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Noticias 2011/2012 SUAPE (Jornal do Comercio)

Lixões

A vergonha que resiste no Grande Recife

Mais de uma década se passou e os lixões na Região Metropolitana do Recife sobreviveram às promessas, planos e prazos que anunciavam seu fim

Publicado em 28/04/2012, às 18h46

Ciara Carvalho

Em Araçoiaba, Elza vive em meio aos dejetos para tirar R$ 200 por mês

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

O bicho-homem reduzido à condição de bicho-urubu. Elza abre os braços e escancara a vergonha. As imagens que ilustram esta reportagem não deveriam mais existir. Persistem, dia após dia, fruto do descaso e incompetência do poder público de transformar em realidade planos que já foram escritos, reescritos e sempre engavetados.

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Se dependesse do papel, a Região Metropolitana do Recife (RMR) já estaria livre dos lixões.

Mas em cinco dos seus 14 municípios os dejetos continuam sendo despejados em terrenos baldios. Agressão não só aos olhos, olfato, meio ambiente. Violência sobretudo à condição da dignidade humana. A reportagem do JC visitou todas as cidades do Grande Recife que ainda convivem com esse mal e flagrou menores, adultos e velhos misturados aos restos da cidade. Em Ipojuca, município que sedia o progresso de Suape, encontrou moradia dentro do lixo. Pelo menos 30 barracos, habitados por moscas e miséria. Há mais de uma década, autoridades e órgãos de planejamento se reúnem para decretar o fim do lixo a céu aberto.

O atraso agora pede pressa. O ultimato está lá na Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que cravou 2014 como a data-limite para o fechamento de todos os lixões do País. O prefeito que não se adequar à nova regra poderá enfrentar a caneta do Ministério Público, que passará a ter um instrumento legal para obrigar os municípios a fazer o dever de casa.

Elza Ferreira da Silva, 34 anos, já ouviu dizer que o lixão de Araçoiaba, onde ela se humilha diariamente para tirar míseros R$ 200, por mês, vai fechar.Já ouviu essa conversa outras vezes também. Mas, há anos e anos, o terreno, no meio do canavial, continua recebendo caminhões carregados de lixo, dois de manhã, dois à tarde. Assim mesmo, fica preocupada. “O que vai ser da gente? Isso aqui é uma nojeira. Mas sem o lixo, de onde vou tirar meu sustento?”

A pergunta de Elza ganha eco em outros locais visitados pela reportagem. Nenhum catador se orgulha de viver de restos. Mas como dependem do lixão para sobreviver vão direto ao ponto. “No começo eu tinha nojo. Passava mal, vomitava. Agora eu já me acostumei. É isso ou a fome”, diz Rubiana Gomes Marques, 21, que há cinco anos sobrevive do lixão de Itapissuma. “Empresa nenhuma contrata gente sem formação ou estudo. E sem emprego, o que sobra para a gente é o lixo”, resume Josemar Galdino de Brito, 36 anos, que começou a catar no lixão de São Lourenço da Mata quando tinha 13 anos. Parece sina. A maioria dos adultos que estão ali chegou ainda criança.

Navios

Perdas do Estaleiro poderiam construir outro navio do tipo Suezmax

Primeiro navio do empreendimento vai sair de Suape com preço 53% acima do valor contratado

Publicado em 27/04/2012, às 13h57

Adriana Guarda

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A demora de quase 4 anos para construir o petroleiro João Cândido vai custar caro ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O primeiro navio do empreendimento vai sair de Suape com preço 53% acima do valor estabelecido no contrato com a Transpetro. Atraso no cronograma, retrabalho e necessidade de reforçar a contratação de mão de obra fez o valor saltar de R$ 323,4 milhões para quase meio bilhão de reais (R$ 495 milhões), no acumulado de 2008 a 2011.

O atraso também provocou efeito dominó na construção dos outros 22 navios encomendados pela Transpetro, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). No balanço divulgado esta semana pelo EAS, a empresa reconhece uma perda de R$ 333,4 milhões na construção das três primeiras embarcações. O valor do rombo é suficiente para construir outro petroleiro Suezmax.

No que depender do cliente, o Atlântico Sul terá que arcar com o prejuízo. Pelo menos é o que diz a Transpetro. Procurada pela reportagem do JC, a empresa informou que "pagará pelos navios encomendados ao EAS o preço estipulado em contrato. Não houve aditivos de valor". Especialistas em indústria naval afirmam que, por conta da curva de aprendizagem, a média histórica é que o primeiro navio de um estaleiro custe entre 15% e 20% mais caro.

"No caso do Atlântico Sul já era esperada essa explosão nos custos, provocada pela demora na entrega do João Cândido. Um navio que fica 2 anos a mais dentro de um estaleiro significa aumento dos custos fixos. Isso sem falar no superdimensionamento da mão de obra para entregar as encomendas e no retrabalho, porque soldas e tubulações precisaram ser refeitas", observa Floriano Pires Júnior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O petroleiro começou a ser construído em setembro de 2008, com o corte da primeira chapa de aço. Em maio de 2010, o então presidente Lula esteve em Suape para a cerimônia de batismo e lançamento ao mar da embarcação. Na solenidade, a expectativa era que o navio fosse entregue em setembro do mesmo ano, mas ele continuou encalhado no estaleiro e a previsão é que seja entregue até 5 de maio (quando completará aniversário de 2 anos dentro do empreendimento).

A plataforma P-55 – única encomenda entregue pelo estaleiro – também sofreu aumento de custo. O valor passou de R$ 823,6 milhões para R$ 1 bilhão. A situação não é diferente com o Zumbi dos Palmares (2º navio), que no contrato custa R$ 317 milhões, mas já está saindo por R$ 424,6 milhões (um ágio de 24%). A assessoria de comunicação do EAS disse que não tinha porta-voz para comentar o aumento de custos, porque a diretoria está imersa na entrega do João Cândido. O EAS já recebeu adiantamentos de pagamento da Transpetro para até o 22º navio. A estatal explica que adianta 5% do preço de cada navio, garantidos por fianças bancárias.

Protesto contra Suape fechou a PE-60 e provocou longo engarrafamento

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Moradores das terras do complexo e movimentos de sem-teto se uniram no ato

Publicado em 17/04/2012, às 11h07

Da Editoria de Economia

Posseiros das terras do Complexo de Suape e representantes de vários movimentos de sem-teto fecharam na manhã desta terça-feira a rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, na altura do Shopping Costa Dourada. O movimento começou por volta das 5h, com a queima de pneus para interditar a estrada. Um extenso engaffamento se estendeu até Prazeres, dificultando a vida de quem precisava chegar ao trabalho em Suape ou se deslocar para  Litoral Sul.

O ato foi o segundo realizado pelo grupo para protestar contra as baixas indenizações pagas por Suape aos posseiros e pela questão de moradia na região. O primeiro protesto aconteceu em fevereiro. A Polícia Militar de Pernambuco prendeu dois integrantes do movimento e um homem foi agredido. Por volta das 6h30 os bombeiros apagaram o fogo e a pista foi liberada. 

Os integrantes do movimento seguiram em caminhada ate o Engenho Massangana, onde iniciaram a montagem de um acampamento. A PM e a segugança patrimonial de Suape tentam negociar a saída dos ocupantes. O presidente da Associação de Moradores do Engenho Algodoais, Edvaldo José do Nascimento, diz que os posseiros decidiram realizar um novo ato porque nenhum dos 11 itens da pauta de reivindicações protocolada no Palácio do Campo das Peincesas em fevereiro passado foi atendida. "Suape continua promovendo reintegracfões de posse, derrubando casas e pagando indenizações irrisórias. Queremos uma resposta do governo", disse. 

O movimento em Suape integrou as ações do Dia de Jornada de Luta pela Terra, que este ano lembra os 21 anos do Massacare de Eldorado dos Carajás. 

Eduardo Campos desisite de instalar a térmica suja em Suape

Secretário de Imprensa do Estado, Evaldo Costa, postou há poucos instantes em seu Twitter que o governador Eduardo Campos haveria desisitido de instalar a térmica

Publicado em 13/04/2012, às 16h13

Da editoria de Economia

O secretário de Imprensa do Estado, Evaldo Costa, postou há poucos instantes em seu Twitter que o governador Eduardo Campos haveria desisitido de instalar a chamada

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Térmica Suja em Pernambuco. "Gov Eduardo Campos anuncia cancelamento da termoelétrica a diesel de Suape", diz o secretário em seu perfil público.

A Termelétrica Suape III, do Grupo Bertin, empreendimento caracterizado pelo alto grau de poluição, causou polêmica quando foi anunciado pelo governo, no ano passado. Sua instalação foi alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF).

Movida a óleo combustível, uma fonte fóssil que só não é mais suja que o carvão mineral, a usina terá capacidade para gerar até 1.452 megawatts (MW), tornando-se a maior do mundo movida a motor. Após escutar especialistas, peritos, órgãos ambientais e os empreendedores, além de analisar docume

INFRAESTRUTURA

Suape terá terminal de açúcar

Negociações para o porto contar com a operação açucareira vêm desde 2009. Contrato assinado finaliza o processo

Publicado em 13/04/2012, às 08h24

Do JC Online

O terminal açucareiro do Porto de Suape vai sair do papel. O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Geraldo Júlio, o vice-presidente de Suape, Frederico Amancio e o presidente da Agrovia, Guilherme Raposo assinaram, quarta-feira (11) em São Paulo, o contrato de arrendamento de uma área onde vai ser instalado o novo empreendimento que vai demandar um investimento de R$ 104,6 milhões.

O novo negócio é uma parceria entre a trade inglesa ED & F Man - uma das maiores exportadoras de açúcar do mundo - e a Agrovia, que ficará responsável pelo investimento. Do total a ser empregado no empreendimento, R$ 41,8 milhões serão em obras e R$ 62,8 milhões em equipamentos.

"O terminal vai ser construído por etapas, mas a intenção dos empreendedores é iniciar a operação dentro de 24 meses, na safra 2014/2015", conta Frederico Amancio. Durante a construção do terminal devem ser gerados 450 empregos. Quando ele estiver pronto, vai precisar de 75 funcionários.

O empreendimento terá uma área de 72,5 mil metros quadrados localizada na retroárea do cais 5 do porto interno e também um cais de 324 metros. Ele terá a capacidade de armazenar, de forma estática, 160 mil toneladas de açúcar. A expectativa do empreendedor é que a demanda para o terminal de açúcar seja de 540 mil toneladas por ano em 2015.

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Artigo

Os atingidos pelo Complexo de Suape

O que se verifica é um conflito entre o interesse econômico predominante e o interesse coletivo da população, do meio ambiente com seus ecossistemas

Publicado em 12/04/2012, às 11h52

Heitor Scalambrini Costa*

Em Pernambuco vivencia-se uma situação, análoga a tantas outras que ocorrem no País e diz respeito ao modelo predatório adotado de desenvolvimento. Quem paga pelo “progresso” a nível local são as populações nativas, obrigadas a saírem de suas moradias, criando grandes problemas sociais. E também o meio ambiente, onde são despejados produtos tóxicos e suprimida a vegetação, com reflexos na vida animal, nos rios e riachos. Esta ação local acaba se somando negativamente a tantas outras que estão sendo realizadas em todo o território nacional, e em todo o planeta.

Constata-se que a sociedade deixou-se hipnotizar pelo crescimento econômico a todo custo (expresso em maiores valores monetário do PIB, que não leva em conta os custos ambientais). E o que se verifica é um conflito entre o interesse econômico predominante e o interesse coletivo da população, do meio ambiente com seus ecossistemas, enfim, de todas as manifestações no plano da vida. Neste embate, sem a participação da sociedade, o dinheiro tem vencido inexoravelmente.

Com a megalomania das obras do Complexo Industrial e Portuário de Suape são evidentes os efeitos de um crescimento desordenado, de reflexos destrutivos sérios, afetando principalmente as populações nativas, agricultores, que acabam sendo inteiramente ignorados, tornando invisíveis aos olhos da sociedade. Sobretudo pelo papel da propaganda oficial, que apenas destaca as virtudes econômicas dos projetos.

Os moradores do entorno acumulam reclamações contra a Autoridade do Porto de Suape, e são testemunhas de um processo que tem gerado pobreza e desolação. São relatadas promessas  não  cumpridas, manipulação  e  pressão  sobre os moradores da área constituída de 22 engenhos (13.500 ha e aproximadamente 15.000 famílias) onde situa-se o Complexo, a falta  de  informação, intransigência nas negociações e intolerância ao lidar com a população.

A desocupação deste território pelo Estado tem ocorrido de forma truculenta, sem negociação “amigável” com os moradores. Muitas vezes, recorrendo, ao que se denomina na região de “milícias armadas” para a execução dos processos de reintegração de posse contra os pequenos produtores rurais. É uma farsa a chamada “negociação” para definir a indenização a ser paga e acertos nos detalhes da saída dos moradores. Denúncias e mais denúncias são constantes, algumas divulgadas pela mídia, mas nada é feito. Sem dúvida, um dos motivos destas expulsões arbitrárias está na sobrevalorização, na especulação do preço da terra, que é muito disputada por grupos

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empresariais.

O processo de “desapropriação”, tem se caracterizado por expropriação e esbulho, com a Constituição Estadual e com o Marco de Reassentamento Involuntário-MRI do Projeto Pernambuco Rural Sustentável-PRS (disponível em http://www.prorural.pe.gov.br/arquivos/marco_reassentamento.pdf), cujo objetivo é o tratamento das questões que envolvem a mudança ou perda involuntária do local de moradia, a perda de renda ou meios de subsistência, em decorrência da implementação de projetos.

Artigos da Lei Magna e as diretrizes do MRI/PRS estão sendo violados, social e ambientalmente. Por exemplo, o artigo constitucional 139 que diz que o Estado e os municípios devem promover o desenvolvimento econômico, conciliando a liberdade de iniciativa com os princípios superiores da justiça social, com a finalidade de assegurar a elevação do nível de vida e bem-estar da população. Também o artigo 210 que trata da proteção ao meio ambiente é desrespeitado, assim como o artigo 211 que veda ao Estado, na forma da lei, conceder qualquer benefício, incentivos fiscais ou creditícios, às pessoas físicas ou jurídicas que, com suas atividades poluam o meio ambiente.

Os agricultores despejados, não têm noção de onde irão restabelecer seu sistema produtivo garantindo sua qualidade de vida. Pelo contrário, estão perdendo o gosto pela vida, sendo constrangidos com a ação da polícia, homens armados que os fazem sentir verdadeiros bandidos. Além das condições de vida digna estão retirando desses agricultores, sua condição de existência e outros bens que são de ordem imaterial. E mesmo aqueles que se aventurarem morar nas cidades, não poderão adquirir nenhum imóvel com as irrisórias indenizações pagas por Suape.

Portanto, é urgente antes que o “caldeirão social” exploda, um novo formato do processo negocial, a revisão das indenizações, a retirada das milícias armadas, a regularização fundiária destes moradores e a implementação imediata do projeto Morador (Lei 13.175 de 27 de dezembro de 2006) que garante o direito a políticas públicas para os agricultores que vivem no entorno de Suape.

Senado negocia fim da guerra dos portos

Proposta é para instituir alíquota única de ICMS de 4% para todos os Estados e o assunto deve ser votado em plenário esta semana. Arranjo beneficiará Pernambuco

Publicado em 11/04/2012, às 13h38

Do JC Online

O Senado Federal inicia hoje uma negociação política que definirá a saúde financeira dos Estados brasileiros. Duas comissões – a de Constituição e Justiça (CCJ) e de

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Assuntos Econômicos (CAE) – darão os primeiros passos para a extinção da “guerra dos portos”, alcunha dada a adoção de programas estaduais que promovem descontos no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importações. O objetivo, segundo acordo firmado entre o Palácio do Planalto e governadores, é colocar, ainda esta semana, o assunto em votação no plenário.

A proposta é instituir uma alíquota única de ICMS para todos os Estados de 4%. No final das contas, todo o arranjo beneficiará Pernambuco. É que para viabilizar a votação que extermina a guerra dos portos, o governo federal concordou em discutir dois assuntos que há tempos vinham se arrastando: a renegociação do reajuste das dívidas dos Estados e a regulação tributária do comércio eletrônico.

O Programa de Estímulo à Atividade Portuária, em vigor desde o final de 2009, através da Lei nº 13.942, fez com que Pernambuco concedesse benefícios às importações em seus dois portos, Recife e Suape. No primeiro, a alíquota paga pelos importadores é justamente 4%. No segundo, ela é de 5%. Isso por si só reduz o impacto da medida que deverá ser aprovada no Senado, argumentou o secretário da Fazenda do Estado, Paulo Câmara.

“Pernambuco não faz objeção à Resolução 72. Queremos, na verdade, resolver outras questões”, confirmou Câmara.

O fim guerra dos portos é uma batalha capitaneada por São Paulo. Sob o argumento de que esses programas – mais antigos e importantes para Estados como Espírito Santo e Santa Catarina – fizeram com que as importações avançassem a tal ponto que a indústria nacional foi ameaçada. Na verdade, o objetivo é outro.

Os paulistas desejam incrementar a movimentação de cargas no Porto de Santos e isso só será possível se todos os portos do País cobrarem uma única alíquota. Assim, por ter a melhor infraestrutura, Santos ganharia vantagem na briga. Como Suape é hoje o terminal mais competitivo do Nordeste, não enfrentará maiores problemas. Já o terminal da capital, que conseguiu se reerguer com uma ajuda importante do benefício, atingiu hoje uma condição que lhe permite caminhar com as próprias pernas, assegurou o seu diretor de Operações, Sidnei Aires.

Geração de energia em Pernambuco

Não se pode continuar fingindo não saber que o uso de combustíveis fósseis na geração elétrica e em outras atividades, constitui a principal causa do aquecimento global

Publicado em 09/04/2012, às 10h43

Heitor Scalambrini Costa*

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Analisando o Balanço Energético de Pernambuco-BENPE (1998 foi o último ano disponibilizado) e informações mais recentes, verifica-se que apesar das fontes renováveis (hidreletricidade, carvão vegetal, lenha, álcool e bagaço de cana) ainda contribuírem com a maior parcela na oferta total de energia; estes energéticos vêm, ano a ano, reduzindo sua contribuição. Por sua vez, as fontes não renováveis (derivados do petróleo e gás natural), vêm aumentando sua participação, mostrando assim que a prioridade ao longo dos últimos anos foi, e é de incentivar os combustíveis “sujos” para atender a demanda energética do Estado.

Não se pode continuar fingindo não saber que o uso de combustíveis fósseis na geração elétrica e em outras atividades, constitui a principal causa do aquecimento global. No mundo, é a cadeia produtiva da energia, dependente fundamentalmente dos combustíveis fósseis, a responsável por 70% das emissões do principal gás de efeito estufa (GEE), o CO2.

Estudos  mostram que se as previsões de instalação de termelétricas no País, contidas no Plano Decenal de Expansão de Energia forem cumpridas, promoverão um aumento de 172% nas emissões de GEE em relação ao ano de 2008. E ai Pernambuco tem muito a contribuir.

No faraônico Complexo Industrial e Portuário de Suape está sendo implementado um polo de termelétricas a combustíveis fósseis. Já estão em funcionamento a UTE TermoPernambuco (grupo Neoenergia) no município de Ipojuca, que possui uma potência instalada de 532 MW, consumindo 2 milhões de m3/dia de gás natural e liberando 5.000 ton/dia de CO2; a UTE TermoCabo (grupo EBrasil) localizada no distrito industrial do município do Cabo de Santo Agostinho, conectada ao Sistema Interligado Nacional, com uma potência instalada de 50 MW, consumindo aproximadamente 250 ton/dia de óleo combustível e emitindo 800 ton/dia de CO2 (encontra-se no modo hot standby - pronta para operar), e a termelétrica Suape II (grupo Bertin), localizada no Cabo de Santo Agostinho, com  380 MW de potência instalada consumindo 2.000 ton/dia de óleo combustível, com emissão diária de 6.000 toneladas de CO2, quando em funcionamento.

Já a termelétrica Suape III (grupo Bertin), cujo protocolo de intenção foi assinado entre o empreendedor, e o Governo do Estado em 13/09/2011, considerada a maior do mundo, terá uma potência de 1.452 MW, e está planejada para operar com óleo combustível, com consumo estimado de 8.000 ton/dia e emissão de 24.000 ton/dia de CO2 , com inicio de operação para 2013; e a termoelétrica da Refinaria Abreu e Lima com óleo combustível, prevista com uma potência de 200 MW e com um consumo em torno de 1.000 ton/dia de óleo e emissão de 3.200 ton/dia de CO2.

A potência total deste parque de termelétricas será de 2.612 MW, e caso todas funcionem simultaneamente serão emitidos, segundo nossas estimativas, aproximadamente por dia, 40.000 toneladas de CO2 para a atmosfera. Para o atendimento destas usinas está prevista no acordo para construção de Suape III, uma unidade de armazenamento de óleo combustível de 200.000 toneladas.

Consumir óleo combustível e gás natural nas termelétricas significa devolver para a atmosfera, sob a forma de gases e particulados, uma massa enorme de carbono, de compostos de enxofre e de óxidos de nitrogênio, que foram retirados da Terra há

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milhões de anos. É uma imensa quantidade de carbono e compostos químicos que serão jogados na atmosfera, constituindo-se em uma agressão ao meio ambiente e contribuindo com as mudanças climáticas, com consequências inevitáveis a saúde das pessoas.

Além destas emissões, todo o receio de desastres com vazamentos e derramamento de petróleo/derivados em Suape é plenamente justificável. O alerta é necessário visto que, tais acidentes estão ocorrendo com frequência assustadora no Brasil, e atingiriam ecossistemas marítimos, colocando em xeque o futuro de comunidades costeiras que vivem da pesca; além de afetar as atividades turísticas da região, já que a menos de 10 km de Suape está localizado o balneário de Porto de Galinhas e de outras lindas praias do Litoral Sul pernambucano. Derramamentos e vazamentos de óleo afetariam drasticamente toda aquela região.

Do lado da saúde pública estas termelétricas já contribuem e contribuirão ainda mais para as emissões de gases extremamente perigosos como os óxidos nitrosos, compostos de enxofre, monóxido e dióxido de carbono (CO2) e metais pesados. Os atuais sistemas de filtragem e monitoramento, muito embora eficazes reduzindo as emissões, permitem que as quantidades destes produtos jogados na atmosfera sejam suficientes para aumentar a probabilidade de ocorrer doenças, particularmente as respiratórias, nas populações do entorno de Suape. Quanto ao gás CO2 não existe nenhum sistema de filtragem eficaz. Logo, é ou não é, para no mínimo,  preocuparmos com que está ocorrendo naquela região a menos de 50 km do Recife?

*Heitor Scalambrini Costa é professor da Universidade Federal de Pernambuco

Governo aprova 23 projetos industriais com investimento de R$ 707 milhões

Primeira reunião anual do Condic aconteceu nesta terça na AD Diper

Publicado em 03/04/2012, às 15h10

Da Editoria de Economia

O Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) realizou na manhã desta terça-feira, na AD Diper, sua primeria reunião do ano para aprovação de projetos industriais e de importação no Estado. Comandada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, o encontro aprovou a implantação e ampliação de 23 indústrias, além de cinco projetos de mportação, totalizando investimento de R$ 707,1 milhões e a geração de 2.403 empregos diretos na Região Metropilitana do Recife e no interior.

Na lista dos maiores projetos está a fábrica de turbinas para usinas hidrelétricas, em construção pela Wind Power Energia/Impsa no Complexo de Suape. Com investimento

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de R$ 247,3 milhões, a unidade vai produzir turbinas para a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Além dela, estão na lista de projetos aprovados indústrias de embalagens, bebidas, higiene e limpeza, dentre outras.

Geraldo Júlio destacou o grande número de projetos aprovados para o setor produtivo em pernambuco, num momento em que o Brasil fala em desindustrialização. "Também é importante a quantidade de projetos aprovados para o interior do Estado, dando uma demonstração de que a interiorização do desenvolvimento está acontecendo", observa. Do total de 23 projetos industriais, dez estão fora da RMR.

Novo presidente da Ademi garante "não há risco de bolha"

Eduardo Moura assume a instituição no próximo dia 3

Publicado em 29/03/2012, às 18h19

Viviane Barros Lima

PREÇOSe você for olhar para os empreendimentos especiais em bairros nobres, um aumento de preços para o futuro ainda é possível. Mas acredito que vamos ter estabilidade nos valores gerais. O problema hoje é o preço do terreno, que subiu muito. Metade do custo do empreendimento vai para a compra do terreno.

EXPANSÃO

Acredito em uma expansão imobiliária para diversas áreas da Região Metropolitana do Recife, como o município do Cabo de Santo Agostinho, por exemplo. Em pouco tempo, vários profissionais vão chegar para trabalhar nas empresas do Porto de Suape e devem escolher o Cabo como um local ideal para a moradia. Você ainda tem boas áreas na cidade para investir em empreendimentos habitacionais. Além disso, há a Cidade da Copa, na Zona Oeste, que vai receber muitos empreendimentos

INTERIORIZAÇÃO

Vamos continuar com os encontros com os empresários do Interior do Estado. Já fizemos isso em Caruaru e o próximo passo vai ser Petrolina. Os encontros servem para trocar experiências, mesmo porque várias empresas da capital estão migrando parte dos seus investimentos para municípios do interior. Apostamos na integração entre os empresários.

ATRASO

Mesmo com alguns gargalos que o setor da construção civil enfrenta, como a falta de mão de obra especializada e de máquinas para as obras, não acredito em grandes atrasos na entrega dos empreendimentos imobiliários. O que pode ocorrer são atrasos pequenos de, no máximo, três meses. Vale lembrar que as empresas podem entregar o imóvel em até seis meses depois da data marcada em contrato, mas para isso ela precisa de uma

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justificativa, como uma greve dos operários ou problemas climáticos, como chuvas e outros. Não há risco de passarmos por um problema generalizado de atraso, que já ocorre nos grandes centros urbanos como São Paulo, onde as gigantes do setor cresceram demais.

BOLHA

O consumidor pode ficar tranquilo em relação à segurança do mercado. Não há risco de passarmos por uma bolha imobiliária em Pernambuco como a que aconteceu nos Estados Unidos, por exemplo. Aqui o percentual de imóveis financiados ainda é muito pequeno. Além disso, os bancos são muito exigentes na hora de ofertar um crédito imobiliário. Os futuros mutuários têm que apresentar várias garantias de que poderão pagar o financiamento.

DESAFIOS

Um dos temas que mais vamos abordar nas reuniões da Ademi será a aproximação com os órgãos públicos responsáveis pela aprovação dos projetos imobiliários, como prefeituras e cartórios. Estou há quatro anos na Ademi e ocupava o cargo de vice-presidente de Política Habitacional. Já estou habituado a lidar com esses órgãos. Acredito que isso será um facilitador.

MOURA DUBEUX

Garanto que vou saber separar os interesses da empresa que represento, a Moura Dubeux, dos interesses da Ademi, embora muitas vezes eles sejam os mesmos. Pretendo levar práticas positivas da MD para a Ademi. Também saberei separar toda a polêmica criada em torno do projeto do Cais José Estelita, que inclusive será feito em projeto com outras duas empresas, do meu trabalho na associação.

Executivos testam VLT para implantação futura em Suape

Estatal estuda a possibilidade de assinar convênio com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos para implantar um ramal que ligue a empresa a Jaboatão

Publicado em 29/03/2012, às 13h58

Do JC Online

Executivos do Complexo Industrial Portuário de Suape conheceram, na manhã desta quinta-feira (29) o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A estatal estuda a possibilidade de assinar um convênio com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/Metrorec) para implantar um ramal que ligue a empresa ao município de Jaboatão dos Guararapes.

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Galeria de imagens

Executivos de Suape testam VLT para decidir sobre utilização no transporte de trabalhadores do porto

A viagem de apresentação começou na Estação Cajueiro Seco e seguiu até a Estação Antônio Falcão, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. O convênio ainda não tem data pra ser assinado, mas estudos sobre a viabilidade do projeto já estão em andamento.

A expectativa é de que sejam construídas duas novas estações, uma reforma na Estação Massangana e nos trilhos que existem, que atualmente são utilizados para o transporte de cargas. Os trens que deverão ser implementados são iguais ao VLT que fará, em

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algumas semanas, o transporte de passageiros entre as Estações Cajueiro Seco e Cabo. O modelo é mais moderno e confortável que as atuais locomotivas e são movidos a biodiesel.

Suape

Acidente na Refinaria Abreu e Lima deixa um morto e um ferido

Funcionários da Camargo Corrêa desciam do ônibus da empresa para iniciar a jornada de trabalho, quando foram supreendidos por outro ônibus de propriedade da empresa Jaraguá

Publicado em 24/03/2012, às 11h24

Do NE10

Atualizada às 14h16

Um homem morreu e outro ficou ferido em um acidente envolvendo dois ônibus dentro da Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape. A informação foi repassada ao NE10 por um operário que preferiu não se identificar. Segundo ele, o acidente ocorreu por volta das 8h da manhã deste sábado (24). Funcionários da refinaria desciam de um ônibus para iniciar a jornada de trabalho, quando foram supreendidos por outro ônibus de propriedade da empresa Jaraguá.

Dois funcionários foram atingidos. Almir da Silva Marques, de 44 anos, morreu no local após a roda do ônibus passar por cima de sua cabeça. José Peixoto da Silva, de 55, ficou ferido e foi socorrido pela ambulância de plantão da refinaria.

Ainda segundo a testemunha, o motorista da empresa Jaraguá não estava em alta velocidade. "O ônibus parecia respeitar o limite máximo de velocidade dentro da refinaria, que é de 30 km/h. Mas como ele passou muito próximo dos funcionários que desciam do outro coletivo, não conseguiu desviar", disse.

O atropelamento ocorreu em frente ao escritório da construtora Camargo Corrêa. O presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, confirmou o acidente, mas disse que ainda não tinha informações sobre vítimas. A assessoria de imprensa da empresa anunciou que emitirá nota até o final desta manhã.

suape

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Refinaria contratará mais 3 mil funcionários

Profissionais das áreas de instrumentação, eletroeletrônica e controle de sistemas serão demandados nesta fase da obra

Publicado em 24/03/2012, às 10h06

Adriana Guarda

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Nos próximos três meses, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) vai contratar mais 3.000 trabalhadores para a construção e montagem do empreendimento, no Complexo de Suape. O recrutamento será feito pelas 14 grandes empreiteiras contratadas pela Petrobras para tocar a obra. Os novos operários vão se juntar a um time de 40.000 pessoas que hoje batem crachá na unidade de refino. Com as contratações, a Rnest alcançará seu pico de mão de obra (43 mil pessoas), que deverá se manter nesse patamar durante um ano.

O presidente da Rnest, Marcelino Guedes, diz que na atual fase da obra serão recrutados profissionais das áreas de instrumentação, eletroeletrônica e controle de sistemas. “Nessa etapa, provavelmente vão aumentar as contratações de pessoal de fora do Estado, porque Pernambuco não tinha tradição de montagem desse tipo de empreendimento”, observa.

Hoje, 60% dos operários são pernambucanos, mas a proporção deverá se inverter, com um aumento de migração principalmente da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e o Senai oferecem cursos técnicos nas áreas que serão demandadas pela refinaria. A dificuldade é que as contratações vão acontecer a curto prazo.

Apesar da procura por profissionais mais especializados, os pernambucanos não devem desistir, porque além das novas vagas, as empreiteiras estão sempre precisando de profissionais por conta da rotatividade. Empresas e consórcios como Conest (integrado

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pelas construtoras Odebrecht e OAS), Alusa, Camargo Corrêa, Ipojuca Interligações e outras costumam ter escritórios no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, onde recebem currículos quando estão precisando de mão de obra.

STATUS DA OBRA - A Refinaria Abreu e Lima é um dos maiores canteiros de obras do País. Uma média de 5 mil veículos circulam por dia no local e 80 mil refeições são servidas aos funcionários. Todos os meses, a Petrobras desembolsa R$ 800 milhões para a obra. Para efeito de comparação, o valor é suficiente para construir uma indústria do porte da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), anunciada em Goiana com investimento de R$ 770 milhões.

Até o final deste ano, começam a entrar em operação algumas partes da refinaria, como a Estação de Tratamento de Água e a Casa de Força. No início de 2013 deverá estar concluída a Unidade de Destilação Atmosférica (UDA), responsável por transformar o petróleo em produtos derivados.

O primeiro barril de petróleo só deverá ser processado no primeiro trimestre de 2014, marcando oficialmente o começo da operação da refinaria.

Irregularidade

Trabalhadores prejudicados por "venda de emprego" fecham acordo

Mediação do Ministério Público do Trabalho garante pagamento e volta para casa de candidatos a "vaga certa"

Publicado em 20/03/2012, às 16h57

Giovanni Sandes

Trabalhadores do Maranhão e do Piauí, que vieram a Pernambuco depois de "comprarem emprego" nas obras da refinaria, garantiram na tarde desta terça (20) a volta para casa e uma compensação financeira do suposto futuro empregador. A viagem de retorno deve ocorrer até esta quarta (21). O acordo ocorreu após mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE).

Diante da promessa de emprego feita por uma empresa intermediária até agora não identificada, os candidatos a uma vaga na construção desembolsaram R$ 350 em seus Estados de origem a título de agenciamento e transporte para trabalhar no Consórcio Ipojuca, em Suape. Mas as vagas não era garantidas.

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Os cerca de 50 homens passaram uma semana em uma pousada paga pelo consórcio e à disposição do suposto futuro empregador, o que, no entendimento do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE), vinculou a empresa aos candidatos a um emprego.

Embora tenha negado envolvimento na captação de mão de obra, o consórcio terminou aceitando pagar R$ 800 para cada um dos candidatos a emprego, além de se comprometer a bancar a viagem de todos eles de volta para casa.

A Petrobras assumiu a responsabilidade por se pronunciar sobre o caso, já que o Consórcio Ipojuca é uma contratada sua, mas até agora não respondeu oficialmente sobre o assunto.

Irregularidade

Empregos na refinaria de Pernambuco "à venda" no Nordeste

Agenciadora cobra R$ 350 de candidatos por vaga que seria garantida. Contratações não ocorreram

Publicado em 20/03/2012, às 15h58

Giovanni Sandes

Atualizada às 18h18

Um intermediário, até agora não identificado pelas autoridades, "vendeu" empregos nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, para trabalhadores no Maranhão e no Piauí. O problema é que, depois de pagar R$ 350 a título de agenciamento de emprego e pela viagem, quando as mais de 50 pessoas chegaram em Pernambuco não conseguiram vagas de trabalho e, a princípio, não teriam nem o valor investido reembolsado.

A responsável pelo agenciamento não foi identificada ainda, mas a briga foi parar, nesta terça-feira, no Ministério Público do Trabalho (MPT-PE). É que os empregos oferecidos eram no Consórcio Ipojuca, que toca parte das obras da refinaria, e a empresa de fato se envolveu na seletiva dos trabalhadores, embora não tenha contratado ninguém.

"Abandonei um emprego certo porque aqui eu ganharia mais. Queria ajudar minha família", lamenta Charleson da Cruz Pereira, 30 anos. O pessoal que foi ao MPT ficou mais de uma semana no Estado, com hospedagem e despesa paga pelo consórcio. Mas precisou reclamar para receber de volta os R$ 350. Eles querem ainda uma compensação pelo tempo à disposição do suposto contratante, em valores proporcionais ao salário.

Segundo os trabalhadores, outros dois ônibus cheios de gente de outros Estados chegaram a Suape, mas foram proibidos de realizar o desembarque do pessoal.

Page 18: Noticias 2011 JC

A Petrobras assumiu a responsabilidade em se posicionar sobre o caso, mas ainda não respondeu.

suape

Samsung está fora do Estaleiro

Empresa vendeu participação no empreendimento para os sócios Camargo Corrêa e Queiroz Galvão

Publicado em 15/03/2012, às 23h37

Adriana Guarda

 

A Samsung está fora da sociedade no Estaleiro Atlântico (EAS), no Complexo de Suape. A empresa sul-coreana vendeu seus 6% de participação no empreendimento para os sócios Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que passarão a dividir o controle acionário, cada um com 50% do negócio. A informação foi confirmada por uma fonte da Camargo Corrêa.

A saída da Samsung vai de encontro às negociações que vinham sendo comandadas pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, para içar a companhia coreana ao controle majoritário do estaleiro. Informações de mercado davam conta de que executivos e operários coreanos estariam desembarcando em Pernambuco num processo de transição.

As mudanças no controle acionário já vinham ocorrendo, com aumento de participação dos sócios majoritários. O grupo de empresários fluminenses da PJMR, que detinham 1% de participação, saíram do negócio. E a  Samsung reduziu sua participação de 10% para 6%.

Considerado o marco da retomada da indústria naval no Brasil, o Atlântico Sul vem enfrentando dificuldades financeiras e para entregar às encomendas à Transpetro. Lançado ao mar desde maio do ano passado, o navio João Cândido continua em fase de acabamento e só deverá fazer a prova de mar (teste de navegação) este mês.

A única encomenda entregue pelo EAS foi o casco da plataforma P-55, que foi encomendada pela Petrobras. O estaleiro tem um pacote de encomendas estimado em R$ 7 bilhões para construir 22 navios petroleiros para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro, além de sete sondas de perfuração para a Petrobras.

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O Atlântico Sul é um investimento de R$ 1,8 bilhão. No ano passado chegou a ter 11 mil funcionários para acelerar a fabricação do João Cândido e da P-55, mas desmobilizou boa parte da mão de obra e conta hoje com cerca de 5 mil funcionários.

 

Suape cancela licitação suspeita

TCE vê indício de irregularidades em edital e sugere sua suspensão. Porto prefere o cancelamento e diz que corrigirá problemas

Publicado em 13/03/2012, às 08h04

Do JC Online

O Porto de Suape anunciou o cancelamento de uma licitação de mais de R$ 100 milhões. A concorrência tinha o objetivo de escolher as empresas que fariam a dragagem para aprofundar o canal de acesso ao porto interno das bacias de manobra (lugar onde o navio faz a manobra) e os berços de atracação dos cais 6 e 7. O cancelamento da concorrência ocorreu porque o auditor substituto do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Ruy Ricardo Harten Júnior sugeriu que a estatal suspendesse a licitação devido a indícios de irregularidades. Agora, Suape deve preparar outro edital para as obras.

O serviço tem um preço de R$ 106,2 milhões. O cancelamento ocorreu no dia 16 de fevereiro, antes da abertura dos envelopes, que estava marcada para o dia 23 de fevereiro. A abertura dos envelopes é a fase final da licitação, quando as empresas apresentam as suas propostas de preço e o governo decide quem contratar.

O principal indício de irregularidade encontrado pelo TCE foi uma superestimativa superior a R$ 16 milhões nos itens que são chamados de bônus de despesa indireta (BDI) e obrigações fiscais (impostos). Somente como exemplo, itens como canteiro de obras, depósito de material são classificados como BDI numa licitação.

Além da superestimativa superior a R$ 16 milhões, o TCE também encontrou os seguintes indícios de irregularidades: não comprovante da licença ambiental para a realização dos serviços, não publicação no Diário Oficial das alterações (acréscimos) feitas ao edital e o custo de mobilização e desmobilização da obra que foi colocado de uma forma que poderia aumentar o valor do serviço. "Somente este último item pode gerar uma superestimativa do orçamento em 7,86%", contou Dirceu.

Procurada pela reportagem do JC, a diretoria de Suape informou, via assessoria de imprensa, que a estatal está respondendo aos questionamentos do TCE e só reabrirá o processo licitatório quando o Tribunal entender que todas as dúvidas estão esclarecidas e a licitação pode ser realizada com tranquilidade. Ainda de acordo com a estatal, a suspensão da licitação não atrapalha o cronograma da obra.

Page 20: Noticias 2011 JC

NEGÓCIOS

Synchro anuncia escritório no Recife

Empresa especializada em soluções de inteligência fiscal e tributária participou do Forum SAP em São Paulo

Publicado em 14/03/2012, às 12h00

Jessica Souza

SÃO PAULO – A Synchro, empresa especializada em soluções de inteligência fiscal e tributária, anunciou a inauguração de um escritório no Recife no dia 28 deste mês. A empresa já trabalhava na região desde 2009 com uma pequena equipe de vendas, mas a partir do fim de março expandirá as atividades para responder às demandas crescentes do Norte e Nordeste.

O anúncio foi realizado, ontem, no SAP Forum 2012, na capital paulista. Na ocasião, o diretor-presidente da Synchro, Ricardo Funari, em conversa exclusiva com o JC, explicou que o escritório no Recife funcionará como base para as operações da empresa nas duas regiões. “Ficamos em dúvida entre Fortaleza e Recife, mas o nível de investimento que está sendo realizado em Pernambuco nos fez ir para lá”, explicou.

As possibilidades criadas pelo Porto de Suape e a posição estratégica de Pernambuco no Nordeste foram ressaltados como pontos de destaque na decisão. “Temos um grande cliente em Aracaju e outro em Fortaleza. Recife fica no meio dos dois”, destacou. A empresa possui escritórios em São Paulo, Curitiba e no Rio, além de centro de desenvolvimento em Campinas (SP).

Para o futuro, o diretor-presidente não descarta a criação de um centro de desenvolvimento na capital pernambucana. “Pode ser uma alternativa, já que há mão de obra qualificada, mas anda ainda não está nos planos da Synchro”, comentou Ricardo. Assim como em Curitiba e no Rio de Janeiro, a filial do Recife atuará na área de vendas e serviços. A expectativa é ampliar em até 50% a base de clientes do Nordeste, fechando 2012 com cinco bons contratos.

INFRAESTRUTURA

Conselheiro do TCE pede suspensão da licitação de obras em Suape

Page 21: Noticias 2011 JC

Concorrência era para melhorar a estrutura para o complexo receber novos empreendimentos, como a Refinaria Abreu e Lima

Publicado em 12/03/2012, às 15h33

Do JC Online

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Dirceu Rodolfo sugeriu, numa medida cautelar, que a diretoria do Complexo Industrial e Portuário de Suape suspenda todo e qualquer ato relacionado com a Concorrência Pública nº 02/2011, realizada para executar as obras de dragagem do canal de acesso, das bacias de manobra e das bacias de atracação dos berços na área do porto interno de Suape. O valor estimado do serviço é R$ 106,2 milhões.

Segundo informações do TCE, os técnicos daquele tribunal identificaram indícios de irregularidades no processo licitatório como a ausência da licença ambiental, itens orçados em duplicidade e ausência das tabelas utilizadas para realização de serviços extras, entre outras. O conselheiro estabeleceu um prazo de cinco dias para a direção do Complexo de Suape se pronunciar sobre o assunto.

 O pedido de suspensão em medida cautelar é realizado para que todas as questões que estão com suspeitas de irregularidades sejam esclarecidas. Caso isso não ocorra, o TCE pode pedir a suspensão da licitação.A concorrência que foi suspensa é importante porque estes serviços vão melhorar a infraestrutura de Suape para receber os grandes empreendimentos, como a Refinaria Abreu e Lima, que está se implantando no local, e a PetroquímicaSuape, a qual já opera parcialmente.

A  assessoria de imprensa de Suape informou que a estatal vai acatar todas as sugestões do TCE.

Contradição na indústria local

Enquanto a construção vive forte expansão, a indústria da transformação (como alimentos e têxteis) amarga perdas de 17%

Publicado em 25/02/2012, às 10h13

Do JC Online

Page 22: Noticias 2011 JC

Foto: Guga Matos / JC Imagem

 

A indústria estadual vivencia uma situação quase contraditória. A construção civil e pesada está com forte crescimento e geração de empregos nas obras de megaprojetos, como a Fiat, em Goiana, ou a Refinaria Abreu e Lima, em Suape. Mas a indústria da transformação, a que já tem fábricas funcionando e produz alimentos ou têxteis, por exemplo, teve em 2011 o pior resultado pelo menos nos últimos cinco anos. Os números da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) mostram uma queda de 17%, um quadro tão ruim que não apenas anulou o crescimento nas vendas industriais após a crise de 2008, como ainda deixou um saldo negativo de 6,6% na comparação com o primeiro ano da turbulência global.

Em todo o Brasil, a indústria teve um 2011 ruim. “O que chama a atenção em Pernambuco é que a economia vive um novo momento, empresas investindo e a construção em alta, e a indústria já instalada com resultados negativos”, comenta André Magalhães, professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Mesmo em 2007, antes do abalo econômico mundial, a indústria pernambucana já havia caído 2,7%. Quando a crise chegou, em 2008, a queda foi maior, de 3,8%. A bonança veio nos dois anos seguintes, uma alta acumulada de 13%. Mas a maré boa não resistiu a 2011, uma redução que transformou o acumulado desde 2008 novamente em um número negativo.

As maiores influências no resultado vieram nos produtos têxteis (queda de 29%), confecções (redução de 26%) e até mesmo na área de alimentos e bebidas (retração de 19%), que vinha liderando a expansão industrial nos anos anteriores. O segmento de minerais não metálicos, embora tenha registrado um recuo de 48%, tem uma participação pequena no total do Estado.

Economista da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe, Danyelle Monteiro diz que houve reacomodação em grande parte dos segmentos, que haviam crescido muito em 2010. Mas ela diz que o resultado serve de alerta para o impacto da concorrência com produtos chineses, que chegam com preços baixíssimos por causa da mistura de câmbio, fabricação em larga escala e práticas consideradas desleais.

Page 23: Noticias 2011 JC

“Os têxteis e confecções são segmentos que sofrem com a concorrência desleal e a entrada irregular de produtos chineses”, comenta Danyelle.

Em dezembro, o setor têxtil deu até férias coletivas para seus funcionários, algo que não fez em anos anteriores. O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil (Sinditêxtil), Oscar Rache, explica que a cadeia têxtil e de vestuário costumavam sentir as variações na economia com mais intensidade um crescimento robusto da economia ou uma grande queda. Se o crescimento era de 2,5%, por exemplo, havia estabilidade na cadeia têxtil e de confecções.

“Isso era há 10 anos. Mas o Brasil em 2011 deve ter crescido [o dado consolidado não saiu ainda de 2,5% a 3% e os segmentos tiveram uma grande queda. Se você vê as estatísticas, a importação de têxteis cresceu loucamente”, avalia Oscar Rache.

O açúcar é um componente importante do setor de alimentos e bebidas, outro que teve redução nas vendas em 2011. “As usinas representam, ao mesmo tempo, a área de alimentos e de energia”, explica o presidente do Sindicato da Indústria e do Álcool (Sindaçúcar), Renato Cunha. Ele ressalta que a atividade não se mede como os outros ramos da indústria, de janeiro a dezembro, e sim de safras que pegam parte de anos diferentes. A de 2011/2012, ressalta, apresenta aumento na produção.

“Mas se analisarmos só em 2011, o açúcar, negociado internacionalmente, teve uma matriz de preços mais contida. E como o etanol está associado ao preço da gasolina, nossa competitividade está comprometida por causa do controle de preços do governo”, diz Renato Cunha.

“Mesmo com essa situação contraditória, eu não seria pessimista. É uma questão de dinâmica da economia. A gente não pode querer que todos os setores cresçam”, avalia André Magalhães.

Operários da PetroquímicaSuape voltam ao trabalho

Odebrecht concordou em pagar 150 horas de participação nos lucros e resultados

Publicado em 23/02/2012, às 15h04

Da Editoria de Economia

Após cinco dias de greve, os operários da Odebrecht que trabalham na obra da PetroquímicaSuape decidiram voltar ao trabalho nesta quinta-feira. Com o compromisso da empresa de pagar as 150 horas do programa de participação nos lucros e resultados (PLR), os funcionários decidiram encerrar a paralisação. A decisão aconteceu hoje pela manhã, numa assembleia realizada no estacionamento do canteiro de obras, no Complexo de Suape. 

Page 24: Noticias 2011 JC

Movimento Nova Política, de Marina Silva, já sofre divergências em Pernambuco

Para Edilson Silva, do PSOL, o secretário Sérgio Xavier (PV) deve deixar o governo Eduardo para integrar movimento

Publicado em 23/02/2012, às 00h17

Juliane Menezes

O Movimento Nova Política, iniciado por Marina Silva logo após a sua campanha presidencial (2010), ainda nem foi lançado oficialmente em Pernambuco e já está passando por divergências internas. De acordo com fontes ligadas ao movimento, o Nova Política ainda não foi formalizado no Estado – evento que estava previsto inicialmente para o dia 7 de fevereiro – justamente devido a dissidências entre os partidários de Edilson Silva (PSOL) e de Sérgio Xavier (PV).

Edilson teria exigido que os membros do movimento fossem todos de oposição ao governo. Essa declaração atinge diretamente o principal parceiro de Marina Silva em Pernambuco, Sérgio Xavier, visto que ele é secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado.

Edilson considera que a política do governador Eduardo Campos (PSB), que ele julga ser pautada por um “familismo” e por “displicência” com o meio ambiente (por conta do desmatamento em Suape e o projeto da construção de uma usina termelétrica no Estado,) não é compatível com os princípios do Nova Política, que defende a transparência e a sustentabilidade. Para ele, é “incoerente” que Sérgio Xavier seja ao mesmo tempo membro do Nova Política e do governo Eduardo, e disse achar “razoável” que o secretário saia do governo.

Leia mais na edição do Jornal do Commercio

Missão empresarial

Empresários da Letônia e Rússia conhecem oportunidades no Estado

Grupo representado no Brasil por Leandro Fabrin segue programação até quarta-feira

Publicado em 06/02/2012, às 16h10

Page 25: Noticias 2011 JC

Da editoria de Economia

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC) recebe, deesta segunda (06) até a próxima quarta-feira (08), uma comitiva de empresários da Letônia e da Rússia. O grupo, representado no Brasil por Leandro Fabrin, consultor da BR World Enterprise, segue programação intensa no Estado. Já na manhã desta segunda, eles conheceram as oportunidades de negócios em todas as regiões de desenvolvimento de Pernambuco – apresentadas pela SDEC. Após a pausa para o almoço, a comitiva segue para um passeio cultural na Oficina Brennand e em Olinda.

Para Fabrin, da BR World Enterprise, a visita dos empresários letões e russos ao Brasil, em especial a Pernambuco, demonstra a clara intenção do leste europeu em investir no Estado. "Nosso interesse é na área portuária, de fruticultura (envasamento de sucos), importação e exportação de grãos, entre outras commodities. Queremos criar um elo entre Pernambuco, o leste europeu, a Rússia e a Ásia", explica Leandro Fabrin. Ainda de acordo com o consultor, grupos dos dois países já visitaram Minas Gerais e São Paulo, mas acreditam que Pernambuco apresenta melhores oportunidades.

Dando continuidade à programação, na terça (07) eles seguem para o Porto de Suape, onde conhecerão de perto as atividades realizadas no complexo industrial e portuário, com destaque para as visitas ao moinho da Bunge e ao Terminal de Contêineres (Tecon). Na quarta-feira, o grupo vai ao Porto do Recife e à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), aonde irá se reunir com o SindiGesso e o Sindaçúcar. O dia terminará com uma apresentação das oportunidades no setor de turismo, a cargo da Empetur, e com uma reunião de avaliação da missão, que acontecerá na sede da SDEC.

Manifestantes liberam pista e trânsito volta a fluir na PE-60

Batalhão de Choque chegou no local e manifestantes tiveram que sair da PE-60. Bombeiros tiveram que limpar o local para liberar a pista

Publicado em 02/02/2012, às 10h53

Do JC Online

Atualizada às 11h05

Os integrantes do protesto iniciado na manhã desta quinta-feira (2) contra a política adotada pela diretoria do Complexo de Suape nos processos de desapropriações de terras dos posseiros, na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, tiveram que deixar a pista após a chegada de policiais do Batalhão de Choque.[Confira as imagens do protesto]

Page 26: Noticias 2011 JC

Após a liberação da via, feita só após a retirada dos pneus queimados, por volta das 10h30, o trânsito ficou lento por cerca de meia hora na região, mas agora pouco foi normalizado.

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Agricultores fecham a PE-60, numa manifestação contra Suape Protesto contra Suape promete fechar a PE-60 nesta manhã

A pista estava interditada desde as 6h da manhã desta quinta e o trânsito na área estava parado. O Corpo de Bombeiros limpou a pista para poder liberar a PE-60. Muitos trabalhadores de Suape estavam impedidos de chegarem ao trabalho por causa do congestionamento.

Agricultores fecham a PE-60, numa manifestação contra Suape

Fila gigante de engarrafamento se formou na estrada

Publicado em 02/02/2012, às 07h16

Adriana Guarda

Atualizada às 10h35

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Moradores do entorno de Suape fecharam o trânsito na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, na manhã desta quinta-feira (2). Eles protestam contra a política adotada pela diretoria do Complexo de Suape nos processos de desapropriações de terras dos posseiros. A principal reclamação é o baixo valor das indenizações, que inviabilizam a compra de moradia em outro local. O Batalhão de Choque foi a PE-60, e as pessoas que estão no protesto tiveram que recuar e deixar a

Page 27: Noticias 2011 JC

rodovia. O trânsito na área continua parado e o Corpo de Bombeiros está apagando o fogo que os manifestantes colocaram em pneus.

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Protesto contra Suape promete fechar a PE-60 nesta manhã

Os protestantes seguiram em direção ao Engenho Algodoais, onde mora a posseira Raquel Minervino que na quinta-feira passada recebeu a ordem de que terá que desocupar o sítio onde mora há 48 anos e receber uma indenização de R$ 12 mil. Eles pretendem acampar no sítio, que pode ser desocupado pelo governo ainda nesta quinta. [Confira as imagens da manifestação]

A rodovia foi fechada por pneus queimados por volta das 6h. A Polícia Militar e os Bombeiros estão no local, mas apenas acompanharam a movimentação. As empresas de Suape terão prejuízo com o atraso dos trabalhadores, que ficaram presos no trânsito formado por uma fila gigante de ônibus e carros na rodovia. Segundo informações do Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRv), cerca de 600 pessoas participam do ato.

Questão fundiária

Protesto contra Suape promete fechar a PE-60 nesta manhã

Moradores do entorno do complexo reclamam da política de desapropriações promovida pelo governo do Estado

Publicado em 02/02/2012, às 06h00

Da Editoria de Economia

Movimentos sociais e associações de moradores e de pescadores prometem fechar, hoje, à rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, num protesto contra o governo de Pernambuco e a diretoria do Complexo de Suape. A movimentação marcada para esta manhã, a partir das 6h, vai causar dor de cabeça para quem precisa chegar ao Litoral Sul. Com uma pauta de reivindicações de 11 itens, o grupo vai seguir em comitiva até Suape, onde esperam ser recebidos pela diretoria do complexo. “O protesto é uma resposta a falta de política social praticada pelo governo do Estado, na retirada dos moradores do entorno de Suape. Indenizações indignas, desrespeito com os posseiros e milícia armada não podem mais ser aturados”, defende o líder comunitário e ex-presidente da Associação de Moradores do Engenho Massangana, Ezequiel da Silva. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) participa do ato.A organização do protesto pretende reunir 500 pessoas. Além do protesto na PE-60, os

Page 28: Noticias 2011 JC

manifestantes também vão montar acampamento no Engenho Algodoais, onde mora a posseira Raquel Minervino que na quinta-feira passada recebeu a ordem de que terá que desocupar hoje o sítio onde mora há 48 anos e receber uma indenização de R$ 12 mil. “Com esse dinheiro não consigo comprar outra casa. Não tenho pra onde ir”, reclama, sob o olhar assustado dos 3 filhos, que acompanham há 3 anos a aflição da mãe, desde que a diretoria de Suape ingressou com uma ação de reintegração de posse contra sua família. A pauta de reivindicações pede a retirada dos processos de reintegração de posse de Suape contra as famílias de posseiros, a revisão dos valores das indenizações, a implantação do Projeto Morador (que deveria ter sido tocado pelo governo do Estado desde 2007), a criação de uma comissão permanente para acompanhar os processos de desapropriações, a retirada das milícias armadas de Suape, regularização fundiária e entrega dos títulos de posse às famílias, construção de passarelas e lombadas eletrônicas na tentativa de diminuir os acidentes em Suape, políticas públicas para os agricultores que vivem no entorno de Suape, providência para as questões ambientais e solução para os problemas sociais que o desenvolvimento do complexo trouxe, a exemplo da violência e da prostituição. Em nota de esclarecimento encaminhada ao Jornal do Commercio esta semana, a diretoria do Complexo de Suape afirmou que as indenizações aos posseiros são pagas depois da realização de um laudo técnico elaborado por um avaliador externo, que segue as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No início da gestão Eduardo Campos, a política era adotar a tabela da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) para calcular o valor das benfeitorias realizadas nos terrenos (construções e plantios).

RMR tem menor taxa de desemprego desde 1997

Índice, segundo Dieese, fechou 2011 em 13,5%

Publicado em 31/01/2012, às 16h14

Da Editoria de Economia

 

A taxa de desemprego total na Região Metropolitana do Recife (RMR) diminuiu, entre novembro e dezembro de 2011, de 12,8% para 12,2% da População Economicamente Ativa (PEA). Em 2011, a taxa na RMR chegou a 13,5%, a menor para toda a série da PED, iniciada em novembro de 1997. Com relação às demais regiões metropolitanas pesquisadas, apenas Belo Horizonte e Porto Alegre tiveram desempenho semelhante. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Agência Condepe/Fidem em parceria com o Dieese e a Fundação Seade.

A taxa de participação – indicador que expressa a proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – manteve-se estável em 55,6%, no mês de dezembro. No fechamento anual, o indicador variou positivamente de 54% para 54,3%, o maior desde 1998.

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O aumento do nível de escolaridade e os investimentos em Suape são as principais influências para o resultado.

No fechamento de 2011, o nível de ocupação no Recife cresceu 6,0%, superior ao de Porto Alegre (3%), Fortaleza (2,7%), São Paulo (1,9%), Distrito Federal (1,7%) e Salvador (1,9%).

Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, a RMR se destacou na criação de postos de trabalho na Construção Civil (19 mil, ou 21,6%), no Comércio (21 mil, ou 7,4%) e nos Serviços (48 mil, ou 5,7%). Para o mês de dezembro, o número de ocupados na RMR cresceu 0,8% com a criação de 14 mil postos de trabalho.Na comparação entre dezembro de 2011 com o mesmo mês do ano anterior, Recife também apresentou a maior nível de ocupação entre as regiões metropolitanas pesquisadas pela PED.

A RMR apresentou 5,5% de crescimento, seguido do Distrito Federal (3,9%), Belo Horizonte (2,6%) e São Paulo (1,1%), Porto alegre (0,3%), Fortaleza (0,3%) e Salvador (-0,8%).

O ano de 2011 também foi bom para o rendimento dos ocupados que, na RMR, cresceu 6,7%. O percentual foi maior que os rendimentos de Fortaleza (2%), Porto Alegre (1,6%), São Paulo (1,1%), Salvador (-7,5%), Belo Horizonte (-2,7%) e Distrito Federal (-0,3%).

Entre outubro e novembro de 2011, houve crescimento no rendimento dos ocupados (1,0%), assalariados (0,9%) e autônomos (6,0%). Em termos monetários, os valores são de, respectivamente, R$ 1.050, R$ 1.162 e R$ 745.

tecidos

Lixo hospital dos EUA encontrado em polo têxtil é incinerado

O procedimento acontece a partir das 9h e será realizado pela empresa Serquip, em sua unidade localizada no bairro da Guabiraba, no Recife

Publicado em 25/01/2012, às 08h31

Do JC Online

Nesta quarta-feira (25) começa a incineração das cerca de 50 toneladas de lixo hospitalar que, desde outubro, estavam apreendidos nos três depósitos das empresas NA Intimidade Ltda. e Império do Forro de Bolso, no Agreste do Estado. Depois que a

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Polícia Federal (PF) informou que a perícia realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) nesses tecidos acusou a presença de material biológico, inclusive, sangue humano, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) determinou a destruição do material.

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O procedimento acontece a partir das 9h e será realizado pela empresa Serquip, em sua unidade localizada no bairro da Guabiraba, no Recife. Acontece quatro dias depois da devolução aos EUA dos dois contêineres que estavam no Porto de Suape. A incineração não será de todas as 50 toneladas. O material ainda não foi totalmente recolhido dos três estabelecimentos pela Apevisa. Segundo informou o coordenador-geral do órgão, Jaime Brito, até agora foram levadas para um depósito próprio em Agrestina, no Agreste, aproximadamente 30 toneladas, oriundas de Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru.

Galeria de imagens

Incineração de lixo hospitalar apreendido no polo de confecções do Agreste pernambucano.Os custos não foram divulgados por Brito, nem tampouco o coordenador-geral da Apevisa informou se a fatura será cobrada da NA Intimidade Ltda. e Império do Forro de Bolso, empresas que tinham como sócio e principal administrador o empresário Altair Teixeira de Moura, alvo de investigações da PF. As autoridades brasileiras apuram se ele importou conscientemente o lixo hospitalar, agindo em parceria com Cid Alcântara Ribeiro, proprietário brasileiro da empresa americana Texport Inc., responsável por exportar os tecidos.

O advogado aduaneiro e representante das empresas pernambucanas no caso, Gilberto Lima, voltou a afirmar que a Texport será alvo de processo por perdas e danos pelos contêineres de Suape e possivelmente também por conta do material encontrado no Agreste. Entretanto, lembrou que a incineração de hoje traz um problema de “queima de arquivo”. Caso o grupo americano peça uma nova perícia nos tecidos, como contraprova em um provável processo judicial, esses não estariam mais disponíveis, argumentou. “Se a incineração for consumada na rapidez que se anuncia, isso, na prática, poderá consistir na ‘compra dos tecidos pelo Estado de Pernambuco’, que poderá assumir a condição de causador do dano e vir a responder por perdas e danos, se não restar alternativa judicial de reclamar o ressarcimento contra a exportadora”, acrescentou em nota o advogado.

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DISTRIBUIÇÃO

Fiat vai importar carros por Suape

Atualmente, os veículos vindos do México são desembarcados no Porto do Rio de Janeiro, o que retarda uma operação mais eficiente de distribuição desses modelos no Nordeste

Publicado em 21/01/2012, às 10h17

Do JC Online

A Fiat iniciou as negociações com o governo do Estado para instalar uma central de distribuição de veículos no Complexo Portuário de Suape. A intenção é atender o mercado do Nordeste, melhorando a sua operação de importação de modelos fabricados no México, de onde saem os veículos Freemont (uma SUV lançada no meio do ano passado) e o compacto retrô Fiat 500 (fala-se como em italiano, cinquecento). A operação aconteceria antes mesmo da conclusão de sua fábrica no município de Goiana, segundo o Blog de Jamildo.

Atualmente, os veículos vindos do México são desembarcados no Porto do Rio de Janeiro, o que retarda uma operação mais eficiente de distribuição desses modelos no Nordeste. Apesar de ser menos conhecido no mercado local, o Freemont é um carro que tem fila de espera nas concessionárias da montadora nos municípios do Nordeste. Segundo a assessoria de imprensa da Fiat, a logística de movimentação de um modelo importado envolve estocagem e distribuição, elementos essenciais para o sucesso de vendas, que se inicia com o pedido. A empresa não informa números nem dá prazo para o início da operação.

O vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, diz que as negociações estão dentro do planejamento de estruturação da Fiat no Estado e que já estava prevista a possibilidade de importação de veículos por meio do porto. “Não há nada fechado. Iniciamos a conversa com a montadora dentro do próprio processo de instalação de operações logísticas que serão feitas por Suape”, diz.

Polêmica têxtil

Lixo hospitalar é devolvido aos EUA

Os dois contêineres com 46 toneladas de tecidos sujos de sangue humano embarcaram na manhã deste

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sábado no navio Cap. Irene rumo ao Porto de Charleston, na Carolina do Sul

Publicado em 21/01/2012, às 09h27

O navio seguirá para Santos, depois ruma para a Argentina para então se dirigir aos EUA

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Pouco depois das 06h30 da manhã deste sábado, dia 21, os dois contêineres com lixo hospitalar importados dos EUA foram embarcados no navio Cap. Irene para retornarem ao Porto de Charleston, no Estado da Carolina do Sul, lugar de onde nunca deveriam ter saído. As cerca de 46 toneladas estava apreendidas no Complexo de Suape desde o começo de outubro do ano passado.

O navio, de bandeira liberiana, seguirá para o Porto de Santos, depois ruma para a Argentina para então se dirigir aos EUA. A estimativa é de que a embarcação só atraque em Charleston no próximo mês de fevereiro. Os dois contêineres ficarão em um local separado dos outros 2.800 que estão sendo transportados pela embarcação na sua parada no Porto de Suape.

A empresa responsável pelo transporte é a mesma que trouxe o carregamento para Pernambuco, a Hamburg Süd. O material foi importado pela empresa NA Intimidade Ltda., situada na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. O grupo é alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura se a importação foi intencional e se a empresa pernambucana agiu em conluio com a americana Texport Inc., a exportadora, cujo sócio é brasileiro e também está sob investigação da PF.

Há 100 anos nascia Eraldo Gueiros Leite

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Idealizador do Complexo Portuário de Suape, que hoje leva o seu nome, Eraldo Gueiros governou Pernambuco durante o regime militar (1971-1975). Ele morreu em 1983

Publicado em 18/01/2012, às 00h16

Ayrton Maciel

Obra com muitas paternidades, o Complexo Industrial e Portuário de Suape tem, porém, o DNA de um ex-governador de Pernambuco que, se vivo fosse, estaria completando, nesta quarta-feira, seu centenário de nascimento. Terceiro no comando do Estado após o golpe militar de 1964, Eraldo Gueiros Leite (governador de 1971 a 1975) foi o idealizador do complexo econômico que hoje capitaneia a nova economia de Pernambuco. O primeiro passo foi dado em 30 de abril de 1974, quando o governador descerrou a placa da pedra fundamental do porto de Suape. Como um visionário, uma frase de trecho do discurso traduz a crença de Eraldo Gueiros naquele empreendimento para o futuro do Estado: “Aqui se desenrolarão novas lutas, com outros objetivos, totalmente apoiados nos ambientes das futuras fábricas, com pranchetas e máquinas nos navios que atracarão trazendo desenvolvimento”. Eraldo Gueiros faleceu 5 de março de 1983, vítima de complicações respiratórias decorrentes de uma pneumonia.

Indicado pelo general-presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), com o nome passando pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, o procurador militar de carreira Eraldo Gueiros assumiu o governo no período mais duro da repressão política, rotulado como os “anos de chumbo” do regime de 64. Com o nome homologado pela Arena, o partido de sustentação do regime militar, em convenção de agosto de 1970, foi eleito pela Assembleia no mês de outubro e empossado em março de 1971, deixando o cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar (STM). A  vertente visionária e a vocação empreendedora pôde ser logo demonstrada ao orientar as ações administrativas de seu governo pelo Programa de Ação Coordenada, elaborado pelo órgão de planejamento do Estado, o Conselho de Desenvolvimento Econômico (Condepe). Suape é a maior das heranças da sua gestão.

Ao governo Eraldo Gueiros são creditados, também, a iniciação do Sistema de Abastecimento de Tapacurá, a Fundação de Saúde Amaury de Medeiros (Fusam), para executar o plano estadual de Saúde, o fechamento da Casa de Detenção do Recife – transformada em Casa da Cultura –, a criação de penitenciárias agrícolas (com as de Itamaracá) e investimentos em eletrificação e comunicações no interior. Submetida a guetos políticos, reestruturou a Polícia Civil, criando o cargo de delegado de carreira, para tentar eliminar a interferência predadora.

CONCILIADORComo político, nunca teve cargo legislativo, mas foi considerado um governante conciliador e pacificador. “Ele condicionou sua aceitação ao governo à reabertura da Assembleia, que estava fechada. Não quis governar sem o Legislativo, e foi eleito por unanimidade. Era de diálogo fácil, sabia ouvir, embora não abrisse mão de suas convicções. Fez um governo de coalização com udenistas e pedessistas (UDN e PSD,

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partidos extintos pelo regime). Não era um perseguidor. Não quis continuar na vida política porque não era um vocacionado para atividade”, detalha o ex-deputado estadual, ex-desembargador do TJPE e genro, Fausto Freitas.

O Complexo Industrial Portuário de Suape tem, hoje, o nome Eraldo Gueiros por decisão da Assembleia Legislativa. Sem Suape, não haveria a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a Petroquímica Suape. O cenário de uma visão futurista está retratado no trecho do discurso escrito em placa: “Suape não será apenas um porto. Suape vem de ontem, quando Dom João VI abriu as portas do Brasil às nações amigas. Suape é hoje nossa opção pelos caminhos do mar e será o nosso amanhã. Daí porque não interessa a Pernambuco quem o veja só pelo instante presente ou só pelo instante a chegar. O tempo, a quem todos deve interessar, é o tempo social e histórico. Aqui se desenrolarão novas lutas, com outros objetivos, totalmente apoiados nos ambientes das futuras fábricas, com pranchetas e máquinas nos navios que atracarão trazendo desenvolvimento. É Pernambuco que afirma sua vocação histórica, da dimensão do futuro às conquistas do passado. Suape é isso.”

VEÍCULOS

Volks confirma fábrica no Brasil

Presidente mundial da empresa, Martin Winterkorn, voltou a falar do projeto. Pernambuco está tentando captar unidade

Publicado em 10/01/2012, às 08h48

Sílvio Menezes

DETROIT (EUA) - O presidente mundial da Volkswagen, Martin Winterkorn, confirmou na segunda-feira (9), na abertura do Salão de Automóvel de Detroit, que a marca pretende instalar uma nova fábrica no Brasil ou ampliar uma unidade já existente

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no País.

O executivo evitou aprofundar o tema. Não deu pistas de qual Estado estaria com mais chances, mas deixou claro que a situação ainda está indefinida e não há uma data específica para fazer o anúncio.

Os pernambucanos há muito esperam a posição oficial da montadora alemã. Para quem não lembra, o presidente da marca no Brasil, Thomas Schumall, declarou em setembro do ano passado que Pernambuco estava na disputa com outros cinco Estados e desde então muitas especulações surgiram. Jornais de grande circulação nacional e sites importantes deram como certa a vinda da fábrica para o Complexo Portuário de Suape, onde inicialmente seria instalada a Fiat.

As negociações e encontros entre representantes do governo do Estado e executivos da Volks são conhecidos do público. Representantes da marca já estiveram várias vezes sobrevoando a região e reunidos com integrantes da alta cúpula do governo estadual para ouvir as propostas. As notícias veiculadas pela imprensa a respeito dão conta de que a nova unidades terá capacidade para produzir até 250 mil veículos por ano. E o Up! - um automóvel recém-lançado na Europa e que vai atender a vários mercados do mundo - seria o modelo fabricado nesta nova planta. Ele viria para ser o Fusca do século 21. Além de Pernambuco, há mais cinco Estados interessados na nova fábrica da Volks. O Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

Para o anúncio oficial da unidade com o local, seria preciso resolver o sistema tributário brasileiro. O governo um novo regime de cobrança de impostos e várias montadoras aguardam essa definição para anunciar novas unidades no País.

Porto

Suape apresenta nova proposta para moradores

Houve aumento no número de casas construídas e mudança de área

Publicado em 06/01/2012, às 15h11

Adriana Guarda

A diretoria do Complexo de Suape apresentou nesta sexta-feira (6) um novo projeto de agrovila para os moradores da Ilha de Tatuoca. As principais novidades são o aumento do número de casas, que passará de 51 para 73, e a localização do terreno. Se os ilhéus aprovarem a nova proposta, as casas serão construídas no Cabo de Santo Agostinho, entre a Praia de Suape e a comunidade de CPovo. A reunião aconteceu na Escola Santo André, na Ilha.

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O vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, diz que espera entregar a vila num prazo de 12 meses, depois que a comunidade se posicionar aprovando o projeto. “Precisamos que os moradores nos dêem um retorno o mais rápido possível para adquirirmos o terreno e começar a construção antes do inverno”, destacou.

O presidente da Associação de Moradores da Ilha de Tatuoca, Edson Antônio dos Santos, comemorou a nova proposta. “A área é melhor do que a anterior, porque o acesso é mais fácil e está próximo do mar e do mangue para garantir a pesca. Isso sem falar que serão 73 casas, porque as famílias cresceram nesses 5 anos que Suape vem prometendo a vila”, observa. Os ilhéus terão até a próxima semana para responder se concordam com o projeto.

denúncia

Pescadores vão à ONU contra Suape

Colônia de Pescadores do Cabo de Santo Agostinho denuncia descaso das autoridades locais com os danos ambientais no porto

Publicado em 05/01/2012, às 11h10

Adriana Guarda

A Colônia de Pescadores do Cabo de Santo Agostinho encaminhou denúncia à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), na Suíça, contra o governo de Pernambuco. Os pescadores alegam violação dos direitos humanos e descaso das autoridades locais com os danos ambientais provocados pela implantação de grandes empreendimentos no Complexo de Suape.

"As obras de dragagens realizadas para contemplar a instalação de um polo naval na região estão levando ao desemprego e à expulsão dos pescadores e moradores tradicionais, sem que ocorram as devidas compensações”, diz o ecólogo e assessor dos denunciantes, Leslie Tavares.

O especialista afirma que o descaso com os recursos naturais e com a ocupação dos moradores da região desrespeitam preceitos fundamentais estabelecidos na Declaração dos Direitos Humanos e da Organização internacional do Trabalho (OIT). “Foi com base nesses fundamentos que encaminhamos à denúncia à ONU”, explica, lembrando que o trabalho tradicional como a pesca precisa ser preservado.

O vice-presidente do Complexo de Suape, Frederico Amâncio, diz que chegou à diretoria a informação de que os pescadores teriam formalizado uma denúncia na ONU, mas que desconhecia o conteúdo do documento e se ele teria sido elaborado por apenas uma pessoa ou pela Colônia como liderança.

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“A verdade é que o governo do Estado e órgãos como o Ministério Público Federal nos viraram as costas. Há 2 anos ingressamos com uma ação civil reclamando dos impactos da dragagem e nada foi feito”, lamenta o pescador da Colônia Z-8 da Praia de Gaibu, Ednaldo Rodrigues de Freitas, conhecido pelos colegas como Nal. Ele diz que a pesca na região caiu 80% depois das dragagens realizadas por Suape. O pescador conta que sua renda das famílias que dependem da pesca despencou desde 2010.

2011

Sem festa, Estaleiro Atlântico Sul entrega 1ª embarcação

Estaleiro, apontado como marco da retomada do polo naval brasileiro, entregou o casco da plataforma P-55 à Petrobras

Publicado em 23/12/2011, às 12h06

Adriana Guarda

Rebocadores iniciaram a retirada da plataforma do cais de acabamento para o mar

Foto: Paloma Amorim/Divulgação

Sem festa, sem discurso de autoridades, sem fogos de artifício. Foi assim, em silêncio, que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape, fez a entrega de sua primeira encomenda à Petrobras: o casco da plataforma P-55. Apontado como marco da retomada da indústria naval no País, o estaleiro optou pela discrição na tentativa de evitar comentários e questionamentos sobre o João Cândido. O navio está há 3 anos em

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construção no empreendimento e só sairá do EAS no próximo ano.

Na quinta-feira (22), por volta do meio dia, os rebocadores iniciaram a operação para retirada da plataforma do cais de acabamento para o mar. O casco será rebocado por 2 mil milhas até o Estaleiro Rio Grande (RS), onde será integrado à estrutura superior da unidade (deck box), construída na empresa gaúcha. A previsão é que o transporte, realizado por dois rebocadores oceânicos, seja concluído em duas semanas. A plataforma saiu de Suape com uma tripulação de 100 pessoas.

A P-55 é uma plataforma projetada para operar em águas profundas. Terá capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo leve por dia. De acordo com o EAS, ela será instalada no Campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ), a uma distância de 130 quilômetros da costa e sobre uma lâmina d'água de 1.795 metros.

O casco da P-55 deveria ter sido entregue em setembro do ano passado, mas saiu com 15 meses de atraso. Em texto encaminhado à imprensa, por meio de sua assessoria de comunicação, o EAS justificou que a demora foi motivada pelo "fato de as instalações do EAS não estarem inteiramente prontas, além da escassez de mão de obra no Brasil. A obra teve de avançar à medida em que a mão de obra era treinada ou selecionada. Isso impactou no cronograma inicial. Porém, a obra ganhou velocidade e evoluiu dentro do previsto após a conclusão do estaleiro, em meados de 2010. A partir daí, pudemos contar com toda a nossa capacidade produtiva", dizem as aspas creditadas ao presidente do EAS, Agostinho Serafim Júnior, que nunca falou diretamente com a imprensa desde que assumiu o cargo em março deste ano.

O EAS destaca que o casco da P-55 é o maior para plataforma semissubmersível (FPU) já construído no Brasil. Pesa 25 mil toneladas, tem 44 metros de altura e uma base de 94 por 94 metros. A empresa lembra que o contrato, inicialmente orçado em US$ 380 milhões, marcou a estreia do empreendimento na indústria offshore e que a entrega "consolida em definitivo a presença da empresa no setor".

Segundo o estaleiro, todas as etapas da construção do casco, incluindo os procedimentos de soldagem, foram executadas e aprovadas no EAS, atendendo às normas e especificações da indústria offshore e da sociedade classificadora internacional responsável pela certificação do projeto, a Bureau Veritas, entidade sediada na Bélgica e com 200 anos de credibilidade.

OLÊMICA

Perícia confirma que carga é lixo hospitalar

Expectativa é que o material armazenado em Suape deve ser devolvido aos EUA até a primeira quinzena de janeiro

Publicado em 20/12/2011, às 08h08

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Felipe Lima

Foto: Bernardo Soares/JC Imagem

Está provado que as 46 toneladas desembarcadas no Porto de Suape em outubro são lixo hospitalar. No texto da decisão judicial que autorizou a devolução da carga aos EUA, proferida pela juíza substituta da 4ª Vara Federal em Pernambuco, Ethel Francisco Ribeiro, a Polícia Federal (PF) "comunicou que os exames periciais realizados nas amostras coletadas foram concluídos de forma positiva". A expectativa agora é de que até a primeira quinzena de janeiro do próximo ano o material volte ao Porto de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul.

O pedido de devolução dos dois contêineres que se encontram apreendidos no complexo pernambucano há pouco mais de dois meses foi feito pela empresa NA Intimidade Ltda. e o despacho da Alfândega do Porto de Suape que autoriza a operação foi assinado na segunda-feira (20).

Procurado pela reportagem do JC, que teve acesso ao processo, o advogado aduaneiro e representante legal da empresa de Santa Cruz do Capibaribe, Gilberto Lima, confirmou ter conseguido o retorno da mercadoria indevida, classificada como "material hospitalar e potencialmente infectante".

"Com isso concluímos uma etapa importante no processo, que demonstra que a mercadoria é incompatível com a encomenda. É um ganho para a empresa. Com a anuência das autoridades americanas iremos devolver uma carga que jamais deveria ter saído dos EUA", comemorou.

Questionado sobre as amostras de tecido coletadas nos três galpões da NA Intimidade Ltda. e Império do Forro do Bolso, o advogado afirmou que ainda aguarda a conclusão oficial das análises feitas pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, em Brasília, e que "espera que se constate a boa qualidade do insumo, cujo fim era a confecção de forro de bolso".

Turismo

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Enotel vai investir R$ 250 milhões em Porto

Recursos irão servir para triplicar empreendimento localizado em Porto de Galinhas

Publicado em 18/12/2011, às 17h10

Da editoria de Economia

O Grupo Enotel Hotels & Resorts vai investir R$ 250 milhões para quase triplicar até 2014 o seu empreendimento situado na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Litoral Sul do Estado. A primeira etapa, cujas obras começam no próximo mês de janeiro, representará, na prática, a construção de um hotel dentro do hotel. Serão mais 440 apartamentos para o Enotel Resort & Spa, um novo parque aquático e a ampliação do centro de convenções do local, que passará de 4,5 mil metros quadrados (m²) para 12 mil m². A previsão de conclusão é outubro de 2013.

Quase que imediatamente serão iniciadas as obras da segunda etapa, que acrescentará outras 300 unidades fazendo com que, antes da Copa do Mundo, o hotel conte com 1.088 apartamentos. Hoje são 348. Instalado em Porto de Galinhas desde 2006, o Enotel Resort & Spa é hoje o principal empreendimento do grupo no mundo. Não à toa ficou com a maior parcela do pacote de investimentos que chega a R$ 300 milhões – os R$ 50 milhões restantes serão aplicados nos hotéis da Ilha da Madeira, em Portugal.

A ampliação do Enotel Resort & Spa tem sido alardeada no setor turístico local há alguns anos, mas só se concretizou agora. O diretor do grupo Enotel e responsável pelo departamento de desenvolvimento de novos projetos, Agostinho Arrais, explica que se esperou o tempo certo. “E não é pela Copa do Mundo, que é importante, mas representa apenas dois meses no calendário de ocupação. São as projeções de que em cinco anos o Brasil esteja entre as cinco maiores nações do mundo e Pernambuco cresce mais que o País”, afirma.

Os aportes no centro de convenções são estratégicos, pois visam aproveitar uma grande vantagem do local que são os leitos integrados à área de exposição. “Porto de Galinhas deixou de ser um destino sazonal e o turismo de eventos já contribui com uma parcela importante. Quanto à média de ocupação do empreendimento, está dentro do que esperávamos”, comenta, sem detalhar percentuais o diretor.

Apesar da confiança no destino sinalizada com os investimentos, Arrais pontua que ainda há um esforço a ser feito pelo governo e prefeitura para dotar Porto de Galinhas de infraestrutura e urbanização adequadas para a importância econômica que representa. Também considera importante manter a vocação turística do local – hoje, pousadas estão lotadas por funcionários da construção civil que atuam em Suape

O Grupo Enotel analisa ainda novas áreas de investimento no Estado. A capital pernambucana é alvo de estudos sobre a viabilidade de implantação de um empreendimento do tipo bed and breakfast - opção econômica de hospedagem - ou all

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inclusive, onde bebidas e todas as refeições estão incluídas. “Estamos realizando alguns contatos com parceiros, mas trata-se ainda de uma análise”, diz Arrais.

Conjuntura

PIB de Pernambuco cresce 3,9% no trimestre

Resultado é o comparativo entre este ano e o mesmo período do ano passado

Publicado em 14/12/2011, às 16h11

Da editoria de Economia

Atualizada às 17h14

O Produto Interno Bruto de Pernambuco (PIB) encerrou o terceiro trimestre deste ano com elevação de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A divulgação está sendo feita neste momento na Agência Condepe/Fidem. Ao contrário dos dados nacionais, este divulgação compara apenas com o mesmo período do ano passado e não contra o trimestre diretamente anterior.

No caso do Brasil, comparado a 2010, a elevação foi de 2,1%. Já com relação ao trimestre anterior (abril, maio, junho), o Brasil não teve crescimento, ficando com 0% de movimentação econômica. No caso de Pernambuco, a alta foi puxada principalmente pelo setor da construção civil, com incremento de 8%.

 “Os números confirmam uma trajetória de crescimento no qual o Estado está crescendo quase 2% acima da média nacional”, explica o presidente da agência Condepe/Fidem, Antonio Alexandre. A instituição divulgou a performance da economia do Estado na tarde desta quarta-feira.

Para Alexandre, os principais investimentos que impulsionam o crescimento do Estado não foram afetados pela crise internacional que está afetando mais fortemente vários países da Europa. Ele estava se referindo aos empreendimentos estruturadores que estão se implantando no Porto de Suape, como a Refinaria Abreu e Lima, a PetroquímicaSuape e os estaleiros, incluindo o Atlântico Sul, já instalado.

O motor propulsor da economia do Estado continua sendo a construção civil, que apresentou um crescimento de 8,1% no terceiro trimestre deste ano. Os números também mostram que está diminuindo a quantidade de pessoas autônomas no comércio. “Eles estão deixando de ser informais, mas não sabemos se continuam no comércio ou estão indo para outras atividades que estão aquecidas, como a construção civil”, argumenta a economista do Condepe/Fidem, Claudia Pereira.

STRADAS

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Duas pessoas ficam gravemente feridas em acidente na PE-60

Um caminhão saiu da pista e tombou na rodovia, fazendo com que o condutor e o carona fossem arremessados para fora do veículo

Publicado em 14/12/2011, às 11h29

Do JC Online

Atualizada às 11h40

Um acidente, na manhã desta quarta-feira (14), envolvendo um caminhão Mercedes Benz de placa HVJ-5304, no quilômetro 98 da PE-60, em frente à Petroflex, município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, deixou o condutor e o passageiro gravemente feridos.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a quebra na barra de direção do veículo pode ter ocasionado o descontrole do caminhão e provocado o acidente. O caminhão saiu da pista, bateu em um poste, atravessou um canteiro e tombou, fazendo com que o condutor e o carona fossem arremessados para fora do veículo. O trânsito no local ficou bastante complicado.

As vítimas foram levadas pelo helicóptero da PRF para o Hospital da Resturação (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. A assessoria do HR informou que o condutor André Celestino das Candeias, aparentando 35 anos, sofreu uma fratura na cabeça e chegou inconsciente na unidade. Ele irá passar por uma tomografia no crânio para saber a gravidade da colisão. Ainda não há informações sobre o carona.

Ainda segundo a PRF, o caminhão pertence a uma madeireira de Suape, mas ninguém respondeu ao contato telefônico feito pelos agentes. O veículo ficou no local, atravessado na pista, até o início da tarde desta quarta, complicando o deslocamento dos veículos no sentido Cabo - Recife.

NAUGURAÇÃO

Complexo de Suape ganha mais uma fábrica. Investimento será de R$ 15 milhões

O governador Eduardo Campos comemorou a chegada da Jaraguá, lembrando que a empresa vai fortalecer a cadeia do petróleo e gás no Estado

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Publicado em 07/12/2011, às 17h21

Adriana Guarda

Do Jornal do Commercio

Foto: Priscila Burh / JC Imagem

A Jaraguá Equipamentos Industriais inaugurou nesta quarta-feira (7) sua primeira fábrica em Pernambuco, no Complexo de Suape, com investimento de R$ 15 milhões. A unidade será a quinta do grupo paulista no País, que já conta com operações nos Estados de São Paulo e Alagoas. A solenidade de partida da planta industrial contou com a participação do governador Eduardo Campos e da diretoria da empresa.

Durante o evento, o grupo sinalizou com a possibilidade de expandir a fábrica local num prazo de dois anos, com outro investimento de R$ 32 milhões, em função do crescimento da indústria de bens de capital no Nordeste.

A fábrica de Suape conta com 700 colaboradores. A unidade fechou contrato com a Petrobras no valor de R$ 1,5 bilhão para fornecer 18 fornos para a Refinaria Abreu e Lima. O presidente da Jaraguá, Wagner Othero, explicou que cada forno tem até 50 metros de altura (o equivalente a um prédio de 15 andares). "Somos uma das três empresas do Brasil com expertise para fornecer esse tipo de equipamento. Estamos trazendo para o Estado uma empresa intensiva em geração de empregos, inovação e tecnologia", reforçou.

O governador Eduardo Campos comemorou a chegada da Jaraguá, lembrando que a empresa vai fortalecer a cadeia do petróleo e gás no Estado. "Nosso objetivo é transformar Pernambuco num polo fornecedor de serviços e equipamentos para esse setor", destacou.

Energia

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Pernambuco ganha fábrica de pás para turbinas eólicas

Em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, foi assinado um protocolo de intenções para a instalação da Eolice

Publicado em 06/12/2011, às 14h55

Da editoria de Economia

O governo do Estado anunciou, hoje, mais um investimento para Pernambuco. Em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, foi assinado um protocolo de intenções para a instalação da empresa do setor de energia eólica Eolice. O novo empreendimento, que ocupará um terreno de 25ha no Complexo Industrial e Portuário de Suape, vai investir R$ 100 milhões e gerar 1500 empregos diretos.  

A empresa fabricará pás para turbinas eólicas e tem previsão para iniciar a produção em janeiro de 2013. Com a instalação da Eolice, Pernambuco será o primeiro estado brasileiro que fecha o ciclo do setor com a produção de todos os materiais para a geração de energia eólica. Já estão instaladas em Suape a Impsa, fabricante de geradores e a RM Eólica, fabricante de torres. A Iraeta, empresa que produzirá flanges eólicas, já está em construção.

empreendimento

Pernambuco ganha mais uma empresa de energia eólica

O governador Eduardo Campos vai assinar, nesta terça-feira (6) o protocolo de intenções

Publicado em 05/12/2011, às 21h25

Do NE10

A empresa francesa Eolice, do setor de energia eólica, vai investir em Pernambuco. O empreendimento, orçado em R$ 100 milhões, será instalado no Complexo Industrial de Suape, onde fabricará pás para turbinas eólicas. Nesta terça-feira (6), às 10h30, o governador Eduardo Campos vai assinar o protocolo de intenções, no Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife.

De acordo com informações do Governo do Estado, o empreendimento vai gerar 1.500

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empregos diretos. Para instalar a fábrica, a empresa Eolice firmou um convênio com o grupo dinamarquês LM Wind Power, considerado o maior do mundo em seu segmento. O grupo está no mercado há 30 anos e atualmente está presente em 11 países do mundo, como Canadá e Estados Unidos.

SUAPE - A partir da instalação desta fábrica, Suape passa a oferecer todos os equipamentos necessários para a geração de energia eólica, fechando a cadeia do setor. Já estão instaladas a Impsa, fabricante de geradores e a RM Eólica, fabricante de torres. A Iraeta, empresa que produzirá flanges eólicas, já está em construção.

PARALISAÇÃO

Operários da Transnordestina fazem greve

De acordo com o presidente do Sintepav-CE apenas a Odebrecht está descumprindo esse acordo já firmado em Convenção Coletiva de Trabalho

Publicado em 05/12/2011, às 18h37

Agência Estado

Operários da Transnordestina cruzaram os braços nesta segunda-feira (5) no Lote I em Missão Velha, no Cariri cearense. A paralisação começou pela manhã após assembleia realizada pelo sindicato em frente à obra. Por unanimidade, os 380 trabalhadores optaram pela greve até que suas reivindicações sejam atendidas. Foi montada uma comissão de seis trabalhadores para negociarem com o sindicato patronal e com os representantes da empresa Odebrecht, responsável pelo trecho.

À tarde houve uma reunião com encarregados. Mas, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias em Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral do Estado do Ceará (Sintepav-CE), Raimundo Nonato Gomes, não se chegou a nenhum acordo. "Não estamos avançando em nada, acredito que a paralisação não termina antes de quinta-feira (8)", afirmou.

Mesmo diante da resistência do sindicato patronal, ele espera que as reivindicações sejam atendidas. De acordo com Raimundo Nonato Gomes, apenas a Odebrecht está descumprindo esse acordo já firmado em Convenção Coletiva de Trabalho. "Caso não haja cumprimento a obra permanecerá parada", garantiu.

Os operários reivindicam reajuste de 100% no porcentual de horas extras, que hoje é de 70%; aumento da cesta básica de R$ 80 para R$ 150; plano de saúde estendido aos familiares; horas in tineré com relógio de ponto no ônibus; reajuste de 2% sobre o salário de todos os trabalhadores para complementar o porcentual de 13% da categoria e o retroativo de abril (em outubro foi dado 11%); PRL de 440 horas (referente a dois meses de trabalho); ajuda de custo no valor de R$ 200 para os trabalhadores em

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alojamentos; e folga no dia do pagamento.

A Transnordestina integra a lista das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quando concluída, a ferrovia terá 1.728 quilômetros de extensão e ligará os Portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco ao sertão do Piauí. Transportará cerca de 40 milhões de toneladas ao ano de grãos, minério, gesso, frutas e combustíveis.

pernambuco

Violência se espalha rapidamente pelo Litoral Sul

Povoação e explosão econômica da região provocam mazelas comuns nas cidades grandes

Publicado em 03/12/2011, às 20h26

Bruno Albertim

De um lado, a Reserva do Paiva, um eldorado litorâneo onde o aluguel de uma casa de cinco quartos, 800 metros quadrados, pode custar R$ 30 mil por mês. Na outra extremidade, o Complexo Industrial Portuário de Suape, símbolo da decantada redenção econômica que pode, numa perspectiva cheia do otimismo provocado pelo assunto, tornar o PIB pernambucano equivalente ao de todo o Nordeste em duas décadas. Entre o luxo e o porto, há um conjunto de praias onde quintais viram cortiços, invasões ocupam matas, favelização e águas cristalinas são tão comuns como a violência típica dos subúrbios do Recife. Assaltos e homicídios constantes como coqueiros. Agora, no Cabo de Santo Agostinho, o terror tem vista para o mar.

“Nunca mais volto numa destas praias”, diz o montador Marcelo Alexandre da Silva, 40 anos. No dia 23 de outubro, o funcionário da Odebrecht foi encontrado semimorto, depois de ter a casa assaltada em Enseada dos Corais. Milagrosamente, recupera-se de um traumatismo que deixou a cobertura do crânio frágil como a de um recém-nascido. “O médico disse que se um caju cair na minha cabeça, morro”, comenta. “Ali, não tem uma semana sem homicídios. Não deixo amigo ou parente passear naquela região.” Marcelo havia se mudado para o litoral porque, além de estar perto do trabalho em Suape, pensava em recuperar a qualidade de vida que o Recife violento e engarrafado não permitia. Uma ilusão litorânea.

Enquanto Suape não faz o PIB de Pernambuco pular dos atuais R$ 80 bilhões para R$ 400 bilhões e um Plano Diretor para a zona de influência do complexo não passa de uma série de projetos em rascunho, sobram mazelas sociais nunca vistas desde que o porto surgiu há 33 anos. “Isso aqui parece o paraíso. Mas é o inferno disfarçado”, compara o alemão Gerard Sattelmayer, 56, com residência provisória em Gaibu. Mora na praia enquanto trabalha num sistema de engenharia industrial no Centro do Cabo. Ele já viu dois tiroteios diante das piscinas naturais que emolduram a janela de sua suíte.

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“Só saio do hotel para o trabalho”, afirma o engenheiro. “Vi um homem matar duas pessoas na praia e sair andando.”

Longe de ser privilégio de um gringo facilmente identificável para bandidos em busca de desavisados, a violência é rotina da gente bronzeada que se confunde com a paisagem. “A Ponte do Paiva, infelizmente, não trouxe só o progresso”, diz o comerciante Eduardo de Carvalho, 42. Morador de Itapuama, ele foi viver no balneário, há 18 anos, em busca de sossego. “Agora, ninguém tem coragem de ficar na rua à noite.” Com o sereno, o silêncio é total na vila. Luzes acesas indicam moradores trancados em casas. O medo alterou os hábitos locais. “Ninguém daqui vai à praia aos domingos. Vez ou outra, há tiroteios.”

A violência não é apenas uma ameaça à vida do comerciante. Virou história concreta. No começo do ano, um homem foi morto na loja que alugara no térreo de sua residência. “Meu inquilino sofreu dois assaltos em menos de 15 dias no restaurante que montou. No último, o noivo de uma funcionária foi assassinado.”

É notória a diferença entre as praias vizinhas do Paiva e de Itapuama. Nos 8,5 quilômetros do Paiva onde, segundo o slogan, “Um estilo de vida único espera por você e sua família no primeiro bairro 100% planejado de Pernambuco”, seguranças e câmeras discretas mal atrapalham o canto dos pássaros. Nas outras praias, puxadinhos e casebres encastelam-se uns sobre os outros. Esgotos correm na rua. E, mais que isso, sobra gente. Muita. E de sotaques variados. São pelo menos 47 mil homens envolvidos nos três maiores equipamentos econômicos do complexo.

Nos bastidores, comenta-se que, para cumprir as metas ousadas, Suape saiu contratando desesperadamente peões de fora do Estado. Sem critérios. “Todo mundo aqui sabe que os canteiros estão cheios de bandidos com documento falso. À boca miúda, sempre um comenta que outro tem um, dois homicídios nas costas”, diz, em reserva, um funcionário do estaleiro.

As ocorrências se multiplicam como ondas. Há três meses, a fotógrafa Luciana Ourique foi amarrada numa árvore com mais três amigos por assaltantes. Abordados depois de passar o dia na paradisíaca Calhetas, teve o carro roubado. “Eu ia duas vezes por mês com meus filhos. Nunca mais volto àquela praia. É muito triste.”

E não é de agora. Há mais de um ano, a arquiteta Vera Pires foi feita refém com mais 12 argentinos hospedados em sua casa, em Enseada dos Corais. “Os bandidos eram de fora.” Enquanto forasteiros invadem o litoral, veranistas evitam suas casas. “Quem tem casa por lá, vai pouco, e com medo”. Onde antes havia muros baixos e gramados, surgem grades e cercas elétricas. Saem cabanas e terraços. Chegam muralhas à beira-mar.

Estudioso do assunto, o cientista político José Maria Nóbrega diz que houve redução de homicídios no Cabo, nos últimos três anos. “De 2008 a 2010, o número de assassinatos caiu de 169 assassinatos para 126.” Mas ele pondera: “Isso não quer dizer que não tenha havido aumento localizado de ocorrências”, diz, lembrando de um movimento clássico da criminalidade. “Se há aumento específico de riqueza numa área, há também um aumento da bandidagem atrás de oportunidades criminosas. O crescimento econômico de um Estado, dada a fragilidade de seus aparatos coercitivos, aumenta sim a violência”,

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analisa o autor de Homicídios no Nordeste Brasileiro, a ser lançado pela Universidade Federal de Campina Grande.

Segundo dados oficiais da Secretaria de Defesa Social, apesar de ter havido uma redução significativa de 26,2% no número de homicídios, entre 2008 e 2009, o Cabo de Santo Agostinho teve um ligeiro aumento (1,1%), na quantidade de assassinatos no biênio seguinte. Também sob a influência de Suape, Ipojuca teve redução de 16,1%. “Como o Cabo abriga maior parte dessa nova população, as ocorrências criminais tendem a se concentrar ali”, reconhece o titular da Defesa Social, Wilson Damázio. O secretário anuncia que, diante do quadro, dois grandes centros integrados de segurança serão implantados no próximo ano no Cabo. Um deles no complexo industrial.

PAC

Transnordestina fica para final de 2014

Relatório do PAC confirma que obra terá atraso na conclusão

Publicado em 23/11/2011, às 15h11

Giovanni Sandes

A conclusão das obras de toda a Ferrovia Transnordestina atrasaram em um ano e ficaram para dezembro de 2014. A maior mudança de cronograma ficou no ramal que vai para o Porto de Pecém (CE), que ficará pronto quatro anos depois do previsto inicialmente, no governo Lula. O ramal pernambucano, que vai para o Complexo Industrial Portuário de Suape, teve um novo atraso de alguns meses, mas ainda é previsto para 2013, três anos após seu prazo de conclusão original.

A Transnordestina é uma ferrovia com 1.728 quilômetros de extensão que ligará três pontos distintos: o município de Eliseu Martins, no Piauí, Suape em Pernambuco e Pecém no Ceará. O entroncamento será no município pernambucano de Salgueiro.

Durante a maior parte do governo Lula, a previsão era que a obra ficasse pronta em dezembro de 2010, por R$ 4,6 bilhões. A obra hoje é orçada em R$ 5,4 bilhões.Mas no balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), realizado no último dia 29 de julho, surgiram os primeiros grandes atrasos. A ferrovia passou a ser prevista para 2013, sendo o ramal para Suape em janeiro e o ramal com destino Pecém em dezembro.

“O prazo de 2014 é para o trecho do Ceará. Continuamos com a previsão de entrega no final de 2013 do trecho entre Suape e Eliseu Martins”, informa em nota a

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Transnordestina Logística S.A. (TLSA), em nota. Na prática, apesar de informar que “continua” a previsão para Suape, ela admitiu um novo atraso. Ainda segundo a companhia, a ferrovia já atingiu 50% de execução financeira dos R$ 5,4 bilhões do projeto e 40% de avanço físico da obra, incluindo estoque de trilhos e dormentes.