar os prazos na execução das precatórias policiais e promover o

que for necessário ao seu cumprimento;

X) Fiscalizar o cumprimento dos mandados de prisão, das requisições e

demais medidas determinadas pelos órgãos judiciais e do Ministério Público;

XI) Requisitar abertura de inquérito policial e a prática de quaisquer outros

atos investigatórios, bem como promover o retorno de inquérito à autoridade policial, enquanto

não oferecida a denúncia, para novas diligências e investigações imprescindíveis ao seu

oferecimento;

XII) Requerer arquivamento de Procedimentos Inquisitórias e recorrer de

decisões judiciais ensejadas por pedidos formulados em procedimentos de sua atribuição;

XIII) Manter o controle do andamento dos inquéritos e outras peças

investigatórias, em especial quanto à observância dos prazos que devam ser respeitados pelos

diversos órgãos e autoridades que neles tiverem de funcionar;

XIV) Exercer outras atividades correlatas.

Art. 4° - A Promotoria de Justiça de Investigações Civis e Criminais será

integrada por quatro membros da carreira do Ministério Público de 3a entrância e será

coordenada, obrigatoriamente por um Procurador de Justiça, designado por ato do Procurador-

Geral de Justiça.

Art. 5o - Para o regular cumprimento de suas atribuições os titulares da

Promotoria de Justiça ora instituída deverão manter entendimentos com a Secretaria de

Justiça e Segurança Pública, Comando da Polícia Militar do Estado e Superintendência de

Polícia Federal, a fim de requisitar policiais civis militares e federais para prestarem serviços

junto a mesma.

Art. 6o - A partir de sua efetiva instalação, os inquéritos policiais recebidos

pelo setor de documentação da Procuradoria-Geral de Justiça serão encaminhados à Promotoria

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 41

de Justiça de Investigações Civis e Criminais, cumprindo aos seus integrantes o oferecimento

de denúncias e elaboração de pedidos de arquivamentos pertinentes, os quais, após, serão

encaminhados para distribuição junto ao Cartório Distribuidor dos foros respectivos.

Art. T - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Macapá/AP., 04 de maio de 1995.

MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

Procurador -Geral de Justiça

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

RESOLUÇÃO N.° 013/93-CPJ

Estabelece a organização, o funcionamento e as atribuições

do Centro de Estudo e aperfeiçoamento Funcional do

Ministério Público.

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA DO ESTADO DOAMAPÁ, no uso da atribuição que é conferida pelo inciso IV do Art. 29, do Decreto (N) n.°0076, de 24 de maio de 1991;

RESOLVE:

Art. Io - O Centro de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério

Público, órgão destinado a realizar cursos, seminários, congressos, simpósios, pesquisas,

estudos e publicações, é supervisionado e coordenado por um Conselho Diretor integrado:

I - pelo Procurador-Geral de Justiça;

II -.pelo Corregedor-Geral do Ministério Público;

III - pelo presidente da Associação do MPEA;

IV -. por dois integrantes do Colégio de Procuradores de Justiça;

V - por um Promotor de Justiça de 3a entrância.

§ Io - A Presidência do Conselho será exercida pelo Procurador-Geral de

Justiça, ou por seu substituto legal.

§ 2° - Os integrantes do Colégio de Procuradores serão eleitos por seus

pares para mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo

procedimento.

a) vagando um dos cargos destinados aos Procuradores de Justiça, o

Procurador-Geral de Justiça indicará outro membro do Colégio de Procuradores, que

completará o mandato de seu antecessor.

§ 3o - O Promotor de Justiça integrante do Conselho será escolhido de

comum acordo pelos dois Procuradores de Justiça eleitos.

Art. 2o - Compete ao Conselho estabelecer, anualmente, as diretrizes do

Centro, objetivando:

I - instituir:

a) cursos preparatórios de candidatos ao ingresso nos quadros institucionais

e auxiliares do Ministério Público;

b) cursos para aperfeiçoamento e especialização de membros do Ministério

Público;

c) cursos para aperfeiçoamento e especialização de servidores da

Procuradoria-Geral de Justiça;

d) ciclos de estudos e reuniões nas Comarcas para debates de assuntos

locais e regionais de interesse da instituição;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 43

e) seminários e congressos.

II - fixar a estrutura e o conteúdo disciplinar dos cursos;

III - instalar:

a) a Escola Superior do Ministério Público do Estado do Amapá;

b) a Biblioteca do Ministério Público do Estado do Amapá.

j Art. 3o - Compete, ainda, ao Conselho:

i I - indicar os professores regulares e eventuais para os cursos e atividades

j do órgão;

! II - indicar os conferencistas dos seminários, congressos e similares;

\ III - organizar planos de publicação de assuntos institucionais e jurídicos;

í IV - realizar e estimular qualquer atividade cultural vinculada ao campoÍ do direito e de interesse geral, bem como instituir cursos e comendas;

i V - laborar atos normativos;

\ VI - exercer controle disciplinar sobre discentes e docentes e pessoali administrativo.

) Parágrafo único - As deliberações serão tomadas por maioria de votos,

j presentes 2/3 (dois terços) de seus membros.

i Art. 4o - O Centro de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério

\ Público é dirigido porum Procurador de Justiça de livre designação e destituição do Procurador-

í Geral de Justiça.

j Art. 5o - A Procuradoria-Geral de Justiça colocará à disposição do CentroI de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional os recursos financeiros, materiais e humanos

necessários ao seu regular funcionamento.

Art. 6o - Ao Diretor compete:

I - elaborar o plano de eventos e pesquisas do Centro;

II - sugerir a organização de cursos ou a realização de atividades

institucionais que interessem ao órgão;

III - apresentar relatório a respeito do desempenho e aproveitamento dos

participantes dos cursos;

IV - conferir e assinar certificados e diplomas;

V - organizar cadastro de professores e conferencistas;

VI - fixar o calendário, a carga horária, as turmas e o número de vagas nos

cursos de caráter permanente ou periódico mantidos pelo Centro;

VII - relacionar as obras necessárias que constarão no acervo da Biblioteca

do Ministério Público;

VTII - exercer quaisquer outras atribuições relacionadas com o cumprimento

das finalidades do Centro.

Art. T - Os certificados conterão o nome das disciplinas cursadas, a carga

horária, os graus obtidos em cada disciplina, bem como a freqüência observada durante o

curso.

Art. 8o - Os diplomas conterão o nome dos conferencistas e temas debatidos.

Art. 9° - Os certificados de aproveitamento de cursos e os diplomas de

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

participação nos congressos, seminários, simpósios, estudos e pesquisas do Centro serão

levados em consideração pelo Conselho Superior do Ministério Público para promoção ou

remoção por merecimento, dos integrantes do Ministério Público.

Art. 10 - Os certificados de aproveitamento de cursos previstos no inciso I,

alínea "a", do Art. 2o deste Regimento poderão ser considerados como título no Concurso de

Ingresso na Carreira do Ministério Público, a critério da Comissão do Concurso.

Art. 11 - Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.

Macapá/AP., 20 de outubro de 1993.

MANOEL DE JESUS FERREIRA DE BRITO

SIDNEY DE MELO

RAIMUNDA CLARA BANHA PICANÇO

JAIR JOSÉ DE GOUVÊA QUINTASMARIA DO SOCORRO M. MONTEIRO

FERNANDO LUÍS FRANÇA

MÁRCIO AUGUSTO ALVESJUDITH GONÇALVES TELES

NICOLAU ELÁDIO B. CRISPINO

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 45

CORREGEDORIA-GERAL

ATO N.° 002

O CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, no uso de suas

atribuições legais, orienta as atividades dos Promotores de Justiça do Estado, nos seguintes

termos:

PARTE GERAL:

Sem prejuízos de outras funções e deveres estabelecidos pela lei, incumbe

ao representante do Ministério Público:

ASSUNÇÃO NA COMARCA - Providências

01. comunicar, por ofício, ao chegar à Comarca, quando promovido, classificado, removido

ou designado, a assunção do cargo ao Juiz de Direito, Pretor, Delegado de Polícia, Prefeito

Municipal, Presidente da Câmara Municipal, Presidente da Subseção da Ordem dos Advogados

do Brasil ou Associação dos Advogados e outras autoridades civis, militares e eclesiásticas

da localidade, que, eventualmente, possam contribuir para facilitar seu desempenho funcional

ou social;

RESIDÊNCIA NA COMARCA

02. residir na sede da Comarca e comunicar à Procuradoria-Geral de Justiça e à Corregedoria-

Geral do Ministério Público o endereço residencial, bem como o número de seu telefone, se

houver, atualizando-os sempre que ocorrer mudança (Art. 53, IX, Decreto n.° 0076 de 24 de

maio de 1991);

ATENDIMENTO DE PARTES - Aviso

03. fixar, no Fórum, um aviso, dando publicidade ao horário, dentro do expediente forense,

no qual, diariamente, fará atendimento de partes

EXPEDIENTE FORENSE

04. comparecer, diariamente, ao Fórum, permanecendo durante o horário normal e recebendo,

todos os dias, o expediente dos Cartórios (Art. 53, IV, Decreto n.° 0076 de 24 de maio de

1991);

CONDIÇÕES DO GABINETE.

05. manter a funcionalidade e a discrição de seu gabinete de trabalho, compatíveis com a

dignidade e a tradição de Justiça, evitando, pois, adereços discrepantes da sobriedade e padrões

forenses convencionais;

46 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

ARQUIVODA PROMOTORIA - Pastas

06. organizar o Arquivo da Promotoria, distribuindo os trabalhos em pastas, assim classificadas:

PASTA A - correspondência expedida;

PASTA B - correspondência recebida;

PASTA C - matéria administrativa (Atos, Provimentos, Circulares);

PASTA D - matéria criminal (denúncias e aditamentos);

PASTA E - matéria criminal (arrazoados, libelos, petições de recursos, pedidos de

arquivamento e outros);

PASTA F - matéria criminal (requisições de inquéritos, pedidos de diligências, requerimentos

de prisão preventiva);

PASTA G - matéria cível (ações ajuizadas pelo Ministério Público, acordos realizados na

Curadoria);

PASTA H - matéria cível (pareceres, razões e contra-razoes recursais);

PASTA I - matéria menorista (termos de apresentação, representações, remissões, pedidos de

arquivamento e outros);

PASTA J - matéria relativa ao consumidor, meio ambiente, patrimônio histórico, paisagístico

e outros interesses difusos);

PASTA K - diversos;

ARQUIVO DA PROMOTORIA - Livros

07. além das pastas, o Promotor deverá manter controle, preferentemente em livro próprio,

de:

a) ações ajuizadas pelo Ministério Público;

b) inquéritos civis instaurados;

c) requisições de inquéritos, pedidos de diligência e requerimentos de prisão preventiva

(principalmente em relações a réus pronunciados e foragidos);

d) reclamações decorrentes do atendimento ao público;

e) expedientes policiais referentes a ato infracional por adolescente

TRAJE DO PROMOTOR

08. nas ocasiões em que exercer o seu mister, ou em razão dele, apresentar-se trajado

sobriamente, abolindo indumentária não compatível com a tradição, decoro e respeito inerentes

ao cargo, bem como, por ocasião da audiência em que participe, fazer uso de beca.

RELAÇÕES COM PESSOAS DE MAU CONCEITO

09. evitar manter relações de amizade ou exibir-se em público em companhia de pessoas de

notórios e desabonadores conceitos criminais e sociais, bem como abster-se de freqüentar

locais mal afamados na Comarca, a fim de que o prestígio e o respeito da Instituição não

sofram qualquer abalo e desgaste na sua imagem;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 47

OBRIGAÇÕES CIVIS E COMERCIAIS - Pontualidade.

10. adimplir rigorosamente suas obrigações legais ou contratuais de qualquer natureza, bem

como procurar não contrair dívidas com as quais não possa arcar, evitando, desta forma,

macular seu bom nome e, conseqüentemente, a margem da Instituição nos meios sociais;

UTILIZAÇÃO DE IMPRESSOS DO MP

11. utilizar-se, em seus trabalhos, dos impressos e dos papéis confeccionados segundo o

modelo oficial existente na Procuradoria-Geral de Justiça;

COMUNICAÇÃO VERBAL DE FATO - Providências

12. ao receber comunicação verbal de fato que legitime a ação do Ministério Público, reduzi-

la a termo, e dar-lhe o encaminhamento adequado (requerimento, petição ou ofício

requisitório), para instauração ou intervenção no competente Procedimento;

1 COPIAS DE TRABALHOS - Providênciasi

13. cuidar para que requisições, requerimentos, petições, ofícios e outros trabalhos sejam

feitos com cópias, delas constando protocolo ou recibo do destinatário, para, em seguida,

serem arquivados em pasta apropriada na Promotoria ou Curadoria;

CONTROLE DE FEITOS POLICIAIS - Transmissão ao sucessor

14. manter, permanentemente, sistema de controle de devolução de procedimentos policiais,

ou de requerimentos e petições, transmitindo-o ao seu sucessor, mediante recibo, quando

deixar o exercício do cargo;

LIVRO-TOMBO

15. manter controle do livro-tombo de inquéritos policiais, principalmente quanto aos registros

dos feitos provenientes das Delegacias de Polícia e a destinação dada pelo Cartório.

LIVRO-CARGA DO MP

16. manter atualizado e controlado o livro-carga do Ministério Público, exigindo que todosos feitos com vista ao órgão ministerial sejam nele protocolados;

NOME DO PROMOTOR - Carimbo ou datilografia

17. datilografar o nome, ou por carimbo sob a assinatura, para efeito de identificação dospróprios trabalhos

TRABALHOS - Datilografia

18. datilografar todos os trabalhos, preferencialmente; nas manifestações manuscritas, redigirde forma legível;

48 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

TRABALHOS - Identificação do processo, da parte e da vista

19. mencionar, na manifestação nos autos, a Comarca, o número do processo e o nome da parte,

para identificar o caso a que se refere e, se necessário, a data em que o recebeu com vista

TRABALHOS - Exigência constitucional

20. nos atos em que oficiar, fazer relatório, dar os fundamentos em que analisará as questões de

fato e de direito e lançar o seu parecer ou requerimento;

PROCESSOS - Zelo quanto a regularidade

21. zelar pela regularidade dos processos em que intervenha, evitando falhas que possam

acarretar sua anulação, manifestando-se no prazo legal, participando de atos e diligências

que lhe competem, a fim de obstar possíveis advertências ou penalidades disciplinares. e

exigindo sua intimação pessoal sempre que houver implicações judiciais;

RETENÇÃO DE DINHEIRO E VALORES.

22. evitar reter papéis, dinheiro ou qualquer outro bem que represente valor, confiados a sua

guarda, promovendo sua imediata destinação legal;

PROCEDIMENTOS INCIDENTES - Autos apartados

23. zelar para que procedimentos incidentes sejam processados em autos apartados, a fim de

evitar tumulto no processo principal

AUDIÊNCIAS - Comparecimento

24. comparecer sempre às audiências para as quais for intimado, à exceção de quando houver

coincidência de horário ou de data, no caso de substituição. Nessa hipótese, deve o Promotor

solicitar ao Juiz que faça constar do termo de audiência o motivo de sua ausência ao ato;

MANIFESTAÇÕES NOS AUTOS - Cuidados

25. atentar para que as manifestações nos autos sejam feitas de acordo com os princípios

éticos e ajustadas à seriedade e à harmonia que regulam o funcionamento da justiça;

MANIFESTAÇÕES DE MÉRITO - Objetividade

26. fundamentar com precisão, clareza e objetividade os pedidos de arquivamento ou absolvição

e qualquer outra manifestação de mérito

TRABALHOS - Xerox

27. zelar para que os trabalhos não sejam oferecidos xerocopiados ou por qualquer motivo

reproduzidos em série, a não ser que haja prévia autorização da Corregedoria-Geral do

Ministério Público

LEITURA DO DIÁRIO OFICIAL

28. inteirar-se dos Avisos, Atos, Circulares, Comunicados, Editais, Instruções, Portarias,

Correições e demais matérias de interesse da Instituição, consultando cotidianamente o "Diário

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 49

Oficial do Estado" na parte atinente ao Ministério Público;

COMUNICAÇÃOÀPGJEÀCORREGEDORIA

29. comunicar, por ofício, à Procuradoria-Geral de Justiça e à Corregedoria-Geral do Ministério

Público:

a) a interrupção de função anterior e o novo exercício, no caso de promoção, remoção,

designação ou substituição;

b) a entrada em gozo de férias, ou de licença, informando quanto às condições em que fica o

serviço e onde poderá ser localizado;

c) a reassunção do exercício do cargo;

d) até o dia 31 de outubro, a sua opção de férias, a serem escalonadas para o ano seguinte,

mediante ofício ao Procurador-Geral de Justiça;

COMUNICAÇÕES AO SUBSTITUTO AUTOMÁTICO E PGJ

30. comunicar, com antecedência e preferentemente por telefone, a seu Substituto Automático

e à Procuradoria-Gera] de Justiça, a ausência a qualquer ato judicial de que participe, para os

fins de cumprimento de normas disciplinadoras da Tabela de Substituições Automáticas e de

impedir o respectivo adiamento do ato;

PROMOÇÃO - Remoção

Férias Feitos Pendentes de manifestação Devolução

31. em decorrência de promoção ou remoção, antes do início do período de trânsito, ou

férias, atualizar os serviços da Promotoria ou Curadoria, evitando deixar processos ou

inquéritos dependendo da manifestação do Promotor e realizando os júris designados

AFASTAMENTOS - Feitos pendentes Justificação nos autos

32. ao entrar em férias ou licença, ou quando deixar a Comarca, devolver a Cartório todos os

processos ou inquéritos que, eventualmente, tenha em carga, justificando, nos próprios autos,

os motivos de não ter havido manifestação do agente;

AFASTAMENTO BA COMARCA - Comunicações às autoridades locais

33. comunicar, por escrito, ao deixar a Comarca, quando promovido ou removido, às

autoridades mencionadas no item 1., em especial agradecendo àquelas que efetivamente

tenham colaborado para seu desempenho funcional, ou social, durante a sua permanência na [

localidade;

FICHÁRIO E AGENDA DA PROMOTORIA - Transmissão ao sucessor

34. fazer uso de agenda e de fichário, patrimônio das Promotorias e Curadorias, para registro

de designações de atos, audiências e diligências de que participa, os quais deverão ser

transmitidos a seu sucessor, ou substituto, mediante recibo, a fim de assegurar a continuidade

aos serviços;

50 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

TRÂNSITO - Autorização do Procurador Geral

35. o órgão do Ministério Público, promovido ou removido, somente entrará em trânsito mediante

expressa autorização do Procurador-Geral;

AFASTAMENTO DA COMARCA - Certidão cartorária

36. obter para resguardo próprio, dos Cartórios Judiciais e do Registro Civil, ao deixar ou

interromper o exercício do cargo, certidão conclusiva sobre a inexistência de quaisquer autos

em seu poder.

MATERIAL ADMINISTRATIVO - Transmissão ao sucessor

37. cadastrar, conservar e transmitir ao sucessor, mediante recibo, as máquinas e equipamentos

pertencentes à Promotoria e Curadoria, usando-os exclusivamente nos serviços afetos ao

cargo;

PRONTUÁRIO - Atualização

38. interessar-se pela atualização de seu prontuário, quer o existente na Corregedoria-Geral

do Ministério Público, quer o existente na seção de pessoal, não descurando das comunicações

normais e do fornecimento de elementos que contribuam para retratar sua situação pessoal e

funcional;

CONVOCAÇÕES DA CORREGEDORIA E PGJ

39. atender, prontamente, convocações da Procuradoria-Geral de Justiça e Corregedoria-

Geral do Ministério Público, não podendo fazer juízos de conveniência em cumprir tais

determinações;

REPRESENTAÇÃO DO MP EM EVENTOS COMUNITÁRIOS.

40. representar o Ministério Público nas Comarcas em que haja somente um cargo de Promotor

de Justiça;

a) nas solenidades, em especial naquelas em que presente qualquer chefe do Poder da República

ou do Estado, o Procurador-Geral de Justiça, o Corregedor-Geral do Ministério Público ou

membro do Conselho Superior do Ministério Público;

b) nas comemorações realizadas ao ensejo das datas cívicas nacionais, estaduais e municipais;

REPRESENTAÇÃO DO MP EM EVENTOS COMUNITÁRIOS

41. nas Comarcas do interior onde houver mais de um cargo de Promotor de Justiça, a

representação do Ministério Público em cerimônias oficiais e eventos cívicos e sociais incumbe

ao titular da Ia Promotoria:

a) em caso de vacância da Ia Promotoria, ou nas faltas de seu titular, a atribuição prevista no

item anterior será exercida pelos membros do Ministério Público classificados na Comarca,

observada a ordem de criação das respectivas Promotorias;

b) o titular da Ia Promotoria de Justiça poderá delegar essa atribuição aos demais membros

do Ministério Público classificados nas demais Promotorias;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 51

AUTORIDADES - Entendimento direto

42. aos representantes do Ministério Público da capital e do interior, quando no exercício das

funções ou em razão delas, é assegurada a prerrogativa de entender-se diretamente com as

autoridades da Comarca;

COMUNICAÇÕES DE INTERESSE GERAL DO MP

43. quando se tratar de outras comunicações, que digam respeito a interesse geral do Ministério

Público, deverão ser encaminhadas por intermédio do Procurador-Geral de Justiça;

PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE COMUNICAÇÃO

44. o representante do Ministério Público deve abster-se de participar e manifestar-se em

programas de rádio, televisão, ou de qualquer outro meio de comumcação que, por sua forma

ou natureza, possam comprometer a respeitabilidade de seu cargo ou desprestígio da

Instituição;

PROMOTOR ELEITORAL - Vedação

45. ao representante do Ministério Público é vedado compor Junta Eleitoral;

PROMOTOR ELEITORAL - Cuidados

46. no exercício de outras funções eleitorais, deve proceder com a máxima discrição e não

revelar preferências políticas de cunho pessoal e nem adiantar previsões de possíveis resultados

em eleições;

PROMOTOR - Garantias e prerrogativas

47. o representante do Ministério Público deve submeter previamente à consideração do

Procurador-Geral de Justiça e do Corregedor-Geral do Ministério Público qualquer questão

referente à, aplicação de dispositivos legais que envolvam garantias e prerrogativas do

Ministério Público;

VISTA DOS AUTOS NO GABINETE - Intimação pessoal

48. não transigir com quaisquer medidas ou propostas que restrinjam ou anulem o direito do

representante do Ministério Público de ter vista dos autos em seu gabinete, no Fórum, e de

receber ultimações pessoais, tanto no cível, quanto no crime;

LOCAL DO GABINETE NO FÓRUM

49. ter presente que o Ministério Público deve ser previamente ouvido em qualquer iniciativa

de alteração do local do Gabinete do Promotor de Justiça no Fórum. Inocorrendo solução de

consenso, levar o assunto ao conhecimento do Procurador-Geral de Justiça, mediante

representação, por escrito, instruída com os documentos que se façam necessários;

ATENDIMENTO A PEDIDOS DE OUTROS PROMOTORES.

50. dar pronto atendimento às diligências e providências em geral que lhes forem solicitadas

por outros órgãos do Ministério Público, observados os limites de suas atribuições e

possibilidades de recursos materiais e humanos. As solicitações podem ser deduzidas

52 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

informalmente, bastando o órgão solicitante esclarecer os motivos da solicitação e o destino

das informações requeridas. Quando as solicitações forem deduzidas mediante ofício, deverá

o Promotor de Justiça acusar o seu recebimento, pela mesma via, comunicando as providências

adotadas;

REQUISIÇÕES DE PASSAGENS

51. as requisições de passagens são restritas ao uso pessoal e exclusivo do Promotor de

Justiça e unicamente em objeto de serviço;

COMPRA DE DIREITOS E BENS - Vedação

52. ao representante do Ministério Público é vedado adquirir bens ou direitos de protagonistas

de procedimentos em que intervenha, a qualquer título;

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO - Providências

53. nos casos de impedimentos e de suspeição, o representante do Ministério Público deverá

mencionar, nos autos, apenas o motivo legal ou a circunstância de ser o mesmo de natureza

íntima, abstendo-se de maiores considerações e comunicando, por ofício, imediatamente, o

fato ao Procurador-Geral de Justiça:

54. Nos casos de impedimento, incumbe ao Representante do Ministério Público proceder

conforme preceitua o inciso 30 do presente ato;

55. sempre que houver a necessidade de designação especial de Promotor Substituto, em

razão de impedimento ou de suspeição, o Promotor deve tomar a iniciativa de solicitar

diretamente esta providência;

56. recomenda-se, outrossim, deva declarar-se suspeito ou impedido em qualquer procedimento

em que intervenha uma vez configurada hipótese legal, só aplicável a processos;

PRESÍDIOS - Visita Mensal

57. incumbe ao representante do Ministério Público visitar os estabelecimentos carcerários

do Estado e as casas de albergados, sempre que julgar necessário, e mensalmente, quando

lavrará termo no livro apropriado e, se for o caso representará ao Juízo competente quanto às

irregularidades detectadas;

RELATÓRIOS - Espécies

58. incumbe ao órgão do Ministério Público a apresentação dos seguintes relatórios à

Corregedoria-Geral do Ministério Público, mediante o preenchimento de formulário próprio:

a) TRIMESTRAL DE ATIVIDADES, até o dia 10 subsequente ao trimestre vencido, a cargo

do Promotor de Justiça Titular, em formulário adotado pela Corregedoria; a trimestralidade

corresponde aos seguintes meses: Io (jan/fev/mar); 2° (abr/mai/jun); 3o (jul/ago/set); 4° (out/

nov/dez); no caso de substituição recair no último mês do trimestre, não há necessidade de

elaboração de relatório trimestral pelo substituto, mas tão só o de substituição, eis que os

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 53

demais dados do trimestre já terão sido informados pelo titular;

b) PARCIAL TRIMESTRAL (em caso de férias, remoção ou promoção), incluindo os dados

até o último dia de exercício das atividades do Promotor na Promotoria/Curadoria, utilizando-

se do formulário adotado pela Corregedoria, cujos dados não deverão ser incluídos no relatório

trimestral;

c) TRIMESTRAL DEESTÁGIO (exclusivo para Promotores de Justiça em estágio probatório),

abrangendo todo o serviço a cargo do Ministério Público, mais as atividades extrajudiciais,

com prazo de entrega até o 10° dia subsequente ao trimestre considerado;

d) SUBSTITUIÇÃO, a ser enviado à CORREGEDORIA até o dia 10 subsequente ao mês da

substituição, no formulário adotado, pelo Promotor que a exerceu; e ao Procurador-Geral de

Justiça até o 3o dia útil do mês seguinte ao da substituição exercida, mediante relatório

simplificado, sob pena do estorno do pagamento feito;

e) JÚRI (julgamento realizados), até cinco dias após o encerramento da reunião, a cargo do

Promotor com atuação em plenário em formulário próprio;

f) JÚRI (julgamentos transferidos), até cinco dias após o encerramento da reunião, a cargo

do Promotor com atuação no Júri, em formulário próprio;

g) JÚRI (inexistência de processo em pauta para julgamento), a ser remetido logo após o

período da reunião ordinária); em formulário próprio;

h) DE CANDIDATO À REMOÇÃO, a ser remetido junto com a declaração de que trata-o art. 33

do Estatuto do Ministério Público, indicando o número de inquéritos e processos pendentes

de intervenção do Ministério Público;

i) DE ASSUNÇÃO EM PROMOTORIA; a ser remetido no prazo de 10 dias, contados da

assunção no cargo, indicando os mesmos dados do Relatório de Candidato à Remoção;

FALHAS E DIFICULDADES DO SERVIÇO - Informações e Sugestões

60. apontar, no relatório trimestral, se for o caso, as falhas ou dificuldades eventualmente

existentes nos serviços a seu cargo, oferecendo sugestões para o seu aprimoramento;

RELATÓRIOS DE ESTAGIÁRIOS DO MP - Aprovação

61. aprovar, ou não, os relatórios trimestrais dos estagiários do Ministério Público, que sirvam

à respectiva Promotoria, instruindo-os com atestados de efetividade;

ATUAÇÃO CONJUNTA

62. nas hipóteses de conveniência da atuação conjunta de mais de um Promotor de Justiça,

requerer, previamente, designação especial ao Senhor Procurador Geral de Justiça (Art. 40,

Decreto n.° 0076 de 24 de maio de 1991);

ATENDIMENTO AO PÚBLICO

63. todos os Promotores de Justiça tem o encargo de atender ao público no âmbito das

atribuições de sua Promotoria, tomando as providências cabíveis (Art. 39, XI, Decreto n.°

0076 de 24 de maio de 1991);

54 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

IMPRENSA

64. não antecipar a veiculação de notícias de medidas adotadas, cuja a execução possa a vir a

ser frustada; não dar exclusividade a qualquer órgão de imprensa; servir-se da Assessoria de

Comunicação da PGJ e resguardar a presunção de inocência dos envolvidos;

ESTAGIÁRIOS AUXILIARESDOMP

65. os estagiários não devem assinar peças processuais (denúncias, alegações finais, razões

de apelação, pareceres, etc), ainda que em conjunto com o Promotor de Justiça com o qual

atue.

O PROCESSO PENAL EM GERAL

DA FASE PRÉ-PROCESSUAL - Ao representante do Ministério Público é recomendado:

NOTITIA CRIMINIS - Providências em caso de comunicação verbal

01. se receber comunicação verbal de crime de ação pública ou de ilícito contravencional e

não houver inquérito policial instaurado a respeito, tomar por termo as declarações da pessoa

que notificou o fato e, em seguida, encaminhar o termo à Polícia, acompanhado de ofício

requisitório de abertura de inquérito;

NOTITIA CRIMINIS - Providências em caso de comunicação escrita e documentos.

02. se a notícia do crime for recebida por escrito através de requerimento, carta, certidão,

processo administrativo, sindicância ou quaisquer outros documentos, e não houver inquérito

policial instaurado sobre o fato, encaminhar as peças à Polícia, mediante ofício requisitório

de abertura de inquérito, salvo se houver elementos suficientes para a propositura da ação

penal, hipótese em que deverá ser, desde logo, oferecida a denúncia, requisitando à Polícia

apenas a qualificação e o indiciamento;

NOTITIA CRIMINIS - Carta anônima e jornal

03. nos casos de recebimento de carta anônima ou de leitura de notícia de jornal, indicando

a prática de ação pública, não requisitar a abertura de inquérito policial sem, antes, convocar

a vítima ou seu representante legal para confirmar o fato;

RECEBIMENTO DE IPM - Providências

04. na hipótese de recebimento de inquérito policial militar, remetido à Justiça Comum, por

ter a Justiça Militar se dado por incompetente, verificar, junto à autoridade policial e ao

Cartório do Distribuidor, se há inquérito policial comum ou ação penal pelo mesmo fato,

procedendo, a seguir, da seguinte forma:

a) se houver inquérito, requerer o apensamento das duas peças investigatórias, para posterior

exame conjunto;

b) se já houver denúncia, requerer o apensamento do Inquérito Policial Militar à ação penal

já instaurada, adiantando-a, se necessário;

c) se não houver inquérito, nem denúncia, apreciar o Inquérito Policial Militar como um

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 55

inquérito comum, oferecendo denúncia, requerendo o arquivamento ou novas diligências,

estas, agora, requisitadas à Polícia Judiciária;

d) se houver inquérito policial já arquivado, requerer o apensamento e nova vista, para

exame da prova acrescida e manutenção do pedido de arquivamento ou oferecimento de

denúncia, se houver prova nova;

REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO - Redução a termo

05. reduzir a termo a representação do ofendido, sempre que for feita oralmente;

DEVOLUÇÃO DE INQUÉRITOS , Cautelas

06. na devolução de inquérito à Polícia, o que só ocorre em casos excepcionais, para

complementação da investigação, especificar objetivamente as diligências que deverão ser

realizadas;

DILIGÊNCIAS PRESCINDÍVEIS E IMPRESCINDÍVEIS - Denúncia.

07. somente as diligências realmente imprescindíveis ao oferecimento da denúncia autorizam

o retardamento desta. As diligências úteis mas não imprescindíveis, deverão ser requeridas

juntamente com o oferecimento da denúncia e realizadas no curso do processo já instaurado;

DILIGÊNCIAS FALTANTES - Devolução de inquéritos. Indiciado preso

08. evitar a devolução à Polícia de inquéritos em que figure indiciado preso, instaurando,

desde logo, se for o caso, a ação penal e requisitando, em expediente complementar, as

diligências faltantes;

DILIGÊNCIAS IMPRESCINDÍVEIS - Conceito

09. as diligências consideradas imprescindíveis ao oferecimento da denúncia são as referentes

à caracterização da autoria da infração penal, à materialidade e a sua correta tipificação

legal;

DILIGÊNCIAS IMPRESCINDÍVEIS - Notificações e requisições

10. as diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia poderão ser realizadas pelo

próprio Promotor de Justiça, valendo-se, para tanto, de suas atribuições legais de expedir

notificações e de fazer requisições;

DILIGÊNCIAS - Fixação de prazo

11. deve-se propor prazo razoável para o cumprimento das diligências, caso requeridas ao

Juiz, ou fixá-lo, quando requisitadas diretamente pelo Promotor; os autos do inquérito não

deverão baixar à Delegacia de Polícia, salvo excepcionalmente, permanecendo em Cartório;

DILIGÊNCIAS - Dilação de prazo

12. nos pedidos de dilação de prazo, analisar a pertinência das diligências faltantes, cuja

demora está acarretando o atraso, bem como requisitar, desde logo, outras diligências

necessárias, quando não tenham sido cogitadas pelo Delegado de Polícia que preside o

56 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

inquérito;

EXAME COMPLEMENTAR - Lesões corporais graves

13. nos crimes de lesões corporais graves, requisitar a realização de exame complementar, se

essa providência já não tiver sido tomada pela autoridade policial;

LESÕES GRAVES - Perigo de vida - Motivação

14. verificar a motivação do laudo em exame de corpo de delito complementar no que concerne

à gravidade das lesões corporais pelo perigo de vida, requerendo seja aditado, para esse fim,

quando a fundamentação for deficiente;

LESÕES GRAVES - Deformidade - Foto da vítima

15. nos casos de lesões corporais graves de que resultarem deformidades permanentes, verificar

se o laudo complementar está instruído com fotografia, requisitando-a sempre que ocorrer

dano estético ou assimetria;

LESÃO CULPOSA - Exame complementar desnecessidade -Denúncia

16. oferecer desde logo a denúncia, quando se tratar de lesão corporal culposa, já constatada

por laudo médico-pericial, mas dependente de exame complementar, requisitando a aludida

providência na própria peça incoativa;

AÇÃO PENAL CONDICIONADA - Representação da vítima

17. verificar, nos casos de ação penal condicionada, a existência da representação da vítima

ou de quem tiver qualidade para representá-la, bem como a existência, quando for o caso, de

atestado ou declaração de pobreza;

CERTIDÕES DE NASCIMENTO E CASAMENTO - Juntada

18. promover a juntada aos autos de certidão de nascimento do indiciado, quando houver

dúvida quanto à idade e para os efeitos dos arts. 27; 65,1, e 115 do CP, bem como de certidão

de nascimento ou de casamento da vítima ou do indiciado, quando necessária para a exata

capitulação do delito ou para a caracterização de circunstâncias agravantes, qualificadoras

ou causas especiais de aumento de pena;

QUANTIAS EM DINHEIRO

19. promover o imediato recolhimento a estabelecimento bancário oficial, à ordem do Juízo,

das quantias em dinheiro que venham anexadas ao expediente;

FLAGRANTE - Análise do auto de prisão

20. ao se manifestar sobre cópias de flagrante, verificar:

a) se era caso de prisão em flagrante;

b) se foram observadas as formalidades legais;

c) se é caso de concessão de liberdade provisória, ou seja, se estão presentes, ou não, os

motivos que autorizariam a decretação da prisão preventiva, observada a Lei dos Crimes

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 57

Hediondos;

FURTOQUALIFICADO - Prova do arrombamento

21. nos crimes de furto qualificado por rompimento de obstáculo à subtração da coisa, requisitar

a prova pericial do arrombamento, se essa providência não tiver sido tomada pela autoridade

policial;

CRIMES DE JÚRI

Ferimentos por arma de fogo - Laudo pericial

Dados importantes

22. providenciar, nos casos de crimes dolosos contra a vida, para que laudos referentes a

ferimentos produzidos por projétil de arma de fogo indiquem:

a) a ocorrência de zonas de chamuscamento, esfumaçamento ou tatuagem, na pele ou na

roupa da vítima;

b) os ferimentos de entrada e de saída, quando o projétil transfixar o corpo da vítima;

c) a trajetória do projétil no corpo do ofendido e os órgãos lesados;

AUTO DE NECRÓPSIA - Ficha biométrica da vítima e dados importantes

23. verificar se os laudos de necrópsia, nos casos de homicídio doloso, estão acompanhados

de ficha biométrica da vítima e de diagrama que mostre a localização dos ferimentos e a sua

direção, requisitando, na hipótese negativa, sejam complementados para esse fim;

AUTO DE NECRÓPSIA - Afogamentos Sinais cadavéricos

24. verificar se os laudos periciais, nos casos de afogamento, indicam os sinais externos e

internos dessa causa mortis, especialmente a espuma tráqueo-brônquica e o enfisema aquoso,

requisitando complementação se, por motivação deficiente, não excluir a hipótese de morte

anterior;

CRIMES DE AÇÃO PRIVADA - Decadência

25. nos inquéritos instaurados por crime de ação penal privada, requerer a permanência dos

autos em cartório até a iniciativa do querelante ou o decurso do prazo de decadência;

PORTE ILEGAL DE ARMA - Laudo pericial

26. nos inquéritos sobre porte ilegal de arma, fiscalizar a existência de laudo pericial

verificatório da potencialidade do instrumento;

ENTORPECENTES - Exame toxicológico definitivo

27. nos crimes de entorpecentes, se não constar do inquérito, requisitar ou postular a requisição

do auto de exame toxicológico definitivo, que deverá vir aos autos até a audiência de instrução

e julgamento;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

INQUÉRITO POLICIAL - Prescrição em abstrato Comunicações à chefia de polícia

28. quando o inquérito policial noticiar fato cuja pretensão punitiva estiver extinta pela prescrição

em abstrato, face inércia da autoridade policial, oficiar à Chefia de Polícia do Estado, comunicando

o fato, para as medidas cabíveis;

DO PROCESSO - Ao representante do Ministério Público é recomendado:

ARMAS EOUTROS OBJETOS DO CRIME - Cuidados

01. zelar para que as armas, instrumentos do crime e outros objetos apreendidos na fase pré-

processual, sejam encaminhadas a juízo, onde deverão ser recebidos pelo Cartório, através

de termo nos autos;

PROMOÇÃO OU PARECER

02. na condição de titular da ação penal, o Ministério Público não opina, requer. Ao contrário,

nos crimes de ação penal privada, o agente ministerial não requer, opina;

MANIFESTAÇÕES IMPESSOAIS NOS TRABALHOS

03. o Promotor de Justiça oficia, sempre, como agente da Instituição. Recomenda-se, pois,

nas promoções, denúncias e pareceres, o uso da terceira pessoa do singular - o Ministério

Público -, evitando-se a pessoalidade das manifestações;

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E ARQUIVAMENTO

04. quando a punibilidade do fato delituoso noticiado no inquérito policial estiver extinta

pela prescrição em abstrato ou por outra causa legal, deve o Promotor de Justiça requerê-la,

postulando o arquivamento e baixa do expediente policial, que são conseqüência do primeiro

ato;

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E PRESCRIÇÃO.

05. o Promotor de Justiça não poderá, em inquérito ou em processos, pedir a extinção da

punibilidade, presumindo que, se condenado o réu, venha a ocorrer a prescrição pela pena

concretizada na sentença;

ARQUIVAMENTO - Fundamentação

06. as promoções de arquivamento do inquérito policial ou de outras peças de informações,

devem, sempre, ser fundamentadas, obedecida a formalidade da exposição sucinta dos fatos,

discussão e pedido final;

ARQUIVAMENTO CRIME CULPOSO - Cuidados

07. evitar, ao requerer o arquivamento de inquérito instaurado por crime culposo, a afirmação

de ocorrência de culpa exclusiva da vítima, cingindo-se à análise da conduta culposa do

indiciado;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 59

DENÚNCIA - PRINCIPIODA OFICIALIDADEOU

DAOBRIGATORIEDADE

08. somente quando estiver absolutamente estreme de dúvida que o agente atuou amparado

por uma das causas excludentes da ilicitude penal prevista em lei, pode o Promotor de Justiça

deixar de oferecer denúncia ante a ocorrência de fato típico;

DENÚNCIA - CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS

09. a denúncia é uma peça sucinta, de acusação direta e objetiva. Nela o Promotor de Justiça

narra a conduta delitiva do agente, sem discussão ou análise dos elementos informativos

contidos no expediente que lhe serve de sustentação, nem referência às alegações do indiciado,

vítimas ou testemunhas. É uma peça processual afirmativa. Deve, portanto, conter uma síntese

dogmática de um fato punível extraído do inquérito policial ou de outra fonte idônea de

informação;

DENÚNCIA - Concurso de agentes. Narração

10. na hipótese de concurso de pessoas, deve a inicial descrever, especificadamente, a conduta

de cada um dos denunciados, sempre que possível, consignando que agiram em comunhão

de vontades e de esforços;

DENÚNCIA - Exclusão de indiciado

11. quando o fato for praticado por mais de uma pessoa, mas a denúncia for oferecida contra

um ou alguns, apenas, deve ser indiciado, em folha separada ou por cota nos autos, o motivo

pelo qual alguém é excluído da relação processual, de modo sucinto;

DENÚNCIA - Requerimentos complementares Separação do texto

12. os requerimentos ou pedidos, tais como as diligências e a prisão preventiva, devidamente

fundamentados, devem ser formulados destacadamente da parte expositiva da denúncia;

INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL - Pedido apartado

13.o incidente de insanidade mental do acusado deve ser suscitado em requerimento apartado

da denúncia, já com a formulação de quesitos;

DENÚNCIA - Menção ao exame pericial

14. se o crime atribuído ao acusado é daqueles que deixa vestígios, deve a denúncia fazer

expressa menção ao exame de corpo de delito existente na peça informativa;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

DENÚNCIA - CRIMESCONTRA

AVTDAEINTEGRIDADECORPORAL

Requisitos

15. nos crimes contra a vida ou integridade corporal, é indispensável que a narrativa refira o

instrumento utilizado (esclarecendo se foi, ou não, apreendido), o meio e modo empregados

para a agressão (socos, pontapés, etc). Não é suficiente dizer que o agente matou a vítima ou

ofendeu a sua integridade corporal;

DENÚNCIA - LESÃO CORPORAL

Região atingida e ferimentos

16. em se tratando de crime de lesão corporal, na denúncia, não basta a referência ao auto de

corpo de delito. É preciso referir a região em que a vítima foi atingida, assim como os tipos

de ferimentos sofridos e a gravidade da lesão;

DENÚNCIA

Lesões recíprocas. Narrações

17. tratando de lesões corporais recíprocas, não pode a denúncia atribuir a iniciativa da

agressão a só um dos denunciados. Deverá narrar a conduta de cada um deles;

DENÚNCIA

Crime contra o patrimônio Objetos subtraídos, apropriados Menção

18. nos crimes contra o patrimônio, deve a inicial acusatória indicar qual ou quais os objetos

subtraídos, apropriados, etc, não bastando a mera referência ao auto de apreensão, de

arrecadação ou de avaliação constantes da peça informativa da denúncia. Deve-se informar,

ainda, em poder de quem foram os objetos apreendidos.

DENÚNCIA

Crimes contra o patrimônio - Valor dos bens

19. o valor da coisa nos crimes contra o patrimônio é elemento relevante e deve vir mencionado

na denúncia, retirando-se aquele dado do laudo de avaliação existente no inquérito policial.

Se requisitado em diligência, zelar para que a avaliação seja contemporânea à data do fato;

DENÚNCIA

Crimes contra a liberdade sexual - Violência e ameaça. Narração

20. nos crimes contra a liberdade sexual, cometidos mediante violência ou grave ameaça, é

necessário dizer em que consistiu uma e outra ao narrar o fato na denúncia;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 61

'\ DENUNCIA

;j Crimes da competência dojúri

i

21. nos requerimentos finais das denúncias por crime da competência do Tribunal do Júri, deve

ser formulado o pedido de pronúncia, antes que o de condenação, pois é a pretensão processual,

| na primeira fase do procedimento escalonado;

DENÚNCIA

Receptação dolosa. Narração

22. a denúncia pela prática do crime de receptação dolosa deve referir o fato que traduz a origem

ilícita do objeto receptado e de que forma o denunciado sabia dessa circunstância (se possível);

DENÚNCIA

Receptação culposa. Narração

23. em se tratando de acusação pela prática de receptação culposa, deve a denúncia explicitar

quais os fatos que autorizam a conclusão de ter o agente atuado culposamente. Assim, por

hipótese, é preciso que a denúncia refira que "a condição do ofertante, pessoa desconhecida

do acusado e por ele não identificada", ou, "um delinqüente conhecido na cidade", ou "um

menor de idade", fazia presumir ser o objeto ou "a coisa adquirida de origem ilícita";

DENÚNCIA

Crime de trânsito Narração

24. em se tratando de crime culposo no trânsito, deve a denúncia descrever qual o

comportamento do agente, caracterizador da imprudência, da imperícia ou da negligência;

QUEIXA

Crime - Audiência prévia em delitos contra a honra ,i

25. nos crimes contra a honra, abster-se de manifestação sobre o recebimento ou a rejeição da

queixa antes da audiência de conciliação prevista na lei processual penal;

1 DENÚNCIA. CONFISSÃO

| Não Referência

I 26. a confissão do acusado não é, absolutamente, requisito indispensável à formalização da

1 acusação, sendo, portanto, desaconselhável a referência a mesma na denúncia;

<Í2 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

DENÚNCIA

Qualificação

27. na peça incoativa, o acusado deve ser qualificado, sempre que possível, quanto aos seus

apelidos, nacionalidade, cor, estado civil, ocupação profissional, naturalidade, idade, filiação,

situação econômica, indicado seu domicílio, sua residência, local de trabalho e onde poderá

ser localizado para tomar ciência pessoal do atos do processo. Se estiver preso, indicar o

estabelecimento onde se encontra recolhido;

DENÚNCIA

Qualificação da vítima e testemunhas

28. a vítima e as testemunhas devem ser qualificadas, de modo a facilitar a sua identificação,

devendo constar o local onde poderão ser encontradas. Em se tratando de policiais, civis ou

militares, mais importante do que a residência, é indicar a repartição ou a unidade em que

servem;

DENÚNCIA

Idade do acusado menor de 21 anos e maior de 70 anos - Referência

29. a idade do acusado, nos termos dos arts. 27, 65, inc. I, e 115 do Código Penal Brasileiro,

é circunstância relevante para a determinação da imputabilidade, da menor responsabilidade

da conduta, da redução do prazo prescricional. Deve ser, portanto, expressamente referida na

denúncia, que deve fazer menção à certidão comprobatória existente no inquérito; inexistente

a certidão, requisitá-la, em diligência;

ALEGAÇÕES DE MENORIDADE

Dúvida Exame médico legal

30. requerer, quando o réu alegar ser menor de 18 anos e não for possível a obtenção de

certidão de nascimento, que o mesmo seja submetido a exame médico-legal para verificação

de idade;

DENÚNCIA

Ação pública condicionada - Cuidados

31. quando a ação penal for pública condicionada, a denúncia deve informar o atendimento

das condições de procedibilidade, tais como representação ou requisição no preâmbulo, e, o

estado de pobreza, fazendo referência a prova respectiva na parte expositiva, sendo importante

atentar para a data do fato, para efeitos de decadência;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 63

DENÚNCIA

Verbo nuclear do tipo

32. a parte expositiva da denúncia deve conter a narração do fato punível com a utilização

obrigatória do verbo nuclear do tipo;

DENÚNCIA

Data do fato

33. deve a denúncia mencionar a data e o lugar em que o fato delituoso foi praticado,

circunstâncias relevantes para a fixação da competência do juízo, da prescrição e da decadência;

DENÚNCIA

Motivos. Referência

34. a narrativa do fato punível deve conter os motivos que animaram a condutas do agente,

sempre que presente nas peças informativas, desde que não seja circunstância que o favoreça.

Se não esclarecidos, referir tal circunstância;

DENÚNCIA

Nome da Vítima - Referência

35.0 nome do ofendido deve, necessariamente, constar da exposição do fato feita na denúncia.

Se houver mais de um, os nomes de todos eles;

DENÚNCIA

Agravantes, Causas Especiais de aumento de pena - Descrição

36. quando a opinio delicti contemplar uma agravante ou uma causa especial de aumento da

pena, esta circunstância deverá ser obrigatoriamente descrita na parte expositiva da denúncia

e integrar a capitulação;

DENÚNCIA

Crime tentado - Narração

37. quando a denúncia atribuir ao acusado a prática de crime na forma tentada, deve referir

qual o fato impeditivo de sua consumação. Assim, por hipótese, é preciso esclarecer que o

"homicídio não se consumou porque o acusado, ao desferir tiros de revólver na vítima, errou

o alvo, ou que, ao pretender apunhalá-la, a vítima se livrou dos golpes que lhe eram

endereçados, fugindo do local do fato", etc;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

DENÚNCIA

Relação de parentesco entre envolvidos

Certidão registro civil

38. quando a relação de parentesco funciona como elementar do tipo, causa especial ou

circunstância agravante, a denúncia deve referir a certidão do assento do Registro Civil. No

caso de não constar do inquérito, deverá ser requisitada diretamente, ou requerida através do

juízo (Art. 155 - CPP);

DENÚNCIA

Crimes contra várias vítimas - Narração

39. os crimes praticados contra mais de uma pessoa devem ser descritos na denúncia de

forma especificada, destacando-se as diversas ações, de modo a permitir sua classificação

como concurso material ou delito continuado;

DENÚNCIA

Crime praticado por menor - Corrupção

40. quando o crime for praticado com a participação de menor de 18 anos de idade, não

tendo ele, até então, se iniciado na senda delituosa, tal fato caracteriza o concurso formal

com o crime definido na Lei n.° 2.252/54. Assim, é imprescindível constar da peça acusatória

a idade do menor, e se, antes do crime, ele era, ou não, corrompido;

DENÚNCIA

Capitulação. Concurso de crimes

41. se a inicial atribuir ao acusado a prática de mais de um fato delitivo, a capitulação deve

referir-se, necessariamente, ao concurso de crimes. É conveniente que na inicial acusatória o

crime continuado somente seja qualificado quando inequívoco. Nos demais casos, é preferível

a menção ao concurso material de crimes, ficando o exame da existência da continuação

entre as diversas condutas delitivas para o final da instrução;

FOLHAS DE ANTECEDENTES

Cuidados

42. verificar, quando da juntada aos autos da folha de antecedentes ou das informações dos

Distribuidores Criminais, se há notícia de outros processos, requerendo certidões em breve

relatório a respeito, com indicação da data do trânsito emjulgado das sentenças condenatórias;

CITAÇÃO POR EDITAL - Cuidados prévios

43. verificar, antes de pedir a citação por edital, se o réu foi procurado em todos os endereços

constantes do processo como sendo de sua residência ou local de trabalho, requerendo

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 65

informações da CEA, CAESA, SPC, TRE, TELEAMAPÁ, etc;

INTERROGATÓRIO

Presença advogado ou curador

44. zelar para que o réu seja interrogado na presença de defensor, constituído ou nomeado, e

ainda na presença de Curador, se for menor de 21 anos, nada impedindo que o Curador e o

defensor sejam uma só pessoa; nesse último caso, deve constar expressamente no termo de

audiência que o defensor também exerce o outro encargo;

INTERROGATÓRIO

Réu revel preso Inclusive após sentença

45. requerer o interrogatório do réu revel que vier a ser preso no curso do processo, mesmo

após a sentença de primeiro grau;

DEFESAS COLIDENTES - DIFERENTES PATRONOS

46. zelar para que os réus sejam defendidos por diferentes patronos, quando suas teses de

defesa são colidentes;

ALEGAÇÕES E ARRAZOADOS

Preliminares. Discussão

47. nos pareceres, alegações e razões recursais, as preliminares, como o próprio nome diz,

devem ser enfrentadas antes da matéria de mérito;

ALEGAÇÕES E ARRAZOADOS

Relatório. Cuidados

48. nas alegações finais, razões e contra-razÕes recursais, é importante que o relatório contenha,

se for o caso, a data do recebimento da denúncia e da publicação da sentença, marcos

interruptivos prescricionais;

ALEGAÇÕES E ARRAZOADOS

Teses. Presença no trabalho

49. nos relatórios de alegações finais, pareceres, razões e contra-razões recursais, devem ser

consignadas as teses articuladas pelas partes e a fundamentação da sentença, num ou noutro

caso;

66 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

ALEGAÇÕESFINAIS

Reincidência - Prova

50. não basta, nas alegações finais, apontar a ocorrência da reincidência. É preciso demonstrá-

la, indicando o Promotor de Justiça a certidão que conforta a afirmação;

ALEGAÇÕES FINAIS

Antecedentes e reincidência - Prisão do réu

51. nas alegações finais, se o réu possui maus antecedentes ou for até reincidente, deve o

Promotor de Justiça pedir sua prisão, atento ao que dispõe o Art. 594 do Código de Processo

Penal;

ALEGAÇÕES EM PROCESSO DE JÚRI

Característica

52. quando postular a pronúncia, no prazo do Art. 406 do Código de Processo Penal, não

deve o Promotor de Justiça, a não ser quando necessário, fazer um trabalho exaustivo de

análise da prova, a fim de não enfraquecer a acusação para o plenário, sendo impróprio

reconhecer alguma razoabilidade nas teses da defesa;

ALEGAÇÕES EM PROCESSO DE JÚRI

Reincidência e antecedentes Prisão do réu

53. nas alegações do Art. 406 do Código de Processo Penal, sendo revel o acusado, tendo

maus antecedentes ou sendo reincidente deve o Promotor de Justiça requerer a sua prisão

(arts. 312 e 408, § 2o, do CPB), pois sem que o réu seja intimado pessoalmente da pronúncia,

o processo não terá seguimento (CPP, Art. 413);

LIBELO

Redação - Requisitos

54. elaborar os libelos em artigos simples, claros e concisos, de acordo com a decisão de

pronúncia, formulando, nos casos de co-autoria, um libelo para cada réu, de modo que cada

um preencha, individualmente, todos os requisitos do Art. 417 do Código de Processo Penal,

nele arrolando as testemunhas que devem depor em plenário e requerendo as diligências

julgadas indispensáveis, especialmente certidão atualizada de antecedentes judiciais;

LIBELO

Requerimento Diligências - Plenário

55. o libelo deve conter requerimento para o cumprimento das diligências preparatórias do

julgamento em plenário. Já se decidiu que o não - atendimento daquelas formalidades, que o

pedido de diligências antecipa, é causa de nulidade de decisão popular;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

JULGAMENTO EM PLENÁRIO

Cuidados

56. no julgamento pelo Tribunal do Júri:

a) requerer que sejam consignadas em ata todas as ocorrências que possam acarretar suanulidade;

b) quando houver mais de um réu a ser julgado, em caso de cisão do julgamento, requererque se julgue primeiro o autor principal;

DECISÃO DO JÚRI

Recurso

57. ao recorrer da decisão do júri, é recomendável embasar o recurso em todas as alíneas doArt. 593, inciso m, do CPP, para garantir amplitude de conhecimento em segundo grau;

AUDIÊNCIA

Dispensa do réu. Cautela

58. não concordar com os pedidos de dispensa de presença de réus em audiências,especialmente quando o reconhecimento pessoal for elemento de prova;

AUDIÊNCIA

Adiamento. Cautela

59. opor-se a pedidos de adiamentos de audiência, quando perceber intuito protelatório ouquando houver prejuízo para o andamento da ação penal ou risco de prescrição;

AUDIÊNCIA

Testemunhas faltantes Providências

60. se possível, manifestar-se, desde logo, no final das audiências, sobre as testemunhas que

não tiverem comparecido, desistindo ou insistindo em seus depoimentos, ou substituindo-as,de forma a permitir que o réu e seu defensor já saiam intimados da nova designação;

PRECATÓRIAS

Prazo para cumprimento. Cópia de peças

61. no requerimento de expedição de cartas precatórias para inquirição de vítimas etestemunhas, requerer seja fixado prazo para cumprimento, bem como sejam as mesmas

instruídas com cópia da denúncia e das declarações prestadas na Polícia, e, ainda, da fotografiado réu, se for necessário o reconhecimento;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

EXCESSODEPRAZO

Formação da culpa. Cisão do processo

62. requerer o desdobramento da ação penal, quando houver vários réus e disso puder resultar

excesso de prazo para formação da culpa dos que estiverem presos ou demora excessiva para

encerramento da instrução, com risco de prescrição;

DEBATES ORAIS. Procedimento

63. por ocasião dos debates em audiências e nas alegações finais:

a) relatar resumidamente o processo;

b) argüir as nulidades eventualmente ocorridas;

c) analisar a prova colhida e os fundamentos de fato e de direito nos quais fundar a sua

convicção;

d) requerer, quando for o caso, a aplicação de medida de segurança, de declaração de

periculosidade ou de incompatibilidade do réu com os regimes penitenciários aberto e semi-

aberto; . .

e) fiscalizar o fiel registro das alegações do Ministério Público na lavratura do termo judicial

pelo Escrivão;

SENTENÇA

Intimações. Fiscalização do MP

64. fiscalizar a intimação da sentença aos réus e aos seus defensores constituídos ou dativos,

providenciando para que a efetivação da diligência seja adequadamente certificada nos autos

e requerendo, quando for o caso, a expedição de editais;

PRAZO DO ART. 499 - Aproveitamento

65. examinar, na fase do Art. 499 do Código de Processo Penal, todo o processo e requerer o

que for necessário para sanar eventuais nulidades, complementar a prova colhida na instrução

e esclarecer os antecedentes do acusado, especialmente no tocante à reincidência;

RECURSO

Desistência de prazo. Impossibilidade

66. não desistir, em hipótese alguma, do prazo de recurso, para possibilitar a antecipação do

trânsito em julgado da sentença;

RECURSO

Razões - Requisitos

67. além do exame do mérito, para fins de recurso, verificar se a sentença preenche os requisitos

formais exigidos por lei, bem como a exatidão da pena imposta e da medida de segurança,

requerendo seja ela declarada na hipótese de obscuridade, ambigüidade, contradição ou

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 69

omissão;

RECURSO

Modo de interposição

68. ao recorrer, deverá o Promotor fazê-lo, sempre, por termo nos autos, eis que somente nessa

modalidade existe a garantia do recebimento tempestivo da inconformidade recursal;

RECURSO

Razões em 2o grau. Providências

69. quando o recorrente, no interior, usando da faculdade prevista na Lei n.° 4.336, de 01/06/

1964, declarar na petição ou termo que deseja arrazoar no grau recursal, deve o Promotor de

Justiça requerer que, tão logo oferecidas as razões de inconformidade, sejam os autos remetidos

ao Coordenador das Promotorias Criminais, na Capital, para o oferecimento de contra-razões,

remetendo ao Coordenador referido as informações que tiver a respeito do processo;

CONDENAÇÃO DE ESTRANGEIRO

Providência

■70. enviar ao Ministério da Justiça, de ofício, até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado,

cópia da sentença condenatória de estrangeiro autor de crime doloso ou de qualquer crime

contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a economia popular, a moralidade

ou a saúde pública, assim como da folha de antecedentes penais constantes dos autos;

VÍTIMA POBRE

Reparação do dano

71. nos casos de crimes, para a obtenção da reparação do dano pela vítima que é pobre,

observar os artigos 68,64 e 63 do CPP. Se for o caso, propor, desde logo, a competente ação;

HABEAS CORPUS

Manifestação do MP em Io grau

72. em habeas corpus impetrados em primeira instância, deve o agente ministerial manifestar-

se, muito embora a omissão do Código de Processo Penal, pois tal remédio jurídico se dispõe

a garantir a liberdade de ir e vir do cidadão e o Ministério Público tem a tarefa de exercer a

fiscalização do cumprimento da lei;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

EXECUÇÃO PENAL - Ao representante do Ministério Público:

GUIADERECOLHIMENTOEIN1ERNAMENT0

Controle da expedição

01. acompanhar a execução da sentença, manifestando-se sobre a liquidação da pena,

verificando se foi expedida guia de recolhimento e de internamento e fiscalizando o pagamento

da multa e das custas processuais;

GUIA DE RECOLHIMENTO E INTERNAMENTO - Regularidade formal.

02. fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento (Art. 106

da LEP);

EXECUÇÃO DAS PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA - Fiscalização

03. fiscalizar a execução das penas e da medida de segurança, oficiando era todas as fases do

processo executivo e dos incidentes de execução e interpondo, quando for o caso, os recursos

cabíveis das decisões proferidas pela autoridade judiciária (Art. 119 da LEP);

VISITAS AOS PRESÍDIOS - Providências

04. nas visitas mensais ordinárias ou em visitas extraordinárias a estabelecimentos penais:

a) verificar se há pessoas presas ilegalmente, adotando as medidas cabíveis para fazer cessar

o constrangimento ilegal Qiabeas corpus) e as pertinentes ao Juízo de Execuções e à SUSEPE;

b) ouvir os p resos, anotando as suas reclamações, e adotar as providências necessárias;

c) verificar as condições de segurança e higiene das celas;

d) fiscalizar se, na prática, os regimes prisionais estão sendo cumpridos;

e) lavrar termo circunstanciado, no livro próprio, consignando tudo que reputar relevante.

BENEFÍCIOS AO APENADO - Requerimento pelo MP.

05. tomar a iniciativa de requerer, em favor do condenado, as providências necessárias ao

desenvolvimento do processo executivo, particularmente a concessão de livramento condicional

ou o benefício da progressão nos regimes, quando for o caso;

PENA DE MULTA EXECUÇÃO EM APARTADO.

06. executar a pena de multa, em autos apartados, instruindo o pedido com certidão da

sentença condenatória com trânsito em julgado (Art. 164 da LEP).

DO PROCESSO CÍVEL

Ao representante do Ministério Público é recomendado em matéria cível:

INTERESSE PÚBLICO Intervenção do MP - Obrigatoriedade.

01. quando a lei expressamente previr a intervenção do Ministério Público, em casos que

defina de modo especificado (arts. 82,1 e II, 944 e 1.105 do Código de Processo Civil, bem

como em leis especiais, falências, mandado de segurança, ação popular, Estatuto da Criança

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 71

e do Adolescente, etc), será defeso ao Promotor de Justiça, utilizando-se da discricionariedade,

interpretar se é ou não caso de intervenção. Intervira obrigatoriamente, não podendo discutir

a existência de interesse público;

INTERESSE PÚBLICO

Intervenção do MP - Discricionariedade

02. nos casos do Art. 82, III, do CPC, poderá o agente do Ministério Público avaliar a efetiva

existência do interesse público, intervindo ou não no processo civil, sempre de modo

fundamentado, obrigatoriamente;

CUSTOS LEGIS

INTERVENÇÃO DE OUTRO PROMOTOR

Desnecessidade

03. no processo civil não existe mais de um interesse público, se o Ministério Público atuar

como órgão agente, pelos princípios constitucionais da unidade e indivisibilidade, não é

necessária a participação de outro Promotor de Justiça como custos legis;

INTERESSE PÚBLICO - Intimação

Requerimento do MP

04. o Ministério Público, tomando conhecimento de que tramita processo, onde está presente

interesse público, deve requerer ao juiz vista para atuar como custos legis;

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PELO MP

05. o Promotor de Justiça, sem embargo do poder e dever de oferecer assistência jurídica aos

necessitados, tem o dever de prestar-lhes também assistênciajudiciária, em caráter subsidiário,

nas Comarcas onde não houver órgãos próprios (Lei Complementar n.° 40/81, Art. 22, XHI);

CUSTOS LEGIS - MANIFESTAÇÃO DEPOIS DAS PARTES.

06. o Promotor de Justiça, atuando como custos legis, deverá zelar para que tenha vista do

processo após a manifestação das partes;

RECURSOS DAS PARTES - Manifestação obrigatória.

07. o Promotor de Justiça, ainda que atuando como custos legis e mesmo tendo emitido

parecer antes da sentença de mérito, deverá manifestar-se obrigatoriamente, acerca dos recursos

interpostos pelas partes, pois, só então, esgotar-se-á sua atribuição em Io grau;

72 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

RECURSOS

Legitimidade

08. o Ministério Público pode recorrer em todos os feitos em que atue como órgão agente e nos

que deva atuar como órgão interveniente;

IMPEDIMENTOS ESUSPEIÇÕES

09. se o Ministério Público atuar como órgão interveniente, estará sujeito aos mesmos e argüição

de suspeição dos juizes (arts. 134 e 135 do CPC). Se atuar como órgão agente, sofrerá argüição

de suspeição (Art. 135 do CPC);

PRELIMINARES

10. se houver questões processuais a abordar em pareceres e arrazoados, devem ser argüidas,

de forma destacada, em preliminar à matéria do mérito;

PARECERES E ARRAZOADOS RECURSAIS - Cuidados na elaboração.

11. nos pareceres e arrazoados recursais devem ser consignadas, no relatório, as teses

articuladas pelas partes e os fundamentos da sentença;

DESISTÊNCIA DE PRAZOS RECURSAIS

12. não desistir, em hipótese alguma, de prazo de recurso para possibilitar a antecipação do

trânsito em julgado da sentença, ainda que os demais interessados com isso concordem;

FASE RECURSAL

Parecer anterior - Reiteração

13. quando na fase recursal, não se restringir à reiteração de pronunciamento anterior,

lembrando que é de rigor o relatório resumido do processo e a análise de novos argumentos

ou questões trazidas nas razões ou contra-razões;

DEBATES E MEMORIAIS - Requisitos

14. por ocasião dos debates ou entrega de memoriais:

a) relatar resumidamente o processo;

b) opinar sobre todas as questões suscitadas;

c) opinar sobre nulidades suscitadas ou argüi-las, se for o caso;

d) analisar a prova a colhida e os fundamentos de fato e de direito nos quais fundar sua

convicção;

e) suscitar as questão constitucionais pertinentes;

CURADORIA DE INCAPAZES

Cautelas prévias

15. nos feitos em que oficie como Promotor de Justiça Curador de Incapazes, recomenda-se:

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 73

a) verificar se há legitimidade para sua intervenção, requerendo faça-se prova da existência da

incapacidade (juntada de certidão de nascimento, de prova de interdição ou ausência, etc.) ou,

ao menos, de fundada suspeita daquela;

b) nos casos de fundada suspeita de incapacidade, requerer a aplicação analógica do disposto

no Art. 218 do Código de Processo Civil;

CONFLITO DE INTERESSES

Curador especial - Nomeação

16. verificar se ocorre o conflito de interesses previsto no Art. 9o, I, do Código de Processo

Civil, requerendo, se necessário, a nomeação de Curador Especial;

IMPORTÂNCIAS PERTENCENTES A INCAPAZES

Não em processos diversos

17. zelar para que as importâncias que caibam aos interditos não fiquem depositadas em

processos diversos daqueles da decretação de interdição sob movimentação fiscalizada pelo

próprio juízo da interdição;

IMPORTÂNCIAS PERTENCENTES A INCAPAZES - Depósitos

18. zelar para que as importâncias pertencentes a menores, demais incapazes ou ausentes,

sejam depositadas em conta judicial, com juros e correção monetária, em nome daqueles e à

ordem do juízo, em estabelecimento oficial de crédito, velando pela respectiva comprovação

nos autos e, quando for o caso, pela responsabilização de quem de direito;

PROCEDIMENTOS CAUTELARES

Intervenção

19. nos procedimentos cautelares, oficiar em todas as medidas ainda que preparatórias ou

inominadas, quando deva o Ministério Público intervir na ação principal;

PERITOS

Nomeação - Fiscalização

20. fiscalizar a nomeação de peritos, dentre profissionais habilitados nos termos da legislação

em vigor (Leis n.°s 5.194, 6.496 e 7.270 e Resolução n.° 218 do Conselho Federal de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia), exigindo a ART (Anotação de Responsabilidade

Técnica) do profissional que executou a perícia judicial;

PERITOS

Livre Escolha pelo Juízo

21. atentar para a possibilidade de livre escolha dos peritos pelo Juiz, em caso de inexistência

de pessoa habilitada na comunidade, nos termos do § 3o do Art. 145 do Código de Processo

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Civil, acrescentado pela Lei n.° 7.270/84;

EXECUÇÕES FISCAIS

Certidões - Cautelas

22. nas ações de execução fiscal, verificar a regularidade das certidões de dívida ativa da

Fazenda Federal. A constatação de falhas deve implicar imediata providência do Promotor

de Justiça no sentido de substituir a certidão, usando, para tanto, da permissão do Art. 2°,

parágrafo 8°, da Lei n.° 6.830, de 22/9/1980 e Art. 203 do Código Tributário Nacional;

EXECUÇÕES FISCAIS

Embargos - Impugnação - Subsídios

23. no prazo das impugnações aos Embargos às execuções da Fazenda Nacional, se necessário,

o Promotor de Justiça deve solicitar informações à Procuradoria da Fazenda Nacional,

buscando subsídios de defesa, atentando, todavia, para o prazo da impugnação, que não se

interrompe com a consulta;

, CURADORIA DAS MASSAS FALIDAS

Justiça do trabalho - Intimação

24. o Promotor de Justiça que exerce as funções de Curador das Massas Falidas deve buscar,

junto aos órgãos jurisdicionais trabalhistas, sua intimação para todas as audiências em que

uma das partes for massa falida;

FALÊNCIAS

Habilitações de Créditos Trabalhistas

25. o Promotor de Justiça deve examinar, com toda a cautela, as habilitações de créditos

trabalhistas, nos autos da falência;

FALÊNCIAS

Responsabilidade Criminal

26. o Curador das Massas Falidas deve tomar as providências cabíveis no sentido de proceder

à apuração da responsabilidade criminal, quando couber;

CURADORIA FALÊNCIAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DE

ADMINISTRADORES DE FINANCEIRAS

27. os Curadores de Massas Falidas devem promover e acompanhar, até final julgamento, as

ações cautelares e de responsabilidade de ex-administradores e membros do Conselho Fiscal

de instituições financeiras, previstas na Lei n.° 6.024, de 13/3/1974, arts. 45 e 46, inclusive

interpondo recursos;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 75

ATENDIMENTOAOPÚBLICO

No atendimento ao público e assistência judiciária aos necessitados,

recomenda-se:

FIXAÇÃO DE HORÁRIO

Casos urgentes

01. fixar horário reservado ao atendimento ao público; nos casos urgentes, atender aos

interessados a qualquer momento;

CONTATOS COM SERVIÇOS DE APOIO

02. entrar em entendimento com o Setor de Assistência Social da Prefeitura local, onde

houver, objetivando ação conjunta na resolução dos assuntos pertinentes ao mister;

POSTURA NO ATENDIMENTO

03. procurar, durante o atendimento, não se envolver com o fato narrado, adotando postura

imparcial e isenta, e buscando, sempre, sua verdade objetiva;

COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL - Cuidados

04. evitar, quando for tentada composição amigável, adiantar o resultado da questão, sem,

antes, ouvir a outra pessoa interessada;

COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL

Interesses das partes

05. procurar, sempre que possível, obter composição amigável que atenda aos interesses das

pessoas envolvidas, sem, entretanto, impor solução, ainda que esta pareça a melhor;

PRESENÇA DOS ADVOGADOS

06. em qualquer hipótese, abster-se de realizar acordos entre as partes interessadas sem a

presença dos advogados constituídos, se houver;

TERMO DE CONCILIAÇÃO

Providências

07. obtida a conciliação, datilografar, de maneira simples e compreensível, o termo de

composição amigável ou de conduta, se tratar de desavenças, entregando uma via às pessoas

envolvidas e arquivando a outra, para fins de controle de cumprimento do acordado e,

eventualmente, de reiteração. Quando necessário, requerer ao Juiz a homologação do acordo;

76 ^ Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

TERMO DE CONCILIAÇÃO. Assinaturas - Testemunhas.

08. devem os Promotores ter a máxima cautela nos acordos firmados nas Promotorias, onde,

além da assinatura dos envolvidos, deve constar a assinatura de, no mínimo, duas testemunhas,

(Art. 55, Parágrafo único - verificar Lei n.° 7.244);

REFERENDO DO MP

09. reduzido o acordo a escrito, apor ao fecho dizeres que consubstanciem o referendo do

órgão do Ministério Público;

EFICÁCIA DO ACORDO REFERENDADO

Lembrança às partes

10. lembrar que o acordo deverá, para plena eficácia do título, revestir a característica de

liquidez, ou seja, obrigação certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto

(Código Civil, Art. 1.533);

INEXISTÊNCIA DE CONCILIAÇÃO - Procedimento.

11. não sendo possível a conciliação, orientar os necessitados a pleitearem justiça gratuita,

mas não indicar qualquer advogado, permitindo total liberdade ao Juiz na nomeação;

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PELO MP.

12. prestar assistência judiciária, ajuizando as ações pertinentes, onde não houver órgão

próprio e nem advogado disponível para patrocínio (Art. 22, inciso XIII, da Lei Complementar

n.° 40, de 14/12/1981);

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

Extensão do conceito

13. a prestação de assistência judiciária compreende os serviços de atendimento pessoal dos

necessitados, informações e instruções sobre andamento de processos, a elaboração de estudos

e pareceres orais, a lavratura de acordos e transações, além do ajuizamento de ações;

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

EMENTÁRIO DE RECOMENDAÇÕES.

REMISSÃO

Ciência do ofendido

01. ao conceder a remissão, o Curador zelará para que o ofendido, sempre que possível e

cabível, seja informado das medidas aplicadas ao infrator, obtendo a sua ciência expressa no

termo;

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

REMISSÃO

Medidas

02. ao aplicar medida com a remissão, o Curador deve levar em consideração o disposto nos

j artigos 99,100 e 102 do ECA;

REMISSÃO E TRANSAÇÃO

03. a remissão como forma de exclusão, extinção ou suspensão do processo, implica transação;

EXECUÇÃO DAS MEDIDAS APLICADAS COM A REMISSÃO

04. homologada a remissão concedida pelo Curador (fase pré-processual), à autoridade

judiciária caberá a execução das medidas legais eventualmente aplicadas pelo Promotor de

Justiça;

ARTIGO 128 DO ECA.

05. a medida sócio-educativa aplicada ao adolescente infrator por ocasião da remissão não

admite substituto ex-ofício, podendo apenas ser revista mediante provocação do adolescente,

pais ou responsáveis ou Ministério Público. Não havendo procedimento específico para a

revisão, aplica-se o procedimento do artigo 153 do ECA;

REMISSÃO

Composição do dano

06. ao conceder a remissão, nas hipóteses de delitos contra o patrimônio, ou quando houver

efetivo prejuízo para a vítima, procurar compor o dano, inclusive com o ressarcimento ao

ofendido;

REMISSÃO

Ouvida do infrator

07. a ouvida do infrator, ainda que de modo informal, por ocasião da concessão da remissão

ministerial, é providência inarredável;

REMISSÃO

Providências no âmbito criminal

08. se o Curador convencer-se, quando da remissão, da participação de pessoa penalmente

responsável no evento delituoso, deve tomar a termo as declarações do adolescente, com as

devidas cautelas, e encaminhá-las ao Promotor Criminal, ou à autoridade policial, para inclusão

no respectivo procedimento administrativo ou processo se houver;

Z? . Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

REMISSÃO

Doente mental Toxicômano - Medidas

09. ao conceder a remissão deve o Curador verificar se o desvio de conduta do adolescente

não está aliado à distúrbio mental ou a dependência de substância química. Em caso positivo,

determinar a medida correspondente prevista no Art. 101, incisos V e VI, do ECA;

REMISSÃO

Dúvida - Representação

10. havendo dúvida acerca da concessão da remissão ou da medida adequada a ser aplicada

ao adolescente, é recomendável o oferecimento de representação;

REMISSÃO ANALFABETO

Sem escola - Providências

11. ao conceder a remissão deve o Curador verificar em caso de infrator analfabeto ou em

idade escolar, a sua matrícula e regular freqüência em estabelecimento oficial de ensino

fundamental (artigo 101, inciso m, do ECA);

REMISSÃO - Situação do Remido

Adequação

12. O Curador, ao conceder a remissão com aplicação de medida, deve procurar adequá-la à

situação do remido.

REMISSÃO

Liberdade assistida

13. A designação de pessoa capacitada para acompanhar o adolescente, em caso de liberdade

assistida aplicada por ocasião da remissão, compete à autoridade judiciária (artigo 118, § Iodo ECA).

ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

14. Para garantir o direito de acesso (artigo 141 do ECA), o Curador deve determinar horário

certo de atendimento ao público, dando prioridade às crianças ou adolescentes que

comparecerem à entrevista pessoal (artigo 4o, § único, do ECA).

VISITAS AOS ADOLESCENTES INTERNADOS

15. Para garantir o direito de entrevista pessoal (artigo 124, inciso, do ECA) e o cumprimento

das obrigações das entidades de internação (artigo 94 do ECA), o Curador deverá visitar

regularmente as instituições que abriguem adolescentes privados de liberdade (artigo 95, c/

c com o artigo 201, incisos VIII e XI), registrando em livro próprio da Curadoria as conclusões

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 79

da visita.

CRIANÇASEADOLESCENTES VÍTIMAS

16. existindo na Comarca mais de um Promotor de Justiça, devem ser remetidas pelos demais

agentes ao Curador da Infância e da Juventude cópias de todas as notícias, informações,

reclamações ou providências envolvendo ou tendo como vítima criança ou adolescente;

GUARDA

Estudo social

17. nos pedidos de guarda, inclusive para fins previdenciários, deve o Promotor de Justiça

fiscalizar as reais condições fáticas de dependência do guardado e pretenso guardião,

requerendo a realização de estudo social do caso, evitando-se chancelar situações que não

atentem às exigências legais do instituto da guarda (artigo 33 e seguintes do ECA);

DESTITUIÇÃO DO PÁTRIO PODER

Adoção, tutela e guarda

18. o pedido de adoção ou tutela poderá ser cumulado com o pedido de destituição de pátrio

í poder. No mesmo feito poderá ser formulado pedido de guarda, em caráter liminar ou incidental

j PEDIDO DE GUARDA - Possibilidade de adoção ou tutela■i

i 19. diante de pedido de guarda puro e simples, deve o Promotor de Justiça perquirir, sempre

! que possível, sobre a possibilidade de adoção ou tutela, por parte dos interessados, em atenção

j ao artigo 33 do ECA.

í CONCURSO POLICIAL

(ART. 179, § ÚNICO, DO ECA)

20. a requisição do concurso policial a que alude o Parágrafo único do artigo 179 do ECA,

deverá ser utilizada somente em casos necessários ejustificáveis, atendendo às peculiaridades

de cada comarca.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA CIRCUNSTANCIADO - Entendimento

21. o boletim de ocorrência circunstanciado referido no Parágrafo único do artigo 173 do

ECA consiste num registro datilografado, da esfera policial, constando a identificação do

infrator, do ofendido e das testemunhas, com a indicação dos apelidos e endereços, descrição

do fato e circunstâncias (data, horário e local), com resumo das declarações das pessoas

deferidas. O mesmo boletim conterá ainda referência quanto às condições pessoais do infrator

por ocasião da apresentação e relação das providências tomadas pela autoridade policial

RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÕES

22. o relatório das investigações referidos no artigo 177 do ECA consiste no relato descritivo

das diligências policiais realizadas, devendo constar a identificação do infrator, do ofendido

80 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

e das testemunhas, inclusive com apelidos e qualificação, bem como a descrição do fato e suas

circunstâncias. As declarações do adolescente, vítima e testemunhas serão resumidas pela

autoridade policial

OriTVADOINFRATOR

23. a realização de audiência preliminar a que alude o artigo 179 do ECA não é condição de

procedibilidade. O que constitui em condição de procedibilidade é a tentativa de notificação

dos pais ou responsáveis para a apresentação do adolescente infrator ao Promotor de Justiça;

ART. 180 DO ECA

24. o Promotor de Justiça, ao adotar uma das alternativas elencadas no artigo 180 do ECA,

deverá fazê-lo de imediato, especialmente na hipótese do inciso JJ do referido dispositivo.

EMENTÁRIO DA DEFESA

COMUNITÁRIA

CONTATOS COM ENTIDADES DE APOIO

01. entrar em contato com entidades de apoio e defesa do meio ambiente, do consumidor e do

patrimônio artístico, estético, turístico e paisagístico, nas Comarcas em que houver, visando

orientação recíproca e ação conjunta

PROVIDÊNCIAS BÁSICAS INICIAIS

02. nas Comarcas onde as entidades aludidas na ementa n.° 1 não existam, proceder como

rotineiramente, se faz no mister de atendimento ao público, tentando, primeiramente, a

conciliação dos interessados, expedindo convite ao reclamante e notificação ao reclamado.

Obtida a conciliação e não havendo infração penal em tese, lavrar o termo de comparecimento

e acordo, para fins de controle e eventual aplicação das sanções legais previstas no caso de

reiteração, bem como para os fins do Parágrafo único do artigo 55 da Lei n.° 7.244, de

07.11.84, entregando uma cópia ao reclamante e outra ao reclamado. Não havendo acordo, e

sendo o caso, encaminhar o reclamante ao Juizado de Pequenas causas.

REGISTRO DAS RECLAMAÇÕES

03. quando receber informações ou reclamações verbais, registrá-las, verificando se é hipótese

de instauração de Inquérito Civil Público. Caso positivo, iniciar o procedimento mediante

Portaria

RECLAMAÇÕES

Espécies de interesses. Providências

04. verificar se a reclamação atinge interesses difusos ou coletivos. Em caso de direito

individual, encaminhar o reclamante ao órgão competente

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 81

\ INFRAÇÃO PENAL - Providências;)

1; 05. sempre que a notícia ou reclamação de agressão ao meio ambiente, ao patrimônio ou ao

j consumidor revelar a ocorrência de infração penal em tese, reduzi-la a termo, assinado pelo

" interessado, e enviar à Polícia com os documentos de que dispuser, mediante requisição de

J.< inquérito e sem prejuízo de orientação ou providências de ordem civil;

j INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS

i Procedimento

| 06. nas questões envolvendo interesse ou direito individual do consumidor de bens de serviços,

Í esclarecer a este que o Ministério Público não tem titularidade ativa ad causam (Art. 82,1, c/) c o Art. 81, Parágrafo único, I, II e III, do Código de Defesa do Consumidor). Nada impede,

porém, a tentativa de solução do problema a nível administrativo (Art. 55, Parágrafo único,

da Lei n.° 7.244/84);i

\ REQUISIÇÕES

j Prazo

\ 07. quando expedir ofício, requisitando informações, laudos ou documentos, referir o prazo

de resposta, com suporte no Art. 8o, § Io, da Lei 7.347/85);

■j PROVA PERICIAL

■j 08. quando houver necessidade de prova pericial, requisitar aos órgãos competentes vistoria

| com laudo, fonnulando sempre quesitos, com a finalidade de esclarecer a existência de dano

j efetivo ou em potencial;

j DANO AMBIENTAL

\ Conceito

\ 09. atentar que, nos termos da lei, dano ambiental consiste em alteração "adversa" ao meio

■j ambiente. Portanto, essa adversidade ambiental deve ser assinalada na perícia;

) INQUÉRITO CIVIL

':, Solução do MP

j 10. após a coleta da prova formadora de inquérito, concluir pelo arquivamento ou proposição

de ação civil pública;

ARQUIVAMENTO

11. em casos de arquivamento do expediente ou inquérito civil, promover neste sentido,

remetendo o feito à apreciação do Conselho Superior do Ministério Público;

82 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

AÇÕES CAUTELARES EINCIDENTAIS

12. ajuizar tempestivamente medida ou ação cautelar preparatória ou incidental, instruindo-a,

em qualquer caso, com perícias e pareceres, e também solicitando dos órgãos aludidos na

ementa n.° 1 pessoal especializado para funcionar como assistente técnico, tendo em vista

posterior ação de reparação ou indenização, ou ainda de execução de sentença condenatória

por danos perpetrados contra o meio ambiente ou patrimônio;

PETIÇÃO INICIAL - Forma de redação

13. na inicial, descrever os fatos de forma exaustiva, incluindo os textos de leis que tutelam

a pretensão modo de vencer a natural resistência de julgadores ante a nova ordem jurídica;

LEI MUNICIPAL

14. na ação civil pública com base em lei municipal, juntar cópia do diploma (Art. 337 do

Código de Processo Civil);

DANO

Ente público responsável

15. verificar, no caso de dano ao meio ambiente ou patrimônio, se o órgão fiscalizador é o

Municipal, Estadual ou Federal. Atentar para a responsabilidade objetiva do Poder Público

por ação ou omissão que contribuiu para o dano;

COLETÂNEA LEGISLATIVA

16. incluir na sua coletânea legislativa os códigos de posturas dos municípios da Comarca

em que estiver atuando.

Dr. JAIR JOSÉ DE GOUVEA QUINTAS

Corregedor Geral

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 83

REGULAMENTO

j O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional e a Associação do

Ministério Público do Estado do Amapá, objetivando incentivar o aprimoramento cultural

dos membros do Ministério Público de Primeira Instância do Estado do Amapá, institui, pelo

presente, prêmio de passagem aérea a ser concedido ao "Melhor Arrazoado Forense".

} Art. Io - Poderão concorrer ao prêmio "Melhor Arrazoado Forense" osj representantes do Ministério Público de Primeira Instância do Estado do Amapá, com trabalhos

1 que tenham sido efetivamente apresentados em qualquer fase do processo, em Primeira

s. Instância, seja de natureza criminal ou civil, a partir da data de publicação de Edital de

| abertura.

1 Art. T - Os trabalhos deverão ser encaminhados à Diretoria do Centro dej Estudos e Aperfeiçoamento Funcional ou à Presidência da Associação do Ministério Público\ do Estado, no prazo fixado no Edital, em 3 (três) vias, com a menção do processo em que o

I arrazoado foi oferecido e autuado.

\ § Io - Os trabalhos deverão ser encaminhados em reprodução fotocopiada,f desde que legíveis, e com a menção do processo em que o arrazoado foi oferecido e autuado.

j § T - Quando se tratar de processo sujeito a segredo de justiça, os nomes| das partes deverão ser riscados, sem prejuízo da indicação do número do feito e do respectivo

j Juízo.

\ Art. 3o - Os interessados deverão concorrer, pelo menos, com 2 (dois)

] trabalhos.

1 Art. 4° - O julgamento do Concurso "Melhor Arrazoado Forense" do anoj caberá a uma Comissão de 3 (três) Procuradores de Justiça, designados pelo Presidente da\ Associação do Ministério Público e pelos Diretores do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento"; Funcional.

] Parágrafo único - Para avaliação dos trabalhos, será irrelevante tenha sido

! ou não acolhido o ponto de vista neles defendido.

'■i Art. 5o - Aos participantes não classificados para fins de premiação, serão

j outorgados certificados de participação, que poderão, a critério da Corregedoria-Geral do

J Ministério Público, ser analisados para fins de promoção pelo critério de merecimento.

\ Art. 6o - O Edital de abertura das inscrições estabelecerá o prêmio a ser

j concedido ao trabalho acolhido com "Melhor Arrazoado Forense" do ano, bem como o prêmio

a ser concedido ao segundo classificado.

Art. T - Caso os trabalhos apresentados não tenham sido ainda publicados,

o Centro de Estudos e a Associação do Ministério Público se empenharão por sua publicação

na Revista do Ministério Público do Estado do Amapá, com a expressa menção dos prêmios

a eles concedidos.

Art. 8o - Os prêmios serão anunciados e outorgados em sessão solene

promovida pelo Centro de Estudos e pela Associação do Ministério Público, com prévia

comunicação de sua concessão à Procuradoria-Geral de Justiça e à Corregedoría-Geral do

Ministério Público do Estado.

84 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Art. 9o - Anualmente, o Diretor do Centro de Estudos e o Presidente da

Associação farão publicar os Editais de Inscrição, dos quais deverão constar.

a) a data para apresentação dos trabalhos e,

b) os prêmios a serem concedidos.

Parágrafo único - O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional e a

Associação do Ministério Público providenciarão a maior divulgação possível dos Editais.

Art. 10 - Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria do Centro de

Estudos e pela Presidência da Associação do Ministério Público do Estado.

Macapá/AP, 21 de março de 1995.

MÁRCIO AUGUSTO ALVES

Procurador de Justiça

Diretor do CEAF

JORGE LUIZ CANEZIN

Promotor de Justiça

Presidente da AMPAP

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 55

CORREGEDORIA GERAL

ATO N.° 003/95 - CGMP.

0 DR. JAIR JOSÉ DE GOUVÊA QUINTAS, CORREGEDOR GERAL

DOMINISTÉRIO PÚBLICO DOESTADO DOAMAPÁ, no uso de suas atribuições previstasno Artigo 17, da Lei Federal N.° 8.625, de 12/02/93;

CONSIDERANDO que a Corregedoria Geral do Ministério Público é o

órgão orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do

Ministério Público;

CONSIDERANDO que a elaboração do Regulamento do Estágio

Probatório é uma atribuição típica do Corregedor Geral do Ministério Público, nos precisos

termos do inciso XI, Art. 61, da Lei Complementar N.° 0009 de 28 de dezembro de 1994;

RESOLVE:

Elaborar e tornar público o REGULAMENTO DO ESTÁGIO

PROBATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ, que passará avigorar com a seguinte redação:

REGULAMENTO DO ESTÁGIO PROBATÓRIO DO MINISTÉRIOPÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ

Art. Io - O Estágio Probatório dos membros do Ministério Público do

Estado do Amapá, será aferido de acordo com a Legislação em vigor e por este Regulamento.

§1° - A duração no Estágio Probatório é de 02 (dois) anos de efetivo

exercício no cargo, quando ocorrerá a confirmação ou não do membro do Ministério Público

na carreira.

§2° - O período de estágio probatório é iniciado na data em que o membro

do Ministério Público assumir o efetivo exercício de seu cargo.

Art. 2o - A conveniência da permanência ou da não confirmação do

membro do Ministério Público na carreira, verificar-se-á mediante os seguintes requisitos:

1 - idoneidade moral;

II - disciplina;

EI - dedicação ao trabalho;

IV - eficiência no desempenho das funções.

§ Io - Para esse exame o Promotor de Justiça em estágio probatório enviará

mensalmente, até o 10°(décimo) dia do mês subsequente, ao Corregedor Geral do Ministério

Público, cópias de trabalhos jurídicos apresentados, de relatórios e outras peças que possam

influir na avaliação do desempenho funcional;

§ 2° - O Corregedor Geral do Ministério Público, objetivando

complementar o exame a que se refere o parágrafo Io deste artigo, procederá visita de inspeção

trimestral nas Comarcas onde atuam ou tenham atuado Promotores de Justiça, em estágio

86 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

probatório;

§ 3o - O Corregedor Geral do Ministério Público, através de relatório

circunstanciado informará ao Conselho Superior da conveniência ou não do vitaliciamento

dos membros do Ministério Público do Estado na carreira;

§ 4o - Favorável a decisão, a confirmação na carreira será declarada mediante

Portaria do Procurador Geral de Justiça;

§ 5 ° - Desfavorável a decisão, dela terá ciência o interessado, que em 10

(dez) dias poderá apresentar defesa escrita, facultando-se-lhe vista da informação referente

ao estágio elaborado pela Corregedoria Geral do Ministério Público;

§ 6° - Esgotado o prazo, com ou sem defesa, e produzidas as provas

requeridas, o Conselho Superior do Ministério Público, proferirá, pelo voto da maioria absoluta

de seus membros, a decisão;

§ 7o - Notificado da decisão, se desfavorável, o interessado terá o prazo de

05 (cinco) dias para apresentar recurso ao Colégio de Procuradores de Justiça;

§ 8o - Desfavorável a decisão do Colégio de Procuradores de Justiça, o

Procurador Geral de Justiça providenciará o ato de exoneração.

Art. 3o - O Corregedor Geral do Ministério Público organizará um

expediente individual para cada membro do Ministério Público em estágio probatório, no

qual deverão constar o nome do Promotor, classificação no concurso e nota de aprovação em

cada disciplina, número e data do decreto da nomeação, data do Diário Oficial que publicou

o ato, data na assunção no cargo, indicação da Promotoria em que foi lotado, início e término

de cada trimestre do estágio, data do recebimento dos trabalhos mensais, data das Resoluções

que decidirem sobre o prosseguimento no estágio ou confirmarem o Promotor na carreira,

bem como qualquer outro dado, documento ou trabalho relacionado com a atuação judicial

ou extrajudicial do estagiário e que possa interessar à verificação dos requisitos a que se

refere o artigo 2o deste Regulamento.

Art. 4o - Para efeito do artigo anterior, o estagiário remeterá ao Corregedor

Geral do Ministério Público, até 10 (dez) dias após o vencimento de cada mês, cópia de cada

um dos trabalhos produzidos nesse período, relativos a:

a) denúncias e aditamentos;

b) pedidos de arquivamento de inquérito policial e de diligências;

c) alegações finais;

d) petições de interposições de recursos;

e) razões e contra-razões;

f) libelos e aditamentos aos mesmos;

g) pareceres e requerimentos formulados em processos criminais;

h) petições, pareceres e promoções de natureza cível, contenciosos ou

administrativos, de iniciativa ou sujeitos à fiscalização do Ministério Público;

i) pedidos de instauração de processo especial de menores e promoções e

pareceres emitidos nesses feitos;

j) petições e arrazoados em causas de acidente de trabalho, matéria

trabalhista, registro civil, falências e concordatas e executivos fiscais;

1) ofícios dirigidos a autoridades.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 87

Art. 5o - Enquanto submetido ao estágio probatório, o Promotor de Justiça

não poderá afastar-se do cargo para:

I - exercer cargo de Ministro, Secretário de Estado ou Distrito Federal,

Secretário Municipal de Macapá;

II - exercer cargo eletivo ou a ele concorrer nos termos da Constituição e

Legislação específica;

III - requentar cursos e conclaves de aperfeiçoamento no País ou no exterior;

IV - chefia de Missão Diplomática.

Parágrafo único - O afastamento obrigatório decorrente de licença para

tratamento de saúde, acompanhar o cônjuge, a gestante, paternidade, bem assim de convocação

para o serviço militar, suspendem o curso do estágio probatório, que recomeçará a correr,

pelo tempo faltante, da data em que o estagiário reassumir o efetivo exercício do cargo.

Art. 6o - Durante o período de estágio probatório, o estagiário enviará à

Corregedoria Geral do Ministério Público, ao final de cada mês, uma cópia de seus trabalhos

apresentados em Juízo.

Parágrafo único - Acompanhará, ainda, os documentos referentes neste

artigo, cópia de audiências de instrução e julgamento e das sessões do Tribunal do Júri e um

relatório do atendimento ao público e visita aos presídios ou Delegacias de Polícia.

Art. T - Incumbe, também, ao Promotor de Justiça, a apresentação dos

seguintes relatórios à Corregedoria Geral do Ministério Público:

I - anual, de responsabilidade daquele que estiver em exercício em 31 de

dezembro até Io de março, contendo serviços à cargo da Promotoria de Justiça, ou Curadoria,

no ano anterior, esclarecendo falhas e dificuldades que existam e oferecendo sugestões para

seu aprimoramento;

II - mensal, até todo dia 10 (dez) do mês subseqüente, conforme modelos

oficiais, que serão previamente encaminhados às Promotorias.

Art. 8o - O Gabinete da Corregedoria Geral do Ministério Público, através

do Promotor de Justiça Assessor, comunicará, até o 5o dia útil do mês subsequente, para as

providências cabíveis, quais os estagiários que deixaram de cumprir o disposto neste

Regulamento.

Art. 9o - O Corregedor Geral do Ministério Público, à vista dos trabalhos

apresentados, fará um relatório sobre a atuação funcional de cada estagiário, consignando,

entre outros dados merecedores de especial referência, os seguintes:

a) forma gráfica e qualidade da redação;

b) adequação técnica e sistematização lógica;

c) conteúdo jurídico e poder de convencimento.

§ Io - Deverão ser anotadas, também, as referências procedidas na inspeção

permanente, bem como das visitas de inspeção e correição.

§ 2° - Quando da feitura do relatório, deverá o Corregedor emitir um dos

conceitos seguintes: ótimo, bom, normal, ou insuficiente, devendo, referido conceito, ser

anotado em ficha especial e levado ao conhecimento do interessado sempre que se fizer

necessário, para o aperfeiçoamento do trabalho deste. A comunicação e a orientação serão

obrigatórias quando o conceito for insuficiente, e, deverão ser realizadas, pelo Corregedor,

88 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

em caráter sigiloso.

Art. 10° - O Corregedor Geral, a seu juízo, poderá avocar a elaboração de

parecer sobre trabalhos trimestrais e, sempre que julgar conveniente ou necessário, solicitará

ao Procurador Geral de Justiça que o estagiário seja posto à disposição da Corregedoria

Geral para novo estágio de orientação.

Art. 11 - Os Promotores de Justiça, em estágio probatório, deverão

comparecer a duas reuniões anuais ordinárias coletivas com o Corregedor Geral do Ministério

Público, ou às extraordinárias para o fim a que forem convocados.

Parágrafo único - Essas reuniões serão realizadas em datas a serem

designadas pelo Corregedor Geral do Ministério Público, de preferência na última semana

dos meses de maio e outubro, comunicadas com, pelo menos 05 (cinco) dias de antecedência,

por ofício.

Art. 12 - Ao Promotor de Justiça cabe oficiar, reservadamente, quando

solicitado ou sempre que julgar conveniente, à Corregedoria Geral do Ministério Público,

oferecendo subsídios a respeito da atuação e conduta funcional do Promotor de Justiça, em

estágio probatório, que exerça ou tenha exercido o cargo.

Parágrafo único - Incumbe, ainda, responder, prontamente, a ofício da

Comissão do Concurso de Ingresso ao Ministério Público de todo Território Nacional, referente

a pedido de informações sobre as pessoas dos candidatos.

Art. 13-0 desempenho funcional de cada um estagiário será verificado e

avaliado pelo Corregedor Geral do Ministério Público, devendo, trimestralmente, encaminhar

relatório ao Conselho Superior do Ministério Público .

Art. 14 - O Corregedor Geral do Ministério Público, 03 (três) meses antes

de, decorrido o biênio, remeterá ao Conselho Superior do Ministério Público relatório

circunstanciado sobre a atuação pessoal e funcional dos Promotores de Justiça em estágio

probatório, concluindo, fundamentalmente, pela sua confirmação ou não.

Parágrafo único - O relatório circunstanciado não vinculará a decisão do

Conselho Superior do Ministério Público.

Art. 15 - Antes de decorrido o 4o e o 6o trimestre de estágio probatório, a

Corregedoria Geral procederá a uma correição nas Promotorias de Justiça exercidas por

Promotor estagiário, elaborando circunstanciado relatório do que observar quanto ao serviço

e à atuação extrajudicial do estagiário.

Parágrafo único - O relatório será arquivado no expediente do estagiário,

encaminhando-se uma cópia ao Conselho Superior do Ministério Público.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 89

DA APRECIAÇÃO DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO

PÚBLICO

Art. 16 - Ao término do 4° trimestre de estágio probatório, o expediente, após

distribuído ao Relator sorteado, será, na sessão que se seguir, submetido à apreciação do

Conselho Superior do Ministério Público, o qual decidirá sobre a permanência ou não do

Promotor no estágio.

§ Io - Na sessão de julgamento, o Relator fará uma exposição pormenorizada

da atuação do estagiário, tendo em vista os requisitos do Art. 2o, e recomendará, se for o

caso, as providências a serem adotadas para corrigir as irregularidades porventura ocorridas

no curso do estágio.

§ 2° - Findo o relatório, o Conselho Superior, após debatê-lo, decidirá, por

votação majoritária, sobre o prosseguimento do estágio probatório do Promotor. A decisão

lavrada pelo relator, será trazida a plenário na sessão seguinte, quando, após lida, será subscrita

pelo relator e membro do Conselho Superior que a tenha presidido.

§ 3o - Com a decisão em duas vias, o expediente retomará à Corregedoria

Geral, que dela dará conhecimento ao interessado, remetendo-lhe a primeira via.

Art. 17 - Ao se completar o 6°(sexto) trimestre de estágio probatório do

Promotor de Justiça, a Corregedoria Geral remeterá novamente o expediente ao Conselho

Superior do Ministério Público, onde será imediatamente concluso ao Relator, o qual,

cumpridas as diligências que haja determinado, submeterá o processo ajulgamento em sessão

que se efetuará em prazo não inferior a 60(sessenta) dias anteriores à data do término do

estágio.

§ Io - Na sessão do julgamento, o Relator fará minucioso relatório da atuação

judicial e extrajudicial do estagiário, face aos requisitos do Art. 2o, e, debatida a matéria em

regime de discussão, proferirá o seu voto, opinando pela confirmação ou não do Promotor na

carreira, o que, a seguir, farão os demais membros do Órgão Ministerial.§ 2° - A decisão será aferida pela maioria dos votos emitidos e, com base

neles lavrará o Relator o respectivo acórdão, o qual, lido na mesma sessão ou na seguinte,

será subscrito por ele e pelo Presidente do Conselho Superior do Ministério Público, ressalvado,

ao que divergir, o direito de fundamentar à parte, seu voto.

§ 3o - Concluindo o Conselho Superior pela confirmação do Promotor,

retornará o expediente à Corregedoria Geral, onde permanecerá até se completar o período

do estágio.

4o - Da decisão será cientificado o Promotor de Justiça mediante remessa

de cópia do acórdão.

§ 5o - Esgotado o prazo de estágio probatório sem que ocorra fato novo

capaz de provocar reexame pelo Conselho Superior, a Corregedoria Geral encaminhará

expediente ao Procurador Geral de Justiça, que, com fundamento na decisão favorável do

Órgão, expedirá portaria confirmando o Promotor na carreira.

§ 6o - Desfavorável a decisão do Conselho Superior quanto à permanência

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

ou confirmação, dela terá ciência o interessado, que em 10 (dez) dias poderá apresentar defesa

escrita, facultando-se-lhe vista do processo referente ao estágio: (artigo 2°, § 3o deste

Regulamento, c/c artigo 71, § 3o da Lei Complementar N.° 009/94.

§ 7° - Esgotado o prazo, de que trata o inciso acima referido, com ou sem

defesa do Promotor de Justiça em estágio probatório, o Conselho Superior, depois de

determinar as diligências que entender necessárias, reexaminará o processo de estágio,

proferindo decisão definitiva pelo voto da maioria absoluta de seus membros (Art. 71, § 4o

da Lei Complementar N.° 0009 de 28/12/94, de com o Art. 2°, § 5o deste Regulamento;

§ 8o - Notificado da decisão, se desfavorável o interessado terá o prazo de

05(cinco) dias para apresentar recurso ao Colégio de Procuradores de Justiça;

§ 9o - O recurso previsto no inciso anterior será apreciado pelo Colégio de

Procuradores, no prazo de 30 (trinta) dias, e, se desfavorável a decisão final, intimado o

Promotor, será o processo, em 05 (cinco) dias encaminhado ao Procurador Geral de Justiça,

para exoneração;

§ 10 - Desfavorável a decisão do Colégio de Procuradores de Justiça, o

Procurador Geral de Justiça providenciará o ato de exoneração.

Art. 18 - Os Procuradores de Justiça que oficiam perante a segunda instância

remeterão, mensalmente, à Corregedoria Geral, em formulário por esta elaborado, as

impressões que, relativamente a cada feito, tiveram quanto a eficiência, zelo e diligência

com que atuou o estagiário no processo, bem como quanto ao valor jurídico dos trabalhos

que nele produziu.

Parágrafo único - Para os fins deste artigo, a Corregedoria Geral manterá

os Procuradores de Justiça informados da nominata dos Promotores de Justiça em estágio

probatório.

Art. 19 - A qualquer tempo, durante o período de estágio probatório, de

ofício ou por solicitação do Colégio de Procuradores, do Conselho Superior do Ministério

Público ou do Corregedor Geral, o Procurador Geral de Justiça poderá determinar a instauração

de processo administrativo, visando a exoneração do estagiário, em razão de fatos que

comprometam seu desempenho funcional ou a dignidade da Instituição.

Art. 20 - O não vitaliciamento do estagiário ocorrerá dentro das normas

contidas no artigo 71,1 à IV, §1° ao §4°, da Lei Complementar N.° 0009 de 28/12/94.

Art. 21 - Toda correspondência referente ao estágio probatório será de

caráter reservado e o expediente respectivo deverá ser mantido em regime confidencial.

Art. 22 - Aos casos omissos à este Regulamento, aplicam-se as disposições

contidas no Regimento Interno do Conselho Superior do Ministério Público e Lei

Complementar N.° 0009 de 28/12/94.

Art. 23 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação.

Macapá/AP, 19 de janeiro de 1995.

Jair José de Gouvêa Quintas

Corregedor Geral

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 91

LEI COMPLEMENTAR N° 0009 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ. Faço

saber que a Assembléia Legislativa do Estado do

Amapá decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Complementar:

LIVRO I

DA AUTONOMIA DA ORGANIZAÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES DO

MINISTÉRIO PÚBLICO

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DA AUTONOMIA DO MINISTÉRIOPÚBLICO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. Io - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função

jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democráticoe dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ Io - A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público sãoestabelecidos por esta Lei Complementar.

§ 2o - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, aindivisibilidade e a independência funcional.

§ 3o - O Ministério Público, sob a chefia do Procurador-Geral de Justiça,

compõe-se de Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça, estes escalonados em três

entrâncias.

CAPÍTULO II

DA AUTONOMIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 2o - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional,

administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:

I - praticar atos de gestão;

II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do

pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;

92 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes

demonstrativos;

IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização;

V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem

como a fixação e o reajuste dos respectivos vencimentos;

VI - propor ao Poder Legislativo a criação dos cargos de seus serviços

auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos respectivos vencimentos;

VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem

como nos casos de remoção, promoção e demais formas de provimento derivado;

VIII - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias

de Justiça;

IX - compor os seus órgãos de Administração;

X - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que importem em

vacância de cargos de carreira e dos serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade de

membros do Ministério Público e de seus servidores;

XI - elaborar seus regimentos internos;

§ Io- O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentaria dentro dos

limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentarias, encaminhando-a diretamente ao

Governador do Estado, que a submeterá ao poder Legislativo;

§2°- Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentarias próprias

e globais, compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o

dia 20 de cada mês, sem vinculação a qualquer tipo de despesas.

§ 3o- Os recursos próprios, não originários do Tesouro, serão utilizados em

programas vinculados às finalidades da Instituição, vedada outra destinação.

§4°- A fiscalização contábil, financeira, orçamentaria, operacional e

patrimonial do Ministério Público, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,

aplicação de dotações e recursos próprios e renúncia de receitas será exercida pelo Poder

Legislativo mediante controle externo e pelo sistema de controle interno da Procuradoria-

Geral de Justiça.

§ 5o - As decisões do Ministério Público, fundadas em sua autonomia

funcional e administrativa, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e

executoriedade imediata, ressalvada a competência Constitucional dos Poderes Judiciário e

Legislativo.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 93

I TITULO II

j DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

I CAPÍTULO I

j DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

] SEÇÃO I

DOS ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 3o - O Ministério Público compreende:

I - Órgãos de Administração Superior;II - Órgãos de Administração;Dl - Órgãos de Execução;IV - Órgãos Auxiliares.

SEÇÃO II

DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Art. 4o - São Órgãos da Administração Superior do Ministério Público:I - a Procuradoria-Geral de Justiça;

II - o Colégio de Procuradores de Justiça;

III - o Conselho Superior do Ministério Público;

IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público.

SEÇÃO III

DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO

Art 5o - São Órgãos de Administração do Ministério PúblicoI - as Procuradorias de Justiça;

II - as Promotorias de Justiça.

SEÇÃO IV

DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

Art. 6o - São Órgãos de Execução do Ministério Público:I - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Conselho Superior do Ministério Público;

III - os Procuradores de Justiça;

IV - os Promotores de Justiça.

94 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

SEÇÃO V

DOS ÓRGÃOS AUXILIÀRES

Art. T - São Órgãos Auxiliares do Ministério Público:

I - o Centro de Apoio Operacional;

II - a Comissão de Concurso;

m - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional;

IV - os Órgãos de Apoio Administrativo;

VI - os Estagiários.

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

SEÇÃO I

DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

Subseção I

das Disposições Gerais

Art. 8o - A Procuradoria-Geral de Justiça, órgão executivo da Administração

Superior do Ministério Público, tem por Chefe o Procurador-Geral de Justiça.

Parágrafo único - Nos impedimentos, afastamentos, férias, licenças e na

vacância, assumirá o cargo de Procurador-Geral de Justiça o membro do Conselho Superior

do Ministério Público mais antigo na segunda instância.

Subseção II

Da Escolha, Nomeação e Posse do Procurador-Geral de Justiça.

Art. 9o - O Procurador-Geral de Justiça será nomeado pelo Chefe do Poder

Executivo, dentre integrantes da carreira, em lista tríplice elaborada na forma desta Lei

Complementar, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo

procedimento.

§ Io - O Conselho Superior do Ministério Público baixará normas

regulamentadoras do processo eleitoral 50 (cinqüenta) dias antes da data prevista para o

término do mandato do Procurador-Geral de Justiça, observadas as seguintes regras:

I - a votação realizar-se-á em dia único, previamente marcado pelo Conselho

Superior do Ministério Público;

II - será proibido o voto por procurador ou portador, facultando-se, porém,

o voto por sobrecarta, via postal aos membros do Ministério Público lotados fora da capital

do Estado, desde que recebido no protocolo do Ministério Público até o encerramento da

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 95

] votação

j III - encerrada a votação, proceder-se-á à apuração e, no mesmo dia, a

; lista tríplice será remetida ao Governador do Estado;

\. IV - são inelegíveis os membros do Ministério Público afastados da carreira,

] salvo se reassumirem suas funções até 180 (cento e oitenta) dias da data prevista para o

I término do mandato do Procurador-Geral de Justiça, bem como os membros que nos 06j (seis) meses anteriores ao pleito tenham sofrido qualquer penalidade administrativa;í V - somente poderão concorrer à eleição os membros do Ministério Público

; que se inscreverem como candidato ao cargo, mediante requerimento dirigido ao Presidente

\ do Conselho Superior do Ministério Público, no prazo de 03 (três) dias úteis, após a convocação

i pelo Conselho Superior.

'; § 2° - Publicadas as normas regulamentadoras referidas no parágrafo

] anterior, o processo eleitoral prosseguirá até seu término, ainda que sobrevenha a vacância

1 do cargo de Procurador-Geral de Justiça.

** § 3o - Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do

1 Procurador-Geral de Justiça nos 15 (quinze) dias que se seguirem ao recebimento da lista

{ tríplice, será investido automaticamente no cargo o membro do Ministério Público mais

j votado, para exercício do mandato.

\ § 4o - No caso de vacância, faltando até 06 (seis) meses para o término do

\ mandato, o substituto o concluirá.

j § 5o - Se a vacância for por período superior a 06 (seis) meses, o Conselho

Superior do Ministério Público, em 05 (cinco) dias contados do evento, convocará novas

eleições, observando-se o prescrito no artigo anterior.

Art. 10 - O Procurador-Geral de Justiça tomará posse e entrará em exercício

em sessão solene do Colégio de Procuradores de Justiça, dentro de 5 (cinco) dias contados de

sua nomeação ou do exaurimento do prazo referido no § 3o do artigo anterior.

Parágrafo único - O Procurador-Geral de Justiça fará declaração pública

de bens no ato da posse e no término do mandato.

Subseção III■t

Da Destituição do Procurador-Geral de Justiça

i Art. 11- A destituição do Procurador-Geral de Justiça, terá cabimento em

] caso de abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão nos deveres do cargo.

| Art. 12 - A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por iniciativa da

| Assembléia Legislativa, por maioria absoluta de seus membros, será na forma de seu Regimento

I Interno.

) Art 13 - A proposta de destituição do Procurador-Geral de Justiça, por

1 iniciativa da maioria absoluta do Colégio de Procuradores, formulada por escrito, dependerá| da aprovação de dois terços de seus integrantes, mediante voto aberto, assegurada ampla

| defesa.

) § Io - Recebida e protocolada a proposta pelo Secretário do Colégio de

1 Procuradores, este, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, dela cientificará, pessoalmente, o

96 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

Procurador-Geral de Justiça, fazendo-lhe a entrega da 2a via.

§ 2° - No prazo de 05 (cinco) dias, contados da ciência da proposta, o

Procurador-Geral de Justiça poderá oferecer contestação e requerer a produção de provas.

§ 3o - Autuada a contestação pelo Secretário do Colégio, será marcada, no

prazo de 05 (cinco) dias, reunião para instrução e julgamento, facultando-se ao Procurador-

Geral de Justiça, sustentação oral, finda a qual, o Presidente da reunião procederá a coleta

dos votos.

§ 4o - O processo será presidido pelo Procurador de Justiça mais antigo na

segunda instância, servindo de Secretário aquele que exerça as funções perante o Colégio de

procuradores.

§ 5o - A proposta de destituição, se aprovada, será encaminhada, juntamente

com os autos respectivos, à Assembléia Legislativa no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,

ou, se rejeitada, será arquivada.

§ 6o - Aprovada a proposta de destituição pelo Colégio de Procuradores, o

Procurador-Geral de Justiça será afastado provisoriamente do cargo, até ultimação do processo.

Art. 14 - Aprovada a destituição, o Colégio de Procuradores de Justiça,

diante da comunicação da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, declarará vago o

cargo de Procurador-Geral de Justiça e cientificará imediatamente o Conselho Superior do

Ministério Público.

SEÇÃO II

DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA

Art. 15 - O Colégio de Procuradores de Justiça, órgão opinativo e

deliberativo da administração superior, é integrado por Procuradores de Justiça e presidido

pelo Procurador-Geral de Justiça.

§ Io - O Colégio de Procuradores de Justiça opinará sobre matéria de estrito

interesse institucional.

§ 2o - A eleição para a escolha do Corregedor-Geral do Ministério Público

far-se-á mediante votação secreta, presente a maioria absoluta dos membros do Colégio de

Procuradores.

§ 3o - Aplica-se aos membros do Colégio de Procuradores as hipóteses de

impedimento e suspeição da Lei Processual Civil.

§ 4o - A deliberação tomada em matéria de estrito interesse institucional e

em matéria disciplinar, depende do voto da maioria simples, presente a maioria absoluta dos

membros do Colégio, cabendo o voto de desempate ao Procurador-Geral de Justiça.

§ 5o - As decisões do Colégio de Procuradores de Justiça serão motivadas e

publicadas, por extrato, salvo nas hipóteses legais de sigilo ou por deliberação da maioria de

seus integrantes.

Art. 16 - O Colégio de Procuradores reunir-se-á, ordinariamente, uma vez

pormês e, extraordinariamente, por convocação do Procurador-Geral de Justiça ou por proposta

de um terço de seus membros.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá 97

§ Io - É obrigatório o comparecimento dos Procuradores de Justiça àsreuniões, das quais se lavrarão atas circunstanciadas na forma regimental.

§ 2o - O Secretário do Colégio de Procuradores de Justiça será um Procurador

de Justiça eleito, bienalmente, pelos seus pares, na mesma data da eleição do Corregedor-

Geral do Ministério Público.

§ 3° - Durante as férias, licença, recesso, luto ou gala, é facultado ao membro

titular do Colégio de Procuradores de Justiça nele exercer suas atribuições, mediante prévia

comunicação ao Presidente.

SEÇÃO III

j DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

j Art. 17 - O Conselho Superior do Ministério Público, órgão deliberativo

] incumbido de fiscalizar e superintender a atuação do Ministério Público, bem como de velar

] pelos seus princípios institucionais, é integrado pelo Procurador-Geral de Justiça, seu

; Presidente, pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, membros nato, e por 03 (três)

I Procuradores de Justiça, eleitos pela classe.

| § Io - Salvo disposição em contrário desta lei, as deliberações do Conselho

j Superior serão tomadas por maioria simples de votos, presente a maioria absoluta de seusI membros, cabendo ao Presidente também o voto de desempate.

j ~=--b § 2o - As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, por

j extrato, salvo nas hipóteses legais de sigilo ou por deliberação da maioria de seus integrantes,

| aplicando-se as hipóteses de impedimento e suspeição prevista no § 3o do Art. 15.

| Art. 18 - A eleição dos representantes da classe junto ao Conselho Superior,

| será realizada, bienalmente na primeira quinzena de novembro, dela participando todos os

j integrantes da carreira do Ministério Público, observadas as seguintes normas:j I - publicação de aviso no Diário Oficial do Estado, fixando o horário de

j votação, que não poderá ter duração inferior a 04 (quatro) horas;

i II - proibição de voto por portador ou por procurador, facultando-se, porém,

i o voto por sobrecarta, via postal, aos membros do Ministério Público lotados fora da Capital| do Estado, desde de que chegue na Sede da Procuradoria-Geral de Justiça, até o encerramento

{ do período da votação;

J III - apuração pública, logo após o encerramento da votação, realizada pori Promotores de Justiça da mais elevada entrância, escolhidos pelo Procurador-Geral de Justiça

\ e sob sua presidência;

j IV - proclamação imediata dos eleitos e seus suplentes.

j § Io - Os Procuradores de Justiça que se seguirem aos eleitos na votação,\ serão considerados seus suplentes.

; § 2o - Em caso de empate, será considerado eleito o mais antigo na segunda

j instância, persistindo o empate, o mais antigo na carreira e, em caso de igualdade, o mais

; idoso.

\ Art 19 - O mandato dos representantes da classe junto ao Conselho Superior

98 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

será de 02 (dois) anos, observado o mesmo procedimento.

§ Io - É obrigatório o exercício do mandato de membro do Conselho.

§ 2o - A posse dos membros do Conselho dar-se-á em sessão solene do

Colégio de Procuradores de Justiça, até o dia 30 (trinta) de novembro.

Art. 20 - Os suplentes substituem os membros do Conselho Superior em

seus afastamentos por mais de 30 (trinta) dias, sucedendo-os em caso de vaga.

Art. 21 - São inelegíveis para o Conselho Superior:

I - o Procurador de Justiça que se encontre afastado da carreira;

II - o Procurador de Justiça que tenha se afastado do carreira por prazo

superior a 120 (cento e vinte) dias no biênio anterior, salvo por motivo de saúde;

Dl - o Procurador de Justiça que houver exercido em caráter efetivo, as

funções de Procurador-Geral de Justiça ou de Corregedor-Geral do Ministério Público nos

seis meses que antecederem as eleições.

IV - o Procurador de Justiça eleito representante da classe, nas mesmas

condições do item anterior;

Art. 22 - O Conselho Superior reunir-se-á ordinariamente, mensalmente,

em dia previamente estabelecido, e, extraordinariamente, quando convocado por seu presidente

ou por proposta de, pelo menos, 02 (dois) de seus membros. Das reuniões será lavrada ata

circunstanciada, na forma regimental.

§ Io - É obrigatório o comparecimento dos membros do Conselho Superior

às reuniões.

§ 2o - A ausência injustificada a mais de 03 (três) reuniões consecutivas e

10 (dez) alternadas durante o ano, acarretará a exclusão do Procurador de Justiça eleito, do

Conselho Superior, sendo convocado, imediatamente o suplente.

§ 3o - O Conselho Superior do Ministério Público elegerá bienalmente, o

seu secretário, dentre os Promotores de Justiça da Comarca de Macapá, vedada a recondução.

SEÇÃO IV

DA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 23 - A Corregedoria-Geral do Ministério Público é o órgão orientador

e fiscálizador das atribuições funcionais e da conduta dos membros do Ministério Público.

Art. 24-0 Corregedor-Geral do Ministério Público será eleito para mandato

de 02 (dois) anos, pelo Colégio de Procuradores de Justiça na primeira quinzena do mês

anterior ao do término do mandato do seu antecessor, permitida uma recondução, observado

o mesmo procedimento.

§ Io - Será suplente do Corregedor-Geral o Procurador de Justiça

subseqüentemente mais votado e assim sucessivamente.

§ 2o - O Corregedor-Geral do Ministério Público poderá ser destituído do

cargo pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros do Colégio de Procuradores de Justiça, em

caso de abuso de poder, conduta incompatível ou grave omissão dos deveres do cargo,

observando-se quanto ao procedimento, no que couber o disposto no art. 10 e seguintes, desta

lei.

Revista do Ministério Público do Estado do Amapá gg

Art 25 - Somente poderão concorrer à eleição para o cargo de Corregedor-Geral do Ministério Público, os Procuradores de Justiça em exercício, que se inscreverempara o cargo mediante requerimento dirigido ao Presidente do Colégio de Procuradores.

§ Io - São inelegíveis para o cargo de Corregedor-Geral os Procuradores deJustiça que estiverem afastados da carreira, salvo se reassumirem suas funções no MinistérioPúblico até 180 dias antes da votação prevista para o término do mandato do Corregedor-Geral, bem como os que, nos 06 (seis) meses anteriores ao pleito, tenham sofrido qualquerpenalidade administrativa.

§ 2o - Não podem concorrer ao cargo de Corregedor-Geral os Procuradoresde Justiça que nos 06 (seis) meses que antecederem as eleições, houverem exercido a fonçãode Procurador-Geral de Justiça em caráter efetivo.

Art. 26 - O Corregedor-Geral do Ministério Público será assessorado porPromotores de Justiça da mais elevada entrância, por ele indicados e designados peloProcurador-Geral de Justiça.

§ Io - Recusando-se o Procurador-Geral de Justiça a designar o Promotorque lhe foi indicado, o Corregedor-Geral do Ministério Público poderá submeter a indicaçãoà deliberação do Colégio de Procuradores.

§ 2a - Poderão auxiliar o Corregedor-Geral do Ministério Público, a pedidodeste, em caráter excepcional, na reaüzação de correição, Promotores de Justiça da entrânciamais elevada, devidamente designados pelo Procurador-Geral de Justiça.

capítulo m

DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

SEÇÃO I

DAS PROCURADORIAS DE JUSTIÇA

Art 27 - As Procuradorias de Justiça são Órgãos de Administração doMinistério Público, com cargos de Procurador de Justiça e serviços auxiliares necessários aodesempenho das funções que lhes forem cometidas por esta Lei.

§ Io - É obrigatória a presença de Procurador de Justiça nas sessões dejulgamento dos processos da respectiva Procuradoria.

§ T- OsProcuradores de Justiça exercerão inspeção permanente dos serviçosdo Promotores de Justiça nos autos em que oficiem, remetendo seus relatórios à Corregedoria-Geral do Ministério Público.

Art 28 - Os Procuradores de Justiça das Procuradorias de Justiça cíveis,criminais e de contas que oficiemjunto ao mesmo Tribunal, reunir-se-ão para fixar orientaçãojurídica, sem caráter vinculativo, encaminhando-as ao Procurador-Geral de Justiça.

Art. 29 - A divisão interna dos serviços das Procuradorias de Justiça sujeitar-se-á a critérios objetivos definidos pelo Colégio de Procuradores, visando à distribuiçãoeqüitativa dos processos por sorteio, observadas, para esse efeito, as regras de

100 Revista do Ministério Público do Estado do Amapá

proporcionalidade, especialmente a alternância fixada em função da natureza, volume e espécie

dos feitos.

Parágrafo único - A norma deste artigo só não incidirá nas hipóteses em

que os Procuradores de Justiça definam, consensualmente, conforme critérios próprios, a

divisão interna dos serviços.

Art. 30 - À Procuradoria de Justiça compete, dentre outras atribuições:

I - escolher o Procurador de Justiça responsável pelos serviços

administrativos da Procuradoria;

II - remeter ao Procurador-Geral de Justiça a escala de férias de seus

integrantes;

III - solicitar ao Procurador-Geral de Justiça, em caso de licença de

Procurador de Justiça ou afastamento de suas funções junto à Procuradoria de Justiça, que

convoque Promotor de Justiça da mais elevada entrância para substituí-lo.

SEÇÃO II

DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA

Art. 31 - As Promotorias de Justiça são órgãos de administração do

Ministério Público, com um ou mais cargos de Promotor de Justiça e serviços auxüiares

necessários ao desempenho das funções que lhes forem cometidas por esta lei.§ Io - As Promotorias de Justiça poderão ser judiciais ou extrajudiciais,

Especializadas, Criminais, Civis, Cumulativas ou Gerais.

§ 2o - Consideram-se:

I - Promotorias Especializadas, aquelas cujos cargos que as integram têm

suas funções definidas pela espécie de infração penal, pela natureza da relação jurídica de

direito civil ou pela competência de determinado órgão jurisdicional, fixada exclusivamente

em razão da matéria.

II - Promotorias Criminais, aquelas cujos cargos que as integram têm suas

funções definidas para a esfera penal, exclusivamente, sem distinção entre espécies de infraçãopenal ou de órgão jurisdicional com competência fixada exclusivamente em razão da matéria.

m - Promotorias Civis, aquelas cujos cargos que as integram têm suas

funções definidas para a esfera civil, sem distinção quanto a natureza da relação jurídica de

direito civil ou de órgão jurisdicional com competência fixada exclusivamente em razão da

matéria.

IV - Promotorias Cumulativas ou Gerais, aquelas cujos cargos que as

integram têm, simultaneamente, as funções daqueles que compõem as Promotorias Criminais

ou Civis.§ 3o - As atribuições das Promotorias de Justiça e dos cargos dos Promotores

de Justiça que a integram serão fixados mediante Ato do Procurador-Geral de Justiça.

§ 4o - O Procurador-Geral de Justiça poderá, com a concordância do

Promotor de Justiça titular, designar outro Promotor para funcionar num feito determinado,


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