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FAEC- FUNDAO ATITUDE DE EDUCAO CONTINUADA

Iara Tamaki Silva

Leso por Esforo Repetitivo e Distrbio Osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT: Apontamentos Gerais e Proposta de Ginstica Laboral como mtodo de preveno.

FERNANDPOLIS2013IARA TAMAKI

Leso por Esforo Repetitivo e Distrbio Osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT: Apontamentos Gerais e Proposta de Ginstica Laboral como mtodo de preveno.

Monografia apresentada como requisito parcial para obteno do ttulo de especialista em: Enfermagem do Trabalho.

Orientador (a): Rogrio Ramos

FERNANDPOLIS2013Autorizo a reproduo e divulgao total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrnico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada fonte.

Catalogao na publicaoServio de Documentao Universitria

SILVA, IARA TAMAKI.

FOLHA DE APROVAO

IARA TAMAKI SILVA

Leso por Esforo Repetitivo e Distrbio Osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT: Apontamentos Gerais e Proposta de Ginstica Laboral como mtodo de preveno.

Monografia apresentada como requisito parcial para obteno do ttulo de especialista em Enfermagem do Trabalho.

Aprovada em: ___/___/2013

Examinadores:

___________________________________________Prof.Coordenador

___________________________________________Prof.Orientador

___________________________________________Prof.Co-Orientador

DEDICATRIA

AGRADECIMENTOS

EPGRAFE

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo tratar das leses por esforo repetitivo e dos Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho LER/DORT, de modo a apresentar as condies em que podem surgir dificuldades na realizao do trabalho devido ao surgimento de dores relacionadas com a posio fsica do trabalhador. Demonstramos as caractersticas, bem como os tipos de leso que podem surgir do ambiente de trabalho e propomos como mtodo preventivo a realizao da ginstica laboral no ambiente de trabalho. Utilizamos a ETEC de Ilha Solteira como objeto deste estudo, e contamos com a participao de 06 funcionrios para a realizao da ginstica como mtodo de preveno das LER/DORT.

Palavras-Chave: LER/DORT. Ergonomia. Ginstica laboral. Sade do trabalhador.

ABSTRACT

The present study aimed to address the repetitive stress injuries and Work-Related Musculoskeletal Disorders - RSI / WMSD in order to provide the conditions in which difficulties may arise in the performance of work due to the onset of pain related to the physical position of the worker. We demonstrate the features and types of injury that may arise from the work environment and propose as a preventive method of performing gymnastics on the desktop. We use the ETEC Single Island as the object of this study, and we count on the participation of 06 officials to carry out the exercise as a method of prevention of RSI / WMSD.

Keywords: RSI/WMSD. Ergonomics. Gymnastics. Health worker.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Orientao para a realizao da Ginstica Laboral.........................................30Figura 2 Exerccio de alongamento para os braos........................................................31Figura 3 Exerccio de Alongamento para a coluna...........................................................31Figura 4 Exerccio de alongamento para coluna e pescoo............................................32Figura 5 Exercico de alongamento para o corpo todo....................................................32Figura 6 Exerccio de alongamento para ombros.............................................................33

Figura 7 Exerccio para alongamento da musculatura dos ombros e musculatura lateral..............................................................................................................33Figura 8 Exerccio para alongamento e relaxamento do punho......................................34Figura 9 Exerccio de alongamento para o punho e antebrao.......................................34Figura 10 Exerccio para alongamento do brao...............................................................35

LISTA DE QUADROS

Quadro 1...........................................................................................................19

Quadro 2.....................................................................................................21

SUMRIO1 Introduo112 Caractersticas dasLER/DORT132.1 Apontamentos etiolgicos e fisiopatolgicos.152.1 Principais Sintomas172.2 Tipos de Leses Classificadas como LER183 Principais causas das LER/DORT193.1 Fatores de Risco213.2 Estgios da Evoluo das Leses214 Mtodos Preventivos224.1 ERGONOMIA234.2 GINSTICA LABORAL244.1 Aplicao da ginstica laboral como alternativa de preveno das LER/DORT.255. Materiais e Mtodos.275.1 Sujeitos275.2 Procedimentos276 Anlise dos dados347 Resultados348 Consideraes Finais35

1 Introduo

As LER/DORTconhecidas respectivamente como Leso por Esforo Repetitivo e Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho so utilizadas largamente para se referir s doenas adquiridas comumente por pessoas que realizam trabalhos por perodos prolongados em uma mesma posio. So termos usados de maneira generalizada abrangendo distrbios ou doenas do sistema msculo-esqueltico-ligamentar, ligadas na maioria das vezes ao trabalho, mas podendo ser adquiridas tambm em outras situaes.No Brasil, a sndrome de origem ocupacional, composta de afeces que atingem os membros superiores, regio escapular e pescoo, foi reconhecida pelo Ministrio da Previdncia Social como Leses por Esforos Repetitivos (LER), por meio da Norma Tcnica de Avaliao de Incapacidade de 1991. Em 1997 com a reviso dessa Norma, foi introduzida a expresso Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT. A instruo normativa do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS usa a expresso LER/DORT para estabelecer o conceito da sndrome e declara que elas no so fruto exclusivo de movimentos repetitivos, mas podem ocorrer pela permanncia de segmentos do corpo em determinadas posies por tempo prolongado. (SAMPAIO, 2008).Deste modo, compreende-se que as LER/DORT so adquiridas mesmo em situaes em que no h movimentos repetitivos, no entanto, sabe-se que a maior incidncia em trabalhadores que realizam atividades que ou impossibilitam os movimentos fsicos espontneos, ou que exigem movimentos especficos durante um longo perodo, como por exemplo, pessoas que trabalham com o computador o dia todo e tm de ficar sentadas na mesma posio, forando deste modo o exerccio de alguns msculos mais que de outros.As LER/DORT so tambm conhecidas como uma sndrome clnica cujas caractersticas se apresentam por dores crnicas que podem ser acompanhadas por inflamao e que se manifesta devido repetio do mesmo movimento em uma frequncia elevada ou fora do eixo normal (NOVAES, 2009).A utilizao das siglas LER/DORT se deve basicamente para se referir s doenas causadas por esforos repetitivos, no entanto, usa-se o termo LER para se referir a essa doena advinda apenas dos movimentos repetitivos, e apenas nos casos de surgimento da LER em decorrncia do trabalho, que faz a referncia de DORT. Assim sendo, podemos concluir que uma mesma alterao msculo-tendnea desencadeada por micro traumatismo de repetio ou posio viciosa poder ou no ser uma LER equiparada a uma DORT.O diagnstico de DORT s dever ser firmado quando houver comprovao que o trabalho executado e regido pela CLT, for o causador da leso. (NOVAES, 2009).Visando estes prejuzos sade causados pelo mtodo de trabalho e exposio extensa numa mesma atividade, buscamos na literatura, alm dos aspectos inerentes s leses, mtodos que possam auxiliar na sua preveno como a ergonomia e a ginstica laboral, e deste modo, nossa inteno foi aplicar os exerccios de ginstica laboral direcionados especificamente para trabalhadores que utilizam o computador durante a jornada de trabalho buscando orient-los sobre os meios oferecidos pela ginstica que auxiliem na preveno da aquisio de leses decorrentes do trabalho.Deste modo buscaremos com este estudo analisar as caractersticas das LER/DORT, apresentar suas especificidades e considerar principalmente sua incidncia em decorrncia do trabalho, apresentando as principais causas da doena e considerar meios para preveno, bem como dos tratamentos existentes. Analisaremos tambm os sintomas de modo a identificar a presena da leso em decorrncia do trabalho e abordaremos a importncia da ginstica laboral como forma de conteno da doena no ambiente de trabalho. Neste estudo, convidamos quatro funcionrios da ETEC de Ilha Solteira que trabalham no setor administrativo e utilizam o computador toda a jornada a implantar na sua rotina diria a prtica da ginstica laboral em prol da boa sade e da preveno das LER/DORT.

2 Caractersticas das LER/DORT

As LER/DORT so siglas criadas para se referir a um conjunto de doenas que atingem principalmente msculos tendes e membros superiores como dedos, mos, punho, cotovelo e ombro e so resultado da sobrecarga das estruturas anatmicas com a falta de tempo para recuperao e tem seu surgimento relacionado a condies de trabalhos inadequados.

LER designa os distrbios musculoesquelticos ocupacionais de origem multifatorial complexa. Ocupam o primeiro lugar nas estatsticas de doenas profissionais nos pases industrializados. LER resulta de um desequilbrio entre as exigncias das tarefas realizadas no trabalho e as capacidades funcionais individuais para responder a essas exigncias. Os desequilbrios so modulados pelas caractersticas da organizao do trabalho, a qual constitui alvo das medidas de transformao das condies geradoras do adoecimento. (ASSUNO, 2009, p. 20).

As leses passveis de serem adquiridas com movimentos repetitivos so conhecidas como tendinites, tenossinovites, epicondilite, bursite, miosite, sndrome do tnel do carpo, sndrome cervicobranquial e lombalgia, e nem todas esto relacionadas a atividades do trabalho, pois podem ocorrer em outras atividades, mesmo de lazer, desde que estas tenham como caractersticas movimentos que se repetem constantemente. possvel adquirir a leso (LER) mesmo que seja em outros tipos de atividades que no relacionadas ao trabalho, como prtica de atividades fsicas constantes, servios domsticos, vdeo games, ou mesmo podem advir de doenas sistmicas como os distrbios hormonais comuns na poca de menopausa, hipotireoidismo, doenas infecciosas, doenas imunolgicas ou sndromes depressivas que podem desencadear quadro inflamatrio de tendinite, tenossivite, capsulite, entre outras da mesma natureza, bem como quadros compressivos. (NOVAES, 2009).A incidncia de LER tornou-se maior na dcada de 1980 quando houve uma mudana na poltica de produo das empresas, visando enfoque em maiores produes e deste modo, maior demanda de trabalho. Sendo assim, as intensas jornadas de trabalho, com condies nem sempre apropriadas, ergonomia inadequadas e o estresse, contriburam muito para a disseminao da doena, que at ento no tinha embasamento cientfico e a partir desta ocasio foram iniciados estudos sobre as leses adquiridas em prol de busca por tratamentos e mtodos preventivos de modo a poupar a sade do trabalhador.Tambm foi necessria a busca pela identificao das leses correspondentes, pois at ento no haviam estudos relacionados. O desconhecimento deste perodo sobre a doena atribuiu, equivocadamente, causa de todas as doenas s repeties de movimentos no contexto do trabalho. Equvoco este que foi facilitado pelo fato de a maioria dos trabalhadores em litgio trabalhista serem provenientes da indstria, que produz em srie. Como no havia uma descrio tcnica relacionada doena os prprios trabalhadores afetados permaneciam sem tratamentos especficos e deste modo, corroborava a falsa ideia de incapacidade permanente para esse grupo de doenas, as quais dispem de tratamentos. Afastados do trabalho e do tratamento, os indivduos afetados criavam precedentes jurdicos para o embasamento de uma avalanche de aes trabalhistas, maior disseminao do uso da arbitrria sigla LER/DORT e aprofundamento do desconhecimento sobre suas causas e teraputicas. (SBR - SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011).Deste modo compreende-se que com o advento dos meios de produo em massa, mais trabalhadores sofreram com a doena, pois nestes casos o indivduo exercia uma funo especfica no trabalho, que muitas vezes o forava a realizar um movimento repetitivo, caracterstica das linhas de produo surgidas nesta ocasio. Devido a isso, muitos deles desenvolveram leses localizadas, muitas vezes advindas dos movimentos repetitivos, mas outras vezes tambm surgidas por outros motivos, como o estresse devido a grande presso imposta pela necessidade de se atingir nveis pr-estabelecidos de produo, ou mesmo por outros fatores, que podem ser no relacionveis com a questo do desenvolvimento da LER/DORT, pois at ento a doena no era um diagnstico etiolgico, mas sim uma denominao genrica, fato que desencadeou tantas incompreenses

2.1 Apontamentos etiolgicos e fisiopatolgicos.

As LER/DORT correspondem a um grande nmero de afeces com sinais clnicos variveis e so resultado de muitos outros fatores como a influncia do ambiente fsico, o contexto socioeconmico e cultural, a organizao do trabalho e fatores orgnicos e/ou psicolgicos, sua etiologia se torna complexa e tambm sua causalidade com o ambiente de trabalho.

O chamado modelo biopsicossocial passou a ser mais aceito na comunidade cientfica envolvida com esses problemas musculoesquelticos e de dor crnica mal esclarecida. Os fatores mecnicos (repetio, fora, postura) continuavam presentes, mas tiveram sua importncia reduzida frente aoutrosfatores to ou mais importantes (insatisfao no trabalho, depresso, ansiedade ou problemas pessoais, por exemplo). O modelo biopsicossocial explicava melhor as caractersticas comuns desse grupo de pacientes, inclusive sua caracterstica litigante frequente. Passou a demonstrar que LER/DORT se referia a vrias doenas diferentes, sem relao com o trabalho, enfatizando-se que deviam ser devidamente identificadas, individualizadas e tratadas. (SBR SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011).

Uma afirmao possvel de ser feita sobre a etiologia da doena que as LER/DORT no se referem a traumas sbitos, ou seja, s podem ser consideradas LER/DORT aquelas leses que foram desenvolvidas em longo prazo e mesmo assim, as LER s sero identificadas como DORT quando a origem da leso advir do trabalho exercido, considerando a atividade e o ambiente como agentes causadores da situao geradora da LER.Conforme Ribeiro, 2009 os quadros de LER/DORT tm em comum o fato de no resultarem de leses sbitas (como acidentes de trabalho) e estarem associados a traumatismos de fraca intensidade e repetidos ou mantidos por longos perodos sobre as estruturas musculoesquelticas ativadas, que podem contrair-se repetidamente, sem tempo para recuperao, enquanto outras trabalham constantemente para manter determinada posio atravs de contraes isomtricas.As aes de contrao muscular quando se do por tempo prolongado e ainda no oferecem tempo de repouso suficiente, vo paulatinamente lesionando o msculo at o ponto de inflamar e a dor se tornar constante, estgio este que o trabalhador prejudicado tanto no trabalho, como em outros perodos, considerando que no para com a interrupo da atividade.Durante as contraes musculares aumenta a presso intramuscular, levando compresso dos vasos sanguneos intramusculares e com isso a nutrio do msculo diminuda. Quando h compresso do msculo mas em seguida h descanso a irrigao sangunea volta ao normal, no entanto quando so repetidas ou mantidas a longo prazo, ocorrem modificaes bioqumicas. A diminuio da irrigao sangunea leva ao dficit de oxignio (isquemia) e nutrientes. Deste modo, o msculo funciona em condies anaerbicas e ocorre a fadiga alm da concentrao de metablitos txicos como o lactato. A contrao repetida tambm leva a atrito dos tendes e micro dilaceraes na insero msculo-tendo. A ocorrncia constante disso leva a quadros inflamatrios ou degenerao dos musculoesquelticos, ocasionando dor, fadiga muscular e edema. Alm disso, a compresso dos nervos da regio ocasionada pela contrao repetida diminui a conduo nervosa e causa parestesias (formigamento e/ou diminuio da sensibilidade). (RIBEIRO, 2009).

2.1 Principais Sintomas

As leses quando surgem apresentam vrios sintomas que se manifestam em um conjunto de aspectos. No incio comum a sensao de desconforto como peso e cansao no membro afetado. Surgem dores localizadas, formigamento, fisgadas, choques, inchaos (edemas), rubor, calor localizado, rangido, dormncia e perca de fora muscular.Nas fases iniciais a dor costuma ser aliviada com repouso. Se a atividade repetitiva persistir, esses sintomas so sentidos aps o final da jornada de trabalho, perturbam o sono e impedem atividades simples como carregar objetos, ou mesmo pentear o cabelo. Ao quadro doloroso quando persistente, pode ser associado angstia, depresso e at medo. Nestes estgios imprescindvel que o indivduo procure atendimento mdico. importante ressaltar que nos perodos em que a dor cessa quando o membro est em repouso j necessrio estar atento a procura de assistncia mdica, pois no estgio que a dor no cessa com a interrupo do trabalho, uma condio que pode se tornar irreversvel e necessitar de intervenes cirrgicas. de grande importncia comear o tratamento assim que sentir os primeiros sintomas de LER, pois assim aumenta-se a chance de recuperao e reduz o risco de problemas de longo prazo.Ainda existe o agravante de o estresse psicolgico influenciar diretamente na percepo da dor ou de muitos outros sintomas. Ansiedade, a depresso e outros distrbios psicolgicos podem tambm gerar ou agravar a tenso muscular (a qual causa contrao e dor no msculo). Em muitos casos, a insatisfao com o trabalho, ou outro componente emocional, tem sido a principal responsvel pela perpetuao da sintomatologia. A motivao pelo trabalho e as convices do indivduo so essenciais para um bom resultado teraputico. (SBR SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011).

2.2 Tipos de Leses Classificadas como LER

Devido aos muitos equvocos a que os sintomas e a prpria doena j foram submetidos, foi necessrio traar caractersticas especficas dos aspectos relacionados a LER para assim facilitar sua identificao. De qualquer modo, ainda necessrio analisar cada caso, pois muitas das leses podem advir de outras origens, da a necessidade de aos primeiros sintomas de suspeita de LER procurar orientao mdica.No quadro abaixo, as leses mais comuns que podem ser identificadas como LER/DORT:

Quadro 1 Leses identificadas como Ler/DortTENDINITEInflamao e dor que atinge os tendes.

TENOSSINOVITEInflamaes e dor nas estruturas que revestem os tendes.

EPICONDILITEInflamao e dor das estruturas do cotovelo.

BURSITEInflamao das bursas (pequenas bolsas que situam entre ossos e tendes do ombro).

MIOSITEInflamao dos msculos.

SNDROME DO TNEL DO CARPOCompresso do nervo mediano no nvel do punho que causa dor e formigamento da mo.

SNDROME CERVICOBRANQUIALCompreenso dos nervos da coluna cervical.

LOMBAGIADor na coluna lombar.

As LER se do devido a distrbios musculoesquelticos e dizem respeito a uma gama de doenas inflamatrias e degenerativas do aparelho locomotor. Entre elas podemos citar as inflamaes dos tendes dos antebraos, punhos, ombros, em trabalhadores que realizam trabalho repetitivo e ou/adotam postura esttica por exigncia da tarefa, as mialgias, dores e perturbaes funcionais dos msculos na regio do ombro e pescoo, principalmente, em trabalhadores que adotam, por exigncia da tarefa, posturas estticas prolongadas nessa regio; compresso dos nervos na regio do punho; degeneraes na coluna cervical.3 Principais causas das LER/DORT

As principais causas da LER esto intimamente relacionadas ao trabalho e s atividades inerentes a ele. Observando que as LER so multicausais, entendemos que muitos fatores esto envolvidos na sua origem e geralmente interagem no local de trabalho. Os principais fatores que podem ser apontados como geradores de risco para o desenvolvimento das leses so os de origem fsica ou biomecnica; fatores organizacionais e fatores psicossociais.(SBR SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011).Como fatores fsicos ou biomecnicos compreendem-se aqueles que geram movimentos repetitivos excessivos, fora muscular exagerada, postura esttica prolongada ou quando exige fora superior ao fsico do trabalhador. Os fatores organizacionaisse referem natureza da obrigatoriedade de se manter o ritmo acelerado para atingir metas de produtividade nas empresas, forando deste modo o trabalhador a jornadas extensas e exaustivas. Como fatores psicossociais, temos a ansiedade, depresso, estresse ocupacional devido presso excessiva, busca exacerbada por perfeccionismo, ritmo de trabalho elevado, ambiente desconfortvel, entre outros desta natureza.A juno destes fatores, ou mesmo uma predisposio gentica, podem levar o trabalhador a desenvolver a LER/DORT.

Quadro 2 - Demonstrativo dos fatores geradores de risco para desenvolvimento da LER/DORT.

Fatores BiomecnicosFatores AdministrativosFatores Psicossociais

Repetitividade dos movimentos Ineficcia da direo da empresa em eliminar riscos potenciaisPresso no trabalho

Movimentos manuais com uso da foraMtodo de trabalho imprprio e uso de ferramentas e equipamentos imprpriosBaixa autonomia

Posturas inadequadasExistncia ou no de atmosfera de aceitao de manifestao dos trabalhadores envolvidos com a atividadePouco controle do trabalho

Preenso mecnica localizadaEncorajamento do relato de riscos potenciaisFalta de ajuda ou apoio de colegas de trabalho

Uso de ferramentas manuaisConscientizao dos profissionais das reas, de seu papel na deteco de doenasPouca variabilidade no contedo da atividade

Aplicao dos conhecimentos de ergonomia no desenvolvimento dos postos de trabalho

Empenho, estmulo e apoio para a cooperao, na soluo dos problemas da LER ou DORT.

Fonte:www.educadores.diadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/artigos/ler_dort.pdf

3.1 Fatores de Risco

Existem muitas dificuldades para o profissional da sade na abordagem do caso principalmente ao se deparar com a hiptese dos fatores individuais no seu desenvolvimento. No entanto, no se pode atribuir os sintomas musculoesquelticos em trabalhadores expostos s situaes enumeradas anteriormente aos fatores extraprofissionais ou individuais.Quadros clnicos de natureza distinta contribuem para a complexidade do manejo do caso, pois a LER no um quadro unvoco, exigindo habilidades especficas do profissional e capacidade apurada de escuta e experincia na investigao de ambientes de trabalho.Na abordagem dos casos que no apresentam sinais clnicos objetivos, exigir a anlise ergonmica do trabalho que ao esclarecer a exposio aos fatores de risco conhecidos, poder trazer elementos importantes para facilitar o raciocnio clnico. necessrio considerar que, se por um lado a abordagem do caso no to simples, por outro, o acervo cientfico atual traz vrios elementos que contribuem na elucidao dos problemas apresentados.

3.2 Estgios da Evoluo das Leses

Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia SBR (2011), as leses podem ser classificadas em estgios que definem sua evoluo.O primeiro estgio se refere aos primeiros sintomas relacionados a LER, os quais so denominados por sensao de peso e desconforto no membro afetado, dor espontnea localizada com pontadas aleatrias ocorridas normalmente nos horrios das atividades do trabalho, mas sem interferncias na produtividade e desempenho do trabalhador. uma dor leve que aliviada com repouso e no apresenta sinais visveis e durante exame clnico pode se manifestar atravs da compresso do local, pois neste caso manifesta-se a dor.O segundo estgio se caracteriza pela dor intensa e persistente. Aparece durante a jornada de trabalho, mas tolerante, permitindo o desempenho das atividades, no entanto, j afeta o rendimento. Torna-se mais localizada, causando sensao de formigamento e calor na rea afetada, alm de leves distrbios de sensibilidade. Os sinais clnicos, apesar de ainda ausentes, apresentam pequena nodulao e dor ao apalpar o msculo envolvido.No terceiro estgio a dor se torna mais persistente e com irradiao definida. O repouso em geral pode diminuir a intensidade da dor, sem que necessariamente a faa desaparecer por completo. sentida mesmo fora da jornada de trabalho, sendo mais intensa noite. A fora muscular enfraquecida e produtividade acaba por ser afetada, e muitas vezes ocorre a impossibilidade de exerccio da funo em decorrncia da dor.O quarto e ltimo estgio, considerado de alta gravidade, caracteriza-se pela dor forte e contnua, muitas vezes insuportvel levando o indivduo a sofrimento intenso. A dor acentua-se com os movimentos estendendo-se a todo o membro afetado, mesmo se este estiver imobilizado. A perda de controle e fora constante e alm de inchao, podem surgir outras deformidades visveis. Neste estgio a pessoa se trona incapacitada para o trabalho produtivo e as atividades do cotidiano so prejudicadas. tambm neste estgio que se do as alteraes psicolgicas com quadros de depresso, ansiedade e angstia que acabam por intensificar os efeitos da dor e da leso.4 Mtodos Preventivos

Para evitar qualquer manifestao das LER/DORT, a primeira recomendao consiste em criar um bom ambiente de trabalho, respeitando-se os limites de cada indivduo.A preveno deve ser iniciada com aprendizagem de tcnicas, condicionamento e ensino de posturas apropriadas. A durao das jornadas de trabalho deve ser respeitada, assim como a existncia de intervalos peridicos durante a execuo das tarefas. Nestes intervalos possvel inserir atividades colaboradoras sade dos trabalhadores, como a Ginstica Laboral. Esta ginstica, realizada no perodo do trabalho e no mesmo ambiente, pode ser muito importante para evitar que o trabalhador seja lesado de alguma maneira, pois ela auxilia na preparao dos msculos, bem como no alongamento de todo o corpo, fazendo com que o trabalhador no fique exposto a esforo excessivo, possibilitando ao msculo o tempo necessrio para se recuperar em meio s atividades. necessrio tambm que todos os instrumentos, ferramentas, acessrios mobilirios e postos de trabalho sejam adequados s caractersticas prprias do operrio, bem como as exigncias do servio a ser executado. Tambm importante ressaltar que o estilo de vida, com boa qualidade de sono, condicionamento fsico e manuteno da sade em geral, proporcionar a qualquer trabalhador condies de executar suas tarefas laborativas com riscos mnimos de desenvolver algum distrbio osteomuscular.A meta da boa preveno deve utilizar estratgias que melhorem a salubridade nos postos de trabalho, programas de formao e medidas de amparo aos trabalhadores acometidos. A preveno primria de LER/DORT deve reduzir os fatores de risco laborais ao se melhorar as condies de trabalho. (MINISTRIO DA SADE, 2001).Para se compreender o universo humano e o trabalho, e assim, se dimensionais a quantidade e complexidade dos fatores de risco para as LER/DORT recomendado utilizar anlises do trabalho para que assim possa-se identificar os reais problemas de cada um, e deste modo, aplicar a melhor soluo em busca da sade do trabalhador.Para tanto, possvel utilizar-se da ergonomia e da ginstica laboral que so dois meios que podem ser eficientes na busca da preveno das LER/DORT e na busca da sade do trabalhador no ambiente de trabalho.

4.1 Ergonomia

A ergonomia consiste em analisar as condies de trabalho para diagnosticar possveis situaes de risco sade do trabalhador e deste modo evita-las.A ergonomia, sistemtica e utilizada, permite transformar as situaes de trabalho, adaptando-as s possibilidades e capacidade do trabalhador (SETTIMI, 1998).A metodologia ergonmica baseia-se em dois pontos: observar a atividade do trabalho e entrevistar os trabalhadores. A observao sistemtica busca avaliar a carga exata do trabalhador no ambiente de trabalhador em contrapartida com as exigncias da situao do ambiente de trabalho e a entrevista revela a viso do prprio trabalhador a respeito do seu trabalho.O objetivo da interveno ergonmica transformar a situao do trabalho possibilitando melhor conhecimento sobre a atividade por ele exercida. Deste modo, detecta-se o desequilbrio existente entre o trabalho e o trabalhador e possvel questionar as relaes entre sade e trabalho e observar os aspectos negativos que podem ser prejudiciais ao trabalhador. Visando a melhoria das condies de trabalho, a ergonomia busca a humanizao, a melhoria da produtividade do sistema de trabalho, a reduo dos acidentes de trabalho e aumento do conforto do trabalhador, procurando fornecer meios para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores adaptando o trabalho s caractersticas anatmicas, fisiolgicas e psicolgicas. (SILVA; SALATE, 2007).Deste modo, a ergonomia prope instrumentos de anlise e interveno bem adaptados problemtica das LER/DORT (MINISTRIO DA SADE, 2001).

4.2 Ginstica Laboral

A Ginstica Laboral um mtodo que consiste em inserir no ambiente de trabalho alguns exerccios geralmente de alongamento, para deste modo combater a fadiga muscular e as dores corporais em trabalhadores que ficam muito tempo na mesma posio devido s exigncias do trabalho.A Ginstica Laboral contribui com a ergonomia, uma vez que faz parte do processo ergonmico e proporciona reduo das dores, fadiga, monotonia, estresse, acidentes e doenas ocupacionais dos trabalhadores. A ginstica laboral pode ser definida como atividade fsica praticada no local de trabalho de forma voluntria e coletiva pelos funcionrios na hora do expediente, ou seja, um programa de preveno, cujo objetivo a promoo da sade dos trabalhadores. (SILVA; SALATE, 2007)A implantao da ginstica laboral em ambientes de trabalho traz diversas vantagens tanto para os trabalhadores quanto para a empresa pois, aumentam a produtividade diminuindo a incidncia de doenas ocupacionais, reduzem gastos com despesas mdicas e diminuem o nmero de erros e falhas advindos do cansao extremo. Tambm reduzem significativamente o estresse e as dores, melhorando a disposio fsica e psquica motivando para o trabalho e melhorando a sade fsica e mental dos trabalhadores e ainda, contribuem para a busca de hbitos mais saudveis. (SILVA; SALATE, 2007).A sobrecarga e a utilizao excessiva de alguns membros levam os trabalhadores a adquirir vcios posturais, bem como ficarem sujeitos tenso tnica dos msculos e tendes, o que com o passar do tempo resulta em diminuio do vigor estrutural. Situaes como estas geram desconforto, acarretam leses e muitas vezes o afastamento do trabalho. (SILVA; TARANTO; PIASECK, 2006).A Ginstica Laboral pode ser destacada como um mtodo efetivo na preveno da LER/DORT, j que ela garante o alongamento e melhora a articulao. Os exerccios podem ser feitos no mesmo local de trabalho e atuam de forma preventiva e teraputica e no leva o funcionrio ao cansao, pois leve e de curta durao. (LEAL, 2010).Tendo em vista os males sade a que os trabalhadores esto sujeitos, apontamos a ginstica laboral como um meio de preveno, pois se mostra um excelente recurso na promoo de qualidade de vida daqueles que praticam, promovendo melhorias no bem estar fsico e mental do trabalhador, amenizando tenses e o mal estar provocado pelos movimentos repetitivos e o excesso de trabalho do dia a dia.

4.1 Aplicao da ginstica laboral como alternativa de preveno das LER/DORT.

Aps o surgimento da ginstica laboral em 1925 na Polnia ento conhecida como ginstica de pausa (SILVA; TARANTO; PIASECKI, 2006) o mtodo foi inserido em diversas partes do mundo ao se considerar sua eficcia no combate s doenas ocupacionais advindas do ambiente de trabalho e das atividades mecanizadas e repetitivas. O mtodo consiste em exerccios para serem realizados durante a jornada de trabalho, de modo a poupar os msculos dos exerccios constantes, e deste modo proporcionar mais qualidade de vida aos trabalhadores, evitando leses em decorrncia do esforo excessivo.

A ginstica laboral contribui para a diminuio de acidentes de trabalho e das doenas profissionais, desperta o trabalhador a partir da quebra darotina, prepara a musculatura para as aes habituais do trabalho, ativa a circulao sangunea, aumentando a oxigenao do crebro e contribuindo para a retomada da ateno e concentrao no trabalho. (SILVA; TARANTO; PIASECK, 2007).

Os exerccios so classificados em etapas que so aplicadas em diferentes tempos, que so a ginstica preparatria, compensatria e de relaxamento.A fase preparatria (ou de aquecimento) realizada no perodo inicial da jornada de trabalho, visando aquecer os grupos musculares a serem utilizados nas atividades do trabalho de modo a criar no indivduo maior disposio para as prximas horas do expediente. importante lembrar que a ginstica de aquecimento importante para quem trabalha em atividades que exigem maior esforo fsico, deste modo a ginstica de aquecimento ajuda a preparar a musculatura para resistir sem dor ou perigo de leso durante a jornada de trabalho. Na ginstica compensatria o objetivo pratic-la em meio ao expediente, como uma pausa para aliviar as tenses e fortalecer os msculos(LEAL, 2010). Interrompendo a monotonia operacional, visa promover exerccios especficos de compensao para os esforos repetitivos, estruturas sobrecarregadas e posturas solicitadas nos postos de trabalho. (OLIVEIRA, 2003). Para quem trabalha sentado a maior parte do tempo, esta a melhor opo de ginstica, pois auxilia na forma de pausa para a recuperao dos membros envolvidos, geralmente os superiores (braos, ombro, punho e mos).A Ginstica de relaxamento praticada logo aps o expediente e seu objetivo proporcionar o relaxamento muscular e mental dos trabalhadores. (OLIVEIRA, 2007).Apesar de a Ginstica Laboral possuir estas fases, as empresas que a adotam costumam fazer apenas uma vez, para no prolongar o tempo de pausa e aumentar os custos. Nestes casos, recomenda-se a ginstica preparatria, pois esta previne os acidentes de trabalho, considerando que estes acontecem sempre nas duas primeiras horas do expediente devido inrcia fsica, psquica e sonolncia que se encontra o trabalhador. (LEAL, 2010).5. MATERIAIS E MTODOS.

5.1 Sujeitos

O presente estudo contou com a participao de funcionrios do setor administrativo da ETEC de Ilha Solteira, que foram convidados a participar de uma seo em conjunto de ginstica laboral, na qual foi esclarecido quais os benefcios da ginstica e dos riscos a que o trabalhador est exposto nas atividades de rotina do trabalho. Essa conscientizao se faz necessria, pois nossa proposta de utilizar a ginstica laboral apenas um mtodo de preveno, existindo outros meios de se precaver contra as leses. Nosso intuito apenas colaborar com a preveno utilizando-a ginstica laboral, orientando os funcionrios e deixando-os livres para exerc-la no dia a dia conforme suas necessidades individuais e deste modo, evitar que o trabalhador venha a sofrer futuramente de LER/DORT.

5.2 Procedimentos

Primeiramente, convidamos os funcionrios que se enquadram na problemtica do esforo repetitivo devido ao uso do computador por perodos extensos. Aps a consulta de todos e aceitao em participar, totalizando seis (06) funcionrios, comunicamos a Direo sobre esta atividade, a qual se mostrou de acordo e reservamos um local para a realizao dos exerccios. A atividade relacionada ginstica tomou de 10 a 15 minutos do tempo de cada funcionrio, e foi realizada de modo a orientar cada um sobre os movimentos da ginstica a serem feitos. Esta etapa se realizou em conjunto, ou seja, todos os funcionrios fizeram uma pausa no seu trabalho para comparecer ao local especificado para realizarmos as atividades. Aps este primeiro encontro conjunto, foi distribudo a cada participante um folheto explicativo[footnoteRef:1] sobre os movimentos, e orientados a realizarem os exerccios sempre que sentirem necessidade durante a jornada de trabalho. Aps estes esclarecimentos, foi proposto que cada funcionrio coloque a ginstica em ao no seu prprio departamento, sendo assim, cada um pode realiz-la no perodo que lhe for conveniente, dando-lhe autonomia sobre seu tempo e disposio. Deste modo, somente o primeiro encontro foi em conjunto, deixando livre a cada funcionrio, posteriormente, a realizao da ginstica laboral nos perodos do trabalho que lhe forem mais adequados. [1: O folheto explicativo est no apndice I deste trabalho.]

Os exerccios constantes no folheto explicativo foram modificados de modo a atender as necessidades dos funcionrios desta Instituio, tendo sua ordem alterada na sequncia e so apresentados a seguir:

Figura 1 Orientao para a realizao da Ginstica Laboral.

Fonte:http://biometrio.blogspot.com.br/2012/01/ginastica-laboral.html

Os funcionrios tambm responderam a um questionrio elaborado pela autora e consta no apndice II deste trabalho, a partir do qual foi possvel analisar e obter os resultados desta experincia.Segue abaixo as imagens realizadas durante o exerccio da ginstica laboral com os funcionrios da ETEC de Ilha SolteiraFigura 2 Exerccio de alongamento para os braos.

Fonte: O prprio autor

Figura 3 Exerccio de Alongamento para a coluna

Fonte: O prprio autor

Figura 4 Exerccio de alongamento para coluna e pescoo.

Fonte: O prprio autor

Figura 5 Exercico de alongamento para o corpo todo.

Fonte: O prprio autor

Figura 6 Exerccio de alongamento para ombros.

Fonte: O prprio autor

Figura 7 Exerccio para alongamento da musculatura dos ombros e musculatura lateral.

Fonte: O prprio autor

Figura 8 Exerccio para alongamento e relaxamento do punho

Fonte: O prprio autor

Figura 9 Exerccio de alongamento para o punho e antebrao.

Fonte: O prprio autor

Figura 10 Exerccio para alongamento do brao.

Fonte: O prprio autor

6 Anlise dos dados

Os participantes responderam a um questionrio para identificar possveis dores ou mesmo para detectar algum quadro de LER/DORT. Os dados coletados foram analisados e de acordo com os resultados dos questionrios foram traados os perfis salutares e ocupacionais dos sujeitos da pesquisa e analisados os resultados advindos da ginstica laboral em funo da sua colaborao em relao dor e preveno de leses advindas do trabalho.

7 CONSIDERAES FINAIS

A frequncia de participao contou com os 06 participantes com idades entre 29 e 44 anos na primeira sesso, que serviu de orientao para que cada um possa realizar a ginstica no tempo livre ou que for mais conveniente para cada um. Esta abordagem se deu pela dificuldade de conciliar os horrios de todos para que se pudesse realizar a ginstica em conjunto todos os dias, sendo assim, a primeira sesso serviu para orientar e distribuir os folhetos com o procedimento da ginstica, deste modo, todo ficaram cientes de como realiza-la sem comprometer sua sade. A ao relacionada a atividade dos participantes foi acompanhada por dois meses (agosto/setembro de 2013) e mesmo aps o fim da pesquisa foi aconselhado aos participantes a manterem o hbito da ginstica, considerando que todos sentiram melhoras na disposio e alvio de dores advindas do tempo excessivo em postura inerte em frente ao computador, como descrito acima em anlise dos dados. Todos os participantes usam o computador durante praticamente toda a jornada de trabalho e foram questionados acerca de dores relacionadas a esta atividade. Dos seis participantes, cinco relataram possuir dores advindas do trabalho, sendo que cinco relataram dores na coluna e no pulso e todos os seis disseram sentir dores no pulso, principalmente no horrio de trabalho. O sexto participante reclamou de sentir peso nas pernas durante a atividade laboral. Aps a realizao da ginstica laboral, todos os participantes disseram se sentir muito melhor, dispostos e relaxados, o que gerou uma aceitao unnime pela adoo desta prtica, pois para os participantes a sensao aps sua realizao foi muito agradvel e todos se mostraram interessados em dar continuidade aos exerccios.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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Questionrio para os participantes quantidade de participantes no total:Dados do participanteAntes da ginsticaDepois da ginstica

Idade:

Funo/cargo:

Presena de dor? Sim ( ) No ( )

Local de dor

Interfere na produtividade?

Presena de estresse?

Interfere na produtividade?

Os exerccios podem ser realizados nos perodos de maior cansao, ou mesmo nas pausas durante a jornada de trabalho.

O importante ter em mente que a Ginstica Laboral uma tima ferramenta de preveno contra leses adquiridas no ambiente de trabalho advindas do esforo repetitivo e sua prtica s tende a trazer benefcios sade do trabalhador.