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Nossa aventura humana

Nossa aventura humana

CAPÍTULO 4

Tomorow’s Children – Riane Eisler

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Tecnologias rivalizamcom as forças da natureza.

-As idéias valores e práticas que guiam estas tecnologias irão determinar largamente nosso futuro e o de outras formas de vida em nosso planeta.

Padrões e Possibilidades 01

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Expõe os jovens a dois tipos de possibilidades culturais humanas:

- oportunidade de pensar sobre dois aspectos diferentes do que significa ser humano,

- avaliar as evidências de cada um , e para chegar a suas próprias conclusões.

Educação participativa 02

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É a estória de eventos aleatórios com pouco significado, da capacidade de invenção e aquisição pontuada por guerras constantes, opressão e derramamento de sangue, por batalhas intermináveis entre os homens, tribos e nações para dominação e controle:

Primeira versão 03

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- escrita por conquistadores nas quais mulheres, crianças e homens de “classes baixas” e “raças inferiores” exercem apenas papéis pequenos.- nos diz que a nossa é uma espécie profundamente falha - uma que vez, apesar de suas grandes capacidades e aspirações, não consegue viver em igualdade e paz.

04Primeira versão

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A outra estória amplia a lente analítica para revelar uma imagem mais clara: uma que aponte nossa história como um todo, incluindo pré-história; o todo da humanidade, tanto sua parcela macho como fêmea; e o todo de

Segunda versão05

nossas vidas, ambas, tão chamadas esfera pública e esfera privada da vida de todo dia de pessoas “ordinárias”.

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-reconhece o aspecto dominador de nosso passado e presente. Mas foca sobre a possibilidade de um modo de vida mais pacífico e eqüitativo,

-chama a atenção para aspectos em segundo plano característicos de sociedades ou períodos orientando primariamente o modelo dominador ou de parceria, oferecendo esperança e inspiração embasadas para criar um futuro humano sustentável.

06Segunda versão

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Muito do que é ensinado para as crianças a respeito dos animais em escolas, universidades, ou pela televisão e outros meios de massa focalizam-se primariamente sobre agressão, violência e dominação – apesar de que novos estudos mostram que muitas teorias sobre animais precisam ser reexaminadas

07Segunda versão

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O desenho do brutal homem das cavernas carregando uma clava enorme em uma mão e com a outra arrastando uma mulher pelos cabelos comunica a mesma mensagem.

Em pequenos golpes “interessantes” nos diz que de um tempo imemorial os homens equacionaram sexo com violência e que as mulheres foram objetos sexuais passivos, em outras palavras, que a associação de sexo com a dominação masculina e violência é apenas “natureza humana”.

08Segunda versão

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A evolução do hominídeo, e então humano, a cultura também segue mais de um caminho. Nós temos alternativas.

09Segunda versão

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Nós podemos organizar relações de maneira a recompensar violência e dominação. Ou, como algo de nossa arte inicial sugere, nós podemos reconhecer nossa interconexão essencial um com o outro e com o resto do mundo vivo.

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Nós podemos construir relações sociais baseadas primariamente em hierarquias de dominação suportadas pelo medo- e, por último, força.

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Nós podemos construir hierarquias de atualização, na qual o poder é usado não

para controlar outros mas para permitir aos outros a realização de todo seu potencial

humano.

11Segunda versão

Quando isto acontece, toda a sociedade é beneficiada.

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Os alunos podem perceber as diferenças entre modelos de parceria e dominação e entre hierarquias de dominação e hierarquias de atualização através de exemplos simples de suas

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experiências na vida diária tanto dentro quanto fora de suas escolas.Quando mais adiantados, os alunos podem analisar os benefícios permitir a outros realizar todo o seu potencial (atualização) versus os efeitos deformantes de controlar os outros (dominação).

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O reexame de culturas anteriores e mitos em termos de sua localização no contínuo participação-dominação pode ser um ingrediente importante na educação multicultural que nós precisamos hoje para ajudar a reduzir as tensões, e também para diminuir a violência, em nossas escolas e nações causados pelo preconceito racial e étnico.

13Segunda versão

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Um movimento consiste na mudança de uma grande fase tecnológica para outra. Estas são fases tecnológicas familiares trazidas por modificações tecnológicas fundamentais: a revolução agrária, a revolução industrial e as revoluções nucleares, eletrônicas e bioquímicas.

14Teoria da Transformação Cultural

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- O segundo movimento não é tecnológico, mas social e cultural. Ele consiste em trocas entre períodos orientando primariamente ao modelo de participação e dominador.

15Teoria da Transformação Cultural

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Olhando as interações entre estes dois movimentos, percebe-se como o desenvolvimento e utilização de lançamentos tecnológicos são profundamente afetados pelo grau em que um período ou sociedade orienta primariamente para um modelo de participação ou dominação.

16Teoria da Transformação Cultural

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A Velha Idade da Pedra

Cultura - as crenças e comportamentos transmitidos através do aprendizado de geração em geração

Tecnologia - a fabricação de instrumentos tem raízes antigas entre os mamíferos, particularmente os primatas.

Mas é entre os humanos que a cultura e tecnologia assume importância crítica.

17Teoria da Transformação Cultural

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A revolução agricultural acompanhou a maior fase:- Mudança da economia coletor/caçador para a economia de fazendas primárias.

18Os primeiros fazendeiros

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Período Neolítico: Duas abordagens

- a invenção da agricultura acompanha a dominação masculina, guerra crônica, e o comando pelas elites ricas e poderosas de machos sobre escravos, mulheres, e “pessoas comuns”.

Esta estória é inconsistente com a afirmação de que a dominação masculina e guerra crônica estavam lá desde o início da evolução humana:

19Os primeiros fazendeiros

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– a violência está em nossos genes, e que os hormônios como a testosterona torna os homens inevitavelmente violentos.

No entanto, ambas estas estórias são consistentes em sua mensagem subjacente: Elas “explicam” a “inevitabilidade” de uma organização social dominadora.

20Os primeiros fazendeiros

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Acadêmicos como Edward Westmarck discutiram que nunca tinha havido nem nunca haveria outra coisa que famílias e sociedades comandadas por homens – que o patriarcado é a única forma humana possível.

21Os primeiros fazendeiros

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Outros acadêmicos, incluindo J.J. Bachofen e Lewis Henry Morgan, e mais tarde Friedrich Engels e Alexander Rustow, discutiram não só as evidências de ambos: arqueologia e mito apontam para sociedades ancestrais que eram matriarcais, mas estas sociedades eram guiadas por valores estereotipados femininos e igualitários.

Ainda outros concordam que os matriarcados existiram mas afirmam que estas sociedades eram cruelmente comandadas por mulheres, atribuindo a elas a origem de práticas bárbaras como sacrifícios humanos.

22Os primeiros fazendeiros

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Em resumo, um dos aspectos mais importantes e interessantes das novas informações sobre a nossa pré-história é a de que a cultura em regiões diferentes do mundo compartilha uma antiga herança de colaboração.

23Os primeiros fazendeiros

Esta herança comum é um tema unificante para os povos ao redor do mundo. Enquanto ela se torna mais conhecida, pode ajudar diferentes grupos raciais e étnicos a encontrar terreno comum. Também pode ajudar homens e mulheres a terminar “a guerra dos sexos” – mostrando que a colaboração entre iguais é uma alternativa viável.

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A Metamorfose do mitoà realidade

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Divindades femininas também estão associadas a fabulas importantes em muitas tradições mundiais que a maioria dos textos ainda credita somente aos homens.

25A Metamorfose do mito à realidade

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Mitos giram ao redor de poderosas figuras femininas.

Mulher serpente Mulher milho Mulher terra Avó do milho Mãe terra

Como escreve Allen, “a mulher é a verdadeira criadora se pensar pelo ângulo do qual todos dela são nascidos”

26A Metamorfose do mito à realidade

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27A Metamorfose do mito à realidade

Na tradição Céltica européia, Piast, que é pintado como uma cobra do mar cornuda gigantesca, parece ser uma Deusa formosa / Criadora.

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28A Metamorfose do mito à realidade

Na Austrália aborígines adoram a Serpente arco-íris que representa a grande mãe, ligada ao sol e ao desenvolvimento das plantas e da vida.

No Egito, Hathor uma antiga Deusa cujo porder estava ligado a vida no Rio Nilo

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29A Metamorfose do mito à realidade

Na Índia Saravasti foi honrada como inventora da escrita

A autora cita ainda deusas das tribos norte americanas, da China e México.

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30A Metamorfose do mito à realidade

A posição feminina na mitologia parece ter seguido o padrão achado em outras regiões do mundo onde no início figuras mitológicas feminina foram dadas como criadoras e em seguida torna-se esposa ou mãe de um deus masculino, primeiro na posição de igualdade e depois num papel subserviente, rebaixada a um estado de não divino, e finalmente são transformados em demônios como bruxas ou monstros.

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31Da Pré-história à História

Por exemplo Deusas Serpentes (a qual periodicamente muda e renova sua pele) como um símbolo benevolente dos poderes regenerativos da natureza- perceba que a associação de mulheres com cobras nem sempre são negativas. Seguindo a viagem da Deusa Serpente pelo tempo, repare como este arquétipo feminino veio a ser conhecido como Medusa, o monstro grego que transformava os homens a pedra

Se tornou num símbolo poderoso para destruir em lugar de gerar vida.

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Se fizermos um pequeno trabalho de investigação, podemos seguir suas origens e colocar em uma seqüência de Criadora a subserviente, para a conversão a um Deus masculino ou a uma bruxa ou a um monstro demoníaco.

Da Pré-história à História

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33Da Pré-história à História

Em todos os exemplos de antigas civilizações, quando as divindades femininas exercem um papel de criadoraa sociedade de parceria respeita e dá a importância a mulher e há neste período uma harmonia e menor desigualdade social, porém na transição para uma sociedade de dominação as divindades femininas e as mulheres são menosprezadas. A violência, e a desigualdade social são uma constante.

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Grécia Antiga - um exemplo

A cultura grega teve influências da religião minóica, centrada na adoração de divindades femininas e deusas;

Há poderosas figuras femininas na Odisséia de Homero.

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Grécia Antiga – mas...

Poucos são os registros que enfatizam a figura feminina;

Os currículos convencionais focam o homem e ainda permanece obscuro o fato significante de que a civilização grega é uma mistura dos elementos dos modelos parceria e dominador.

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Roma Como no estudo da

Grécia clássica, a maioria das atribuições é relativa aos homens;

Os documentos geralmente têm como foco a política de dominação;

Nos escritos menos difundidos sobre a sua história encontram-se referências ao amor.

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Roma – figuras femininas

Fulvia, uma das esposas do Marco Antônio, liderou um exército durante sua ausência no Egito;

Lívia, avó do Imperador Cláudio, ajudou seu marido e seu filho a manterem o poder imperial;

Agrippina, esposa de Cláudio, envenenou o marido para que seu filho fosse antecipadamente o imperador.

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Outras figuras femininas Cleópatra governou o Egito ainda adolescente;

Maria Madalena foi uma das discípulas preferidas de Jesus.

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Papel da Igreja No século IV, a Igreja

tornou-se uma instituição dominadora e predominantemente masculina;

Igreja usava a violência para manter o seu poder, via cruzadas, inquisições e caça às bruxas.

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Antes do Cristianismo

Meio Oriente e Europa

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Chamada “era da fé”;

Voltados para uma vida moral e melhor, com menos violência e mais ordem;

A fé era uma resposta a uma época, na realidade, muito violenta (Igreja repressora).

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Oeste Europeu

Constantes elementos de dominação (colonização da África, Américas etc.);

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Períodos de influências do modelo em parceria (ex: Eleanor de Aquitaine criou a mais gentil e feminina cultura dos trovadores).

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Renascença

Marcada pela tensão entre os dois modelos; Em alguns aspectos época de influência em

parceria: educação igualitária, ascendência de valores femininos e ênfase na arte;

Mas o movimento em parceria foi contido pela força do modelo dominador.

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Era Industrial ou Moderna

Na Europa e América do Norte: época de ascensão tecnológica e desequilíbrio social;

América do Sul: mudança de monarquias autoritárias para repúblicas democráticas, famílias menos autoritárias e surgimento do movimento contra escravidão;

Século XIX: movimento feminista; século XX: emancipação da mulher;

Choque de valores: sistema dominador está fortemente enraizado.

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Era Pós-Moderna Fim do século XX, marcada pela

revolução das tecnologias nuclear, bioquímica e eletrônica;

Misto de modelo dominador e de avançadas tecnologias torna-se insustentável;

Traz um forte movimento pra mudar a conquista da natureza pelo homem;

Mudanças nas tradições de dominação (questões: direitos das mulheres, estupro, abuso de crianças, agressão...)

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Dominador x Parceria

“In sum, the outcome of the tension between the partnership and dominator models as two basic human possibilities is far from settled”.

(EISLER, Riane. Tomorrow´s Children, p 129)

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Dois futuros possíveis 1 – Quebra do sistema

dominador: insustentável; bombas nucleares; guerras biológicas; terrorismo sofisticado;

 

2 – Descoberta da parceria: futuro sustentável; tecnologias desenvolvidas para promover o equilíbrio; igualdade entre sexos; menos violência; menos exploração e redução da degradação da natureza.

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