Centro Universitário Augusto Motta
Normas para Elaboração
de Trabalhos de Conclusão
de Curso (TCC)
Organização do texto: Coordenação de Pesquisa
Pesquisa e organização dos conteúdos: Profª Maria Auxiliadora Terra Cunha
Prof. José Teixeira de Seixas Filho
Prof. Delfim Vera Cruz Aguiar
Profª Rita de Cássia Borges de Magalhães Amaral
Supervisão: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Rio de Janeiro
Agosto de 2006
1. Apresentação
Esse texto apresenta de forma simplificada o conteúdo dos manuais para elaboração de
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), existentes nos cursos de Educação Física e Biologia, de
autoria dos professores Maria Auxiliadora Terra Cunha, José Teixeira de Seixas Filho e Delfim Vera
Cruz Aguiar, respectivamente, e do material didático utilizado pela professora Rita de Cássia
Borges de Magalhães Amaral nas suas aulas de Metodologia de Pesquisa.
Nosso objetivo aqui não é aprofundar estudos sobre as matérias tratadas nas páginas que
se seguem, mas sim fornecer diretrizes básicas para a elaboração de trabalhos monográficos, no
que diz respeito à organização do conteúdo e à forma de apresentação. Além isso, estamos dando
início ao processo de normatização do TCC em nível institucional.
Por pretender apenas servir como diretriz inicial, este material certamente apresenta
muitas lacunas. Por isso, a consulta a ele não substitui o estudo mais aprofundado de Metodologia
da Pesquisa e do trabalho científico nas obras sugeridas ao final deste texto.
2. Introdução
Este manual tem por objetivo estabelecer diretrizes básicas para a elaboração dos
trabalhos acadêmicos nos cursos de graduação da UNISUAM. As normas aqui apresentadas foram
definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no país. É uma entidade privada,
sem fins lucrativos, e tem como objetivos elaborar e fomentar o uso de normas técnicas no Brasil.
As normas elaboradas pela ABNT podem ser adquiridas pelo site da entidade
(http://www.abntdigital.com.br), via SEDEX ou por e-mail.
3. Organização do Conteúdo do TCC
3.1. Monografia
Na maioria dos cursos da UNISUAM, como trabalho final, os alunos devem elaborar uma
monografia que apresente de forma objetiva e sistemática os resultados de uma pesquisa.
A monografia é uma forma de comunicação dos resultados de uma investigação
sistemática sobre um tema bem delimitado. Para os alunos que estão sendo iniciados na produção
científica, o ideal é que esse estudo seja do tipo bibliográfico, ou seja, que apresente uma revisão
aprofundada dos principais autores e obras a respeito do tema escolhido.
Uma outra vertente do TCC, sobretudo na graduação, é o aluno ter como tema o campo
de estágio ou a problemática investigada no projeto de pesquisa onde ele desenvolveu, ou
desenvolve, seu trabalho de iniciação científica.
A elaboração da monografia se dá através de seis fases principais, que são:
1) Escolha do tema
2) Pesquisa bibliográfica
3) Esboço da monografia
4) Análise crítica
5) Organização do texto
6) Redação final
Todo trabalho científico estrutura-se a partir da seguinte base: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
A introdução tem como objetivo mostrar ao leitor em linhas gerais o processo de pesquisa
e o desenvolvimento do texto que está sendo introduzido.
O desenvolvimento apresenta a teoria que serviu de base para o estudo e discute os
resultados a partir dessa teoria. Ele deve ser estruturado em capítulos que apresentem com lógica
e congruência todo o processo vivido pelo aluno desde o planejamento da pesquisa até os
resultados obtidos.
Na conclusão o aluno deve retomar a discussão teórica básica e apresentar as respostas
encontradas de forma sintética. O aluno pode também sugerir novas frentes de investigação.
3.2. Pesquisa científica
A pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico da busca de respostas para problemas
ainda não solucionados. O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um
processo sistematizado que se estrutura em etapas determinadas. Ela se constitui em um conjunto
de ações, propostas para encontrar solução para um problema, que têm por base procedimentos
racionais e sistemáticos.
Existem várias formas de classificar uma pesquisa científica:
- em relação à sua natureza ela pode ser básica ou aplicada;
- em relação à abordagem do problema ela pode ser quantitativa ou qualitativa;
- em relação aos seus objetivos ela pode ser exploratória, descritiva ou explicativa;
- em relação aos procedimentos técnicos ela pode ser bibliográfica, documental, experimental,
levantamento, estudo de caso, ex-post-facto, etnográfica ou pesquisa-ação.
3.2.1. O tema e o problema da pesquisa
A pesquisa científica consiste, em linhas gerais, em uma investigação planejada e
desenvolvida de acordo com as normas de metodologia consagradas pela ciência. É o método de
abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa. Por
problema de pesquisa devemos entender uma dificuldade real, ou questão teórica para qual
estamos buscando solução. Todo problema de pesquisa é um recorte específico, feito pelo
pesquisador, dentro de um tema mais amplo. Tanto o problema quanto o tema de um estudo
podem ser abordados por diversas áreas do conhecimento isoladamente ou de maneira
interdisciplinar.
A formulação do problema é o ponto de partida de toda pesquisa. Ela é o motor do
processo investigatório. Ou seja, a pesquisa não começa a partir de uma teoria ou premissa, ela se
inicia na problematização de uma dificuldade que o pesquisador deseja enfrentar.
Regras de formulação do problema
Na formulação do problema o aluno deve tomar como base o conhecimento disponível
sobre o tema e o seu recorte específico. Na verdade, o conhecimento científico poderia ser
descrito como uma conversa entre vários teóricos a respeito de questões do interesse de todos. A
familiaridade com a temática, o contato com a literatura já existente e com pessoas que acumulam
experiência sobre o assunto auxiliam muito na tarefa de formular o problema da pesquisa.
Em resumo, formular um problema consiste em dizer de maneira explícita, clara,
compreensível e operacional qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que questões dentro
dessa dificuldade pretendemos compreender.
Duas regras básicas devem ser consideradas pelo aluno:
- o problema deve ser formulado à maneira de pergunta ou proposição interrogativa;
- essa pergunta ou proposição interrogativa deve ser formulada em contraposição ou contradição a
um conhecimento anterior.
3.2.2. Objetivos do estudo
Segundo Vergara (2000), enquanto o problema formulado é uma questão que buscamos
responder, os objetivos são resultados que desejamos alcançar. Na pesquisa científica devemos
elaborar objetivos gerais e objetivos específicos.
Objetivos gerais: definição ampla do que se pretende alcançar.
Objetivos específicos: definição do que se pretende alcançar em cada situação da pesquisa. É a
aplicação da situação geral a situações específicas. Os objetivos específicos são desdobramentos
do objetivo geral.
3.2.3. Justificativa
As justificativas são os alicerces, as razões, os porquês que fundamentam a montagem do
projeto da pesquisa que serviu de base para a elaboração da monografia. Nesse item o aluno deve
demonstrar a relevância do tema escolhido e a pertinência da problemática formulada. As
justificativas devem demonstrar que o estudo proposto preencherá uma lacuna na temática
escolhida, trará contribuições para a solução do problema, poderá ser realizado concretamente e
trará benefícios para a sociedade.
3.2.4. Questões do estudo
As questões do estudo são as perguntas que pretendemos responder através do
desenvolvimento da pesquisa proposta. As questões funcionam como um roteiro da investigação e
devem ser elaboradas a partir dos objetivos específicos.
3.2.5. Delimitação do estudo
Delimitar um estudo é estabelecer limites teóricos para uma investigação. Este é o
momento em o aluno explicita para o leitor o que fica dentro do estudo e o que fica fora. Ou seja,
onde serão definidos, de forma clara e objetiva, os recortes do estudo no que diz respeito ao
intervalo de tempo, espaço, perfil de entrevistados, entre outros, que se constituem no universo
investigado.
3.2.6. Hipóteses
As hipóteses são respostas possíveis ou prováveis para um problema. Toda pesquisa que
apresenta hipóteses deve ser realizada de modo que se possa confirmar ou não as hipóteses
propostas. Levantar hipóteses serve para orientar o raciocínio do pesquisador.
As hipóteses devem ser respostas simples ao problema e devem ser formuladas de forma
que possam ser testadas. Elas funcionam, por um lado, como explicações iniciais e, por outro,
servem de guia na busca de informações para verificar a validade destas explicações.
Segundo Lakatos (1991), toda hipótese é uma resposta suposta, provável e provisória, e
que funciona como sentença afirmativa, proposta para um problema que se apresenta na forma de
sentença interrogativa.
3.2.7. Variáveis
Variáveis são aspectos, propriedades ou fatores do problema investigado possíveis de
serem medidos ou mensurados. As variáveis são os elementos do problema cuja variação, as
mudanças, guardam as respostas que buscamos.
Uma variável pode ser considerada uma classificação ou medida; uma quantidade que
varia; um aspecto, propriedade ou fator, observável em um problema de estudo, que é passível de
mensuração.
As variáveis podem ser independentes ou dependentes.
Variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta uma outra variável; é
fator determinante, condição ou causa para certo resultado, efeito ou conseqüência; é um fator,
geralmente, manipulado pelo investigador, na sua tentativa de assegurar a relação do fator com o
problema investigado ou a resposta a ser descoberta.
Variável dependente é aquela cuja mudança pode ser explicada ou descoberta, em virtude
de ser influenciada, determinada ou afetada pela variável independente. Ela é o fator que aparece,
desaparece ou varia à medida que o investigador introduz, tira ou modifica a variável
independente.
3.2.8. Metodologia
A metodologia é o conjunto de procedimentos que o aluno escolheu para encontrar
resposta para as questões do seu estudo. Em outras palavras, nessa parte do trabalho são
apresentados os materiais - reagentes, soluções, produtos, equipamentos, programas
computacionais, instrumentos etc. -, e as técnicas de investigação que foram utilizados na
pesquisa. Toda metodologia deve ser concebida a partir de uma escolha teórica e deve ser
adequada à natureza do problema investigado. A melhor metodologia é sempre a mais simples e a
mais utilizada pelos diversos pesquisadores de um problema.
3.2.9. Referencial teórico ou revisão de literatura
Entende-se por referencial teórico o capítulo da monografia que tem por objetivo
apresentar uma revisão da literatura existente sobre o tema ou, especificamente, sobre o
problema que está sendo investigado.
Nesta parte do texto, o aluno deve demonstrar que tem conhecimento do que já foi escrito
a respeito da problemática por ele formulada. A revisão de literatura é a fundamentação teórica do
estudo proposto. É a partir dela que a pesquisa é contextualizada e ganha consistência. É nesse
capítulo que o aluno deve revelar suas preocupações e preferências, apontando para o leitor as
lacunas que percebe na bibliografia consultada, as discordâncias que tem com ela, ou os pontos
que considera que precisam ser confirmados. Segundo Vergara (op. cit.) a revisão da literatura
existente permite uma apresentação mais clara do problema, facilita a formulação de hipóteses,
justifica a metodologia e os procedimentos de análise dos resultados escolhidos.
O material bibliográfico necessário para a construção do referencial teórico pode ser obtido
a partir de livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de pesquisa e outros materiais escritos,
bem como na mídia eletrônica ou até mesmo em conversas com outros pesquisadores.
Na fundamentação teórica o aluno deve:
• expor o tema concernente fazendo uma análise das principais idéias ou fatos que
o sustentam;
• apresentar as idéias que fundamentam o tema defendendo sua validade por meio
de evidências racionais e lógicas, citando os autores consultados para dar melhor
sustentabilidade ao trabalho;
• discutir o tema comparando-o com as idéias e os argumentos apresentados pelos
diversos autores consultados, que devem ser confirmados ou refutados de acordo
com a interpretação feita.
Organização da forma de apresentação do TCC
1. Partes que compõem os TCC
Os trabalhos de conclusão estão divididos em três partes: elementos pré-textuais, textuais
e pós-textuais.
1.1 Elementos pré-textuais
- Capa (obrigatória)
- Folha de rosto (obrigatória)
- Folha de aprovação (obrigatória)
- Dedicatória (opcional)
- Agradecimentos (opcional)
- Epígrafe (opcional)
- Resumo em português (obrigatório)
- Sumário (obrigatório)
- Lista de ilustrações (opcional)
- Lista de quadros (opcional)
- Lista de tabelas (opcional)
- Lista de abreviaturas, siglas ou símbolos (obrigatória).
1.2 Texto
- Introdução: apresentação sumária do problema, objetivos de estudo, justificativa,
questões de estudo, delimitação, hipóteses, variáveis e metodologia.
- Desenvolvimento: revisão de literatura, objetivos, justificativa, metodologia,
apresentação e discussão dos resultados.
- Conclusão.
1.3 Elementos pós-textuais - completam as informações do texto:
- Referências (obrigatória)
- Anexos (opcional).
2. Apresentação gráfica do trabalho
2.1 Formato
O papel branco, formato A-4 (padrão internacional) de dimensão 21x29cm, é o indicado
pela ABNT para trabalhos de teor didático-científico, devendo ser utilizado apenas um lado e tinta
preta.
2.2 Fonte
Recomenda-se a utilização de fontes: Times New Roman ou Arial nos tamanhos 12 para o
texto e tamanho 10 para as citações longas e notas de rodapé.
2.3 Margens
As margens superior e esquerda são de 3cm e direita e inferior são de 2,5cm. Os
parágrafos são de 2cm a partir da esquerda.
2.4 Espaços
Podemos optar por uma dessas opções:
a) espaço duplo em todo o corpo do texto;
b) espaço 1,5 em todo o corpo do texto, marcando, ainda, na opção espaçamento, antes e
depois, o termo AUTOMÁTICO.
Para os títulos e subtítulos podemos escolher essas opções:
a) dois espaços duplos antes de cada novo título ou subtítulo;
b) espaço 1,5 no corpo do texto, marcando na opção espaçamento, antes e depois: 18 pt.
2.5 Paginação
A capa, apesar de obrigatória, não recebe numeração. As páginas pré-textuais devem ser
contadas seqüencialmente a partir da folha de rosto, sendo que a numeração aparece registrada
somente a partir da segunda folha, na margem inferior, em algarismo romano minúsculo.
A partir dos elementos textuais reiniciamos a numeração com o numeral em algarismo
arábico que deve vir no alto da página, na margem direita. Porém, não é visualizada a numeração
das primeiras páginas de cada capítulo textual ou pós-textual. Havendo anexo, as páginas devem
ser numeradas, dando seqüência à numeração do texto principal.
2.6 Resumo
O resumo será redigido em português, em texto corrido, sem parágrafos, espaço simples,
ocupando a terceira pessoa do singular e verbo na voz ativa. Deve ter no máximo quinhentas
palavras distribuídas em aproximadamente mil e quatrocentos caracteres, constituindo cerca de
vinte linhas. O resumo tem a finalidade de apresentar uma descrição breve do problema estudado
e das soluções encontradas. Deverá conter os seguintes itens: exposição do objetivo da sua
monografia; citação da metodologia; apresentação dos principais resultados; conclusões. O
resumo não deve conter aspectos do trabalho não descritos no texto, tais como tabelas, figuras e
fórmulas; referências a outros autores. Antecipando o resumo, deve vir uma referência do trabalho
científico apresentado pelo aluno. Ao final, devem ser colocadas as palavras-chave do trabalho.
2.7 Palavras-chave
Vocábulos ou expressões que sintetizam os principais assuntos tratados na monografia.
Exemplos
Nas folhas a seguir serão apresentados exemplos dos elementos pré-textuais.
Centro Universitário Augusto Motta
Curso de (completar)
Trabalho de conclusão de curso
Título: Subtítulo
por
Nome do aluno
Rio de Janeiro
(data)
Centro Universitário Augusto Motta
Curso de (completar)
Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Subtítulo
Trabalho acadêmico apresentado ao
Curso de (nome do curso) da UNISUAM,
como parte dos requisitos para obtenção
do Título de Licenciado em (curso).
Por:
Nome do aluno
Professor-Orientador:
Nome do professor:
Professor Convidado:
Nome do professor:
Rio de Janeiro
(data)
NOME DO ALUNO
TÍTULO DO TRABALHO
Banca Examinadora composta para a
defesa de Monografia para obtenção do
grau de Licenciado em (nome do curso).
APROVADA em: ______ de ___________ de _______
Professor-Orientador: ____________________________________________
Professor Convidado: ____________________________________________
Rio de Janeiro
(data)
SUMÁRIO
Folha de Aprovaçâo............................................................................................. ii
Dedicatória............................................................................................................ iii
Agradecimentos................................................................................................... iv
Epígrafe.................................................................................................................. v
Resumo................................................................................................................. vi
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 01
1.1. Justificativa do tema
1.2. Problematização
1.3. Objetivos
1.4. Questões a investigar
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 03
2.1.
2.2.
2.3.
2.4.
2.5.
3. METODOLOGIA DO ESTUDO........................................................................ 18
3.1. Tipo de estudo
3.2. População e amostra
3.3. Coleta de dados
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................................ 20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 22
6. REFERÊNCIAS................................................................................................ 23
7. ANEXOS........................................................................................................... 24
Lista de Abreviaturas e Siglas
Lista de Símbolos
Elemento obrigatório que consiste na elaboração de lista alfabética das abreviaturas e
siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por
extenso. Quando forem usadas poucas siglas ou abreviaturas não há necessidade de elaboração
de uma lista. Neste caso, a sigla ou abreviatura deve ser grafada, seguida da denominação
correspondente, por extenso e nas aparições seguintes apenas a sigla ou abreviatura.
LISTA DE SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas FACNEC – Faculdade Cenecista de Itaboraí LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação STJ – Superior Tribunal de Justiça STF – Suprema Tribunal Federal ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
Lista de Símbolos
Elemento obrigatório, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no
texto, com o devido significado.
LISTA DE SÍMBOLOS
§ - Parágrafo
@ - Arroba
© - Copyright
3. Normas para redação do texto
3.1 Aspectos gerais
Um dos aspectos mais importantes a serem considerados é a clareza e objetividade do
texto. Assim, não se deve tentar mostrar erudição ao redigir textos com a ordem das frases
invertidas ou com o excessivo emprego de termos arcaicos e pedantes. A leitura do texto deve
fluir agradavelmente, sem ser enfadonha ao leitor. O autor deve ser claro, direto, conciso e
objetivo. É óbvio que essa simplicidade não deve comprometer a qualidade do texto, nem
tampouco justifica o emprego de termos chulos, coloquiais ou mesmo gramaticalmente pobres.
Também é fundamental apresentar todo o conteúdo da monografia de maneira
organizada. Os parágrafos devem possuir uma articulação entre si, isto é, devem conter idéias
que evoluíram do parágrafo anterior e que preparam a leitura do seguinte.
A linguagem de um texto científico é impessoal e deverá ser elaborada na terceira pessoa
verbal, em seu valor denotativo, literal, evitando-se a duplicidade de sentidos e linguagens
figuradas. Objetividade e clareza são fundamentais ao construir seu texto científico, usando a
ordem direta e escolhendo as palavras que melhor expressem o que deseja.
3.2 Título e partes do texto
A forma da subdivisão dos elementos textuais de um texto científico é tema de bastante
controvérsia. Assim, não é muito simples padronizar tais subdivisões, sobretudo considerando-se a
natureza eclética das diferentes áreas do conhecimento, incluindo as Ciências Humanas, Exatas e
Biológicas. O que se propõe neste texto é apenas uma padronização geral, cabendo a cada área
estabelecer critérios adicionais que contemplem as suas características e peculiaridades.
De acordo com a NBR 10719 da ABNT, o texto deve ser dividido em três seções básicas:
introdução, desenvolvimento e conclusão e/ou recomendações. Todavia, conforme mencionado
anteriormente, cada uma destas partes pode ser subdividida de acordo com a natureza do
trabalho.
O título de um trabalho não é seu resumo. Assim, devem ser evitados títulos longos, os
quais devem ser objetivos e conter apenas as palavras essenciais sem, todavia, prejuízo da clareza
e entendimento da natureza do trabalho.
A introdução deve ambientar o leitor ao contexto do trabalho. Deve conter, por exemplo,
fatos históricos importantes e trabalhos clássicos, fornecendo as motivações contextuais que
levaram o autor a conduzir o trabalho. Ela deve oferecer uma visão clara e simples do trabalho,
informando justificativa da escolha e delimitação do tema; natureza e importância do trabalho;
relação do tema com o contexto social; objetivo do trabalho; definições e conceitos envolvidos;
organização e distribuição dos tópicos.
O desenvolvimento varia muito conforme o tipo do trabalho, mas em qualquer tipo de
pesquisa é importante apresentar os trabalhos realizados por outros pesquisadores. O texto deve
apresentar as principais contribuições dos teóricos que estudaram a questão. Para facilitar a
redação, uma opção bastante usual é dividir a revisão da literatura em subcapítulos, conforme os
assuntos. É fundamental que a revisão da literatura possua consistência com o objetivo proposto,
isto é, os trabalhos apresentados devem ter relação direta com o tema do trabalho.
Também é nessa parte do trabalho que o aluno apresenta e discute os resultados do seu
estudo, assim como todo o processo de pesquisa.
Na discussão, o aluno deve ter em mente que não se trata apenas de uma discussão dos
resultados e sim uma discussão do trabalho como um todo. Assim, devem ser discutidas todas as
suas etapas, isto é, o objetivo, a literatura, a metodologia e os resultados.
Os resultados devem ser discutidos em duas fases: em primeiro lugar o aluno deve
explicar os resultados encontrados e, em seguida, deve comparar esses resultados com os
disponíveis na literatura lida.
As conclusões, considerações e/ou recomendações devem apresentar, de maneira
objetiva, o desfecho do trabalho a partir dos resultados. É sempre importante apresentar as
conclusões de maneira relativa, ou seja, tentando demonstrar que o pesquisador compreende que
seus resultados são parciais e que podem ser refutados em estudos posteriores.
O aluno deve relacionar os objetivos às conclusões, isto é, deve-se assegurar que não
tenham sido citadas conclusões que não foram objetivo do trabalho.
4. Citações em documentos: definições e regras gerais
O estudante universitário desenvolve a habilidade de usar material colhido na literatura
científica através da pesquisa bibliográfica, para fundamentar a realização de trabalhos
acadêmicos. Quando se faz necessário reforço para corroborar as idéias que desenvolve, ele lança
mão da citação, o que deve ser feito com parcimônia, para que o texto produzido constitua
resultado da elaboração pessoal e não cópia de idéias de um ou mais autores pesquisados. A
citação é a menção, no texto, de uma informação colhida de outra fonte.
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou um sistema autor-
data. Qualquer dos dois métodos adotados deve ser seguido em todo o documento, mantendo,
inclusive, correlação com a lista de referências apresentada ao final do trabalho.
No sistema numérico, utilizado para a elaboração destas orientações, as citações têm
numeração única e consecutiva para todo o documento, sendo que toda vez que um dado for
introduzido, a numeração deverá ser revista.
No sistema autor-data, as citações são feitas pelo sobrenome do autor ou pela instituição
responsável, ou ainda, pelo título de entrada (caso a autoria não esteja declarada), seguido da
data de publicação do documento, separados por vírgula e entre parênteses e acrescido do
número das páginas consultadas (quando souber).
As citações podem ser de três tipos: (a) direta ou textual: reprodução ou transcrição
fiel das palavras de outrem, com todas as características; (b) indireta ou conceitual:
reconstrução livre do texto lido, guardando fidelidade às idéias do autor, ou (c) mista:
utilização apenas de expressões textuais do autor consultado, em meio ao texto que está
sendo produzido. Para qualquer tipo de citação é exigida a referência à fonte de onde foi
retirado o material utilizado.
Para as citações subseqüentes da mesma obra, substituem-se os nomes do autor e da
obra pela expressão latina Ibidem, seguida da respectiva página. Se a citação diz respeito ao
mesmo autor, obra e página, coloca-se a expressão Idem. Se a seqüência de citações de uma
obra é intercalada por citações de outras obras, recorre-se à expressão abreviada Op. cit., em
seguida ao nome do autor, com a indicação da página correspondente a cada citação.
4.1 Regras para citação de autores no corpo do texto
A citação de autores no corpo do texto está regulamentada pela ABNT, mas muitas
situações não estão previstas. Nestes casos, será apresentada uma sugestão para padronização de
procedimentos.
Um autor
Os autores devem ser grafados no texto apenas com a primeira letra em maiúscula (Ex.:
Guimarães). Se forem citados entre parênteses, porém, devem ser grafados com todas as letras
em maiúscula (Ex.: GUIMARÃES). Exemplos: Em 1989, Guimarães concluiu que a desnutrição é
uma das principais causas de mortalidade infantil; Segundo Guimarães (1989), a desnutrição é
uma das principais causas de mortalidade infantil; A desnutrição é uma das principais causas de
mortalidade infantil (GUIMARÃES, 1989).
Dois autores
Se os autores estiverem em uma frase, devem ser separados pela conjunção e ou pelo
símbolo &. Exemplos: Em 1989, Guimarães e Appolinaro concluíram que a desnutrição é uma das
principais causas de mortalidade infantil; Segundo Guimarães & Appolinaro (1989), a desnutrição é
uma das principais causas de mortalidade infantil.
Se os autores estiverem entre parênteses, devem ser separados por ; (ponto-e-vírgula).
Exemplo: A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES;
APPOLINARO, 1989).
Três ou mais autores
Neste caso indica-se o uso da palavra latina et al., abreviação de et alii (significa e outros).
Exemplos: Em 1989, Guimarães et al. concluíram que a desnutrição é uma das principais causas
de mortalidade infantil; Segundo Guimarães et al. (1989), a desnutrição é uma das principais
causas de mortalidade infantil; A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil
(GUIMARÃES et al., 1989).
Mais de uma citação
Os autores, ou conjunto de autores, devem ser mencionados sucessivamente, em ordem
alfabética. Exemplos: A desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil (ALVES;
PENHA, 1989; GUIMARÃES, 1987; JONES et al., 1988); Segundo Guimarães (1987) e Jones et al.
(1988), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil; A desnutrição é uma
das principais causas de mortalidade infantil (GUIMARÃES, 1987; JONES et al., 1988).
Casos especiais
Quando o mesmo autor tem duas citações no mesmo ano deve-se acrescentar uma letra
após o ano. Exemplo: Segundo Guimarães (1989a, 1989b), a desnutrição é uma das principais
causas de mortalidade infantil.
Quando dois autores têm o mesmo sobrenome e a citação é do mesmo ano deve-se
acrescentar as iniciais do primeiro nome. Exemplo: Segundo Guimarães, J. (1989) e Guimarães, A.
(1989), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil.
Quando se menciona uma citação de um autor que está contida em apenas uma
determinada página de um livro, isto é, não é o livro como um todo ou um de seus capítulos,
deve-se fazer a menção da página no corpo do texto e não nas referências. Exemplo: Segundo
Guimarães (1989, p.546), a desnutrição é uma das principais causas de mortalidade infantil.
Apud
O termo apud é usado para indicar uma referência que não foi lida diretamente, tendo
sido citada por outro autor. Seu uso deve ser feito com parcimônia, isto é, poucas citações por
trabalho e apenas quando o acesso ao trabalho original for difícil, por exemplo, publicação antiga,
periódico raro ou idioma inacessível. O apud deve aparecer apenas no corpo do texto, sendo
citado nas referências o trabalho em que ele foi citado. Exemplo: A teoria especial da relatividade
foi publicada no início do século (EISTEIN, 1905 apud BRODY; BRODY, 1999).
5. Notas de rodapé
São indicações, observações ou aditamento ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor.
Constituem recurso de que dispõe o autor para indicar as fontes dos diferentes tipos de citação, no
caso das notas bibliográficas. As notas explicativas, porém, destinam-se ao registro de
comentários adicionais não cabíveis no texto, ou ainda para remeter o leitor a outras partes do
trabalho ou a outras obras que tratam da mesma temática. Ambas são apresentadas em
algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte.
6. Referenciação bibliográfica
O registro das referências bibliográficas, ou seja, o conjunto padronizado de elementos
descritivos de um determinado documento deve ser feito de acordo com as normas da ABNT
em vigor desde 29 de setembro de 2002 (NBR 6023).
A referenciação de documentos consultados deve conter elementos essenciais para a
identificação dos mesmos pelo leitor do texto produzido. Estão estritamente vinculados ao
suporte documental, variando, portanto, conforme o tipo.
São considerados elementos essenciais: o nome do autor do documento, título,
número da edição, local da publicação (nome da cidade onde está situado o editor), editor,
ano de publicação. Esses dados devem ser apresentados segundo uma seqüência padronizada.
6.1. Obra considerada no todo
a. Livros
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Número
da edição. Local da publicação: Nome da editora, ano da publicação. Número total de
páginas ou de volumes, no caso de coleção.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos
básicos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1991. 241 p.
b. Dicionários
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor/editor. Título: subtítulo (se houver).
Número da edição. Local da publicação: Nome da editora, ano da publicação. Número
total de páginas ou de volumes. (Coleção ou Série).
HOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português,
português/inglês. São Paulo: Folha da Manhã, 1996.
c. Trabalhos acadêmicos (dissertações, monografias, teses, TCC)
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Data da
defesa. Total de folhas. Tese (Doutorado) ou Dissertação (Mestrado) – Instituição, local,
data.
BRAZIELLAS, M.L.M. Coordenação: um processo de relações interpessoais. 1981. 170p.
Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1981.
d. Revista
-Número especial, suplemento.
TÍTULO DA REVISTA. Título do fascículo ou tema de número especial. Local, editor,
indicação de volume, número, data, número total das páginas do fascículo.
CADERNOS CEDES. Pesquisa participante e educação. São Paulo: Cortez, nº 12, nov.
1985. 64 p.
- Separata
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Local
de publicação: Editora, ano de publicação. Número total de páginas. Transcrição da
indicação da separata com os dados como aparecem na publicação.
SCHMIDT, S. Sistematização no uso de notas de rodapé e citações bibliográficas nos
textos e trabalhos acadêmicos. Brasília: UnB, 1981. 7p. Separata da Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Brasília, vol. 9, nº 1, p. 35-41, jan./jun. 1981.
e. Documento de acesso em meio eletrônico
Inclui bases de dados, listas de discussão, arquivos em disco rígido, BBS (site),
programas, mensagens eletrônicas, entre outros. No caso de arquivos eletrônicos,
acrescentar a extensão à denominação atribuída ao arquivo.
As mensagens que circulam pelo correio eletrônico só deverão ser
referenciadas se não for possível nenhuma outra fonte que aborde o assunto em
questão. As mensagens de e-mail têm um caráter informal, interpessoal e passageiro
e, por este motivo, não devem ser utilizados como dado científico ou técnico em uma
pesquisa.
As referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos
monográficos no todo, acrescidas das informações relativas às descrições físicas do
meio eletrônico. Em obras consultadas on-line, são essenciais as informações sobre o
endereço eletrônico apresentado entre os sinais < >, precedidos da expressão
Disponível em: e seguida pela expressão Acesso em: (data completa, opcionalmente
acrescida de dados referentes à hora, minutos e segundos).
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de
André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1985. CD-ROM.
ALVES, C. Navio negreiro. [S.l.]: virtual books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan.2002, 16:30:30.
6.2. Obra considerada em parte
a. A autoria da parte referenciada é a mesma da obra como um todo
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título do documento no todo:
subtítulo (se houver). Número da edição. Local da publicação (cidade): Editora, ano de
publicação.
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas; amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de
dados. São Paulo: Atlas, 1982. 205p. Cap. 2: Amostragem, p. 37-55.
b. A autoria da parte referenciada não é a mesma da obra como um todo
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor da parte referenciada. Título da parte
ou capítulo etc. In: SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do documento no
todo. Título do documento no todo: subtítulo (se houver). Número da edição. Local de
publicação: Nome da editora, ano da publicação. Número do volume ou número total
de páginas do documento no todo. Número do volume ou da parte. Número da página
inicial-final da parte referenciada.
LÜDKE, M. Aprendendo o caminho da pesquisa. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Novos
enfoques da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 1992. 135 p. Cap. 3, p. 35-50.
c. Publicação periódica
Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista e jornal,
caderno na íntegra, bem como matérias existentes em um número, volume ou
fascículo de periódicos, a saber, artigos, editoriais, seções, reportagens de revistas,
jornais.
Extraído de revista
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do artigo. Título do artigo: subtítulo (se
houver). Título da revista, local de publicação, número do volume ou do fascículo, número
da página inicial – final do artigo, mês e ano do fascículo.
TARGINO, M. G. Citações bibliográficas e notas de rodapé: um guia para a elaboração.
Ciência e Cultura, São Paulo, vol. 38, nº 12, p. 1984-1991, dez. 1986.
Extraído de jornal
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título do artigo: subtítulo (se
houver). Nome do jornal, local, data (mês abreviado). Localização da matéria (nome
do caderno, seção, página).
PRIGOGINE, I. A missão da universidade hoje. O Globo, Rio de Janeiro, 8 set. 1991.
Segundo Caderno, Seção Livros, p.7.
6.3. Evento como um todo e trabalho apresentado
Inclui o conjunto de documentos agrupados como produto final de um evento. Dentre
diferentes denominações, destacam-se atas, anais, resultados, proceedings.
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor do trabalho. Título do trabalho. In:
TÍTULO DO EVENTO, número, ano, local da realização. Título do documento. Local:
Editor/Editora, ano da publicação. Número de volume ou total de páginas. Número do
volume onde se localiza o material referenciado, número de página inicial - final.
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20.1997, Poços de Caldas.
Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade
Brasileira de Química, 1997.
OLIVEIRA, B. Normas básicas para uso de expressões latinas, citações e referências
bibliográficas de documentos jurídicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, p. 10, 1979, Curitiba. Anais. Curitiba:
Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3º vol., vol. 2, p. 633-655.
6.4. Verbete de enciclopédia
A NRB 6023/2002 é omissa no caso da referenciação de enciclopédia. Decidiu-se,
neste documento, considerar a mesma orientação para referenciar parte do documento. Caso
o verbete ou assunto tenha autoria, constituir um dos volumes da enciclopédia, procedendo de
acordo com a orientação para matéria cuja autoria seja distinta da autoria do todo (cf. neste
documento).
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local: editor, ano. Total de volumes. Verbete, localização
(número do volume), página inicial – final.
ENCICLOPÉDIA BARSA. Rio de Janeiro: W. Benton, 1972. 16º vol. Educação, vol. 5, p.
285-298.
6.5. Documento jurídico
Legislação
Quando se tratar de Constituições e suas emendas, acrescenta-se, entre o
nome da jurisdição e o do título, o termo Constituição, seguido pelo ano da
promulgação entre parênteses.
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Poder Executivo. Brasília, DF. 14 dez. 1997. Seção 1. p.
29514.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº 9, de 9 de novembro de 1995.
Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos.
Lex: legislação federal e marginalia. São Paulo, vol. 59, p.1966, out./dez.1995.
Jurisprudência
Inclui, dentre outras decisões judiciais, as súmulas, os enunciados, os
acórdãos, as sentenças.
JURISDIÇÃO. Órgão judiciário competente. Título (natureza da decisão ou ementa):
subtítulo (se houver). Partes envolvidas (se houver). Relator. Local, data. Dados da
publicação conforme o tipo do documento.
BRASIL. Tribunal Regional (5ª Região). Apelação cível n. 42.441-PE (94.05.01629-6).
Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de
Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex:
jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais. São Paulo, vol. 10, nº 103, p.
558-562, mar. 1998.
Doutrina
Inclui discussões técnicas sobre questões e textos legais em monografias,
artigos de periódicos, papers entre outros.
SOBRENOME, Abreviações do prenome do autor. Título: subtítulo (se houver). Dados
da publicação conforme o tipo do documento.
BARROS, R. G. de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor.
Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados. São Paulo, vol. 19, nº 139, p. 53-72,
ago.1995.
6.6. Obras publicadas por entidades coletivas
Obras publicadas por entidades coletivas são referenciadas usando essa denominação
no lugar do nome do autor. Caso a entidade tenha uma denominação genérica, seu nome é
precedido pelo nome do órgão superior ou da jurisprudência geográfica a qual pertence.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos/ Pró-
reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Apresentação de trabalhos monográficos de
conclusão de curso. Niterói, 1992. 59 p.
BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília. DF, 1993. 28 p.
Caso a entidade esteja vinculada a um órgão maior que tenha uma
denominação específica que a identifique, a entrada é feita diretamente pelo seu
nome. No caso de duplicação de nomes, sugere-se acrescentar entre parênteses a
unidade geográfica que a identifica.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da Diretoria-Geral: 1984. Rio de Janeiro,
1985. 40 p.
6.7. Outros
a) A referenciação de material sem autoria declarada começa pelo título, grafando-se
apenas a primeira palavra em letras maiúsculas. No caso de o título ser iniciado por
partícula (o, a, um, uma), esta deve ser colocada depois do título, entre parênteses.
CRÉDITO educativo: MEC adverte escolas. O Globo, Rio de Janeiro, 13 jun. 1993,
Caderno O País, p. 4.
CLIENTE tem sempre razão (O). O Globo, Rio de Janeiro, 9 jan. 1994, p. 20.
b) Obras onde são caracterizadas as contribuições de vários autores são referenciadas
pelo responsável intelectual (organizador, coordenador, compilador), se em destaque
na obra, seguido da abreviatura da palavra que caracteriza o tipo de responsabilidade
registrada entre parênteses: (Org.), (Coord.), (Comp.).
TUBINO, M. J. G. (Org.). A universidade ontem e hoje. São Paulo: IBRASA, 1984.
181p.
c) Outros tipos de responsabilidade, tais como revisor, tradutor, ilustrador, podem ser
acrescentados após o título, conforme aparecem no documento.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos. Tradução Vera da Costa e
Silva et al. 17. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002.
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6027. Sumários. 1989. São Paulo: ABNT, 1989.
____________. NBR 6024. Numerações progressivas das seções de um documento – procedimento. 1989. São Paulo: ABNT, 1989.
____________. NBR 6023. Referências bibliográficas. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6028. Resumos. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6032. Abreviações de títulos de periódicos e publicações seriadas - procedimento. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 6822. Preparo e apresentações de normas brasileiras. 2000. São Paulo: ABNT, 2000.
____________. NBR 10520. Apresentação de citações em documentos. 2001. São Paulo: ABNT, 2001.
____________. NBR 10524. Preparação da folha de rosto de livro - procedimentos. 2002. São Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 10719. Apresentação de relatórios técnico-científicos. 2002. São Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 14724. Informação e documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação. 2002. São Paulo: ABNT, 2002.
____________. NBR 6023. Informação e documentação – referências - elaboração. 2002. São Paulo: ABNT, 2002.
CHAVES, M. A. Projeto de pesquisa: guia prático para monografia. Rio de Janeiro: WAK, 2002.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MOURA, M. L. S. (Org.). Manual de elaboração de projetos de pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ, 1998.
PÉREZ, J. M. Metodologia do trabalho acadêmico. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco, 1996 (Material Instrucional).
RÚDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 30ª.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. 9.ed. Porto Alegre: Sulina, 1981. 236p.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 19ª ed. São Paulo: Cortez, 1993. 252p.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.