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Napegadado carbono
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Odesafio é gigantesco epassa longe de ser fácil.Uma florlorf esta nativa re-
florlorf estada tem capacidade de com-pensar um total de 268 toneladasde CO2 e outros gases que provo-cam o efeito estufa, de acordo comestudos da empresa hidrelétricaAES Tietê. O problema é que, so-zinhos, emitimos cerca de duastoneladas desses compostos anual-mente - segundo projeção da ONGIniciativa Verde. Imagine, então,como seria compensar todo o im-pacto de uma cidade ou mesmo deum país como o Brasil, cujas emis-sões, de acordo com o Banco Mun-dial, já excede o 1,3 bilhão de to-neladas de dióxido de carbono.Justamente por isso, para a admi-nistração pública de uma cidadeou estado, é preciso ir além do re-plantio de árvores (principal for-ma de compensação para os cida-dão comuns que queiram neutra-lizar sua “pegada”).
Você é um agente decisivo pa-ra o avanço do efeito estufa. Sim,você. Mesmo que diga fazer cole-ta seletiva, evitar desperdícios oualegar trabalhar numa empresa
ambientalmente responsável. Atémesmo ao respirar, nós emitimosgás carbônico e a emissão conti-nua em cada lâmpada que acen-demos, cada embalagem que jo-gamos fora, cada deslocamentode carro ou avião. “Os ecoativistasagora querem que eu pare de res-pirar para salvar o planeta?”. Não.É nesse contexto que entra a com-pensação da sua “pegada de car-bono”, que é o conjunto de tudoque você, inevitavelmente, emiteno decorrer da vida.
De acordo com o mestre e pro-fessor de química, Gustavo Hollan-da, na prática, o Carbono Zero nãoexiste, já que o elemento é funda-mental na natureza e está presen-te em toda matéria vital (açúca-res, proteínas e vitaminas). A bus-ca, nesse caso, é para neutralizarcompostos que acabam, em longoprazo, gerando mudanças climá-ticas e ambientais. “Sabendo queo dióxido de carbono (CO2) estápresente na queima de combustí-veis dos veículos motorizados eem eletrodomésticos, consumido-res conscientes podem adotar prá-ticas sustentáveis a fim de mini-mizar os efeitos do gás carbônico,fazendo coleta seletiva, plantandoárvores e etc”, explica.
Apartequenoscabenomundo
Sinal verde na ilha
Gustavo Hollanda e amolécula de carbono: no dia a dia
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
LiberLiberamoamossccarbono atéarbono atéeexpirxpirandoando,,mas tambémmas tambémna fumaça dena fumaça deccombusombustõetõess
EEm em exxcceessssoo,,vvariaçõeariações do gáss do gásccarbônicarbônico co causausamamo eo effeiteito eo esstuftufa**a**
PPela fela fotootosssíntesíntessee,,plantas trplantas transansfforor--mam o cmam o carbono doarbono doar em oar em oxigênioxigênio,,limplimpando-oando-o
PlantasPlantas ee animaisanimais sãosãoccompoompossttoos de cs de carbonoarbono..MortMortooss,, em decem decompoomposiçãosição,,originam coriginam combusombustívtíveiseis(fós(fóssseiseis))
EfEfeeiito eto esstutuffaa AA atmoatmossfferera é ca é compoompossta porta por
78%Nitrogênio
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O prO problemaoblema ococorrorreequando a emisquando a emissão desão deccarbono e poluição altarbono e poluição altereraaa ca compoomposição desição desssseess 11%%
SSeis geis gasaseessccontribuemontribuempparara o ea o effeiteitoo
eesstuftufaa{{■■ Dióxido de cDióxido de carbono (arbono (CCOO22))- 0- 0,,0039% de39% de “outr“outroos gs gasasees”s”■■ Metano (Metano (CHCH44) - 0) - 0,,0001000144%%dede “outr“outroos gs gasasees”s”■■ Óxido NitrÓxido Nitroosso (o (NN22OO))■■ ClorCloroofluorfluorccarbonetarbonetoos (s (CFCFCCss))■■ HidrHidroofluorfluorccarbonetarbonetoos (s (HFHFCCss))■■ HeHexxafluorafluoreteto de enxo de enxoofrfree (SF(SF66))
CurioCuriosidadesidadeNo BrNo Brasil,asil, 68,168,1%% dodos gs gasaseessdo edo effeiteito eo esstuftufa são libera são liberadoadosspor açõepor ações de des de desmatamentsmatamentooe suas ce suas consonsequênciasequênciasNo mundoNo mundo,, eesssseeíndicíndice é dee é deapenasapenas 1177%%
MetaMeta de rde reduçãoeduçãono Brno BrasilasilEEntrntree 3636,1,1%% ee338,8,9%9% até 2até 2002200
FFormaormas de “s de “ssequeequesstrtraarr””cacarbono da arbono da atmosftmosfereraa
RReeflorfloreesstamenttamentoo RRedução da predução da produção deodução derrreeesíduosíduosíduos sólidos sólidos sólidosss
Dimunuição da derrubDimunuição da derrubada deada deflorflorfloreeessstas ptas ptas pararara dea dea desssenenenvvvolvimentolvimentolvimentooo
agropecuário
Mudança de hábitMudança de hábitoos ques queprprproduzoduzoduzam menoam menoam menos poluents poluents poluenteeesss
Apartir de hoje, oDiario publica a sérieNa pegada docarbono, que apresenta a problemática das emissõesde carbono na atmosfera e como isso pode estardiretamente ligado a cada cidadão. Até o dia 31 deoutubro,mostraremos o que os pernambucanos têm aver como tão falado “efeito estufa” e comoo estado seprepara para contornar asmudanças climáticas - grandedesafio deste século. Hoje, entenda comoFernando deNoronha se tornará o primeiro distrito brasileiro comemissões de carbono compensadas. Amanhã, veja comocontribuir comoplaneta sem sair de casa.
O arquipélago de Fernando deNoronha pode se tornar o primei-ro distrito brasileiro com emis-sões de carbono compensadas. Oprojeto internacional Carbono Ze-ro chega a Pernambuco para neu-tralizar, em caráter experimen-tal, toda a emissão de gases doefeito estufa e fazer de Noronhao primeiro território carbono-neu-tro do Brasil. Na prática, neutra-lizar a emissão de carbono signi-fica equilibrar a emissão de gasesdo efeito estufa com outros não-nocivos presentes na atmosfera,produzidos pelos vegetais, numaespécie de balança ecológica.
A neutralização de carbono emFernando de Noronha será deba-tido no evento Noronha CarbonoZero, que dará início às mudançasna gestão energética e de resíduosna ilha. Nos dias 31 de outubro, noRecife, e 2 de novembro, no arqui-pélago, pesquisadores, gestores
ambientais e autoridades políti-cas de oito países se reúnem paradiscutir o futuro do distrito e co-mo a iniciativa pode ser replicadaem outras partes do país.
O secretário de Meio AmbienteSérgio Xavier explica que a ilhaprincipal do arquipélago foi esco-lhida por ser pequena, em que asiniciativas pudessem ser testadase replicadas. Isso inclui a cons-cientização dos cinco mil morado-res e os mais de 60 mil visitantespor ano, bem como uma mudan-ça em como a logística básica éconcebida da geração de energiaaté o descarte de resíduos sólidos.
“O grande desafio é criar ummodelo que reduza emissões, ge-re emprego, renda e, ao mesmotempo, fortaleça a economia. Es-sa tem que ser uma preocupaçãodo mundo inteiro e o contexto doestado não teria como ignorar is-so”, garante.
A discussão sobre a lógica do Carbono Zero também está na internet. A partir deste domingo, umhotsite interativo poderá ser acessado através do portal diariodepernambuco.com.br. Além de infor-mações da versão impressa do Diario, a plataforma oferecerá, a cada dia, novos infográficos anima-dos, vídeos e calculadoras interativas para o leitor se inserir na causa ambiental em que ele, queira ounão, já está diretamente envolvido. Para isso, basta seguir as instruções em tela e interagir com asinformações conforme elas são apresentadas. De resto, é aprender, calcular e compartilhar.
saibamais+ A cada dia, uma novidade no hotsite
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C4 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 20 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
AlgAlgasas também ftambém fazazememffototoosssíntsínteesse e são ase e são asmaiormaiorees rs reesponsávsponsáveiseispor limppor limpar o arar o ar
CCombusombustívtíveiseis fósfóssseis ceis comoomoa ga gasasolina poluem mais que oolina poluem mais que oetanol ou gás natual e menoetanol ou gás natual e menossque o dieque o diesselel
EEsstima-stima-se uma elee uma elevvação de peloação de pelomenomenos 5° em todo o mundo ps 5° em todo o mundo pararaaoos próximos próximos 1s 100 ano00 anoss
Quando esses gases sãoemitidos (77% correspondeapenas a CO2)uma finacamada de carbono éformada no ar
Os raios solaresque atingem o solo,quando refletidos de voltaao espaço, encontramdificuldade de se dissipar.Dessa forma, a radiçãoinfra-vermelha é absorvidapelos gases, o calor ficaretido e a temperaturaglobal sobe
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napegadadocarbono
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GREG/D
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Na casa da professora universi-tária Catarina Andrade, 30 anos,economia é palavra de ordem.Mãe de Valentina, 2, e Isadora, 3meses, ela sabe que as filhasaprendem a partir de exemplos
dos adultos. Na área de brinque-dos das meninas, a maior partedos objetos são de madeira. Até ojogo de chá que a mais velha cos-tuma brincar ao entardecer. Ou-tros são reciclados, como o fogãode caixa de papelão revestida compapel ofício e pintada pela pró-pria Valentina, onde ela “aquecea água para o chá”. Os raros brin-quedos de plástico foram dados co-mo presente em festas de aniver-sário e datas comemorativas.
A justificativicativtif a da mãe para sem-pre comprar brinquedos de madei-ra é a durabilidade dos objetos,que vão acompanhar toda a in-fância das duas filhas. “Valenti-na já sabe que brinquedo não é pa-ra jogar fora e tem uma consciên-cia ambiental muito forte apesarda pouca idade. Ela até briga comcoleguinhas da escola por deixa-rem a torneira aberta enquanto es-covam os dentes”, conta.
A família também faz coleta se-
letiva. Todos os materiais reciclá-veis são colocados numa lixeiraprópria. Como o prédio onde mo-ram, em Boa Viagem, Zona Suldo Recife, não promove a separa-ção de resíduos, Catarina segue,uma vez por semana, com a filhamais velha até o Parque Dona Lin-du e deposita o lixo nos contêi-neres coloridos. A tiracolo, Valen-tina leva sua ecobag onde se vê es-tampado o símbolo internacionalda reciclagem.
ANAMARIANASCIMENTO
EDWANDERLEY
Ligar a luz da sala, cozi-nhar um feijão, tomarum banho de água quen-
te e levar os filhos à escola decarro. Atividades do cotidianoaparentemente inofensivas sãopotencialmente nocivas ao meioambiente se considerarmos a re-petição dessas ações em milhõesde lares brasileiros todos os dias.O consumo de energia elétrica ede gás de cozinha, o uso de aque-cedores ou condicionadores dear são algumasdas atividadesdo dia a diaque emitemdióxido de car-bono (CO2), ogrande vilãoquando o as-sunto é efeitoestufa.
O programa internacional Car-bono Zero, adotado por empre-sas, organizações e governos aoredor do mundo, também podeservir de filosofia para famílias.Se não dá para cortar os banhosquentes e o ar condicionado, quetal plantar árvores nativas daMata Atlântica, como ipê-da-vár-zea, mandiocão e palmiteiro, pa-ra neutralizar a emissão de gáscarbônico? Ou ainda, o que achade fazer coleta seletiva para com-pensar o uso de gás de cozinha?
A professora do departamentode ciências geográficas da Uni-versidade Federal de Pernambu-co (UFPE) e doutora em recursosnaturais Josiclêda Galvíncio lem-brou que algumas atividades hu-manas emitem gases para a at-mosfera, que provocam o aque-cimento da superficie da Terra,fazendo a temperatura aumen-tar. “As pessoas devem entenderque as ações individuais tambémgeram impacto. Iniciativas paraa diminuição na emissão de car-bono ainda são tímidas no Bra-sil e precisam de avanço para
que as mudanças que irão ocor-rer devido ao clima sejam me-nos sentidas pela população”,explica. Segundo a especialista,a elevação da temperatura cau-sa fortes impactos sobre váriosecossistemas, provocando o au-mento do nível dos mares, alte-rações climáticas e modificaçõesprofundas na vegetação.
Procurar gerar cada vez me-nos lixo, reciclar resíduos sóli-dos, não desperdiçar água e ener-gia são algumas atitudes indica-das pela professora para causarmenor impacto ao meio ambien-
te. “As açõespositiva e sus-tentáveis de ca-da pessoa tra-rão bons resul-tados para obem da popu-lação como to-do. Procurarfontes de ener-
gia que não causem poluição,como a solar e a eólica; usar com-bustíveis renováveis nos automó-veis e diminuir o consumo deenergia elétrica são formas deenviar menos carbono para a at-mosfera”, pontua.
Era umacasamuitoarretada
Dando liçãoemgentegrande
Acoletaseletiva
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dogásdecozinha
DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, segunda-feira, 21 de outubro de 2013 vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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Brinquedos das filhas deCatarinaAndrade sãodemadeira
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
6%
30%36%
5%
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25%
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11% 5%
Utilize cobertura verde.Ela proporciona melhoria doconforto térmico e ajuda naretenção de águas pluviais.
Preserve as espéciesvegetais nativasexistentes no terreno,pois elas garantem aestabilidade do solo erefrescam o ambiente.
Opte pela iluminação natural. Utilize iluminação de longa vidae baixo custo. Outra solução que ajuda a economizar energiaelétrica é a instalação de um “dimmer”, dispositivo que regula aintensidade luminosa, e de sensores de presença nos ambientes.
Na hora de equipara residência, fiqueatento ao compraros eletrodomésticos.A dica é verificar aetiqueta Procel(Programa Nacional deConservação de EnergiaElétrica), que indicao consumo energéticodos aparelhos, e optepor aqueles maiseficientes (Selo A ou B).
Para economizar água,reaproveite a água dachuva. Construa cisternaspara armazenagem e utilizea água para regar jardins,lavagem de pátios e etc.
Compare sua lâmpada (mesmo potencial de iluminação)
mais+
Utilize reciclados da construçãoe pavimentação permeável.Prefira o piso externo intertravado,feito de material prensado eque possui vida útil longa ebaixo custo de anutenção.Economia de água e energia.
Evite materiaisde construçãoprejudiciais à saúdeou aomeio ambiente.Por exemplo, a pintura dacasa pode ser feita comtintas à base de água, queproporcionam isolamento,proteção contra corrosão,resistência à ação damaresia e evitam bactérias,fungos e algas em regiõesúmidas.Ao usarmadeira,priorize o uso da certificada,que garante que o produtofoi extraído de forma corretae é proveniente de florestascommanejo adequado.
A segunda reportagemda série Na pegada do carbonomostra hoje as práticas nocivas aomeio ambiente queacontecemdentro de casa, ajuda a identificar suaemissão anual de gás carbônico e ensina comocompensá-la criando hábitos sustentáveis. Amanhã,oDiario revela como amudança de atitude nas ruas -andando de bicicleta ou pegando carona comamigos -contribui para diminuir a poluição ambiental.
napegadadocarbono 2
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O trânsitopassadoa limpo
O respeito à JanuáriaAquantidade
de carros
particulares
é alta e isso
agrava a situação
ambiental.
Está bem claro
quemé o vilão
dessa história”
“
Maurício Pina, professor dodepartamento de engenharias da UFPE
C4 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, terça-feria, 22 de outubro de 2013políticaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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Universitário Enio Paipa percorre diariamente 50 quilômetros de bicicleta e ainda arruma tempo para ser bike anjo
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
Montado em Januária, sua“bicicleta de estimação”, o uni-versitário Enio Paipa, 25, fazuma viagem no tempo e lembracomo decidiu trocar o confor-to do carro pelas aventuras so-bre duas rodas. Há cinco anos,ele mudou seu estilo de vidapara melhorar a saúde, ganharqualidade de vida e, de quebra,ajudar a diminuir a poluiçãonas ruas. Mesmo morando noJanga, em Paulista, a 15 quilô-metros do Recife, optou por terna bicicleta o seu principalmeio de transporte. Percorriaaproximadamente 70 km de bi-ke todos os dias. Hoje, ele mo-ra em Boa Viagem, Zona Sul doRecife, e não abandonou a ma-grela. Pedala cerca de 50 kmdiariamente.
Não satisfeito em ter adotadopráticas mais sustentáveis emseu cotidiano, Enio decidiu es-palhar o estilo de vida para ou-
tras pessoas e é voluntário do Bi-ke Anjo, um grupo que ajuda in-teressados em aprender a an-dar de bicicleta ou a adotá-lacomo principal meio de trans-porte. “Além de ser uma exce-lente forma de atividade física,aprendemos a ter um outroolhar sobre a cidade, conhecê-la melhor e querer cuidar dolugar onde vivemos”, argumen-ta para os “alunos”.
Para Enio, o uso de bicicletadesenvolve consciência ambien-tal sobre outros aspectos do co-tidiano. “Você começa a pensaro meio ambiente de outra formae a adotar hábitos mais susten-táveis. Hoje, não posso ver umatorneira aberta sem uso ou pin-gando. No supermercado, nadade sacolas. Saio de lá carregan-do caixas. Além disso, parei deimprimir documentos há algunsanos. Só leio pelo celular e com-putador”, enumera.
As soluções para diminuir a emissão de carbononas ruas sãomúltiplas: utilização de bicicletas,caminhadas para deslocamentosmais curtos,caronas entre amigos e uso de transporte público.Hoje, a série Na pegada do carbono vai revelar oimpacto nomeio ambiente do número elevadode veículos individuais. Na edição de amanhãserãomostrados como empresas dosmaisdiversos segmentos industriais já estão incorporandopráticas que reduzema emissão de carbono
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Você já parou para pen-sar na quantidade decarros que circulam
pelas ruas? Basta observar den-tro dos vidros para perceberque a maioria dos automóveistransporta apenas uma ou duaspessoas. Imagine como esse ce-nário mudaria se essas pessoasdeixassem o carro na garageme andassem de ônibus, de bici-cleta ou pegassem carona comoutros motoristas. A emissãode gás carbônico por passagei-ro de automóvel a cada quilô-metro percorrido é 8 vezesmaior se comparado com umpassageiro de ônibus. No casodas motocicletas, o índice depoluição por pessoa é 4,5 vezesmaior que o dos usuários detransporte coletivo.
Especialista em mobilidadeurbana, o professor do departa-mento de engenharias da Uni-versidade Federal de Pernambu-co (UFPE) Maurício Pina afirmaque há um desequilíbrio notransporte urbano. “No Brasil,os ônibus são responsáveis por60% dos deslocamentos realiza-dos nas cidades e representam7% das emissões totais de dióxi-do de carbono. Por outro lado,
os veículos comerciais leves e osautomóveis respondem por me-nos de 30% dos deslocamentose por 50% da liberação de CO2”,compara.
Outro cruzamento de dadosdo professor revela que um ôni-bus transportando 70 pessoasequivale a 40 carros carregan-do 1,5 passageiro, média nacio-nal de ocupantes de automó-veis por deslocamento. “Aquantidade de carros particu-lares é alta e isso agrava a situa-ção ambiental”, completa Mau-rício Pina. Atualmente, cercade 2,2 milhões de veículos cir-culam pelo estado. A frota deônibus que opera na Região Me-tropolitana do Recife é de 3 milcoletivos. “Está bem claro quemé o vilão dessa história”, res-salta Pina.
As soluções para diminuir asagressões ao meio ambiente,de acordo com o especialista,passam pela construção de ci-clovias para estimular os des-locamentos com bicicletas, re-forma das calçadas para incen-tivar as caminhadas e a melho-ria do transporte público. “Es-sas são as saídas não só para aquestão ambiental, mas tam-bém para os problemas de mo-bilidade urbana que enfrenta-mos”, ressalta.
>>Use o leitor deQQQQRRRR CCCCooooddddeeee paraacessar vídeosobre o tema
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Uma pessoa, no veículo escolhido, passando pelaavenida diariamente representa as seguintesquantidades de carbono
ÔnibusÔnibus43g de43g de CCOO²²
Comparação entre veículos sobre emissão de CO2 por pessoa por km*
Índice de consumo/emissão
17
12,12,77
AA pé ou de bicicletapé ou de bicicleta00,,0010010 kg de0 kg de
CCOO²²
MotoMoto180g de180g de CCOO²²
CarrCarroo2240g de40g de CCOO²²
Energia
Poluição
Custo total
32,3
*Considera-se ônibus padrão (com 70 passageiros), carro popular(com ocupaçãomédia de 1,5 pessoa) emoto comum (com 1 passageiro)
11.11.500500 vveículoeículos por dias por dianonos dois ss dois sentidoentidoss
AAAvvenenida Conde da Bida Conde da Bida Conde da Booa VaVaVisisistttaa ((1,1,7 km7 km de ede extxtensãoensão))
11.500 pessoastransportadas
0,0 toneladade CO2
14.375 metrosquadradosocupados
23.000 pessoastransportadas
2,068 toneladasde CO2
23.000 metrosquadradosocupados
57.500 pessoastransportadas
2,764 toneladade CO2
191.667 metrosquadradosocupados
Se fossem…
AA pé ou depé ou debicicletasbicicletas
MotoMotossMotoMotoss
CarrCarrooss
CarrCarrooss
ÔnibusÔnibus
828.000 pessoastransportadas
35,190toneladas de CO2
345.000 metrosquadrados ocupados
{{{
8 árvores necessáriaspara neutralizar o carbono
10 árvores necessáriaspara neutralizar o carbono
ÔnibusÔnibus
127árvores necessáriaspara neutralizar o carbono{
Motos Carros
1 árvore necessária paraneutralizar o carbono
AA pé oupé oude bicicletasde bicicletas
44,,66
3,,9 8
BLABLACKZEBRACKZEBRA/DP/DP/DP
232
Energia
Transporte
Resíduos
Desmatamento
Pecuária
Agricultura
Em 2008 Cenário de baixocarbono para 2030
Tendência para 2030
Em 2008 Cenário de baixaixaixoocarbono para 2a 2a 2003030
Tendência para 2030
((dedessccontado sontado sequeequesstrtroode cde carbonoarbono))
458
297149
245
174
62 181899
539 533
196237 249
72 89
1.1.288288 1.1.225599
1.1.669797
810810
1.1.771818
1.1.002323
A conta do carbono (emmilhões de toneladas de CO2)
Percentuais deemissão nostrês cenários
Estimativa 2013:
E para compensar tudo isso?
EEEnernernergiagiagia TTTrrransporteansporteansporte RRReeesíduosíduosíduosss DDDeeesmatamentosmatamentosmatamento PPPecuáriaecuáriaecuária AgriculturAgriculturAgriculturaaa EEEmismismissõesõesões brutass brutass brutas EEEmismismissõesõesões totaiss totaiss totais
18%
11%
5%
42%
18%
1,3 bilhãodetoneladas de CO2
6% 6%
24%
31% 19%
6%2%
14% 17%
29%
9%
16%
27%
Processo Tecnológico Compromisso (aumento de área/uso)
Recuperação de Pastagens Degradadas (1) 15,0milhões ha - 150mil km2 - Do tamanho do Ceará
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (2) 4,0milhões ha - 40mil km2 - 20%menor que o Rio Grande do Norte
Sistema Plantio Direto 8,0milhões ha - 80mil km2 - 20%menor que Pernambuco
Fixação Biológica de Nitrogênio 5,5milhões ha - 55mil km2 - Do tamanho da Paraíba
Florestas Plantadas (3) 3,0milhões ha - 30mil km2 - Metade da Paraíba
Tratamento de Dejetos Animais 4,4milhõesm3
(1) Por meio do manejo adequado, calagem e adubação.
(2) Incluindo Sistemas Agroflorestais (SAFs).
(3) Não está computado o compromisso brasileiro relativo ao setorda siderurgia; e não foi contabilizado o potencial de mitigação deemissão de GEE.
Seriam necessários
355 mil km2 {3,62 vezes a área dePernambuco (98.148,323)
Fontes: Banco Mundial e Ministério da Agricultura
Poluição truição truição trococaada poda por er efificiênciênciaciaANAMARIA NASCIMENTOANAMARIA NASCIMENTOANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Elsa Corrêa de Olivrêa de Olivrêa de Oliveireira viua viua fábrica de tijolos do paijolos do paijolos do paise desenvolver e se maner e se maner e se man--
ter em atividade por 35 anos. Arer em atividade por 35 anos. Arer em atividade por 35 anos. Ar--rendou o negócio da cidade de Riendou o negócio da cidade de Riendou o negócio da cidade de Ri--beirão, Mata Sul do estttado, há seisado, há seisanos. Hoje, aos 57, é ex, é ex, é exememplo noplo noestado de quem busca guem busca guem busca ganho ecoanho eco--nômico preservando o ambientando o ambientando o ambiente.e.Após uma consultoria, troria, troria, trocou osocou osvelhos motores por outres por outres por outros maisos maiseficientes, isolou os fes, isolou os fes, isolou os fororornos e trnos e troo--cou a lenha verde pela seca, obtide pela seca, obtide pela seca, obti--da também por meio de contrambém por meio de contrambém por meio de contraa--tos com empresas de consesas de consesas de constrtruçãouçãoque geram o produto como ro como ro como resíesí--duo de descarte. “Abri os olhos.bri os olhos.bri os olhos.Identificamos despericamos desperIdentif dício de enerdício de enerdício de ener--gia elétrica e térmica e o sanamica e o sanamica e o sana--mos como dever de casa”, ger de casa”, ger de casa”, gararanan--te a empresária, pós-grrraduada emaduada emgestão ambiental.
A lição da emA lição da emprpreendedoreendedora fa foioicomcomprproovvada nos livrada nos livros contábeis.os contábeis.PPensando no futurensando no futuro, o passo seo, o passo se--guintguinte fe foi adqoi adquirir tuirir tererrreno pareno paraaprpromoomovver comer compensação de carbopensação de carbo--no por meio do rno por meio do refeflorlorefefloresesttamentamento.o.“São 3“São 31 hect1 hectarares, comes, comprprados paados pa--rra esse fa esse fim. A ideia é fim. A ideia é fazer a neuazer a neu--trtralização, qalização, que é nossa parue é nossa partte e ofe e ofee--rrecer o espaço parecer o espaço para qa que outrue outrososttambém fambém façam”, explica. O negóaçam”, explica. O negó--cio do carbono ofcio do carbono ofererece espaço paece espaço pa--rra a ra a responsabilidade e - por qesponsabilidade e - por queuenão? - parnão? - para o lucra o lucro.o.
CréditosverdesCréditosverdesGesGesttor do pror do projetojeto Suso Susttententabilidaabilida--de nas micrde nas micro e peqo e pequenas emuenas emprpree--sas do Sebrsas do Sebrae-PE, Maurício Corae-PE, Maurício Cor--rreia de Areia de Araújo consideraújo considera qa que prue preoeo--cuparcupar-se com baix-se com baixas emissões deas emissões decarbono e prcarbono e prezar pela efezar pela eficiênciaiciênciaenerenergética vgética vai muitai muito além de umao além de umaqquesuestão de marktão de marketing. “Neting. “Na va vererdada--de, susde, susttententabilidade não tabilidade não tem fórem fór--
mula. É algo qmula. É algo que vue você aprocê aprende enende en--qquantuanto vo vai fai fazendo. Sabe-se esazendo. Sabe-se esttararno caminho cerno caminho certto qo quando o emuando o em--prpreendedor pensa em sua atuaeendedor pensa em sua atua--ção como parção como participantticipante na cidade,e na cidade,não apenas em seu próprio negónão apenas em seu próprio negó--cio”, ensina.cio”, ensina.
Não é um caminho fácil. QuanNão é um caminho fácil. Quan--do se fdo se fala em indúsala em indústria, por extria, por exemem--plo, trplo, tratatam-se de milharam-se de milhares de tes de too--neladas de carbono emitidas mêsneladas de carbono emitidas mêsa mês, em qa mês, em queimadas, gueimadas, gasasttos eneros ener--géticos, extrgéticos, extrações, aplicação eações, aplicação etrtransporansportte de pre de produtodutos qos químicos,uímicos,entrentre outre outras atividades.as atividades.
NNo eso esttado, há qado, há quem cobruem cobre R$e R$0,0,110 pelos c0 pelos chamados “crédithamados “créditos deos decarbono”, enqcarbono”, enquantuanto outro outros exios exi--ggem mais de R$ 2 parem mais de R$ 2 para coma compensarpensaruma tuma tonelada de carbono emitido,onelada de carbono emitido,rrepondo mudas em árepondo mudas em área prea prototegiegi--da. Não é prda. Não é preciso muiteciso muita mata matemáemá--tica partica para coma comprpreender qeender que o camiue o cami--nho mais econômico acaba sennho mais econômico acaba sen--do a busca pela efdo a busca pela eficiência.iciência.
saibamais+
DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, quarta-feira, 23 de outubro de 2013 vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
C4
BERNARDO
DANTA
S/DP/D.A
PRESS
Elsa Oliveira alteroumodode produção de tijolos
>>Use o leitor deQQQQRRRR CCCCooooddddeeee paraacessar vídeosobre o tema
diariode.pe/carbonozero
hotsite
acesse
111
272
INF
INFO
GRAFIA
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31 de outubro a 02 de novembro de 2013Recife | Fernando de Noronha
CONFERÊNCIA PARA DISCUTIR SOLUÇÕES PARA AS MUDANÇAS CLIMÁTICASApoio:
www.brasilnoclima.com.br | /pernambuconoclima
Processo tecnológico e compromisso nacional relativo à mitigaçãode emissões de gases do efeito estufa pela agropecuária
Na quarta matéria dasérie Na pegada docarbono, as empresasque descobriram obom de ser sustentável
4
Afasta demimesta carne
C6 DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, quinta-feira, 24 de outubro de 2012vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Gabriel Liramudou alimentação emnomeda consciência
BLENDA SOUTO MAIOR/DP/D.A PRESS
napegadadocarbono 5
ANAMARIA NASCIMENTO e
ED WANDERLEY
Oque os seus hábitos ali-mentares têm a ver comemissão de carbono?
Tudo. As comidas que você in-gere têm relação direta com oefeito estufa, as mudançasclimáticas e o aquecimento glob-al. A agricultura e a pecuária de-pendem das condições do clima,e o aumento da temperatura doar e do solo mudam completa-mente a forma de produzir ali-mentos. Enquanto alguns cos-tumes à mesa são “verdes” e vis-tos com bons olhos do ponto devista da sustentabilidade, outrossão nocivos à preservação domeio ambiente. Quem comecarne vermelha, por exemplo,deve se preocupar mais com aprodução de gás carbônico doque os que optaram pelo estilode vida vegetariano ou vegano.
A criação de gado é a atividadeeconômica que ocupa a maiorextensão de terras no Brasil, paíscom o segundo maior rebanhobovino do mundo. As empresasbrasileiras respondem por maisda metade do mercado mundi-al de carne bovina.
O problema é que a pecuáriabovina é responsável pela emis-são de, pelo menos, 50% dosgases-estufa, principalmente dogás carbônico (CO2) e do metano(CH4). De acordo com a nutri-cionista e professora da Univer-sidade Federal de Pernambuco(UFPE) Jailma Santos, uma ali-mentação ambientalmentesaudável é aquela que produzbaixa emissão de gases comefeito estufa.
“Esses gases são produzidosnas várias fases dos ciclos deprodução do alimentos, in-cluindo processamento, embal-agem, transporte, tratamentoquímico e dos desperdícios. Acarne é um dos alimentos commaior impacto ambiental. Alémdisso, a criação bovina é umadas práticas responsáveis por
Omeioambienteno pratoDaprodução ao consumo, os alimentos desempenhamumpapel fundamental quando o assunto é reduçãona emissão de carbono. Entenda o impacto daagricultura, pecuária e dos hábitos alimentares paraomeio ambiente na quinta reportagemda série Napegada do carbono, que o DDiiaarriioo publica até o dia 31.Amanhã, a importância da produção demudas e doshortos florestais para o clima.
Há sete anos, o professorGabriel Lira, 24, mudou oshábitos alimentares. Depois deassistir ao documentário A carneé fraca - filme sobre os impactosque o ato de comer carne repre-senta para a saúde humana, paraos animais e para o meio ambi-ente -, decidiu cortar, definiti-vamente, todo tipo de carne docardápio. Hoje, o prato do al-moço é recheado de frutas,
legumes e grãos. Segundo ele, amudança aconteceu gradual-mente e de forma consciente.“Visitei um matadouro depoisde ter visto o filme e presencieia agressão ao meio ambiente eaos próprios animais durante oprocesso de abate”, conta.
O professor começou, então, aestudar o assunto e encontrou,entre outros dados, a informaçãode que para a produção de um
quilo de carne são necessários 15mil litros de água. Por outro lado,para a produção de um quilo degrãos, bastam mil litros. “A águaque pode ser usada na lavourapara produzir alimentossaudáveis é desperdiçada paralimpar o sangue dos animaismortos”, pontua.
Segundo Gabriel, a maior difi-culdade que os vegetarianos en-frentam é a falta de acolhimento
no meio social. “Quando vamos afestas ou encontros com amigos,faltam alimentos que podemoscomer. Acho que os vegetarianosainda não são bem apoiados so-cialmente”, revela. O desafio,agora, é não só acolher quemoptou por um estilo de vida maissaudável e menos nocivo do pontode vista ambiental como tentarreduzir o impacto das própriasescolhas à mesa.
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grande parte do desf loresta-mento no estado do Amazonas”ressalta.
Preferir uma alimentação ricaem alimentos de origem vege-tal, produzidos no estado den-tro dos princípios da agroecolo-gia e, sempre que possível, nãoembalados, ajuda a diminuir oimpacto dos hábitos alimenta-res. “Comprar produtos em feirasorgânicas é uma boa maneira decooperação com o meio ambi-ente”, destaca Jailma Santos.
“O mais apropriado é evitar aprodução de alimentos polu-entes para que não haja neces-sidade de compensação do car-bono. Esse é um desafio globalcomplexo, mas possível de seralcançado”, completa a profes-sora da UFPE.
Visite o hotsite especial no portaldiariodepernambuco.com.br e calculeas suas taxas de emissão de carbono
371litros
1.249litros
4.664litros
* Em um intervalo de 100 anos, o metano e o óxido nitroso são, respectivamente, 25 e 298 vezes maispotentes que o dióxido de carbono em termos de potencial de aquecimento global. Em um intervalo de 20anos, o metano é 72 vezes mais potente. O gado de grande porte é um dos maiores emissores de metano domundo, por meio de excreção de gases e fezes.** Steinfeld e outros, A grande sombra da pecuária (2006)
Fontes: IPCC, Steinfeld, Ministério da Agricultura e Marcia Kreith,Water Inputs in California Food Production
Indústria da carne vermelha e o efeito estufaCO² (dióxido de carbono)
CH4 (metano)
N2O (Óxido nitroso)
Desperdíciomédio de refeiçõesno Brasil:
20%
Brócolis,berinjela,couve e arroz
Bife decarne
RAFA
EL/D
P
Conduzindo o recém-adquiridocarro elétrico do Parque Dois Ir-mãos, a bióloga Marina Falcão, 30,fiscaliza uma das maiores áreasverdes do Recife. Ela é responsávelpela manutenção dos 384 hecta-res de Mata Atlântica localizadosno horto florlorf estal. O trabalho querealiza diariamente desde 2009 é,segundo Marina, a realização deum sonho. Trabalhar com matasera um dos seus objetivos quandoingressou na universidade.
Bromélias, visgueiros, jaguati-ricas e tamanduás são companhei-ros da bióloga durante o expedien-te. “Ajudar a conservar um frag-mento da Mata Atlântica numagrande cidade é um prazer”, reve-la. Até o próximo ano, o trabalhode Marina deve triplicar, pois o ta-manho do Parque Dois Irmãos de-ve passar dos atuais 384 hectarespara 1.244. As 669 espécies de ani-mais devem passar para 1,2 mil.
A bióloga ressaltou a importân-cia das espécies da Mata Atlânti-ca na captura do carbono. “Alémde captar água, amortecer a polui-ção e amenizar o clima, as árvo-res retiram toneladas de carbonodo ar diariamente”, explica. A ma-nutenção dessas regiões é aindamais importante se for considera-do o desmatamento anual da Ma-ta Atlântica. Por ano, o Brasil der-ruba uma área equivalente a 2,1vezes o tamanho do Recife.
Um levantamento do Ministé-rio de Meio Ambiente, apresenta-do em 2012, estimou que a mé-dia anual de desmate, entre 2002e 2008, foi de 457 km2. A capitalpernambucana tem uma área de217,4 km2. Desde o descobrimen-to do país, 75,90% da área origi-nal de Mata Atlântica despare-ceu até 2009. A área destruída aolongo de cinco séculos correspon-de a 8,5 Pernambucos.
Umamatasímbolode vida
A guardiã da floresta urbana
C4 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, sexta-feira, 25 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
BiólogaMarina Falcão trabalha no Parque Dois Irmãos
BERNARDO DANTAS/DP/D.A PRESS
Ecossistema preservado favorece também os humanos
GLAUCO SPINDOLA/DP/D.A PRESS
>>Use o leitor deQQQQRRRR CCCCooooddddeeee e vejavídeo sobre aMata Atlântica
acesse
Umgráfico animado do desmatamento daMata Atlântica está no hotsite especial noportal diariodepernambuco.com.br
A importância daprodução demudas edos hortos florestaispara o clima e aatmosfera é o tema daquinta reportagemdasérie Na pegada docarbono, que oDiariopublica até o dia 31. Oaumento no númerode empresasda construção civilque investemnumconceito verde serádestaque amanhã
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Aprimeira opção na listade soluções para o pro-blemadaemissãoexces-
siva de carbono na atmosfera ésempre a mesma: replantio deespécies da Mata Atlântica, umdos ecossistemas com maior bio-diversidadedomundo.Hoje, ape--apenas 7% da área original é preser-vada. Pernambuco tem dois ecos-sistemas tropicais terrestres, aMata Atlântica e a Caatinga,além de um oceano quente. Deacordo com especialistas, essesecossistemas, se bem manejadose conservados, podem transfor-mar o estado no maior “fixadorde carbono do mundo”.
O professor de botânica daUniversidade Federal de Pernam-buco (UFPE) Felipe Melo explicaque a redução da emissão de gáscarbônico e o trabalho realizadopelas plantas têm relação estrei-ta. “O carbono é retirado da at-mosfera principalmente por fo-tossíntese, ou seja, todo o cres-cimento das plantas e outros or-ganismos que realizam o pro-cesso e retiram carbono do meio.Nos mares, este papel é princi-palmente do fitoplâncton (mi-croalgas marinhas)”, esclarece.Estima-se que os oceanos absor-vem cerca de um terço das emis-sões humanas. “O plantio de flolof -restas e a garantia de sua prote-ção no longo prazo também po-de capturar o carbono e ajudara regular sua concentração na at-mosfera”, garante o professor.
As plantas - de microalgas a ár-vores - são os responsáveis portransformar o carbono atmosfé-rico na forma de CO2 em biomas-sa. “A fotossíntese transformaenergia solarenutrientesembio--biomassa e é a bomba propulsorada vida na terra. Toda a biomas-sa produzida anualmente pelasplantas se traduz numa grandequantidade de carbono retiradadaatmosfera”,pontuaFelipeMe--Melo. Mesmo assim, segundo ele, asatividades humanas superam acapacidade de todas as plantasemtransformaressecarbonoembiomassa. É isso que desequili-bra o ciclo e aumenta a concen-tração de CO2 na atmosfera.
LLiinnhhaaddoo tteemmppoo
Portugueses chegam ao Brasil.Estima-se que eles devastaram
1,2 mil toneladas/ano nasprimeiras décadas
1500
Aduana portuguesa registraexportação de 4,7 mil
toneladas (desconsiderando ocontrabando francês)
1588
Primeiro decreto da Coroa,criando a guarda florestal,
preocupada com a extraçãoexcessiva de pau-brasil
1605
Limite de extraçãoestipulado em 600toneladas de MataAtlântica por ano
1607
Cultivo de cana éimpulsionado, junto ao
desmatamento, e chega a 19mil toneladas por ano
1700
1795
Estima-se a derrubadaentrentrentre 30 mil e 36 mil km2
por conta do período deexploração do ouro
1800
CCerererca de 7,5 mil km2 foramderrubderrubadoadoados para a implantação
de fábricas e engenhos
Consumo de lenha eatividades extrativistas
rreesultarsultarsultaram na derrubada demais 2,65 mil km2
Começa a ser emitidasérie de ordens destinadas à
preservação de árvoresutilizadas para produção naval
1850
Estima-se que restementre 6% e 7% da
cobertura original daMata Atlântica
2013
1950
MapMapa daa dadisdistribuição datribuição daMataMata AAtlântictlântica noa noBrBrasil de 1500asil de 1500
MapMapa daa dadisdistribuição datribuição daMataMata AAtlântictlântica noa noBrBrasil em 2asil em 2010133
A importância da cobertura vegetalÁrvÁrvororees cs consonsomem gás comem gás carbônicarbônico no aro no ar
36 árvoresneutralizam
10 toneladasde CO2 por ano
1 pe1 pessssooaa emitemite entre entree1,1,6 e 4 t6 e 4 toneladas deoneladas deCCOO22 por anopor ano
1,6
4 TON
15 ano15 anoss é o té o tempoempomédio pmédio parara a árva a árvororeeatingir a maturidade eatingir a maturidade emaior cmaior consumo deonsumo de CCOO22
na atmona atmossffereraa
Fonte: Grupo Brasil Verde e SOS Mata Atlântica
napegadadocarbono 6
No canteiro de obras do edifícioVila Boa Vista, na área central doRecife, o investimento em peque-nas atitudes sustentáveis chamaa atenção. No local onde um pré-dio de 27 andares está sendo le-vantado, contêineres de coleta se-letiva estão sempre cheios e aslâmpadas do vestiário dos traba-lhadores, na verdade, são garrafasplásticas com água e cloro. A ideia
de tornar o espaço num local on-de se desenvolvem ações positi-vas para o meio ambiente foi doengenheiro gestor de projetos daDuarte Construções, Alberto So-bral. “O resultado da iluminaçãocom as garrafas PET equivale auma lâmpada com potência entre40 e 60 watts. É uma solução sim-ples e barata para economizarenergia”, pontua.
Nas obras da construtora Mou-ra Dubeux, a primeira do Nordes-te a conseguir a certificação am-biental 14001, coleta seletiva de li-xo, monitoramento de resíduos ediminuição dos níveis de ruído,são algumas soluções previstas noprograma de gestão ambiental daempresa. “A construção civil é fun-damental nesse processo de de-bate sobre sustentabilidade. De-
sejamos estar cada vez mais foca-dos nessa mudança que o país exi-ge”, garante a gerente de Sistemade Gerenciamento de Informa-ções da Moura Dubeux, CecíliaRocha. “Investir em ações susten-táveis traz benefícios para as em-presas, para o consumidor e paraa sociedade”, completa o diretorde engenharia da construtora, Ro-berto Cardoso.
Construir sememdesperdiçardiçar
O simples que faz a diferença
Essa atitude é
importante para
as construtoras.
Assim, teremos
cidades cada vez
mais sadias”
Arnaldo Carneiro, engenheiro civile professor da UFPE
C6 DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, sábado, 26 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Onúmero de construtoras que investemno conceitode edifícios carbono zero e promovemaçõessustentáveis nos canteiros de obras aumentou.Hoje, a onda dos prédios verdes será tema dasétima reportagemda série Na pegada do carbono.Amanhã, o DDiiaarriioo traz um raio x da emissão degás carbônico no arquipélago de Fernando deNoronha, que deve se tornar o primeiro distritocarbono-neutro do Brasil.
napegadadocarbono
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Oconceito de sustentabi-lidade veio para ficar naconstrução civil. Hoje o
Brasil ocupa o primeiro lugar en-tre os países da América Latinano número de registros em bus-ca da certificação da Leadershipin Energy and EnvironmentalDesign (Leed) e a quarta coloca-ção no ranking mundial, segun-do levantamentos do Green Buil-ding Council (GBC Brasil). A pri-meira edificação verde do paísé de 2004. Des-de então, apreocupaçãocom o meioambiente foidisseminadapelos canteirosde obras. Exis-tem mais de500 empreen-dimentos sustentáveis no país,entre eles, um prédio localiza-do na Rua da Aurora, área cen-tral do Recife.
O primeiro colocado no rank-ing mundial são os Estados Uni-dos, com mais de 40 mil constru-ções sustentáveis. Em seguida apa-recem a China e os Emirados Ára-bes. No Brasil, a certificação Leedfoi implantada em 2007 com acriação do GBC Brasil, uma ONGque atua no desenvolvimento daindústria de construções sustentá-veis. Para o engenheiro civil e pro-fessor da Universidade Federal dePernambuco (UFPE) Arnaldo Car-
neiro, o processo de conscientiza-ção na construção civil é irrever-sível. “Essa atitude é importantepara as construtoras, já que, as-sim, teremos cidades cada vezmais sadias”, ressalta.
O especialista enfatizou que osetor, por si só, sempre gera impac-tos ambientais. As ações das em-presas devem ser tomadas parareduzir esses efeitos nocivos aomeio. “O esgoto gerado pelos mo-radores de um empreendimentoimobiliários com quatro torres,cada uma com 30 pisos e quatrounidades por andar, por exemplo,
é despejado narede da cidadesem nenhumtipo de trata-mento míni-mo. Isso geraimpacto nas ci-dades, especial-mente no Reci-fe, que enfrenta
alagamentos em períodos de chu-vas”, aponta.
De acordo com o professor, en-tre as soluções para os problemasgerados pela construção civil es-tão a inclusão de um sistema dereaproveitamento da água de chu-vas nos projetos, a construção dejanelas que favoreçam a ventila-ção cruzada e a utilização de ma-terial de baixo consumo energéti-co na fabricação. “A adoção de me-didas como essas nos projetos dasedificações são importantes paracontribuir com a redução da emis-são do CO2 e para o desenvolvimen-to sustentável”, conclui.
Engenheiros e operários pensammais no sustentável
FOTOS: TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
O que seria descartado podemuito bem voltar à obra
Construtorasem
Pernambuco
investemmaisno
selosustentável
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Fontes: Organização nas Nações Unidas (ONU), Ativos Técnicos Ambientais (ATA), Inventário Nacionalde Emissões, Tishman Speyer do Brasil, Sinduscon-SP e Centro de Tecnologia de Edificações
Dicas para uma construção mais “verde”
A pegada daconstrução civil
Maiores emissõesde carbono na
construção:
Cimento
Aço
Cal
Transporte
40%de toda aenergia
30%da extração
demateriaisda natureza
25%da geraçãode resíduos
sólidos
25%do
consumode água
12%da
ocupaçãode terras
1/3da emissão de gasesdo efeito estufa*
Valorização deempreendimentos“sustentáveis”:
Entre
5 e10%
7
Nada seperde, tudose renova
Anatureza dentro de casa
C4 DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, segunda-feira, 28 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Residência no Derby utiliza formas limpas de energia
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
Bruno Lima projetou umlar com arquitetura verde
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
Nanona reportagemdasérieNapegadado
carbono, descubra comoas geradorasdeenergia
estão sepreparandoparao futuroeveja as formasalternativasdeenergia
que tambémpodemseradotadas emcasa.
Amanhã, oDiario revelaasdiscussões sobrecarbononaesfera
política emostra comooscidadãospodemcobrar
dos representantes egovernos ações e
projetosdesustentabilidade
>>Use o leitor deQQRR CCooddee paravisitar o hotsite
acesse
Pernambuco pode se tor-nar exemplo nacional naárea de energias renová-
veis. O clima e a geografia do esia do esaf ta-do favorecem o desenvolvimentode produção de energia limpa, co-mo a solar e a eólica. Este ano, oestado deu um importante passopara a sustentabilidade energética.Um projeto que visa a implantaçãode sistemas de geração de energiasolar em prédios públicos está emfase de testes. Outra proposta iné-ditapretendetransformaremener-gia limpa as 3.221 toneladas de li-xo produzidas por dia na RegiãoMetropolitana do Recife.
O projeto de energia solar estásendo tocado pela Secretaria Esta-dual de Planejamento e Gestão epretende instalar 36 placas foto-voltaicas, que, juntas, têm mais de8 kW de potência. A expectativaé que, no futuro, esse sistema se-ja uma boa opção para residên-cias. A resolução normativa482/2012 da Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel) permiteque consumidores instalem pe-quenos geradores utilizando ener-gia hidráulica, solar, eólica, bio-massa ou cogeração qualificada.
No estado, o procedimento es-tá sendo adotado pela CompanhiaEnergética de Pernambuco (Cel-pe). A concessionária permite quea população gere até 100 kW pa-ra microgeração e de 100 a 1000quilowatts para minigeração, porunidade consumidora, para con-sumo próprio. A Celpe tambémanunciou um projeto para dardestino ao lixo e ao esgoto doGrande Recife. A ideia é criar tec-nologia necessária para transfor-mar os resíduos sólidos e efluenluenef -tes líquidos em biogás.
Com a Companhia Pernambu-cana de Saneamento (Compesa),a energética vai construir um sis-ttema de geração de energia reno-vável com potência estimada em200 kW, numa Estação de Trata-mento de Esgoto. Inicialmente, aenergia produzida pelo biogás se-rá utilizada na própria unidade detratamento. Caso haja excedente,a energia vai ser introduzida narede da Celpe. O percentual nãousado e destinado à rede da con-cessionária será revertido em cré-dito para os consumidores.
De acordo com o engenheiroquímico e professor da Universida-de Federal de Pernambuco (UFPE)José Geraldo Pacheco, usar a ener-gia proveniente de hidrelétricassustentáveis, solar e eólica é umadas principais formas de minimi-zar os efeitos da emissão de gáscarbônico para a atmosfera.
No hotsite especial Carbono Zero, noportal diariodepernambuco.com.br, leiatodas as reportagens publicadas da série
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
A casa do arquiteto Bruno Li-ma, no bairro do Derby, área cen-tral do Recife, é tão diferente doentorno que chama a atençãodos que passam na rua sem saí-da onde ele mora. Pensada peloproprietário e por um sócio doescritório de arquitetura, a resi-dência “verde” foi construída pa-ra privilegiar as formas limpas deenergia. Com dois pavimentos, acasa tem paredes construídas pa-
ra deixar o ar circular. Nenhumcômodo tem ar-condicionado.“Normalmente dormimos ape-nas com as janelas abertas, como ar natural. Quando está mui-to calor, usamos o ventilador deteto”, afirma Bruno.
As lâmpadas só são usadas ànoite. Durante o dia, as grandesjanelas de vidro deixam a luz dosol entrar, iluminando toda a ca-sa de madeira. “Apesar disso, as vi-
draças não recebem insolação di-reta”, explica o arquiteto. Cobo-gós, esquadrias e “rasgos” nas pa-redes ajudam na circulação do ar.O local ainda conta com um sis-tema de armazenamento da águade chuva, que é usada no banhei-ro e no quintal. “Não calculei aeconomia nas contas mensais,pois meu objetivo não foi econô-mico. A ideia era viver de formamais agradável”, ressalta.
9
Energias limpas
Potencial de energia eólica no Brasil
Potencial de energia solar no Brasil Como funciona a energia geotérmica
Como a energia é gerada a partir das marés Projeção de expansão das energias limpas renováveis
*meg*megajouleajoule
O movimento das ondas pressionao mar movendo a turbina
As ondas retornam e sugam o ar,fazendo a turbina semovimentarno sentido contrário
Solar PV Eólica na terra Eólica do mar Onda Maré
2002 - 2010
100.000
200.000
300.000
0
2201010 - 20 - 2002525
2026 - 2050
Coberturaimpermeável
Centralgeotermoelétrica Eletricidade e centros
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napegadadocarbono
Política aindano vermelho
C4 DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, terça-feira, 29 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Deputados noplenáriodaAssembleia: sempropostas para reduçãoda emissãode carbono
Na Casa de Joaquim Nabuco, governo é omaior proponente na questão ambiental
JULIANA LEITAO/DP/D.A PRESS
Fora do eixo oficial, háquem faça sua parte paraestimular a colocação depautas ambientais emevidência. Coordenadorexecutivo da AssociaçãoEcológica de CooperaçãoSocial (Ecos), ONG quetrabalha na defesa do meioambiente, Alexandre Mourafala sobre como lutar poruma agenda mais verdepara o estado.
entrevista >>Alexandre Moura
“Participar é preciso”
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Apesar do projeto detornar o Arquipélagode Fernando de Noro-
nha o primeiro distrito carbono-neutro do país, a discussão so-bre a emissão dos gases do efei-to estufa em Pernambuco ain-da engatinha. Mesmo na Comis-são de Meio Ambiente da As-sembleia Legislativa de Pernam-buco, não há discussão especí-fica sobre o tema ou projetosque contemplem diretamentea questão de dióxido de carbo-no. De acordo com a vice-presi-dente da comissão, Raquel Lyra(PSB), o debatesobre esse as-sunto avan-çou na esferapolítica, masainda não dei-xou de ser in-cipiente. “Asociedade pre-cisa estar mais coesa para co-brar dos deputados ou repre-sentantes em outras esferas dopoder. É preciso uma mudançade cultura com relação à sus-tentabilidade e construir umaconsciência coletiva sobre a ne-cessidade de proteger o meioambiente”, afirma.
Segundo o deputado DanielCoelho (PSDB), um dos que maisapresentam propostas à mesmacomissão, a discussão tomou no-vas proporções, graças à partici-pação popular pelos canais de co-
municação que foram abertos pa-ra tratar sobre o assunto. Na prá-tica, no entanto, se fala em emis-são de carbono quando há dis-cussão direta sobre a geração deenergia, seja ela renovável ou po-luente. “Nesses últimos anos, ti-vemos duas discussões muito im-portantes: uma sobre energia nu-clear e outra sobre uma usinatermelétrica a óleo combustívelque se pretendia construir no Ca-bo de Santo Agostinho. Essa últi-ma seria a mais poluente do país,e, com as discussões, consegui-mos impedir. Foram debates mui-to importantes e que resgatarama importância das energias lim-pas”, defende.
Mesmo coma atuação dosdeputados, ain-da é o governoo maior propo-nente de proje-tosquechegamà Casa de Joa-quim Nabuco.
Seis em cada dez solicitações quetramitam na Assembleia partemdo poder executivo, a maior par-te delas relacionadas à supressãovegetal e em regime de urgência,graças a projetos estruturadorese de ordem urbanística. O textopadrão prevê a necessidade decompensação ambiental ou recu-peração do ecossistema afetado,sem, no entanto, apontar puni-ções ou prazos para tal, além deresponsabilizar a Agência Esta-dual do Meio Ambiente (CPRH)como fiscalizadoriscalizadorf a.
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Seisemcadadez
solicitaçõessão
relativasaocorte
deáreasverdes
HELDER TAVARES/DP/D.A PRESS
A falta de discussãode projetos que têmrelação comomeioambiente é o tema dadécima reportagemda série Na pegada docarbono, que oDiariopublica até o dia 31.Amanhã, o tema serácomo as criançasveemo futurodo ponto de vista dapreservação dosescossistemas
Como lidar com os proble-mas relacionadosàemissãode carbono?O importante é estar atento à cau-sa ou razão das emissões atingi-rem patamares preocupantes. As-sim, o foco deve ser com os pró-prios emissores de carbono e asaçõesecomportamentosquedeter-minam as emissões. Dessa forma,desde o processo produtivo, o tipode consumo e, não menos impor-tante - talvez mais - a quantidadede consumo, mesmo de produtosde geração de baixo impacto.
CoComoaEcos trabalhana co-brança por mudanças polí-ticas?Os legisladores em todos os âm-bitos têm fundamental importân-cia na criação de referenciais le-gais para gestão ambiental e con-servação do ambiente. É necessá-rio que instituições acompanhemprojetos de lei em todos os aspec-tos pois deles surgem consequên-cias, diretas e indiretas. Nesse âm-bito, a atuação se dá através doacompanhamento das tramita-ções dos projetos de lei e princi-palmente das pautas da Comis-são de Meio Ambiente, como a daAssembleia Legislativa.
Oqueoscidadãospodemfa-zer para cobrar políticasmais efetivas?
Há um equivoco da maioria dasociedade em achar que semprehá uma entidade ou alguém quevai se preocupar com a questãoambiental e dessa forma se aco-modam e nada mais fazem. Asassociações ambientalistas sãoformadas de pessoas e assim énecessário que mais e mais ci-dadãos e cidadãs se incorporema essa luta de forma organiza-da. Mas, para que possamos fazercom que os parlamentares ve-nham a incorporar mais e maisa temática ambiental ao seumandato, é necessário dar trans-parência aos seus atos ou de suaomissão.
BERNARDO DANTAS/DP/D.A PRESS
saibamais+Omeio ambiente na Assembleia Legislativa de Pernambuco
Em2013
20projetosapresentados
1versa sobreenergiasrenováveis
60%12 propostospelo PoderExecutivo
40%8 propostospelosdeputados
83%10 deles, emregime deurgência*
25%2 deles,sobreinstituição deprogramas
Oque são essas urgências?
Em 100% dos casos, tratavamde supressão vegetal em áreasde preservação permanente
Em 100% dos casos,o pedido foi autorizadopela Casa
EnEnEn
0Nenhum delestrata da emissãode carbono
{Recife
10napegadadocarbono
ANAMARIA NASCIMENTO
ED WANDERLEY
Muito se fala num fu-turo não tão distan-te, pautado, em geral,
pela ação de um efeito estufaque ainda parece distante da rea-lidade de quem vive, hoje, em so-ciedade. Somente quando nosvoltamos a cálculos mais preci-sos sobre como podem se apre-sentar as próximas décadas éque temos a verdadeira dimen-são de como o consumo desen-freado e a falta de preocupaçãocom a emissão de carbono podecustar caro.
Para se ter uma ideia, o painelclimático da Organização dasNações Unidas (IPCC) espera umaumento do nível do mar entre29 e 89 centí-metros dentrodos próximos90 anos. Se pa-rece distanteou intangível,basta imaginarque mais dametade da re-gião costeira de Jaboatão dosGuararapes, por exemplo, esta-ria inundada ou que residen-ciais inteiros à beira-mar da ci-dade do Paulista simplesmentedesapareceriam.
Para não parecer filme apo-calíptico, um estudo da Univer-sidade Federal de Pernambucoutilizou os parâmetros divulga-dos globalmente para traçar osefeitos dessa elevação do marem cenários otimista (50cm deelevação) e pessimista (1m). Emnenhum deles, a situação é re-confortante e, segundo o PainelBrasileiro de Mudanças Climá-ticas (PBMC), o cenário pode serainda mais preocupante quan-
do se contabilizam os prováveiscolapsos nos sistemas de esgota-mento sanitário e abastecimen-to de água.
Pensar num futuro diferentesignifica mudar a partir de ho-je. Obras estruturadoras como aengorda das praias podem sig-nificar uma prorrogação de pra-zo para o avanço do mar, masnão soluções. “Em Pernambuco,há uma ‘dívida’ enorme a ser‘quitada’ com relação à recupe-ração de áreas verdes destruídaspelos latifúndios e o crescimen-to urbano pouco organizado, osaneamento básico, a garantiade acesso equitativo a educaçãoe saúde. Apostar em megaproje-tos industriais e nos efeitos eco-nômicos do consumismo desen-freado é o caminho oposto à sus-
tentabilidade”,avalia o antro-pólogo PeterSchröder.
E é nessecampo da sus-tentabilidadeque reside aenorme dis-
tância entre o discurso políticoquanto ao verde e as práticaseconômicas que, de fato, sãopraticadas. “São políticas desen-volvimentistas pautadas, aindaem princípios predatórios de sé-culos passados. Na maioria dasesferas políticas, ‘desenvolvi-mento’ ainda é um sinônimode crescimento econômico. Pa-ra deixar claro: sustentabilida-de não é sinônimo de desenvol-vimento sustentável, porque es-te pode ter a conotação equivo-cada de que é possível alcançarsustentabilidade sem questio-nar os pressupostos de um cres-cimento econômico infinito”,conclui Schröder.
Eles podemensinar a evitar esse futuro
Umcachorro, dois gatos e passarinhos
Análisede riscos
C4 DIARIOddeePPEERRNNAAMMBBUUCCOO - Recife, quarta-feira, 30 de outubro de 2013vida urbanaIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
ApedidodoDiario, alunosdaturma Kids 3, de 5 e 6 anos, daescolaEccoprime,deAldeia,Ca-maragibe, desenharam o queeles consideram ser práticassustentáveis. Na visão das cri-anças, o mundo ideal é aqueleonde a coleta seletiva é pratica-da em todas as casas, o uso deenergias renováveis é constantee o desperdício é pequeno.As lições foram aprendidas
em casa e na sala de aula, ondeas noções de sustentabilidadefazem parte do calendário es-colar. A Eccoprime, localizadaemmeio a uma pequena reser-va daMataAtlântica, é umadasescolas pernambucanas quemais investemnaeducaçãoparaum mundo “verde”. Outrasunidades de ensino, públicas eparticulares, seguem estemesmo caminho.
Como seráo amanhã?Oconsumodesenfreadoea faltadepreocupaçãocomaemissãodecarbonopodecustar caroàspróximasgeraçõesquevãohabitaroplaneta.Pernambuconão ficade foradasconsequênciasdeummundoondeoefeitoestufapodeprovocaroaumentodoníveldomar, alterandosignificativamenteavidadequemmoranoRecifeeoutrascidadeslitorâneas.Amanhã,na sérieNapegadadocarbono,quemparticiparádoeventoPernambuconoclima
napegadadocarbono
EstudodaUFPE
apontarisco
deelevaçãodo
níveldomar
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Gráficos, vídeos e calculadora de reduçãode emissão de carbono estão no hotsitedo portal diariodepernambuco.com.br
2000 2050 21002013
89 cm
28 cm
34 cm
(Leva em contaa evolução com a
atual aceleração semmedidas de contenção)
RecifeAlto risco - 29%
Baixo risco - 18%
Depende devariáveis - 53%
JaboatãoAlto risco - 59%
Baixo risco - 36%
Depende devariáveis - 8%
PaulistaAlto risco - 70%
Baixo risco - 13%
Depende devariáveis - 17%
OlindaAlto risco - 29%
Baixo risco - 12%
Depende devariáveis - 59%
Área de inundação nas quatro cidades
Cenário otimista - 39.32 km2 Cenário pessimista - 53.69 km2
Fontes: IPCC (Painel do Clima da ONU), Centro de Estudos e Ensaios em Risco eModelagemAmbiental (Ceerma/UFPE)
Cuidar domeio ambiente é…“colocar água nas plantas e desligar a torneiraquando escovamos os dentes”Os adultos fazem de errado…“jogam lixo no chão”O que vou fazer quando crescer…“regar muitas plantas”
Ana Luísa Carneiro, 5 anos
ANA LUISA/DIVULGAÇÃO
Uma cadela e um peixinho
Cuidar domeio ambiente é…“desligar o chuveiro durante o banho enão jogar lixo no chão”Os adultos fazem de errado…“gastam água”O que vou fazer quando crescer…“reciclar o lixo”
Amanda Vidal, 6 anos
AMANDA VIDAL/DIVULGAÇÃO
Um cão e um pássaro
Cuidar domeio ambiente é…“fazer bonecos com rolo de papel higiênico e reciclar.Não cuidar só da gente,mas dos animais e das plantas”Os adultos fazem de errado…“jogar plástico na rua”O que vai fazer quando crescer…“colocar painel de energia solar na minha casa”
Matheus Silva, 6 anos
MATHEUS SOBEIRA/DIVULGACAO
Construçõeslocalizadas amenos de 30m(nas quatrocidades):
81,8%
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