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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA

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Didatismo e Conhecimento 1

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNO: CONCEITO E OBJETIVOS.

ESTADO:O Estado é uma criação humana destinada a manter a coexis-

tΓͺncia pacΓ­fica dos indivΓ­duos, a ordem social, de forma que os se-res humanos consigam se desenvolver e proporcionar o bem estar a toda sociedade. Pode ser definido como o exercΓ­cio de um poder polΓ­tico, administrativo e jurΓ­dico, exercido dentro de um determi-nado territΓ³rio, e imposto para aqueles indivΓ­duos que ali habitam.

GOVERNO:Γ‰ o conjunto de Γ³rgΓ£os e as atividades que eles exercem no

sentido de conduzir politicamente o Estado, definindo suas dire-trizes. Não se confunde com a Administração Pública em sentido estrito, que tem a função de realizar concretamente as diretrizes traçadas pelo Governo. Portanto, enquanto o Governo age com ampla discricionariedade, a Administração Pública atua de modo subordinado.

Sistema de Governo Γ© o modo como se relacionam os poderes; Executivo e Legislativo. Existem os seguintes sistemas de gover-no:

a) Presidencialista: O Chefe de Estado tambΓ©m Γ© o chefe de Governo. Γ‰ o sistema adotado no Brasil;

b) Parlamentarista: A chefia de Estado Γ© exercida por um pre-sidente ou um rei, sendo que a chefia de Governo fica a cargo de um gabinete de ministros, nomeados pelo Parlamento e liderados pelo primeiro-ministro;

c) Semi-presidencialista: Também chamado de sistema híbri-do, é aquele em que o chefe de Governo e o chefe de Estado com-partilham o Poder Executivo e exercem a Administração Pública;

d) Diretorial: O Poder executivo é exercido por um órgão colegiado escolhido pelo Parlamento. Ao contrÑrio do parlamen-tarismo, não hÑ possibilidade de destituição do diretório pelo Par-lamento.

As formas de Governo (ou sistemas políticos) dizem respeito ao conjunto das instituiçáes pelas quais o Estado exerce seu poder sobre a sociedade e, principalmente, o modo como o chefe de Es-tado é escolhido. Existem duas formas:

a) Presidencialismo: Escolhido pelo voto (direto ou indireto) para um mandato prΓ©-determinado;

b) Monarquia: Escolhido geralmente pelo critΓ©rio hereditΓ‘-rio, sua permanΓͺncia no cargo Γ© vitalΓ­cia - o afastamento sΓ³ pode ocorrer por morte ou abdicação. A monarquia pode ser absoluta, em que a chefia de Governo tambΓ©m estΓ‘ nas mΓ£os do monarca; ou parlamentarista, em que a chefia de Governo estΓ‘ nas mΓ£os do primeiro-ministro;

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:A administração pΓΊblica pode ser definida objetivamente

como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e, subjetivamente, como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.

Sob o aspecto operacional, administração pública é o desem-penho perene e sistemÑtico, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício da coletividade.

A administração pública pode ser direta, quando composta pelas suas entidades estatais (União, Estados, Municípios e DF), que não possuem personalidade jurídica própria, ou indireta quando compos-ta por entidades autÑrquicas, fundacionais e paraestatais.

Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pΓΊblica divide-se em dois sentidos: β€œEm sentido obje-tivo, material ou funcional, a administração pΓΊblica pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurΓ­dico de direito pΓΊblico, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgΓ’nico, pode-se definir Administração PΓΊblica, como sendo o conjunto de Γ³rgΓ£os e de pes-soas jurΓ­dicas aos quais a lei atribui o exercΓ­cio da função adminis-trativa do Estado”.

Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em sentido formal é o conjunto de entidade, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.

ELEMENTOS DO ESTADO:1) População: Reunião de indivíduos num determinado local,

submetidos a um poder central. O Estado vai controlar essas pessoas, visando, através do Direito, o bem comum. A população pode ser classificada como nação, quando os indivíduos que habitam o mesmo território possuem como elementos comuns a cultura, língua e reli-gião. Possuem nacionalidades, cultura, etnias e religiáes diferentes.

2) TerritΓ³rio: EspaΓ§o geogrΓ‘fico onde reside determinada po-pulação. Γ‰ limite de atuação dos poderes do Estado. Vale dizer que nΓ£o poderΓ‘ haver dois Estados exercendo seu poder num ΓΊnico ter-ritΓ³rio, e os indivΓ­duos que se encontram num determinado territΓ³rio estΓ£o submetidos a esse poder uno.

3) Soberania: Γ‰ o exercΓ­cio do poder do Estado, internamente e externamente. O Estado, dessa forma, deverΓ‘ ter ampla liberdade para controlar seus recursos, decidir os rumos polΓ­ticos, econΓ΄micos e sociais internamente e nΓ£o depender de nenhum outro Estado ou Γ³rgΓ£o internacional.

PODERES DO ESTADO:A existΓͺncia de trΓͺs Poderes e a idΓ©ia que haja um equilΓ­brio

entre eles, de modo que cada um dos trΓͺs exerΓ§a um certo controle sobre os outros Γ© sem dΓΊvida uma caracterΓ­stica das democracias mo-dernas. A noção da separação dos poderes foi intuΓ­da por AristΓ³teles, ainda na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez na Inglater-ra, em 1653. Sua formulação definitiva, porΓ©m, foi estabelecida por Montesquieu, na obra β€œO EspΓ­rito das Leis”, publicada em 1748, e cujo subtΓ­tulo Γ© β€œDa relação que as leis devem ter com a constituição de cada governo, com os costumes, com o clima, com a religiΓ£o, com o comΓ©rcio, etc.”

β€œΓ‰ preciso que, pela disposição das coisas, o poder retenha o poder”, afirma Montesquieu, propondo que os poderes executivo, le-gislativo e judiciΓ‘rio sejam divididos entre pessoas diferentes. Com isso, o filΓ³sofo francΓͺs estabelecia uma teoria a partir da prΓ‘tica que verificara na Inglaterra, onde morou por dois anos. A influΓͺncia da obra de Montesquieu pode ser medida pelo fato de a tripartição de poderes ter se tornado a regra em todos os paΓ­ses democrΓ‘ticos modernos e contemporΓ’neos.

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Didatismo e Conhecimento 2

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAExecutivo e LegislativoEm primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em

sentido estrito, é o próprio Governo. No caso brasileiro - uma re-pública presidencialista - o poder Executivo é constituído pelo Presidente da República, supremo mandatÑrio da nação, e por seus auxiliares diretos, os Ministros de Estado.

O poder Executivo exerce principalmente a função admi-nistrativa, gerenciando os negΓ³cios do Estado, aplicando a lei e zelando pelo seu cumprimento. AlΓ©m disso, o Executivo tambΓ©m exerce, em tese de modo limitado, a atividade legislativa atravΓ©s da edição de medidas provisΓ³rias com forΓ§a de lei e da criação de regulamentos para o cumprimento das leis. No entanto, desde o fim da ditadura militar, em 1985, os presidentes brasileiros de-monstram uma tendΓͺncia a abusar das medidas provisΓ³rias para fazer leis de seus interesses, quando estas sΓ³ deveriam ser editadas, de acordo com a Constituição, β€œem caso de urgΓͺncia e necessidade extraordinΓ‘ria”.

Fazer leis ou legislar é a função bÑsica do poder Legislativo, isto é, o Congresso Nacional. Composto pelo Senado e pela CÒ-mara dos Deputados, o Congresso também fiscaliza as contas do Executivo, por meio de Tribunais de Contas que são seus órgãos auxiliares, bem como investiga autoridades públicas, por meio de Comissáes Parlamentares de Inquéritos (CPIs). Ao Senado Fede-ral cabe ainda processar e julgar o presidente, o vice-presidente da República e os ministros de Estado no caso de crimes de res-ponsabilidade, após a autorização da CÒmara dos Deputados para instaurar o processo.

O Poder JudiciΓ‘rioJΓ‘ o poder JudiciΓ‘rio tem, com exclusividade, o poder de apli-

car a lei nos casos concretos submetidos à sua apreciação. Nesse sentido, cabe aos juízes garantir o livre e pleno debate da questão que opáe duas ou mais partes numa disputa cuja natureza pode variar - ser familiar, comercial, criminal, constitucional, etc. -, per-mitindo que todos os que serão afetados pela decisão da Justiça expor suas razáes e argumentos.

FINS:A Administração Pública tem como principal objetivo o inte-

resse pΓΊblico, seguindo os princΓ­pios constitucionais da legalida-de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia.

Quanto à organização e aos princípios, vamos estudar mais adiante em tópico oportuno.

2. EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

A evolução da administração pΓΊblica em nosso paΓ­s passou por trΓͺs modelos diferentes: a administração patrimonialista, a ad-ministração burocrΓ‘tica e a administração gerencial.

Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo do tem-po, nΓ£o significando, porΓ©m, que alguma delas tenha sido definiti-vamente abandonada.

Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder do governante e os seus funcionÑrios são considerados como membros da nobreza. O patrimônio do Es-tado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como prebendas (ocupaçáes rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de adminis-tração.

A administração pública burocrÑtica surge para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior. São princípios inerentes a este tipo de administração a impessoalidade, o for-malismo, a hierarquia funcional, a ideia de carreira pública e a profissionalização do servidor, consubstanciando a ideia de poder racional legal.

Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a corrupção. Existe uma desconfiança prévia dos adminis-tradores públicos e dos cidadãos que procuram o Estado com seus pleitos. São sempre necessÑrios, por esta razão, controles rígidos em todos os processos, como na admissão de pessoal, nas con-trataçáes do Poder Público e no atendimento às necessidades da população.

A administração burocrÑtica, embora possua o grande mérito de ser efetiva no controle dos abusos, corre o risco de transformar o controle a ela inerente em um verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para atingir seus objetivos. Com isso, a mÑquina administrativa volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão bÑsica, que é servir à sociedade. O seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente, auto-referente e incapaz de atender adequadamente os anseios dos cidadãos.

A administração pΓΊblica gerencial apresenta-se como solu-ção para estes problemas da burocracia. Priorizase a eficiΓͺncia da Administração, o aumento da qualidade dos serviΓ§os e a redução dos custos. Buscase desenvolver uma cultura gerencial nas or-ganizaçáes, com Γͺnfase nos resultados, e aumentar a governanΓ§a do Estado, isto Γ©, a sua capacidade de gerenciar com efetividade e eficiΓͺncia. O cidadΓ£o passa a ser visto com outros olhos, tor-nando-se peΓ§a essencial para o correto desempenho da atividade pΓΊblica, por ser considerado seu principal beneficiΓ‘rio, o cliente dos serviΓ§os prestados pelo Estado.

A administração gerencial constitui um avanço, mas sem romper em definitivo com a administração burocrÑtica, pois não nega todos os seus métodos e princípios. Na verdade, o gerencia-lismo apóiase na burocracia, conservando seus preceitos bÑsicos, como a admissão de pessoal segundo critérios rígidos, a merito-cracia na carreira pública, as avaliaçáes de desempenho,o aperfei-çoamento profissional e um sistema de remuneração estruturado. A diferença reside na maneira como é feito o controle, que passa a concentrarse nos resultados, não mais nos processos em si, procu-rando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais resultados, que serão verificados posteriormente.

Aceita-se também uma maior participação da sociedade ci-vil na prestação de serviços que não sejam exclusivos de Estado. São as chamadas entidades paraestatais, que compáem o terceiro setor, composto por entidades da sociedade civil de fins públicos e não lucrativos, como as organizaçáes sociais e as organizaçáes da sociedade civil de interesse público (OSCIPs). Este setor passa a coexistir com o primeiro setor, que é o Estado, e com o segundo setor, que é o mercado.

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Didatismo e Conhecimento 3

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICANa administração gerencial, a noção de interesse pΓΊblico Γ©

diferente da que existe no modelo burocrΓ‘tico. A burocracia vΓͺ o interesse pΓΊblico como o interesse do prΓ³prio Estado. A adminis-tração pΓΊblica gerencial nega essa visΓ£o, identificando este inte-resse com o dos cidadΓ£os, passando os integrantes da sociedade a serem vistos como clientes dos serviΓ§os pΓΊblicos.

Atualmente, o modelo gerencial na Administração PΓΊblica vem cada vez mais se consolidando, com a mudanΓ§a de estruturas organizacionais, o estabelecimento de metas a alcanΓ§ar, a redu-ção da mΓ‘quina estatal, a descentralização dos serviΓ§os pΓΊblicos, a criação das agΓͺncias reguladoras para zelar pela adequada pres-tação dos serviΓ§os etc. O novo modelo propΓ΅e-se a promover o aumento da qualidade e da eficiΓͺncia dos serviΓ§os oferecidos pelo Poder PΓΊblico aos seus clientes: os cidadΓ£os.

www.editoraferreira.com.br 2 Luciano Oliveira

3. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO.

CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pΓΊblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicΓ­pios obedecerΓ‘ aos princΓ­pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia e, tambΓ©m, ao seguinte: (Re-dação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funçáes públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaçáes para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - o prazo de validade do concurso pΓΊblico serΓ‘ de atΓ© dois anos, prorrogΓ‘vel uma vez, por igual perΓ­odo;

IV - durante o prazo improrrogÑvel previsto no edital de con-vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos serÑ convocado com prioridade sobre novos con-cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funçáes de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condiçáes e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-buiçáes de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-sociação sindical;

VII - o direito de greve serÑ exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

VIII - a lei reservarΓ‘ percentual dos cargos e empregos pΓΊbli-cos para as pessoas portadoras de deficiΓͺncia e definirΓ‘ os critΓ©rios de sua admissΓ£o;

IX - a lei estabelecerÑ os casos de contratação por tempo deter-minado para atender a necessidade temporÑria de excepcional inte-resse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun-çáes e empregos públicos da administração direta, autÑrquica e fun-dacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensáes ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su-premo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no Òmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no Òmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no Òmbito do Poder JudiciÑrio, aplicÑvel este limite aos membros do Mi-nistério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder JudiciΓ‘rio nΓ£o poderΓ£o ser superiores aos pagos pelo Poder Execu-tivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - os acréscimos pecuniÑrios percebidos por servidor públi-co não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horÑrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissáes regulamentadas; (Redação dada pela Emen-da Constitucional nº 34, de 2001)

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAXVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-

çáes e abrange autarquias, fundaçáes, empresas públicas, socieda-des de economia mista, suas subsidiÑrias, e sociedades controla-das, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVIII - a administração fazendΓ‘ria e seus servidores fiscais terΓ£o, dentro de suas Γ‘reas de competΓͺncia e jurisdição, precedΓͺn-cia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX – somente por lei especΓ­fica poderΓ‘ ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pΓΊblica, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo Γ  lei complementar, neste ΓΊltimo caso, definir as Γ‘reas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria-ção de subsidiÑrias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviΓ§os, compras e alienaçáes serΓ£o contratados mediante processo de licitação pΓΊblica que assegure igualdade de condiçáes a todos os concorrentes, com clΓ‘usulas que estabeleΓ§am obriga-çáes de pagamento, mantidas as condiçáes efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirΓ‘ as exigΓͺncias de quali-ficação tΓ©cnica e econΓ΄mica indispensΓ‘veis Γ  garantia do cumpri-mento das obrigaçáes. (Regulamento)

XXII - as administraçáes tributΓ‘rias da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓ­pios, atividades essenciais ao funcio-namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especΓ­fi-cas, terΓ£o recursos prioritΓ‘rios para a realização de suas atividades e atuarΓ£o de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaçáes fiscais, na forma da lei ou convΓͺ-nio. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 42, de 19.12.2003)

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverÑ ter carÑter educativo, in-formativo ou de orientação social, dela não podendo constar no-mes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º A não observÒncia do disposto nos incisos II e III impli-carÑ a nulidade do ato e a punição da autoridade responsÑvel, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinarÑ as formas de participação do usuÑrio na administração pública direta e indireta, regulando especialmen-te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - as reclamaçáes relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuÑrio e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - o acesso dos usuÑrios a registros administrativos e a infor-maçáes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - a disciplina da representação contra o exercício negli-gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a in-disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erÑrio, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º A lei estabelecerÑ os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre-juízos ao erÑrio, ressalvadas as respectivas açáes de ressarcimento.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu-rado o direito de regresso contra o responsÑvel nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporÑ sobre os requisitos e as restriçáes ao ocu-pante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informaçáes privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentÑria e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderÑ ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - o prazo de duração do contrato;II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, di-

reitos, obrigaçáes e responsabilidade dos dirigentes;III - a remuneração do pessoal.Ӥ 9ΒΊ O disposto no inciso XI aplica-se Γ s empresas pΓΊblicas

e Γ s sociedades de economia mista, e suas subsidiΓ‘rias, que rece-berem recursos da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal ou dos MunicΓ­pios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

Β§ 10. Γ‰ vedada a percepção simultΓ’nea de proventos de apo-sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a re-muneração de cargo, emprego ou função pΓΊblica, ressalvados os cargos acumulΓ‘veis na forma desta Constituição, os cargos eleti-vos e os cargos em comissΓ£o declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 1998)

Β§ 11. NΓ£o serΓ£o computadas, para efeito dos limites remune-ratΓ³rios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carΓ‘ter indenizatΓ³rio previstas em lei. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput des-te artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu Òmbito, mediante emenda às respectivas Constituiçáes e Lei OrgÒnica, como limite único, o subsídio mensal dos Desem-bargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parÑgrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autÑr-quica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposiçáes: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-tal, ficarÑ afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, serÑ afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-ração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibi-lidade de horÑrios, perceberÑ as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, serÑ aplicada a norma do inciso anterior;

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAIV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer-

cício de mandato eletivo, seu tempo de serviço serÑ contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefΓ­cio previdenciΓ‘rio, no caso de afas-tamento, os valores serΓ£o determinados como se no exercΓ­cio es-tivesse.

Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 39. A UniΓ£o, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-cΓ­pios instituirΓ£o, no Γ’mbito de sua competΓͺncia, regime jurΓ­dico ΓΊnico e planos de carreira para os servidores da administração pΓΊ-blica direta, das autarquias e das fundaçáes pΓΊblicas. (Vide ADIN nΒΊ 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios instituirão conselho de política de administração e remunera-ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec-tivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padráes de vencimento e dos demais com-ponentes do sistema remuneratório observarÑ: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

II - os requisitos para a investidura; (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

Β§ 2ΒΊ A UniΓ£o, os Estados e o Distrito Federal manterΓ£o escolas de governo para a formação e o aperfeiΓ§oamento dos servidores pΓΊblicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requi-sitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convΓͺnios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

Β§ 3ΒΊ Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pΓΊblico o disposto no art. 7ΒΊ, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisi-tos diferenciados de admissΓ£o quando a natureza do cargo o exi-gir. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

Β§ 4ΒΊ O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os SecretΓ‘rios Estaduais e Municipais serΓ£o remunerados exclusivamente por subsΓ­dio fixado em parcela ΓΊni-ca, vedado o acrΓ©scimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prΓͺmio, verba de representação ou outra espΓ©cie remuneratΓ³ria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (In-cluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios poderÑ estabelecer a relação entre a maior e a menor re-muneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e JudiciÑrio publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Β§ 7ΒΊ Lei da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓ­pios disciplinarΓ‘ a aplicação de recursos orΓ§amentΓ‘rios pro-venientes da economia com despesas correntes em cada Γ³rgΓ£o, autar-quia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, moderni-zação, reaparelhamento e racionalização do serviΓ§o pΓΊblico, inclusive sob a forma de adicional ou prΓͺmio de produtividade. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em car-reira poderÑ ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓ­pios, incluΓ­das suas au-tarquias e fundaçáes, Γ© assegurado regime de previdΓͺncia de carΓ‘ter contributivo e solidΓ‘rio, mediante contribuição do respectivo ente pΓΊblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, obser-vados critΓ©rios que preservem o equilΓ­brio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 1ΒΊ Os servidores abrangidos pelo regime de previdΓͺncia de que trata este artigo serΓ£o aposentados, calculados os seus proventos a par-tir dos valores fixados na forma dos §§ 3ΒΊ e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em servi-ço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurÑvel, na forma da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efe-tivo em que se darÑ a aposentadoria, observadas as seguintes condi-çáes: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se ho-mem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mu-lher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribui-ção. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

Β§ 2ΒΊ - Os proventos de aposentadoria e as pensΓ΅es, por ocasiΓ£o de sua concessΓ£o, nΓ£o poderΓ£o exceder a remuneração do respectivo ser-vidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referΓͺncia para a concessΓ£o da pensΓ£o. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

Β§ 3ΒΊ Para o cΓ‘lculo dos proventos de aposentadoria, por ocasiΓ£o da sua concessΓ£o, serΓ£o consideradas as remuneraçáes utilizadas como base para as contribuiçáes do servidor aos regimes de previdΓͺn-cia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 4ΒΊ Γ‰ vedada a adoção de requisitos e critΓ©rios diferenciados para a concessΓ£o de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementa-res, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 47, de 2005)

Page 8: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 6

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAI portadores de deficiΓͺncia; (IncluΓ­do pela Emenda Constitu-

cional nº 47, de 2005)II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 47, de 2005)III cujas atividades sejam exercidas sob condiçáes especiais

que prejudiquem a saΓΊde ou a integridade fΓ­sica. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 47, de 2005)

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, «a», para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funçáes de magistério na educação infantil e no en-sino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 20, de 15/12/98)

Β§ 6ΒΊ - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulΓ‘veis na forma desta Constituição, Γ© vedada a percepção de mais de uma aposentadoria Γ  conta do regime de previdΓͺncia previsto neste artigo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

§ 7º Lei disporÑ sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que serÑ igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci-do, atΓ© o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓ­cios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposen-tado Γ  data do Γ³bito; ou (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no car-go efetivo em que se deu o falecimento, atΓ© o limite mΓ‘ximo esta-belecido para os benefΓ­cios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do Γ³bito. (IncluΓ­-do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 8ΒΊ Γ‰ assegurado o reajustamento dos benefΓ­cios para preser-var-lhes, em carΓ‘ter permanente, o valor real, conforme critΓ©rios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal serÑ contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor-respondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 10 - A lei não poderÑ estabelecer qualquer forma de con-tagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

Β§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, Γ  soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos pΓΊblicos, bem como de ou-tras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de pre-vidΓͺncia social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulΓ‘vel na forma desta Constituição, cargo em comissΓ£o declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

Β§ 12 - AlΓ©m do disposto neste artigo, o regime de previdΓͺn-cia dos servidores pΓΊblicos titulares de cargo efetivo observarΓ‘, no que couber, os requisitos e critΓ©rios fixados para o regime geral de previdΓͺncia social. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

Β§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissΓ£o declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporΓ‘rio ou de emprego pΓΊblico, aplica-se o regime geral de previdΓͺncia social. (IncluΓ­do pela Emenda Cons-titucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

Β§ 14 - A UniΓ£o, os Estados, o Distrito Federal e os MunicΓ­pios, desde que instituam regime de previdΓͺncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderΓ£o fixar, para o valor das aposentadorias e pensΓ΅es a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓ­cios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

Β§ 15. O regime de previdΓͺncia complementar de que trata o Β§ 14 serΓ‘ instituΓ­do por lei de iniciativa do respectivo Poder Exe-cutivo, observado o disposto no art. 202 e seus parΓ‘grafos, no que couber, por intermΓ©dio de entidades fechadas de previdΓͺncia com-plementar, de natureza pΓΊblica, que oferecerΓ£o aos respectivos par-ticipantes planos de benefΓ­cios somente na modalidade de contri-buição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 16 - Somente mediante sua prΓ©via e expressa opção, o dis-posto nos §§ 14 e 15 poderΓ‘ ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviΓ§o pΓΊblico atΓ© a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdΓͺncia complemen-tar. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cÑlculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualiza-dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Β§ 18. IncidirΓ‘ contribuição sobre os proventos de aposenta-dorias e pensΓ΅es concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓ­cios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, com per-centual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigΓͺncias para aposentadoria voluntΓ‘ria estabelecidas no Β§ 1ΒΊ, III, a, e que opte por permanecer em atividade farΓ‘ jus a um abono de permanΓͺncia equivalente ao valor da sua contribuição previden-ciΓ‘ria atΓ© completar as exigΓͺncias para aposentadoria compulsΓ³ria contidas no Β§ 1ΒΊ, II. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 20. Fica vedada a existΓͺncia de mais de um regime prΓ³prio de previdΓͺncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, Β§ 3ΒΊ, X. (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)

Β§ 21. A contribuição prevista no Β§ 18 deste artigo incidirΓ‘ ape-nas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensΓ£o que superem o dobro do limite mΓ‘ximo estabelecido para os be-nefΓ­cios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiΓ‘rio, na forma da lei, for portador de doenΓ§a incapacitante. (IncluΓ­do pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 47, de 2005)

Art. 41. SΓ£o estΓ‘veis apΓ³s trΓͺs anos de efetivo exercΓ­cio os ser-vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pΓΊblico. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

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Didatismo e Conhecimento 7

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1ΒΊ O servidor pΓΊblico estΓ‘vel sΓ³ perderΓ‘ o cargo: (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (In-

cluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-

rada ampla defesa; (IncluΓ­do pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de de-sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defe-sa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estÑvel, serÑ ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se es-tÑvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re-muneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o ser-vidor estÑvel ficarÑ em disponibilidade, com remuneração propor-cional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obriga-tória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

PRINCÍPIOS EXPRESSOS CONSTITUCIONALMENTE

A atividade administrativa, em qualquer dos poderes ou esfe-ras, obedece aos princΓ­pios gerais e constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia, como im-pΓ΅e a norma fundamental do artigo 37 da Constituição da RepΓΊbli-ca Federativa do Brasil de 1988, que assim dispΓ΅e em seu caput:

β€œArt. 37. A administração pΓΊblica direta e indireta de qual-quer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓ­pios obedecerΓ‘ aos princΓ­pios de legalidade, impessoalida-de, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia e, tambΓ©m, ao seguinte”.

Diante de tais princΓ­pios expressos constitucionalmente te-mos:

Princípio da Legalidade: Este é o principal conceito para a configuração do regime jurídico-administrativo, pois se justifica no sentido de que a Administração Pública só poderÑ ser exercida quando estiver em conformidade com a Lei.

O Administrador PΓΊblico nΓ£o pode agir, nem mesmo deixar de agir, senΓ£o de acordo com o que dispΓ΅e a Lei.

Para que a administração possa atuar, nΓ£o basta Γ  inexistΓͺncia de proibição legal, Γ© necessΓ‘ria para tanto a existΓͺncia de deter-minação ou autorização de atuação administrativa na lei. Os par-ticulares podem fazer tudo o que a Lei nΓ£o proΓ­ba, entretanto a Administração PΓΊblica sΓ³ pode fazer aquilo que a lei autorizar.

Importante ainda esclarecer que a administração pública estÑ obrigada, no exercício de suas atribuiçáes, à observÒncia não ape-nas dos dispositivos legais, mas também em respeito aos princí-pios jurídicos como um todo, inclusive aos atos e normas editadas pela própria administração pública.

Princípio da Impessoalidade: Por tal princípio temos que a Ad-ministração Pública tem que manter uma posição de neutralidade em relação aos seus administrados, não podendo prejudicar nem mesmo privilegiar quem quer que seja. Dessa forma a Administra-ção pública deve servir a todos, sem distinção ou aversáes pessoais ou partidÑrias, buscando sempre atender ao interesse público.

Impede o princΓ­pio da impessoalidade que o ato administrati-vo seja emanado com o objetivo de atender a interesses pessoais do agente pΓΊblico ou de terceiros, devendo ter a finalidade exclu-sivamente ao que dispΓ΅e a lei, de maneira eficiente e impessoal.

Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade possui estreita relação com o também principio constitucional da isono-mia, ou igualdade, sendo dessa forma vedadas perseguiçáes ou benesses pessoais.

Princípio da Moralidade: Tal princípio vem expresso na Cons-tituição Federal no caput do artigo 37, que trata especificamente da moral administrativa, onde se refere à ideia de probidade e boa-fé.

A partir da Constituição de 1988, a moralidade passou ao sta-tus de principio constitucional, dessa maneira pode-se dizer que um ato imoral é também um ato inconstitucional.

A falta da moral comum impáe, nos atos administrativos a presença coercitiva e obrigatória da moral administrativa, que se constitui de um conjunto de regras e normas de conduta impostas ao administrador da coisa pública.

Assim o legislador constituinte utilizando-se dos conceitos da Moral e dos Costumes uma fonte subsidiÑria do Direito positivo, como forma de impor à Administração Pública, por meio de juízo de valor, um comportamento obrigatoriamente ético e moral no exercício de suas atribuiçáes administrativas, através do pressu-posto da moralidade.

A noção de moral administrativa nΓ£o esta vinculada Γ s con-vicçáes intimas e pessoais do agente pΓΊblico, mas sim a noção de atuação adequada e Γ©tica perante a coletividade, durante a gerΓͺncia da coisa pΓΊblica.

PrincΓ­pio da Publicidade: Por este principio constitucional, te-mos que a administração tem o dever de oferecer transparΓͺncia de todos os atos que praticar, e de todas as informaçáes que estejam armazenadas em seus bancos de dados referentes aos administra-dos.

Portanto, se a Administração Pública tem atuação na defesa e busca aos interesses coletivos, todas as informaçáes e atos pratica-dos devem ser acessíveis aos cidadãos.

Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação oficial como requisito de sua eficÑcia, salvo as exceçáes previstas em lei, onde o sigilo deve ser mantido e preservado.

PrincΓ­pio da EficiΓͺncia: Por tal principio temos a imposição exigΓ­vel Γ  Administração PΓΊblica de manter ou ampliar a qualida-de dos serviΓ§os que presta ou pΓ΅e a disposição dos administrados, evitando desperdΓ­cios e buscando a excelΓͺncia na prestação dos serviΓ§os.

Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando boa prestação de serviço, da maneira mais simples, mais célere e mais econômica, melhorando o custo-benefício da atividade da admi-nistração pública.

O administrador deve procurar a solução que melhor atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao mÑximo os recur-sos públicos, evitando dessa forma desperdícios.

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Didatismo e Conhecimento 8

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAPRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-

BLICA

A doutrina administrativa adota diversos princΓ­pios implΓ­citos que norteiam a atividade administrativa do Estado, entretanto, nos preocupamos em elencar os principais, senΓ£o vejamos:

PrincΓ­pio da Supremacia do Interesse PΓΊblico: Tal PrincΓ­pio, muito embora nΓ£o se encontre expresso no enunciado do texto constitucional Γ© de suma importΓ’ncia para a atividade administra-tiva, tendo em vista que, em decorrΓͺncia do regime democrΓ‘tico adotado pelo Brasil, bem como o seu sistema representativo, temos que toda a atuação do Poder PΓΊblico seja consubstanciada pelo interesse pΓΊblico e coletivo.

Assim, para que o Estado possa atingir a finalidade principal que lhe foi imposta pelo ordenamento jurídico, qual seja, o inte-resse público, é assegurado a administração pública uma série de prerrogativas, não existente no direito privado, para que se alcance a vontade comum da coletividade.

Assim, a supremacia do interesse pΓΊblico deve se sobressair sobre os direitos particulares dos administrados, pois decorre deste princΓ­pio que, na hipΓ³tese de haver um conflito entre o interesse pΓΊblico e os interesses de particulares, Γ© evidente e lΓ³gico que a vontade comum e o interesse coletivo deve prevalecer, respeitados os princΓ­pios do devido processo legal, e do direito adquirido.

PrincΓ­pio da Indisponibilidade do Interesse PΓΊblico: Em de-corrΓͺncia do princΓ­pio da indisponibilidade do interesse pΓΊblico sΓ£o vedados ao administrador da coisa pΓΊblica qualquer ato que implique em renΓΊncia a direitos da administração, ou que de ma-neira injustificada e excessiva onerem a sociedade.

Dessa maneira, a administração pública deve ter sai ação con-trolada pelo povo, por meios de mecanismos criados pelo Estado para esta finalidade, visto que o interesse público não pode ser disponível.

Princípio da Autotutela: O direito Administrativo, diante de suas prerrogativas confere à Administração Pública o poder de corrigir de oficio seus próprios atos, revogando os irregulares e inoportunos e anulando os manifestamente ilegais, respeitado o di-reito adquirido e indenizando os prejudicados, cuja atuação tem a característica de autocontrole de seus atos, verificando o mérito do ato administrativo e ainda sua legalidade;

Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade: A Adminis-tração deve agir com bom senso, de modo razoÑvel e proporcional à situação fÑtica que se apresenta.

A legislação proporciona ao Administrador PΓΊblico margem de liberdade para atuar durante a execução da atividade adminis-trativa, ficando limitado pelo PrincΓ­pio da Razoabilidade e Propor-cionalidade a arbitrariedade administrativa, sendo certo que a ca-rΓͺncia de observΓ’ncia a tal PrincΓ­pio configura em abuso de poder.

Princípio da Continuidade: Os serviços públicos não podem parar, devendo manter-se sempre em funcionamento, dentro das formas e períodos próprios de sua regular prestação, dada a im-portÒncia que a execução de tais serviços públicos representa a coletividade.

Assim a prestação da atividade administrativa deve ser exe-cutada de forma contínua, sendo certo que tal Princípio influen-cia fortemente a determinação e limitação legal imposta aos servidores públicos a realização de greves, visto que os servi-ços públicos considerados essenciais para a coletividade não poderÑ sofrer prejuízos em razão de greves ou paralisaçáes de seus agentes públicos.

4. SERVIΓ‡OS PÚBLICOS: CONCEITO; CARACTERÍSTICAS; CLASSIFICAÇÃO;

TITULARIDADE; PRINCÍPIOS.

CONCEITO:

Inicialmente, devemos elucidar que a Constituição Federal de 1988 nΓ£o conceitua β€œserviΓ§o pΓΊblico”, e tampouco temos no ordena-mento jurΓ­dico pΓ‘trio, em leis esparsas, seu significado legal.

Dessa maneira temos que ficou sob os cuidados da doutrina admi-nistrativa elaborar seu significado, entretanto, nΓ£o existe um conceito doutrinΓ‘rio consensual de β€œserviΓ§o pΓΊblico”.

Nos ensinamentos do Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, te-mos o conceito de serviço público como:

β€œCertas atividades (consistentes na prestação de utilidade ou co-modidade material) destinada a satisfazer a coletividade em geral, sΓ£o qualificadas como serviΓ§os pΓΊblicos quando, em dado tempo, o Estado reputa que nΓ£o convΓ©m relegΓ‘-las simplesmente a livre iniciativa; ou seja, que nΓ£o Γ© socialmente desejΓ‘vel fiquem tΓ£o sΓ³ assujeitadas Γ  fis-calização e controles que exerce sobre a generalidade das atividades privadas.”

Celso AntΓ΄nio Bandeira de Mello ainda complementa seu conceito afirmando que:

β€œΓ‰ toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada Γ  satisfação da coletividade em geral, mas fruΓ­vel singularmente pelos administrados, que o Estado assume como per-tinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faΓ§a Γ s vezes, sob um regime de Direito PΓΊblico – portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restriçáes especiais -, instituΓ­do em favor dos interesses definidos como pΓΊblicos no sistema normativo”.

Segundo o jurista Hely Lopes de Meirelles, serviço público é:

β€œTodo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controle estatal, para satisfazer necessidades essenciais ou secundΓ‘rias da coletividade, ou simples conveniΓͺncia do Estado”.

Para a ProfΒͺ. Maria Sylvia ZanellaDi Prieto Γ© necessΓ‘rio o entendi-mento de serviΓ§os pΓΊblicos sob a Γ³tica de dois elementos, β€˜subjetivo’ e β€˜formal’, senΓ£o vejamos seu posicionamento:

β€œO elemento subjetivo, porque nΓ£o mais se pode considerar que as pessoas jurΓ­dicas pΓΊblicas sΓ£o as ΓΊnicas que prestam serviΓ§os pΓΊbli-cos; os particulares podem fazΓͺ-lo por delegação do poder pΓΊbli-co, e o elemento formal, uma vez que nem todo serviΓ§o pΓΊblico Γ© prestado sob regime jurΓ­dico exclusivamente pΓΊblico”.

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Didatismo e Conhecimento 9

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAAssim, verifica-se que, nas mais variadas concepçáes jurΓ­di-

cas acerca do conceito de β€œserviΓ§o pΓΊblico”, podemos facilmente definir os pontos em comum e aceitar, de maneira ampla que ser-viΓ§o pΓΊblico Γ© como o conjunto de todas as atividades exercidas pelo Estado ou delegados, sob o regime jurΓ­dico de direito pΓΊblico, ou seja, a atividade jurisdicional, atividade de governo, atividade legislativa, prestação de serviΓ§o pΓΊblico, colocados a disposição da coletividade.

De outra forma, estudando o conceito de β€œserviΓ§o pΓΊblico”, mas sob anΓ‘lise mais restritiva, temos que sΓ£o todas as prestaçáes de utilidade ou comodidades materiais efetuadas diretamente e ex-clusivamente ao povo, seja pela administração pΓΊblica ou pelos delegatΓ‘rios de serviΓ§o pΓΊblico, voltado sempre Γ  satisfação dos interesses coletivos.

O objetivo da Administração Pública, no exercício de suas atribuiçáes, é de garantir à coletividade a prestação dos serviços públicos de maneira tal que possa corresponder aos anseios da co-letividade, atingindo diretamente o interesse público, devendo o Poder Público disciplinar a aplicação dos recursos materiais (orça-mentÑrios), visando à aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, mo-dernização e otimização da prestação dos serviços públicos.

CLASSIFICAÇÃO

A doutrina administrativa majoritÑria assim classifica os ser-viços públicos:

ServiΓ§os de Utilidade PΓΊblica - ServiΓ§os de utilidade pΓΊblica sΓ£o os que a Administração, reconhecendo sua conveniΓͺncia para os membros da sociedade, presta-os diretamente ou autoriza para que sejam prestados por terceiros (concessionΓ‘rios, permissionΓ‘-rios ou autorizatΓ‘rios), nas condiçáes regulamentadas pela lei e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuΓ‘rios. Ex.: os serviΓ§os de transporte coletivo, energia elΓ©trica, telefone.

Serviços próprios do Estado - são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuiçáes do Poder Público, tais como segu-rança, polícia, higiene e saúde públicas etc, e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administra-dos e seus próprios recursos materiais e pessoais.

Característica dos serviços próprios do Estado é que não po-dem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua essenciali-dade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.

Serviços impróprios do Estado - são os que não afetam subs-tancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem in-teresses comuns de seus membros, assim entendido como como-didades, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundaçáes go-vernamentais), ou delega sua prestação.

ServiΓ§os Gerais ou β€œuti universi” - sΓ£o aqueles que a Admi-nistração presta sem ter usuΓ‘rios determinados, tΓ£o somente para atender Γ  coletividade como um todo. Ex.: polΓ­cia, iluminação pΓΊ-blica, calΓ§amento.

ServiΓ§os Individuais ou β€œuti singuli” - sΓ£o os que tΓͺm usuΓ‘-rios determinados ou determinΓ‘veis e sua utilização pelos particu-lares e mensurΓ‘vel para cada destinatΓ‘rio. Ex.: o telefone, a Γ‘gua e a energia elΓ©trica domiciliares.

COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS PARA A PRES-TAÇÃO DE SERVIΓ‡OS PÚBLICOS

Ao analisar a questΓ£o da repartição de competΓͺncias para a instituição, regulamentação, controle, delegação, execução direta ou retomada de um serviΓ§o pΓΊblico, nΓ£o nos deparamos com gran-des dificuldades, tendo em vista que ela respeita as mesmas regras gerais de repartição de competΓͺncias positivadas na Constituição Federal.

Entretanto, temos que nem sempre constituição irÑ expressa-mente, prever a qual ente federado compete a titularidade de um serviço público específico.

Em diversos casos, Γ© necessΓ‘rio nos socorrermos, de forma subsidiΓ‘ria, ao princΓ­pio da predominΓ’ncia do interesse pΓΊblico.

Via de regra, a dΓΊvida surgirΓ‘ nos casos de conflito de compe-tΓͺncias e, por meio do critΓ©rio da extensΓ£o territorial do interesse, serΓ‘ possΓ­vel determinar qual solução para o caso por meio da apli-cação desse princΓ­pio.

Vejamos, em respeito ao pacto federativo, podemos afirmar que a constituição positivou um sistema complexo de distribuição de competΓͺncias, no qual um ente federado nΓ£o tem autoridade sobre os outros, pois inexiste hierarquia entre a UniΓ£o, os Estados, os MunicΓ­pios e o Distrito Federal e, em regra, suas esferas de atuação nΓ£o se confundem.

Dessa maneira, nos artigos 20 e 21 da Constituição Federal estΓ£o indicadas as competΓͺncias da UniΓ£o; no artigo 30,incisos I e V, Γ© designado ao municΓ­pio competΓͺncia para organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessΓ£o ou permissΓ£o, os serviΓ§os pΓΊblicos de interesse local, incluΓ­do o de transporte coletivo (pΓΊ-blico); ao passo que aos estados fica designada competΓͺncia para distribuição de gΓ‘s canalizado, artigo 25 Β§ 2ΒΊ Constituição Federal, e as demais competΓͺncias, as chamas remanescentes, artigo 25 Β§ 1ΒΊ, nΓ£o listadas expressamente na constituição, nΓ£o vedadas e que nΓ£o tenham sido atribuΓ­das Γ  UniΓ£o ou aos MunicΓ­pios. Essas sΓ£o as regras que estabelecem os chamados serviΓ§os pΓΊblicos privati-vos.

Assim, a o texto constitucional estipula regime de repartição que deve ser lido da seguinte forma:

a) observação das hipΓ³teses taxativas de competΓͺncia da UniΓ£o,

b) observação das competΓͺncias reservadas ao municΓ­pio (in-teresse local e transporte pΓΊblico) e;

c) inferΓͺncia das competΓͺncias dos Estados; aquelas que nΓ£o lhe sΓ£o expressamente vedadas, as que nΓ£o se encontram no campo delimitado aos dois primeiros e mais sua ΓΊnica previsΓ£o expressa (distribuição de gΓ‘s canalizado).

Ademais, em seus artigo 23 e 24 , ficam apartadas as compe-tΓͺncias comum e concorrente, respectivamente.

A competΓͺncia comum Γ© caracterizada quando mais de um ente federativo tem previsΓ£o de atuação na Γ‘rea administrativa ci-tada, podendo assim atuar juntos, sem predominΓ’ncia por prefe-rΓͺncia ou hierarquia e, portanto, a atuação de um nΓ£o afasta a de outro.

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Didatismo e Conhecimento 10

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Assim, os serviços públicos compreendidos no artigo 23 se-rão os serviços públicos comuns, expressão mÑxima do que José dos Santos Carvalho Filho convencionou chamar real federalismo cooperativo.

Por outro lado, a competΓͺncia concorrente, tambΓ©m denomi-nada supletiva, Γ© um tΓ­pico caso de repartição do poder de legis-lar. Sendo assim, cabe a UniΓ£o estabelecer normas gerais e aos estados e municΓ­pios complementΓ‘-las, tendo estes, na ausΓͺncia da regra geral, autorização para exercer a competΓͺncia legislativa plena.

A Constituição Federal, alΓ©m de partilhar a competΓͺncia de prestação de serviΓ§o pΓΊblico entre os entes federados, tambΓ©m prevΓͺ as formas em que esses serviΓ§os serΓ£o executados.

Os serviΓ§os, sendo de competΓͺncia do poder pΓΊblico, podem ser prestados sob as seguintes formas: sob a forma direta, na qual o ente competente para a prestação vai executΓ‘-lo ele mesmo, sen-do um exemplo a defesa nacional, atΓ© porque indelegΓ‘vel, e sobre a forma indireta, quando nΓ£o forem prestados pelo estado direta-mente, mas delegados por contrato ou pela lei.

A delegação legal, é feita por meio das empresas públicas e sociedades de economia mista, enquanto a delegação por contrato ocorre sob o regime de concessão ou permissão, artigo 175 da Constituição de 88.

Art. 175 – Incumbe ao Poder PΓΊblico, na forma da lei, direta-mente ou sob regime de concessΓ£o ou permissΓ£o, sempre atravΓ©s de licitação, a prestação de serviΓ§o pΓΊblico.

Nosso ordenamento jurídico, por meio de norma infraconsti-tucional regula ainda a prestação dos serviços públicos por meio de empresas privadas.

A lei que rege a concessΓ£o e permissΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos atualmente Γ© a Lei 8.987/95. Ela define a concessΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico como β€œa delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrΓͺncia, Γ  pessoa jurΓ­dica ou consΓ³rcio de empresas que demonstre capa-cidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”.

Ainda diferencia a concessΓ£o comum precedida da execução de obra pΓΊblica da concessΓ£o comum anteriormente mencionada; ao que acrescentamos serem diferentes da concessΓ£o especial da lei 11.079/04 (PPP’s).

Enquanto isso, a permissΓ£o Γ© definida como a β€œa delegação, a tΓ­tulo precΓ‘rio, mediante licitação, da prestação de serviΓ§os pΓΊ-blicos, feita pelo poder concedente Γ  pessoa fΓ­sica ou jurΓ­dica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”.

Finalmente, o artigo 21, incisos IX e X da Constituição Fe-deral, prevΓͺ tambΓ©m a possibilidade de delegação de serviΓ§os por meio do instituto da β€œautorização”.

Não hÑ consenso na doutrina quando a possibilidade de de-legação de serviço público por meio do instituto da autorização. Isso porque enquanto para uns ela seria mais uma modalidade de delegação de serviço público aos particulares, para outros o arti-go não se refere aos serviços públicos, mas uma nova espécie de atividade econômica lato sensu, que seriam as atividades privadas de interesse público.

As formas de prestação de serviço público por terceiros parti-culares serÑ melhor analisada em momento oportuno.

PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DOS SERVIΓ‡OS PÚ-BLICOS:

A relevΓ’ncia e a prevalΓͺncia do interesse coletivo sobre o interesse de particulares informam os princΓ­pios que orientam a disposição e organização do funcionamento dos serviΓ§os pΓΊblicos. Importante ressaltar que, a figura principal no serviΓ§o pΓΊblico nΓ£o Γ© seu titular, nem mesmo o prestador dele, as sim o usuΓ‘rio dos serviΓ§os.

Além dos princípios gerais do Direito Administrativo, tanto os princípios expressos na Constituição Federal, como também os implícitos, presentes em toda a atividade administrativa, especifi-camente na prestação dos serviços públicos, identifica-se a presen-ça de mais quatros, que norteia e orienta a prestação dos serviços colocados a disposição da coletividade, quais são: o Princípio da Continuidade do Serviço Público; Principio da Mutabilidade do Regime Jurídico e o Princípio da Igualdade dos UsuÑrios do Servi-ço Público, e ainda o Princípio do Aperfeiçoamento.

Princípio da Continuidade do Serviço Público: O serviço pú-blico deve ser prestado de maneira continua o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre justamente pela pró-pria importÒncia de que o serviço público se reveste diante dos anseios da coletividade.

Γ‰ o principio que orienta sobre a impossibilidade de parali-sação, ou interrupção dos serviΓ§os pΓΊblicos, e o pleno direito dos administrados a que nΓ£o seja suspenso ou interrompido, pois se entende que a continuidade dos serviΓ§os pΓΊblicos Γ© essencial a co-munidade, nΓ£o podendo assim sofrer interrupçáes.

Diante de tal princΓ­pio temos o desdobramento de outros de suma importΓ’ncia para o β€œserviΓ§o pΓΊblico”, quais sΓ£o: qualidade e regularidade, assim como com eficiΓͺncia e oportunidade.

PrincΓ­pio da Mutabilidade do Regime JurΓ­dico: Γ‰ aquele que reconhece para o Estado o poder de mudar de forma unilateral as regras que incidem sobre o serviΓ§o pΓΊblico, tendo como objetivo a adaptação Γ s novas necessidades, visando o equilΓ­brio na relação contratual econΓ΄mico-financeira, satisfazendo o interesse geral Γ  mΓ‘xima eficΓ‘cia.

Em atenção ao PrincΓ­pio da Mutabilidade do Regime JurΓ­dico dos ServiΓ§os PΓΊblicos, temos a lição da ProfΒͺ. Maria Sylvia Zanel-la Di Prieto, que assim leciona:

β€œNem os servidores pΓΊblicos, nem os usuΓ‘rios de serviΓ§o pΓΊ-blicos, nem os contratados pela Administração tΓͺm direito adqui-rido Γ  manutenção de determinado regime jurΓ­dico; o estatuto dos funcionΓ‘rios pode ser alterado, os contratos tambΓ©m podem ser alterados ou mesmo reincididos unilateralmente para atender ao interesse pΓΊblico; o aumento das tarifas Γ© feito unilateralmente pela Administração, sendo de aplicação imediata”.

Justamente por vincular-se o regime jurídico dos contratos administrativos de concessão e permissão de serviços públicos aos preceitos de Direito Público, com suas clÑusulas exorbitantes, e ainda em presença da necessidade constante da adaptação dos ser-viços públicos ao interesse coletivo, torna-se necessÑria e razoÑvel a possibilidade de alteração, ou mudança do regime de execução dos serviços, objetivando adequar aos interesses coletivos.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAPrincipio da igualdade dos usuΓ‘rios dos serviΓ§os pΓΊblicos:

Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei e desta forma não podemos ser tratados de forma injusta e desigual, assim, não se pode restringir o acesso aos benefícios dos serviços públicos para os sujeitos que se encontrarem em igualdade de condiçáes.

Diante de tal principio temos o desdobramento de dois aspec-tos da Igualdade dos UsuÑrios de Serviços públicos:

- A Universalidade que significa dizer que o serviço público deve ser prestado em benefício de todos os sujeitos que se encon-tram em equivalente situação.

- A Neutralidade, que significa dizer que Γ© impossΓ­vel dar qualquer tipo de privilΓ©gios que forem incompatΓ­veis com o prin-cΓ­pio da isonomia. Logo sΓ£o β€œimpossΓ­veis” vantagens individuais fundadas em raΓ§a, sexo, credo religioso, time de futebol e etc.

PrincΓ­pio do AperfeiΓ§oamento: Temos o aperfeiΓ§oamento como uma constante evolução da sociedade, dessa forma, e sim-plesmente por isso, Γ© que no serviΓ§o pΓΊblico ele se impΓ΅e como um direito do cidadΓ£o, assim, o aperfeiΓ§oamento da prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos vincula-se Γ  eficiΓͺncia dos serviΓ§os a serem pres-tados.

DA REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE:

Cumpre Γ  Administração PΓΊblica o dever/poder de regula-mentação e o controle quando hΓ‘ ocorrΓͺncia de concessΓ£o e per-missΓ£o de executar os serviΓ§os pΓΊblicos por particulares, visando Γ  garantia da regularidade do atendimento aos seus objetivos, que envolvem gestΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico.

Ao poder concedente, ou seja, ao Poder Público, compete re-gulamentar o serviço concedido por meio de lei e regulamentos, ou do próprio contrato, estabelecendo direitos e deveres das par-tes contratantes e dos usuÑrios. Importante frisar que, a atividade privada, mesmo quando atuante no exercício do serviço público, objetiva o lucro, daí surge à necessidade permanente de manter a fiscalização.

O controle e o poder de fiscalização serão exercidos pela pró-pria Administração, através do seu sistema de controle interno, ou então serÑ exercido, quando provocado, pelo Poder JudiciÑrio e pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas.

Assim, sendo permanente o dever de controlar, tendo em vista o interesse coletivo, esse controle se efetiva não apenas pela Admi-nistração Pública, mas também pelo usuÑrio.

As AgΓͺncias Reguladoras, devidamente criadas por lei, vΓͺm prestando importante serviΓ§o na tarefa de fiscalização das conces-sΓ΅es e permissΓ΅es de serviΓ§o pΓΊblico.

FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIΓ‡OS PÚBLI-COS

Não se pode confundir a titularidade do serviço com a titula-ridade da prestação dos serviços públicos, sendo certo que se trata de realidades e significados totalmente distintos.

O fato de o Poder Público ser titular de serviços públicos, ou seja, ser o sujeito que detém a responsabilidade de zelar pela sua prestação, não significa que deva ser obrigatoriamente prestÑ-los

por si só de maneira exclusiva, sendo que na grande maioria das vezes, estarÑ a Administração pública obrigada a disciplinar e pro-mover a prestação, bem como efetuar a fiscalização sobre a forma que esta sendo executado o serviço público.

Dessa maneira, tanto poderÑ a administração pública, por meios próprios prestar os serviços públicos, como poderÑ promo-ver-lhes a prestação conferindo a entidades externas a administra-ção seu cumprimento e execução.

Entidades externas podem ser assim entendidas como os par-ticulares estranhos aos quadros da administração pública e ainda a administração indireta. Dessa forma, poderÑ o Poder Público con-ferir autorização, permissão ou concessão de serviços públicos, como formas de sua execução.

ConcessΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos: Γ‰ a delegação de serviΓ§os pΓΊblicos feita pelo poder concedente mediante licitação na moda-lidade concorrΓͺncia Γ  pessoa que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.

Assim, Γ© delegado ao vencedor da licitação na modalidade de concorrΓͺncia pΓΊblica a prestação de serviΓ§os pΓΊblicos, que ge-ralmente ocorre no tocante Γ  concessΓ£o da execução de serviΓ§os pΓΊblicos.

Importante esclarecer o conceito de Poder Concedente, assim entendido como a UniΓ£o, o Estado, o DF ou MunicΓ­pio, em cuja competΓͺncia se encontre o serviΓ§o pΓΊblico, assim a titularidade continua sendo sua somente serΓ‘ transferida a execução dos servi-Γ§os pΓΊblicos Γ  concessionΓ‘ria.

Nos ensinamentos do jurista Hely Lopes Meirelles, temos que:

β€œPela concessΓ£o, o poder concedente nΓ£o transfere a pro-priedade alguma ao concessionΓ‘rio, nem se despoja de qualquer direito ou prerrogativa pΓΊblica. Delega, apenas, a execução do serviΓ§o, nos limites e condiçáes legais ou contratuais, sempre su-jeita Γ  regulamentação e fiscalização do concedente.”

Para o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, conceituando o instituto da concessão de serviço público, ensina que:

β€œΓ‰ o instituto atravΓ©s do qual o Estado atribuiu o exercΓ­cio de um serviΓ§o pΓΊblico a alguΓ©m que aceita prestΓ‘-lo em nome prΓ³-prio, por sua conta em risco, nas condiçáes fixadas e alterΓ‘veis unilateralmente pelo Poder PΓΊblico, mas sob garantia contratual de um equilΓ­brio econΓ΄mico-financeiro, remunerando-se pela prΓ³-pria exploração do serviΓ§o, em geral e basicamente mediante tari-fas cobradas diretamente dos usuΓ‘rios do serviΓ§o”.

Neste sentido, verifica-se que a concessão é mecanismo de de-legação de direito público, pois, as suas clÑusulas contratuais são editadas pelo Poder Público, que poderÑ a qualquer tempo modifi-cÑ-las de forma unilateral, tendo em vista que não hÑ que se falar em igualdade entre as partes contratantes em atenção ao principio da soberania do Estado.

Entretanto, estÑ presente, como em todo contrato, a bilatera-lidade, pois, ao aderir ao contrato de concessão, o concessionÑrio integra a relação jurídica contratual, com declaração de vontade própria, mas aceitando os termos e condiçáes impostas pela Ad-ministração Pública.

O que ocorre com os contratos de concessão de serviços pú-blicos é que são vinculados ao processo licitatório, assim, as suas clÑusulas devem atender obrigatoriamente o que estiver estipula-

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Didatismo e Conhecimento 12

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAdo no edital de abertura da licitação. Por se tratar de um contrato administrativo, o contrato de concessΓ£o tem como objeto o bem pΓΊblico, a utilidade pΓΊblica e ainda o interesse da coletividade, que se explica facilmente, pelo fato do destinatΓ‘rio da realização do serviΓ§o Γ© justamente o cidadΓ£o.

Oportuno ainda esclarecer que nas concessáes de serviço pú-blico é admitida a subconcessão, desde que prevista em clÑusula especifica no contrato administrativo e no edital da abertura da li-citação, vinculado, entretanto, a autorização do poder concedente, após a verificação do interesse público.

Γ‰ possΓ­vel tambΓ©m ocorrer o instituto da concessΓ£o em obras pΓΊblicas, atravΓ©s da privatização temporΓ‘ria de uso. Trata-se de um contrato administrativo celebrado entre o Poder PΓΊblico e o con-cessionΓ‘rio para a execução de uma obra pΓΊblica, mediante remu-neração posterior a ser paga pela exploração dos serviΓ§os ou entΓ£o utilidades proporcionadas pela prΓ³pria execução da obra.

Como dito, a concessΓ£o deverΓ‘ ser formalizada mediante con-trato, a tΓ­tulo precΓ‘rio, precedido de procedimento licitatΓ³rio (na modalidade de concorrΓͺncia), definindo o objeto, a Γ‘rea, o prazo da concessΓ£o, o modo de sua execução, a forma e as condiçáes da concessΓ£o da obra pΓΊblica, para tanto, a empresa deve demonstrar o interesse na contratação com o poder concedente, comprovando sua capacidade para o desempenho das obrigaçáes assumidas da obra, por sua conta e risco e por prazo determinado.

Ressalta-se que o contrato de concessão de obra pública, fir-mado por tempo determinado, não pode ser objeto de prorrogação, não se situando a prerrogativa discricionÑria conferida ao Poder Público, sendo que sua eventual prorrogação fere o princípio da isonomia entre os licitantes, e participantes do certame licitatório de concessão.

PermissΓ£o: Γ‰ a delegação, a tΓ­tulo precΓ‘rio, mediante licitação da prestação de serviΓ§os pΓΊblicos feita pelo poder concedente, a pessoa que demonstre capacidade de desempenho por sua conta e risco. A permissΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico serΓ‘ formalizada mediante contrato de adesΓ£o, e serΓ‘ contratado sempre em carΓ‘ter precΓ‘rio, com prazo determinado.

Importante ressaltar que no instituto da permissão de servi-ços públicos admite-se a presença de pessoa física, além da pessoa jurídica, sendo que a legislação que regula a matéria não inclui a possibilidade de contratação pela permissão de consórcios.

No instituto da Permissão, a Administração Pública possui a prerrogativa de estabelecer de forma unilateral os requisitos e con-diçáes impostas diante da execução de serviços públicos permiti-dos e confiados ao particular, que durante o procedimento licitató-rio, comprovou possuir capacidade para seu desempenho.

Em virtude do carÑter precÑrio das permissáes e de seu prazo determinado, os permissionÑrios não gozam de prerrogativas ga-rantidas por lei aos concessionÑrios de serviço público, devendo, portanto, seguir as normas e orientaçáes dos Poder Público.

Autorização de serviΓ§os pΓΊblicos: Coloca-se ao lado da con-cessΓ£o e da permissΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos, destina-se a serviΓ§os muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergΓͺncia, e a hipΓ³teses transitΓ³rias e especiais, podendo ainda ser utilizado para as situaçáes em que o serviΓ§o seja prestado a usuΓ‘rios espe-cΓ­ficos e restritos.

Assim, temos que a autorização de serviços públicos é o ato administrativo discricionÑrio por meio do qual é delegada a um particular, sempre em carÑter precÑrio, a prestação de serviços pú-blicos que não exija alto grau de complexidade e especialização técnica, nem mesmo a comprovação do particular autorizado a execução dos serviços possuir grande aporte de capital financeiro.

Para a contratação por meio do instituto da autorização de ser-viços públicos, não hÑ licitação, para tanto, os serviços públicos autorizados estão sujeitos a modificação ou revogação de sua exe-cução, por meio de ato discricionÑrio da delegação, cuja denomi-nação é termo de autorização.

Isto ocorre em virtude da precariedade que reveste o ato admi-nistrativo que autorizou a delegação do serviço ao particular. Cum-pre esclarecer que a autorização, mesmo sendo precÑria não possui prazo determinado para seu encerramento, e em via de regra, não é passível de indenização por decorrente de sua revogação.

Oportuno ainda ressaltar que a autorização do serviΓ§o pΓΊblico nΓ£o pode ser confundida com a autorização decorrente do ato de polΓ­cia administrativa outorgada no exercΓ­cio do poder de polΓ­cia conferido a Administração PΓΊblica, como condição para a prΓ‘ti-ca de atividades privadas pelos particulares, o que nΓ£o se pode confundir com a transferΓͺncia, por delegação, da titularidade da execução e prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos.

Autorização: poderÑ ocorrer em duas modalidades que são:

a) autorização de uso – ocorre quando um particular Γ© autori-zado a utilizar bem pΓΊblico de forma especial, exemplo: a autoriza-ção de uso de uma rua para realização de uma quermesse.

b) autorização de atos privados controlados – em que o parti-cular nΓ£o pode exercer certas atividades sem autorização do poder pΓΊblico, sΓ£o atividades exercidas por particulares, mas considera-das de interesse pΓΊblico.

OBS: autorização Γ© diferente de licenΓ§a, termos semelhantes. A autorização Γ© ato discricionΓ‘rio, enquanto a licenΓ§a Γ© ato vincu-lado. Na licenΓ§a o interessado tem direito de obtΓͺ-la, e pode exi-gi-la, desde que preencha certos requisitos, ex. licenΓ§a para dirigir veΓ­culo.

PARCERIAS PÚBLICOS-PRIVADAS

As Parcerias PΓΊblico-Privadas (PPPs) foram instituΓ­das em nosso ordenamento jurΓ­dico por meio da Lei 11.079/2004, incor-porando conceitos jΓ‘ contemplados pela experiΓͺncia internacional e garante que as parcerias pΓΊblico-privadas sejam um instrumento eficaz na viabilização de projetos fundamentais para o crescimento nacional e que sejam fundamentadas na atuação administrativa de forma transparente e de acordo com as regras de responsabilidade fiscal.

Entende-se como parceria público-privada a formalização de um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo fir-mado pela Administração Pública com a iniciativa privada, cujo valor não seja inferior a vinte milháes de reais, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto única e exclusiva-mente o fornecimento de mão de obra, equipamentos ou execução de obra pública.

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Didatismo e Conhecimento 13

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAA lei confere a possibilidade de combinar a remuneração

tarifÑria com o pagamento de contraprestaçáes públicas e define Parcerias Público-Privadas como contrato administrativo de con-cessão de serviços públicos, na modalidade patrocinada ou admi-nistrativa.

Na concessão na modalidade patrocinada a remuneração do parceiro privado vai envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuÑrios, contraprestação pecuniÑria do parceiro público.

A concessão na modalidade administrativa, por sua vez, en-volve tão somente contraprestação pública, pois se aplica nos ca-sos em que não houver possibilidade de cobrança de tarifa dos usuÑrios.

5. Γ‰TICA NO SERVIΓ‡O PÚBLICO: COMPORTAMENTO PROFISSIONAL,

ATITUDES NO SERVIΓ‡O, ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, PRIORIDADE EM

SERVIÇO.

A Γ©tica Γ© composta por valores reais e presentes na socieda-de, a partir do momento em que, por mais que Γ s vezes tais valo-res apareΓ§am deturpados no contexto social, nΓ£o Γ© possΓ­vel falar em convivΓͺncia humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor do justo (componente Γ©tico do Direito).

Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transfor-maçáes sofridas pela sociedade através dos tempos provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar que as questáes que envolvem o agir ético sempre estiveram pre-sentes no pensamento filosófico e social. AliÑs, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrÑs estÑ vigente hoje, por exemplo, respeitar ao próximo nunca serÑ considerada uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no mundo. Não hÑ uma ética conforme cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, vÑlida para todos eternamente, de forma imutÑvel e definitiva.

Quanto Γ  etimologia da palavra Γ©tica: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, chamada epsΓ­lon, e uma longa, denominada eta. Γ‰thos, escrita com a vo-gal longa, significa costume; porΓ©m, se escrita com a vogal breve, Γ©thos, significa carΓ‘ter, Γ­ndole natural, temperamento, conjunto das disposiçáes fΓ­sicas e psΓ­quicas de uma pessoa.1

A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideÑrio de alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sempre consagrados.

Entre os elementos que compΓ΅em a Γ‰tica, destacam-se a Mo-ral e o Direito. Assim, a Moral nΓ£o Γ© a Γ‰tica, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivΓ­duo.

1 CHAUÍ,Marilena. Convite à Filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2005.

Assim, Moral e Γ‰tica nΓ£o sΓ£o sinΓ΄nimos, nΓ£o apenas pela Moral ser apenas uma parte da Γ‰tica; mas principalmente porque enquanto a Moral Γ© entendida como a prΓ‘tica, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Γ‰tica Γ© entendida como uma β€œfi-losofia moral”, ou seja, como a reflexΓ£o sobre a moral. Moral Γ© ação, Γ‰tica Γ© reflexΓ£o.

A Γ©tica estΓ‘ presente em todas as esferas da vida de um indi-vΓ­duo e da sociedade que ele compΓ΅e e Γ© fundamental para a ma-nutenção da paz social que todos os cidadΓ£os (ou ao menos grande parte deles) obedeΓ§am os ditames Γ©ticos consolidados. A obediΓͺn-cia Γ  Γ©tica nΓ£o deve se dar somente no Γ’mbito da vida particular, mas tambΓ©m na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der no Γ’mbito estatal.

O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das individua-lidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finali-dades particulares.

O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o compáem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionÑrio público é uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compáem a estrutura do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos hÑ uma ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.

Alguns cidadãos recebem poderes e funçáes específicas den-tro da administração pública, passando a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta con-dição, mais ainda, serÑ exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsÑvel pela manutenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada e transparente.

Quando uma pessoa Γ© nomeada como servidor pΓΊblico, passa a ser uma extensΓ£o daquilo que o Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao mΓ‘ximo todos os consagrados pre-ceitos Γ©ticos.

Todas as profissΓ΅es reclamam um agir Γ©tico dos que a exer-cem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em CΓ³digos de Γ‰tica diversos atribuΓ­dos a cada categoria profissional. No caso das profissΓ΅es na esfera pΓΊblica, esta exigΓͺncia se amplia.

NΓ£o se trata do simples respeito Γ  moral social: a obrigação Γ©tica no setor pΓΊblico vai alΓ©m e encontra-se disciplinada em de-talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinΓ‘ria (em que se destacam o Decreto nΒ° 1.171/94 - CΓ³digo de Γ‰tica - a Lei nΒ° 8.429/92 - Lei de Impro-bidade Administrativa - e a Lei nΒ° 8.112/90 - regime jurΓ­dico dos servidores pΓΊblicos civis na esfera federal).

Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissio-nal Γ©tico podem ser bem resumidas em alguns princΓ­pios basilares.

Segundo Nalini2, o princΓ­pio fundamental seria o de agir de acordo com a ciΓͺncia, se mantendo sempre atualizado, e de acordo com a consciΓͺncia, sabendo de seu dever Γ©tico; tomando-se como princΓ­pios especΓ­ficos:

2 NALINI, JosΓ© Renato. Γ‰tica geral e profissional.8.ed. SΓ£o Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

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Didatismo e Conhecimento 14

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- PrincΓ­pio da conduta ilibada - conduta irrepreensΓ­vel na

vida pΓΊblica e na vida particular.- PrincΓ­pio da dignidade e do decoro profissional - agir da me-

lhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com técnica, justiça e discrição.

- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular fun-çáes incompatíveis.

- PrincΓ­pio da correção profissional - atuação com transparΓͺn-cia e em prol da justiΓ§a.

- PrincΓ­pio do coleguismo - ciΓͺncia de que vocΓͺ e todos os demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a justiΓ§a.

- PrincΓ­pio da diligΓͺncia - agir com zelo e escrΓΊpulo em todas funçáes.

- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para buscar o interesse da justiça.

- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é dota-do de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele que busca o serviço e o profissional é de confiança.

- PrincΓ­pio da fidelidade - Fidelidade Γ  causa da justiΓ§a, aos valores constitucionais, Γ  verdade, Γ  transparΓͺncia.

- PrincΓ­pio da independΓͺncia profissional - a maior autonomia no exercΓ­cio da profissΓ£o do operador do Direito nΓ£o deve impedir o carΓ‘ter Γ©tico.

- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in-formaçáes que acessa no exercício da profissão.

- PrincΓ­pio da lealdade e da verdade - agir com boa-fΓ© e de forma correta, com lealdade processual.

- PrincΓ­pio da discricionariedade - geralmente, o profissional do Direito Γ© liberal, exercendo com boa autonomia sua profissΓ£o.

- Outros princΓ­pios Γ©ticos, como informação, solidariedade, cidadania, residΓͺncia, localização, continuidade da profissΓ£o, li-berdade profissional, função social da profissΓ£o, severidade consi-go mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerΓ’ncia.

Vale destacar que, se a Γ‰tica, num sentido amplo, Γ© composta por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da disciplina da Γ‰tica no Setor PΓΊblico a expressΓ£o Γ© adotada num sentido estrito - Γ©tica corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual Γ© estabelecido com um olhar atento Γ s pres-criçáes da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em Γ©tica no Γ’mbito do Estado nΓ£o se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurΓ­dicas que a regulamentam, o que permite a aplicação de sançáes.

6. LEI FEDERAL NΒΊ 8.112/90.

LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Dispáe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundaçáes públicas federais.

PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI NΒΊ 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TΓ­tulo I

Capítulo ÚnicoDas Disposiçáes Preliminares

Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaçáes públicas federais.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor Γ© a pessoa legalmen-te investida em cargo pΓΊblico.

Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuiçáes e respon-sabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

ParÑgrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e ven-cimento pago pelos cofres públicos, para provimento em carÑter efetivo ou em comissão.

Art. 4o Γ‰ proibida a prestação de serviΓ§os gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Título IIDo Provimento, VacÒncia, Remoção, Redistribuição e

Substituição

CapΓ­tulo IDo Provimento

Seção IDisposiçáes Gerais

Art. 5o SΓ£o requisitos bΓ‘sicos para investidura em cargo pΓΊ-blico:

I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos políticos;III - a quitação com as obrigaçáes militares e eleitorais;IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - a idade mínima de dezoito anos;VI - aptidão física e mental.

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Didatismo e Conhecimento 15

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1o As atribuiçáes do cargo podem justificar a exigΓͺncia de

outros requisitos estabelecidos em lei.Β§ 2o Γ€s pessoas portadoras de deficiΓͺncia Γ© assegurado o di-

reito de se inscrever em concurso pΓΊblico para provimento de car-go cujas atribuiçáes sejam compatΓ­veis com a deficiΓͺncia de que sΓ£o portadoras; para tais pessoas serΓ£o reservadas atΓ© 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

§ 3o As universidades e instituiçáes de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

Art. 6o O provimento dos cargos pΓΊblicos far-se-Γ‘ mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7o A investidura em cargo pΓΊblico ocorrerΓ‘ com a posse.

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:I - nomeação;II - promoção;III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - readaptação;VI - reversão;VII - aproveitamento;VIII - reintegração;IX - recondução.

Seção IIDa Nomeação

Art. 9o A nomeação far-se-Ñ:I - em carÑter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de

provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para

cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

ParÑgrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderÑ ser nomeado para ter exercício, in-terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atri-buiçáes do que atualmente ocupa, hipótese em que deverÑ optar pela remuneração de um deles durante o período da interinida-de. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

ParÑgrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de-senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IIIDo Concurso Público

Art. 11. O concurso serΓ‘ de provas ou de provas e tΓ­tulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a

inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensÑvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)

Art. 12. O concurso pΓΊblico terΓ‘ validade de atΓ© 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma ΓΊnica vez, por igual perΓ­odo.

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condiçáes de sua realização serão fixados em edital, que serÑ publicado no DiÑrio Oficial da União e em jornal diÑrio de grande circulação.

Β§ 2o NΓ£o se abrirΓ‘ novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade nΓ£o expi-rado.

Seção IVDa Posse e do Exercício

Art. 13. A posse dar-se-Ñ pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuiçáes, os deveres, as responsabi-lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1o A posse ocorrerÑ no prazo de trinta dias contados da pu-blicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publi-cação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas «a», «b», «d», «e» e «f», IX e X do art. 102, o prazo serÑ contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o A posse poderÑ dar-se mediante procuração específica.§ 4o Só haverÑ posse nos casos de provimento de cargo por

nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 5o No ato da posse, o servidor apresentarÑ declaração de

bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Β§ 6o SerΓ‘ tornado sem efeito o ato de provimento se a posse nΓ£o ocorrer no prazo previsto no Β§ 1o deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerÑ de prévia inspe-ção médica oficial.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. SΓ³ poderΓ‘ ser empossado aquele que for jul-gado apto fΓ­sica e mentalmente para o exercΓ­cio do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuiçáes do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 1o Γ‰ de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pΓΊblico entrar em exercΓ­cio, contados da data da posse. (Re-dação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O servidor serÑ exonerado do cargo ou serÑ tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 3o Γ€ autoridade competente do Γ³rgΓ£o ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercΓ­-cio. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 16

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 4o O inΓ­cio do exercΓ­cio de função de confianΓ§a coincidirΓ‘

com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairÑ no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderÑ exceder a trinta dias da publica-ção. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servi-dor.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Ao entrar em exercΓ­cio, o servidor apresen-tarΓ‘ ao Γ³rgΓ£o competente os elementos necessΓ‘rios ao seu assen-tamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terÑ, no mínimo, dez e, no mÑxi-mo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a re-tomada do efetivo desempenho das atribuiçáes do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessÑrio para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo serÑ conta-do a partir do término do impedimento. (ParÑgrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 2o Γ‰ facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuiçáes pertinentes aos respectivos cargos, res-peitada a duração mÑxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e mÑximo de seis horas e oito ho-ras diÑrias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de traba-lho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para car-go de provimento efetivo ficarÑ sujeito a estÑgio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19)

I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade;V- responsabilidade.

§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estÑgio pro-batório, serÑ submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

Β§ 2o O servidor nΓ£o aprovado no estΓ‘gio probatΓ³rio serΓ‘ exo-nerado ou, se estΓ‘vel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa-do, observado o disposto no parΓ‘grafo ΓΊnico do art. 29.

§ 3o O servidor em estÑgio probatório poderÑ exercer quais-quer cargos de provimento em comissão ou funçáes de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e so-mente poderÑ ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4o Ao servidor em estÑgio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5o O estÑgio probatório ficarÑ suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e serÑ retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VDa Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empos-sado em cargo de provimento efetivo adquirirÑ estabilidade no ser-viço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (pra-zo 3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estÑvel só perderÑ o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seção VIDa TransferΓͺncia

Art. 23. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Seção VIIDa Readaptação

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuiçáes e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando serÑ aposentado.

Β§ 2o A readaptação serΓ‘ efetivada em cargo de atribuiçáes afins, respeitada a habilitação exigida, nΓ­vel de escolaridade e equi-valΓͺncia de vencimentos e, na hipΓ³tese de inexistΓͺncia de cargo vago, o servidor exercerΓ‘ suas atribuiçáes como excedente, atΓ© a ocorrΓͺncia de vaga.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 17

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICASeção VIII

Da ReversΓ£o (Regulamento Dec. nΒΊ 3.644, de 30.11.2000)

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-sentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I - por invalidez, quando junta mΓ©dica oficial declarar insub-sistentes os motivos da aposentadoria; ou (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

a) tenha solicitado a reversΓ£o; (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³-ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

b) a aposentadoria tenha sido voluntΓ‘ria; (IncluΓ­do pela Medi-da ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

c) estΓ‘vel quando na atividade; (IncluΓ­do pela Medida Provi-sΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

e) haja cargo vago. (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1o A reversão far-se-Ñ no mesmo cargo ou no cargo resul-tante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercΓ­cio serΓ‘ con-siderado para concessΓ£o da aposentadoria. (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerΓ‘ suas atribuiçáes como excedente, atΓ© a ocor-rΓͺncia de vaga. (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad-ministração perceberÑ, em substituição aos proventos da aposen-tadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terΓ‘ os pro-ventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 6o O Poder Executivo regulamentarΓ‘ o disposto neste ar-tigo. (IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 26. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 27. NΓ£o poderΓ‘ reverter o aposentado que jΓ‘ tiver com-pletado 70 (setenta) anos de idade.

Seção IXDa Reintegração

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estÑ-vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad-ministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Β§ 1o Na hipΓ³tese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficarΓ‘ em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante serÑ reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Seção XDa Recondução

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estÑvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrerÑ de:

I - inabilitação em estÑgio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante.ParÑgrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,

o servidor serΓ‘ aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Seção XIDa Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-Ñ mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-çáes e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi-narÑ o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.

ParÑgrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderÑ ser mantido sob respon-sabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Admi-nistração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (ParÑgrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 32. SerÑ tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

CapΓ­tulo IIDa VacΓ’ncia

Art. 33. A vacÒncia do cargo público decorrerÑ de:I - exoneração;II - demissão;III - promoção;IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulÑvel;IX - falecimento.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-Ñ a pedido do servidor, ou de ofício.

ParÑgrafo único. A exoneração de ofício dar-se-Ñ:I - quando não satisfeitas as condiçáes do estÑgio probatório;II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em

exercΓ­cio no prazo estabelecido.

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Didatismo e Conhecimento 18

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAArt. 35. A exoneração de cargo em comissΓ£o e a dispensa de

função de confiança dar-se-Ñ: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - a juΓ­zo da autoridade competente;II - a pedido do prΓ³prio servidor.ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IIIDa Remoção e da Redistribuição

Seção IDa Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no Òmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

ParÑgrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do in-teresse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servi-dor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamen-to funcional, condicionada à comprovação por junta médica ofi-cial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipΓ³tese em que o nΓΊmero de interessados for superior ao nΓΊmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo Γ³rgΓ£o ou entidade em que aqueles estejam lotados.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Seção IIDa Redistribuição

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de pro-vimento efetivo, ocupado ou vago no Òmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes pre-ceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - equivalΓͺncia de vencimentos; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

III - manutenção da essΓͺncia das atribuiçáes do cargo; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexi-dade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI - compatibilidade entre as atribuiçáes do cargo e as finali-dades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o A redistribuição ocorrerÑ ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclu-sive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se darÑ me-diante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou en-tidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estÑvel que não for redistribuído serÑ co-locado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (ParÑgrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 4o O servidor que nΓ£o for redistribuΓ­do ou colocado em disponibilidade poderΓ‘ ser mantido sob responsabilidade do Γ³rgΓ£o central do SIPEC, e ter exercΓ­cio provisΓ³rio, em outro Γ³rgΓ£o ou entidade, atΓ© seu adequado aproveitamento. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IVDa Substituição

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de dire-ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente mÑximo do órgão ou enti-dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o O substituto assumirÑ automÑtica e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacÒncia do cargo, hipóteses em que deverÑ optar pela remuneração de um de-les durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O substituto farÑ jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su-periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nΓ­vel de assessoria.

TΓ­tulo IIIDos Direitos e Vantagens

Capítulo IDo Vencimento e da Remuneração

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniÑria pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 431, de 2008). (Revogado pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008)

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-cido das vantagens pecuniÑrias permanentes estabelecidas em lei.

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Didatismo e Conhecimento 19

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo

em comissΓ£o serΓ‘ paga na forma prevista no art. 62.Β§ 2o O servidor investido em cargo em comissΓ£o de Γ³rgΓ£o

ou entidade diversa da de sua lotação receberÑ a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.

Β§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carΓ‘ter permanente, Γ© irredutΓ­vel.

Β§ 4o Γ‰ assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuiçáes iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trΓͺs Poderes, ressalvadas as vantagens de carΓ‘ter individual e as relativas Γ  natureza ou ao local de trabalho.

§ 5o Nenhum servidor receberÑ remuneração inferior ao salÑ-rio mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 42. Nenhum servidor poderÑ perceber, mensalmente, a título de remuneração, importÒncia superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no Òmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribu-nal Federal.

ParÑgrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as van-tagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

Art. 43. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nΒΊ 9.624, de 2.4.98)

Art. 44. O servidor perderÑ:I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo

justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)II - a parcela de remuneração diÑria, proporcional aos atra-

sos, ausΓͺncias justificadas, ressalvadas as concessΓ΅es de que trata o art. 97, e saΓ­das antecipadas, salvo na hipΓ³tese de compensação de horΓ‘rio, atΓ© o mΓͺs subsequente ao da ocorrΓͺncia, a ser estabe-lecida pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

ParÑgrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercí-cio. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne-nhum desconto incidirÑ sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995)(Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento)(Regulamento)

§ 1o Mediante autorização do servidor, poderÑ haver consig-nação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 2o O total de consignaçáes facultativas de que trata o § 1o não excederÑ a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

Art. 46. As reposiçáes e indenizaçáes ao erÑrio, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servi-dor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mÑximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do inte-ressado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1o O valor de cada parcela não poderÑ ser inferior ao cor-respondente a dez por cento da remuneração, provento ou pen-são. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mΓͺs anterior ao do processamento da folha, a reposição serΓ‘ feita ime-diatamente, em uma ΓΊnica parcela. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Β§ 3o Na hipΓ³tese de valores recebidos em decorrΓͺncia de cum-primento a decisΓ£o liminar, a tutela antecipada ou a sentenΓ§a que venha a ser revogada ou rescindida, serΓ£o eles atualizados atΓ© a data da reposição. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 47. O servidor em débito com o erÑrio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-sada, terÑ o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

ParÑgrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicarÑ sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medi-da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de pres-tação de alimentos resultante de decisão judicial.

CapΓ­tulo IIDas Vantagens

Art. 49. AlΓ©m do vencimento, poderΓ£o ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizaçáes;II - gratificaçáes;III - adicionais.§ 1o As indenizaçáes não se incorporam ao vencimento ou

provento para qualquer efeito.§ 2o As gratificaçáes e os adicionais incorporam-se ao venci-

mento ou provento, nos casos e condiçáes indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniΓ‘rias nΓ£o serΓ£o computadas, nem acumuladas, para efeito de concessΓ£o de quaisquer outros acrΓ©sci-mos pecuniΓ‘rios ulteriores, sob o mesmo tΓ­tulo ou idΓͺntico funda-mento.

Seção IDas Indenizaçáes

Art. 51. Constituem indenizaçáes ao servidor:I - ajuda de custo;II - diÑrias;III - transporte.IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

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Didatismo e Conhecimento 20

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAArt. 52. Os valores das indenizaçáes estabelecidas nos incisos

I a III do art. 51, assim como as condiçáes para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

Subseção IDa Ajuda de Custo

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas

de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em ca-rÑter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que dete-nha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans-porte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, ba-gagem e bens pessoais.

Β§ 2o Γ€ famΓ­lia do servidor que falecer na nova sede sΓ£o asse-gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do Γ³bito.

§ 3o Não serÑ concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parÑgrafo único do art. 36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

Art. 54. A ajuda de custo Γ© calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, nΓ£o podendo exceder a importΓ’ncia correspondente a 3 (trΓͺs) meses.

Art. 55. NΓ£o serΓ‘ concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 56. SerÑ concedida ajuda de custo àquele que, não sen-do servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo serΓ‘ paga pelo Γ³rgΓ£o cessionΓ‘rio, quando ca-bΓ­vel.

Art. 57. O servidor ficarΓ‘ obrigado a restituir a ajuda de cus-to quando, injustificadamente, nΓ£o se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

Subseção IIDas DiÑrias

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em ca-rÑter eventual ou transitório para outro ponto do território nacio-nal ou para o exterior, farÑ jus a passagens e diÑrias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinÑria com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regula-mento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o A diÑria serÑ concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as des-pesas extraordinÑrias cobertas por diÑrias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigΓͺncia permanente do cargo, o servidor nΓ£o farΓ‘ jus a diΓ‘rias.

Β§ 3o TambΓ©m nΓ£o farΓ‘ jus a diΓ‘rias o servidor que se deslo-car dentro da mesma regiΓ£o metropolitana, aglomeração urbana ou microrregiΓ£o, constituΓ­das por municΓ­pios limΓ­trofes e regu-larmente instituΓ­das, ou em Γ‘reas de controle integrado mantidas com paΓ­ses limΓ­trofes, cuja jurisdição e competΓͺncia dos Γ³rgΓ£os, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipΓ³teses em que as diΓ‘rias pagas serΓ£o sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territΓ³rio nacional. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 59. O servidor que receber diΓ‘rias e nΓ£o se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituΓ­-las integralmen-te, no prazo de 5 (cinco) dias.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Na hipΓ³tese de o servidor retornar Γ  sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirΓ‘ as diΓ‘rias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

Subseção IIIDa Indenização de Transporte

Art. 60. Conceder-se-Ñ indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-ção para a execução de serviços externos, por força das atribuiçáes próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção IVDo Auxílio-Moradia

(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

Art. 60-A. O auxΓ­lio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-sa hoteleira, no prazo de um mΓͺs apΓ³s a comprovação da despesa pelo servidor. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

Art. 60-B. Conceder-se-Γ‘ auxΓ­lio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

I - nΓ£o exista imΓ³vel funcional disponΓ­vel para uso pelo servi-dor; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

II - o cΓ΄njuge ou companheiro do servidor nΓ£o ocupe imΓ³vel funcional; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietÑrio, promitente comprador, cessionÑrio ou promitente cessionÑrio de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (In-cluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxΓ­lio-moradia; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

V - o servidor tenha se mudado do local de residΓͺncia para ocupar cargo em comissΓ£o ou função de confianΓ§a do Grupo-Di-reção e Assessoramento Superiores - DAS, nΓ­veis 4, 5 e 6, de Na-tureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

VI - o MunicΓ­pio no qual assuma o cargo em comissΓ£o ou fun-ção de confianΓ§a nΓ£o se enquadre nas hipΓ³teses do art. 58, Β§ 3o, em relação ao local de residΓͺncia ou domicΓ­lio do servidor; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

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Didatismo e Conhecimento 21

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAVII - o servidor nΓ£o tenha sido domiciliado ou tenha residido

no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IX - o deslocamento tenha ocorrido apΓ³s 30 de junho de 2006. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.490, de 2007)

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Para fins do inciso VII, nΓ£o serΓ‘ considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comis-sΓ£o relacionado no inciso V. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

Art. 60-C. (Revogado pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, fun-ção comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (In-cluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderÑ superar 25% (vin-te e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (In-cluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imΓ³vel funcional Γ  disposição do servidor ou aquisição de imΓ³vel, o auxΓ­lio-moradia continuarΓ‘ sendo pago por um mΓͺs. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)

Seção IIDas Gratificaçáes e Adicionais

Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nes-ta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuiçáes, gratificaçáes e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - gratificação natalina;III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de

4.9.2001)IV - adicional pelo exercΓ­cio de atividades insalubres, perigo-

sas ou penosas;V - adicional pela prestação de serviço extraordinÑrio;VI - adicional noturno;VII - adicional de férias;VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído

pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)

Subseção IDa Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e

Assessoramento (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em

função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

ParÑgrafo único. Lei específica estabelecerÑ a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-nalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisó-ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)

ParÑgrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estarÑ sujeita às revisáes gerais de remuneração dos ser-vidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Subseção IIDa Gratificação Natalina

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mΓͺs de dezem-bro, por mΓͺs de exercΓ­cio no respectivo ano.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias serΓ‘ considerada como mΓͺs integral.

Art. 64. A gratificação serΓ‘ paga atΓ© o dia 20 (vinte) do mΓͺs de dezembro de cada ano.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. (VETADO).

Art. 65. O servidor exonerado perceberΓ‘ sua gratificação na-talina, proporcionalmente aos meses de exercΓ­cio, calculada sobre a remuneração do mΓͺs da exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não serÑ considerada para cÑl-culo de qualquer vantagem pecuniÑria.

Subseção IIIDo Adicional por Tempo de Serviço

Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as situaçáes constituídas até 8.3.1999)

Subseção IVDos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou

Atividades Penosas Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em

locais insalubres ou em contato permanente com substΓ’ncias tΓ³-xicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

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Didatismo e Conhecimento 22

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e

de periculosidade deverΓ‘ optar por um deles.Β§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade

cessa com a eliminação das condiçáes ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 69. HaverÑ permanente controle da atividade de servi-dores em operaçáes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

ParÑgrafo único. A servidora gestante ou lactante serÑ afasta-da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operaçáes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situa-çáes estabelecidas em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa serÑ devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condiçáes de vida o justifiquem, nos termos, condiçáes e li-mites fixados em regulamento.

Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substÒncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultra-passem o nível mÑximo previsto na legislação própria.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os servidores a que se refere este artigo se-rΓ£o submetidos a exames mΓ©dicos a cada 6 (seis) meses.

Subseção VDo Adicional por Serviço ExtraordinÑrio

Art. 73. O serviço extraordinÑrio serÑ remunerado com acrés-cimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 74. Somente serÑ permitido serviço extraordinÑrio para atender a situaçáes excepcionais e temporÑrias, respeitado o limite mÑximo de 2 (duas) horas por jornada.

Subseção VIDo Adicional Noturno

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horÑrio compreen-dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terÑ o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.

ParÑgrafo único. Em se tratando de serviço extraordinÑrio, o acréscimo de que trata este artigo incidirÑ sobre a remuneração prevista no art. 73.

Subseção VIIDo Adicional de Férias

Art. 76. Independentemente de solicitação, serÑ pago ao ser-vidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.

ParÑgrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem serÑ considerada no cÑlculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VIIIDa Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso

(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em carÑter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvi-mento ou de treinamento regularmente instituído no Òmbito da ad-ministração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exa-mes orais, para anÑlise curricular, para correção de provas discur-sivas, para elaboração de questáes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coor-denação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuiçáes permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parÒmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

I - o valor da gratificação serÑ calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II - a retribuição não poderÑ ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente apro-vada pela autoridade mÑxima do órgão ou entidade, que poderÑ autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III - o valor mÑximo da hora trabalhada corresponderÑ aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bÑsico da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tra-tando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste arti-go; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratan-do de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste arti-go. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somen-te serÑ paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste ar-tigo forem exercidas sem prejuízo das atribuiçáes do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horÑria quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

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Didatismo e Conhecimento 23

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso nΓ£o se

incorpora ao vencimento ou salΓ‘rio do servidor para qualquer efei-to e nΓ£o poderΓ‘ ser utilizada como base de cΓ‘lculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cΓ‘lculo dos proventos da aposentadoria e das pensΓ΅es. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)

CapΓ­tulo IIIDas FΓ©rias

Art. 77. O servidor farÑ jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o mÑximo de dois períodos, no caso de neces-sidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Férias de Ministro - Vide)

Β§ 1o Para o primeiro perΓ­odo aquisitivo de fΓ©rias serΓ£o exigi-dos 12 (doze) meses de exercΓ­cio.

Β§ 2o Γ‰ vedado levar Γ  conta de fΓ©rias qualquer falta ao serviΓ§o.Β§ 3o As fΓ©rias poderΓ£o ser parceladas em atΓ© trΓͺs etapas, desde

que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)

Art. 78. O pagamento da remuneração das férias serÑ efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1o deste artigo. (Férias de Ministro - Vide)

Β§ 1Β° e Β§ 2Β° (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)Β§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissΓ£o,

perceberΓ‘ indenização relativa ao perΓ­odo das fΓ©rias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mΓͺs de efetivo exercΓ­cio, ou fração superior a quatorze dias. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 8.216, de 13.8.91)

Β§ 4o A indenização serΓ‘ calculada com base na remuneração do mΓͺs em que for publicado o ato exoneratΓ³rio. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 8.216, de 13.8.91)

§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberÑ o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Fede-ral quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)

Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substÒncias radioativas gozarÑ 20 (vinte) dias consecu-tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço de-clarada pela autoridade mÑxima do órgão ou entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Férias de Ministro - Vide)

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O restante do perΓ­odo interrompido serΓ‘ go-zado de uma sΓ³ vez, observado o disposto no art. 77. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IVDas Licenças

Seção IDisposiçáes Gerais

Art. 81. Conceder-se-Ñ ao servidor licença:I - por motivo de doença em pessoa da família;II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;III - para o serviço militar;IV - para atividade política;V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de

10.12.97)VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem

como cada uma de suas prorrogaçáes serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Β§ 2o(Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)Β§ 3o Γ‰ vedado o exercΓ­cio de atividade remunerada durante o

período da licença prevista no inciso I deste artigo.

Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie serÑ considerada como pror-rogação.

Seção IIDa Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 83. PoderÑ ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante com-provação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Β§ 1o A licenΓ§a somente serΓ‘ deferida se a assistΓͺncia direta do servidor for indispensΓ‘vel e nΓ£o puder ser prestada simulta-neamente com o exercΓ­cio do cargo ou mediante compensação de horΓ‘rio, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogaçáes, poderÑ ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condiçáes: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu-neração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses serÑ contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. (In-cluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não re-muneradas, incluídas as respectivas prorrogaçáes, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderÑ ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

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Didatismo e Conhecimento 24

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICASeção III

Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 84. PoderÑ ser concedida licença ao servidor para acom-panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro pon-to do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1o A licença serÑ por prazo indeterminado e sem remune-ração.

§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou compa-nheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, poderÑ haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autÑrquica ou fundacional, des-de que para o exercício de atividade compatível com o seu car-go. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IVDa Licença para o Serviço Militar

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar serÑ concedida licença, na forma e condiçáes previstas na legislação específica.

ParÑgrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terÑ até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Seção VDa Licença para Atividade Política

Art. 86. O servidor terÑ direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidÑria, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funçáes e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele serÑ afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 2o A partir do registro da candidatura e atΓ© o dΓ©cimo dia seguinte ao da eleição, o servidor farΓ‘ jus Γ  licenΓ§a, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perΓ­odo de trΓͺs me-ses. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Seção VIDa Licença para Capacitação

(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 87. ApΓ³s cada quinquΓͺnio de efetivo exercΓ­cio, o servi-dor poderΓ‘, no interesse da Administração, afastar-se do exercΓ­cio do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por atΓ© trΓͺs me-ses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

ParÑgrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumulÑveis.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 88. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 89. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 90. (VETADO).

Seção VIIDa Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 91. A critΓ©rio da Administração, poderΓ£o ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que nΓ£o esteja em es-tΓ‘gio probatΓ³rio, licenΓ§as para o trato de assuntos particulares pelo prazo de atΓ© trΓͺs anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

ParÑgrafo único. A licença poderÑ ser interrompida, a qual-quer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Re-dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Seção VIIIDa Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem re-

muneração para o desempenho de mandato em confederação, fe-deração, associação de classe de Γ’mbito nacional, sindicato repre-sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissΓ£o ou, ainda, para participar de gerΓͺncia ou administração em sociedade cooperativa constituΓ­da por servidores pΓΊblicos para prestar ser-viΓ§os a seus membros, observado o disposto na alΓ­nea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.094, de 2005) (Regulamento)

I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 2o A licença terÑ duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

CapΓ­tulo VDos Afastamentos

Seção IDo Afastamento para Servir a Outro Γ“rgΓ£o ou Entidade

Art. 93. O servidor poderÑ ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Re-dação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento)(Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)

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Didatismo e Conhecimento 25

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAI - para exercΓ­cio de cargo em comissΓ£o ou função de confian-

ça; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)II - em casos previstos em leis específicas.(Redação dada pela

Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)Β§ 1o Na hipΓ³tese do inciso I, sendo a cessΓ£o para Γ³rgΓ£os ou en-

tidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração serÑ do órgão ou entidade cessionÑria, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionÑria efetuarÑ o reembolso das despe-sas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

§ 3o A cessão far-se-Ñ mediante Portaria publicada no DiÑrio Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da Repú-blica, o servidor do Poder Executivo poderÑ ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro pró-prio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposiçáes dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 6º As cessáes de empregados de empresa pública ou de so-ciedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Na-cional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposiçáes contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado ce-dido condicionado a autorização específica do Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos ór-gãos e entidades da Administração Pública Federal, poderÑ deter-minar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, indepen-dentemente da observÒncia do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)

Seção IIDo Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se

as seguintes disposiçáes:I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficarÑ

afastado do cargo;II - investido no mandato de Prefeito, serΓ‘ afastado do cargo,

sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horÑrio, perceberÑ as vanta-

gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;b) não havendo compatibilidade de horÑrio, serÑ afastado do

cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Β§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirΓ‘ para a seguridade social como se em exercΓ­cio estivesse.

Β§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista nΓ£o poderΓ‘ ser removido ou redistribuΓ­do de ofΓ­cio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Seção IIIDo Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 95. O servidor nΓ£o poderΓ‘ ausentar-se do PaΓ­s para estu-

do ou missΓ£o oficial, sem autorização do Presidente da RepΓΊblica, Presidente dos Γ“rgΓ£os do Poder Legislativo e Presidente do Supre-mo Tribunal Federal.

Β§ 1o A ausΓͺncia nΓ£o excederΓ‘ a 4 (quatro) anos, e finda a missΓ£o ou estudo, somente decorrido igual perΓ­odo, serΓ‘ permitida nova ausΓͺncia.

§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não serÑ concedida exoneração ou licença para tratar de interesse par-ticular antes de decorrido período igual ao do afastamento, res-salvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Β§ 3o O disposto neste artigo nΓ£o se aplica aos servidores da carreira diplomΓ‘tica.

§ 4o As hipóteses, condiçáes e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-Ñ com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)

Seção IV (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Gra-duação Stricto Sensu no País

Art. 96-A. O servidor poderÑ, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horÑrio, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Β§ 1o Ato do dirigente mΓ‘ximo do Γ³rgΓ£o ou entidade defini-rΓ‘, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critΓ©rios para participação em programas de pΓ³s-graduação no PaΓ­s, com ou sem afastamento do servidor, que serΓ£o avaliados por um comitΓͺ constituΓ­do para este fim. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)

Β§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestra-do e doutorado somente serΓ£o concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo Γ³rgΓ£o ou entidade hΓ‘ pelo menos 3 (trΓͺs) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, in-cluΓ­do o perΓ­odo de estΓ‘gio probatΓ³rio, que nΓ£o tenham se afastado por licenΓ§a para tratar de assuntos particulares para gozo de licen-Γ§a capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores Γ  data da solicitação de afastamento. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)

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Didatismo e Conhecimento 26

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pΓ³s-

doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade hÑ pelo menos quatro anos, incluído o período de estÑgio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funçáes após o seu retorno por um período igual ao do afasta-mento concedido.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Β§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o perΓ­odo de permanΓͺncia previsto no Β§ 4o deste artigo, deverΓ‘ ressarcir o Γ³rgΓ£o ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiΓ§oamento. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)

§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justifi-cou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente mÑximo do órgão ou enti-dade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

CapΓ­tulo VIDas ConcessΓ΅es

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderÑ o servidor ausentar-se do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;II - pelo período comprovadamente necessÑrio para alistamen-

to ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razΓ£o de :a) casamento;b) falecimento do cΓ΄njuge, companheiro, pais, madrasta ou

padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmΓ£os.

Art. 98. SerÑ concedido horÑrio especial ao servidor estudan-te, quando comprovada a incompatibilidade entre o horÑrio escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, serÑ exigida a com-pensação de horÑrio no órgão ou entidade que tiver exercício, res-peitada a duração semanal do trabalho. (ParÑgrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 2o TambΓ©m serΓ‘ concedido horΓ‘rio especial ao servidor portador de deficiΓͺncia, quando comprovada a necessidade por junta mΓ©dica oficial, independentemente de compensação de ho-rΓ‘rio. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 3o As disposiçáes do parΓ‘grafo anterior sΓ£o extensivas ao servidor que tenha cΓ΄njuge, filho ou dependente portador de de-ficiΓͺncia fΓ­sica, exigindo-se, porΓ©m, neste caso, compensação de horΓ‘rio na forma do inciso II do art. 44. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 4o SerÑ igualmente concedido horÑrio especial, vinculado à compensação de horÑrio a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração Γ© assegurada, na localidade da nova residΓͺncia ou na mais prΓ³xima, matrΓ­cula em instituição de ensino congΓͺnere, em qualquer Γ©poca, independentemente de vaga.

ParÑgrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônju-ge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

Capítulo VIIDo Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço serÑ feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezen-tos e sessenta e cinco dias.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 102. AlΓ©m das ausΓͺncias ao serviΓ§o previstas no art. 97, sΓ£o considerados como de efetivo exercΓ­cio os afastamentos em virtude de:

I - fΓ©rias;II - exercΓ­cio de cargo em comissΓ£o ou equivalente, em Γ³rgΓ£o

ou entidade dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, MunicΓ­pios e Dis-trito Federal;

III - exercício de cargo ou função de governo ou administra-ção, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmen-te instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, muni-cipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por mereci-mento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afas-

tamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e

quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerΓͺncia ou administração em sociedade cooperativa constituΓ­da por servidores para prestar serviΓ§os a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.094, de 2005)

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAd) por motivo de acidente em serviΓ§o ou doenΓ§a profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Reda-

ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)f) por convocação para o serviço militar;IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participação em competição desportiva nacional ou con-

vocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 103. Contar-se-Γ‘ apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municí-pios e Distrito Federal;

II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato ele-

tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V - o tempo de serviΓ§o em atividade privada, vinculada Γ  Pre-vidΓͺncia Social;

VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que

exceder o prazo a que se refere a alΓ­nea β€œb” do inciso VIII do art. 102. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado serΓ‘ con-tado apenas para nova aposentadoria.

§ 2o SerÑ contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operaçáes de guerra.

Β§ 3o Γ‰ vedada a contagem cumulativa de tempo de serviΓ§o prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de Γ³rgΓ£o ou entidades dos Poderes da UniΓ£o, Estado, Distrito Federal e MunicΓ­pio, autarquia, fundação pΓΊblica, sociedade de economia mista e empresa pΓΊblica.

Capítulo VIIIDo Direito de Petição

Art. 104. Γ‰ assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes PΓΊblicos, em defesa de direito ou interesse legΓ­timo.

Art. 105. O requerimento serΓ‘ dirigido Γ  autoridade compe-tente para decidi-lo e encaminhado por intermΓ©dio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden-do ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

ParÑgrafo único. O requerimento e o pedido de reconsidera-ção de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 107. CaberÑ recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)I - do indeferimento do pedido de reconsideração;II - das decisáes sobre os recursos sucessivamente interpostos.§ 1o O recurso serÑ dirigido à autoridade imediatamente supe-

rior Γ  que tiver expedido o ato ou proferido a decisΓ£o, e, sucessiva-mente, em escala ascendente, Γ s demais autoridades.

Β§ 2o O recurso serΓ‘ encaminhado por intermΓ©dio da autorida-de a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconside-ração ou de recurso Γ© de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciΓͺncia, pelo interessado, da decisΓ£o recorrida. (Vide Lei nΒΊ 12.300, de 2010)

Art. 109. O recurso poderΓ‘ ser recebido com efeito suspensi-vo, a juΓ­zo da autoridade competente.

ParÑgrafo único. Em caso de provimento do pedido de recon-sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissΓ£o e de cassa-

ção de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relaçáes de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quan-do outro prazo for fixado em lei.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O prazo de prescrição serΓ‘ contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciΓͺncia pelo interes-sado, quando o ato nΓ£o for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverÑ rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. SΓ£o fatais e improrrogΓ‘veis os prazos estabelecidos neste

Capítulo, salvo motivo de força maior.Título IV

Do Regime Disciplinar

CapΓ­tulo IDos Deveres

Art. 116. São deveres do servidor:I - exercer com zelo e dedicação as atribuiçáes do cargo;II - ser leal às instituiçáes a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-

mente ilegais;

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Didatismo e Conhecimento 28

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAV - atender com presteza:a) ao pΓΊblico em geral, prestando as informaçáes requeridas,

ressalvadas as protegidas por sigilo;b) à expedição de certidáes requeridas para defesa de direito

ou esclarecimento de situaçáes de interesse pessoal;c) Γ s requisiçáes para a defesa da Fazenda PΓΊblica.VI - levar as irregularidades de que tiver ciΓͺncia em razΓ£o do

cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-dade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)

VII - zelar pela economia do material e a conservação do pa-trimônio público;

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX - manter conduta compatível com a moralidade adminis-

trativa;X - ser assíduo e pontual ao serviço;XI - tratar com urbanidade as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de po-

der.ParÑgrafo único. A representação de que trata o inciso XII

serΓ‘ encaminhada pela via hierΓ‘rquica e apreciada pela autoridade superior Γ quela contra a qual Γ© formulada, assegurando-se ao re-presentando ampla defesa.

Capítulo IIDas Proibiçáes

Art. 117. Ao servidor Γ© proibido: (Vide Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - retirar, sem prΓ©via anuΓͺncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III - recusar fΓ© a documentos pΓΊblicos;IV - opor resistΓͺncia injustificada ao andamento de documen-

to e processo ou execução de serviço;V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto

da repartição;VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua res-ponsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou-trem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerΓͺncia ou administração de sociedade pri-vada, personificada ou nΓ£o personificada, exercer o comΓ©rcio, ex-ceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditΓ‘rio; (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008

XI - atuar, como procurador ou intermediÑrio, junto a reparti-çáes públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciÑrios ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuiçáes;

XIII - aceitar comissΓ£o, emprego ou pensΓ£o de estado estran-geiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;XV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em

serviços ou atividades particulares;XVII - cometer a outro servidor atribuiçáes estranhas ao cargo

que ocupa, exceto em situaçáes de emergΓͺncia e transitΓ³rias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatΓ­veis

com o exercício do cargo ou função e com o horÑrio de trabalho;XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando soli-

citado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)ParÑgrafo único. A vedação de que trata o inciso X do

caput deste artigo nΓ£o se aplica nos seguintes casos: (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008

I - participação nos conselhos de administração e fiscal de em-presas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamen-te, participação no capital social ou em sociedade cooperativa cons-tituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Capítulo IIIDa Acumulação

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é ve-

dada a acumulação remunerada de cargos públicos.§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos

e funçáes em autarquias, fundaçáes públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condiciona-da à comprovação da compatibilidade de horÑrios.

§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de ven-cimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remune-raçáes forem acumulÑveis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 119. O servidor não poderÑ exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parÑgrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coleti-va. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

ParÑgrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remu-neração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiÑrias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entida-des em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação especí-fica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acu-mular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficarÑ afastado de ambos os cargos efe-tivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horÑrio e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades mÑximas dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 29

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICACapΓ­tulo IV

Das Responsabilidades

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativa-mente pelo exercício irregular de suas atribuiçáes.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuΓ­zo ao erΓ‘rio ou a terceiros.

§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erÑrio somente serÑ liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderÑ o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles serÑ executada, até o limite do valor da herança re-cebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e con-travençáes imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sançáes civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor serΓ‘ afastada no caso de absolvição criminal que negue a existΓͺncia do fato ou sua autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor poderΓ‘ ser responsabilizado ci-

vil, penal ou administrativamente por dar ciΓͺncia Γ  autoridade su-perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente Γ  prΓ‘tica de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ain-da que em decorrΓͺncia do exercΓ­cio de cargo, emprego ou função pΓΊblica. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.527, de 2011)

CapΓ­tulo VDas Penalidades

Art. 127. SΓ£o penalidades disciplinares:I - advertΓͺncia;II - suspensΓ£o;III - demissΓ£o;IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissΓ£o;VI - destituição de função comissionada.

Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstÒncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

ParÑgrafo único. O ato de imposição da penalidade men-cionarÑ sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-nar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 129. A advertΓͺncia serΓ‘ aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservΓ’ncia de dever funcional previsto em lei, regulamen-tação ou norma interna, que nΓ£o justifique imposição de penalida-de mais grave. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 130. A suspensΓ£o serΓ‘ aplicada em caso de reincidΓͺncia

das faltas punidas com advertΓͺncia e de violação das demais proi-biçáes que nΓ£o tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis-sΓ£o, nΓ£o podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1o SerÑ punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a ins-peção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Β§ 2o Quando houver conveniΓͺncia para o serviΓ§o, a pena-lidade de suspensΓ£o poderΓ‘ ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviΓ§o.

Art. 131. As penalidades de advertΓͺncia e de suspensΓ£o te-rΓ£o seus registros cancelados, apΓ³s o decurso de 3 (trΓͺs) e 5 (cin-co) anos de efetivo exercΓ­cio, respectivamente, se o servidor nΓ£o houver, nesse perΓ­odo, praticado nova infração disciplinar.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O cancelamento da penalidade nΓ£o surtirΓ‘ efeitos retroativos.

Art. 132. A demissΓ£o serΓ‘ aplicada nos seguintes casos:I - crime contra a administração pΓΊblica;II - abandono de cargo;III - inassiduidade habitual;IV - improbidade administrativa;V - incontinΓͺncia pΓΊblica e conduta escandalosa, na reparti-

ção;VI - insubordinação grave em serviço;VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, sal-

vo em legítima defesa própria ou de outrem;VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do

cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio na-

cional;XI - corrupção;XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funçáes pú-

blicas;XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal

de cargos, empregos ou funçáes pΓΊblicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificarΓ‘ o servidor, por intermΓ©dio de sua che-fia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogΓ‘vel de dez dias, contados da data da ciΓͺncia e, na hipΓ³tese de omissΓ£o, adotarΓ‘ procedimento sumΓ‘rio para a sua apuração e regularização ime-diata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverΓ‘ nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-missão, a ser composta por dois servidores estÑveis, e simultanea-mente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 30

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAII - instrução sumΓ‘ria, que compreende indiciação, defesa e

relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-Ñ pelo

nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funçáes públicas em situação de acumula-ção ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horÑrio de trabalho e do correspondente regime jurí-dico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Β§ 2o A comissΓ£o lavrarΓ‘, atΓ© trΓͺs dias apΓ³s a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serΓ£o transcritas as informaçáes de que trata o parΓ‘grafo anterior, bem como pro-moverΓ‘ a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermΓ©dio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 3o Apresentada a defesa, a comissΓ£o elaborarΓ‘ relatΓ³rio con-clusivo quanto Γ  inocΓͺncia ou Γ  responsabilidade do servidor, em que resumirΓ‘ as peΓ§as principais dos autos, opinarΓ‘ sobre a licitude da acumulação em exame, indicarΓ‘ o respectivo dispositivo legal e remeterΓ‘ o processo Γ  autoridade instauradora, para julgamen-to. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do pro-cesso, a autoridade julgadora proferirΓ‘ a sua decisΓ£o, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no Β§ 3o do art. 167. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurarÑ sua boa-fé, hipótese em que se converterÑ au-tomaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a mÑ-fé, aplicar-se-Ñ a pena de demissão, destituição ou cassação de apo-sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funçáes públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (In-cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumÑrio não excederÑ trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circuns-tÒncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 8o O procedimento sumÑrio rege-se pelas disposiçáes deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicÑvel, subsidiariamente, as disposiçáes dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 134. SerΓ‘ cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punΓ­vel com a demissΓ£o.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo serÑ aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

ParÑgrafo único. Constatada a hipótese de que trata este arti-go, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 serÑ convertida em destituição de cargo em comissão.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indis-ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erÑrio, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 137. A demissΓ£o ou a destituição de cargo em comissΓ£o, por infringΓͺncia do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo pΓΊblico federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. NΓ£o poderΓ‘ retornar ao serviΓ§o pΓΊblico fede-ral o servidor que for demitido ou destituΓ­do do cargo em comissΓ£o por infringΓͺncia do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 138. Configura abandono de cargo a ausΓͺncia intencional do servidor ao serviΓ§o por mais de trinta dias consecutivos.

Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-viço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também serÑ adotado o procedimento sumÑrio a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - a indicação da materialidade dar-se-Ñ: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) na hipΓ³tese de abandono de cargo, pela indicação precisa do perΓ­odo de ausΓͺncia intencional do servidor ao serviΓ§o superior a trinta dias; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou su-perior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - apΓ³s a apresentação da defesa a comissΓ£o elaborarΓ‘ re-latΓ³rio conclusivo quanto Γ  inocΓͺncia ou Γ  responsabilidade do servidor, em que resumirΓ‘ as peΓ§as principais dos autos, indicarΓ‘ o respectivo dispositivo legal, opinarΓ‘, na hipΓ³tese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausΓͺncia ao serviΓ§o superior a trinta dias e remeterΓ‘ o processo Γ  autoridade instauradora para julgamento. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 141. As penalidades disciplinares serΓ£o aplicadas:I - pelo Presidente da RepΓΊblica, pelos Presidentes das Casas

do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respec-tivo Poder, órgão, ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-mente inferior Γ quelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensΓ£o superior a 30 (trinta) dias;

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertΓͺncia ou de suspensΓ£o de atΓ© 30 (trinta) dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

Art. 142. A ação disciplinar prescreverÑ:I - em 5 (cinco) anos, quanto às infraçáes puníveis com demis-

são, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

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Didatismo e Conhecimento 31

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAII - em 2 (dois) anos, quanto Γ  suspensΓ£o;III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto Γ  advertΓͺncia.Β§ 1o O prazo de prescrição comeΓ§a a correr da data em que o

fato se tornou conhecido.§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se

às infraçáes disciplinares capituladas também como crime.§ 3o A abertura de sindicÒncia ou a instauração de processo

disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começarÑ a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

TΓ­tulo VDo Processo Administrativo Disciplinar

Capítulo IDisposiçáes Gerais

Art. 143. A autoridade que tiver ciΓͺncia de irregularidade no serviΓ§o pΓΊblico Γ© obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicΓ’ncia ou processo administrativo disciplinar, asse-gurada ao acusado ampla defesa.

§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)§ 2o(Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da autori-

dade a que se refere, poderΓ‘ ser promovida por autoridade de Γ³rgΓ£o ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularida-de, mediante competΓͺncia especΓ­fica para tal finalidade, delegada em carΓ‘ter permanente ou temporΓ‘rio pelo Presidente da RepΓΊbli-ca, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribu-nais Federais e pelo Procurador-Geral da RepΓΊblica, no Γ’mbito do respectivo Poder, Γ³rgΓ£o ou entidade, preservadas as competΓͺncias para o julgamento que se seguir Γ  apuração. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a auten-ticidade.

ParÑgrafo único. Quando o fato narrado não configurar evi-dente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia serÑ arquiva-da, por falta de objeto.

Art. 145. Da sindicΓ’ncia poderΓ‘ resultar:I - arquivamento do processo;II - aplicação de penalidade de advertΓͺncia ou suspensΓ£o de

até 30 (trinta) dias;III - instauração de processo disciplinar.ParÑgrafo único. O prazo para conclusão da sindicÒncia não

excederΓ‘ 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual perΓ­o-do, a critΓ©rio da autoridade superior.

Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor en-sejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponi-bilidade, ou destituição de cargo em comissão, serÑ obrigatória a instauração de processo disciplinar.

CapΓ­tulo IIDo Afastamento Preventivo

Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instau-radora do processo disciplinar poderÑ determinar o seu afastamen-to do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O afastamento poderΓ‘ ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarΓ£o os seus efeitos, ainda que nΓ£o concluΓ­do o processo.

CapΓ­tulo IIIDo Processo Disciplinar

Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuiçáes, ou que tenha relação com as atribui-çáes do cargo em que se encontre investido.

Art. 149. O processo disciplinar serΓ‘ conduzido por comissΓ£o composta de trΓͺs servidores estΓ‘veis designados pela autoridade competente, observado o disposto no Β§ 3o do art. 143, que indicarΓ‘, dentre eles, o seu presidente, que deverΓ‘ ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nΓ­vel, ou ter nΓ­vel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 1o A Comissão terÑ como secretÑrio servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus mem-bros.

Β§ 2o NΓ£o poderΓ‘ participar de comissΓ£o de sindicΓ’ncia ou de inquΓ©rito, cΓ΄njuge, companheiro ou parente do acusado, consan-guΓ­neo ou afim, em linha reta ou colateral, atΓ© o terceiro grau.

Art. 150. A ComissΓ£o exercerΓ‘ suas atividades com indepen-dΓͺncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessΓ‘rio Γ  elucida-ção do fato ou exigido pelo interesse da administração.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. As reuniΓ΅es e as audiΓͺncias das comissΓ΅es terΓ£o carΓ‘ter reservado.

Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-missão;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, de-fesa e relatório;

III - julgamento.

Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederÑ 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstÒncias o exigirem.

Β§ 1o Sempre que necessΓ‘rio, a comissΓ£o dedicarΓ‘ tempo in-tegral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, atΓ© a entrega do relatΓ³rio final.

§ 2o As reuniáes da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberaçáes adotadas.

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Didatismo e Conhecimento 32

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICASeção I

Do InquΓ©rito

Art. 153. O inquérito administrativo obedecerÑ ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utili-zação dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 154. Os autos da sindicÒncia integrarão o processo disci-plinar, como peça informativa da instrução.

ParÑgrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicÒncia concluir que a infração estÑ capitulada como ilícito penal, a au-toridade competente encaminharÑ cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 155. Na fase do inquΓ©rito, a comissΓ£o promoverΓ‘ a to-mada de depoimentos, acareaçáes, investigaçáes e diligΓͺncias ca-bΓ­veis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessΓ‘-rio, a tΓ©cnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 156. Γ‰ assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermΓ©dio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

Β§ 1o O presidente da comissΓ£o poderΓ‘ denegar pedidos con-siderados impertinentes, meramente protelatΓ³rios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2o SerÑ indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de pe-rito.

Art. 157. As testemunhas serΓ£o intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissΓ£o, devendo a segun-da via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.

ParÑgrafo único. Se a testemunha for servidor público, a ex-pedição do mandado serÑ imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.

Art. 158. O depoimento serΓ‘ prestado oralmente e reduzido a termo, nΓ£o sendo lΓ­cito Γ  testemunha trazΓͺ-lo por escrito.

Β§ 1o As testemunhas serΓ£o inquiridas separadamente.Β§ 2o Na hipΓ³tese de depoimentos contraditΓ³rios ou que se

infirmem, proceder-se-Ñ à acareação entre os depoentes.

Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverÑ o interrogatório do acusado, observados os procedi-mentos previstos nos arts. 157 e 158.

§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles serÑ ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas decla-raçáes sobre fatos ou circunstÒncias, serÑ promovida a acareação entre eles.

§ 2o O procurador do acusado poderÑ assistir ao interroga-tório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, rein-quiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Art. 160. Quando houver dΓΊvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissΓ£o proporΓ‘ Γ  autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta mΓ©dica oficial, da qual participe pelo menos um mΓ©dico psiquiatra.

ParÑgrafo único. O incidente de sanidade mental serÑ pro-cessado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, serÑ formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele impu-tados e das respectivas provas.

§ 1o O indiciado serÑ citado por mandado expedido pelo pre-sidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

Β§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo serΓ‘ comum e de 20 (vinte) dias.

Β§ 3o O prazo de defesa poderΓ‘ ser prorrogado pelo dobro, para diligΓͺncias reputadas indispensΓ‘veis.

§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-Ñ da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.

Art. 162. O indiciado que mudar de residΓͺncia fica obrigado a comunicar Γ  comissΓ£o o lugar onde poderΓ‘ ser encontrado.

Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sa-bido, serÑ citado por edital, publicado no DiÑrio Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicí-lio conhecido, para apresentar defesa.

ParÑgrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defe-sa serÑ de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 164. Considerar-se-Γ‘ revel o indiciado que, regularmen-te citado, nΓ£o apresentar defesa no prazo legal.

Β§ 1o A revelia serΓ‘ declarada, por termo, nos autos do proces-so e devolverΓ‘ o prazo para a defesa.

§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instaura-dora do processo designarÑ um servidor como defensor dativo, que deverÑ ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indicia-do. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborarÑ relatório minucioso, onde resumirÑ as peças principais dos autos e men-cionarÑ as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

Β§ 1o O relatΓ³rio serΓ‘ sempre conclusivo quanto Γ  inocΓͺncia ou Γ  responsabilidade do servidor.

Β§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissΓ£o indicarΓ‘ o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstΓ’ncias agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comis-são, serÑ remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

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Didatismo e Conhecimento 33

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICASeção II

Do Julgamento

Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimen-to do processo, a autoridade julgadora proferirΓ‘ a sua decisΓ£o.

§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autori-dade instauradora do processo, este serÑ encaminhado à autoridade competente, que decidirÑ em igual prazo.

§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sançáes, o julgamento caberÑ à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberÑ às autori-dades de que trata o inciso I do art. 141.

Β§ 4o Reconhecida pela comissΓ£o a inocΓͺncia do servidor, a au-toridade instauradora do processo determinarΓ‘ o seu arquivamen-to, salvo se flagrantemente contrΓ‘ria Γ  prova dos autos. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 168. O julgamento acatarΓ‘ o relatΓ³rio da comissΓ£o, salvo quando contrΓ‘rio Γ s provas dos autos.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Quando o relatΓ³rio da comissΓ£o contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderΓ‘, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandΓ‘-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 169. Verificada a ocorrΓͺncia de vΓ­cio insanΓ‘vel, a autori-dade que determinou a instauração do processo ou outra de hierar-quia superior declararΓ‘ a sua nulidade, total ou parcial, e ordenarΓ‘, no mesmo ato, a constituição de outra comissΓ£o para instauração de novo processo.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 1o O julgamento fora do prazo legal nΓ£o implica nulidade do processo.

§ 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, § 2o, serÑ responsabilizada na forma do

CapΓ­tulo IV do TΓ­tulo IV.

Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinarÑ o registro do fato nos assentamentos indivi-duais do servidor.

Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar serÑ remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar sΓ³ poderΓ‘ ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, apΓ³s a conclusΓ£o do processo e o cumprimento da penalidade, aca-so aplicada.

ParÑgrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parÑ-grafo único, inciso I do art. 34, o ato serÑ convertido em demissão, se for o caso.

Art. 173. SerΓ£o assegurados transporte e diΓ‘rias:I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da

sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;

II - aos membros da comissão e ao secretÑrio, quando obri-gados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Seção IIIDa Revisão do Processo

Art. 174. O processo disciplinar poderΓ‘ ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofΓ­cio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstΓ’ncias suscetΓ­veis de justificar a inocΓͺncia do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

Β§ 1o Em caso de falecimento, ausΓͺncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famΓ­lia poderΓ‘ requerer a revisΓ£o do processo.

Β§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisΓ£o serΓ‘ requerida pelo respectivo curador.

Art. 175. No processo revisional, o Γ΄nus da prova cabe ao requerente.

Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originÑrio.

Art. 177. O requerimento de revisΓ£o do processo serΓ‘ dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisΓ£o, encaminharΓ‘ o pedido ao dirigente do Γ³rgΓ£o ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

ParÑgrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciarÑ a constituição de comissão, na forma do art. 149.

Art. 178. A revisão correrÑ em apenso ao processo originÑrio.ParÑgrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirÑ dia e

hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 179. A comissΓ£o revisora terΓ‘ 60 (sessenta) dias para a conclusΓ£o dos trabalhos.

Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissΓ£o revisora, no que couber, as normas e procedimentos prΓ³prios da comissΓ£o do processo disciplinar.

Art. 181. O julgamento caberΓ‘ Γ  autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O prazo para julgamento serΓ‘ de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderΓ‘ determinar diligΓͺncias.

Art. 182. Julgada procedente a revisão, serÑ declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que serÑ convertida em exoneração.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Da revisΓ£o do processo nΓ£o poderΓ‘ resultar agravamento de penalidade.

TΓ­tulo VIDa Seguridade Social do Servidor

Capítulo IDisposiçáes Gerais

Art. 183. A UniΓ£o manterΓ‘ Plano de Seguridade Social para o servidor e sua famΓ­lia.

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Didatismo e Conhecimento 34

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissΓ£o que nΓ£o seja,

simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na admi-nistração pΓΊblica direta, autΓ‘rquica e fundacional nΓ£o terΓ‘ direito aos benefΓ­cios do Plano de Seguridade Social, com exceção da as-sistΓͺncia Γ  saΓΊde.(Redação dada pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)

Β§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito Γ  remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdΓͺncia social no exterior, terΓ‘ suspenso o seu vΓ­nculo com o regime do Plano de Se-guridade Social do Servidor PΓΊblico enquanto durar o afastamento ou a licenΓ§a, nΓ£o lhes assistindo, neste perΓ­odo, os benefΓ­cios do mencionado regime de previdΓͺncia.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)

§ 3o SerÑ assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuiçáes, computan-do-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remuneraçáes dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento.(Incluído pela Lei nº 10.667, de 14.5.2003)

Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e com-preende um conjunto de benefícios e açáes que atendam às seguin-tes finalidades:

I - garantir meios de subsistΓͺncia nos eventos de doenΓ§a, in-validez, velhice, acidente em serviΓ§o, inatividade, falecimento e reclusΓ£o;

II - proteção Γ  maternidade, Γ  adoção e Γ  paternidade;III - assistΓͺncia Γ  saΓΊde.ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os benefΓ­cios serΓ£o concedidos nos termos

e condiçáes definidos em regulamento, observadas as disposiçáes desta Lei.

Art. 185. Os benefΓ­cios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

I - quanto ao servidor:a) aposentadoria;b) auxΓ­lio-natalidade;c) salΓ‘rio-famΓ­lia;d) licenΓ§a para tratamento de saΓΊde;e) licenΓ§a Γ  gestante, Γ  adotante e licenΓ§a-paternidade;f) licenΓ§a por acidente em serviΓ§o;g) assistΓͺncia Γ  saΓΊde;h) garantia de condiçáes individuais e ambientais de trabalho

satisfatΓ³rias;II - quanto ao dependente:a) pensΓ£o vitalΓ­cia e temporΓ‘ria;b) auxΓ­lio-funeral;c) auxΓ­lio-reclusΓ£o;d) assistΓͺncia Γ  saΓΊde.

Β§ 1o As aposentadorias e pensΓ΅es serΓ£o concedidas e manti-das pelos Γ³rgΓ£os ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.

§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por frau-de, dolo ou mÑ-fé, implicarÑ devolução ao erÑrio do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

CapΓ­tulo IIDos BenefΓ­cios

Seção IDa Aposentadoria

Art. 186. O servidor serΓ‘ aposentado: (Vide art. 40 da Cons-

tituição)I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais

quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurÑvel, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com pro-ventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30

(trinta) se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funçáes de

magistΓ©rio se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Β§ 1o Consideram-se doenΓ§as graves, contagiosas ou incu-rΓ‘veis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose mΓΊltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviΓ§o pΓΊblico, hansenΓ­ase, cardiopatia grave, doenΓ§a de Parkinson, paralisia irreversΓ­vel e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avanΓ§a-dos do mal de Paget (osteΓ­te deformante), SΓ­ndrome de Imunode-ficiΓͺncia Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.

Β§ 2o Nos casos de exercΓ­cio de atividades consideradas insa-lubres ou perigosas, bem como nas hipΓ³teses previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, Β«aΒ» e Β«cΒ», observarΓ‘ o disposto em lei especΓ­fica.

§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor serÑ submetido à junta médica oficial, que atestarÑ a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuiçáes do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 187. A aposentadoria compulsΓ³ria serΓ‘ automΓ‘tica, e de-clarada por ato, com vigΓͺncia a partir do dia imediato Γ quele em que o servidor atingir a idade-limite de permanΓͺncia no serviΓ§o ativo.

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Didatismo e Conhecimento 35

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAArt. 188. A aposentadoria voluntΓ‘ria ou por invalidez vigora-

rÑ a partir da data da publicação do respectivo ato.§ 1o A aposentadoria por invalidez serÑ precedida de licença

para tratamento de saΓΊde, por perΓ­odo nΓ£o excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2o Expirado o período de licença e não estando em condi-çáes de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor serÑ aposentado.

§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da licen-ça e a publicação do ato da aposentadoria serÑ considerado como de prorrogação da licença.

§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão consi-deradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade ensejado-ra da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderÑ ser con-vocado a qualquer momento, para avaliação das condiçáes que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 189. O provento da aposentadoria serÑ calculado com ob-servÒncia do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.

ParÑgrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer be-nefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias es-pecificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for considerado invÑlido por junta médica oficial passarÑ a perceber provento integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o pro-vento não serÑ inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da ativi-dade.

Art. 192. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 193. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 194. Ao servidor aposentado serΓ‘ paga a gratificação na-talina, atΓ© o dia vinte do mΓͺs de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.

Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participa-do de operaçáes bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serÑ concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

Seção IIDo Auxílio-Natalidade

Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por moti-vo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor venci-mento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

Β§ 1o Na hipΓ³tese de parto mΓΊltiplo, o valor serΓ‘ acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro.

Β§ 2o O auxΓ­lio serΓ‘ pago ao cΓ΄njuge ou companheiro servidor pΓΊblico, quando a parturiente nΓ£o for servidora.

Seção IIIDo SalÑrio-Família

Art. 197. O salΓ‘rio-famΓ­lia Γ© devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econΓ΄mico.

ParÑgrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salÑrio-família:

I - o cΓ΄njuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados atΓ© 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, atΓ© 24 (vinte e quatro) anos ou, se invΓ‘lido, de qualquer idade;

II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autoriza-ção judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;

III - a mΓ£e e o pai sem economia prΓ³pria.

Art. 198. NΓ£o se configura a dependΓͺncia econΓ΄mica quando o beneficiΓ‘rio do salΓ‘rio-famΓ­lia perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensΓ£o ou provento da apo-sentadoria, em valor igual ou superior ao salΓ‘rio-mΓ­nimo.

Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e vi-verem em comum, o salÑrio-família serÑ pago a um deles; quando separados, serÑ pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Ao pai e Γ  mΓ£e equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 200. O salΓ‘rio-famΓ­lia nΓ£o estΓ‘ sujeito a qualquer tributo, nem servirΓ‘ de base para qualquer contribuição, inclusive para a PrevidΓͺncia Social.

Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do salÑrio-família.

Seção IVDa Licença para Tratamento de Saúde

Art. 202. SerÑ concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei serÑ con-

cedida com base em perícia oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Β§ 1o Sempre que necessΓ‘rio, a inspeção mΓ©dica serΓ‘ realizada na residΓͺncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

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Didatismo e Conhecimento 36

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 2o Inexistindo mΓ©dico no Γ³rgΓ£o ou entidade no local onde

se encontra ou tenha exercício em carÑter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parÑgrafos do art. 230, serÑ aceito atestado passado por médico particular. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente produ-zirÑ efeitos depois de recepcionado pela unidade de recursos hu-manos do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento serÑ concedida mediante avaliação por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, serÑ efetuada por cirurgiáes-dentistas, nas hi-póteses em que abranger o campo de atuação da odontologia. (In-cluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderÑ ser dispensada de perí-cia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refe-rirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesáes produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o.

Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesáes orgÒni-cas ou funcionais serÑ submetido a inspeção médica.

Art. 206-A. O servidor serÑ submetido a exames médicos pe-riódicos, nos termos e condiçáes definidos em regulamento. (In-cluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento).

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Para os fins do disposto no caput, a UniΓ£o e suas entidades autΓ‘rquicas e fundacionais poderΓ£o: (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

I - prestar os exames mΓ©dicos periΓ³dicos diretamente pelo Γ³r-gΓ£o ou entidade Γ  qual se encontra vinculado o servidor; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

II - celebrar convΓͺnio ou instrumento de cooperação ou parce-ria com os Γ³rgΓ£os e entidades da administração direta, suas autar-quias e fundaçáes; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

III - celebrar convΓͺnios com operadoras de plano de assistΓͺn-cia Γ  saΓΊde, organizadas na modalidade de autogestΓ£o, que pos-suam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador, na forma do art. 230; ou (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

IV - prestar os exames mΓ©dicos periΓ³dicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)

Seção VDa Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade

Art. 207. SerÑ concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remunera-ção. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)

Β§ 1o A licenΓ§a poderΓ‘ ter inΓ­cio no primeiro dia do nono mΓͺs de gestação, salvo antecipação por prescrição mΓ©dica.

§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terÑ início a partir do parto.

Β§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-to, a servidora serΓ‘ submetida a exame mΓ©dico, e se julgada apta, reassumirΓ‘ o exercΓ­cio.

Β§ 4o No caso de aborto atestado por mΓ©dico oficial, a servido-ra terΓ‘ direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terÑ direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209. Para amamentar o prΓ³prio filho, atΓ© a idade de seis meses, a servidora lactante terΓ‘ direito, durante a jornada de tra-balho, a uma hora de descanso, que poderΓ‘ ser parcelada em dois perΓ­odos de meia hora.

Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)

ParÑgrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo serÑ de 30 (trinta) dias.

Seção VIDa Licença por Acidente em Serviço

Art. 211. SerÑ licenciado, com remuneração integral, o servi-dor acidentado em serviço.

Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imedia-tamente, com as atribuiçáes do cargo exercido.

ParÑgrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servi-

dor no exercΓ­cio do cargo;II - sofrido no percurso da residΓͺncia para o trabalho e vice-

versa.

Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderÑ ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

ParÑgrafo único. O tratamento recomendado por junta médi-ca oficial constitui medida de exceção e somente serÑ admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pú-blica.

Art. 214. A prova do acidente serΓ‘ feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogΓ‘vel quando as circunstΓ’ncias o exigirem.

Seção VIIDa Pensão

Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas hipóte-ses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito, observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art. 37 da Constitui-ção Federal e no art. 2o da Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

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Didatismo e Conhecimento 37

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAArt. 216. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 664, de 2014)

(VigΓͺncia) (Revogado pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Art. 217. São beneficiÑrios das pensáes: I - o cônjuge;(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)c) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de

fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicial-mente; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)c) Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)III - o companheiro ou companheira que comprove união estÑ-

vel como entidade familiar;(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguin-

tes requisitos:(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ

13.135, de 2015)b) seja invΓ‘lido;(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)c)(Vide Lei nΒΊ 13.135, de 2015) (VigΓͺncia)d) tenha deficiΓͺncia intelectual ou mental, nos termos do regu-

lamento;(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)V - a mΓ£e e o pai que comprovem dependΓͺncia econΓ΄mica do

servidor; e (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)VI - o irmΓ£o de qualquer condição que comprove dependΓͺncia

econΓ΄mica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

§ 1o A concessão de pensão aos beneficiÑrios de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiÑrios referidos nos incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2o A concessão de pensão aos beneficiÑrios de que trata o inciso V do caput exclui o beneficiÑrio referido no inciso VI.(Re-dação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Β§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho me-diante declaração do servidor e desde que comprovada dependΓͺn-cia econΓ΄mica, na forma estabelecida em regulamento.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Art. 218. Ocorrendo habilitação de vÑrios titulares à pensão, o seu valor serÑ distribuído em partes iguais entre os beneficiÑrios habilitados.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)§ 3o (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 219. A pensão poderÑ ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestaçáes exigíveis hÑ mais de 5 (cinco) anos.

ParÑgrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova poste-rior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiÑrio ou redução de pensão só produzirÑ efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

I - apΓ³s o trΓ’nsito em julgado, o beneficiΓ‘rio condenado pela prΓ‘tica de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do servidor; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se compro-vada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estÑvel, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciÑrio, apuradas em processo judicial no qual serÑ assegurado o direito ao contraditório e à ampla defe-sa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 221. SerΓ‘ concedida pensΓ£o provisΓ³ria por morte presu-mida do servidor, nos seguintes casos:

I - declaração de ausΓͺncia, pela autoridade judiciΓ‘ria compe-tente;

II - desaparecimento em desabamento, inundação, incΓͺndio ou acidente nΓ£o caracterizado como em serviΓ§o;

III - desaparecimento no desempenho das atribuiçáes do cargo ou em missão de segurança.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. A pensΓ£o provisΓ³ria serΓ‘ transformada em vitalΓ­cia ou temporΓ‘ria, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigΓͺncia, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipΓ³tese em que o benefΓ­cio serΓ‘ automaticamente cancelado.

Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiÑrio:I - o seu falecimento;II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a

concessão da pensão ao cônjuge;III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiÑrio

invΓ‘lido, o afastamento da deficiΓͺncia, em se tratando de bene-ficiΓ‘rio com deficiΓͺncia, ou o levantamento da interdição, em se tratando de beneficiΓ‘rio com deficiΓͺncia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os perΓ­odos mΓ­nimos decorrentes da aplicação das alΓ­neas β€œa” e β€œb” do inciso VII; (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº 13.135,

de 2015)VII - em relação aos beneficiÑrios de que tratam os incisos I

a III do caput do art. 217: (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o Γ³bito ocorrer sem que

o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuiçáes mensais ou se o casamento ou a união estÑvel tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuiçáes mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estÑvel: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

1) 3 (trΓͺs) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de ida-de; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

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Didatismo e Conhecimento 38

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de

idade; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e

trΓͺs) anos de idade; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)6) vitalΓ­cia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de ida-

de. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)§ 1o A critério da administração, o beneficiÑrio de pensão cuja

preservação seja motivada por invalidez, por incapacidade ou por deficiΓͺncia poderΓ‘ ser convocado a qualquer momento para avalia-ção das referidas condiçáes.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Β§ 2o SerΓ£o aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos previstos na alΓ­nea β€œb” do inciso VII, ambos do caput, se o Γ³bito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doenΓ§a profissional ou do trabalho, independente-mente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuiçáes mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de uniΓ£o estΓ‘-vel. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Β§ 3o ApΓ³s o transcurso de pelo menos 3 (trΓͺs) anos e desde que nesse perΓ­odo se verifique o incremento mΓ­nimo de um ano inteiro na mΓ©dia nacional ΓΊnica, para ambos os sexos, correspon-dente Γ  expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderΓ£o ser fixadas, em nΓΊmeros inteiros, novas idades para os fins previstos na alΓ­nea β€œb” do inciso VII do caput, em ato do Mi-nistro de Estado do Planejamento, OrΓ§amento e GestΓ£o, limitado o acrΓ©scimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Β§ 4o O tempo de contribuição a Regime PrΓ³prio de Previ-dΓͺncia Social (RPPS) ou ao Regime Geral de PrevidΓͺncia Social (RGPS) serΓ‘ considerado na contagem das 18 (dezoito) con-tribuiçáes mensais referidas nas alΓ­neas β€œa” e β€œb” do inciso VII do caput. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)

Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiÑrio, a respectiva cota reverterÑ para os cobeneficiÑrios. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 224. As pensáes serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parÑgrafo único do art. 189.

Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou compa-nheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensáes. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

Seção VIIIDo Auxílio-Funeral

Art. 226. O auxΓ­lio-funeral Γ© devido Γ  famΓ­lia do servidor fa-lecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mΓͺs da remuneração ou provento.

§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio serÑ pago somente em razão do cargo de maior remuneração.

Β§ 2o (VETADO).Β§ 3o O auxΓ­lio serΓ‘ pago no prazo de 48 (quarenta e oito)

horas, por meio de procedimento sumarΓ­ssimo, Γ  pessoa da famΓ­lia que houver custeado o funeral.

Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este serΓ‘ in-denizado, observado o disposto no artigo anterior.

Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de trans-porte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.

Seção IXDo Auxílio-Reclusão

Art. 229. Γ€ famΓ­lia do servidor ativo Γ© devido o auxΓ­lio-reclu-sΓ£o, nos seguintes valores:

I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;

II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtu-de de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determi-ne a perda de cargo.

§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terÑ direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.

Β§ 2o O pagamento do auxΓ­lio-reclusΓ£o cessarΓ‘ a partir do dia imediato Γ quele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão serÑ devido, nas mesmas condiçáes da pensão por morte, aos de-pendentes do segurado recolhido à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

CapΓ­tulo IIIDa AssistΓͺncia Γ  SaΓΊde

Art. 230. A assistΓͺncia Γ  saΓΊde do servidor, ativo ou inati-

vo, e de sua famΓ­lia compreende assistΓͺncia mΓ©dica, hospitalar, odontolΓ³gica, psicolΓ³gica e farmacΓͺutica, terΓ‘ como diretriz bΓ‘sica o implemento de açáes preventivas voltadas para a promoção da saΓΊde e serΓ‘ prestada pelo Sistema Único de SaΓΊde – SUS, direta-mente pelo Γ³rgΓ£o ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convΓͺnio ou contrato, ou ainda na forma de auxΓ­lio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistΓͺncia Γ  saΓΊde, na forma estabelecida em regulamento.(Redação dada pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)

Β§ 1o Nas hipΓ³teses previstas nesta Lei em que seja exigida perΓ­cia, avaliação ou inspeção mΓ©dica, na ausΓͺncia de mΓ©dico ou junta mΓ©dica oficial, para a sua realização o Γ³rgΓ£o ou entidade celebrarΓ‘, preferencialmente, convΓͺnio com unidades de atendi-mento do sistema pΓΊblico de saΓΊde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pΓΊblica, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplica-ção do disposto no parÑgrafo anterior, o órgão ou entidade pro-moverÑ a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídi-ca, que constituirÑ junta médica especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de suas habilitaçáes e de que não estejam responden-do a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da profis-são. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 39

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a

UniΓ£o e suas entidades autΓ‘rquicas e fundacionais autorizadas a: (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)

I - celebrar convΓͺnios exclusivamente para a prestação de ser-viΓ§os de assistΓͺncia Γ  saΓΊde para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares definidos, com entidades de autogestΓ£o por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurΓ­dicos efetivamente ce-lebrados e publicados atΓ© 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador, sendo certo que os convΓͺnios celebrados depois dessa data somente poderΓ£o sΓͺ-lo na forma da regulamentação especΓ­fica sobre patrocΓ­nio de auto-gestΓ΅es, a ser publicada pelo mesmo Γ³rgΓ£o regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigΓͺncia desta Lei, normas essas tambΓ©m aplicΓ‘veis aos convΓͺnios existentes atΓ© 12 de fevereiro de 2006; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)

II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistΓͺncia Γ  saΓΊde que possuam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)

III - (VETADO) (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)Β§ 4o (VETADO) (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)Β§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendi-

do pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistΓͺncia Γ  saΓΊde. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)

CapΓ­tulo IVDo Custeio

Art. 231. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.783, de 28.01.99) TΓ­tulo VII

Capítulo ÚnicoDa Contratação TemporÑria de Excepcional Interesse Público

Art. 232. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)

Art. 233. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)

Art. 234. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)

Art. 235. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)

TΓ­tulo VIII

Capítulo ÚnicoDas Disposiçáes Gerais

Art. 236. O Dia do Servidor PΓΊblico serΓ‘ comemorado a vinte e oito de outubro.

Art. 237. PoderΓ£o ser instituΓ­dos, no Γ’mbito dos Poderes Exe-cutivo, Legislativo e JudiciΓ‘rio, os seguintes incentivos funcio-nais, alΓ©m daqueles jΓ‘ previstos nos respectivos planos de carreira:

I - prΓͺmios pela apresentação de idΓ©ias, inventos ou trabalhos que favoreΓ§am o aumento de produtividade e a redução dos custos operacionais;

II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, con-decoração e elogio.

Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filo-sófica ou política, o servidor não poderÑ ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substi-tuto processual;

b) de inamovibilidade do dirigente sindical, atΓ© um ano apΓ³s o final do mandato, exceto se a pedido;

c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuiçáes definidas em assembleia geral da categoria.

d) (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97) e)(Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 241. Consideram-se da famΓ­lia do servidor, alΓ©m do cΓ΄njuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam Γ s suas expensas e constem do seu assentamento individual.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. Equipara-se ao cΓ΄njuge a companheira ou companheiro, que comprove uniΓ£o estΓ‘vel como entidade familiar.

Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercí-cio, em carÑter permanente.

TΓ­tulo IX

Capítulo ÚnicoDas Disposiçáes Transitórias e Finais

Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaçáes públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos FuncionÑrios Pú-blicos Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação.

§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no re-gime instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.

Β§ 2o As funçáes de confianΓ§a exercidas por pessoas nΓ£o in-tegrantes de tabela permanente do Γ³rgΓ£o ou entidade onde tΓͺm exercΓ­cio ficam transformadas em cargos em comissΓ£o, e mantidas enquanto nΓ£o for implantado o plano de cargos dos Γ³rgΓ£os ou en-tidades na forma da lei.

Β§ 3o As Funçáes de Assessoramento Superior - FAS, exerci-das por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas na data da vigΓͺncia desta Lei.

Β§ 4o (VETADO).

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Didatismo e Conhecimento 40

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 5o O regime jurΓ­dico desta Lei Γ© extensivo aos serventuΓ‘rios

da Justiça, remunerados com recursos da União, no que couber.§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com estabili-

dade no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos.

Β§ 7o Os servidores pΓΊblicos de que trata o caput deste artigo, nΓ£o amparados pelo art. 19 do Ato das Disposiçáes Constitucio-nais TransitΓ³rias, poderΓ£o, no interesse da Administração e con-forme critΓ©rios estabelecidos em regulamento, ser exonerados me-diante indenização de um mΓͺs de remuneração por ano de efetivo exercΓ­cio no serviΓ§o pΓΊblico federal. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 8o Para fins de incidΓͺncia do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos, serΓ£o considerados como indenizaçáes isentas os pagamentos efetuados a tΓ­tulo de indenização prevista no parΓ‘grafo anterior.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Β§ 9o Os cargos vagos em decorrΓͺncia da aplicação do disposto no Β§ 7o poderΓ£o ser extintos pelo Poder Executivo quando consi-derados desnecessΓ‘rios. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 244. Os adicionais por tempo de serviΓ§o, jΓ‘ concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados em anuΓͺnio.

Art. 245. A licenΓ§a especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nΒΊ 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em licenΓ§a-prΓͺmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90.

Art. 246. (VETADO).

Art. 247. Para efeito do disposto no TΓ­tulo VI desta Lei, ha-verΓ‘ ajuste de contas com a PrevidΓͺncia Social, correspondente ao perΓ­odo de contribuição por parte dos servidores celetistas abran-gidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei nΒΊ 8.162, de 8.1.91)

Art. 248. As pensΓ΅es estatutΓ‘rias, concedidas atΓ© a vigΓͺncia desta Lei, passam a ser mantidas pelo Γ³rgΓ£o ou entidade de origem do servidor.

Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos per-centuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União conforme regulamento próprio.

Art. 250. O servidor que jÑ tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condiçáes necessÑrias para a aposenta-doria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos FuncionÑrios Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de ou-tubro de 1952, aposentar-se-Ñ com a vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional)

Art. 251. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)

Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mΓͺs subse-quente.

Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem como as demais disposiçáes em contrÑrio.

BrasΓ­lia, 11 de dezembro de 1990; 169o da IndependΓͺncia e 102o da RepΓΊblica.

FERNANDO COLLORJarbas PassarinhoEste texto nΓ£o substitui o publicado no DOU de 12.12.1990 e

republicado em 18.3.1998 LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Partes vetadas pelo Presidente da RepΓΊblica e mantidas pelo Congresso Nacional, do Projeto que se transformou na Lei n.Β° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que β€œdispΓ΅e sobre o Regime JurΓ­dico dos Servidores PΓΊblicos Civis da UniΓ£o, das autarquias e das fundaçáes pΓΊblicas federais”.

O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL:

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL manteve, e eu, MAURO BENEVIDES, Presidente do Senado Federal, nos ter-mos do § 7° do art. 66 da Constituição, promulgo as seguintes partes da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990:

β€œArt. 87 ....................................................................................

.........................................Β§ 1Β° .........................................................................................

.........................................Β§ 2Β° Os perΓ­odos de licenΓ§a-prΓͺmio jΓ‘ adquiridos e nΓ£o goza-

dos pelo servidor que vier a falecer serΓ£o convertidos em pecΓΊnia, em favor de seus beneficiΓ‘rios da pensΓ£o.

Art. 192. O servidor que contar tempo de serviço para apo-sentadoria com provento integral serÑ aposentado:

I - com a remuneração do padrão de classe imediatamente superior àquela em que se encontra posicionado;

II - quando ocupante da última classe da carreira, com a re-muneração do padrão correspondente, acrescida da diferença en-tre esse e o padrão da classe imediatamente anterior.

Art. 193. O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistΓͺncia ou cargo em comissΓ£o, por pe-rΓ­odo de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) anos interpola-dos, poderΓ‘ aposentar-se com a gratificação da função ou remune-ração do cargo em comissΓ£o, de maior valor, desde que exercido por um perΓ­odo mΓ­nimo de 2 (dois) anos.

§ 1° Quando o exercício da função ou cargo em comissão de maior valor não corresponder ao período de 2 (dois) anos, serÑ incorporada a gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissão imediatamente inferior dentre os exercidos.

§ 2° A aplicação do disposto neste artigo exclui as vantagens previstas no art. 192, bem como a incorporação de que trata o art. 62, ressalvado o direito de opção.

Page 43: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 41

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAArt. 231. .................................................................................

..........................................Β§ 1Β° .........................................................................................

.........................................Β§ 2ΒΊ O custeio da aposentadoria Γ© de responsabilidade integral

do Tesouro Nacional.

Art. 240. ...........................................................................................................................

a) .....................................................................................................................................

b) .....................................................................................................................................

c) .....................................................................................................................................

d) de negociação coletiva;e) de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à Justiça

do Trabalho, nos termos da Constituição Federal.

Art. 250. O servidor que jΓ‘ tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condiçáes necessΓ‘rias para a aposenta-doria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos FuncionΓ‘rios PΓΊblicos Civis da UniΓ£o, Lei nΒ° 1.711, de 28 de ou-tubro de 1952, aposentar-se-Γ‘ com a vantagem prevista naquele dispositivo.”

Senado Federal, 18 de abril de 1991. 170Β° da IndependΓͺncia e 103Β° da RepΓΊblica.

MAURO BENEVIDESEste texto nΓ£o substitui o publicado no DOU de 19.4.1991

7. PODERES ADMINISTRATIVOS: PODER HIERÁRQUICO; PODER

DISCIPLINAR; PODER REGULAMENTAR; PODER DE POLÍCIA; USO E

ABUSO DO PODER.

PODER VINCULADO:

O poder da Administração Pública ocorre por meio de força vinculante que lhe é imposta e garantida pela Constituição Federal de 1988, mais precisamente em seu artigo 37, onde hÑ vinculação dos atos administrativos ao princípio da legalidade, ou seja, à força do enunciado das leis editadas pelo Estado.

O conhecido Poder Vinculado é aquele de que dispáe a admi-nistração pública para a prÑtica de atos administrativos em que é mínima ou então inexistente a possibilidade de atuação do admi-nistrador público, em outras palavras é o poder de que ela se utiliza quando esta diante de uma situação em que a lei previamente jÑ vinculou uma única forma de atuação.

Dessa maneira, no tocante aos atos vinculados, nΓ£o Γ© possΓ­vel a administração pΓΊblica formular consideraçáes de oportunidade e conveniΓͺncia, sendo certo que sua atuação estΓ‘ limitada nos estri-tos conteΓΊdos legais.

Analisadas as consideraçáes iniciais sobre o Poder Vincula-do, é possível então concluir que não se trata especificamente de uma prerrogativa, assim entendida como poder, mas sim como um dever da administração em cumprir e vincular-se ao que dispáe a lei, quando não se verifica liberdade do administrador de escolhas.

Assim, temos que o poder vinculado da Administração Públi-ca obriga ao administrador obedecer ao principio da legalidade, e dessa forma, somente poderÑ emanar o ato, desde que esteja de acordo com o que dispáe a lei, não havendo flexibilidade sobre a execução do ato, tendo em vista que estÑ diretamente vinculado a lei.

PODER DISCRICIONÁRIO

Temos pelo Poder DiscricionΓ‘rio aquele mediante o qual o administrador tem a liberdade de praticar a ação administrativa, escolhendo por parΓ’metros de conveniΓͺncia, necessidade, oportu-nidade e conteΓΊdo do ato, mas dentro dos limites impostos pela lei.

A conveniΓͺncia se identifica quando o ato interessa, convΓ©m ou satisfaz ao interesse pΓΊblico. HΓ‘ oportunidade quando o ato Γ© praticado no momento adequado Γ  satisfação do interesse pΓΊblico. SΓ£o juΓ­zos subjetivos do agente competente que levam a autorida-de a decidir, nos termos da lei, que se incumbe de indicar quando Γ© possΓ­vel essa atuação.

O Poder DiscricionΓ‘rio tem como base a autorização legal conferida ao administrador pΓΊblico decida, nos limites da lei, so-bre a conveniΓͺncia e oportunidade da prΓ‘tica do ato discricionΓ‘rio, bem como de escolher seu conteΓΊdo, sendo passΓ­vel de anΓ‘lise so-bre o mΓ©rito administrativo.

A discricionariedade atribuΓ­da Γ  Administração trata-se efeti-vamente de uma prerrogativa, um poder conferido pela lei Γ  Admi-nistração, entretanto, nΓ£o remete ao livre arbΓ­trio para o exercΓ­cio de suas atribuiçáes, cabendo, contudo, Γ  Administração a anΓ‘lise livre da conveniΓͺncia e da oportunidade para a prΓ‘tica de qualquer ato, obedecidas as regras vinculativas definidas pelo direito posi-tivo. A discricionariedade encontra limites na lei, nos princΓ­pios gerais de direito e nos preceitos de moralidade administrativa.

PODER HIERÁRQUICO

O Poder HierÑrquico é o poder de que dispáe o Executivo para distribuir e escalonar as funçáes de seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo assim a relação de subordinação.

Importante esclarecer que hierarquia caracteriza-se pela exis-tΓͺncia de nΓ­veis de subordinação entre Γ³rgΓ£os e agentes pΓΊblicos, sempre no Γ’mbito de uma mesma pessoa jurΓ­dica. Assim, podemos verificar a presenΓ§a da hierarquia entre Γ³rgΓ£os e agentes na esfe-ra interna da Administração Direta do Poder Executivo, ou entΓ£o hierarquia entre Γ³rgΓ£os e agentes internamente de uma fundação pΓΊblica.

Caracterizam-se pelo poder de comando de agentes adminis-trativos superiores sobre seus subordinados, contendo a prerrogati-va de ordenar, fiscalizar, rever, delegar tarefas a seus subordinados.

Γ‰ o poder que dispΓ΅e o Executivo para distribuir e organizar as funçáes de seus agentes e Γ³rgΓ£os, estabelecendo relação de su-bordinação entre seus servidores, tal subordinação, vale destacar, Γ© de carΓ‘ter interno, somente Γ© aplicΓ‘vel dentro da prΓ³pria Admi-nistração PΓΊblica.

Page 44: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 42

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAA hierarquia estabelece uma ordem de importΓ’ncia geran-

do forma às relaçáes de coordenação e de subordinação entre os agentes públicos, adquirindo assim uma relação de subordinação escalonada objetivando a ordem das atividades administrativas.

Para a preservação do principio hierΓ‘rquico Γ© indispen-sΓ‘vel mencionar que o descumprimento de ordem de superior hierΓ‘rquico constitui-se em ato ilΓ­cito, passΓ­vel de punição ad-ministrativa e penal. Assim o servidor pΓΊblico subalterno deve estrita obediΓͺncia Γ s ordens e demais instruçáes legais de seus superiores.

PODER DISCIPLINAR

O Poder Disciplinar é o poder de punir internamente não só as infraçáes funcionais dos servidores, sendo indispensÑvel à apuração regular da falta, mas também as infraçáes de todas as pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Admi-nistração.

Decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre todos aqueles que se vinculam à Administração.

O Poder Disciplinar nΓ£o pode ser confundido ainda com o Poder HierΓ‘rquico, porΓ©m a ele estΓ‘ vinculado e Γ© correlato. Pelo descumprimento do poder hierΓ‘rquico o subalterno pode ser punido administrativa ou judicialmente. Γ‰ assim a aplicação do poder disciplinar, a faculdade do hierarca de punir adminis-trativamente o subalterno, dentro dos limites legais, dessa facul-dade de punir verifica-se a existΓͺncia, mesmo que mΓ­nima, da discricionariedade administrativa, pois hΓ‘ anΓ‘lise de conveniΓͺn-cia e oportunidade.

Também não se confunde com o poder punitivo do Estado, que é realizado através do Poder JudiciÑrio e é aplicado com finalidade social, visando à repressão de crimes e contravençáes devidamente tipificados nas leis penais.

O poder disciplinar é exercido como faculdade punitiva in-terna da Administração Pública e por isso mesmo só abrange as infraçáes relacionadas com o serviço público.

Em se tratando de servidor pΓΊblico, as penalidades discipli-nares vΓͺm definidas dos respectivos Estatutos.

Cumpre ressaltar que a atuação do Poder Disciplinar deve obedecer necessariamente aos princípios informativos e consti-tucionais da Administração, entre eles o principio da legalidade e o principio da motivação, aos quais se anexa ao principio da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.

PODER REGULAMENTAR

O Poder Regulamentar Γ© o poder inerente e privativo do Chefe do Poder Executivo, indelegΓ‘vel a qualquer subordinado, trata-se do poder atribuΓ­do ao chefe do Poder Executivo para editar atos, com o objetivo de dar fiel cumprimento Γ‘s leis.

Temos por regulamento como ato normativo, expedido atravΓ©s de decreto, com o fim de explicar o modo e a forma de execução da lei, ou prover situaçáes nΓ£o disciplinadas em lei, importante destacar que o regulamento nΓ£o tem a capacidade e a competΓͺncia de inovar o direito previsto em lei, nΓ£o cria obriga-çáes, apenas explica e detalha o direito, e, sobretudo, uniformiza procedimentos necessΓ‘rios para o cumprimento e execução da lei.

O regulamento, portanto, constitui-se em um conjunto de nor-mas que orientam a execução de uma determinada matéria.

Diante de tais conceitos podemos concluir que o regulamento Γ© a explicitação da lei em forma de decreto executivo, nΓ£o se inscre-vendo como tal os decretos autΓ΄nomos, atΓ© porque nΓ£o hΓ‘ em nosso ordenamento jurΓ­dico o instituto dos regulamentos autΓ΄nomo com forΓ§a de lei, cuja competΓͺncia de edição fica sob a responsabilidade do Chefe do Poder Executivo.

PODER DE POLÍCIA:

A partir da Constituição Federal e das leis em nosso ordena-mento jurídico, foi conferido uma série de direitos aos cidadãos, que por sua vez, tem o seu pleno exercício vinculado com o bem estar social.

Assim, Γ© por meio do Poder de PolΓ­cia que a Administração li-mita o exercΓ­cio dos direitos individuais e coletivos com o objetivo de assegurar a ordem pΓΊblica, estabelecendo assim um nΓ­vel aceitΓ‘-vel de convivΓͺncia social, esse poder tambΓ©m pode ser denominado de polΓ­cia administrativa.

Γ‰ o poder deferido ao Estado, necessΓ‘rio ao estabelecimento das medidas que a ordem, a saΓΊde e a moralidade pΓΊblica exigem. O principio norteador da aplicação do Poder de PolΓ­cia Γ© a predomi-nΓ’ncia do interesse pΓΊblico sobre o interesse privado.

O Poder de Polícia resume-se na prerrogativa conferida a Ad-ministração Pública para, na forma e nos limites legais, condiciona ou restringe o uso de bens, exercício de direitos e a pratica de ativi-dades privadas, com o objetivo de proteger os interesses gerais da coletividade.

Assim, Γ© a atividade do Estado que consiste em limitar o exer-cΓ­cio dos direitos individuais em benefΓ­cio do interesse pΓΊblico.

Mesmo sendo considerado como poder discricionÑrio da Ad-ministração, o Poder de Polícia é controlado e limitado pelo orde-namento jurídico que regulam a atuação da própria Administração, isto porque o Estado deve sempre perseguir o interesse público, mas sem que haja ofensa aos direitos individuais garantidos por lei.

Dessa forma, podemos concluir que o Poder de Polícia é um poder de vigilÒncia, cujo objetivo maior é o bem-estar social, im-pedindo que os abusos dos direitos pessoais possam ameaçar os direitos e interesses gerais da coletividade.

Decorre, portanto do Poder de Polícia, a aplicação de sançáes para fazer cumprir suas determinaçáes, fundamentadas na lei, e as-sim, diversas são as sançáes passiveis de aplicação, previstas nas mais variadas e esparsas leis administrativas, que podem ser aplica-das no Òmbito da atividade de polícia administrativa.

Poder de PolΓ­cia Administrativa:O Poder de PolΓ­cia Administrativa tem o objetivo principal da

manutenção da ordem pública em geral, atuando em situaçáes em que é possível a prevenção de possíveis cometimentos de infraçáes legais, entretanto, poderÑ atuar tanto preventivamente como de for-ma repressiva, porem, em ambos os casos, a atuação da Policia Ad-ministrativa tem a finalidade de evitar e impedir comportamentos dos indivíduos que possam causar prejuízos para a sociedade.

O Poder de Polícia Administrativa visa à proteção específi-ca de valores sociais, vedando a prÑticas de condutas que possam ameaçar a segurança pública, a ordem pública, a tranquilidade e bem estar social, saúde e higiene coletiva, a moralidade pública, entre outras.

Page 45: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 43

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAImportante esclarecer que o poder de polΓ­cia administrativa

incide sobre atividades e sobre bens, não diretamente sobre os ci-dadãos, haja vista que não existem sançáes aplicadas decorrentes do poder de polícia administrativa que impliquem em restrição ao direito de liberdade das pessoas como detenção e prisão.

Assim, vÑrias são as sançáes decorrentes do poder de polí-cia administrativa, tais como: multa administrativa; demolição de construçáes irregulares; apreensão de mercadorias com entrada irregular no território nacional; interdição de estabelecimento co-merciais que estão em desacordo com a lei; embargos administra-tivos a obras, entre outras.

Poder de PolΓ­cia JudiciΓ‘ria:A PolΓ­cia JudiciΓ‘ria desenvolve e executa atividades de ca-

rÑter repressivo e ostensivo, ou seja, possui o dever de reprimir atividades infratoras a lei por meio da atuação policial em carÑter criminal, com sua consequente captura daqueles que infringirem a lei penal.

Assim, a Polícia JudiciÑria atua em defesa dos preceitos es-tabelecidos no Código Penal Brasileiro, com foco em sua atuação nas atividades consideradas crime pela lei penal, tendo caracterís-ticas e prerrogativas ostensivas, repressivas e investigativas.

A atuação da Polícia JudiciÑria incide sobre as pessoas, sendo exercido pelos órgãos especializados do Estado como a Polícia Ci-vil e a Polícia Militar, sendo certo que tais atividades repressoras e ostensivas objetiva auxiliar o Poder JudiciÑrio, em sua atividade jurisdicional, na aplicação da lei em casos concretos, fornecendo o conjunto probatório suficiente para condenar ou absolver o cida-dão apresentado a Justiça Pública.

Diferenças entre Polícia Administrativa e Polícia JudiciÑ-ria:

Diante dos conceitos e explicaçáes acima formuladas, passa-mos a identificar as principais diferenças entre a atuação da policia administrativa e a polícia judiciÑria.

A Polícia Administrativa é regida pelas normas do Direito Administrativo, sendo considerada infração administrativa a não observÒncia aos preceitos normativos constantes das normas e regulamentos administrativos, enquanto que a polícia judiciÑria é regulamentada pelas normas do Direito Penal e Processual Penal.

A atividade de polícia administrativa é executada pelos órgãos e agentes públicos escalonados e mantidos pela Administração Pú-blica, a polícia judiciÑria por sua vez tem suas atividades executa-das privativamente por organizaçáes especializadas no combate e repressão a pratica criminosa, ou seja, pela Polícia Civil e Polícia Militar.

As penalidades no caso da polícia administrativa incidem exclusivamente em produtos e serviços, enquanto as penalidades previstas para a atuação da polícia judiciÑria recaem sobre pessoas, podendo em alguns casos ocorrer em face de apreensão de produ-tos, desde que sejam de origem criminosa.

CaracterΓ­sticas do Poder de PolΓ­cia: A doutrina administrativa majoritΓ‘ria considera as principais

caracterΓ­sticas do Poder de PolΓ­cia:- Autoexecutoriedade: Constitui prerrogativa aos atos emana-

dos por força do poder de polícia a característica autoexecutória imediatamente a partir de sua edição, isso ocorre porque as de-cisáes administrativas trazem em si a força necessÑria para a sua auto execução.

Os atos autoexecutórios do Poder de Polícia são aqueles que podem ser materialmente implementados pela administração, de maneira direta, inclusive mediante o uso de força, caso seja neces-sÑrio, sem que a Administração Pública precise de uma autoriza-ção judicial prévia.

A autoexecutoriedade dos atos administrativos fundamenta-se na natureza pública da atividade administrativa, em razão desta, atendendo o interesse público, assim, a faculdade de revestimento do ato administrativo pela característica da autoexecução de seus próprios atos se manifesta principalmente pela supremacia do in-teresse coletivo sobre o particular.

- Coercibilidade: Trata-se da imposição coercitiva das deci-sáes adotadas pela Administração Pública, objetivando a garantia do cumprimento, mesmo que forçado, do ato emanado mediante o Poder de Polícia.

Cumpre esclarecer que todo ato de Polícia tem carÑter im-perativo e obrigatório, ou seja, temos a possibilidade de a admi-nistração pública, de maneira unilateral, criar obrigaçáes para os administrados, ou então impor-lhes restriçáes.

Dessa forma, não existe ato de polícia de cumprimento facul-tativo pelo administrado, haja vista que todo o ato adotado com fundamento no Poder de Polícia admite a coerção estatal para fim de tornÑ-lo efetivo, sendo certo que tal coerção independe de pré-via autorização judicial.

- Discricionariedade: Os atos discricionΓ‘rios sΓ£o aqueles que a Administração PΓΊblica pode praticar com certa liberdade de es-colha e decisΓ£o, sempre dentro dos termos e limites legais, quanto ao seu conteΓΊdo, seu modo de realização, sua oportunidade e con-veniΓͺncia administrativa.

Dessa maneira, na edição de um ato discricionΓ‘rio, a legisla-ção outorga ao agente pΓΊblico certa margem de liberdade de esco-lha, diante da avaliação de oportunidade e conveniΓͺncia da pratica do ato.

Limites do Poder de PolΓ­cia: Muito embora a Discricionariedade seja caracterΓ­stica do ato

emanado com fundamento no Poder de PolΓ­cia, a lei impΓ΅e alguns limites quanto Γ  competΓͺncia, Γ  forma e aos fins almejados pela Administração PΓΊblica, nΓ£o sendo o Poder de PolΓ­cia um poder absoluto, visto que encontra limitaçáes legais.

NΓ£o podemos perder de vista que toda a atuação administra-tiva, seja em que esfera for, deve obediΓͺncia ao principio admi-nistrativo constitucional da Legalidade, devidamente previsto no artigo 37 da Constituição Federal.

Assim, toda atuação administrativa pautada dentro dos limites legais, seja quanto Γ  competΓͺncia do agente que executou a ativi-dade administrativa ou entΓ£o a forma em que foi realizada, serΓ‘ considerada um ato legal e legΓ­timo, desde que atenda o interesse coletivo.

De outra forma, o ato administrativo que for praticado com vΓ­cios de competΓͺncia, ilegalidades, ilegitimidades, ou ainda que contrariem o interesse pΓΊblico, serΓ‘ considerado um ato ilegal, pra-ticado com abuso ou desvio de poder.

Os limites impostos à atuação do poder de polícia se destinam a vedar qualquer manifestação administrativa revestida de arbitra-riedade e ilegalidade por parte do agente público, sendo certo que todo e qualquer ato administrativo poderÑ ser levado a analise de legalidade pelo Poder JudiciÑrio, que tem o poder jurisdicional de anular ato ilegal ou ilegítimo.

Page 46: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 44

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAABUSO DE PODER

O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo or-denamento jurídico à Administração Pública caracteriza de modo genérico, o denominado abuso de poder.

Dessa maneira, o abuso de poder ocorre diante de uma ilegiti-midade, ou, diante de uma ilegalidade, cometida por agente públi-co no exercício de suas funçáes administrativas, o que nos autoriza a concluir que o abuso de poder é uma conduta ilegal cometida pelo agente público, e, portanto, toda atuação fundamentada em abuso de poder é ilegal.

Importante destacar que é plenamente possível o abuso de poder assumir tanto a forma comissiva, quanto à omissiva, ou seja, o abuso tanto pode ocorrer devido a uma ação ilegal do agente público, quanto de uma omissão considerada ilegal.

O abuso de poder pode ocorrer de duas maneiras, quais sejam: excesso de poder ou desvio de poder.

- Excesso de Poder: Ocorre quando o agente pΓΊblico atua fora dos limites de sua competΓͺncia, ou seja, o agente pΓΊblico nΓ£o tinha a competΓͺncia funcional prevista em lei para executar a atividade administrativa.

- Desvio de Poder: Ocorre quando a atuação do agente Γ© pau-tada dentro dos seus limites de competΓͺncia, mas contraria a fina-lidade administrativa que determinou ou autorizou a sua atuação.

8. LEI FEDERAL Nº 8.429/92: DEVER DE EFICIÊNCIA; DEVER DE PROBIDADE;

DEVER DE PRESTAR CONTAS.

LEI NΒΊ 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

DispΓ΅e sobre as sançáes aplicΓ‘veis aos agentes pΓΊblicos nos casos de enriquecimento ilΓ­cito no exercΓ­cio de mandato, cargo, emprego ou função na administração pΓΊblica direta, indireta ou fundacional e dΓ‘ outras providΓͺncias.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I Das Disposiçáes Gerais

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incor-porada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erÑrio haja concorrido ou concorra com mais de cinquen-ta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

ParÑgrafo único. Estão também sujeitos às penalidades des-ta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou

creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erÑrio haja concorrido ou concorra com menos de cin-quenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem re-muneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3° As disposiçáes desta lei são aplicÑveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prÑtica do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qual-quer forma direta ou indireta.

Art. 4Β° Os agentes pΓΊblicos de qualquer nΓ­vel ou hierarquia sΓ£o obrigados a velar pela estrita observΓ’ncia dos princΓ­pios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe sΓ£o afetos.

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-Ñ o integral ressarcimento do dano.

Art. 6Β° No caso de enriquecimento ilΓ­cito, perderΓ‘ o agente pΓΊblico ou terceiro beneficiΓ‘rio os bens ou valores acrescidos ao seu patrimΓ΄nio.

Art. 7Β° Quando o ato de improbidade causar lesΓ£o ao patrimΓ΄-nio pΓΊblico ou ensejar enriquecimento ilΓ­cito, caberΓ‘ a autoridade administrativa responsΓ‘vel pelo inquΓ©rito representar ao MinistΓ©-rio PΓΊblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairΓ‘ sobre bens que assegurem o integral ressar-cimento do dano, ou sobre o acrΓ©scimo patrimonial resultante do enriquecimento ilΓ­cito.

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente estÑ sujeito às cominaçáes desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enri-

quecimento IlΓ­cito

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importan-do enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patri-monial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indire-ta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuiçáes do agente público;

Page 47: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Nova · PDF file2 NOÇÕ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo e Legislativo Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido

Didatismo e Conhecimento 45

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAII - perceber vantagem econΓ΄mica, direta ou indireta, para fa-

cilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o for-necimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, mÑqui-nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de proprieda-de ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prÑtica de jogos de azar, de lenocínio, de narcotrÑfico, de contrabando, de usura ou de qual-quer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de manda-to, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à ren-da do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que te-nha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuiçáes do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econΓ΄mica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofΓ­cio, providΓͺncia ou decla-ração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimΓ΄nio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei;

XII - usar, em proveito prΓ³prio, bens, rendas, verbas ou valo-res integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei.

Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que

Causam PrejuΓ­zo ao ErΓ‘rio

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que cau-sa lesão ao erÑrio qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamen-to ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorpora-ção ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa fΓ­sica ou jurΓ­dica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acer-vo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie;

III - doar Γ  pessoa fΓ­sica ou jurΓ­dica bem como ao ente des-personalizado, ainda que de fins educativos ou assistΓͺncias, bens, rendas, verbas ou valores do patrimΓ΄nio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei, sem observΓ’ncia das formalidades legais e regulamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observÒncia das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefΓ­cio administrativo ou fiscal sem a ob-servΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatΓ³rio ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucra-tivos, ou dispensΓ‘-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autoriza-das em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio públi-co;

XI - liberar verba pública sem a estrita observÒncia das nor-mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri-queça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, mÑquinas, equipamentos ou material de qualquer natu-reza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviΓ§os pΓΊblicos por meio da gestΓ£o associa-da sem observar as formalidades previstas na lei; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consΓ³rcio pΓΊblico sem su-ficiente e prΓ©via dotação orΓ§amentΓ‘ria, ou sem observar as formali-dades previstas na lei.(IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 11.107, de 2005)

XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incor-poração, ao patrimΓ΄nio particular de pessoa fΓ­sica ou jurΓ­dica, de bens, rendas, verbas ou valores pΓΊblicos transferidos pela adminis-tração pΓΊblica a entidades privadas mediante celebração de parce-rias, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (Vi-gΓͺncia)

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa fΓ­sica ou jurΓ­dica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores pΓΊblicos transferidos pela administração pΓΊblica a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regu-lamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

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Didatismo e Conhecimento 46

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAXVIII - celebrar parcerias da administração pΓΊblica com en-

tidades privadas sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou re-gulamentares aplicΓ‘veis Γ  espΓ©cie; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e anΓ‘-lise das prestaçáes de contas de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas; (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pΓΊblica com entidades privadas sem a estrita observΓ’ncia das nor-mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas sem a estrita observΓ’ncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplica-ção irregular. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra

os Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que aten-ta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, le-galidade, e lealdade às instituiçáes, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competΓͺncia;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofΓ­-cio;

III - revelar fato ou circunstΓ’ncia de que tem ciΓͺncia em razΓ£o das atribuiçáes e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;V - frustrar a licitude de concurso pΓΊblico;VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazΓͺ-lo;VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de ter-

ceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida polí-tica ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas Γ  celebração, fiscaliza-ção e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

IX - deixar de cumprir a exigΓͺncia de requisitos de acessi-bilidade previstos na legislação. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.146, de 2015) (VigΓͺncia)

CAPÍTULO III Das Penas

Art. 12. Independentemente das sançáes penais, civis e ad-ministrativas previstas na legislação específica, estÑ o responsÑ-vel pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominaçáes, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

I - na hipΓ³tese do art. 9Β°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimΓ΄nio, ressarcimento integral do dano, quan-do houver, perda da função pΓΊblica, suspensΓ£o dos direitos polΓ­ti-cos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de atΓ© trΓͺs vezes

o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou credi-tícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritÑrio, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, per-da dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstÒncia, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritÑrio, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipΓ³tese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pΓΊblica, suspensΓ£o dos direitos polΓ­ticos de trΓͺs a cinco anos, pagamento de multa civil de atΓ© cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contra-tar com o Poder PΓΊblico ou receber benefΓ­cios ou incentivos fiscais ou creditΓ­cios, direta ou indiretamente, ainda que por intermΓ©dio de pessoa jurΓ­dica da qual seja sΓ³cio majoritΓ‘rio, pelo prazo de trΓͺs anos.

ParÑgrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levarÑ em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam con-dicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compáem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no ser-viço de pessoal competente.(Regulamento) (Regulamento)

Β§ 1Β° A declaração compreenderΓ‘ imΓ³veis, mΓ³veis, semoven-tes, dinheiro, tΓ­tulos, açáes, e qualquer outra espΓ©cie de bens e va-lores patrimoniais, localizado no PaΓ­s ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerΓ‘ os bens e valores patrimoniais do cΓ΄njuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a de-pendΓͺncia econΓ΄mica do declarante, excluΓ­dos apenas os objetos e utensΓ­lios de uso domΓ©stico.

§ 2º A declaração de bens serÑ anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º SerÑ punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sançáes cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo de-terminado, ou que a prestar falsa.

Β§ 4ΒΊ O declarante, a seu critΓ©rio, poderΓ‘ entregar cΓ³pia da de-claração anual de bens apresentada Γ  Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e pro-ventos de qualquer natureza, com as necessΓ‘rias atualizaçáes, para suprir a exigΓͺncia contida no caput e no Β§ 2Β° deste artigo .

CAPÍTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderÑ representar à autoridade ad-ministrativa competente para que seja instaurada investigação des-tinada a apurar a prÑtica de ato de improbidade.

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Didatismo e Conhecimento 47

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAΒ§ 1ΒΊ A representação, que serΓ‘ escrita ou reduzida a termo e

assinada, conterÑ a qualificação do representante, as informaçáes sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º A autoridade administrativa rejeitarÑ a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades esta-belecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representa-ção ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinarÑ a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, serÑ processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratan-do de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissΓ£o processante darΓ‘ conhecimento ao Minis-tΓ©rio PΓΊblico e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existΓͺncia de procedimento administrativo para apurar a prΓ‘tica de ato de impro-bidade.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O MinistΓ©rio PΓΊblico ou Tribunal ou Conse-lho de Contas poderΓ‘, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representarÑ ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do se-questro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilici-tamente ou causado dano ao patrimônio público.

Β§ 1ΒΊ O pedido de sequestro serΓ‘ processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do CΓ³digo de Processo Civil.

§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirÑ a investigação, o exa-me e o bloqueio de bens, contas bancÑrias e aplicaçáes financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

Art. 17. A ação principal, que terÑ o rito ordinÑrio, serÑ pro-posta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

Β§ 1ΒΊ Γ‰ vedada a transação, acordo ou conciliação nas açáes de que trata o caput.

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverÑ as açáes necessÑrias à complementação do ressarcimento do patrimônio pú-blico.

§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Minis-tério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)

Β§ 4ΒΊ O MinistΓ©rio PΓΊblico, se nΓ£o intervir no processo como parte, atuarΓ‘ obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nu-lidade.

§ 5o A propositura da ação prevenirÑ a jurisdição do juízo para todas as açáes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisó-ria nº 2.180-35, de 2001)

Β§ 6o A ação serΓ‘ instruΓ­da com documentos ou justificação que contenham indΓ­cios suficientes da existΓͺncia do ato de improbidade ou com razΓ΅es fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusi-ve as disposiçáes inscritas nos arts. 16 a 18 do CΓ³digo de Processo Civil.(IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)

§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandarÑ au-tuÑ-la e ordenarÑ a notificação do requerido, para oferecer mani-festação por escrito, que poderÑ ser instruída com documentos e justificaçáes, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

Β§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisΓ£o fundamentada, rejeitarΓ‘ a ação, se convencido da ine-xistΓͺncia do ato de improbidade, da improcedΓͺncia da ação ou da inadequação da via eleita.(IncluΓ­do pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)

§ 9o Recebida a petição inicial, serÑ o réu citado para apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberÑ agravo de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequa-ção da ação de improbidade, o juiz extinguirÑ o processo sem jul-gamento do mérito. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquiriçáes realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de repara-ção de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente deter-minarÑ o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI Das Disposiçáes Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiÑrio, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.ParÑgrafo único. Além da sanção penal, o denunciante estÑ su-

jeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou Γ  imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trÒnsito em julgado da sentença con-denatória.

ParÑgrafo único. A autoridade judicial ou administrativa com-petente poderÑ determinar o afastamento do agente público do exer-cício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessÑria à instrução processual.

Art. 21. A aplicação das sançáes previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrΓͺncia de dano ao patrimΓ΄nio pΓΊblico, salvo

quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Minis-tério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderÑ requisitar a instauração de inquérito policial ou pro-cedimento administrativo.

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Didatismo e Conhecimento 48

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICACAPÍTULO VII Da Prescrição

Art. 23. As açáes destinadas a levar a efeitos as sançáes pre-vistas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

III - atΓ© cinco anos da data da apresentação Γ  administração pΓΊblica da prestação de contas final pelas entidades referidas no parΓ‘grafo ΓΊnico do art. 1o desta Lei. (IncluΓ­do pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)

CAPÍTULO VIII Das Disposiçáes Finais

Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposiçáes em contrÑrio.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171Β° da IndependΓͺncia e 104Β° da RepΓΊblica.

FERNANDO COLLORCΓ©lio Borja

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Didatismo e Conhecimento 50

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANOTAÇÕES

β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”

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Didatismo e Conhecimento 51

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANOTAÇÕES

β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”

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Didatismo e Conhecimento 52

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANOTAÇÕES

β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”

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Didatismo e Conhecimento 53

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANOTAÇÕES

β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”β€”

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Didatismo e Conhecimento 54

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ANOTAÇÕES

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