NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓOPΓBLICA
Didatismo e Conhecimento 1
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
1. ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA E GOVERNO: CONCEITO E OBJETIVOS.
ESTADO:O Estado é uma criação humana destinada a manter a coexis-
tΓͺncia pacΓfica dos indivΓduos, a ordem social, de forma que os se-res humanos consigam se desenvolver e proporcionar o bem estar a toda sociedade. Pode ser definido como o exercΓcio de um poder polΓtico, administrativo e jurΓdico, exercido dentro de um determi-nado territΓ³rio, e imposto para aqueles indivΓduos que ali habitam.
GOVERNO:Γ o conjunto de Γ³rgΓ£os e as atividades que eles exercem no
sentido de conduzir politicamente o Estado, definindo suas dire-trizes. Não se confunde com a Administração Pública em sentido estrito, que tem a função de realizar concretamente as diretrizes traçadas pelo Governo. Portanto, enquanto o Governo age com ampla discricionariedade, a Administração Pública atua de modo subordinado.
Sistema de Governo Γ© o modo como se relacionam os poderes; Executivo e Legislativo. Existem os seguintes sistemas de gover-no:
a) Presidencialista: O Chefe de Estado tambΓ©m Γ© o chefe de Governo. Γ o sistema adotado no Brasil;
b) Parlamentarista: A chefia de Estado Γ© exercida por um pre-sidente ou um rei, sendo que a chefia de Governo fica a cargo de um gabinete de ministros, nomeados pelo Parlamento e liderados pelo primeiro-ministro;
c) Semi-presidencialista: TambΓ©m chamado de sistema hΓbri-do, Γ© aquele em que o chefe de Governo e o chefe de Estado com-partilham o Poder Executivo e exercem a Administração PΓΊblica;
d) Diretorial: O Poder executivo é exercido por um órgão colegiado escolhido pelo Parlamento. Ao contrÑrio do parlamen-tarismo, não hÑ possibilidade de destituição do diretório pelo Par-lamento.
As formas de Governo (ou sistemas polΓticos) dizem respeito ao conjunto das instituiçáes pelas quais o Estado exerce seu poder sobre a sociedade e, principalmente, o modo como o chefe de Es-tado Γ© escolhido. Existem duas formas:
a) Presidencialismo: Escolhido pelo voto (direto ou indireto) para um mandato prΓ©-determinado;
b) Monarquia: Escolhido geralmente pelo critΓ©rio hereditΓ‘-rio, sua permanΓͺncia no cargo Γ© vitalΓcia - o afastamento sΓ³ pode ocorrer por morte ou abdicação. A monarquia pode ser absoluta, em que a chefia de Governo tambΓ©m estΓ‘ nas mΓ£os do monarca; ou parlamentarista, em que a chefia de Governo estΓ‘ nas mΓ£os do primeiro-ministro;
ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA:A administração pΓΊblica pode ser definida objetivamente
como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e, subjetivamente, como o conjunto de Γ³rgΓ£os e de pessoas jurΓdicas aos quais a Lei atribui o exercΓcio da função administrativa do Estado.
Sob o aspecto operacional, administração pΓΊblica Γ© o desem-penho perene e sistemΓ‘tico, legal e tΓ©cnico dos serviΓ§os prΓ³prios do Estado, em benefΓcio da coletividade.
A administração pΓΊblica pode ser direta, quando composta pelas suas entidades estatais (UniΓ£o, Estados, MunicΓpios e DF), que nΓ£o possuem personalidade jurΓdica prΓ³pria, ou indireta quando compos-ta por entidades autΓ‘rquicas, fundacionais e paraestatais.
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pΓΊblica divide-se em dois sentidos: βEm sentido obje-tivo, material ou funcional, a administração pΓΊblica pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurΓdico de direito pΓΊblico, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgΓ’nico, pode-se definir Administração PΓΊblica, como sendo o conjunto de Γ³rgΓ£os e de pes-soas jurΓdicas aos quais a lei atribui o exercΓcio da função adminis-trativa do Estadoβ.
Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em sentido formal é o conjunto de entidade, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.
ELEMENTOS DO ESTADO:1) População: ReuniΓ£o de indivΓduos num determinado local,
submetidos a um poder central. O Estado vai controlar essas pessoas, visando, atravΓ©s do Direito, o bem comum. A população pode ser classificada como nação, quando os indivΓduos que habitam o mesmo territΓ³rio possuem como elementos comuns a cultura, lΓngua e reli-giΓ£o. Possuem nacionalidades, cultura, etnias e religiΓ΅es diferentes.
2) TerritΓ³rio: EspaΓ§o geogrΓ‘fico onde reside determinada po-pulação. Γ limite de atuação dos poderes do Estado. Vale dizer que nΓ£o poderΓ‘ haver dois Estados exercendo seu poder num ΓΊnico ter-ritΓ³rio, e os indivΓduos que se encontram num determinado territΓ³rio estΓ£o submetidos a esse poder uno.
3) Soberania: Γ o exercΓcio do poder do Estado, internamente e externamente. O Estado, dessa forma, deverΓ‘ ter ampla liberdade para controlar seus recursos, decidir os rumos polΓticos, econΓ΄micos e sociais internamente e nΓ£o depender de nenhum outro Estado ou Γ³rgΓ£o internacional.
PODERES DO ESTADO:A existΓͺncia de trΓͺs Poderes e a idΓ©ia que haja um equilΓbrio
entre eles, de modo que cada um dos trΓͺs exerΓ§a um certo controle sobre os outros Γ© sem dΓΊvida uma caracterΓstica das democracias mo-dernas. A noção da separação dos poderes foi intuΓda por AristΓ³teles, ainda na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez na Inglater-ra, em 1653. Sua formulação definitiva, porΓ©m, foi estabelecida por Montesquieu, na obra βO EspΓrito das Leisβ, publicada em 1748, e cujo subtΓtulo Γ© βDa relação que as leis devem ter com a constituição de cada governo, com os costumes, com o clima, com a religiΓ£o, com o comΓ©rcio, etc.β
βΓ preciso que, pela disposição das coisas, o poder retenha o poderβ, afirma Montesquieu, propondo que os poderes executivo, le-gislativo e judiciΓ‘rio sejam divididos entre pessoas diferentes. Com isso, o filΓ³sofo francΓͺs estabelecia uma teoria a partir da prΓ‘tica que verificara na Inglaterra, onde morou por dois anos. A influΓͺncia da obra de Montesquieu pode ser medida pelo fato de a tripartição de poderes ter se tornado a regra em todos os paΓses democrΓ‘ticos modernos e contemporΓ’neos.
Didatismo e Conhecimento 2
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAExecutivo e LegislativoEm primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em
sentido estrito, Γ© o prΓ³prio Governo. No caso brasileiro - uma re-pΓΊblica presidencialista - o poder Executivo Γ© constituΓdo pelo Presidente da RepΓΊblica, supremo mandatΓ‘rio da nação, e por seus auxiliares diretos, os Ministros de Estado.
O poder Executivo exerce principalmente a função admi-nistrativa, gerenciando os negΓ³cios do Estado, aplicando a lei e zelando pelo seu cumprimento. AlΓ©m disso, o Executivo tambΓ©m exerce, em tese de modo limitado, a atividade legislativa atravΓ©s da edição de medidas provisΓ³rias com forΓ§a de lei e da criação de regulamentos para o cumprimento das leis. No entanto, desde o fim da ditadura militar, em 1985, os presidentes brasileiros de-monstram uma tendΓͺncia a abusar das medidas provisΓ³rias para fazer leis de seus interesses, quando estas sΓ³ deveriam ser editadas, de acordo com a Constituição, βem caso de urgΓͺncia e necessidade extraordinΓ‘riaβ.
Fazer leis ou legislar é a função bÑsica do poder Legislativo, isto é, o Congresso Nacional. Composto pelo Senado e pela CÒ-mara dos Deputados, o Congresso também fiscaliza as contas do Executivo, por meio de Tribunais de Contas que são seus órgãos auxiliares, bem como investiga autoridades públicas, por meio de Comissáes Parlamentares de Inquéritos (CPIs). Ao Senado Fede-ral cabe ainda processar e julgar o presidente, o vice-presidente da República e os ministros de Estado no caso de crimes de res-ponsabilidade, após a autorização da CÒmara dos Deputados para instaurar o processo.
O Poder JudiciΓ‘rioJΓ‘ o poder JudiciΓ‘rio tem, com exclusividade, o poder de apli-
car a lei nos casos concretos submetidos Γ sua apreciação. Nesse sentido, cabe aos juΓzes garantir o livre e pleno debate da questΓ£o que opΓ΅e duas ou mais partes numa disputa cuja natureza pode variar - ser familiar, comercial, criminal, constitucional, etc. -, per-mitindo que todos os que serΓ£o afetados pela decisΓ£o da JustiΓ§a expor suas razΓ΅es e argumentos.
FINS:A Administração Pública tem como principal objetivo o inte-
resse pΓΊblico, seguindo os princΓpios constitucionais da legalida-de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia.
Quanto Γ organização e aos princΓpios, vamos estudar mais adiante em tΓ³pico oportuno.
2. EVOLUΓΓO DOS MODELOS DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA.
EVOLUΓΓO DA ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA NO BRASIL
A evolução da administração pΓΊblica em nosso paΓs passou por trΓͺs modelos diferentes: a administração patrimonialista, a ad-ministração burocrΓ‘tica e a administração gerencial.
Essas modalidades surgiram sucessivamente ao longo do tem-po, nΓ£o significando, porΓ©m, que alguma delas tenha sido definiti-vamente abandonada.
Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder do governante e os seus funcionÑrios são considerados como membros da nobreza. O patrimônio do Es-tado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como prebendas (ocupaçáes rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de adminis-tração.
A administração pΓΊblica burocrΓ‘tica surge para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior. SΓ£o princΓpios inerentes a este tipo de administração a impessoalidade, o for-malismo, a hierarquia funcional, a ideia de carreira pΓΊblica e a profissionalização do servidor, consubstanciando a ideia de poder racional legal.
Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a corrupção. Existe uma desconfianΓ§a prΓ©via dos adminis-tradores pΓΊblicos e dos cidadΓ£os que procuram o Estado com seus pleitos. SΓ£o sempre necessΓ‘rios, por esta razΓ£o, controles rΓgidos em todos os processos, como na admissΓ£o de pessoal, nas con-trataçáes do Poder PΓΊblico e no atendimento Γ s necessidades da população.
A administração burocrÑtica, embora possua o grande mérito de ser efetiva no controle dos abusos, corre o risco de transformar o controle a ela inerente em um verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para atingir seus objetivos. Com isso, a mÑquina administrativa volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão bÑsica, que é servir à sociedade. O seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente, auto-referente e incapaz de atender adequadamente os anseios dos cidadãos.
A administração pΓΊblica gerencial apresenta-se como solu-ção para estes problemas da burocracia. Priorizase a eficiΓͺncia da Administração, o aumento da qualidade dos serviΓ§os e a redução dos custos. Buscase desenvolver uma cultura gerencial nas or-ganizaçáes, com Γͺnfase nos resultados, e aumentar a governanΓ§a do Estado, isto Γ©, a sua capacidade de gerenciar com efetividade e eficiΓͺncia. O cidadΓ£o passa a ser visto com outros olhos, tor-nando-se peΓ§a essencial para o correto desempenho da atividade pΓΊblica, por ser considerado seu principal beneficiΓ‘rio, o cliente dos serviΓ§os prestados pelo Estado.
A administração gerencial constitui um avanΓ§o, mas sem romper em definitivo com a administração burocrΓ‘tica, pois nΓ£o nega todos os seus mΓ©todos e princΓpios. Na verdade, o gerencia-lismo apΓ³iase na burocracia, conservando seus preceitos bΓ‘sicos, como a admissΓ£o de pessoal segundo critΓ©rios rΓgidos, a merito-cracia na carreira pΓΊblica, as avaliaçáes de desempenho,o aperfei-Γ§oamento profissional e um sistema de remuneração estruturado. A diferenΓ§a reside na maneira como Γ© feito o controle, que passa a concentrarse nos resultados, nΓ£o mais nos processos em si, procu-rando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais resultados, que serΓ£o verificados posteriormente.
Aceita-se também uma maior participação da sociedade ci-vil na prestação de serviços que não sejam exclusivos de Estado. São as chamadas entidades paraestatais, que compáem o terceiro setor, composto por entidades da sociedade civil de fins públicos e não lucrativos, como as organizaçáes sociais e as organizaçáes da sociedade civil de interesse público (OSCIPs). Este setor passa a coexistir com o primeiro setor, que é o Estado, e com o segundo setor, que é o mercado.
Didatismo e Conhecimento 3
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICANa administração gerencial, a noção de interesse pΓΊblico Γ©
diferente da que existe no modelo burocrΓ‘tico. A burocracia vΓͺ o interesse pΓΊblico como o interesse do prΓ³prio Estado. A adminis-tração pΓΊblica gerencial nega essa visΓ£o, identificando este inte-resse com o dos cidadΓ£os, passando os integrantes da sociedade a serem vistos como clientes dos serviΓ§os pΓΊblicos.
Atualmente, o modelo gerencial na Administração PΓΊblica vem cada vez mais se consolidando, com a mudanΓ§a de estruturas organizacionais, o estabelecimento de metas a alcanΓ§ar, a redu-ção da mΓ‘quina estatal, a descentralização dos serviΓ§os pΓΊblicos, a criação das agΓͺncias reguladoras para zelar pela adequada pres-tação dos serviΓ§os etc. O novo modelo propΓ΅e-se a promover o aumento da qualidade e da eficiΓͺncia dos serviΓ§os oferecidos pelo Poder PΓΊblico aos seus clientes: os cidadΓ£os.
www.editoraferreira.com.br 2 Luciano Oliveira
3. REGIME JURΓDICO ADMINISTRATIVO NA CONSTITUIΓΓO FEDERAL DE 1988:
PRINCΓPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO.
CAPΓTULO VII DA ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
Seção I DISPOSIΓΓES GERAIS
Art. 37. A administração pΓΊblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicΓpios obedecerΓ‘ aos princΓpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia e, tambΓ©m, ao seguinte: (Re-dação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
I - os cargos, empregos e funçáes pΓΊblicas sΓ£o acessΓveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego pΓΊblico depende de aprovação prΓ©via em concurso pΓΊblico de provas ou de provas e tΓtulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaçáes para cargo em comissΓ£o declarado em lei de livre nomeação e exone-ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
III - o prazo de validade do concurso pΓΊblico serΓ‘ de atΓ© dois anos, prorrogΓ‘vel uma vez, por igual perΓodo;
IV - durante o prazo improrrogΓ‘vel previsto no edital de con-vocação, aquele aprovado em concurso pΓΊblico de provas ou de provas e tΓtulos serΓ‘ convocado com prioridade sobre novos con-cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funçáes de confianΓ§a, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissΓ£o, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condiçáes e percentuais mΓnimos previstos em lei, destinam-se apenas Γ s atri-buiçáes de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-sociação sindical;
VII - o direito de greve serΓ‘ exercido nos termos e nos limites definidos em lei especΓfica; (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 19, de 1998)
VIII - a lei reservarΓ‘ percentual dos cargos e empregos pΓΊbli-cos para as pessoas portadoras de deficiΓͺncia e definirΓ‘ os critΓ©rios de sua admissΓ£o;
IX - a lei estabelecerÑ os casos de contratação por tempo deter-minado para atender a necessidade temporÑria de excepcional inte-resse público;
X - a remuneração dos servidores pΓΊblicos e o subsΓdio de que trata o Β§ 4ΒΊ do art. 39 somente poderΓ£o ser fixados ou alterados por lei especΓfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-gurada revisΓ£o geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de Γndices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998) (Regulamento)
XI - a remuneração e o subsΓdio dos ocupantes de cargos, fun-çáes e empregos pΓΊblicos da administração direta, autΓ‘rquica e fun-dacional, dos membros de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos MunicΓpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polΓticos e os proventos, pensΓ΅es ou outra espΓ©cie remuneratΓ³ria, percebidos cumulativamente ou nΓ£o, incluΓdas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, nΓ£o poderΓ£o exceder o subsΓdio mensal, em espΓ©cie, dos Ministros do Su-premo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos MunicΓpios, o subsΓdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsΓdio mensal do Governador no Γ’mbito do Poder Executivo, o subsΓdio dos Deputados Estaduais e Distritais no Γ’mbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de JustiΓ§a, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centΓ©simos por cento do subsΓdio mensal, em espΓ©cie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no Γ’mbito do Poder JudiciΓ‘rio, aplicΓ‘vel este limite aos membros do Mi-nistΓ©rio PΓΊblico, aos Procuradores e aos Defensores PΓΊblicos; (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder JudiciΓ‘rio nΓ£o poderΓ£o ser superiores aos pagos pelo Poder Execu-tivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniÑrios percebidos por servidor públi-co não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - o subsΓdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pΓΊblicos sΓ£o irredutΓveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, Β§ 4ΒΊ, 150, II, 153, III, e 153, Β§ 2ΒΊ, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horÑrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro tΓ©cnico ou cientΓfi-co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissáes regulamentadas; (Redação dada pela Emen-da Constitucional nº 34, de 2001)
Didatismo e Conhecimento 4
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAXVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-
çáes e abrange autarquias, fundaçáes, empresas públicas, socieda-des de economia mista, suas subsidiÑrias, e sociedades controla-das, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVIII - a administração fazendΓ‘ria e seus servidores fiscais terΓ£o, dentro de suas Γ‘reas de competΓͺncia e jurisdição, precedΓͺn-cia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX β somente por lei especΓfica poderΓ‘ ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pΓΊblica, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo Γ lei complementar, neste ΓΊltimo caso, definir as Γ‘reas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria-ção de subsidiÑrias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviΓ§os, compras e alienaçáes serΓ£o contratados mediante processo de licitação pΓΊblica que assegure igualdade de condiçáes a todos os concorrentes, com clΓ‘usulas que estabeleΓ§am obriga-çáes de pagamento, mantidas as condiçáes efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirΓ‘ as exigΓͺncias de quali-ficação tΓ©cnica e econΓ΄mica indispensΓ‘veis Γ garantia do cumpri-mento das obrigaçáes. (Regulamento)
XXII - as administraçáes tributΓ‘rias da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓpios, atividades essenciais ao funcio-namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especΓfi-cas, terΓ£o recursos prioritΓ‘rios para a realização de suas atividades e atuarΓ£o de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaçáes fiscais, na forma da lei ou convΓͺ-nio. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 42, de 19.12.2003)
Β§ 1ΒΊ A publicidade dos atos, programas, obras, serviΓ§os e campanhas dos Γ³rgΓ£os pΓΊblicos deverΓ‘ ter carΓ‘ter educativo, in-formativo ou de orientação social, dela nΓ£o podendo constar no-mes, sΓmbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores pΓΊblicos.
§ 2º A não observÒncia do disposto nos incisos II e III impli-carÑ a nulidade do ato e a punição da autoridade responsÑvel, nos termos da lei.
§ 3º A lei disciplinarÑ as formas de participação do usuÑrio na administração pública direta e indireta, regulando especialmen-te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - as reclamaçáes relativas Γ prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos em geral, asseguradas a manutenção de serviΓ§os de atendimento ao usuΓ‘rio e a avaliação periΓ³dica, externa e interna, da qualidade dos serviΓ§os; (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
II - o acesso dos usuΓ‘rios a registros administrativos e a infor-maçáes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5ΒΊ, X e XXXIII; (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
III - a disciplina da representação contra o exercΓcio negli-gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pΓΊblica. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 4ΒΊ - Os atos de improbidade administrativa importarΓ£o a suspensΓ£o dos direitos polΓticos, a perda da função pΓΊblica, a in-disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erΓ‘rio, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuΓzo da ação penal cabΓvel.
Β§ 5ΒΊ A lei estabelecerΓ‘ os prazos de prescrição para ilΓcitos praticados por qualquer agente, servidor ou nΓ£o, que causem pre-juΓzos ao erΓ‘rio, ressalvadas as respectivas açáes de ressarcimento.
Β§ 6ΒΊ As pessoas jurΓdicas de direito pΓΊblico e as de direito privado prestadoras de serviΓ§os pΓΊblicos responderΓ£o pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu-rado o direito de regresso contra o responsΓ‘vel nos casos de dolo ou culpa.
Β§ 7ΒΊ A lei disporΓ‘ sobre os requisitos e as restriçáes ao ocu-pante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informaçáes privilegiadas. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 8ΒΊ A autonomia gerencial, orΓ§amentΓ‘ria e financeira dos Γ³rgΓ£os e entidades da administração direta e indireta poderΓ‘ ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-dores e o poder pΓΊblico, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o Γ³rgΓ£o ou entidade, cabendo Γ lei dispor sobre: (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
I - o prazo de duração do contrato;II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, di-
reitos, obrigaçáes e responsabilidade dos dirigentes;III - a remuneração do pessoal.βΒ§ 9ΒΊ O disposto no inciso XI aplica-se Γ s empresas pΓΊblicas
e Γ s sociedades de economia mista, e suas subsidiΓ‘rias, que rece-berem recursos da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal ou dos MunicΓpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 10. Γ vedada a percepção simultΓ’nea de proventos de apo-sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a re-muneração de cargo, emprego ou função pΓΊblica, ressalvados os cargos acumulΓ‘veis na forma desta Constituição, os cargos eleti-vos e os cargos em comissΓ£o declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 1998)
Β§ 11. NΓ£o serΓ£o computadas, para efeito dos limites remune-ratΓ³rios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carΓ‘ter indenizatΓ³rio previstas em lei. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 47, de 2005)
Β§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput des-te artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu Γ’mbito, mediante emenda Γ s respectivas Constituiçáes e Lei OrgΓ’nica, como limite ΓΊnico, o subsΓdio mensal dos Desem-bargadores do respectivo Tribunal de JustiΓ§a, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centΓ©simos por cento do subsΓdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nΓ£o se aplicando o disposto neste parΓ‘grafo aos subsΓdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 47, de 2005)
Art. 38. Ao servidor pΓΊblico da administração direta, autΓ‘r-quica e fundacional, no exercΓcio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposiçáes: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-tal, ficarÑ afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, serÑ afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-ração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibi-lidade de horΓ‘rios, perceberΓ‘ as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuΓzo da remuneração do cargo eletivo, e, nΓ£o havendo compatibilidade, serΓ‘ aplicada a norma do inciso anterior;
Didatismo e Conhecimento 5
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAIV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer-
cΓcio de mandato eletivo, seu tempo de serviΓ§o serΓ‘ contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefΓcio previdenciΓ‘rio, no caso de afas-tamento, os valores serΓ£o determinados como se no exercΓcio es-tivesse.
Seção II DOS SERVIDORES PΓBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A UniΓ£o, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-cΓpios instituirΓ£o, no Γ’mbito de sua competΓͺncia, regime jurΓdico ΓΊnico e planos de carreira para os servidores da administração pΓΊ-blica direta, das autarquias e das fundaçáes pΓΊblicas. (Vide ADIN nΒΊ 2.135-4)
Art. 39. A UniΓ£o, os Estados, o Distrito Federal e os MunicΓ-pios instituirΓ£o conselho de polΓtica de administração e remunera-ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec-tivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998) (Vide ADIN nΒΊ 2.135-4)
§ 1º A fixação dos padráes de vencimento e dos demais com-ponentes do sistema remuneratório observarÑ: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
II - os requisitos para a investidura; (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
III - as peculiaridades dos cargos. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 2ΒΊ A UniΓ£o, os Estados e o Distrito Federal manterΓ£o escolas de governo para a formação e o aperfeiΓ§oamento dos servidores pΓΊblicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requi-sitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convΓͺnios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 3ΒΊ Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pΓΊblico o disposto no art. 7ΒΊ, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisi-tos diferenciados de admissΓ£o quando a natureza do cargo o exi-gir. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 4ΒΊ O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os SecretΓ‘rios Estaduais e Municipais serΓ£o remunerados exclusivamente por subsΓdio fixado em parcela ΓΊni-ca, vedado o acrΓ©scimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prΓͺmio, verba de representação ou outra espΓ©cie remuneratΓ³ria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (In-cluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 5ΒΊ Lei da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicΓpios poderΓ‘ estabelecer a relação entre a maior e a menor re-muneração dos servidores pΓΊblicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.(IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 6ΒΊ Os Poderes Executivo, Legislativo e JudiciΓ‘rio publicarΓ£o anualmente os valores do subsΓdio e da remuneração dos cargos e empregos pΓΊblicos. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 7ΒΊ Lei da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓpios disciplinarΓ‘ a aplicação de recursos orΓ§amentΓ‘rios pro-venientes da economia com despesas correntes em cada Γ³rgΓ£o, autar-quia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, moderni-zação, reaparelhamento e racionalização do serviΓ§o pΓΊblico, inclusive sob a forma de adicional ou prΓͺmio de produtividade. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Β§ 8ΒΊ A remuneração dos servidores pΓΊblicos organizados em car-reira poderΓ‘ ser fixada nos termos do Β§ 4ΒΊ. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓpios, incluΓdas suas au-tarquias e fundaçáes, Γ© assegurado regime de previdΓͺncia de carΓ‘ter contributivo e solidΓ‘rio, mediante contribuição do respectivo ente pΓΊblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, obser-vados critΓ©rios que preservem o equilΓbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 1ΒΊ Os servidores abrangidos pelo regime de previdΓͺncia de que trata este artigo serΓ£o aposentados, calculados os seus proventos a par-tir dos valores fixados na forma dos §§ 3ΒΊ e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em servi-ço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurÑvel, na forma da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mΓnimo de dez anos de efetivo exercΓcio no serviΓ§o pΓΊblico e cinco anos no cargo efe-tivo em que se darΓ‘ a aposentadoria, observadas as seguintes condi-çáes: (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se ho-mem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mu-lher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribui-ção. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Β§ 2ΒΊ - Os proventos de aposentadoria e as pensΓ΅es, por ocasiΓ£o de sua concessΓ£o, nΓ£o poderΓ£o exceder a remuneração do respectivo ser-vidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referΓͺncia para a concessΓ£o da pensΓ£o. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 3ΒΊ Para o cΓ‘lculo dos proventos de aposentadoria, por ocasiΓ£o da sua concessΓ£o, serΓ£o consideradas as remuneraçáes utilizadas como base para as contribuiçáes do servidor aos regimes de previdΓͺn-cia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
§ 4º à vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementa-res, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 47, de 2005)
Didatismo e Conhecimento 6
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAI portadores de deficiΓͺncia; (IncluΓdo pela Emenda Constitu-
cional nΒΊ 47, de 2005)II que exerΓ§am atividades de risco; (IncluΓdo pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)III cujas atividades sejam exercidas sob condiçáes especiais
que prejudiquem a saΓΊde ou a integridade fΓsica. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 47, de 2005)
Β§ 5ΒΊ - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serΓ£o reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no Β§ 1ΒΊ, III, Β«aΒ», para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercΓcio das funçáes de magistΓ©rio na educação infantil e no en-sino fundamental e mΓ©dio. (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 6ΒΊ - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulΓ‘veis na forma desta Constituição, Γ© vedada a percepção de mais de uma aposentadoria Γ conta do regime de previdΓͺncia previsto neste artigo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 7ΒΊ Lei disporΓ‘ sobre a concessΓ£o do benefΓcio de pensΓ£o por morte, que serΓ‘ igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci-do, atΓ© o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓcios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposen-tado Γ data do Γ³bito; ou (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no car-go efetivo em que se deu o falecimento, atΓ© o limite mΓ‘ximo esta-belecido para os benefΓcios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do Γ³bito. (IncluΓ-do pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 8ΒΊ Γ assegurado o reajustamento dos benefΓcios para preser-var-lhes, em carΓ‘ter permanente, o valor real, conforme critΓ©rios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 9ΒΊ - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal serΓ‘ contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviΓ§o cor-respondente para efeito de disponibilidade. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 10 - A lei nΓ£o poderΓ‘ estabelecer qualquer forma de con-tagem de tempo de contribuição fictΓcio. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, Γ soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos pΓΊblicos, bem como de ou-tras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de pre-vidΓͺncia social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulΓ‘vel na forma desta Constituição, cargo em comissΓ£o declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 12 - AlΓ©m do disposto neste artigo, o regime de previdΓͺn-cia dos servidores pΓΊblicos titulares de cargo efetivo observarΓ‘, no que couber, os requisitos e critΓ©rios fixados para o regime geral de previdΓͺncia social. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissΓ£o declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporΓ‘rio ou de emprego pΓΊblico, aplica-se o regime geral de previdΓͺncia social. (IncluΓdo pela Emenda Cons-titucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 14 - A UniΓ£o, os Estados, o Distrito Federal e os MunicΓpios, desde que instituam regime de previdΓͺncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderΓ£o fixar, para o valor das aposentadorias e pensΓ΅es a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓcios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 15. O regime de previdΓͺncia complementar de que trata o Β§ 14 serΓ‘ instituΓdo por lei de iniciativa do respectivo Poder Exe-cutivo, observado o disposto no art. 202 e seus parΓ‘grafos, no que couber, por intermΓ©dio de entidades fechadas de previdΓͺncia com-plementar, de natureza pΓΊblica, que oferecerΓ£o aos respectivos par-ticipantes planos de benefΓcios somente na modalidade de contri-buição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 16 - Somente mediante sua prΓ©via e expressa opção, o dis-posto nos §§ 14 e 15 poderΓ‘ ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviΓ§o pΓΊblico atΓ© a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdΓͺncia complemen-tar. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 20, de 15/12/98)
Β§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cΓ‘lculo do benefΓcio previsto no Β§ 3Β° serΓ£o devidamente atualiza-dos, na forma da lei. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 18. IncidirΓ‘ contribuição sobre os proventos de aposenta-dorias e pensΓ΅es concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mΓ‘ximo estabelecido para os benefΓcios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201, com per-centual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigΓͺncias para aposentadoria voluntΓ‘ria estabelecidas no Β§ 1ΒΊ, III, a, e que opte por permanecer em atividade farΓ‘ jus a um abono de permanΓͺncia equivalente ao valor da sua contribuição previden-ciΓ‘ria atΓ© completar as exigΓͺncias para aposentadoria compulsΓ³ria contidas no Β§ 1ΒΊ, II. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 20. Fica vedada a existΓͺncia de mais de um regime prΓ³prio de previdΓͺncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, Β§ 3ΒΊ, X. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 41, 19.12.2003)
Β§ 21. A contribuição prevista no Β§ 18 deste artigo incidirΓ‘ ape-nas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensΓ£o que superem o dobro do limite mΓ‘ximo estabelecido para os be-nefΓcios do regime geral de previdΓͺncia social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiΓ‘rio, na forma da lei, for portador de doenΓ§a incapacitante. (IncluΓdo pela Emenda Constitu-cional nΒΊ 47, de 2005)
Art. 41. SΓ£o estΓ‘veis apΓ³s trΓͺs anos de efetivo exercΓcio os ser-vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pΓΊblico. (Redação dada pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
Didatismo e Conhecimento 7
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1ΒΊ O servidor pΓΊblico estΓ‘vel sΓ³ perderΓ‘ o cargo: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (In-
cluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-
rada ampla defesa; (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
III - mediante procedimento de avaliação periΓ³dica de de-sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defe-sa. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estÑvel, serÑ ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se es-tÑvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re-muneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o ser-vidor estÑvel ficarÑ em disponibilidade, com remuneração propor-cional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Β§ 4ΒΊ Como condição para a aquisição da estabilidade, Γ© obriga-tΓ³ria a avaliação especial de desempenho por comissΓ£o instituΓda para essa finalidade. (IncluΓdo pela Emenda Constitucional nΒΊ 19, de 1998)
PRINCΓPIOS EXPRESSOS CONSTITUCIONALMENTE
A atividade administrativa, em qualquer dos poderes ou esfe-ras, obedece aos princΓpios gerais e constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia, como im-pΓ΅e a norma fundamental do artigo 37 da Constituição da RepΓΊbli-ca Federativa do Brasil de 1988, que assim dispΓ΅e em seu caput:
βArt. 37. A administração pΓΊblica direta e indireta de qual-quer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓpios obedecerΓ‘ aos princΓpios de legalidade, impessoalida-de, moralidade, publicidade e eficiΓͺncia e, tambΓ©m, ao seguinteβ.
Diante de tais princΓpios expressos constitucionalmente te-mos:
PrincΓpio da Legalidade: Este Γ© o principal conceito para a configuração do regime jurΓdico-administrativo, pois se justifica no sentido de que a Administração PΓΊblica sΓ³ poderΓ‘ ser exercida quando estiver em conformidade com a Lei.
O Administrador PΓΊblico nΓ£o pode agir, nem mesmo deixar de agir, senΓ£o de acordo com o que dispΓ΅e a Lei.
Para que a administração possa atuar, nΓ£o basta Γ inexistΓͺncia de proibição legal, Γ© necessΓ‘ria para tanto a existΓͺncia de deter-minação ou autorização de atuação administrativa na lei. Os par-ticulares podem fazer tudo o que a Lei nΓ£o proΓba, entretanto a Administração PΓΊblica sΓ³ pode fazer aquilo que a lei autorizar.
Importante ainda esclarecer que a administração pΓΊblica estΓ‘ obrigada, no exercΓcio de suas atribuiçáes, Γ observΓ’ncia nΓ£o ape-nas dos dispositivos legais, mas tambΓ©m em respeito aos princΓ-pios jurΓdicos como um todo, inclusive aos atos e normas editadas pela prΓ³pria administração pΓΊblica.
PrincΓpio da Impessoalidade: Por tal princΓpio temos que a Ad-ministração PΓΊblica tem que manter uma posição de neutralidade em relação aos seus administrados, nΓ£o podendo prejudicar nem mesmo privilegiar quem quer que seja. Dessa forma a Administra-ção pΓΊblica deve servir a todos, sem distinção ou aversΓ΅es pessoais ou partidΓ‘rias, buscando sempre atender ao interesse pΓΊblico.
Impede o princΓpio da impessoalidade que o ato administrati-vo seja emanado com o objetivo de atender a interesses pessoais do agente pΓΊblico ou de terceiros, devendo ter a finalidade exclu-sivamente ao que dispΓ΅e a lei, de maneira eficiente e impessoal.
Ressalta-se ainda que o princΓpio da impessoalidade possui estreita relação com o tambΓ©m principio constitucional da isono-mia, ou igualdade, sendo dessa forma vedadas perseguiçáes ou benesses pessoais.
PrincΓpio da Moralidade: Tal princΓpio vem expresso na Cons-tituição Federal no caput do artigo 37, que trata especificamente da moral administrativa, onde se refere Γ ideia de probidade e boa-fΓ©.
A partir da Constituição de 1988, a moralidade passou ao sta-tus de principio constitucional, dessa maneira pode-se dizer que um ato imoral é também um ato inconstitucional.
A falta da moral comum impáe, nos atos administrativos a presença coercitiva e obrigatória da moral administrativa, que se constitui de um conjunto de regras e normas de conduta impostas ao administrador da coisa pública.
Assim o legislador constituinte utilizando-se dos conceitos da Moral e dos Costumes uma fonte subsidiΓ‘ria do Direito positivo, como forma de impor Γ Administração PΓΊblica, por meio de juΓzo de valor, um comportamento obrigatoriamente Γ©tico e moral no exercΓcio de suas atribuiçáes administrativas, atravΓ©s do pressu-posto da moralidade.
A noção de moral administrativa nΓ£o esta vinculada Γ s con-vicçáes intimas e pessoais do agente pΓΊblico, mas sim a noção de atuação adequada e Γ©tica perante a coletividade, durante a gerΓͺncia da coisa pΓΊblica.
PrincΓpio da Publicidade: Por este principio constitucional, te-mos que a administração tem o dever de oferecer transparΓͺncia de todos os atos que praticar, e de todas as informaçáes que estejam armazenadas em seus bancos de dados referentes aos administra-dos.
Portanto, se a Administração PΓΊblica tem atuação na defesa e busca aos interesses coletivos, todas as informaçáes e atos pratica-dos devem ser acessΓveis aos cidadΓ£os.
Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação oficial como requisito de sua eficÑcia, salvo as exceçáes previstas em lei, onde o sigilo deve ser mantido e preservado.
PrincΓpio da EficiΓͺncia: Por tal principio temos a imposição exigΓvel Γ Administração PΓΊblica de manter ou ampliar a qualida-de dos serviΓ§os que presta ou pΓ΅e a disposição dos administrados, evitando desperdΓcios e buscando a excelΓͺncia na prestação dos serviΓ§os.
Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando boa prestação de serviΓ§o, da maneira mais simples, mais cΓ©lere e mais econΓ΄mica, melhorando o custo-benefΓcio da atividade da admi-nistração pΓΊblica.
O administrador deve procurar a solução que melhor atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao mΓ‘ximo os recur-sos pΓΊblicos, evitando dessa forma desperdΓcios.
Didatismo e Conhecimento 8
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAPRINCΓPIOS IMPLΓCITOS DA ADMINISTRAΓΓO PΓ-
BLICA
A doutrina administrativa adota diversos princΓpios implΓcitos que norteiam a atividade administrativa do Estado, entretanto, nos preocupamos em elencar os principais, senΓ£o vejamos:
PrincΓpio da Supremacia do Interesse PΓΊblico: Tal PrincΓpio, muito embora nΓ£o se encontre expresso no enunciado do texto constitucional Γ© de suma importΓ’ncia para a atividade administra-tiva, tendo em vista que, em decorrΓͺncia do regime democrΓ‘tico adotado pelo Brasil, bem como o seu sistema representativo, temos que toda a atuação do Poder PΓΊblico seja consubstanciada pelo interesse pΓΊblico e coletivo.
Assim, para que o Estado possa atingir a finalidade principal que lhe foi imposta pelo ordenamento jurΓdico, qual seja, o inte-resse pΓΊblico, Γ© assegurado a administração pΓΊblica uma sΓ©rie de prerrogativas, nΓ£o existente no direito privado, para que se alcance a vontade comum da coletividade.
Assim, a supremacia do interesse pΓΊblico deve se sobressair sobre os direitos particulares dos administrados, pois decorre deste princΓpio que, na hipΓ³tese de haver um conflito entre o interesse pΓΊblico e os interesses de particulares, Γ© evidente e lΓ³gico que a vontade comum e o interesse coletivo deve prevalecer, respeitados os princΓpios do devido processo legal, e do direito adquirido.
PrincΓpio da Indisponibilidade do Interesse PΓΊblico: Em de-corrΓͺncia do princΓpio da indisponibilidade do interesse pΓΊblico sΓ£o vedados ao administrador da coisa pΓΊblica qualquer ato que implique em renΓΊncia a direitos da administração, ou que de ma-neira injustificada e excessiva onerem a sociedade.
Dessa maneira, a administração pΓΊblica deve ter sai ação con-trolada pelo povo, por meios de mecanismos criados pelo Estado para esta finalidade, visto que o interesse pΓΊblico nΓ£o pode ser disponΓvel.
PrincΓpio da Autotutela: O direito Administrativo, diante de suas prerrogativas confere Γ Administração PΓΊblica o poder de corrigir de oficio seus prΓ³prios atos, revogando os irregulares e inoportunos e anulando os manifestamente ilegais, respeitado o di-reito adquirido e indenizando os prejudicados, cuja atuação tem a caracterΓstica de autocontrole de seus atos, verificando o mΓ©rito do ato administrativo e ainda sua legalidade;
PrincΓpio da Razoabilidade e Proporcionalidade: A Adminis-tração deve agir com bom senso, de modo razoΓ‘vel e proporcional Γ situação fΓ‘tica que se apresenta.
A legislação proporciona ao Administrador PΓΊblico margem de liberdade para atuar durante a execução da atividade adminis-trativa, ficando limitado pelo PrincΓpio da Razoabilidade e Propor-cionalidade a arbitrariedade administrativa, sendo certo que a ca-rΓͺncia de observΓ’ncia a tal PrincΓpio configura em abuso de poder.
PrincΓpio da Continuidade: Os serviΓ§os pΓΊblicos nΓ£o podem parar, devendo manter-se sempre em funcionamento, dentro das formas e perΓodos prΓ³prios de sua regular prestação, dada a im-portΓ’ncia que a execução de tais serviΓ§os pΓΊblicos representa a coletividade.
Assim a prestação da atividade administrativa deve ser exe-cutada de forma contΓnua, sendo certo que tal PrincΓpio influen-cia fortemente a determinação e limitação legal imposta aos servidores pΓΊblicos a realização de greves, visto que os servi-Γ§os pΓΊblicos considerados essenciais para a coletividade nΓ£o poderΓ‘ sofrer prejuΓzos em razΓ£o de greves ou paralisaçáes de seus agentes pΓΊblicos.
4. SERVIΓOS PΓBLICOS: CONCEITO; CARACTERΓSTICAS; CLASSIFICAΓΓO;
TITULARIDADE; PRINCΓPIOS.
CONCEITO:
Inicialmente, devemos elucidar que a Constituição Federal de 1988 nΓ£o conceitua βserviΓ§o pΓΊblicoβ, e tampouco temos no ordena-mento jurΓdico pΓ‘trio, em leis esparsas, seu significado legal.
Dessa maneira temos que ficou sob os cuidados da doutrina admi-nistrativa elaborar seu significado, entretanto, nΓ£o existe um conceito doutrinΓ‘rio consensual de βserviΓ§o pΓΊblicoβ.
Nos ensinamentos do Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, te-mos o conceito de serviço público como:
βCertas atividades (consistentes na prestação de utilidade ou co-modidade material) destinada a satisfazer a coletividade em geral, sΓ£o qualificadas como serviΓ§os pΓΊblicos quando, em dado tempo, o Estado reputa que nΓ£o convΓ©m relegΓ‘-las simplesmente a livre iniciativa; ou seja, que nΓ£o Γ© socialmente desejΓ‘vel fiquem tΓ£o sΓ³ assujeitadas Γ fis-calização e controles que exerce sobre a generalidade das atividades privadas.β
Celso AntΓ΄nio Bandeira de Mello ainda complementa seu conceito afirmando que:
βΓ toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada Γ satisfação da coletividade em geral, mas fruΓvel singularmente pelos administrados, que o Estado assume como per-tinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faΓ§a Γ s vezes, sob um regime de Direito PΓΊblico β portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restriçáes especiais -, instituΓdo em favor dos interesses definidos como pΓΊblicos no sistema normativoβ.
Segundo o jurista Hely Lopes de Meirelles, serviço público é:
βTodo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controle estatal, para satisfazer necessidades essenciais ou secundΓ‘rias da coletividade, ou simples conveniΓͺncia do Estadoβ.
Para a ProfΒͺ. Maria Sylvia ZanellaDi Prieto Γ© necessΓ‘rio o entendi-mento de serviΓ§os pΓΊblicos sob a Γ³tica de dois elementos, βsubjetivoβ e βformalβ, senΓ£o vejamos seu posicionamento:
βO elemento subjetivo, porque nΓ£o mais se pode considerar que as pessoas jurΓdicas pΓΊblicas sΓ£o as ΓΊnicas que prestam serviΓ§os pΓΊbli-cos; os particulares podem fazΓͺ-lo por delegação do poder pΓΊbli-co, e o elemento formal, uma vez que nem todo serviΓ§o pΓΊblico Γ© prestado sob regime jurΓdico exclusivamente pΓΊblicoβ.
Didatismo e Conhecimento 9
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAAssim, verifica-se que, nas mais variadas concepçáes jurΓdi-
cas acerca do conceito de βserviΓ§o pΓΊblicoβ, podemos facilmente definir os pontos em comum e aceitar, de maneira ampla que ser-viΓ§o pΓΊblico Γ© como o conjunto de todas as atividades exercidas pelo Estado ou delegados, sob o regime jurΓdico de direito pΓΊblico, ou seja, a atividade jurisdicional, atividade de governo, atividade legislativa, prestação de serviΓ§o pΓΊblico, colocados a disposição da coletividade.
De outra forma, estudando o conceito de βserviΓ§o pΓΊblicoβ, mas sob anΓ‘lise mais restritiva, temos que sΓ£o todas as prestaçáes de utilidade ou comodidades materiais efetuadas diretamente e ex-clusivamente ao povo, seja pela administração pΓΊblica ou pelos delegatΓ‘rios de serviΓ§o pΓΊblico, voltado sempre Γ satisfação dos interesses coletivos.
O objetivo da Administração PΓΊblica, no exercΓcio de suas atribuiçáes, Γ© de garantir Γ coletividade a prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos de maneira tal que possa corresponder aos anseios da co-letividade, atingindo diretamente o interesse pΓΊblico, devendo o Poder PΓΊblico disciplinar a aplicação dos recursos materiais (orΓ§a-mentΓ‘rios), visando Γ aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, mo-dernização e otimização da prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos.
CLASSIFICAΓΓO
A doutrina administrativa majoritÑria assim classifica os ser-viços públicos:
ServiΓ§os de Utilidade PΓΊblica - ServiΓ§os de utilidade pΓΊblica sΓ£o os que a Administração, reconhecendo sua conveniΓͺncia para os membros da sociedade, presta-os diretamente ou autoriza para que sejam prestados por terceiros (concessionΓ‘rios, permissionΓ‘-rios ou autorizatΓ‘rios), nas condiçáes regulamentadas pela lei e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuΓ‘rios. Ex.: os serviΓ§os de transporte coletivo, energia elΓ©trica, telefone.
ServiΓ§os prΓ³prios do Estado - sΓ£o aqueles que se relacionam intimamente com as atribuiçáes do Poder PΓΊblico, tais como segu-ranΓ§a, polΓcia, higiene e saΓΊde pΓΊblicas etc, e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administra-dos e seus prΓ³prios recursos materiais e pessoais.
CaracterΓstica dos serviΓ§os prΓ³prios do Estado Γ© que nΓ£o po-dem ser delegados a particulares. Tais serviΓ§os, por sua essenciali-dade, geralmente sΓ£o gratuitos ou de baixa remuneração.
Serviços impróprios do Estado - são os que não afetam subs-tancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem in-teresses comuns de seus membros, assim entendido como como-didades, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundaçáes go-vernamentais), ou delega sua prestação.
ServiΓ§os Gerais ou βuti universiβ - sΓ£o aqueles que a Admi-nistração presta sem ter usuΓ‘rios determinados, tΓ£o somente para atender Γ coletividade como um todo. Ex.: polΓcia, iluminação pΓΊ-blica, calΓ§amento.
ServiΓ§os Individuais ou βuti singuliβ - sΓ£o os que tΓͺm usuΓ‘-rios determinados ou determinΓ‘veis e sua utilização pelos particu-lares e mensurΓ‘vel para cada destinatΓ‘rio. Ex.: o telefone, a Γ‘gua e a energia elΓ©trica domiciliares.
COMPETΓNCIAS CONSTITUCIONAIS PARA A PRES-TAΓΓO DE SERVIΓOS PΓBLICOS
Ao analisar a questΓ£o da repartição de competΓͺncias para a instituição, regulamentação, controle, delegação, execução direta ou retomada de um serviΓ§o pΓΊblico, nΓ£o nos deparamos com gran-des dificuldades, tendo em vista que ela respeita as mesmas regras gerais de repartição de competΓͺncias positivadas na Constituição Federal.
Entretanto, temos que nem sempre constituição irΓ‘ expressa-mente, prever a qual ente federado compete a titularidade de um serviΓ§o pΓΊblico especΓfico.
Em diversos casos, Γ© necessΓ‘rio nos socorrermos, de forma subsidiΓ‘ria, ao princΓpio da predominΓ’ncia do interesse pΓΊblico.
Via de regra, a dΓΊvida surgirΓ‘ nos casos de conflito de compe-tΓͺncias e, por meio do critΓ©rio da extensΓ£o territorial do interesse, serΓ‘ possΓvel determinar qual solução para o caso por meio da apli-cação desse princΓpio.
Vejamos, em respeito ao pacto federativo, podemos afirmar que a constituição positivou um sistema complexo de distribuição de competΓͺncias, no qual um ente federado nΓ£o tem autoridade sobre os outros, pois inexiste hierarquia entre a UniΓ£o, os Estados, os MunicΓpios e o Distrito Federal e, em regra, suas esferas de atuação nΓ£o se confundem.
Dessa maneira, nos artigos 20 e 21 da Constituição Federal estΓ£o indicadas as competΓͺncias da UniΓ£o; no artigo 30,incisos I e V, Γ© designado ao municΓpio competΓͺncia para organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessΓ£o ou permissΓ£o, os serviΓ§os pΓΊblicos de interesse local, incluΓdo o de transporte coletivo (pΓΊ-blico); ao passo que aos estados fica designada competΓͺncia para distribuição de gΓ‘s canalizado, artigo 25 Β§ 2ΒΊ Constituição Federal, e as demais competΓͺncias, as chamas remanescentes, artigo 25 Β§ 1ΒΊ, nΓ£o listadas expressamente na constituição, nΓ£o vedadas e que nΓ£o tenham sido atribuΓdas Γ UniΓ£o ou aos MunicΓpios. Essas sΓ£o as regras que estabelecem os chamados serviΓ§os pΓΊblicos privati-vos.
Assim, a o texto constitucional estipula regime de repartição que deve ser lido da seguinte forma:
a) observação das hipΓ³teses taxativas de competΓͺncia da UniΓ£o,
b) observação das competΓͺncias reservadas ao municΓpio (in-teresse local e transporte pΓΊblico) e;
c) inferΓͺncia das competΓͺncias dos Estados; aquelas que nΓ£o lhe sΓ£o expressamente vedadas, as que nΓ£o se encontram no campo delimitado aos dois primeiros e mais sua ΓΊnica previsΓ£o expressa (distribuição de gΓ‘s canalizado).
Ademais, em seus artigo 23 e 24 , ficam apartadas as compe-tΓͺncias comum e concorrente, respectivamente.
A competΓͺncia comum Γ© caracterizada quando mais de um ente federativo tem previsΓ£o de atuação na Γ‘rea administrativa ci-tada, podendo assim atuar juntos, sem predominΓ’ncia por prefe-rΓͺncia ou hierarquia e, portanto, a atuação de um nΓ£o afasta a de outro.
Didatismo e Conhecimento 10
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
Assim, os serviços públicos compreendidos no artigo 23 se-rão os serviços públicos comuns, expressão mÑxima do que José dos Santos Carvalho Filho convencionou chamar real federalismo cooperativo.
Por outro lado, a competΓͺncia concorrente, tambΓ©m denomi-nada supletiva, Γ© um tΓpico caso de repartição do poder de legis-lar. Sendo assim, cabe a UniΓ£o estabelecer normas gerais e aos estados e municΓpios complementΓ‘-las, tendo estes, na ausΓͺncia da regra geral, autorização para exercer a competΓͺncia legislativa plena.
A Constituição Federal, alΓ©m de partilhar a competΓͺncia de prestação de serviΓ§o pΓΊblico entre os entes federados, tambΓ©m prevΓͺ as formas em que esses serviΓ§os serΓ£o executados.
Os serviΓ§os, sendo de competΓͺncia do poder pΓΊblico, podem ser prestados sob as seguintes formas: sob a forma direta, na qual o ente competente para a prestação vai executΓ‘-lo ele mesmo, sen-do um exemplo a defesa nacional, atΓ© porque indelegΓ‘vel, e sobre a forma indireta, quando nΓ£o forem prestados pelo estado direta-mente, mas delegados por contrato ou pela lei.
A delegação legal, é feita por meio das empresas públicas e sociedades de economia mista, enquanto a delegação por contrato ocorre sob o regime de concessão ou permissão, artigo 175 da Constituição de 88.
Art. 175 β Incumbe ao Poder PΓΊblico, na forma da lei, direta-mente ou sob regime de concessΓ£o ou permissΓ£o, sempre atravΓ©s de licitação, a prestação de serviΓ§o pΓΊblico.
Nosso ordenamento jurΓdico, por meio de norma infraconsti-tucional regula ainda a prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos por meio de empresas privadas.
A lei que rege a concessΓ£o e permissΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos atualmente Γ© a Lei 8.987/95. Ela define a concessΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico como βa delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrΓͺncia, Γ pessoa jurΓdica ou consΓ³rcio de empresas que demonstre capa-cidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinadoβ.
Ainda diferencia a concessΓ£o comum precedida da execução de obra pΓΊblica da concessΓ£o comum anteriormente mencionada; ao que acrescentamos serem diferentes da concessΓ£o especial da lei 11.079/04 (PPPβs).
Enquanto isso, a permissΓ£o Γ© definida como a βa delegação, a tΓtulo precΓ‘rio, mediante licitação, da prestação de serviΓ§os pΓΊ-blicos, feita pelo poder concedente Γ pessoa fΓsica ou jurΓdica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e riscoβ.
Finalmente, o artigo 21, incisos IX e X da Constituição Fe-deral, prevΓͺ tambΓ©m a possibilidade de delegação de serviΓ§os por meio do instituto da βautorizaçãoβ.
Não hÑ consenso na doutrina quando a possibilidade de de-legação de serviço público por meio do instituto da autorização. Isso porque enquanto para uns ela seria mais uma modalidade de delegação de serviço público aos particulares, para outros o arti-go não se refere aos serviços públicos, mas uma nova espécie de atividade econômica lato sensu, que seriam as atividades privadas de interesse público.
As formas de prestação de serviço público por terceiros parti-culares serÑ melhor analisada em momento oportuno.
PRINCΓPIOS INFORMATIVOS DOS SERVIΓOS PΓ-BLICOS:
A relevΓ’ncia e a prevalΓͺncia do interesse coletivo sobre o interesse de particulares informam os princΓpios que orientam a disposição e organização do funcionamento dos serviΓ§os pΓΊblicos. Importante ressaltar que, a figura principal no serviΓ§o pΓΊblico nΓ£o Γ© seu titular, nem mesmo o prestador dele, as sim o usuΓ‘rio dos serviΓ§os.
AlΓ©m dos princΓpios gerais do Direito Administrativo, tanto os princΓpios expressos na Constituição Federal, como tambΓ©m os implΓcitos, presentes em toda a atividade administrativa, especifi-camente na prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos, identifica-se a presen-Γ§a de mais quatros, que norteia e orienta a prestação dos serviΓ§os colocados a disposição da coletividade, quais sΓ£o: o PrincΓpio da Continuidade do ServiΓ§o PΓΊblico; Principio da Mutabilidade do Regime JurΓdico e o PrincΓpio da Igualdade dos UsuΓ‘rios do Servi-Γ§o PΓΊblico, e ainda o PrincΓpio do AperfeiΓ§oamento.
PrincΓpio da Continuidade do ServiΓ§o PΓΊblico: O serviΓ§o pΓΊ-blico deve ser prestado de maneira continua o que significa dizer que nΓ£o Γ© passΓvel de interrupção. Isto ocorre justamente pela prΓ³-pria importΓ’ncia de que o serviΓ§o pΓΊblico se reveste diante dos anseios da coletividade.
à o principio que orienta sobre a impossibilidade de parali-sação, ou interrupção dos serviços públicos, e o pleno direito dos administrados a que não seja suspenso ou interrompido, pois se entende que a continuidade dos serviços públicos é essencial a co-munidade, não podendo assim sofrer interrupçáes.
Diante de tal princΓpio temos o desdobramento de outros de suma importΓ’ncia para o βserviΓ§o pΓΊblicoβ, quais sΓ£o: qualidade e regularidade, assim como com eficiΓͺncia e oportunidade.
PrincΓpio da Mutabilidade do Regime JurΓdico: Γ aquele que reconhece para o Estado o poder de mudar de forma unilateral as regras que incidem sobre o serviΓ§o pΓΊblico, tendo como objetivo a adaptação Γ s novas necessidades, visando o equilΓbrio na relação contratual econΓ΄mico-financeira, satisfazendo o interesse geral Γ mΓ‘xima eficΓ‘cia.
Em atenção ao PrincΓpio da Mutabilidade do Regime JurΓdico dos ServiΓ§os PΓΊblicos, temos a lição da ProfΒͺ. Maria Sylvia Zanel-la Di Prieto, que assim leciona:
βNem os servidores pΓΊblicos, nem os usuΓ‘rios de serviΓ§o pΓΊ-blicos, nem os contratados pela Administração tΓͺm direito adqui-rido Γ manutenção de determinado regime jurΓdico; o estatuto dos funcionΓ‘rios pode ser alterado, os contratos tambΓ©m podem ser alterados ou mesmo reincididos unilateralmente para atender ao interesse pΓΊblico; o aumento das tarifas Γ© feito unilateralmente pela Administração, sendo de aplicação imediataβ.
Justamente por vincular-se o regime jurΓdico dos contratos administrativos de concessΓ£o e permissΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos aos preceitos de Direito PΓΊblico, com suas clΓ‘usulas exorbitantes, e ainda em presenΓ§a da necessidade constante da adaptação dos ser-viΓ§os pΓΊblicos ao interesse coletivo, torna-se necessΓ‘ria e razoΓ‘vel a possibilidade de alteração, ou mudanΓ§a do regime de execução dos serviΓ§os, objetivando adequar aos interesses coletivos.
Didatismo e Conhecimento 11
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAPrincipio da igualdade dos usuΓ‘rios dos serviΓ§os pΓΊblicos:
Constituição Federal diz que todos sΓ£o iguais perante a lei e desta forma nΓ£o podemos ser tratados de forma injusta e desigual, assim, nΓ£o se pode restringir o acesso aos benefΓcios dos serviΓ§os pΓΊblicos para os sujeitos que se encontrarem em igualdade de condiçáes.
Diante de tal principio temos o desdobramento de dois aspec-tos da Igualdade dos UsuÑrios de Serviços públicos:
- A Universalidade que significa dizer que o serviΓ§o pΓΊblico deve ser prestado em benefΓcio de todos os sujeitos que se encon-tram em equivalente situação.
- A Neutralidade, que significa dizer que Γ© impossΓvel dar qualquer tipo de privilΓ©gios que forem incompatΓveis com o prin-cΓpio da isonomia. Logo sΓ£o βimpossΓveisβ vantagens individuais fundadas em raΓ§a, sexo, credo religioso, time de futebol e etc.
PrincΓpio do AperfeiΓ§oamento: Temos o aperfeiΓ§oamento como uma constante evolução da sociedade, dessa forma, e sim-plesmente por isso, Γ© que no serviΓ§o pΓΊblico ele se impΓ΅e como um direito do cidadΓ£o, assim, o aperfeiΓ§oamento da prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos vincula-se Γ eficiΓͺncia dos serviΓ§os a serem pres-tados.
DA REGULAMENTAΓΓO E CONTROLE:
Cumpre Γ Administração PΓΊblica o dever/poder de regula-mentação e o controle quando hΓ‘ ocorrΓͺncia de concessΓ£o e per-missΓ£o de executar os serviΓ§os pΓΊblicos por particulares, visando Γ garantia da regularidade do atendimento aos seus objetivos, que envolvem gestΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico.
Ao poder concedente, ou seja, ao Poder PΓΊblico, compete re-gulamentar o serviΓ§o concedido por meio de lei e regulamentos, ou do prΓ³prio contrato, estabelecendo direitos e deveres das par-tes contratantes e dos usuΓ‘rios. Importante frisar que, a atividade privada, mesmo quando atuante no exercΓcio do serviΓ§o pΓΊblico, objetiva o lucro, daΓ surge Γ necessidade permanente de manter a fiscalização.
O controle e o poder de fiscalização serΓ£o exercidos pela prΓ³-pria Administração, atravΓ©s do seu sistema de controle interno, ou entΓ£o serΓ‘ exercido, quando provocado, pelo Poder JudiciΓ‘rio e pelo Poder Legislativo, com o auxΓlio do Tribunal de Contas.
Assim, sendo permanente o dever de controlar, tendo em vista o interesse coletivo, esse controle se efetiva não apenas pela Admi-nistração Pública, mas também pelo usuÑrio.
As AgΓͺncias Reguladoras, devidamente criadas por lei, vΓͺm prestando importante serviΓ§o na tarefa de fiscalização das conces-sΓ΅es e permissΓ΅es de serviΓ§o pΓΊblico.
FORMAS DE PRESTAΓΓO DOS SERVIΓOS PΓBLI-COS
Não se pode confundir a titularidade do serviço com a titula-ridade da prestação dos serviços públicos, sendo certo que se trata de realidades e significados totalmente distintos.
O fato de o Poder Público ser titular de serviços públicos, ou seja, ser o sujeito que detém a responsabilidade de zelar pela sua prestação, não significa que deva ser obrigatoriamente prestÑ-los
por si só de maneira exclusiva, sendo que na grande maioria das vezes, estarÑ a Administração pública obrigada a disciplinar e pro-mover a prestação, bem como efetuar a fiscalização sobre a forma que esta sendo executado o serviço público.
Dessa maneira, tanto poderÑ a administração pública, por meios próprios prestar os serviços públicos, como poderÑ promo-ver-lhes a prestação conferindo a entidades externas a administra-ção seu cumprimento e execução.
Entidades externas podem ser assim entendidas como os par-ticulares estranhos aos quadros da administração pública e ainda a administração indireta. Dessa forma, poderÑ o Poder Público con-ferir autorização, permissão ou concessão de serviços públicos, como formas de sua execução.
ConcessΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos: Γ a delegação de serviΓ§os pΓΊblicos feita pelo poder concedente mediante licitação na moda-lidade concorrΓͺncia Γ pessoa que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
Assim, Γ© delegado ao vencedor da licitação na modalidade de concorrΓͺncia pΓΊblica a prestação de serviΓ§os pΓΊblicos, que ge-ralmente ocorre no tocante Γ concessΓ£o da execução de serviΓ§os pΓΊblicos.
Importante esclarecer o conceito de Poder Concedente, assim entendido como a UniΓ£o, o Estado, o DF ou MunicΓpio, em cuja competΓͺncia se encontre o serviΓ§o pΓΊblico, assim a titularidade continua sendo sua somente serΓ‘ transferida a execução dos servi-Γ§os pΓΊblicos Γ concessionΓ‘ria.
Nos ensinamentos do jurista Hely Lopes Meirelles, temos que:
βPela concessΓ£o, o poder concedente nΓ£o transfere a pro-priedade alguma ao concessionΓ‘rio, nem se despoja de qualquer direito ou prerrogativa pΓΊblica. Delega, apenas, a execução do serviΓ§o, nos limites e condiçáes legais ou contratuais, sempre su-jeita Γ regulamentação e fiscalização do concedente.β
Para o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, conceituando o instituto da concessão de serviço público, ensina que:
βΓ o instituto atravΓ©s do qual o Estado atribuiu o exercΓcio de um serviΓ§o pΓΊblico a alguΓ©m que aceita prestΓ‘-lo em nome prΓ³-prio, por sua conta em risco, nas condiçáes fixadas e alterΓ‘veis unilateralmente pelo Poder PΓΊblico, mas sob garantia contratual de um equilΓbrio econΓ΄mico-financeiro, remunerando-se pela prΓ³-pria exploração do serviΓ§o, em geral e basicamente mediante tari-fas cobradas diretamente dos usuΓ‘rios do serviΓ§oβ.
Neste sentido, verifica-se que a concessão é mecanismo de de-legação de direito público, pois, as suas clÑusulas contratuais são editadas pelo Poder Público, que poderÑ a qualquer tempo modifi-cÑ-las de forma unilateral, tendo em vista que não hÑ que se falar em igualdade entre as partes contratantes em atenção ao principio da soberania do Estado.
Entretanto, estΓ‘ presente, como em todo contrato, a bilatera-lidade, pois, ao aderir ao contrato de concessΓ£o, o concessionΓ‘rio integra a relação jurΓdica contratual, com declaração de vontade prΓ³pria, mas aceitando os termos e condiçáes impostas pela Ad-ministração PΓΊblica.
O que ocorre com os contratos de concessão de serviços pú-blicos é que são vinculados ao processo licitatório, assim, as suas clÑusulas devem atender obrigatoriamente o que estiver estipula-
Didatismo e Conhecimento 12
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAdo no edital de abertura da licitação. Por se tratar de um contrato administrativo, o contrato de concessΓ£o tem como objeto o bem pΓΊblico, a utilidade pΓΊblica e ainda o interesse da coletividade, que se explica facilmente, pelo fato do destinatΓ‘rio da realização do serviΓ§o Γ© justamente o cidadΓ£o.
Oportuno ainda esclarecer que nas concessáes de serviço pú-blico é admitida a subconcessão, desde que prevista em clÑusula especifica no contrato administrativo e no edital da abertura da li-citação, vinculado, entretanto, a autorização do poder concedente, após a verificação do interesse público.
Γ possΓvel tambΓ©m ocorrer o instituto da concessΓ£o em obras pΓΊblicas, atravΓ©s da privatização temporΓ‘ria de uso. Trata-se de um contrato administrativo celebrado entre o Poder PΓΊblico e o con-cessionΓ‘rio para a execução de uma obra pΓΊblica, mediante remu-neração posterior a ser paga pela exploração dos serviΓ§os ou entΓ£o utilidades proporcionadas pela prΓ³pria execução da obra.
Como dito, a concessΓ£o deverΓ‘ ser formalizada mediante con-trato, a tΓtulo precΓ‘rio, precedido de procedimento licitatΓ³rio (na modalidade de concorrΓͺncia), definindo o objeto, a Γ‘rea, o prazo da concessΓ£o, o modo de sua execução, a forma e as condiçáes da concessΓ£o da obra pΓΊblica, para tanto, a empresa deve demonstrar o interesse na contratação com o poder concedente, comprovando sua capacidade para o desempenho das obrigaçáes assumidas da obra, por sua conta e risco e por prazo determinado.
Ressalta-se que o contrato de concessΓ£o de obra pΓΊblica, fir-mado por tempo determinado, nΓ£o pode ser objeto de prorrogação, nΓ£o se situando a prerrogativa discricionΓ‘ria conferida ao Poder PΓΊblico, sendo que sua eventual prorrogação fere o princΓpio da isonomia entre os licitantes, e participantes do certame licitatΓ³rio de concessΓ£o.
PermissΓ£o: Γ a delegação, a tΓtulo precΓ‘rio, mediante licitação da prestação de serviΓ§os pΓΊblicos feita pelo poder concedente, a pessoa que demonstre capacidade de desempenho por sua conta e risco. A permissΓ£o de serviΓ§o pΓΊblico serΓ‘ formalizada mediante contrato de adesΓ£o, e serΓ‘ contratado sempre em carΓ‘ter precΓ‘rio, com prazo determinado.
Importante ressaltar que no instituto da permissΓ£o de servi-Γ§os pΓΊblicos admite-se a presenΓ§a de pessoa fΓsica, alΓ©m da pessoa jurΓdica, sendo que a legislação que regula a matΓ©ria nΓ£o inclui a possibilidade de contratação pela permissΓ£o de consΓ³rcios.
No instituto da Permissão, a Administração Pública possui a prerrogativa de estabelecer de forma unilateral os requisitos e con-diçáes impostas diante da execução de serviços públicos permiti-dos e confiados ao particular, que durante o procedimento licitató-rio, comprovou possuir capacidade para seu desempenho.
Em virtude do carÑter precÑrio das permissáes e de seu prazo determinado, os permissionÑrios não gozam de prerrogativas ga-rantidas por lei aos concessionÑrios de serviço público, devendo, portanto, seguir as normas e orientaçáes dos Poder Público.
Autorização de serviΓ§os pΓΊblicos: Coloca-se ao lado da con-cessΓ£o e da permissΓ£o de serviΓ§os pΓΊblicos, destina-se a serviΓ§os muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergΓͺncia, e a hipΓ³teses transitΓ³rias e especiais, podendo ainda ser utilizado para as situaçáes em que o serviΓ§o seja prestado a usuΓ‘rios espe-cΓficos e restritos.
Assim, temos que a autorização de serviços públicos é o ato administrativo discricionÑrio por meio do qual é delegada a um particular, sempre em carÑter precÑrio, a prestação de serviços pú-blicos que não exija alto grau de complexidade e especialização técnica, nem mesmo a comprovação do particular autorizado a execução dos serviços possuir grande aporte de capital financeiro.
Para a contratação por meio do instituto da autorização de ser-viços públicos, não hÑ licitação, para tanto, os serviços públicos autorizados estão sujeitos a modificação ou revogação de sua exe-cução, por meio de ato discricionÑrio da delegação, cuja denomi-nação é termo de autorização.
Isto ocorre em virtude da precariedade que reveste o ato admi-nistrativo que autorizou a delegação do serviΓ§o ao particular. Cum-pre esclarecer que a autorização, mesmo sendo precΓ‘ria nΓ£o possui prazo determinado para seu encerramento, e em via de regra, nΓ£o Γ© passΓvel de indenização por decorrente de sua revogação.
Oportuno ainda ressaltar que a autorização do serviΓ§o pΓΊblico nΓ£o pode ser confundida com a autorização decorrente do ato de polΓcia administrativa outorgada no exercΓcio do poder de polΓcia conferido a Administração PΓΊblica, como condição para a prΓ‘ti-ca de atividades privadas pelos particulares, o que nΓ£o se pode confundir com a transferΓͺncia, por delegação, da titularidade da execução e prestação dos serviΓ§os pΓΊblicos.
Autorização: poderÑ ocorrer em duas modalidades que são:
a) autorização de uso β ocorre quando um particular Γ© autori-zado a utilizar bem pΓΊblico de forma especial, exemplo: a autoriza-ção de uso de uma rua para realização de uma quermesse.
b) autorização de atos privados controlados β em que o parti-cular nΓ£o pode exercer certas atividades sem autorização do poder pΓΊblico, sΓ£o atividades exercidas por particulares, mas considera-das de interesse pΓΊblico.
OBS: autorização Γ© diferente de licenΓ§a, termos semelhantes. A autorização Γ© ato discricionΓ‘rio, enquanto a licenΓ§a Γ© ato vincu-lado. Na licenΓ§a o interessado tem direito de obtΓͺ-la, e pode exi-gi-la, desde que preencha certos requisitos, ex. licenΓ§a para dirigir veΓculo.
PARCERIAS PΓBLICOS-PRIVADAS
As Parcerias PΓΊblico-Privadas (PPPs) foram instituΓdas em nosso ordenamento jurΓdico por meio da Lei 11.079/2004, incor-porando conceitos jΓ‘ contemplados pela experiΓͺncia internacional e garante que as parcerias pΓΊblico-privadas sejam um instrumento eficaz na viabilização de projetos fundamentais para o crescimento nacional e que sejam fundamentadas na atuação administrativa de forma transparente e de acordo com as regras de responsabilidade fiscal.
Entende-se como parceria público-privada a formalização de um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo fir-mado pela Administração Pública com a iniciativa privada, cujo valor não seja inferior a vinte milháes de reais, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto única e exclusiva-mente o fornecimento de mão de obra, equipamentos ou execução de obra pública.
Didatismo e Conhecimento 13
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAA lei confere a possibilidade de combinar a remuneração
tarifÑria com o pagamento de contraprestaçáes públicas e define Parcerias Público-Privadas como contrato administrativo de con-cessão de serviços públicos, na modalidade patrocinada ou admi-nistrativa.
Na concessão na modalidade patrocinada a remuneração do parceiro privado vai envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuÑrios, contraprestação pecuniÑria do parceiro público.
A concessão na modalidade administrativa, por sua vez, en-volve tão somente contraprestação pública, pois se aplica nos ca-sos em que não houver possibilidade de cobrança de tarifa dos usuÑrios.
5. ΓTICA NO SERVIΓO PΓBLICO: COMPORTAMENTO PROFISSIONAL,
ATITUDES NO SERVIΓO, ORGANIZAΓΓO DO TRABALHO, PRIORIDADE EM
SERVIΓO.
A Γ©tica Γ© composta por valores reais e presentes na socieda-de, a partir do momento em que, por mais que Γ s vezes tais valo-res apareΓ§am deturpados no contexto social, nΓ£o Γ© possΓvel falar em convivΓͺncia humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor do justo (componente Γ©tico do Direito).
Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transfor-maçáes sofridas pela sociedade atravΓ©s dos tempos provocaram uma variação no conceito de Γ©tica, por outro, nΓ£o Γ© possΓvel negar que as questΓ΅es que envolvem o agir Γ©tico sempre estiveram pre-sentes no pensamento filosΓ³fico e social. AliΓ‘s, um marco da Γ©tica Γ© a sua imutabilidade: a mesma Γ©tica de sΓ©culos atrΓ‘s estΓ‘ vigente hoje, por exemplo, respeitar ao prΓ³ximo nunca serΓ‘ considerada uma atitude antiΓ©tica. Outra caracterΓstica da Γ©tica Γ© a sua validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no mundo. NΓ£o hΓ‘ uma Γ©tica conforme cada Γ©poca, cultura ou civilização: a Γ©tica Γ© uma sΓ³, vΓ‘lida para todos eternamente, de forma imutΓ‘vel e definitiva.
Quanto Γ etimologia da palavra Γ©tica: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, chamada epsΓlon, e uma longa, denominada eta. Γthos, escrita com a vo-gal longa, significa costume; porΓ©m, se escrita com a vogal breve, Γ©thos, significa carΓ‘ter, Γndole natural, temperamento, conjunto das disposiçáes fΓsicas e psΓquicas de uma pessoa.1
A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideÑrio de alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sempre consagrados.
Entre os elementos que compΓ΅em a Γtica, destacam-se a Mo-ral e o Direito. Assim, a Moral nΓ£o Γ© a Γtica, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivΓduo.
1 CHAUΓ,Marilena. Convite Γ Filosofia. 13.ed. SΓ£o Paulo: Γtica, 2005.
Assim, Moral e Γtica nΓ£o sΓ£o sinΓ΄nimos, nΓ£o apenas pela Moral ser apenas uma parte da Γtica; mas principalmente porque enquanto a Moral Γ© entendida como a prΓ‘tica, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Γtica Γ© entendida como uma βfi-losofia moralβ, ou seja, como a reflexΓ£o sobre a moral. Moral Γ© ação, Γtica Γ© reflexΓ£o.
A Γ©tica estΓ‘ presente em todas as esferas da vida de um indi-vΓduo e da sociedade que ele compΓ΅e e Γ© fundamental para a ma-nutenção da paz social que todos os cidadΓ£os (ou ao menos grande parte deles) obedeΓ§am os ditames Γ©ticos consolidados. A obediΓͺn-cia Γ Γ©tica nΓ£o deve se dar somente no Γ’mbito da vida particular, mas tambΓ©m na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der no Γ’mbito estatal.
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das individua-lidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finali-dades particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o compáem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionÑrio público é uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compáem a estrutura do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos hÑ uma ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.
Alguns cidadΓ£os recebem poderes e funçáes especΓficas den-tro da administração pΓΊblica, passando a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta con-dição, mais ainda, serΓ‘ exigido o respeito Γ Γ©tica. Afinal, o Estado Γ© responsΓ‘vel pela manutenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada e transparente.
Quando uma pessoa Γ© nomeada como servidor pΓΊblico, passa a ser uma extensΓ£o daquilo que o Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao mΓ‘ximo todos os consagrados pre-ceitos Γ©ticos.
Todas as profissΓ΅es reclamam um agir Γ©tico dos que a exer-cem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em CΓ³digos de Γtica diversos atribuΓdos a cada categoria profissional. No caso das profissΓ΅es na esfera pΓΊblica, esta exigΓͺncia se amplia.
NΓ£o se trata do simples respeito Γ moral social: a obrigação Γ©tica no setor pΓΊblico vai alΓ©m e encontra-se disciplinada em de-talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinΓ‘ria (em que se destacam o Decreto nΒ° 1.171/94 - CΓ³digo de Γtica - a Lei nΒ° 8.429/92 - Lei de Impro-bidade Administrativa - e a Lei nΒ° 8.112/90 - regime jurΓdico dos servidores pΓΊblicos civis na esfera federal).
Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissio-nal Γ©tico podem ser bem resumidas em alguns princΓpios basilares.
Segundo Nalini2, o princΓpio fundamental seria o de agir de acordo com a ciΓͺncia, se mantendo sempre atualizado, e de acordo com a consciΓͺncia, sabendo de seu dever Γ©tico; tomando-se como princΓpios especΓficos:
2 NALINI, JosΓ© Renato. Γtica geral e profissional.8.ed. SΓ£o Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
Didatismo e Conhecimento 14
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA- PrincΓpio da conduta ilibada - conduta irrepreensΓvel na
vida pΓΊblica e na vida particular.- PrincΓpio da dignidade e do decoro profissional - agir da me-
lhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com técnica, justiça e discrição.
- PrincΓpio da incompatibilidade - nΓ£o se deve acumular fun-çáes incompatΓveis.
- PrincΓpio da correção profissional - atuação com transparΓͺn-cia e em prol da justiΓ§a.
- PrincΓpio do coleguismo - ciΓͺncia de que vocΓͺ e todos os demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a justiΓ§a.
- PrincΓpio da diligΓͺncia - agir com zelo e escrΓΊpulo em todas funçáes.
- PrincΓpio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para buscar o interesse da justiΓ§a.
- PrincΓpio da confianΓ§a - cada profissional de Direito Γ© dota-do de atributos personalΓssimos e intransferΓveis, sendo escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele que busca o serviΓ§o e o profissional Γ© de confianΓ§a.
- PrincΓpio da fidelidade - Fidelidade Γ causa da justiΓ§a, aos valores constitucionais, Γ verdade, Γ transparΓͺncia.
- PrincΓpio da independΓͺncia profissional - a maior autonomia no exercΓcio da profissΓ£o do operador do Direito nΓ£o deve impedir o carΓ‘ter Γ©tico.
- PrincΓpio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in-formaçáes que acessa no exercΓcio da profissΓ£o.
- PrincΓpio da lealdade e da verdade - agir com boa-fΓ© e de forma correta, com lealdade processual.
- PrincΓpio da discricionariedade - geralmente, o profissional do Direito Γ© liberal, exercendo com boa autonomia sua profissΓ£o.
- Outros princΓpios Γ©ticos, como informação, solidariedade, cidadania, residΓͺncia, localização, continuidade da profissΓ£o, li-berdade profissional, função social da profissΓ£o, severidade consi-go mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerΓ’ncia.
Vale destacar que, se a Γtica, num sentido amplo, Γ© composta por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da disciplina da Γtica no Setor PΓΊblico a expressΓ£o Γ© adotada num sentido estrito - Γ©tica corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual Γ© estabelecido com um olhar atento Γ s pres-criçáes da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em Γ©tica no Γ’mbito do Estado nΓ£o se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurΓdicas que a regulamentam, o que permite a aplicação de sançáes.
6. LEI FEDERAL NΒΊ 8.112/90.
LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
DispΓ΅e sobre o regime jurΓdico dos servidores pΓΊblicos civis da UniΓ£o, das autarquias e das fundaçáes pΓΊblicas federais.
PUBLICAΓΓO CONSOLIDADA DA LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA LEI NΒΊ 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.
O PRESIDENTE DA REPΓBLICA FaΓ§o saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TΓtulo I
CapΓtulo ΓnicoDas Disposiçáes Preliminares
Art. 1o Esta Lei institui o Regime JurΓdico dos Servidores PΓΊblicos Civis da UniΓ£o, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaçáes pΓΊblicas federais.
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor Γ© a pessoa legalmen-te investida em cargo pΓΊblico.
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuiçáes e respon-sabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os cargos pΓΊblicos, acessΓveis a todos os brasileiros, sΓ£o criados por lei, com denominação prΓ³pria e ven-cimento pago pelos cofres pΓΊblicos, para provimento em carΓ‘ter efetivo ou em comissΓ£o.
Art. 4o à proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
TΓtulo IIDo Provimento, VacΓ’ncia, Remoção, Redistribuição e
Substituição
CapΓtulo IDo Provimento
Seção IDisposiçáes Gerais
Art. 5o SΓ£o requisitos bΓ‘sicos para investidura em cargo pΓΊ-blico:
I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos polΓticos;III - a quitação com as obrigaçáes militares e eleitorais;IV - o nΓvel de escolaridade exigido para o exercΓcio do cargo;V - a idade mΓnima de dezoito anos;VI - aptidΓ£o fΓsica e mental.
Didatismo e Conhecimento 15
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1o As atribuiçáes do cargo podem justificar a exigΓͺncia de
outros requisitos estabelecidos em lei.Β§ 2o Γs pessoas portadoras de deficiΓͺncia Γ© assegurado o di-
reito de se inscrever em concurso pΓΊblico para provimento de car-go cujas atribuiçáes sejam compatΓveis com a deficiΓͺncia de que sΓ£o portadoras; para tais pessoas serΓ£o reservadas atΓ© 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Β§ 3o As universidades e instituiçáes de pesquisa cientΓfica e tecnolΓ³gica federais poderΓ£o prover seus cargos com professores, tΓ©cnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.515, de 20.11.97)
Art. 6o O provimento dos cargos pΓΊblicos far-se-Γ‘ mediante ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7o A investidura em cargo pΓΊblico ocorrerΓ‘ com a posse.
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:I - nomeação;II - promoção;III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - readaptação;VI - reversão;VII - aproveitamento;VIII - reintegração;IX - recondução.
Seção IIDa Nomeação
Art. 9o A nomeação far-se-Ñ:I - em carÑter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O servidor ocupante de cargo em comissΓ£o ou de natureza especial poderΓ‘ ser nomeado para ter exercΓcio, in-terinamente, em outro cargo de confianΓ§a, sem prejuΓzo das atri-buiçáes do que atualmente ocupa, hipΓ³tese em que deverΓ‘ optar pela remuneração de um deles durante o perΓodo da interinida-de. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prΓ©via habilitação em concurso pΓΊblico de provas ou de provas e tΓtulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
ParÑgrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de-senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção IIIDo Concurso Público
Art. 11. O concurso serΓ‘ de provas ou de provas e tΓtulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensÑvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso pΓΊblico terΓ‘ validade de atΓ© 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma ΓΊnica vez, por igual perΓodo.
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condiçáes de sua realização serão fixados em edital, que serÑ publicado no DiÑrio Oficial da União e em jornal diÑrio de grande circulação.
Β§ 2o NΓ£o se abrirΓ‘ novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade nΓ£o expi-rado.
Seção IVDa Posse e do ExercΓcio
Art. 13. A posse dar-se-Γ‘ pela assinatura do respectivo termo, no qual deverΓ£o constar as atribuiçáes, os deveres, as responsabi-lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que nΓ£o poderΓ£o ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofΓcio previstos em lei.
§ 1o A posse ocorrerÑ no prazo de trinta dias contados da pu-blicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publi-cação do ato de provimento, em licenΓ§a prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipΓ³teses dos incisos I, IV, VI, VIII, alΓneas Β«aΒ», Β«bΒ», Β«dΒ», Β«eΒ» e Β«fΒ», IX e X do art. 102, o prazo serΓ‘ contado do tΓ©rmino do impedimento. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 3o A posse poderΓ‘ dar-se mediante procuração especΓfica.Β§ 4o SΓ³ haverΓ‘ posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 5o No ato da posse, o servidor apresentarÑ declaração de
bens e valores que constituem seu patrimΓ΄nio e declaração quanto ao exercΓcio ou nΓ£o de outro cargo, emprego ou função pΓΊblica.
Β§ 6o SerΓ‘ tornado sem efeito o ato de provimento se a posse nΓ£o ocorrer no prazo previsto no Β§ 1o deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerÑ de prévia inspe-ção médica oficial.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. SΓ³ poderΓ‘ ser empossado aquele que for jul-gado apto fΓsica e mentalmente para o exercΓcio do cargo.
Art. 15. ExercΓcio Γ© o efetivo desempenho das atribuiçáes do cargo pΓΊblico ou da função de confianΓ§a. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o Γ de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pΓΊblico entrar em exercΓcio, contados da data da posse. (Re-dação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o O servidor serΓ‘ exonerado do cargo ou serΓ‘ tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confianΓ§a, se nΓ£o entrar em exercΓcio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 3o Γ autoridade competente do Γ³rgΓ£o ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercΓ-cio. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento 16
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 4o O inΓcio do exercΓcio de função de confianΓ§a coincidirΓ‘
com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licenΓ§a ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipΓ³tese em que recairΓ‘ no primeiro dia ΓΊtil apΓ³s o tΓ©rmino do impedimento, que nΓ£o poderΓ‘ exceder a trinta dias da publica-ção. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O inΓcio, a suspensΓ£o, a interrupção e o reinΓcio do exercΓcio serΓ£o registrados no assentamento individual do servi-dor.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Ao entrar em exercΓcio, o servidor apresen-tarΓ‘ ao Γ³rgΓ£o competente os elementos necessΓ‘rios ao seu assen-tamento individual.
Art. 17. A promoção nΓ£o interrompe o tempo de exercΓcio, que Γ© contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 18. O servidor que deva ter exercΓcio em outro municΓpio em razΓ£o de ter sido removido, redistribuΓdo, requisitado, cedido ou posto em exercΓcio provisΓ³rio terΓ‘, no mΓnimo, dez e, no mΓ‘xi-mo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a re-tomada do efetivo desempenho das atribuiçáes do cargo, incluΓdo nesse prazo o tempo necessΓ‘rio para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo serÑ conta-do a partir do término do impedimento. (ParÑgrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o Γ facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 19. Os servidores cumprirΓ£o jornada de trabalho fixada em razΓ£o das atribuiçáes pertinentes aos respectivos cargos, res-peitada a duração mΓ‘xima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mΓnimo e mΓ‘ximo de seis horas e oito ho-ras diΓ‘rias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o O disposto neste artigo nΓ£o se aplica a duração de traba-lho estabelecida em leis especiais. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)
Art. 20. Ao entrar em exercΓcio, o servidor nomeado para car-go de provimento efetivo ficarΓ‘ sujeito a estΓ‘gio probatΓ³rio por perΓodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidΓ£o e capacidade serΓ£o objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nΒΊ 19)
I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade;V- responsabilidade.
Β§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o perΓodo do estΓ‘gio pro-batΓ³rio, serΓ‘ submetida Γ homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissΓ£o constituΓda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuΓzo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
Β§ 2o O servidor nΓ£o aprovado no estΓ‘gio probatΓ³rio serΓ‘ exo-nerado ou, se estΓ‘vel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa-do, observado o disposto no parΓ‘grafo ΓΊnico do art. 29.
Β§ 3o O servidor em estΓ‘gio probatΓ³rio poderΓ‘ exercer quais-quer cargos de provimento em comissΓ£o ou funçáes de direção, chefia ou assessoramento no Γ³rgΓ£o ou entidade de lotação, e so-mente poderΓ‘ ser cedido a outro Γ³rgΓ£o ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissΓ£o do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de nΓveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 4o Ao servidor em estΓ‘gio probatΓ³rio somente poderΓ£o ser concedidas as licenΓ§as e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração PΓΊblica Federal. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 5o O estΓ‘gio probatΓ³rio ficarΓ‘ suspenso durante as licenΓ§as e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, Β§ 1o, 86 e 96, bem assim na hipΓ³tese de participação em curso de formação, e serΓ‘ retomado a partir do tΓ©rmino do impedimento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Seção VDa Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso pΓΊblico e empos-sado em cargo de provimento efetivo adquirirΓ‘ estabilidade no ser-viΓ§o pΓΊblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercΓcio. (pra-zo 3 anos - vide EMC nΒΊ 19)
Art. 22. O servidor estÑvel só perderÑ o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Seção VIDa TransferΓͺncia
Art. 23. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Seção VIIDa Readaptação
Art. 24. Readaptação Γ© a investidura do servidor em cargo de atribuiçáes e responsabilidades compatΓveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade fΓsica ou mental verificada em inspeção mΓ©dica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando serÑ aposentado.
Β§ 2o A readaptação serΓ‘ efetivada em cargo de atribuiçáes afins, respeitada a habilitação exigida, nΓvel de escolaridade e equi-valΓͺncia de vencimentos e, na hipΓ³tese de inexistΓͺncia de cargo vago, o servidor exercerΓ‘ suas atribuiçáes como excedente, atΓ© a ocorrΓͺncia de vaga.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento 17
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICASeção VIII
Da ReversΓ£o (Regulamento Dec. nΒΊ 3.644, de 30.11.2000)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-sentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I - por invalidez, quando junta mΓ©dica oficial declarar insub-sistentes os motivos da aposentadoria; ou (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
II - no interesse da administração, desde que: (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
a) tenha solicitado a reversΓ£o; (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³-ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
b) a aposentadoria tenha sido voluntΓ‘ria; (IncluΓdo pela Medi-da ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
c) estΓ‘vel quando na atividade; (IncluΓdo pela Medida Provi-sΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores Γ solicitação; (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
e) haja cargo vago. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 1o A reversΓ£o far-se-Γ‘ no mesmo cargo ou no cargo resul-tante de sua transformação. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercΓcio serΓ‘ con-siderado para concessΓ£o da aposentadoria. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerΓ‘ suas atribuiçáes como excedente, atΓ© a ocor-rΓͺncia de vaga. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 4o O servidor que retornar Γ atividade por interesse da ad-ministração perceberΓ‘, em substituição aos proventos da aposen-tadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente Γ aposentadoria. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terΓ‘ os pro-ventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 6o O Poder Executivo regulamentarΓ‘ o disposto neste ar-tigo. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 26. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 27. NΓ£o poderΓ‘ reverter o aposentado que jΓ‘ tiver com-pletado 70 (setenta) anos de idade.
Seção IXDa Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estÑ-vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad-ministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
Β§ 1o Na hipΓ³tese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficarΓ‘ em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante serÑ reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Seção XDa Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estÑvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrerÑ de:
I - inabilitação em estÑgio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante.ParÑgrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,
o servidor serΓ‘ aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.
Seção XIDa Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 30. O retorno Γ atividade de servidor em disponibilidade far-se-Γ‘ mediante aproveitamento obrigatΓ³rio em cargo de atribui-çáes e vencimentos compatΓveis com o anteriormente ocupado.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi-narÑ o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Na hipΓ³tese prevista no Β§ 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderΓ‘ ser mantido sob respon-sabilidade do Γ³rgΓ£o central do Sistema de Pessoal Civil da Admi-nistração Federal - SIPEC, atΓ© o seu adequado aproveitamento em outro Γ³rgΓ£o ou entidade. (ParΓ‘grafo incluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. SerΓ‘ tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor nΓ£o entrar em exercΓcio no prazo legal, salvo doenΓ§a comprovada por junta mΓ©dica oficial.
CapΓtulo IIDa VacΓ’ncia
Art. 33. A vacÒncia do cargo público decorrerÑ de:I - exoneração;II - demissão;III - promoção;IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulÑvel;IX - falecimento.
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-Γ‘ a pedido do servidor, ou de ofΓcio.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A exoneração de ofΓcio dar-se-Γ‘:I - quando nΓ£o satisfeitas as condiçáes do estΓ‘gio probatΓ³rio;II - quando, tendo tomado posse, o servidor nΓ£o entrar em
exercΓcio no prazo estabelecido.
Didatismo e Conhecimento 18
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAArt. 35. A exoneração de cargo em comissΓ£o e a dispensa de
função de confiança dar-se-Ñ: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a juΓzo da autoridade competente;II - a pedido do prΓ³prio servidor.ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
CapΓtulo IIIDa Remoção e da Redistribuição
Seção IDa Remoção
Art. 36. Remoção Γ© o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofΓcio, no Γ’mbito do mesmo quadro, com ou sem mudanΓ§a de sede.
ParÑgrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - de ofΓcio, no interesse da Administração; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
II - a pedido, a critΓ©rio da Administração; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do in-teresse da Administração: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
a) para acompanhar cΓ΄njuge ou companheiro, tambΓ©m servi-dor pΓΊblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicΓpios, que foi deslocado no interesse da Administração;(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
b) por motivo de saΓΊde do servidor, cΓ΄njuge, companheiro ou dependente que viva Γ s suas expensas e conste do seu assentamen-to funcional, condicionada Γ comprovação por junta mΓ©dica ofi-cial; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipΓ³tese em que o nΓΊmero de interessados for superior ao nΓΊmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo Γ³rgΓ£o ou entidade em que aqueles estejam lotados.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Seção IIDa Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de pro-vimento efetivo, ocupado ou vago no Òmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes pre-ceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - interesse da administração; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
II - equivalΓͺncia de vencimentos; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
III - manutenção da essΓͺncia das atribuiçáes do cargo; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexi-dade das atividades; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
V - mesmo nΓvel de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
VI - compatibilidade entre as atribuiçáes do cargo e as finali-dades institucionais do Γ³rgΓ£o ou entidade. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o A redistribuição ocorrerΓ‘ ex officio para ajustamento de lotação e da forΓ§a de trabalho Γ s necessidades dos serviΓ§os, inclu-sive nos casos de reorganização, extinção ou criação de Γ³rgΓ£o ou entidade. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se darΓ‘ me-diante ato conjunto entre o Γ³rgΓ£o central do SIPEC e os Γ³rgΓ£os e entidades da Administração PΓΊblica Federal envolvidos. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de Γ³rgΓ£o ou en-tidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no Γ³rgΓ£o ou entidade, o servidor estΓ‘vel que nΓ£o for redistribuΓdo serΓ‘ co-locado em disponibilidade, atΓ© seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (ParΓ‘grafo renumerado e alterado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 4o O servidor que nΓ£o for redistribuΓdo ou colocado em disponibilidade poderΓ‘ ser mantido sob responsabilidade do Γ³rgΓ£o central do SIPEC, e ter exercΓcio provisΓ³rio, em outro Γ³rgΓ£o ou entidade, atΓ© seu adequado aproveitamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
CapΓtulo IVDa Substituição
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de dire-ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente mÑximo do órgão ou enti-dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o O substituto assumirΓ‘ automΓ‘tica e cumulativamente, sem prejuΓzo do cargo que ocupa, o exercΓcio do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacΓ’ncia do cargo, hipΓ³teses em que deverΓ‘ optar pela remuneração de um de-les durante o respectivo perΓodo. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o O substituto farΓ‘ jus Γ retribuição pelo exercΓcio do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su-periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido perΓodo. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nΓvel de assessoria.
TΓtulo IIIDos Direitos e Vantagens
CapΓtulo IDo Vencimento e da Remuneração
Art. 40. Vencimento Γ© a retribuição pecuniΓ‘ria pelo exercΓcio de cargo pΓΊblico, com valor fixado em lei.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 431, de 2008). (Revogado pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-cido das vantagens pecuniÑrias permanentes estabelecidas em lei.
Didatismo e Conhecimento 19
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo
em comissΓ£o serΓ‘ paga na forma prevista no art. 62.Β§ 2o O servidor investido em cargo em comissΓ£o de Γ³rgΓ£o
ou entidade diversa da de sua lotação receberÑ a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.
Β§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carΓ‘ter permanente, Γ© irredutΓvel.
Β§ 4o Γ assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuiçáes iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos trΓͺs Poderes, ressalvadas as vantagens de carΓ‘ter individual e as relativas Γ natureza ou ao local de trabalho.
Β§ 5o Nenhum servidor receberΓ‘ remuneração inferior ao salΓ‘-rio mΓnimo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
Art. 42. Nenhum servidor poderΓ‘ perceber, mensalmente, a tΓtulo de remuneração, importΓ’ncia superior Γ soma dos valores percebidos como remuneração, em espΓ©cie, a qualquer tΓtulo, no Γ’mbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribu-nal Federal.
ParÑgrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as van-tagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
Art. 43. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nΒΊ 9.624, de 2.4.98)
Art. 44. O servidor perderÑ:I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo
justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)II - a parcela de remuneração diÑria, proporcional aos atra-
sos, ausΓͺncias justificadas, ressalvadas as concessΓ΅es de que trata o art. 97, e saΓdas antecipadas, salvo na hipΓ³tese de compensação de horΓ‘rio, atΓ© o mΓͺs subsequente ao da ocorrΓͺncia, a ser estabe-lecida pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de forΓ§a maior poderΓ£o ser compensadas a critΓ©rio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercΓ-cio. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne-nhum desconto incidirÑ sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995)(Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento)(Regulamento)
§ 1o Mediante autorização do servidor, poderÑ haver consig-nação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
§ 2o O total de consignaçáes facultativas de que trata o § 1o não excederÑ a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
I - a amortização de despesas contraΓdas por meio de cartΓ£o de crΓ©dito; ou (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.172, de 2015)
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartΓ£o de crΓ©dito. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.172, de 2015)
Art. 46. As reposiçáes e indenizaçáes ao erÑrio, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servi-dor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mÑximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do inte-ressado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 1o O valor de cada parcela não poderÑ ser inferior ao cor-respondente a dez por cento da remuneração, provento ou pen-são. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mΓͺs anterior ao do processamento da folha, a reposição serΓ‘ feita ime-diatamente, em uma ΓΊnica parcela. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Β§ 3o Na hipΓ³tese de valores recebidos em decorrΓͺncia de cum-primento a decisΓ£o liminar, a tutela antecipada ou a sentenΓ§a que venha a ser revogada ou rescindida, serΓ£o eles atualizados atΓ© a data da reposição. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 47. O servidor em débito com o erÑrio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-sada, terÑ o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A nΓ£o quitação do dΓ©bito no prazo previsto implicarΓ‘ sua inscrição em dΓvida ativa. (Redação dada pela Medi-da ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de pres-tação de alimentos resultante de decisão judicial.
CapΓtulo IIDas Vantagens
Art. 49. AlΓ©m do vencimento, poderΓ£o ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizaçáes;II - gratificaçáes;III - adicionais.§ 1o As indenizaçáes não se incorporam ao vencimento ou
provento para qualquer efeito.§ 2o As gratificaçáes e os adicionais incorporam-se ao venci-
mento ou provento, nos casos e condiçáes indicados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniΓ‘rias nΓ£o serΓ£o computadas, nem acumuladas, para efeito de concessΓ£o de quaisquer outros acrΓ©sci-mos pecuniΓ‘rios ulteriores, sob o mesmo tΓtulo ou idΓͺntico funda-mento.
Seção IDas Indenizaçáes
Art. 51. Constituem indenizaçáes ao servidor:I - ajuda de custo;II - diΓ‘rias;III - transporte.IV - auxΓlio-moradia.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Didatismo e Conhecimento 20
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAArt. 52. Os valores das indenizaçáes estabelecidas nos incisos
I a III do art. 51, assim como as condiçáes para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção IDa Ajuda de Custo
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas
de instalação do servidor que, no interesse do serviΓ§o, passar a ter exercΓcio em nova sede, com mudanΓ§a de domicΓlio em ca-rΓ‘ter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cΓ΄njuge ou companheiro que dete-nha tambΓ©m a condição de servidor, vier a ter exercΓcio na mesma sede. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans-porte do servidor e de sua famΓlia, compreendendo passagem, ba-gagem e bens pessoais.
Β§ 2o Γ famΓlia do servidor que falecer na nova sede sΓ£o asse-gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do Γ³bito.
Β§ 3o NΓ£o serΓ‘ concedida ajuda de custo nas hipΓ³teses de remoção previstas nos incisos II e III do parΓ‘grafo ΓΊnico do art. 36. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
Art. 54. A ajuda de custo Γ© calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, nΓ£o podendo exceder a importΓ’ncia correspondente a 3 (trΓͺs) meses.
Art. 55. NΓ£o serΓ‘ concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Art. 56. SerΓ‘ concedida ajuda de custo Γ quele que, nΓ£o sen-do servidor da UniΓ£o, for nomeado para cargo em comissΓ£o, com mudanΓ§a de domicΓlio.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo serΓ‘ paga pelo Γ³rgΓ£o cessionΓ‘rio, quando ca-bΓvel.
Art. 57. O servidor ficarΓ‘ obrigado a restituir a ajuda de cus-to quando, injustificadamente, nΓ£o se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.
Subseção IIDas DiÑrias
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em ca-rÑter eventual ou transitório para outro ponto do território nacio-nal ou para o exterior, farÑ jus a passagens e diÑrias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinÑria com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regula-mento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A diÑria serÑ concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as des-pesas extraordinÑrias cobertas por diÑrias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigΓͺncia permanente do cargo, o servidor nΓ£o farΓ‘ jus a diΓ‘rias.
Β§ 3o TambΓ©m nΓ£o farΓ‘ jus a diΓ‘rias o servidor que se deslo-car dentro da mesma regiΓ£o metropolitana, aglomeração urbana ou microrregiΓ£o, constituΓdas por municΓpios limΓtrofes e regu-larmente instituΓdas, ou em Γ‘reas de controle integrado mantidas com paΓses limΓtrofes, cuja jurisdição e competΓͺncia dos Γ³rgΓ£os, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipΓ³teses em que as diΓ‘rias pagas serΓ£o sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territΓ³rio nacional. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 59. O servidor que receber diΓ‘rias e nΓ£o se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituΓ-las integralmen-te, no prazo de 5 (cinco) dias.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Na hipΓ³tese de o servidor retornar Γ sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirΓ‘ as diΓ‘rias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
Subseção IIIDa Indenização de Transporte
Art. 60. Conceder-se-Ñ indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-ção para a execução de serviços externos, por força das atribuiçáes próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
Subseção IVDo AuxΓlio-Moradia
(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxΓlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-sa hoteleira, no prazo de um mΓͺs apΓ³s a comprovação da despesa pelo servidor. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Art. 60-B. Conceder-se-Γ‘ auxΓlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
I - nΓ£o exista imΓ³vel funcional disponΓvel para uso pelo servi-dor; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
II - o cΓ΄njuge ou companheiro do servidor nΓ£o ocupe imΓ³vel funcional; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cΓ΄njuge ou companheiro nΓ£o seja ou tenha sido proprietΓ‘rio, promitente comprador, cessionΓ‘rio ou promitente cessionΓ‘rio de imΓ³vel no MunicΓpio aonde for exercer o cargo, incluΓda a hipΓ³tese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxΓlio-moradia; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
V - o servidor tenha se mudado do local de residΓͺncia para ocupar cargo em comissΓ£o ou função de confianΓ§a do Grupo-Di-reção e Assessoramento Superiores - DAS, nΓveis 4, 5 e 6, de Na-tureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
VI - o MunicΓpio no qual assuma o cargo em comissΓ£o ou fun-ção de confianΓ§a nΓ£o se enquadre nas hipΓ³teses do art. 58, Β§ 3o, em relação ao local de residΓͺncia ou domicΓlio do servidor; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Didatismo e Conhecimento 21
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAVII - o servidor nΓ£o tenha sido domiciliado ou tenha residido
no MunicΓpio, nos ΓΊltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissΓ£o ou função de confianΓ§a, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse perΓodo; e (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
VIII - o deslocamento nΓ£o tenha sido por forΓ§a de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
IX - o deslocamento tenha ocorrido apΓ³s 30 de junho de 2006. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.490, de 2007)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Para fins do inciso VII, nΓ£o serΓ‘ considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comis-sΓ£o relacionado no inciso V. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
Art. 60-D. O valor mensal do auxΓlio-moradia Γ© limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissΓ£o, fun-ção comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
Β§ 1o O valor do auxΓlio-moradia nΓ£o poderΓ‘ superar 25% (vin-te e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
Β§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissΓ£o ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento atΓ© o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imΓ³vel funcional Γ disposição do servidor ou aquisição de imΓ³vel, o auxΓlio-moradia continuarΓ‘ sendo pago por um mΓͺs. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.355, de 2006)
Seção IIDas Gratificaçáes e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nes-ta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuiçáes, gratificaçáes e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - retribuição pelo exercΓcio de função de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
II - gratificação natalina;III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)IV - adicional pelo exercΓcio de atividades insalubres, perigo-
sas ou penosas;V - adicional pela prestação de serviΓ§o extraordinΓ‘rio;VI - adicional noturno;VII - adicional de fΓ©rias;VIII - outros, relativos ao local ou Γ natureza do trabalho.IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (IncluΓdo
pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
Subseção IDa Retribuição pelo ExercΓcio de Função de Direção, Chefia e
Assessoramento (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissΓ£o ou de Natureza Especial Γ© devida retribuição pelo seu exercΓcio.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Lei especΓfica estabelecerΓ‘ a remuneração dos cargos em comissΓ£o de que trata o inciso II do art. 9o. (Reda-ção dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-nalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercΓcio de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissΓ£o ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³-ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estarΓ‘ sujeita Γ s revisΓ΅es gerais de remuneração dos ser-vidores pΓΊblicos federais. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Subseção IIDa Gratificação Natalina
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mΓͺs de dezem-bro, por mΓͺs de exercΓcio no respectivo ano.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias serΓ‘ considerada como mΓͺs integral.
Art. 64. A gratificação serΓ‘ paga atΓ© o dia 20 (vinte) do mΓͺs de dezembro de cada ano.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. (VETADO).
Art. 65. O servidor exonerado perceberΓ‘ sua gratificação na-talina, proporcionalmente aos meses de exercΓcio, calculada sobre a remuneração do mΓͺs da exoneração.
Art. 66. A gratificação natalina não serÑ considerada para cÑl-culo de qualquer vantagem pecuniÑria.
Subseção IIIDo Adicional por Tempo de Serviço
Art. 67. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001, respeitadas as situaçáes constituΓdas atΓ© 8.3.1999)
Subseção IVDos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
Atividades Penosas Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em
locais insalubres ou em contato permanente com substΓ’ncias tΓ³-xicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
Didatismo e Conhecimento 22
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e
de periculosidade deverΓ‘ optar por um deles.Β§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade
cessa com a eliminação das condiçáes ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Art. 69. HaverÑ permanente controle da atividade de servi-dores em operaçáes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
ParÑgrafo único. A servidora gestante ou lactante serÑ afasta-da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operaçáes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.
Art. 70. Na concessΓ£o dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serΓ£o observadas as situa-çáes estabelecidas em legislação especΓfica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa serΓ‘ devido aos servidores em exercΓcio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condiçáes de vida o justifiquem, nos termos, condiçáes e li-mites fixados em regulamento.
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substΓ’ncias radioativas serΓ£o mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante nΓ£o ultra-passem o nΓvel mΓ‘ximo previsto na legislação prΓ³pria.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os servidores a que se refere este artigo se-rΓ£o submetidos a exames mΓ©dicos a cada 6 (seis) meses.
Subseção VDo Adicional por Serviço ExtraordinÑrio
Art. 73. O serviço extraordinÑrio serÑ remunerado com acrés-cimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
Art. 74. Somente serÑ permitido serviço extraordinÑrio para atender a situaçáes excepcionais e temporÑrias, respeitado o limite mÑximo de 2 (duas) horas por jornada.
Subseção VIDo Adicional Noturno
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horÑrio compreen-dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terÑ o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
ParÑgrafo único. Em se tratando de serviço extraordinÑrio, o acréscimo de que trata este artigo incidirÑ sobre a remuneração prevista no art. 73.
Subseção VIIDo Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, serΓ‘ pago ao ser-vidor, por ocasiΓ£o das fΓ©rias, um adicional correspondente a 1/3 (um terΓ§o) da remuneração do perΓodo das fΓ©rias.
ParÑgrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem serÑ considerada no cÑlculo do adicional de que trata este artigo.
Subseção VIIIDa Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso Γ© devida ao servidor que, em carΓ‘ter eventual: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006) (Regulamento)
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvi-mento ou de treinamento regularmente instituΓdo no Γ’mbito da ad-ministração pΓΊblica federal; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
II - participar de banca examinadora ou de comissΓ£o para exa-mes orais, para anΓ‘lise curricular, para correção de provas discur-sivas, para elaboração de questΓ΅es de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
III - participar da logΓstica de preparação e de realização de concurso pΓΊblico envolvendo atividades de planejamento, coor-denação, supervisΓ£o, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades nΓ£o estiverem incluΓdas entre as suas atribuiçáes permanentes; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso pΓΊblico ou supervisionar essas atividades. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
Β§ 1o Os critΓ©rios de concessΓ£o e os limites da gratificação de que trata este artigo serΓ£o fixados em regulamento, observados os seguintes parΓ’metros: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
I - o valor da gratificação serΓ‘ calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
II - a retribuição nΓ£o poderΓ‘ ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente apro-vada pela autoridade mΓ‘xima do Γ³rgΓ£o ou entidade, que poderΓ‘ autorizar o acrΓ©scimo de atΓ© 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
III - o valor mΓ‘ximo da hora trabalhada corresponderΓ‘ aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bΓ‘sico da administração pΓΊblica federal: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tra-tando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste arti-go; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratan-do de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste arti-go. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Β§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somen-te serΓ‘ paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste ar-tigo forem exercidas sem prejuΓzo das atribuiçáes do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horΓ‘ria quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do Β§ 4o do art. 98 desta Lei. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
Didatismo e Conhecimento 23
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso nΓ£o se
incorpora ao vencimento ou salΓ‘rio do servidor para qualquer efei-to e nΓ£o poderΓ‘ ser utilizada como base de cΓ‘lculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cΓ‘lculo dos proventos da aposentadoria e das pensΓ΅es. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.314 de 2006)
CapΓtulo IIIDas FΓ©rias
Art. 77. O servidor farΓ‘ jus a trinta dias de fΓ©rias, que podem ser acumuladas, atΓ© o mΓ‘ximo de dois perΓodos, no caso de neces-sidade do serviΓ§o, ressalvadas as hipΓ³teses em que haja legislação especΓfica. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.525, de 10.12.97) (FΓ©rias de Ministro - Vide)
Β§ 1o Para o primeiro perΓodo aquisitivo de fΓ©rias serΓ£o exigi-dos 12 (doze) meses de exercΓcio.
Β§ 2o Γ vedado levar Γ conta de fΓ©rias qualquer falta ao serviΓ§o.Β§ 3o As fΓ©rias poderΓ£o ser parceladas em atΓ© trΓͺs etapas, desde
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pΓΊblica. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.525, de 10.12.97)
Art. 78. O pagamento da remuneração das fΓ©rias serΓ‘ efetuado atΓ© 2 (dois) dias antes do inΓcio do respectivo perΓodo, observando-se o disposto no Β§ 1o deste artigo. (FΓ©rias de Ministro - Vide)
Β§ 1Β° e Β§ 2Β° (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)Β§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissΓ£o,
perceberΓ‘ indenização relativa ao perΓodo das fΓ©rias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mΓͺs de efetivo exercΓcio, ou fração superior a quatorze dias. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 8.216, de 13.8.91)
Β§ 4o A indenização serΓ‘ calculada com base na remuneração do mΓͺs em que for publicado o ato exoneratΓ³rio. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 8.216, de 13.8.91)
Β§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberΓ‘ o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Fede-ral quando da utilização do primeiro perΓodo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.525, de 10.12.97)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substÒncias radioativas gozarÑ 20 (vinte) dias consecu-tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço de-clarada pela autoridade mÑxima do órgão ou entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)(Férias de Ministro - Vide)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O restante do perΓodo interrompido serΓ‘ go-zado de uma sΓ³ vez, observado o disposto no art. 77. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
CapΓtulo IVDas LicenΓ§as
Seção IDisposiçáes Gerais
Art. 81. Conceder-se-Γ‘ ao servidor licenΓ§a:I - por motivo de doenΓ§a em pessoa da famΓlia;II - por motivo de afastamento do cΓ΄njuge ou companheiro;III - para o serviΓ§o militar;IV - para atividade polΓtica;V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de
10.12.97)VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
como cada uma de suas prorrogaçáes serΓ£o precedidas de exame por perΓcia mΓ©dica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 2o(Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)Β§ 3o Γ vedado o exercΓcio de atividade remunerada durante o
perΓodo da licenΓ§a prevista no inciso I deste artigo.
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie serÑ considerada como pror-rogação.
Seção IIDa LicenΓ§a por Motivo de DoenΓ§a em Pessoa da FamΓlia
Art. 83. PoderΓ‘ ser concedida licenΓ§a ao servidor por motivo de doenΓ§a do cΓ΄njuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante com-provação por perΓcia mΓ©dica oficial. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 1o A licenΓ§a somente serΓ‘ deferida se a assistΓͺncia direta do servidor for indispensΓ‘vel e nΓ£o puder ser prestada simulta-neamente com o exercΓcio do cargo ou mediante compensação de horΓ‘rio, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o A licenΓ§a de que trata o caput, incluΓdas as prorrogaçáes, poderΓ‘ ser concedida a cada perΓodo de doze meses nas seguintes condiçáes: (Redação dada pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
I - por atΓ© 60 (sessenta) dias, consecutivos ou nΓ£o, mantida a remuneração do servidor; e (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
II - por atΓ© 90 (noventa) dias, consecutivos ou nΓ£o, sem remu-neração. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
Β§ 3o O inΓcio do interstΓcio de 12 (doze) meses serΓ‘ contado a partir da data do deferimento da primeira licenΓ§a concedida. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
Β§ 4o A soma das licenΓ§as remuneradas e das licenΓ§as nΓ£o re-muneradas, incluΓdas as respectivas prorrogaçáes, concedidas em um mesmo perΓodo de 12 (doze) meses, observado o disposto no Β§ 3o, nΓ£o poderΓ‘ ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do Β§ 2o. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
Didatismo e Conhecimento 24
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICASeção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 84. PoderΓ‘ ser concedida licenΓ§a ao servidor para acom-panhar cΓ΄njuge ou companheiro que foi deslocado para outro pon-to do territΓ³rio nacional, para o exterior ou para o exercΓcio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1o A licença serÑ por prazo indeterminado e sem remune-ração.
Β§ 2o No deslocamento de servidor cujo cΓ΄njuge ou compa-nheiro tambΓ©m seja servidor pΓΊblico, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicΓpios, poderΓ‘ haver exercΓcio provisΓ³rio em Γ³rgΓ£o ou entidade da Administração Federal direta, autΓ‘rquica ou fundacional, des-de que para o exercΓcio de atividade compatΓvel com o seu car-go. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Seção IVDa Licença para o Serviço Militar
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviΓ§o militar serΓ‘ concedida licenΓ§a, na forma e condiçáes previstas na legislação especΓfica.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. ConcluΓdo o serviΓ§o militar, o servidor terΓ‘ atΓ© 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercΓcio do cargo.
Seção VDa LicenΓ§a para Atividade PolΓtica
Art. 86. O servidor terΓ‘ direito a licenΓ§a, sem remuneração, durante o perΓodo que mediar entre a sua escolha em convenção partidΓ‘ria, como candidato a cargo eletivo, e a vΓ©spera do registro de sua candidatura perante a JustiΓ§a Eleitoral.
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funçáes e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele serÑ afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o A partir do registro da candidatura e atΓ© o dΓ©cimo dia seguinte ao da eleição, o servidor farΓ‘ jus Γ licenΓ§a, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perΓodo de trΓͺs me-ses. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Seção VIDa Licença para Capacitação
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 87. ApΓ³s cada quinquΓͺnio de efetivo exercΓcio, o servi-dor poderΓ‘, no interesse da Administração, afastar-se do exercΓcio do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por atΓ© trΓͺs me-ses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os perΓodos de licenΓ§a de que trata o caput nΓ£o sΓ£o acumulΓ‘veis.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 88. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 89. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 90. (VETADO).
Seção VIIDa Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 91. A critΓ©rio da Administração, poderΓ£o ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que nΓ£o esteja em es-tΓ‘gio probatΓ³rio, licenΓ§as para o trato de assuntos particulares pelo prazo de atΓ© trΓͺs anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
ParÑgrafo único. A licença poderÑ ser interrompida, a qual-quer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Re-dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção VIIIDa Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 92. à assegurado ao servidor o direito à licença sem re-
muneração para o desempenho de mandato em confederação, fe-deração, associação de classe de Γ’mbito nacional, sindicato repre-sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissΓ£o ou, ainda, para participar de gerΓͺncia ou administração em sociedade cooperativa constituΓda por servidores pΓΊblicos para prestar ser-viΓ§os a seus membros, observado o disposto na alΓnea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.094, de 2005) (Regulamento)
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§ 2o A licença terÑ duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
CapΓtulo VDos Afastamentos
Seção IDo Afastamento para Servir a Outro ΓrgΓ£o ou Entidade
Art. 93. O servidor poderΓ‘ ser cedido para ter exercΓcio em outro Γ³rgΓ£o ou entidade dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos MunicΓpios, nas seguintes hipΓ³teses: (Re-dação dada pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91) (Regulamento)(Vide Decreto nΒΊ 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)
Didatismo e Conhecimento 25
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAI - para exercΓcio de cargo em comissΓ£o ou função de confian-
Γ§a; (Redação dada pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)II - em casos previstos em leis especΓficas.(Redação dada pela
Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)Β§ 1o Na hipΓ³tese do inciso I, sendo a cessΓ£o para Γ³rgΓ£os ou en-
tidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos MunicΓpios, o Γ΄nus da remuneração serΓ‘ do Γ³rgΓ£o ou entidade cessionΓ‘ria, mantido o Γ΄nus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionÑria efetuarÑ o reembolso das despe-sas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 3o A cessão far-se-Ñ mediante Portaria publicada no DiÑrio Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
Β§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da RepΓΊ-blica, o servidor do Poder Executivo poderΓ‘ ter exercΓcio em outro Γ³rgΓ£o da Administração Federal direta que nΓ£o tenha quadro prΓ³-prio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 8.270, de 17.12.91)
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposiçáes dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
Β§ 6ΒΊ As cessΓ΅es de empregados de empresa pΓΊblica ou de so-ciedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Na-cional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposiçáes contidas nos incisos I e II e §§ 1ΒΊ e 2ΒΊ deste artigo, ficando o exercΓcio do empregado ce-dido condicionado a autorização especΓfica do MinistΓ©rio do Pla-nejamento, OrΓ§amento e GestΓ£o, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissΓ£o ou função gratificada. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 10.470, de 25.6.2002)
Β§ 7Β° O MinistΓ©rio do Planejamento, OrΓ§amento e GestΓ£o, com a finalidade de promover a composição da forΓ§a de trabalho dos Γ³r-gΓ£os e entidades da Administração PΓΊblica Federal, poderΓ‘ deter-minar a lotação ou o exercΓcio de empregado ou servidor, indepen-dentemente da observΓ’ncia do constante no inciso I e nos §§ 1ΒΊ e 2ΒΊ deste artigo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nΒΊ 5.375, de 2005)
Seção IIDo Afastamento para ExercΓcio de Mandato Eletivo
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se
as seguintes disposiçáes:I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficarÑ
afastado do cargo;II - investido no mandato de Prefeito, serΓ‘ afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horÑrio, perceberÑ as vanta-
gens de seu cargo, sem prejuΓzo da remuneração do cargo eletivo;b) nΓ£o havendo compatibilidade de horΓ‘rio, serΓ‘ afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Β§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirΓ‘ para a seguridade social como se em exercΓcio estivesse.
Β§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista nΓ£o poderΓ‘ ser removido ou redistribuΓdo de ofΓcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
Seção IIIDo Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 95. O servidor nΓ£o poderΓ‘ ausentar-se do PaΓs para estu-
do ou missΓ£o oficial, sem autorização do Presidente da RepΓΊblica, Presidente dos ΓrgΓ£os do Poder Legislativo e Presidente do Supre-mo Tribunal Federal.
Β§ 1o A ausΓͺncia nΓ£o excederΓ‘ a 4 (quatro) anos, e finda a missΓ£o ou estudo, somente decorrido igual perΓodo, serΓ‘ permitida nova ausΓͺncia.
Β§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo nΓ£o serΓ‘ concedida exoneração ou licenΓ§a para tratar de interesse par-ticular antes de decorrido perΓodo igual ao do afastamento, res-salvada a hipΓ³tese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
Β§ 3o O disposto neste artigo nΓ£o se aplica aos servidores da carreira diplomΓ‘tica.
Β§ 4o As hipΓ³teses, condiçáes e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere Γ remuneração do servidor, serΓ£o disciplinadas em regulamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-Ñ com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
Seção IV (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Do Afastamento para Participação em Programa de PΓ³s-Gra-duação Stricto Sensu no PaΓs
Art. 96-A. O servidor poderΓ‘, no interesse da Administração, e desde que a participação nΓ£o possa ocorrer simultaneamente com o exercΓcio do cargo ou mediante compensação de horΓ‘rio, afastar-se do exercΓcio do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pΓ³s-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no PaΓs. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 1o Ato do dirigente mΓ‘ximo do Γ³rgΓ£o ou entidade defini-rΓ‘, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critΓ©rios para participação em programas de pΓ³s-graduação no PaΓs, com ou sem afastamento do servidor, que serΓ£o avaliados por um comitΓͺ constituΓdo para este fim. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestra-do e doutorado somente serΓ£o concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo Γ³rgΓ£o ou entidade hΓ‘ pelo menos 3 (trΓͺs) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, in-cluΓdo o perΓodo de estΓ‘gio probatΓ³rio, que nΓ£o tenham se afastado por licenΓ§a para tratar de assuntos particulares para gozo de licen-Γ§a capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores Γ data da solicitação de afastamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Didatismo e Conhecimento 26
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pΓ³s-
doutorado somente serΓ£o concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo Γ³rgΓ£o ou entidade hΓ‘ pelo menos quatro anos, incluΓdo o perΓodo de estΓ‘gio probatΓ³rio, e que nΓ£o tenham se afastado por licenΓ§a para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores Γ data da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
Β§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terΓ£o que permanecer no exercΓcio de suas funçáes apΓ³s o seu retorno por um perΓodo igual ao do afasta-mento concedido.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o perΓodo de permanΓͺncia previsto no Β§ 4o deste artigo, deverΓ‘ ressarcir o Γ³rgΓ£o ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiΓ§oamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 6o Caso o servidor nΓ£o obtenha o tΓtulo ou grau que justifi-cou seu afastamento no perΓodo previsto, aplica-se o disposto no Β§ 5o deste artigo, salvo na hipΓ³tese comprovada de forΓ§a maior ou de caso fortuito, a critΓ©rio do dirigente mΓ‘ximo do Γ³rgΓ£o ou enti-dade. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 7o Aplica-se Γ participação em programa de pΓ³s-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
CapΓtulo VIDas ConcessΓ΅es
Art. 97. Sem qualquer prejuΓzo, poderΓ‘ o servidor ausentar-se do serviΓ§o: (Redação dada pela Medida provisΓ³ria nΒΊ 632, de 2013)
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;II - pelo perΓodo comprovadamente necessΓ‘rio para alistamen-
to ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razΓ£o de :a) casamento;b) falecimento do cΓ΄njuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmΓ£os.
Art. 98. SerΓ‘ concedido horΓ‘rio especial ao servidor estudan-te, quando comprovada a incompatibilidade entre o horΓ‘rio escolar e o da repartição, sem prejuΓzo do exercΓcio do cargo.
Β§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, serΓ‘ exigida a com-pensação de horΓ‘rio no Γ³rgΓ£o ou entidade que tiver exercΓcio, res-peitada a duração semanal do trabalho. (ParΓ‘grafo renumerado e alterado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o TambΓ©m serΓ‘ concedido horΓ‘rio especial ao servidor portador de deficiΓͺncia, quando comprovada a necessidade por junta mΓ©dica oficial, independentemente de compensação de ho-rΓ‘rio. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 3o As disposiçáes do parΓ‘grafo anterior sΓ£o extensivas ao servidor que tenha cΓ΄njuge, filho ou dependente portador de de-ficiΓͺncia fΓsica, exigindo-se, porΓ©m, neste caso, compensação de horΓ‘rio na forma do inciso II do art. 44. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
§ 4o SerÑ igualmente concedido horÑrio especial, vinculado à compensação de horÑrio a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração Γ© assegurada, na localidade da nova residΓͺncia ou na mais prΓ³xima, matrΓcula em instituição de ensino congΓͺnere, em qualquer Γ©poca, independentemente de vaga.
ParÑgrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônju-ge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
CapΓtulo VIIDo Tempo de ServiΓ§o
Art. 100. à contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço serÑ feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezen-tos e sessenta e cinco dias.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 102. AlΓ©m das ausΓͺncias ao serviΓ§o previstas no art. 97, sΓ£o considerados como de efetivo exercΓcio os afastamentos em virtude de:
I - fΓ©rias;II - exercΓcio de cargo em comissΓ£o ou equivalente, em Γ³rgΓ£o
ou entidade dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, MunicΓpios e Dis-trito Federal;
III - exercΓcio de cargo ou função de governo ou administra-ção, em qualquer parte do territΓ³rio nacional, por nomeação do Presidente da RepΓΊblica;
IV - participação em programa de treinamento regularmen-te instituΓdo ou em programa de pΓ³s-graduação stricto sensu no PaΓs, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, muni-cipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por mereci-mento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afas-
tamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerΓͺncia ou administração em sociedade cooperativa constituΓda por servidores para prestar serviΓ§os a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.094, de 2005)
Didatismo e Conhecimento 27
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAd) por motivo de acidente em serviΓ§o ou doenΓ§a profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)f) por convocação para o serviço militar;IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participação em competição desportiva nacional ou con-
vocação para integrar representação desportiva nacional, no PaΓs ou no exterior, conforme disposto em lei especΓfica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 103. Contar-se-Γ‘ apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviΓ§o pΓΊblico prestado aos Estados, MunicΓ-pios e Distrito Federal;
II - a licenΓ§a para tratamento de saΓΊde de pessoal da famΓlia do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em perΓodo de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nΒΊ 12.269, de 2010)
III - a licenΓ§a para atividade polΓtica, no caso do art. 86, Β§ 2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato ele-
tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;
V - o tempo de serviΓ§o em atividade privada, vinculada Γ Pre-vidΓͺncia Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que
exceder o prazo a que se refere a alΓnea βbβ do inciso VIII do art. 102. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado serΓ‘ con-tado apenas para nova aposentadoria.
§ 2o SerÑ contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operaçáes de guerra.
Β§ 3o Γ vedada a contagem cumulativa de tempo de serviΓ§o prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de Γ³rgΓ£o ou entidades dos Poderes da UniΓ£o, Estado, Distrito Federal e MunicΓpio, autarquia, fundação pΓΊblica, sociedade de economia mista e empresa pΓΊblica.
CapΓtulo VIIIDo Direito de Petição
Art. 104. Γ assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes PΓΊblicos, em defesa de direito ou interesse legΓtimo.
Art. 105. O requerimento serΓ‘ dirigido Γ autoridade compe-tente para decidi-lo e encaminhado por intermΓ©dio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden-do ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
ParÑgrafo único. O requerimento e o pedido de reconsidera-ção de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. CaberÑ recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)I - do indeferimento do pedido de reconsideração;II - das decisáes sobre os recursos sucessivamente interpostos.§ 1o O recurso serÑ dirigido à autoridade imediatamente supe-
rior Γ que tiver expedido o ato ou proferido a decisΓ£o, e, sucessiva-mente, em escala ascendente, Γ s demais autoridades.
Β§ 2o O recurso serΓ‘ encaminhado por intermΓ©dio da autorida-de a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconside-ração ou de recurso Γ© de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciΓͺncia, pelo interessado, da decisΓ£o recorrida. (Vide Lei nΒΊ 12.300, de 2010)
Art. 109. O recurso poderΓ‘ ser recebido com efeito suspensi-vo, a juΓzo da autoridade competente.
ParÑgrafo único. Em caso de provimento do pedido de recon-sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissΓ£o e de cassa-
ção de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relaçáes de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quan-do outro prazo for fixado em lei.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O prazo de prescrição serΓ‘ contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciΓͺncia pelo interes-sado, quando o ato nΓ£o for publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabΓveis, interrompem a prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 113. Para o exercΓcio do direito de petição, Γ© assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituΓdo.
Art. 114. A administração deverÑ rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 115. SΓ£o fatais e improrrogΓ‘veis os prazos estabelecidos neste
CapΓtulo, salvo motivo de forΓ§a maior.TΓtulo IV
Do Regime Disciplinar
CapΓtulo IDos Deveres
Art. 116. São deveres do servidor:I - exercer com zelo e dedicação as atribuiçáes do cargo;II - ser leal às instituiçáes a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
mente ilegais;
Didatismo e Conhecimento 28
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAV - atender com presteza:a) ao pΓΊblico em geral, prestando as informaçáes requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;b) à expedição de certidáes requeridas para defesa de direito
ou esclarecimento de situaçáes de interesse pessoal;c) Γ s requisiçáes para a defesa da Fazenda PΓΊblica.VI - levar as irregularidades de que tiver ciΓͺncia em razΓ£o do
cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-dade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservação do pa-trimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX - manter conduta compatΓvel com a moralidade adminis-
trativa;X - ser assΓduo e pontual ao serviΓ§o;XI - tratar com urbanidade as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omissΓ£o ou abuso de po-
der.ParÑgrafo único. A representação de que trata o inciso XII
serΓ‘ encaminhada pela via hierΓ‘rquica e apreciada pela autoridade superior Γ quela contra a qual Γ© formulada, assegurando-se ao re-presentando ampla defesa.
CapΓtulo IIDas Proibiçáes
Art. 117. Ao servidor Γ© proibido: (Vide Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prΓ©via anuΓͺncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fΓ© a documentos pΓΊblicos;IV - opor resistΓͺncia injustificada ao andamento de documen-
to e processo ou execução de serviço;V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua res-ponsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido polΓtico;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou-trem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerΓͺncia ou administração de sociedade pri-vada, personificada ou nΓ£o personificada, exercer o comΓ©rcio, ex-ceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditΓ‘rio; (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediΓ‘rio, junto a reparti-çáes pΓΊblicas, salvo quando se tratar de benefΓcios previdenciΓ‘rios ou assistenciais de parentes atΓ© o segundo grau, e de cΓ΄njuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuiçáes;
XIII - aceitar comissΓ£o, emprego ou pensΓ£o de estado estran-geiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;XV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares;XVII - cometer a outro servidor atribuiçáes estranhas ao cargo
que ocupa, exceto em situaçáes de emergΓͺncia e transitΓ³rias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatΓveis
com o exercΓcio do cargo ou função e com o horΓ‘rio de trabalho;XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando soli-
citado. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)ParΓ‘grafo ΓΊnico. A vedação de que trata o inciso X do
caput deste artigo nΓ£o se aplica nos seguintes casos: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de em-presas ou entidades em que a UniΓ£o detenha, direta ou indiretamen-te, participação no capital social ou em sociedade cooperativa cons-tituΓda para prestar serviΓ§os a seus membros; e (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
II - gozo de licenΓ§a para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.784, de 2008
CapΓtulo IIIDa Acumulação
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é ve-
dada a acumulação remunerada de cargos públicos.§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos
e funçáes em autarquias, fundaçáes pΓΊblicas, empresas pΓΊblicas, sociedades de economia mista da UniΓ£o, do Distrito Federal, dos Estados, dos TerritΓ³rios e dos MunicΓpios.
Β§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lΓcita, fica condiciona-da Γ comprovação da compatibilidade de horΓ‘rios.
Β§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de ven-cimento de cargo ou emprego pΓΊblico efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remune-raçáes forem acumulΓ‘veis na atividade. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 119. O servidor não poderÑ exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parÑgrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coleti-va. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O disposto neste artigo nΓ£o se aplica Γ remu-neração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas pΓΊblicas e sociedades de economia mista, suas subsidiΓ‘rias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entida-des em que a UniΓ£o, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação especΓ-fica. (Redação dada pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acu-mular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissΓ£o, ficarΓ‘ afastado de ambos os cargos efe-tivos, salvo na hipΓ³tese em que houver compatibilidade de horΓ‘rio e local com o exercΓcio de um deles, declarada pelas autoridades mΓ‘ximas dos Γ³rgΓ£os ou entidades envolvidos.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento 29
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICACapΓtulo IV
Das Responsabilidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativa-mente pelo exercΓcio irregular de suas atribuiçáes.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuΓzo ao erΓ‘rio ou a terceiros.
Β§ 1o A indenização de prejuΓzo dolosamente causado ao erΓ‘rio somente serΓ‘ liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do dΓ©bito pela via judicial.
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderÑ o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles serÑ executada, até o limite do valor da herança re-cebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e con-travençáes imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 125. As sançáes civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor serΓ‘ afastada no caso de absolvição criminal que negue a existΓͺncia do fato ou sua autoria.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderΓ‘ ser responsabilizado ci-
vil, penal ou administrativamente por dar ciΓͺncia Γ autoridade su-perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente Γ prΓ‘tica de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ain-da que em decorrΓͺncia do exercΓcio de cargo, emprego ou função pΓΊblica. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.527, de 2011)
CapΓtulo VDas Penalidades
Art. 127. SΓ£o penalidades disciplinares:I - advertΓͺncia;II - suspensΓ£o;III - demissΓ£o;IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissΓ£o;VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstÒncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O ato de imposição da penalidade men-cionarΓ‘ sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-nar. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 129. A advertΓͺncia serΓ‘ aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservΓ’ncia de dever funcional previsto em lei, regulamen-tação ou norma interna, que nΓ£o justifique imposição de penalida-de mais grave. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 130. A suspensΓ£o serΓ‘ aplicada em caso de reincidΓͺncia
das faltas punidas com advertΓͺncia e de violação das demais proi-biçáes que nΓ£o tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis-sΓ£o, nΓ£o podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o SerÑ punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a ins-peção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
Β§ 2o Quando houver conveniΓͺncia para o serviΓ§o, a pena-lidade de suspensΓ£o poderΓ‘ ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviΓ§o.
Art. 131. As penalidades de advertΓͺncia e de suspensΓ£o te-rΓ£o seus registros cancelados, apΓ³s o decurso de 3 (trΓͺs) e 5 (cin-co) anos de efetivo exercΓcio, respectivamente, se o servidor nΓ£o houver, nesse perΓodo, praticado nova infração disciplinar.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O cancelamento da penalidade nΓ£o surtirΓ‘ efeitos retroativos.
Art. 132. A demissΓ£o serΓ‘ aplicada nos seguintes casos:I - crime contra a administração pΓΊblica;II - abandono de cargo;III - inassiduidade habitual;IV - improbidade administrativa;V - incontinΓͺncia pΓΊblica e conduta escandalosa, na reparti-
ção;VI - insubordinação grave em serviΓ§o;VII - ofensa fΓsica, em serviΓ§o, a servidor ou a particular, sal-
vo em legΓtima defesa prΓ³pria ou de outrem;VIII - aplicação irregular de dinheiros pΓΊblicos;IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razΓ£o do
cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio na-
cional;XI - corrupção;XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funçáes pú-
blicas;XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal
de cargos, empregos ou funçáes pΓΊblicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificarΓ‘ o servidor, por intermΓ©dio de sua che-fia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogΓ‘vel de dez dias, contados da data da ciΓͺncia e, na hipΓ³tese de omissΓ£o, adotarΓ‘ procedimento sumΓ‘rio para a sua apuração e regularização ime-diata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverΓ‘ nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-missΓ£o, a ser composta por dois servidores estΓ‘veis, e simultanea-mente indicar a autoria e a materialidade da transgressΓ£o objeto da apuração; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento 30
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAII - instrução sumΓ‘ria, que compreende indiciação, defesa e
relatΓ³rio; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)III - julgamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)Β§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-Γ‘ pelo
nome e matrΓcula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funçáes pΓΊblicas em situação de acumula-ção ilegal, dos Γ³rgΓ£os ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horΓ‘rio de trabalho e do correspondente regime jurΓ-dico. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o A comissΓ£o lavrarΓ‘, atΓ© trΓͺs dias apΓ³s a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serΓ£o transcritas as informaçáes de que trata o parΓ‘grafo anterior, bem como pro-moverΓ‘ a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermΓ©dio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 3o Apresentada a defesa, a comissΓ£o elaborarΓ‘ relatΓ³rio con-clusivo quanto Γ inocΓͺncia ou Γ responsabilidade do servidor, em que resumirΓ‘ as peΓ§as principais dos autos, opinarΓ‘ sobre a licitude da acumulação em exame, indicarΓ‘ o respectivo dispositivo legal e remeterΓ‘ o processo Γ autoridade instauradora, para julgamen-to. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do pro-cesso, a autoridade julgadora proferirΓ‘ a sua decisΓ£o, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no Β§ 3o do art. 167. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 5o A opção pelo servidor atΓ© o ΓΊltimo dia de prazo para defesa configurarΓ‘ sua boa-fΓ©, hipΓ³tese em que se converterΓ‘ au-tomaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a mΓ‘-fΓ©, aplicar-se-Γ‘ a pena de demissΓ£o, destituição ou cassação de apo-sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funçáes pΓΊblicas em regime de acumulação ilegal, hipΓ³tese em que os Γ³rgΓ£os ou entidades de vinculação serΓ£o comunicados. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 7o O prazo para a conclusΓ£o do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumΓ‘rio nΓ£o excederΓ‘ trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissΓ£o, admitida a sua prorrogação por atΓ© quinze dias, quando as circuns-tΓ’ncias o exigirem. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 8o O procedimento sumΓ‘rio rege-se pelas disposiçáes deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicΓ‘vel, subsidiariamente, as disposiçáes dos TΓtulos IV e V desta Lei. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 134. SerΓ‘ cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punΓvel com a demissΓ£o.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo serÑ aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
ParÑgrafo único. Constatada a hipótese de que trata este arti-go, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 serÑ convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 136. A demissΓ£o ou a destituição de cargo em comissΓ£o, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indis-ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erΓ‘rio, sem prejuΓzo da ação penal cabΓvel.
Art. 137. A demissΓ£o ou a destituição de cargo em comissΓ£o, por infringΓͺncia do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo pΓΊblico federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. NΓ£o poderΓ‘ retornar ao serviΓ§o pΓΊblico fede-ral o servidor que for demitido ou destituΓdo do cargo em comissΓ£o por infringΓͺncia do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausΓͺncia intencional do servidor ao serviΓ§o por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-viΓ§o, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o perΓodo de doze meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também serÑ adotado o procedimento sumÑrio a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a indicação da materialidade dar-se-Γ‘: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
a) na hipΓ³tese de abandono de cargo, pela indicação precisa do perΓodo de ausΓͺncia intencional do servidor ao serviΓ§o superior a trinta dias; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviΓ§o sem causa justificada, por perΓodo igual ou su-perior a sessenta dias interpoladamente, durante o perΓodo de doze meses; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
II - apΓ³s a apresentação da defesa a comissΓ£o elaborarΓ‘ re-latΓ³rio conclusivo quanto Γ inocΓͺncia ou Γ responsabilidade do servidor, em que resumirΓ‘ as peΓ§as principais dos autos, indicarΓ‘ o respectivo dispositivo legal, opinarΓ‘, na hipΓ³tese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausΓͺncia ao serviΓ§o superior a trinta dias e remeterΓ‘ o processo Γ autoridade instauradora para julgamento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 141. As penalidades disciplinares serΓ£o aplicadas:I - pelo Presidente da RepΓΊblica, pelos Presidentes das Casas
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respec-tivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-mente inferior Γ quelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensΓ£o superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertΓͺncia ou de suspensΓ£o de atΓ© 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverΓ‘:I - em 5 (cinco) anos, quanto Γ s infraçáes punΓveis com demis-
são, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
Didatismo e Conhecimento 31
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAII - em 2 (dois) anos, quanto Γ suspensΓ£o;III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto Γ advertΓͺncia.Β§ 1o O prazo de prescrição comeΓ§a a correr da data em que o
fato se tornou conhecido.§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se
às infraçáes disciplinares capituladas também como crime.§ 3o A abertura de sindicÒncia ou a instauração de processo
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começarÑ a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
TΓtulo VDo Processo Administrativo Disciplinar
CapΓtulo IDisposiçáes Gerais
Art. 143. A autoridade que tiver ciΓͺncia de irregularidade no serviΓ§o pΓΊblico Γ© obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicΓ’ncia ou processo administrativo disciplinar, asse-gurada ao acusado ampla defesa.
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)§ 2o(Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)§ 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da autori-
dade a que se refere, poderΓ‘ ser promovida por autoridade de Γ³rgΓ£o ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularida-de, mediante competΓͺncia especΓfica para tal finalidade, delegada em carΓ‘ter permanente ou temporΓ‘rio pelo Presidente da RepΓΊbli-ca, pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribu-nais Federais e pelo Procurador-Geral da RepΓΊblica, no Γ’mbito do respectivo Poder, Γ³rgΓ£o ou entidade, preservadas as competΓͺncias para o julgamento que se seguir Γ apuração. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a auten-ticidade.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Quando o fato narrado nΓ£o configurar evi-dente infração disciplinar ou ilΓcito penal, a denΓΊncia serΓ‘ arquiva-da, por falta de objeto.
Art. 145. Da sindicΓ’ncia poderΓ‘ resultar:I - arquivamento do processo;II - aplicação de penalidade de advertΓͺncia ou suspensΓ£o de
até 30 (trinta) dias;III - instauração de processo disciplinar.ParÑgrafo único. O prazo para conclusão da sindicÒncia não
excederΓ‘ 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual perΓo-do, a critΓ©rio da autoridade superior.
Art. 146. Sempre que o ilΓcito praticado pelo servidor en-sejar a imposição de penalidade de suspensΓ£o por mais de 30 (trinta) dias, de demissΓ£o, cassação de aposentadoria ou disponi-bilidade, ou destituição de cargo em comissΓ£o, serΓ‘ obrigatΓ³ria a instauração de processo disciplinar.
CapΓtulo IIDo Afastamento Preventivo
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor nΓ£o venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instau-radora do processo disciplinar poderΓ‘ determinar o seu afastamen-to do exercΓcio do cargo, pelo prazo de atΓ© 60 (sessenta) dias, sem prejuΓzo da remuneração.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O afastamento poderΓ‘ ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarΓ£o os seus efeitos, ainda que nΓ£o concluΓdo o processo.
CapΓtulo IIIDo Processo Disciplinar
Art. 148. O processo disciplinar Γ© o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercΓcio de suas atribuiçáes, ou que tenha relação com as atribui-çáes do cargo em que se encontre investido.
Art. 149. O processo disciplinar serΓ‘ conduzido por comissΓ£o composta de trΓͺs servidores estΓ‘veis designados pela autoridade competente, observado o disposto no Β§ 3o do art. 143, que indicarΓ‘, dentre eles, o seu presidente, que deverΓ‘ ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nΓvel, ou ter nΓvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A Comissão terÑ como secretÑrio servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus mem-bros.
Β§ 2o NΓ£o poderΓ‘ participar de comissΓ£o de sindicΓ’ncia ou de inquΓ©rito, cΓ΄njuge, companheiro ou parente do acusado, consan-guΓneo ou afim, em linha reta ou colateral, atΓ© o terceiro grau.
Art. 150. A ComissΓ£o exercerΓ‘ suas atividades com indepen-dΓͺncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessΓ‘rio Γ elucida-ção do fato ou exigido pelo interesse da administração.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. As reuniΓ΅es e as audiΓͺncias das comissΓ΅es terΓ£o carΓ‘ter reservado.
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-missão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, de-fesa e relatório;
III - julgamento.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederÑ 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstÒncias o exigirem.
Β§ 1o Sempre que necessΓ‘rio, a comissΓ£o dedicarΓ‘ tempo in-tegral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, atΓ© a entrega do relatΓ³rio final.
§ 2o As reuniáes da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberaçáes adotadas.
Didatismo e Conhecimento 32
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICASeção I
Do InquΓ©rito
Art. 153. O inquΓ©rito administrativo obedecerΓ‘ ao princΓpio do contraditΓ³rio, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utili-zação dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 154. Os autos da sindicÒncia integrarão o processo disci-plinar, como peça informativa da instrução.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Na hipΓ³tese de o relatΓ³rio da sindicΓ’ncia concluir que a infração estΓ‘ capitulada como ilΓcito penal, a au-toridade competente encaminharΓ‘ cΓ³pia dos autos ao MinistΓ©rio PΓΊblico, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 155. Na fase do inquΓ©rito, a comissΓ£o promoverΓ‘ a to-mada de depoimentos, acareaçáes, investigaçáes e diligΓͺncias ca-bΓveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessΓ‘-rio, a tΓ©cnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 156. Γ assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermΓ©dio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
Β§ 1o O presidente da comissΓ£o poderΓ‘ denegar pedidos con-siderados impertinentes, meramente protelatΓ³rios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2o SerÑ indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de pe-rito.
Art. 157. As testemunhas serΓ£o intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissΓ£o, devendo a segun-da via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
ParÑgrafo único. Se a testemunha for servidor público, a ex-pedição do mandado serÑ imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 158. O depoimento serΓ‘ prestado oralmente e reduzido a termo, nΓ£o sendo lΓcito Γ testemunha trazΓͺ-lo por escrito.
Β§ 1o As testemunhas serΓ£o inquiridas separadamente.Β§ 2o Na hipΓ³tese de depoimentos contraditΓ³rios ou que se
infirmem, proceder-se-Ñ à acareação entre os depoentes.
Art. 159. ConcluΓda a inquirição das testemunhas, a comissΓ£o promoverΓ‘ o interrogatΓ³rio do acusado, observados os procedi-mentos previstos nos arts. 157 e 158.
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles serÑ ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas decla-raçáes sobre fatos ou circunstÒncias, serÑ promovida a acareação entre eles.
§ 2o O procurador do acusado poderÑ assistir ao interroga-tório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, rein-quiri-las, por intermédio do presidente da comissão.
Art. 160. Quando houver dΓΊvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissΓ£o proporΓ‘ Γ autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta mΓ©dica oficial, da qual participe pelo menos um mΓ©dico psiquiatra.
ParÑgrafo único. O incidente de sanidade mental serÑ pro-cessado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, serÑ formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele impu-tados e das respectivas provas.
§ 1o O indiciado serÑ citado por mandado expedido pelo pre-sidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.
Β§ 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo serΓ‘ comum e de 20 (vinte) dias.
Β§ 3o O prazo de defesa poderΓ‘ ser prorrogado pelo dobro, para diligΓͺncias reputadas indispensΓ‘veis.
§ 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-Ñ da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.
Art. 162. O indiciado que mudar de residΓͺncia fica obrigado a comunicar Γ comissΓ£o o lugar onde poderΓ‘ ser encontrado.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e nΓ£o sa-bido, serΓ‘ citado por edital, publicado no DiΓ‘rio Oficial da UniΓ£o e em jornal de grande circulação na localidade do ΓΊltimo domicΓ-lio conhecido, para apresentar defesa.
ParÑgrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defe-sa serÑ de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.
Art. 164. Considerar-se-Γ‘ revel o indiciado que, regularmen-te citado, nΓ£o apresentar defesa no prazo legal.
Β§ 1o A revelia serΓ‘ declarada, por termo, nos autos do proces-so e devolverΓ‘ o prazo para a defesa.
Β§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instaura-dora do processo designarΓ‘ um servidor como defensor dativo, que deverΓ‘ ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nΓvel, ou ter nΓvel de escolaridade igual ou superior ao do indicia-do. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborarÑ relatório minucioso, onde resumirÑ as peças principais dos autos e men-cionarÑ as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
Β§ 1o O relatΓ³rio serΓ‘ sempre conclusivo quanto Γ inocΓͺncia ou Γ responsabilidade do servidor.
Β§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissΓ£o indicarΓ‘ o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstΓ’ncias agravantes ou atenuantes.
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comis-são, serÑ remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.
Didatismo e Conhecimento 33
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICASeção II
Do Julgamento
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimen-to do processo, a autoridade julgadora proferirΓ‘ a sua decisΓ£o.
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autori-dade instauradora do processo, este serÑ encaminhado à autoridade competente, que decidirÑ em igual prazo.
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de sançáes, o julgamento caberÑ à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberÑ às autori-dades de que trata o inciso I do art. 141.
Β§ 4o Reconhecida pela comissΓ£o a inocΓͺncia do servidor, a au-toridade instauradora do processo determinarΓ‘ o seu arquivamen-to, salvo se flagrantemente contrΓ‘ria Γ prova dos autos. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 168. O julgamento acatarΓ‘ o relatΓ³rio da comissΓ£o, salvo quando contrΓ‘rio Γ s provas dos autos.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Quando o relatΓ³rio da comissΓ£o contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderΓ‘, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandΓ‘-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 169. Verificada a ocorrΓͺncia de vΓcio insanΓ‘vel, a autori-dade que determinou a instauração do processo ou outra de hierar-quia superior declararΓ‘ a sua nulidade, total ou parcial, e ordenarΓ‘, no mesmo ato, a constituição de outra comissΓ£o para instauração de novo processo.(Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 1o O julgamento fora do prazo legal nΓ£o implica nulidade do processo.
§ 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, § 2o, serÑ responsabilizada na forma do
CapΓtulo IV do TΓtulo IV.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinarÑ o registro do fato nos assentamentos indivi-duais do servidor.
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar serÑ remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar sΓ³ poderΓ‘ ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, apΓ³s a conclusΓ£o do processo e o cumprimento da penalidade, aca-so aplicada.
ParÑgrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o parÑ-grafo único, inciso I do art. 34, o ato serÑ convertido em demissão, se for o caso.
Art. 173. SerΓ£o assegurados transporte e diΓ‘rias:I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da
sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao secretÑrio, quando obri-gados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Seção IIIDa Revisão do Processo
Art. 174. O processo disciplinar poderΓ‘ ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofΓcio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstΓ’ncias suscetΓveis de justificar a inocΓͺncia do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Β§ 1o Em caso de falecimento, ausΓͺncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famΓlia poderΓ‘ requerer a revisΓ£o do processo.
Β§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisΓ£o serΓ‘ requerida pelo respectivo curador.
Art. 175. No processo revisional, o Γ΄nus da prova cabe ao requerente.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originÑrio.
Art. 177. O requerimento de revisΓ£o do processo serΓ‘ dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisΓ£o, encaminharΓ‘ o pedido ao dirigente do Γ³rgΓ£o ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
ParÑgrafo único. Deferida a petição, a autoridade competente providenciarÑ a constituição de comissão, na forma do art. 149.
Art. 178. A revisão correrÑ em apenso ao processo originÑrio.ParÑgrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirÑ dia e
hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 179. A comissΓ£o revisora terΓ‘ 60 (sessenta) dias para a conclusΓ£o dos trabalhos.
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissΓ£o revisora, no que couber, as normas e procedimentos prΓ³prios da comissΓ£o do processo disciplinar.
Art. 181. O julgamento caberΓ‘ Γ autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O prazo para julgamento serΓ‘ de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderΓ‘ determinar diligΓͺncias.
Art. 182. Julgada procedente a revisão, serÑ declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que serÑ convertida em exoneração.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Da revisΓ£o do processo nΓ£o poderΓ‘ resultar agravamento de penalidade.
TΓtulo VIDa Seguridade Social do Servidor
CapΓtulo IDisposiçáes Gerais
Art. 183. A UniΓ£o manterΓ‘ Plano de Seguridade Social para o servidor e sua famΓlia.
Didatismo e Conhecimento 34
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1o O servidor ocupante de cargo em comissΓ£o que nΓ£o seja,
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na admi-nistração pΓΊblica direta, autΓ‘rquica e fundacional nΓ£o terΓ‘ direito aos benefΓcios do Plano de Seguridade Social, com exceção da as-sistΓͺncia Γ saΓΊde.(Redação dada pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)
Β§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito Γ remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdΓͺncia social no exterior, terΓ‘ suspenso o seu vΓnculo com o regime do Plano de Se-guridade Social do Servidor PΓΊblico enquanto durar o afastamento ou a licenΓ§a, nΓ£o lhes assistindo, neste perΓodo, os benefΓcios do mencionado regime de previdΓͺncia.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)
Β§ 3o SerΓ‘ assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor PΓΊblico, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercΓcio de suas atribuiçáes, computan-do-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)
Β§ 4o O recolhimento de que trata o Β§ 3o deve ser efetuado atΓ© o segundo dia ΓΊtil apΓ³s a data do pagamento das remuneraçáes dos servidores pΓΊblicos, aplicando-se os procedimentos de cobranΓ§a e execução dos tributos federais quando nΓ£o recolhidas na data de vencimento.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 10.667, de 14.5.2003)
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estΓ£o sujeitos o servidor e sua famΓlia, e com-preende um conjunto de benefΓcios e açáes que atendam Γ s seguin-tes finalidades:
I - garantir meios de subsistΓͺncia nos eventos de doenΓ§a, in-validez, velhice, acidente em serviΓ§o, inatividade, falecimento e reclusΓ£o;
II - proteção Γ maternidade, Γ adoção e Γ paternidade;III - assistΓͺncia Γ saΓΊde.ParΓ‘grafo ΓΊnico. Os benefΓcios serΓ£o concedidos nos termos
e condiçáes definidos em regulamento, observadas as disposiçáes desta Lei.
Art. 185. Os benefΓcios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:
I - quanto ao servidor:a) aposentadoria;b) auxΓlio-natalidade;c) salΓ‘rio-famΓlia;d) licenΓ§a para tratamento de saΓΊde;e) licenΓ§a Γ gestante, Γ adotante e licenΓ§a-paternidade;f) licenΓ§a por acidente em serviΓ§o;g) assistΓͺncia Γ saΓΊde;h) garantia de condiçáes individuais e ambientais de trabalho
satisfatΓ³rias;II - quanto ao dependente:a) pensΓ£o vitalΓcia e temporΓ‘ria;b) auxΓlio-funeral;c) auxΓlio-reclusΓ£o;d) assistΓͺncia Γ saΓΊde.
Β§ 1o As aposentadorias e pensΓ΅es serΓ£o concedidas e manti-das pelos Γ³rgΓ£os ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.
Β§ 2o O recebimento indevido de benefΓcios havidos por frau-de, dolo ou mΓ‘-fΓ©, implicarΓ‘ devolução ao erΓ‘rio do total auferido, sem prejuΓzo da ação penal cabΓvel.
CapΓtulo IIDos BenefΓcios
Seção IDa Aposentadoria
Art. 186. O servidor serΓ‘ aposentado: (Vide art. 40 da Cons-
tituição)I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais
quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurÑvel, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com pro-ventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente:a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30
(trinta) se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercΓcio em funçáes de
magistΓ©rio se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Β§ 1o Consideram-se doenΓ§as graves, contagiosas ou incu-rΓ‘veis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose mΓΊltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviΓ§o pΓΊblico, hansenΓase, cardiopatia grave, doenΓ§a de Parkinson, paralisia irreversΓvel e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avanΓ§a-dos do mal de Paget (osteΓte deformante), SΓndrome de Imunode-ficiΓͺncia Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.
Β§ 2o Nos casos de exercΓcio de atividades consideradas insa-lubres ou perigosas, bem como nas hipΓ³teses previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, Β«aΒ» e Β«cΒ», observarΓ‘ o disposto em lei especΓfica.
Β§ 3o Na hipΓ³tese do inciso I o servidor serΓ‘ submetido Γ junta mΓ©dica oficial, que atestarΓ‘ a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuiçáes do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. 24. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 187. A aposentadoria compulsΓ³ria serΓ‘ automΓ‘tica, e de-clarada por ato, com vigΓͺncia a partir do dia imediato Γ quele em que o servidor atingir a idade-limite de permanΓͺncia no serviΓ§o ativo.
Didatismo e Conhecimento 35
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAArt. 188. A aposentadoria voluntΓ‘ria ou por invalidez vigora-
rÑ a partir da data da publicação do respectivo ato.§ 1o A aposentadoria por invalidez serÑ precedida de licença
para tratamento de saΓΊde, por perΓodo nΓ£o excedente a 24 (vinte e quatro) meses.
Β§ 2o Expirado o perΓodo de licenΓ§a e nΓ£o estando em condi-çáes de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor serΓ‘ aposentado.
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da licen-ça e a publicação do ato da aposentadoria serÑ considerado como de prorrogação da licença.
Β§ 4o Para os fins do disposto no Β§ 1o deste artigo, serΓ£o consi-deradas apenas as licenΓ§as motivadas pela enfermidade ensejado-ra da invalidez ou doenΓ§as correlacionadas. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 5o A critΓ©rio da Administração, o servidor em licenΓ§a para tratamento de saΓΊde ou aposentado por invalidez poderΓ‘ ser con-vocado a qualquer momento, para avaliação das condiçáes que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Art. 189. O provento da aposentadoria serÑ calculado com ob-servÒncia do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. SΓ£o estendidos aos inativos quaisquer be-nefΓcios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias es-pecificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for considerado invÑlido por junta médica oficial passarÑ a perceber provento integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o pro-vento não serÑ inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da ativi-dade.
Art. 192. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 193. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 194. Ao servidor aposentado serΓ‘ paga a gratificação na-talina, atΓ© o dia vinte do mΓͺs de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participa-do de operaçáes bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serÑ concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
Seção IIDo AuxΓlio-Natalidade
Art. 196. O auxΓlio-natalidade Γ© devido Γ servidora por moti-vo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor venci-mento do serviΓ§o pΓΊblico, inclusive no caso de natimorto.
Β§ 1o Na hipΓ³tese de parto mΓΊltiplo, o valor serΓ‘ acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro.
Β§ 2o O auxΓlio serΓ‘ pago ao cΓ΄njuge ou companheiro servidor pΓΊblico, quando a parturiente nΓ£o for servidora.
Seção IIIDo SalΓ‘rio-FamΓlia
Art. 197. O salΓ‘rio-famΓlia Γ© devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econΓ΄mico.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Consideram-se dependentes econΓ΄micos para efeito de percepção do salΓ‘rio-famΓlia:
I - o cΓ΄njuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados atΓ© 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, atΓ© 24 (vinte e quatro) anos ou, se invΓ‘lido, de qualquer idade;
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autoriza-ção judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;
III - a mΓ£e e o pai sem economia prΓ³pria.
Art. 198. NΓ£o se configura a dependΓͺncia econΓ΄mica quando o beneficiΓ‘rio do salΓ‘rio-famΓlia perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensΓ£o ou provento da apo-sentadoria, em valor igual ou superior ao salΓ‘rio-mΓnimo.
Art. 199. Quando o pai e mΓ£e forem servidores pΓΊblicos e vi-verem em comum, o salΓ‘rio-famΓlia serΓ‘ pago a um deles; quando separados, serΓ‘ pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Ao pai e Γ mΓ£e equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.
Art. 200. O salΓ‘rio-famΓlia nΓ£o estΓ‘ sujeito a qualquer tributo, nem servirΓ‘ de base para qualquer contribuição, inclusive para a PrevidΓͺncia Social.
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, nΓ£o acarreta a suspensΓ£o do pagamento do salΓ‘rio-famΓlia.
Seção IVDa Licença para Tratamento de Saúde
Art. 202. SerΓ‘ concedida ao servidor licenΓ§a para tratamento de saΓΊde, a pedido ou de ofΓcio, com base em perΓcia mΓ©dica, sem prejuΓzo da remuneração a que fizer jus.
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei serÑ con-
cedida com base em perΓcia oficial. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 1o Sempre que necessΓ‘rio, a inspeção mΓ©dica serΓ‘ realizada na residΓͺncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
Didatismo e Conhecimento 36
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 2o Inexistindo mΓ©dico no Γ³rgΓ£o ou entidade no local onde
se encontra ou tenha exercΓcio em carΓ‘ter permanente o servidor, e nΓ£o se configurando as hipΓ³teses previstas nos parΓ‘grafos do art. 230, serΓ‘ aceito atestado passado por mΓ©dico particular. (Redação dada pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente produ-zirÑ efeitos depois de recepcionado pela unidade de recursos hu-manos do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Β§ 4o A licenΓ§a que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no perΓodo de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento serΓ‘ concedida mediante avaliação por junta mΓ©dica oficial. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Β§ 5o A perΓcia oficial para concessΓ£o da licenΓ§a de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perΓcia oficial previstos nesta Lei, serΓ‘ efetuada por cirurgiΓ΅es-dentistas, nas hi-pΓ³teses em que abranger o campo de atuação da odontologia. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Art. 204. A licenΓ§a para tratamento de saΓΊde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderΓ‘ ser dispensada de perΓ-cia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009)
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refe-rirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesáes produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o.
Art. 206. O servidor que apresentar indΓcios de lesΓ΅es orgΓ’ni-cas ou funcionais serΓ‘ submetido a inspeção mΓ©dica.
Art. 206-A. O servidor serΓ‘ submetido a exames mΓ©dicos pe-riΓ³dicos, nos termos e condiçáes definidos em regulamento. (In-cluΓdo pela Lei nΒΊ 11.907, de 2009) (Regulamento).
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Para os fins do disposto no caput, a UniΓ£o e suas entidades autΓ‘rquicas e fundacionais poderΓ£o: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
I - prestar os exames mΓ©dicos periΓ³dicos diretamente pelo Γ³r-gΓ£o ou entidade Γ qual se encontra vinculado o servidor; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
II - celebrar convΓͺnio ou instrumento de cooperação ou parce-ria com os Γ³rgΓ£os e entidades da administração direta, suas autar-quias e fundaçáes; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
III - celebrar convΓͺnios com operadoras de plano de assistΓͺn-cia Γ saΓΊde, organizadas na modalidade de autogestΓ£o, que pos-suam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador, na forma do art. 230; ou (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
IV - prestar os exames mΓ©dicos periΓ³dicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 12.998, de 2014)
Seção VDa Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade
Art. 207. SerΓ‘ concedida licenΓ§a Γ servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuΓzo da remunera-ção. (Vide Decreto nΒΊ 6.690, de 2008)
Β§ 1o A licenΓ§a poderΓ‘ ter inΓcio no primeiro dia do nono mΓͺs de gestação, salvo antecipação por prescrição mΓ©dica.
Β§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licenΓ§a terΓ‘ inΓcio a partir do parto.
Β§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-to, a servidora serΓ‘ submetida a exame mΓ©dico, e se julgada apta, reassumirΓ‘ o exercΓcio.
Β§ 4o No caso de aborto atestado por mΓ©dico oficial, a servido-ra terΓ‘ direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terÑ direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
Art. 209. Para amamentar o prΓ³prio filho, atΓ© a idade de seis meses, a servidora lactante terΓ‘ direito, durante a jornada de tra-balho, a uma hora de descanso, que poderΓ‘ ser parcelada em dois perΓodos de meia hora.
Art. 210. à servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)
ParÑgrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo serÑ de 30 (trinta) dias.
Seção VIDa Licença por Acidente em Serviço
Art. 211. SerÑ licenciado, com remuneração integral, o servi-dor acidentado em serviço.
Art. 212. Configura acidente em serviΓ§o o dano fΓsico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imedia-tamente, com as atribuiçáes do cargo exercido.
ParÑgrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servi-
dor no exercΓcio do cargo;II - sofrido no percurso da residΓͺncia para o trabalho e vice-
versa.
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderÑ ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O tratamento recomendado por junta mΓ©di-ca oficial constitui medida de exceção e somente serΓ‘ admissΓvel quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pΓΊ-blica.
Art. 214. A prova do acidente serΓ‘ feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogΓ‘vel quando as circunstΓ’ncias o exigirem.
Seção VIIDa Pensão
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas hipóte-ses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito, observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art. 37 da Constitui-ção Federal e no art. 2o da Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004.(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Didatismo e Conhecimento 37
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAArt. 216. (Revogado pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 664, de 2014)
(VigΓͺncia) (Revogado pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Art. 217. São beneficiÑrios das pensáes: I - o cônjuge;(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)c) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)d) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de
fato, com percepção de pensΓ£o alimentΓcia estabelecida judicial-mente; (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
a) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)b) (Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)c) Revogada);(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)III - o companheiro ou companheira que comprove união estÑ-
vel como entidade familiar;(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguin-
tes requisitos:(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ
13.135, de 2015)b) seja invΓ‘lido;(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)c)(Vide Lei nΒΊ 13.135, de 2015) (VigΓͺncia)d) tenha deficiΓͺncia intelectual ou mental, nos termos do regu-
lamento;(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)V - a mΓ£e e o pai que comprovem dependΓͺncia econΓ΄mica do
servidor; e (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)VI - o irmΓ£o de qualquer condição que comprove dependΓͺncia
econΓ΄mica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
§ 1o A concessão de pensão aos beneficiÑrios de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiÑrios referidos nos incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiÑrios de que trata o inciso V do caput exclui o beneficiÑrio referido no inciso VI.(Re-dação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Β§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho me-diante declaração do servidor e desde que comprovada dependΓͺn-cia econΓ΄mica, na forma estabelecida em regulamento.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Art. 218. Ocorrendo habilitação de vΓ‘rios titulares Γ pensΓ£o, o seu valor serΓ‘ distribuΓdo em partes iguais entre os beneficiΓ‘rios habilitados.(Redação dada pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)§ 3o (Revogado).(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 219. A pensΓ£o poderΓ‘ ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tΓ£o-somente as prestaçáes exigΓveis hΓ‘ mais de 5 (cinco) anos.
ParÑgrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova poste-rior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiÑrio ou redução de pensão só produzirÑ efeitos a partir da data em que for oferecida.
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - apΓ³s o trΓ’nsito em julgado, o beneficiΓ‘rio condenado pela prΓ‘tica de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do servidor; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
II - o cΓ΄njuge, o companheiro ou a companheira se compro-vada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na uniΓ£o estΓ‘vel, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefΓcio previdenciΓ‘rio, apuradas em processo judicial no qual serΓ‘ assegurado o direito ao contraditΓ³rio e Γ ampla defe-sa. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Art. 221. SerΓ‘ concedida pensΓ£o provisΓ³ria por morte presu-mida do servidor, nos seguintes casos:
I - declaração de ausΓͺncia, pela autoridade judiciΓ‘ria compe-tente;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incΓͺndio ou acidente nΓ£o caracterizado como em serviΓ§o;
III - desaparecimento no desempenho das atribuiçáes do cargo ou em missão de segurança.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A pensΓ£o provisΓ³ria serΓ‘ transformada em vitalΓcia ou temporΓ‘ria, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigΓͺncia, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipΓ³tese em que o benefΓcio serΓ‘ automaticamente cancelado.
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiÑrio:I - o seu falecimento;II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a
concessão da pensão ao cônjuge;III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiÑrio
invΓ‘lido, o afastamento da deficiΓͺncia, em se tratando de bene-ficiΓ‘rio com deficiΓͺncia, ou o levantamento da interdição, em se tratando de beneficiΓ‘rio com deficiΓͺncia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os perΓodos mΓnimos decorrentes da aplicação das alΓneas βaβ e βbβ do inciso VII; (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;VI - a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº 13.135,
de 2015)VII - em relação aos beneficiÑrios de que tratam os incisos I
a III do caput do art. 217: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o Γ³bito ocorrer sem que
o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuiçáes mensais ou se o casamento ou a uniΓ£o estΓ‘vel tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do Γ³bito do servidor; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
b) o decurso dos seguintes perΓodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista na data de Γ³bito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuiçáes mensais e pelo menos 2 (dois) anos apΓ³s o inΓcio do casamento ou da uniΓ£o estΓ‘vel: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
1) 3 (trΓͺs) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de ida-de; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Didatismo e Conhecimento 38
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de
idade; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e
trΓͺs) anos de idade; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)6) vitalΓcia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de ida-
de. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)Β§ 1o A critΓ©rio da administração, o beneficiΓ‘rio de pensΓ£o cuja
preservação seja motivada por invalidez, por incapacidade ou por deficiΓͺncia poderΓ‘ ser convocado a qualquer momento para avalia-ção das referidas condiçáes.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Β§ 2o SerΓ£o aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos previstos na alΓnea βbβ do inciso VII, ambos do caput, se o Γ³bito do servidor decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doenΓ§a profissional ou do trabalho, independente-mente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuiçáes mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de uniΓ£o estΓ‘-vel. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Β§ 3o ApΓ³s o transcurso de pelo menos 3 (trΓͺs) anos e desde que nesse perΓodo se verifique o incremento mΓnimo de um ano inteiro na mΓ©dia nacional ΓΊnica, para ambos os sexos, correspon-dente Γ expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderΓ£o ser fixadas, em nΓΊmeros inteiros, novas idades para os fins previstos na alΓnea βbβ do inciso VII do caput, em ato do Mi-nistro de Estado do Planejamento, OrΓ§amento e GestΓ£o, limitado o acrΓ©scimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Β§ 4o O tempo de contribuição a Regime PrΓ³prio de Previ-dΓͺncia Social (RPPS) ou ao Regime Geral de PrevidΓͺncia Social (RGPS) serΓ‘ considerado na contagem das 18 (dezoito) con-tribuiçáes mensais referidas nas alΓneas βaβ e βbβ do inciso VII do caput. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiÑrio, a respectiva cota reverterÑ para os cobeneficiÑrios. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)II - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 224. As pensáes serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parÑgrafo único do art. 189.
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um cônjuge ou compa-nheiro ou companheira e de mais de 2 (duas) pensáes. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Seção VIIIDo AuxΓlio-Funeral
Art. 226. O auxΓlio-funeral Γ© devido Γ famΓlia do servidor fa-lecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mΓͺs da remuneração ou provento.
Β§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxΓlio serΓ‘ pago somente em razΓ£o do cargo de maior remuneração.
Β§ 2o (VETADO).Β§ 3o O auxΓlio serΓ‘ pago no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, por meio de procedimento sumarΓssimo, Γ pessoa da famΓlia que houver custeado o funeral.
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este serΓ‘ in-denizado, observado o disposto no artigo anterior.
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de trans-porte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.
Seção IXDo AuxΓlio-ReclusΓ£o
Art. 229. Γ famΓlia do servidor ativo Γ© devido o auxΓlio-reclu-sΓ£o, nos seguintes valores:
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtu-de de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determi-ne a perda de cargo.
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terÑ direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.
Β§ 2o O pagamento do auxΓlio-reclusΓ£o cessarΓ‘ a partir do dia imediato Γ quele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
Β§ 3o Ressalvado o disposto neste artigo, o auxΓlio-reclusΓ£o serΓ‘ devido, nas mesmas condiçáes da pensΓ£o por morte, aos de-pendentes do segurado recolhido Γ prisΓ£o. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.135, de 2015)
CapΓtulo IIIDa AssistΓͺncia Γ SaΓΊde
Art. 230. A assistΓͺncia Γ saΓΊde do servidor, ativo ou inati-
vo, e de sua famΓlia compreende assistΓͺncia mΓ©dica, hospitalar, odontolΓ³gica, psicolΓ³gica e farmacΓͺutica, terΓ‘ como diretriz bΓ‘sica o implemento de açáes preventivas voltadas para a promoção da saΓΊde e serΓ‘ prestada pelo Sistema Γnico de SaΓΊde β SUS, direta-mente pelo Γ³rgΓ£o ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convΓͺnio ou contrato, ou ainda na forma de auxΓlio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistΓͺncia Γ saΓΊde, na forma estabelecida em regulamento.(Redação dada pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)
Β§ 1o Nas hipΓ³teses previstas nesta Lei em que seja exigida perΓcia, avaliação ou inspeção mΓ©dica, na ausΓͺncia de mΓ©dico ou junta mΓ©dica oficial, para a sua realização o Γ³rgΓ£o ou entidade celebrarΓ‘, preferencialmente, convΓͺnio com unidades de atendi-mento do sistema pΓΊblico de saΓΊde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pΓΊblica, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplica-ção do disposto no parΓ‘grafo anterior, o Γ³rgΓ£o ou entidade pro-moverΓ‘ a contratação da prestação de serviΓ§os por pessoa jurΓdi-ca, que constituirΓ‘ junta mΓ©dica especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de suas habilitaçáes e de que nΓ£o estejam responden-do a processo disciplinar junto Γ entidade fiscalizadora da profis-sΓ£o. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento 39
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a
UniΓ£o e suas entidades autΓ‘rquicas e fundacionais autorizadas a: (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)
I - celebrar convΓͺnios exclusivamente para a prestação de ser-viΓ§os de assistΓͺncia Γ saΓΊde para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares definidos, com entidades de autogestΓ£o por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurΓdicos efetivamente ce-lebrados e publicados atΓ© 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador, sendo certo que os convΓͺnios celebrados depois dessa data somente poderΓ£o sΓͺ-lo na forma da regulamentação especΓfica sobre patrocΓnio de auto-gestΓ΅es, a ser publicada pelo mesmo Γ³rgΓ£o regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigΓͺncia desta Lei, normas essas tambΓ©m aplicΓ‘veis aos convΓͺnios existentes atΓ© 12 de fevereiro de 2006; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistΓͺncia Γ saΓΊde que possuam autorização de funcionamento do Γ³rgΓ£o regulador; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)
III - (VETADO) (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)Β§ 4o (VETADO) (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)Β§ 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendi-
do pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistΓͺncia Γ saΓΊde. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.302 de 2006)
CapΓtulo IVDo Custeio
Art. 231. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.783, de 28.01.99) TΓtulo VII
CapΓtulo ΓnicoDa Contratação TemporΓ‘ria de Excepcional Interesse PΓΊblico
Art. 232. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)
Art. 233. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)
Art. 234. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)
Art. 235. (Revogado pela Lei nΒΊ 8.745, de 9.12.93)
TΓtulo VIII
CapΓtulo ΓnicoDas Disposiçáes Gerais
Art. 236. O Dia do Servidor PΓΊblico serΓ‘ comemorado a vinte e oito de outubro.
Art. 237. PoderΓ£o ser instituΓdos, no Γ’mbito dos Poderes Exe-cutivo, Legislativo e JudiciΓ‘rio, os seguintes incentivos funcio-nais, alΓ©m daqueles jΓ‘ previstos nos respectivos planos de carreira:
I - prΓͺmios pela apresentação de idΓ©ias, inventos ou trabalhos que favoreΓ§am o aumento de produtividade e a redução dos custos operacionais;
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, con-decoração e elogio.
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.
Art. 239. Por motivo de crenΓ§a religiosa ou de convicção filo-sΓ³fica ou polΓtica, o servidor nΓ£o poderΓ‘ ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substi-tuto processual;
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, atΓ© um ano apΓ³s o final do mandato, exceto se a pedido;
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuiçáes definidas em assembleia geral da categoria.
d) (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97) e)(Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 241. Consideram-se da famΓlia do servidor, alΓ©m do cΓ΄njuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam Γ s suas expensas e constem do seu assentamento individual.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. Equipara-se ao cΓ΄njuge a companheira ou companheiro, que comprove uniΓ£o estΓ‘vel como entidade familiar.
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o municΓpio onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercΓ-cio, em carΓ‘ter permanente.
TΓtulo IX
CapΓtulo ΓnicoDas Disposiçáes TransitΓ³rias e Finais
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurΓdico instituΓdo por esta Lei, na qualidade de servidores pΓΊblicos, os servidores dos Poderes da UniΓ£o, dos ex-TerritΓ³rios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaçáes pΓΊblicas, regidos pela Lei nΒΊ 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto dos FuncionΓ‘rios PΓΊ-blicos Civis da UniΓ£o, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nΒΊ 5.452, de 1ΒΊ de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos nΓ£o poderΓ£o ser prorrogados apΓ³s o vencimento do prazo de prorrogação.
Β§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluΓdos no re-gime instituΓdo por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação.
Β§ 2o As funçáes de confianΓ§a exercidas por pessoas nΓ£o in-tegrantes de tabela permanente do Γ³rgΓ£o ou entidade onde tΓͺm exercΓcio ficam transformadas em cargos em comissΓ£o, e mantidas enquanto nΓ£o for implantado o plano de cargos dos Γ³rgΓ£os ou en-tidades na forma da lei.
Β§ 3o As Funçáes de Assessoramento Superior - FAS, exerci-das por servidor integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas na data da vigΓͺncia desta Lei.
Β§ 4o (VETADO).
Didatismo e Conhecimento 40
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 5o O regime jurΓdico desta Lei Γ© extensivo aos serventuΓ‘rios
da Justiça, remunerados com recursos da União, no que couber.§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com estabili-
dade no serviΓ§o pΓΊblico, enquanto nΓ£o adquirirem a nacionalidade brasileira, passarΓ£o a integrar tabela em extinção, do respectivo Γ³rgΓ£o ou entidade, sem prejuΓzo dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem vinculados os empregos.
Β§ 7o Os servidores pΓΊblicos de que trata o caput deste artigo, nΓ£o amparados pelo art. 19 do Ato das Disposiçáes Constitucio-nais TransitΓ³rias, poderΓ£o, no interesse da Administração e con-forme critΓ©rios estabelecidos em regulamento, ser exonerados me-diante indenização de um mΓͺs de remuneração por ano de efetivo exercΓcio no serviΓ§o pΓΊblico federal. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 8o Para fins de incidΓͺncia do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos, serΓ£o considerados como indenizaçáes isentas os pagamentos efetuados a tΓtulo de indenização prevista no parΓ‘grafo anterior.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Β§ 9o Os cargos vagos em decorrΓͺncia da aplicação do disposto no Β§ 7o poderΓ£o ser extintos pelo Poder Executivo quando consi-derados desnecessΓ‘rios. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviΓ§o, jΓ‘ concedidos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transformados em anuΓͺnio.
Art. 245. A licenΓ§a especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nΒΊ 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em licenΓ§a-prΓͺmio por assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90.
Art. 246. (VETADO).
Art. 247. Para efeito do disposto no TΓtulo VI desta Lei, ha-verΓ‘ ajuste de contas com a PrevidΓͺncia Social, correspondente ao perΓodo de contribuição por parte dos servidores celetistas abran-gidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei nΒΊ 8.162, de 8.1.91)
Art. 248. As pensΓ΅es estatutΓ‘rias, concedidas atΓ© a vigΓͺncia desta Lei, passam a ser mantidas pelo Γ³rgΓ£o ou entidade de origem do servidor.
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231, os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos per-centuais atualmente estabelecidos para o servidor civil da União conforme regulamento próprio.
Art. 250. O servidor que jÑ tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condiçáes necessÑrias para a aposenta-doria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos FuncionÑrios Públicos Civis da União, Lei n° 1.711, de 28 de ou-tubro de 1952, aposentar-se-Ñ com a vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional)
Art. 251. (Revogado pela Lei nΒΊ 9.527, de 10.12.97)
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mΓͺs subse-quente.
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem como as demais disposiçáes em contrÑrio.
BrasΓlia, 11 de dezembro de 1990; 169o da IndependΓͺncia e 102o da RepΓΊblica.
FERNANDO COLLORJarbas PassarinhoEste texto nΓ£o substitui o publicado no DOU de 12.12.1990 e
republicado em 18.3.1998 LEI NΒΊ 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Partes vetadas pelo Presidente da RepΓΊblica e mantidas pelo Congresso Nacional, do Projeto que se transformou na Lei n.Β° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que βdispΓ΅e sobre o Regime JurΓdico dos Servidores PΓΊblicos Civis da UniΓ£o, das autarquias e das fundaçáes pΓΊblicas federaisβ.
O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL:
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL manteve, e eu, MAURO BENEVIDES, Presidente do Senado Federal, nos ter-mos do § 7° do art. 66 da Constituição, promulgo as seguintes partes da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990:
βArt. 87 ....................................................................................
.........................................Β§ 1Β° .........................................................................................
.........................................Β§ 2Β° Os perΓodos de licenΓ§a-prΓͺmio jΓ‘ adquiridos e nΓ£o goza-
dos pelo servidor que vier a falecer serΓ£o convertidos em pecΓΊnia, em favor de seus beneficiΓ‘rios da pensΓ£o.
Art. 192. O servidor que contar tempo de serviço para apo-sentadoria com provento integral serÑ aposentado:
I - com a remuneração do padrão de classe imediatamente superior àquela em que se encontra posicionado;
II - quando ocupante da última classe da carreira, com a re-muneração do padrão correspondente, acrescida da diferença en-tre esse e o padrão da classe imediatamente anterior.
Art. 193. O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistΓͺncia ou cargo em comissΓ£o, por pe-rΓodo de 5 (cinco) anos consecutivos, ou 10 (dez) anos interpola-dos, poderΓ‘ aposentar-se com a gratificação da função ou remune-ração do cargo em comissΓ£o, de maior valor, desde que exercido por um perΓodo mΓnimo de 2 (dois) anos.
Β§ 1Β° Quando o exercΓcio da função ou cargo em comissΓ£o de maior valor nΓ£o corresponder ao perΓodo de 2 (dois) anos, serΓ‘ incorporada a gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissΓ£o imediatamente inferior dentre os exercidos.
§ 2° A aplicação do disposto neste artigo exclui as vantagens previstas no art. 192, bem como a incorporação de que trata o art. 62, ressalvado o direito de opção.
Didatismo e Conhecimento 41
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAArt. 231. .................................................................................
..........................................Β§ 1Β° .........................................................................................
.........................................Β§ 2ΒΊ O custeio da aposentadoria Γ© de responsabilidade integral
do Tesouro Nacional.
Art. 240. ...........................................................................................................................
a) .....................................................................................................................................
b) .....................................................................................................................................
c) .....................................................................................................................................
d) de negociação coletiva;e) de ajuizamento, individual e coletivamente, frente à Justiça
do Trabalho, nos termos da Constituição Federal.
Art. 250. O servidor que jΓ‘ tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condiçáes necessΓ‘rias para a aposenta-doria nos termos do inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos FuncionΓ‘rios PΓΊblicos Civis da UniΓ£o, Lei nΒ° 1.711, de 28 de ou-tubro de 1952, aposentar-se-Γ‘ com a vantagem prevista naquele dispositivo.β
Senado Federal, 18 de abril de 1991. 170Β° da IndependΓͺncia e 103Β° da RepΓΊblica.
MAURO BENEVIDESEste texto nΓ£o substitui o publicado no DOU de 19.4.1991
7. PODERES ADMINISTRATIVOS: PODER HIERΓRQUICO; PODER
DISCIPLINAR; PODER REGULAMENTAR; PODER DE POLΓCIA; USO E
ABUSO DO PODER.
PODER VINCULADO:
O poder da Administração PΓΊblica ocorre por meio de forΓ§a vinculante que lhe Γ© imposta e garantida pela Constituição Federal de 1988, mais precisamente em seu artigo 37, onde hΓ‘ vinculação dos atos administrativos ao princΓpio da legalidade, ou seja, Γ forΓ§a do enunciado das leis editadas pelo Estado.
O conhecido Poder Vinculado Γ© aquele de que dispΓ΅e a admi-nistração pΓΊblica para a prΓ‘tica de atos administrativos em que Γ© mΓnima ou entΓ£o inexistente a possibilidade de atuação do admi-nistrador pΓΊblico, em outras palavras Γ© o poder de que ela se utiliza quando esta diante de uma situação em que a lei previamente jΓ‘ vinculou uma ΓΊnica forma de atuação.
Dessa maneira, no tocante aos atos vinculados, nΓ£o Γ© possΓvel a administração pΓΊblica formular consideraçáes de oportunidade e conveniΓͺncia, sendo certo que sua atuação estΓ‘ limitada nos estri-tos conteΓΊdos legais.
Analisadas as consideraçáes iniciais sobre o Poder Vincula-do, Γ© possΓvel entΓ£o concluir que nΓ£o se trata especificamente de uma prerrogativa, assim entendida como poder, mas sim como um dever da administração em cumprir e vincular-se ao que dispΓ΅e a lei, quando nΓ£o se verifica liberdade do administrador de escolhas.
Assim, temos que o poder vinculado da Administração Públi-ca obriga ao administrador obedecer ao principio da legalidade, e dessa forma, somente poderÑ emanar o ato, desde que esteja de acordo com o que dispáe a lei, não havendo flexibilidade sobre a execução do ato, tendo em vista que estÑ diretamente vinculado a lei.
PODER DISCRICIONΓRIO
Temos pelo Poder DiscricionΓ‘rio aquele mediante o qual o administrador tem a liberdade de praticar a ação administrativa, escolhendo por parΓ’metros de conveniΓͺncia, necessidade, oportu-nidade e conteΓΊdo do ato, mas dentro dos limites impostos pela lei.
A conveniΓͺncia se identifica quando o ato interessa, convΓ©m ou satisfaz ao interesse pΓΊblico. HΓ‘ oportunidade quando o ato Γ© praticado no momento adequado Γ satisfação do interesse pΓΊblico. SΓ£o juΓzos subjetivos do agente competente que levam a autorida-de a decidir, nos termos da lei, que se incumbe de indicar quando Γ© possΓvel essa atuação.
O Poder DiscricionΓ‘rio tem como base a autorização legal conferida ao administrador pΓΊblico decida, nos limites da lei, so-bre a conveniΓͺncia e oportunidade da prΓ‘tica do ato discricionΓ‘rio, bem como de escolher seu conteΓΊdo, sendo passΓvel de anΓ‘lise so-bre o mΓ©rito administrativo.
A discricionariedade atribuΓda Γ Administração trata-se efeti-vamente de uma prerrogativa, um poder conferido pela lei Γ Admi-nistração, entretanto, nΓ£o remete ao livre arbΓtrio para o exercΓcio de suas atribuiçáes, cabendo, contudo, Γ Administração a anΓ‘lise livre da conveniΓͺncia e da oportunidade para a prΓ‘tica de qualquer ato, obedecidas as regras vinculativas definidas pelo direito posi-tivo. A discricionariedade encontra limites na lei, nos princΓpios gerais de direito e nos preceitos de moralidade administrativa.
PODER HIERΓRQUICO
O Poder HierÑrquico é o poder de que dispáe o Executivo para distribuir e escalonar as funçáes de seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo assim a relação de subordinação.
Importante esclarecer que hierarquia caracteriza-se pela exis-tΓͺncia de nΓveis de subordinação entre Γ³rgΓ£os e agentes pΓΊblicos, sempre no Γ’mbito de uma mesma pessoa jurΓdica. Assim, podemos verificar a presenΓ§a da hierarquia entre Γ³rgΓ£os e agentes na esfe-ra interna da Administração Direta do Poder Executivo, ou entΓ£o hierarquia entre Γ³rgΓ£os e agentes internamente de uma fundação pΓΊblica.
Caracterizam-se pelo poder de comando de agentes adminis-trativos superiores sobre seus subordinados, contendo a prerrogati-va de ordenar, fiscalizar, rever, delegar tarefas a seus subordinados.
à o poder que dispáe o Executivo para distribuir e organizar as funçáes de seus agentes e órgãos, estabelecendo relação de su-bordinação entre seus servidores, tal subordinação, vale destacar, é de carÑter interno, somente é aplicÑvel dentro da própria Admi-nistração Pública.
Didatismo e Conhecimento 42
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAA hierarquia estabelece uma ordem de importΓ’ncia geran-
do forma às relaçáes de coordenação e de subordinação entre os agentes públicos, adquirindo assim uma relação de subordinação escalonada objetivando a ordem das atividades administrativas.
Para a preservação do principio hierΓ‘rquico Γ© indispen-sΓ‘vel mencionar que o descumprimento de ordem de superior hierΓ‘rquico constitui-se em ato ilΓcito, passΓvel de punição ad-ministrativa e penal. Assim o servidor pΓΊblico subalterno deve estrita obediΓͺncia Γ s ordens e demais instruçáes legais de seus superiores.
PODER DISCIPLINAR
O Poder Disciplinar é o poder de punir internamente não só as infraçáes funcionais dos servidores, sendo indispensÑvel à apuração regular da falta, mas também as infraçáes de todas as pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Admi-nistração.
Decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre todos aqueles que se vinculam à Administração.
O Poder Disciplinar nΓ£o pode ser confundido ainda com o Poder HierΓ‘rquico, porΓ©m a ele estΓ‘ vinculado e Γ© correlato. Pelo descumprimento do poder hierΓ‘rquico o subalterno pode ser punido administrativa ou judicialmente. Γ assim a aplicação do poder disciplinar, a faculdade do hierarca de punir adminis-trativamente o subalterno, dentro dos limites legais, dessa facul-dade de punir verifica-se a existΓͺncia, mesmo que mΓnima, da discricionariedade administrativa, pois hΓ‘ anΓ‘lise de conveniΓͺn-cia e oportunidade.
Também não se confunde com o poder punitivo do Estado, que é realizado através do Poder JudiciÑrio e é aplicado com finalidade social, visando à repressão de crimes e contravençáes devidamente tipificados nas leis penais.
O poder disciplinar é exercido como faculdade punitiva in-terna da Administração Pública e por isso mesmo só abrange as infraçáes relacionadas com o serviço público.
Em se tratando de servidor pΓΊblico, as penalidades discipli-nares vΓͺm definidas dos respectivos Estatutos.
Cumpre ressaltar que a atuação do Poder Disciplinar deve obedecer necessariamente aos princΓpios informativos e consti-tucionais da Administração, entre eles o principio da legalidade e o principio da motivação, aos quais se anexa ao principio da ampla defesa, do contraditΓ³rio e do devido processo legal.
PODER REGULAMENTAR
O Poder Regulamentar Γ© o poder inerente e privativo do Chefe do Poder Executivo, indelegΓ‘vel a qualquer subordinado, trata-se do poder atribuΓdo ao chefe do Poder Executivo para editar atos, com o objetivo de dar fiel cumprimento Γ‘s leis.
Temos por regulamento como ato normativo, expedido atravΓ©s de decreto, com o fim de explicar o modo e a forma de execução da lei, ou prover situaçáes nΓ£o disciplinadas em lei, importante destacar que o regulamento nΓ£o tem a capacidade e a competΓͺncia de inovar o direito previsto em lei, nΓ£o cria obriga-çáes, apenas explica e detalha o direito, e, sobretudo, uniformiza procedimentos necessΓ‘rios para o cumprimento e execução da lei.
O regulamento, portanto, constitui-se em um conjunto de nor-mas que orientam a execução de uma determinada matéria.
Diante de tais conceitos podemos concluir que o regulamento Γ© a explicitação da lei em forma de decreto executivo, nΓ£o se inscre-vendo como tal os decretos autΓ΄nomos, atΓ© porque nΓ£o hΓ‘ em nosso ordenamento jurΓdico o instituto dos regulamentos autΓ΄nomo com forΓ§a de lei, cuja competΓͺncia de edição fica sob a responsabilidade do Chefe do Poder Executivo.
PODER DE POLΓCIA:
A partir da Constituição Federal e das leis em nosso ordena-mento jurΓdico, foi conferido uma sΓ©rie de direitos aos cidadΓ£os, que por sua vez, tem o seu pleno exercΓcio vinculado com o bem estar social.
Assim, Γ© por meio do Poder de PolΓcia que a Administração li-mita o exercΓcio dos direitos individuais e coletivos com o objetivo de assegurar a ordem pΓΊblica, estabelecendo assim um nΓvel aceitΓ‘-vel de convivΓͺncia social, esse poder tambΓ©m pode ser denominado de polΓcia administrativa.
Γ o poder deferido ao Estado, necessΓ‘rio ao estabelecimento das medidas que a ordem, a saΓΊde e a moralidade pΓΊblica exigem. O principio norteador da aplicação do Poder de PolΓcia Γ© a predomi-nΓ’ncia do interesse pΓΊblico sobre o interesse privado.
O Poder de PolΓcia resume-se na prerrogativa conferida a Ad-ministração PΓΊblica para, na forma e nos limites legais, condiciona ou restringe o uso de bens, exercΓcio de direitos e a pratica de ativi-dades privadas, com o objetivo de proteger os interesses gerais da coletividade.
Assim, Γ© a atividade do Estado que consiste em limitar o exer-cΓcio dos direitos individuais em benefΓcio do interesse pΓΊblico.
Mesmo sendo considerado como poder discricionΓ‘rio da Ad-ministração, o Poder de PolΓcia Γ© controlado e limitado pelo orde-namento jurΓdico que regulam a atuação da prΓ³pria Administração, isto porque o Estado deve sempre perseguir o interesse pΓΊblico, mas sem que haja ofensa aos direitos individuais garantidos por lei.
Dessa forma, podemos concluir que o Poder de PolΓcia Γ© um poder de vigilΓ’ncia, cujo objetivo maior Γ© o bem-estar social, im-pedindo que os abusos dos direitos pessoais possam ameaΓ§ar os direitos e interesses gerais da coletividade.
Decorre, portanto do Poder de PolΓcia, a aplicação de sançáes para fazer cumprir suas determinaçáes, fundamentadas na lei, e as-sim, diversas sΓ£o as sançáes passiveis de aplicação, previstas nas mais variadas e esparsas leis administrativas, que podem ser aplica-das no Γ’mbito da atividade de polΓcia administrativa.
Poder de PolΓcia Administrativa:O Poder de PolΓcia Administrativa tem o objetivo principal da
manutenção da ordem pΓΊblica em geral, atuando em situaçáes em que Γ© possΓvel a prevenção de possΓveis cometimentos de infraçáes legais, entretanto, poderΓ‘ atuar tanto preventivamente como de for-ma repressiva, porem, em ambos os casos, a atuação da Policia Ad-ministrativa tem a finalidade de evitar e impedir comportamentos dos indivΓduos que possam causar prejuΓzos para a sociedade.
O Poder de PolΓcia Administrativa visa Γ proteção especΓfi-ca de valores sociais, vedando a prΓ‘ticas de condutas que possam ameaΓ§ar a seguranΓ§a pΓΊblica, a ordem pΓΊblica, a tranquilidade e bem estar social, saΓΊde e higiene coletiva, a moralidade pΓΊblica, entre outras.
Didatismo e Conhecimento 43
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAImportante esclarecer que o poder de polΓcia administrativa
incide sobre atividades e sobre bens, nΓ£o diretamente sobre os ci-dadΓ£os, haja vista que nΓ£o existem sançáes aplicadas decorrentes do poder de polΓcia administrativa que impliquem em restrição ao direito de liberdade das pessoas como detenção e prisΓ£o.
Assim, vΓ‘rias sΓ£o as sançáes decorrentes do poder de polΓ-cia administrativa, tais como: multa administrativa; demolição de construçáes irregulares; apreensΓ£o de mercadorias com entrada irregular no territΓ³rio nacional; interdição de estabelecimento co-merciais que estΓ£o em desacordo com a lei; embargos administra-tivos a obras, entre outras.
Poder de PolΓcia JudiciΓ‘ria:A PolΓcia JudiciΓ‘ria desenvolve e executa atividades de ca-
rÑter repressivo e ostensivo, ou seja, possui o dever de reprimir atividades infratoras a lei por meio da atuação policial em carÑter criminal, com sua consequente captura daqueles que infringirem a lei penal.
Assim, a PolΓcia JudiciΓ‘ria atua em defesa dos preceitos es-tabelecidos no CΓ³digo Penal Brasileiro, com foco em sua atuação nas atividades consideradas crime pela lei penal, tendo caracterΓs-ticas e prerrogativas ostensivas, repressivas e investigativas.
A atuação da PolΓcia JudiciΓ‘ria incide sobre as pessoas, sendo exercido pelos Γ³rgΓ£os especializados do Estado como a PolΓcia Ci-vil e a PolΓcia Militar, sendo certo que tais atividades repressoras e ostensivas objetiva auxiliar o Poder JudiciΓ‘rio, em sua atividade jurisdicional, na aplicação da lei em casos concretos, fornecendo o conjunto probatΓ³rio suficiente para condenar ou absolver o cida-dΓ£o apresentado a JustiΓ§a PΓΊblica.
DiferenΓ§as entre PolΓcia Administrativa e PolΓcia JudiciΓ‘-ria:
Diante dos conceitos e explicaçáes acima formuladas, passa-mos a identificar as principais diferenΓ§as entre a atuação da policia administrativa e a polΓcia judiciΓ‘ria.
A PolΓcia Administrativa Γ© regida pelas normas do Direito Administrativo, sendo considerada infração administrativa a nΓ£o observΓ’ncia aos preceitos normativos constantes das normas e regulamentos administrativos, enquanto que a polΓcia judiciΓ‘ria Γ© regulamentada pelas normas do Direito Penal e Processual Penal.
A atividade de polΓcia administrativa Γ© executada pelos Γ³rgΓ£os e agentes pΓΊblicos escalonados e mantidos pela Administração PΓΊ-blica, a polΓcia judiciΓ‘ria por sua vez tem suas atividades executa-das privativamente por organizaçáes especializadas no combate e repressΓ£o a pratica criminosa, ou seja, pela PolΓcia Civil e PolΓcia Militar.
As penalidades no caso da polΓcia administrativa incidem exclusivamente em produtos e serviΓ§os, enquanto as penalidades previstas para a atuação da polΓcia judiciΓ‘ria recaem sobre pessoas, podendo em alguns casos ocorrer em face de apreensΓ£o de produ-tos, desde que sejam de origem criminosa.
CaracterΓsticas do Poder de PolΓcia: A doutrina administrativa majoritΓ‘ria considera as principais
caracterΓsticas do Poder de PolΓcia:- Autoexecutoriedade: Constitui prerrogativa aos atos emana-
dos por forΓ§a do poder de polΓcia a caracterΓstica autoexecutΓ³ria imediatamente a partir de sua edição, isso ocorre porque as de-cisΓ΅es administrativas trazem em si a forΓ§a necessΓ‘ria para a sua auto execução.
Os atos autoexecutΓ³rios do Poder de PolΓcia sΓ£o aqueles que podem ser materialmente implementados pela administração, de maneira direta, inclusive mediante o uso de forΓ§a, caso seja neces-sΓ‘rio, sem que a Administração PΓΊblica precise de uma autoriza-ção judicial prΓ©via.
A autoexecutoriedade dos atos administrativos fundamenta-se na natureza pΓΊblica da atividade administrativa, em razΓ£o desta, atendendo o interesse pΓΊblico, assim, a faculdade de revestimento do ato administrativo pela caracterΓstica da autoexecução de seus prΓ³prios atos se manifesta principalmente pela supremacia do in-teresse coletivo sobre o particular.
- Coercibilidade: Trata-se da imposição coercitiva das deci-sΓ΅es adotadas pela Administração PΓΊblica, objetivando a garantia do cumprimento, mesmo que forΓ§ado, do ato emanado mediante o Poder de PolΓcia.
Cumpre esclarecer que todo ato de PolΓcia tem carΓ‘ter im-perativo e obrigatΓ³rio, ou seja, temos a possibilidade de a admi-nistração pΓΊblica, de maneira unilateral, criar obrigaçáes para os administrados, ou entΓ£o impor-lhes restriçáes.
Dessa forma, nΓ£o existe ato de polΓcia de cumprimento facul-tativo pelo administrado, haja vista que todo o ato adotado com fundamento no Poder de PolΓcia admite a coerção estatal para fim de tornΓ‘-lo efetivo, sendo certo que tal coerção independe de prΓ©-via autorização judicial.
- Discricionariedade: Os atos discricionΓ‘rios sΓ£o aqueles que a Administração PΓΊblica pode praticar com certa liberdade de es-colha e decisΓ£o, sempre dentro dos termos e limites legais, quanto ao seu conteΓΊdo, seu modo de realização, sua oportunidade e con-veniΓͺncia administrativa.
Dessa maneira, na edição de um ato discricionΓ‘rio, a legisla-ção outorga ao agente pΓΊblico certa margem de liberdade de esco-lha, diante da avaliação de oportunidade e conveniΓͺncia da pratica do ato.
Limites do Poder de PolΓcia: Muito embora a Discricionariedade seja caracterΓstica do ato
emanado com fundamento no Poder de PolΓcia, a lei impΓ΅e alguns limites quanto Γ competΓͺncia, Γ forma e aos fins almejados pela Administração PΓΊblica, nΓ£o sendo o Poder de PolΓcia um poder absoluto, visto que encontra limitaçáes legais.
NΓ£o podemos perder de vista que toda a atuação administra-tiva, seja em que esfera for, deve obediΓͺncia ao principio admi-nistrativo constitucional da Legalidade, devidamente previsto no artigo 37 da Constituição Federal.
Assim, toda atuação administrativa pautada dentro dos limites legais, seja quanto Γ competΓͺncia do agente que executou a ativi-dade administrativa ou entΓ£o a forma em que foi realizada, serΓ‘ considerada um ato legal e legΓtimo, desde que atenda o interesse coletivo.
De outra forma, o ato administrativo que for praticado com vΓcios de competΓͺncia, ilegalidades, ilegitimidades, ou ainda que contrariem o interesse pΓΊblico, serΓ‘ considerado um ato ilegal, pra-ticado com abuso ou desvio de poder.
Os limites impostos Γ atuação do poder de polΓcia se destinam a vedar qualquer manifestação administrativa revestida de arbitra-riedade e ilegalidade por parte do agente pΓΊblico, sendo certo que todo e qualquer ato administrativo poderΓ‘ ser levado a analise de legalidade pelo Poder JudiciΓ‘rio, que tem o poder jurisdicional de anular ato ilegal ou ilegΓtimo.
Didatismo e Conhecimento 44
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAABUSO DE PODER
O exercΓcio ilegΓtimo das prerrogativas conferidas pelo or-denamento jurΓdico Γ Administração PΓΊblica caracteriza de modo genΓ©rico, o denominado abuso de poder.
Dessa maneira, o abuso de poder ocorre diante de uma ilegiti-midade, ou, diante de uma ilegalidade, cometida por agente pΓΊbli-co no exercΓcio de suas funçáes administrativas, o que nos autoriza a concluir que o abuso de poder Γ© uma conduta ilegal cometida pelo agente pΓΊblico, e, portanto, toda atuação fundamentada em abuso de poder Γ© ilegal.
Importante destacar que Γ© plenamente possΓvel o abuso de poder assumir tanto a forma comissiva, quanto Γ omissiva, ou seja, o abuso tanto pode ocorrer devido a uma ação ilegal do agente pΓΊblico, quanto de uma omissΓ£o considerada ilegal.
O abuso de poder pode ocorrer de duas maneiras, quais sejam: excesso de poder ou desvio de poder.
- Excesso de Poder: Ocorre quando o agente pΓΊblico atua fora dos limites de sua competΓͺncia, ou seja, o agente pΓΊblico nΓ£o tinha a competΓͺncia funcional prevista em lei para executar a atividade administrativa.
- Desvio de Poder: Ocorre quando a atuação do agente Γ© pau-tada dentro dos seus limites de competΓͺncia, mas contraria a fina-lidade administrativa que determinou ou autorizou a sua atuação.
8. LEI FEDERAL NΒΊ 8.429/92: DEVER DE EFICIΓNCIA; DEVER DE PROBIDADE;
DEVER DE PRESTAR CONTAS.
LEI NΒΊ 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.
DispΓ΅e sobre as sançáes aplicΓ‘veis aos agentes pΓΊblicos nos casos de enriquecimento ilΓcito no exercΓcio de mandato, cargo, emprego ou função na administração pΓΊblica direta, indireta ou fundacional e dΓ‘ outras providΓͺncias.
O PRESIDENTE DA REPΓBLICA, FaΓ§o saber que o Con-gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPΓTULO I Das Disposiçáes Gerais
Art. 1Β° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente pΓΊblico, servidor ou nΓ£o, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da UniΓ£o, dos Estados, do Distrito Federal, dos MunicΓpios, de TerritΓ³rio, de empresa incor-porada ao patrimΓ΄nio pΓΊblico ou de entidade para cuja criação ou custeio o erΓ‘rio haja concorrido ou concorra com mais de cinquen-ta por cento do patrimΓ΄nio ou da receita anual, serΓ£o punidos na forma desta lei.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. EstΓ£o tambΓ©m sujeitos Γ s penalidades des-ta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimΓ΄nio de entidade que receba subvenção, benefΓcio ou incentivo, fiscal ou
creditΓcio, de Γ³rgΓ£o pΓΊblico bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erΓ‘rio haja concorrido ou concorra com menos de cin-quenta por cento do patrimΓ΄nio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial Γ repercussΓ£o do ilΓcito sobre a contribuição dos cofres pΓΊblicos.
Art. 2Β° Reputa-se agente pΓΊblico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem re-muneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vΓnculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Art. 3° As disposiçáes desta lei são aplicÑveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prÑtica do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qual-quer forma direta ou indireta.
Art. 4Β° Os agentes pΓΊblicos de qualquer nΓvel ou hierarquia sΓ£o obrigados a velar pela estrita observΓ’ncia dos princΓpios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe sΓ£o afetos.
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-Ñ o integral ressarcimento do dano.
Art. 6Β° No caso de enriquecimento ilΓcito, perderΓ‘ o agente pΓΊblico ou terceiro beneficiΓ‘rio os bens ou valores acrescidos ao seu patrimΓ΄nio.
Art. 7Β° Quando o ato de improbidade causar lesΓ£o ao patrimΓ΄-nio pΓΊblico ou ensejar enriquecimento ilΓcito, caberΓ‘ a autoridade administrativa responsΓ‘vel pelo inquΓ©rito representar ao MinistΓ©-rio PΓΊblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairΓ‘ sobre bens que assegurem o integral ressar-cimento do dano, ou sobre o acrΓ©scimo patrimonial resultante do enriquecimento ilΓcito.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente estÑ sujeito às cominaçáes desta lei até o limite do valor da herança.
CAPΓTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa
Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enri-
quecimento IlΓcito
Art. 9Β° Constitui ato de improbidade administrativa importan-do enriquecimento ilΓcito auferir qualquer tipo de vantagem patri-monial indevida em razΓ£o do exercΓcio de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem mΓ³vel ou imΓ³vel, ou qualquer outra vantagem econΓ΄mica, direta ou indire-ta, a tΓtulo de comissΓ£o, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissΓ£o decorrente das atribuiçáes do agente pΓΊblico;
Didatismo e Conhecimento 45
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAII - perceber vantagem econΓ΄mica, direta ou indireta, para fa-
cilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o for-necimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviΓ§o particular, veΓculos, mΓ‘qui-nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de proprieda-de ou Γ disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei, bem como o trabalho de servidores pΓΊblicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econΓ΄mica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prΓ‘tica de jogos de azar, de lenocΓnio, de narcotrΓ‘fico, de contrabando, de usura ou de qual-quer outra atividade ilΓcita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econΓ΄mica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras pΓΊblicas ou qualquer outro serviΓ§o, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou caracterΓstica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercΓcio de manda-to, cargo, emprego ou função pΓΊblica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional Γ evolução do patrimΓ΄nio ou Γ ren-da do agente pΓΊblico;
VIII - aceitar emprego, comissΓ£o ou exercer atividade de con-sultoria ou assessoramento para pessoa fΓsica ou jurΓdica que te-nha interesse suscetΓvel de ser atingido ou amparado por ação ou omissΓ£o decorrente das atribuiçáes do agente pΓΊblico, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econΓ΄mica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofΓcio, providΓͺncia ou decla-ração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimΓ΄nio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei;
XII - usar, em proveito prΓ³prio, bens, rendas, verbas ou valo-res integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei.
Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que
Causam PrejuΓzo ao ErΓ‘rio
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que cau-sa lesão ao erÑrio qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamen-to ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorpora-ção ao patrimΓ΄nio particular, de pessoa fΓsica ou jurΓdica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa fΓsica ou jurΓdica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acer-vo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie;
III - doar Γ pessoa fΓsica ou jurΓdica bem como ao ente des-personalizado, ainda que de fins educativos ou assistΓͺncias, bens, rendas, verbas ou valores do patrimΓ΄nio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1ΒΊ desta lei, sem observΓ’ncia das formalidades legais e regulamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observÒncia das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefΓcio administrativo ou fiscal sem a ob-servΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatΓ³rio ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucra-tivos, ou dispensΓ‘-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autoriza-das em lei ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio públi-co;
XI - liberar verba pública sem a estrita observÒncia das nor-mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri-queça ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviΓ§o particular, veΓculos, mΓ‘quinas, equipamentos ou material de qualquer natu-reza, de propriedade ou Γ disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1Β° desta lei, bem como o trabalho de servidor pΓΊblico, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV β celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviΓ§os pΓΊblicos por meio da gestΓ£o associa-da sem observar as formalidades previstas na lei; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.107, de 2005)
XV β celebrar contrato de rateio de consΓ³rcio pΓΊblico sem su-ficiente e prΓ©via dotação orΓ§amentΓ‘ria, ou sem observar as formali-dades previstas na lei.(IncluΓdo pela Lei nΒΊ 11.107, de 2005)
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incor-poração, ao patrimΓ΄nio particular de pessoa fΓsica ou jurΓdica, de bens, rendas, verbas ou valores pΓΊblicos transferidos pela adminis-tração pΓΊblica a entidades privadas mediante celebração de parce-rias, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regulamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (Vi-gΓͺncia)
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa fΓsica ou jurΓdica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores pΓΊblicos transferidos pela administração pΓΊblica a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou regu-lamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
Didatismo e Conhecimento 46
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAXVIII - celebrar parcerias da administração pΓΊblica com en-
tidades privadas sem a observΓ’ncia das formalidades legais ou re-gulamentares aplicΓ‘veis Γ espΓ©cie; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e anΓ‘-lise das prestaçáes de contas de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas; (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pΓΊblica com entidades privadas sem a estrita observΓ’ncia das nor-mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas sem a estrita observΓ’ncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplica-ção irregular. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra
os PrincΓpios da Administração PΓΊblica
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que aten-ta contra os princΓpios da administração pΓΊblica qualquer ação ou omissΓ£o que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, le-galidade, e lealdade Γ s instituiçáes, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competΓͺncia;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofΓ-cio;
III - revelar fato ou circunstΓ’ncia de que tem ciΓͺncia em razΓ£o das atribuiçáes e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;V - frustrar a licitude de concurso pΓΊblico;VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazΓͺ-lo;VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de ter-
ceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida polΓ-tica ou econΓ΄mica capaz de afetar o preΓ§o de mercadoria, bem ou serviΓ§o.
VIII - descumprir as normas relativas Γ celebração, fiscaliza-ção e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administra-ção pΓΊblica com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
IX - deixar de cumprir a exigΓͺncia de requisitos de acessi-bilidade previstos na legislação. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.146, de 2015) (VigΓͺncia)
CAPΓTULO III Das Penas
Art. 12. Independentemente das sançáes penais, civis e ad-ministrativas previstas na legislação especΓfica, estΓ‘ o responsΓ‘-vel pelo ato de improbidade sujeito Γ s seguintes cominaçáes, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nΒΊ 12.120, de 2009).
I - na hipΓ³tese do art. 9Β°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimΓ΄nio, ressarcimento integral do dano, quan-do houver, perda da função pΓΊblica, suspensΓ£o dos direitos polΓti-cos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de atΓ© trΓͺs vezes
o valor do acrΓ©scimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder PΓΊblico ou receber benefΓcios ou incentivos fiscais ou credi-tΓcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermΓ©dio de pessoa jurΓdica da qual seja sΓ³cio majoritΓ‘rio, pelo prazo de dez anos;
II - na hipΓ³tese do art. 10, ressarcimento integral do dano, per-da dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimΓ΄nio, se concorrer esta circunstΓ’ncia, perda da função pΓΊblica, suspensΓ£o dos direitos polΓticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de atΓ© duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder PΓΊblico ou receber benefΓcios ou incentivos fiscais ou creditΓcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermΓ©dio de pessoa jurΓdica da qual seja sΓ³cio majoritΓ‘rio, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipΓ³tese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pΓΊblica, suspensΓ£o dos direitos polΓticos de trΓͺs a cinco anos, pagamento de multa civil de atΓ© cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contra-tar com o Poder PΓΊblico ou receber benefΓcios ou incentivos fiscais ou creditΓcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermΓ©dio de pessoa jurΓdica da qual seja sΓ³cio majoritΓ‘rio, pelo prazo de trΓͺs anos.
ParÑgrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levarÑ em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPΓTULO IV Da Declaração de Bens
Art. 13. A posse e o exercΓcio de agente pΓΊblico ficam con-dicionados Γ apresentação de declaração dos bens e valores que compΓ΅em o seu patrimΓ΄nio privado, a fim de ser arquivada no ser-viΓ§o de pessoal competente.(Regulamento) (Regulamento)
Β§ 1Β° A declaração compreenderΓ‘ imΓ³veis, mΓ³veis, semoven-tes, dinheiro, tΓtulos, açáes, e qualquer outra espΓ©cie de bens e va-lores patrimoniais, localizado no PaΓs ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerΓ‘ os bens e valores patrimoniais do cΓ΄njuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a de-pendΓͺncia econΓ΄mica do declarante, excluΓdos apenas os objetos e utensΓlios de uso domΓ©stico.
Β§ 2ΒΊ A declaração de bens serΓ‘ anualmente atualizada e na data em que o agente pΓΊblico deixar o exercΓcio do mandato, cargo, emprego ou função.
Β§ 3ΒΊ SerΓ‘ punido com a pena de demissΓ£o, a bem do serviΓ§o pΓΊblico, sem prejuΓzo de outras sançáes cabΓveis, o agente pΓΊblico que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo de-terminado, ou que a prestar falsa.
Β§ 4ΒΊ O declarante, a seu critΓ©rio, poderΓ‘ entregar cΓ³pia da de-claração anual de bens apresentada Γ Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e pro-ventos de qualquer natureza, com as necessΓ‘rias atualizaçáes, para suprir a exigΓͺncia contida no caput e no Β§ 2Β° deste artigo .
CAPΓTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderÑ representar à autoridade ad-ministrativa competente para que seja instaurada investigação des-tinada a apurar a prÑtica de ato de improbidade.
Didatismo e Conhecimento 47
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICAΒ§ 1ΒΊ A representação, que serΓ‘ escrita ou reduzida a termo e
assinada, conterÑ a qualificação do representante, as informaçáes sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitarÑ a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades esta-belecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representa-ção ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinarÑ a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, serÑ processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratan-do de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
Art. 15. A comissΓ£o processante darΓ‘ conhecimento ao Minis-tΓ©rio PΓΊblico e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existΓͺncia de procedimento administrativo para apurar a prΓ‘tica de ato de impro-bidade.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O MinistΓ©rio PΓΊblico ou Tribunal ou Conse-lho de Contas poderΓ‘, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.
Art. 16. Havendo fundados indΓcios de responsabilidade, a comissΓ£o representarΓ‘ ao MinistΓ©rio PΓΊblico ou Γ procuradoria do Γ³rgΓ£o para que requeira ao juΓzo competente a decretação do se-questro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilici-tamente ou causado dano ao patrimΓ΄nio pΓΊblico.
Β§ 1ΒΊ O pedido de sequestro serΓ‘ processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do CΓ³digo de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirÑ a investigação, o exa-me e o bloqueio de bens, contas bancÑrias e aplicaçáes financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
Art. 17. A ação principal, que terΓ‘ o rito ordinΓ‘rio, serΓ‘ pro-posta pelo MinistΓ©rio PΓΊblico ou pela pessoa jurΓdica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 1º à vedada a transação, acordo ou conciliação nas açáes de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverÑ as açáes necessÑrias à complementação do ressarcimento do patrimônio pú-blico.
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Minis-tério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
Β§ 4ΒΊ O MinistΓ©rio PΓΊblico, se nΓ£o intervir no processo como parte, atuarΓ‘ obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nu-lidade.
Β§ 5o A propositura da ação prevenirΓ‘ a jurisdição do juΓzo para todas as açáes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (IncluΓdo pela Medida provisΓ³-ria nΒΊ 2.180-35, de 2001)
Β§ 6o A ação serΓ‘ instruΓda com documentos ou justificação que contenham indΓcios suficientes da existΓͺncia do ato de improbidade ou com razΓ΅es fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusi-ve as disposiçáes inscritas nos arts. 16 a 18 do CΓ³digo de Processo Civil.(IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandarΓ‘ au-tuΓ‘-la e ordenarΓ‘ a notificação do requerido, para oferecer mani-festação por escrito, que poderΓ‘ ser instruΓda com documentos e justificaçáes, dentro do prazo de quinze dias. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisΓ£o fundamentada, rejeitarΓ‘ a ação, se convencido da ine-xistΓͺncia do ato de improbidade, da improcedΓͺncia da ação ou da inadequação da via eleita.(IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 9o Recebida a petição inicial, serΓ‘ o rΓ©u citado para apresentar contestação. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 10. Da decisΓ£o que receber a petição inicial, caberΓ‘ agravo de instrumento. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequa-ção da ação de improbidade, o juiz extinguirΓ‘ o processo sem jul-gamento do mΓ©rito. (IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Β§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquiriçáes realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e Β§ 1o, do CΓ³digo de Processo Penal.(IncluΓdo pela Medida ProvisΓ³ria nΒΊ 2.225-45, de 2001)
Art. 18. A sentenΓ§a que julgar procedente ação civil de repara-ção de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente deter-minarΓ‘ o pagamento ou a reversΓ£o dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurΓdica prejudicada pelo ilΓcito.
CAPΓTULO VI Das Disposiçáes Penais
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiÑrio, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.ParÑgrafo único. Além da sanção penal, o denunciante estÑ su-
jeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou Γ imagem que houver provocado.
Art. 20. A perda da função pΓΊblica e a suspensΓ£o dos direitos polΓticos sΓ³ se efetivam com o trΓ’nsito em julgado da sentenΓ§a con-denatΓ³ria.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. A autoridade judicial ou administrativa com-petente poderΓ‘ determinar o afastamento do agente pΓΊblico do exer-cΓcio do cargo, emprego ou função, sem prejuΓzo da remuneração, quando a medida se fizer necessΓ‘ria Γ instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sançáes previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrΓͺncia de dano ao patrimΓ΄nio pΓΊblico, salvo
quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilΓcito previsto nesta lei, o Minis-tΓ©rio PΓΊblico, de ofΓcio, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderΓ‘ requisitar a instauração de inquΓ©rito policial ou pro-cedimento administrativo.
Didatismo e Conhecimento 48
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICACAPΓTULO VII Da Prescrição
Art. 23. As açáes destinadas a levar a efeitos as sançáes pre-vistas nesta lei podem ser propostas:
I - atΓ© cinco anos apΓ³s o tΓ©rmino do exercΓcio de mandato, de cargo em comissΓ£o ou de função de confianΓ§a;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei especΓfica para faltas disciplinares punΓveis com demissΓ£o a bem do serviΓ§o pΓΊblico, nos casos de exercΓcio de cargo efetivo ou emprego.
III - atΓ© cinco anos da data da apresentação Γ administração pΓΊblica da prestação de contas final pelas entidades referidas no parΓ‘grafo ΓΊnico do art. 1o desta Lei. (IncluΓdo pela Lei nΒΊ 13.019, de 2014) (VigΓͺncia)
CAPΓTULO VIII Das Disposiçáes Finais
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposiçáes em contrÑrio.
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171Β° da IndependΓͺncia e 104Β° da RepΓΊblica.
FERNANDO COLLORCΓ©lio Borja
ANOTAΓΓES
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 49
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 50
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 51
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 52
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 53
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
Didatismo e Conhecimento 54
NOΓΓES DE ADMINISTRAΓΓO PΓBLICA
ANOTAΓΓES
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
βββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ
ββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββββ