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DIÁRIO DO NORDESTE | FORTALEZA,CEARÁ-QUARTA-FEIRA,23 DE JUNHO DE 2010 | 9

IB CERCADE70%dosintegrantesdasequipesnãopossuemespecializaçãonoatendimentoàsvítimas FOTO: KID JUNIOR

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Apesquisa forneceelementos paraaprimorar Varasespecializadas e oacesso da população

EAfaltade

infraestruturaéoutraimportantedeficiênciaapontadapelolevantamento

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Identificar as áreas nas quaiscrianças e jovens estão mais vul-neráveis ou onde existe carên-cia no atendimento prestado pe-la Justiça para nortear a criaçãode novas Varas ou dotar as exis-tentes de melhor estrutura é umdos objetivos da pesquisa “Justi-ça Infanto-juvenil: situaçãoatual e critérios de aprimora-mento”, divulgada parcialmen-te, ontem, pelo Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ).

Mesmo de forma preliminar,o estudo incluiu o Ceará entreos “estados mais críticos” na Re-gião Nordeste no que tange aoatendimento prestado pela Jus-tiça infanto-juvenil, ao lado doMaranhão, Piauí, Paraíba eBahia. Em melhor situação, des-taca-se o Rio Grande do Norte.

Já no item “perfil forense” dapesquisa, o Ceará aparece commenos de 500 casos novos pormagistrado em Varas exclusivase cumulativas no ano de 2008.Enquanto isso, o Distrito Fede-ral lidera, com quase três milcasos, em igual período. Emprincípio um indicador positi-vo, o menor número de casostambém pode indicar umasubnotificação das ocorrências,admitiu o conselheiro do CNJradicado na Capital cearense,Jorge Hélio.

Detalhes

Maiores investimentos na in-fraestrutura de atendimentodas Varas da Infância e Juventu-de e na capacitação e especiali-zação dos profissionais foramalgumas das necessidades apon-tadas na pesquisa. Informaçõesdetalhadas por estados serão di-vulgadas hoje pelo Ipea, esclare-ceu, na noite de ontem, a asses-soria de comunicação do CNJ.

Integrante da Comissão deAcesso à Justiça e Cidadania doCNJ, ele lembrou que a pesqui-sa é um pontapé para a elabora-ção de políticas públicas unifica-das no País de atendimento àinfância e juventude. “Isso quan-do possível e se respeitando aautonomia do Judiciário”.

O estudo trouxe uma amos-tragem, disse, explicando queos dados iniciais serão levadospara os tribunais de Justiça dos

estados, a fim de que esses apre-sentem correções ou novidades.

Segundo informações da pre-sidente da Comissão de Acessoà Justiça e Cidadania do CNJ, aconselheira Morgana Richa,com base em dados concretossobre as necessidades das Varasda Infância e Juventude, o Judi-ciário poderá atuar melhor nasáreas onde há demandas.

Além disso, Jorge Hélio lem-brou que, por meio do universoobservado nesse trabalho poramostragem, será possível iden-tificar a existência de criançasem conflito com a lei ou interna-das para cumprir medidas so-cioeducativas. “Nosso objetivoé de seja instalado o maior nú-mero possível de Varas exclusi-vas de Infância e Juventude noBrasil”, ressaltou, observandoque, nos dias de hoje, é comumesse atendimento judiciárioacontecer juntamente com Va-ras da Família e dos Idosos.

Existem, no País, cerca de3.500 Varas com competênciapara temas relacionados à infân-cia e juventude. De uma amos-tra de 1.347 dessas Varas, ape-nas 85 declararam tratar exclusi-vamente sobre o tema, o quecorresponde a 6,3% do total.

Realizado em parceria com oInstituto de Pesquisa Econômi-ca Aplicada (Ipea), o estudo tra-ça um diagnóstico da situaçãoda Justiça infanto-juvenil noBrasil, que servirá de parâmetropara os investimentos e as políti-cas públicas do Judiciário volta-dos ao tema. o

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JUSTIÇA INFANTO-JUVENIL