AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edio II, novembro / dezembro 2017
O Agrupamento ESLA deseja a todos um Feliz Natal!!!
02
Coordenadora: Milene Martins
Equipa: Cristina Barbosa
Colaboradores nesta edio: Lus Reis, Rosa Fernan-
des, Stella Ferreira, Toms Salsa, Ricardo Nunes e
todos os docentes e alunos do Agrupamento que nos
enviaram material para a edio e identificados em
cada artigo
Capa: Fotografia de Catarina Cruz
Milene Martins e Cristina Barbosa
Editorial
Cumpriu-se o nmero um do 100Comentrios.
Vamos a caminho do nmero dois e o tema in-
contornvel: o Natal. Tivemos, entretanto, o S.
Martinho com jantar de convvio, com castanhas
assadas moda mais ou menos tradicional e no
s. Tivemo-las tambm cozinhadas e
empratadas comme il faut, bem acompanha-
das de pequenos nacos suculentos de porco e pe-
ras bbedas. Tivemos convidados de honra, como
manda a etiqueta, o protocolo e as boas relaes.
Voltando ao Natal. Como o Natal numa escola
multicultural? Comemoramos o aniversrio do
nascimento mais clebre da Humanidade. Jesus
de Nazar? Jav? Yeshua? Juntamos a famlia a
24 de dezembro ou a 7 de janeiro? Fazemos pre-
spio ou rvore de Natal? Ambos? Nenhum? Va-
mos missa do galo ou ficamos a saborear as
recentes aquisies e a ver filmes pela noite den-
tro?
O Natal anuncia-se, primeiro, muito cedo, nos
mass media, muito apelativo. De seguida, surgem
os enfeites nas ruas ainda sem luzes a piscar. Fi-
nalmente, vem a profuso de luz e cor com can-
es de Natal pelas ruas, sobretudo nas artrias
principais, onde o comrcio tradicional ainda res-
pira ... mal.
Anuncia-se um Natal sem frio e sem chuva. No
um bom sinal. Para alm de no ter o mesmo
encanto, vemos os efeitos do sobreaquecimento
do planeta a provocar alteraes climticas que
eram h pouco projetadas para o futuro, mas o
futuro chegou.
Um primeiro trimestre que parecia to longo est
prestes a terminar. Na escola, o Natal promete
frias e pautas com classificaes. Alguns alunos
rezam para que os pais no as vejam antes de 24,
temendo que os presentes transitem para a Ps-
coa.
Ficamos mais sensveis, embarcamos em campa-
nhas de comprar o que no nos faz falta. Tudo em
nome da solidariedade natalcia. De mos dadas
com o consumismo, preparam-se as iguarias e
chega a famlia que traz mais presentes.
Apetece citar as genunas palavras do nosso
grande escritor transmontano: "Natal. E, s pelo
facto de o ser, o mundo parece outro. Auroreal e
mgico. O homem necessita cada vez mais destas
datas sagradas. Para reencontrar a santidade da
vida, deixar vir tona impulsos religiosos profun-
dos, comer e beber ritualmente, dar e receber pre-
sentes, sentir que tem famlia e amigos, e se ver
transfigurado nas ruas por onde habitualmente
caminha rasteiro. So dias em que estamos em
graa, contentes de corpo e lavados de alma, ricos
de todos os dons que podem advir de uma comu-
nho ntima e simultnea com as foras benficas
da terra e do cu. Dons capazes de fazer nascer
num estbulo, miraculosamente, sem pai carnal,
um Deus de amor e perdo, contra os mais perti-
nentes argumentos da razo.
Miguel Torga, in 'Dirio (1985)'
Esperamos que leiam o vosso jornal e que nos
deem sugestes para o melhorar.
Que neste mundo conturbado, o Menino nasa
em paz para todos!
Feliz Natal!
03
Rotary International Youth Exchange
Programmes
Lurdes Seidenstricker
No passado dia 1 de novembro o clube de Rota-
rios de Almancil (AIRC) organizou um jantar no
hotel Conrad, tendo convidado os alunos e os
pais. Os alunos presentes, participaram nos Sum-
mer Camps no vero passado e tiveram a oportu-
nidade de partilhar com os presentes as suas ex-
perincias e aprendizagens.
Sprache und Tanz
No passado dia 16 de novembro, os alunos do
agrupamento de escolas Dra. Laura Ayres, em
Quarteira (turmas de alemo do 9, 11 e VOC,
das professoras Andrea Correia e Lurdes Seidens-
tricker), participaram ativamente na atividade
"Sprache und Tanz" (Lngua e Dana), um
workshop inte-
rativo que pre-
tendeu motivar
os alunos para
a aprendiza-
gem do alemo
e despoletar
neles o prazer
de aprender a
lngua e a sua criatividade, usando os movimentos
corporais. Os
alunos exerci-
taram a lngua
atravs do mo-
vimento ao
ritmo da ln-
gua, de forma
criativa, desco-
brindo e explo-
rando. Esta
combinao de msica, ritmo, movimento e ln-
gua em movimento, resultou muito bem, foi do
agrado dos alunos e deixamos aqui um agradeci-
mento ao Goethe Institut por nos ter enviado a
Helena e a Beatrice que nos permitiram esta expe-
rincia. Danke!
Lurdes Seidenstricker
A nossa
Escola
04
Bibliotecas
Escolares
BESLA Os professores bibliotecrios: Almiro Lemos e Joo Lopes
Natal
Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela msica acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mos. Um soluo uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.
Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num s tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de gua turva
na cidade agitada pelo vento.
Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulco. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num s tempo: nascimento de poesia.
Manuel Alegre, in 'Antologia Potica'
E chegou novamente o Natal As Bibliotecas da
ESLA comeam a ser decoradas para esta quadra!
Desde a ltima edio do 100 Comentrios, as Biblio-
tecas Escolares do Agrupamento no tiveram muito
sossego.
Na BESLA, registmos muitas participaes no Con-
curso Interno Cognoscere, que alia vrias discipli-
nas na tentativa de descobrir quem realmente tem um
conhecimento transversal destas temticas. Alm dis-
so, demos corpo a formaes internas de utilizadores
de bibliotecas e tambm a um painel de destaques de
livros.
J o Grupo de Filosofia solicitou o apoio da Biblioteca
da ESLA para organizar o Dia da filosofia a 16 de
novembro, que contou com uma exposio e com uma
palestra. Para concluir o mbito das exposies, o
Departamento de Expresses solicitou o espao para
mostrar o trabalho de alunos subordinado ao tema
Composies geomtricas.
Ainda na BESLA, vrias turmas de 12 ano estiveram
presentes na formao Citaes e referncias biblio-
grficas, para ficarem cientes de como devero pro-
ceder para evitarem cair em situaes de plgio.
Semanalmente, a disciplina de Grego exibe na Biblio-
teca o seu alfabeto, mostrando que se trata de uma
lngua bastante presente na sociedade contempornea.
Este trabalho est a cargo das turmas do prof. Lus
Reis.
Na BESLA, em novembro, organi-
zou-se uma exposio dedicada aos
Criativos portugueses. Com honras
de primeiro lugar tivemos Almada
Negreiros. Expusemos tambm
Hallowen com literatura criminal.
05
Biblioteca EB 2,3
Bibliotecas
Escolares
Na Biblioteca da EB23, durante o ms de novembro,
continuaram a realizar-se vrias atividades na Bibliote-
ca da E. B. 2,3 nomeadamente a apresentao de novi-
dades a nvel do fundo documental e que esto coloca-
dos no expositor logo entrada da Biblioteca.
A professora Snia Fernandes docente da disciplina de
Educao Tecnolgica e as turmas A e C do 6 Ano
realizaram uma exposio no mbito do Contedo-
Material- (O papel-construes 3 D) muito inte-
ressante e original.
Tambm a professora Teresa Roque docente igual-
mente da disciplina de Educao Tecnolgica com a
turma do 6F est a realizar uma exposio subordina-
da ao tema Materiais, madeira, plstico, argila e pa-
pel.
A disciplina de E.V.T. est a realizar o concurso Ori-
gami e no Desafio da Semana temos o Marcador de
Livros.
Aproveitamos para informar que o Regulamento da
12. Edio do Concurso Nacional de Leitura (CNL) j
se encontra publicado. Vai cumprir-se entre o dia 20
de Novembro de 2017, e o dia 10 de Junho, data de
celebrao da Lngua Portuguesa. Este concurso, que
sempre teve a participao do nosso agrupamento,
abrange este ano - para alm do 3 Ciclo e Secundrio
- pela primeira vez o 1 e o 2 Ciclos. Aguarda-se o
anncio das obras a ler. Ao nvel de agrupamento, to-
dos os alunos devero estar apurados at ao final de
fevereiro. de aproveitar a pausa de Natal para ler e
pensar em participar
As Bibliotecas Municipais de Loul e de Lagos encon-
tram-se a organizar, uma vez mais em parceria, o Con-
curso Literrio Sophia de Mello Breyner Andresen,
destinados aos alunos do Ensino Bsico e Secundrio
do Algarve. Os trabalhos para este concurso devem ser
entregues at ao dia 23 de maro de 2018. Para mais
informaes fala com a tua professora de Portugus ou
dirige-te Biblioteca.
Votos de Feliz Natal para Todos com bons livros para acompanhar!!
06
A nossa
Escola
No passado dia 31 de outubro, os Grupos de Ingls dos
1 e 2 ciclos, dinamizaram um concurso de colheres de
pau e velas denominado Wooden Spoons and Candles
Contest, no mbito das celebraes do Halloween. Os
alunos dos 3, 4, 5 e 6 anos participaram com traba-
lhos e foi decorado o trio da escola EB 2,3, onde se
desenrolou o concurso. A participao dos alunos nesta
atividade superou as expetativas do grupo, tanto nas
colheres, como nas velas, pelo nmero e qualidade dos
trabalhos apresentados.
Os alunos dos 3 e 4 anos participaram no concurso das
colheres de pau, tendo sido premiados os seguintes alu-
nos:
3 ano: 1 lugar - Daniela do 3 B e 2 lugar - Ctia
Cruz do 3 D
4 ano: 1 lugar - Leonor Pereira do 4 E e 2 lugar -
Lucas Pereira - 4 E
Os alunos dos 5 e 6 anos participaram nos concursos
das colheres de pau e das velas, tendo sido premiados os
seguintes alunos:
Concurso das Colheres de pau:
1 lugar - Matilde Martins do 5 F e 2 lugar - Nicole
Ferreira do 5 D
Concurso das Velas:
1 lugar - Daniel Ferreira do 5 F e 2 lugar -
Jssica Neves do 6 C
Foi ainda entregue um diploma de participao a cada
participante. A atribuio dos prmios dos primeiros e
segundo lugares, na forma de material escolar e livros,
contou com a colaborao das Editoras Areal e Porto
Editora.
A escolha dos primeiros lugares teve a cargo de um jri
selecionado pelas docentes de Ingls, nomeadamente a
Coordenadora de Estabelecimento, Isolda Costa, os pro-
fessores Cludio Galego , Pedro Flix, Telma Brs e Lia
Lamaro e a Assistente Operacional, Maria Jos Rebo-
cho.
Halloween Amanda Howarth
4 Ano 3 Ano
Concurso de Colheres de pau
2 Ciclo
Concurso das Velas
1 Lugar 2 Lugar
Grupo de Ingls 1 e 2 Ciclo
07
A nossa
Escola
O Auto da Barca do Inferno na Biblioteca Cristina Barbosa
Durante a semana de a 20 a 24 de novembro, as turmas
de nono ano receberam as turmas do oitavo, proporcio-
nando-lhes um primeiro contacto com o pai do teatro
portugus, Gil Vicente, atravs da leitura dramatizada
de vrias cenas do Auto da Barca do Inferno. Esta ativi-
dade insere-se no Plano Anual de Atividades e visa pro-
mover a articulao entre anos diferentes do mesmo
ciclo.
As turmas de nono, no geral, fizeram as dramatizaes
com empenho e gosto. Os oitavos anos mostraram algu-
ma curiosidade e, aparentemente, divertiram-se. Para
eles tambm interessante deslocarem-se escola dos
mais velhos e ter um primeiro contacto com uma obra
que vo estudar no prximo ano.
Foi o segundo ano consecutivo de realizao e, tendo
em conta o sucesso da atividade, esta dever manter-se.
08
A nossa
Escola
Parlamento dos Jovens
Presena do deputado Cristvo Norte na ESLA
Ins Aguiar, Gabriel Almeida
Um Programa proficiente de discusso de ideias, um
tema em debate - Igualdade de Gnero -, um conjunto
de atividades promotoras da educao para a cidadania,
incentivando o interesse dos jovens deputados pela par-
ticipao cvica e poltica, e respetiva capacidade de
argumentao na defesa de um projeto de recomenda-
o a ser votado e apresentado comunidade educativa.
A presena do deputado da Assembleia da Repblica,
Cristvo Norte, do PSD, no dia 11 de dezembro, na
escola secundria Dr. Laura Ayres engrandeceu, ainda
mais, o programa Parlamento dos Jovens. Elucidativo
sobre o que um estado de direito democrtico, sobre
os direitos das mulheres e dos homens aplicados a cir-
cunstncias histricas e atuais (leis da paridade e da
parentalidade), sobre os direitos dos transgneros e res-
petiva necessidade legislativa de salvaguardar a igual-
dade de oportunidades, sem prejuzo para os direitos
dos demais, subjacente eterna demanda da humanida-
de; argumentativo na resposta s questes levantadas
pelos deputados escolares, pelo auditrio e exemplar no
modo como interagiu dialogicamente com todos os pre-
sentes neste debate. No tempo diminuto agendado, mui-
to mais haveria para debater e argumentar poltica e
filosoficamente.
, de forma insofismvel, Um debate para tod@s.
09
A nossa
Escola
Grego Lngua Macria Lus Reis
A vantagem de estudar uma lngua milenar como o gre-
go conseguirmos alargar o nosso lxico atravs de
relaes etimolgicas feitas a partir de pequenas pala-
vras dessa lngua helnica. Alm disso, permite um
aprofundamento da histria e da cultura gregas. Permite
inclusive a compreenso de mitos e a sua ligao a as-
petos do nosso quotidiano.
De facto, o mundo heleno antigo est to presente no
nosso dia-a-dia que no nos apercebemos dessa heran-
a. Desde o seu alfabeto palavra composta pelas suas
duas primeiras letras: alfa + beta at inmeras
palavras presentes na poltica, na histria, na filosofia,
nas cincias e na medicina, convivemos com ele diaria-
mente. Graas a Hipcrates, considerado o pai da medi-
cina, temos mais de 75 mil termos ligados ao mundo
mdico. Alguns exemplos disso so bipsia, patologia,
leucemia, cardiopatia, endoscopia, osteoporose, hepati-
te, estomatologia, otorinolaringologista
A lngua de Ho-
mero mostra-nos,
por exemplo, que
a palavra hipop-
tamo composta
por duas gregas:
[hypos
(cavalo)] e
[potamos (rio)], o
que nos permite facilmente compreender que este ani-
mal considerado um cavalo do rio; tambm o se-
gundo termo aparece na palavra Mesopotmia [
(no meio) + [rio]; de facto, esse local est en-
tre os rios Tigre e Eufrates. Esta lngua do saber possi-
bilita ainda a compreenso da evoluo semntica de
certas palavras: hipcrita [] era um ator ou
intrprete teatral, isto , algum que representava atrs
duma mscara. Hoje empregamos essa palavra quando
nos referimos a algum dissimulado, pois representa
com falsidade.
Podemos ainda olhar para outros timos gregos, que
nos ajudaro a entender outras palavras das mesmas
famlias: glicemia [ (glyks - doce) +
(haima - sangue)] explica-nos a glicose, a hipo ou hi-
perglicemia, a glicerina; Panteo [ (todos) +
(thes deuses)] esclarece-nos a Pandora [todos
os dons - ]; a pandemia [algo que atinge todo o
Lus Reis (Alia scripta in http://latinofilia.blogspot.pt/)
- demos povo]; a pandermite [inflamao que
atinge toda a pele ]; e a panplia [todas as ar-
mas - ]. Tambm a (plis cidade) nos au-
xilia na compreenso de palavras como acrpole
[ (kros parte alta) + ], metrpole [
(mtrs me) + ]; poltica [ + (tkne
tcnica/arte)], Constantinopla (cidade de Constanti-
no); Npoles [ + -> nova cidade, construda
ao lado de Palepolis, cidade velha]...
Com a chegada do inverno, regressa o frio [
(kros) cf. criopreservao] e ficamos mais suscetveis
a doenas [ (pthos) cf. patologia]; por isso, por vezes, precisamos dum mdico [ (iatrs) cf. pe-
diatra]. Se nos receitar um medicamento antipirtico
[ + + ], vemos que se trata dum frma-co com uma tcnica contrria ao fogo, ou seja, um
remdio contra a febre.
Polinsia, Macronsia, Micronsia, Melansia e Indon-
sia tm um timo comum que significa ilha. Conse-
guimos facilmente compre-
ender que as ilhas podem
ser muitas, grandes, peque-
nas, negras, ou estarem
situadas no ndico. Mais
prximo de ns temos tam-
bm a Macaronsia
[ (makrios
feliz) + (nssia -
ilha)]. Da considerarmos
as ilhas dos Aores, Madei-
ra, Desertas, Canrias e
Cabo Verde ilhas abenoa-
das/afortunadas/felizes.
10
Artes
Ns, Vs Eles
10 ano realizou um trabalho
atrvs de um desenho cego de
cada aluno com a tcnicade l-
pis de cor aguarelle
O efeito de volume que percebe-
mos num objeto depende da inci-
dncia da Luz. Eis alguns trabalhos
de 8 ano que demonstram isso
mesmo!
Os trabalhos do 9 ano - Composio visual
com elementos da geometria visam desenvolver
a capacidade de o aluno conhecer, realizar e ela-
borar geometria, utilizando na sua composio a
cor.
Artes
11
Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 12 ano
Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 11 ano
Desenho de observao a lpis 6B: Po realizado pelo 10 ano
Nozes realizadas pelo 12 ano a aguarela
Frutas e Vege-
tais do Algarve
11ano
Realizou uma com-
posio realista
com lpis de cor
aquarelle
12
A nossa
Escola
Dia de So Martinho EB1 JI da Abelheira
No passado dia 10 de Novembro, os professores da
Escola EB1 JI da Abelheira promoveram um Magusto
de So Martinho, envolvendo a Comunidade Educativa.
Todos os envolvidos participaram em variadssimas
atividades no mbito cultural, ldico e desportivo. Na
nossa realidade escolar, verificamos que a globalizao
um fenmeno galopante nas sociedades atuais, a nvel
econmico, social e cultural. Sendo a Escola um ele-
mento preponderante, devemos ser capazes de respon-
der necessidade de preservarmos e cultivarmos as
tradies, de maneira a no perdermos as caratersticas
identitrias que nos distinguem como povo, importan-
te transmitirmos esses valores e caratersticas tradicio-
nais aos alunos.
Pretendemos assim,
que as crianas da Nos-
sa Escola se inteirem
das tradies relaciona-
das com o So Marti-
nho visando o desen-
volvimento da consci-
ncia cvica como ele-
mento fundamental no processo de formao de cida-
dos responsveis,
crticos, ativos e inter-
venientes, com recur-
so, nomeadamente, ao
intercmbio de expe-
rincias vividas pelos
alunos e sua partici-
pao, individual e
coletiva, na vida da turma, da escola e da comunidade.
A nossa Escola agradece o apoio da Direo da Escola,
da Junta de Freguesia de Quarteira, da Associao Ensi-
nar a Sorrir e dos voluntrios da ESLA, alunos dos pro-
fessores Paulo Matos e Susana que foram uma mais-
valia nas estaes (atividades) por ns apresentadas.
Foi gratificante assistir participao e empenho de
todos.
A melhor maneira de tornar as crianas boas, torn
-las felizes! (scar Wilde).
13
A nossa
Escola
O So Martinho na Eb 2,3 de Quarteira Eunice Carvalho
No dia 10 de novembro, os alunos
do 2 Ciclo, da EB 2,3 tiveram
oportunidade de celebrar o S.
Martinho, no mbito da disciplina
de Portugus, produzindo frases e
quadras alusivas poca. Essas
mesmas frases/quadras foram re-
gistadas em castanhas e colocadas
por cima do assador que se encon-
trava na Biblioteca, feito pela
Prof. Snia Balo.
Como manda a tradio, leu-se a
Lenda de S. Martinho e refletiu-se
sobre a solidariedade e a ajuda ao
prximo.
O S. Martinho no apenas para
comer castanhas, mas tambm
uma forma de relembrar que deve-
mos ser solidrios e trabalhar para
uma sociedade mais altrusta.
Eleio para a Associao de Estudantes Comeado o ano letivo,
conhecidos os novos co-
legas, chegou a hora de decidir quem seriam os alunos a repre-
sentar os alunos. Todas as formalidades cumpridas e estavam trs
listas a votao: lista F cuja presidente era Carolina Miranda;
lista S, presidida pelo Ivo Fernandes; lista V nas mos da presi-
dente Joana Paiva. No dia 23 de novembro, a lista F teve oportu-
nidade de apresentar as suas ideias nas escolas EB2,3
e ESLA; o dia 27 foi para a lista S tambm nas duas
escolas e, por fim, no dia 28 foi a vez da lista V.
Apresentadas as propostas, realizadas as ativida-
des ,chegou o dia 30: o dia da votao. Neste dia, e
como eleger os seus representantes importante,
foram votar os alunos das duas escolas referidas,
num total de 594 alunos. Feitas as contas, a lista V foi a eleita
para representar os interesses dos alunos na escola.
A lista V elaborou um vdeo da sua campanha que pode ser visi-
onado em:
https://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-
0NA&feature=youtu.be
O pensamento de todos os alunos que votaram bem e esperam
que a sua Associao de Estudantes no os desiluda e cumpra as
suas propostas.
Milene Martins
https://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-0NA&feature=youtu.behttps://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem-0NA&feature=youtu.be
14
Apontamentos
de Histria Tricentenrio do incio da construo do Convento de Mafra 1717/2017
Ana Leote e Ins Bartolomeu, 11D
Era uma vez um rei que fez levantar um convento em
Mafra assim comea Saramago um dos captulos do
seu Memorial do Convento. Parece que o rei D. Joo V
fez o voto de construir um convento, se a rainha lhe
desse um filho no prazo de um ano, na Vila de Mafra,
dedicado a Nossa Senhora e a Santo Antnio, para ser
entregue Ordem dos Frades Arrbidos. Contudo, nu-
ma inscrio latina, gravada na primeira pedra simboli-
camente colocada por D. Joo V, em 1717, l-se: ()
Joo, rei dos portugueses, tinha um voto por causa dos
filhos concebidos e lanou a primeira pedra. A pro-
messa coincidiu com a explorao do ouro do Brasil
que permitiu superar a crise finan-
ceira do sculo XVII e investir na
arte, que se tornou um suporte do
poder rgio.
O seu projeto da autoria do ouvi-
res arquiteto germnico, Joo
Frederico Ludovice. Este conven-
to, projetado para 13 religiosos, rapidamente se trans-
formou num edifcio para 300 frades, com um palcio
real e uma enorme baslica, numa rea de 40 000m2.
Segundo as Cartas do embaixador ingls em Lisboa,
em 1730, a construo deste edifcio de estilo barroco,
obrigou a que grande nmero de sbditos tivesse de
trabalhar na obra, como os camponeses e suas mulas e
bois, de tal modo que o reino ficou por cultivar, o
rei mandou para a construo a maioria dos homens
dos vrios ofcios de que podemos precisar.
Quando foi preciso acelerar a obra foram recrutados
homens de todos os stios, tanto camponeses como pe-
leiros, carpinteiros e at estofadores (). Os oficiais de
justia patrulham noite e dia para forar os homens ao
trabalho e se um homem se esconder com medo de ser
mandado, a sua mulher, filhos, me, etc. sero presos
at que ele se entregue.
A magnificncia deste monumento deslumbrava muitos
dos que o visitavam, como mostram as palavras de
Beckford, um antiqurio ingls Entrmos na Igreja
[] est cheio de esttuas dos santos mrtires, lavradas
com infinita delicadeza. Rosas de mrmore branco e
grinaldas de palmas, de refinado lavor, ornam todas as
paredes do edifcio (). Com efeito, as esttuas de
santos, foram executadas em Roma, conforme reco-
mendao do conselheiro artstico do rei (e como a
Igreja da Reforma Catlica definia): [As esttuas de-
vem ser executadas] conforme as melhores regras as-
sim da escultura como da propriedade das roupas e
insgnias dos Santos () e assim deve Vossa Revern-
cia caprichar na perfeio com que devem ser obra-
das.... Ainda na baslica, encontramos um conjunto de
dois carrilhes, fabricados em Anturpia e Lige. Se-
gundo a tradio, a mando d' El-Rei, o Marqus de
Abrantes procurou informar-se do preo de um carri-
lho tendo-lhe sido indicado o valor de 400.000$00
ris, quantia tida como demasiado elevada para um pas
to pequeno. Ao que D. Joo V, ofendido - era o mo-
narca mais rico do seu tempo - ter respondido: No
supunha que fosse to barato; quero dois!. As opini-
es divergem quanto sua compra,
Baretti, poeta italiano, diz nas suas
Cartas familiares () foi a coisa
mais absurda e ridcula desperdiar
tanto ferro, tanto arame, tanto tra-
balho, tanta despesa (); pelo
contrrio, Dembowsky, escritor
polaco, refere que Em Mafra indispensvel ouvir
um magnfico carrilho (). A majestosa harmonia
destes sons toca a alma. A Biblioteca considerada
uma das mais belas do mundo e contm, entre outros,
livros proibidos pelo ndex, privilgio concedido pelo
papa Bento XIV ao rei de Portugal, rico e fiel cumpri-
dor das imposies catlicas. Parte integrante do con-
vento o refeitrio, cujas mesas so de madeiras do
Brasil e a sua decorao muito simples. Mas se a deco-
rao austera, o mesmo no se pode dizer da quanti-
dade de comida. Estes frades consumiam por ano cerca
de 120 pipas de vinho, 60 vacas, 2353 galinhas, 322
frangos entre muitos outros alimentos.
A construo do convento/palcio foi, ao longo do tem-
po, alvo de polmicas devido aos avultados custos.
Alguns criticaram a despesa intil, como Link, mdico
e naturalista, que, em 1808, refere que D. Joo V teria
feito melhor em empregar os tesouros do Brasil na cria-
o de uma boa marinha, nico meio que podia e devia
proporcionar a grandeza de Portugal; outros, como
Lucena, historiador de arte, fazem a sua defesa, no
deixando, contudo, de referir que o rei despendeu
grossas quantias em mandar vir de reinos estranhos
objetos para aformosear a sua obra predileta. Diz Lu-
cena, em 1950, que a obra ajudou a desenvolver as bo-
as artes (impulso na arquitetura) e os ofcios mecnicos
e no foi apenas um capricho de um rei poderoso.
Fontes bibliogrficas: Manual de Histria do 11 ano; Wikipdia
15
Escrevinhando
Snia Fernandes
JessyRetrato a lpis de grafite
Pedido
Nesta poca que se avizinha, quero que o esprito
Entre nos coraes e nos faa mudar atitudes.
Apelar para que o Amor, a solidariedade, a compreenso, a tolerncia, a justia, o respeito, sejam os presentes para
dar e receber.
Sim, porque estes presentes so fceis de adquirir, no custam dinheiro, basta ter vontade, atitude e pr em ao.
Tratar tudo e todos como gostaramos de ser tratados, de igual para igual, sim porque somos todos seres humanos com
qualidades e defeitos.
No existem seres superiores.
Somos todos iguais, difere o aspeto fsico
Espero que alguma coisa mude.
Que se faam algumas reflexes e que possamos acordar e ver um mundo diferente.
E se todos ns fizermos um bocadinho Esta passagem ser melhor com certeza.
Maria
16
A todo
o GAS
Ana Garcia
A importncia da ingesto de gua no inverno
A gua tem um papel muito importante na regulao dos tecidos, clulas e r-
gos pois ajuda a remover toxinas.
Normalmente associam-se os cuidados com a hidratao ao perodo do vero,
pois est mais calor, e desidratamos mais rapidamente. Esta situao no ocorre
s no vero mas tambm no inverno. Nesta altura, com o frio h maior ocorrn-
cia de gripes e constipaes que podem originar desidratao, devido menor
ingesto de gua.
O que fazer para evitar a desidratao no inverno:
Infuses, que nos ajudam a manter hidratados e
quentes nos dias frios
Sopa
Ingerir gua
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EcoEscolas
Sandra Madureira Alves
Operao Montanha Verde 2017
Os incndios so fenmenos de grande impacto e nin-
gum lhes fica indiferente. So poderosos e com uma
enorme capacidade para alterar e destruir a paisagem e a
vida de todos os seres vivos. O presente ano, 2017, foi
brbaro no nmero de incndios que devastaram enor-
mes reas florestais do territrio portugus. Com o obje-
tivo de recuperar zonas ardidas do Algarve ou simples-
mente contribuir para a reflorestao do nosso pas, o
Zoomarine lanou a iniciativa Operao Montanha
Verde 2017, em parceria com o Municpio de Loul e
em articulao com o projeto Rota pela Floresta da
ABAE e com a qual se pretende devolver o tom verde
s nossas montanhas. Deste modo, no dia nove de No-
vembro do presente ano, os alunos da turma do 7.F do
Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres, abraaram
com entusiasmo esta ao ambiental e deram o seu forte
contributo na plantao de cerca de 5000 espcies arb-
reas e arbustivas na rea da Lagoa de Momprol. Toda
esta mega operao deixou-os verdadeiramente motiva-
dos e no se inibiram de dar o seu testemunho sentido
comunicao social presente, nomeadamente SIC e
TSF, nem de colaborar com os atores Brbara Norton de
Matos e Antnio Pedro Cerdeira nesta ao de reflores-
tao e nas prprias gravaes de uma novela portugue-
sa. Por fim, todos os alunos assinaram a bandeira da
ABAE, no mbito do Projeto Eco-Escolas, revelando
muita satisfao por terem feito parte desta importante
campanha ambiental.
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Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on Hugo Mrtires
A nossa
Escola
O primeiro encontro internacional do projeto Erasmus+
- Stem on, hands on, science goes on, decorreu no
passado ms de novembro no sul da Turquia, na cidade
costeira de Antalya. Durante os dias 23 a 27 de outubro
trs professores do nosso agrupamento estiveram reuni-
dos com os restantes parceiros do projeto para a primei-
ra reunio formal de trabalho. O objetivo deste encon-
tro, para alm do primeiro contacto presencial da equipa
transnacional, foi proporcionar um espao de formao
sobre a temtica da integrao das STEM no contexto
educativo.
A organizao do evento esteve a cargo dos colegas da
escola Yeniky Ortaokulu que fica na localidade de
Demealt, no distrito de Antalya. chegada fomos
recebidos pelo coordenador local do projeto que nos
apresentou aos restantes parceiros, bem como ao diretor
da escola local.
O primeiro dia de trabalhos foi reservado para as visitas
s entidades oficiais da regio. Assim, comeamos a
manh no moderno edifcio da cmara municipal de
Demealt, onde fomos recebidos pelo Sr. Presidente
daquela edilidade. Juntou-se a ns tambm o diretor da
escola local. Num ambiente descontrado e corts, o Sr.
Presidente agradeceu a nossa presena e a importncia
que o projeto releva para a sua cidade, e em particular
para a escola Yeniky Ortaokulu. Falou-nos sempre em
Turco, auxiliado pela traduo para Ingls do respons-
vel pelo pelouro da educao. Contou-nos um pouco
sobre o papel da cmara no pelouro educativo e da regi-
o no geral. Seguindo o costume local, fomos convida-
dos a tomar um ch, enquanto passamos s apresenta-
es individuais. Depois de um espao aberto a pergun-
tas ao Sr. Presidente, seguiu-se um momento de cortesia
de troca de lembranas. Da nossa parte levamos na ba-
gagem um livro sobre o concelho de Loul, gentilmente
oferecido pela cmara municipal, assim como uma car-
teira de cortia de fabrico local da nossa capital da corti-
a, So Brs do Alportel. Tivemos ainda oportunidade
de entregar uma carta de conforto da parte do presidente
da cmara municipal de Loul. Fomos depois presentea-
dos com vrias lembranas, de onde se destacam uma
medalha comemorativa da cidade, uma caneca com o
smbolo da cidade (a rom), um DVD de promoo da
regio, entre outros materiais de divulgao. Despedir-
mo-nos deixando o convite para uma visita a Portugal,
ao Algarve e ao concelho de Loul em particular.
Seguimos para a prxima visita oficial.
Apesar de no constar no programa, fomos solicitados a
visitar o centro de coordenao metropolitana, um orga-
nismo que faz a ligao da gesto do distrito de Antalya
com a gesto local de Demealt. Fomos recebidos
pelo diretor do centro, bem como por alguns elementos
da comunidade local. Mais uma vez agradeceram a nos-
sa presena salientando a importncia que estes projetos
tm para a comunidade local e garantindo aos respons-
veis da escola local todo o apoio que necessitarem, o
que deixou os nossos colegas turcos bastante agradados.
Seguiu-se aquele momento tpico da partilha do ch,
aps o que seguimos viagem.
A prxima paragem foi na direo regional de educa-
o. Fomos recebidos pelo Sr. diretor que nos deu as
boas vindas e apresentou alguns dados do contexto edu-
cativo local, assim como as bases estruturais do sistema
educativo na Turquia. Abordaram-se essencialmente
aspetos organizacionais e processuais e no tanto aspe-
tos pedaggicos, o que de certa forma se compreende a
este nvel de organizao. O Sr. diretor mostrou-se bas-
tante curioso em perceber o funcionamento dos nossos
sistemas educativos, tendo solicitado que partilhsse-
mos alguma informao acerca da nossa realidade. Ge-
rou-se uma agradvel conversa (com a respectiva tradu-
o pelo meio) na qual ficamos a saber por exemplo,
que o sistema educativo pblico na Turquia totalmente
centralizado ao nvel dos contedos. o governo cen-
tral que decide o currculo e a direo regional garante o
seu cumprimento nas escolas da regio. J no que diz
respeito aos recursos, a escola recorre autarquia. A
autonomia das escolas pois bastante limitada, se que
ela existe mesmo. O corpo docente, por outro lado, da
responsabilidade da direo local de cada escola. A
acompanhar este momento de conversa e como por esta
altura j se adivinhava, veio mais uma rodada de ch.
Alguns colegas menos adeptos das ervas do oriente,
comearam por esta altura a recusar de forma educada.
Ns os portugueses no quisemos fazer essa desfeita.
Afinal de contas fomos ns que no sc. XVI trouxemos
este hbito do oriente!
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A nossa
Escola
A direo regional de educao de Demealt fica pre-
cisamente ao lado da nossa escola de acolhimento.
para l que vamos a seguir, onde somos recebidos por
um grupo de alunos vestidos com trajes tradicionais.
chegada oferecem-nos os tradicionais Turkish deli-
ghts. No grande ptio o alvoroo a que estamos acos-
tumados nas nossas escolas bsicas.
Alguns pais vm escola buscar os filhos para o almo-
o, enquanto outros almoam mesmo por ali no ptio
com as crianas. Somos convidados a entrar num edif-
cio lateral da escola, uma espcie de polivalente com
um palco e muitas cadeiras. Num canto temos vrias
mesas corridas com o almoo que foi preparado pelos
pais dos alunos. Antes da refeio assistimos a um n-
mero de danas tradicionais apresentado pelos alunos
nos seus trajes. Depois, a professora de ingls d-nos as
boas vindas. Aps a receo formal, somos convidados
para o almoo bufete. Cada um serve-se do que quiser.
O desafio tentar decifrar a gastronomia local. Para nos
ajudar, explicam-nos onde esto as sobremesas e os
pratos principais ... e basicamente isso. O resto esta-
mos por nossa conta e risco. No que a qualidade
oferecida esteja em causa, mas conhecendo eu alguma
da comida local, certamente que alguns dos pratos tm
uma quantidade generosa de especiarias. Isto pode ser
um problema para o paladar estrangeiro, mas no final
ningum se queixou, seja por delicadeza ou no. Claro
que no podia faltar o ch e outra das bebidas preferida
dos turcos: ayran. Basicamente consiste em iogurte
lquido salgado. Os turcos comem iogurte com tudo e
como se isso no bastasse, ainda fazem bebida dele. Eu
pessoalmente aprecio bastante. Nas sobremesas tambm
no podiam faltar as baclavas, entre outras iguarias in-
decifrveis.
O almoo foi muito informal num ambiente extrema-
mente acolhedor, bem moda da Turquia. como se
fizssemos parte da casa. Seguiu-se a visita a algu-
mas salas de aula. Comeamos pelo jardim de infncia,
num dos edifcios anexos escola, onde os pequenos
brincam alegremente e nos mostram os seus trabalhos
com a ajuda das educadoras. medida que nos desloca-
mos pelo recinto da escola, somos acompanhados por
uma avalanche de crianas que timidamente tentam
entrar em contacto connosco. Para a maior parte deles
a primeira vez que veem estrangeiros por aqui e no
resistem a lanar para o ar algumas palavras em Ingls
(Hello a mais comum). No edifcio principal da
escola somos divididos em dois grupos para visitarmos
alguma das salas. medida que vamos passando pelas
salas, somos apresentados pelos colegas Turcos e os
alunos fazem-nos algumas perguntas. Umas preparadas,
outras espontneas. Vamos vendo os trabalhos que es-
to a fazer e falamos um pouco sobre o nosso pas para
saciar a curiosidade dos alunos. Alguns pedem-nos para
ensinarmos palavras em Portugus. Numa das turmas
ensinamos os alunos a contarem at 10 na lngua de
Cames. Acabamos por ter alguns momentos de intera-
o muito interessantes com as crianas. Afinal de con-
tas, o professor sempre professor independentemente
da lngua a que recorre para comunicar com os seus
alunos.
Terminamos a visita escola no gabinete do diretor,
onde partilhamos algumas ideias sobre as nossas esco-
las e trocamos algumas lembranas. Como no podia
deixar de ser bebemos mais um ch ou caf Turco. Por
esta altura alguns colegas j no conseguiam beber mais
ch e como indelicado no beber nada, optaram pelo
caf. Terminou assim a nossa visita escola Yeniky
Ortaokulu, uma escola bastante humilde, onde os recur-
sos educativos se limitam praticamente s mesas e s
cadeiras. A comunidade envolvente escola de um
estrato social baixo e os apoios no so muitos. Os nos-
sos colegas fazem o que podem em salas com mais de
30 alunos, com mesas onde no h espao para mais do
que o caderno dirio. Nas aulas de desenho, por exem-
plo, as folhas sobrepe-se umas s outras. Na mesma
mesa, dois alunos no conseguem trabalhar ao mesmo
tempo. No se veem projetores nem quadros interati-
vos, apenas os velhinhos quadros de giz. Num ambiente
to hostil como este necessria extrema criatividade
para conseguir ensinar o que quer que seja. Ser profes-
sor isso mesmo. de louvar o trabalho destes nossos
colegas. Um corpo docente relativamente jovem que
tenta remar contra as circunstncias, para proporcionar
um mundo melhor s geraes futuras.
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15 Diferenas
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