INSTITUTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA (IMPSP)
Diretor: Prof. Doutor J. Pereira Miguel
MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA
RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO REFERENTE ÀS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO 2013-2015
Lisboa, 2016
ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha
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Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2013-2015 Página 2 de 76
ÍNDICE
Lista das tabelas em anexo ............................................................................................................................................................................ 4
Lista das figuras no texto ............................................................................................................................................................................... 5
1. ENQUADRAMENTO, JUSTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA ............................................................................................. 10
2. METODOLOGIA ......................................................................................................................................................................................... 13
2. 1. Monitorizações da componente de Vigilância Biológica ............................................................................................................. 16
2. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização ...................................................................................................................... 16
2. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados ...................................................................................................................... 16
2. 1. 3. Variáveis ................................................................................................................................................................................... 17
2. 1. 4. Tratamento e análise de dados ................................................................................................................................................ 17
2. 2. Monitorizações da componente de Vigilância de Factores de Risco ......................................................................................... 19
2. 2. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização ...................................................................................................................... 19
2. 2. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados ...................................................................................................................... 19
2. 2. 3. Variáveis ................................................................................................................................................................................... 20
2. 2. 4. Tratamento e análise de dados ................................................................................................................................................ 20
2.3. Monitorizações da componente de Vigilância de Efeitos Adversos ........................................................................................... 20
2.3.1. Monitorização da prevalência de asma ...................................................................................................................................... 22
2. 3. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização ............................................................................................................ 22
2. 3. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados ............................................................................................................ 22
2. 3. 1. 2. Variáveis ......................................................................................................................................................................... 22
2. 3. 1. 3. Tratamento e análise de dados ...................................................................................................................................... 23
2. 3. 2. Projecto de monitorização da mortalidade por cancro ............................................................................................................. 23
2. 3. 3. Projecto de monitorização da frequência de alterações da reprodução .................................................................................. 25
2. 3. 3. 1. Monitorização de óbitos associáveis a malformações fetais .......................................................................................... 25
2. 3. 3. 2. Monitorização da mortalidade infantil e perinatal ........................................................................................................... 26
2. 3. 3. 3. Monitorização do baixo peso à nascença e do parto pré-termo .................................................................................... 27
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3. RESULTADOS ............................................................................................................................................................................................ 30
3. 1. Projectos de Vigilância Biológica .................................................................................................................................................. 30
3. 1. 1. Monitorização de metais pesados e de dioxinas em adultos da população geral ................................................................... 30
3. 1. 1. 1. Caracterização da amostra de estudo ............................................................................................................................ 30
3. 1. 1. 2. Biomarcadores de exposição ......................................................................................................................................... 31
3. 1. 1. 3. Factores associados aos teores determinados para os biomarcadores de exposição .................................................. 39
3. 1. 1. 4. Monitorização de dioxinas em adultos da população geral ............................................................................................ 42
3. 2. Projectos de Vigilância de Factores de Risco .............................................................................................................................. 45
3.1.2. Monitorização dos hábitos tabágicos ......................................................................................................................................... 45
3.1.3. Monitorização do perfil de consumo de tabaco .......................................................................................................................... 47
3. 2. Projectos de Vigilância de Efeitos Adversos ................................................................................................................................ 50
3. 2. 1. Monitorização da mortalidade por cancro ................................................................................................................................ 52
3. 2. 2. Monitorização da frequência de alterações da reprodução ..................................................................................................... 63
3. 2. 2. 1. Óbitos associáveis a malformações fetais ..................................................................................................................... 63
3. 2. 2. 2. Mortalidade infantil e perinatal ........................................................................................................................................ 66
3. 2. 2. 3. Baixo peso à nascença e parto pré-termo ...................................................................................................................... 67
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................................................................... 70
5. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................................... 75
ANEXO I – Tabelas
ANEXO II – Resultados das determinações de dioxinas enviados pelo Laboratório
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Lista das tabelas em anexo
Tabela 1 – Número de habitantes residentes nas freguesias em estudo, por Zona de Controlo e Zona Exposta (CENSOS 2001-INE)
Tabela 2 – População-padrão (população residente em Portugal em 2001; CENSOS 2001 - INE)
Tabela 3 – Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Tabela 4 – Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Tabela 5 – Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Tabela 6 – Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Tabela 7 – Evolução dos teores de Pb, Ca e Hg na avaliação de potenciais impactes específicos (µg/dl)
Tabela 8 – Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=180) e potenciais determinantes
Tabela 9 – Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180) e características da amostra (potenciais determinantes desses níveis)
Tabela 10 – Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)
Tabela 11 – Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)
Tabela 12 – Estatísticas dos biomarcadores de cada congénere, medidos em expostos e não expostos
Tabela 13 – Menores e maiores valores obtidos para os Limites de Quantificação (LOQ) em cada congénere, no momento de observação actual (2010-2012) e no anterior (2007-2009)
Tabela 14 – Limites de quantificação (LOQ) e percentagem de valores não detectados (ND) em sangue da população geral, neste momento de observação (2010-2012) e no anterior (2007-2009)
Tabela 15 – Distribuição dos inquiridos por grupo etário e área de exposição, no período de monitorização de monitorização
Tabela 16 – Distribuição dos inquiridos por género e área de exposição, no período de monitorização
Tabela 17 – Caracterização dos hábitos tabágicosa relativamente à área de exposição
Tabela 18 – Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente ao género
Tabela 19 – Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente à idade (1/2)
Tabela 20 – Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente à idade (2/2)
Tabela 21 – Prevalência de fumadores regulares, no período 1999-2015 (Análise multivariável) (1/2)
Tabela 22 – Prevalência de fumadores ocasionais, no período 1999-2015 (Análise multivariável) (2/2)
Tabela 23 – Prevalência de hábitos tabágicos (%)
Tabela 24 – Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumama relativamente à área de exposição
Tabela 25 – Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumama relativamente ao género
Tabela 26 – Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumama relativamente à idade (1/2)
Tabela 27 – Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumama relativamente à idade (2/2)
Tabela 28 – Perfil de consumo diário de tabaco ao longo do período de monitorização
Tabela 29 – Prevalência de asma por área e ano de monitorização (%)
Tabela 30 – Asma e factores associados, no período 1999-2015 (Análise multivariável)
Tabela 31 – Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2011, por sexo e grupos etários quinquenais para Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de confiança das taxas a 95%)
Tabela 32 – Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2012, por sexo e grupos etários quinquenais para Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de confiança das taxas a 95%)
Tabela 33 – Proporção dos óbitos por afecções congénitas e por outras causas seleccionadas, entre os óbitos em crianças com menos de 1 ano (1991-2010)
Tabela 34 – Proporção dos óbitos por afecções congénitas e por outras causas seleccionadas entre os óbitos em crianças com menos de 1 ano (1991-2012)
Tabela 35 – Número de óbitos perinatais em Portugal Continental, na zona da Grande Lisboa, na Zona Exposta e na Zona de Controlo (1991-2001 e 2000-2012)
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Lista das figuras no texto
Figura 1 – Distribuição dos níveis de chumbo no sangue dos participantes estratificados por área de exposição
Figura 2 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue da amostra global
Figura 3 – Distribuição dos níveis sanguíneos de chumbo nos participantes estratificados por género
Figura 4 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por área de exposição
Figura 5 – Distribuição dos teores de cádmio no sangue da amostra global
Figura 6 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por género
Figura 7 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio na amostra estratificada por área de exposição
Figura 8 – Distribuição dos teores de mercúrio no sangue da amostra global
Figura 9 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio estratificados por género
Figura 10 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb, Cd e Hg na amostra global relativamente à situação basal
Figura 11 – Efeito da idade na plumbémia da amostra global
Figura 12 – Efeito da idade nos teores de mercúrio da amostra global
Figura 13 – Efeito da idade nos teores de cádmio da amostra global
Figura 14 - Evolução temporal dos teores sanguíneos médios de dioxinas na amostra potencialmente exposta
Figura 15 - Caracterização dos hábitos tabágicos por área de exposição, género e idade
Figura 16 – Perfil de consumo de tabaco por área de exposição, género e idade
Figura 17 – Prevalência de asma por área de exposição e ano de monitorização
Figura 18 – Perfil das Taxas Padronizadas de Mortalidade por cancro, de 2000 a 20012, nas zonas em estudo (ambos os sexos incluídos)
Figura 19 (1/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
Figura 19 (2/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
Figura 19 (3/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
Figura 19 (4/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
Figura 20 (1/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Figura 20 (2/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Figura 20 (3/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Figura 20 (4/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Figura 20 (5/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Figura 21 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil por causas específicas, entre 1991 e 2012
Figura 22 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil (por 1 000 nados vivos), por afecções congénitas e outras causas seleccionadas (ambos os sexos incluídos)
Figura 23 – Evolução cronológica da taxa de mortalidade infantil em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo
Figura 24 – Evolução cronológica da taxa de mortalidade perinatal em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo
Figura 25 – Evolução cronológica das taxas de muito baixo peso e de baixo peso à nascença no período de referência, em Portugal, na Grande Lisboa e nas Zonas Exposta e de Controlo
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O presente documento constitui o Relatório Circunstanciado de Monitorização da Saúde
Pública na envolvente à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) de S.
João da Talha, relativa ao período 2013-2015. A sua elaboração visou apresentar e interpretar
os resultados das actividades decorrentes do Programa de Monitorização da Saúde Pública na
envolvente da CTRSU, no período 2013-2015 e, quando justificado, desde o início da
monitorização, com o objectivo de avaliar a tendência evolutiva dos indicadores em análise.
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Responsabilidade
A Unidade de Saúde Ambiental do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública da
Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa (IMPSP / FMUL) é a entidade científica
e tecnicamente responsável pelo desenvolvimento do trabalho correspondente ao
presente Relatório Circunstanciado.
Unidade de Saúde Ambiental do IMPSP / FMUL
(Prof.ª Doutora M. Fátima Reis, Coordenadora)
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Entidade contratante
VALORSUL – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S. A.
Responsabilidade científica e técnica
Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública (IMP&SP) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Coordenação
M. Fátima Reis (IMPSP)
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Equipa técnica
M. Fátima Reis Doutor em Química
Coordenadora da Unidade de Saúde Ambiental do IMPSP/FML
Coordenadora da Unidade I&D da FCT “Instituto de Medicina
Preventiva”
Pedro Aguiar Mestre em Probabilidades e Estatística
Doutor em Saúde Internacional
Consultor de Estatística Médica e Métodos de Iinvestigação
Baltazar Nunes Doutor em Probabilidades e Estatística
Consultor de Estatística Médica e Métodos de Iinvestigação
J. Carlos Silva Técnico de Informática (Microsoft Certified Professional)
Osvaldo Santos Mestre e Doutorando em Psicologia da Saúde
Consultor em Métodos Quali-Quantitativos de Investigação
C. Joana Sousa Licenciada em Ciências da Saúde
Mestre em Nutrição Clínica
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1. ENQUADRAMENTO, JUSTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA
As emissões dos processos de incineração, em particular as emissões das chaminés, incluem uma variedade de
substâncias que, embora emitidas a níveis baixos, podem constituir perigos e gerar impactes negativos para o
ambiente, com subsequentes riscos directos para a saúde. De facto, os estudos toxicológicos têm, desde há
muito, vindo a demonstrar que a maioria dos poluentes potencialmente emitidos em resultado dos processos de
incineração têm potencial cancerígeno e propriedades tóxicas, designadamente para o sistema nervoso central,
sistema reprodutivo, fígado, rins, coração, entre outros órgãos e sistemas-alvo (Harrad & Harrison, 1996;
Rushton, 2003; WHO, 2007a). É também amplamente reconhecido que, uma vez libertados para o ambiente, a
exposição humana a esta tipo de poluentes pode ocorrer de forma directa – por exemplo, através da inalação –
ou indirecta, sobretudo através da ingestão de alimentos e/ou água contendo estas substâncias (Alssop, Costner
& Johnston, 2001).
Duma maneira geral, os riscos para a saúde podem ser desproporcionados em relação às quantidades emitidas
devido a três ordens de razões: por um lado, os poluentes incluídos nas emissões adicionam-se aos níveis de
poluição ambiental existente; por outro lado, a característica de persistência ambiental da maioria destes
químicos faz aumentar as oportunidades de exposição, a consequente bioacumulação e bioamplificação e a
inerente toxicidade, para além de aumentar o risco dos efeitos de exposições mais elevadas; por outro lado
ainda, existe evidência científica crescente de efeitos adversos da exposição continuada a níveis mesmo que
reduzidos de alguns destes poluentes (Reis, 2011).
São inúmeros os estudos epidemiológicos que têm revelado associação entre a exposição a concentrações
elevadas dos poluentes potencialmente emitidos pelas incineradoras e o aumento de mortalidade por todas as
causas, principalmente devido ao aumento da morbilidade e mortalidade neoplásica, cardiovascular e
respiratória (WHO, 2007a). Esta associação é especialmente relevante em crianças, idosos e doentes crónicos
(Morgan et al, 1998; Hoek et al, 2001; Rushton, 2003; Sigle-Rushton, 2003). As malformações congénitas
parecem igualmente integrar a lista de problemas de saúde associáveis a este tipo de exposição (Thompson &
Anthony, 2008). Para além disso, tem-se acumulado evidência crescente quanto à associação entre exposição
continuada a baixas concentrações destes poluentes e o agravamento de problemas crónicos de saúde,
nomeadamente bronquite e outras patologias de foro respiratório, ou redução da esperança de vida (WHO,
2000; WHO, 2007a). Por isso, sobretudo as emissões atmosféricas decorrentes dos processos de incineração,
potencialmente muito reduzidas nas instalações modernas – desde que construídas com as melhores
tecnologias disponíveis e cumprindo rigorosamente os protocolos adequados de operação e manutenção –,
continuam, apesar de tudo, a constituir motivo de preocupação para o público em geral, comunidade científica,
entidades reguladoras e organizações ambientalistas. De uma maneira ou de outra, todos continuam a sentir e a
manifestar inquietação quanto à exposição a estes poluentes e correspondentes efeitos na saúde humana (US-
EPA, 2007; GAIA, 2008; EIP, 2010; Marimow, 2011).
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Estes factores têm vindo a gerar um consenso alargado de que principalmente os químicos como os metais
pesados e as dioxinas, mesmo aos actuais níveis reduzidos, podem ser responsáveis pelo agravamento da
morbilidade, especialmente respiratória e cardiovascular, e pelo aumento das mortes prematuras, apontando
para a necessidade de monitorizar impactes e efeitos (Thompson & Anthony, 2008). Esta monitorização deve ser
realizada não só numa perspectiva de precaução, mas também pela extraordinária relevância do acervo de
dados que se for constituindo, para a correcta interpretação do que possa vir a registar-se num futuro que pode
não ser muito longínquo.
Realizar este tipo de monitorizações e, por esta via, estabelecer a magnitude do risco para as populações
residentes nas proximidades de centrais de incineração não é, contudo, tarefa fácil, nomeadamente devido a
dois factores: por um lado, as dificuldades metodológicas inerentes ao estudo da exposição (Vineis, 2007) e
sobretudo dos efeitos que lhe estão associados tornam difícil tirar conclusões relativamente às relações de
causalidade entre os fenómenos de redução da saúde nas envolventes e as emissões das incineradoras
(Thompson & Anthony, 2008; Martuzzi et al, 2010); por outro lado, esses efeitos, a existirem, implicam
normalmente um longo período de latência (WHO, 2007b; Thompson & Anthony, 2008). Isto leva a que seja
necessário utilizar, no estudo da exposição, indicadores de dose interna determinados por biomonitorização
humana (Angerer, 2002; Angerer, 2010; Angerer, 2011; Reis, 2011; Kolossa-Gehring, 2012) – os marcadores
mais adequados e, por isso, os mais vantajosos, tendo em vista a satisfação dos objectivos a atingir, mas
também geralmente os mais onerosos pelos recursos que envolvem – e adoptar, para o estudo dos efeitos, um
conjunto de indicadores de saúde que sejam potencialmente sensíveis, considerando o tipo de exposição em
causa e a geralmente longa latência dos efeitos previsíveis (Thompson & Anthony, 2008; Martuzzi et al, 2010).
O conhecimento criado com base nos dados recolhidos ao longo de monitorizações deste tipo tem por premissa
epistemológica que o estudo do efeito da poluição (nomeadamente atmosférica) na saúde individual e pública é
sujeito a diversos factores de confundimento, que obrigam a uma análise criteriosa e a uma interpretação muito
prudente. Bastará, a título exemplificativo, realçar que os locais com níveis de poluição mais elevados são
geralmente os mesmos onde se encontram estruturas socioeconómicas mais desfavorecidas, onde a
percentagem dos fumadores é mais elevada e onde a qualidade da alimentação é menos boa (Rylander and
Mégevand, 1993).
Assim, é fundamental o desenvolvimento de programas de vigilância epidemiológica ambiental que integrem as
ações necessárias à proteção da saúde e prevenção da doença dos grupos populacionais da envolvente à
CTRSU, designadamente através de três componentes de vigilância: a biológica, a de fatores de risco e a de
efeitos adversos.
O presente Relatório Circunstanciado, correspondente à apresentação dos resultados das atividades
desenvolvidas nas vertentes de Vigilância de Fatores de Risco (Monitorização da prevalência de consumo de
tabaco) e na Vertente de Vigilância de efeitos adversos (Monitorização da prevalência de asma), do Programa
de Monitorização da Saúde Pública na envolvente da CTRSU, no período de Dezembro de 2013 a Dezembro de
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2015. Desenvolvido no âmbito do contrato celebrado entre a VALORSUL – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S.A., e a Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa (por intermédio da Unidade de Saúde Ambiental do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública).
Procurando responder às questões que se colocam em relação aos riscos de exposição e efeitos associáveis
das populações da envolvente da CTRSU, o Programa de Monitorização da Saúde Pública, em curso desde
1999, tem vindo a ser desenvolvido com os seguintes objectivos gerais:
1. Contribuir para a salvaguarda da saúde das populações na região de influência da Central;
2. Contribuir para fundamentar adequadamente futuras conclusões sobre os potenciais impactes da
unidade de incineração, à luz e no contexto do que a evolução do conhecimento científico for
evidenciando;
3. Contribuir para dar suporte à estratégia de comunicação do risco, através da demonstração,
cientificamente fundamentada, da eficácia da estratégia de prevenção e de efectivo controlo dos
potenciais impactes negativos da Central.
Especificamente, o Programa tem por objectivo desenvolver e dar continuidade a um conjunto de projectos de
monitorização, dirigidos concretamente à exposição aos poluentes potencialmente emitidos durante os
processos de incineração e que recolhem maior percepção de risco da parte da população (nomeadamente
metais pesados e dioxinas) e aos efeitos associados a essa exposição, designadamente os oncológicos e os
tóxicos, estes últimos relativos à saúde reprodutiva e neonatal.
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2. METODOLOGIA
O Programa de Monitorização da Saúde Pública na envolvente da CTRSU adopta o modelo de vigilância
epidemiológica ambiental, sendo, por isso, designado por Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental (de
acrónimo ProVEpA) da CTRSU.
O desenvolvimento do ProVEpA faz-se através de diferentes projectos específicos, individualizados sobretudo
pelo grupo de risco a que respeitam ou pelas metodologias de observação e recolha de dados que utilizam, e
assenta no pressuposto de que a maiores distâncias da CTRSU de S. João da Talha correspondem menores
níveis de exposição aos poluentes eventualmente emitidos durante os processos de incineração de resíduos
sólidos urbanos que têm lugar na Central e consequentemente valores mais reduzidos nos potenciais efeitos
adversos na saúde das populações abrangidas. Daqui decorre a definição de duas áreas de estudo: uma
eventualmente exposta, definida por um raio de 5 km relativamente à CTRSU, e outra não exposta (ou de
controlo), na área para além desse raio, o mais possível semelhante à exposta, nomeadamente nas
características sócio-culturais e demográficas mais relevantes das populações e fora da potencial influência
ambiental atribuível à CTRSU.
De um modo geral, os procedimentos adoptados para o desenvolvimento do ProVEpA envolvem a recolha,
processamento, integração, análise, interpretação e avaliação sistemática de dados de exposição e/ou de saúde
nas populações potencialmente exposta e de controlo e, directa ou indirectamente, a divulgação atempada da
informação resultante aos principais responsáveis pela prevenção e controlo, quer da exposição, quer dos
efeitos que lhe podem estar associados. Sempre que se justifica, são elaboradas recomendações, tendo em
vista o desenvolvimento de medidas correctivas (preventivas, legislativas, educativas, entre outras) que se
julguem necessárias.
Na lógica de vigilância que lhes está subjacente, cada projecto incluído no ProVEpA é desenvolvido em duas
fases: uma para estabelecimento da situação basal ou de referência e outra, longitudinal, para avaliação de
potenciais impactes específicos. Assim, a estrutura temporal dos diferentes projectos é uma observação seriada
no tempo, com diversos momentos de observação, sendo que o primeiro, o tempo basal, corresponde à
caracterização da situação de referência, e os subsequentes, à avaliação de potenciais impactes ao longo do
tempo, realizada com periodicidade que pode ser diferente de projecto para projecto, em função das respectivas
especificidades.
A hipótese em teste no desenvolvimento de cada projecto é a de que, estando os processos de incineração
controlados, quer a exposição humana aos poluentes mais críticos, quer os efeitos adversos na saúde que lhe
podem estar associados não diferem entre a população potencialmente exposta e a outra, considerada não
exposta, que é tomada para controlo. Por isso, em cada projecto, promove-se a análise comparativa, entre
expostos e não expostos, de indicadores específicos de exposição ou das condições de saúde ou patologias
associáveis à exposição, consoante o projecto seja dirigido à exposição ou aos efeitos. Desta forma, o Programa
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é desenvolvido em três vertentes, no âmbito das quais se realizam as monitorizações dirigidas respectivamente
à exposição aos poluentes mais críticos e aos mais relevantes efeitos adversos na saúde associáveis a essas
exposições, nomeadamente a vertente de:
1. Vigilância Biológica, que compreende dois projetos de monitorização da exposição aos poluentes mais
relevantes dos processos de incineração [metais pesados – chumbo (Pb), mercúrio (Hg) e cádmio (Cd) –
e dioxinas e furanos, referidos pelo termo genérico “dioxinas”], desenvolvidos monitorizando os teores
dos poluentes ou de seus metabolitos, nomeadamente:
a. Monitorização dos 3 metais pesados em sangue de adultos da população geral
b. Monitorização de dioxinas em sangue de adultos da população geral
2. Vigilância de Fatores de Risco, nomeadamente da prevalência do consumo de tabaco (eventual fator
confundente da prevalência de asma), em jovens adolescentes.
3. Vigilância de Efeitos Adversos – patologias ou condições de saúde –, associáveis à exposição aos
poluentes ou a outros fatores potencialmente nocivos com origem na CTRSU, que compreende seis
projetos de monitorização da ocorrência de potenciais efeitos adversos, designadamente:
a. Monitorização da prevalência de asma
b. Monitorização da mortalidade por cancro
c. Monitorização de alterações da reprodução, nomeadamente a monitorização de malformações fetais
– mortalidade associada a malformações fetais, gerais e por causas específicas – e a monitorização da
mortalidade infantil e perinatal, de baixo-peso e muito baixo-peso ao nascer e de parto prematuro.
Para a análise, assegurando-se o controlo do quadro multifactorial da relação exposição / potencial efeito
adverso, assume-se que as diferenças que vierem a ser encontradas nas comparações entre expostos e não
expostos (quer para a exposição, quer para as patologias ou condições de saúde) serão resultado de exposições
distintas aos factores ambientais associados ao normal funcionamento da CTRSU e com potencial desigual
distribuição entre as áreas potencialmente exposta e de controlo.
Atendendo a que relativamente a qualquer das monitorizações, a evidência acumulada demonstra que não são
significativas as diferenças entre os níveis encontrados nos grupos potencialmente expostos e de controlo, nos
dois últimos triénios as observações incidiram apenas sobre indivíduos da zona considerada potencialmente
exposta, emparelhados por sexo em relação ao grupo etário. Desta forma, o grupo de controlo foi constituído por
uma amostra aleatória do acervo histórico das respetivas monitorizações, relativamente ao qual serão realizadas
análises comparativas para cada um dos diferentes indicadores.
Em contextos de monitorização epidemiológica, a noção de multicausalidade associada aos potenciais efeitos da
exposição aos poluentes das emissões fundamenta a necessidade de um desenho de investigação longitudinal
comparativo. Assim, na vigilância de efeitos adversos, para além de se compararem directamente os indicadores
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da zona de influência da CTRSU com os de outras regiões do país, é o estudo da variação temporal que,
acompanhado do mesmo estudo, em paralelo, dedicado à zona de controlo escolhida (por ser à partida,
semelhante do ponto de vista socio-económico e cultural) mais garantias dá de se apreender, de forma válida,
quaisquer efeitos da incineradora, em termos de alterações na saúde comunitária local.
Neste relatório, é divulgada a informação resultante das nossas monitorizações, aos principais responsáveis pela
prevenção e controlo, quer da exposição, quer dos efeitos que lhe podem estar associados. Tendo em conta a
evolução da ciência ao longo da década de vigilância desta monitorização da saúde e a já longa experiência
acumulada pela equipa técnica, não só através deste programa, mas também de outros congéneres que está a
desenvolver, o programa de monitorização da saúde no período a que este contrato respeita é desenvolvido
mediante uma estratégica metodológica que implicitamente integra os passos ou etapas já consignadas nos
anteriores, com as adequações ditadas pela evolução referida.
Neste documento é apresentada toda a informação recolhida e tratada, nomeadamente dados e respetiva
análise, resultante do desenvolvimento do ProVEpA nas vertentes acima mencionadas, no período 2013-2015.
Para os indicadores em análise, quer os relativos à exposição, quer aos efeitos na saúde com eles relacionáveis,
sempre que se justifique inclui-se também a análise dos dados referentes a observações anteriores, para
investigação de tendências temporais.
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2. 1. Monitorizações da componente de Vigilância Biológica
2. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização
No âmbito da Vigilância Biológica, os projectos de monitorização da exposição incluem a biomonitorização de
metais pesados e de dioxinas, em sangue de indivíduos incluídos em amostras de conveniência de dois grupos
distintos da população adulta, estratificados por exposição de acordo com a condição de viver e/ou trabalhar na
área geográfica determinada pelo raio pré-definido de 5 km (grupo exposto), ou viver e trabalhar a distâncias
acima desse raio (grupo de controlo ou não exposto).
O grupo populacional incluído nesta vertente de monitorização é constituído por adultos da população geral,
onde se promove a biomonitorização de chumbo (Pb), mercúrio (Hg) e cádmio (Cd) e também de dioxinas no
sangue de participantes voluntários. Os projectos no âmbito dos quais estas monitorizações são desenvolvidas
designam-se respectivamente por monitorização de metais pesados na população geral e monitorização de
dioxinas na população geral.
2. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados
Entre 1999 e 2009, as monitorizações relativas aos projectos de vigilância biológica foram realizadas
anualmente. No entanto, a relativa estabilidade, ou até mesmo a tendência que se tem vindo a registar para a
redução nos níveis dos indicadores monitorizados, evidenciaram como desnecessária essa frequência para as
observações, levando a que, nesta vertente de vigilância, a monitorização passasse, em 2010, a ter o triénio
como base.
Por outro lado, a evidência acumulada relativamente a qualquer das monitorizações desta vertente de vigilância
tem demonstrado que não são significativas as diferenças entre os níveis encontrados nos grupos
potencialmente exposto e de controlo e em todos os grupos populacionais considerados. Por isso, tal como
aconteceu no triénio 2010-2012, as observações realizadas no triénio 2013-2015 incidiram apenas sobre
indivíduos da zona considerada potencialmente exposta, tendo o “grupo de controlo” de cada monitorização
passado a ser uma amostra de dimensão igual à dos expostos, aleatória e estratificada por faixa etária e,
quando adequado, por sexo, que foi construída a partir do acervo histórico das monitorizações efectuadas no
âmbito do ProVEpA, entre 1999 e 2009. Para a selecção dos elementos de cada amostra de não expostos,
foram considerados apenas os indivíduos para os quais as bases de dados contêm (cumulativamente) dados
para os diferentes marcadores em estudo e para as variáveis apuradas pelos respectivos questionários de
caracterização.
Desta forma e de acordo com o contrato celebrado para o período 2013-2015, a caracterização dos potenciais
impactes específicos da CTRSU em termos de exposição humana envolveu, para a monitorização de metais
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pesados e de dioxinas no sangue de adultos da população geral, o recrutamento de uma amostra de
conveniência de indivíduos adultos (18 a 65 anos), residentes e/ou trabalhadores na zona exposta, num total de
90, emparelhados por género em cada um dos 3 grupos etários previamente definidos (18-35, 36-45 e >45
anos). Como vem sendo habitual, o recrutamento foi realizado, sempre que possível, entre dadores de sangue
(voluntários) elegíveis para o estudo, uma vez que são pessoas fortemente motivadas para este tipo de
actividades e, por esta razão, tornam menos difícil a sempre problemática obtenção de amostras de sangue. O
facto de serem dadores também assegura e até potencia, à partida, um dos critérios de inclusão
(nomeadamente o de os participantes serem aparentemente saudáveis), visto que a condição de bom estado de
saúde é não só aparente como também comprovada por testes clínicos prévios a cada doação. Estando
“naturalmente recrutados”, estes participantes possibilitam também o emparelhamento mais rigoroso por idade e
género, relativamente à zona de estudo. No entanto, devido a algumas dificuldades no acompanhamento de
algumas Brigadas do Instituto Português do Sanngue, neste triénio os participantes foram também indivíduos
saudáveis que se voluntariaram a participar no estudo.
Em cada indivíduo que consentiu em ser incluído na amostra (através do preenchimento e assinatura do
consentimento informado), foi realizada uma recolha de sangue, que foi utilizada para a determinação dos três
metais pesados de maior relevância toxicológica, respectivamente Pb, Cd e Hg, e de dioxinas e furanos
(colectivamente designados por dioxinas). A informação individual relativa aos doseamentos foi complementada
com a de outros indicadores de caracterização, obtidos por entrevista, através do questionário que tem vindo a
ser aplicado nas observações dos anos anteriores. Os dados recolhidos são relativos a estilos de vida, hábitos
alimentares, estado geral de saúde e factores sócio-económicos, entre outros, de forma a permitir avaliar a
similaridade das características dos grupos em estudo e poder vir a controlar eventuais factores confundentes.
2. 1. 3. Variáveis
Na perspectiva da avaliação da exposição humana aos poluentes potencialmente emitidos pelos processos de
incineração, as variáveis dependentes consideradas de maior interesse para os respectivos estudos foram os
teores sanguíneos dos biomarcadores seleccionados, nomeadamente Pb, Cd, Hg e dioxinas e furanos.
Como variáveis independentes, foram identificadas, em ambos os grupos, as variáveis de caracterização sócio-
demográfica, antropométrica, de hábitos alimentares e tabágicos, de estilos de vida, e de saúde.
2. 1. 4. Tratamento e análise de dados
Os dados recolhidos por questionário e resultantes das análises químicas foram codificados e introduzidos em
bases de dados, sendo submetidos a processos de validação adequados, que incluem rotinas de validação
automática durante o carregamento. Quando necessário e tendo em vista os testes estatísticos a utilizar,
procedeu-se à recodificação de variáveis, ou criaram-se novas, por integração de variáveis concorrentes para
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melhor definição de uma dada característica da amostra. Sempre que se justificou, foi realizada a integração dos
dados obtidos na actual observação com os referentes a observações anteriores, para investigação de
tendências temporais.
A estratégia analítica incluiu, numa primeira fase, a caracterização de cada amostra de estudo, quer estratificada
por área de exposição, quer globalmente considerada.
Numa segunda fase, procedeu-se à investigação da homogeneidade entre expostos e não expostos
relativamente às principais características da amostra. Sempre que se verificou homogeneidade entre os grupos,
efectuou-se a caracterização dos níveis dos diferentes biomarcadores na amostra global e a comparação destes
níveis entre os diferentes sub-grupos/estratos definidos nas variáveis independentes mais relevantes.
Por fim e para investigar factores associados (potenciais determinantes) às principais variáveis dependentes em
estudo, foram efectuadas análises bi- e multivariável.
A análise estatística foi efectuada através do SPSS 21.0 (versão Windows), tendo sido utilizados os modelos
mais apropriados aos objectivos de cada projecto e às suas variáveis específicas (Aguiar, 2007; Rothman,
2008).
Para a análise descritiva, determinaram-se as frequências absolutas e relativas (respectivamente contagens e
percentagens) para as variáveis categóricas, e, para as numéricas, medidas de tendência central (média e
mediana) e de dispersão (desvio padrão e amplitude de variação, com máximo e mínimo, e percentis P25 e
P75).
As variáveis referentes aos níveis dos diferentes biomarcadores foram também descritas pela média geométrica
e respectivo intervalo de confiança a 95% e percentis P10, P90, P95 e P98. A média geométrica representa a
medida de tendência central “ideal” no caso de distribuições log-normais e os percentis da gama superior
enfatizam as exposições mais elevadas e, por isso, de maior interesse em termos de prevenção.
A análise comparativa entre variáveis numéricas foi realizada por análise de correlação de Pearson ou
Spearman, conforme adequado, tendo-se utilizado o teste t de Student, a análise de variância (ANOVA) e
análises não paramétricas (Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) para comparar os teores dos biomarcadores
(variáveis numéricas) entre os sub-grupos ou estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da
amostra. Para comparações relativas a variáveis categóricas, foram utilizados os testes de qui-quadrado (χ2) e
exacto de Fisher.
A magnitude das associações foi medida, conforme adequado, através da razão entre as medianas, coeficientes
de correlação, de regressão e odds ratios e respectivos intervalos de confiança a 95% e ainda por análise de
regressão logística bivariável. Nos testes estatísticos de hipóteses foi adoptado o nível de significância de 5%.
A abordagem multivariável envolveu análise de regressão linear múltipla, para os níveis (numéricos) dos
biomarcadores em estudo. Para entrarem nos modelos, foram seleccionadas as variáveis independentes que,
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para além de não evidenciarem existência de colinearidade, satisfaziam cumulativamente as condições de
p<0,20 na análise bivariável e percentagem de valores omissos inferior a 10%. As variáveis que não satisfaziam
estas condições mas se revestiam de grande relevância para os objectivos do estudo foram também incluídas
nos modelos. A selecção das variáveis a permanecer em cada modelo seguiu o método Backward controlado
pelo investigador, que permite excluir, em cada passo, uma única variável, pelo critério de p mais elevado (com
p>0,10) e, em caso de igual valor de p, pelo menor valor absoluto do coeficiente de correlação parcial ajustado
para as outras variáveis independentes do modelo (nas regressões lineares mútiplas).
2. 2. Monitorizações da componente de Vigilância de Factores de Risco
Na Vigilância de Fatores de Risco procede-se à monitorização de potenciais fatores confundentes das patologias
ou situações de saúde relevantes, tendo-se considerado, para este Programa, a monitorização do consumo de
tabaco, que engloba a monitorização dos hábitos tabágicos e dos perfis de consumo.
O consumo ativo de tabaco tem sido associado com um aumento de complicações do trato respiratório e, de
uma forma geral, com um agravamento dos sintomas e prognóstico de asma em crianças e adolescentes. Este
facto, associado a uma ainda significativa prevalência de consumo de tabaco entre os jovens e à necessidade de
identificar e controlar um eventual efeito confundente sobre os resultados da monitorização da prevalência de
asma, justifica a inclusão da monitorização do consumo de tabaco no ProVEpA.
2. 2. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização
Esta monitorização, em curso desde 1999 até 2009, foi retomada neste triénio, seguindo o procedimento que
vinha sendo utilizado, o qual inclui a aplicação de um questionário único de auto-preenchimento, para
apuramento da prevalência do consumo de tabaco e da prevalência de asma, numa amostra aleatoriamente
selecionada de crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, matriculados em
escolas públicas do Ensino Básico e Secundário, em duas zonas geográficas distintas: uma potencialmente
exposta, definida por um raio de 5 km relativamente à CTRSU, e outra, não exposta, para distâncias superiores
a esse raio, sem limite máximo definido, constituída pelo acervo histórico das monitorizações efectuadas nessa
população.
2. 2. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados
A amostragem para a vigilância de factores de risco e para a monitorização da prevalência de asma foi realizada
de forma a poder ter um mínimo de 600 elementos amostrais da área considerada potencialmente exposta.
Conforme referido, o grupo de controlo para a presente observação foi obtido com base no acervo histórico das
onze monitorizações anteriormente realizadas.
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2. 2. 3. Variáveis
A variável principal em estudo é o consumo de tabaco, tendo-se considerado como consumidor quem fuma
regularmente, quem fuma esporadicamente ou somente refira ter fumado sem quantificar esse consumo. É
também monitorizada a frequência do consumo, dividida nos cinco níveis seguintes: esporádica ou
ocasionalmente, menos de 5 cigarros por dia, entre 5 a 10 cigarros/dia, entre 11 e 20 cigarros/dia, mais de 20
cigarros/dia.
Para além desta varíavel foram consideradas: género, idade e zona de exposição.
2. 2. 4. Tratamento e análise de dados
A caracterização dos hábitos tabágicos (não fumador, fumador ocasional e fumador regular) e do perfil de
consumo de tabaco é feita é feita por área de exposição, género e idade. As amostras de cada ano são
comparadas entre si e entre os vários anos, também em termos de área de exposição, distribuição etária e
género. Para comparar os padrões de consumo de tabaco em cada ano de monitorização foi utilizado o teste de
qui-quadrado.
2.3. Monitorizações da componente de Vigilância de Efeitos Adversos
Na vertente de Vigilância de Efeitos Adversos (isto é, de patologias ou condições de saúde associáveis à
exposição aos factores nocivos com eventual origem na CTRSU), promove-se a monitorização de um conjunto
de indicadores de saúde (nomeadamente prevalência de asma, mortalidade por cancro e frequência de
alterações de reprodução), cujos dados são obtidos através de sistemas de busca activa de informação (por
exemplo, por questionário, como é o caso da monitorização da prevalência de asma), ou por consulta a bases de
dados de saúde e demográficos, que são produzidos a nível nacional e por entidades para tal mandatadas.
O acesso a dados adequados – em termos de nível de desagregação geo-temporal e susceptíveis de possibilitar
o cálculo dos diferentes indicadores incluídos na análise, que são imprescindíveis para o cumprimento dos
objectivos estabelecidos nesta vertente de vigilância do ProVEpA – tem sido possível graças a um protocolo de
colaboração, celebrado em Outubro de 2004 com o Instituto Nacional de Estatística (INE), sendo de salientar
a excelente colaboração que desde então se tem vindo a verificar. No entanto, ultimamente, devido a alterações
no INE, que se reflectiram na política de acesso aos indicadores por grupos ou instituições externas à instituição,
foi problemático o acesso aos dados. Para além de passar a haver um custo associado (mesmo para o caso de
instituições com protocolos celebrados de há muito com o INE), foi necessário solicitar a recodificação
georeferencial dos dados determinada pela reorganização administrativa do território das freguesias, para
garantir a sua comparabilidade com os dos períodos anteriores, que ficaria comprometida em razão da recente
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alteração administrativa e correspondente recategorização das freguesias atuais relativamente às que têm sido
objecto de análise no âmbito destas monitorizações. Esta recodificação levou à extensão acentuada do tempo
de resposta do INE devido a uma alegada enorme falta de recursos.
No referente às monitorizações baseadas na análise de registos existentes e para manter a estrutura dos
relatórios anteriores, neste capítulo é caracterizada a evolução epidemiológica de um conjunto de indicadores
considerados relevantes para o estudo dos eventuais efeitos adversos da actividade da CTRSU na saúde
pública, relativa às áreas geodemográficas que poderão estar mais directamente sujeitas à sua acção. Para o
efeito, são incluídos vários indicadores de mortalidade e de saúde neonatal e reprodutiva, adiante descritos.
Estas monitorizações, de natureza longitudinal e comparativa, têm por base, como as restantes monitorizações
do Programa, a delimitação de duas áreas geodemográficas, numa lógica (em termos de desenho de
investigação) de comparação entre grupo-exposto e grupo-de-controlo: a zona exposta, definida com base em
critérios de potencial maior exposição à acção da CTRSU, e a zona de controlo, escolhida com base em
semelhanças sócioculturais e demográficas, mas fora da influência ambiental atribuível à CTRSU.
Também aqui a zona potencialmente exposta inclui o conjunto de freguesias situadas na região abrangida por
um raio de cinco quilómetros à volta da CTRSU, com a adicional de incluir todas as freguesias com mais de 40%
do seu território no interior dessa região. A zona de controlo foi definida por similitude da zona exposta em
termos geodemográficos, nomeadamente no que se refere à dimensão geográfica, à distribuição etária, aos
estilos de vida (incluindo hábitos alimentares e ocupação profissional), ao ambiente físico (nomeadamente, a
altitude, as condições climáticas, a área geográfica, o tipo de alojamentos familiares) e à frequência e
distribuição de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços e acessibilidades. A estes critérios foi
ainda adicionado o da vizinhança/contiguidade com a zona exposta. Em termos gerais, as zonas seleccionadas
para o estudo abrangem a totalidade do território geográfico dos concelhos de Vila Franca de Xira, Loures e
Odivelas, como se apresenta na Tabela 1.
No que se refere aos intervalos temporais de monitorização, foi estabelecido um período de referência (de
1991 a 2001), que possibilita a comparação entre as áreas geográficas e os períodos temporais de interesse, e
uma data de vigilância epidemiológica, numa lógica de desenho de investigação longitudinal: o ano de 2002. O
período temporal de monitorização da acção da CTRSU anteriormente descrito foi de 2000 a 2010. O presente
relatório alarga o período de vigilância, incluindo os dados relativos a 2011 e 2012. O período total já decorrido
de tempo de observação permitiu a divisão em dois períodos, de referência (1991-2001) e de vigilância (2002-
2012), com igual duração: 11 anos. A avaliação de potenciais impactos em relação ao período de referência
estabelecido no contexto do ProVEpA é feita através da comparação, ao longo do tempo de estudo, dos
mesmos indicadores nas zonas de estudo consideradas.
Desta forma, o plano para os projectos de monitorização da vigilância de efeitos adversos é, na prática, com
excepção da monitorização da prevalência de asma por ter sido interrompido, o mesmo que foi desenvolvido nos
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períodos anteriores. Nas secções seguintes, são apresentadas as diferentes monitorizações, sendo também
apresentados, em resumo, os aspectos mais relevantes do plano de monitorização.
2.3.1. Monitorização da prevalência de asma
A monitorização da prevalência de asma foi realizada através da monitorização, por questionário de auto-
preenchimento, na amostra de jovens adolescentes da zona potencialmente exposta seleccionada para a
monitorização da prevalência do consumo de tabaco.
A asma é uma das doenças crónicas mais comuns em todo o mundo e a sua incidência e prevalência têm vindo
a aumentar gradualmente ao longo das últimas duas décadas. Em Portugal, estima-se que a prevalência atinja
cerca de 11 % e 12 % das crianças, respetivamente entre os 6 e os 7 e entre os 13 e os 14 anos de idade, e à
volta de 5 % dos adultos, entre os 20 e os 44 anos.
A poluição do ambiente exterior, particularmente a poluição de origem industrial, é um dos mais relevantes
fatores de risco de natureza ambiental para o aparecimento ou agravamento das doenças respiratórias,
nomeadamente da asma. Sendo assim, assume especial relevância a inclusão da monitorização da prevalência
desta patologia no ProVEpA.
2. 3. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização
O aparecimento de asma ou o agravamento dos sintomas têm também sido associados a diversos outros
fatores, nomeadamente ao consumo de tabaco, que, por isso, pode constituir um fator de confundimento na
monitorização da prevalência da patologia no contexto do ProVEpA. Desta forma, o Projeto de Monitorização da
prevalência de Asma é desenvolvido conjuntamente com o da prevalência do consumo de tabaco, utilizando-se
os mesmos grupos de estudo e o questionário único já referido na parte deste Relatório no capítulo referente à
vertente de Vigilância de Fatores de Risco.
2. 3. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados
Vide capítulo referente à vertente de Vigilância de Fatores de Risco.
2. 3. 1. 2. Variáveis
A principal variável em estudo é a existência de asma. Considerou-se com asma quem teve dispneia ou pieira no
último ano não associadas a outros sintomas do tracto resporatório superior (“constipações”).
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Para além destas variáveis, foram consideradas o género, idade, freguesia da escola, área de exposição,
história familiar, condições da habitação, entre outros.
2. 3. 1. 3. Tratamento e análise de dados
Na estatística univariada, para as variáveis quantitativas foram calculadas as respectivas médias, medianas e
intervalos de confiança. Para as variáveis qualitativas foram calculadas as respectivas proporções e os intervalos
de confiança. A prevalência de asma foi calculada por área de exposição e ano de monitorização.
Foram realizados estudos de associação do indicador prevalência de asma com factores como área de
exposição, género, história familiar de asma, consumo de tabaco, idade e humidade na casa.
Na estatística bivariada, a magnitude das associações foi medida através dos OR – Odds Ratio e respectivos
intervalos de confiança a 95% e ainda por análise de regressão logística bivariável. Nos testes estatísticos de
hipóteses foi adoptado o nível de significância de 5%.
2. 3. 2. Projecto de monitorização da mortalidade por cancro
No contexto desta componente de monitorização, promove-se a comparação das taxas de mortalidade
padronizada por cancro entre a população exposta e a população de controlo, com o objectivo de confirmar a
hipótese de diferença significativa, não só do ponto de vista estatístico, mas também numa perspectiva de
relevância clínica, entre as duas populações (exposta e de controlo) e ao longo do tempo.
Descrição das taxas em estudo
Sendo consensual que a mortalidade por cancro está associada a muitas outras variáveis para além dos factores
de risco ambientais em estudo, é fundamental que a avaliação de taxas de mortalidade mantenha sob controlo
(ou, dito de outra forma, neutralize), na medida do possível, o efeito de variáveis que se sabe à partida serem
diferentes entre os dois grupos populacionais e que podem influenciar, de forma independente, essas taxas1. Por
exemplo, é de esperar que populações mais idosas apresentem taxas brutas de mortalidade mais elevadas do
que populações mais jovens, apenas pelo efeito da idade e não por eventuais factores de risco associáveis à
região. Por esta razão, importa padronizar as taxas por sexos e por grupos etários, anulando-se assim o efeito
independente destas duas variáveis.
1 Importa referir que a inferência de relações causais entre fenómenos de saúde (como morbilidade e/ou mortalidade) é um exercício sempre susceptível
de vieses resultantes do facto de não ser possível o controlo de todas as variáveis moderadoras e mediadoras de tal complexidade. Contudo, para
efeitos comparativos, importa que os grupos populacionais em estudo sejam semelhantes relativamente a aspectos biológicos básicos (como sexo e
idade), reconhecidos como determinantes major das prevalências de morbilidade e mortalidade.
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Esta padronização de taxa pode ser feita por dois métodos: o método directo e o método indirecto. Por razões já
de há muito estabelecidas2 e explicadas em relatórios anteriores, no programa de monitorização em causa
escolheu-se o método directo de padronização, por sexo e grupos etários quinquenais (para as diferentes
unidades geo-demográficas em estudo), para a análise comparativa das taxas de mortalidade por cancro entre a
população exposta e a de controlo. Para este fim, utiliza-se uma população-padrão de escolha arbitrária, o que
implica que as taxas obtidas são valores também eles arbitrários, com utilidade relativa (ou seja, para efeitos de
comparação) mas sem significado absoluto. No início do exercício de monitorização (em 2003) os Censos
disponíveis referiam-se ao ano de 2001 (Tabela 2). Uma vez que se trata de uma população-padrão arbitrária,
utilizada apenas para padronização dos dados em estudo e como importa manter constante esse processo de
transformação de dados, continuou-se a utilizar a distribuição demográfica reportada pelos Censos de 2001,
apesar de já estarem disponíveis os Censos de 2011.
É ainda de referir que este estudo de comparação de taxas de mortalidade por cancro entre população exposta e
população de controlo apenas faz sentido numa lógica de análise longitudinal – i.e., orientada para a detecção
de eventuais diferenças (significativas) entre as duas populações, no que se refere ao modo como as taxas
evoluem no tempo.
Importa lembrar que, embora o acesso aos dados em causa esteja protocolado, o ritmo de produção dos
mesmos (pelo INE) implica uma dècalage relativamente ao momento actual. Daí o período temporal aqui em
análise terminar em 2012. Apesar de já existirem dados sobre óbitos por causa de morte relativos a 2013, em
2012 foi implementada uma reorganização administrativa do território das freguesias que implica uma
recodificação georeferiencial, agora em curso. Está assegurada a continuidade do protocolo com o INE, pelo que
se prevê que a obtenção de dados relativos aos próximos anos seja possível, já com este procedimento de
recategorização das freguesias atuais, garantindo a comparabilidade dos dados relativos a 2013 e em diante
com os dados recolhidos até 2012.
A monitorização da mortalidade por cancro foi feita através do estudo evolutivo de taxas de óbitos associados a
tumores malignos, em ambas as áreas em estudo, nos intervalos temporais de 1991 a 2001 (período de
referência) e de 2002 a 2012 (período de monitorização).
Consideram-se como indicadores de vigilância:
� a totalidade de mortes por cancro nos períodos considerados (os tumores malignos estão compreendidos, no International Classification of Diseases (ICD): no ICD-9, entre os códigos 1500 e 2399 e, no ICD-10, entre os códigos C00 e C97)3;
� tumores malignos do aparelho digestivo (ICD-9: 1500-1599); ICD-10: C15.0-C26.9;
2 Stone, D. B., Armstrong R.W., Macrina, D. M., Pankau, J. W. (1996). Introdução à epidemiologia. McGraw-Hill. Lisboa.
3 O ICD (OMS, 1990) define os critérios nosológicos aceites pela comunidade científica para classificação dos tumores malignos, atendendo à sua
localização e morfologia. Apesar de o ICD estar já na sua 10ª edição, os dados oficiais de mortalidade (registados em base de dados pelo Instituto
Nacional de Estatística), relativos ao período entre 1991 e 2001, utilizam ainda a classificação do ICD-9.
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� tumores malignos do estômago (ICD-9: 1510-1519; ICD-10: C16.0-C16.9);
� tumores malignos do cólon (ICD-9: 1530-1539; ICD-10: C18.0-C18.9);
� tumores malignos do aparelho respiratório (ICD-9: 1600-1659; ICD-10: C30.0-C39.9);
� tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão (ICD-9: 1620-1629; ICD-10: C33.0-C34.9);
� tumores malignos dos ossos, pele e mama (ICD-9: 1700-1769; ICD-10: C40.0-C41.9 + C43.0-C44.9 + C50.0-C50.9);
� tumores malignos da mama feminina (ICD-9: 1740-1749; ICD-10: C50.0-C50.9);
� tumores malignos do aparelho genito-urinário (ICD-9: 1790-1899; ICD-10: C51.0-C58.0 + C60.0-C63.9 + C64.0-C68.9);
� tumores malignos da próstata (ICD-9: 1850-1859; ICD-10: C61);
� tumores malignos de outras localizações (ICD-9: 1900-1999; ICD-10: C76.0-C76.8);
� tumores malignos dos tecidos linfático e hematopoiético (ICD-9: 2000-2089; ICD-10: C81.0-C96.9).
Para além da causa de óbito, o cálculo das taxas padronizadas implicou o recurso às variáveis sexo do falecido,
idade à data do óbito e freguesia de residência, provenientes das seguintes fontes:
� Base de Dados de Óbitos do INE, para os dados sobre indivíduos diagnosticados com tumores malignos em cada ano, de 1991 a 2012;
� Censos populacionais de 2001.
A análise foi efectuada utilizando o IBM/SPSS 23.0 e o Excel (versão OS X).
2. 3. 3. Projecto de monitorização da frequência de alterações da reprodução
A monitorização da frequência de alterações da reprodução tem sido feita, no âmbito deste projeto, numa
perspectiva de comparação entre as populações exposta e de controlo (zonas anteriormente definidas).
Tal como para a monitorização de mortalidade por cancro, na monitorização da frequência de alterações da
reprodução também se define um período de referência (de 1991 a 2001), pano de fundo para detecção de
desvios em anos futuros no que se refere às taxas dos indicadores. O ano de 2002 é também considerado como
o início do período de vigilância de potenciais impactes específicos que, neste relatório, se estende até ao ano
de 2012. Assim, e como já referido, a amplitude dos períodos de referência e de vigilância é idêntica (11 anos
para ambos).
2. 3. 3. 1. Monitorização de óbitos associáveis a malformações fetais
Descrição das taxas em estudo
Foram analisados os óbitos associáveis a malformações fetais através da consulta da base de dados de óbitos
do INE relativa a crianças com menos de 1 ano (mortalidade infantil), durante o período de 1991 a 2012. Para o
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cálculo destes indicadores foram também tidos em conta os dados provenientes do INE relativos ao número de
nados-vivos para as várias áreas geográficas em estudo. Resumindo, para o cálculo das taxas de mortalidade,
foram consultadas:
� a base de dados de óbitos do INE, relativa aos anos entre 1991 e 2012, nas áreas em estudo;
� a base de dados de nascimentos do INE, de 1991 a 2012, nas mesmas áreas.
Consideram-se como indicadores de vigilância de mortalidade associável a malformação fetal os casos de morte
infantil pelas seguintes causas (e respectivos códigos do ICD-9 e do ICD-10 – este últimos aplicados aos óbitos
referentes aos anos entre 2002 e 2012): afecções congénitas (ICD-9: 7400-7599; ICD-10: Q00-Q99);
� afecções perinatais (ICD-9: 7600-7799; ICD-10: P00-P96);
� doenças do aparelho respiratório (ICD-9: 4600-5199; ICD-10: J00-J98);
� doenças do sistema nervoso (ICD-9: 3200-3899; ICD-10: G00-G98);
� sinais e sintomas mal definidos (ICD-9: 7800-7999; ICD-10: R00-R99).
As variáveis em estudo foram a causa da morte da criança, o sexo e a idade à altura da morte da criança e a
freguesia de residência.
Para o cálculo das taxas brutas de mortalidade infantil por causa específica utilizou-se a seguinte fórmula:
A análise foi efectuada utilizando o IBM/SPSS 23.0 e o Excel (versão OS X).
2. 3. 3. 2. Monitorização da mortalidade infantil e perinatal
Descrição das taxas em estudo
A taxa de mortalidade infantil e a taxa perinatal são indicadores epidemiológicos muito relevantes em termos de
saúde pública por serem sensíveis a determinantes de saúde e patologia ao nível comunitário, incluindo factores
socioeconómicos e ambientais. A taxa de mortalidade infantil expressa a mortalidade em crianças durante o
primeiro ano de vida. Já a taxa de mortalidade perinatal refere-se ao conjunto de óbitos de fetos com mais de 28
semanas de gestão e de recém-nascidos até os 7 dias de vida (inclusive). Um aumento significativo da taxa de
qualquer destes marcadores epidemiológicos constitui um sinal de alarme em termos de saúde pública, que
requer de imediato o estudo sobre as causas prováveis, assim como acções preventivas4.
4 Beaglehole, R., Bonita, R., Kjellström, T. (1993). Epidemiologia básica. Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa.
x 1000
Nº de óbitos até ao primeiro ano de vida, num determinado
período, por determinada causa Nº de nados vivos durante esse período
Taxa (bruta) de mortalidade =
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À semelhança do descrito para os projectos de monitorização de mortalidade já apresentados, nesta exercício
epidemiológico descreve-se a evolução das taxas de mortalidade infantil e perinatal para o período de referência
(de 1991 a 2001) e para o período de vigilância de potenciais impactos específicos (entre 2002 e 2012).
Para o cálculo da taxa de mortalidade infantil, foram consultadas:
� a base de dados de óbitos do INE, relativa aos anos entre 1991 e 2012, nas áreas em estudo (tendo sido consideradas todas os óbitos de indivíduos com menos de um ano de vida);
� a base de dados de nascimentos do INE, de 1991 a 2012, nas mesmas áreas.
As variáveis em estudo foram a idade à altura da morte da criança e a freguesia de residência.
A análise foi efectuada através do IBM/SPSS 23.0 e o Excel (versão OS X). Para o cálculo desta taxa, utilizou-se
a seguinte fórmula:
Já para o cálculo das taxas de mortalidade perinatal, foram utilizadas as variáveis sexo, idade (à altura da morte)
do recém nascido e freguesia de residência, obtidos a partir da consulta às seguintes fontes:
� a base de dados de óbitos perinatais do INE, relativa aos anos 1991 a 2012;
� a base de dados de óbitos do INE, relativa aos anos 1991 a 2012;
� a base de dados de nascimentos, de 1991 a 2012.
E, para o cálculo desta taxa de mortalidade, utilizou-se a seguinte fórmula:
2. 3. 3. 3. Monitorização do baixo peso à nascença e do parto pré-termo
O baixo peso à nascença é um dos maiores problemas da saúde pública actual, quer nos países desenvolvidos,
quer nos países em vias de desenvolvimento. Para além de assistirmos, nos países desenvolvidos, a um
aumento da taxa deste indicador, as taxas de mortalidade e de morbilidade em períodos perinatais e infantis, são
x 1000
N.º de óbitos até ao primeiro ano de vida, num
determinado período
N.º de nados vivos durante esse período Taxa de mortalidade infantil =
x 1000
N.º de mortes fetais com mais de 28 semanas de gestação e
mortes até aos 7 dias, num determinado período de tempo
N.º de nados vivos e mortos fetais durante esse período Taxa de mortalidade perinatal =
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significativamente mais elevadas em crianças com baixo peso à nascença, quando comparadas com crianças
que nascem com peso normal. É também um indicador de grande importância social por reflectir o efeito de
diversos determinantes de saúde pública, como défice nutricional, hábitos tabágicos, múltiplas gestações, entre
outros.5
Não admira assim que o baixo peso à nascença seja considerado como um dos principais determinantes da
mortalidade infantil e em crianças na infância pré-escolar (1 a 4 anos), bem como um importante indicador de
risco ambiental. Alguns autores vão ainda mais longe, afirmando que este indicador é mais sensível aos efeitos
deletérios do ambiente do que a mortalidade infantil ou perinatal6.
Atendendo à importância deste indicador de saúde pública, o Projecto de monitorização de baixo peso à
nascença, no contexto do ProVEpA, inclui a monitorização da sua incidência anual, caracterizando a mesma em
função da exposição, isto é, da área geográfica em que em que o registo de nascimento foi feito.
Em complemento, avalia-se também a taxa de partos prematuros, por este ser um indicador de saúde também
sensível a factores ambientais7.
Descrição das taxas em estudo
À semelhança do que foi feito para os outros indicadores de efeitos adversos associáveis ao funcionamento da
CTRSU, a evolução do baixo peso à nascença e do parto pré-termo foi estudada, nas diferentes áreas de estudo
consideradas, ao longo do período de referência considerado (de 1991 a 2001) e ao longo do período de
vigilância epidemiológica compreendido entre 2002 e 2012.
Considera-se situação de muito baixo peso à nascença quando o recém-nascido vivo tem um peso inferior a
1500 gramas, e baixo peso à nascença quando o peso se situa entre 1500 gramas e menos de 2500 gramas.
Para o cálculo da taxas de baixo peso à nascença e de parto prematuro foi utilizada a base de dados de
nascimentos do INE, relativa aos anos entre 1991 e 2012.
As variáveis em estudo foram o número de semanas de gestação, o peso à nascença e a freguesia de
residência.
5 Grimmer, I., Bührer, C., Dudenhausen, J.W., Stroux, A., Reiher, H., Halle, H., Obladen, M. (2002). Preconceptional factors associated with very low
birthweight delivery in East and West Berlin: a case control study. BMC Public Health, 2:10. 6 Gould, J.M., Sternglass, E.J., Mangano, J.J. (1998). U.S.A newborn deterioration. The radiation and the public health project, presented at the
International Congress on the effects of low dose ionizing radiation in childhood and youth, in medicine, industry and environment in the workplace.
Germany.
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Para o cálculo das diferentes taxas foram utilizadas as seguintes fórmulas:
x 100
N.º de nados vivos que nasceram com peso inferior a
1500 gramas, num determinado período
N.º de nados vivos durante esse período Taxa de muito baixo peso à nascença =
x 100
N.º de nados vivos que nasceram com peso entre 1500 e 2500
gramas e, num determinado período
N.º de nados vivos durante esse período Taxa de baixo peso à nascença =
x 100
N.º de partos com tempo de gestação inferior a 37 semanas, num
determinado período
N.º de partos de nados vivos durante esse período Taxa de partos prematuros =
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3. RESULTADOS
3. 1. Projectos de Vigilância Biológica
Os resultados da análise dos dados obtidos através do desenvolvimento da vertente de vigilância biológica no
período 2013-2015 são aqui apresentados, tanto quanto possível de acordo com a sequência da estratégia
analítica que foi utilizada.
3. 1. 1. Monitorização de metais pesados e de dioxinas em adultos da população geral
3. 1. 1. 1. Caracterização da amostra de estudo
A Tabela 3 no Anexo I mostra a caracterização da amostra de estudo, estratificada em expostos e não expostos
e globalmente considerada, e também a análise comparativa entre os grupos de exposição, relativamente às
variáveis de caracterização sociodemográfica, antropométrica, de hábitos alimentares, de hábitos tabágicos, de
estilos de vida, de saúde e de aspectos relativos à maternidade. Da observação desta tabela pode-se concluir
que as diferenças observadas entre os dois grupos não têm significado estatístico para a esmagadora maioria
dos indicadores, evidenciando acentuada homogeneidade entre os grupos em relação às suas principais
características. De notar que, na perspectiva da monitorização em causa, as diferenças registadas, quando
estatisticamente significativas, não só são, regra geral, mais penalizadoras para o grupo dos não expostos, não
tendo, por isso, relevância epidemiológica para os objectivos do estudo, como também apresentam amplitude
reduzida, revelando-se significativas devido ao tamanho amostral.
Por isso, em termos globais, a amostra de estudo, criteriosamente construída em relação ao género e à faixa
etária, pode caracterizar-se como um conjunto de indivíduos adultos, igualmente distribuídos entre homens e
mulheres e em cada um dos 3 grupos etários previamente definidos, com uma idade média/mediana muito
próxima dos 41 anos, a variar entre um mínimo de 18 e um máximo de 65.
A grande maioria dos participantes (83,9%) referem ter apenas 1 ou não ter filhos, e numa proporção
semelhante (76,4%) houve, no máximo, uma gravidez.
Na sua grande maioria (87,1%), vivem há mais de 3 anos na residência indicada à data da aplicação do
questionário, consomem água da torneira (77,8%) e infusões (63,3%) na maioria de forma ocasional (70,2%).
Relativamente ao regime alimentar, este inclui o consumo diário de fruta (81,5%) e de vegetais (60,6%), embora
apenas 17,7% consuma estes alimentos de origem local. Ainda quanto aos hábitos alimentares, a esmagadora
maioria consome leite (80,0%) e ovos (92,1%), cuja origem se desconhece, e também peixe, embora só
ocasionalmente (75,8%), sendo que cerca de metade consome carne diariamente (51,2%). Um pouco mais de
metade dos indivíduos (55%) afirma consumir bebidas alcoólicas, sendo que apenas 15% o faz diariamente.
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Actualmente a maioria (79,4%) dos indivíduos inquiridos não são fumadores e mais de metade refere mesmo
nunca ter fumado (62,2%), sendo que 20% dos indivíduos indica que existe pelo menos um fumador no
agregado familiar, embora este facto que não pareça ser muito valorizado, já que 94,3% do total dos
participantes percepcionam como baixa a exposição a fumo dos familiares. É também elevada a proporção dos
que são de opinião de que têm uma exposição baixa ou mesmo nula a químicos (78,3%), seja em casa ou no
trabalho.
Do apuramento das questões acerca dos estilos de vida, conclui-se que apenas uma ligeira maioria (51,7%)
pratica desporto, embora a maioria destes tenha uma prática semanal. A proporção dos que actualmente
consomem álcool abrange bastante mais do que metade da amostra (62,8%), sendo que quase 30% destes têm
um consumo diário.
Cerca de metade (52,2%) dos participantes refere ter dentes chumbados e quase três quartos da amostra
(71,7%) refere não ter qualquer doença, sendo que a prevalência de qualquer doença em particular nunca é
superior a 12% em nenhum dos grupos em estudo.
3. 1. 1. 2. Biomarcadores de exposição
As estatísticas dos biomarcadores de exposição, nomeadamente dos teores de Pb, Cd e Hg determinados no
sangue dos participantes, são apresentadas nas Tabelas 4, 5 e 6, para a amostra global da presente
monitorização e para os subgrupos ou estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra.
A análise relativa aos biomarcadores de exposição ao grupo de químicos aqui denominado como “metais
pesados” foi realizada com base nos dados destas Tabelas.
A distribuição dos níveis de chumbo no sangue, estratificados por área de exposição, e na amostra global é
apresentada respectivamente nas Figuras 1 e 2.
A observação destas figuras permite concluir que o Pb apresenta teores significativamente mais elevados nos
indivíduos não expostos e que a sua distribuição na amostra global é não normal e assimétrica positiva, com
valores médios (medianos) de 4,01 (3,15) µg/dl, que variam entre um mínimo de 0,10 µg/dl e um máximo de 31,9
µg/dl.
A análise comparativa destes teores entre homens e mulheres (Figura 3) permite concluir que, à semelhança
das observações anteriores e de acordo com o que é referido na literatura, os participantes do género masculino
apresentam, em média, plumbémias ligeiramente superiores (H: 4,07 ± 2,8µg/dl; M: 3,95 ± 4,1µg/dl), ainda que
sem significado estatístico. As distribuições para qualquer dos subgrupos são acentuadamente não normais e
assimétricas à direita.
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Figura 1 – Distribuição dos níveis de chumbo no sangue dos participantes estratificados por área de exposição
Figura 2 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue da amostra global
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Figura 3 – Distribuição dos níveis sanguíneos de chumbo nos participantes estratificados por género
O mesmo tipo de análise comparativa relativamente aos estratos definidos noutras características relevantes da
amostra demonstra que os teores sanguíneos de Pb só apresentam diferenças com significado estatístico para a
área de exposição, sendo mais penalizadora para os indivíduos não expostos, para algumas variáveis referentes
aos hábitos alimentares, nomeadamente a frequência do consumo de álcool e a frequência do consumo de
vegetais e para o número de gravidezes dos indivíduos. Para estas variáveis registam-se teores
significativamente mais elevados para os indivíduos que residem e/ou trabalham na zona não exposta, que
consomem álcool diariamente, que consomem vegetais diariamente e que não tiveram nenhuma gravidez ou
tiveram apenas uma.
Contrariamente ao que se verifica para o Pb, os teores de Cd registam valores mais elevados para os indivíduos
potencialmente expostos (Figura 4), sendo que a diferença tem significado estatístico. No entanto, é de salientar
que essa diferença é, por um lado, reduzida, e, por outro, corresponde a valores muito inferiores aos valores
máximos admissíveis, não se considerando, por isso, relevante na perspectiva desta monitorização.
Globalmente, os teores sanguíneos de Cd (Figura 5) apresentam uma distribuição assimétrica positiva, entre um
mínimo de 0,10 µg/dl e um máximo de 0,80 µg/dl, com valores médios (medianos) de 0,29 (0,30) µg/dl.
Os teores de Cd distribuem-se pelos indivíduos do género masculino e do género feminino duma forma
semelhante (Figura 6), registando-se valores médios que não diferem significativamente por grupo.
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Figura 4 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por área de exposição
Figura 5 – Distribuição dos teores de cádmio no sangue da amostra global
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Figura 6 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por género
A análise comparativa entre os teores sanguíneos de Cd nos estratos definidos nas restantes variáveis
evidenciou diferenças estatisticamente significativas em algumas características, nomeadamente ao nível do
consumo de carne, de questões relativas à natalidade e, tal como seria de esperar, dos hábitos tabágicos. Para
estas variáveis registaram-se teores superiores para os indivíduos que diariamente consomem carne, e também
para os que, de alguma maneira, estão mais expostos a fumo de tabaco, como é, por exemplo, o caso dos que
são fumadores actuais, fumam há mais de 10 anos, fumam mais que 20 cigarros por dia ou não são ex-
fumadores. Os níveis sanguíneos de Cd mais elevados também são mais prevalentes nos participantes que não
têm dentes chumbados e nos que tiveram duas ou mais gravidezes.
Como é evidente da observação da Figura 7, a diferença entre os níveis de mercúrio determinados na sub-
amostra potencialmente exposta e na não exposta têm significado estatístico, novamente com valores mais
elevados para os individiuos não expostos.
Por outro lado e a exemplo do que se registou para aqueles biomarcadores, a distribuição dos níveis de Hg na
amostra global (Figura 8) é acentuadamente assimétrica à direita, apresentando o biomarcador de Hg um valor
médio (e mediano) de 0,30 µg/dl e intervalo de variação entre 0,10 µg/dl e 1,60 µg/dl.
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Figura 7 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio na amostra estratificada por área de exposição
Figura 8 – Distribuição dos teores de mercúrio no sangue da amostra global
A análise comparativa dos teores de Hg por género (Figura 9) revela uma distribuição muito semelhante entre
homens e mulheres e valores médios (medianos) sem diferenças estatisticamente significativas.
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Figura 9 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio estratificados por género
A análise comparativa relativamente aos estratos definidos noutras características relevantes da amostra
demonstra que os teores sanguíneos de Hg só apresentam diferenças com significado estatístico para os ex-
fumadores e para o número de cigarros fumados pelo familiar fumador, parecendo que os indivíduos que são ex-
fumadores ou cujo familiar fuma mais do que 10 cigarros por dia, têm teores sanguíneos de Hg mais elevados.
O estudo da evolução temporal dos teores orgânicos dos três biomarcadores de exposição a metais pesados
(Tabela 7) evidencia que, tanto para os indivíduos expostos, como para os não expostos, ou para a amostra
global e em qualquer momento temporal, os níveis sanguíneos de Pb, Cd e Hg encontram-se sempre bastante
abaixo dos limites ditos “normais” ou de “referência”. Assim, embora as diferenças observadas ao longo do
tempo sejam estatisticamente significativas (p<0,001), estas traduzem variações entre valores que não são
clínica-ou epidemiologicamente relevantes. É também evidente (Figura 10) que os valores de Pb e de Hg têm
vindo a diminuir (principalmente desde as três últimas observações) e que os valores de Cd não têm
apresentado tendência temporal definida, embora tenham diminuído nesta última observação. O facto da
amplitude de oscilação destes teores ser bastante reduzida e de os teores serem bastante mais reduzidos do
que os valores de referência torna esta oscilação irrelevante do ponto de vista epidemiológico.
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Figura 10 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb, Cd e Hg na amostra global relativamente à situação basal
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3. 1. 1. 3. Factores associados aos teores determinados para os biomarcadores de exposição
Estudo de associação por análise bivariável
Por intermédio de análise bivariável e no sentido de investigar potenciais determinantes (preditores ou variáveis
potencialmente mais influentes) dos níveis sanguíneos de cada um dos biomarcadores de exposição na amostra
global, estudou-se a associação entre cada variável apurada por questionário e os teores sanguíneos dos
biomarcadores determinados, sendo os resultados apresentados na Tabela 8, para as variáveis numéricas, e na
Tabela 9, para as categóricas. A análise foi também realizada considerando como potenciais factores
determinantes dos teores de cada biomarcador os teores dos outros biomarcadores determinados.
Em termos globais e no que respeita à plumbémia dos participantes globalmente considerados, a análise não
evidencia dependência dos teores determinados relativamente a qualquer das variáveis numéricas analisadas.
Para a idade, em que, dado o carácter cumulativo do chumbo, seria de esperar um aumento dos teores do metal
com o aumento na idade, a Figura 11 evidencia que, existe alguma tendência para o aumento esperado, no
entanto, sem significado estatístico.
Figura 11 – Efeito da idade na plumbémia da amostra global
O mesmo tipo de análise relativamente aos teores sanguíneos de mercúrio (Figura 12) evidencia uma ligeira
tendência para a diminuição com o aumento da idade que, contudo, também não é estatisticamente significativa.
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Figura 12 – Efeito da idade nos teores de mercúrio da amostra global
Quanto aos teores sanguíneos de Cd, parece existir uma tendência para valores mais elevados em indivíduos
mais velhos, a qual, a exemplo das anteriores, não tem significado estatístico (Figura 13).
Figura 13 – Efeito da idade nos teores de cádmio da amostra global
No que respeita às variáveis categóricas, as únicas que se revelaram com interesse (p<0,05) são as que se
apresentam na Tabela 9 assinaladas com um asterisco.
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Estudo de associação por análise multivariável
No sentido de investigar as variáveis de maior interesse identificadas na análise bivariável, relativamente aos
seus efeitos, em simultâneo, sobre os níveis dos 3 biomarcadores de exposição considerados separadamente,
utilizou-se uma abordagem multivariável confirmatória, através de modelos de análise de regressão linear
múltipla.
As variáveis para entrar em cada modelo encontram-se listadas na Tabela 10, tendo sido seleccionadas com
base nos critérios previamente estabelecidos e anteriormente apresentados.
Os modelos finais optimizados, obtidos para os três biomarcadores de exposição estudados, são apresentados
na Tabela 11. Por observação desta tabela verifica-se que, em relação ao Pb, o modelo de regressão linear
múltipla, apesar de estatisticamente significativo (p=0,001), não tem grande relevância na determinação
(explicação) da plumbémia (R2 = 8,0 %), eventualmente devido a que as variáveis, no seu conjunto, não
influenciam de modo muito acentuado os níveis de Pb. Verifica-se também que se confirma a associação
estatisticamente significativa entre a zona de potencial exposição e um menor nível sanguíneo de chumbo, com
uma alteração média introduzida pela exposição de 1,207 µg/dl após ajustamento para as outras co-variáveis. O
efeito do género e da idade sobre a plumbémia, que leva a valores mais elevados no sexo feminino e mais
reduzidos com o aumento da idade, não tem significado estatístico, tal como a associação com a frequência do
consumo de álcool e do consumo de vegetais, em que parece haver aumento dos valores de plumbémia nos
indivíduos com consumos diários, mas sem significado estatístico.
Relativamente aos níveis sanguíneos de Mercúrio, o modelo, embora estatisticamente significativo (p<0,001),
também não tem grande relevância na determinação (explicação) dos níveis observados (R2 = 21,7%). Segundo
este modelo, confirma-se a associação com significado estatístico com a área de exposição, sendo a alteração
média introduzida pela exposição apenas de 0,090 µg/dl após ajustamento para as outras co-variáveis
consideradas e verificando-se no sentido em que os teores de Hg no sangue dos participantes não expostos são
mais elevados do que nos da zona potencialmente exposta. O efeito independente de cada uma das co-variáveis
do modelo optimizado tem apenas significado estatístico na associação com o índice de massa corporal, no
sentido de que os teores de mercúrio são mais elevados nos indivíduos com maior índice de massa corporal. O
modelo demonstra também tendência dos valores a diminuem (embora muito pouco) com a idade e a serem
seperiores nos indivíduos do sexo feminino, embora sem significado estatístico.
No caso dos níveis sanguíneos de Cádmio, o modelo de regressão linear múltipla optimizado não contempla a
zona de exposição, e de todos os outros factores com efeito estatisticamente significativo na variação dos teores
sanguíneos de Cd, o mais relevante é o que se verifica para os fumadores actuais, cujo valor relativo da
alteração média induz uma alteração de 0,073 µg/dl, após ajustamento para as outras co-variáveis, pois, sendo
efeitos directos esperados, acabam por, em certa medida, validar o modelo. Segundo este modelo, os teores
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sanguíneos de Cd são também mais elevados no sexo feminino, nos mais velhos, e nos que não têm dentes
chumbados.
Globalmente o modelo tem um nível baixo na determinação (explicação) dos níveis observados para o Cd no
sangue (13,3%) e é estatisticamente significativo (p<0,001).
3. 1. 1. 4. Monitorização de dioxinas em adultos da população geral
Na Tabela 12, são apresentadas, globalmente e por área de exposição, as estatísticas dos biomarcadores para
dioxinas na população geral (teores sanguíneos de congéneres de dioxinas e furanos em sangue de indivíduos
adultos) e a análise comparativa desses teores entre expostos e não expostos. Na Figura 14, é apresentada a
evolução temporal dos teores de dioxinas apenas para a subamostra dos indivíduos potencialmente expostos,
desde o início da monitorização e até ao actual momento de observação. Faz-se notar que não integram este
documento os resultados da análise de dioxinas no sangue da população geral relativos às seis pools de 15
indivíduos cada (3 de homens e 3 de mulheres, estratiticados por grupos etários de 15 anos, onde não é
esperável virem a verificar-se associações entre a idade e os teores sanguíneos de dioxinas), uma vez que as
determinações analíticas não foram disponibilizadas pelo laboratório em condições de poderem ser
adequadamente analisadas.
Figura 14 – Evolução temporal dos teores sanguíneos médios de dioxinas na amostra potencialmente exposta
Teores de dioxinas nos momentos de observação anterior (T9) e atual (T10) Teores em momentos de observação precedentes
A observação da tabela mostra que os teores totais médios de dioxinas são consideravelmente mais elevados
nos expostos, quando comparados com os não expostos (por um factor próximo de 3 no total PCDD/PCDF), e
que a diferença é estatisticamente significativa (p<0,001). Da observação da figura é evidente um aumento muito
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pronunciado nos teores totais médios de dioxinas nos expostos na observação anterior e um novo aumento
(embora menos acentuado) na observação atual, aumentos esses que modificam completamente a tendência
decrescente que, consistentemente e de forma significativa, se vinha fazendo sentir desde o segundo momento
de observação.
Na passada monitorização, foi realizada uma adenda ao Relatório Circunstanciado, na qual foram apresentados
os resultados obtidos na monitorização de dioxinas, tendo sido identificados os principais motivos para os
valores elevados que então se registaram e deixadas algumas sugestões correctivas, nomeadamente a da
análise das amostras num outro laboratório, a qual, por motivos a que somos alheios, não foi tida em
consideração.
A exemplo do que tinha então sido feito para se procurar compreender e interpretar a alteração na tendência
evolutiva dos teores nos expostos e na diferença destes teores quando comparados com os dos não expostos,
procedeu-se a uma análise detalhada, que teve em conta a tendência evolutiva dos outros biomarcadores
analisados na população geral, nomeadamente os teores de metais pesados no sangue deste grupo
populacional, e a das dioxinas.
Para qualquer dos outros biomarcadores sanguíneos determinados (metais pesados) na mesma população de
estudo, registou-se um comportamento completamente diferente do que é sugerido pelas dioxinas, não só no
que respeita à comparação entre expostos e não expostos (Tabelas 4, 5 e 6), como também em relação à
evolução temporal (Figura 10).
Verifica-se também que as diferenças encontradas entre esta monitorização e a anterior são bastante mais
pequenas do que as encontradas entre a anterior e todo o acervo histórico.
Estas evidências sugerem que a discrepância nos resultados obtidos para as dioxinas no sangue da população
geral só pode ser devida a problemas relativos à análise química, realizada pelo Laboratório contratado desde
2010, e levaram a que se fossem verificar todos os procedimentos relacionados com esta análise e com a forma
como os resultados analíticos são tratados para produzirem os resultados finais dos teores dos poluentes que
servem de base à análise estatística. Os principais aspectos desta verificação e as conclusões a que se chegou
são apresentados em seguida.
Verificação dos procedimentos efectuados pelo laboratório contratado
Consideram-se, em primeiro lugar, os resultados analíticos que o laboratório obteve para estas amostras e que
se apresentam no Anexo II. Da observação destes resultados, uma conclusão imediata é a de que, para a
maioria dos congéneres, a sensibilidade da metodologia utilizada foi insuficiente para conseguir obter
determinações quantitativas, uma vez que os resultados, na sua esmagadora maioria, aparecem como não
detectáveis (ND).
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Quando acontece haver resultados ND, a prática usual, em termos de tratamento de dados, é que, para efeitos
do cálculo das estatísticas, esses resultados sejam substituídos pelo próprio limite de detecção, ou por metade
do limite de quantificação (o que, no caso deste laboratório é equivalente, uma vez que o limite de detecção é
igualado a metade do limite de quantificação). No entanto, havendo uma grande proporção de resultados
analíticos nestas condições e sendo os limites de quantificação deste laboratório relativamente elevados –
quando comparados com os dos laboratórios das observações anteriores – e ainda mais elevados nesta última
observação relativamente à anterior (Tabela 13), é natural que se obtenham resultados globais para as dioxinas
(calculados pelo somatório dos resultados dos diferentes congéneres) bastante superiores aos que seriam de
esperar com limites de detecção/quantificação mais reduzidos.
Conforme é evidente da observação da tabela, os LOQ variam por um factor que vai de 9 a 159 comparando a
penúltima monotorização com as anteriores, e com um factor que vai até 3,3 quando se comparam os valores da
penúltima monitorização com a actual. Mesmo quando se consideram apenas os congéneres em que a
proporção de não detecção é mais elevada, este factor varia ainda entre 9 e 136 na observação de 2010-2013,
sendo que, nesta observação, se verifica um aumento ainda maior, uma vez que, comparando a presente
observação com a anterior, ainda se obtêm factores de 3,3. Para além disso, se compararmos também a
percentagem dos valores ND para os diferentes congéneres em cada um dos dois últimos momentos de
observação, verifica-se que essa percentagem é muito superior no momento actual e aumentou desde a última
observação, sendo de 100% ou muito próximo para a maioria das dioxinas e para praticamente todos os furanos
(Tabela 14).
Desta forma, os pressupostos enunciados e os procedimentos utilizados na determinação dos teores de dioxinas
no sangue da população potencialmente exposta podem explicar os valores consideravelmente elevados que se
obtiveram para estes teores. Por outro lado, ao fazer a análise comparativa destes teores com os do grupo dos
não expostos (que, devido à nova estratégia de monitorização, foram calculados em condições de maior
sensibilidade, uma vez que, sendo extraídos do acervo histórico dos indivíduos desta subamostra, utilizaram os
limites de quantificação das observações anteriores), verifica-se uma diferença para valores cerca de três vezes
mais elevados nos expostos, sendo esta diferença estatisticamente significativa.
Do que se expôs, não será de estranhar que, com as condições laboratoriais utilizadas, as concentrações nos
expostos se apresentem bastante mais elevadas do que nos não expostos e, em termos de evolução temporal,
bastante mais elevadas do que o que se tem verificado nos momentos de observação anteriores, sem que isso
corresponda, de facto, a uma elevação na exposição a dioxinas, nem nos períodos das últimas observações,
nem na subamostra dos expostos.
Conclui-se daqui que a metodologia analítica do laboratório a que se recorreu para as análises nos últimos dois
momentos de observação não tem sensibilidade suficiente, tendo sido incapaz de detectar e quantificar as
concentrações relativamente reduzidas que as dioxinas têm apresentado na matriz de sangue analisada.
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Por isso e em conclusão, a análise realizada para as determinações de dioxinas no sangue da população geral
aponta no sentido de que os resultados obtidos pelo laboratório não podem ser considerados, nem na análise
comparativa entre os grupos potencialmente exposto e não exposto, nem no estudo da evolução entre os
diferentes momentos de observação. Nesta conformidade, sugere-se que o remanescente das amostras ainda
disponível seja analisado num laboratório que disponha de técnicas analíticas mais sensíveis, capazes de
analisar os teores expectavelmente reduzidos para as dioxinas nesta matriz biológica.
De notar, no entanto, que o resultado que se vier a obter se esta análise for realizada poderá apenas dar uma
informação global sem permitir fazer qualquer análise comparativa entre os resultados para as diferentes pools,
uma vez que, pelo que conseguimos averiguar, não foi inteiramente correcto o procedimento que o laboratório
utilizou para a constituição das pools.
3. 2. Projectos de Vigilância de Factores de Risco
3.1.2. Monitorização dos hábitos tabágicos
Foram inquiridos 715 (49,8%) estudantes entre os 12 e os 18 anos, pertencentes à área potencialmente exposta,
tendo sido considerado como grupo de controlo uma amostra aleatória de 720 (50,2%) indivíduos do acervo
histórico das monitorizações anteriores na zona geográfica não exposta. Nas Tabelas 15 e 16 é apresentada a
distribuição dos alunos inquiridos, por grupo etário, género e área de exposição, ao longo dos 16 anos de
monitorização. Tal como nos momentos de observação precedentes, a partir dos dados do questionário
correspondentes ao consumo de tabaco, é feita a monitorização da prevalência deste consumo, através da
monitorização dos hábitos tabágicos e do perfil de consumo expresso em número de cigarros fumados
diariamente.
Nas Tabelas 17 a 20 e nos gráficos da Figura 15 é apresentada, para cada ano de monitorização, desde o
período de estabelecimento da situação de referência, a caracterização dos hábitos tabágicos, segundo a área
de exposição, o género e a idade. No que se refere à área de exposição (Tabela 17), verifica-se que é no grupo
dos potencialmente expostos que se encontram as maiores percentagens de jovens que se identificam como
não fumadores. As maiores percentagens de fumadores regulares surgem, em todos os anos, no grupo de
controlo. Quanto aos fumadores ocasionais, observam-se maiores percentagens também para os controlos, com
exceção dos anos de 2006 e 2008. A distribuição das percentagens sugere, para 2015, comportamentos de
consumo tabágico diferentes (p<0,001) entre os grupos potencialmente exposto e de controlo. Assim, exceto
para 2005, 2007, 2008 e 2009, a distribuição das proporções das populações em comparação, apresentando
diferenças estatisticamente significativas entre potencialmente expostos e controlos, mostra que os hábitos
tabágicos, avaliados em termos da frequência e regularidade de consumo de tabaco – fuma/não fuma e fuma
regular ou ocasionalmente – se distribuem de forma diferente entre potencialmente expostos e controlos, com
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uma situação quase sempre mais favorável para os potencialmente expostos, no que respeita aos hábitos
tabágicos.
Relativamente ao género (Tabela 18), observam-se diferenças estatisticamente significativas apenas nos anos
de 2004 a 2006, embora se verifique que, para a maioria das observações efetuadas, os fumadores ocasionais e
regulares são maioritariamente do género feminino e os não fumadores do género masculino. Esta tendência
torna evidente um perfil de hábitos tabágicos mais penalizador para os indivíduos do género feminino, embora
em 2015 se tenham verificado mais fumadores regulares do género masculino. A análise comparativa referente
à idade mostra que, dum modo geral, os fumadores regulares pertencem, em todos os anos de monitorização, à
faixa etária mais elevada, verificando-se, sobretudo a partir dos 16 anos (Tabelas 19 e 20), um aumento mais
evidente da percentagem destes fumadores.
Comparando o grupo dos expostos com o dos controlos no que respeita à prevalência de fumadores regulares
ou ocasionais (Tabela 20), observam-se diferenças estatisticamente significativas para todos os anos exceto
2005, 2007, 2008 e 2009, sendo o grupo dos controlos o que apresenta uma prevalência superior de fumadores,
sobretudo regulares. Por outro lado, de uma forma geral e embora sem significado estatístico para a maioria dos
anos é entre as raparigas que se encontra a maior prevalência de fumadores regulares. Já com significado
estatístico para todos os anos (p<0,001), podemos afirmar que é entre os alunos mais velhos que se encontra a
maior prevalência de fumadores regulares.
Para determinar se as diferenças identificadas nos hábitos tabágicos entre os grupos considerados nas variáveis
área de exposição, género e idade se mantêm depois de controlada a influência das covariáveis, procedeu-se a
uma análise multivariável por regressão logística, tendo-se considerado dois modelos. Num dos modelos, a
variável dependente (consumo de tabaco com as categorias não fumador, fumador ocasional e fumador regular)
toma como categoria de referência a de fumador regular. No outro, a categoria de referência é a de fumador
ocasional. As variáveis independentes são, em ambos os modelos, a área de exposição, o género e a idade,
esta última estratificada nos grupos etários 12-14 e 15-18 anos, sendo as categorias de referência para estas
variáveis, respetivamente, o grupo de expostos, o género masculino e o grupo dos 12-14 anos.
Como se pode verificar a partir da análise realizada (Tabela 21), no que respeita à prevalência de fumadores
regulares, as diferenças entre os grupos potencialmente exposto e de controlo mantêm-se significativas apenas
para 2000 (p=0,03) e para 2015 (p<0,001), quando ajustadas por regressão logística, para a idade e para o
género. No que se refere à prevalência de fumadores ocasionais (Tabela 22), as diferenças entre as áreas
permanecem significativas após o ajustamento, apenas para 2001 (p=0,05), 2006 (p=0,03) e 2015 (p<0,001). As
diferenças entre homens e mulheres que fumam regularmente mantêm-se estatisticamente significativas apenas
em 2002, 2004 e 2005 e, nos que fumam ocasionalmente, em 2005 e 2006. Mantêm-se significativas em todos
os anos, as diferenças de consumo regular de tabaco dos mais velhos (15-18 anos) relativamente ao da faixa
etária dos 12 aos 14 anos e, no que respeita ao fumo ocasional, apenas no ano de 2008 deixam de ter
significado estatístico as diferenças na prevalência.
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Os resultados desta análise sugerem, por isso, um padrão de hábitos tabágicos relativamente homogéneo nos
grupos definidos pela área de exposição e pelo género, evidenciando a influência da idade como fator explicativo
das diferenças observadas na prevalência de fumadores em praticamente todos os anos de monitorização. Em
2015, verificámos que pertencer à área não exposta também parece estar associado a uma menor prevalência
de fumadores, quer regulares, quer ocasionais. Tal pode dever-se ao facto de utilizarmos o acervo histórico
como controlo e da prevalência de consumo de tabaco assumido pelos jovens ter vindo a diminuir com o passar
dos anos.
De facto, analisando os hábitos tabágicos da amostra globalmente considerada ao longo do tempo (Tabela 23),
verifica-se que a percentagem de fumadores tem variado significativamente (p<0,001), observando-se uma
tendência decrescente na variação temporal.
Apesar do aumento da prevalência de fumadores em 2008 e de fumadores ocasionais em 2015, é clara a
redução que se tem vindo a verificar do número de jovens que se assumem como fumadores, sobretudo os
regulares. De facto, a prevalência deste tipo de fumadores tem variado entre um mínimo de 4,0 % (em 2007) e
um máximo de 11,6 % (em 2001), numa gama que não se afasta dos 8,1 % de fumadores regulares observados
num estudo realizado em 191 escolas nacionais, em 2001, numa amostra de jovens com mais de 11 anos de
idade. Quando se procede à comparação com dados internacionais, verifica-se que as prevalências a que se
chegou são, de um modo geral, inferiores aos valores 14 a 17 %, que têm sido observados por alguns estudos
realizados nesta área a nível europeu, em populações com características semelhantes.
3.1.3. Monitorização do perfil de consumo de tabaco
O perfil de consumo de tabaco (Tabelas 24 a 28 e gráficos da Figura 16) apresenta diferenças significativas
entre as duas áreas de exposição apenas em 2006 (p=0,02), com o grupo dos expostos a evidenciar
percentagens superiores quer de fumadores ocasionais, quer de jovens que afirmam fumar mais de 20 cigarros
por dia. O grupo dos controlos apresenta aqui percentagens superiores de fumadores nas categorias intermédias
de consumo. No que se refere ao perfil de consumo por género, apenas se encontram diferenças com
significado estatístico para 2001 (p=0,04) e 2005 (p=0,02), mas, de um modo geral, são os rapazes quem mais
afirma fumar um maior número de cigarros por dia, sendo os mais representados nas duas categorias de
consumo mais elevado. Na comparação, ao longo do tempo, dos perfis de consumo tendo em conta a idade,
registam-se diferenças significativas apenas em 1999 (p=0,01), 2000 (p=0,03), 2008 (p=0,035) e 2009 (p<0,001).
De um modo geral, a percentagem de fumadores ocasionais vai diminuindo à medida que aumenta a idade,
sendo os alunos mais velhos os que referem consumos mais elevados. Considerando a amostra global (Tabela
23), verifica-se que não existem variações significativas no perfil de consumo ao longo do período de observação
(p=0,091).
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Figura 15 – Caracterização dos hábitos tabágicos por área de exposição, género e idade
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Figura 16 – Perfil de consumo de tabaco por área de exposição, género e idade
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3. 2. Projectos de Vigilância de Efeitos Adversos
Na Tabela 29 e no gráfico superior da Figura 17 é apresentada a prevalência de asma por área de exposição e
ano de monitorização. A prevalência na área potencialmente exposta é, em 2015, de 12,8 % e, na área de
controlo, de 11,1 %. De acordo com o que tem vindo a acontecer em observações anteriores, as prevalências
nas duas áreas de estudo no ano de 2015 não diferem entre si (p=0,051). No que se refere à evolução temporal
da prevalência na amostra globalmente considerada, a observação do gráfico inferior da mesma figura evidencia
que não há um padrão de variação definido, embora a variação observada ao longo dos anos se apresente
estatisticamente significativa (p<0,001).
Como acima se referiu, o aparecimento ou o agravamento da asma podem encontrar-se, de algum modo,
associados a hábitos tabágicos, mas essa associação também se verifica relativamente a fatores como história
familiar de asma, humidade na habitação, género e idade. Para avaliar o peso destes fatores, procedeu-se a
uma análise multivariável por regressão logística, cujo modelo tem como variável dependente e categoria de
referência a presença de asma ao longo da vida. Incluíram-se no modelo as variáveis área de exposição,
género, história familiar de asma, consumo de tabaco, idade e humidade na casa, tendo-se tomado como
categorias de referência respetivamente o grupo dos expostos, o género masculino, o facto de apresentar
história familiar da patologia e ser fumador regular. A idade e a humidade da casa foram avaliadas tendo em
conta o risco acrescido, respetivamente por ano de idade e por nível na escala de humidade (seca; um pouco
húmida; húmida; e muito húmida).
Como se pode observar pelos resultados apresentados na Tabela 30, a história familiar é o único fator que se
mantém consistente e significativamente associado à presença de asma em todos os anos. Quanto aos
restantes fatores, a associação com a asma é verificada apenas para alguns (poucos) anos da monitorização e
sem coincidência temporal.
Em conclusão e no que se refere à asma, verifica-se que a prevalência não é diferente entre expostos e
controlos e que, na amostra global, tem variado entre um valor mínimo de 9,3 % (em 2002) e máximo de 14,3 %
(em 2007), sem um padrão de evolução definido. Estes valores não se afastam dos resultados obtidos por outros
estudos realizados em Portugal, em populações com características semelhantes, como é o caso da Fase Três
do ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood), que encontrou prevalências de asma entre
os 12,0 e os 12,9 %. Confirmando o que se encontra referido na literatura da especialidade, a prevalência de
asma encontra-se associada, em todos os anos, apenas à presença de história familiar da doença. Outros
fatores revelam associações menos constantes, como é o caso da área de exposição (em 2008 e 2015), da
idade (em 2007), das condições de humidade na habitação (em 2007, 2008 e 2009), do consumo regular de
tabaco (em 2003, 2004, 2005 e 2009) e do género (em 2006).
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Figura 17 – Prevalência de asma por área de exposição e ano de monitorização
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3. 2. 1. Monitorização da mortalidade por cancro
Análise comparativa dos dados
Apresentam-se de seguida as taxas de mortalidade por tumores malignos, padronizadas por sexo e grupos
etários quinquenais, entre o período de referência (1991-2001) e o período de monitorização (2002-2012).
Importa conhecer em detalhe as variações dos indicadores em causa dentro do período temporal considerado
como de vigilância. Dito de outra forma, é importante saber se houve, no decurso dos anos, fenómenos
epidemiológicos fora do normal. Neste sentido, apresentam-se as taxas padronizadas de mortalidade (TPM) ano
a ano (Figura 18 e Figura 19). Em complemento, são apresentadas estas taxas de mortalidade por tumores
malignos padronizadas por sexo e grupos etários quinquenais para as áreas geodemográficas de Portugal,
Grande Lisboa, Zona Exposta e Zona de Controlo (Tabelas 31 e 32), e as mesmas taxas para os períodos
agrupados de referência (1991-2001) e de monitorização (2000-2012) (Tabela 33). Estes dados permitem ter
uma perspectiva geral da evolução destes indicadores para ambas as zonas em estudo ao longo destes vinte e
dois anos de monitorização.
Observando o perfil das TPM (Figura 18), entre 2002 e 2012, verifica-se que a maior proporção de mortalidade
(dados padronizados) se deve claramente a tumores malignos do aparelho digestivo. Isto é válido quer para todo
o território nacional, quer para as zonas exposta e de controlo. Verifica-se aliás, em todas as unidades
geográficas aqui em análise, haver tendência para o crescimento (anual) da taxa de mortalidade por este tipo de
cancro (Figura 19). Os tumores malignos do aparelho respiratório e do aparelho genito-urinários têm também
uma expressão relevante no que toca às causas de mortalidade para as unidades geográficas e temporais em
estudo (Figura 18).
Figura 18 – Perfil das Taxas Padronizadas de Mortalidade por cancro, 2000 a 20012, nas zonas em estudo (ambos os sexos incluídos)
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Figura 19 (1/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
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Figura 19 (2/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
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Figura 19 (3/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
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Figura 19 (4/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)
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De uma forma geral, e como se pode observar nas Figuras 19 e 20, a evolução das taxas de mortalidade por
cancro tem sido caracterizada por estabilidade e similitude de comportamento entre a Zona Exposta e a de
Controlo. Fogem a esta regra de estabilidade a tendência observável de crescimento (em ambas as zonas em
estudo) das taxas de mortalidade por todos os tumores e a já referida taxa de mortalidade por tumores do
aparelho digestivo. Em sentido contrário, observa-se redução acentuada de taxas de mortalidade por tumores de
outras localizações, observável a partir de 2002.
Comparando as taxas padronizadas médias de mortalidade para os dois períodos de tempo em análise, verifica-
se que as variações são (quer para a totalidade de óbitos por cancro quer para a mortalidade associada à
maioria dos tipos de cancro) pouco relevantes do ponto de vista clínico. De qualquer modo, é de referir que se
registam mais oscilações com diferenças estatisticamente significativas (e superiores a 30%) na zona exposta do
que na zona de controlo (o que pode ser também explicado pelo facto de os denominadores populacionais
serem mais reduzidos na zona exposta do que na zona de controlo).
Na zona exposta, as variações mais acentuadas foram as seguintes (Tabela 33):
� aumento de taxa de mortalidade por todos os tumores malignos, em ambos os sexos (57,1%), nos
homens (62,7%) e nas mulheres (37,1%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho digestivo, em ambos os sexos
incluídos (61,8%) e nos homens (44,8%);
� diminuição de taxa de mortalidade por tumores malignos do estômago, nas mulheres (-32,6%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do cólon, em ambos os sexos incluídos (76,1%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho respiratório, em ambos os sexos
incluídos (33,9%).
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão em ambos os
sexos (32,6%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho genito-urinário, em ambos os sexos
incluídos (49,4%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos da próstata (71,0%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho genito-urinário, em ambos os sexos
incluídos (49,4%);
� diminuição de taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações, em ambos os sexos
incluídos (-86,7%), nos homens (-81,6%) e nas mulheres (-88,3%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumores dos tecidos linfático e hematopoiético, em ambos os
sexos incluídos (57,5%) e nos homens (40,2%).
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Figura 20 (1/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em
estudo, entre 2000 e 2012
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Figura 20 (2/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em
estudo, entre 2000 e 2012
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Figura 20 (3/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
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Figura 20 (4/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
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Figura 20 (5/5) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2012
Já na zona de controlo, as variações mais acentuadas são (Tabela 33):
� aumento de taxa de mortalidade por todos os tumores malignos, em ambos os sexos incluídos (33,5%)
e nos homens (38,7%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho digestivo nos homens (31,1%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do cólon, em ambos os sexos incluídos (46,2%) e
nos homens (33,9%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho respiratório, em ambos os sexos
incluídos (36,4%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, em ambos os
sexos incluídos (45,0%) e nas mulheres (45,0%);
� diminuição de taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações, em ambos os sexos (-
91,4%), nos homens (-93,9%) e nas mulheres (-85,4%);
� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno dos tecidos linfático e hematopoiético, em ambos os
sexos incluídos (31,6%).
No que se refere às diferenças entre as taxas médias da zona de controlo e da zona exposta no período de
vigilância (de 2002 a 2012), é de realçar:
• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho respiratório, nas mulheres (zona de
controlo com taxa 22,6% superior à zona exposta),
• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, nas mulheres
(zona de controlo com taxa 27,0% superior à zona exposta),
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• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho genito-urinário (zona de controlo com
taxa 20,5% superior à zona exposta para os homens),
• o indicador da taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações (zona exposta com taxa
48,2% superior à zona de controlo, para os homens;
• o indicador da taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações (zona de controlo com
taxa 22,2% superior à zona exposta, para mulheres.
Em termos de risco associado à exposição à CTRSU, também para o período de vigilância (de 2002 a 2012), é
de realçar a diferença de risco de morte relacionada com tumores malignos de outras localizações, nos homens,
expressas em fracção atribuível7: para o período entre 2002 e 2012, verificou-se 65,1% maior probabilidade de
morte por esta causa na zona exposta do que na zona de controlo.
Importa recordar que estas variações, apesar de significativas do ponto de vista estatístico (teste z de
comparação entre proporções, ao nível de significância α=0,05) devem ser interpretadas de forma cautelosa do
ponto de vista clínico. De facto, as variações de mortalidade registadas estão associadas a poucos efectivos (ou,
dito de outra forma, regista-se um número relativamente pequeno de casos nos intervalos temporais
comparados, para as zonas exposta e de controlo). Assim sendo, a diferença entre uma ou duas mortes por ano,
apesar de estabelecer significância por se tratar de amostras (i.e., denominadores) de grande dimensão, pode
ser em grande parte explicada pelo acaso e, portanto, o seu significado clínico fica seriamente comprometido.
Para além desta reflexão, aumentos de risco epidemiológico inferiores a 50% são de difícil interpretação quando
se trata de avaliar o impacto de poluentes ambientais, entre todos os outros factores biopsicossociais e
ambientais, no aumento de taxa de mortalidade por cancro8.
3. 2. 2. Monitorização da frequência de alterações da reprodução
3. 2. 2. 1. Óbitos associáveis a malformações fetais
Análise comparativa dos dados
De forma a facilitar a interpretação dos valores encontrados para as áreas expostas e de controlo relativamente
às taxas de mortalidade associada a malformação congénita em crianças com menos do que um ano de vida,
foram calculadas as mesmas taxas para a totalidade do território nacional e para a área da Grande Lisboa.
Por outro lado, para facilitar a detecção de acontecimentos-alerta (aparecimento de “surtos” ou clusters de
malformações raras), o comportamento dos indicadores em estudo foi analisado ano a ano. A Tabela 34 resume
7 A fracção atribuível é determinada dividindo o resultado da diferença entre a taxa de mortalidade da área exposta e a da área de controlo pela taxa de mortalidade da área exposta. Em termos práticos, a fracção atribuível expressa a proporção da taxa de mortalidade que seria eliminada se não houvesse exposição.
8 Boffetta, P., Brennan, P., Saracci R. (2002). Neoplasms. In Oxford Textbook of Public Health – The Scope of Public Health. (ed. R. Detels, J. McEwen, R. Beaglehole, H. Tanaka), (4th edn), pp. 1155-92. Oxford University Press, New York.
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a proporção de óbitos notificados em cada ano de monitorização entre 1991 e 2012, por tipo de malformação
congénita, para Portugal, Grande Lisboa e áreas exposta e de controlo. Como se pode verificar, as afecções
perinatais e as afecções congénitas são, no seu conjunto, responsáveis pela maior proporção de óbitos infantis,
em qualquer das unidades geodemográficas em estudo.
Os gráficos da Figura 21 mostram a evolução cronológica (entre 1991 e 2012, ano a ano) das taxas de
mortalidade infantil para as causas consideradas relevantes para o estudo de óbitos associáveis a malformações
congénitas em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo. Como se pode observar, para
praticamente todas as causas de mortalidade consideradas, a evolução epidemiológica nos 22 anos em estudo é
relativamente estável, embora se verifique tendência para redução para alguns indicadores, mias acentuada no
que se refere às taxas de mortalidade infantil (todas as causas incluídas) ao nível do território nacional e da área
da Grande Lisboa. Nas zonas exposta e de controlo, apesar da redução das taxas ser também perceptível para
a maioria dos indicadores de mortalidade, a evolução é mais “acidentada”, por vezes com grandes oscilações de
ano para ano, fruto da maior expressão ao nível da taxa de uma ou duas mortes a mais ou a menos por ano. A
estabilidade temporal das taxas é também corroborada pelo facto de a oscilação que se verifica ano a ano nas
curvas epidemiológica das unidades geodemográficas mais pequenas – zona exposta e zona de controla – ser
sempre numa amplitude relativamente pequena.
De forma a atenuar as oscilações anuais resultantes de denominadores geodemográficos de pouca magnitude e,
deste modo, compreender melhor a evolução destes indicadores epidemiológicos, os dados sobre óbitos infantis
foram agrupados em dois períodos temporais de igual amplitude: o período de referência (de 1991 a 2001) e o
período de vigilância epidemiológica (de 2002 a 2012). Os dados assim agrupados são apresentados nos
gráficos da Figura 22. Este agrupamento dos dados permite observar com mais facilidade a tendência para
redução das taxas de mortalidade infantil em análise, quer para Portugal, quer para a área da Grande Lisboa.
Os dados agregados permitem também confirmar que a mesma tendência de redução de taxas é observável nas
áreas exposta e de controlo (para quase todos estes indicadores de mortalidade infantil). De referir que as
diferenças entre as taxas de mortalidade infantil da zona exposta e as da zona de controlo são, para todas as
causas de morte aqui consideradas, estatisticamente significativas (teste z ao nível de significância α=0,05) mas
pouco relevantes do ponto de vista clínico. De facto, a variação das taxas oscila entre valores muito próximos e,
tal como o verificado para a totalidade do território nacional, muito baixos.
A taxa bruta de mortalidade por afecções perinatais é a única que tem aumentado, e tal variação observa-se
apenas para a zona exposta. De qualquer modo, continua a ser uma variação muito pouco relevante do ponto de
vista clínico e epidemiológico (são taxas muito baixas, inferiores às verificadas para a totalidade do território
nacional). De qualquer modo, e embora este indicador esteja especialmente sujeito ao forte efeito estatístico dos
ainda poucos casos, importa seguir com atenção o seu comportamento nos próximos relatórios. Até mesmo
porque só é possível apreciar devidamente uma tendência epidemiológica com pelo menos três observações de
igual amplitude temporal (e com cúmulos casuísticos – i.e., tamanhos amostrais – menos sujeitos ao acaso).
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Figura 21 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil por causas específicas, entre 1991 e 2012
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Figura 22 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil (por 1 000 nados vivos), por afecções congénitas e outras causas seleccionadas (ambos os sexos incluídos)
3. 2. 2. 2. Mortalidade infantil e perinatal
Análise comparativa dos dados
Para a análise comparativa nesta monitorização tem que se ter em conta que quer o número anual de
nascimentos, quer o número anual de óbitos de crianças com menos de um ano de vida constituem amostras
relativamente pequenas nas áreas exposta e de controlo. Este facto deriva obviamente da dimensão
geodemográfica também relativamente pequena, a que corresponde pouca dinâmica populacional. De qualquer
modo, neste relatório e pela primeira vez ao longo do ProVEpA, o intervalo temporal de vigilância iguala, em
número de anos, o intervalo temporal de referência. Agregando as casuísticas anuais, consegue-se ter já uma
amostra que permite maior robustez estatística e, por conseguinte, com menos erro ao nível da interpretação
dos dados (apesar de serem ainda números relativamente pequenos, especialmente no que se refere à zona
exposta – Tabela 35).
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Como se pode observar nos gráficos da Figura 23 e da Figura 24, a tendência evolutiva da taxa de mortalidade
infantil e da mortalidade perinatal, no período entre 1991 e 2012, é de diminuição de óbitos para qualquer das
áreas em estudo (incluindo para a totalidade do território nacional). As diferenças entre a zona de controlo e a
zona exposta são estatisticamente significativas (teste z, com uma margem de erro de 5%) em cada período
temporal em estudo.
Também de salientar que a taxa de mortalidade perinatal passou de um valor relativamente mais elevado na
zona exposta do que nas outras unidades geodemográficas em estudo, no período de referência (1991-2001),
convergindo para valores praticamente idênticos aos encontrados nas zonas de comparação, no período de
vigilância. Tal como referido para os óbitos relacionados com malformações fetais, a interpretação a dar a estes
dados deve ser cautelosa por ser necessário, para se poder falar em tendência epidemiológica (no caso,
decrescente), haver um terceiro ponto de análise temporal, com igual amplitude temporal.
3. 2. 2. 3. Baixo peso à nascença e parto pré-termo
Análise comparativa dos dados
Entre 1991 e 2001 foram identificados 9672 nados-vivos em Portugal com muito baixo peso à nascença
(correspondento a 0,8% dos nados-vivos) e 82206 com baixo peso à nascença (6,6% dos nados-vivos). Neste
intervalo temporal, foram registados 90432 partos pré-termo (7,3% dos partos com nados-vivos).
Ainda considerando o período de referência (de 1991 a 2001), a taxa de muito baixo peso à nascença para as
zonas exposta e de controlo foi praticamente a mesma: 0.8% dos nados-vivos para a zona exposta e 0,9% para
a zona de controlo. Já no que se refere a baixo peso, as taxas encontradas para esse período foram de 6.6%
(zona exposta) e de 6.7% (zona de controlo).
Por fim, relativamente ao parto prematuro, as taxas encontrada para o mesmo período temporal (1991-2001) foi
de 4,0% para a zona exposta e de 4,6% para a zona de controlo.
Com este cenário como referência temporal, importa salientar que no período entre 2002 e 2012, na zona
exposta, verifica-se uma ligeira subida da taxa de muito baixo à nascença (passando de 0,8% em 1991-2001
para 1,1% em 2002-2012) e da taxa de baixo peso à nascença (passando de 6,6% em 1991-2001 para 8,0%
em 2002-2012). Na zona de controlo, verifica-se também um ligeiro aumento na taxa de muito baixo peso à
nascença (de 0,9% em 1991-2001 para 1,1% em 2001-2012) e um aumento um pouco mais pronunciado na taxa
de baixo peso à nascença (de 6,7% em 1991-2001 para 8,0% em 2002-2012). Por fim, no que se refere às taxas
de parto prematuro, verifica-se um aumento significativo (do ponto de vista estatístico), embora pouco relevante
do ponto de vista clínico, nas taxas, quer na zona exposta (de 4,0% em 1991-2001 para 7,4% em 2002-2012)
quer na de controlo (de 4,6% em 1991-2001 para 7,4% em 2002-2012).
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Figura 23 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade infantil em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo
Figura 24 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade perinatal em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo
Para contextualizar os valores encontrados nas zonas exposta e de controlo, importa referir que esta evolução
epidemiológica em sentido crescente segue a tendência encontrada para a totalidade do território nacional no
que se refere ao baixo peso à nascença (passou de 6,6% em 1991-2001 para 7,3% em 2002-2012). No que se
refere à taxa de muito baixo peso à nascença, a tendência nacional é também de ligeiro crescimento entre estes
dois períodos (de 0,8% em 1991-2001 para 1,0% em 2002-2012). Por fim, relativamente à taxa de parto
prematuro, a tendência a nível nacional é também de ligeiro crescimento (de 7,3% em 1991-2001 para 8,3% em
2002-2012). Resumindo, a evolução epidemiológica destes indicadores nas zonas em estudo no ProVEpA é
muito similar ao registado para a totalidade do território nacional.
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O facto de se verificar uma tendência (apesar de pouco relevante do ponto de vista clínico) para aumento das
taxas de muito baixo peso à nascença, de baixo peso à nascença, e de parto prematuro, nas zonas exposta e de
controlo (também observável nos gráficos da Figura 25), sustenta a necessidade da continuidade de vigilância
epidemiológica destes indicadores.
Figura 25 – Evolução cronológica das taxas de muito baixo peso e de baixo peso à nascença no período de referência, em Portugal, na Grande Lisboa e nas Zonas Exposta e de Controlo
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4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente Relatório Circunstanciado, correspondente a 2013-2015, apresenta o ponto de situação das
actividades do ProVEpA desenvolvidas neste período, para avaliação de eventuais impactes específicos da
CTRSU, em termos da exposição humana aos poluentes considerados mais críticos e das patologias ou
condições de saúde que lhe podem estar associadas.
A análise dos dados recolhidos neste período foi feita, como habitualmente, na dupla perspectiva de identificar e
avaliar as tendências geográfica e temporal dos indicadores em estudo, através da sua comparação entre a
zona considerada potencialmente exposta e uma zona definida como não exposta, e do estudo da respectiva
evolução ao longo do tempo, a partir da situação basal ou de referência estabelecida no âmbito deste Programa.
A análise foi realizada separadamente em relação a três vertentes do ProVEpA (designadamente Vigilância
Biológica, Vigilância de Factores de Risco e Vigilância de Efeitos Adversos), a primeira dirigida à vigilância da
exposição humana aos poluentes potencialmente emitidos pela CTRSU (factor de risco para os efeitos em saúde
associáveis a esta exposição), a segunda dirigida à vigilância de consumo de tabaco e prevalência de asma e a
terceira, à vigilância das mais relevantes patologias e condições de saúde associáveis à exposição àqueles
poluentes.
Para o período 2013-2015 e no que se refere à vertente de Vigilância Biológica, a metodologia de amostragem
foi igual à aplicada no anterior período de monitorização, tendo-se realizado os recrutamentos para qualquer das
monitorizações incluídas nesta vertente apenas nos indivíduos da zona considerada potencialmente exposta,
sendo o “grupo de controlo” uma amostra de dimensão igual à dos expostos, aleatória e estratificada por faixa
etária e, quando adequado, por sexo, que foi construída a partir do acervo histórico das monitorizações
efectuadas, entre 1999 e 2009, no âmbito do ProVEpA. Para a selecção de cada amostra de não expostos,
foram considerados apenas os indivíduos para os quais as bases de dados contêm (cumulativamente) dados
para os diferentes marcadores em estudo e para as variáveis apuradas pelos respectivos questionários de
caracterização.
Desta forma, e de acordo com o contrato celebrado para o período 2013-2015, a caracterização dos potenciais
impactes específicos da CTRSU no referente à exposição humana envolveu, para as monitorizações na
população geral, o recrutamento de apenas uma amostra de conveniência de indivíduos adultos, residentes e/ou
trabalhadores na zona exposta, num total de 90, emparelhados por género em cada um dos 3 grupos etários
previamente definidos.
Considerando os resultados obtidos na vertente de vigilância biológica, não só para o último triénio, mas também
no período anterior, pode-se dizer que esses resultados sugerem um efectivo controlo da exposição humana na
envolvente da CTRSU de S. João da Talha, tanto a metais pesados como a dioxinas. De facto, as comparações
entre os vários grupos de exposição (comprovadamente bastante homogéneos) não evidenciaram, em geral,
diferenças com significado estatístico. Nos casos em que as diferenças foram estatisticamente significativas,
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envolviam teores muito reduzidos, correspondendo geralmente a níveis médios próximos dos limites inferiores
dos intervalos de “referência” ou “normais” (quando estabelecidos) e, por isso, muito inferiores aos valores
máximos admissíveis, pelo que se podem considerar irrelevantes na perspectiva das monitorizações em curso.
Por outro lado, a análise longitudinal para avaliação de eventuais impactes específicos – através da
monitorização de metais no sangue da população geral – evidencia níveis que, na sua maioria, são
sistematicamente inferiores aos determinados na situação de referência e que, para além disso, parecem
tendencialmente ter vindo a diminuir (embora com algumas pequenas oscilações) ao longo dos sucessivos
momentos de observação.
O consumo de tabaco, potencial fator confundente, em relação à CTRSU, na avaliação da prevalência de
patologias como a asma, é objeto de monitorização na vertente de Vigilância de Fatores de Risco. Em termos de
conclusões desta monitorização pode dizer-se que, relativamente aos hábitos tabágicos, quando há diferenças
com significado estatístico, as prevalências são mais penalizadoras para o grupo considerado exposto, a
fundamentar interrogações sobre a contribuição deste consumo na determinação de eventuais maiores
exposições a metais pesados nos expostos, ou de eventuais níveis mais elevados das patologias associáveis ao
consumo de tabaco. É, por isso, uma questão que importa continuar a acompanhar. Este acompanhamento
justifica-se também em relação aos resultados da evolução temporal do indicador. De facto, globalmente a
prevalência de fumadores (regulares ou ocasionais) parece apresentar uma tendência decrescente, atingindo
valores que não se afastam (sendo até inferiores) dos identificados noutros estudos recentes, nacionais e
também internacionais. Mas isto pode significar que a possível contribuição do consumo de tabaco pode estar a
perder peso na explicação de eventuais situações potencialmente mais gravosas na saúde dos expostos.
Na vertente da Vigilância de Efeitos Adversos, a monitorização da prevalência de asma não evidenciou, para o
período em análise, ou para observações anteriores, diferenças com significado estatístico entre os expostos e
os controlos. O que significa que não são evidentes eventuais maiores influências negativas do funcionamento
da CTRSU numa patologia cujo aparecimento ou agravamento podem ser devidos a fatores ambientais com
potencial origem na Central. A prevalência de asma é essencialmente explicada pela história familiar de doença,
mostrando-se, para a maioria dos anos de monitorização, praticamente independente de fatores como a área de
exposição, o género ou a idade dos inquiridos, o consumo de tabaco, ou as condições da habitação (em termos
de humidade). No que respeita à evolução temporal, o indicador não mostra, desde o início da monitorização,
um padrão definido, embora apresente, para 2015, um aumento relativamente a 2009, sendo a variação
observada ao longo dos anos estatisticamente significativa (p<0,001). Assim, embora a diferença entre expostos
e controlos para este momento de observação também não tenha significado estatístico, estes resultados
sugerem a necessidade de continuar as observações, para confirmação dos valores mais recentemente obtidos
e investigação subsequente de todas as suas causas prováveis, incluindo eventual desigual pressão ambiental
associável à CTRSU.
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No que se refere à monitorização de efeitos adversos a partir de registos demográficos e de saúde e pela
primeira vez ao longo do ProVEpA, foi agora possível comparar um intervalo temporal de monitorização (de 2002
a 2012; 11 anos de vigilância) idêntico, em termos de amplitude, ao intervalo temporal de referência (de 1991 a
2001; 11 anos de referência). A agregação dos dados nestas unidades temporais permite maior tamanho
amostral para cada uma das zonas em estudo e, por conseguinte, menor efeito do acaso e, assim, maior
qualidade interpretativa.
Os resultados obtidos pelo estudo da mortalidade por cancro nas áreas em estudo e a sua evolução cronológica
no período de referência (de 1991 a 2001) e no período de vigilância epidemiológica (de 2002 a 2012) da acção
da CTRSU apontam para a estabilidade dos indicadores. A aparente variabilidade, temporal ou espacial,
encontrada em algumas taxas não é clinicamente relevante e estará mais associada ao número relativamente
reduzido de casos. Ainda de referir que, no que se refere a este tipo de indicadores de saúde pública
(mortalidade por cancro) e à eventualidade da actividade da CTRSU se associar a qualquer alteração nas suas
taxas, é importante reafirmar que o efeito poderá ocorrer muitos anos depois da exposição, especialmente a
nível local, atendendo à perspectiva de exposição continuada por parte da população considerada na zona
exposta. Assim sendo, o conhecimento que resulta do conjunto de dados agora analisados deve ser circunscrito
aos efeitos observáveis no período de tempo considerados, não se podendo concluir quanto ao efeito continuado
de exposição durante períodos mais dilatados. Neste sentido, importa continuar vigilante relativamente a este
tipo de indicador.
O mesmo racional se aplica ao exercício da monitorização de alterações de reprodução. O intervalo de tempo
apreciado permitiu já um cúmulo casuístico que garante mais qualidade interpretativa (quer do ponto de vista
estatístico, quer do ponto de vista clínico). Contudo, o reconhecimento de tendências epidemiológicas implica um
mínimo de três momentos de observação. No caso em concreto, e dada a quantidade de casos de óbitos
associáveis com alteração de reprodução por ano bem como de casos de baixo-peso e de parto prematuro, será
fundamental manter o exercício epidemiológico durante pelo menos mais oito anos. Nestas condições, teríamos
dois períodos de monitorização com amplitude temporal igual ao período de referência (a redefinir então como
de 10 anos), permitindo a inferência de padrões epidemiológicos temporais.
Os valores encontrados para a taxa de mortallidade infantil e para a taxa de mortalidade perinatal na zona
exposta não diferem de forma clinicamente relevante das respectivas taxas observáveis na zona de controlo.
Além disso, tal como verificado para a totalidade do território nacional, a tendência evolutiva destas taxas, no
período entre 1991 e 2012, é de diminuição de óbitos pelas causas estudadas.
A evolução das taxas de baixo peso, de muito baixo peso e de parto prematuro observáveis para a zona exposta
tem sido paralela à da zona de controlo e sem diferença clinicamente relevante. Importa referir que a taxa de
partos pré-termo encontrada ao longo deste programa de vigilância epidemiológica é substancialmente elevada,
quando comparada com as taxas de muito baixo peso. Este facto vai no sentido de corroborar a ideia de alguma
independência entre estas duas variáveis. Assim, os dados analisados justificam o uso da taxa de partos
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prematuros como indicador independente e com significado epidemiológico próprio, na avaliação do impacto
ambiental, e não apenas como coadjuvante do estudo do baixo peso à nascença.
Em termos gerais, é de salientar que a vigilância dos indicadores de efeitos adversos eventualmente associáveis
aos produtos da actividade da incineradora de São João da Talha deverá continuar a ser realizada de forma
anual, numa perspectiva de identificação de eventuais “surtos” ou clusters de cada um dos indicadores de saúde
pública aqui em estudo. Por outro lado, uma vez que os riscos de saúde eventualmente atribuíveis aos poluentes
que resultam da incineração de resíduos é certamente diluído no tempo, o actual programa de monitorização
implica a análise de dados agregados em pelo menos três intervalos de tempo com amplitudes idênticas à do
período de referência. Tal permitirá garantir que o estudo deste impacto ambiental seja menos afectado pelas
leis do acaso e permitirá estabelecer uma tendência epidemiológica dos indicadores em estudo.
Em síntese e relativamente à monitorização da exposição humana, pode-se dizer que:
1. Tal como na última monitorização, não foi possível efectual a análise comparativa dos teores de
dioxinas na população exposta e não exposta, devido às razões anteriormente expostas, pelo que
reforçamos a sugestão de que o remanescente das amostras ainda disponível seja analisado num
laboratório que disponha de técnicas analíticas mais sensíveis, capazes de analisar os teores
expectavelmente reduzidos para as dioxinas nesta matriz, e que, numa próxima monitorização, se
tomem as devidas precauções para que a interpretação estatística dos resultados não seja invalidada
devido ao facto de termos condições laboratoriais inadequadas.
2. Até agora, em resultado do desenvolvimento do ProVEpA, há informação sugestiva de que o normal
funcionamento da CTRSU se encontra sob efectivo controlo, conforme decorre dos resultados das
determinações da exposição aos poluentes mais críticos (metais pesados) em amostras populacionais
de conveniência obtidas na envolvente à CTRSU de S. João da Talha.
3. Na sua globalidade, os resultados relativos às monitorizações incluídas na vertente de Vigilância de
Efeitos Adversos, no âmbito das quais se realizou um conjunto de investigações epidemiológicas,
também nas populações da envolvente à CTRSU, sugerem que o funcionamento da Central parece não
afectar, pelo menos por enquanto, a Saúde Pública na envolvente à CTRSU de S. João da Talha.
4. Estas duas últimas conclusões satisfazem um dos objectivos do desenvolvimento deste Programa de
Vigilância Epidemiológica Ambiental, na medida em que contribuem “para dar suporte à estratégia de
comunicação do risco, através da demonstração, cientificamente fundamentada, da eficácia da
estratégia de prevenção e de efectivo controlo dos potenciais impactes negativos da Central”.
5. No entanto, e tendo em consideração:
a. a crescente evidência científica da importância da exposição a metais pesados e a dioxinas,
mesmo a níveis reduzidos, principalmente nas primeiras fases do desenvolvimento humano,
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b. a perspectiva de exposição continuada a estes poluentes, ainda que a níveis muito reduzidos,
na população da envolvente da Central,
c. a evidência de que os efeitos associados a esta exposição poderão ser
detectáveis/mensuráveis muitos anos depois da exposição ter ocorrido,
d. a evidência de que o risco de saúde atribuível à exposição aos poluentes das emissões da
incineração de resíduos é certamente diluído no tempo, o que leva a que a análise de dados
agregados envolva intervalos de amplitude mínima idêntica à do período de referência, para
garantir um menor efeito das leis do acaso e o estabelecimento da tendência epidemiológica
dos indicadores em estudo,
e. a evidência de que, embora o período analisado tenha permitido já um cúmulo casuístico que
garante mais qualidade interpretativa, quer do ponto de vista estatístico, quer do ponto de vista
clínico, não é suficiente para garantir o mínimo de momentos de observação necessários e
com amplitude temporal igual ao período de referência para avaliar tendências
epidemiológicas e inferir um padrão epidemiológico temporal,
os resultados obtidos pelas monitorizações até agora realizadas e as conclusões a que eles permitiram
chegar apontam para a necessidade de continuar este Programa, nomeadamente porque, por um lado,
numa lógica de vigilância, se impõe continuar a dar a atenção necessária aos biomarcadores de
exposição, através de processos susceptíveis de permitir relacionar adequadamente exposição e
efeitos; e, por outro lado, porque o conhecimento epidemiológico que resulta do conjunto de dados já
analisados se circunscreve aos efeitos observáveis no período considerado e não permite concluir
quanto ao efeito continuado de exposição durante períodos mais dilatados. No caso presente e em
concreto, e dada a quantidade anual de, por exemplo, casos de óbitos associáveis a alterações de
reprodução, ou de casos de baixo peso e de parto prematuro, a manutenção do exercício
epidemiológico durante, pelo menos, mais oito anos permitiria chegar aos indispensáveis dois períodos
de monitorização.
Dando continuidade às monitorizações (com periodicidade anual para a recolha de dados
epidemiológicos, numa perspectiva de identificação de eventuais “surtos” ou clusters de cada um dos
indicadores de saúde pública em estudo), é a forma de poder garantir o cumprimento continuado dos
restantes objectivos principais que, desde 1999, justificaram e nortearam o desenvolvimento do
Programa de Monitorização da Saúde Pública da CTRSU de São João da Talha:
• Contribuir para a salvaguarda da saúde das populações na região de influência da Central;
• Contribuir para fundamentar adequadamente futuras conclusões sobre os potenciais impactes
da unidade de incineração, à luz e no contexto do que a evolução do conhecimento científico
for evidenciando.
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INSTITUTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA (IMPSP)
Diretor: Prof. Doutor J. Pereira Miguel
MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA
NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA
RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO
REFERENTE ÀS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO 2013-2015
ANEXO I - TABELAS
Lisboa, 2016
Homens Mulheres Homens Mulheres
(n) (n) (n) (n)
Apelação 2 990 3 053 Alhandra 3 442 3 763
Bobadela 4 180 4 397 Alverca do Ribatejo 14 275 14 811
Forte da Casa 5 425 5 554 Bucelas 2 358 2 452
Póvoa de Santa Iria 63 683 65 395 Cachoeiras 379 390
Sacavém 8 527 9 132 Calhandriz 416 431
Santa Iría da Azóia 8 740 8 831 Camarate 9 239 9 582
São João da Talha 8 878 9 092 Caneças 158 971 167 765
Unhos 5 284 5 247 Castanheira do Ribatejo 3 561 3 697
Vialonga 7 680 7 791 Famões 4 522 4 486
Fanhões 1 284 1 414
Frielas 1 321 1 355
Loures 11 796 12 441
Lousa 1 671 1 748
Moscavide 5 641 6 543
Odivelas (Lumiar e
Carnide)25 816 27 633
Olival Basto 2 979 3 267
Pontinha 11 712 12 311
Portela 7 566 7 875
Póvoa de Santo Adrião 7 141 7 563
Prior Velho 3 375 3 308
Ramada 7 769 8 001
Sto. Antão do Tojal 2 155 2 037
Sto. António dos
Cavaleiros10 506 11 441
São Julião do Tojal 1 774 1 826
Sobralinho 2 075 2 090
Vila Franca de Xira 8 753 9 689
2 222
Total: 115 387 118 492 Total: 309 242 330 141
São João dos Montes 2 187
Tabela 1 - Número de habitantes residentes nas freguesias em estudo, por Zona de Controlo e Zona Exposta (CENSOS 2001-INE)
Freguesias expostas Freguesias de controlo
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Grupos etários HM H M
<5 539491 275969 263522
05-set 537521 275199 262322
out-14 579590 296385 283205
15 - 19 688686 351422 337264
20 - 24 790901 400087 390814
25 - 29 814661 409243 405418
30 - 34 761457 379363 382094
35 - 39 770781 378783 391998
40 - 44 728518 357528 370990
45 - 49 686134 333382 352752
50 - 54 642516 309484 333032
55 - 59 571452 268899 302553
60 - 64 550916 256179 294737
65 - 69 538165 244230 293935
70 - 74 453962 196615 257347
75-79 348066 143439 204627
80 - 84 201706 76014 125692
85 151594 47920 103674
Total: 10356117 5000141 5355976
Tabela 2 - População-padrão (população residente em Portugal em 2001; CENSOS 2001 - INE)
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Masculino n; % 45 50,0% 45 50,0% 90 50,0%
Feminino n; % 45 50,0% 45 50,0% 90 50,0%
n 90 90 180
MA ± DP; Mediana 41,8 ± 11,6 40,0 40,4 ± 10,4 41,0 41,1 ± 11,0 40,0
P25 ; P75 34,0 48,0 32,0 49,0 33,0 48,0
Mín ; Máx 18,0 65,0 19,0 60,0 18,0 65,0
18-35 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%
36-45 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%
>45 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%
<1 n; % 0 ,0% 6 7,4% 6 3,4%
1 a 3 n; % 4 4,4% 12 14,8% 16 8,9%
4 a 5 n; % 2 2,2% 10 12,3% 12 6,7%
>5 n; % 84 93,3% 53 65,4% 137 76,5%
≤ 3 n; % 4 4,4% 18 22,2% 22 12,9%
> 3 n; % 86 95,6% 63 77,8% 149 87,1%
n 90 75** 165
MA ± DP; Mediana 75,7 ± 16,3 75,0 78,3 ± 13,6 76,0 76,9 ± 15,2 76,0
P25 ; P75 63,0 85,0 66,0 90,0 65,0 86,0
Mín ; Máx 50,0 120,0 55,0 105,0 50,0 120,0
n 90 74** 164
MA ± DP; Mediana 167,4 ± 9,0 166,0 169,4 ± 8,8 169,0 168,3 ± 9,0 168,0
P25 ; P75 160,0 174,0 164,0 175,0 161,5 175,0
Mín ; Máx 150,0 190,0 150,0 187,0 150,0 190,0
n 90 74** 164
MA ± DP; Mediana 26,8 ± 4,4 26,0 27,2 ± 4,3 26,4 27,0 ± 4,3 26,1
P25 ; P75 23,6 29,4 24,1 29,7 23,9 29,6
Mín ; Máx 17,9 38,7 19,9 38,7 17,9 38,7
Género
1,000
Idade (anos)
0,564a 0,394
b
Grupos etários (anos)
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Altura (cm)
0,118a 0,153
b
IMC (Kg/m2)
0,565a 0,572
b
Tempo que vive na residência actual
(anos)
<0,001
Tempo que vive na residência actual
(rec.) (anos) <0,001
Peso (Kg)
0,210a 0,277
b
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
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Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Mineral n; % 18 20,0% 22 24,4% 40 22,2%
Torneira n; % 47 52,2% 37 41,1% 84 46,7%
Mineral e torneira n; % 25 27,8% 31 34,4% 56 31,1%
Não n; % 18 20,0% 22 24,4% 40 22,2%
Sim n; % 72 80,0% 68 75,6% 140 77,8%
Não n; % 21 23,3% 45 50,0% 66 36,7%
Sim n; % 69 76,7% 45 50,0% 114 63,3%
Diariamente n; % 20 71,0% 14 31,1% 34 29,8%
Ocasionamente n; % 49 29,0% 31 68,9% 80 70,2%
Não n; % 4 4,4% 1 1,1% 5 2,8%
Sim n; % 86 95,6% 89 98,9% 175 97,2%
Diariamente n; % 47 54,7% 59 66,3% 106 60,6%
Ocasionalmente n; % 39 45,3% 30 33,7% 69 39,4%
Não n; % 75 87,2% 69 77,5% 144 82,3%
Sim n; % 11 12,8% 20 22,5% 31 17,7%
Não n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%
Sim n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%
Diariamente n; % 77 87,5% 68 75,6% 145 81,5%
Ocasionalmente n; % 11 12,5% 22 24,4% 33 18,5%
Não n; % 1 1,1% 0 0,0% 1 0,6%
Sim n; % 89 98,9% 89 100,0% 178 99,4%
Tipo de água consumida
0,327
Consumo de vegetais
0,184c
Frequência do consumo de vegetais
0,115
Consumo de vegetais de origem
local 0,091
Consumo de água da torneira (rec.)
0,473
Consumo de infusões
<0,001
Frequência do consumo de infusões
0,809
Consumo de fruta
0,249c
Frequência do consumo de fruta
0,039
Consumo de carne
0,503c
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Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Diariamente n; % 47 52,8% 33 44,0% 84 51,2%
Ocasionamente n; % 42 47,2% 42 56,0% 80 48,8%
Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Sim n; % 90 100,0% 76 100,0% 166 100,0%
Diariamente n; % 24 26,7% 16 21,3% 40 24,2%
Ocasionamente n; % 66 73,3% 59 78,7% 125 75,8%
Carne n; % 46 51,1% 52 59,1% 98 54,4%
Peixe n; % 17 18,9% 15 17,0% 32 17,8%
Igual n; % 27 30,0% 21 23,9% 48 26,7%
Não n; % 63 70,0% 67 76,1% 130 73,0%
Sim n; % 27 30,0% 21 23,9% 48 27,0%
Não n; % 44 48,9% 36 40,9% 80 44,9%
Sim n; % 46 51,1% 52 59,1% 98 55,1%
Baixa n; % 50 55,6% 44 58,7% 94 57,0%
Elevada n; % 40 44,4% 31 41,3% 71 43,0%
Não n; % 4 4,4% 9 12,0% 13 7,9%
Sim n; % 86 95,6% 66 88,0% 152 92,1%
Diariamente n; % 4 4,7% 0 0,0% 4 2,6%
Ocasionamente n; % 82 95,3% 66 100,0% 148 97,4%
Não n; % 18 20,0% 15 20,0% 33 20,0%
Sim n; % 72 80,0% 60 80,0% 132 80,0%
Frequência do consumo de carne
0,261
Consumo de peixe
d
Frequência do consumo de peixe
0,425
Frequência de consumo de peixe,
carne e leite (rec.) 0,688
Consumo de ovos
0,072
Frequência do consumo de ovos
0,099c
Consumo preferencial de carne ou
peixe
0,260
Consumo preferencial de peixe (rec.)
0,356
Consumo preferencial de carne (rec.)
0,284
Consumo de leite
1,000
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p*
Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Diariamente n; % 56 77,8% 48 80,0% 104 78,8%
Ocasionalmente n; % 16 22,2% 12 20,0% 28 21,2%
Não n; % 71 78,9% 72 80,0% 143 79,4%
Sim n; % 19 21,1% 18 20,0% 37 20,6%
≤10 n; % 3 15,8% 5 27,8% 8 21,6%
>10 n; % 16 84,2% 13 72,2% 29 78,4%
≤10 n; % 8 42,1% 8 44,4% 16 43,2%
>10 n; % 11 57,9% 10 55,6% 21 56,8%
≤10 n; % 68 75,6% 65 72,2% 133 73,9%
>10 n; % 22 24,4% 25 27,8% 47 26,1%
≤20 n; % 88 97,8% 87 96,7% 175 97,2%
>20 n; % 2 2,2% 3 3,3% 5 2,8%
Não n; % 79 87,8% 70 77,8% 149 82,8%
Sim n; % 11 12,2% 20 22,2% 31 17,2%
≤10 n; % 5 54,5% 8 40,0% 13 41,9%
>10 n; % 6 45,5% 12 60,0% 18 58,1%
≤10 n; % 5 45,5% 12 60,0% 17 54,8%
>10 n; % 6 54,5% 8 40,0% 14 45,2%
Não n; % 60 66,7% 52 57,8% 112 62,2%
Sim n; % 30 33,3% 38 42,2% 68 37,8%
Frequência do consumo de leite
0,756
Fumador actual
0,854
Tempo de fumo (dos fumadores)
(anos) 0,314
c
Já alguma vez fumou (rec.)
0,218
Quantos cigarros fuma (todos os
participantes) (rec.)0,500
c
Nº de cigarros diários (dos
fumadores) 0,886
Tempo de fumo (de todos os
participantes) (rec.) (anos) 0,611
Tempo sem fumar (dos ex-
fumadores) (anos) 0,343
c
Ex-fumador
0,074
Tempo de fumo anterior (dos ex-
fumadores) (anos) 0,532
c
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p*
Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Baixa n; % 88 97,8% 87 96,7% 175 97,2%
Elevada n; % 2 2,2% 3 3,3% 5 2,8%
Não n; % 80 89,9% 61 69,3% 141 79,7%
Sim n; % 9 10,1% 27 30,7% 36 20,3%
≤10 n; % 2 22,2% 6 24,0% 8 23,5%
>10 n; % 7 77,8% 19 76,0% 26 76,5%
≤10 n; % 5 55,6% 2 10,5% 7 25,0%
>10 n; % 4 44,4% 17 89,5% 21 75,0%
≤10 n; % 82 92,1% 67 77,9% 149 85,1%
>10 n; % 7 7,9% 19 22,1% 26 14,9%
≤20 n; % 89 100,0% 65 90,3% 154 95,7%
>20 n; % 0 ,0% 7 9,7% 7 4,3%
Baixa n; % 89 96,7% 77 88,5% 166 94,3%
Elevada n; % 0 3,3% 10 11,5% 10 5,7%
Não n; % 44 48,9% 37 41,1% 81 45,0%
Sim n; % 46 51,1% 53 58,9% 99 55,0%
Diariamente n; % 10 21,7% 17 32,1% 27 27,3%
Ocasionalmente n; % 46 78,3% 36 67,9% 72 72,7%
Sim n; % 10 11,1% 17 18,9% 27 15,0%
Não n; % 80 88,9% 73 81,1% 153 85,0%
Exposição a fumo próprio (rec.)
0,500c
Tempo de fumo do familiar (todos os
participantes) (rec.) (anos) 0,007
Quantos cigarros familiar fuma
(todos os participantes) (rec.)0,003
c
Exposição a fumo do familiar (rec.)
0,001c
Familiar fumador na residência
0,001
Tempo de fumo do familiar (dos
participentes que têm familiar
fumador) (anos) 0,649
c
Nº de cigarros diários do familiar
(dos participantes que têm familiar
fumador)0,020
c
Consumo actual de álcool
0,294
Frequência do consumo de álcool
(dos participantes que consomem) 0,247
Consumo de álcool diariamente
0,142
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p*
Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Não n; % 50 55,6% 37 41,1% 87 48,3%
Sim n; % 40 44,4% 53 58,9% 93 51,7%
> 1x semana n; % 35 87,5% 36 67,9% 71 76,3%
<=1x semana n; % 5 12,5% 17 32,1% 22 23,7%
Não n; % 71 78,9% 70 77,8% 141 78,3%
Sim n; % 19 21,1% 20 22,2% 39 21,7%
Não n; % 86 95,6% 85 94,4% 171 95,0%
Sim n; % 4 4,4% 5 5,6% 9 5,0%
Não n; % 88 97,8% 81 90,0% 169 93,9%
Sim n; % 2 2,2% 9 10,0% 11 6,1%
Baixa/Nula n; % 71 78,9% 70 77,8% 141 78,3%
Elevada n; % 19 21,1% 20 22,2% 39 21,7%
Não n; % 53 58,9% 33 36,7% 86 47,8%
Sim n; % 37 41,1% 57 63,3% 94 52,2%
Não n; % 57 63,3% 72 80,0% 129 71,7%
Sim n; % 33 36,7% 18 20,0% 51 28,3%
Não n; % 84 93,3% 90 0,0% 174 96,7%
Sim n; % 6 6,7% 0 100,0% 6 3,3%
Não n; % 85 94,4% 88 97,8% 173 96,1%
Sim n; % 5 5,6% 2 2,2% 7 3,9%
Pratica desporto
0,052
Exposição ocupacional a químicos
0,856
Exposição a químicos por hobby
próprio0,500
c
Exposição a químicos por hobby de
familiar 0,024
Frequência da prática de desporto
0,761
Tem diabetes
0,014c
Tem asma
0,222c
Exposição total a químicos (rec.)
0,856
Dentes chumbados
0,003
Tem doenças (rec.)
0,013
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p*
Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Não n; % 97 96,7% 90 100,0% 177 98,3%
Sim n; % 3 3,3% 0 0,0% 3 1,7%
Não n; % 79 87,8% 89 98,9% 168 93,3%
Sim n; % 11 12,2% 1 1,1% 12 6,7%
Não n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%
Sim n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%
Não n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%
Sim n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%
Não n; % 87 96,7% 90 100,0% 177 98,3%
Sim n; % 3 3,3% 0 0,0% 3 1,7%
Não n; % 87 96,7% 77 85,6% 164 91,1%
Sim n; % 3 3,3% 13 14,4% 16 8,9%
Não n; % 90 100,0% 90 100,0% 180 100,0%
Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Não n; % 90 100,0% 90 100,0% 180 100,0%
Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
Não n; % 89 98,9% 87 96,7% 176 97,8%
Sim n; % 1 1,1% 3 3,3% 4 2,2%
Não n; % 80 88,9% 90 100,0% 170 94,4%
Sim n; % 10 11,1% 0 0,0% 10 5,6%
Tem doença do sangue
0,123c
Tem doença endócrina
0,123c
Tem outra doença
0,007
Tem enxaqueca
d
Tem doença cardiovascular
0,0010
Tem doença do figado
0,249c
Tem doença renal
0,249c
Tem HTA
d
Tem doença pulmonar
0,310c
Tem alergia
<0,001
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p*
Género
1,000
Variáveis Categorias EstatísticasValores
Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)
Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização
Não n; % 38 86,4% 31 91,2% 69 88,5%
Sim n; % 6 13,6% 3 8,8% 9 11,5%
Não n; % 0 ,0% 1 33,3% 1 11,1%
Sim n; % 6 100,0% 2 66,7% 8 88,9%
Infertilidade Feminina n; % 1 16,7% 0 0,0% 1 14,3%
Infertilidade Masculina n; % 0 0,0% 1 100,0% 1 14,3%
Outro n; % 3 50,0% 0 0,0% 3 42,9%
Não sabe/Não responde n; % 2 33,3% 0 0,0% 2 28,6%
Nenhuma n; % 0 ,0% 15 44,1% 15,00 21,10%
1 ou 2 n; % 27 73,0% 10 29,4% 37,00 52,10%
3 ou mais n; % 10 27,0% 9 26,5% 19,00 26,80%
≤ 1 n; % 21 56,8% 9 47,4% 30 53,60%
≥2 n; % 16 43,2% 10 52,6% 26 46,40%
≤ 1 n; % 57 69,5% 66 83,5% 123 76,4%
≥2 n; % 25 30,5% 13 16,5% 38 23,6%
≤ 1 n; % 66 80,5% 69 87,3% 135 83,9%
≥2 n; % 16 19,5% 10 12,7% 26 16,1%
Legenda
Notas
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos quais se
situam 25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice de massa corporal (Kg/m2).
* Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2), excepto quando referido especificamente; ** Sem informação para os restantes indivíduos;
a Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;
b Valor de p dado pelo teste t de Student;
c Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher;
d Tratamento estatístico não permitido porque a variável de origem é uma constante;
e Teste do χ
2 não é válido devido a frequências mínimas esperadas baixas.
Nº de gravidezes (de todos os
participantes) (rec.) 0,035
Nº de gravidezes das mulheres
participantes<0,001
Nº de filhos das mulheres que
tiveram gravidezes 0,225
Nº de filhos (de todos os
participantes) (rec.) 0,235
Nº de mulheres que estiveram mais
de um ano a tentar engravidar sem
conseguir0,386
c
Nº de mulheres que após um ano ou
mais conseguiu engravidar0,143
c
Problema associado à dificudade em
engravidar
e
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ICMín ICMáx
Níveis de Pb no sangue da amostra global 180 4,007 3,495 0,100 1,110 1,600 3,150 5,400 7,500 9,535 13,742 31,900 3,002 2,676 3,367
Exposta 90 3,226 2,601 0,800 1,100 1,300 2,500 4,500 7,050 8,100 10,000 16,300 2,481 2,141 2,876
Não exposta 90 4,788 4,070 0,100 1,450 2,300 4,300 5,800 7,900 12,200 14,300 31,900 3,632 3,071 4,295
18-35 60 4,010 4,106 0,800 1,150 1,850 3,350 4,850 6,150 7,350 8,200 31,900 3,123 2,629 3,710
36-45 60 3,475 2,686 0,100 1,150 1,300 2,700 4,800 7,400 7,900 9,800 13,400 2,529 2,024 3,159
>45 60 4,535 3,521 0,900 1,150 1,950 3,250 6,450 8,950 12,650 14,300 16,300 3,425 2,821 4,158
Masculino 90 4,068 2,817 0,300 1,200 2,200 3,100 5,600 7,600 9,800 13,100 13,400 3,220 2,778 3,732
Feminino 90 3,946 4,076 0,100 1,100 1,300 3,350 5,000 7,250 8,100 16,300 31,900 2,799 2,348 3,335
<1 6 8,683 11,552 1,500 1,500 2,600 4,550 7,000 31,900 31,900 31,900 31,900 5,065 2,173 11,802
1 a 3 16 3,400 3,183 0,800 1,000 1,450 3,000 4,050 4,700 14,300 14,300 14,300 2,594 1,816 3,705
4 a 5 12 3,075 2,505 0,100 0,300 1,150 2,600 4,700 6,500 7,700 7,700 7,700 1,823 0,869 3,823
>5 137 3,869 2,821 0,800 1,200 1,600 3,000 5,400 7,500 8,300 13,100 16,300 3,025 2,684 3,409
≤3 22 4,841 6,694 0,800 1,100 1,500 3,200 4,500 7,000 14,300 31,900 31,900 3,113 2,174 4,457
>3 149 3,805 2,797 0,100 1,100 1,500 3,000 5,300 7,500 8,200 13,100 16,300 2,904 2,561 3,293
Não 81 3,944 4,347 0,100 1,100 1,400 2,900 4,800 7,500 8,200 16,300 31,900 2,714 2,241 3,288
Sim 99 4,058 2,622 0,800 1,200 2,000 3,400 5,700 7,500 9,600 12,200 13,100 3,259 2,843 3,736
Diariamente 27 5,830 2,760 1,700 2,300 3,400 5,800 7,300 9,800 10,000 13,100 13,100 5,190 4,283 6,289
Ocasionalmente 72 3,393 2,248 0,800 1,100 1,450 2,750 4,600 6,500 7,500 8,100 12,200 2,738 2,342 3,199
Diariamente 27 5,830 2,760 1,700 2,300 3,400 5,800 7,300 9,800 10,000 13,100 13,100 5,190 4,283 6,289
Ocasionalmente 153 3,685 3,519 0,100 1,100 1,400 2,800 4,700 6,900 8,100 13,400 31,900 2,725 2,405 3,088
Não 40 3,288 1,922 0,900 1,150 1,700 3,050 4,300 6,300 7,550 8,000 8,000 2,775 2,302 3,347
Sim 140 4,212 3,808 0,100 1,150 1,500 3,250 5,700 7,700 9,900 14,300 31,900 3,070 2,675 3,523
Não 5 2,300 1,782 1,100 1,100 1,300 1,500 2,200 5,400 5,400 5,400 5,400 1,911 1,096 3,333
Sim 175 4,055 3,522 0,100 1,200 1,600 3,200 5,500 7,500 9,600 13,400 31,900 3,041 2,706 3,417
Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50
Frequência do consumo de álcool (dos
participantes que consomem)
(p<0,001a)
Máx MGIC 95%
Área de estudo
(p<0,001a)
P75 P90 P95 P98
Grupos etários (anos)
(p=0,222b)
Género
(p=0,236a)
Tempo que vive na residência actual
(anos)
(p=0,337b)
Tempo que vive na residência actual (rec.)
(anos)
(p=0,908a)
Consumo de álcool
(p=0,130a)
Frequência do consumo de álcool (todos
os participantes) (rec.)
(p<0,001a)
Consumo de água da torneira (rec.)
(p=0,357a)
Consumo de vegetais
(p=0,145a)
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ICMín ICMáx
Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
Diariamente 106 4,547 4,069 0,300 1,200 1,900 3,950 5,800 8,000 12,200 14,300 31,900 3,403 2,937 3,943
Ocasionalmente 69 3,300 2,284 0,100 1,100 1,300 2,800 4,500 7,000 7,500 9,800 10,000 2,558 2,127 3,076
Não 144 3,833 2,897 0,100 1,200 1,500 3,050 5,450 7,500 8,200 13,400 16,300 2,898 2,545 3,300
Sim 31 5,087 5,533 1,100 1,600 2,300 4,100 5,800 7,500 12,200 31,900 31,900 3,801 2,949 4,900
Diariamente 80 4,050 3,015 0,800 1,200 1,650 3,150 5,700 7,600 10,200 13,400 14,300 3,132 2,669 3,675
Ocasionamente 84 3,596 2,641 0,100 1,100 1,550 2,900 4,650 7,300 8,100 10,000 16,300 2,770 2,344 3,274
Diariamente 40 4,293 3,292 0,800 1,150 1,700 3,200 6,450 7,950 11,350 14,300 14,300 3,227 2,532 4,112
Ocasionamente 125 3,644 2,660 0,100 1,100 1,500 3,000 4,800 6,900 8,100 12,200 16,300 2,833 2,483 3,231
Carne 98 3,814 3,819 0,100 1,100 1,500 2,950 4,700 7,000 9,800 13,400 31,900 2,770 2,351 3,264
Peixe 32 4,334 3,393 0,800 1,100 1,550 3,250 6,500 8,000 9,600 16,300 16,300 3,219 2,432 4,261
Igual 48 3,981 2,529 0,900 1,300 1,900 3,500 5,300 7,700 8,200 13,100 13,100 3,261 2,709 3,926
Carne 130 3,942 3,713 0,100 1,100 1,500 3,050 5,500 7,400 9,600 13,400 31,900 2,874 2,495 3,311
Peixe ou igual 48 3,981 2,529 0,900 1,300 1,900 3,500 5,300 7,700 8,200 13,100 13,100 3,261 2,709 3,926
Carne ou igual 98 3,814 3,819 0,100 1,100 1,500 2,950 4,700 7,000 9,800 13,400 31,900 2,770 2,351 3,264
Peixe 80 4,123 2,890 0,800 1,200 1,800 3,300 5,750 7,700 8,250 13,100 16,300 3,244 2,773 3,796
Baixa 94 3,486 2,559 0,100 1,100 1,500 2,900 4,600 6,900 8,100 10,000 16,300 2,711 2,326 3,160
Elevada 71 4,218 3,122 0,800 1,200 1,600 3,300 6,200 7,500 12,200 13,400 14,300 3,231 2,711 3,850
Diariamente 104 3,710 2,912 0,100 1,100 1,350 2,850 5,250 6,900 8,000 13,100 16,300 2,778 2,380 3,242
Ocasionalmente 28 4,168 2,452 1,100 1,400 2,250 3,500 5,000 8,200 9,600 10,000 10,000 3,538 2,841 4,406
Não 143 3,971 3,639 0,100 1,200 1,500 3,000 5,400 7,500 8,100 13,400 31,900 2,943 2,581 3,354
Sim 37 4,143 2,908 0,800 1,100 1,600 3,800 5,500 8,200 9,800 14,300 14,300 3,242 2,555 4,114
≤10 8 2,800 1,824 0,800 0,800 1,350 2,100 4,600 5,500 5,500 5,500 5,500 2,271 1,384 3,726
>10 29 4,514 3,063 0,900 1,200 2,200 4,100 6,200 8,300 9,800 14,300 14,300 3,576 2,745 4,660
Frequência do consumo de peixe
(p=0,388a)
Consumo preferencial de peixe ou carne
(p=0,441b)
Frequência do consumo de vegetais
(p=0,026a)
Consumo de vegetais de origem local
(p=0,162a)
Frequência do consumo de carne
(p=0,359a)
Consumo preferencial de peixe (rec.)
(p=0,363a)
Consumo preferencial de carne (rec.)
(p=0,201a)
Frequência de consumo de peixe, carne e
leite (rec.)
(p=0,171a)
Frequência do consumo de leite
(p=0,144a)
Fumador actual
(p=0,523a)
Tempo de fumo (dos fumadores) (anos)
(p=0,142c)
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ICMín ICMáx
Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
≤10 16 3,169 2,224 0,800 1,100 1,250 2,300 4,600 6,200 8,300 8,300 8,300 2,490 1,740 3,562
>10 21 4,886 3,190 0,900 1,500 3,000 4,300 6,500 8,200 9,800 14,300 14,300 3,964 2,944 5,339
≤10 133 3,914 3,658 0,100 1,100 1,500 3,100 5,200 7,500 8,100 13,400 31,900 2,874 2,503 3,300
>10 47 4,268 3,003 0,900 1,200 2,200 3,400 6,000 8,200 9,800 14,300 14,300 3,395 2,781 4,144
≤20 175 3,967 3,440 0,100 1,200 1,600 3,100 5,400 7,500 8,300 13,100 31,900 2,990 2,664 3,355
>20 5 5,400 5,391 0,900 0,900 1,500 4,300 6,000 14,300 14,300 14,300 14,300 3,463 1,316 9,115
Não 149 4,076 3,630 0,100 1,100 1,600 3,300 5,400 7,700 8,300 14,300 31,900 3,041 2,679 3,452
Sim 31 3,674 2,777 0,300 1,200 1,700 2,800 5,400 6,800 9,600 13,100 13,100 2,821 2,145 3,710
Não 112 4,054 3,850 0,100 1,200 1,500 3,200 5,300 7,500 8,100 13,400 31,900 2,977 2,564 3,458
Sim 68 3,929 2,838 0,300 1,100 1,650 3,050 5,450 7,300 9,600 13,100 14,300 3,043 2,543 3,640
Baixa 175 3,967 3,440 0,100 1,200 1,600 3,100 5,400 7,500 8,300 13,100 31,900 2,990 2,664 3,355
Elevada 5 5,400 5,391 0,900 0,900 1,500 4,300 6,000 14,300 14,300 14,300 14,300 3,463 1,316 9,115
Não 141 3,948 2,945 0,300 1,200 1,600 3,200 5,400 7,500 9,600 13,400 16,300 3,046 2,695 3,442
Sim 36 4,322 5,249 0,100 1,100 1,450 3,300 5,350 7,700 8,300 31,900 31,900 2,837 2,061 3,906
≤10 8 3,963 2,431 0,100 0,100 2,250 4,050 5,600 7,800 7,800 7,800 7,800 2,585 0,989 6,758
>10 26 4,404 5,985 0,800 1,100 1,400 2,800 5,000 6,900 7,700 31,900 31,900 2,906 2,098 4,024
≤10 7 2,786 1,924 0,800 0,800 1,100 1,900 4,700 5,200 5,200 5,200 5,200 2,187 1,229 3,891
>10 21 3,219 2,186 0,100 1,100 1,400 2,400 4,600 6,500 6,900 7,700 7,700 2,356 1,554 3,573
≤10 149 3,948 2,913 0,100 1,200 1,600 3,200 5,500 7,500 9,600 13,400 16,300 3,019 2,663 3,423
>10 26 4,404 5,985 0,800 1,100 1,400 2,800 5,000 6,900 7,700 31,900 31,900 2,906 2,098 4,024
≤20 154 3,828 2,858 0,100 1,100 1,500 3,100 5,300 7,300 8,200 13,100 16,300 2,935 2,600 3,312
>20 7 2,829 2,309 1,000 1,000 1,200 2,100 3,600 7,700 7,700 7,700 7,700 2,264 1,363 3,763
Baixa 166 3,873 2,841 0,100 1,100 1,600 3,200 5,400 7,500 8,200 13,100 16,300 2,968 2,637 3,340
Elevada 10 6,100 9,343 1,000 1,100 1,500 2,450 6,200 19,800 31,900 31,900 31,900 3,285 1,712 6,303
Já alguma vez fumou (rec.)
(p=0,866a)
Nº de cigarros diários (dos fumadores)
(p=0,089a)
Ex-fumador
(p=0,640a)
Tempo de fumo (de todos os
participantes) (rec.) (anos)
(p=0,269a)
Quantos cigarros fuma (de todos os
participantes) (rec.)
(p=0,794a)
Quantos cigarros familiar fuma (de todos
os participantes) (rec.)
(p=0,318a)
Tempo de fumo do familiar (todos os
participantes) (anos)
(p=0,593a)
Exposição a fumo do familiar (rec.)
(p=0,924a)
Exposição a fumo próprio (rec.)
(p=0,794a)
Familiar fumador na residência
(p=0,833a)
Tempo de fumo do familiar (dos
participantes que têm familiar fumador)
(anos)
(p=0,537a)
Nº de cigarros diários do familiar (dos
participantes que têm familiar fumador)
(p=0,645c)
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ICMín ICMáx
Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
Não 86 3,898 2,974 0,800 1,200 1,600 2,900 5,300 7,500 9,600 13,400 16,300 3,016 2,588 3,514
Sim 94 4,106 3,924 0,100 1,100 1,600 3,300 5,500 7,500 8,100 14,300 31,900 2,989 2,520 3,544
1 ou 2 37 4,278 3,371 0,800 1,200 1,600 4,300 5,300 7,500 14,300 16,300 16,300 2,374 1,355 4,157
3 ou mais 19 2,679 2,115 0,900 1,100 1,200 1,600 4,500 6,400 7,700 7,700 7,700 2,096 1,540 2,853
Nenhuma 15 3,420 2,339 0,100 1,000 1,200 3,400 5,700 6,500 8,000 8,000 8,000 2,374 1,355 4,157
≤1 45 3,720 2,647 0,100 1,100 1,400 3,600 4,800 6,600 8,000 14,300 14,300 2,793 2,165 3,603
≥2 26 3,581 3,411 0,900 1,100 1,300 1,950 5,400 7,500 7,700 16,300 16,300 2,570 1,892 3,490
≤1 123 4,082 2,794 0,100 1,200 2,200 3,200 5,600 7,500 9,600 13,100 14,300 3,198 2,794 3,660
≥2 38 3,276 3,035 0,800 1,100 1,200 1,850 5,000 6,400 7,700 16,300 16,300 2,383 1,861 3,052
≤1 135 3,952 2,757 0,100 1,200 1,800 3,200 5,400 7,500 9,600 13,100 14,300 3,071 2,696 3,497
≥2 26 3,581 3,411 0,900 1,100 1,300 1,950 5,400 7,500 7,700 16,300 16,300 2,570 1,892 3,490
Não 129 4,207 3,830 0,300 1,200 1,600 3,300 5,500 7,500 9,800 14,300 31,900 3,147 2,758 3,590
Sim 51 3,500 2,407 0,100 1,100 1,500 2,800 4,700 7,500 8,000 8,100 10,000 2,664 2,119 3,349
Não 141 3,996 3,639 0,100 1,100 1,500 3,200 5,400 7,500 8,200 14,300 31,900 2,947 2,577 3,370
Sim 39 4,044 2,955 1,100 1,200 1,800 3,000 5,700 7,700 12,200 13,400 13,400 3,207 2,585 3,979
Não 169 4,030 3,586 0,100 1,100 1,600 3,100 5,500 7,700 9,600 13,400 31,900 2,986 2,647 3,369
Sim 11 3,645 1,558 1,200 1,300 2,200 4,500 4,700 5,000 5,800 5,800 5,800 3,250 2,351 4,492
Não 171 3,992 3,543 0,100 1,100 1,500 3,100 5,400 7,500 9,600 13,400 31,900 2,973 2,640 3,348
Sim 9 4,278 2,515 1,300 1,300 2,900 3,400 5,800 8,300 8,300 8,300 8,300 3,604 2,364 5,494
Baixa/Nula 141 3,996 3,639 0,100 1,100 1,500 3,200 5,400 7,500 8,200 14,300 31,900 2,947 2,577 3,370
Elevada 39 4,044 2,955 1,100 1,200 1,800 3,000 5,700 7,700 12,200 13,400 13,400 3,207 2,585 3,979
Legenda
Notas
Tem doenças (rec.)
(p=0,334a)
Dentes chumbados
(p=0,914a)
Nº de gravidezes das mulheres
participantes
(p=0,184b)
Nº de filhos das mulheres que tiveram
gravidezes
(p=0,616a)
Nº de filhos (de todos os participantes)
(rec.)
(p=0,177a)
Nº de gravidezes (de todos os
participantes) (rec.)
(p=0,018a)
a Teste de Mann-Whitney;
b Teste de Kruskal-Wallis;
c Teste t de Student.
Exposição ocupacional a químicos
(p=0,663a)
Exposição a químicos por hobby de
familiar
(p=0,745a)
Exposição a químicos por hobby próprio
(p=0,404a)
Exposição total a químicos (rec.)
(p=0,663a)
p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio
padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica;
IC95%: Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.
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ICMín ICMáx
Níveis de Cd no sangue da amostra
global180 0,292 0,125 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,638 0,800 0,266 0,248 0,284
Exposta 90 0,312 0,087 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,600 0,300 0,282 0,319
Não exposta 90 0,272 0,151 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,500 0,600 0,700 0,800 0,235 0,210 0,264
18-35 60 0,295 0,114 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,550 0,600 0,600 0,273 0,246 0,303
36-45 60 0,258 0,101 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,236 0,210 0,265
>45 60 0,323 0,148 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,650 0,700 0,800 0,291 0,258 0,329
Masculino 90 0,278 0,110 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,700 0,254 0,232 0,279
Feminino 90 0,307 0,137 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,277 0,252 0,305
<1 6 0,217 0,098 0,100 0,100 0,200 0,200 0,200 0,400 0,400 0,400 0,400 0,200 0,141 0,284
1 a 3 16 0,269 0,125 0,100 0,100 0,200 0,250 0,400 0,400 0,500 0,500 0,500 0,239 0,184 0,309
4 a 5 12 0,275 0,087 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,260 0,209 0,322
>5 137 0,283 0,105 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 1,000 0,262 0,244 0,281
≤3 22 0,255 0,118 0,100 0,100 0,200 0,200 0,400 0,400 0,400 0,500 0,500 0,227 0,184 0,280
>3 149 0,283 0,103 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,261 0,244 0,280
Não 81 0,304 0,133 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,600 0,700 0,275 0,248 0,304
Sim 99 0,283 0,118 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,700 0,800 0,258 0,237 0,282
Diariamente 27 0,326 0,151 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,700 0,800 0,800 0,296 0,249 0,352
Ocasionalmente 72 0,267 0,099 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,246 0,222 0,271
Diariamente 27 0,326 0,151 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,700 0,800 0,800 0,296 0,249 0,352
Ocasionalmente 153 0,286 0,119 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,700 0,261 0,242 0,280
Não 40 0,285 0,117 0,100 0,150 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,500 0,260 0,225 0,299
Sim 140 0,294 0,127 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,550 0,700 0,800 0,267 0,248 0,288
Não 5 0,340 0,055 0,300 0,300 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,337 0,293 0,386
Sim 175 0,291 0,126 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,264 0,246 0,282
Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50
Frequência do consumo de álcool (dos
participantes que consomem)
(p=0,083a)
Máx MGIC 95%
Área de estudo
(p=0,001a)
P75 P90 P95 P98
Grupos etários (anos)
(p=0,056b)
Género
(p=0,275a)
Tempo que vive na residência actual
(anos) (p=0,408b)
Tempo que vive na residência actual
(rec.) (anos)
(p=0,213a)
Consumo actual de álcool
(p=0,399a)
Frequência do consumo de álcool (de
todos os participantes)
(p=0,201a)
Consumo de água da torneira (rec.)
(p=0,825a)
Consumo de vegetais
(p=0,181a)
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ICMín ICMáx
Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
Diariamente 106 0,295 0,124 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,700 0,269 0,247 0,293
Ocasionalmente 69 0,284 0,130 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 0,256 0,228 0,286
Não 144 0,297 0,128 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,800 0,270 0,251 0,291
Sim 31 0,261 0,115 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,600 0,236 0,200 0,279
Diariamente 80 0,299 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,600 0,280 0,258 0,305
Ocasionamente 84 0,256 0,105 0,100 0,100 0,200 0,250 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,233 0,212 0,257
Diariamente 40 0,290 0,101 0,100 0,150 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,500 0,269 0,236 0,307
Ocasionamente 125 0,274 0,106 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,252 0,234 0,271
Carne 98 0,301 0,135 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,272 0,248 0,298
Peixe 32 0,269 0,097 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,248 0,214 0,288
Igual 48 0,277 0,102 0,100 0,100 0,200 0,300 0,350 0,400 0,400 0,500 0,500 0,255 0,225 0,289
Carne 98 0,301 0,135 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,272 0,248 0,298
Peixe ou igual 80 0,274 0,099 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,252 0,230 0,278
Carne ou igual 130 0,293 0,127 0,100 0,150 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,266 0,246 0,288
Peixe 48 0,277 0,102 0,100 0,100 0,200 0,300 0,350 0,400 0,400 0,500 0,500 0,255 0,225 0,289
Baixa 94 0,269 0,106 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,247 0,226 0,270
Elevada 71 0,289 0,102 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,600 0,269 0,244 0,295
Diariamente 104 0,274 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,254 0,235 0,275
Ocasionalmente 28 0,300 0,112 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,600 0,600 0,276 0,234 0,326
Não 143 0,277 0,115 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,800 0,254 0,237 0,273
Sim 37 0,351 0,145 0,100 0,100 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,700 0,700 0,316 0,268 0,372
≤10 8 0,300 0,169 0,100 0,100 0,150 0,300 0,400 0,600 0,600 0,600 0,600 0,254 0,161 0,400
>10 29 0,366 0,137 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,700 0,700 0,335 0,283 0,396
Frequência do consumo de leite
(p=0,211a)
Frequência do consumo de vegetais
(p=0,477a)
Consumo de vegetais de origem local
(p=0,156a)
Frequência do consumo de carne
(p=0,007a)
Frequência do consumo de peixe
(p=0,248a)
Consumo preferencial de peixe ou carne
(p=0,692b)
Consumo preferencial de peixe (rec.)
(p=0,772a)
Consumo preferencial de carne (rec.)
(p=0,428a)
Frequência de consumo de peixe, carne e
leite
(p=0,200a)
Fumador actual
(p=0,001a)
Tempo de fumo (dos fumadores) (anos)
(p=0,251a)
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ICMín ICMáx
Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
≤10 16 0,325 0,161 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 0,700 0,700 0,287 0,220 0,374
>10 21 0,371 0,131 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,600 0,600 0,340 0,276 0,419
≤10 133 0,282 0,121 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 0,257 0,238 0,277
>10 47 0,321 0,132 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,292 0,256 0,334
≤20 175 0,289 0,124 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,262 0,245 0,281
>20 5 0,420 0,084 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,500 0,500 0,500 0,413 0,343 0,497
Não 149 0,301 0,130 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,800 0,273 0,254 0,294
Sim 31 0,248 0,085 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,232 0,201 0,267
Não 112 0,285 0,121 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 0,260 0,240 0,282
Sim 68 0,304 0,131 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,600 0,700 0,274 0,244 0,308
Baixa 175 0,289 0,124 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,262 0,245 0,281
Elevada 5 0,420 0,084 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,500 0,500 0,500 0,413 0,343 0,497
Não 141 0,290 0,119 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,265 0,246 0,285
Sim 36 0,294 0,137 0,100 0,200 0,200 0,300 0,350 0,500 0,600 0,700 0,700 0,268 0,232 0,309
≤10 8 0,325 0,167 0,100 0,100 0,200 0,300 0,450 0,600 0,600 0,600 0,600 0,285 0,191 0,425
>10 26 0,288 0,134 0,100 0,200 0,200 0,250 0,300 0,400 0,600 0,700 0,700 0,265 0,226 0,310
≤10 7 0,257 0,113 0,100 0,100 0,200 0,200 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,234 0,163 0,336
>10 21 0,271 0,106 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,600 0,254 0,217 0,298
≤10 149 0,292 0,122 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,266 0,247 0,286
>10 26 0,288 0,134 0,100 0,200 0,200 0,250 0,300 0,400 0,600 0,700 0,700 0,265 0,226 0,310
≤20 154 0,284 0,110 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,261 0,244 0,279
>20 7 0,229 0,076 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,300 0,300 0,300 0,216 0,161 0,289
Baixa 166 0,290 0,121 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,264 0,247 0,283
Elevada 10 0,310 0,152 0,200 0,200 0,200 0,300 0,300 0,550 0,700 0,700 0,700 0,286 0,223 0,366
Já alguma vez fumou (rec.)
(p=0,213a)
Tempo de fumo do familiar (de todos os
participantes) (rec.) (anos)
(p=0,502a)
Exposição a fumo do familiar (rec.)
(p=0,997a)
Exposição a fumo próprio (rec.)
(p=0,009a)
Nº de cigarros diários (dos fumadores)
(p=0,156c)
Ex-fumador
(p=0,038a)
Familiar fumador na residência
(p=0,661)
Tempo de fumo do familiar (dos
participantes com familiar fumador)
(anos)
(p=0,591a)
Quantos cigarros fuma (todos os
participantes) (rec.)
(p=0,009a)
Tempo de fumo (de todos os
participantes) (rec.) (anos)
(p=0,041a)
Quantos cigarros familiar fuma (todos os
participantes) (rec.)
(p=0,172a)
Nº de cigarros diários do familiar (dos
participantes com familiar fumador)
(p=0,836a)
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ICMín ICMáx
Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95 P98
Não 86 0,326 0,119 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,600 0,700 0,700 0,304 0,281 0,330
Sim 94 0,262 0,123 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 0,235 0,213 0,259
1 ou 2 37 0,276 0,104 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,500 0,500 0,254 0,221 0,292
3 ou mais 19 0,326 0,128 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,600 0,600 0,301 0,249 0,365
nenhuma 15 0,227 0,080 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,213 0,175 0,258
≤1 45 0,260 0,107 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,600 0,239 0,211 0,271
≥2 26 0,312 0,111 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,500 0,500 0,289 0,246 0,340
≤1 123 0,270 0,106 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,248 0,229 0,268
≥2 38 0,305 0,118 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,600 0,600 0,281 0,245 0,323
≤1 135 0,272 0,109 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,700 0,249 0,232 0,268
≥2 26 0,312 0,111 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,500 0,500 0,289 0,246 0,340
Não 129 0,304 0,133 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,275 0,254 0,298
Sim 51 0,263 0,096 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,500 0,243 0,217 0,273
Não 141 0,299 0,133 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,800 0,269 0,249 0,291
Sim 39 0,269 0,089 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,253 0,225 0,285
Não 171 0,295 0,127 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,267 0,249 0,286
Sim 9 0,244 0,073 0,200 0,200 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,236 0,199 0,281
Não 169 0,296 0,126 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,269 0,251 0,288
Sim 11 0,236 0,103 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,215 0,163 0,284
Baixa/Nula 141 0,299 0,133 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,800 0,269 0,249 0,291
Elavada 39 0,269 0,089 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,253 0,225 0,285
Legenda
Notas
Dentes chumbados
(p<0,001a)
Nº de gravidezes das mulheres
participantes
(p=0,043b)
Nº de filhos das mulheres que tiveram
gravidezes
(p=0,032a)
Nº de filhos de todos os participantes
(rec.)
(p=0,066a)
Nº de gravidezes (de todos os
participantes) (rec.)
(p=0,113a)
Exposição total a químicos (rec.)
(p=0,312a)
a Teste de Mann-Whitney;
b Teste de Kruskal-Wallis;
c Teste t de Student.
Tem doenças
(p=0,079a)
Exposição ocupacional a químicos
(p=0,312a)
Exposição a químicos por hobby próprio
(p=0,173a)
Exposição a químicos por hobby de
familiar
(p=0,113a)
p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio
padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica;
IC95%: Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.
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ICMín ICMáx
Níveis de Hg no sangue da amostra global 180 0,300 0,254 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,138 1,600 0,271 0,246 0,298
Exposta 90 0,241 0,081 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,226 0,209 0,245
Não exposta 90 0,436 0,323 0,100 0,100 0,200 0,400 0,600 0,900 1,100 1,400 1,600 0,324 0,274 0,384
18-35 60 0,320 0,250 0,100 0,100 0,100 0,300 0,400 0,700 0,900 1,000 1,200 0,248 0,208 0,297
36-45 60 0,373 0,267 0,100 0,200 0,200 0,300 0,450 0,700 0,850 1,100 1,600 0,308 0,265 0,360
>45 60 0,322 0,246 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,850 1,100 1,400 0,259 0,220 0,305
Masculino 90 0,327 0,222 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,650 0,800 1,000 1,100 0,266 0,232 0,304
Feminino 90 0,350 0,284 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,400 1,600 0,276 0,240 0,317
<1 6 0,483 0,286 0,100 0,100 0,300 0,450 0,700 0,900 0,900 0,900 0,900 0,395 0,212 0,735
1 a 3 16 0,369 0,247 0,100 0,100 0,150 0,400 0,500 0,600 1,000 1,000 1,000 0,291 0,202 0,420
4 a 5 12 0,558 0,382 0,100 0,100 0,200 0,600 0,850 1,100 1,100 1,100 1,100 0,404 0,237 0,689
>5 137 0,312 0,216 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,600 0,700 1,000 1,600 0,263 0,239 0,289
≤3 22 0,400 0,256 0,100 0,100 0,200 0,400 0,600 0,700 0,900 1,000 1,000 0,316 0,231 0,433
> 3 149 0,332 0,241 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,800 1,100 1,600 0,272 0,246 0,300
Não 81 0,360 0,288 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,400 1,600 0,283 0,244 0,329
Sim 99 0,320 0,223 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,100 0,261 0,230 0,296
Diariamente 27 0,326 0,251 0,100 0,100 0,100 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,100 0,255 0,195 0,333
Ocasionalmente 72 0,318 0,213 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,000 1,100 0,264 0,229 0,304
Diariamente 27 0,326 0,251 0,100 0,100 0,100 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,100 0,255 0,195 0,333
Ocasionalmente 153 0,341 0,256 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,274 0,247 0,303
Não 40 0,288 0,199 0,100 0,100 0,150 0,300 0,300 0,450 0,800 1,000 1,000 0,238 0,196 0,288
Sim 140 0,353 0,267 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,950 1,200 1,600 0,281 0,252 0,314
Não 5 0,240 0,055 0,200 0,200 0,200 0,200 0,300 0,300 0,300 0,300 0,300 0,235 0,194 0,286
Sim 175 0,341 0,257 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,272 0,246 0,300
P98
Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95
Frequência do consumo de álcool (dos
que consomem)
(p=0,875a)
Frequência do consumo de álcool (todos
os participantes) (rec.)
(p=0,684a)
Consumo de água da torneira (rec.)
(p=0,221a)
Consumo de vegetais
(p=0,488a)
Área de estudo
(p<0,001a)
Grupos etários (anos)
(p=0,216a)
Género
(p=0,900a)
Tempo que vive na residência actual
(anos)
(p=0,054a)
Tempo que vive na residência actual (rec.)
(anos)
(p=0,139a)
Consumo de álcool
(p=0,474a)
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ICMín ICMáx
P98
Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95
Diariamente 106 0,357 0,261 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,400 0,283 0,248 0,322
Ocasionalmente 69 0,317 0,252 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,900 1,000 1,600 0,256 0,220 0,297
Não 144 0,331 0,249 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,800 1,100 1,600 0,266 0,240 0,296
Sim 31 0,390 0,294 0,100 0,100 0,200 0,300 0,600 0,700 1,100 1,200 1,200 0,299 0,229 0,391
Diariamente 80 0,346 0,241 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,850 1,100 1,200 0,281 0,244 0,324
Ocasionamente 84 0,340 0,252 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,279 0,244 0,318
Diariamente 40 0,333 0,203 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,100 1,100 0,283 0,236 0,339
Ocasionamente 125 0,345 0,259 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,277 0,247 0,310
Carne 98 0,334 0,245 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,200 0,285 0,240 0,338
Peixe 32 0,300 0,202 0,100 0,100 0,200 0,300 0,350 0,400 0,900 1,000 1,000 0,252 0,205 0,309
Igual 48 0,346 0,263 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,600 1,600 0,285 0,240 0,338
Carne 98 0,334 0,245 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,200 0,264 0,230 0,302
Peixe ou igual 80 0,328 0,240 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,550 0,800 1,100 1,600 0,271 0,238 0,309
Carne ou igual 130 0,325 0,235 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,000 1,200 0,261 0,233 0,292
Peixe 48 0,346 0,263 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,600 1,600 0,285 0,240 0,338
Baixa 94 0,348 0,262 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,100 1,600 0,281 0,247 0,320
Elevada 71 0,334 0,224 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,100 1,200 0,275 0,237 0,318
Diariamente 104 0,340 0,249 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,700 1,100 1,600 0,276 0,245 0,313
Ocasionalmente 28 0,336 0,251 0,100 0,100 0,200 0,250 0,400 0,700 0,900 1,100 1,100 0,268 0,208 0,343
Não 143 0,340 0,255 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,272 0,244 0,303
Sim 37 0,332 0,254 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,700 1,100 1,200 1,200 0,268 0,218 0,330
≤10 8 0,313 0,136 0,200 0,200 0,200 0,300 0,350 0,600 0,600 0,600 0,600 0,291 0,223 0,381
>10 29 0,338 0,280 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,700 1,100 1,200 1,200 0,262 0,203 0,338
Frequência do consumo de vegetais
(p=0,300a)
Frequência do consumo de carne
(p=0,984a)
Frequência do consumo de peixe
(p=0,690a)
Consumo preferencial de peixe ou carne
(p=0,702a)
Consumo de vegetais de origem local
(p=0,339a)
Consumo preferencial de peixe (rec.)
(p=0,418a)
Consumo preferencial de carne (rec.)
(p=0,704a)
Frequência de consumo de peixe, carne e
leite (rec.)
(p=0,966a)
Frequência do consumo de leite
(p=0,741a)
Fumador actual
(p=0,772a)
Tempo de fumo (dos fumadores)
(p=0,599a)
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ICMín ICMáx
P98
Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95
≤10 16 0,306 0,246 0,100 0,100 0,200 0,250 0,300 0,600 1,100 1,100 1,100 0,248 0,181 0,339
>10 21 0,352 0,264 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,700 1,200 1,200 0,284 0,214 0,377
≤10 133 0,320 0,227 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,000 1,400 0,260 0,233 0,290
>10 47 0,389 0,318 0,100 0,100 0,200 0,300 0,500 0,900 1,100 1,600 1,600 0,304 0,249 0,370
≤20 175 0,335 0,256 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,268 0,243 0,295
>20 5 0,440 0,195 0,300 0,300 0,300 0,300 0,600 0,700 0,700 0,700 0,700 0,408 0,281 0,593
Não 149 0,323 0,243 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,800 1,100 1,400 0,258 0,232 0,287
Sim 31 0,410 0,299 0,100 0,200 0,200 0,300 0,500 0,600 1,000 1,600 1,600 0,341 0,276 0,420
Não 112 0,321 0,240 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,800 1,000 1,400 0,255 0,225 0,289
Sim 68 0,368 0,276 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,200 1,600 0,299 0,257 0,347
Baixa 175 0,335 0,256 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,268 0,243 0,295
Elevada 5 0,440 0,195 0,300 0,300 0,300 0,300 0,600 0,700 0,700 0,700 0,700 0,408 0,281 0,593
Não 141 0,323 0,233 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,900 1,100 1,400 0,265 0,239 0,293
Sim 36 0,369 0,255 0,100 0,100 0,200 0,300 0,550 0,700 0,700 1,200 1,200 0,289 0,227 0,368
≤10 8 0,325 0,212 0,100 0,100 0,150 0,300 0,450 0,700 0,700 0,700 0,700 0,262 0,158 0,435
>10 26 0,381 0,273 0,100 0,100 0,200 0,300 0,600 0,700 0,700 1,200 1,200 0,293 0,219 0,394
≤10 7 0,200 0,058 0,100 0,100 0,200 0,200 0,200 0,300 0,300 0,300 0,300 0,192 0,151 0,244
>10 21 0,448 0,268 0,100 0,100 0,300 0,400 0,600 0,700 0,700 1,200 1,200 0,361 0,263 0,495
≤10 149 0,323 0,231 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,900 1,100 1,400 0,265 0,239 0,293
>10 26 0,381 0,273 0,100 0,100 0,200 0,300 0,600 0,700 0,700 1,200 1,200 0,293 0,219 0,394
≤20 154 0,336 0,241 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,400 0,274 0,249 0,303
>20 7 0,371 0,214 0,100 0,100 0,100 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 0,700 0,301 0,169 0,536
Baixa 166 0,329 0,237 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,900 1,100 1,400 0,267 0,243 0,294
Elevada 10 0,410 0,247 0,100 0,100 0,100 0,400 0,700 0,700 0,700 0,700 0,700 0,319 0,190 0,535
Já alguma vez fumou (rec.)
(p=0,141a)
Nº de cigarros diários (dos fumadores)
(p=0,534a)
Ex-fumador
(p=0,028a)
Tempo de fumo (de todos os
participantes) (rec.) (anos)
(p=0,280a)
Quantos cigarros fuma (todos os
participantes) (rec.)
(p=0,117a)
Quantos cigarros familiar fuma (todos os
participantes) (rec.)
(p=0,357a)
Tempo de fumo do familiar (todos os
participantes) (anos) (rec.)
(p=0,393a)
Exposição a fumo do familiar (rec.)
(p=0,205a)
Exposição a fumo próprio (rec.)
(p=0,117a)
Familiar fumador na residência
(p=0,376a)
Tempo de fumo do familiar (anos)
(p=0,600c)
Nº de cigarros diários do familiar
(p=0,024c)
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ICMín ICMáx
P98
Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (μg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra
Variáveis
(p*)Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50 Máx MG
IC 95%P75 P90 P95
Não 86 0,306 0,227 0,100 0,100 0,200 0,250 0,300 0,600 0,700 1,200 1,400 0,251 0,220 0,286
Sim 94 0,368 0,275 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,100 1,600 0,291 0,253 0,334
1 ou 2 37 0,335 0,303 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,600 1,100 1,600 1,600 0,265 0,216 0,325
3 ou mais 19 0,400 0,254 0,200 0,200 0,200 0,300 0,500 0,700 1,200 1,200 1,200 0,346 0,273 0,438
nenhuma 15 0,427 0,246 0,100 0,100 0,200 0,400 0,700 0,700 0,900 0,900 0,900 0,352 0,249 0,499
≤1 45 0,396 0,311 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,100 1,600 1,600 0,312 0,256 0,381
≥2 26 0,331 0,209 0,100 0,200 0,200 0,250 0,400 0,700 0,700 1,000 1,000 0,286 0,233 0,349
≤1 123 0,350 0,255 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,280 0,249 0,315
≥2 38 0,337 0,232 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,200 1,200 0,285 0,239 0,341
≤1 135 0,350 0,256 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,280 0,251 0,314
≥2 26 0,331 0,209 0,100 0,200 0,200 0,250 0,400 0,700 0,700 1,000 1,000 0,286 0,233 0,349
Não 129 0,349 0,260 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,100 1,400 0,275 0,244 0,310
Sim 51 0,312 0,240 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,700 0,900 1,600 0,261 0,223 0,305
Não 141 0,328 0,238 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,100 1,400 0,266 0,239 0,296
Sim 39 0,374 0,308 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,900 1,000 1,600 1,600 0,289 0,231 0,362
Não 171 0,337 0,256 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,269 0,243 0,297
Sim 9 0,356 0,230 0,200 0,200 0,200 0,300 0,400 0,900 0,900 0,900 0,900 0,309 0,220 0,436
Não 169 0,346 0,259 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 0,900 1,100 1,600 0,278 0,252 0,307
Sim 11 0,218 0,133 0,100 0,100 0,100 0,200 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,183 0,126 0,265
Baixa/Nula 141 0,328 0,238 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 1,100 1,400 0,266 0,239 0,296
Elavada 39 0,374 0,308 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,900 1,000 1,600 1,600 0,289 0,231 0,362
Legenda
Notas
a Teste de Mann-Whitney;
b Teste de Kruskal-Wallis;
c Teste t de Student.
Dentes chumbados
(p=0,105a)
Nº de gravidezes das mulheres
participantes
(p=0,088a)
Nº de filhos das mulheres que tiveram
gravidezes
(p=0,398a)
Nº de filhos (de todos os participantes)
(rec.)
(p=0,838a)
Nº de gravidezes (de todos os
participantes) (rec.)
(p=0,964a)
Tem doenças (rec.)
(p=0,599a)
Exposição ocupacional a químicos
(p=0,524a)
Exposição a químicos por hobby próprio
(p=0,627a)
Exposição a químicos por hobby de
familiar
(p=0,078a)
Exposição total a químicos (rec.)
(p=0,524a)
p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio
padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%:
Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.
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T0 T1 T2a T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 p*
N 168 72 150 150 180 180 180 180 180 180
MA 7,8 6,3 3,8 4,3 3,5 4 4,2 4,1 4,1 4,0
Mediana 6,3 5,6 2,4 3,4 2,8 3,5 3 3,4 3,4 3,2
DP 5,8 3,2 5,1 3,3 3 2,3 3,7 3,2 3,3 3,5
Mín - Máx 2,0 –
48,0
1,6-16,2 0,1-43,6 0,1-19,9 0,1 – 19,4 0,1 –12,6 0,1-23,0 0,1-25,0 0,05-31,9 0,1 - 31,9
N 167 72 150 150 180 180 180 180 180 180
MA 0,6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3
Mediana 0,6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3
DP 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2 0,1
Mín - Máx 0,2 – 1,3 0,1-1,2 0,1-0,7 0,1-2,2 0,2 – 0,9 0,1 – 4,4 0,1-0,8 0,1-1,9 0,1-1,0 0,1 - 0,8
N 167 72 150 150 180 180 180 180 180 180
MA 1,1 0,5 0,5 0,3 1,1 0,3 0,5 0,4 0,4 0,3
Mediana 0,9 0,2 0,4 0,3 1 0,3 0,5 0,4 0,4 0,3
DP 0,7 0,6 0,4 0,3 0,8 0,3 0,3 0,3 0,2 0,3
Mín - Máx 0,2 – 4,6 0,1-2,6 0,1-2,1 0,1-1,2 0,1 – 4,1 0,1 – 2,4 0,1-1,8 0,1-1,5 0,1-1,6 0,1 - 1,6
N 138 34 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 7,7 7,4 4,7 5,1 3,9 4,6 3,3 3,6 3,4 3,2
Mediana 6,4 6,9 3,1 3,8 3,3 4,1 2,8 2,8 3,1 2,5
DP 5,2 3,6 5,7 4,1 3 2,6 3,1 3,4 1,9 2,6
Mín - Máx 2,0 –36,4 2,5 –
16,2
0,4 – 43,6 0,4 – 19,9 0,1 – 13,7 0,1 – 12,6 0,1-23,0 0,1-25,0 0,05-13,1 0,8 - 16,3
N 137 34 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 0,6 0,2 0,2 0,2 0,5 0,4 0,3 0,2 0,4 0,3
Mediana 0,6 0,2 0,2 0,2 0,5 0,4 0,3 0,2 0,4 0,3
DP 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,4 0,1 0,2 0,1 0,1
Mín - Máx 0,3 – 1,3 0,1 – 0,3 0,1 – 0,7 0,1 – 0,7 0,2 – 0,9 0,2 – 4,4 0,1-0,6 0,1-0,8 0,2-1,0 0,1 - 0,6
N 138 34 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 1 0,7 0,5 0,3 1,3 0,4 0,4 0,5 0,4 0,2
Mediana 0,8 0,6 0,4 0,2 1,1 0,3 0,4 0,6 0,4 0,2
DP 0,7 0,6 0,4 0,2 0,7 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1
Mín - Máx 0,2 – 4,6 0,1 – 1,8 0,1 – 1,8 0,1 – 1,1 0,1 – 4,0 0,1 – 2,4 0,1-1,8 0,1-1,3 0,1-0,7 0,1 - 0,4
N 30 38 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 8,2 5,3 2,8 3,6 3,1 3,4 5 4,6 4,8 4,8
Mediana 6,1 5,2 1,4 3,2 2,4 3,1 4,2 3,8 4,3 4,3
DP 8,2 2,4 4,2 2,2 2,9 1,8 4,2 3,1 4,1 4,1
Mín - Máx 2,8 –
48,0
1,6 –
13,9
0,1 – 31,9 0,1 – 11,6 0,1 – 19,4 0,8 – 8,3 0,1-23,0 0,2-15,1 0,1-31,9 0,1 - 31,9
N 30 38 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 0,7 0,5 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,2 0,3 0,3
Mediana 0,7 0,5 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,1 0,2 0,3
DP 0,3 0,2 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,3 0,2 0,2
Mín - Máx 0,2 – 1,3 0,2 – 1,2 0,1 – 0,5 0,1 – 2,2 0,2 – 0,9 0,1 – 0,5 0,1-0,8 0,1-1,9 0,1-0,8 0,1 - 0,8
N 29 38 75 75 90 90 90 90 90 90
MA 1,5 0,4 0,6 0,3 0,9 0,3 0,6 0,4 0,4 0,4
Mediana 1,4 0,1 0,4 0,3 0,6 0,3 0,6 0,3 0,4 0,4
DP 0,6 0,5 0,5 0,2 0,8 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3
Mín - Máx 0,7 – 4,2 0,1 – 2,6 0,1 – 2,1 0,1 – 1,2 0,1 – 4,1 0,1 – 1,6 0,1-1,2 0,1-1,5 0,1-1,6 0,1-1,6
Legenda
Cd
Hg
<0,001
<0,001
<0,001
Tabela 7 - Evolução dos teores de Pb, Cd e Hg na avaliação de potenciais impactes específicos (µg/dl)
Monitorização de metais
pesados na população
geral
Po
pu
laçã
o G
lob
al
Pb
<0,001
Cd
<0,001
Hg
<0,001
<0,001
<0,001
* Teste de Kruskal-Wallis para comparação dos momentos temporais; a Os momentos de observação são designados por Ti, em que i é o número de ordem
da observação. Em T2 não foi possível reunir o número mínimo de participantes.
Notas:
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; Mín: Mínimo; Máx: Máximo; Pb: Níveis de chumbo no sangue
(μg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (μg/dl); Hg: Níveis de mercúrio no sangue (μg/dl).
<0,001
Não
exp
ost
os
Pb
Hg
Cd
Exp
ost
os
Pb
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Pb Cd Hg IdadeIMC
(n=164)
R: 0,071 R: -0,012 R: 0,081 R: -0,031
– (0,341)1
(0,872)1
(0,281)1
(0,690)1
(0,410)2
(0,920)2
(0,410)2
(0,566)2
R: 0,071 R: 0,100 R: 0,07
– – (0,341)1
(0,182)1
(0,372)1
(0,410)2
(0,101)2
(0,363)2
R: -0,022 R: 0,130
– – – (0,765)1
(0,096)1
(0,551)2
(0,067)2
R: 0,255
– – – – (0,001)1
(0,002)2
– – – – –
Legenda
Notas
Tabela 8 - Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=180) e potenciais determinantes
Pb
Hg
Cd
Idade
IMC
(n=164)
N: Dimensão da amostra global; n: Dimensão da amostra na variável; Pb: Níveis de chumbo no sangue (μg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (μg/dl);
Hg: Níveis de mercúrio no sangue (μg/dl); Idade: Idade dos participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal ( Kg/m2); R: Coeficiente de correlação de
Spearman.
1 Valor de p para a análise de correlação de Spearman;
2 Valor de p para a análise de regressão linear.
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1,720*1 1,500* 2,000*
<0,001 2 0,001 <0,001
1,081 1,000 1,000
0,236 0,275 0,900
1,067 1,500 1,333
0,908 0,213 0,139
1,172 1,000 1,000
0,130 0,399 0,474
2,071* 1,000 1,000
<0,001 0,201 0,684
1,066 1,000 1,000
0,357 0,825 0,221
2,133 1,000 1,500
0,145 0,181 0,488
1,411* 1,000 1,000
0,026 0,477 0,300
1,344 1,000 1,000
0,162 0,156 0,339
1,086 1,200* 1,000
0,359 0,007 0,984
1,067 1,000 1,000
0,388 0,248 0,690
1,148 1,000 1,000
0,201 0,428 0,704
1,119 1,000 1,000
0,363 0,772 0,418
1,267 1,333* 1,000
0,523 0,001 0,772
1,097 1,000* 1,000
0,269 0,041 0,280
1,387 1,333* 1,000
0,749 0,009 0,117
1,179 1,000* 1,000*
0,640 0,038 0,028
1,049 1,000 1,000
0,866 0,213 0,141
1,387 1,333* 1,000
0,794 0,009 0,117
1,031 1,000 1,000
0,833 0,661 0,376
1,143 1,200 1,000
0,593 0,502 0,393
1,476 1,500 1,333
0,318 0,172 0,357
1,306 1,000 1,333
0,924 0,997 0,205
1,138 1,000* 1,200
0,914 <0,001 0,105
1,730* 1,000 1,000
0,018 0,113 0,964
1,641 1,000 1,200
0,177 0,066 0,838
Consumo de água da torneira (rec.)
Área de estudo
Tabela 9 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)
e características da amostra (potenciais determinantes desses níveis)
Variáveis Pb HgCd
Género
Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)
Consumo de álcool
Frequência do consumo de álcool (de todos os participantes)
Consumo de vegetais
Frequência do consumo de vegetais
Consumo de vegetais de origem local
Frequência do consumo de carne
Frequência do consumo de peixe
Consumo preferencial de carne (rec.)
Consumo preferencial de peixe (rec.)
Fumador actual
Ex-fumador
Já alguma vez fumou (rec.)
Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)
Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)
Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)
Exposição a fumo do familiar (rec.)
Exposição a fumo próprio (rec.)
Familiar fumador na residência
Dentes chumbados
Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)
Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)
Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)
Página 25 de 55
Área de estudo
Tabela 9 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)
e características da amostra (potenciais determinantes desses níveis)
Variáveis Pb HgCd
1,179 1,000 1,000
0,334 0,079 0,599
1,067 1,000 1,000
0,663 0,312 0,524
1,097 1,500 1,000
0,404 0,173 0,627
1,452 1,500 1,500
0,745 0,113 0,078
1,067 1,000 1,000
0,663 0,312 0,524
Legenda
Notas
* Variável com associação estatisticamente significativa; 1 Força de associação, medida através da razão entre as médias ou medianas de
cada categoria da variável; 2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney, excepto quando referido especificamente.
Tem doenças (rec.)
Exposição ocupacional a químicos
Exposição a químicos por hobby próprio
Exposição a químicos por hobby de familiar
Exposição total a químicos (rec.)
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (μg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (μg/dl); Hg: Níveis
de mercúrio no sangue (μg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.
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1,720 1,500 2,000
<0,001 2 0,001 <0,001
1,081 1,000 1,000
0,236 0,275 0,900
0,081 3
0,100 3
-0,022 3
0,281 4
0,182 4
0,765 4
0,130 3
0,096 4
1,333
0,139
2,071 1,000
<0,001 0,201
1,411
0,026
1,200
0,007
1,000
0,690
1,000
0,041
1,333 1,000
0,009 0,117
1,333
0,001
1,387 1,333 1,000
0,794 0,009 0,117
1,143 1,000
0,593 0,393
1,500 1,333
0,172 0,357
1,000 1,200
<0,001 0,105
1,730 1,000
0,018 0,113
1,641 1,000
0,177 0,066
1,179 1,000 1,000
0,334 0,079 0,599
1,067 1,000 1,000
0,663 0,312 0,524
Legenda
Notas
Área de estudo
Tabela 10 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis de
biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)
Variáveis Pb HgCd
Tempo que vive na residência actual (anos) (rec.)
Frequência do consumo de álcool (de todos os participantes)
Género
Idade
IMC
Exposição total a químicos (rec.)
1 Força de associação, medida através da razão entre as médias ou medianas de cada categoria da variável, excepto quando referido
especificamente; 2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney, excepto quando referido especificamente;
3 Coeficiente de correlação de
Spearman; 4 Valor de p para a análise de correlação de Spearman.
Dentes chumbados
Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)
Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)
Tem doenças (rec.)
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (μg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (μg/dl); Hg: Níveis
de mercúrio no sangue (μg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice de massa
corporal ( Kg/m2).
Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)
Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)
Exposição a fumo próprio (rec.)
Frequência do consumo de peixe
Consumo de água da torneira (rec.)
Frequência do consumo de vegetais
Consumo preferencial de carne (rec.)
Consumo preferencial de peixe (rec.)
Fumador actual
Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)
Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)
Frequência do consumo de carne
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ICMín ICMáx ICMín ICMáx ICMín ICMáx
Género
*Masculino
Feminino
Idade (anos) -0,001 -0,002 0,983 0,127 2,234 0,002 0,139 0,048 0,000 0,003 -0,001 -0,053 0,459 -0,004 -0,002
Área
*Não exposta
Exposta
Exposição a fumo próprio (rec.)*Baixa
Elevada
Fumador actual:
*Não
Sim
Frequência do consumo de
alcool (todos os participantes)*Ocasionalmente
Diariamente
Dentes chumbados*Não
Sim
Frequência do consumo de
vegetais(todos os participantes)
*Ocasionalmente
Diariamente
Consumo preferencial de carne
(rec.) *Carne
Peixe ou igual
Já alguma vez fumou (rec.)*Não
Sim
Frequência do consumo de peixe
*Ocasionalmente
Diariamente
Tem doenças (rec.)*Não
Sim
IMC (Kg/m2) – – – – – – – – – – 0,009 0,166 0,025 0,001 0,018
Tempo de fumo (de todos os
participantes)
*<10 anos
≥10 anos
Consumo de água da torneira
*Não
Sim
R2
ajustado / R2
pmodelo
Legenda
Notas
Tabela 11 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis dos biomarcadores (BM) determinados
na amostra de estudo (N=180)
– – – –
–
– – – –
1,181 0,164 0,028 -2,234 -0,180
0,239
1,094
– – – – – 0,073
–
–
– – – –
–
– – – – –
– – – –
–
– – – – –
– – – –
–
2,063 0,209 0,010 -1,022
– – – –
3,628
-1,207 -0,172 0,021 -0,500 0,049
0,036 0,005 0,947 0,499
Modelo Chumbo (n=175)
B RParcial pIC (95)%Variáveis
Modelo Cádmio (n=180) Modelo Mercúrio (n=164)
B RParcial pIC (95)%
B RParcial pIC (95)%
0,133
– – – – – -0,220 -0,445 <0,001 -0,288 -0,152
0,025 0,102 0,144 -0,009 0,060 0,063 0,129 0,073 -0,006
– – – – – – – – –
-0,030 – – – –
–
– – – – – – – – –
– –0,001 0,031 0,116 – – –
–
–
– – – – – – – – –
– – –– – – – – –
–
-0,064 -0,257 0,000 -0,098
–
– – – – – – – – – –
– – – – – – – – –
–
– – – – – – – – – –
– – – – – – – – –
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; B: Coeficiente de regressão; RParcial: Coeficiente de correlação parcial para uma dada variável
independente e ajustada para as outras variáveis independentes; p: Probabilidade da associação ser devida ao acaso; R2: Coeficiente de determinação do
modelo; R2
ajustado: Coeficiente de determinação do modelo ajustado para as variáveis independentes; IC95%: Intervalo de confiança a 95%; ICMín: Limite
inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice
de massa corporal ( Kg/m2).
–
* Categoria de referência.
0,133 / 0,152 0,217 / 0,266
<0,001 <0,001
–
0,008 / 0,011
0,001
– – – – – – – – –
Página 28 de 55
ICMín ICMáx
Expostos 90 6,117 1,363 5,100 5,100 5,200 5,650 6,100 9,000 9,000 9,000 9,000 5,990 5,750 6,240
Não expostos 90 0,875 0,551 0,100 0,378 0,615 0,700 0,930 1,841 2,480 2,480 2,480 0,747 0,665 0,838
Amostra global 180 3,496 2,825 0,100 0,470 0,700 3,790 5,650 6,100 9,000 9,000 9,000 2,115 1,794 2,492
Expostos 90 5,750 1,045 4,600 4,600 4,800 5,500 6,700 7,400 7,400 7,400 7,400 5,659 5,454 5,872
Não expostos 90 4,091 1,826 1,600 2,550 2,890 3,500 5,840 6,791 8,110 8,110 8,110 3,728 3,409 4,076
Amostra global 180 4,921 1,700 1,600 2,820 3,500 4,800 6,026 7,400 7,400 8,110 8,110 4,593 4,338 4,863
Expostos 90 1,165 0,153 0,890 0,890 1,100 1,200 1,300 1,300 1,300 1,300 1,300 0,605 0,589 0,622
Não expostos 90 0,205 0,101 0,057 0,077 0,167 0,210 0,237 0,290 0,427 0,535 0,550 0,180 0,160 0,201
Amostra global 180 0,685 0,498 0,057 0,120 0,210 0,720 1,200 1,300 1,300 1,300 1,300 0,330 0,296 0,367
Expostos 90 3,483 2,946 1,200 1,200 1,400 2,400 3,900 9,600 9,600 9,600 9,600 2,586 2,217 3,018
Não expostos 90 1,794 0,622 0,800 1,075 1,280 1,715 2,000 2,500 3,066 3,412 3,851 1,696 1,583 1,818
Amostra global 180 2,639 2,286 0,800 1,200 1,400 1,715 3,400 3,900 9,600 9,600 9,600 2,095 1,915 2,291
Expostos 90 1,232 0,193 0,890 0,890 1,100 1,300 1,300 1,500 1,500 1,500 1,500 1,216 1,174 1,258
Não expostos 90 0,236 0,138 0,057 0,079 0,140 0,229 0,307 0,366 0,496 0,626 0,799 0,198 0,173 0,225
Amostra global 180 0,734 0,526 0,057 0,115 0,229 0,845 1,300 1,300 1,500 1,500 1,500 0,490 0,422 0,569
Expostos 90 0,130 0,081 0,043 0,043 0,060 0,103 0,200 0,270 0,270 0,270 0,270 0,107 0,093 0,122
Não expostos 90 0,399 0,161 0,210 0,259 0,282 0,381 0,443 0,495 0,728 1,034 1,123 0,062 0,018 0,211
Amostra global 180 0,264 0,185 0,043 0,060 0,103 0,265 0,381 0,452 0,495 0,810 1,123 0,200 0,178 0,225
Expostos 90 0,183 0,078 0,096 0,096 0,099 0,177 0,249 0,300 0,300 0,300 0,300 0,166 0,151 0,182
Não expostos 90 0,077 0,037 0,040 0,048 0,051 0,064 0,085 0,113 0,156 0,224 0,237 0,071 0,065 0,077
Amostra global 180 0,130 0,081 0,040 0,051 0,064 0,096 0,219 0,249 0,300 0,300 0,300 0,108 0,099 0,118
Expostos 90 0,780 0,271 0,360 0,360 0,560 0,800 0,960 1,200 1,200 1,200 1,200 0,728 0,671 0,789
Não expostos 90 0,047 0,032 0,019 0,024 0,026 0,032 0,045 0,100 0,100 0,153 0,170 0,039 0,035 0,044
Amostra global 180 0,413 0,415 0,019 0,024 0,032 0,265 0,800 0,960 1,200 1,200 1,200 0,169 0,135 0,212
Expostos 90 0,194 0,042 0,159 0,159 0,159 0,176 0,219 0,276 0,276 0,276 0,276 0,190 0,182 0,198
Não expostos 90 0,017 0,010 0,003 0,006 0,008 0,014 0,025 0,030 0,030 0,033 0,050 0,013 0,012 0,016
Amostra global 180 0,105 0,094 0,003 0,008 0,014 0,104 0,176 0,219 0,276 0,276 0,276 0,051 0,041 0,062
Expostos 90 7,100 4,879 3,300 3,300 3,600 5,550 7,200 17,400 17,400 17,400 17,400 5,922 5,264 6,663
Não expostos 90 1,618 0,550 0,616 0,936 1,089 1,841 1,950 2,487 2,487 2,794 3,020 1,523 1,415 1,639
Amostra global 180 4,359 4,421 0,616 1,020 1,841 3,160 5,550 7,200 17,400 17,400 17,400 3,003 2,661 3,390
1,2,3,7,8-PCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
2,3,4,7,8-PCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,4,6,7,8-HpCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
OCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
2,3,7,8-TCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,4,7,8-HCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,6,7,8-HCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,7,8,9-HCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,7,8-PCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
P50 P75 P90SD Mín
2,3,7,8-TCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
P98 Máx
Tabela 12 - Estatísticas dos biomarcadores de cada congénere, medidos em expostos e não expostos
Biomarcador Unidade Grupo populacional N AM MGIC 95%
P10 P25 P95
Página 29 de 55
ICMín ICMáx
P50 P75 P90SD Mín
2,3,7,8-TCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
P98 Máx
Tabela 12 - Estatísticas dos biomarcadores de cada congénere, medidos em expostos e não expostos
Biomarcador Unidade Grupo populacional N AM MGIC 95%
P10 P25 P95
Expostos 90 0,725 0,570 0,160 0,160 0,290 0,605 0,790 1,900 1,900 1,900 1,900 0,542 0,461 0,637
Não expostos 90 0,403 0,125 0,250 0,273 0,291 0,376 0,448 0,566 0,589 0,690 0,920 0,386 0,363 0,410
Amostra global 180 0,564 0,442 0,160 0,273 0,290 0,445 0,650 0,790 1,900 1,900 1,900 0,457 0,418 0,500
Expostos 90 0,777 0,174 0,560 0,560 0,670 0,745 0,840 1,100 1,100 1,100 1,100 0,759 0,725 0,793
Não expostos 90 0,403 0,136 0,213 0,250 0,282 0,362 0,515 0,555 0,640 0,640 0,690 0,380 0,354 0,408
Amostra global 180 0,590 0,244 0,213 0,262 0,362 0,560 0,755 0,840 1,100 1,100 1,100 0,537 0,503 0,573
Expostos 90 0,827 0,234 0,580 0,580 0,690 0,765 0,860 1,300 1,300 1,300 1,300 0,799 0,757 0,842
Não expostos 90 0,106 0,048 0,060 0,062 0,068 0,093 0,122 0,179 0,211 0,220 0,280 0,097 0,089 0,105
Amostra global 180 0,466 0,399 0,060 0,064 0,093 0,430 0,765 0,860 1,300 1,300 1,300 0,278 0,236 0,327
Expostos 90 0,802 0,203 0,570 0,570 0,680 0,755 0,850 1,200 1,200 1,200 1,200 0,779 0,742 0,818
Não expostos 90 0,123 0,154 0,024 0,034 0,040 0,053 0,117 0,325 0,442 0,590 0,921 0,075 0,062 0,090
Amostra global 180 0,462 0,385 0,024 0,040 0,053 0,570 0,830 0,850 1,200 1,200 1,200 0,242 0,198 0,294
Expostos 90 0,100 0,050 0,043 0,043 0,060 0,092 0,110 0,200 0,200 0,200 0,200 0,088 0,080 0,098
Não expostos 90 0,088 0,026 0,034 0,059 0,073 0,090 0,100 0,107 0,133 0,184 0,198 0,084 0,079 0,089
Amostra global 180 0,094 0,041 0,034 0,051 0,060 0,090 0,101 0,133 0,200 0,200 0,200 0,086 0,081 0,091
Expostos 90 0,752 0,147 0,550 0,550 0,660 0,735 0,830 1,000 1,000 1,000 1,000 0,738 0,708 0,768
Não expostos 90 0,007 0,008 0,002 0,003 0,004 0,005 0,007 0,011 0,019 0,041 0,058 0,005 0,005 0,006
Amostra global 180 0,379 0,388 0,002 0,003 0,005 0,304 0,735 0,830 1,000 1,000 1,000 0,063 0,044 0,091
Expostos 90 0,006 0,002 0,005 0,005 0,005 0,005 0,007 0,010 0,010 0,010 0,010 0,006 0,006 0,006
Não expostos 90 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,001 0,000 0,001
Amostra global 180 0,0040 0,0030 0,0000 0,0000 0,0000 0,0050 0,0050 0,0070 0,0100 0,0100 0,010 0,002 0,001 0,002
Expostos 90 18,060 2,537 14,092 14,092 16,359 18,424 18,649 22,410 22,410 22,410 22,410 17,882 17,367 18,414
Não expostos 90 7,677 2,687 4,338 4,940 5,466 6,693 9,602 12,221 12,522 14,986 15,030 7,256 6,773 7,773
Amostra global 180 12,868 5,821 4,338 5,466 6,693 14,092 18,424 18,649 22,410 22,410 22,410 11,391 10,559 12,289
Expostos 90 12,061 6,037 7,032 7,032 7,074 10,292 13,203 24,476 24,476 24,476 24,476 10,889 9,954 11,913
Não expostos 90 2,811 0,902 1,512 1,744 1,834 3,008 3,376 4,042 4,373 4,804 5,014 2,670 2,496 2,855
Amostra global 180 7,436 6,328 1,512 1,834 3,008 6,023 10,292 13,203 24,476 24,476 24,476 5,392 4,795 6,062
Expostos 90 30,121 7,324 22,899 22,899 23,433 27,828 35,613 43,125 43,125 43,125 43,125 29,305 27,934 30,744
Não expostos 90 10,488 3,520 6,100 6,664 7,300 9,701 13,095 16,264 16,890 19,741 19,790 9,944 9,297 10,637
Amostra global 180 20,3050 11,3900 6,1000 7,3000 9,7010 21,3450 27,8280 35,6130 43,1250 43,1250 43,125 17,071 15,614 18,665(p<0,001)*
Legenda
N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos
percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável
recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; *: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos na amostra estudada, cálcuado através do teste de Mann-Whitney.
Total PCDD pg/g de
gordura WHO
TEQ
Total PCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
Total PCDD/PCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,4,6,7,8-HpCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,4,7,8,9-HpCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
OCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,6,7,8-HCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,7,8,9-HCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
2,3,4,6,7,8-HCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
1,2,3,4,7,8-HCDF pg/g de
gordura WHO
TEQ
Página 30 de 55
2013-2015 2010-2012 2007-2009Factor
2013 / 2010
Factor
2010 / 20072013-2015 2010-2012 2007-2009
Factor
2013 / 2010
Factor
2010 / 2007
2,3,7,8-TCDD 10 3,7 0,1 2,7 31 18 5,5 0,4 3,3 16
1,2,3,7,8-PCDD 9,2 4,9 0,3 1,9 15 15 7,7 0,6 1,9 13
1,2,3,4,7,8-HCDD 18 9,9 0,7 1,8 15 27 14,0 1,1 1,9 13
1,2,3,6,7,8-HCDD 18 9,9 0,5 1,8 20 27 14,0 0,7 1,9 20
1,2,3,7,8,9-HCDD 18 9,9 0,4 1,8 23 27 14,0 0,6 1,9 23
1,2,3,4,6,7,8-
HpCDD19 21,0 0,2 0,9 100 35 67,0 0,8 0,5 89
OCDD 37 62,0 0,4 0,6 159 78 180,0 1,2 0,4 157
2,3,7,8-TCDF 7,3 4,1 0,1 1,8 29 16 5,3 0,4 3,0 14
1,2,3,7,8-PCDF 11 4,1 0,2 2,7 27 18 6,3 0,5 2,9 13
2,3,4,7,8-PCDF 11 4,1 0,1 2,7 29 18 6,3 0,4 2,9 15
1,2,3,4,7,8-HCDF 11 9,6 0,2 1,1 42 20 14,0 0,8 1,4 19
1,2,3,6,7,8-HCDF 11 9,6 0,2 1,1 40 20 14,0 0,8 1,4 18
1,2,3,7,8,9-HCDF 11 9,6 0,3 1,1 38 20 14,0 1,3 1,4 11
2,3,4,6,7,8-HCDF 11 9,6 0,5 1,1 20 20 14,0 1,6 1,4 9
1,2,3,4,6,7,8-
HpCDF8,5 21,0 0,4 0,4 54 41 49,0 1,6 0,8 30
1,2,3,4,7,8,9-
HpCDF8,5 21,0 0,5 0,4 41 41 49,0 2,1 0,8 23
OCDF 31 60,0 0,4 0,5 136 65 110,0 1,4 0,6 76
Tabela 13 – Menores e maiores valores obtidos para os Limites de Quantificação (LOQ) em cada congénere, no momento de observação actual
(2010-2012) e no anterior (2007-2009)
Congénere
Menores valores do LOQ Maiores valores do LOQ
Página 31 de 55
2010-2012 2013-2015 2007-2009 2010-2012 2013-2015 2007-2009
2,3,7,8-TCDD 3,7 - 5,5 10 - 18 0,12 - 0,35 100% 100% 0%
1,2,3,7,8-PCDD 4,9 - 7,7 9,2 - 15 0,33 - 0,59 100% 100% 0%
1,2,3,4,7,8-HCDD 9,9 - 14,0 18 - 27 0,66 - 1,12 100% 100% 0%
1,2,3,6,7,8-HCDD 9,9 - 14,0 18 - 27 0,49 - 0,69 0% 50% 0%
1,2,3,7,8,9-HCDD 9,9 - 14,0 18 - 27 0,44 - 0,62 83% 100% 0%
1,2,3,4,6,7,8-HpCDD 21,0 - 67,0 19 - 35 0,21 - 0,75 17% 17% 0%
OCDD 62,0 - 180,0 37 - 78 0,39 - 1,15 0% 0% 0%
2,3,7,8-TCDF 4,1 - 5,3 7,3 - 16 0,14 - 0,38 100% 100% 20%
1,2,3,7,8-PCDF 4,1 - 6,3 11 - 18 0,15 - 0,48 100% 100% 48%
2,3,4,7,8-PCDF 4,1 - 6,3 11 - 18 0,14 - 0,41 0% 17% 0%
1,2,3,4,7,8-HCDF 9,6 - 14,0 11 - 20 0,23 - 0,75 100% 100% 0%
1,2,3,6,7,8-HCDF 9,6 - 14,0 11 - 20 0,24 - 0,79 67% 100% 0%
1,2,3,7,8,9-HCDF 9,6 - 14,0 11 - 20 0,25 - 1,28 100% 100% 20%
2,3,4,6,7,8-HCDF 9,6 - 14,0 11 - 20 0,47 - 1,63 100% 100% 100%
1,2,3,4,6,7,8-HpCDF 21,0 - 49,0 8,5 - 41 0,39 - 1,62 50% 83% 0%
1,2,3,4,7,8,9-HpCDF 21,0 - 49,0 8,5 - 41 0,51 - 2,11 100% 100% 80%
OCDF 60,0 - 110,0 31 - 65 0,44 - 1,44 100% 100% 100%
Tabela 14 - Limites de quantificação (LOQ) e percentagem de valores não detectados (ND) em sangue da
população geral, neste momento de observação (2010-2012) e no anterior (2007-2009)
CongénereLOQ % ND
Página 32 de 55
n % n % n %
12-14 308 53,9 167 19,7 475 33,5
15-18 263 46,1 680 80,3 943 66,5
Total 571 100 847 100 1418 100
12-14 272 57 235 29,2 507 39,6
15-18 205 43 569 70,8 774 60,4
Total 477 100 804 100 1281 100
12-14 256 73,1 145 26,9 401 45,1
15-18 94 26,9 394 73,1 488 54,9
Total 350 100 539 100 889 100
12-14 195 61,7 94 26,1 289 42,8
15-18 121 31,3 266 73,9 387 57,2
Total 316 100 360 100 676 100
12-14 172 44,3 132 21,1 304 30
15-18 216 55,7 495 78,9 711 70
Total 388 100 627 100 1015 100
12-14 211 51,6 184 29,2 395 38,1
15-18 198 48,4 443 70,8 641 61,9
Total 409 100 627 100 1036 100
12-14 272 52,2 289 28,6 561 36,6
15-18 249 47,8 723 71,4 972 63,4
Total 521 100 1012 100 1533 100
12-14 269 43,4 229 29,9 498 35,9
15-18 351 56,6 538 70,1 889 64,1
Total 620 100 767 100 1387 100
12-14 242 50,1 243 33,2 485 39,9
15-18 238 49,3 484 66,1 722 59,4
Não indica 3 0,6 5 0,7 8 0,7
Total 483 100 732 100 1215 100
12-14 258 44,9 226 30,3 484 36,6
15-18 315 54,8 518 69,4 833 63,1
Não indica 2 0,3 2 0,3 4 0,3
Total 575 100 746 100 1321 100
12-14 349 44,9 215 26 564 35,1
15-18 425 54,6 605 73,1 1030 64,1
Não indica 4 0,5 8 1 12 0,7
Total 778 100 828 100 1606 100
12-14 417 58,3 360 50 777 54,1
15-18 298 41,7 360 50 658 45,9
Total 715 100 720 100 1435 100
* O valor de p foi obtido com o teste do Qui-quadrado ( χ2) (relativo às diferenças na distribuição em cada ano de monitorização).
Relativamente às diferenças na distribuição, ao longo de todos os anos de monitorização, obtiveram-se os seguintes valores de p
com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para a área de exposição p<0,001; para a idade p<0,001).
2009 < 0,001
20150,002
2008 < 0,001
2007 < 0,001
2006 < 0,001
2005 < 0,001
2004 < 0,001
2003 < 0,001
2002 < 0,001
2001 < 0,001
2000 < 0,001
1999 < 0,001
Tabela 15 - Distribuição dos inquiridos por grupo etário e área de exposição, no período de monitorização de monitorização
Monitorização
da prevalência de asma e
de consumo de tabaco por
grupo etário
Expostos Controlos Totalp*
Página 33 de 55
n % n % n %
Masculino 292 51,1 380 44,9 672 47,4
Feminino 279 48,9 467 55,1 746 52,6
Total 571 100 847 100 1418 100
Masculino 241 50,5 383 47,6 624 48,7
Feminino 236 49,5 421 52,4 657 51,3
Total 477 100 804 100 1281 100
Masculino 193 55,1 242 44,9 435 48,9
Feminino 156 44,9 296 54,9 452 50,8
Não indica 1 0,3 1 0,2 2 0,2
Total 350 100 539 100 889 100
Masculino 144 45,7 155 42,4 299 43,9
Feminino 172 54,3 205 57,6 377 56,1
Total 316 100 360 100 676 100
Masculino 196 50,5 286 45,6 482 47,5
Feminino 191 49,2 341 64,4 532 52,4
Não indica 1 0,3 0 0 1 0,1
Total 388 100 627 100 1015 100
Masculino 187 45,7 285 45,4 472 45,5
Feminino 222 54,3 342 54,6 564 54,5
Total 409 100 627 100 1036 100
Masculino 268 51,4 448 44,3 716 46,7
Feminino 253 48,6 564 55,7 816 53,3
Total 521 100 1012 100 1533 100
Masculino 301 48,5 352 45,9 653 47,1
Feminino 317 51,1 412 53,7 729 52,6
Não indica 2 0,3 3 0,4 5 0,4
Total 620 100 767 100 1387 100
Masculino 229 47,4 334 45,6 563 46,3
Feminino 254 52,6 398 54,4 652 53,7
Total 483 100 732 100 1215 100
Masculino 270 47 350 46,9 620 46,9
Feminino 305 53 396 53,1 701 53,1
Total 575 100 746 100 1321 100
Masculino 374 48,1 368 44,4 742 46,2
Feminino 402 51,7 457 55,2 859 53,5
Não indica 2 0,3 3 0,4 5 0,3
Total 778 100 828 100 1606 100
Masculino 370 51,7 332 46,1 702 48,9
Feminino 345 48,3 388 53,9 733 51,1
Total 715 100 720 100 1435 100
20150,033
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (relativo às diferenças na distribuição em cada ano de
monitorização).
Relativamente às diferenças na distribuição, ao longo de todos os anos de monitorização, obtiveram-se os seguintes valores
de p com o teste de Qui-quadrado ( χ2): para a área de exposição p<0,001; para o género p=0,645).
20090,15
2008 0,989
2007 0,56
2006 0,33
2005 0,008
2004 0,48
2003 0,12
2002 0,51
2001 0,01
2000 0,32
1999 0,02
Quadro 16 - Distribuição dos inquiridos por género e área de exposição, no período de monitorização
Monitorização
da prevalência de asma e
de consumo de tabaco por
género
Expostos Controlos Totalp*
Página 34 de 55
Fator
Área de exposição Não fumador Fumador ocasional Fumador regular
Expostos 81,4 10,3 8,2
Controlos 73 15,6 11,5
Expostos 81,6 11,9 6,5
Controlos 69,7 17 13,3
Expostos 82,7 10 7,3
Controlos 64,9 20,9 14,2
Expostos 80,4 14,2 5,4
Controlos 64,7 21,1 14,2
Expostos 77,7 16 6,3
Controlos 68,5 19 12,5
Expostos 81,2 11 7,8
Controlos 73,3 14,6 12,1
Expostos 84,9 9,8 5,2
Controlos 80,2 11,7 8,1
Expostos 84,8 10,3 4,9
Controlos 83,4 7,9 8,8
Expostos 92,6 4,3 3,2
Controlos 90,5 4,9 4,6
Expostos 88,8 6,1 5,1
Controlos 86,3 6 7,7
Expostos 90,3 4,8 4,8
Controlos 87,1 6,9 5,9
Expostos 94,1 3,3 2,6
Controlos 79,7 11,8 8,5
2009 0,124
2015 < 0,001
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de não
respostas (missing values).
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos em cada ano de monitorização).
Para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos ao longo de todos os anos de monitorização, o valor de p < 0,001 foi obtido com o teste de
Qui-quadrado ( χ2).
0,196
2003 0,02
2004 0,02
2005 0,06
2006 0,01
2007 0,42
2008
2000 < 0,001
2001 < 0,001
2002 < 0,001
Tabela 17 - Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente à área de exposição
Ano de
observação
Hábitos tabágicos
p*
1999 0,001
Página 35 de 55
Fator
Género Não fumador Fumador ocasional Fumador regular
Masculino 76,3 14,4 9,2
Feminino 76,4 12,6 11
Masculino 75,8 15,5 8,7
Feminino 72,5 14,8 12,8
Masculino 72,5 15,9 11,6
Feminino 70,9 17,5 11,6
Masculino 71,9 17,8 10,3
Feminino 72,2 17,9 9,9
Masculino 74,9 16,1 8,9
Feminino 69,3 19,4 11,2
Masculino 79,5 13,1 7,4
Feminino 73,7 13,4 13
Masculino 86,4 8,1 5,5
Feminino 77,8 13,7 8,5
Masculino 87,1 6,9 6
Feminino 81,3 10,8 7,9
Masculino 91,9 4,2 4
Feminino 90,9 5 4,1
Masculino 88,7 5,1 6,1
Feminino 86,2 6,8 7
Masculino 87,5 7 5,5
Feminino 89,7 5 5,3
Masculino 86,5 7,5 6
Feminino 87,3 7,6 5,1
2009 0,228
2015 0,75
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de
0,366
2003 0,16
2004 0,02
2005 < 0,001
2006 0,02
2007 0,77
2008
2000 0,06
2001 0,88
2002 0,99
Tabela 18 - Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente ao género
Ano de
observação
Hábitos tabágicos
p*
1999 0,37
Página 36 de 55
Fator
Idade Não fumador Fumador ocasional Fumador regular
12 97,6 2,4 0
13 90,3 6,5 3,2
14 81,5 12,8 5,6
15 75,6 16,7 7,7
16 73,4 15,5 11,1
17 66 15,8 18,2
18 66,5 17,3 16,2
12 92,8 4,8 2,4
13 84,7 12 3,3
14 82,9 11,4 5,7
15 68,8 17,6 13,6
16 70 17,7 12,2
17 62,5 23,6 13,9
18 60,1 15,7 24,2
12 89,8 5,8 4,4
13 88,6 8,3 3
14 78,3 14,2 7,5
15 67,1 21,4 11,4
16 60,5 23,5 16
17 58,2 24,1 17,7
18 47,8 22,4 29,9
12 90 8 2
13 92 7,1 0,9
14 82,4 14,8 2,8
15 67 25,7 7,3
16 66 19,6 14,4
17 54,5 25 20,5
18 49,3 23,2 27,5
12 96,3 1,9 1,9
13 90 7,5 2,5
14 78,2 19,3 2,5
15 76,5 14,8 8,6
16 68,9 19,4 11,7
17 54,8 23,2 21,9
18 60,3 27 12,8
12 94,3 3,8 1,9
13 92,8 3,3 3,9
14 82,1 11,1 6,8
15 72,2 18,3 9,5
16 67,9 19,4 12,7
17 67,5 17,2 15,4
18 68 11,3 20,6
2003 < 0,001
2004 < 0,001
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência
de não respostas (missing values).
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos em cada ano de
monitorização).
Para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos ao longo de todos os anos de monitorização, o valor de p < 0,001 foi obtido com o
teste de de Qui-quadrado ( χ2) .
< 0,001
Tabela 19 - Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente à idade (1/2)
Ano de observaçãoHábitos tabágicos
p*
1999 < 0,001
2000 < 0,001
2001 < 0,001
2002
Página 37 de 55
Fator
Idade Não fumador Fumador ocasional Fumador regular
12 96,8 2,2 1,1
13 93,3 5,3 1,4
14 88,9 7,5 3,5
15 81,8 12,6 5,5
16 77,3 13,6 9,1
17 69,3 17 13,8
18 70,5 14,7 14,7
12 96,1 3,9 0
13 92,4 6,5 1,1
14 91,5 6,5 2
15 87,9 5,4 6,7
16 82,1 10 7,9
17 72,4 14,1 13,5
18 68,9 15,5 15,5
12 96,8 1,6 1,6
13 97,3 2,1 0,5
14 95,5 3,6 0,9
15 89 5 6
16 89,3 7 3,7
17 87,9 5,7 6,4
18 84,9 4,2 10,9
12 98,6 1,4 0
13 93,9 5,5 0,6
14 93,8 4,8 1,4
15 88,3 3,5 8,2
16 84,1 8,6 7,3
17 75 6,9 10,9
18 87,5 9,7 15,3
12 94,7 3,2 2,1
13 96,6 2,4 1
14 92,4 6 1,6
15 90,4 5,9 3,7
16 84,9 8,1 7
17 83,1 6,5 10,5
18 77,7 7,4 14,9
12 96,6 2,9 0,6
13 95,1 3 1,9
14 91,6 4,9 3,6
15 86 9,5 4,5
16 80,2 11,8 8
17 72 14,6 13,4
18 71,3 13,8 14,9
2009 < 0,001
2015< 0,001
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de
não respostas (missing values).
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos em cada ano de
monitorização).
Para avaliar as diferenças nos hábitos tabágicos ao longo de todos os anos de monitorização, o valor de p < 0,001 foi obtido com o
teste de Qui-quadrado ( χ2) .
< 0,001
Tabela 20 - Caracterização dos hábitos tabágicos relativamente à idade (2/2)
Ano de observação
Hábitos tabágicos
p*
2005 < 0,001
2006 < 0,001
2007 < 0,001
2008
Página 38 de 55
p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95%
1999 0,761 1,06 0,7-1,6 < 0,001 0,22 0,1-0,4 0,433 0,87 0,6-1,2
2000 0,028 0,62 0,4-0,9 < 0,001 0,24 0,1-0,4 0,083 0,72 0,5-1,0
2001 0,506 0,83 0,5-1,4 < 0,001 0,27 0,2-0,5 0,661 1,1 0,7-1,7
2002 0,09 0,59 0,3-1,1 < 0,001 0,12 0,0-0,3 < 0,001 0,12 0,0-0,3
2003 0,076 0,64 0,4-1,0 < 0,001 0,17 0,1-0,4 0,244 0,77 0,5-1,2
2004 0,282 0,77 0,5-1,2 < 0,001 0,34 0,2-0,6 0,007 0,54 0,4-0,8
2005 0,55 0,86 0,5-1,4 < 0,001 0,22 0,1-0,4 0,007 0,54 0,4-0,8
2006 0,08 0,65 0,4-1,0 < 0,001 0,13 0,1-0,3 0,34 0,81 0,5-1,3
2007 0,65 0,86 0,5-1,6 < 0,001 0,13 0,0-0,4 0,96 1,01 0,6-1,8
2008 0,473 0,84 0,5-1,4 < 0,001 0,08 0,0-0,2 0,644 0,9 0,6-1,4
2009 0,988 0,99 0,6-1,6 < 0,001 0,18 0,1-0,4 0,794 0,94 0,6-1,5
2015 < 0,001 0,302 0,2-0,5 < 0,001 0,233 0,1-0,4 0,216 1,351 0,8-2,2
OR – Odds Ratio; IC95% - Intervalo de confiança a 95% e p – valor de p do teste (considerando significativo um valor menor que 0,05).
Tabela 21 - Prevalência de fumadores regulares, no período 1999-2015 (Análise multivariável) (1/2)
Factor
Área de exposição Idade (anos) Género
(Referência: expostos) (Referência: 12-14 anos) (Referência: Masculino)
Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2)
Página 39 de 55
p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95%
1999 0,176 0,79 0,6-1,1 <0,001 0,49 0,3-0,7 0,214 1,22 0,9-1,7
2000 0,201 0,8 0,6-1,1 <0,001 0,47 0,3-0,7 0,393 1,15 0,8-1,6
2001 0,047 0,63 0,4-1,0 <0,001 0,42 0,3-0,7 0,92 0,98 0,7-1,4
2002 0,422 0,83 0,5-1,3 <0,001 0,4 0,2-0,7 0,884 1,03 0,7-1,6
2003 0,833 0,96 0,7-1,4 0,001 0,49 0,3-0,7 0,166 0,79 0,6-1,1
2004 0,61 0,9 0,6-1,4 <0,001 0,36 0,2-0,6 0,97 0,99 0,7-1,4
2005 0,74 1,1 0,7-1,6 <0,001 0,36 0,2-0,6 0,002 0,57 0,4-0,8
2006 0,03 1,53 1,0-2,3 0,003 0,51 0,3-0,8 0,02 0,61 0,4-0,9
2007 0,9 1,04 0,6-1,8 0,02 0,47 0,2-0,9 0,5 0,82 0,5-1,4
2008 0,732 1,09 0,7-1,8 0,095 0,64 0,4-1,1 0,233 0,75 0,5-1,2
2009* --- --- ----- --- --- ----- --- --- -----
2015 <0,001 0,269 0,2-0,4 <0,001 0,295 0,2-0,5 0,637 1,105 0,7-1,7
OR – Odds Ratio; IC95% - Intervalo de confiança a 95% e p – valor de p do teste (considerando significativo um valor menor que 0,05).
* – o modelo não é válido
Tabela 22 - Prevalência de fumadores ocasionais, no período 1999-2015 (Análise multivariável) (2/2)
Factor
Área de exposição Idade (anos) Género
(Referência: expostos) (Referência: 12-14 anos) (Referência: Masculino)
Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2)
Página 40 de 55
Não fumadorFumador
ocasionalFumador regular
1999 75,8 13,7 10,4
2000 73,3 15,5 11,2
2001 71,7 16,7 11,6
2002 72 17,9 10,1
2003 72 17,8 10,1
2004 76,3 13,2 10,4
2005 81,8 11,1 7,1
2006 84 9 7
2007 91,3 4,6 4
2008 87,4 6 6,6
2009 88,7 5,9 5,4
2015 86,9 7,5 5,5
Tabela 23 - Prevalência de hábitos tabágicos (%)
Ano de
observação
Distribuição dos inquiridos segundo os hábitos
tabágicosp
<0,001
Página 41 de 55
Fator
Área de exposição Fuma ocasionalmente < 5 5 a 10 11 a 20 > 20
Expostos 55,7 17 17,9 7,5 1,9
Controlos 57,6 11,4 18,3 10,9 1,7
Expostos 64,8 14,8 15,9 4,5 0
Controlos 56,1 18 16,8 8,2 0,8
Expostos 57,9 15,8 22,8 3,5 0
Controlos 59,5 14,6 17,8 7,6 0,5
Expostos 72,4 8,6 15,5 3,4 0
Controlos 59,7 11,8 16 11,8 0,8
Expostos 72 9,8 13,4 3,7 1,2
Controlos 60,3 9,2 17,4 12 1,1
Expostos 58,6 17,1 18,6 4,3 1,4
Controlos 54,7 7,5 22 13,8 1,9
Expostos 65,3 13,9 16,7 1,4 2,8
Controlos 59,1 11 23,2 5,5 1,1
Expostos 67,8 10,3 17,2 2,3 2,3
Controlos 47,4 20,7 23,3 7,8 0,9
Expostos 55,6 16,7 25 0 2,8
Controlos 50,7 17,9 19,4 11,9 0
Expostos 55 13,3 28,3 1,7 1,7
Controlos 44,8 18,8 25 11,5 0
Expostos 50 23 14,9 5,4 6,8
Controlos 53,8 13,5 25 6,7 1
Expostos 53,5 18,6 18,6 4,7 4,7
Controlos 58,3 11,5 17,3 12,2 0,7
2009 0,063
2015 0,177
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de não respostas (missing values);
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos no perfil de consumo de tabaco em cada ano de monitorização).
Para avaliar as diferenças no perfil de consumo de tabaco ao longo de todos os anos de monitorização, p<0,001 foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) .
0,099
2003 0,22
2004 0,07
2005 0,33
2006 0,02
2007 0,16
2008
2000 0,53
2001 0,73
2002 0,31
Tabela 24 - Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumam relativamente à área de exposição
Ano de observação
N.º cigarros consumidos por dia
p*
1999 0,62
Página 42 de 55
Fator
GéneroFuma
ocasionalmente< 5 5 a 10 11 a 20 > 20
Masculino 61 10,1 14,5 11,3 3,1
Feminino 53,4 15,9 21,6 8,5 0,6
Masculino 64,2 11,9 14,6 7,9 1,3
Feminino 53,6 21,5 18,2 6,6 0
Masculino 57,9 14 15,8 11,4 0,9
Feminino 60,2 15,6 21,9 2,3 0
Masculino 63,3 10,1 15,2 10,1 1,3
Feminino 64,3 11,2 16,3 8,2 0
Masculino 64,6 8 13,3 11,5 2,7
Feminino 63,4 10,5 18,3 7,8 0
Masculino 63,7 7,7 16,5 8,8 3,3
Feminino 50,7 12,3 23,9 12,3 0,7
Masculino 59,6 10,1 18 7,9 4,5
Feminino 61,6 12,8 23,2 2,4 0
Masculino 53,2 18,2 16,9 9,1 2,6
Feminino 57,6 15,2 23,2 3,2 0,8
Masculino 47,7 15,9 20,5 13,6 2,3
Feminino 55,9 18,6 22 3,4 0
Masculino 46,2 16,9 24,6 12,3 0
Feminino 50,5 16,5 27,5 4,4 1,1
Masculino 56 14,3 19,8 4,4 5,5
Feminino 48,3 20,7 21,8 8 1,1
Masculino 55,6 8,9 17,8 14,4 3,3
Feminino 58,7 17,4 17,4 6,5 0
2006 0,25
2015 0,079
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de não respostas
(missing values);
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos no perfil de consumo de tabaco em cada ano de
monitorização).
Para avaliar as diferenças no perfil de consumo de tabaco ao longo de todos os anos de monitorização, p<0,001 foi obtido com o teste de Qui-
2007 0,27
2008 0,396
2009 0,277
2003 0,17
2004 0,14
2005 0,02
2000 0,05
2001 0,04
2002 0,82
Tabela 25 - Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumam relativamente ao género
Ano de
observação
N.º cigarros consumidos por dia
p*
0,06
1999
Página 43 de 55
Fator
IdadeFuma
ocasionalmente< 5 5 a 10 11 a 20 > 20
12 100 0 0 0 0
13 66,7 13,3 13,3 0 6,7
14 69,4 8,3 19,4 0 2,8
15 68,6 19,6 7,8 3,9 0
16 58,2 16,4 13,4 10,4 1,5
17 46,5 14,1 28,3 9,1 2
18 51,6 6,3 17,2 23,4 1,6
12 66,7 33,3 0 0 0
13 78,6 10,7 10,7 0 0
14 66,7 14,8 18,5 0 0
15 56,4 20 20 3,6 0
16 59,2 16,9 18,3 5,6 0
17 62,8 15,4 14,1 6,4 1,3
18 39,3 18 19,7 21,3 1,6
12 57,1 28,6 7,1 7,1 0
13 73,3 20 6,7 0 0
14 65,4 7,7 19,2 7,7 0
15 65,2 6,5 17,4 10,9 0
16 59,6 10,6 23,4 4,3 2,1
17 57,6 18,6 23,7 0 0
18 42,9 22,9 17,1 17,1 0
12 80 20 0 0 0
13 88,9 11,1 0 0 0
14 84,2 5,3 10,5 0 0
15 77,8 8,3 11,1 2,8 0
16 57,6 12,1 18,2 12,1 0
17 55 12,5 22,5 10 0
18 45,7 11,4 20 20 2,9
12 50 0 50 0 0
13 76,9 7,7 15,4 0 0
14 88,5 3,8 7,7 0 0
15 63,2 10,5 10,5 13,2 2,6
16 62,3 13,1 13,1 9,8 1,6
17 51,4 11,4 21,4 15,7 0
18 67,9 5,4 19,6 5,4 1,8
12 66,7 33,3 0 0 0
13 45,5 36,4 9,1 0 9,1
14 62,1 13,8 10,3 10,3 3,4
15 66 10,6 17 6,4 0
16 60,4 5,7 18,9 15,1 0
17 52,7 7,3 27,3 9,1 3,6
18 35,5 9,7 35,5 19,4 0
0,03
2004 0,07
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de não respostas
(missing values);
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos no perfil de consumo de tabaco em cada ano de
monitorização).
Para avaliar as diferenças no perfil de consumo de tabaco ao longo de todos os anos de monitorização, p<0,001 foi obtido com o teste de Qui-quadrado (
χ2).
2001 0,17
2002 0,38
2003 0,65
2000
Tabela 26 - Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumam relativamente à idade (1/2)
Ano de
observação
N.º cigarros consumidos por dia
p*
0,011999
Página 44 de 55
Fator
Idade
Fuma
ocasionalment
e
< 5 5 a 10 11 a 20 > 20
12 66,7 0 33,3 0 0
13 78,6 14,3 7,1 0 0
14 68 24 4 4 0
15 69,6 8,7 19,6 0 2,2
16 60 13,3 21,7 3,3 1,7
17 55,2 10,4 22,4 10,4 1,5
18 50 7,9 36,8 2,6 2,6
12 100 0 0 0 0
13 85,7 7,1 0 0 7,1
14 76,5 11,8 11,8 0 0
15 44,8 31 20,7 3,4 0
16 56,1 19,5 17,1 4,9 2,4
17 50,9 17 24,5 5,7 1,9
18 50 8,7 30,4 10,9 0
12 100 0 0 0 0
13 80 20 0 0 0
14 83,3 8,3 8,3 0 0
15 36,4 27,3 27,3 9,1 0
16 62,5 12,5 16,7 4,2 4,2
17 47,4 26,3 21,1 5,3 0
18 27,8 11,1 38,9 22,2 0
12 100 0 0 0 0
13 90,9 9,1 0 0 0
14 78,6 0 21,4 0 0
15 30,8 38,5 19,2 11,5 0
16 54,1 13,5 27 2,7 2,7
17 40 16,7 36,7 6,7 0
18 38,9 11,1 33,3 16,7 0
12 60 20 0 0 20
13 71,4 14,3 14,3 0 0
14 78,9 10,5 5,3 0 5,3
15 61,8 20,6 11,8 5,9 0
16 53,5 18,6 25,6 2,3 0
17 38,1 14,3 26,2 16,7 4,8
18 33,3 22,2 33,3 3,7 7,4
12 83,3 16,7 0 0 0
13 61,5 30,8 0 0 7,7
14 57,7 26,9 11,5 3,8 0
15 65,4 11,5 7,7 15,4 0 0,165
16 59,5 8,1 16,2 13,5 2,7
17 52,2 8,7 26,1 10,9 2,2
18 46,4 7,1 32,1 14,3 0
2009 <0,001
2015
a Os valores apresentados são percentagens. Em alguns casos, as percentagens podem não totalizar os 100 % devido à existência de não
respostas (missing values);
* O valor de p foi obtido com o teste de Qui-quadrado ( χ2) (para avaliar as diferenças nos no perfil de consumo de tabaco em cada ano de
monitorização).
Para avaliar as diferenças no perfil de consumo de tabaco ao longo de todos os anos de monitorização, p<0,001 foi obtido com o teste de
Qui-quadrado ( χ2) .
2006 0,21
2007 0,36
2008 0,035
Tabela 27 - Perfil de consumo de tabaco entre os alunos que fumam relativamente à idade (2/2)
Ano de
observação
N.º cigarros consumidos por dia
p*
2005 0,32
Página 45 de 55
Fuma
ocasionalmente< 5 5 a 10 11 a 20 > 20
1999 57 13,1 18,2 9,9 1,8
2000 58,4 17,2 16,6 7,2 0,6
2001 59,1 14,9 19 6,6 0,4
2002 63,8 10,7 15,8 9 0,6
2003 63,8 9,4 16,2 9,4 1,1
2004 55,9 10,5 21 10,9 1,7
2005 59,6 12,8 18,3 8,2 1,6
2006 56,2 16,3 20,7 5,4 1,5
2007 51,5 17,8 21,8 7,9 1
2008 48,7 16,7 26,3 7,7 0,6
2009 52,5 17,4 20,8 6,2 3,4
2015 57,1 13,2 17,6 10,4 1,6
Tabela 28 - Perfil de consumo diário de tabaco ao longo do período de monitorização
Ano de
observação
Distribuição dos inquiridos segundo o consumo diário de cigarros (%)
p
0,091
Página 46 de 55
Sim Não Sim Não Sim Não
1999 9,3 90,7 10,6 89,4 0,41 10,1 89,9
2000 10,9 89,1 12,4 87,6 0,41 11,9 88,1
2001 11,4 88,6 13,2 86,8 0,44 12,5 87,5
2002 11,1 88,9 7,8 92,2 0,14 9,3 90,7
2003 9,8 90,2 9,9 90,1 0,96 9,9 90,1
2004 11 89 11,2 88,8 0,5 11,2 88,8
2005 11,3 88,7 10,7 89,3 0,71 10,9 89,1
2006 9,4 90,6 12,8 87,2 0,05 11,3 88,7
2007 13,3 86,7 15 85 0,39 14,3 85,7
2008 12,3 87,7 15,4 84,6 0,107 14,1 85,9
2009 11,9 88,1 12,3 87,7 0,789 12,1 87,9
2015 12,8 87,2 11,1 88,9 0,051 12 88
Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2)
Tabela 29 - Prevalência de asma por área e ano de monitorização (%)
Ano de
observação
Exposto Controlo
p
Amostra global
Asma Asma Asmap
<0,001
Página 47 de 55
p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95% p OR IC95%
1999 0,16 0,78 0,5-1,1 0,4 1,2 0,8-1,7 0,3 0,95 0,9-1,0 0,73 0,96 0,7-1,2 < 0,001 2,6 0,8-0,8 0,18 1,47 0,8-2,6
2000 0,34 0,83 0,6-1,2 0,29 1,21 0,9-1,7 0,91 1 0,9-1,1 0,36 1,1 0,9-1,5 < 0,001 2,4 1,7-3,4 0,16 1,47 0,9-2,5
2001 0,66 0,9 0,6-1,5 0,64 1,1 0,7-1,7 0,64 1 0,9-1,2 0,73 0,95 0,7-1,3 0,004 2,25 1,3-3,9 0,99 1 0,5-2,0
2002 0,07 1,74 1,0-3,1 0,08 0,6 0,3-1,1 0,36 1,1 0,9-1,3 0,53 0,87 0,6-1,3 0,002 1,9 1,3-2,9 0,29 0,61 0,2-1,5
2003 0,98 1 0,6-1,6 0,84 0,96 07-1,6 0,87 0,99 0,9-1,1 0,54 1,1 0,8-1,5 0,001 2,1 1,4-3,3 0,005 2,4 1,3-4,4
2004 0,64 1,11 0,7-1,7 0,99 1 0,6-1,5 0,1 1,11 1,0-1,3 0,66 0,93 0,7-1,3 < 0,001 3,81 2,5-5,8 0,013 1,59 0,9-2,9
2005 0,63 0,96 0,8-1,1 0,92 1 0,9-1,2 0,53 0,99 0,9-1,0 0,29 1,06 0,9-1,2 <0,001 2,31 2,0-2,7 < 0,001 1,59 1,3-2,0
2006 0,05 0,68 0,5-1,0 0,03 0,64 0,4-0,9 0,21 0,93 0,8-1,0 0,05 1,31 1,0-1,7 < 0,001 2,75 1,9-4,0 0,57 1,23 0,6-2,4
2007 0,15 0,77 0,5-1,1 0,67 1,08 0,8-1,5 0,04 0,9 0,8-1,0 0,006 1,4 1,1-1,8 < 0,001 2,99 2,1-4,3 0,1 1,9 0,9-4,0
2008 0,027 0,67 0,5-1,0 0,094 0,74 0,5-1,1 0,127 0,92 0,8-1,0 0,003 1,44 1,1-1,8 < 0,001 2,93 2,1-4,1 0,446 1,3 0,6-2,5
2009 0,924 1,02 0,6-1,7 0,099 0,71 0,5-1,1 0,63 1,04 0,9-1,2 0,958 0,99 0,7-1,4 < 0,001 2,08 1,4-3,0 0,038 1,43 1,0-2,0
2015 0,035 1,434 1,0-2,0 0,446 1,135 0,8-1,6 0,374 0,958 0,9-1,1 0,691 1,048 0,8-1,3 < 0,001 0,491 0,3-0,7 0,624 0,836 0,4-1,7
(Risco acrescido por ano de
idade)
Risco acrescido por nível de
escala de humidade(Referência: Com história) (Referência: Fumador Regular)
OR – Odds Ratio; IC95% - Intervalo de confiança a 95% e p – valor de p do teste (considerando significativo um valor menor que 0,05).
Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2)
Tabela 30 - Asma e fatores associados, no período 1999-2015 (Análise multivariável)
Factor
Área de exposição Género Idade Humidade na habitação História familiar Consumo de tabaco
(Referência: expostos) (Referência: Masculino)
Página 48 de 55
Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
233,6 194,4 269,4 281,8
(232,6 ; 234,5) (188,9 ; 199,8) (251 ; 287,8) (264,4 ; 299,3)
287,4 241,4 329,2 354
(286,4 ; 288,4) (235,4 ; 247,5) (308,9 ; 349,5) (334,5 ; 373,5)
183,3 154,6 197,2 216,7
(182,4 ; 184,1) (149,7 ; 159,5) (181,4 ; 213) (201,3 ; 232)
88,4 68,8 107,5 104,3
(87,9 ; 89) (65,5 ; 72) (95,8 ; 119,2) (93,6 ; 115)
109,9 87,4 105,7 131,9
(109,2 ; 110,5) (83,7 ; 91,1) (94,1 ; 117,3) (119,9 ; 143,9)
68,4 52,4 74,1 75,6
(67,9 ; 68,9) (49,5 ; 55,3) (64,4 ; 83,9) (66,5 ; 84,7)
22,7 14 20,1 22,4
(22,4 ; 23) (12,5 ; 15,5) (15 ; 25,1) (17,5 ; 27,4)
28 17,6 23,9 18
(27,6 ; 28,3) (15,9 ; 19,2) (18,4 ; 29,5) (13,5 ; 22,4)
17,7 10,4 12 12,7
(17,4 ; 17,9) (9,1 ; 11,7) (8 ; 15,9) (8,9 ; 16,4)
24,8 21,4 30,3 31,7
(24,5 ; 25,2) (19,6 ; 23,2) (24,1 ; 36,6) (25,7 ; 37,6)
29 25,5 20,2 34,9
(28,7 ; 29,3) (23,5 ; 27,5) (15,1 ; 25,3) (28,7 ; 41,2)
20,9 17,7 18,5 21,9
(20,6 ; 21,1) (16 ; 19,3) (13,6 ; 23,4) (16,9 ; 26,8)
37,7 33,8 32,4 46,4
(37,3 ; 38,1) (31,5 ; 36,1) (26 ; 38,9) (39,2 ; 53,5)
63,1 56,4 44 48,2
(62,6 ; 63,5) (53,5 ; 59,4) (36,5 ; 51,6) (40,9 ; 55,5)
13,9 13,4 9,5 16,3
(13,7 ; 14,1) (11,9 ; 14,8) (6 ; 13,1) (12,1 ; 20,6)
33,6 30,6 27,6 40,8
(33,3 ; 34) (28,4 ; 32,7) (21,7 ; 33,6) (34,1 ; 47,5)
55,3 50,2 37,5 42,3
(54,8 ; 55,7) (47,4 ; 53) (30,5 ; 44,4) (35,5 ; 49,2)
13,4 12,7 8,2 16
(13,2 ; 13,6) (11,3 ; 14,2) (4,9 ; 11,4) (11,8 ; 20,3)
Todos os tumores
Tabela 31 - Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2011, por sexo e grupos etários quinquenais para
Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de confiança das taxas a 95%)
TM da traqueia, brônquios
TM do aparelho
digestivo
TM do estômago
TM do cólon
TM do aparelho
respiratório
H
M
HM
HM
M
H
M
M
HM
HM
H
M
HM
H
H
M
HM
H
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Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
Todos os tumores
Tabela 31 - Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2011, por sexo e grupos etários quinquenais para
Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de confiança das taxas a 95%)
HM20,3 18,7 17,8 29,3
(20 ; 20,6) (17 ; 20,4) (13 ; 22,6) (23,6 ; 35)
5,2 4,6 3,7 5,7
(5 ; 5,3) (3,7 ; 5,4) (1,5 ; 5,8) (3,2 ; 8,3)
34,2 26,3 29,2 25,1
(33,9 ; 34,6) (24,3 ; 28,3) (23,1 ; 35,3) (19,8 ; 30,4)
17,1 18,6 28,3 41,9
(16,9 ; 17,4) (16,9 ; 20,3) (22,2 ; 34,3) (35,1 ; 48,7)
39,5 32,6 47,4 46,4
(39,1 ; 39,9) (30,3 ; 34,8) (39,6 ; 55,3) (39,2 ; 53,6)
52,5 44,3 41 58
(52,1 ; 52,9) (41,6 ; 46,9) (33,7 ; 48,3) (50 ; 66)
27,2 23,1 27,5 26,2
(26,9 ; 27,5) (21,2 ; 25) (21,5 ; 33,4) (20,8 ; 31,6)
34,8 28,3 47,8 44,4
(34,4 ; 35,1) (26,2 ; 30,4) (40 ; 55,6) (37,4 ; 51,4)
1,6 1,1 2,3 1,3
(1,6 ; 1,7) (0,7 ; 1,5) (0,6 ; 4,1) (0,1 ; 2,6)
1,3 0,7 4,8 1,2
(1,3 ; 1,4) (0,4 ; 1) (2,3 ; 7,3) (0 ; 2,3)
1,6 ( 1 1,5 2,5
1,5 ; 1,7) (0,6 ; 1,4) (0,1 ; 2,8) (0,8 ; 4,2)
18,4 16,8 22,5 19,8
(18,2 ; 18,7) (15,1 ; 18,4) (17,1 ; 27,8) (15,1 ; 24,5)
20,4 18,4 22,6 15,8
(20,1 ; 20,6) (16,7 ; 20,1) (17,2 ; 28) (11,6 ; 20)
16,5 15,1 14 14,8
(16,2 ; 16,7) (13,6 ; 16,6) (9,7 ; 18,2) (10,8 ; 18,9)
TM dos tecidos linfático
TM dos ossos, pele
TM do aparelho
TM de outras
TM da mama
feminina
TM da próstata H
H
HM
M
M
H
M
HM
HM
HM
H
M
H
M
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Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
Todos os tumores 230,2 189,3 271,4 271,4
malignos (TM) (229,3 ; 231,1) (183,9 ; 194,7) (252,9 ; 289,9) (254,3 ; 288,5)
283,6 235,3 312,6 336,9
(282,6 ; 284,6) (229,3 ; 241,3) (292,8 ; 332,4) (317,9 ; 355,9)
180,2 150,2 200,9 206,9
(179,4 ; 181) (145,3 ; 155) (185 ; 216,9) (191,9 ; 221,9)
90,3 70,9 105,7 106,4
(89,8 ; 90,9) (67,6 ; 74,2) (94,1 ; 117,4) (95,6 ; 117,3)
112,1 89,5 98,4 133,7 (
(111,5 ; 112,8) (85,8 ; 93,2) (87,1 ; 109,6) 121,6 ; 145,8)
70 54,2 61 77,3
(69,5 ; 70,5) (51,3 ; 57,1) (52,2 ; 69,9) (68,1 ; 86,6)
26,9 18,3 15,7 28,6
(26,6 ; 27,2) (16,6 ; 20) (11,2 ; 20,2) (23 ; 34,2)
33,1 22,8 18,3 30,2
(32,8 ; 33,5) (20,9 ; 24,7) (13,4 ; 23,2) (24,5 ; 36)
21,1 13,8 8 19,6
(20,8 ; 21,3) (12,4 ; 15,3) (4,8 ; 11,2) (14,9 ; 24,2)
28,2 22,6 33,9 33,3
(27,8 ; 28,5) (20,7 ; 24,5) (27,3 ; 40,5) (27,2 ; 39,4)
32,1 26,6 13,5 30
(31,8 ; 32,5) (24,5 ; 28,6) (9,3 ; 17,7) (24,3 ; 35,8)
24,3 19 13 21,6
(24 ; 24,6) (17,3 ; 20,8) (8,9 ; 17,1) (16,7 ; 26,5)
40,3 35,4 39 42,7
(39,9 ; 40,7) (33 ; 37,7) (31,9 ; 46) (35,8 ; 49,5)
64,9 56,4 36,7 43,3
(64,4 ; 65,4) (53,4 ; 59,3) (29,8 ; 43,5) (36,4 ; 50,2)
17,2 15,9 7,2 14
(17 ; 17,5) (14,3 ; 17,5) (4,1 ; 10,2) (10,1 ; 17,9)
TM da traqueia,
brônquios 36,2 32,5 34,4 38,6
e pulmão (35,8 ; 36,5) (30,2 ; 34,7) (27,7 ; 41) (32,1 ; 45,2)
57,1 50,8 32,1 39,4
(56,6 ; 57,5) (48 ; 53,6) (25,7 ; 38,5) (32,8 ; 46)
16,5 15,4 6,7 13,9
(16,3 ; 16,7) (13,8 ; 16,9) (3,8 ; 9,7) (10 ; 17,8)
Tabela 32 -Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2012, por sexo e grupos etários
quinquenais para Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de
confiança das taxas a 95%)
TM do aparelho
respiratório
HM
H
M
HM
H
TM do estômago
HM
H
M
M
TM do cólon
HM
H
M
HM
H
M
TM do aparelho digestivo
HM
H
M
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Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
Tabela 32 -Taxas padronizadas de mortalidade por TM (por 100 000 residentes) em 2012, por sexo e grupos etários
quinquenais para Portugal, para a área da Grande Lisboa, e para Zonas Exposta e de Controlo (intervalos de
confiança das taxas a 95%)
HMTM dos ossos, pele 23,5 21,5 19,4 28,3
e mama (23,2 ; 23,8) (19,7 ; 23,3) (14,4 ; 24,4) (22,7 ; 33,9)
9,2 8,2 5,2 5,9
(9 ; 9,4) (7 ; 9,3) (2,6 ; 7,8) (3,4 ; 8,5)
36,4 28,9 17,7 28,3
(36 ; 36,8) (26,8 ; 31) (13 ; 22,5) (22,7 ; 33,9)
17,2 18,5 22,2 37,6
(16,9 ; 17,4) (16,8 ; 20,2) (16,9 ; 27,6) (31,2 ; 44,1)
TM do aparelho 42,2 35,1 45,3 49,1
genito-urinário (41,8 ; 42,6) (32,7 ; 37,4) (37,7 ; 53) (41,7 ; 56,4)
55,3 46,5 31,2 56,4
(54,8 ; 55,7) (43,8 ; 49,2) (24,9 ; 37,5) (48,5 ; 64,3)
29,9 25,5 21,1 27,1
(29,6 ; 30,2) (23,5 ; 27,5) (15,9 ; 26,3) (21,7 ; 32,6)
38,2 31 35,8 42,7
(37,8 ; 38,6) (28,8 ; 33,2) (29 ; 42,6) (35,9 ; 49,6)
TM de outras 5,6 4,7 4,8 4,4
Localizações (5,5 ; 5,8) (3,8 ; 5,5) (2,3 ; 7,3) (2,2 ; 6,7)
5,3 4,2 5,6 4,4
(5,1 ; 5,4) (3,4 ; 5) (2,9 ; 8,3) (2,2 ; 6,6)
5,7 4,5 4,5 4,8
(5,6 ; 5,9) (3,7 ; 5,4) (2,1 ; 6,9) (2,5 ; 7,1)
TM dos tecidos linfático 21,6 19,6 23,8 23,4
e hematopoiético (21,3 ; 21,9) (17,8 ; 21,4) (18,3 ; 29,3) (18,3 ; 28,5)
23,6 20,7 15,5 23
(23,3 ; 23,9) (18,9 ; 22,6) (11 ; 20) (17,9 ; 28)
19,5 17,3 12,5 17,1
(19,2 ; 19,8) (15,7 ; 18,9) (8,4 ; 16,5) (12,8 ; 21,5)
HM
H
M
TM da próstata H
TM da mama feminina
H
M
HM
H
M
HM
HM
H
M
M
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de 1991 De 2000 Variação de 1991 De 2000 Variação
a 1999 a 2010 (%) a 1999 a 2010 (%)
Todos os tumores 161,2 253,2
malignos (TM) (146,9 ; 175,5) (235,4 ; 271,1)
186,7 303,7
(171,3 ; 202) (284,2 ; 323,2)
135,4 185,6
(122,2 ; 148,5) (170,3 ; 201)
62,1 100,5
(53,2 ; 71,1) (89,2 ; 111,8)
72,3 104,7
(62,7 ; 82) (93,2 ; 116,3)
51,7 63,6
(43,5 ; 59,8) (54,5 ; 72,6)
19,4 18,8 22,7 25
(14,4 ; 24,4) (13,9 ; 23,8) (17,7 ; 27,8) (19,7 ; 30,3)
20,8 22,3 27,9 24,6
(15,6 ; 26) (17 ; 27,7) (22,4 ; 33,5) (19,4 ; 29,8)
17,9 12,1 18 16,7
(13,1 ; 22,7) (8,1 ; 16) (13,5 ; 22,5) (12,4 ; 21)
16,9 29,7 19,6 28,6
(12,2 ; 21,5) (23,5 ; 35,9) (14,9 ; 24,2) (23 ; 34,2)
19 21,6 21,1 28,3
(14 ; 23,9) (16,3 ; 26,8) (16,3 ; 26) (22,7 ; 33,9)
14,7 15,6 18,2 19,5
(10,4 ; 19,1) (11,2 ; 20,1) (13,7 ; 22,7) (14,9 ; 24,2)
25,8 34,5 28,8 39,3
(20 ; 31,5) (27,8 ; 41,2) (23,2 ; 34,5) (32,7 ; 45,9)
43,1 42 49,4 45,9
(35,7 ; 50,6) (34,7 ; 49,4) (42,1 ; 56,8) (38,7 ; 53)
8,3 7,4 9,7 11,7
(5 ; 11,5) (4,3 ; 10,5) (6,4 ; 13) (8,1 ; 15,3)
TM da traqueia,
brônquios 22,4 29,7 24,3 35,2
e pulmão (17 ; 27,8) (23,5 ; 35,9) (19,1 ; 29,4) (28,9 ; 41,4)
37,3 35,9 41 41,2
(30,4 ; 44,3) (29,1 ; 42,7) (34,3 ; 47,7) (34,4 ; 47,9)
7,3 6,6 8,7 11,4
(4,2 ; 10,4) (3,7 ; 9,5) (5,6 ; 11,8) (7,9 ; 15)
Tabela 33 - Taxas padronizadas médias da mortalidade por tumores malignos (por 100.000 residentes), entre os períodos
1991-2001 e 2002-2012, para a zona exposta e para a zona de controlo, e variação percentual entre o período de referência
e o período de vigilância (intervalos de confiança das taxas a 95%)
Total 32,6 45
Homens -3,9 0,5
Mulheres -10,1 31,9
TM do aparelho
respiratório Total 33,9 36,4
Homens -2,6 -7,2
Mulheres -10,7 20,6
TM do cólonTotal 76,1 46,2
Homens 13,7 33,9
Mulheres 6,2 7,2
TM do estômagoTotal -3,1 10
Homens 7,3 -11,9
Mulheres -32,6 -7,3
Mulheres 37,1161,4 (148,1 ;
174,7)
202,8 (187,9 ;
217,6)25,6
TM do aparelho
digestivo Total 61,8 76,9 (67,7 ; 86,1) 99,5 (89 ; 109,9) 29,4
Homens 44,8 93,4 (83,3 ; 103,6) 122,5 (110,9 ; 134) 31,1
Mulheres 23 61,7 (53,5 ; 70) 74,7 (65,6 ; 83,8) 21
Causa de morte
Zona Exposta Zona de Controlo
Total 57,1196,2 (181,6 ;
210,8)
261,9 (245,1 ;
278,8)33,5
Homens 62,7234,8 (218,8 ;
250,7)
325,6 (306,9 ;
344,3)38,7
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de 1991 De 2000 Variação de 1991 De 2000 Variação
a 1999 a 2010 (%) a 1999 a 2010 (%)
Tabela 33 - Taxas padronizadas médias da mortalidade por tumores malignos (por 100.000 residentes), entre os períodos
1991-2001 e 2002-2012, para a zona exposta e para a zona de controlo, e variação percentual entre o período de referência
e o período de vigilância (intervalos de confiança das taxas a 95%)
Causa de morte
Zona Exposta Zona de Controlo
Total 57,1196,2 (181,6 ;
210,8)
261,9 (245,1 ;
278,8)33,5
TM dos ossos,
pele 17,1 18,6 20,6 25,4
e mama (12,4 ; 21,8) (13,7 ; 23,5) (15,8 ; 25,4) (20,1 ; 30,7)
3,6 3,3 4,6 4,7
(1,4 ; 5,7) (1,2 ; 5,3) (2,4 ; 6,9) (2,4 ; 7)
30,2 26,7 35,3 28,1
(24 ; 36,5) (20,8 ; 32,6) (29,1 ; 41,6) (22,5 ; 33,6)
26,7 27,1 31,2 36,6
(20,9 ; 32,6) (21,2 ; 33) (25,3 ; 37,1) (30,2 ; 43)
TM do aparelho 27,5 41,1 34 44,2
genito-urinário (21,6 ; 33,5) (33,9 ; 48,4) (27,9 ; 40,2) (37,2 ; 51,2)
33,2 35,6 44,1 54
(26,6 ; 39,7) (28,9 ; 42,4) (37,1 ; 51,1) (46,3 ; 61,7)
22,3 23 25,6 25,6
(17 ; 27,7) (17,5 ; 28,4) (20,3 ; 31) (20,2 ; 30,9)
21,2 36,3 29,5 40,2
(16 ; 26,4) (29,4 ; 43,1) (23,8 ; 35,2) (33,5 ; 46,8)
TM de outras 12,8 1,7 14,5 1,2
Localizações (8,7 ; 16,8) (0,2 ; 3,2) (10,5 ; 18,5) (0,1 ; 2,4)
15,3 2,8 16,1 1
(10,8 ; 19,7) (0,9 ; 4,7) (11,9 ; 20,3) (-0,1 ; 2)
10,3 1,2 12,9 1,9
(6,7 ; 13,9) (0 ; 2,4) (9,1 ; 16,7) (0,4 ; 3,3)
TM dos tecidos
linfático 12 18,9 15,9 20,9
e hematopoiético (8,1 ; 15,9) (14 ; 23,9) (11,7 ; 20,1) (16,1 ; 25,7)
12 16,8 17 19,4
(8 ; 15,9) (12,1 ; 21,4) (12,7 ; 21,4) (14,8 ; 24,1)
11,9 12,1 14,9 15,5
(8 ; 15,9) (8,1 ; 16) (10,8 ; 19) (11,4 ; 19,6)
Total 57,5 31,6
Homens 40,2 14,1
Homens -81,6 -93,9
Mulheres -88,3 -85,4
TM da mama
feminina Mulheres 1,4 17,3
Total 49,4 30
Homens 7,4 22,4
Total
Mulheres 1,1 4
Mulheres 2,9 -0,3
TM da próstataHomens 71 36
Total -86,7 -91,4
9,2 23,5
Homens -9,3 1,8
Mulheres -11,7 -20,6
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n % n % n % n %
Afecções Congénitas (ICD: 7400-7599) 3520 26,9 612 24,3 26 18,6 78 19,8
Afecções Perinatais (ICD: 7600-7799) 5794 44,3 1177 46,8 62 44,3 172 43,7
D. do Aparelho Respiratório (ICD: 4600-5199) 453 3,5 92 3,7 18 12,9 51 12,9
D. do Sistema Nervoso (ICD: 3200-3899) 440 3,4 104 4,1 5 3,6 21 5,3
Sinais e Sintomas Mal Definidos (ICD: 7800-7999) 1150 8,8 208 8,3 14 10 36 9,1
Total de óbitos em crianças com menos de 1 ano pelas causas
consideradas (entre 1991 e 2012)11357 86,9 2193 87,1 125 89,3 357 90,6
Total de óbitos em crianças com menos de 1 ano
2002- 1991- 2002- 1991- 2002- 1991- 2002-
2012 2001 2012 2001 2012 2001 2012
Total de óbitos de crianças com menos de 8 dias de vida de 1991
a 20124222 2311 722 515 40 35 130 81
Total de fetos mortos com mais de 28 semanas de gestação 6050 3699 1191 763 73 47 200 145
Total de óbitos perinatais 10272 6010 1913 1278 113 82 330 226
Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
1991-2001
394140251713067
Tabela 35 - Número de óbitos perinatais em Portugal Continental, na zona da Grande Lisboa, na Zona Exposta e na Zona de Controlo (1991-2001 e 2000-2012)
Tabela 34 - Proporção dos óbitos por afecções congénitas e por outras causas seleccionadas entre os óbitos em crianças com menos de 1 ano (1991-2012)
Portugal Grande Lisboa Zona Exposta Zona de Controlo
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