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Introdução a Informática

Módulo I – A Evolução do Hardware

Prof.: Rogério Morais

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Há alguns anos um profissional de computação, em especial que prestava suporte era obrigado a conhecer uma ampla gama de conceitos sobre o computador. Não bastava somente colocar um CD no drive e acompanhar a instalação de um sistema. Fazer a manutenção de um PC nos anos 80 era coisa para profissionais em eletrônica digital.

A Evolução do Hardware

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No início dos anos 90 a coisa avançou bastante, o nível de integração dos componentes aumentou muito, mas ainda era necessário um razoável conhecimento da arquitetura do computador para que a manutenção ou a montagem do mesmo fosse feita corretamente e extraindo todo o seu potencial.

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Durante os anos 80, ter um computador não era algo para qualquer um. Levando em conta que estamos falando do Brasil, enquanto vivíamos os anos de chumbo da reserva de mercado o Brasil estava pelo menos 10 anos defasado tecnologicamente em relação ao primeiro mundo.

Anos 80

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Em 1981 foi lançado o IBM PC, que nos EUA já custava uma pequena fortuna

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(Ele custava US$ 1.565 em valores da época) no Brasil então quase impensável. No entanto no mercado existiam outros modelos de computadores pessoais, como TK-85, MSX (padrão de computador fabricado por várias empresas), Atari 400 e o CP-500 (a partir de 82) da Prológica (o que era mais usado de forma profissional) e outros aparelhos baseados no processador Z80 que inundavam o mercado, apesar de não serem baratos eram o que se conhecia por computador durante os anos 80.

CP-500

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Com exceção das universidades e grandes empresas, esses computadores eram na maioria das vezes usados como videogames de luxo. Pois os aplicativos mais comuns para esses aparelhos eram jogos. Alguns se aventuravam em programar em Basic porque diferente de hoje, esses computadores não traziam um sistema operacional e sim um interpretador Basic gravados em uma ROM, todos os programas deveriam ou ser programados ou carregados para a memória do computador com a ajuda de gravadores cassete e só então executados.

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As primeiras versões do IBM PC também eram assim, mas os modelos que mais se popularizaram no Brasil já eram versão XT, que utilizava o MS-DOS como sistema operacional.

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Deixando de lado o uso e levando em consideração a manutenção destes equipamentos, tínhamos basicamente uma placa de circuito impresso com os componentes soldados, uma fonte, e os dispositivos de entrada e saída conectados as portas do computador.

Manutenção

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Quando ocorriam problemas era necessária uma análise do aparelho, que de acordo com o sintoma levava o técnico ao causador da pane. Problemas como capacitores danificados, diodos e transistores abertos ou em curto, ou ainda mais complexo como circuitos integrados com defeito faziam com que esta análise fosse demorada e a manutenção relativamente cara.

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O técnico precisava entender do funcionamento de instrumentos como multímetro e osciloscópio para testar cada um dos componentes que julgasse defeituoso.

Durante a década de 80, a manutenção de computadores não exigia só conhecer o funcionamento do computador, mas também a eletrônica envolvida no projeto. O profissional deveria ser uma mescla entre técnico em eletrônica e em informática.

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Ainda existiam o Apple II e o Lisa, mas aqui no Brasil foram tão raros que ficam só para constar mesmo.

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Com o fim da reserva de mercado o Brasil teve certo avanço na questão da tecnologia, ainda não se igualando ao primeiro mundo na atualização dos equipamentos, mas pelo menos diminuindo a defasagem em relação a eles.

Anos 90

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Com a abertura do mercado diversas empresas nacionais iniciaram a produção de computadores, muitas migrando de outros ramos do mercado como, por exemplo, a Metron (chegou a ser líder de vendas entre empresas brasileiras de PCs) que saiu da fabricação de taxímetros para a fabricação de PCs. A Itautec, Procomp, Prológica, STi e diversas outras começaram a ofertar seus produtos no mercado de forma mais abrangente. Além das tradicionais IBM, Compaq (líder mundial à época), HP e Acer.

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Durante a primeira metade da década de 90 os computadores mais populares eram os equipados com processadores 386 e 486. Ainda sem drives de CD e placas de som. Os monitores eram CRT, já não mais padrão MDA de fósforo verde ou azul, mas padrão VGA. 

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As placas de vídeo na sua maioria utilizavam o barramento ISA 16 bits e possuíam 512KB de memória o suficiente para executar o DOS e Windows versão 3.1 os mais comuns nesta época. 

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Nesta época ainda não existia o plug and play, todas as configurações deveriam ser feitas a mão, na BIOS e via jumpers na própria placa. Configurar uma destas placas super IDE sem o manual era complicado, pois não bastava plugar o disco na placa, era necessário configurar o DMA, IRQ e I/O manualmente do disco rígido, porta paralela e serial.

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A partir do Windows 95 o plug and play se tornou uma realidade, as placas eram plugadas e identificadas pelo sistema operacional bastando instalar os drivers, sem aquela dor de cabeça com IRQ, DMA e I/O. Os processadores Pentium eram os top de linha deixando os 486 como alternativas de baixo custo.

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Em 1997 a Intel lança o Pentium II (baseado no Pentium Pro) e sua versão de baixo custo Celeron que fizeram a indústria acelerar ainda mais o desenvolvimento de novos componentes cada vez mais integrados. A partir daí as placas mãe começaram a integrar todos os tipos de componente, como vídeo, rede, modem e som, sendo chamadas de “placas onboard”.

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A manutenção dos computadores neste período já não era algo tão complexo como nos anos 80, mas também não era algo simples, primariamente pelo fato de ainda a Internet estar engatinhando aqui no Brasil, somente alguns poucos tinham acesso a Internet e mesmo assim muitos fabricantes de componentes nem sequer possuíam uma página com os drivers de seus equipamentos, alguns tinham acesso a BBS e trocavam drivers com outros usuários mas isso era coisa de poucos a maioria dos técnicos se utilizava de um banco de drivers constituído de uma grande quantidade de disquetes com os arquivos dos componentes mais comuns e manuais de configuração.

Manutenção

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A partir de 2000 a maior evolução aqui no Brasil se deu acredito mais ao fato de se ter disponibilizado internet gratuita (sem a necessidade de pagar o provedor) do que pelo avanço da tecnologia. Neste tempo as máquinas predominantes no mercado eram as baseadas na arquitetura do Pentium Pro, ou seja, os Pentium II, III e Celerons derivados de ambos em conjunto com a placa da PC-chips M748xxx, as máquinas com processadores AMD K6, e principalmente o K6-2 este em conjunto com a placa mãe da PC-chips M598xx eram quase que uma “praga de gafanhotos”.

Anos 2000

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Após este período houve uma grande evolução na capacidade de processamento, armazenamento e memória RAM, no entanto o modelo se seguiu baseado neste paradigma, placa mãe com praticamente todos os itens essenciais integrados estes podendo ser automaticamente configurados pelo BIOS restando à opção de ativar ou não o dispositivo.

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 manutenção dos equipamentos a partir do ano 2000 deixou de ser algo complexo e que necessitava de uma formação longa e cara e passou a ser muito mais simples surgindo no mercado diversas escolas vendendo o curso de “Montagem e Manutenção de computadores” que simplesmente se constituía de um apanhado geral do hardware e do software necessário para um computador funcionar.

Manutenção

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Hoje em dia, o avanço tecnológico continua crescente e alto. Sendo possível ver computadores de alta tecnologia em qualquer lugar. Os dispositivos portáteis deram as caras e estão dominando o mercado, trazendo um grande salto na evolução da tecnologia, principalmente pelo armazenamento em nuvem. Para se ter uma ideia, para ter os recursos oferecidos em um smartphone era necessário uma sala inteira com circuitos pesando toneladas e ainda, com uma velocidade absurdamente menor. Como você pode ver, a evolução está à sua frente!

Atualmente