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NOS BASTIDORES DE UMA REUNIÃO ESPÍRITA CURSO DE CAPACITAÇÃO- EXPOSITORES DO EVANGELHO

APOSTILA ESTE MATERIAL TEM O EXCLUSIVO PROPÓSITO DE FORNECER APONTAMENTOS; COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES SOBRE

O TEMA EM EPÍGRAFE APRESENTADO EM AULA NO CURSO DE CAPACITAÇÃO – EXPOSITORES DE EVANGELHO - VESPERTINO

2017

30ª aula

NOS BASTIDORES DE UMA REUNIÃO ESPÍRITA

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Porque onde se acham dois ou três congregados em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mateus,8: 20).

OBJETIVO

Estudar as inúmeras atividades que se realizam numa Casa Espírita sob a ótica do mundo espiritual.

Nas reuniões, aos mais diversos fins, descortinam-se as tarefas e seus tarefeiros; os recursos disponibilizados e a tecnicidade empregada para o amparo nos estudos e na assistência às criaturas que buscam o aperfeiçoamento íntimo. Vale notar, que tais atividades, que fundamentam uma Casa Espírita são especialmente balizadas pelo irrestrito respeito e disciplina inerentes à pureza doutrinária.

Esta exposição é uma adaptação livre que se vale basicamente da obra Seara do Bem – Nos bastidores de uma reunião espírita, - Luís Antonio Ferraz Espírito pelo Espírito de Antonio Carlos Tonini, - Editora Didier. Em amplo sentido de melhor expor e dar fundamentos aos estudos, valemo-nos ainda de outras obras de André Luiz /Chico Xavier que auxiliam na reflexão do tema e estão devidamente citadas no transcorrer da apresentação; ou seja: - Nos domínios da mediunidade e Os Mensageiros.

Incontáveis são as obras que nos relatam tais atividades. Aqui, foram selecionadas três que possibilitam real valor analítico para que possamos compreender o que se passa do lado invisível durante as reuniões Espiritas.

Vale frisar que foram feitas para esta apresentação (PowerPoint) algumas adaptações, em especial no ordenamento de fatos, para predispô-los a uma sequência lógica tal qual ocorrem as atividades na Seara Bendita

Esse trabalho recebe autorização e aval da FEB, além das Editoras detentoras dos direitos das obras.

As imagens são fruto do trabalho dos ilustradores e dirigentes do projeto – com direitos adquiridos para exibições públicas e privadas.

CONSIDERAÇÕES

O Espiritismo, e como coloca Kardec em sua obra – está fundamentado em três pilares. Ciência, Filosofia e Teologia ou religiosidade

A CIÊNCIA

Ciência representa todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseando em princípios certos. A ciência comporta vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos.

Método científico é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e comprovação de um determinado conteúdo. Em suma, produz mensuração e capacita o homem a prever fatos, fenômenos desde que determinadas condicionantes se ocorram. A metodologia é essencial na ciência, assim como a ausência de preconceitos e juízos de valor.

A FILOSOFIA.

A filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.

Uma técnica, ao contrário do método científico que “recorta fatos homogêneos” para buscar explicações. A filosofia busca várias correntes causais autônomas, homogêneas, e heterogêneas, e até exógenas a fim de buscar múltiplos resultados.

A técnica filosófica tem sua racionalidade própria, interseccionada com a da ciência, mas não é redutível a ela.

A filosofia visa a capacitação moral do sujeito em seu ato de conhecimento evolutivo. A moral é fator imprescindível à retenção de qualquer tipo de conhecimento, que possa ser considerado aceitável.

A RELIGIÃO

No Espiritismo, a religiosidade procura a razão no interior da fé cristã. Diante dessa premissa, o Espiritismo centra-se na fé acerca de tudo quanto se relaciona a Deus; aos propósitos divinos; às relações entre Deus, o Homem, e o mundo espiritual, além da Bíblia e da codificação espírita e outras obras relacionadas à doutrina – que detém a maior quantidade de publicações e estudos entre todas religiões ou seitas existentes.

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Do tripé que rege a Doutrina Espírita, desenvolveu-se desde os seus primórdios, um cuidado especial naquilo que se evoca como pureza doutrinária; ou seja, revelada pelos espíritos superiores e fielmente codificada por Allan Kardec.

É de suma importância a unidade e integridade da Doutrina que se baseia nas mais avançadas revelações, fornecidas pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, e assim este salienta em “Obras Póstumas – (1868)

- “Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade” e “o único meio de evitá-la, senão quanto ao presente, pelo menos quanto ao futuro, é formulá-la em todas as suas partes e até nos mínimos detalhes, com tanta precisão e clareza, que impossível se torne qualquer interpretação divergente”.

Assim, bem sabemos que a Doutrina Espírita constitui seus princípios e ações em fundamentos legados por uma plêiade enorme de Espíritos que nos concederam arrazoado conhecimento acerca de novos e mais aprofundados conceitos a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida material e espiritual. Revelaram ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

A religião, ciência e filosofia, assim arrazoadas, impelem nosso íntimo à crença ou fé que independe de rótulo ou embalagem, pois deve significar o amor a Deus, ao próximo, como a si mesmo. Desafio enorme, pois todos trazemos inúmeras mazelas internas, difíceis de serem superadas.

As reuniões espíritas visam ajudar-nos na superação dessas dificuldades.

As palestras públicas nos Centros Espíritas não são apenas uma oportunidade para divulgar o Espiritismo, mas, também, e em especial quando da Exposição do Evangelho um valioso instrumento na terapêutica desobsessiva.

DA EXPOSIÇÃO

TÍTULO: BASTIDORES DO CENTRO ESPÍRITA

OBRA: “NA SEARA DO BEM”

ESPÍRITO: ANTONIO CARLOS TIOSSO TONINI

MÉDIUM: LUIZ ANTONIO FERRAZ

EDITORA: DIDIER

PERSONAGENS:

◊ TONINI – autor espiritual do livro

◊ CÂNDIDO – espírito que levou Tonini até o Centro Espírita

◊ JOEL – responsável espiritual por todo o grupo

◊ CORNÉLIUS – médico responsável pelo trabalho fluidoterápico

◊ MARCOS – acompanhante de Tonini durante visitação ao Centro Espírita

Tonini - Espírita, esteve por 40 anos em nosso plano, em nossa dimensão, na cidade de Votuporanga. Ali atou em Casas Espíritas na cidade e imediações, como voluntário-trabalhador nas mais diversas tarefas inerentes aos Centros.

Quase dez anos após ter desencarnado, reuniu na obra citada, seus apontamentos sobre como funciona o lado invisível um Centro Espírita padrão, respondendo assim a muitas dúvidas dos frequentadores e mais especificamente dos estudiosos da Doutrina.

Na espiritualidade, Tonini recebe permissão para visitar uma Instituição Espírita durante as atividades de uma Reunião. Não se tratava de mera curiosidade, mas o desejo, desde sua última encarnação, onde, afeiçoado aos estudos da Doutrina desejava ver e saber em detalhes o que transcorria em paralelo na Espiritualidade.

Na chegada, sua emoção era tanta que Cândido (Espírito que o acompanhava) lembrou-o que a excursão não tinha por objetivo satisfazer a curiosidade, mas alimentar os vínculos com a existência carnal e estender o aprendizado (assim como desejamos que seja para os assistentes desta Exposição).

A instituição em tela, nos permite grande reflexão sobre a doutrina codificada por Kardec, sob as três óticas – científica, filosófica e teológica, pois estrutura-se administrativa e organizadamente nos moldes determinados pela legislação de nosso plano, mantendo como atividades: - palestras públicas, aplicação de passes, água fluidificada,

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vibrações, atendimento fraterno, orientação e evangelização em perfeita e clara sintonia à pureza doutrinária que devemos nos ater.

O PLANO ESPIRITUAL organiza-se em quatro setores: VIGILÂNCIA; ENFERMAGEM/OU AUXÍLIO; ESCLARECIMENTOS e COMUNICAÇÃO, contando com variados recursos e componentes, distribuídos em equipes nas diferentes especialidades, selecionados por um Coordenador Geral, tendo como critério a boa vontade, as disposições íntimas do candidato, além dos recursos adquiridos e tendências morais.

No PLANO ESPIRITUAL, e aqui vale muito nossa atenção, Tonini a exemplo do que André Luiz também fez, nos reporta que edifício onde abriga a Casa Espírita, ultrapassa os limites por nós visíveis.

Explica que “no ambiente da instituição há outro ambiente ‘interexistente’. Nele, por exemplo, o salão das reuniões públicas, amplia-se para além das paredes de alvenaria, com outro auditório a ele se acoplando, destinado a receber os Espíritos desencarnados assistidos.

Um halo de luz protege o núcleo de serviços, bem como toda edificação, resultante das vibrações do ambiente cristalizadas a partir das atitudes mentais exteriorizadas pelas criaturas que o frequentam.

O acesso ao interior do recinto não é franqueado a todos os Espíritos, ante o perigo daqueles que se mostram muito perturbados, agressivos e contrários às atividades ali desenvolvidas, e assim colocarem em risco a harmonia das mesmas.

No halo luminoso que envolve o prédio, há um ponto para o acesso, - uma passagem para os triados que mostrem condições favoráveis.

No ambiente onde se desenvolve a palestra pública, informa haver, voltada para o auditório onde permanecem os desencarnados em atendimento, grandiosa tela capaz de captar as ondas mentais do Expositor, traduzindo-as em forma de imagens vivas e arrebatadoras, produzindo efeitos altamente positivos nos necessitados presentes na dimensão invisível.

A Exposição do Evangelho versa por uma atividade que clareia as mentes e corações dos presentes, sejam encarnados ou desencarnados. Tal atividade sempre conta com espíritos benfeitores que influenciam os trabalhadores voluntários da Instituição bem como aos assistidos que a ela ocorrem.

AOS EXPOSITORES E DEMAIS VOLUNTÁRIOS

Por várias vezes, chegamos e fazemos nosso trabalho com toda dedicação; mas não podemos esquecer que antes disto, e de forma preparatória, outra equipe se fez presente para que ambiente esteja apto.

Por respeito a esses trabalhadores da espiritualidade devemos nos preparar devidamente para o dia do trabalho. Este respeito é identificado e intensificado ao agirmos disciplinadamente em perfeita sintonia à pureza doutrinária. São normas de conduta imprescindíveis à melhor obtenção dos recursos da espiritualidade.

Nossa participação em todas fases dos trabalhos é de suma importância – em referência, desde a preparação até o encerramento.

Na preparação, unimos o ambiente físico com o espiritual.

No encerramento, nos desligando de toda e qualquer sintonia decorrente do trabalho, nos energizando para mais uma semana, vibrando amor e caridade para os mais necessitados e agradecendo a toda Espiritualidade a dádiva do trabalho na Seara de Jesus.

A nós expositores, a boa preparação e a disciplina dá notável condição a que assistidos seja no plano físico e no plano espiritual possam, em ato contínuo buscarem suas respectivas evoluções através do discernimento, do conhecimento da palavra de Jesus e da explicação da Doutrina Espírita. Trata-se da ação consoladora que ampara e elucida.

Por tudo que evolve os estudos nesta área, e sintetizados nesta apresentação, vale frisar que muitos que buscam as Casas Espíritas, o fazem em momento de dúvidas pelas lutas diárias, sofrimentos de toda ordem, frustrações e até por curiosidade. Não importa, bem sabemos que aquilo que os impele não é por mera coincidência, assim, é dever de quem expõe o Evangelho, ou temas doutrinários, fazer com que saiam esperançosos, com novos conhecimentos, satisfazendo até os curiosos fomentando a harmonia e paz entre todos. Afinal, quem busca uma Casa Espírita, que receba a mensagem pacificadora que o Evangelho traz.

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A palestra, e demais atividades na área assistencial de uma Instituição Espírita são auxiliadas e claramente espelhadas naquilo que os irmãos da espiritualidade estejam também fazendo; contudo, não é só isso, pois há patente necessidade de que os trabalhadores do plano físico correspondam; e estejam bem preparados para a tarefa evangelizadora e consoladora e que abrem condições evolutivas aos assistidos, sejam eles encarnados ou desencarnados.

Não podemos encarar essa questão sob a ótica justificatória de nossas deficiências no plano físico possam e devam ser plenamente supridas pelo plano espiritual. Devemos atuar em consonância à Doutrina e à suas recomendações práticas sejam elas pela tecnicidade que empregarmos tal qual pelo número adequado de trabalhadores a cada uma das atividades Espíritas que são objeto de atenção da nossa Instituição. Enfim, devemos fazer e fazer bem feito; - pois somos apenas parte de uma ação regida pelo plano superior em benefício daqueles que nos procuram - e por que não dizer em nosso próprio benefício!

Apresentação daquilo que a espiritualidade nos revelou sobre os “bastidores de uma reunião espírita”, tem por desígnio nos alimentar do entendimento e vínculos da existência carnal e da espiritual pela prática padrão e corriqueira daquilo que ocorre numa Casa Espírita. Nesta apresentação, se ao personagem na espiritualidade, Tonini, era uma oportunidade de aprendizado, esperamos que esta mesma experiência e objetivo tenha se estendido a todos nós.

MENSAGEM

A vida é criação divina, representando venturosa dádiva ao espírito – viajor da eternidade.

Cada existência na Terra faculta-lhe nova oportunidade de crescimento, permitindo a abençoada colheita das experiências.

Por certo, a vida não se restringe ao período berço-túmulo, pois que, antes e depois da existência física, o espírito – ser imortal – goza da excelência de viver.

Há sempre vida, e essa se desdobra em dois planos: o material e o espiritual. O primeiro, transitório e passageiro; o segundo, real e verdadeiro. Entretanto, embora fugaz, a vida na Terra, através do fenômeno da reencarnação, representa sublime aprendizado ao espírito imortal.

A Terra afigura-se um educandário de luz, e o espírito, o aprendiz que demanda alcançar a sabedoria.

Como o aluno que busca os bancos escolares para o aprendizado necessita de atenção e esforço para assimilar as lições, a experiência terrestre requisita, igualmente, trabalho perseverante e constante aproveitamento.

Assim, concluímos que a vida na Terra não representa um passeio turístico, mas sim a santa oportunidade da ascensão espiritual.

Deste modo, viver requer responsabilidade e disciplina, sem que o homem se assemelhará a um aprendiz relapso e insensato.

Recorramos uma vez mais ao exemplo da Escola. Cursando-a, o educando passará por várias etapas de aprendizado, desde a alfabetização até ao curso universitário.

Na escola da vida, essas etapas de aprendizado representam as fases da existência. Cada qual com as suas características e peculiaridades, entretanto todas importantes e ricas em sublimes lições.

Aproveitar positivamente as oportunidades da vida, eis o grande desafio.

Pelo Espírito: Antônio Carlos Tonini

Psicografado por: Luís Antônio Ferraz

Livro: No Entardecer da Existência –Editora DIDIER


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